ISABEL MARIA DE JESUS

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ISABEL MARIA DE JESUS BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO: Prazer ou Castigo SINOP 2007

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ISABEL MARIA DE JESUS

BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO:

Prazer ou Castigo

SINOP

2007

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ISABEL MARIA DE JESUS

BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO:

Prazer ou Castigo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado àBanca Examinadora do Departamento dePedagogia - UNEMAT, Campus Universitário deSinop como requisito para obtenção do titulo deLicenciada em Pedagogia.

SINOP

2007

Orientadora:

Ms. Neusa Inês Philippsen

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ISABEL MARIA DE JESUS

BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO: prazer ou castigo

BANCA EXAMINADORA:

Trabalho de Conclusão de Curso apresentadoà Banca Examinadora do Departamento dePedagogia - UNEMAT, Campus Universitáriode Sinop como requisito para obtenção dotitulo de Licenciada cm Pedagogia.

Ms. Neusa Inês" PhilippsenProfessora Orientadora

UNEMAT - Campus Universitário de Sinop

Ms. Sara Maradei MottaProfessora Avaliadora

UNEMAT - Campus Universitário de Sinop

Adélia Stédile de MatosProfessora Avaliadora

UNEMAT - Campus Universitário de Sinop/MT

MS. Irene Carrilho Romero BeberPresidente de Banca Examinadora

UNEMAT - Campus Universitário de Sinop/MT

SINOP

de de 2007

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Aos meus familiares que me estimularam a

lutar pelos meus ideais, crendo em minhas

possibilidades, ajudando-me a enfrentar e

superar minhas lutas e fraquezas, conseguindo

extrair esperança de pequenas coisas quando a

derrota parecia iminente.

Isabel

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AGRADECIMENTOS

A Deus que, na sua infinita plenitude, concedeu-me oportunidade para que eu

realizasse este trabalho.

Aos mestres e amigos, enfim, a todos que não mediram esforços em ajudar-me nesta

longa caminhada, forçando-me a crescer como ser humano.

Estendendo um agradecimento àqueles professores que, em cuja prática docente

ensinar é uma aventura criadora, e que, por isso, temos a possibilidade de influenciar no

processo de superação da realidade presente.

A todos, o meu apreço e sinceros agradecimentos.

ISABEL

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RESUMO

JESUS, Isabel Maria de. A BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO: Prazer ou Castigo. Trabalhode Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Faculdade de Educação. UniversidadedoEstado de Mato Grosso - Campus Universitário de Sinop. Sinop, MT, 2007.

Apesquisa em pauta trata-se da temática Biblioteca na Educação: prazer ou castigo.com o objetivo de analisar até que ponto a biblioteca tem participação no desenvolvimentoensino/aprendizagem na Educação Fundamental. Para elucidar este assunto foram aplicadosquestionários em duas importantes Escolas Estaduais do Município de Sinop/MT. Foramdistribuídos questionários aleatórios para os professores e alunos das 4a séries do períodovespertino nas escolas 1e 2, apresentadas no corpo do trabalho. Os resultados da pesquisaaplicada, tanto a professores e alunos, mostram que a Biblioteca na Educação é defundamental importância para o desenvolvimento do ensino/aprendizagem. Foi analisada aopinião dos professores em relação ao uso da biblioteca, onde todos afirmaram que abiblioteca tem papel primordial no enriquecimento dos conteúdos aplicados em sala de aula.Do ponto de vista dos alunos, apesquisa confirma aproblemática em questão, aBiblioteca naEducação: prazer ou castigo, de forma positiva, ou seja, com oestudo quebra se omito de quea biblioteca na vida do estudante pode ser um castigo, pois os alunos pesquisados

responderam que a biblioteca da escola é interessante, mesmo com as deficiênciasapresentadas, 13% disseram que lêem pelo menos 30 livros por bimestre, confirmando que abiblioteca é essencial no ensino/aprendizagem educacional da população.

Palavras Chave: Biblioteca, literatura, alunos e professores.

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RESUMEN

JESUS Isabel Maria de. LA BIBLIOTECA EN LA EDUCAÇION: Placer o Castigo.Trabajo de Conclusión de Curso (Graduación en Pedagogia) - Facultald de Educacion.Universidad dei Estado de MT - Pólo Universitário de Sinop. Sinop, MT, 2007.

La investigación en Ia ordes dei dia se trata de Ia temática: Biblioteca en Ia Educacion:placer ocastigo, com el objetivo de analizar hasta que punto Ia biblioteca tiene participaciónen Io desarrollo emséno/apendizaje en Ia educacion en Ia educacion fundamental. Para esto,fueron aplicados cuestionários en dos importantes Escuelas dei município deSinopMT.-.Fueron aplicados cuestionários aleatórios para los professores para los alumnos deIo 4o grado dei período de Ia tarde em Ia escuelas 1e2. Los resultados de Ia investigaciónaplicada tanto para profesores, yalumnos muestra que ia Biblioteca en Ia Educacion es deFundamental importância para el desarrollo de Io enséno/aprendizaje. Fue analizado Iaopinion de los profesores en relación ai uso de Ia biblioteca, donde todos firmaron que Iabiblioteca tiene papel primordial en Io enriquecimiento de los contenidos aplicados en sala declase. Del punto de vista de los alumnos, confirma Ia problemática en cuestión, Ia bibliotecaen Ia Educacion: placer ocastigo, de manera positiva, osea, con el estúdio se rompi el mito deque lá biblioteca en Ia vida de los estudiantes puede ser un castigo. Pues, los alumnos,investigados , que Ia biblioteca de Ia escuela es muy interesante, mismo con Ias dificienciaspresentadas, 13% dijeron que lêem pó Io menos 30 libro por bimestre, confirmando que Iabiblioteca ês esencial en Io enseno/aprendizaje educativo de Ia población.

Palabras Chave: Biblioteca, literatura, alumnos y profesores.

