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N°. 1909 — ANO XL DEZEMBRO DE 1944 PREÇO CR$ 2,00

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fJMA primorosa publicação, <m- ^^^__4_J_If fmmmWmWDOTICOTICO

A VENDA

UMA primoroso publicação, Im-

pressa tm rotogravuro com perto,de quatrocentas paginas, e contendoos móis palpitante* assuntos de tn-teresse feminino, como sejam: mo-das, bordadas toda ospecle de crochet. decorações e arranjos do lar,cuidados de beirara, receita* culinárias.penteados, adornos em geral, contothos as mie? e as )ovens, arto apli-cada, musica, poesia, contos, nr>diaio, fratura em prosa,

tm*. calen-um sem numero de curiosida-

dos, todas da inestimável encanta-mento para o espirito feminino. É a

- obrigatória para o mundo A VENDA

O TICO-TICOr LIÇÕES DE VOVÓMEUS NETINHOS

T TMA das festas mais lindas a cuja^S comemoração a humanidade se

entrega com prazer e entusiasmo, é a

do Natal. S

Ele não é festejado, entretanto, de

modo igual em todos os paises e portodos os povos.

Cada país tem sua maneira de co-

memorar o nascimento de Jesus, e as

cerimônias festivas são diferentes, e di-

ferentes as canções que cantam, as mú-

sicas que tocam, e os bailados quebailam.

No fundo, porém, é a mesma a ale-

gria, o mesmo o júbilo por esse grandeacontecimento que foi o começo de uma

nova éra para a Humanidade: o nasci-

mento, em Belém, na pobreza de umaestribaria, do filho de Deus feito ho-mem.

O Natal de Jesus é, de fato, o mar-co inicial da chamada Éra Cristã.

A história dos homens se divide,hoje, em duas fases: antes de Cristo edepois de Cristo. Por isso é que f

.vêem, quando se faz uma citação qua

N

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quer de data antiga, aquelas letras emabreviatura: A.C. e D.C..

Nascendo pobre, tão pobre que nemroupas tinha com que se abrigar con-tra o frio, Jesus nos deu, logo no ins-tante de sua chegada a êste mundo, umexemplo de humildade. Toda a sua vida,de trinta e três anos passados entre oshomens, foi um ensinamento constante.

Sendo Deus, nasceu paupérrimo, vi-veu entre pescadores, nada quis possuir,das grandezas e glórias do mundo, e foium simples, um bom, um paciente, umhumilde.

O Natal do Filho de Deus, festa

universal, comemorado entre alegrias

pelas crianças, convida-nos, a todos, a

meditar nessas coisas.

Vamos, meus netinhos, comemorar

o Natal festivamente. Mas não apenas

como uma data em que se ganham pre-sentes, comem-se gulodices e se dão fes-

tas bonitas.

O Natal é muito mais do que ape-

nas isso. Nunca esqueçam estas pala-vras do

VOVÔ

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(Ai ém^áh^Ah Ab AAkiM> CONTO DOS IRMÃOS GRIMMNUMA ADAPTAÇÃO ESPECIALFEITA PARA O TICO-TICO

I.RA lima «« um sapateiro muito pobre e que tinha «ido muito rico. Era tanto, agora, a sua pobresa,' que em tua oficina sóhavia um único pedaço de couro, o qual apenas daria para fazer um único par de sapatos. A' tarde, o sapateiro pecou o pedaçode couro que lhe restava e cortou-o para fazer o par de calçados. Ia anoitecendo e ele, como não tivesse boa vista, resolveudeixar o seu trabalho para a manhã do dia seguinte Guardouas ferramentas e o couro já cortado, fez as suas preces edeitou para dormir. Ao acordar, no dia seguinte, uma surprezao aguardava: o couro que ele havia cortado estava transformadonum par de sapatos já prontos para serem calça-dos. E estavam muito bem feitos. Uma verdadeiraobra prima em matéria de sapatos I O sapateironio sabia explicar o milagre. E ainda etava mara-vilhado e surprehendldo quando chegou à sua loja

^Pf? fLm eS"tf" ° "f"*6':0 «ottroii- guinte. Tornou então a rezar, dei- ><__^^__Í_^V'i^VZ, Zr lhe ° •»¦- df sapatos. Eram exata tou tranqüilamente e dormiu. __________________r/_B5^_^-/ nte do tamanho que ele pre- , Ao acordar nova

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um freguês. O sapateiro mostrou-lhe o par de sapatos. Eram exata-mente do tamanho que ele pre-cisava. Pareciam ter sido feitossob medida: não apertavam nemeram frouxos demais. Na mesmahora o freguês pagou os sapatos,

embrulhou-os e le-vou-os consigo. De-pois que ele saiu foique o sapateiro repa-rou que o freguêspagara mais do quedevia pelo calçado.Com esse dinheiroo sapateiro foi a umaloja e comprou umpedaço de couro quelhe dava para fazerdois pares de sapatos.Ao chegar a oficina,o sapateiro pegou ocouro e cortou doispares de sapatos.Mas já estava anoite-cendo e ele, como navéspera, resolveu dei-

-——\l xar para acabar dep\^ fazer os calçados na' Vy I manhã do dia se-

guinte. Tornou então a rezar, dei-tou tranqüilamente e dormiu.Ao acordar teve nova surpreza:os sapatos estavam prontos. Eraum mistério que o sapateiro nãoconseguia descobrir. Logo depoisapareceram dois freguezes quegostaram dos calça-dos e os comprarampor bom preço. Como dinheiro ganho, osapateiro foi outravez á loja de couroe poude comprar omaterial necessáriopara fazer quatropares de sapatos.Novamente o sapa-teiro cortou o couropara os sapatos e nãoteve tempo para co-meçar a fazel-os por-que a noite surgiu.Deixou para feze-losno dia seguinte. Nodia seguinte comonos dias anteriores,osi sapatos estavamprontos E eram per-feitos. Ai tornaram a

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O T/CO TICO DEZEMBRO—/-..

snpíraparecer os fregueses e pagaram multo bem os quatro paresde calcados. E assim se passaram vários dias. Todos ossapato* que o sapateiro deixava para acabar no outro dia,no dia seguinte estavam prontos. O mistério continuava.E o sapateiro cada dia que se passava, fa deixando de serpobre. Em pouco tempo Jà estava quase rico, tua loja iaaumentando, os freguezes continuavam a aparecer: Foientão que chegou o dia de Natal. Assim que o sapateiroacabou de cortar o couro para fazer uma quantidade enormede pares de sapatos, disse ele a sua mulher: "Tenho uma

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Idéia, mulher, para descobrir quem i que nos faz os sapa-tos. Hoje a noite, vamos ficar acordados. Nós nos esconde-remos ali naquele guarda-roupa e ficaremos espiando pelafechadura aqui para a oficina". A mulher achou bôa a lem-branca Ela e marido se meteram no guarda-roupa e fica-ram espiando. O tempo foi passando. Aí os dois ouvirambater a meia noite. No mesmo Instante apareceram naoficina dois anões, que sé sentaram na mesa de trabalhodo sapateiro e começaram a fazer os sapatos. Os anSes tra-balhavam rapidamente. Quando a manhã estava para

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raiar, todos os sapatosse achavam prontos. Eimediatamente os doisanões desaparecerammisteriosamente. Nem osapateiro nem a mulherpuderam observar comoeles tinham sumido. Aosair do guarda roupa, amulher disse ao ma-rido: "Esses anões nostiraram da pobreza. E'preciso que nós nos mos-tremos reconhecidos portudo o que nos têm feito.Eu vou fazer uma calça,um paletó, uma camisae um par de meias paracada um deles. E tu vaisfazer para eles dois paresde sapatos". O Sapateiroconcordou com a suges-tão da mulher. Ele fezos sapatos e ela fez asroupas. Quando tudoestava pronto, o sapatel-ro colocou, no lugar ondeguardava o couro os sa-patos e as roupas paraos anões. E juntamente

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com a mulher trancaram-se noguarda-roupa para ver o queaconteceria.A' meia noite os anões chegaram.E iam trabalhar quando viramos dois pares de sapatinhos e asduas vestimentas. A principioficaram multo espantados. Depoisse mastraram multo alegres. Ves-tiram as roupas, calçaram ossapatos e começaram a pular,cantarolando:

"Não somos nós bons gaiatos?Adeus couros e sapatos!"

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Cantaram e dançaram durantebom tempo, até que, dançandoe cantando, desapareceram. E nãovoltaram à oficina do sapateiro.

Mas o sapateiro não precisou mais de seu auxilio.Durante o resto da vida, foi ele muito feliz em com-panhla de sua mulher. E nunca mais lhe faltaramsapatos e freguezes. E ele nunca esqueceu a noite deNatal em que, trancado no guarda-roupa, avistou osdois anões trabalhando em sua oficina...

DEZEMBRO—1944 O TICO-TICO

A CASCA DA NOZE SUA UTILIDADE

¦p STAMOS na época das no-zes c vamos ensinar a

vocês como se podem fabricarutensilhos, brinquedoá e enfei-tes interessantes com as cascasdesses frutos.

Os desenhos esclare-cerão as dúvidas qUe tiverem.

O' fruto da nogueira é que nosdá a noz. depois de maduro e seco.E' um fruto redondo, com cascaverde.

&*_«£_¦..¦¦ r^^ .¦^•.•-ffÉa L"v.,¦-,,.;——:—-—.——Uma carrapeta c um porta-fita-

métrica. Aquela, é [acilima. hsta,fabrica-se com um pauzinho no qualse enrola a fita. o qual atravessa anoz. A fita íái por uma fenda lat.ral

Um berço c um Carrinho. Asrodas e os balanços se fazemcom cortiça. Da maior ou menorhabilidade manual do leitor, de-penderá a perfeição do trabalho

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As nogueiras de mais de 100 anosdão nozes com 3 e 4 divisões, em vezde 2, que é o normal. Dizem que essasnozes são talismãs, e dão sotte.

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Com a metade dc uma lasca, isto é,uma das bandas, faz-se um barquinhoque navega de verdade. Cu'dado com aproporção entre o mastro e o "carco" daembarcação.~1—"• "—*'" *• ,vvr?—j

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CONTECEU que na época em queo Salvador devia nascer, ordenouo imperador Augusto que se fi-zesse o recenseamento de todos

os súditos do império romano.Pará isso cada um era obrigado a fazer-

se inscrever na cidade da qual sua famíliaera originária.

JOSÉ' e Maria foram, pois, a Belém, a ei-

dade de Davi. Por causa de sua extremapobreza, não encontraram lugar para pousarnas hospedam- s e viram-se obrigados a abri-gar-se numa espécie de estábulo abandonado,perto da cidade.

Foi nesse miserável aposento, e no meioda mais completa pobreza que, à meia noitede 25 de Dezembro, nasceu o Divino Salvador.A criança foi deitada em cima de palhas, epara aquecer-se só tinha uns pobres panos eo.hálito quente de um boi e do burrico per-tenr l>sé."p nino us,

que vinha ao mun-d" var a Humanidade e nos <.

sublin: mplos de humildade,amor.

® homem amarelo, defaces enrugadas emal-encarado, quedesempenha-va as funções decontínuo, i n c 1 i -

nou-se até o chão e anunciou:Sua Alteza Yukzukiti, pre-

sidente do tribunal de Wasumi.E passados instantes:

Suas Excelências os juizes.A entrada destes foi solene:

cores vivas e reluzentes, andarcompassado, fisionomias graves,em harmonia com a solenidadedas circunstâncias e do lugar.

Então, o contínuo chamou:Os queixosos'

Estes entraram e curvaram aespinha numa reverência tão bai-xa, que quase baieram com a ca-beca no soalho.

Eles mesmos se deram a co-nhecer:

Lah, negociante de algodãoem bruto na praça de Wasumi.

Lhôo, negociante de algodãoem bruto na praça de Wasumi.

Loú, negociante de algodãoem bruto na praça de Wasumi.

Depois que os três se sentaram,o contínuo gritou:

O acusado!Um homem entrou, fez tres

zumbaias em vez de uma, varreuo chão com a sua cabeleira un-tuosa. ajachou-se com um ar dehumildade degradante, e murmu-rou:

Lih, negociante de algodãoem bruto na praça de Wasumi.

Os três queixosos levantaram-secom estrépito e, num conjuntoperfeito, iniciaram uma acusaçãovirulenta, acompanhada de voei-ferações e gestos grandiloqüentesAcusação que não tardou em de-generar numa berraria irritante.

Afinal de contas, o caso resumia-se no seguinte:

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Lah, Lhôo, Loü e Lii, negocian-tes de algodão em bruto na praçade Wasumi, formaram uma so-ciedade. O negócio progredia aolhos vistos e propinava-lhes lu-cros consideráveis. Tiveram até deadquirir uma casa maior. Ora, su-cede que era um pardieiro ondehavia ratos à grande, os quais es-tavam dando cabo do algodão!Visto isso, os quatro associadoscompraram'um gato, do qual sediziam maravilhas...

