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Sumário Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Requisitos Anexos A - Diretrizes para determinação de intervalos de com- provação para equipamentos de medição B - Bibliografia Introdução Esta NBR ISO 10012-1 é usada na relação comprador/for- necedor, sendo ambos os termos interpretados no sen- tido mais amplo. O “fornecedor” pode ser um fabricante, um instalador ou uma organização de assistência técnica responsável por fornecer um produto ou um serviço. O “comprador” pode ser um órgão de suprimentos ou um cliente que usa o produto ou serviço. Os “Fornecedores” se tornam “compradores” quando adquirem insumos e serviços de subfornecedores ou de outras fontes ex- ternas. O objeto da negociação relativa a esta NBR ISO 10012-1 pode ser um projeto, um item, um pro- duto ou um serviço. Esta NBR ISO 10012-1 pode ser aplicada, mediante acordo, e a outras situações. Referência a esta NBR ISO 10012-1 pode ser feita: - por um comprador ao especificar produtos ou serviços requeridos; Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR ISO 10012-1 Requisitos de garantia da qualidade para equipamento de medição Parte 1: Sistema de comprovação metrológica para equipamento de medição Descritores: Instrumentos de medida. Medidas padrão. Materiais de referência. Equipamento de ensaio. Garantia da qualidade. Controle da qualidade. Definições. Especificações. 14 páginas CB-25 - Comitê Brasileiro da Qualidade CE-25:000.03 - Comissão de Estudo de Tecnologia de Suporte NBR ISO 10012-1 - Quality assurance requirements for measuring equipment Part 1: Metrological confirmation system for measuring equipment Descriptors: Measuring instruments. Standard measures. Reference materials. Test equipment. Quality assurance. Quality control. Definitions. Specifications A presente Norma é equivalente a ISO 10012-1:1992 NOV 1993 - por um fornecedor ao especificar produtos ou serviços oferecidos; - por interesse de consumidor ou empregado, ou por órgãos legislativos ou de regulamentação; - na avaliação ou auditoria em laboratórios. Esta NBR ISO 10012-1 inclui tanto requisitos (no item 4) quanto orientações na implementação destes. No intuito de distinguir claramente entre requisitos e orientação, no item 4 esta última é apresentada em tipo itá- lico, com o texto emoldurado, sob o título “ORIENTAÇÃO”, após cada parágrafo correspondente. O texto sob o título “ORIENTAÇÃO” é, apenas, para infor- mação e não contém requisitos. Afirmações feitas nesse texto não devem ser interpretadas como adicionais, limi- tadoras ou modificadoras de qualquer requisito. NOTA - O uso do gênero masculino nesta NBR ISO 10012-1 não tem a intenção de excluir o gênero feminino, quando aplica- do a pessoas. Similarmente, o uso do singular não exclui o plu- ral (e vice-versa) quando o sentido o permitir. 1 Objetivo 1.1 Esta NBR ISO 10012-1 contém requisitos de garantia da qualidade para um fornecedor assegurar que medições CDU: 658.56:681.2

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SumárioIntrodução1 Objetivo2 Referências normativas3 Definições4 RequisitosAnexosA - Diretrizes para determinação de intervalos de com-

provação para equipamentos de mediçãoB - Bibliografia

Introdução

Esta NBR ISO 10012-1 é usada na relação comprador/for-necedor, sendo ambos os termos interpretados no sen-tido mais amplo. O “fornecedor” pode ser um fabricante,um instalador ou uma organização de assistência técnicaresponsável por fornecer um produto ou um serviço. O“comprador” pode ser um órgão de suprimentos ou umcliente que usa o produto ou serviço. Os “Fornecedores” setornam “compradores” quando adquirem insumos eserviços de subfornecedores ou de outras fontes ex-ternas. O objeto da negociação relativa a estaNBR ISO 10012-1 pode ser um projeto, um item, um pro-duto ou um serviço. Esta NBR ISO 10012-1 pode seraplicada, mediante acordo, e a outras situações.

Referência a esta NBR ISO 10012-1 pode ser feita:

- por um comprador ao especificar produtos ouserviços requeridos;

Copyright © 1990,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

NBR ISO 10012-1

Requisitos de garantia da qualidadepara equipamento de medição

Parte 1:

Sistema de comprovação metrológica paraequipamento de medição

Descritores: Instrumentos de medida. Medidas padrão. Materiaisde referência. Equipamento de ensaio. Garantia daqualidade. Controle da qualidade. Definições.Especificações.

14 páginas

CB-25 - Comitê Brasileiro da QualidadeCE-25:000.03 - Comissão de Estudo de Tecnologia de SuporteNBR ISO 10012-1 - Quality assurance requirements for measuring equipmentPart 1: Metrological confirmation system for measuring equipmentDescriptors: Measuring instruments. Standard measures. Reference materials. Testequipment. Quality assurance. Quality control. Definitions. SpecificationsA presente Norma é equivalente a ISO 10012-1:1992

NOV 1993

- por um fornecedor ao especificar produtos ouserviços oferecidos;

- por interesse de consumidor ou empregado, oupor órgãos legislativos ou de regulamentação;

- na avaliação ou auditoria em laboratórios.

Esta NBR ISO 10012-1 inclui tanto requisitos (no item 4)quanto orientações na implementação destes.

No intuito de distinguir claramente entre requisitos eorientação, no item 4 esta última é apresentada em tipo itá-lico, com o texto emoldurado, sob o título “ORIENTAÇÃO”,após cada parágrafo correspondente.

O texto sob o título “ORIENTAÇÃO” é, apenas, para infor-mação e não contém requisitos. Afirmações feitas nessetexto não devem ser interpretadas como adicionais, limi-tadoras ou modificadoras de qualquer requisito.

NOTA - O uso do gênero masculino nesta NBR ISO 10012-1não tem a intenção de excluir o gênero feminino, quando aplica-do a pessoas. Similarmente, o uso do singular não exclui o plu-ral (e vice-versa) quando o sentido o permitir.

1 Objetivo

1.1 Esta NBR ISO 10012-1 contém requisitos de garantiada qualidade para um fornecedor assegurar que medições

CDU: 658.56:681.2

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sejam realizadas com a exatidão pretendida, bem comoorientações quanto à implementação destes.

1.2 Esta NBR ISO 10012-1 especifica as principais carac-terísticas do sistema de comprovação a ser utilizado paraos equipamentos de medição do fornecedor.

1.3 Esta NBR ISO 10012-1 é aplicada apenas a equipa-mentos de medição utilizados na demonstração da con-cordância com a especificação. Esta NBR ISO 10012-1não se ocupa extensivamente de outros elementos quepossam afetar resultados de medições tais como méto-dos de medição, competência do pessoal, etc., pois es-tes são tratados mais especificamente em outras normas,como naquelas mencionadas em 1.4.

