ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ......

59
0 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO E LICENCIATURA ISABELA MARTINS DE MORAIS EFEITO DAS ORIENTAÇÕES NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PORTADORES DE ÚLCERAS VENOSAS PELO ÍNDICE DE TINETTI NITERÓI 2016

Transcript of ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ......

Page 1: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

0

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO E LICENCIATURA

ISABELA MARTINS DE MORAIS

EFEITO DAS ORIENTAÇÕES NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PORTADORES DE

ÚLCERAS VENOSAS PELO ÍNDICE DE TINETTI

NITERÓI

2016

Page 2: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

1

ISABELA MARTINS DE MORAIS

EFEITO DAS ORIENTAÇÕES NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PORTADORES DE

ÚLCERAS VENOSAS PELO ÍNDICE DE TINETTI

Trabalho de Conclusão de Curso de

Graduação em Enfermagem apresentado na

Universidade Federal Fluminense, como

requisito parcial para obtenção do título de

Bacharel e Licenciado em Enfermagem.

ORIENTADORA: PROFª. DRª. ALESSANDRA CONCEIÇÃO LEITE FUNCHAL

CAMACHO

Niterói

2016

Page 3: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

2

M 827 Morais, Isabela Martins de.

Efeito das orientações na capacidade funcional de

portadores de úlceras venosas pelo Índice de Tinetti. / Isabela

Martins de Morais. – Niterói: [s.n.], 2016.

59 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)

- Universidade Federal Fluminense, 2016.

Orientadora: Profª. Alessandra Conceição Leite Funchal

Camacho.

1. Úlcera Varicosa. 2. Enfermagem. I. Título.

CDD 616.545

Page 4: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

3

ISABELA MARTINS DE MORAIS

EFEITO DAS ORIENTAÇÕES NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PORTADORES DE

ÚLCERAS VENOSAS PELO ÍNDICE DE TINETTI

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem apresentado na Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel e Licenciado em Enfermagem.

Aprovada em 03 de fevereiro de 2016.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________________

Prof. Dr.ª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho (Orientadora)

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

_____________________________________________________________________

Prof.ª Dr.ª Geilsa Soraia Cavalcante Valenti (1º Examinador)

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

_____________________________________________________________________

Prof.ª Ms. Fabiana Lopes Joaquim (2º Examinador)

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

Niterói

2016

Page 5: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, quero agradecer a Deus, por ter me dado a vida e a oportunidade de

chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri.

À minha família que foi essencial nesta jornada, me fortalecendo quando os

obstáculos pareciam intransponíveis. Em especial a minha mãezinha Glória (in memorian),

que infelizmente não está aqui para compartilhar este momento tão feliz em minha vida, mas

que tenho a certeza que de onde ela estiver estará muito feliz por esta vitória.

Às minhas amigas Dyla, Elaine, Pâmela e Vivianne que estiveram comigo em todos

os momentos e dificuldades dessa trajetória, me apoiando e me ajudando quando eu sempre

precisava.

À minha orientadora, Profa. Dra. Alessandra Camacho e a Mestre Fabiana Lopes

Joaquim, pela confiança, comprometimento e ajuda em todos os momentos da construção

deste trabalho.

A todos os professores da Universidade Federal Fluminense que contribuíram para

minha formação profissional, e a esta faculdade que me proporcionou anos de muitas lutas,

mas também de muitas vitórias. O meu muito obrigada!

Page 6: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

5

“ O Senhor é meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me

mansamente a águas tranquilas. ” Salmos 23:1-2

Page 7: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

6

RESUMO

As úlceras venosas crônicas são ocasionadas pela dificuldade de retorno venoso, gerando

dores e edemas que repercutem sobre a capacidade funcional do portador, tornando-se

necessário realizar a avaliação desta. Os enfermeiros apresentam grande interesse na

resolução, avaliação e tratamento destas lesões e ao realizar a visita domiciliar o mesmo

proporciona a continuidade do plano terapêutico e fornece ajuda ao paciente, buscando

sempre a melhora e a prevenção de agravos de saúde. Logo o objetivo geral deste estudo é

avaliar a marcha e o equilíbrio de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas na visita

domiciliar e como objetivos específicos descrever a influência das orientações realizadas pelo

enfermeiro durante a visita domiciliar frente à capacidade funcional de pacientes adultos e

idosos com úlceras venosas e analisar a marcha e o equilíbrio de pacientes adultos e idosos

com úlceras venosas na visita domiciliar. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem

quantitativa. Os cenários do estudo foram o Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital

Universitário Antônio Pedro (HUAP) e a residência dos pacientes. Participaram da pesquisa

16 pacientes, que vivem com úlceras venosas e que se encontram em tratamento no referido

ambulatório. A coleta de dados ocorreu através dos instrumentos: Protocolo I – Adaptado -

Avaliação de clientes com úlceras venosas, utilizado no projeto Cicatrizar da Pró-Reitoria de

Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP/UFF) e Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq); Escala de avaliação de equilíbrio e marcha (Índice de

TINETTI); e instrumento com orientações a serem direcionadas aos sujeitos da pesquisa que

durante a visita domiciliar, sendo este o instrumento de registro da intervenção aplicada no

estudo. Os resultados mensurados por intermédio do Índice de Tinetti permitiram vislumbrar

que as orientações realizadas pelo enfermeiro na visita domiciliar influenciam de modo

positivo na manutenção da marcha e do equilíbrio em pacientes com úlceras venosas,

tornando este profissional o personagem principal do cuidado, pois é este que escolhe a forma

de tratamento e a conduta correta para cada caso. Deste modo conclui-se que através da visita

domiciliar foi possível fazer uma análise e avaliar o quão impactante foram as orientações

realizadas pelo enfermeiro para melhorar a capacidade funcional dos pacientes adultos e

idosos com úlceras venosas.

Palavra-chave: Úlcera Varicosa. Visita Domiciliar. Cuidados de Enfermagem.

Page 8: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

7

ABSTRACT

The chronic venous ulcers are caused by the difficulty of venous return, leading to pain and

edemas that impact on the carrier's functional capacity, becoming necessary its evaluation.

The nurses present great interest in the resolution, evaluation and treatment of these injuries,

and, by paying home visits, they provide the therapeutic plan continuity and help the patient,

always looking for the improvement and prevention of health disorders. Therefore, the

general objective of this study is to evaluate the gait and balance of adults and elderly patients

with venous ulcers in home visits, and, as specific goals, to describe the influence of

orientations given by the nurse during home care on the functional capacity of adults and

elderly patients with venous ulcers and analyze gait and balance of adults and seniors with

venous ulcers during home visits. This is a descriptive study, with a quantitative approach.

The locations of this study were Ambulatório de Reparo de Feridos, at Hospital Universitário

Antonio Pedro (HUAP), and the patient's homes. Sixteen (16) patients participated in the

research, all of them have venous ulcers and are in treatment in the clinic aforementioned. The

data were collected through the instruments: Protocol I - Adapted - Evaluation of patients

with venous ulcers, used in Pró- Reitoria de Pesquisa e Pós- Graduação (PROPP/UFF) project

Cicatrizar, supported by Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq); Rating scale of balance and gait (Índice de TINETTI); and an instrument with

orientations to be directed to the research subjects during the home visits, which is the

recording instrument of the intervention applied in the study. The results measured through

the Tinetti Index made possible to see that the guidelines made by nurses on home visits

influence positively in maintaining gait and balance in patients with venous ulcers , making

this professional the main character of care because it is this that choosing as the correct

treatment and behavior. Hence, it is concluded that through home visits, it was possible to do

an analysis and evaluate how impactful were the orientations that were held by the nurse to

improve the functional capacity of adults and elderly patients with venous ulcers.

Keywords: Venous Ulcer. Home Visits. Nursing Care.

Page 9: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

8

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 1ª Avaliação de equilíbrio sentado, f. 28

Gráfico 2 2ª Avaliação de equilíbrio sentado, f. 28

Gráfico 3 1ª Avaliação Levantando, f. 29

Gráfico 4 2ª Avaliação Levantando, f. 29

Gráfico 5 1ª Avaliação Tentativas de levantar, f. 29

Gráfico 6 2ª Avaliação Tentativas de levantar, f. 29

Gráfico 7 1ª Avaliação Assim que levanta, f. 30

Gráfico 8 2ª Avaliação Assim que levanta, f. 30

Gráfico 9 1ª Avaliação Equilíbrio em pé, f. 30

Gráfico 10 2ª Avaliação Equilíbrio em pé, f. 30

Gráfico 11 1ª Avaliação Teste dos três tempos, f. 31

Gráfico 12 2ª Avaliação Teste dos três tempos, f. 31

Gráfico 13 1ª Avaliação “Olhos fechados”, f. 31

Gráfico 14 2ª Avaliação “Olhos fechados”, f. 31

Gráfico 15 1ª Avaliação Girando 360°, f. 32

Gráfico 16 2ª Avaliação Girando 360°, f. 32

Gráfico 17 1ª Avaliação Sentado, f. 32

Gráfico 18 2ª Avaliação Sentado, f. 32

Gráfico 19 1ª Avaliação do início da marcha, f. 35

Gráfico 20 2ª Avaliação do início da marcha, f. 35

Gráfico 21 1ª Avaliação Pé direito, f. 35

Gráfico 22 2ª Avaliação Pé direito, f. 35

Gráfico 23 1ª Avaliação Pé esquerdo, f. 36

Gráfico 24 2ª Avaliação Pé esquerdo, f. 36

Gráfico 25 1ª Avaliação de simetria dos passos, f. 36

Gráfico 26 2ª Avaliação de simetria dos passos, f. 36

Gráfico 27 1ª Avaliação continuidade dos passos, f. 37

Gráfico 28 2ª Avaliação continuidade dos passos, f. 37

Gráfico 29 1ª Avaliação de direção, f. 37

Gráfico 30 2ª Avaliação de direção, f. 37

Gráfico 31 1ª Avaliação Tronco, f. 38

Gráfico 32 2ª Avaliação Tronco, f. 38

Page 10: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

9

Gráfico 33 1ª Avaliação Pé direito, f. 38

Gráfico 34 2ª Avaliação Pé direito, f. 38

Page 11: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

10

LISTA DE TABELA

Tabela 1 Características sociais e demográficas dos participantes do estudo, f. 26

Page 12: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

11

LISTA DE QUADRO

Quadros 1 Escala de avaliação de equilíbrio – Índice de Tinetti, f. 33

Quadros 2 Escala de avaliação de marcha – Índice de Tinetti, f. 39

Page 13: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

1.1 OBJETO DE ESTUDO

1.2 QUESTÃO NORTEADORA

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

1.3.2 Objetivos Específicos

1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A CAPACIDADE FUNCIONAL NOS PACIENTES COM ÚLCERAS

VENOSAS

2.2 ÍNDICE DE TINETTI

2.3 O ENFERMEIRO NA VISITA DOMICILIAR PARA O

MONITORAMENTO/TRATAMENTO DE LESÕES

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA E ABORDAGEM METODOLÓGICA

3.2 CENÁRIOS DO ESTUDO

3.3 SUJEITOS DA PESQUISA

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

3.6 ASPECTOS ÉTICOS

4 RESULTADOS

4.1 ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILIBRIO

4.2 ESCALA DE AVALIAÇÃO DE MARCHA

5 DISCUSSÃO

6 CONCLUSÃO

7 REFERÊNCIAS

8 APÊNDICE

8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

8.2 E-MAIL DE INCLUSÃO NO PROJETO DE PESQUISA

8.3 ORIENTAÇÕES A SEREM PRESTADAS AOS SUJEITOS DA PESQUISA

QUE RECEBEREM VISITA DOMICILIAR

9 ANEXO

14

15

15

15

15

15

16

17

17

19

20

23

23

23

23

24

24

25

26

28

34

41

44

46

50

50

52

53

54

Page 14: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

13

9.1 PROTOCOLO DE PESQUISA

9.2 ESCALA DE AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO E MARCHA - ÍNDICE DE

TINETTI

9.3 APROVAÇÂO DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA

54

55

56

Page 15: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

14

1 INTRODUÇÃO

A motivação pela temática surgiu durante o desenvolvimento do projeto de iniciação

científica intitulado “Estudo comparativo sobre a capacidade funcional de pacientes adultos e

idosos com úlceras venosas”, vinculado ao núcleo de pesquisa em Fundamentos de

Enfermagem, desenvolvido junto a professora Alessandra Camacho no 6º período da

graduação, onde foram desenvolvidos estudos relacionados a capacidade funcional de adultos

e idosos com úlceras venosas. Desde então, evidenciei as dificuldades enfrentadas pelos

pacientes com úlceras venosas, no que diz respeito à capacidade funcional despertando assim,

meu anseio por estudar mais sobre a temática e realizar meu trabalho de conclusão de curso.