Era um bichano excepcional. Etinha dentes afiados...

Sempre à espreita, nunca au-sente dos fe«tins em cujos car-dápíos figuravam costeletas deratos como "prato do dia" e filéde rato como "sobremesa" êle

prestava seu serviço de vigilantecom um desempeno, um ardor euma conciência nunca vistos.

Como os compradores do gatoeram quatro, cada qual pagou sua

parte, representada por uma patado animal.

Lah comprou a pata direita an-terior, Lhôo a esquerda anterior,Loú a pata direita posterior eLii a esquerda posterior.

Aoniveceu que, certa vez, o gato.ao atacar uma família inteira de

ratos jovens e velhos, foi agredidobrutalmente por madame Rata

que lhe ferrou os dentes na pataesquerda posterior, propriedade deLii. Este tratou do ferimento, comcuidado; depois, cobriu-o com ura

pano oleado.E é neste ponto que começa o

drama.

o r/co-iico

Era inverno. Um braseiro foraaceso num ângulo do estabeleci-mento. O gato, cuja pata ferida oincomodava, foi aquecer-se ao bra-seiro. Mas achegou-se por demaisao rescaldo, a ponto de pegar fogono penso. Louco de dor, o gatolargou numa disparada, indo con-torcer-se em meio dos fardos dealgodão, pensando que assim cx-tinguiria a queimadura que o de-sesperava. _. /a

CONTO DE

ROBERT PORRET

Em vez disso, foi o algodãoque pegou fogo. Em alguns minu-tos, levrava incêndio na casa toda.que resultou dano considerávelpara os quatro negociantes. ELah. Lhôo, e Loü lançavam, ago-ia, toda a culpa da catástrofesobre o pobre Lii, esbravejando:

— A causa de tão grande des-graça é a pata esquerda posteriordo gato, propriedade de Lii! QueLii nos indenise, pois, dos pre-

juizos que sofremos e dos quaisêle é o único responsável!

E Lhôo ponderou, com auton-dade:

Toda discussão seria inútil.Os senhores juizes não podem,lógica e razoavelmente, decidir se-náo pela condenação de Lii!

Então, Yuksukiti perguntou:— Sr. Lii, ouviu bem a acusa-

ção que lhe fizeram? Que tem adizer em sua defesa?

Lii prosternou-se seis vezes, sol-tou um grito lancinante, mais lon-go que o rio Amarelo e mui-murou:

— Lii tem que ficar calado!Yuksukiti é um grande, íntegro emagnífico juiz! Seus julgamentosdevem ser aceitos por todas aspartes. Lii submete-se, oh! Yuksu-kiti, à decisão justíssima, razoabi-líssima e louvabiiíssima que vosditar vosso espírito poderoso emagnânimo!

(Condúc no fim da revista)

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WCOWCO, BOIKO r AZE/70/Vfw I.'*"Mz^>aMOLEQUE / SE O PEGO OUTRA VEZ,TIRANDO GRÃO DE BICO, TORÇO-LHE

IMAGINEM SO/ O 'SEU' JOAQUIM DAVEN.PA PROMETÉU-ME TORCERO PESCOÇO..

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J VENJPA PROMETEU-Mt TOfíCELRy~^~-^~^~AA^\o PESCOÇO., -5-* ' O PESCOÇO..^

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Ü"SEU" -JOAíPü/M VAI VER QUEM}) A/O DIA SEGUJMTFSOMOS» MOS. VAMOS COLOCAR» ^ ^^v —? -^

COMO E'QÜE O SR. COLOCA MA PORTAÜfA CARTAZ DESSE?, E DEPOIS OJAArfAA POI_l'ciA, DIZENDO C?üE ESTA' SEiM

DO ROUBADO?

\&jy tudo de g tf/^Jjf ^^GRAÇA PARA áL <J/

/'^CÍOS FREGUESES. \/^

\ J )/ LEVE O QUE /"~ XjS Y*^ QUISER /

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COMO TEM PASSADO/SEU" AZEITOA/A,SÉQUIZER.POPE TIRAR ALGOA/SGRÃOS DE ÒICO..-

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/o O TlCO-T/CO DEZEMBKO—W4

I BRRSHiEIROS. HOTAVEIS |Desenhos de GOULART (V) |

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li Olavo Bilac Quintino Bocaiúva I

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Max Fleiuss Elói Ottoni

BIOGRAFIAS NO VERSO DA PAGINA

DEZEMBRO - /5-H O TICO-TICO

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Quintino Bocaiúva

QUINTINO Bocaiúva nasceu no Rio de

Janeiro a 4 de Dezembro de 1836. Erafilho de pais pobres. Desde cedo se reveloumuito inteligente e aprendeu a ler de um diapara outro. Ficando órfão aos 13 anos, deixoua Corte e foi para São Paulo, onde trabalhavapara pagar os estudos e poder viver.

Começou, então, sua vida de jornalista.Interrompeu os estudos de Direito por faltade recursos e veio para o Rio, onde trabalhouem vários jornais, tendo dirigido "O País",onde tomou parte nas campanhas da aboliçãoe da propaganda republicana.

Quintino foi o primeiro Ministro do Ex-terior da República. Seus serviços ao novoregime foram valiosos. Como homem de lm-prensa, foi um dos maiores que o Brasil játeve. Foi senador e governador do Estado doRio.

Faleceu no Rio, a 11 de Julho de 1912.

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Olavo Bilac

OLAVO Braz Martins dos Guimarães Bilac

nasceu na cidade do Rio de Janeiro, a16 de Dezembro de 1865.

Para atender à vontade do pai, que eramédico, estudou medicina até ao 5.°' ano, masnão se formou, tendo iniciado o estudo dedireito em São Paulo, curso que também nãoconcluiu.

Desde cedo foi cultor das musas, e peloseu talento, e inspiração foi consagrado opríncipe dos poetas brasileiros. Era notávelcronista, orador fluente, jornalista de meri-to. Foi abolicionista exaltado. Grande pa-triota, Bilac foi a alma da campanha peloServiço Militar Obrigatório. Trabalhou de-votadamente por essa bela causa e tantose fez notável nesse setor de sua ativi-dade, que hoje se comemora o "Dia do Re-servista" na data de seu nascimento, em suahomenagem.

Bilac faleceu em 1918.

José Elói Ottoni

JOSÉ' Elói Ottoni nasceu na cidade do

Serro, Minas Gerais, a 1.° de Dezembro de1764. Ainda estudante' de ginásio, em Dia-man tina, era encarregado pelo diretor do es-tabelecimento de lecionar os jovens colegas.Assim foi que concluiu o seu curso, custeandocom o trabalho ainda os estudos dos irmãos,pois eram pobres.

Esteve em Roma, onde quase se fez padre.Foi professor de latim em Portugal.

Era inspirado poeta e chegou a traduziras 'Geórgicas", de Virgílio. Deixou obras pró-prias e traduções consideradas excelentes.

Elói Ottoni lutou, durante toda a vida,com a pobreza, até que foi nomeado oficialda Secretaria dos Negócios Estrangeiros.

Faleceu em Outubro de 1851.

Max FleiussA/í AX Fleiuss (lê-se aproximadamente

Flaiss) nasceu nesta capital a 2 deDezembro de 1868. Era filho do grande na-turalista Henrique Fleiuss, notável desenhistatambém.

Aos 20 anos iniciou sua vida pública. Foiprofessor, jornalista, e estudioso da nossaHistória, de que se fez conhecedor profundo,tendo deixado trabalhos de alta valia quehoje são considerados preciosos.

Era membro proeminente do InstitutoHistórico e Geográfico Brasileiro, de que foiSecretário Perpétuo.

Representou o Brasil, em várias ocasiões,em congressos de História e Geografia, e atéquase a sua morte foi colaborador assiduo dosprincipais jornais e revistas do país.

Faleceu em 1942.

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12 O TICO-TICO DEZEMBRO - w*

if^''^s^™_* I ra Gavetinha do Saber

O quati ó o únicoanimal que desce dasárvores com a cabe-ça para baixo, segu-ranao-se ao troncoou aos galhos com aspatas posteriores.

•Aprender grego é

mui difícil, e só aosestudiosos pode trazer-vantagens; contudo,convém conhecer osignificado de algu-mas palavras. Pseu-dos, quer dizer falso;zoo, animal; tele, lon-ge; theos, deus; pan,tudo; cryptos, oculto.

•E' um erro comum

crer que os vagalu-mes somente' emitemluz durante a noite.Fazem-no também dedia, mas a luz do sol,muitíssimo mais for-te, impede que se per-oeba a dos vagalú-mes.

•Tinjindo-se a ma-

deira da pereira e dacerejeira, obtém-se uma imitação per-feita do ébano. Tãoperfeita, que muitasvezes até os entendi-dos em madeiras seequivocam.

•O polvo não perse-

segue os animais deque se nutre. Perma-nece escondido entreas rochas, debaixod "água, e quando vêaproximar-seum peixe ou moluscoenlaça-o fortementecom seus tentáculose devora-o.

Os Hebreus e ' osPersas foram os pri-metros a construiraquedutos para pro-ver de água as ctda-des. Na antigaRoma, fizeram-se va-nos aquedutos nota-veis, tais o "Aquedu-do de Cláudio", quetinha 60 quilômetrosde comprimento eque levava a água aRoma desde os mon-Albanos. Atualmenteacha-se em ruínas.

A' rainha Isabel aCatólica atribuia-seo epíteto de "Rainhada agulha", em vir-tude de ela mesmacoser a roupa de seuesposo e de seus fi-lhos, e era tal a suaoperosidade que nãovacilava em cerzir etambém remen-dar qualquer peçado vestiário real.

O gato é origináriodo Egito e muitasdas esfinges cxisten-tes naquele pais teemcara de gato.

O cão chamado le-bAeu provém da Afri-ca. o molosso, outraespécie de cão temsua origem na Ásia,de onde panou à Ma-lásia, cujos httbitan-tes o adestraram, en-tão, para a caça.

•Já repararam que

quando um homemacende um fósfororisca-o da direitapara a esquerda, aopasso que a mulhero faz deslizar da es-querda para a direi-ta ?

A catedral da cida-de do México levou100 anos a ser cons-truida.

A da cidade deYork, na Inglaterra,levou ainda maistempo: foi começadaem 1154 e só foi ter-minada 318 anosmais tarde, em 1472.

íP5nS

Quando, em uma'casa da antiga Gré-cia, nascia uma crian-ça, era uso colocar-seã porta da rua fll-guns ramos de olivei-ra.,

A oliveira é a amo-re que dá a azeitona— ou oliva — cU quese faz o azeite doce,eu óleo de oliva.

Aquele uso gregodevia ter uma signi-ficação que não sa-bemos qual seja.

Na Bolívia se en-contrcun, em abun-dância, ametistas,opalas, topazios e tur-quesas, mas não estãobem exploradas ossuas jazidas.

Há também esme-raldas, tão boas co\noas da Colômbia.

Estas esmeraldascolombianas são afa-madas em todo omundo.

Diz-se que umaflor é rajada quandoapresenta pétalas ma-tizadas de várias cô-res.

•Os templos muçul-

manos não usam si-nos para atrair osfiéis. Três vezes pordia, o "muezzln" (sa-cerdote) sobe ao mi-narete (torre) e gri-ta: — "E' a hora daoração... Venhamrezar". — Repete es-sas palavras, giran-do em volta do mi-narete, e fazendo umportavoz com asmãos.

•Entre os monarcas

que permanecerammais tempo no poderfiguram: Jorge m,da Inglaterra, o qualreinou de 1700 a 1820,isto é, 60 anos; a rai-nha Vitória, do mes-mo país, 67 anos;Francisco José, Impe-rador da Áustria, 69anos; Luiz XIV, daFrança, 72 anos;Luiz XV, seu suces-sor, 59 anos.

U:na embarcação ti-pica das costas da In-dochina é o gay-yon,que mede 16 metrosde comprimento por 2du largura.

A s extremidadessão altas, como as dasembarcações antigase tc\ nduas velas, umadelas de grande ta-manho. A um dos la-dos sobressai uma lon.ga táboa em que, sesentam os marinhei-ros para fazer de con-trap so, em certos'.nomentos, quando opeso das velas ineli-no o gay-yon para ooutro lado.

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O pingüim faz seuninho no chão, emlugar isolado, masonde dê muito sol, ecerca-o dj pedras paraprotegê-lo. Geralmen-te é o macho que trazos calhaus e a fêmeaos dispôs e,n. formacii\cular, dando ao ni-nho o tamanho apro-priado e fazendo nomeio deste uma cavi-dade não muito pro-funda, onde depositas.us evos, que nãopassam de três emcada postura.

