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ISSlfl413·319X
Resumo
Temas 1m P1icolagiadaS6P· 2oo2.Vol 10 .• ' 1,27·31
o que revelam as teses e dissertações sobre linguagem e comunicação da pessoa com necessidades especiais?'
Leila Regina d'Oliveira de Paula Nunes! Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Júlio Romero Ferreira Universidade Metodista de Pirocicaba
Enicl!ia Gonçalves Mendes Universidade Federal de São Carlos
RosanaGlat Universidade do Estado do Rio de Janeiro
A análise de 356 teses e dissertações defendidas em Programas de Pós-GraduaçJo em EdLlCaÇão e Psicologia de 23
universidades brasileiras sobre a pessoa com necessida.des especiais revelou quen% deste acervo foi dedicado a
investigar ° processo cnsino-aprendizagem. Os subtemas ide>1tificados foram: linguagem/comunicação, práticas
educativasedesenvolvimentocognitivo.habilidadcsartísticas,rlSicaseesportivilS,habi!idadesbásicilScinternçào
professor·alulJO e manejo de class<:. Os trinta e cinco estudos sobre linguagemfcomunicaçlio apresentados no artigo
foram fundamentados em quatro teorias: construtiVl5mO piagetiano, sociointeracionismo de Vygotslcy. análise e:ooperimental do componatnento e fenomenologia. As pesquisas favorecem wna visão otimista da Educaç1lo
Especia!poiss!oeloq!lentesemevidenciaraspossibi~dadesdenquisiçaodeMbiJidades,co~ilOSeatitudesdas
pessoas com deficiénc:ia, desde que sejam consideradas com muita atcnçào as condições de cnsiJlo.apTtlldizagem
Tais condi\'ÕtS envolvem desde materiais apropriados e programaç1lo adequada ate melhoria da fonnaçllo dos
professores e das próprias instituiçOes
P~lnru.a~n: produçllo discente, pessoa com defici~ncia, linguagem
Whatdolhesesanddissertationsrevealaboutlanguageandcommunicationolpeoplewithspecialneeds?
Ahslncl
A criticaI analysis of356 master's lheses and doetoral disscnations &om graduate programs in Education IUId Psychologyofferedby23 Brazilianuniversiticsaboutpeoplewithspecial needsrevealedlhat23% ofthese
sludies focused on lhe teaching·leaming processo The sub-themes identified werc: languageltommunication.
educational practices/cognitivc developmcnt, anistie, physical and sportlve abililles, baslc abili ties, teacher_student interactionlclass management. The thirty five research studies onlanguage/communication
I. Trabalho apresentado no Simpósio A produç40 di$Cenfe da PÓf·Graduaç40 em Educaçdo e áreas afins. Análise crítica das leses e dissertações sobre Educação Especial, XXX Reunião Anual de Psicologia da Sociedade Brasileira de
I'sicologia,Brasília - DF,outubrode2000.
2. Endereço para correspondência: L. R. O_ P. Nunes, Rua dosAnistas, 204, ap.I04. Tijuca, CEP: 205 1!· \30, RiodeJaneiro
RJ, e-mail: [email protected]
Apoio financeiro CNPq e UERJ
L I .•. P .• um.J. R. flrmJlI.' lIel~tlll. Gil!
pl"l:sented in lhe paper havc bem foundcd on four theoretical appruaches: Piagetian Constructivism, Yygotskian Social Tntcraclionism, ExpcrimcntaVApplied Behavior Analysis, and PhmorncnoJogy. The reviewed research studies o!Ter an optimislic view of SpeciaJ Education. Their data strongJy demonstrate that pcople with spccial necds may acquire abilities, concepts, and aptirndes as lung as special care is devoted to lhe conditions under which Ih~ Icaclling-leaming processes occur. $uch conditions involvc not onJy appropriate materiais and adequate instructional programming, but also improved leaching training prograrns and optimal cducational ill5titutions b, lII'ords: graduatc studcnt produclions, people willl special needs, languag~
A compreensilo dos processos de aprendizagem
e o planejamento e implt:mentação de programas de
ensino da pessoa com deficiência desafiam
constantemente educadores. Essas questões,
entretanto, nem sempre receberam a devida atenção de
pesquisadores envolvidos com o deficiente.
