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Jornal do Comércio - Porto Alegre 14 Economia Segunda-feira 4 de abril de 2011 Erik Farina e Giordano Benites Tronco, especial para o JC economia@jornaldocomercio.com.br O aumento de 2,38% para 6,38% na alí quota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em compras com cartão de cdito no exterior , anunciado na semana passada pelo governo federal, dificilmente impactará as viagens de brasileiros a outros países, mas implicará uma mu- dança de comportamento do tu- rista do País em terras estrangei - ras. Agências e operadoras vêm constatando um interesse cres- cente de seus clientes em conhe- cer outras formas de pagamento para escapar do imposto. O mercado está aquecido e o aumento do IOF não afetará a saída de turistas ou a mudança de destinos de compras”, garan- te Fabian Saraiva, diretor co- mercial da operadora Uneworld. Embora ainda seja cedo para co- nhecer os impactos no mercado turístico, Saraiva não acredita que viagens para destinos tradi- cionalmente de compras, como Nova Iorque ou Miami, serão adiadas ou redirecionadas para locais mais baratos. O que temos acompanhado é uma reversão na forma de pa- gamento: os viajantes começam a pagar os pacotes no Brasil com cartões de crédito, portanto, sem a incidência do reajuste de IOF, e utilizam outras formas de paga- mento lá fora, como os cheques de viagem, cartões internacio- nais pré-pagos ou dinheiro vivo”, observa Silveira. Os cartões pré-pagos, como Visa Travel Money e Mastercard Cash Passport, têm sido a opção mais cobiçada. Consistem em depósitos feitos anteriormente à viagem em uma conta na qual os gastos serão debitados duran- te a excursão. A cotação usada na compra de moeda estrangei- ra para abastecer esses cartões é menor do que a da aquisição da moeda em espécie e o IOF é cobrado apenas no momento do carregamento, com taxa de 0,38%. “O cartão não sofre com a alíquota porque ele é consi- derado como compra de moeda estrangeira em espécie, somente substituindo o valor em espécie no plástico”, explica o adminis- trador financeiro da agência de viagens Unitur, Carlos Almeida. O produto também permite sa- ques em moeda local em diver- sos caixas eletrônicos, mediante uma taxa de US$ 2,50 em cada retirada. O saldo restante pode ser sacado no retorno, em reais. “Além do custo menor , os cartões pré-pagos of erecem uma possibilidade maior de controle dos gastos, evitando surpresas desagradáveis na volta da via- gem, aponta Carmen Marun, diretora da agência MC Turismo. Pela facilidade de uso, os cartões m tomado mercado dos che- ques de viagem, comuns há cer- ca de cinco anos, mas que têm declinado devido à necessidade de se carregar documentos para efetuar as compras. Outra opção que ganha o gosto dos turistas é levar dólar em espécie. O IOF cobrado na compra de moeda es- trangeira em corretoras ou casas de câmbio no Brasil é de 0,38%. A presidente da Associa- ção Brasileira das Agências de Viagens no Rio Grande do Sul (Abav-rs), Rita Vasconcelos, ava- lia que, mesmo com um imposto maior sobre as compras interna- cionais, o valor total da viagem continua acessível por conta do dólar baixo. “Considerando-se que a moeda está desvaloriza- da, não está inviável para nós, brasileiro, viajarmos para o ex- terior”, diz Rita. Os gastos a mais acarretados pelo IOF podem ser resolvidos, segundo ela, se o viajante reservar de antemão o máximo de serviços possíveis através das agências de viagens. Esses serviços incluem hospeda- gem, aluguel de carro, passeios e passes de trem. No entanto, nem todos com- partilham da preferência por formas alternativas de paga- mento. O gerente aposentado do Banco do Brasil e consultor de empresas Sérgio Binkowski, ra- dicado em Torres, acredita que a segurança oferecida pelo cartão de crédito compensa a alta do imposto. Com as malas prontas para, ao lado da esposa, visitar o filho em Paris, em junho, Binko- Turismo ! Au m e n to de I O F est im u l a n ovos meios de pa g ament o Cartão de débito p ré- p ago é o mais indicado p elas agências MARCELO G. RIBEIRO/JC Rita recomenda contrataªo de servi os j Æ no Brasil para evitar taxa O Hotel Alpestre, de Grama- do, está passando por um pro- cesso de ampliação. Estão sendo construí dos 40 apartamentos, incl uindo oito suítes, além de um centro de eventos com capacida- de para receber 200 pessoas. Se- rão três salas, sendo duas modu- láveis com entrada independente do hotel, infraestrutura moderna e novos equipamentos. Totali- zando 3 mil metros quadrados, o complexo terá ainda salão para caf é da manem ambiente en- vidraçado com deck para parque do hotel e elevador panorâmico. A nova ala deve ser inaugurada na metade deste ano. A Copa Airlines anunciou ofi- cialmente o começo de suas ope- rações em Porto Alegre. No dia 15 de j unho, a companhia inicia a operação de quatro voos sema- nais unindo a Capital gaúcha à Cidade do Panamá e a destinos em diversas cidades das Améri - Copa Air lines confirma início d e operações na Capital para 15 d e junh o wski seguirá pagando suas com- pras no exterior com o cartão de crédito. “Embora tenha subido, o IOF continua relativamente bai- xo”, explica. Ele também apon- ta outras vantagens do cartão, como a reversão das compras em milhas de viagem. cas. O trajeto Porto Alegre-Pana- má será lançado com passagens promocionais de US$ 593,00 para i da e volta. A empresa ainda aguardava adequações de seu horário de voo com a escala da Infraero em função das reformas na pista do aeroporto Salgado Filho, que aca- baram adiadas. O novo voo CM 822 partirá da Capital todas as segundas, terças, quintas e sex- tas-feiras, à 1h32min, com che- gada ao hub na Ci dade do Pana- má às 6h50min. O retorno pelo voo CM 821 acontecerá todos os domingos, segundas, quartas e quintas-feiras, às 15h24min, com aterrissagem em Porto Alegre à 0h27min. Os horários são locais e a duração é de pouco mais de sete horas. A rota será operada com avi - ões Boeing 737-700 Next Genera- tion. O modelo tem capacidade para 124 passageiros - 12 na clas- se executiva e 112 na econômica. Da capital panamenha, a compa- nhia estabelece conexões ime- diatas para ci dades como Santo Domingo e Punta Cana (Repúbli - ca Dominicana); Havana ( Cuba); Cidade do México e Cancun (- xico); Miami, Orlando, Nova Ior- que e Los Angeles (EUA); Toronto ( Canadá); Aruba; San José (Costa Rica); Bogotá, Medellín e Carta- gena (Colômbia). Estamos chegando ao quar- to maior PIB brasileiro, a uma economia de R$ 193 bilhões com um rico parque industrial e ain- da a uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. E estaremos próximos de um público predis- posto a investir em viagens ao exterior”, analisa o gerente-geral para o Brasil, Marcos Calixto. Porto Alegre é o quinto desti - no da Copa Airlines em território nacional - depois de São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Belo Horizonte e Brasília ( que inicia as operações em 19 de junho) . A companhia aérea está presente nos aeroportos brasileiros desde o ano 2000. Hotel Alpestre amplia estruturas na Serr a Mercado estÆ aquecido e nªo deve sofrer impactos, avalia Saraiva GABRIELA DI BELLA/JC Formação Executiva Lean Seis Sigma Dias 13 e 14 de abril na FIERGS - Porto Alegre Ligue para 0800-7030603 ou acesse www .siqueiracampos.com Como reduzir o custo, aumentar a qualidade e velocidade?