•Yukon é uma pro-vincia do Canadá,

que ocupa uma áreade 534.000 quÚôme-tros quadrados deterras polares, mon-tanhas e desertos.Seus habitantes sãocerca de 5.000, dosquais 4.000, aproxi-madamente, vivemam Dawson City, acapital.

•Voltalre, c mais ale-

gre dos escritoresfranceses do seu tem-po, era tido como ohomem mais feio deParis. Quando nas-ceu, os médicos lhederam apenas umdia de vida, mas che-gou a viver oitenta etrês anos.

Ao morrer, foramestas suas últimaspalavras: "Morroadorando a Deus,amando meus ami-gos, não odiandomeus inimigos e de-testando a superstl-ção.

nr.zrvBRn - .o.» O TICO-TICO 13

Para bem viver(MO NÓLOGO )

EUSTORGIO WANDERLEY

Neste mundo é necessário,A quem quiser viver bem,Falar cem muito cu.dadoPra não desgostar ninguém.

Nem franqueza em dçmasia;Não empregar frases rudes,Encobrir durai verdadesCem o manto da fantasia.

Não dizer a algum feiosoQue êle é feio de espantar,E sim que tem qualquer coisaNo rosto que ha de agradar.

A um tipo muito sovinaNão alcunhar de pão-duro,Poiém dizer que é econômicoE terá certo o futuro.

A um outro mãos rotas, pródigo,Exatamente o contrário:Chamá-lo de generoso,E nunca de perdulário.

A um sujeito mal-criadoDe "gênio forte", teimoso,Dizer que êle é neurasténico,Temperamento nervoso.

Um que seja mal-dizenteNão é mais "lingua ferina"E sim que é muito... satíricoE de uma eloqüência fina...

Do que é... burrinho de todo,Nada tendo de letradoSe afirma ser... retraído,Ou, talvez, um... retardado.

Ninguém di7 que é porco ou sujoO tipo desasseiado,E sim que e omito... filósofo,Ou que é... despreocupado.

Um camarada maluco,Fazendo em tudo arrelia...Se diz hoje que êle sofreDe mera esquisofrenía...

Menino muito "levado"Peralvilho, irreverente,Pra não desgostar aos paisSe chama de... inteligente !...

Pois é isso ! E' como eu disse:Para a gente viver bemTerá de ser bem jeitoso,Não desgostando a ninguém...

Por exemplo: vocês mesmos,Embora sem ter gostadoDo que eu disse, batam palmas..— Muito bem ! Bravo ! Apoiado !...

Para vocêdistrair

se

Êste desenho é osímbolo dos bonslivros. Êle assinalaos livros da biblio-teca Infantil dOTICO-TICO exce-lente leitura, diver-tida, escolhida e sa-dia.

Os volumes recen-terr.ente aparecidos,e que formam, emcoleção, um ótimopresente, são: "Con-tos da Mãe Preta"

"Histórias Mara-vilhósas" — "Repor-tagens de Pitusqui-nho" — "Históriasde Pai João" — "Nomundo dos bichos"

"Pedro o peque-no Corsário" —"En-trou por uma por-ta e saiu per outra"e "O Tesouro deDom José", custan-do cada um seiscruzeiros.

DAMOS à página 19 um jogo

para passar o tempo, e aquivai a sua explicação.

Não se trata de Concurso, nemé preciso mandar para nós o qua-dro recomposto.

O que vocês devem fazer é ape-nas colar a meia página em pa-pelai., recortar com cuidado os pe-dages, e terão um bonito "puzzle"

colorido para armar, com o quese distrairão de verdade.

E' preciso cuidado ao recortar,fczen&o-o pelo limite das partescoloridas, embora não tenha cadapedaço o respectivo limite. Os cor-tes são todos em linha reta, e issofacilita não só a preparação dospedaços como também a reconsti-iuição do quadro, que é un dese-nho de Paulo Afcnso, o ilustradorde O TICO-TICO, de que vocêstanto gostam.

Esse "puzzle" serve para vocêbrincarem com os seus irmãospequeninos.

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14 O TICO-TICO DEZEMBRO .. 1944

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^^.i.,.^___,_._^^*****^*********************m****^^^mm^*******m********m*â

DEZEMBSO—t»U

UMA CARTAEXEMPLAR

"Caro Johnston:

Julguei acertado por agora não temandar os oitenta dólares que me pe-diste emprestados. Das outras \ezes

que te ajudei um pouco, disseste-me:"Agora vamos ficar desafogados"Mas dentro de pouco tempo te encon-trava nas mesmas dificuldades no-vãmente. Ora, isto só pode acontecerem conseqüência de algum defeito emteu procedimento. E creio que sei quedefeito é esse. Não és preguiçoso, masés um ocioso. Desde que te conheço,duvido que tenhas cumprido a tarefade um dia integral de trabalho. Não é

que te desagrade trabalhar, mas nãotrabalhas muito simplesmente porqueachas que não tiranas grande proveitodisso.

Nesse hábito de esperdiçar o tem-

po é que está toda a dificuldade: im-

porta muito a ti e mais ainda a teus

filhos acabares com tal hábito. E' maisimportante para eles porque viverão

mais tempo c poderão mais facilmente

guardar-se do hábito da ociosidade an-

tes do que depois de o adquirir

Estás neste momento necessitado

de dinheiro: o que te aconselho é tra-

balhares "com unhas e dentes" paraalguém que te pagará em dinheiro

por isso.

Deixa aos cuidados de papai e de

teus filhos a tua tarefa doméstica —

preparar a colheita e executá-la — e

vai tu trabalhar pelo melhor salário

que possas obter ou em desobrigarão

de tuas dívidas. Para te assegurar

uma boa recompensa ao teu trabalho,

prometo-te que por dólar que ganharesde hoje até o primeiro dc Maio, ou

por dólar de tuas divi-

das que arnortizares,

dar-te-ei outro dólar.

Desta maneira, se

ganhares dez dólares

num mês, receberás dc *

mim outro tanto, perfa-zendo assim vinte dóia-

res. Náo quero dizer

que vás a São Luiz, ou

às minas de chumbo, on

às minas de ouro da

Califórnia, e sim que

procures trabalho pelomelhor salário perto de

casa — em Coles

County.

Estou certo que se

procederes assim, ficarás

em pouco tempo livre

das dividas e. o que é

melhor, adquiriràs uni

hábito que te evitará

endivídares-te novamen-

te. Se, porém, eu te aju-

dasse agora com dinheiro, no ano

que vem estarias mais atrapalhado do

que nunca.

Dizes-me em tua carta que estás

tentado a ceder o teu lugar nc Céu

por 70 ou 80 dólares. Quer dizer queavalias cm muito pouco o teu lugar

no Céu, pois estou convencido de quecom a proposta que fe acabo de fazer

podes arranjar os setenta ou oitenta

dólares em quatro ou cinco meses de

trabalho. Di_es que se eu te empre -

tar a quantia, me darás em penhor aO I

/^_""**^_

"'cfo ^6ra/,- -Jo /"*^__.

^^*""**"»__. ** /

____*"" m ______ __É_____> 1 mrri_^_

a\t^ __P T__í_ . '*Y^5___f Y^^Sfi*Er _________ \ ^Btiti\-_M-\V u'^*^Mm1^^J ^^^_*^_Ü

Abrahão Lincoln

tua terra, e que se não me devolveres

o dinheiro, ficarei dono dela. Tolice!

Se agora com a terra não tens par3viver, como haverias de viver sem

ela?

Foste sempre afetuoso amigo enão quero que atribuas esta minha

resposta à falta de amizade de mi-nha parte. Ao contrário, se seguires

o —meu conselho, verás que vale oitovezes mais do que os oitenta dólar»-

que eu te mandasse.

Teu irmão muito amigo

A. Lineoln.n

a

M<Sf / ^>v/ n. ^# OM as mãos dentro dos bolsos e a

/ /^irCU^ ^i*^ cabeça erguida, o Zé AntônioL___J^^~^^/, /^X. olhava, com dois olhos muito<ç£. ^r grandes, todos os movimentos que fazia ^. ^^^~jC

<7 o Zé Luiz, tranqüilamente sentado sobre S\ <^^^\d~ v// ° Parapeito da janela do sobrado, a (7/ ^\^ /<^*<<£__ chupar balas. E as balas iam sendo *^ "^j"" 7

^y\ ~_£

/ devoradas, uma a uma, enquanto o Zé ^\^___^ç V*ÇS s\axvi soltava ao vento os pequenos reta- "n.

__c\ lhos de papel de cores. *%. ç-~^. ^^^^\ r^>-, Ze Antônio seguia, triste e resignado, \T ^<T^v ^"\ f-

^^ \./ II ° balanço incerto dos papeisinhos colo- "^v. **è7/ (\/^ r—f ridos que subiam e desciam, à mercê da Oy*\(tf J \ / brisa volúvel, como pequenos símbolos s^~\^ viJ^ \>S^A recordar o destino de cada um. r^

"\v vN.

/ ^*-L_ \ ^* \mxi tinha um padrinho rico. X. Z^-^\ N^-^^wSy, ) J-^ ^-*õ] Fora éle, talvez, quem trouxera aquele \. s~" «i

^^^o

yi <s /^ /JlfV^ cartucho azul, com letras douradas, cheio ^~^/ s.Kf////

' \ ^ de caramelos deliciosos. ', /_ ^—>vx \

^-ííffC' lf I \ 7T*~-~- Zé Antônio pensou então na mamãe . \\ \M ^^j,^^ L^r~~~y~^y doente que lava roupa, e voltou para \ VS *^7/9 ^v'$^__e7_\ 7\ at seu barracão, para dormir mais triste. -Ovi\ » 0//v^»/7 A 1í-r ^\^*^ ^ Na esteira pobre éle então sonhou x. ^^Xir^y^^.

\ ^^s.

^1{\ T"'.!'*. "Aqueles papeisinhos todos eram agora Vn^ (vV) 777Ú, X\ \ \\K ( iJyT~ borboletas de muitas cores. Grandes, ^SlYT /3Cr/\ír \ yí \ ^vjy. / /^y JjjJ^h pequenas, muito grandes e muito pe- te In?l ^"n^v^fi/XAU^-y. j n S tVÇ~"~>í quenas que traziam também, um cartu- tv\ /"^\ ^. s^ ^O

\ — *r f kÍtV\>T"A c'10 de caramelos; azul também, com Vf ¦0^ ^^^

^-"T^-isCL ^"-f^i letras douradas. /'TjJvL ^nV\

^">rir>r**^ v-^/ I \^_L Dentro da folhagem espessa das ar- , l 7J? |Jx/® \ 7ff*%U*r~A. \\ j—fZ">y vores grandes os passarinhos chilreavam Vjk J «^V. f j ^TTamfl 1^*"'^/, '''y/) uma música bizarra que devia ser a A 1 i^\ I /¦\

1/ "Sinfonia dos Papéis de Balas". E Zé ^T\l / \ / \ T( /II A C \T Antônio, então, compreendeu como nas- [ ^Ty(L*^=di fc==V^JH^ ^r==

/ \ l Ai v /MV ceram as borboletas, y^Jaí[*Í v^\^-

/* O TICO-TICO DEZEMBRO—19H

D/STPA/&.

~IÍ$WyL*A* ' ""\í___v_?/* • ° * * • AamW\ _^kL^^^"~*^ ^ÇP 0

^^ o o "• ° •*» '

_gS^

(Texto r* outro .oca/ da rtifistul

DtZEMBIlO—mi O TICO-TICO i.t

«oi Mm

MEU INSTINTO CANINOME ^A' A C&ZTEZA DC QUEHOJE i/OU TER, UM SOBCJZ6o

ALMOÇO

-ACORDE., "DCWHlHrtOCO. O .ALMOÇO ESTA'NA HESA » SE VOCÊ Tlve&SE O FARODO VlRAUSTA. o_v'TERIA ALMOÇADO

y ^-^>Vv.*>» _x ^ X "^X ÁyQ'* i)y

QUE. FALTA DC MEMOR/Anão posso me _triBa_eaC_V ALMOCEI OU NÃOoue mÊs po t>a e.'

ESQUECI O QUE DEVIAFAZER ,SE ENTT2AE NAFILADO LEITE OU IRAO CINEMA

PACE.Ce QUE EU CONHEÇO ESTE SUJEITO AWNHAFRENTE,MAS NAO 5El BE ONDE. VOU PEt*RQUE ELE PISA COMO F'g3üE F.U HEI <*HAHO. />.