Subjacentes à pesquisa e ao atendimento, diferentes
concepções de deficiência emergiram na trojctória da
Educação Especial. Historicamente, a concepção
psicoeducacional da deficiência substituiu o chamado
modelo clínico. Nesse modelo, a pesquisa se detém na
descoberta dos fatores etiológicos e na caracterização
da pessoa com deficiência, indicando suas diferenças
com relação ao indivíduo não deficiente e reafinnando
a deficiência como in~renle e centrada no individuo. No
modelo psicoeducacional, a ênfase se volta para a
identificação das melhores fonnas de em;inar a pessoa
com deficiência e a compreensão dos processos de
aquisição e de manutenção da aprendizagem de
habilidades, conceitos e atitudes. Nessa concepção,
gerada a partir dos movimentos dos direitos humanos e
das minorias sociais e dos progressos das teorias dc
aprendizagem e do desenvolvimento. o indivíduo com deficiência é percebido como passivei de aprendere ser
educado. O destaque das diferenças, característico do
modelo clínico, passa a dar lugar à ênfase das similaridades entre indivíduos "nonnais" e aqueles
com deficiSncia tanto nos processos de construção do
pensamento (perspectiva piagetiana), quanto nos
processos de aprendizagem e procedimentos de ensino
(perspectiva comportamental). Não é dificil perceber a
contribuição dessa concepção de deficiência para justificar os movimentos de inclusão escolar e social do
deficiente.
O interesse: de pesquisadores brasileiros em EducaÇi'lo Especial pelas questões psicoeducacionais,
mais especificamente pelo binômio ensino
aprendizagem, tem se expressado já durante sua
fonnaÇi'lo. De fato, a análise critica de 356 dissertações
e teses voltadas para a pessoa com necessidades
educacionais espedais e defendidas em Programas de Pós-Graduação em Educação e Psicologia de 23
universidades brasileiras, desdc o final da década de 70
até 1999, revela que 81 produções discentes ou seja
23% versaram sobre o processo ensino-aprendizagem (NWles, Ferreira, Mendes e Glat, 2(00).
Nessas teses e dissertações, os autores
partiram de diferentes teorias psicológicas de
aprendizagem e desenvol vi mento humano
procurando estabelecer suas relações com o processo
educacional em uma gama variada de aspectos. Tais
aspcclos foram agrupados em cinco categorias, a
saber:
I. linguagem/comunicação;
2 práticas cducativas e desenvolvimento cognitivo;
3. habilidades artísticas, tisicas e esportivas;
4. habilidades básicas;
5. interação professor-alunoemanejode classe.
Considerando-se o grande número de
produções, optou-se por apresentar aqui os resultados
de 35 dissertações e teses sobre o subtema mais
freqUentemente estudado: linguagem e comWlicação.
No Quadro I do Anexo I estão apresentados os seguintes dados de cada produção: autor, l.U1ivcrsidadc
cllf"Sada, ano da defesa, população-alvo do estudo e
metodologia de pesquisa empregada Os estudos aqui revistos trataram das diversas
modalidades de linguagem: escrita, oral, de sinais e
gráfica.
Unguaescrila As teses e dissertações que privilegiaram o
processo de aquisiç~o da língua escrita junto a
pessoas com ddíciência mental, auditiva c tisica
foram fundamentadas basicamente nas concepções
construtivistas de E. Ferreiro, L. Vygotsky, na
estimulação polissensorial preconizada por M.
Montessori e G. Fernald, e nos paradigmas de
eqüivalênciadeestimulos e dediscriminaçãosem
erros de M. Sidman. Abaixo, estão apresentados
sucintamente os resultados desses estudos.
Na linha de pensamento construtivista de E. Ferreiro foram encontrados os estudos dc: Alves
(1987), Moussatehé (1992), Miranda (1999), Faria
(1993), Almeida (1993) c Alves (1994). A
investigação de Alves (1987) mostrou que seus
sujeitos. crianças portadoras de Síndrome de Down,
falharam em estabelecer a correspondência entre a
forma sonora e o registro gráfico da palavra. Essa
dificuldade em selecionar a dimensão relevante do
estímulo foi provocada, segundo a teoria de Luria,
pela falta de apoio da linguagem desenvolvida.