1.4 Esta NBR ISO 10012-1 é aplicável:

- a laboratórios de ensaio, incluindo aqueles pres-tadores de serviços de aferição, abrangemdo la-boratórios possuidores de um sistema da quali-dade em conformidade com o ABNT ISO/IECGUIA 25;

- a fornecedores de produtos ou serviços possui-dores de um sistema da qualidade no qual re-sultados de medição são utilizados para de-monstrar conformidade com requisitos especi-ficados, incluindo sistemas operacionais queatendem aos requisitos das normas NBR 19001(ISO 9001), NBR 19002 (ISO 9002) e NBR 19003(ISO 9003). A orientação fornecida pela NBR19004 (ISO 9004) também é importante;

- a outras organizações onde a medição é utiliza-da para demonstrar conformidade com requisitosespecificados.

1.5 O papel do comprador de monitorizar a confor-midade do fornecedor com os requisitos destaNBR ISO 10012-1 pode ser desempenhado por uma ter-ceira parte, como uma organização de credenciamentoou certificação.

2 Referências normativas

As normas relacionadas contêm disposições que, atra-vés de referências neste texto, constituem prescriçõesdesta NBR ISO 10012-1. Na época da publicação destaNBR ISO 10012-1, as edições indicadas eram válidas. To-das as normas estão sujeitas a revisão, e as partes inte-ressadas dos acordos baseados nesta NBR ISO 10012-1são encorajadas a investigar a possibilidade da utilizaçãodas edições mais recentes das normas indicadas a se-guir. A ABNT mantém registros das normas válidas atual-mente.

NBR ISO 8402:1993, Gestão da qualidade e garantia daqualidade - Terminologia.

NBR 19001:1990 (ISO 9001), Sistemas da qualidade - Mo-delo para garantia da qualidade em projetos/desen-volvimento, produção, instalação e assistência técnica.

NBR 19002:1990 (ISO 9002), Sistemas da qualidade - Mo-delo para garantia da qualidade em produção e instala-ção.

NBR 19003:1990 (ISO 9003), Sistemas da qualidade - Mo-delo para garantia da qualidade em inspeções e ensaiosfinais.

NBR 19004:1990 (ISO 9004), Gestão da qualidade e ele-mentos do sistema da qualidade - Diretrizes.

ISO/IEC GUIDE 30:1991, Terms and definitions used inconnection with reference materials.

ABNT ISO/IEC GUIA 25:1993, Requisitos gerais para a ca-pacitação de laboratórios de aferição e ensaios.

BIPM/IEC/ISO/OIML, International vocabulary of basicand general terms in metrology: 1984.

3 Definições

Para os propósitos desta NBR ISO 10012-1, são aplicá-veis as definições a seguir relacionadas que, em suamaioria, baseiam-se na terminologia internacional determos básicos e gerais em metrologia (VIM): 1984.Também são relevantes os termos definidos na NBR ISO8402, cujas referências pertinentes são indicadas entrecolchetes após as definições.

3.1 comprovação metrológica: Conjunto de operaçõesnecessárias para assegurar-se de que um dado equipa-mento de medição está em condições de conformidadecom os requisitos para o uso pretendido.

NOTAS

1 Comprovação metrológica normalmente inclui, entre outrasatividades, aferição, alguma calibração ou manutenção necessá-ria e subseqüente reaferição, bem como alguma lacração ouetiquetagem necessária.

2 Nesta NBR ISO 10012-1, faz-se referência a este termo usan-do-se apenas “comprovação”.

3.2 equipamento de medição: Todos os instrumentosde medição, padrões de medição, materiais de referên-cia, dispositivos auxiliares e instruções necessárias para aexecução da medição, incluindo o equipamento de medi-ção usado no decorrer do ensaio e da inspeção, bem co-mo aquele usado na aferição.

NOTA - Nesta NBR ISO 10012-1, o termo “equipamento demedição” engloba “instrumentos de medição”, e “padrões demedição” Além disso, um “material de referência” é considera-do uma espécie de “padrão de medição”.

3.3 medição: Conjunto de operações que tem por obje-tivo determinar o valor de uma grandeza.

[VIM, 2.01]

3.4 mensurando: Grandeza submetida à medição.

NOTA - Conforme apropriado, esta pode ser a “grande-za medida” ou a “grandeza a ser medida”.

[VIM, 2.09]

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NBR ISO 10012-1/1993 3

3.5 grandeza de influência: Grandeza não sujeita à me-dição, mas que influencia o valor do mensurando ou aindicação do instrumento de medição.

EXEMPLOS

temperatura ambiente; freqüência de uma voltagem alter-nada medida.

[VIM, 2.10]

3.6 exatidão da medição: Proximidade entre o resultadode uma medição e o valor real (convencional) do men-surando.

NOTAS

1 “Exatidão” é um conceito qualitativo.

2 Deve-se evitar o uso do termo “precisão” no lugar de “exatidão”.

[VIM, 3.05]

3.7 incerteza da medição: Resultado de uma avaliaçãoque tem por fim caracterizar a faixa dentro da qual se es-pera que o valor real do mensurando se encontre, geral-mente com uma dada probabilidade.

NOTA - A incerteza da medição inclui, em geral, muitos fato-res. Alguns destes podem ser estimados com base na distribui-ção estatística de resultados de séries de medições e podemser caracterizados por desvios-padrões experimentais. Estimati-vas de outros fatores podem somente ser baseadas na experiên-cia ou em outras informações.

[VIM, 3.09]

3.8 erro (absoluto) de medição: Resultado de uma medi-ção menos o valor real do mensurando.

NOTAS

1 Ver “valor real ( de uma grandeza)” e “valor real convencional(de uma grandeza)” em VIM.

2 O termo se relaciona igualmente com

- a indicação;

- o resultado não-corrigido;

- o resultado corrigido.

3 As partes conhecidas do erro de medição podem sercompensadas pela aplicação de correções apropriadas. O erro deum resultado corrigido pode somente ser caracterizado por umaincerteza.

4 “Erro absoluto”, que tem um sinal, não deve ser confundido como “valor de um erro absoluto” que é o módulo de um erro.

[VIM, 3.10]

3.9 correção: Valor que, adicionado algebricamente a umresultado não-corrigido de uma medição, compensa umerro sistemático considerado.

NOTAS

1 A correção é igual ao erro sistemático considerado, mas comsinal oposto.

2 Uma vez que o erro sistemático não possa ser conhecido exa-tamente, a correção está sujeita a incerteza.

[VIM, 3.14]

3.10 instrumento de medição: Dispositivo destinado afazer medição, quer só, quer em conjunto com equipa-mentos suplementares.

[VIM, 4.01]

3.11 calibração: Operação que tem por objetivo levaro instrumento de medição a uma condição de desempe-nho e ausência de erros sistemáticos, adequados ao seuuso.

[VIM, 4.33]

3.12 faixa de medição especificada: Conjunto de valo-res, para um mensurando, dentro do qual se assumeque o erro do instrumento de medição estará dentro doslimites especificados.

NOTAS

1 Os limites superior e inferior da faixa de medição especifica-da são chamados, algumas vezes, de “capacidade máxima” e“capacidade mínima”, respectivamente.

2 Em alguns outros campos do conhecimento, “faixa” é usadapara significar a diferença entre o maior valor e o menor.

[VIM, 5.04]

3.13 condições de referência: Condições de uso para uminstrumento de medição estabelecidas para ensaios dedesempenho, ou para garantir uma comparação válidaentre resultados de medições.