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SUMARIO

1 INTRODUÇÃO 09

2 REFERENCIALTEÓRICO 11

2.1 ENSINO/APRENDIZAGEM - UM BREVE HISTÓRICO 11

2.1.1 Dificuldades do ensino/aprendizagem 12

2.1.2 Como se realiza a aprendizagem 14

2.2 BIBLIOTECA NA ESCOLA 15

2.3 O PERFIL DOS PROFISSIONAIS DESIGNADOS PELA ESCOLA

PARA TRABALHAR NA BIBLIOTECA 17

3 CUNHO METODOLÓGICO 18

3.1 A PESQUISA 18

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 20

4.1 ANÁLISE DOS DADOS - BIBLIOTECA NA ESCOLA: PRAZER OU

CASTIGO 20

4.1.1Análise do ponto de vista dos professores 20

4.1.2 Análise do ponto de vista dos alunos 21

7 CONCLUSÃO 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS 41

ANEXOS 42

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1 INTRODUÇÃO

Deve-se compreenderque a mudança de paradigmas ou conceitos de um determinado

comportamento, que geralmente visa a reagir contra outro(s) existente(s), deve ser entendida

dentro de seu contexto social. Os métodos e abordagens do ensino utilizando a biblioteca

como transformação dos conceitos de aprendizagem, descobrindo um mundo novo, além

daquele limitado no espaço da sala de aula, é o desafio pelo qual esta pesquisa se propõe,

pois, sabe-se que a maioria dos professores, que são mediadores do conhecimento, não está

satisfeita apenas com livros didáticos, para proporcionar aos seus alunos uma melhoria do

ensino aprendizagem; também os estudantes necessitam a cada dia de novos caminhos para

melhorarem seus conhecimentos, apresentando, assim, necessidade de recorrer à biblioteca.

Mesmo diante dessa necessidade para os educandos e educadores, a biblioteca não tem

se constituído num espaço propício para ser usado como recurso para incentivo e contato

entre aluno e a leitura. Não sabemos se por desinteresse ou por desconhecimento da

importância e da riqueza que é a biblioteca. Assim, perdem a oportunidade que ela oferece

para melhorare desenvolverseus conhecimentos e seu intelecto.

Entretanto, ao longo da história um denominador sempre parece ter sido comum: o

insucesso da escola para transformar os alunos em usuários competentes da biblioteca.

Normalmente apenas se consegue que eles usem a biblioteca para leitura de seus próprios

livros didáticos, ou são encaminhados pelo (a) professor (a), porque não querem estudar,

incomodando os demais alunos. Ao insucesso se sobrepõe à necessidade de despertá-los, para

a busca do conhecimento através da leitura e a busca do prazer que a mesma poderá

proporcionar-lhes.

Com o objetivo de esclarecer se é por desconhecimento ou por desinteresse que o

aluno não usa a biblioteca e qual a implicação que isso traz para sua vida escolar, bem como

para os professores, desenvolveu-se pesquisa de cunho qualitativo, como instrumento de

observação, levantamento das obras que tratam do assunto, bem como pesquisa quantitativa

com aplicação de questionário semi-aberto com alunos e professores de duas 4a séries que

freqüentam a bibliotecade suas respectivas escolas estaduais do Município de Sinop/MT.

Este estudo procura trazer uma pequena contribuição para o complexo universo do

ensino, utilizando a biblioteca como algo prazeroso, bem com o desenvolvimento cognitivo

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do aluno. Pois se trata de uma análise da relação existente aluno/professor/biblioteca e o uso

que fazem da mesma, ou seja, como prazer oucastigo.

No primeiro capítulo apresentamos as teorias que fundamentam o trabalho. Tomamos

por base osconceitos deSilveira, Viana, Kleiman, Barufentre outros.

No segundo capítulo está a metodologia da pesquisa, a trajetória que percorremos na

coleta e análise dos dados, bem como a abordagem da pesquisa.

No terceiro capítulo analisamos os dados coletados e, nas considerações finais,

fizemos uma reflexão sobre a relevância da participação da biblioteca na escola e da

participação na vida dos alunos da educação infantil.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A presente pesquisa se propõe a analisar qual a relevância da biblioteca na escola e

sua relação ensino/aprendizagem com alunos da educação fundamental e sua percepção em

sala de aula, ou seja, seu fazer pedagógico - alunos pesquisados - 4a séries.

Para compreender o que significa este fazer pedagógico é necessário ressaltar alguns

elementos que norteiam este trabalho, bem como destacar alguns fatos históricos que

contribuíram para o desenvolvimento do ensino/aprendizagem e sua relação biblioteca/escola.

Em primeiro lugar será apresentado um breve histórico do ensino/aprendizagem, como se

realiza e suas dificuldades e, por último, será abordada a temática importância da biblioteca

na escola.

2.1 ENSINO/APRENDIZAGEM - UM BREVE HISTÓRICO

É preciso recuar-se um pouco na história e acompanhar alguns fatos relevantes que

foram decisivos para delinearem o ensino/aprendizagem e sua dinâmica nos moldes atuais.

Muitos foram os que contribuíram desde educadores como os jesuítas, governantes e

pesquisadores. Embora, muitas vezes houvesse controvérsias entre os mesmos, mas, o

importante foi à contribuição de cada um neste processo evolutivo e inacabado. O

ensino/aprendizagem jamais poderá ser um processo acabado, pois, é criativo, dinâmico e

deverá evoluir de acordo com o desenvolvimento das sociedades. De acordo com Jardim

(2001, p. 17), a educação acompanha a evolução das sociedades e estas são eternas e

inconstantes neste processo evolutivo:

Existem controvérsias em relação a pesquisa das dificuldades deaprendizagem quanto ao controle e compreensão de suas causas econseqüências. Historicamente, a problemática se equaciona paralelamenteao desenvolvimento das sociedades:

• nos séculos XIII e XIV a entrada para a escola se dava por volta dos13 anos;

• no século XVI, os jesuítas estabeleceram a idade de 7 anos;• no século XVII, nos reinados de Luís XIII e Luís XIV. a iniciação naescola dava-se aos 9 anos e aos 5 anos, respectivamente;

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• no século XVIII, com as mudanças de atitudes decorrentes da filosofiade Rosseau e Diderot, o ensino era levado a todos e na base da diversidade;• nos séculos XIX e XX, as idéias de Montessori, Froibel, Mendel eoutros reforçaram a necessidade de a escola estar aberta à vida, ao mesmotempo em que devia ser obrigatória para todos e não só para os filhos dosfavorecidos ou privilegiados.