Moussatché (1992), analisando o processo de
apropriação da lingua escrita em pessoas com
Síndrome de Do"''t1 em idade escolar, concluiu que
elas tinham conhecimentos e formulavam hipóteses
sobre a língua escrita, características de diferellles
níveis evolutivos gerais, tais como as crianças não
deficientes. Trabalhando igualmente com crianças
com Síndrome de Down, Miranda (1999) analisou a
apropriação da concepção da linguagem escrita. Os
alunos fornrn submetidos a uma série de intervenções
pedagógicas que objetivava o desenvolvimento da
escritaemduasconcepçõcs:acscntacomoatosociale
como ato cognitivo. A aprendizagem da escrita,
inserida em contextos sociais de uso, incentivou o
processo de suaaquisiçào. Os sujeitos apresentaram
desenvolvimento cognitivo \ento, porém análogo ao
do indivíduo normaL Faria (1993) submeteu crianças
com Síndrome de Do\\'ll a um programa em sala de
aula direcionado à sistematização diária através de
jogos,exerclcioseelaooraçãodetcxtos, centralizados
no interesse dos alunos e conferindo significado à
aprendizagem. Todos os sujeitos exibiram melhor
desempenho, ainda que em graus diferentes.
evidenciando assim ritmos próprios no processo de
apropriaçãodaeserita.
Almeida (1993) invt:Sl.igou os detcrminanlcs da
coostruç5o da deficiência mental e sua influência sobre a
leitunl e a escrita. Constatou que o método tradicional de
alfabetização utilizado não conduziu à construção
simbólica da lecto-escrita dos alunos, os quais se enconlrnvamnonívelpré-silábicodacscrita. Para esses alunos, 11;1" e escrever não têm fWJÇão ~ignificativa Os
dados evideneiaram iguabnente atitudes discriminatórias
cun os alunos de classe sociQl'Ç()flômica baixa: a escola projeta a culpa sobre o aluno negando sua parúcipação
no fracasso escolar c assim reproduzindo as
desigualdades sociais. Alves (1994) construiu e validou
um software destinado à alfabetização. O autor treinou
adultos com paralisia cerebral a utilizar oso.ftwwe e
constatou Que, apesar de necessitar de algumas
modificaçõcs, o programa ajudou os indivíduos a
decodificarem mensagens escritas, tomando-os mais
comunicativos, mais satisfeitos c menos ansiosos
As teorias de Vygotsky e Bakhtin serviram de
reCerencial para a organizaç~o de experiências de
ensino de leitura c eserita para crianças surdas no
estudo de Fernandes (1993). A proposta, na qual a
dimensãodiaI6gicafoiprivih::giad~,(;aracterizava-sc
por: conteúdo da leitura e escrita proveniente de
histórias trazidas pelos próprios alunos; ambiente
fisieo favorecedor da interação entre professor e
alunos; acesso a diferentes materiais de leitura; e
incentivo à produção escrita dctextos variados. Os
alunos passaram a ter maior inleresse e panicipação
em sala de aula, apresentando melhor desempenho
naleitura e na escritadoqucoutrosgrupos,cnsinados
a partir da concepção tradicional de linguagem.
Sob a perspectiva de estimulaç5opolissensorial
estimulação de todos os canais sensoriais (visual,
auditivo, tátil e dnestésico), preconizada por Montessori
c Femald, Costa (1984), DaIl'Acqua (1987) e Pinheiro
(1994) desenvolveram seus estudos. Costa (1984)
empregou igualmente procedimentos de ensino,
fundamentados na análise aplicada do comportamento
para delinear um programa de leitura e escrita para alunos com deficiência mental moderada. Entre as 215
etapas do programa corutavam treinamento de leitura!