A capacidade funcional é definida segundo a Organização Mundial de Saúde (1980)

como a ausência de dificuldades para se executar as atividades cotidianas. Frente a isto, nota-

se que com o progresso da idade ocorrem alterações fisiológicas, funcionais, morfológicas e

bioquímicas que envolvem todo o organismo do indivíduo, fazendo com que o mesmo tenha

dificuldades para realizar tais atividades (BARBOSA et al., 2014, p. 3317 - 3325). Por isso,

faz-se necessário a avaliação da capacidade funcional de adultos e idosos.

De acordo com Barbosa et al. (2014, p. 3317 - 3325), é fundamental essa avaliação

para a seleção da melhor intervenção e controle do estado clínico-funcional do paciente. Uma

vez que as lesões tissulares produzem um grande problema de saúde pública, devido a

diminuição das atividades laborais desses indivíduos.

Sendo as úlceras venosas crônicas evidenciadas como produto da hipertensão venosa

crônica, resultante da insuficiência venosa, ocasionada pela dificuldade de retorno sanguíneo

venoso (WELLER; EVANS, 2012, p. 331 - 337), que provoca em seus portadores, dores e

edemas que repercutem sobre a capacidade funcional, tornando-se necessário realizar a

avaliação da capacidade nesses pacientes.

Há estimativas que mostram que 1% da população pertencentes a países

industrializados um dia sofrerão dessa ferida (SILVA et al., 2013, p. 671-705). Por conta da

presença dessas lesões, é evidente a progressão dos problemas relacionados à mobilidade, ao

convívio social e ao autocuidado, gerando na pessoa portadora da doença alterações em seu

dia-a-dia e aspectos negativos que refletem também em sua qualidade de vida (MADDOX,

2012, p. 42-49).

As lesões ulcerativas geram custos mensais aos pacientes e ao sistema de saúde,

como mostra os dados de Dias (2013, p. 529-534), onde somente no ano de 2000 foram

Page 16: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

15

contabilizados 61.000 internações hospitalares na rede pública, sendo 13.000 relacionadas a

úlceras venosas abertas.

Segundo Camacho et al. (2014, p. 18), os enfermeiros apresentam grande interesse

na resolução, avaliação e tratamento de lesões tissulares, sendo o trabalho pautado na eleição

da cobertura ideal e na gerência do cuidado ao paciente, sendo as decisões adotadas baseadas

em evidências científicas.

Mediante o exposto, a visita domiciliar visa contribuir com a assistência prestada,

sendo utilizada pelos profissionais de saúde para manter o vínculo com o paciente e pôr em

prática tudo o que foi descrito a cima, sendo esta uma estratégia que se faz cada vez mais

atuante em nosso cotidiano. Corroborando com Camacho et al. (2014, p.24), que expõe em

seu trabalho que ao realizar a visita domiciliar o enfermeiro proporciona a continuidade do

plano terapêutico e fornece ajuda ao paciente, buscando sempre a melhora e a prevenção de

agravos de saúde.

1.1 OBJETO DE ESTUDO

Considerando este contexto, definimos como objeto de estudo as orientações do

enfermeiro na manutenção da marcha e do equilíbrio em pacientes adultos e idosos com

úlceras venosas.

1.2 QUESTÃO NORTEADORA

As orientações realizadas pelo enfermeiro na visita domiciliar influência a

manutenção da marcha e do equilíbrio em pacientes adultos e idosos com úlceras venosas?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Avaliar a marcha e o equilíbrio de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas na

visita domiciliar

1.3.2 Objetivos Específicos

Page 17: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

16

- Descrever a influência das orientações realizadas pelo enfermeiro durante a visita domiciliar

frente à capacidade funcional de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas;

- Analisar a marcha e o equilíbrio de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas na visita

domiciliar.

1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

A justificativa deste estudo está na elevada prevalência de 80% a 90% das úlceras

venosas (BARBOSA; CAMPOS, 2010, p. 2) e no fato de seus portadores apresentarem,

segundo Smeltzer e Bare (2012, p. 896), dores e edemas que repercutem nas atividades

laborais, financeiras, na qualidade de vida e nas atividades básicas e instrumentais de vida

como, vestir-se, alimentar-se, caminhar, transferir-se, entre outras, influenciando assim em

sua capacidade funcional e independência.

Portanto, esta pesquisa se faz relevante para a qualificação da assistência de

enfermagem, possibilitando ao enfermeiro atuar de forma a identificar os principais agravos

na saúde do portador de úlceras venosas, com vistas à prevenção de complicações,

vislumbrando melhorias sociais e laborais.

Nessa perspectiva concordamos com Camacho et al. (2014, p. 24) ao afirmar que o

enfermeiro colabora para a promoção do autocuidado e influencia no aperfeiçoamento dos

cuidados oferecidos aos adultos e idosos, proporcionando ao mesmo, meios adaptativos

referentes ao problema em questão, dando lhe uma sensação de bem estar e trazendo assim,

benefícios para a melhora de sua qualidade de vida.

Page 18: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

17

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A CAPACIDADE FUNCIONAL NOS PACIENTES COM ÚLCERAS VENOSAS

A insuficiência venosa crônica é a principal etiologia da úlcera venosa, sendo esta

adquirida quando as válvulas das veias do indivíduo estão danificadas, fazendo como que o

fluxo de sangue que deveria ocorrer das veias superficiais para as veias profundas, flua dentro

do vaso sem direção, tendo como resultado final desse dano uma hipertensão venosa crônica

(FIGUEIREDO; ZUFFI, 2012, p. 148).

Já os capilares por conta dessa hipertensão venosa ficam mais permeáveis, fazendo

com que as plaquetas, hemácias e o fibrinogênio, que são macromoléculas, consigam

facilmente passar para o espaço paravascular. Deste modo, tal fato torna favoráveis alterações

na pele como lipodermatoesclerose, eczema, hiperpigmentação e edema, deixando assim a

pele frágil e mais vulnerável a lesões, conforme revela Figueiredo e Zuffi (2012, p. 148) e

Abbade e Lastória (2006, p. 511).

Segundo Figueiredo e Zuffi (2012, p. 148) a úlcera venosa pode manifestar-se por

intermédio de trauma ou de forma espontânea, sendo a forma traumática a mais frequente. A

manifestação ocasionada por trauma gera lesões na face anterior e lateral da perna e no pé. Já

quando estas se manifestam de modo espontâneo, geralmente situam-se acima dos maléolos

internos. As lesões variam de quanto ao tamanho e profundidade, sendo as mulheres as mais

acometidas por conta dos hormônios e da gravidez.

A prevalência da insuficiência venosa crônica tende a crescer com o passar da idade,

atingindo cerca de 2 a 7% da população e a úlcera venosa crônica, que é a maior complicação

dessa patologia, acomete de 1 a 3% dos indivíduos (LOPES et al., 2013, p. 6), sendo a

ocorrência nos países ocidentais de 20,0% em adultos, com 3,6% de casos de úlcera ativa ou

cicatrizada (DIAS et al., 2013, p. 530).

No Brasil as úlceras venosas crônicas são o 14º motivo de afastamento temporário do

trabalhador de suas atividades, gerando assim impactos negativos ao sistema público de saúde

e danos econômicos aos portadores, por conta dos elevados índices de recidiva, da longa

duração e custo do tratamento (DIAS et al., 2013, p. 530).

Deste modo, o reconhecimento prévio das características sócio-demógraficas e das

peculiaridades da lesão, vem contribuindo de forma positiva na prevenção das complicações

aos portadores, diminuindo de maneira significativa o alto custo no tratamento das feridas

(SANTOS, R. C. et al., 2013, p. 4954).

Page 19: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

18

O diagnóstico das úlceras venosas baseia-se no histórico e no exame físico do

paciente, sendo necessárias a avaliação funcional e a realização de exames complementares e

exames não invasivos como a pletismografia, a ultra-sonografia Doppler e o duplex scan.

(ABBADE; LASTÓRIA, 2006, p. 509 - 517).

O tratamento tem como base as principais estratégias da terapia tópica, como a

aplicação de coberturas e curativos, que estão aliadas a terapêutica de compressão, sendo estas

por meio do uso de bandagens, meias e bota de Unna e intervenções cirúrgicas quando

indispensáveis (FIGUEIREDO; ZUFFI, 2012, p. 149). Outras modalidades terapêuticas, de

cunho tecnológico utilizadas como coadjuvantes no tratamento das úlceras venosas são a

estimulação elétrica, ultrassom a laser, pressão negativa local (terapia a vácuo) e

oxigenoterapia hiperbárica (SELLMER et al., 2013, p. 155).

Assim, a complexidade e as muitas alternativas no tratamento das lesões ulcerativas

buscam do enfermeiro uma assistência com abordagem holística, planejamento de estratégias

e intervenções que favoreçam o alcance dos objetivos propostos, pois corroborando com

(REIS et al., 2013, p. 103) estas lesões trazem ao paciente impactos negativos que irão

repercutir na qualidade de vida e na capacidade funcional, influenciando de maneira severa a

deambulação de seus portadores, por conta da dor crônica e do desconforto, afetando assim

suas atividades de vida diária e promovendo deste modo, isolamento social, baixa autoestima,

depressão, consultas ambulatoriais constantes ou internações e afastamento do trabalho ou

adiantamento da aposentadoria.