NOTA - As condições de referência geralmente especificam “va-lores de referência” ou “faixas de referência” para as grandezas deinfluência que afetam o instrumento de medição.

[VIM, 5.07]

3.14 resolução (de um dispositivo indicador): Expres-são quantitativa da capacidade de um dispositivo indica-dor permitir uma distinção significativa entre valores ime-diatamente próximos da grandeza indicada.

[VIM, 5.13]

3.15 estabilidade: Capacidade de um instrumento de me-dição manter constantes suas características metroló-gicas.

NOTA - É comum considerar a estabilidade em relação ao tem-po. Quando a estabilidade é considerada em relação a outragrandeza qualquer, esta condição deve ser declarada explicita-mente.

[VIM, 5.16]

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3.16 derivação: Lenta variação com o tempo de uma ca-racterística metrológica de um instrumento de medição.

[VIM, 5.18]

3.17 limites de erro permissível (de um instrumentode medição): Valores extremos de um erro, permitidospelas especificações, regulamentos, etc. para um dadoinstrumento de medição.

[VIM, 5.23]

3.18 padrão (de medição): Medida material, instrumen-to de medição, material de referência ou sistema de me-dição que definem, concretizam, conservam ou reprodu-zem uma unidade, ou um ou mais valores de uma gran-deza, para transferí-los a outros instrumentos de medi-ção, por comparação.

EXEMPLOS:

a) massa-padrão de 1kg;

b) bloco-padrão;

c) resistência-padrão de 100 W ;

d) célula-padrão de Weston;

e) padrão de freqüência de césio atômico;

f) solução de cortisol, em soro humano, como padrãode concentração.

[VIM, 6.01]

3.19 material de referência: Material ou substância dosquais uma ou mais propriedades são suficientementebem estabelecidas para serem usadas para a aferição deum aparelho, a avaliação de um método de medição ou aatribuição de valores a materiais.

NOTA - Esta definição foi extraída do ISO/IEC Guide 30, ondeexistem várias notas.

[VIM, 6.15]

3.20 padrão (de medição) internacional: Padrão reco-nhecido por um acordo internacional para servir, inter-nacionalmente, como a base para a fixação do valor de to-dos os outros padrões da referida grandeza.

[VIM, 6.06]

3.21 padrão (de medição) nacional: Padrão reconheci-do por uma decisão nacional oficial para servir, em umpaís, como a base para a fixação do valor de todos os ou-tros padrões da referida grandeza.

NOTA - O padrão nacional em um país é, freqüentemente,um “padrão primário”.

[VIM, 6.07]

3.22 rastreabilidade: Propriedade do resultado de umamedição pela qual esta pode ser relacionada com ospadrões de medição apropriados, geralmente internacio-

nais ou nacionais, através de uma cadeia ininterruptade comparações.

NOTA - A cadeia ininterrupta de comparações é chamada de“cadeia de rastreabilidade”.

[VIM, 6.12]

3.23 aferição: Conjunto de operações que estabelece,sob condições específicas, a relação dos valores indica-dos por um instrumento ou sistema de medição, ou dosvalores representados por uma medição material ou de ummaterial de referência com os valores correspondentesde uma grandeza determinada por um padrão de referên-cia.

NOTAS

1 O resultado de uma aferição permite a estimativa de erros deindicação de um instrumento de medição, sistema de mediçãoou medida material, ou a atribuição de valores a marcas em es-calas arbitrárias.

2 A aferição pode determinar também outras propriedades me-trológicas.

3 O resultado de uma aferição pode ser registrado num docu-mento, às vezes chamado de “certificado de aferição” ou “relató-rio de aferição”.

4 O resultado de uma aferição, algumas vezes, é expresso co-mo uma correção ou um “fator de aferição”, ou uma “curva deaferição”.

[VIM, 6.13]

3.24 auditoria (da qualidade): Exame sistemático e in-dependente para determinar se as atividades da qualida-de e seus resultados estão de acordo com as disposi-ções planejadas, e se estas estão implementadas efetiva-mente e se são adequadas à consecução dos objetivos.

NOTA - A auditoria da qualidade se aplica essencialmente, masnão está limitada, a um sistema da qualidade ou aos elemen-tos deste, a processos, produtos ou serviços. Tais auditorias sãochamadas, freqüentemente, de “auditorias do sistema da qua-lidade”, “auditoria da qualidade do processo”, “auditoria da qua-lidade do produto”, “auditoria da qualidade do serviço”.

[NBR ISO 8402, 4.9]

3.25 análise crítica pela administração (do sistema daqualidade): Avaliação formal, pela alta administração, doestado e adequação do sistema da qualidade em relaçãoà política da qualidade e seus objetivos.

[NBR ISO 8402, 3.9]

4 Requisitos

4.1 Generalidades

O fornecedor deve documentar os métodos usados paraimplementar os dispositivos desta NBR ISO 10012-1. Es-ta documentação deve ser parte integrante do sistemada qualidade do fornecedor, bem como ser específica

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quanto aos equipamentos que são sujeitos a estes dis-positivos, em termos de atribuição de responsabilidadese ações a serem tomadas. O fornecedor deve colocar àdisposição do comprador evidências objetivas de que aexatidão requerida é obtida.

4.2 Equipamento de medição

O equipamento de medição deve ter as característicasmetrológicas requeridas para o uso pretendido (por exem-plo: exatidão, estabilidade, faixa e resolução).

O equipamento e a documentação devem ser mantidosde forma a levar em consideração quaisquer correções,condições de uso (incluindo condições ambientais), etc.que sejam necessárias para atingir o desempenho reque-rido.

O desempenho requerido deve ser documentado.

ORIENTAÇÃO

O conjunto de características metrológicas (requisitos es-pecíficos) é um componente essencial do sistemade comprovação. Espera-se que o fornecedor in-clua em seus procedimentos uma lista dos requisi-tos especificados. Fontes usuais de tais requisitosincluem literatura do fabricante, regulamentos, etc.Sempre que as fontes forem inadequadas, o forne-cedor deve, ele mesmo, determinar os requisitos.

4.3 Sistema de comprovação

O fornecedor deve estabelecer e manter um sistema do-cumentado efetivo para a gestão, comprovação e uso deequipamentos de medição, incluindo os padrões de me-dição utilizados para demonstrar a conformidade comrequisitos especificados. Este sistema deve ser projeta-do para garantir que todos os equipamentos de mediçãotenham um desempenho conforme pretendido. O siste-ma deve prover a prevenção de erros fora dos limites es-pecificados de erro permissível, pela imediata detecçãodas deficiências e pronta ação para sua correção.

O sistema de comprovação deve levar em consideraçãotodos os dados pertinentes, incluindo aqueles disponí-veis de qualquer sistema de controle estatístico de proces-so utilizado pelo ou para o fornecedor.

Para cada equipamento de medição, o fornecedor devedesignar um membro competente da sua equipe comorepresentante autorizado para garantir que as comprova-ções sejam executadas de acordo com o sistema e que oequipamento apresente condições satisfatórias.