"POM DIA .CAVALHEIRO « PARECE QUE o 1 AH.AGORA ME LEVBCO. O SR E' SR, PARACHOQUE,AQUELA VCONHEÇO , NAO SE| Lflí CONHECI UM, COM UM TAL DE 1|cOSnt:'PAVInAorft A CASA ^—<*V>PE OHD&-nr7_JASU& CARA.NA PABACHOOUE.IOu^l^T^*' ^^J S ^

^^¦TENC.AR.A vSeN Jik MEio^ -ÍOp, |

^Pi^i)/ ^Éfck S^& y^<W\ ^« cA/^^1?*1

——. -— .AOUt LHE APRESENTO ^\

TEM GRAÇA' EUMEU CACHORROVlRAt-ATA" TENHO UM IGUALDA LEGITIMA NOBRE2A rf MAS NAO TEM UMAÍDOS PEUGBEE. —I BARRIGA. TÀO

UiRAMD&ASSlUjT

TENHO MUITO PCA2ER E-MAP©U5RiR. UM NOVO AMIGO.COKIVJIPO-O A ALMOÇ_rt.COMIGO-A MESA. BSTO.'

¦*— yi\.* poo»rr.A-y

pétO-TtCO Df.'fM8*C

©ÈC1EE©§DIM__)H«•¦» '.o Cone.,» d, C«.«oi iO TICO-TICO) CONTO d»

^.Jfck "***t._ur_ in_ REGINA MELILO

*\_PV """A. ^_|__, VI *_) J «*?_*•¦ í'?_' ' ""

^~aa^aia—^»\. ^^ l^^^r*""^™"™"'/^

«¦^ filha da lavadeira morreu!

_| >^|\ — Vamos espiar?* *• — Ela está num caixão muito bonito.

Parece um anjo do céu!Maria seguiu as outras meninas e se aproximou tam-

bém.Na salinha pobre, ladeado por quatro velas, o caixão-

zinho azul repousava em cima da mesa.A pequenina morta parecia dormir. Tinha nos lábios

pálidos um vago sorriso. Parecia uma boneca! Uma lindae frágil bonequinha de cera dessas que se vêem nas vttri-nas de um bazar...

Tão bonita! — pensou Maria.E seus olhos compassivos se enterneceram unida mais,

vendo uma pobre mulher que soluçava baixinho. E" a lavadeira. Coitada! Va ficar tão sozinha!

Isso nào! Aquela menina que ali está, também èfilha dela.

Maria se voltou, e viu na soleira da porta, uma me-nina franzina e magra, que tinha os olhos inchados detanto chorar.

Então, compadecida, ela se aproximou da pequena: Era sua irmãzinha? — perguntou para dizer ai-

guma coisa. Era... — disse a menina num soluço.

Pobrezinha! Estava muito doente? Estava sim. Fizemos tudo para que ela não mor-

resse... Mamãe gastou tudo o que tinha. Eu passei muitasnoites sem dormir, cuidando dela, carregando-a enquantoa mamãe descansava um pouco, para poder trabalhar nooutro dia... Mas Deus não quis, e a levou!

Não chore! Ela é mais feliz no céu!

— Eu sei... Mas acasa vai ficar tão tristesem ela! Estava apren-dendo a andar. Já diziapapai... Já dizia ma-mãe... E me chamava,também! Era tão en-gra^adinha!... Era aminha boneca, sabe?

K a menina conti-nuou a soluçar...

Maria voltou parasua casa, pensa tiva etriste.

Muitos dias se pas-saram.

Uma tarde, Maria es-tava no seu quarto côrde rosa todo batido desol, e Drincava com suaboneca.

Era uma linda bo-neca de louça, de gran-des olhos pestanudos,que se abriam e fecha-vam sonhadores, comose fossem verdadeiros.

Maria gostava muitodela.

Era a sua bonecapreferida. A sua melhorcompanheira.

Foi então que, derepente, Maria se lem-

brou da pequenina morta. Sim... Havia uma vaga se-melhança entre as duas...

Ambas tinham a mesma boca pequenina, os mesmoscabelos louros, os mesmos olhos azues como as horten-sias...

E então, tudo lhe voltou ao pensamento.Pareceu ver outra vez aquele rostinho côr de cera,

branco e sem vida... Aquelas mãosinhas magras cruza-das sobre o peito...

Aquela salinha pobre onde a lavadeira chorava, e amenina franzina dizia, sufocando os soluços:

Nossa casa vai ficar tão triste! Ela era a minhaboneca, sabe?

Maria ficou por algum tempo pensativa, abraçandosua linda bonequinha. Depois foi procurar a mamãe.

Falou qualquer coisa ao seu ouvido e saiu pouco de-pois, carregando a boneca.

A casa da lavadeira não ficava longe, e Maria logochegou lá.

Encontrou a menina sentada na porta, vendo os auto-móveis que passavam.

Seus olhos cansados e tristes se levantaram assusta-, dos, quando Maria disse, entregando-lhe a boneca:

Trouxe isto para você! Sei que você tratará bemdela...

E, antes que a menina pudesse dizer alguma coisa:Agora você já não ficará tão triste, não é?

E abraçando mais uma vez a sua linda bonequinhaloura,que parecia lhe dizer adeus, saiu a correr muito de-pressa, escondendo as lágrimas que brilhavam em seusolhos, mas sentindo uma grande, uma enternecedora ale-gria a cantar no coração.'

Df/FVBÍ'. I . O TICO-TICO il

**. -_Rtí«lOS ÓCULOS C1)R D

ERA

uma vez uma princesinha que se chamava Mari-bela. Porém esta princesinha — ao contrário do quesucede nas velhos contos — nào tinha diadema deouro, nem trono de cristal, nem corte, nem servi-

dores, nem jóias, enfim, nenhuma dessas coisas que deve tertoda princesa que se preza.

Havia muitos anos, quando o seu avó, reinava num paísdistante, rebentou uma revolução que o destronou e dester-rou toda sua família.

No dia do nascimento de Maribela não houve, pois.festas, nem banquetes, nem repicar de sinos, nem músicade fanfarras; nem siquer vieram as fadas, que devem presidir,secundo dizem, todos os nascimentos principescos — provavelmente, porque as fadas nada querem com princesas des-tronadas, — e foi assim que faltou a fada Fortuna — a delongos cabelos de ouro — e faltou sem sequer ter a gentilezade se desculpar; — a fada Beleza, a de olhos de esmeralda;também não veio a fada Saúde, a de faces rosadas e lábiosde coral. Só chegou a fada que nunca faltava aos nascimen-tos dos desherdados — chamavam-na, por isso, a fada Mi-sericórdia; — esta boa fada inclinou-se sobre o berço des-provido de rendas e beijou docemente a cabecinha do bébéque dormia.

Em seguida, tirou de um cofre de nácp.r um objeto es-tranho: era como que uns óculos, porém, tão pequenos, tãotênues, tão transparentes que olhos de mortal jamais pode-riam divisá-los e se necessitavam olhos de fada para os pederver; eram duas rodelas de crijtal dejgadíssimo, dum rosamuito pálido, unidas entre si por um* fio di ouro tão finoque mais parecia um fio de cabelo.

A fada Misericórdia colocou-os sobre os olhinhos da prin-cesa. Depois, bateu as asas azues e se foi voando pela janelaentre-aberta. Como tudo isso aconteceu durante a noite, en-quanto todos da casa dormiam, na manhã seguinte, ninguémnotou os levíssimos óculos rosados sobre os olhos do bébé etambém ninguém ficou sabendo da visita da fada Miseri-córdia.

Passaram-se os tempos. Maribela estava já com dozeanos, vivia com $ua mãe, agora viuva, e uma servente paratodo serviço, em uma casinha branca com telhado vermelhoPela manhã, ajudava a mãe em alguns afazeies da casa; àtarde, ia à escola do bairro, com os meninos vizinhos: a filhado armazeneiro, a filha do eaixeiro da venda e os filhosdo funcionário do Banco. Ninguém sabia que Maribela erauma princesa de verdade. Até a própria Maribela mal o re-cordava, e isso mesmo porque às vezes a mã. lhe falara desua pátria distante, com suas grandes montanhas cobertasde neve, do velho palácio, revestido de mármores, e do par-que arborizado, com o lago onde nadavam os cisnes. Suamãe lhe contara também o esplendor das festas da corte;do dia do seu casamento, da carruagem puxada por quatrocavalos brancos, que a conduzira à igreja; do diadema deouro que cingia suas fontes e que tanto a magoara, ao trajede noiva, com seu manto de renda, que levavam os pagensi-nhos vestidos de azul. E também recordara com tristeza oscânticos que entoavam à sua passagem pelas aldeias e

as exclamações entusiásticas do povo, essemesmo povo que pouco tempo depois selevantava contra eles e os destronava.

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CONTOPARAMENINAS

Porém, Maribela, embora nao ignorasse os temjx)Sbrilhantes e formosos que ela não chegou a conhecer,vivia feliz em sua casinha branca e se sentia contenteno jardim minúsculo, povoado de jasmins e madres-silvas.

Não era bonita, como costumavam ser as princesasdos contos, e também não tinha os cachos d. ouro quedevem ter as princesas. Maribela era fraquinha e pá-lida, tinha os cabelos curtos e castanhos, os olhos par-dos claros, e para piorar seu aspecto físico, um defeitode nascimento num dos pés a fazia capengar umpouco, quando caminhava. Porém, ainda assim, Mari-bela tinha algo precioso: seu sorriso. As vezes, as pes-soas a cumprimentavam, pelo caminho, somente peloprazer de vê-la sorrir, porque o seu sorriso deixava debom humor os que a cercavam.

Maribela, apesar de tudo. vivia feliz, em sua casi-,nha branca de telhado vermelho. Cantava desde a ma-nhã até a noite; cantava enquanto cuidava de suasgalinhas e regava as plantas: cantava enquanto aju-dava a criada a lavar os pratos e a fazer as camas;cantava a caminho da escola e ao regressar; quandocozia sua roupa junto à janela. As pessoas que a viam.perguntavam umas às outras, admiradas por que tinhaa menina gênio tão bom e tão igual

Que tem para estar sempre contente?E' pobre, faltam-lhe os mimos, os brinquedos,

os passeios que fazem outros meninos, é feia e ca-penga...

Mas. ninguém sabia, porque ninguém podia verle sobre os olhos pardos claros de Maribela estavam.üeles levíssimos óculos, presente da fada e que gra-*s a èlés Maribela via tudo côr de rosa, o que equi-*'e a dizer que sempre via a vida pelo melhor modo*ssivel. E mais ainda: graças a seus curiosos óculos^ssa princesa podia descobrir, melhor que os outros,beleza das coisas e assim, para ela, o jardim mi-

Gsculo de sua casa tinha encantos que. aliás, nunca''eram para as princesas, suas avós, o réglo parque** antepassados.

Maribela cuidava com carinho especial de cada""•a de suas flores; flores modestas como: jasmins.jMvas, margaridas, algumas resas e dâlias. Porém,'*ribela acariciava com o olhar as pétalas sedosas e'eludadas, de brancura imaculada, de suaves matizesde tons vivos e sangrentos...

As tardes. Maribela passava-as olhando as nuvens' poente, que desenham sobre o horizonte estranhos''enhos e gastava do sol, que salpica a relva de moe-18 de ouro. que arranca chispas de luz dos calhàusConverte em pequenos mundos de maravilhas as bo-"¦s de sabão na tina das lavadeiras. Até amava a*íva. A chuva que cantava tão suavemente sobre os"filhos do pátio e desenhava cambiantes arabescos de'Wa nos vidros das janelas..

Maribela pensava que para nada lhe serviriam o""o e as j>odrartas, as tapeçarias e objetos faustosos* luziam na corte de sua mãe e avós; seus t ram o

ouro do sol, as pérolas e diamantes da chuva e do rocio. <¦ascorólas suaves e perfumadas, mais belas que todos os Iu.trosos e macios veludos do mundo.

Um dia, viu no quintal vizinho uma nova família.As pessoas do lugar disseram que era gente muito

milionária, e todos espiavam os detalhes riu mudam \do chegaram os caminhões, repletos de móveis luxuosos.

Aquele casal Unha um único filho: um menino que eramais ou menos da mesma idade de Maribela. E o menino.que se aborrecia entre seus muitos folguedos passeando tris-tonho pelo enorme jardim, deixava-se, às vezes, ficar, porinstantes, ouvindo o alegre cantar da princesinha.Por que cantas tanto? — perguntou-lhe, enfim, umatarde, quando os dois se encontraram, junto à grade.Maribela respondeu:

E' que estou contente!E por que estás tão contente0 -- interrogou nova-

mente, admirado, o menino.Como não devo estar? — disse Maribela. Não te pareceque é linda a vida e que o mundo é algo muito formoso 'Francamente! nunca havia pensado nisso —- confi-sou o menino surpreendido.

Desde então, todos os dias, Maribela falava a seu n.inho da beleza que ela descobria nas coisas (graças aóculos còr de rosa); e lhe falava das nuvens, que pinestranhos desenhos sobre o horizonte; dc sol. que salpica .-.relva de moedas de ouro, que arranca- chispas de Iu/ dosseixos e converte em diminutos mundos de maravilhasuma gota de sabão. E falou-lhe também da., flore.;, riatrelas, das aves e das borboletas...