Frente ao exposto, realizar a avaliação da capacidade funcional nos portadores de

úlceras venosas crônicas é extremamente importante, por ela demonstrar o potencial que os

indivíduos possuem para atuarem e tomarem decisões em suas vidas de maneira independente

(FIEDLER; PERES, 2008, p. 409 - 414) e por estas lesões promoverem incapacidades

funcionais, sendo esta conceituada como a presença de dificuldades ou a necessidade de ajuda

no desenvolvimento de certas ações e de certas tarefas de vida diária ou até mesmo a

impossibilidade de execução das mesmas (ROSA et al., 2002, p. 40 - 48).

De acordo com Pilger, Menon e Mathias (2013, p. 908), este comprometimento da

capacidade funcional está diretamente relacionado à dependência, institucionalização,

predisposição de fragilidade, risco elevados a quedas e alterações na mobilidade, que

proporcionam ao indivíduo complicações ao decorrer dos anos e cuidados de custos elevados

e de longa permanência.

Sendo assim, as úlceras venosas são um dos fatores mais associados à capacidade

funcional por tratar-se da consequência de uma doença crônica já pré-estabelecida. Todavia

Page 20: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

19

além dos fatores biológicos e da presença de patologias crônicas já existentes no indivíduo, a

capacidade funcional é influenciada por fatores psicossociais, socioeconômicos, demográficos

e culturais. Assim, podemos mencionar como potenciais fatores que repercutem na

capacidade funcional, certos comportamentos associados ao estilo de vida como: sofrer de

estresse psicossocial, não realizar atividades físicas, fazer uso de bebidas alcoólicas

demasiadamente, fumar, comer em excesso e não manter relacionamentos sociais e de apoio

(PILGER; MENON; MATHIAS, 2013, p. 908).

Logo, de acordo com Pilger, Menon e Mathias (2013, p. 908) fazem-se necessárias

pesquisas sobre a capacidade funcional, para obter-se o entendimento de como esses

indivíduos estão vivendo suas vidas com o passar dos anos e assim assistir nas ações e

atividades realizadas nos serviços de saúde em geral.

Deste modo, é imprescindível a avaliação da capacidade funcional, pois ela permite a

análise da independência do indivíduo ao realizar suas atividades instrumentais e/ou de vida

diária e averigua em que nível os agravos ou as doenças impossibilitam na realização destas

atividades, levando-o a incapacidade do autocuidado gerando impactos em sua vida cotidiana

(OLIVEIRA; MATTOS, 2012, p. 396).

2.2 ÍNDICE DE TINETTI

O Índice de TINETTI foi criado por Tinetti, Williams e Mayewski em 1986

(APÓSTOLO, 2012, p. 25). Segundo Carvalho, Peixoto e Capella (2007, p. 02) quando se

busca avaliar o equilíbrio e a marcha, o índice de TINETTI é uma ótima opção, pois ele prevê

o risco de quedas, identifica mudanças na locomoção e diagnostica e quantifica a gravidade

do comprometimento do indivíduo.

Este índice não precisa de equipamento de ponta e sofisticação, é efetivo e confiável

na detecção de alterações na marcha e no equilíbrio. A partir da aplicação deste instrumento

de avaliação, são notáveis as relevantes implicações na qualidade de vida do indivíduo, onde

acabam por viabilizar ações voltadas para a prevenção, assistência e reabilitação do sujeito

(APÓSTOLO, 2012, p.25). Além de ser, segundo Mendes (2012, p. 35), autenticado para

diversos países em idioma próprio, ter baixo custo de execução, possuir avaliação de curta

duração e ser de livre acesso e domínio da população.

O Índice de TINETTI compõe-se por duas escalas, uma de equilíbrio e a outra de

marcha, onde a de equilíbrio possui nove itens, sendo eles, equilíbrio sentado, levantando,

tentativas de levantar, assim que levanta, equilíbrio em pé, teste dos três tempos, olhos

Page 21: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

20

fechados, girando 360º e sentando. Já a de marcha possui sete itens que são, início da marcha,

comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos passos, direção,

tronco e distância dos tornozelos (CARVALHO; PEIXOTO; CAPELLA, 2007, p. 3).

A pontuação para cada exercício vai de 0 a 1 ou de 0 a 2, sendo a pontuação total

obtida através da soma da pontuação da escala um (equilíbrio) com a escala dois (marcha). A

pontuação máxima para a escala de marcha é de 12 pontos e para a de equilíbrio do corpo é de

16 pontos, sendo 28 pontos a pontuação total do índice. Uma pontuação menor que 19 indica

uma habilidade física mais deficiente e um risco cinco vezes mais elevado de quedas. Logo

quanto menor a contagem de pontos, maior é o problema de equilíbrio e marcha para o

indivíduo (SILVA et al., 2008, p. 89).

2.3 O ENFERMEIRO NA VISITA DOMICILIAR PARA O MONITORAMENTO/

TRATAMENTO DE LESÕES

A visita domiciliar se tornou historicamente uma importante e primordial ferramenta

na utilização da intervenção de enfermagem no campo da saúde pública, em especial ao que

diz respeito ao cuidado das famílias e comunidades (SOSSAI; PINTO, 2010 p. 559).

Sendo assim, a prática de saúde na residência dos indivíduos vem de muitos anos, e

retorna no início do século XXI, a ser observada com um instrumento para maior

aproximação das famílias e concomitantemente ser uma alternativa para um cuidado além do

ambiente hospitalar. Desta forma, o cuidado no domicílio em suas variadas modalidades,

mostra-se como um ideal renovador no cenário do Sistema Único de Saúde (SUS). Para tal

feito, é necessário um fazer e uma ótica crítica-reflexiva, dando o verdadeiro valor ao

potencial dominante e controlador desta prática, visto que ao desenvolver tal atividade, as

ações sanitárias sempre estarão presentes como função disciplinadora, em especial aquelas

direcionadas as famílias com poder socioeconômico baixo (ABRAHÃO, 2011, p. 472 - 473).

A visita domiciliar teve sua real efetivação e desenvolvimento através da Estratégia

de Saúde da Família (ESF) (SOSSAI; PINTO, 2010 p. 570), tendo como base de acordo com

Santos, S. et al. (2013, p. 3699) os cenários econômico, cultural, social, biológico, emocional

e político onde os sujeitos encontram-se inseridos. Deste modo, os profissionais da equipe de

saúde devem possuir uma ótica ampliada do processo saúde-doença, com vistas a prestar uma

assistência integral e articulada, favorecendo a saúde dos integrantes da residência assistida,

sendo esta prática observada durante cada atividade desenvolvida na visita domiciliar.

Page 22: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

21

Nessa perspectiva, Santos, S. et al. (2013, p. 3699) ainda observa a importância da

visita domiciliar como um grande instrumento, pois ela constrói um elo de relacionamento

entre o enfermeiro e o usuário do serviço de saúde, onde viabiliza ao profissional a

oportunidade de conhecer o contexto de vida, as verdadeiras condições de moradia e também

a dinâmica familiar do sujeito.

No entanto, para que a visita alcance sua meta e tenha um resultado efetivo, é

importante que ela seja previamente planejada, para que o enfermeiro possa administrar

melhor seu tempo e o tempo das pessoas que vai visitar, sendo importante que todos os

integrantes desse processo entendam a real finalidade desta atividade (LIMA; SILVA;

BOUSSO, 2010, p. 891).

Deste modo, o enfermeiro planeja todas as atividades que devem ser realizadas

buscando o que é requisitado em cada visita domiciliar, de acordo com as necessidades

observadas, prestando uma assistência de forma integral e holística, direcionada as atividades

de vigilância epidemiológica, sanitária e de assistência básica, potencializando assim os níveis

de saúde do indivíduo e buscando como resultado final o não aparecimento de problemas na

saúde (CAMACHO et al., 2014, p. 24). Logo, a visita domiciliar está relacionada à

manutenção ou acompanhamento de situações especificas de saúde, temporárias ou não

(ABRAHÃO, 2011, p. 476).

No atendimento domiciliar a pacientes com úlceras venosas o enfermeiro é

protagonista, sendo responsável pela eleição da conduta correta para o tratamento e de por

tornar o portador da lesão e seus familiares mais ativos neste processo (REIS et al., 2013, p.

103).

Desta forma, o conhecimento técnico e científico por parte dos enfermeiros é

fundamental, sendo primordial a atualização dos conhecimentos a cerca das úlceras venosas,

aprimorando deste modo a qualidade da assistência prestada e sua eficácia (FIGUEIREDO;

ZUFFI, 2012, p. 156).

De acordo com Camacho et al. (2014, p. 24) o enfermeiro ao realizar a visita

domiciliar como estratégia para o monitoramento das lesões e consequentemente a avaliação

da capacidade funcional de seus portadores, possui um ótica crítica e reflexiva que tende a ir

além dos cuidados voltados a lesão, coletando informações a cerca da identificação das

relações familiares, condições de moradia e estilo de vida, proporcionado contribuições

fundamentais para a prestação dos cuidados aos pacientes, sendo voltadas à superação de sua

condição clínica.

Page 23: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

22

Deste modo, evidencia-se como o cuidado com as lesões vem tomando destaque na

atividade de trabalho do enfermeiro, sendo a estratégia da visita domiciliar primordial, por

permitir maior contato com o portador da lesão e seus familiares no contexto domiciliar

proporcionando e realizando orientações que propiciem o autocuidado ou a capacitação de

familiares para a execução dos cuidados (REIS et al., 2013, p. 104).

Desta maneira, temos com principais orientações ao paciente com úlceras venosas

como vistas a auxiliar o processo de cicatrização, à aplicação correta de coberturas para cada

estágio da ferida, a técnica ideal de execução do curativo, a utilização de terapêutica

compressiva quando indispensável, dieta balanceada, repouso e elevação dos membros,

utilização de meias compressivas a fim de evitar recidivas e a prática de caminhadas

moderadas (BRITO et al., 2013, p. 477).

Portanto, a função do enfermeiro frente aos portadores de úlceras varicosas

transcende os fatores de prevenção e diagnóstico de risco, tendo um importante papel no

fornecimento de informações direcionadas à educação em saúde. Assim, ao desenvolver

educação em saúde a portadores de úlceras venosas por meio da visita domiciliar, o

enfermeiro, realiza orientações voltadas a promoção de formas adaptativas ao estado

patológico com vistas à recuperação efetiva, vislumbrando uma boa cicatrização da lesão e a

melhora na capacidade funcional, influenciando assim de forma positiva em sua qualidade de

vida (CAMACHO et al., 2014, p. 25).

Page 24: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

23

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA E ABORDAGEM METODOLÓGICA

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, com o propósito de

descrever a influência das orientações realizadas pelo enfermeiro durante a visita domiciliar

frente a capacidade funcional de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas.

A pesquisa descritiva é definida como a descrição das características de determinada

população ou fenômeno, ou então o estabelecimento de relações entre as variáveis alcançadas

pela a utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados, valendo-se, sobretudo, dos

procedimentos de amostragens (FIGUEIREDO; SOUZA, 2011, p.107).

De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007, p.35 e 67) a abordagem metodológica

quantitativa é aquela que há manipulação de grande quantidade de dados e informações,

sendo necessária a análise estatística e a utilização de procedimentos matemáticos.

3.2 CENÁRIOS DO ESTUDO

Os cenários do estudo foram o Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital

Universitário Antônio Pedro (HUAP) localizado em Niterói/RJ e a residência dos pacientes

atendidos no referido ambulatório.