Nos casos em que algumas ou todas as comprovaçõesde um fornecedor (incluindo a aferição) são substituídasou complementadas por serviços de terceiros, o fornece-dor deve garantir que estes terceiros também atendemaos requisitos desta NBR ISO 10012-1 na extensão neces-sária para assegurar a conformidade do fornecedor comos requisitos.

ORIENTAÇÃO

O propósito de um sistema de comprovação éassegurar que o risco de um equipamento demedição produzir resultados com erros inaceitáveispermaneça dentro de limites aceitáveis.Recomenda-se o uso de métodos estatísticosadequados para analisar os resultados de aferiçõesanteriores, para avaliar os resultados de aferiçãode diversos equipamentos de medição similares epara prever incertezas cumulativas.

[Ver NBR 19004:1990 (ISO 9004), 13.1]

O erro imputável à aferição deve ser tão pequenoquanto possível. Na maioria das áreas de mediçãonão deveria ser maior do que um terço e, de prefe-rência, um décimo do erro permissível do equipa-mento comprovado quando em uso.

É comum fazer a aferição associada a alguma com-provação sob as condições de referência, masquando é sabido que as condições de operaçãosão significativamente diferentes das condições dereferência, a aferição pode ser realizada dentro devalores apropriados das grandezas de influência.Quando isto for impraticável, a devida correçãodeve ser feita considerando-se as diferençasnas condições.

Para um equipamento comercial é usual aceitar asinformações de desempenho dadas pelo fabrican-te como critério de desempenho e exatidão satisfa-tórios. No entanto, algumas vezes é necessárioadequar as informações dadas pelo fabricante.

Quando não há informação do fabricante sobre odesempenho, os critérios para um desempenho sa-tisfatório devem ser determinados pela experiência.

Alguns instrumentos, como os detectores de zeroe os detectores de coincidência, necessitam deaferição e comprovação periódicas, apenas nosentido restrito de verificação funcional para garan-tir que estão operando corretamente.

Uma verificação muito útil de que o instrumento demedição continua a medir corretamente pode serfeita pela utilização de um padrão de trabalho apli-cado ao instrumento pelo usuário. Esta verificaçãodemonstrará se, no valor ou valores verificados edentro das condições de verificação, o instrumen-toainda está operando corretamente. O padrão detrabalho necessita ser aferido e comprovado, e de-ve ser simples e robusto de forma que os resul-tados obtidos por ele possam, com confiança, seratribuídos ao instrumento e não a mudanças nopróprio padrão de trabalho. O uso de um padrãode trabalho, de maneira nenhuma, substitui a aferi-ção e comprovação regular do instrumento, masseu uso pode evitar a utilização de um instrumen-to que, dentro do intervalo entre duas comprova-ções formais, perca a conformidade com as espe-cificações.

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condições controladas da aferição. Pode ser per-tinente compensar o fato, reduzindo os limites deaceitação do produto. A extensão desta reduçãodepende de circunstâncias particulares e é umaquestão a ser julgada, baseando-se na experiên-cia. (Ver item 4.17)

A utilização de métodos estatísticos é recomenda-da para monitorizar e controlar a incerteza de me-dição de forma contínua. [Ver NBR 19004:1990),item 13.1]

4.7 Procedimentos de comprovação documentados

O fornecedor deve definir e utilizar procedimentos do-cumentados para todas as comprovações realizadas.

O fornecedor deve assegurar que todos os procedimen-tos documentados sejam adequados às suas finalida-des. Os procedimentos devem conter, em particular, in-formações suficientes para garantir a sua implementa-ção correta, para assegurar consistência de utilização en-tre uma aplicação e outra, bem como resultados de medi-ção válidos.

Os procedimentos devem estar disponíveis, conforme ne-cessário, para a equipe envolvida na execução das com-provações.

ORIENTAÇÃO

Os procedimentos podem ser limitados, mas nãonecessariamente, a uma compilação de práticasde medição padrão publicadas e a instruções escri-tas do comprador ou do fabricante de um instru-mento. A quantidade de detalhes dos procedimen-tos deve ser compatível com a complexidadedo processo de comprovação.

Estes métodos podem ser elaborados, utilizando-se técnicas de controle estatístico do processo,quando os padrões e instrumentos de medição sãointercomparados internamente, quando as deriva-ções e falhas são determinadas, e quando as açõescorretivas necessárias são tomadas. O controle es-tatístico do processo é um suporte à aferição re-gular e reforça a confiança nos resultados da medi-ção durante os intervalos entre comprovações.

4.8 Registros

O fornecedor deve manter os registros da marca, tipo e sé-rie (ou outra identificação) de todos os instrumentos demedição relevantes (inclusive os padrões de medição).Estes registros devem demonstrar a capacidade de me-dição de cada equipamento de medição. Qualquer cer-tificado de aferição ou outra informação relevante, per-tinente ao funcionamento, deve estar disponível.

ORIENTAÇÃO

Os registros podem ser manuscritos, datilografa-dos, microfilmados ou armazenados numa memó-ria eletrônica, ou magnética, ou em outro meio dearmazenamento de dados.

4.4 Auditoria periódica e análise crítica do sistema decomprovação

O fornecedor deve executar, ou mandar executar, audito-rias periódicas e sistemáticas da qualidade do sistemade comprovação para garantir sua contínua e efetiva im-plementação e conformidade com os requisitos desta NBRISO 10012-1.

Baseado nos resultados da auditoria da qualidade e ou-tros fatores pertinentes, tais como realimentação por par-te dos compradores, o fornecedor deve analisarcriticamente o sistema e modificálo, quando necessário.

Os planos e procedimentos para a auditoria da qualidadee análise crítica, devem ser documentados. A conduçãoda auditoria da qualidade e da análise crítica, bem comoas ações corretivas subseqüentes, devem ser registradas.

4.5 Planejamento

O fornecedor deve analisar criticamente qualquer requisi-to relevante do comprador, ou outros requisitos técnicos,antes de iniciar o trabalho em produtos e serviços, e deveassegurar que os equipamentos de medição (incluindopadrões de medição) necessários para o desempenho dotrabalho estão disponíveis e possuem a exatidão, estabi-lidade, faixa e resolução adequados para a aplicação pre-tendida.

ORIENTAÇÃO

Esta análise crítica deve ser executada o mais cedopossível, de modo a permitir um planejamentoabrangente e efetivo do sistema de comprovaçãodo fornecedor.

4.6 Incerteza de medição

Ao efetuar medições e ao relatar e fazer uso dos resulta-dos, o fornecedor deve levar em conta todas as incerte-zas significativas identificadas no processo de medição,inclusive aquelas atribuíveis ao equipamento de medição(inclusive aos padrões de medição), e aquelas para asquais contribuíram os procedimentos pessoais e o am-biente.

Ao estimar as incertezas, o fornecedor deve levar em con-ta todos os dados pertinentes, incluindo aqueles disponí-veis de qualquer sistema de controle estatístico de pro-cesso utilizado pelo ou para o fornecedor.

ORIENTAÇÃO

Uma vez demonstrado pela aferição que o equipa-mento de medição tem desempenho correto (den-tro das especificações), admite-se normalmenteque os erros surgidos durante o uso não excedemos limites especificados de erro permissível.