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Jornal do Comércio - Porto Alegre14

Economia

Segunda-feira4 de abril de 2011

Erik Farina eGiordano Benites Tronco, especial para o [email protected]

O aumento de 2,38% para 6,38% na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em compras com cartão de crédito no exterior, anunciado na semana passada pelo governo federal, difi cilmente impactará as viagens de brasileiros a outros países, mas implicará uma mu-dança de comportamento do tu-rista do País em terras estrangei-ras. Agências e operadoras vêm constatando um interesse cres-cente de seus clientes em conhe-cer outras formas de pagamento para escapar do imposto.

“O mercado está aquecido e o aumento do IOF não afetará a saída de turistas ou a mudança de destinos de compras”, garan-te Fabian Saraiva, diretor co-mercial da operadora Uneworld. Embora ainda seja cedo para co-nhecer os impactos no mercado turístico, Saraiva não acredita que viagens para destinos tradi-cionalmente de compras, como Nova Iorque ou Miami, serão adiadas ou redirecionadas para locais mais baratos.

“O que temos acompanhado é uma reversão na forma de pa-gamento: os viajantes começam a pagar os pacotes no Brasil com cartões de crédito, portanto, sem a incidência do reajuste de IOF, e utilizam outras formas de paga-

mento lá fora, como os cheques de viagem, cartões internacio-nais pré-pagos ou dinheiro vivo”, observa Silveira.

Os cartões pré-pagos, como Visa Travel Money e Mastercard Cash Passport, têm sido a opção mais cobiçada. Consistem em depósitos feitos anteriormente à viagem em uma conta na qual os gastos serão debitados duran-te a excursão. A cotação usada na compra de moeda estrangei-ra para abastecer esses cartões é menor do que a da aquisição da moeda em espécie e o IOF é cobrado apenas no momento do carregamento, com taxa de 0,38%. “O cartão não sofre com a alíquota porque ele é consi-derado como compra de moeda estrangeira em espécie, somente substituindo o valor em espécie no plástico”, explica o adminis-trador fi nanceiro da agência de viagens Unitur, Carlos Almeida. O produto também permite sa-ques em moeda local em diver-sos caixas eletrônicos, mediante uma taxa de US$ 2,50 em cada retirada. O saldo restante pode ser sacado no retorno, em reais.