O Ambulatório de Reparo de Feridas do HUAP teve sua criação em 1993 e desde o

presente momento é o centro de referência na região de Niterói/RJ para o tratamento de

pacientes com lesões crônicas, além de ser campo de estágio do curso de Enfermagem da

Universidade Federal Fluminense (UFF).

3.3 SUJEITOS DA PESQUISA

Os sujeitos da pesquisa foram determinados a partir da adoção dos critérios

estabelecidos conforme descrição abaixo:

Critérios de inclusão: pacientes adultos e idosos com úlceras venosas em um ou

ambos os membros inferiores e que aceitaram participar da pesquisa, além de apresentarem

condições cognitivas para seguir as orientações recomendadas durante o período da pesquisa.

Page 25: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

24

Critérios de exclusão: pacientes adultos e idosos com úlceras arteriais, pé diabético,

falta de adesão aos cuidados e normas da assistência proposta, além do não comparecimento

contínuo as consultas agendadas pela equipe de enfermagem.

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para coleta de dados serão utilizados os seguintes instrumentos:

Protocolo I (ABREU, 2012, p.79-82) – Adaptado - Avaliação de clientes com úlceras

venosas (Anexo 9.1, p. 54):

Este protocolo diz respeito à coleta de dados sociodemográficas e clínicos.

Escala de avaliação de equilíbrio e marcha (Índice de TINETTI) (Anexo 9.2, p. 55):

O Índice de TINETTI é composto pelas escalas de equilíbrio e de marcha. A escala

de equilíbrio possui 09 itens: equilíbrio sentado, levantando, tentativas de levantar, assim que

levanta, equilíbrio em pé, teste dos três tempos, olhos fechados, girando 360º e sentando. Já a

escala de marcha possui 07 itens: início da marcha, comprimento e altura dos passos, simetria

dos passos, continuidade dos passos, direção, tronco e distância dos tornozelos. A pontuação

total do índice é de 28 pontos. Pontuação menor que 19 apontam o risco cinco vezes maior de

quedas. Logo, quanto menor a pontuação, maior o problema ao sujeito (CARVALHO;

PEIXOTO; CAPELLA, 2007, p. 3)

Orientações a serem prestadas aos sujeitos da pesquisa que receberem visita domiciliar

(Apêndice 8.3, p.53):

Elaborado pela autora Joaquim (2014, p.106), em sua dissertação de mestrado, o

instrumento é destinado ao registro das orientações prestadas aos participantes da pesquisa no

âmbito domiciliar.

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

A análise dos resultados ocorreu através de análise estatística descritiva, que foi

apresentada sob a forma de tabela. Os dados foram armazenados e categorizados no programa

Excel para auxiliar a análise de conteúdo. Sendo os dados observados expressos pela

frequência (n) e percentual (%) para dados categóricos e pela média, desvio padrão, mínimo e

máximo para dados numéricos.

Page 26: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

25

3.6 ASPECTOS ÉTICOS

Por tratar-se de um estudo que envolve seres humanos, o protocolo foi submetido e

aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Antônio Pedro,

instituição promotora, à qual está vinculada a Escola de Enfermagem (Anexo 9.3, p.56). Este

protocolo foi elaborado segundo os aspectos relativos à Resolução nº 466, de 12 de dezembro

de 2012, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, que através das suas

competências legais, estabelece as diretrizes e as normas que regulamentam pesquisas desse

gênero.

A participação dos indivíduos na pesquisa ocorreu através da assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Apêndice 8.1, p.50), documento que ratificou a

ciência da participação dos sujeitos no estudo, onde esse foi aplicado com vistas a esclarecer

aos mesmos cada procedimento, benefícios, riscos e outros assuntos relacionados à pesquisa.

Os riscos indiretos de origem emocional/psicológica, em proporção ínfima, inerentes

ao estudo foram amenizados por conta do anonimato e da privacidade garantida aos

participantes, bem como a liberdade de saída deste em qualquer etapa da pesquisa.

Já em relação aos benefícios foi proporcionado ao participante a possibilidade de

redução da ferida por intermédio do ensino de habilidades sociais e enfrentamento, adoção de

comportamento de adesão terapêutica, e capacidade funcional aumentada no domicílio,

elementos esses, importantes para a participação do sujeito e da família no cuidado, que teve

assim como consequência um melhor prognóstico para o paciente a partir do resultado e da

progressão no tratamento numa perspectiva integral.

Page 27: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

26

4 RESULTADOS

A pesquisa teve com 16 participantes e abrangeu dois campos de investigação, sendo

estes o Ambulatório de Reparo de Feridas do HUAP e o domicílio de pacientes atendidos no

referido ambulatório.

Os participantes tiveram os cuidados ambulatoriais mantidos e receberam visita

domiciliar, para a realização de curativos e orientações, sendo estas sobre limpeza da ferida,

realização de curativos, alimentos e nutrientes necessários à cicatrização, terapias

compressivas elásticas e inelásticas, uso de meias elásticas e elevação dos membros inferiores

para melhora do retorno venoso.

Na tabela 1 encontra-se a análise descritiva sóciodemográfica dos participantes por

meio da frequência (n) e do percentual (%). A idade foi expressa pela média ± desvio padrão

(DP).

Tabela 1. Características sóciodemográficas e clínicas dos participantes do estudo. Niterói, RJ, Brasil, 2014

Características categoria Participantes (n = 16)

n %

Sexo feminino 10 62,5

masculino 6 37,5

Idade (anos) * 60,1 ± 9,7

Grupo Étnico

Branco 5 31,3

Negro 9 56,3

Pardo 2 12,5

Escolaridade

analfabeto 1 6,3

1° grau 9 56,3

2° grau 5 31,3

3° grau 1 6,3

Estado Civil

Solteiro 3 18,8

Casado 6 37,5

divorciado 3 18,8

Viúvo 4 25,0

Cidade

Niterói 8 50,0

São Gonçalo 6 37,5

Itaboraí 2 12,5

Page 28: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

27

Fonte de Renda

aposentado 11 68,8

pensionista 3 18,8

empregado 2 12,5

Renda Familiar

1 a 2 SM 16 100

2 a 4 SM 0 0,0

> 4 SM 0 0,0

Tempo de Tratamento

6m a 1 ano 4 25,0

1 a 5 anos 1 6,3

> 5 anos 11 68,8

N° de recidivas

Nunca 5 31,3

1 a 4x 7 43,8

5x ou + 4 25,0

* expressa pela média ± DP

Dos participantes da pesquisa 62,5% são do sexo feminino e 37,5% do sexo

masculino e média de idade dos participantes de 60,1 anos. Ficou demostrado que a maior

parte dos participantes da pesquisa foi composta por mulheres. Quanto ao grupo étnico,

31,3% se declaram brancos, 56,3% se declaram negros e 12,5% se declaram pardos. A análise

demonstra que 56,3% dos participantes da pesquisa são negros.

No que se refere à escolaridade, observou-se que 6,3% são analfabetos, 56,3%

possuem o 1º grau, 31,3% possuem o 2º grau e 6,3% estudaram até o 3º grau. Ficou

evidenciados que a maioria dos participantes possuem o 1º grau. Em relação ao estado civil,

18,8% são solteiros, 37,5% casados, 18,8% divorciados e 25,0% viúvos. Ao analisar este item

podemos evidenciar que 37,5% dos participantes são casados.

No item à cidade de moradia, notou-se que 50,0 % residem em Niterói, 37,5% em

São Gonçalo e 12,5% em Itaboraí, sendo a cidade de Niterói mais evidenciada na pesquisa.

Ao avaliarmos a fonte de renda se observou que 68,8% são aposentados, 18,8% são

pensionistas e 12,5% estão empregados. Ao serem abordados sobre a renda familiar, 100%

declararam viver com a renda de um a dois salários mínimos.

Em relação ao tempo de tratamento observamos que 25% possuem de seis meses a

um ano de tratamento, 6,3% de um a cinco anos e 68,8% mais de cinco anos. Neste item é

demonstrado que 68,8% dos participantes possuem mais de cinco anos de tratamento da lesão.

Quanto o número de recidivas da lesão, constatou-se, que em 31,3% dos participantes a lesão

Page 29: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

28

nunca fechou, em 43,8% o número de recidivas foi de uma a quatro vezes e em 25,0% as

recidivas ocorreram cinco vezes ou mais.

4.1 ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO

A partir deste momento são apresentados os resultados referentes às escalas de

avaliação do equilíbrio e da marcha - Índice de Tinetti. O primeiro quadro de cada item

representa a avaliação realizada no ambulatório de reparo de feridas do HUAP e o segundo a

avaliação feita na visita domiciliar 15 dias após, depois das devidas orientações e cuidados.

Gráfico 1 - 1ª Avaliação de equilíbrio sentado Gráfico 2 - 2ª Avaliação de equilíbrio sentado

Na primeira avaliação da categoria equilíbrio sentado, 25% (N=4) escorregavam e

75% (N=12) apresentavam-se equilibrados. Decorrido 15 dias da visita domiciliar e dos

participantes terem recebido as orientações, os mesmos foram reavaliados e obteve-se como

resposta 100% (N=16) dos participantes equilibrados. Deste modo, pode-se observar que na

categoria escorrega houve uma melhora, pois nenhum dos participantes escorregavam mais e

100% dos participantes passaram a ficar equilibrados sentados.

Page 30: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

29

Gráfico 3 - 1ª Avaliação Levantando Gráfico 4 - 2ª Avaliação Levantando

Na primeira avaliação da categoria levantando, 81,25% (N=13) usavam os braços

como apoio para auxiliar ao se levantar e 18,75% (N=3) levantavam-se sem o auxílio dos

braços. Na segunda reavaliação observou-se que apenas 68,75% (N=11) usavam os braços

como apoio ao levantar e 31,25% (N=5) dos participantes passaram a levantar-se sem o

auxílio dos braços. Logo, pode-se observar que na categoria levantando houve uma melhora,

pois apenas 12,5 % continuaram usando os braços como apoio para auxiliar ao se levantar e

87,5% dos participantes passaram a levantar-se sem o auxílio dos braços.

Gráfico 5 - 1ª Avaliação Tentativas de levantar Gráfico 6 - 2ª Avaliação Tentativas de levantar

Na primeira avaliação da categoria tentativas de levantar, 50% (N=8) dos

participantes tentaram mais de uma vez e 50% (N=8) conseguiam levantar-se na primeira

tentativa. Durante a reavaliação observamos uma melhora significativa, pois apenas 25%

(N=4) passaram a tentar se levantar por mais de uma vez, enquanto que 75% (N=12)

levantavam-se logo na primeira tentativa. Deste modo, pode-se observar que na categoria

mais de uma tentativa houve uma melhora, pois apenas 25% continuaram tentando mais de

Page 31: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

30

uma vez para se levantar e 75% dos participantes passaram a levantar-se apenas com uma

única tentativa.