Parte-se do pressuposto de que o equipamentocontinue assim até a próxima aferição e compro-vação. Pode não ocorrer desta forma se o equipa-mento estiver sob condições de uso freqüentemen-te bem mais severas, quando comparadas com as

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O tempo mínimo de retenção destes registros de-pende de muitos fatores como: requisitos do com-prador, requisitos reguladores ou legais, responsa-bilidade civil do fabricante, etc.

Os registros relativos aos principais padrões demedição podem estar sujeitos a retenção indefini-da.

Os resultados de aferição devem ser registrados comdetalhes suficientes de modo que a rastreabilidade detodas as medições possa ser demonstrada e qualquermedição possa ser reproduzida sob condições semelhan-tes às condições originais, facilitando, assim, a soluçãode quaisquer irregularidades.

As informações registradas devem incluir:

a) a descrição e identificação individual do equipa-mento;

b) a data em que cada comprovação foi realizada;

c) os resultados de aferição obtidos após, e quandorelevante, antes de qualquer calibração e manu-tenção;

ORIENTAÇÃO

Em alguns casos, o resultado da aferição é apre-sentado como o atendimento, ou o não atendimen-to, a um requisito.

d) os intervalos especificados para a comprovação;

e) a identificação dos procedimentos de comprova-ção;

f) os limites especificados para os erros permissí-veis;

g) a fonte de aferição utilizada para obter rastreabi-lidade;

h) as condições ambientais relevantes e uma decla-ração sobre quaisquer correções necessárias paraeste caso;

i) uma declaração das incertezas envolvidas na afe-rição do equipamento e seus efeitos cumulati-vos;

j) os detalhes sobre quaisquer manutenções, taiscomo, assistência técnica, calibrações, reparos emodificações realizadas;

k) qualquer limitação ao uso;

l) a identificação da(s) pessoa(s) que realizou(aram)a comprovação;

m) a identificação da(s) pessoa(s) responsável(eis)por assegurar a exatidão da informação registrada;

n) a identificação individual (tal como o número de sé-rie) de qualquer certificado de aferição e outrosdocumentos pertinentes.

O fornecedor deve manter claramente documentados osprocedimentos relativos à retenção (inclusive duração) esalvaguarda dos registros, os quais devem ser mantidosaté que não haja mais a probabilidade de sua utilização.

ORIENTAÇÃO

O fornecedor deve tomar todas as providências ne-cessárias para assegurar que os registros não se-jam destruídos inadvertidamente.

4.9 Equipamento de medição não-conforme

Qualquer equipamento de medição

- que tenha sofrido algum dano,

- que tenha sido sobrecarregado ou manuseadoimpropriamente,

- que apresente algum mau funcionamento,

- cujo funcionamento está sujeito a dúvidas,

- que tenha ultrapassado o intervalo estabelecidopara a comprovação, e

- cuja integridade do lacre foi violada,

deve ser retirado de operação, segregado, e identificadoou etiquetado de forma bem visível.

Este equipamento não deve retornar ao uso até que ascausas da não-conformidade tenham sido eliminadas, eaté ser ele novamente comprovado.

Se os resultados de aferição anterior a qualquer calibra-ção ou manutenção, forem tais que indiquem risco de er-ros significativos em qualquer uma das medições realiza-das com o equipamento antes da aferição, o fornecedordeve tomar as ações corretivas necessárias.

ORIENTAÇÃO

Quando o equipamento de medição é consideradoinexato, ou de alguma maneira, deficiente, é usualcalibrar, recondicionar ou repará-lo até queele funcione corretamente.

Na impossibilidade de assim proceder, deve-se re-baixar sua classificação ou sucatá-lo. O rebaixa-mento de classificação deve ser adotado somen-te com muito cuidado, uma vez que equipamentosaparentemente idênticos podem ter erros permis-síveis diferentes, fato que é notado somente peloexame cuidadoso da et iqueta mencionadaem 4.10.

Neste caso, torna-se necessária uma recompro-vação para um conjunto de requisitos menos se-vero.

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8 NBR ISO 10012-1/1993

No caso de um instrumento de multifunções oumultifaixas, quando é possível demonstrar que es-te continua intacto em uma ou mais das suas fun-ções ou faixas, ele pode continuar a ser utilizadonas funções e/ou faixas preservadas, desde queseja devidamente etiquetado, indicando as restri-ções de seu uso. Todas as providências necessá-rias devem ser tomadas para evitar o uso do instru-mento nas funções ou faixas, em que o defeito seapresenta.

4.10 Etiqueta de comprovação

O fornecedor deve assegurar que todo equipamento demedição seja, de maneira segura e durável, etiquetado,codificado ou identificado de outra forma quanto ao seuestado de comprovação. Qualquer limitação na com-provação, ou qualquer restrição de uso, deve tambémser indicada no equipamento. Quando a utilização de eti-queta ou código for impraticável ou inadequada, proce-dimentos alternativos efetivos devem ser estabelecidose documentados.

ORIENTAÇÃO

A etiquetagem pode ser feita utilizando uma etique-ta auto-adesiva segura, uma etiqueta amarradaao equipamento ou uma marcação durável no equi-pamento de medição.

Qualquer etiqueta de comprovação deve indicar, clara-mente, a próxima data da comprovação de acordo com osistema do fornecedor, o representante autorizado (ver4.3) responsável pela comprovação, e a data da últimacomprovação.

Devem ser tomadas todas as providências necessáriaspara evitar o uso indevido, intencional ou acidental, deetiqueta.

O equipamento de medição que não requerer compro-vação, deve ser claramente identificado como tal, de mo-do a diferenciar-se dos demais que a requerem, mas cu-ja etiqueta se perdeu ou extraviou.

ORIENTAÇÃO

Esta condição pode ser atendida através de docu-mentação.

Nos casos em que uma parte significativa da capaci-dade total do equipamento de medição não estiver co-berta pela comprovação, este fato deve estar indicado naetiqueta de comprovação.

ORIENTAÇÃO

Um exemplo é um instrumento multifaixas que écomprovado e utilizado em apenas algumas dassuas faixas.

4.11 Intervalos de comprovação

Os equipamentos de medição (inclusive padrões de me-dição) devem ser comprovados a intervalos apropria-dos (normalmente periódicos), estabelecidos com basena sua estabilidade, propósito e uso. Os intervalos devemser tais que a comprovação seja realizada novamente

antes de ter ocorrido qualquer provável mudança naexatidão que seja significativa para o uso do equipamento.Dependendo dos resultados das aferições emcomprovações anteriores, os intervalos de comprovaçãopodem ser reduzidos, caso seja necessário, para garantiruma exatidão contínua.

Os intervalos de comprovação não podem ser aumenta-dos, exceto quando os resultados de aferições em com-provações anteriores fornecerem indicações claras deque tal ação não afeta a confiança na exatidão do equi-pamento de medição.

O fornecedor deve ter critérios objetivos específicos nosquais se baseiam as decisões que afetam a escolha dointervalo de comprovação.

Ao determinar se as mudanças nos intervalos de com-provação são adequadas, o fornecedor deve levar emconta todos os dados pertinentes, incluindo aquelesdisponíveis de qualquer sistema de controle estatísticodo processo utilizado pelo ou para o fornecedor.