Sabes que agora já não me aborreço condisse-lhe um dia o menino. Mas, não sei ficar sempr<como tu. Como podes consegui-lo?

A verdade nem eu mesma sei, porque estou sempreassim contente — respondeu-lhe Maribela. Será porque dque desperto só penso em coisas belas e se acaso descualguma coisa que me desagrada, procuro recordar-me im se-guida daquilo que me é agradável, penso no que tive e noque tenho de bom... Porém, não sei, realmente, o que mefaz tao feliz...

E' que a nossa princesinha não sabia o que se passarano dia do seu nascimento...

AGORA, eu vos perg .nto, leitores meus: acaso gostarú...que a fada Miseriró-"ia também vos presenteasse com

uns óculos côr de rosa?E se eu vos disser que podeis tc-lo. que esses ócul<

do meu conto nada teem de reais e são em verdade umaboa qualidade, uma qualidade que vós outros deveilet. :porque vos traria felicidade como à nossa princesa '

Uma qualidade... sabeis qual é? Adivinhai! Adivinhai!Seu nome se compõe de duas palavras.. Adivinhai'

Adivinhai!A primeira começa com a letra B p a segundiNâo adivinhais? Pois ai tendes: o

presente da fada, não eram óculos, erasimplesmente Bom Humor! ,

w£ *.________\___ ^_P*** *\i m ^S*

Tradução

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u o ticovco ouimto—iau DEZEMBRO—tBU O TICO-TICO

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_5_<'" ~y\$pqM// Z£5/P£ £ (W .

ANIMAL MUITO TI-MlOo E MUITO VELOZ

NA CARREIRA.

Al W__r_l^iv «2\jw3m _H ^^^S*.

j&*{ /*í^l ^

\1_« O PESCOÇO, A

V<â_í X Formado por x*r^ià 1 VERTE BRÁS/

A HIENA E UM ANIMAL COVARDE .<p__" £06-: POS HOMENS SÃOS SO

ATACANDO 03 MFERMOS."' - ^/?#?£>._; £ FQRMÂDOPOR -7-4 VERTEBRAS

^~L_^3 _____^|___ mTcíl¥—l^^k__j _____r^~ "^y^^fX^Jr

.N"-_

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k05 PHASMIDEOS

TEM FORMAS 5INGU-LARES QUE OS FAZEM

CONFUNDIR COM OS O BASILI6COCAULES E AS FOLHAS ERA TIPO COI10 RÉPTIL

PAS PLANTAS. FA3UL0S0, CUJO OLHARERA MORTAL.

o r/co-Tico DE-EM8ÍO—IS..

NOSSAPEQUENAOFICINA

MODELO TERMINADO

Cola-se a página emcartolina e recortam - seas partes 1 e 2.

Dobra-se 1 pelas linhaspontilhadas e cola-se Cpor trás da parte que lhecorresponde.

Em seguida, cola-seo tampo B nas aletasA A A A.

OUEMBKO—19,i O TICO-TICO u

£?#_

Texto deLUÍZSILVANO

n r\

m

Os tempos corriam maus, e Mestre Lobo nuncalinha passado tanta fome nos muitos anos de suamalvada existência. E aquilo que ele antigamentedesdenhava, como indigno de seu paladar apurado,era agora o prato forte de suas minguadas refei-Voes. Gafanhotos, rãs, cobras, morcegos, passari-nhos, constituiam o seu cardápio habitual.Seu orgulho de caçador de animais de gande porte,havia desaparecido e quando conseguia apanharuma peça maiorzinha, sentia-se como nos temposem qixe era senhor da floresta e portador de umestômago nutrido com pedaços suculentos.Certa manhã, tendo apanhado o inocente môchonum momento de distração, meteu-lhe o dentesmas sem o ferir. Há muito tempo que nãomçava uma presa tão grande.O i.xVhinho, que já mal dizia a idéia de sairdc casa durante o dia, procurou se livrarda guela do terrível cavalheiro, jurando asi mesmo que nunca mais sairia fora dehoras, pois um môcho decente só

-¦•ia no escuro da noite.ii, e conforme lhe permitia a

•¦.ioda posição, comecmi com fât Afí^

W^W 7 DE UMA FÁBULA' este discurso para o esfomeado lobo:— "Não há duvida, excelentíssimo senhor, que mcLtendes em vossas mãos, aliás em vossos dentes.-A^Não me sinto muito infeliz com a minha sorte,pois é uma honra ser papado por distinto e poderososenhor; mas eu gostaria que todo mundo tivesse ciênciade vossa proeza, motivo de orgulho para vós e para mi-nhafamília.Para vós, que conseguistes caçar um môcho que,modéstia a parte, é bicho esperto.Para minha familia, porque fui agarrado por tão posantefera e nâo por qualquer raposa sem vergonha.O lobo, que era um poço de vaidade, convenceu-se euivou com toda a gana:~ "Môcho comi! "

O nosso môcho, mal se sentiu com o corpinholivre dos dentes do salteador, assim lherespondeu: —"A outro sim que não a mim!"

vE Mestre Lobo ficou sem o seu jantar, o que nrprova que os indivíduos vaidososperdem sempre por dar ouvidos aosque lhes sabem explorar o defeito.

P/3CMw*

O TíCO-TlCO DEZEMBRO—1B44

2CD

n9DO

-OCEANO

OCEANO ATLÂNTICO

CLACIAL £ ÁRTICO

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. / OCEANO , (Ji t>&YS

MAPA FÍSICODA ÁSIA

AFRICAAfVf /Nj*>^J •<*?•••«¦

BROCOIÓ, VOCÊ ESQUB^ QUE ESrAno5NAS INDIAS .TEMOS TeTOMAE. NOSSASPCECAUC£&S COKTRA AS PERAS

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3â\B MUITO BOM,MAS HÃO "TEH PR&TICAJUN6LA. PREa&ftrãj-rpAfiO INSETI-1TOnAB^UPADOj-*'^ •—\CIPA

0 1 1 \_ C__VrT> ^1^?^ ~U4PAHA0 ~~~^fjpTlr^ V^J /5^

.mm^ [f llè^iro1^!'^BONITO CACHORWlKU^lPUCa.-. •'»._' \l&\ FA*E~: COH ESSE BiCHlKWo"? |s_IB BR0CO.O' £'MUITO,vlRALATA.VOUCOMPRA'-LO fc -> JilTQMER. ELE/, ^-\ r- . gOM MAS NAO TEM W_n_HINHA, PEFE5A CONTRA AS __3 f^í_V «Ü ^aom PCtCISAnOS PB01E___CL,—— rrfi 1aP^\v O' 0-^5_A rüasiXKi^ »«. -rpA OS I ^-^^.

ÊTA,MEÜ Vl»í_»LATA v. t3E VOCÊ TIVESSE ' H_D MA NACA COMO UMA a^ESTE.TAMANHO ENTGENTAClAUM BOA LEITURA NESTE LUGAti ^» —^^>f—=V

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TIGri2E*MASVOC_VAl CREÕCEIO T TAO PITORESCO ETRANQUllO j^ \T ^rl\ \aÍ^^Í\ PA OUNGLA ? ONDE. &STAO 4 / ' V^l

-._ \üée! uma fera! eeu /¦ xQUEM DISSE QUE NAO * ^^_ 3EH A^n^ /^Z^ \aHúM FEPAS AUf fP KEHHUMA-ELAMAI ^^~^_ /v'u)4^^\

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I-^^tSwA ' r^é^ ^ ^=^_iafv^feVa^TH\fiEucQcHoRc,i

V - ^ [V A/r/ ^iKT//^^} Am ^s-i?l oepççssaJ

Aventurai . . . Audácia» . .(iosta disso ? Pois leu :"PKUKO. o PEQUENO

COatSABIO"

Veja qur página* lindas ofrrrtrao sfu bom gosto"CONTOS l>,\ MAE 1__1 V

.' O TICO TICO

Paíse 'juras agradáveis Ictidi••KNTKOJJ POK UMA POKTA K

J"OR OUTRA'' . . .

nfzEMsro—i»' •

A HISTORIA DE JESUSCONTADA ÀS CRIANÇAS

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Adaptação de Mons. Magaldi

(Continuação)

E enquanto o .Mestre pronunciava tão amargaspalavras, oferecia a este último um pedacinho<le pão."Por ventura Sou eu o traidor?" perguntou judas.— "Tu o disseste. .Mas, o que está por fazer,iaze-o logo", disse, com divina resignação,o Nazareno.Judas tomou o pão das mãos de Jesus e saiu.Logo que o traidor se retirara, a intimidadeentre os convivas do Cenaculo tornar-se maisintensa. Os apóstolos se reúnem em volta deJesus, e Ele lhes faz compreender com palavrasde paternal carinho como fora grande a dádivaque lhes fizera, de si mesmo, procurando conso-lá-los e aconselhá-los na derradeira hora emquese entretinha com eles."Dou-vos um novo mandamento:--Amai-v osuns aos outros como eu vos amei, de forma quepossam, todos os (jue vos seguirem, reconhecei*que sois meus discípulos".--disse Jesus, eE concluiu:

_Jm silêncio profundo pairava no Cenaculo após "Meus filhos, estou entre vós por pouco tempo. Eminstituição da Eucharistia. Os apóstolos gozavam num breve me proc ura reis e não me encontrareis! "

recolhimento mudo e tranqüilo o enlevo daquela hora Simão Pedro perguntou:--"A onde heis. Senhor ?"solene, mais bela e mais eloqüente que a mesma oração. _ A ondc eu for tl] nSo poderás lr. Só mais tarde é queJoão, o discípulo predileto, repousava descançando a , ,

, i poderas seguir-me.cabeça sobre o ombro de Jesus. i ' ¦< •* - . ¦., . . , j. Jesus anunciara muitas vezes a sua morte aos apóstolosApós longo silêncio, Jesus disse: .

_, , j i ..„. !• i , , , e era dessa viagem que entendia talar: mas estavam con-— "Em verdade, em verdade vos digo: um de vos ha de - 7* .•<•/-. , , i . „„...a~n,.,...,™ „ A vencidos de que Ele não os deixaria nunca, por isso nãome trair . Os apóstolos entreolharam-se dolorosamente, ... *

i _•'•_. j „—. „ M—*_ * r » tt chegavam a compreender o que hle dizia,procurando adivinhar de quem o Mestre queria talar. Um - ., .. .

—"h por que não posso seguir-te agora. Senhor, --diziajapós outro perguntaram: .

"Sou eu talvez.. Senhor ? Pedro, " Da™ P°r u a mmhíl ^

"''

—"Aquele que pusera mão no meu prato e ao qual eu —"Danas por mim a tua vida.'

der um pedacinho do meu pão, é o que me há de trair, Em verdade te digo:respondeu Jesus. Eu devo morrer, como está escrito, mas Esta noite, antes que o galo cante, me pegarás ireidesgraçado do hotttem pelo qual o Filho de Deus é traido! Por fim Jesus elevou ao Pae celeste uma fervorosa prece,melhor lôra não ter r.-ascido pedindo conservar nos discípulo uma fé viva, emEra costume entre t»s hebreus que mais de um dos con- sua misão sobre a teria e os glórificar um dia. convivas se servissem nc mesmo prato. Jesus partilhava na mansão eterna.sei com João, que est -a á sua direita, e Judas que se Já era muito tarde. Jesus levuntou-sc e pnrtiti *T**nisentara á esquerda. seus discipulos.

QtZtMbtO-1944 ° '.CO-T/CO ,.

lARC HA NATUREZA'^ ~W T~7 _. ó,W7^ -c_^ A " lantas úteis, Pai-

Yl/ V/'___S_ÍÇy_ í[_^_* ni-iras lindas, um

^-—\( ". / ^Z*^ |J___»__ r>'"." ''° Petróleo.

X/ _/# _^^^_« 1 Plena Primavera!!V_ jA. ml ___flfíf|fi _k ^ ni yranc'e Pântano

¦vi. .>..-¦ .-__... -^ _J__lll _. __. —¦ —-"¦¦¦¦

Iflf, uando checou " "—¦ — .— __ -—:i, viu ura Que-

bra-juar leito para ^^~-^^ ^______ ^__^-impedir qqe <j ocea- . ~^~-~-_T^"~^-_. —~^_ -

... >e as ter- ^ "~^^~;<-__^~~--Cr^^~^_. *>_^_!——^-_~~——-——__ras. Havia uma ^^^~"~~-~~~___^=:=:::::::===~_r"^^ ~~

Queda -dágua, tam- --_ ___^~~TT^ "^^^—^^""---^^^^^---^^^ -—

ouvia do alto, de __ __j>^K>' " -:^£__!T^~=_=_—___ ¦ _ -- " ' ^___^-

dentro do avião. >_*\j_^__»-=-- ~~ " ' ___&»- ^^

fiNmh • \- \\ _' •1l_ IH i \V- ____H --^ / ¦ --W»_^ K-___É_____R_D_m _______D____B_____S__-9<9pkv.. -« ^__f_r>.'- i '.*- -n 7_i__ 9_-_B ¦5_>^5_^____í-*_^_k_^__!____-__^_«2bí_í'**' >^*_i 1____^'fl»tfSf*--^5Íb?^^-KP_J3^E^

o rico tico '.O—ÍS..