Na cronologia do tempo, a escola foi impondo exigências na mesma proporção em

que mais e mais crianças tinham acesso à mesma, aumentando as taxas de escolarização e na

mesma dimensão o processo de inadaptação. Neste contexto, de tantas divergências e

contradições. Jardim (ibid, p. 18), afirma:

Os métodos utilizados podem ser eficazes para a maioria das crianças, mastambém podem segregar outras. A escola pode humilhar, ameaçar,desencorajar, mais que reforçar o eu, libertar ou encorajar a criança.Entende-se que as crianças vão à escola para aprender; entretanto o que sefaz, na maioria das vezes, é ensiná-la a pensar erradamente, pondo a perdersua espontaneidade e curiosidade.

Na interação ensino/ aprendizagem a relação das condições internas (relação com a

escola, professor) e externas da aprendizagem da criança, ou seja, aqueles inerentes à escola,

ao professor, que pode ser a herança cultural do meio social em que vive, (família, religião

etc), há um processo de adaptação, que muitas vezes a escola não está preparada para atender.

O que em determinadas situações leva à segregação de algumas crianças, influenciando

diretamente no resultado da aprendizagem. Nesta conjuntura, descobrem-se as dificuldades da

relação ensino/aprendizagem e tenta-se buscar a melhor maneira de ensinar objetivando

melhores resultados, aplicando novas teorias, inovando metodologias, criando alternativas de

ensino/aprendizagem, mesmo diante de todas as dificuldades encontradas e diversidades de

problemas relacionados a educadores e educandos.

2.1.1 Dificuldades do ensino/aprendizagem

A temática dificuldades do ensino/aprendizagem vem sendo discutida ao longo do

curso da história da educação, porém é um assunto inesgotável. Mesmo com todo arsenal de

pesquisas, métodos e processos desenvolvidos na área são relegados em alguns momentos a

segundo plano. No entanto, é indispensável tratar-se dessa relação entre seres humanos. E

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uma troca de experiências entre pessoas com conceitos epreconceitos concebidos através deuma carga cultural desenvolvida ao longo de suas vidas e é preciso saber lidar com asdiferenças culturais, étnicas, religiosas, além da pré-disposição do educando em aprender.Neste sentido, por mais que se desenvolvam técnicas emétodos de aprendizagem, sempre seráuma busca constante para vencer as dificuldades no ensino/aprendizagem.

Para a escola como para o professor é importante identificar as crianças comdificuldades de aprendizagem ebuscar as causas de forma que se eliminem as probabilidadesnegativas do insucesso escolar. Mas, para que isto ocorra, oprofessor precisa dos meios edosrecursos necessários para atender essa criança, não apenas como mais um, mas como alguémcom limitações que precisam ser superadas. Segundo Jardim (2001, p. 24), os estudos dasdificuldades de aprendizagem têm se baseado em:

• metodologias reeducativas de Fernald Orton eGillinghan;• processo de informação de Kirk, Chalfant, Scheffelin;• processos escolares de Larsen, Bateman e Ademan;. Metodologias sofisticadas de Mc Carthi, Engelman, Gentry eHar.ng;. processos neuropsicológicos de Geschwind, Frield, Bakker eMasland.

Jardim (p. 24, op. cit), "também afirma que essas teorias têm característicasunidimensionais, além de haver divergências intra e interpessoais". Ou seja, tem uma visãolimitada, não se considerando todos os fatores que levam à dificuldade doensino/aprendizagem. Ao mesmo tempo em que observa acriança em seu mundo interiorentram em conflito as relações interpessoais. As teorias mais representativas dessa concepção,unidimensional, segundo Jardim (2001, p. 21), são: "Teoria de organização neurológica -Doman eDelacato, 1954, eZucman, 1960; Teoria de dominância hemisférica - Orton, 1931;Teorias perceptivas - Bender, 1957; Frostig; Cruickshank, 1931 11972; Wepman, 1969".

Cabe ressaltar que este estudo não tem como objetivo explicar cada uma dessasteorias, mas apenas citá-las como esclarecimento do que vêm sendo pesquisado edesenvolvido no processo de ensino/aprendizagem. Por outro lado, alguns estudos evidenciamaheterogeneidade da população das crianças com dificuldades de aprendizagem. Entre elespodem ser citados os estudos de Gerson M. Falcão (2003, p. 201).

Éimportante identificar oestágio em que se encontra apessoa. Feito isso, éprecisomuni-la de material adequado, farto em quantidade e variedade para que ela possamais facilmente fazer funcionar as estruturas mentais próprias do nível em que seencontra. Ao mesmo tempo, devem ser colocadas em situações problemas quedesafiem a inteligência. Só dessa forma se estará dando oportunidade para queocorram assimilações e acomodações.

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Materiais condizentes com o nível de cada criança devem ser oferecidos emquantidade ediversidade para que elas sejam desafiadas através dos problemas que lhe sãoapresentados, para que seja oportunizada maior assimilação de novos conhecimentos.

2.1.2 Como se realiza a aprendizagem

De acordo com Jardim (2001, p. 65), "O homem adulto é capaz de conduzir-seconvenientemente dentro de uma sociedade complexa". Sabe-se que é através daaprendizagem que se desenvolve no homem habilidades, apreciações, raciocínios, aspiraçõese atitudes. Desde os primeiros dias de vida da criança começa a construção doensino/aprendizagem. Primeiro precisa aprender apedir alimento, ou seja, descobre que paraisso quando está com fome, se chorar receberá alimento, conforme se desenvolve ecresceoutros desafios lhe surgem, tais como aprender os primeiros passos, as primeiras palavras.Sucessivamente omundo vai descortinando em sua vida. Ao chegar àescola lhe éapresentadauma nova realidade, na qual se inserem novos amigos, professores, num ambiente diferente,iniciando-se uma nova etapa de sua aprendizagem. Desta vez surge um ensino sistematizado,com regras a serem cumpridas com informações diversificadas, organizadas através dedisciplinas como matemática, português, ciências, história, entre muitas outras.

Diante desse novo mundo, como fica a cabeça dessa criança? Será que ela às vezesnão aprende por dificuldades cognitivas próprias, ou por falta de adaptação ao novo ambiente,ou ainda será que édificuldade de ensino proveniente do despreparo ou falta de condições doprofessor de ensinar. Este trabalho não se propõe aesclarecer todas essas problemáticas, masépreciso levantar determinadas questões, pelo motivo que apesquisa se refere às dificuldadesdo ensino/aprendizagem e tem a biblioteca como ferramenta principal no apoio aoensi no/aprendizagem.