escrita de conjuntos vogais, treinamento fonético de
consoantes, treinamento de leitura e escrita de sílabas, palavras e frases etc, O progrnrtllI mostrou-se eficaz para modificar o repertório doo sujeitos nas habilidades de escrita e leitura. Dall'Acqua (1987) promoveu, em pessoas com defic iência mental leve, ganhos significativos em leitura e escnta. A autora destacou a
irnJXll1ância do professor de sala de aula desempenhar a função de condutOfde suas próprias pesquisas, o que constituiria wna possível alternativa para a melhoria da
qualidade de ensino. Através de programação individualizada de ensino, com comportamentos-alvo bem defmidos, Pinheiro (1994) foi capaz de ensinar um adolescente surdo a fazer uso de sinais dactilológicos, realizarlinguagemgesrual,eaescreverfrascsfOl111adas
principalmente por vogais, semivogais e algumas
consoantes. Cormm.icar-se orahnente e ler nos lábios do emissor foram considerados os comportamentos mais difíceis de serem instalados. Fundamentada cm Skinner, Sidman e de Rose, Tabaquim (1996) utilizou procedimentos de ensino dc leitura baseados em discriminação sem erro e equivalência de estímulos) em
seu estudo experimental, conduzido para pessoas com parnlisia çen:1xa1. A intervenção produziu resultados
satisfatórios já que dois dos quatro participantes aprenderam a ler. Em outro aporte comportamental,
Silva (1990) investigou experimentalmente os efeitos da
adaptação para pessoas com deficiência mental de um programadedesenvolvirnentodehabilidades de leitura e escrita, propostoporLeite (1984). Ap6sa intervenção, os alunos se mostraram capazes de: discriminar visualmente letras, sílabas, palavras e numeros, relacionar grafcmas e fonemas, fOl111ar novas palavras a
partir da combinação dos sons e ler instruções de jogos. MaiOf iniciativa e cooperaçAo dos alunos, melhoria na disciplina, na interaçãoprofessor-aluno, na auto-estima,
na criatividade,na oryanização da sala deaulaena apan:"flciapcssoal forarntarnbérn reportados pela autora.
l l.I. ' .I-. J .•. FtrftiJl.l~.I6Nn.I_~
Va!le (1984) analisou o desempenho em leitura e escritadecriançasrepetentesdeclassesregu1aresede crianças declasses especiais em tarefas que revelassem suas habilidades de análise/síntese deaspectosvisuaise auditivos da linguagem e suasdifieuldades no processo de ler e escrever_ Em que pese o desempenho levemente superior da populaçllo repetente da classe regular sobre as que freqUentavam a classe especial, houve similaridade em termos do tipo e do numero de dificuldades entre os dois grupos. A escrita era IXlbre, a Jetrn era falha, havia comprometimento da habilidade analítico-sintética e o desempenho em ditado e cópia de textos era deficitário.
Unguade sinais Osesludosapresentados a seguir destacaram os
efeitos do emprego da língua de sinais por portadores de surdez em diversos aspectos do desempenho acadêmico e social. Santoro ( 1994) empregou procedimentos que enfatizavam a comunicação de pré-escolares surdos nos níveis oral,auditivo, gestual evisuaLAatividadedccontarhislóriaspossibililOUaO grupo o envolvimento em atividades que requeriam a discussãoeocompartilhardeidéiaseexpcriências,Os sujeitos utilizaram preferencialmente a língua de sinais para se comunicarem com colegas e com a professora. Obtiveram melhor desempenho na imitação e na compreensão de sinais, do quc cm imitação e compreensão da fala. A generalização da eompreensão de conceitos ocorreu somente com a lingua de sinais.
Melo (1995) analisou o depoimento de professores de pré-escolares e escolares surdos soI.>re a utilização dessa língua em sala de aula. Embora a substiruiçãodo oralismo4 pela língua de sinais tivesse sido urna dedsão institucional e não dos professores, a maioria destes mostrou aceitação do uso da língua de sinais em sala de aula. Foram favorecidas: a comunicação professor-aluno; a identificação de
3. Equivalênciadeestimulosocorrequandoa~laç1loentreclesapresentaaspropnedadesde~flexivtdade,simcuiae
transitividade. 4. Ornlismo, em tennosgerais.ll'fen::-se à abordagem de ensino de linguagem para surdos,quetenta instituir o uso da língua oral,pr-ioriurndoo treinamento auditivo e a leitura labial.
dificuldades no processo ensino-aprendizagem; a
compreensão do aluno sobre conteúdos do ensino; a
estruturação da escrita dos alunos; e a assimilação de conceitosabstrntos.