ORIENTAÇÃO

O objetivo da comprovação periódica do equipa-mento de medição é assegurar que o equipamen-to não sofreu deterioração na exatidão e evitar queele seja utilizado quando existir uma significativapossibilidade de produzir resultados errados.

É impossível determinar um intervalo de compro-vação tão pequeno que realmente exclua a pos-sibilidade do equipamento se tornar defeituoso an-tes de expirar o prazo previsto para a próxima com-provação.

Uma comprovação freqüente é dispendiosa e tirao equipamento de serviço, exigindo a sua substi-tuição ou a interrupção do trabalho em que estavasendo utilizado. Portanto, é necessário que umcompromisso, entre o intervalo e o custo da com-provação, seja estabelecido.

Até que evidências estatísticas suficientes das ta-xas de não-conformidade tenham sido obtidas poruma organização em particular, os intervalos decomprovação somente podem ser determinadosa partir da experiência de terceiros (cujas circuns-tâncias podem ser diferentes) ou por estimativa.

Em certos campos de aplicação, o fornecedor po-de ter que determinar os intervalos de comprova-ção de acordo com requisitos legais ou técnicos.

Recomendações para a escolha dos intervalos decomprovação encontram-se no anexo A.

4.12 Lacre de integridade

O acesso a dispositivos no equipamento de medição, cu-jo ajuste afete seu desempenho, deve ser lacrado ou pro-tegido de outra maneira, no estágio apropriado da com-provação, a fim de evitar adulterações por pessoal nãoautorizado. Os lacres devem ser projetados de tal modoque qualquer adulteração seja claramente notada.

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NBR ISO 10012-1/1993 9

O sistema de comprovação do fornecedor deve conterinstruções para o uso de tais lacres e para a retirada de usode equipamentos com lacres danificados ou quebrados.

ORIENTAÇÃO

O requisito de utilização de lacre não se aplica a dis-positivos que estão previstos para serem calibra-das pelo usuário sem a necessidade de referênciasexternas; como, por exemplo, os calibradores dezero.

As decisões sobre que instrumentos devem serselados, os controles ou calibrações lacrados, bemcomo que materiais devem ser utilizados para o la-cre, tais como etiquetas, solda, arame, tinta, etc.,são, normalmente, deixadas a cargo do fornece-dor. A forma pela qual o fornecedor implementa ,em detalhes, o programa de utilização de lacre de-ve ser documentada. Nem todo equipamento demedição requer a utilização de lacre.

4.13 Uso de produtos e serviços de terceiros

O fornecedor deve-se assegurar de que os produtos eserviços de terceiros têm o nível de qualidade requerido,nos casos em que estes produtos ou serviços (inclusive aaferição) afetem significativamente a confiabilidade dasmedições do fornecedor.

ORIENTAÇÃO

O fornecedor pode assegurar-se da qualidade deprodutos e serviços de terceiros usando, quandodisponíveis, fontes formalmente credenciadas.(No entanto, o uso de tais fontes não diminui a res-ponsabilidade do fornecedor para com o compra-dor.) Quando não são usadas fontes externas cre-denciadas, e o próprio fornecedor faz a avaliação deterceiros, pode ser exigida dele uma evidência for-mal de sua competência para fazer tal avaliação.

4.14 Armazenamento e manuseio

O fornecedor deve estabelecer e manter um sistema pararecebimento, manuseio, transporte, armazenamento eexpedição de equipamentos de medição, a fim de evitarabusos, mau uso, danos e modificações das característi-cas dimensionais e funcionais.

Providências devem ser tomadas, bem como documen-tadas, para evitar mistura de equipamentos similares.

ORIENTAÇÃO

Embora os requisitos desta NBR ISO 10012-1 seapliquem especificamente aos equipamentos demedição que fazem parte do sistema de mediçãodo próprio fornecedor, obviamente é de boa prá-tica se estenderem os cuidados aos equipamen-stos de medição que pertençam ao comprador,mas que foram recebidos pelo fornecedor para re-paros, manutenção ou aferição. Os requisitos re-lativos ao manuseio de equipamentos recebidospara ensaio ou aferição por um laboratório sãoencontrados no ABNT ISO/IEC GUIA 25.

4.15 Rastreabilidade

Todo equipamento de medição deve ser aferido utilizando-se padrões de medição que sejam rastreáveis a padrõesde medição internacionais ou nacionais compatíveiscom as recomendações da Conferência Geral para Pesose Medidas (CGPM). Nos casos em que não existam pa-drões de medição internacionais ou nacionais (por exem-plo, para dureza), a rastreabilidade deve ser estabeleci-da em relação a outros padrões de medição (por exemplo,materiais de referência apropriados, padrões de mediçãode consenso, ou padrões de medição industriais) que se-jam aceitos internacionalmente no campo respectivo.

Todos os padrões de medição empregados no sistemade comprovação devem estar cobertos por certifica-dos, relatórios ou folhas de dados para o equipamento, queatestem a fonte, data, incerteza e as condições sob asquais os resultados foram obtidos. Cada documento deveestar assinado por signátario aprovado que ateste a exatidãodos resultados.

O fornecedor deve manter evidências documentadas deque cada aferição da cadeia de rastreabilidade foi exe-cutada.

ORIENTAÇÃO

Em alguns países, os padrões nacionais de medi-ção são estabelecidos por um decreto oficial emtermos de um artefato específico (ou um grupo de-les) como padrão de medição em vez de o seremcom referência aos requisitos técnicos recomen-dados pela CGPM. Contudo, em quase todas assituações em que esta NBR ISO 10012-1 tem pro-babilidade de ser usada, as diferenças destas duasfontes de rastreabilidade dificilmente darão mar-gem a problemas na metrologia prática.

A rastreabilidade válida pode ser alcançada atra-vés do uso de valores aceitos de constantes físi-cas naturais (por exemplo, temperaturas de mu-danças de fase), de materiais de referência, de téc-nicas de auto-aferição do tipo relação entre gran-dezas e de montagem de escalas. A incerteza re-sultante pode ser maior do que a que seria obti-da pela comparação direta a um padrão de medi-ção internacional ou nacional.

Um exemplo de auto-aferição do tipo relação entregrandezas na proporção de 1:1 é o método de pe-sagem dupla de Gauss usando uma balança debraços nominalmente iguais. No campo das medi-ções elétricas podem ser obtidas muitas propor-ções exatas, usando-se transformadores adequa-damente construídos (divisores de tensão induti-vos) e comparadores de corrente contínua.

Um exemplo de montagem de uma escala, é o es-tabelecimento de uma escala exata de massaspela intercomparação de massas de valor unitário,utilizando-as em combinações apropriadas pararesultar em uma escala 1, 2, 3, 4, 5, etc. Na prática,por economia, é freqüentemente usado um con-junto de massas 1-1, 2-2, 5, 10, 20-20, 50, etc. Mé-todos similares são usados em outros campos demedição, contudo é preciso tomar cuidado para queos componentes sejam realmente aditivos.

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10 NBR ISO 10012-1/1993

O fornecedor pode prover a evidência documenta-da de rastreabilidade pela obtenção de suas aferi-ções por uma fonte formalmente credenciada.