Aaprendizagem éuma modificação na capacidade do homem emanifesta-se comouma alteração do comportamento. Por esta razão, pode-se afirmar que ohomem de hoje nãoserá omesmo amanhã, pois avida édinâmica eeste indivíduo será influenciado por ações quenortearão seu comportamento. Estas influências provocarão modificações em sua vida,trazendo-lhe uma nova visão de mundo.

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Para Jardim (2001, p. 66), existem elementos que podem ser destacados como tendoalguma relação com a aprendizagem:

• pessoa que aprende: nela os aspectos mais importantes são ossentidos, o sistema nervoso central e os músculos. Aatividade nervosatransformada em ação, dentro de certas seqüências e padrões que alterama natureza do próprio processo organizador, se manifesta comoaprendizagem;

• situação estimuladora: éasoma dos fatores que estimulam os órgãos dossentidos da pessoa que aprende ou estímulo (apenas um único fator);

• Resposta: ação que resulta da estimulação e da atividade nervosasubseqüente. Recebe onome de performance, pois édescrita em funçãodos efeitos que apresenta e não de sua aparência.

Oprocesso de aprendizagem se realiza quando o indivíduo é estimulado de talmaneira que aperformance por ele apresentada antes de entrar em contato com essa situaçãose modifica depois de ser nela colocado.

2.2 BIBLIOTECA NA ESCOLA

Abiblioteca éessencial em nossas vidas de aprendizes. Para a sociedade abibliotecanão só é importante, mas necessária para a atualização de seus conhecimentos, sendoconsiderada uma ferramenta de uso fundamental ao que quiser viver em uma sociedade ondese cobra e valoriza a formação de caráter e do intelecto do mesmo.

Aleitura, além de despertar ogosto pelos bons livros, faz também com que oalunoconstrua novos conhecimentos, necessários à sua vida sócio-econômica e cultural,estimulando-o a darprogressão as seus estudos.

Aleitura é de suma importância para a aprendizagem do aluno. Ela pode ocorrer edeve ocorrer em vários espaços dentro do horário escolar, principalmente na biblioteca. Aleitura é imprescindível ao indivíduo em formação, pois, serve de suporte e apoio na suaqualificação e re(construção) dos conhecimentos obtidos em sala de aula. Apesar de suaimportância no desenvolvimento ensino/aprendizagem, o que se tem observado é que abiblioteca não tem sido valorizada como espaço que proporciona e motiva a leitura, porém,caracteriza-se como ferramenta pedagógica necessária a professores ealunos.

Para Silveira (1993, p.75).

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u>

A biblioteca é uma das forças educativas mais poderosas que dispõe osestudantes, professores e pesquisadores. Os alunos devem investigar e abiblioteca é o centro de investigação tanto como o é um laboratório. 0desejo de descobrir o que há nos livros realmente existe nas crianças. Aescola deve desenvolvê-lo, utilizandoos espaços da biblioteca.

Pode-se concordar quando o autor fala da força poderosa que tem a biblioteca noensino/aprendizagem, bem como da sua importância; acreditamos que é preciso ensinar aoseducandos como usá-la, despertando a vontade, a curiosidade para ler os livros que lá se

encontram prontos para a descoberta de um novo mundo.Segundo Viana (1993, p. 56),

Ouso adequado do livro e da biblioteca é imprescindível para a realizaçãode uma pesquisa satisfatória, cuja prática e incentivo contribui para que oestudante busque, também, respostas para indagações pessoais, amplie seuconhecimento, forme sua própria opinião, gerando seu espaço na sociedade.

Quando oautor diz uso adequado, lembramos que, até hoje, vemos alunos que nãosabem pesquisar nem ler os livros que precisam para dar respostas para seus anseios. Para queencontrem o caminho certo é preciso que alguém os incentive como fazê-lo. "Ausentar oestímulo do (livro) do mundo vivido pelas pessoas significa retirar a possibilidade delasexecutarem uma resposta (ler livros), isto é, movimentar a consciência para o objeto".

(Bardini, 1983, p. 63)

Na busca da compreensão de como instigar esse mundo maravilhoso da leitura,professores epedagogos tentam encontrar afórmula para adescoberta desse mundo mágico.Sendo assim, pesquisas, oficinas, projetos têm sido desenvolvidos na busca de resultadossatisfatórios. Pode-se dizer que muito se tem feito, mas muito ainda há por fazer. "Procurou-se então uma pesquisa onde ficou comprovado que diminuindo aquantidade de conteúdos, etrabalhando mais com qualidade real, surtiu então ótimos resultados, no ensino aprendizagem,isso desde adécada de 70 - em alguns países da América Latina". (Trivino, (1993, p.12).

Trivino vem nos lembrar do início da revolução que teve o ensino educacionalescolar nos anos 70, mas que, mesmo assim, os órgãos responsáveis não têm dado condiçõesde trabalho aos educadores que se empenham muito dando complemento aos trabalhos,buscando, juntamente com os alunos, trabalhos diversificados, como, pesquisas embibliotecas eoutros, para se ter resultados positivos no ensino aprendizagem.

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17

De acordo com Kleiman (1993, p. 12), acredita-se que o objetivo do aluno e do

professor seja a formação de um leitor de leitura eficiente que permitam ao aprendiz acompreensão da palavra escrita, afim de competir plenamente na sociedade que impõe acadadia mais exigências de tratamento, isto é, contato e familiaridade com aescrita.

Aautora acredita que o objetivo do professor e do aluno é de construir bons leitores,compreendendo o que se lê para o seu melhor aprendizado, ficando, assim, preparado paraexercer suas funções enquanto profissional, bem como ser cidadão capaz de sobreviver àsexigências do meio social e trabalhista.

Diz Sanches Neto (1998, p. 47), que a "biblioteca é encarada como um anexo daescola, quando, na verdade, ela deveria ser asua alma". Oautor certamente teve convivênciadireta com a biblioteca e com oensino aprendizagem para poder fazer essa observação. Pois,em toda nossa vida educacional vimos que abiblioteca não évista como apoio educacional e,sim, como um pronto socorro, na hora do apuro, ou de um acidente, ou, ainda, como umaalternativa de emergência para socorrer ao professor no mau planejamento de aula. Sem saberoque fazer, recorre à biblioteca como forma de compensação.