Um estudo comparativo do nível de com
preensão de três sujei tos surdos e três ouvintes em
três modalidades linguisticas- Português Oral (PO),
Comunicação l3imodal (uso simultâneo de sinais e
linguagem oral) (CB) e Linguagem Brasileira de
Sinais (LIBRAS) - foi conduzido por Rampelotlo
(1993). Uma história simples e outra complexa
foram naITadas em cada uma dessas modalidades. Os
dados mostrnram que:
a. há dificuldade no uso da CB;
b. nas histórias simples o desempenho dos
surdos em LIBRAS foi melhor e nas histórias complexas os ouvintes tiveram melhor
desempenho;
c. os surdos apresentaram dificuldades em
compreender e escrever a IIngua oral e a
escrita; e
d. os surdos demonstraram maior competência
na compreensão e reprodução das narrativas
quando elas eram recebidas e reproduzidas em
LIBRAS, ainda que tivessem sido educados
no oralismo e usassem LIBRAS havia pouco
tempo
Nogueira (1994) analisou a interação entre
professor ouvinte e pré-escolares com deficiência
auditiva, osquais foram divididos em dois grupos: os
submetidos à Comunicação Total (C1)(cmpregodos
diferentes níveis de comunicação: oral. auditivo, gestual e visual) ou à metodologia Oralista
Muhissensorial(OM). Foi verificado que:
a. houve alto grau de diretividade em ambos os
grupos e maior interaçllo professor-aluno na tunna de Comunicação Total (CT);
b. na tunna CT, as perguntas-processos exigi
ram respostas mais elaboradas do que na OM;
c. na turma da cr eram utilizados vários tipos de
linguagem, sendo que a oral era mais freqUente
nesta do que na tunna da OM; além disto a
inttnlção professor-aluno em. mais produtiva;
d. o uso da Linguagem Brasileira de Sinais (LII3RAS)não impediu a fala nacriançasurda;
e. o grupo dc CT apresenlOU melhor desempenho
na lin~,'uagem Or.ll do que o de OM;
f. ambos os professores mostraram coerência
entre a visão de linguagem e surdez e a
metodologia empregada;
g. a abordagem construtivistaaliada à pluralidade
de linguagem promove a auto-estima,
possibilitandomelhorcsintcrações.
Lopes (1998), sob a ótica do sociointeraciooismo,
testou o nível de compreensão de leiturn com e sem o
auxllioda LIBRAS decriançasportadorasdcdeficiênçia
auditiva congênita. Na primeira ctapa da pcsquisa, cm que as crianças deveriam ler um texto simples e
respondera questõcs referentes a ele,onivel de acerto
variou entrelO"Io e 70"/ •. Na 2" etapa, com o auxílio de
um adulto que fornecia sinônimos das palavras
descoohccidas, houve um aumento no percentual de
acertos e uma diminuição do tempo de realização da
tarefa. Na ultima etapa, em que os adultos auxiliaram os participantes através do uso de LIBRAS, os sujeitos obtiveram os me\horesresultados em um tempo inferior.
O autor, defendendo o uso do bilingUismoS como
ferramenta para a aquisição da Língua Portuguesa, concluiu que os resultados obtidos indicam que LIBRAS pode ser um elo cognitivo lingüistico que facilita a
compreensão do português escrito Assim como Lopes (1998), Sá ( 1996) discutiu
o uso do bilingUismo, além de outras modalidades de comunicação (Oralismo e Comunicação Total) na
educação e integração das pessoas com deficiência
auditiva. Fazendo referência a Vygotsky (1994), a
autora verificou que, em seus relatos, adultos surdos
e profissionais da área apontaram o bilingUismo
como sistema comunicativo adequado no processo
5. A abordagem educacional como uso do bilingllismodefende a aprendizagem da Linguados Sinais como primeira lIngua e a língua da comunidade majoritária como segunda língua.
LI.I.P.I_.J.lF.rlin.l'-lItMnl'.GIM
educacional. A aquisiçllo da Ungua dos Sinais como profunda. As análises qualitativa e quantitativa da
3 primeira língua funciona como suporte para o produçllo escrita dos participantes, objetivando
desenvolvimento cognitivo e elemento facilitador explorara dimensllo semântica dosconstituintes frasais
para a aprendizagem da língua oral. A oposiçllo à revelaram que os tcxtos gerados pelos adolescentes
abordagem oralista é justificada pda exclusllo da investigados apresentavam construçõcs sintàticas
língua de sinais como fonna de comunicaçllo e a atípicas, ordenaçilo inadequada dos constituintes
Comunicaçllo Total é percebida como artificial. frasais, omissão ou uso inadequado das preposições e Com o objetivo de estudar o processo de pouco domínio das estruturas de coordenaçllo e
construção do conhecimento do individuo surdo a subordinação. Essas caracteristicas interferiam no