“Além do custo menor, os cartões pré-pagos oferecem uma possibilidade maior de controle dos gastos, evitando surpresas desagradáveis na volta da via-gem”, aponta Carmen Marun, diretora da agência MC Turismo. Pela facilidade de uso, os cartões têm tomado mercado dos che-ques de viagem, comuns há cer-

ca de cinco anos, mas que têmdeclinado devido à necessidadede se carregar documentos paraefetuar as compras. Outra opçãoque ganha o gosto dos turistasé levar dólar em espécie. O IOFcobrado na compra de moeda es-trangeira em corretoras ou casasde câmbio no Brasil é de 0,38%.

A presidente da Associa-ção Brasileira das Agências deViagens no Rio Grande do Sul(Abav-rs), Rita Vasconcelos, ava-lia que, mesmo com um impostomaior sobre as compras interna-cionais, o valor total da viagemcontinua acessível por conta dodólar baixo. “Considerando-seque a moeda está desvaloriza-da, não está inviável para nós,brasileiro, viajarmos para o ex-terior”, diz Rita. Os gastos a maisacarretados pelo IOF podem serresolvidos, segundo ela, se oviajante reservar de antemão omáximo de serviços possíveisatravés das agências de viagens.Esses serviços incluem hospeda-gem, aluguel de carro, passeios epasses de trem.

No entanto, nem todos com-partilham da preferência porformas alternativas de paga-mento. O gerente aposentado doBanco do Brasil e consultor deempresas Sérgio Binkowski, ra-dicado em Torres, acredita que asegurança oferecida pelo cartãode crédito compensa a alta doimposto. Com as malas prontaspara, ao lado da esposa, visitar ofi lho em Paris, em junho, Binko-

Turismo!

Aumento de IOF estimulanovos meios de pagamentoCartão de débito pré-pago é o mais indicado pelas agências

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Rita recomenda contratação de serviços já no Brasil para evitar taxa

O Hotel Alpestre, de Grama-do, está passando por um pro-cesso de ampliação. Estão sendoconstruídos 40 apartamentos,incluindo oito suítes, além de umcentro de eventos com capacida-de para receber 200 pessoas. Se-rão três salas, sendo duas modu-láveis com entrada independentedo hotel, infraestrutura modernae novos equipamentos. Totali-zando 3 mil metros quadrados,o complexo terá ainda salão paracafé da manhã em ambiente en-vidraçado com deck para parquedo hotel e elevador panorâmico.A nova ala deve ser inauguradana metade deste ano.

A Copa Airlines anunciou ofi -cialmente o começo de suas ope-rações em Porto Alegre. No dia 15 de junho, a companhia inicia a operação de quatro voos sema-nais unindo a Capital gaúcha à Cidade do Panamá e a destinos em diversas cidades das Améri-

Copa Airlines confi rma início de operações na Capital para 15 de junho

wski seguirá pagando suas com-pras no exterior com o cartão de crédito. “Embora tenha subido, o IOF continua relativamente bai-

xo”, explica. Ele também apon-ta outras vantagens do cartão,como a reversão das comprasem milhas de viagem.

cas. O trajeto Porto Alegre-Pana-má será lançado com passagenspromocionais de US$ 593,00para ida e volta.

A empresa ainda aguardavaadequações de seu horário devoo com a escala da Infraero emfunção das reformas na pista doaeroporto Salgado Filho, que aca-baram adiadas. O novo voo CM822 partirá da Capital todas assegundas, terças, quintas e sex-tas-feiras, à 1h32min, com che-gada ao hub na Cidade do Pana-má às 6h50min. O retorno pelovoo CM 821 acontecerá todos osdomingos, segundas, quartas equintas-feiras, às 15h24min, comaterrissagem em Porto Alegre à

0h27min. Os horários são locaise a duração é de pouco mais desete horas.

A rota será operada com avi-ões Boeing 737-700 Next Genera-tion. O modelo tem capacidadepara 124 passageiros - 12 na clas-se executiva e 112 na econômica.Da capital panamenha, a compa-nhia estabelece conexões ime-diatas para cidades como SantoDomingo e Punta Cana (Repúbli-ca Dominicana); Havana (Cuba);Cidade do México e Cancun (Mé-xico); Miami, Orlando, Nova Ior-que e Los Angeles (EUA); Toronto(Canadá); Aruba; San José (CostaRica); Bogotá, Medellín e Carta-gena (Colômbia).

“Estamos chegando ao quar-to maior PIB brasileiro, a uma economia de R$ 193 bilhões com um rico parque industrial e ain-da a uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. E estaremos próximos de um público predis-posto a investir em viagens ao exterior”, analisa o gerente-geral para o Brasil, Marcos Calixto.

Porto Alegre é o quinto desti-no da Copa Airlines em território nacional - depois de São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Belo Horizonte e Brasília (que inicia as operações em 19 de junho). A companhia aérea está presente nos aeroportos brasileiros desde o ano 2000.

Hotel Alpestre ampliaestruturas na Serra

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