2.3 OPERFIL DOS PROFISSIONAIS DESIGNADOS PELA ESCOLA PARA

TRABALHAR NA BIBLIOTECA.

As escolas enfrentam sérios problemas quanto aos profissionais designados para

trabalhar nas bibliotecas. Esses profissionais são poucos na área, não atendendo a demanda.Para suprir essas necessidades osistema remaneja professores efuncionários administrativoscom desvio de função. Recentemente, também os Profissionais Técnicos em MultimeiosDidáticos são aproveitados para a biblioteca, por falta de infra-estrutura no setor pelo qualforam concursados.

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3 CUNHO METODOLÓGICO

3.1 A PESQUISA

Apesquisa consiste num estudo de abordagem qualitativa equantitativo-descritiva.Na pesquisa qualitativa há possibilidade do pesquisador ter contato direto e pessoal com ofenômeno pesquisado, podendo descobrir aspectos novos obtendo conhecimento dosignificado que a população pesquisada tem em relação àrealidade dos relatos da pesquisa.Segundo Chizzott (2003, 25), "a pesquisa qualitativa é feita por pessoas que elaboramconhecimentos e produzem práticas adequadas para intervir de forma atuante nos problemasque identificam".

Para verificar como os professores e alunos fazem uso da biblioteca e conhecer sua

estrutura eorganização, foi realizada uma observação in loco, que, segundo Lucke e André(1986, p. 77), "esta é obtida por meio do contato direto do pesquisador com o fenômenoobservado". E, segundo Triviftos (1987, p. 88), "a observação dirigida, estruturada écapaz deser útil para evidenciar, na prática, certos comportamentos que nos interessam colocar emalgumas perspectivas ou convencer-nos da sua ausência".

Apesquisa quantitativo-descritiva proporciona ao pesquisador uma análise maisobjetiva do fenômeno pesquisado, uma vez que pode ser aplicada por meio de questionáriosestruturados ou semi-estruturados, cujas informações podem ser quantificadas em númerospercentuais ou valores numéricos. Segundo Baruf (2001, p. 56), "a pesquisa quantitativo-descritiva tem como finalidade o delineamento ou análise das características de fatos oufenômenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais". De acordocom o autor, a pesquisa quantitativo-descritiva ou pesquisa de campo tem por objetivodescrever, registrar, analisar, interpretar ecorrelacionar fatos ou fenômenos. Não manipulavariável, ou seja, toma os dados como se apresentam na natureza da pesquisa, procurandodescobrir, com precisão possível, a freqüência com que o fenômeno ocorre.

Neste trabalho, portanto, utilizou-se a pesquisa quantitativo-descritiva, uma vez queserão aplicados questionários semi-abertos, com perguntas estruturadas para alunos eprofessores das 4a séries, considerando a possibilidade da não presença do pesquisador, asquestões devem serclaras e objetivas.

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1')

Oquestionário foi aplicado em uma pequena amostragem de 10% dos alunos das 4aséries, que foram escolhidos aleatoriamente.

A pesquisa teve como sujeitos alvo, professores e alunos das 4as séries das duasescolas estaduais mencionadas.

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4 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

4.1 ANALISE DOS DADOS - BIBLIOTECA NA ESCOLA: PRAZER OU

CASTIGO

A pesquisa em pauta trata-se da temática Biblioteca na escola: prazer ou castigo, tendo

como objetivo analisar a relação ensino/aprendizagem da sala aula e biblioteca. Para elucidar

este assunto foram aplicados questionários para professores e alunos da 4a série, de duas

escolas estaduais de Sinop/MT.,.

4.1.1 Análise do ponto de vista dos professores

Foram distribuídos dois (dois) questionários para professores das 4a séries do período

vespertino em duas escolas estaduais, com seis questões fechadas e doze.

Obra disponível na biblioteca

50% 50%

iSim «Não

Na questão n° 01, em que foram questionados se as obras disponíveis na biblioteca da

escola são suficientes para desenvolver atividades complementares aos conteúdos trabalhados

na sua disciplina, o professor da escola 01, respondeu que não, pois há carência de obras, e

não contempla todas as necessidades, acarretando dificuldades para o professor trabalhar

conteúdos diferenciados ou promovendo uma aula diferente na biblioteca. Já o professor da

escola 02 respondeu que sim, que sua escola dispõe de obras em quantidade suficiente.

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Principais obras indicadas para os alunos

50% 50%

l Diversas obras da literatura infanto juvenil

iCecilia Meireles, Vinícius de Morais, Monteiro Lobato, José P. Pães, Ruth Rocha

21

Na questão n° 02 pergunta-se quais as principais obras que os professores indica para

seus alunos, no que diz respeito à literatura, apontando o gráfico que um dos professores

indica diversas obras da literatura infanto juvenil e outro professor indica obras de Cecília

Meireles, Vinícius de Morais, Monteiro Lobato, José P. Paes e Ruth Rocha.

Como vê a qualidade da leitura de seus alunos

100%

iSim

Na questão n° 03, foi questionado se enquanto educador, os professores vêem a

qualidadede leiturade seus alunos, em um nível bom.

Page 22: ISABEL MARIA DE JESUS

Usa das aulas para trabalhar a importância da

leitura e da pesquisa

íC^HL-^L-— __-^

100%

• 1

22

Na questão n° 04, os dois professores responderam que fazem uso da biblioteca para

escolherem livros e para trabalharem a importância da leitura e da pesquisa.

Quantas leva os alunos à biblioteca

\

50% | mm— m) ou-*

I«Todos os dias • Uma vez por semana

Na questão n° 05,um professor respondeu queleva os alunos à biblioteca todos osdias

e outro uma vez por semana.

Tem conhecimento das obras literárias existentes

na biblioteca

100%

iSim

Page 23: ISABEL MARIA DE JESUS

23

Na questão n° 06 os dois professores disseram ter pleno conhecimento das obras

existentes no acervo da biblioteca.

Obras literárias suficientes

50% 50%

lDisse ter obras em quantidade suficiente para a série que trabalha

l Disse nâo ter obras suficientes

Na questão n° 07 um professor respondeu que há obras literárias que atende a

necessidade da série que trabalha. Outra respondeu que sua série não tem obras suficientes

para atender seus alunos.