Estrela de 5 pontasii '—i

.*o*C. ¦/

\/ *G 3./ve. 2 T**y >*?.

No quadro ao la-do, as diversasfiguras ensinamcomo se conseguefazer uma estrelade 5 pontas. Aslinhas pontuadasindicam onde sevai dobrando afolha de papel.Va figura 4, a li-nha interrompidamostra o lugaronde se deve dar

» corte final. Pri-meiro se dobra aolha de papel ao

meio. Dapois (fig.1) na direçãooblíqua o que dáa fig. 2. Dobradaesta, tem-se a fig.3 que se dobraainda até ter afig- 4.

Aí, mete-se atesoura.

aSO HA TO Cm.'(CONCLUSÃO)

Eapós uma nova prosternação, Lii disse:

— Seja feita a vo^s* vontade ! Lii tem a honra deser o vosso mais humilde servidor, oh ! Yuksukiti,

descendente de Buda !

Os juizes retiraram-se para deliberar sobre o caso.Ao voltarem, Lah, Lhôo e Loü mantiveram-se mais

solenes do que nunca e seus lábios se abriram num sor-riso inefável. Lii contentou-se com desviar os olhos parao chão.

Então ouviu-se a palavra de Yuksukiti:Por Buda : que a minha sentença seja irrevogá-

vel !

Todos repetiram:Que a sentença de Yuksukiti seja irrevogável !

Em seguida, o juiz concluiu:Eu falo e eu digo: Lii está absolvido. Ele será

reembolsado, por Lah, Lhôo e Loü, do valor total do queperdeu no incêndio. E eis as razões desta sentença: ogato, propriedade comum, foi ferido na pata esquerdaposterior, propriedade de Ul. Este, como homem expe-riente que é, enfaixou a pita ferida num pano oleado.Em seguida, o gato foi aquecer-se junto no braseiro e,daqui a pouco, saiu a correr,- levando uma chama napata ferida. Contorcendo-sp de dor entre os fardos dealgodão, a chama que êle levava comunicou-se aosflocos brancos, o que originou o incêndio em questão !Foram, portanto, as três patas pertencentes a Lah, aLhôo e a Loü que forçaram o gato a fazer esses diferen-tes trajetos e a levar o fogo aos fardos de algodão. Doque se conclue que Lah, Lhôo e Loü são os únicos res-ponsáveis pelo sinistro ! -Eis porque eu os condeno eabsolvo Lii !

A GLORIA DE BILACCortina

da CAdOJcívicaiO FILHD

PERSONAGENS: Ricardo, Alberto, Marina

RICARDO — Vocês sabem que Bilac...MARINA — Bilac? Olavo Bilac?RICARDO .— Sim, o grande vate nacional...ALBERTO — O fundador da Liga de Defesa?RICARDO — Foi o artista máximo, a serviço da

Pátria !E idealizador de grandes cruzadas cívicas,

ALBERTO — Tentemos recordar um pouco do mwt-to que ele fez.

RICARuO — Tomemos atitude...MARINA — A êle muito deve a nossa juventude !ALBERTO — Lembmm-se de suas poesias ?MARINA — (batendo na testa)

Sim I Lembro-me do canto da pedra verde IRICARDO — Pedra verde ?ALBERTO — Ela quer dizer das esmeraldas...MARINA — Isso mes no. Como aquilo exalta lRICARDO — Como a gente fica deslumbrada

can o ''Caçador de esmeraldas" !MARINA — Há, também, un outro grande livro...ALBERTO — Decidido, forte, viril.RICARDO — Já sei... é o "Através do Brasü"!MARINA — Ele era chamado de professor de ei-

vismo, não é verdade ?ALBERTO — Sim, porque acendeu na alma da mo-

cidade, a fla<na ardente e altaneira de amor àterra brasüeira.

MARINA — Dizem que viajou de norte o sul ?RICARDO — Palnilhou este grande território...ALBERTO — Defendendo com ardor de iluminado,

o serviço militar obrigatório!MARINA — Suas frases causam emoção!RICARDO — "A Defesa Nacional é tudo para a

Nação"!MARINA — Essa é uma entre outras mil...ALBERTO — "Bendita sejas, Bandeira do Brasü"!MARINA — Sementes várias êle plantou...RICARDO — A Liga de Defesa Nacional...ALBERTO — Foi árvore bendita que frutificou 'MARINA — Amou a nossa terra com ardorRICARDO — Glorificou nossos lídimos heróis

que ilustram nossa História !ALBERTO — Con ternura, exclamou certa vez:'MARINA — "O nome de brasileiro é toda a minha

gloria"!RICARDO — E sob este céu que tem do Sul o

CruzeiroBilac foi o cantor maiorDo civismo brasileiro!

ALBERTO — Honremos, pois, caros iAnãos,De Bilac, a glória Imontal

RICARDO — Coesos, unidos, disciplinadosMARINA — Pela sagrada defesa nacional l

r>F.7i:umo - 1944 O TICO-TICO 31

tlOffOfconcursos

_____%^

Recebem-se as soluções até o dia 15 do mêsseguinte. Cada concurso correspondente a 5 pre*mios. Os leitores podem concorrer a todos e man-dar junta todas as soluções, mas só pôde o mesmoleitor ser premiado em um concurso de cada vez.

CONCURSO N.° 153

Estes 5 íragmen-tos reunidos há-bilmente, recom-põem o desenhode um objetomuito caro a doisheróis d'0 TICO-TICO: MisterBrown e Kaxim-bown. Recortem

direitinho os 5 pedaçose façam a união delespara ver.

CONCURSO N.° 155

P AULO SILVA casou-se com Julia Neves. Êle tem40 anos e ela tem 20. A idade dele, portanto,

ó o dobro da idade dela. Logo, quando ela tiver 50anos, êle terá tambem o dobro: 100 anos.

Certo, ou errado ?

O EU Pederneiras come uma banana por dia, a*>almoço. Ao jantar, prefere outra sobremesa.

Logo, se êle comprar um cacho de bananas com 60bananas, terá sobremesa no almoço durante 60dias.

Certo, ou errado ?

A publicação indispensável em todos os lares; umapublicação que deve estar em iodas as casas de familia:ANUARIO DAS SENHORAS! Assuntos femininos. Mo-das, literatura, novidades I Sugestões de bordado e dearranjo doméstico. ANUARIO DAS SENHORAS está nospontos de jornal*.

oW*íbMENSARIO INFANTIL

Propriedade da S. A. "O MALHO"Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)

Caixa Postal, 880 — Telefone, 22-0745RIO DE JANEIRO

Diretor: Antônio A. de Souza e SilvaPreço das assinaturas, remessa sob registo postal

Para o Brasil e toda a AméricaPortugal e Espanha:12 números Cr $ 25,00

6 " " % 13,00Número avulso Cr $ 2.00

Publica-se no dia l.° de cada mês.

CONCURSO N.° 154

FIZ ANEL NO OVOCom as letras acima, forme uma frase que está na

moda este ,mês. E' fácil. _, aliás, uma frase que indicao que o TICO-TICO, deseja aos seus amigos...

yj\ARA concorrer, indique no endereço a localidade ei Estado onde você reside, sob pena de não entrar no

sorteio.

ICONCURSO N.° 156

A lira é o símbolo da

O cão é o símbolo da

A âncora é o símbolo da

O boi é o símbolo da

A formiga é o símbolo do

A pomba é o símbolo da

A cruz é o símbolo da

O coração é o símbolo da

A hiena é o símbolo da

A raposa é o símbolo da

O barrete-frígio é o símbolo da .

MJ

VIRqSAS

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODOHLINA)Empregadas com sucesso nas moléstias do esto-

mago, figado ou intestinos. Essas pílulas, além detônicas, são indicadas nas dispepsias, dores de ca-beca, moléstias do fígado e prisão de ventre. Bioum poderoso digestivo e regularisador das funçõesgástro-Intestinais.A venda em todas as farmácias. Depositários,JOÃO BAPTISTA DA FONSECA, Rua do Acre, 38— Vidro Cr$ 2,50. Pelo correio, Cr$ 3.00. — Rio.

O TICO-TICO DEZEMBRO - 1944

HLa.nossos

concursos PC>

A publicação dos nomes dos premiados é feitaduas edições após. Os prêmios são livros e são re-metidos pelo Correio, sendo preciso vir os no-mes e endereços completos.

CONCORRENTE. SORTEADOS NOS CONCURSOS 00 MÊS DE OUTUBRO

NO CONCURSO N.° 145ZÉLIA REGINA RAMOS — Largo

Brigadeiro Luiz Antônio, 2 — SãoPaulo. (S. P.)

EUDOXIA MOURA DIASJosé Vicente, 22 — Rio.

Rua

ANTÔNIO REGINO DO AMARAL —Rua Gomes Braga, 28 — Rio (D.F.)

ALEX G. DE VASCONCELOS PI-BEIRO — Rua Antônio Prado, 470 —Itapera — S. Paulo.

ROSA FELBERG — Rua do Retiro,198 (fundos) casa I — Bangu — D.F.

NO CONCURSO N.° 146MAREJA MEDEIROS — Rua Bela

Vista, 181 — Rio — D.F. (EngenhoNovo).

GUILHERME CABRAL FILHO —Muzambinho — Minas' Gerais.

GÉLCIO NEVES HOLMS — RuaJulia da Costa, 121 — Paranaguá —Paraná.

MARIA HELENA DE MELO JORGE— Rua I de Abril, 356 — 2.° andar —São Paulo— S.P.

LUIZ COSTA DE SOUZA — RuaMarecnal Floriano, 142 — Paraíba doSul — Estado do Rio.

UM AL6UM COMBIOGRAFIAS

Quem desejar possuir o maiscompleto e interessante Álbumcom biografias de ilustres vultosda história nacional, bastará co-lecionar as páginas que estamospublicando, sob o titulo "Brasilei-

ros Notáveis" de que hoje publica-mos a página n.° 5.

Anteriormente publicámos bio-grafias e retratos de CAXIAS —OSWALDO "CRUZ — PEREIRAPASSOS — GONÇALVES DIAS —PEDRO I — PAULO DE FRONTIN— ALVARES DE AZEVEDO — RO-CHA POMBO — PRUDENTE DEMORAIS — PEDRO AMÉRICO —CARDOSO PONTES, LUIZ BAR-THOLOMEU, RUI BARBOSA,GOMES CARNEIRO, LAURO MUL-LER E COUTO DE MAGALHÃES.

NO CONCURSO N.° 147

GEORGE MARTINS DA SILVA —Rua Castro Alves, 93 — Meyer — Rio

D. F.

LAURA MARIA NEVES — Rua Gra-ciano Neves, 374 — Vitória — Espiri-to Santo.

CARMEN PEROCO — Rua Rui Bar-bosa, 20*2 — São José do Rio Pardo —São Paulo.

ROBERTO AMARAL — Rua Ama-ral Gama, 261 — casa lü — SãoPaulo — (S.P.)

MARILENA CRláSIÚMA DE SOU-ZA CAMPOS — Rua Costa Júnior,280 — São Paulo — (S. P.).

NO CONCURSO N.° 148PAULO SABOTA — Rua Marechal

Bittencourt, 223 — Riachuelo — Rio(D. F.).

CLÉLIA VASCONCELOS — RuaAugusta, 81 — São Paulo — (S.P.).

LUZIA GALVÃO — Rua do Rcsá-rio, 48 — Ponta Grossa — Paraná.

HENRIQUE SILVA — Rua São Va-lentim, 63 — Praça da Bandeira —Rio— (D.F.).

MARLI DIAS — Rua Barão de Ja-guari. 15 — ap. 102 — Rio -- D.F.(Iràjá).

diga^que eu lhe disse:•Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS _ CONTRACABELLOS BRANCOS

SOLUÇÕES EXATAS DOSCONCURSOS DE OUTUBRO

DO- N.° 14.»}1) A pólvora foi inventada na China.2) O vulcão Cotopaxi fica no Equador.3) O descobridor do Polo Sul foi

Amundsen.-1) Plácido de Castro era gaúcho.5) Miguel Couto era um grande medico.