4.16 Efeito cumulativo das incertezas

O efeito cumulativo das incertezas de cada etapa su-cessiva em uma cadeia de aferições deve ser levado emconsideração para cada padrão de medição e equipa-mento comprovado. Ações devem ser tomadas quando aincerteza total comprometer significativamente acapacidade de se fazerem medições dentro dos limitesde erro permissível. Os componentes significativos daincerteza total devem ser registrados. Também deve serregistrado o método de combinação destes componen-tes.

ORIENTAÇÃO

Uma “cadeia de aferições” implica que o valor decada padrão de medição na cadeia tenha seu va-lor determinado, usando-se outro padrão de medi-ção, normalmente de incerteza menor, até um pa-drão internacional ou nacional de medição.

4.17 Condições ambientais

Os padrões e equipamentos de medição devem ser afe-ridos, calibrados e usados em ambiente controlado naextensão necessária para assegurar a validade dos resulta-dos das medições.

Deve-se dar a devida consideração à temperatura, taxa demudanças de temperatura, umidade, iluminação, vibração,controle de poeira, limpeza, interferência eletromagné-tica e outros fatores que podem afetar os resultados dasmedições. Quando pertinentes, estes fatores devem sercontinuamente monitorizados e registrados, e, caso sejanecessário, devem ser aplicadas correções aos resulta-dos da medição. Os registros devem conter os dadosoriginais e os corrigidos. As correções, quando aplicadas,devem ser criteriosamente fundamentadas.

ORIENTAÇÃO

O fabricante de um padrão ou instrumento de medi-ção fornece normalmente uma especificação comas faixas e cargas máximas, juntamente com ascondições ambientais limites para o uso corretodo dispositivo. Quando esta informação está dispo-nível, ela deve ser usada para estabelecer ascondições de uso e para determinar se é necessárioqualquer controle para manter estas condições.

É permitido limitar as condições de uso, mas é de-saconselhável ampliá-las.

4.18 Pessoal

O fornecedor deve assegurar que todas as comprova-ções são realizadas por uma equipe com as qualifica-ções, treinamento, experiência, aptidão e supervisão ade-quados.

/ANEXO A

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NBR ISO 10012-1/1993 11

NOTA - Este anexo é baseado no Documento InternacionalNº 10 OIML

A.1 Introdução

Um aspecto importante da operação eficiente de um sis-tema de comprovação é o estabelecimento do períodomáximo entre sucessivas comprovações de padrões eequipamentos de medição. Um grande número de fato-res influencia a freqüência de comprovação. Os mais im-portantes entre estes, são:

a) tipo de equipamento;

b) recomendações do fabricante;

c) dados de tendência conseguidos por registrosde aferições anteriores;

d) registro histórico de manutenção e assistência téc-nica;

e) extensão e severidade de uso;

f) tendência a desgaste e derivação;

g) freqüência de verificação cruzada com outros equi-pamentos de medição, em especial padrões demedição;

h) freqüência e formalismo das aferições em uso;

i) condições ambientais (temperatura, umidade, vi-bração, etc.);

j) exatidão pretendida da medição;

k) conseqüências de um valor medido incorretamen-te ser aceito como correto devido a defeito doequipamento.

De modo geral, não se pode ignorar o custo ao se deter-minar os intervalos de comprovação, tornando-se es-te, portanto, um fator limitador. Por todos os fatores rela-cionados, é óbvio que seria impossível elaborar umalistagem de intervalos de comprovação aplicável univer-salmente. É mais útil apresentar diretrizes sobre comoos intervalos de comprovação podem ser estabelecidose, posteriormente, analisados criticamente quando acomprovação estiver implementada de forma rotineira.

Existem dois critérios básicos e opostos que precisam es-tar em equilíbrio quando da decisão sobre os intervalos decomprovação para cada equipamento de medição. Sãoeles:

a) o risco de o equipamento de medição não estarem conformidade com a especificação, quandoem uso, deve ser tão pequeno quanto possível;

b) os custos de comprovação devem ser mantidosno mínimo.

Neste anexo são apresentados alguns métodos para a se-leção inicial dos intervalos de comprovação e para o ajus-te desses intervalos com base na experiência.

A.2 Escolha inicial dos intervalos de comprovação

A base para a decisão inicial na determinação de interva-los de comprovação é, invariavelmente, a chamada intui-ção técnica. Alguém com experiência em medições emgeral ou no equipamento de medição a ser comprovadoem particular e, de preferência, com conhecimento de in-tervalos usados por outros laboratórios, faz uma estimati-va para cada equipamento, ou grupo de equipamentos,quanto à extensão de tempo em que ele deve-se manterdentro da tolerância após a comprovação.

Os fatores a serem considerados são:

a) recomendação do fabricante do equipamento;

b) extensão e severidade de uso;

c) influência do ambiente;

d) exatidão pretendida da medição.

A.3 Métodos para análise crítica dos intervalosde comprovação

Um sistema que mantém intervalos de comprovação semanálise crítica, determinados tão somente pela intuiçãotécnica, não é considerado suficientemente confiável.

Uma vez que a comprovação esteja estabelecida de for-ma rotineira, deve ser possível um ajuste nos intervalos, afim de se otimizar o equilíbrio entre riscos e custos, comofoi mencionado na introdução. Provavelmente, deve-sechegar à conclusão de que os intervalos escolhidos ini-cialmente não estão dando os resultados ótimos deseja-dos: determinados equipamentos podem ser menos con-fiáveis do que o esperado; sua utilização pode não ser a es-perada; pode ser suficiente uma comprovação parcial emdeterminados equipamentos em vez de uma comprova-ção plena; a derivação determinada pela aferição regulardo equipamento pode mostrar que intervalos de com-provação maiores são possíveis sem o aumento dosriscos, etc.

Se a escassez de recursos financeiros ou humanos exigiruma dilatação dos intervalos de comprovação, não se de-ve esquecer que os custos com o uso de equipamentosde medição inexatos podem ser significativos. Se for feitauma estimativa destes custos, pode-se concluir que é maiseconômico investir na comprovação reduzindo seusintervalos.

Existe uma gama de métodos disponíveis para análisecrítica dos intervalos de comprovação. Eles diferem quan-to ao fato de:

- os equipamentos serem tratados individualmen-te ou em grupos (por exemplo, por fabricante oupor tipo);

Anexo A(informativo)

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição

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12 NBR ISO 10012-1/1993

- os equipamentos não estarem em conformida-de com as especificações devido a derivaçõescom o passar do tempo, ou pelo uso;

- os dados estarem disponíveis, e se atribuir im-portância ao histórico das aferições dos equi-pamentos.

Não existe um método ideal adequado a toda a gama deequipamentos existentes.

A.3.1 Método 1: Ajuste automático ou “escalonado”

Cada vez que um equipamento é comprovado de formarotineira, o intervalo subseqüente pode ser estendido,caso seja considerado dentro dos limites de tolerância,ou reduzido, se estiver fora destes limites. Esta resposta“escalonada” pode produzir um ajuste rápido dos inter-valos, além de ser de fácil execução e não exigir grandesesforços administrativos. Quando os registros são man-tidos e utilizados, possíveis falhas com um grupo deequipamentos podem ser evidenciadas, indicando a ne-cessidade de uma modificação técnica ou manutençãopreventiva.