Gráfico 7 - 1ª Avaliação Assim que levanta Gráfico 8 - 2ª Avaliação Assim que levanta

Na primeira avaliação da categoria assim que levanta (primeiros 5 segundos) 50%

(N=8) ficavam desequilibrados, 12,50% (N=2) ficavam estáveis, mas com o uso de suporte e

37,50% (N=6) ficavam estáveis sem suporte ao serem avaliados. Na reavaliação

evidenciaram-se melhoras, visto que apenas 18,75% (N=3) permaneceram desequilibrados,

25% (N=4) ficavam estáveis, mas com o uso de suporte e 56,25% (N=9) ficavam estáveis sem

suporte. Portanto, pode-se observar que na categoria desiquilibrado houve uma melhora, pois

50% dos pacientes na primeira consulta ficavam desiquilibrados, agora são somente 18,75%,

no item estável, mas usa suporte 12,50% ficavam na 1ª avaliação, agora são 25% e no item

estável sem suporte passou de 37,50% para 56,25%.

Gráfico 9 - 1ª Avaliação Equilíbrio em pé Gráfico 10 - 2ª Avaliação Equilíbrio em pé

Na categoria equilíbrio em pé, dos 16 pacientes atendidos na primeira avaliação,

12,50% (N=2) ficavam desequilibrados, 31,25% (N=5) ficavam equilibrados com suporte ou

Page 32: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

31

base de sustentação ou balanço > 12 cm e 56,25% (N=9) ficavam equilibrados em pé sem

suporte e base estreita. Na reavaliação, os resultados passaram a ser os seguintes: 6,25%

(N=1) ficavam desequilibrados, 31,25% (N=5) ficavam equilibrados com suporte ou base de

sustentação ou balanço > 12 cm e 62,50% (N=10) ficavam equilibrados em pé sem suporte e

base estreita. Deste modo, pode-se observar que na categoria desequilibrado 6,25% ficaram

desequilibrados, o próximo item permaneceu o mesmo e no item sem suporte e base estreita

houve uma melhora de 62,50%.

Gráfico 11 - 1ª Avaliação Teste dos três tempos Gráfico 12 - 2ª Avaliação Teste dos três tempos

Na primeira avaliação do item teste dos três tempos, 18,75% (N=3) dos participantes

começaram a cair, 12,50% (N=2) agarraram ou balançaram os braços e 68,75% (N=11)

ficavam equilibrados. Na reavaliação, as estatísticas permanecem as mesmas.

Gráfico 13 - 1ª Avaliação “Olhos fechados” Gráfico 14 - 2ª Avaliação “Olhos fechados”

Na categoria olhos fechados, observou-se que dos 16 pacientes atendidos, 37,50%

(N=6) ficavam desiquilibrados, instável e 67,50% (N=10) ficavam equilibrados ao serem

avaliados frente ao item olhos fechados (mesma posição do item 6). Na reavaliação depois das

Page 33: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

32

orientações serem prestadas, 12,50% (N=2) ficavam desiquilibrados, instável e 87,50%

(N=14) ficavam equilibrados. Logo, pode-se observar que na categoria levantando houve uma

melhora, pois apenas 25% continuaram desequilibrados, instáveis e 75% dos participantes

passaram a ficar equilibrados de acordo com a avaliação do item.

Gráfico 15 - 1ª Avaliação Girando 360° Gráfico 16 - 2ª Avaliação Girando 360°

Na primeira avaliação frente ao item girando 360°, 18,75% (N=3) estavam com os

passos descontínuos, 81,25% (N=13) estavam com os passos contínuos, 25% (N=4) ficavam

instáveis (desequilíbrios) e 75% (N=12) ficavam estáveis (equilibrado). Após decorrido 15

dias da visita domiciliar e dos participantes terem recebido as orientações, os mesmos foram

reavaliados e obteve-se respostas significativas, permanecendo apenas 12,50% (N=2) com os

passos descontínuos, 87,50% (N=14) passaram a apresentar passos contínuos, 12,50% (N=2)

continuaram instáveis (apresentavam-se com desequilíbrios) e 87,50% (N=14) ficavam

estáveis (equilibrado).

Gráfico 17 - 1ª Avaliação Sentado Gráfico 18 - 2ª Avaliação Sentado

Page 34: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

33

Dos 16 pacientes atendidos na primeira avaliação, 12,50% (N=2) estavam inseguros

(erraram a distância, caíram na cadeira), 50% (N=8) usavam os braços ou tinham a

movimentação abrupta e 37,50% (N=6) ficavam seguros, como movimentação suave ao

serem avaliados frente ao item sentado. Na reavaliação, 6,25% (N=1) estavam inseguros

(erraram a distância, caíram na cadeira), 43,75% (N=7) usavam os braços ou tinham a

movimentação abrupta e 50% (N=8) ficavam seguros, como movimentação suave ao serem

reavaliados.

Deste modo, pode-se observar que na 1ª categoria houve uma melhora, pois apenas

6,25% continuaram inseguros para sentar-se, 6,25% dos participantes passaram a usar os

braços ou fizeram alguma movimentação abrupta e 87,50% dos participantes passaram a ficar

mais seguros e com movimentação suave ao sentar.

Abaixo é apresentado o Quadro 1 que trata da Escala de Avaliação de Equilíbrio-

Índice de Tinetti

Quadro 1 - Escala De Avaliação De Equilíbrio-Índice De Tinetti. Niterói, RJ, Brasil, 2014

1ª consulta

N(%)

Reavaliação

N(%)

1- Equilíbrio sentado Escorrega

Equilibrado

N=4 (25%)

N=12 (75%)

N=0 (0%)

N=16 (100%)

2- Levantando

Incapaz

Usa os braços

Sem os braços

N=0 (0%)

N=13(81,25%)

N=3 (18,75%)

N=0 (0%)

N=11(68,75%)

N=5 (31,25%)

3- Tentativas de levantar

Incapaz

Mais de uma tentativa

Única tentativa

N=0 (0%)

N=8 (50%)

N=8 (50%)

N=0 (0%)

N=4(25%)

N=12(75%)

4- Assim que levanta

(primeiros 5 segundos)

Desequilibrado

Estável, mas usa suporte

Estável sem suporte

N=8 (50%)

N=2 (12,50%)

N=6 (37,50%)

N=3 (18,75%)

N=4 (25%)

N=9 (56,25%)

5- Equilíbrio em pé

Desequilibrado,

Suporte ou base de

sustentação ou balanço >

12 cm

Sem suporte e base

N=2 (12,50%)

N=5 (31,25%)

N=9 (56,25%)

N=1 (6,25%)

N=5 (31,25%)

N=10(62,50%)

Page 35: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

34

estreita

6- Teste dos três tempos

Começa a cair

Agarra ou balança

(braços)

Equilibrado

N=3 (18,75%)

N=2 (12,50%)

N=11(68,75)

N=3 (18,75%)

N=2 (12,50%)

N=11(68,75%)

7- Olhos fechados (mesma

posição do item 6)

Desequilibrado, instável

Equilibrado

N=6 (37,50%)

N=10(67,50%)

N=2 (12,50%)

N=14(87,50%)

8- Girando 360°

Passos descontínuos

Passos contínuos

Instável(desequilíbrios)

Estável (equilibrado)

N=3 (18,75%)

N=13(81,25%)

N=4 (25%)

N=12 (75%)

N=2 (12,50%)

N=14(87,50%)

N=2 (12,50%)

N=14(87,50%)

9- Sentado

Inseguro (erra a distância,

cai na cadeira)

Usa os braços ou

movimentação abrupta

Seguro, movimentação

suave

N=2 (12,50%)

N=8 (50%)

N=6 (37,50%)

N=1 (6,25%)

N=7 (43,75%)

N=8 (50%)

No quadro acima evidenciamos melhora em vários pontos, no ponto “equilíbrio

sentado”, percebe-se a melhora de 25% dos que na primeira consulta escorregavam, para a

segunda consulta onde já conseguiam se equilibrar. No ponto “levantando” houve a melhora

de 12,5% de paciente que passaram a se levantar sem usar o apoio dos braços. Já em

“tentativa de levantar” 25% a mais na segunda consulta em comparação com a primeira

passaram a se levantar na primeira tentativa.

No item “assim que levanta” 18% a mais passaram a ficar estável sem suporte, e dos

que estavam desequilibrados 31% melhoraram e saíram desse item. Nos itens “equilíbrio em

pé”, teste dos três tempos”, “Girando 360º” e sentado quase não tiveram ou não tiveram

alterações significativas. E no item “olhos fechados” houve melhora de 20% dos paciente que

estavam desequilibrados para equilibrados.

4.2 ESCALA DE AVALIAÇÃO DE MARCHA

A partir deste momento são apresentados os resultados referentes às escalas de

avaliação de marcha - Índice de Tinetti. O primeiro quadro de cada item representa a

Page 36: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

35

avaliação realizada no ambulatório de reparo de feridas do HUAP e o segundo a avaliação

feita na visita domiciliar 15 dias após, depois das devidas orientações e cuidados.

Gráfico 19 - 1ª Avaliação do início da marcha Gráfico 20 - 2ª Avaliação do início da marcha

Dos 16 pacientes atendidos na primeira avaliação, 50% (N=8) tiveram hesitação ou

várias tentativas para iniciar e 50% (N=8) não tiveram hesitação ao serem avaliados frente ao

item início de marcha. Na reavaliação, 18,75% (N=3) tiveram hesitação ou várias tentativas

para iniciar e 81,25% (N=13) não tiveram hesitação ao serem reavaliados. Logo, pode-se

observar que na 1ª categoria houve uma melhora, pois apenas 31,25 % continuaram hesitando

ou tiveram várias tentativas para iniciar a marcha e 68,75% dos participantes passaram a

iniciar a marcha sem hesitação.

Gráfico 21 - 1ª Avaliação Pé direito Gráfico 22 - 2ª Avaliação Pé direito

Na primeira avaliação do item comprimento e altura dos passos - pé direito, 6,25%

(N=1) não ultrapassaram o pé esquerdo, 93,75% (N=15) ultrapassaram o pé esquerdo, 12,50%

(N=2) não saíram completamente do chão e 87,50% (N=14) saíram completamente do chão.

Na reavaliação, as estatísticas permanecem as mesmas.

Page 37: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

36

Gráfico 23 - 1ª Avaliação Pé esquerdo Gráfico 24 - 2ª Avaliação Pé esquerdo

Dos 16 pacientes atendidos, 6,25% (N=1) não ultrapassaram o pé esquerdo, 93,75%

(N=15) ultrapassaram o pé esquerdo, 18,75% (N=3) não saíram completamente do chão e

81,25% (N=13) saíram completamente do chão ao serem avaliados frente ao item

comprimento e altura dos passos - pé direito. Na reavaliação após 15 dias, 6,25% (N=1) não

ultrapassaram o pé direito, 93,75% (N=15) ultrapassaram o pé direito, 12,50% (N=2) não

saíram completamente do chão e 87,50% (N=14) saíram completamente do chão ao serem

reavaliados.

Gráfico 25 - 1ª Avaliação de simetria dos passos Gráfico 26 - 2ª Avaliação de simetria dos passos

Dos 16 pacientes atendidos, 18,75% (N=3) possuíam passos diferentes e 81,25%

(N=13) possuíam passos semelhantes ao serem avaliados frente ao item simetria dos passos

na primeira avaliação da categoria. Na reavaliação, as estatísticas permanecem as mesmas.