DO N.° 146i.xv I Bvaitts

DO N.° 148

Das 8,30 para as8,35, isto é, em 5minutos, Ricardinho >andou a diierença'entre 1 terço e 1quarto, isto é, umduodécimo do ca-minho total. Masàs 8,30 ainda temque andar 3/4 doca'minhoi, ou noveduodécimos da dis-tância, e isso levará9x5 minutos, ou45 minutos, ou 3 quartos de hora. Logo,êle chegou às 9 horas e 15 minutos.

^11./ ->. . _'aBr

DO N.° 147

OS MAIS BELOSCONTOS DE FADAS

AS crianças brasileiras estão de pa-

rabens com o aparecimento deuma nova série de lindos livros

de contos de Fadas, lançada pelaEditora VECCIII, desta Capital."Os mais belos contos de fada chi-neses", "Os mais belos contos de fa-das ingleses" "Os mais belos contosde fadas da Índia" e "Os mais beloscontos de fadas russos", constituemuma coleção maravilhosa, que estádestinada a fazer a alegria dos peque-ninos.

Os volumes são sólidos, bonitos, eilustrados a capricho pelos artistasJan Zach e Ramon Hespanha.

Cada volume traz mais de tinas de-zenas de contos, todos escolhidos, edevidos a autores consagrados, o queassegura à coleção indiscutivel êxitoentre os os pequenos leitores.

Quanto à tradução, a Editora Vec-_hi andou acertadamente escolhen-do elementos capazes de bem bater-pretar o sentido ingênuo, e por issomesmo mais difícil de apreender, dosoriginais- tendo entregue a versãodos contos ora lançados a nomescomo Manoel R. Silva, Persiano daFonseca e Galvão de Queiroz.

DEZEMBRO - /9-U ' O TICO-TICO 53

AVES E PÁSSAROS DO BRASIL

JDMacuco

PERTENCE o macuco a uma ordem recem-criada: dos

tinamiformes.Tem essa ave cabeça pequena, asas curtas, carne

branca, saborosíssima e a côr, em geral, aperdizada.Passa-se com o macuco e os seus companheiros um fe-nômeno interessante e que em ciências se chama: mi-metismo, faculdade inerente a essas aves e graças àqual conseguem mudar de côr, tomando quase semprea coloração que mais lhe convémde acordo com o meio em que vi-vem. Assim, por exemplo, quan-do no choco, o macho que incubaadquire uma côr pardacenta, fos-ca, terrosa, ao passo que a fêmea,ao contrário, torna-se cadavez mais brilante e garbosa.

Pena é que a caça desen-freada e cem fins mera-mente comerciais, esteja pe-renemente ameaçando deextermínio tão útil e inofen-siva espécie. Ora, se o ho-mem caçasse só para se ali-mentar, muito bem, mas porinteresse comercial, lucro pe-cuniário e, as vezes até, poresporte-tiro ao vôo etc., écoisa que, positivamente,não se devia admitir.

O macuco, chamado pe-los ortologistas tínamussolitartus é, entre os nossostinamideos, o que mai5 so-bressai. Habita, em nos-sa Terra, a zona compreen-dida entre a Baía e o Rio*?A^ent.!_8lÍ;Sencl0 encontrado também no Paraguaie Argentina. Ha mais quatro espécies de macucos e quese encontram no norte do Brasil. Habitam iodos as ma-tas, onde vivem alimentando-se de insetos, folhas e fru-tos. As laranjas são os frutos de sua predileção nrin-cipalmente o caroço. ' p

Por mais que queiramos, somos obrigados a confessarque os ir.acuccs são bonzinhos, temos-lhes muita penamas gostam muito das plantações, de milho, de trigo dêde cereais, onde cavam a terra em busca de sementesplknt2nt°

trabalh° deram ao pobre ^vrador par«Pecadilhos... E quem não os tem?...

J. SILVEIRA THOMAZOs inhambús, inambús ou tinamús como ainda que-

rem outros, os jaós, as perdizes e as cadornas ou codor-nizes são seus parentes próximos e, em geral, excelen-tes caças.

Po.suem tcdos grandes faculdades mimética de de-fesa conf.orme já acentuámos e o interessante a assina-lar é que são tcdos terrícolas, dormindo no chão, a ex-cepção, justamente, do macuco que se empoleira nasárvores para dormir.

Seu pio é típico, é característico. Uma nota longa,prolongada, às vezes dupla e que é facilmente imitada

pelo caçador com intuitos de atrair a caça.Já houve quem dissesse que o macuco só dá

três pios quando vai dormir e à noite não pia. Sej alguém o ouve durante a noite é porque o macuco

está sonhando... diz o caboclo...O seu ninho é semelhante ao da galinha, no

chão, com algumas folhinhas e sem maiores no-vidades. Ali põe a fêmea os oito ovos da postura

que o macho incuba.Quando nascem os filhos,ambos tratam deles e ointeressante é que o ma-cuco prefere morrer aabandonar os filhotes nahora do perigo.

A onça também gostade macuco, cuja carneaprecia ávararr.ente epara apanhá-lo usa, mulrtas vezes, do mesmo es-tratagema do homem:imita o pio. Coisa, aliás,que consegue fazer comperfeição, melhor que opróprio caçador.

Mas o melhor não é isso, e sim, o espetáculo de umcaçadcr piando, piando e o macuco respondendoVao se aproximando um do outro... o homem com ocoração saltitando, emocionado, dedo no gatilho e dooutro lado o macuco também saltitante, mas em'buscada companheira... São emoções, sobre emoções equando se rompe a cortina, tem o homem, cara a cara'uma autêntica onça, uma bicha, pintada, enorme e démuitos palmos de comprimento !...

Pobre caçador ! E que seria dele se a onça tambémnão se assustasse ? !...

(Desenho de TI DE)

*_, kLL^i^

A data da fundação da cidade do Rio de Janei roA

propósito de uma legenda pu-blicada na edição passada d'0TICO-TICO. à página "BRA-SILIDADES", de autoria de PauloAfonso, e onde foi dito que a cidadedo Rio de Janeiro foi fundada a 20de Janeiro de 1567, recebemos umacarta — infelizmente sem assina-tura e endereço da autor — pelaqual o mesmo, que se diz "pai deuma leitora" nos solicita dizer quala data exata da fundação da nossabela Capital, uma vez que sua filha,em prova realizada em estabeleci-mento de ensino local, tendo lndl-cado 20 de Janeiro, teve sua res-posta corrigida para 1.° de Março.

Embora uma carta sem asslnatu-ra não devesse merecer qualqueratenção de nossa parte, condescen-demos em dar aqui uma explicação,

menos ao anônimo missivista dooue aos demais pais e educadoresque acaso possam ter feito qual-quer reparo sobre o fato.

A data de fundação da cidade. 20de Janeiro, dia de São Sebastião,oue é seu padroeiro, começou a serdiscutida há algum tempo, sabémo-Io perfeitamente, e há um reduzidonúmero de adeptos da sua substl-tuiçáo pela de 1.° de Março. Algunslivros escolares teem, mesmo, apa-recido, ao que conseguimos apurar,com essa nova data como sendo ade fundação da cidade.

# Mas, ao que nos conste, nadaautoriza, em caráter oficial, a a ti o-ção da nova data, e O TICO-TICO,que nos seus 40 anos de existênciasempre ensinou aos seus leitores,sem que qualquer pessoa, anônima

ou não, levantasse protestos, queo Rio de Janeiro foi fundado a 20de Janeiro de 1567, não fez mais,agora, do que repetir uma cousaque as gerações passadas e pre-sentes se habituaram a lêr nosseus livros de estudo, e confirmadae consagrada por autores comoRocha Pombo, Mar Fleluss, AfonsoCelso, Ramiz Galvao e outros.

De parte d* O TICO-TICO nãohouve, pois. inovação, nem intuitode crear confusão no espirito deseus leitores. A data até aqui co-memorada oficialmente como d efundação da cidade tem sido 20 deJaneiro. Não nos parece que, ofici-almente, tenha sido alterada essadata. Eis, pois, a razão de ter elaaparecido na página "Brasllidades"da nossa edição passada.

O TICO-TICO DEZEMBRO - t94<

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS PorTHÉO

êY *^J ^k r

AU» química, "seu" Mister! Química dc primeiríssima! —disse Trooco a . Ir. Brown.

Estou descobrindo um gás tão forniMavel que em breve, romo «eu emprego, caçarei vivo* todo» oa bicho, da flore-la!! O senhorvai vér!! Vai aer um tuceuo sem igual!

Dc fato, o tal gás ara tão poderoso que mal Tinoco penetrou na•eiva, começaram «a bicho* a fungar, a espirrar. a tossir, a ass&ar onaris nas tolha* du árvores.

— Deve andar solto, aqui, um gambá! — dnia o tigre, ner-VOUO.

amam. __*7 / ( C *^ ,Mm\W.

— Algum bicho está fumando! Deve ser a cobra!! — exclamouo macaco, entre dois espirros. dois pulo* t duai eabrlolas.

E foi tal o "Deus-nm-armla" na floresta, que Mister Brown saiuda sua calma « foi diier a Tinoco:

— "A senhaer está atrapalhando caça dos outros! As bichos dofloresta estão se mudando, não quer maia ficar morando aqui. Até ogambá fugiu! Baeaatrei com ela e o famlla, disendo que a senhoirlhe ganhou em cheirinho terriveL.."

TJ OCEJAMOS por três motivos: ou porque esta-

mo> cansados, ou porque temo* sono ou,

ainda, porque estamos aborrecidos Em qualquerdesses casos, porém, nio respiramos tão profunda-mente como devíamos, e o sangue não adquire

bastante ar. ou ante», bastante oxigênio do ar.

Há nu nosso rrr-ljio uma pequeníssima, ma*

muito preciosa partícula de matéria nervosa, que«iate da nossa respirarão e e muito sensível ás

mudança* que le operam no -_ag_e, quando essa»

mud«nça« anunciam algum* desordem As»lm que

este nervo sabe que náo há oxigênio no sangue, dá

ordem de respirar com (área para restabelecer a

normalidade

Eu aqui. pois. * r.ialo por que bocejamos; um

bocejo náo e mm, que uma aspiração súbita e

pmtunda. como um etpiiro náo e mais que uma

CURIOSIDADES

expiração também profunda e súbita. Assim se re-conhece existir uma relação entre coisas que pa-reclam náo a ter.

Quando uma pessoa não está bem. boceja Ire-

quentemente, dando, assim, mostra* de que a suarespiração nio é normal.

K o que é esplrro? Vamos dtnr.Ispirramo*. em geral, porque há no noaao

narli qualquer coisa que li nio devia estar. Onarix é o verdadeiro condutor do ar que fai vi-ver: por outro lado. o no**o cérebro é constituídode tal modo, que, quando alguma coisa se inter-

põe nease conduto, nos obriga a respirar com força

pelo naris. produsindo-se, entio, um esptrro

A parte interior do narií é tio dellcad* quesente a mínima coisa e transmite Imtdlatanic. ¦¦

essa sensação ao cérebro. I' claro que o Mptn.nio é obra "iwwa, poli no* é realmente impo.vv»l espirrar de propósito, embora o tentamos co:iseguir, ma* sim o_r_ da parte ínronsrleni.cérebro, qu*, como tal, nâo pode Julgar «enipi,o eapirTO é ou nio ncceiiirio e nos far, * _raMpirrar quando o ar qu* passa peio nar:enaontra obstáculo alguat e so nos in_.nio.i_,. •uma ligeira tmpressio. assim irpuramo* dlda açáo da pimenta porque e>ta Imti ou prouu,uma grande coeeua no interior do naris Unaecrta espácle de esplrro* obedecem a _r_a de co-neaio dos nervo* cerebrais * nio servem paranada latas sio os produndo» por uma lui viva esobretudo pelo sol

0EZÍM6HO—Í-U O TICO-T/CO

c WALÍIK -Ç. rwÃ^£Jf~

v-ierta garça nas-cera, crescera esempre vivera ámargem duma la-gôa de águas tur-vas riquíssima depeixe. Mas o tem-po corria e ela en-velhecia. Seu mús-culos cada vez maisperros, os olhoscangados — comque dificuldadepescava!

—Estou mal desorte, — refltia a gar-ça, — e se não topo umbom viveiro de pei-xes, com águas límpi-das, certamente quemorrerei de fome. Jáse foi o tempo feliz emque meus olhos pene-trantes zombavam daturvação desta lagoa...

E de pé num pé só, olongo bico pendura-do, pôs-se a matutarno caso até que, comoa fome apertasse, lheocorreu certa idéia.

-— Carangueijo, venha cá .'—disse ela aum crustáceo que filo-sofava á porta do seuburaco.

W\VY M1 Sl hLnJ/V-LMONTEIRO LOBATO

-—As ordens. Que deseja?~-A visar você duma coisa,

uma coisa muito séria! A nossalagoa está condenada. O donodas terras anda a convidar osvizinhos para assistirem ao es-vasiamento dela e ajudarem-noa apanhar a peixaria toda. Vejague desgraça! Não escapará ummiserável quarú.