Na questão n° 08 onde foi abordado se há bibliotecário capacitado para facilitar o

atendimento, todos responderam que sim, não detalhando a qualidade do atendimento, visto

não ter-se questionado sobre o assunto.

Page 24: ISABEL MARIA DE JESUS

Escola recebe obras literárias suficientes para

atender professores e alunos

100%

ISim

24

Na questão n° 09 osprofessores responderam quea escola recebe livros em quantidade

suficiente para atender os anseios e as necessidades do ensino/aprendizagem, contrariando a

resposta de um dos professores na questão n° 07.

Preocupação dos ógãos governamentais com oensino/aprendizegem

í£ ' JÉ̂J100%

uSim

Na questão n° 10 que aborda a preocupação dos órgãos governamentais educacionais

quanto ao ensino/aprendizagem escola, todos responderam que o governo se preocupa com o

ensino/aprendizagem, mas não atende plenamente osanseios da escola e dos educandos.

Page 25: ISABEL MARIA DE JESUS

Melhora no ensino/aprendizagem através da

leitura

_mmmmm^

100%

• Sim

25

Na questão n° 11 que aborda a questão da melhora do ensino/aprendizagem após

leituras freqüentes, todos responderam que sempre que usam a biblioteca percebem melhorano rendimento de seus alunos e que a biblioteca é fundamental para os professores e os

alunos.

Na questão n° 12 que aborda o aperfeiçoamento dos professores, todos responderamque se preocupam com seus educandos no que se refere ao ensino/aprendizagem e por isso

procuram aperfeiçoar-se.

Page 26: ISABEL MARIA DE JESUS

No inicio ou no final de carreira é importante

renovar os conhecimentos

f^^— —s100%

D Sim

26

Na questão n° 13 onde aborda a importância da renovação de conhecimentos no inicio

ou no final da carreira, todos responderam que é muito importante, pois o conhecimento deve

ser construído ao longo do tempo.

Uso da biblioteca na renovação dosconhecimentos

Na questão n° 14 onde se pergunta sobre a renovação dos conhecimentos no uso dabiblioteca, todos responderam que seus conhecimentos são renovados através de livros da

biblioteca, mas um respondeu que, além disso, compra seus próprios livros.

Page 27: ISABEL MARIA DE JESUS

27

Que método usa para disciplinar seu aluno

50% 50%

• Leva paraa biblioteca para fazer leitura direcionada a Conversa com o aluno

Na questão n° 15 que aborda qual o método utilizado pelo professor para disciplinar

seu aluno, um respondeu que o leva para a biblioteca com leitura direcionada, outro que

conversa com o aluno.

Biblioteca como complemento de aprendizagemou desenvolvimento para o educando

100%

iSim

Na questão n° 16 que se pergunta se a biblioteca é complemento de aprendizagem ouse é fundamental para odesenvolvimento do aluno, todos disseram que ela é fundamental para

professores eeducandos, pois através dela os alunos tendem a render mais.

Page 28: ISABEL MARIA DE JESUS

28

Livros que indica para os alunos

50% 50%

Id Literatura infantil a Literatura infanto juvenil

Na questão n° 17 onde se pergunta ao professor quais os livros que indica para seus

alunos, um respondeu que indica literatura infantil e outro, literatura infanto juvenil.

Espaço físico da biblioteca

^^^^^^^^Z^100%

• Sim

Na questão n° 18, ao serem questionados sobre o aspecto físico da biblioteca daescola, se é atraente e confortável para que os alunos desenvolvam seus trabalhos de leitura,todos responderam que não, afirmando com unanimidade que o espaço é pequeno edesconfortável, mas, mesmo assim, não impede o desenvolvimento de leitura e trabalho dos

alunos.

Page 29: ISABEL MARIA DE JESUS

29

4.1.2 Análise do ponto de vista dos alunos

Foram distribuídos oito (08) questionários aleatórios para os alunos das 4a séries do

período vespertino em duas escolas estaduais, com dez questões fechadas e três abertas. A

primeira questão pergunta se eles têm o hábito de leitura, a maioria afirmou que sim, o quedemonstra que, através doexemplo de leitura de seus pais, osalunos são incentivados a lerem

também. Em relação ao item se oseducandos acham a biblioteca de sua escola interessante, é

válido observar que foi questionado se os mesmos conhecem ou têm acesso a outro biblioteca

que não seja a de sua escola.

Família tem hábito de leitura

25%

75%

I Sim • Não

Na abordagem que se refere ao hábito de leitura da família, 75% das crianças

entrevistadas disseram que sim e 25%, não, conforme mostra o gráfico acima. Nesta

problemática, observa-se uma incoerência nas respostas, pois, as estatísticas, tanto do IBGE,como tantas outras mostram que o brasileiro de modo geral não tem hábito de leitura. Sendo

assim, conclui-se que houve manipulação das informações por parte dos entrevistados, ou não

houve clareza no entendimento das perguntas.

Page 30: ISABEL MARIA DE JESUS

Acesso da família aos livros

13% 0%

1aVo^-^^CI]" "^—^

o% I mj

74%

D Na biblioteca da escola • Na biblioteca pública

DCom amigos d Compra seus próprios livros

• Outros

30

De acordo com as respostas, 74% usam a biblioteca da escola como espaço para

leitura, o que demonstra a importância da escola para a sociedade, tanto em termos culturais

como sociais, 13% compram seus próprios livros, 13% utilizam livros de amigos, Nenhum

deles freqüenta a biblioteca pública ou busca outros meios para teracesso a livros.

Nesta resposta fica claro que as escolas possuem biblioteca.

Page 31: ISABEL MARIA DE JESUS

31

Escola 1 Escola 2

A escola possui bibliotecário

38%

62%

iSim a Não

Nesta questão 62% dos entrevistados responderam que há um profissional na

biblioteca para auxiliá-los em suas atividades e 38% disseram que a biblioteca não possuiprofissional trabalhando na biblioteca de sua escola. No entanto, as respostas dos 38% sedevam ao fato de a escola possuir somente um profissional num determinado período.

Page 32: ISABEL MARIA DE JESUS

32

Bibliotecário capacitado

25%

75%

iSim QNáo

De acordo com 75% dos entrevistados, o profissional que exerce as atividades da

biblioteca é capacitado e atende as necessidades e dúvidas dos mesmos, porém, 25%

responderam que o mesmo não é capacitado.