Uma desvantagem de sistemas que tratam de equipa-mentos individualmente pode ser a dificuldade em man-ter a carga de trabalho de comprovação uniforme e balan-ceada, requerendo um planejamento detalhado anteci-pado.

A.3.2 Método 2: Gráfico de controle

São escolhidos os mesmos pontos de aferição de ca-da comprovação e os resultados são levados a um gráficoem função do tempo. A partir destes gráficos, são cal-culadas a dispersão e a derivação, sendo esta ou a deri-vação média num intervalo de comprovação ou, no casode um equipamento muito estável, a derivação ao longode vários intervalos. A partir destes números pode sercalculada a derivação efetiva.

O método é de difícil aplicação, especialmente no caso deequipamentos complicados e seu uso praticamente só épossível com processamento automático de dados. An-tes de iniciar os cálculos, é necessário um conhecimentoconsiderável da lei de variabilidade do equipamento, oude um equipamento similar. Também neste método é di-fícil atingir uma carga de trabalho equilibrada. Contudo,permite uma variação considerável dos intervalos de com-provação em relação àqueles preestabelecidos, semque se invalidem os cálculos; a confiabilidade pode sercalculada e, pelo menos teoricamente, fornece interva-los de comprovação eficientes. Além disso, os cálculos dedispersão indicam se os limites da especificação do fabri-cante são razoáveis e se a análise da derivação encontra-da pode ajudar a indicar a sua causa.

A.3.3 Método 3: Histórico

Os equipamentos de medição são inicialmente agrupa-dos com base na sua similaridade de construção e nasemelhança esperada de sua confiabilidade e estabili-dade. O intervalo de comprovação é definido para o gru-po, com base inicial na intuição técnica.

Em cada grupo de equipamentos, a quantidade de equi-

pamentos que retornam no seu intervalo de comprovaçãoestabelecido e apresentam erros excessivos, ou que, dealguma maneira, estão não-conformes, é determinada eexpressa como proporção da quantidade total de equi-pamentos, daquele grupo, comprovados durante um da-do período. Ao determinar os equipamentos não-confor-mes, os que estiverem visivelmente danificados, ou os queforem devolvidos pelo usuário como suspeitos, ou defei-tuosos, não são considerados, uma vez que eles não de-vem causar erros de medição.

Se a proporção de equipamentos não-conformes é ex-cessivamente alta, deve-se reduzir o intervalo de compro-vação. Se um subgrupo em particular (tal como de um fa-bricante ou tipo específico) não se comportar como osdemais componentes do grupo, este subgrupo deve serremovido para um grupo diferente, com intervalos de com-provação diferentes.

O período durante o qual o desempenho é avaliado deveser tão pequeno quanto possível, compatível com a obten-ção de uma quantidade, estatisticamente significativa, deequipamentos comprovados de um determinado grupo.

Se a proporção de equipamentos não-conformes de umdeterminado grupo for comprovadamente muito baixa,pode ser economicamente justificável ampliar o intervaloda comprovação.

Outros métodos estatísticos podem ser usados.

A.3.4 Método 4: Tempo em uso

Este método é uma variação dos métodos anteriores. Ométodo básico permanece inalterado, mas o intervalo decomprovação é expresso em horas de uso em vez demeses decorridos. Um equipamento pode ser provido deum indicador de tempo e quando este alcançar um certovalor especificado, o equipamento é encaminhado paracomprovação. A importante vantagem teórica deste mé-todo é que o número de comprovações realizadas e, por-tanto, o custo de comprovação variam diretamente como período de tempo durante o qual o equipamento é usa-do. Além disso, existe uma verificação automática da uti-lização do equipamento.

Contudo, há inúmeras desvantagens práticas e estas in-cluem:

a) o método não pode ser usado com instrumentosde medição passivos (por exemplo, atenuadores)ou com padrões de medição passivos (resistores,capacitores, etc.);

b) o método não deve ser usado quando o equipa-mento é sabidamente sujeito a derivação ou de-terioração, quando guardado na prateleira, ouquando manipulado, ou submetido a uma série deciclos curtos de liga/desliga; de qualquer manei-ra deve-se ter o histórico como apoio;

c) o custo inicial para a compra e instalação de indica-dores de tempo adequados é alto, e uma vez queos usuários podem interferir no seu uso, talvezseja necessária uma atividade de supervisão, oque também aumenta os custos;

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NBR ISO 10012-1/1993 13

d) é ainda mais difícil conseguir um fluxo de trabalhouniforme com este método do que com os an-teriormente mencionados, uma vez que o laborató-rio de aferição não tem conhecimento da da-ta na qual termina o intervalo de comprovação.

A.3.5 Método 5: Ensaio “em serviço” ou de “caixapreta”

Este método é complementar à comprovação plena. Po-de fornecer informações preliminares úteis sobre as ca-racterísticas do equipamento de medição entre as com-provações plenas e pode dar orientação sobre a ade-quação do programa de comprovação.

Este método é uma variação dos métodos 1 e 2 e é es-pecialmente adequado para instrumentos complexos ebancadas de ensaio. Os parâmetros críticos são verifica-dos freqüentemente (uma ou até mais vezes por dia) porum dispositivo de aferição portátil ou de preferência uma“caixa preta” construída especificamente para verifi-

car os parâmetros selecionados. Se, pela utilização da“caixa preta”, é detectado que o equipamento está não-conforme, ele é encaminhado para uma comprovação ple-na.

A grande vantagem deste método é que ele proporcio-na disponibilidade máxima ao usuário do equipamento. Ébastante conveniente para equipamentos distantes geo-graficamente do laboratório de aferição, uma vez que umacomprovação plena é feita, apenas, quando realmentenecessária, ou com intervalos de comprovação amplia-dos. A principal dificuldade reside em decidir sobre os pa-râmetros críticos e o projeto da “caixa preta”.

Embora teoricamente o método apresente um alto graude confiabilidade, é ao mesmo tempo ligeiramente am-bíguo, uma vez que o equipamento pode falhar em al-gum parâmetro que não seja medido pela “caixa preta”.Além disso, as características da própria “caixa preta” po-dem não ser constantes, e ela própria precisa ser com-provada regularmente.

/ANEXO B

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14 NBR ISO 10012-1/1993

Anexo B(informativo)

Bibliografia

[1] NBR 19000:1990 (ISO 9000), Normas de gestão daqualidade e garantia da qualidade - Diretrizes para se-leção e uso.

[2] ABNT ISO/IEC Guia 43, Desenvolvimento e opera-ção de ensaios de proficiência de laboratório

[3] OIML International Document Nº. 10, Guidelines forthe determination of recalibration intervals ofmeasuring equipment used in testing laboratories.

[4] OIML International Document Nº. 16, Principles ofassurance of metrological control.

[5] AQAP 7 (NATO), Guide for evaluation of a contractor’smeasurement and calibration system.

[6] European Organization for Quality, Glossary of termsused in the management of quality.