Page 38: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

37

Gráfico 27 - 1ª Avaliação continuidade Gráfico 28 - 2ª Avaliação continuidade

dos passos dos passos

Dos 16 pacientes atendidos, 18,75% (N=3) possuíam paradas ou passos descontínuos

e 81,25% (N=13) possuíam passos contínuos ao serem avaliados frente ao item continuidade

dos passos. Na segunda avaliação, 25% (N=4) possuíam paradas ou passos descontínuos e

75% (N=12) possuíam passos contínuos ao serem avaliados. Portanto, na 2ª categoria apenas

6,25% continuaram a dar passos contínuos e 93,75% dos participantes passaram a dar paradas

ou passos contínuos.

Gráfico 29 - 1ª Avaliação de direção Gráfico 30 - 2ª Avaliação de direção

Na primeira avaliação, 6,25% (N=1) possuíam desvio nítido, 37,50% (N=6)

possuíam desvio leve ou moderado ou uso de apoio e 56,25% (N=9) caminhavam em linha

reta sem apoio (bengala ou andador) ao serem avaliados frente ao item direção. Na

reavaliação,43,75% (N=7) possuíam desvio leve ou moderado ou uso de apoio e 56,25%

Page 39: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

38

(N=9) caminhavam em linha reta sem apoio (bengala ou andador), observando-se melhoras na

nova avaliação.

Gráfico 31 - 1ª Avaliação Tronco Gráfico 32 - 2ª Avaliação Tronco

Na primeira categoria do item tronco, 12,50% (N=2) possuíam balanço grave ou uso

de apoio, 25% (N=4) tinham flexão dos joelhos ou dorso ou abertura dos braços e 62,50%

(N=10) não tinham flexão, balanço, não usavam os braços ou apoio. Na reavaliação após as

orientações, 37,50% (N=6) tinham flexão dos joelhos ou dorso ou abertura dos braços e

62,50% (N=10) não tinham flexão, balanço, não usavam os braços ou apoio ao serem

reavaliados, notando-se assim melhoras.

Gráfico 33 - 1ª Avaliação Pé direito Gráfico 34 - 2ª Avaliação Pé direito

Dos 16 pacientes atendidos na avaliação do item distância dos tornozelos, 100%

(N=16) possuíam os tornozelos separados e 0% (N=0) tinham os tornozelos quase se tocando

enquanto andavam. Na reavaliação do item, as estatísticas permanecem as mesmas.

Abaixo é apresentado o Quadro 2 que trata da Escala de Avaliação de Marcha -

Índice de Tinetti

Page 40: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

39

Quadro 2 - Escala De Avaliação Da Marcha - Índice De Tinetti. Niterói, RJ, Brasil, 2014

1ª consulta

N(%)

Reavaliação

N(%)

10- Início da marcha Hesitação ou várias

tentativas para iniciar

Sem hesitação

N=8 (50%)

N=8 (50%)

N=3(18,75%)

N=13(81,25%)

11- Comprimento e altura

dos passos

a) Pé direito

-não ultrapassa o pé

esquerdo

-ultrapassa o pé

esquerdo

-não sai

completamente do

chão

-sai completamente do

chão

b) Pé esquerdo

-não ultrapassa o pé

direito

-ultrapassa o pé direito

-não sai

completamente do

chão

-sai completamente do

chão

N=1 (6,25%)

N=15 (93,75%)

N=2 (12,50%)

N=14(87,50%)

N= 1 (6,25%)

N=15 (93,75%)

N=3 (18,75%)

N=13 (81,25%)

N=1 (6,25%)

N=15(93,75%)

N=2 (12,50%)

N=14(87,50%)

N= 1(6,25%)

N=15(93,75%)

N=2 (12,50%)

N=14(87,50%)

12- Simetria dos passos Passos diferentes

Passos semelhantes

N=3 (18,75%)

N=13 (81,25%)

N=3 (18,75%)

N=13(81,25%)

13- Continuidade dos

passos

Paradas ou passos

descontínuos

Passos contínuos

N=3 (18,75%)

N=13 (81,25%)

N=4 (25%)

N=12 (75%)

14- Direção Desvio nítido

Desvio leve ou

moderado ou uso de

N=1 (6,25%)

N=6 (37,50%)

N=0 (0%)

N=7 (43,75%)

Page 41: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

40

apoio

Linha reta sem apoio

(bengala ou andador)

N=9 (56,25%)

N=9 (56,25%)

15- Tronco Balanço grave ou uso

de apoio

Flexão dos joelhos ou

dorso ou abertura dos

braços

Sem flexão, balanço,

não usa os braços ou

apoio

N=2 (12,50%)

N=4 (25%)

N=10 (62,50%)

N=0 (0%)

N=6 (37,50%)

N=10(62,50%)

16- Distância dos

tornozelos

Tornozelos separados

Tornozelos quase se

tocam enquanto anda

N=16 (100%)

N=0 (0%)

N=16 (100%)

N=0 (0%)

De acordo com o quadro acima, verificou-se que o item que teve uma melhora

significativa foi Início da marcha onde na primeira consulta estava 50% (8 pacientes) para

hesitação ou várias tentativas para iniciar e 50% (8 pacientes) para sem hesitação, e na

segunda consulta os valores encontrados foi de 18,75% (3 pacientes) para hesitação ou várias

tentativas para iniciar e 81,25% (13 pacientes) para sem hesitação.

E o item que obteve uma leve piora foi referente a Continuidade dos passos, onde na

primeira consulta 18,75% (3 pacientes) faziam paradas ou davam passos descontínuos e

81,25% (13 pacientes davam passos contínuos. Já na segunda consulta 25% (4 pacientes)

faziam paradas ou davam passos descontínuos e 75% (12 pacientes) davam passos contínuos.

Page 42: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

41

5 DISCUSSÃO

No presente trabalho buscou-se avaliar 16 adultos e idosos com diagnóstico de úlcera

venosa, que fizessem acompanhamento no Ambulatório de Reparo de Feridas do HUAP, com

critérios de inclusão estabelecidos anteriormente. Em seguida apresentaram-se os resultados

da coleta de dados e pode-se perceber as influências das orientações da equipe de

enfermagem.

Quando se faz uma analise do presente estudo, percebe-se que as úlceras venosas

aparecem mais no sexo feminino do que no masculino, por conta dos hormônios e da

gravidez, concordando assim com o que diz Figueiredo e Zuffi (2012, p. 148).

A prevalência de idosos acometidos por úlceras venosas, segundo Abbade e Lastória

(2006) e Orosco e Martins (2006) se dá pela decorrência das alterações fisiológicas as quais

esta faixa etária está mais suscetível. Onde os autores complementam que estas alterações são

decorrentes de alterações nutricionais, metabólicas, vasculares e imunológicas que afetam o

aspecto e a função que a pele desempenha.

Em relação ao grupo étnico, 46,9% dos participantes se autodeclararam negros,

seguidos de 31,2% que se autodeclararam brancos e 21,9% de pardos. A etnia negra e parda é

evidenciada como predominante em estudos nacionais e internacionais (CAMACHO et al.,

2014).

Levando-se em conta a característica de escolaridade da população estudada,

percebeu-se um maior número de úlceras venosas em pacientes com baixo nível escolar

(analfabeto e primeiro grau). Estes achados não se diferenciam de outros estudos realizados

em contexto ambulatorial (CAMACHO et al., 2014).

No que diz respeito ao estado civil dos pacientes há o predomínio de casados,

confirmando com o perfil de participantes de outros estudos (CAMACHO et al., 2014).

Segundo Abreu (2012), o elevado número de pacientes procedentes de outros

municípios que realizam consultas de enfermagem no Ambulatório de Reparo de Feridas do

HUAP se faz pelos seguintes motivos: o atendimento ser realizado por uma equipe

multidisciplinar, o setor ser considerado referência no tratamento de lesões crônicas em

Niterói/RJ, e pelo motivo do município de origem destes pacientes não possuir ambulatório de

referência para o tratamento de úlceras venosas.

Como vemos o tempo de tratamento da maioria dos pacientes é superior a 5 anos e

grande parte deles tiveram recidivas, Abbade e Lastória (2006) apontam em seus estudos que

os casos elevados destas recidivas são decorrentes da falta de acompanhamento por

Page 43: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

42

angiologistas pós-cicatrização, não realização de cirurgias, entre outros. A ausência de

colaboração dos pacientes quanto a medidas preventivas também é apontada pelos autores

como causa para elevação das recidivas. E pode-se associar também estas aos fatores

psicossociais, socioeconômicos, demográficos e culturais mencionados por Pielsen, Menon e

Mathias (2013, p.908), que irão repercutir na capacidade funcional do paciente com úlcera

venosa.

Com base nessas particularidades, inicialmente verificadas, notou-se a necessidade

de se fazer a intervenção com as orientações de saúde de uma forma mais prática e simples,

para que houvesse, assim, um melhor entendimento do paciente e seus familiares, alcançando

melhora no estado clínico deste.

Concordando com o que falam Lima, Silva e Bousso (2010, p.891) que o enfermeiro

deve ir para a visita domiciliar preparado previamente, conhecendo o paciente, seus aspectos

pessoais e clínicos, planejando a assistência para alcançar os objetivos traçados. Portanto, o

enfermeiro deve planejar as ações buscando prestar uma atenção integral e de forma holística

(CAMACHO et al., 2014, p. 24).

Fazendo-se análise da escala de avaliação do equilíbrio do Índice de Tinetti

verificou-se uma melhora em oito dos nove itens avaliados por ela, sendo estas: equilíbrio

sentado; levantando; tentativas de levantar; assim que levantar; equilíbrio em pé; olhos

fechados; girando 360º e sentado, sendo que no de três tempos, os resultados se mantiveram

os estáveis durante todo o estudo. Desta forma, compreende-se que as orientações do

profissional enfermeiro auxiliaram nesta melhora, tendo resultados expressivos nos itens que

se referem ao “equilíbrio sentado” e “tentativas de levantar”.

Já na análise da escala de marcha pelo Índice de Tinetti conferiu-se que dos sete itens

avaliados, cinco apresentaram melhoras percentuais, sendo estes nos domínios: início da

marcha; comprimento e altura dos passos; direção; tronco. Os domínios simetria dos passos e

distância do tornozelo mantiveram os percentuais estabilizados.

No seguimento “continuidade dos passos” constatou-se discreta piora dos pacientes,

onde alguns deixaram de dar passos contínuos e retrocederam para passos descontínuos ou

paradas.

Os resultados mensurados por intermédio do Índice de Tinetti permitiram vislumbrar

que as orientações realizadas pelo enfermeiro na visita domiciliar influenciam de modo

positivo na manutenção da marcha e do equilíbrio em pacientes com úlceras venosas,

tornando este profissional o personagem principal do cuidado, pois é este que escolhe a forma

de tratamento e a conduta correta para cada caso.

Page 44: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

43

Sendo, de igual forma, importante o conhecimento técnico e científico, e para que

isto ocorra é necessário que o enfermeiro se mantenha atualizado das novas tecnologias nesta

área, melhorando deste modo a qualidade do atendimento fornecido e seus resultados.