partir das trocas dialógicas, Lacerda (1996) analisou sentido do texto, wna vez que dificultavam ao leitor
uma classe especial composta por escolares com compartilhar da proposta de compreensllo pretendida
deficiência auditiva. Sob a ótica vygotskiana, ela pelo autor. A pesquisadora conclui relatando que o
identificou situações em que a comunicação entre o trabalho com a modalidade da escrita da língua
aluno surdo e o educador/pesquisador ouvinte se majoritária deve ter como eixo central o sistema
efetivou, situações em que aparece a ilusllo da semântico, com todos os processos centrando-se na
elicáciacomunicativaesituaçõcsdemal-entendidos, aquisiç!io de conceitos. envolvendo o uso de diversos recursos sem que tenha Goldfeld (1996) comparou, com base em auto-
sido obtido sucesso comunicativo. Essa análise res como Luria, Bakhtin c Vygotsky, o cotidiano de
demonstrou que o uso de recufSQS semióticos nas uma criança surda com o de seu innão gémeo ouvinte
situações de interlocução, pratica defendida pela everificouqueaqualidadeequantidadedeintcrnções
Comunicação Total, nem sempre é eficaz. A falta de sociais com o deficiente era inferior ao do indivíduo
uma língua eomum entre interlocutores, o domínio nonnal. Concluiu que os prejuízos cognitivos apre-
precário de uma língua e o uso de diversos recursos sentados pela criança com perda auditiva estavam li-semióticos muitas vezes fazem com que o aluno gados à precariedade de estimulação social. As rela-
surdo construa conceitos diferentes daqueles çõcs interpessoais vividas pcla criança surda em seu
almejados pelo professor. Aponta ainda que é através ambiente social exercem influência determinante em da língua dos sinais que o surdo poderá ter todas as áreas de seu desenvolvimento. Baseado tam-
desenvolvimento pleno da linguagem, minimizando bém em Luria e considerando igualmente os po5tula-
os problemas da construção do çonhecimento. dos piagctianos, Chaves (1997) investigou a influên-
Fundamentando-se em Luria, Padovani (1997) cia da iconicidadc de imagens na produção de textos
contextualizou a escrita do deficiente com seu quadro narrativOS. Crianças surdas em idade escolar foram diagnóstico e seu nível de escolarização e analisou, convidadas a escrevCT textos a partir de estímulos
através de instnunento proposto por Mary Clay, a visualmente icônicos, como a fotografia, e estímulos
produção de textos de crianças com perda auditiva com menor grau de iconicidade, como as gravuras. Os severa e profunda, inseridas em wna classe regular e sujeitos se mostraram mais motivados a dissertar 50-
atendidas simultaneamente no ensino especial. bre estes últimos, produzindo texlOS com maior densi-
Concluiu, a panir da trajclória acadêmica e do dade de infonnaçõcs subjetivas, ancoradas na mem6-diagnóstico de cada participante, que o bom ria. Por outro lado, imagens altamente icônicas, como
desempenho Jingüístico da comunicação escrita está a fotografia, propiciaram a geração de textos com
associadoaomenorgraudeperdaauditivaeaoingresso maior grau de objctividade e com complexidade lin-noeTl'lino especial aoompanhadodo ensino regular. Em güistica inferior. A utilização de imagens translúcidas
wn estudo de caso semelhante ao de Padovani (1997), como instrumento pedagógico slio propicias à cons-
Silva (1998) investigou textos elaborados por truçãodeummodeloouestilodetextopróprio.Oenri-
adolescentes com deficiência auditiva severa e quecimento do léxico e a conceituação de verbos e
ações silo, por outro lado, facilitados pelo uso de estí
mulos com alto grau de konicidade.
Santos (1984) estudou o processo d e alfabetização de pré-escolares surdos em uma
perspectiva oralista com apoio multissensorial. Na escola A, públka, os alunos esrudavam em regime de
internato e semi-intemato e na escola 8, particular, em
externato. Nas duas escolas, o método oral com
abordagem multissensorial em usado, sendo que na
escola A havia maior apoio gestual que na B. A
diferença essencial é que a escola B executava uma
politica de integr-dção e o aluno ficava mais exposto ã
língua om!. A população d~ escola B, por dominar
maior nUmero de palavras, apresentou construção de
frases mais ricas e variadas. O oralismo com
abordagem multissensorial, enfatizando a estimulação
c o treinamento auditivo, se apresenta como o mais
eficiente, tomando possível ao surdo uma linguagen\
mais comprel:nsivel em contato com o meio ouvinte.