13%

13%

Quantos livros lê no bimestre

13% 12%

"~

13% 12%

24%

D 3 livros a 5 livros a 10 livros a 20 livros • 30 livros d 30 a 33 livros • Não sabe

Referente à questão: quantos livros os entrevistados lêem por bimestre, 24%

responderam que lêem cinco livros, 13% três livros, 13% de trinta a trinta e três, 13% lê 30

livros, 13% 20 livros, 12% lê 10 e 12% disseram não saber quantos livros lêem por bimestre.

Isso caracterizaque os mesmos lêem em média 16 livros por bimestre, o que demonstra bom

nível de leitura.

Page 33: ISABEL MARIA DE JESUS

ESCOLA 2

Leitura que mais agrada

13%

25%

62%

D História em quadrinho

• Literatura infantil e História em quadrinho

n Literatura infantil, revista, história em quadrinho e terror

33

Quanto ao tipo de livros que lêem, 25% disseram ler literatura infantil e história em

quadrinho, 13% literatura infantil, revista, história em quadrinho e terror e 62% responderamque lêem histórias em quadrinhos, caracterizando a preferência dos alunos pelas histórias em

quadrinhos.

Page 34: ISABEL MARIA DE JESUS

Professora lê, pede para ler, quais

13% 24%

37%

13%

D A professora lê fábulas

• Lê para aprender beem

DA professora Ipede para ler livros de ação, história em quadrinho e literaturainfantil

• A professora pede para ler história infantil

mA professora pede para ler qualquer um

34

Neste gráfico 37% dos alunos responderam que a professora pede para ler história

infantil em sala de aula. 24% responderam queela lê fábulas, 13% queela pede para ler livros

de ação, história em quadrinho e literatura infantil, 13% responderam que lêem paraaprenderem, 13% disseram que a professora pede para lerem qualquer livro. Em relação àleitura ficou demonstrado que a professora incentiva osalunos a lerem histórias infantis.

Cobrança de leitura auxiliar

25%

75%

iSim «Não

Nesta questão, é importante observar que o educando nesta faixa etária de

aprendizagem não tem capacidade crítica de questionar com seu professor que o conteúdooferecido está ou não aquém do desejado, pois, como mostra o gráfico, 75% dos entrevistados

disseram não questionar o professor quanto ao conteúdo didático, sendo que 25%

Page 35: ISABEL MARIA DE JESUS

35

responderam que questionam o professor e solicitam leituras extras para complemento de

conteúdos.

Percebe-se na análise deste gráfico que há certa despreocupação dos alunos com a

cobrança de leituras complementares.

Pais pedem leitura complementar

13%

87%

• Sim BNão

Esta questão demonstra que os pais se preocupam com o desenvolvimento do

aprendizado de seus filhos, uma vez que 87% dos entrevistados responderam que seus pais

solicitam dos professores livros de leituras extras, sendo que 13% dos alunos responderam

que seus pais não se preocupam com isso.

A análise deste gráfico demonstra que os pais são mais preocupados com a leitura

dos que os próprios alunos, se comparado à análise do gráfico anterior.

Pais compram livros literários

25%

I Sim • Não

Page 36: ISABEL MARIA DE JESUS

36

Nesta questão 75% dos entrevistados responderam que seus pais adquirem livros

literários e outras obras para que leiam em casa. Desta forma, demonstra-se uma mudança de

comportamento, uma vez que, pelas estatísticas, poucas famílias têm hábito de comprar obras,

tendo 25% dos entrevistados respondido que seus pais não compram.

Livros paraa Biblioteca adquirir

13%

13%

• Gibis e revistas

D Poemas

• Terror

13% 12%

13% 12%

B Gibis e Contos D História em Quadnnhos

B Livros de Dinossauros D Nenhum

D Livros Didáticos

Nesta questão 13% dos entrevistados solicitaram que a biblioteca adquirisse livros

didáticos, 13% preferem livros de terror, 13% responderam que não tem preferência por

nenhum livro, 12% gostariam que adquirisse gibis e contos, 13% preferem livros de

dinossauros, 12% preferem gibis e revistas, 12% preferem poemas e 12% histórias em

quadrinhos. Analisando o gráfico acima, conclui-se que os entrevistados preferem leituras

diversificadas.

Espaço da biblioteca

13%

87%

iSim aNão

Page 37: ISABEL MARIA DE JESUS

37

De acordo com questionamento 87% dos entrevistados responderam que a biblioteca

de sua escola tem espaço físico adequado, confortável e arejado, porém, 13% responderam

que acham oespaço da biblioteca de sua escola inadequado, levando-se em consideração que

foram entrevistados alunos de duas escolas estaduaisdo município de Sinop, MT.

Page 38: ISABEL MARIA DE JESUS

5 CONCLUSÃO

Este trabalho teve como cunho metodológico trazer uma pequena contribuição para o

complexo universo do ensino, demonstrando que a biblioteca pode ser um espaço prazeroso e

que possa contribuir com o desenvolvimento cognitivo do aluno, bem como objetivando fazer

uma análise da relação existente aluno/biblioteca, e o uso que ele faz. da mesma, ou seja, como

prazer ou castigo.

Os resultados da pesquisa aplicada tanto a professores quanto aos alunos mostram que

a Biblioteca na Educação é de fundamental importância para o desenvolvimento do

ensino/aprendizagem. Na pesquisa foi analisada a opinião dos professores em relação ao uso

da biblioteca, onde todos afirmaram que a biblioteca tem papel primordial no enriquecimento

dos conteúdos aplicados em sala de aula.

Do ponto de vista dos alunos, a pesquisa confirma a problemática em questão, a

Biblioteca na Educação: prazer ou castigo, de forma positiva, ou seja, o estudo quebra o mito

de que a biblioteca na vida do estudante pode ser um castigo, pois, grande parte dos alunos

pesquisados respondeu achar a biblioteca da escola interessante, mesmo com as deficiências

apresentadas.

As informações apresentadas, portanto, quebram o paradigma de que as crianças não

gostam de ler. Assim, deixamos como reflexão o seguinte questionamento: se as crianças

gostam de ler, por que quando chegam à adolescência ou á idade adulta elas não têm o hábito

da leitura? Este poderá ser objeto de uma nova pesquisa, pois, nesta foram pesquisados apenas

alunos das 4a séries, confirmando de forma positiva os resultados da pesquisa, isto é, os

alunos não vêem a biblioteca como castigo, mas um espaço de prazer e aprendizado.