Segundo Reis et al. (2013, p. 105) as orientações de enfermagem frente às úlceras

venosas são fundamentais para o sucesso no tratamento das mesmas, por conta do portador

tornar-se ativo nesse processo, onde seus cuidados vão além da unidade de saúde, estendendo-

se para a residência do mesmo.

Page 45: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

44

6 CONCLUSÃO

Considerando os resultados obtidos neste trabalho e com base na literatura utilizada,

pode-se inferir que o trabalho do enfermeiro é de suma importância para melhorar a

capacidade funcional de portadores de úlceras venosas pelo Índice de Tinetti.

Embora tenham ocorridos valores que demonstraram uma leve piora em um dos itens

do índice utilizado e outros itens que se mantiveram inalterados, as orientações oferecidas

pelo profissional de saúde ao paciente obtiveram resposta positiva e significativa diante dos

pacientes estudados. Ao prestar a assistência, o enfermeiro deve atentar-se aos fatores

psicossociais, socioeconômicos, demográficos e culturais desses, para que durante o

planejamento assistencial, ele possa considerar todos os pontos a fim de buscar uma atenção

integral e holística.

Através da visita domiciliar foi capaz de se fazer uma análise e avaliar o quão

impactante foram as orientações realizadas pelo enfermeiro para melhorar a capacidade

funcional dos pacientes adultos e idosos com úlceras venosas.

Este estudo mostrou, por exemplo, uma melhora no equilíbrio dos clientes

acompanhados, o que para estes significa uma melhora na qualidade de vida e

consequentemente uma independência maior, visto que estes passaram a se sentir mais

seguros, por exemplo, para se levantar de uma cadeira, às vezes até mesmo sem necessitar de

um apoio.

Observamos também nos participantes mudanças na rotina, que por menor que sejam

elas, facilitam não apenas na movimentação, mas na autoestima dos pacientes, que por vezes

não se veem mais capazes de realizar atividades simples.

Como profissionais de saúde devemos ter em mente que com imposição e sem ouvir

o paciente nenhum cuidado se faz efetivo. Devemos utilizar o saber científico para estabelecer

o plano de cuidados, mas este deve ser sempre pautado nas reais necessidades pessoais, nas

vivências e experiências prévias do sujeito assistido. Temos a missão de fazer com que o

sujeito perca a passividade imposta pelos sistemas de saúde e por alguns profissionais

atuantes, e torná-lo ator no seu processo de cuidado.

Como limitação do estudo, apontamos a pouca receptividade de alguns pacientes, pois

demonstraram-se receosos ao receberem a visita do profissional, já que moravam em locais de

risco a este.

Page 46: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

45

Outra limitação identificada está relacionada ao deslocamento utilizando transporte

público para realização das visitas, visto que as residências eram distantes, o que

impossibilitou por vezes diversas a realização de visitas domiciliares por dia.

Ponderando a necessidade de se avaliar a capacidade funcional dos pacientes e

pensando em como esta influência nas realizações das atividades diárias destes, tivemos como

limitação durante a realização do estudo, pesquisas que abordassem a temática e a falta de

artigos em bases nacionais e internacionais que viessem a contribuir para a discussão da

problemática que repercute sobre a qualidade de vida de pacientes com úlcera venosa crônica,

bem como a ausência de estudos voltados para saúde mental dos mesmos, com vistas a

contribuir para a formação do profissional de saúde, refletindo positivamente na assistência

prestada.

Page 47: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

46

7 REFERÊNCIAS

ABBADE, Luciana Patricia Fernandes; LASTORIA, Sidnei. Abordagem de pacientes com

ulcera da perna de etiologia Venosa. An Bras Dermatol, São Paulo, v. 81, n. 6, 2006.

Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/abd/v81n6/v81n06a02.pdf > Acesso em 10 out.

2014.

ABRAHÃO, Ana Lúcia. Atenção E Cuidado Em Saúde No Ambiente Familiar: Aspectos Da

Visita Domiciliar. Rev APS., Rio de Janeiro. 14, n. 4, out/dez, 2011. Disponível em: <

http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/article/view/1149/559 > Acesso em 09 out. 2014.

ABREU, Alcione Matos de. Uso da bota de unna comparado a bandagem elástica em úlceras

venosas: ensaio clínico. Rio de Janeiro, 2012. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ciências

do Cuidado em Saúde) - Universidade Federal Fluminense, 2012. Disponível em: <

http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_arquivos/44/TDE-2013-03-01T132846Z

3541/Publico/Alcione%20Matos%20de%20Abreu.pdf>. Acesso em: 04 set. 2014.

BARBOSA, J. A. Guimaraes; CAMPOS, L. M. Nogueira. Diretrizes para o tratamento da

úlcera venosa. Enferm. glob., Murcia, Minas Gerais, n. 20, Out, 2010. Disponível em: <

http://scielo.isciii.es/scielo.php?pid=S1695-61412010000300022&script=sci_arttext&tlng=pt

>. Acesso em 18 set. 2014.

BARBOSA, Bruno Rossi; ALMEIDA, Joyce Marques de; BARBOSA, Mirna Rossi; ROSSI-

BARBOSA, Luiza Augusta Rosa. Avaliação da capacidade funcional dos idosos e fatores

associados à incapacidade. Ciência & Saúde Coletiva, Minas Gerais, v. 19, n° 8, 2014.

Disponível em: < http://www.redalyc.org/pdf/630/63031151003.pdf >. Acesso em 17 set.

2014.

CAMACHO, Alessandra Conceição Leite Funchal; SANTOS, Renata da Costa; JOAQUIM,

Fabiana Lopes; ABREU, Cláudia de Paula Mucida de. Avaliação da capacidade funcional no

cuidado de lesões tissulares de pacientes adultos e idosos. J. res. Rio de Janeiro: fundam.

Care, Rio de Janeiro, v. 6, n° 1. jan./mar., 2014. Disponível em: <

http://www.pesquisando.eean.ufrj.br/ocs2/index.php/conf1/20pesquisando/paper/view/1413

>. Acesso em 18 set. 2014.

CARVALHO, Gustavo Azevedo; PEIXOTO, Nara Moreira; CAPELLA, Patrícia Dalton de.

Análise comparativa da avaliação funcional do paciente geriátrico institucionalizado por meio

dos protocolos de Katz e Tinetti. Revista Digital, Buenos Aires, Ano 12, n. 114, nov., 2007

Disponível em: < http://repositorio.ucb.br/jspui/handle/10869/357 > Acesso em 09 out. 2014.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Aleixo; SILVA, Roberto da. Metodologia

Científica. 6ª Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

DIAS, Thalyne Yuri de Araújo Farias; COSTA, Isabelle Katherine Fernandes; SALVETTI,

Marina de Góes; MENDES, Cristina Kátya Torres Teixeira; TORRES, Gilson de

Vasconcelos. Influência da assistência e características clínica na qualidade de vida de

portadores de úlcera venosa. Acta. Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 26, n° 6, nov./dez.,

2013. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ape/v26n6/04.pdf >. Acesso em 17 set.

2014.

Page 48: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

47

FIEDLER, Mariarosa Mendes; PERES, Karen Glazer. Capacidade funcional e fatores

associados em idosos do Sul do Brasil: um estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública,

Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, fev, 2008. Disponível em: <

http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n2/19.pdf > Acesso em 15 out. 2014.

FIGUEIREDO, Lopes de M.; ZUFFI, Bonato F.. Cuidados aos portadores de úlcera venosa:

percepção dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. Revista eletrônica trimestral de

enfermagem, enfermeria global, n 28, oct., 2012. Disponível em: <

http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v11n28/pt_docencia4.pdf > Acesso em 09 out. 2014.

FIGUEIREDO, A. M.; SOUZA, S. R. G. Como elaborara projetos, monografias, dissertações

e teses: da redação científica à apresentação do texto final. 4º ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,

201

JOAQUIM. Fabiana Lopes. A visita domiciliar e a capacidade funcional de pessoas que

vivem com úlceras venosas : um ensaio clínico randomizado. 2014. Dissertação (Mestrado

Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde)-Escola de Enfermagem Aurora de Afonso

Costa, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014. Disponível em: <http://www.reposit

orio.uff.br/jspui/bitstream/1/969/1/Fabiana%20Lopes%20Joaquim.pdf>. Acesso em: 27

jan.2016

LIMA, Ariane Netto de; SILVA, Lucía; BOUSSO, Regina Szylit. A Visita Domiciliária

Realizada pelo Agente Comunitário de Saúde sob a Ótica de Adultos e Idosos. Saúde Soc.

São Paulo, v.19, n.4, 2010 Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v19n4/15.pdf >

Acesso em 09 out. 2014.

MADDOX, Debbie. Effects of venous leg ulceration on patients’ quality of life. Nursing

Standard / RCN Publishing, Art & science, Inglaterra v. 26, nº 38, 8 p., mai., 2012. Disponível

em: < http://rcnpublishing.com/doi/pdfplus/10.7748/ns2012.05.26.38.42.c9111 >. Acesso em

17 set. 2014.

OLIVEIRA, Paulo Henrique; MATTOS, Inês Echenique. Prevalência e fatores associados à

incapacidade funcional em idosos institucionalizados no Município de Cuiabá, Estado de

Mato Grosso, Brasil, 2009-2010. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 21, n. 3, jul-set, 2012.

Disponível em: < http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=S1679-4974201200030000

5&script=sci_arttext > Acesso em 10 out. 2014.

OROSCO S. S., MARTINS E.A.P. Avaliação de feridas: uma descrição para sistematização

da assistência. Enfermagem Atual, v. 5, n. 1, p. 39-46, 2006.

PILGERI, Calíope; MENON, Mario Umberto; MATHIAS, Thais Aidar de Freitas.

Capacidade funcional de idosos atendidos em unidades básicas de saúde do SUS. Rev Bras

Enferm., São Paulo v. 66, n. 6, nov/dez, 2013 Disponível em: <

http://www.scielo.br/pdf/reben/v66n6/15.pdf> Acesso em 09 out. 2014.

REIS, Diego Borges Do; PERES, Graziella Araujo; ZUFFI, Fernanda Bonato; FERREIRA,

Lucia Aparecida; POGGETTO, Marcia Tasso Dal. Cuidados as pessoas com ulcera venosa:

Percepcao dos enfermeiros da estrategia de saude da família. Revista mineira de enfermagem,

Minas gerais, v. 17, n. 1, jan/mar, 2013. Disponível em: <

http://www.reme.org.br/content/imagebank/pdf/v17n1a09.pdf > Acesso em 09 out. 2014.

Page 49: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

48

ROSA, Tereza Etsuko da Costa; BENÍCIOB, Maria Helena D’Aquino; LATORREB, Maria

do Rosário Dias de Oliveira; RAMOS, Luiz Roberto. Fatores determinantes da capacidade

funcional entre idosos. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 1, 2003. Disponível em:

< http://www.scielo.br/pdf/rsp/v37n1/13543.pdf > Acesso em 10 out. 2014.