O carangueijo arrepiou - setodo com a má nova e entrandonágua foi contá-la aos peixes.

Grande reboliço! Graúdos epequeninos, os aquáticos todospererecavam ás tontas, semsaber como agir. E vieram ábeira dágua. •

O TICO-TICO

—Senhora dona dobico largo, dê-nosum remédio, porfavor, que nos livredessa calamidade.

—Um remédio?..-ea matreira fin-giu refletir. Con-centrou-se por unsinstantes, e afinal:

-—Só vejo um-disse. — E' muda-rem-se vocês parao poço da PedraBranca.

—-Mudarmo-noscomo, se não há liga-ção entre a lagoa e opoço?— Isso é o de menos.Cá estou eu, para aju-dar a vocês. Transpor-to a peixaria inteirano meu bico.

Não havendo outroremédio, aceitaram osaquáticos aqule alvitree a garça os mudou afodos para o tal poço,que era um tanque depedra, pequenino, deáguas sempre límpi-das e onde éla sosse-gadamente poderiapescá-los até o fimda vida...

OeZíMBUO—Mi

ESTADO I I m,

0ft^5vxni>"'DEaA ^^l l..hlfcyh \i:y

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X-S.X . \S // / y>í chaves , c« s^nsrxá_ ^yT^^^^^^V \£^M\Whfi UMA de MARAJÓ J M> , «T-X

V&- ^"^Íiobidos WNTEALEaw^ ^ ((©breves /«m\Vt-\ FM §rs~£^?-Q s£yZ>£ (fà^y

^~~* 7/-§)ÀBAETE OuremJ

mf^yè^y^ J&. _-*-n_f/ iW-- /CO - - ^--PX,,., //SANTARÉM J' 1/ )£__{ __I =C*.-: 1 *3> *0CAJ_RA/<$> íf a/ ^r*. ' *. j': /»Aveir*o /cS_. // ( / «oy ._.

' <?V ) *=Yl °.. / <c°/ .._/ f r\ V_ Naw_lyNw"«*-

.yy ^.\ o^~~~~--^~ -tz^fy ®ESTADO DE MATO GROSSO '

OEZEMSÍO—/..( O TICO-T/CO

(%\vtyCOLEÇÃO COROGRAFiCA BRASILEIRA

(N.° 9)

ESTADO DO PARÁ

f%^\T_\

f*\ Estado do Pará tem limites com o

Oceano Atlântico, o Território do

Amapá, as Guianas Inglesa e Holandesa, e

os Estados do Amazonas, Mato Grosso,

Goiás e Maranhão.

A superfície desse Estado era de

1.360.000 quilômetros quadrados, areada

qual subtraindo-se 140.830 quilômetros

quadrados do Território de Rio Branco, que

dele foi desmembrado, dá para o Estado

uma superfície de 1.219.120 quilômetros

quadrados.

A produção era. por sua vez, de 950

mil habitantes, da qual se deduzem 30.000

que pertencem agora àquele Território, fi-

cando 920.000 habitantes.

A capital do Estado do Pará é Belém e

as cidades principais são Bragança,

Vigia, Cintra, Vizeu, Cametá, Abaeté, Mo-

cajuba, Breves, Chaves e Soure — as três

na ilha de Marajó -. - Santarém, Faro, óbi-

dos, Alenquer, Gurupá, Monte Alegre, etc.

Belém fica situada na embocadura do

rio Amazonas, na baía de Guajará, sendo

banhada polo rio Guamá. Tem uma po-

pulação de 200.000 habitantes.^N

\VO^

Ç\ Estado do Pará está na região do cli-

ma equatorial, quente e super-úmido.

Uma das características notáveis do clima

nessa região é a regularidade das tempera-

turas e das chuvas.

Jg STAO no Estado do Pará grandes aflu-

entes do Amazonas, que são o Ta-

pajós, o Xingu e o Tocantins-Araguaia.

DOUCAS são as estradas de ferro dessa

região do Brasil e as principais estão

/ justamente no Pará.

Entre as produções do Pará se desta-

cam a castanha, o cacau, a borracha, o gua-raná, a jarina, etc.

Há criações de gado no Estado. A pes-ca, principalmente do Pirarucu, é uma ati-

vidade econômica importante. Pescam-se

também tartarugas. '

As madeiras são grandemente exporta-

das, assim como óleos vegetais, fibras, pelesde animais, etc.

Belém, como porto, tem um grande

movimento. Belém está ligada por linhas

aéreas a muitos pontos do país, assim

como aos Estados Unidos.

$>

O TICO-TICO DEZEMBRO-.-*»

Aventuras de Zé Macaco e Faustina

Zé Macaco nos seus tempos de rapa- ...resolveu matar saudades dos ...outra vez. A Faustina teve logo uma prwzóte. foi um atleta completo. E há dus... velhos tempos, treinando... da sua musculosidade hercúlea.,% \°Ey(/or \w^ I %i

E. como todo camarada forte, logo ficou Batisou-se de "O Colosso .com a mania de brigar, fazendo logo'um de- E estava convencido de quesnfio geral, universaí. era colosso mesmo.

T

Afinal, um dia apareceu um cama:querendo brigar, aceitar o seu desafio uni-versai.

Era o celebérrimo Matamouros Oucbralan- E a luta começou, feroz. Mas Zé Macaco era bom na capoeira...cas. campeão dc brutahdades generalizadas e cruel, terrível! um bonito ' rabo de arra.a , mandououtros esportes violer.tos. longe..

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DEZEMBKO—I9U o rico-nco

^ ^ "Um

dia- é da. çat^a, o » o «Pqy 'i_F\$ttjuliio_

^^ffl %!'3 featblIhdinB efe 'USRflrosá. Foi Bichlm quem veio co^ena^espamar a noticia : havia car-tazes pregados em quasi todas as âffOMíí] « ftél« se Ha : "AVISO — Se até às 18 horas não levarem para a Encruzl-lhada do Gato Escaldado um queijo b ffl fffflnde, uffl pedaço de toucinho e um saco de açúcar, a Oatolandia amanhece-rá arrazada. O Bandido Negro". A Y,*A.iXt&á& toittiú logo em busca do gato mais velho da cidade para pedir conselho

— Que faremos, vovô ? Do alto da sua, sabedoria, Oatarrão achou que nio deviam obedecer ao "ultimatum". — Daraçúcar, queijo e toucinho nestes tempos ? Era um desaforo ! O direito seria combater o inimigo com todas as forças daGatolândia ! Mas depois de muitas discussão todos acharam melhor atender à exigência do "bandido". Mais valia sa-

A~A^Azãã?AAAA\ r v ^K^r-K sjs^p*^$u <>'C^\ 'Ar 0b(\ \^,fpA< Wn*M"' ^i^ í

crificar o estômago que perder a vida.. .E foram levados para a Encruzilhada, o queijo, o açúcar e o toucinho. Bi-chaninha e Mimi porém, duas gatinhas multo curiosas, resolveram esconder-se atrás da mangueira grande paraver o salteador. — Hum !... com certeza era algum bicharôco terrível I

afa/lL.

mamf^^Al Â

Azll±

_ _¦__

.. ¦.li>-'^5& ^- ______?CkLJ

í/lr

Caiu a noite. As duas gatinhas já mal respiravam de pavor... E quando, finalmente, o relógio grande da torrebateu as 12 badaladas da meia-noite, surgiu, bem fagueiro, o "terrível bandido" I

Nào era sinão o maroto Dom Ratinho que, graças à sua esperteza, consc --a "quitute?" .. sem pre-cisar entrar na fila !...

ko O TICO- TICO ¦ -AMO—M-

¦N Bandeira nacional "^^^—^r^ ^>£a^Z^

Zorrilla de San Martin, uma «ias maiores figuras da -——» __*^x2if'""T'Y-_^ ^"««i—^"literatura americana, autor de "Don Juan Tenório", /£&\. V A V/^—.

e um nome que honra o Uruguai. a^^ITZ? / \ ^^ -f*-^5***-

^k Escudo de armas-——-—___________________________________—_—_--_--——| _/

^^^""^w —* República.

"i ~*~*~ ^^"N— MONTEVIDEO -jf

Palácio legislativo, monumental edifício de __J ^^5^^^^V^^^Monterldéo. ^S^ Conto™ do map,

do Iruguai.' ' ****"

DEZEMBRO—1944 O 1ICO-TICO

URUGUAIDESENHOS DE MIGUEL

TEXTO deGALVÃO DE QUEIROZ

República do Uruguai, situada no ex-

tremo sul do Brasil, tem também o

nome de República Oriental do Uruguai, por-

que fica na margem oriental do rio que tem

esse' nome.

Foi por algum tempo conhecida comoO"Banda Oriental" ou "Estado Oriental".

Sua capital é a cidade de Montevidéo.

Tem a superfície de 1886,920 quilômetros

quadrados e uma população de 1.400.000 ha-

bitantes.

E' a menor das Repúblicas sul-america-

nas, em território, mas embora o seu fff-

queno tamanho, é uma das nações america-

nas mais prestigiadas.

/^\ Uruguai é cheio de colinas de 400 e 500

metros de altura e seus vales são banha-

dos por abundantes cursos dágua.

O clima é temperado e salubre, mas su-

jeito a variações bruscas de temperatura,

Não se conhece neve, no Uruguai.

\ indústria, nessa República, c relativa-

mente desenvolvida, mas a pecuária e aagricultura são importantes fatores do seu

progresso.

•t i r*^"\.

\lo

NAÇÕES AMERICANAS(Continuação do página anterior)

a capital do pais c uma cidade bonita, bas-

tante movimentada, com lindos logra-

douros, monumentos, igrejas, etc.

^-n Uruguai é uma República unitária, divi-

dida em departamentos.

As produções naturais do Uruguai não

são muito variadas. No quadro que damos

abaixo, aparecem as principais, que são: gadovacum e ovino, vinha, fumo, algodão e ce-

reais.

Essa República, tradicionalmente amiga

do nosso país, tem um passado cheio de agi-

tados episódios cm que sobressai o da sua in-

dependência, que resultou de uma guerraentre brasileiros e argentinos, como conse-

qüência de um tratado assinado pelos dois

beligerantes.

O Uruguai, aliás, fazia parte do território

brasileiro, com o nome de "Província Cis-

platina", que sempre vemos citado nos com-

pêndios de História Pátria.

V li 'ti

GADO VACUM

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AVENTURAS DE CHIQUINHO

I C^ d!Èa mJt^

^ uÍÍa . Al' iVaT^Í hi Ifc'_^_____________d_s_27 ________¦!_________

SiChiquinho certo dia leu um livro que

só falava em fantasmas, almas do outromundo e muitas assombrações, e logo nasua cabeça nasceram uma porção deidéias astuciosas.

Contou alguipas histórias ao Ben.a-jamin que o ouviu multo espantado, ecombinou com êle pregarem um susto naprima Lili. O Benja disse que não queriabrincar daquela maneira.

Chiquinho então apelou para o Ja-gunço, e o cachorro mais inteligente domundo desta vez tambem não quisaceitar a proposta, com medo dasconseqüências.

Chiquinho então fez com um lençolvelho uma vestimenta de fantasma comdois olhos muito grandes de papel ver-melho que de longe pareciam de fogo.E depois muito cauteloso dirigiu-se paraa sala. mas, ao passar pela...

... cozinha, lá estava a cozinheira muitodistraída cuidando dos seus afazeres,cantarolando uma m.dinha. Chiquinhoesperava poder passar sem ser visto porela, pois só queria assustar Lili, antego-zando o susto que iria levar a coitada.

Mas ac que ela viu atrás desi aquela coisa tão feia, soltou um gritotremendo, largando o caldeirão e enter-nando a feijoada, e apesar do seu corpoum tanto pesado, saiu a correr comouma lebre.

^^____P mK/socorro S£#A ^\ \ ^^-A i ¦mWm

Sempre na disparada saiu porta afora, gritando por socorro, e foi chamaro já conhecido Filogenio, guarda civil,que prontamente, de "cassetete" em pu-nho saiu atrás dela. rumo à casa, dis-pesto a acabar com o fantasma, custasseo que custasse. Assim que entrou, o...

Uttrill MOni DC MELLO - «O

... guarda Filogenio deu de cara com ofantasma, e logo avançou para êle, me-tendo-lhe a borracha de rijo. O fantasmadesta vez, foi quem teve de correr, poisviu se em apuros com a "lei" que nãoacreditava em asso.*nbrações. Foi ura custopara o falso fantasma livrar-se. E como...

... a verdade sempre aparece, Chiquinhofoi quem soireu as amargas conseqüênciasde mais uma brincadeira de mau gosto,pois além de haver levado duas ou tresbórrachadas, ainda ouviu uma severa re-preensão do papal, que privou-o do cinema,do futebol, do rádio e de outras diversões.