Há a necessidade de despertá-los para a busca do conhecimento que deve ser

constante, através da leitura e do prazer que a mesma poderá proporcionar-lhes.

Nossas reflexões e conclusões, entretanto, contrastam com um denominador que

sempre parece ter sido comum: o insucesso da escola para transformar os alunos em usuários

competentes da biblioteca como ferramenta de apoio ao ensino/aprendizagem. No máximo se

conseguiu - e até hoje normalmente apenas se consegue - que eles façam uso da biblioteca

apenas para leitura dos próprios livros didáticos.

Ainda que alunos e professores mostraram-se, de maneira geral, 'conformados' com as

bibliotecas de suas escolas, o que presenciamos em nossas observações, foram: a falta de

Page 39: ISABEL MARIA DE JESUS

39

estrutura física da biblioteca, a falta de livros atualizados, uma vez que os exemplares

existentes são antigos, e, também, a escassa variedade de assuntos, fator central que limita

professores que queiram realizar uma atividade diferente e desestimula alunos que freqüentam

a biblioteca.

Page 40: ISABEL MARIA DE JESUS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVIK, Fanny. Literatura infantil gostosuras e bobices. São Paulo: Spcione, 1987.

BARDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Formação do leitor. Porto Alegre:Mercado Aberto Ltda. 1993.

BARUF, Helder. Metodologia da pesquisa: manual para elaboração da monografia. 2. ed.Dourados: HBedit, 2001.

CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa cm ciências humanase sociais. São Paulo: Cortez, 2000.

COLEÇÃO NA SALA DE AULA: Otexto na sala de aula. Editora Ática, 1997.

FALCÃO, Gerson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Ática, 2003.

JARDIM, de Souza Wagner Rogério. Dificuldades de aprendizagem no ensinofundamental. Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 2001.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria e práticas. Campinas: Pontes, 1993.

VIANA, Maria Cecília Monteiro. Pesquisa escolar: uso do livro e da biblioteca. São Paulo:1993.

Page 41: ISABEL MARIA DE JESUS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS

GARCIA, Gabriel Garcia. A leitura na escola de Io grau. Edições Loiola, São Paulo, Brasil.1992.

JOSSETE, Jolibert. Formando crianças leituras. 1994

SILVA, Ezequiel Theodoro. Leitura na escola c na biblioteca. 2. ed. - Campinas, SP:Papirus, 1986.

WALDECK, Carneiro da. Miséria da biblioteca escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

Page 42: ISABEL MARIA DE JESUS

42

ANEXO A: Questionário - Alunos

1. Sua família tem hábito de leitura?

2. Caso, quais os meios que a mesma utiliza para ter acesso a estes livros?

3. Em sua tem escola biblioteca?

4. Na biblioteca de sua escola tem um profissional para auxiliá-lo na escolha de livros e nas

pesquisas escolares?

5. Este profissional é capacitado para trabalhar como bibliotecário?

6. Você lê quantos livros por bimestre?

7. Que tipo de leitura mais lhe agrada?

8. Sua professora lê ou pede para você ler alguma história em sala de aula? Quais?

9. Você como aluno cobra de seu professor(a) quando sente que só os livros didáticos não são

suficientes para sua aprendizagem?

10. Seus pais vem à escola pedir para o professor(a) indicação de livros para leitura

complementar?

11. Seus pais compram livros literários ou outras obras para que leiam em casa?

12. Que tipo de livros gostaria que a biblioteca de sua escola adquirisse?

13. A biblioteca de sua escola tem espaço confortável, arejado e iluminado?

Page 43: ISABEL MARIA DE JESUS

43

ANEXO B: Questionário (Professores)

1. Na biblioteca de sua escola há obras disponíveis para desenvolver atividades

complementares aos conteúdos aplicados aos seus alunos?

( ) sim ( ) não

2. Quais as principais obras indica para seus educandos no que diz respeito à literatura?

3. Enquanto educador, como vê a qualidade de leitura de seus alunos?

( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim

4. Usa das suas aulas para trabalhar a importância da leitura e pesquisa na biblioteca?

( ) sim ( ) não

5. Quantasvezes por bimestre leva seus alunos na biblioteca de sua escola para escolher livros

para ler?

6. Tem conhecimento das obras que sua biblioteca possui?

( ) sim ( ) não

7. Se sim, quais existem? Possui quantidade suficiente para que cada aluno leia a mesma

obra?

8. Há um funcionário capacitado na biblioteca de sua escola que possa ajudaros educandos a

saciar seus anseios de como fazer uma pesquisa de qualidade?

( ) sim ( ) não

9. Sua escola tem recebidodo órgão governamental livrosc obras suficientespara atenderseu

quadro de alunos e professores?

( ) sim ( ) não

Page 44: ISABEL MARIA DE JESUS

44

10. Na sua visão o órgão responsável pela educação escolar tem se preocupado em atender

aos anseios e necessidades no ensino aprendizagem dos educandos?

( ) sim ( ) não

11. Você tem observado se foi a partir das leituras freqüentes de seus alunos houve melhora

no rendimento do ensino aprendizagem dos mesmos?

( ) sim ( ) não

12. Como profissional da educação tem aperfeiçoado seus conhecimentos com oi intuito de

melhorar a qualidade e desenvolvimento de suas atividades escolares?

( ) sim ( ) não

Caso sua resposta seja não, justifique.

13. Você estando no início ou no final de carreira acha importante renovar seus

conhecimentos?

( ) sim ( ) não Justifique:

14. Para renovação de seu conhecimento você faz uso da biblioteca ou adquire seus próprios

livros?

15. Quando o aluno começa a incomodar em sala de aula qual metodologia você utiliza?

( ) encaminha para a biblioteca como forma de castigo.

( ) encaminha para a biblioteca com leitura direcionada.

( ) manda para a coordenação.

( ) outro

16. A biblioteca é para você um complemento do ensino aprendizagem ou é fundamental para

o desenvolvimento do educando? Explique:

17. Que livros costuma indicar para seus alunos?

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18. A biblioteca de sua escola é atraente e confortável para que os alunos desenvolvam seus

trabalhos de pesquisa e leitura?

( ) sim ( ) não