SANTOS, Renata Costa; CAMACHO, Alessandra Conceição Leite Funchal; VALENTE,

Geilsa Soraia Cavalcanti; JOAQUIM Fabiana Lopes. Produção cientifica sobre cuidados de

enfermagem aos pacientes adultos e idosos com úlceras venosas revisão integrativa. Revista

de enfermagem UFPE., Recife, v. 7, jul., 2013. Disponível em: <

http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/download/4700/6765

> Acesso em 10 out. 2014.

SANTOS, Rafaela G. dos; TRIBESS, Sheilla; MENEGUCI, Joilson; BASTOS, Letícia L. A.

da G.; DAMIÃO, Renata; JÚNIOR, Jair S. Virtuoso. Força de membros inferiores como

indicador de incapacidade funcional em idosos. Motriz, Rio Claro, v. 19, n. 3, Suplemento,

jul/set. 2013 Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/motriz/v19n3s0/a06v19n3 s0.pdf >

Acesso em 09 out. 2014.

SANTOS, Sheila de Almeida Souza; SOUZA, Ândrea Cardoso de; ABRAHÃO, Ana Lúcia;

MARQUES, Dalvani. A Visita Domiciliar Como Prática De Acolhimento No Programa

Médico De Família/Niterói, R. pesq.: cuid. fundam, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, abr./jun., 2013

Disponível em: < http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/download/

2002/2253 > Acesso em 09 out. 2014.

SELLMER, Danielle; CARVALHO, Carina Maris Gaspar; CARVALHO, Deborah Ribeiro;

MALUCELLI, Andreia. Sistema especialista para apoiar a decisão na terapia tópica de

úlceras venosas. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 34, n. 2, 2013. Disponível em: <

http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v34n2/v34n2a20.pdf > Acesso em 10 out. 2014.

SILVA, Francisca Alexandra Araújo da; MOREIRA, Thereza Maria Magalhães.

Características Sociodemográficas e Clínicas De Clientes Com Úlcera Venosa De Perna. Rev.

enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, jul/set, 2011. Disponível em: <

http://www.facenf.uerj.br/v19n3/v19n3a22.pdf > Acesso em 09 out. 2014.

SILVA, Marcelo Henrique da; JESUS, Maria Cristina Pinto de; MERIGHI, Miriam

Aparecida Barbosa; OLIVEIRA, Deise Moura de; BISCOTTO, Priscilla Ribeiro; SILVA,

Greyce Pollyne Santos. O Cotidiano Do Homem Que Convive Com A Úlcera Venosa

Crônica: Estudo Fenomenológico. Revista Gaúcha de Enfermagem, Rio Grande do Sul, v. 34,

nº 3, jul., 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v34n3/a12v34n3.pdf >.

Acesso em 18 set. 2014.

SMELTZER, Suzanne C.; BARE Brenda G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem

Médico-Cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 896, 2012. 4v.

SOSSAI, Lilian Carla Ferrari; PINTO, Ione Carvalho. A Visita Domiciliária Do Enfermeiro:

Fragilidades X Potencialidades. Ciências do Cuidado em Saúde, São Paulo v. 9, n. 3, Jul./Set.,

2010 Disponível em: <

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/download/68 56/6633 >

Acesso em 09 out. 2014.

Page 50: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

49

WELLER, Carolina; EVANS, Sue. Venous leg ulcer management in general practice:

Practice nurses and evidence based guidelines. Australian Family Physician, v. 41, n° 5,

Maio, 2012. Disponível em: < http://www.racgp.org.au/afp/201205/46615 > Acesso em 18

set. 2014.

WORLD HEALTH ORGANIZATION GENEVA. International classification of

impairments, disabilities, and handicaps (ICIDH). A manual of classification relating to the

consequences of disease. 1980. Disponível em: <

whqlibdoc.who.int/publications/1980/9241541261_eng.pdf> Acesso em 18 Set.2014.

Page 51: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

50

8 APÊNDICES

8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificação

Título do Projeto: A visita domiciliar como estratégia de avaliação da capacidade funcional de adultos

e idosos com úlceras venosas.

Pesquisador Responsável: Enfª Msd Fabiana Lopes Joaquim

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho

Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Universidade Federal Fluminense Telefones

para contato: (21) 9865-1033

Nome do voluntário: _____________________________________________________

Idade: ____ anos R.G.: __________________________

Responsável legal: _______________________________________________________

R.G. Responsável legal: _________________________

O(A) Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa “A visita domiciliar como

estratégia de avaliação da capacidade funcional de adultos e idosos com úlceras venosas”, de

responsabilidade da pesquisadora Enfª Msd Fabiana Lopes Joaquim. A úlcera venosa trata-se de uma

lesão cutânea associada à insuficiência venosa crônica que acomete os membros inferiores, e atinge

grande parte da população brasileira. Às lesões cutâneas interferem não apenas na aparência, mas

também nas funções que a pele desempenha logo, a justificativa desse estudo está na necessidade de

prevenir complicações decorrentes da úlcera venosa e promover o autocuidado em pacientes adultos e

idosos portadores de úlcera venosa como tecnologia de proteção em saúde através da avaliação e

análise de sua capacidade funcional e do apoio social recebido vislumbrando uma melhor qualidade de

vida. O presente estudo tem como objetivo geral: avaliar a capacidade funcional no cuidado de úlceras

venosas de pacientes adultos e idosos através da visita domiciliar. Os objetivos específicos são:

analisar a capacidade funcional no cuidado de úlceras venosas de pacientes adultos e idosos através da

visita domiciliar e comparar as estratégias de cuidado voltadas para a capacidade funcional de

pacientes adultos e idosos atendidos exclusivamente no Ambulatório de Reparo de Feridas de um

Hospital Universitário de Niterói e os que são atendidos no Ambulatório de Reparo de Feridas e

recebem visita domiciliar para continuidade do tratamento. O cenário deste estudo é o Ambulatório de

Reparo de Feridas de um Hospital Universitário de Niterói e o domicílio de pacientes atendidos neste

referido ambulatório. Esta pesquisa será objeto de avaliação de pacientes portadores de úlceras

venosas que se encontram em tratamento exclusivo no Ambulatório de Reparo de Feridas de um

Hospital Universitário de Niterói e os que pacientes que recebem atendimento domiciliar para

continuidade do tratamento. O protocolo de pesquisa, a Escala de Independência em Atividades da

Vida Diária (Escala de KATZ - EIAVD), a Escala de Avaliação de Equilíbrio e Marcha - Índice De

Page 52: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

51

Tinetti e o instrumento de registro das orientações a serem prestadas aos sujeitos da pesquisa que

receberem visita domiciliar são os instrumento escolhidos para coleta de dados. Os dados serão

tratados estatisticamente em dados percentuais. Não há qualquer risco ou desconforto para os

participantes. Espera-se como meta que este estudo promova por meio de estratégias de cuidados de

enfermagem à inserção social e laboral de adultos e idosos com vistas a novas tecnologias de cuidado

no âmbito domiciliar, bem como forneça contribuições com a produção e o aprimoramento do cuidado

de enfermagem na prevenção de agravos da úlcera venosa, através da construção ou aplicação de

novas intervenções técnicas no cuidado de enfermagem e saúde, objetivando a recuperação e a

reabilitação não somente do sujeito, mas da família envolvida no processo de cuidar. Caso necessite,

poderão ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer dúvida acerca dos

procedimentos relacionados à pesquisa. Os resultados da pesquisa serão tornados públicos em

trabalhos e/ ou revistas cientificas. A retirada do consentimento e permissão de realização do estudo

pode ser feita a qualquer momento, sem que isso traga prejuízos. Será mantido o caráter confidencial

de todas as informações relacionadas à privacidade da pessoa pela qual sou responsável. Este

documento será elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo representante legal do sujeito da

pesquisa e uma arquivada pelo pesquisador. Contando com sua colaboração, obrigado pela atenção.

Eu, __________________________________________, RG nº _____________________ declaro ter

sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.

Eu, __________________________________________, RG nº _______________________,

responsável legal por ____________________________________, RG nº _____________________

declaro ter sido informado e concordo com a sua participação, como voluntário, no projeto de pesquisa

acima descrito.

Niterói, _____ de ____________ de _______

__________________________________

Nome e assinatura do paciente ou seu responsável

legal

__________________________________

Nome e assinatura do responsável por obter o

consentimento

______________________________ ___________________________

Testemunha Testemunha

Page 53: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

52

8.2 E-MAIL DE INCLUSÃO NO PROJETO DE PESQUISA

Page 54: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

53

8.3 ORIENTAÇÕES A SEREM PRESTADAS AOS SUJEITOS DA PESQUISA QUE

RECEBEREM VISITA DOMICILIAR

NOME:_____________________________________________________________________

IDADE:__________ PRONT:______________

Solicitado pelo paciente assistido:

( ) Orientações sobre limpeza da ferida

( ) Orientações sobre realização de curativos

( ) Orientações sobre alimentos e nutrientes necessários à cicatrização

( ) Orientações sobre Terapias compressivas elásticas e inelásticas

( ) Orientações sobre o Uso de meias elásticas

( ) Orientações sobre Elevação dos membros inferiores para melhora do retorno venoso

REGISTRO DAS ORIENTAÇÕES PRESTADAS:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Page 55: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

54

9 ANEXOS

9.1 PROTOCOLO DE PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINESE

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Hospital Universitário Antônio Pedro

Cicatrizar PROPP/UFF e CNPq – Coord. Profª Drª Beatriz Guitton

PROTOCOLO I B- ADAPTADO AVALIAÇÃO DE CLIENTES COM ÚLCERA

VENOSA Data: / /

I. IDENTIFICAÇÃO

Nome Nº Prontuário

Data de Nascimento Idade Sexo ( ) F

...........( ) M

Cor

Escolaridade _____ grau ( ) completo ( ) incompleto

( ) analfabeto

Estado Civil

Ocupação Endereço

Tel. ( ) Bairro

Cidade CEP

Fonte de renda: ( ) aposentado ( ) pensionista ( ) empregado ( ) sem renda

Renda familiar: ( ) < 1 salário mínimo ( ) de 1 até 2 salários mínimos

................................( ) > 2 até 4 salários mínimos ( ) > 4 salários mínimos

Diagnóstico Médico –

Identificado no prontuário

( ) SIM ( ) NÃO

( ) IVC ( ) Hipertensão venosa ( ) Úlcera venosa

Tempo de tratamento

( ) < 30 dias

( ) > 3 meses a 6 meses

( ) > 1 a 5 anos

( ) 31 dias a 3 meses

( ) > 6 meses a 1 ano

( ) > 5 anos

Número de recidivas

( ) 1 vez

( ) 2 vezes

( ) 3 vezes

( ) 4 vezes

( ) 5 ou mais

vezes

Page 56: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

55

9.2 ESCALA DE AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO E MARCHA - ÍNDICE DE TINETTI1

NOME:_____________________________________________________________________

IDADE:__________ PRONT:______________

1Retirado da referência: FREITAS, E.V et al. Tratado de geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2011.

Page 57: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

56

9.3 APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA

Page 58: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

57

Page 59: ISABELA MARTINS DE MORAIS - Portal - IdUFF Martins de Morais.pdf/ Isabela Martins de Morais. ... chegar até onde cheguei e de ter me conduzido em todos os caminhos que percorri. À

58