Empregando o enfoque fenomenológico de
Heidegger, Amaral (l990)obscrvou crianças surdas e
seus professores em situação de oficina experirncntal
para a aquisição dc linguagem. Na relação
professor-aluno não existia um referencial de
linguagem e oprofessorfaziade conta que emendia o
que o aluno comunicava e o aluno simulava
compreender o que era dito pelo professor. A criança
surda ao encontrar o mundo do ouvinte não conseguia
encontrar correspondência entre a vivência da surdez
e as normas do millldo ouvinte. Nesse scntido, o mundo ouvinte passava a ser hostil. O surdo percebia
quenãoestavadeacordocomasnonnasdessemillldo,
era çoncebido como deficiente, por não ter linguagem
(ou seja, falar e escutar) nem vivência e não possuir mundo_vida: isso representava o não ser. Segundo a
autora, é predso resgatar o scntido da linguagem na
educaçãodosurdoapartirdopensamcntooriginãrio.
Isso significa que, para Heidegger, a linguagem não se inicia com a comunicaçllo, mas antecede a ela, pclo
silêncio; n1l0 se resume ã palavra pois possui diversas
fonnasdeexpressão
linguagem oral Cunha (1996) investigou os efeitos do ensino
incidental6, proposto por WaITen e Kaiser, para
promover a linguagem filllcional em criança portadora de visilo subnormal e com atraso de linguagem, através
do treinam ento de sua mãe no emprego de
procedimentoscomo arranjo ambiental; modelo dirigido
à criança; mundo-modelo (so!icitação de verbalização
seguida de apresentação de modelo); e espera. Tais
procedimentos representam a sistematização de
estratégias utilizadas naruralmentc pelas familias em
atividade:s rotineiras para promover a linguagem e a
comunicação de seus filhos. A autora demonstrou que o treinamento da mãe teve efeito positivo sobre as
verbalizações da criança, as quais aumentaram
sistematicamente, com produção de sentença.~ de até três palavras, não somente no ambiente de treino (instituição)
COIllonasscs.~degeneralizaçãOCOflduzidasemcasa.
Os mesmos procedimentos do ensino incidental usados por Cunha haviam sido anteriormente empregados para promover o awnento das habilidades comW1icativas e
lingüísticas de uma criança portadorn de autismo em um
estudo conduzido por Lamõnica (1991). Foi observado
que, com a introdução dos procedimentos de ensino
incidental, a cri~nça diminuiu a emissão de
comportamentos inadequados e de auto-estimulação e
melborou scu desempenho lingüistico e comunicativo.
Com efeito, após o treinamento, osujeito passou a usar 3
linguagem oral para solicitar objetos e ajuda em
sentenças de até três palavrdS. A autora coocluiu que
procedimentos do ensino incidental podem ser usados com sucesso para promover o aumento das habilidades
comunicativas e lingUisticas de crianças autistas e sugeriu a realizaçllo de outras pesquisas para identificar as situações rotineiras no lar que favorecessem a
aquisição e o desenvolvimento de tais habilidades. A
sugestão oferecida por Lamônica foi seguida por
PreSOtlO (1994) quc analisou 3 rotina dima de duas
famílias com filhos com autismo. Essa autora mostrou que atividadesde viili. dima como banho e refeição não
eram aproveitadas pelas famílias estudadas para
6_ Ensino iocidcntal refere-se a modelo de intervenç~o cm linguagem no qual o adulto aproveita situações indicadas pela criança nas suasintcraçõeseotidiana5parades~nvolv~T sua(dela) linguagem funcional.
promover o desenvolvimento da comunicação verbal de
seus fillios. De fato. as mães pareciam fazer inferências
sobre as manifestaçOesde interesseslnecessidadesda
criança sem exigir desempenho mais elaborado na
comunicação.
Sylvestre (1995), com suporte no sociointeraci
onismo, analisou a linguagem oral e gestual dc um
grupo de pré-escolares com Síndrome de Down na
sala de aula, no recreio e no lanche com o propósito de
identificar fatores ambientais que favorecessem ou
não a linguagem oral e gestual dessas crianças quando
em interação com seus pares não deficientes. A autora
verificou que as verbalizaçOes típicas dos sujeitos
caracterizavam-se por frases curtas, formadas geral
mente por uma só palavra ou por poucas palavras, çom
verbalizaÇÕC5 freqüentemente não inteligíveis. Nesses
sujeitos, a linguagem receptiva (çompreensão) era
superior à linguagem expressiva. Não houve regulari
dade entre os sujeitos quanto ao ambiente favorecedor
de eomuniçaç~o verbal ou gestual. Para esta ultima, a
situação de lanche foi a mais favorável. A brincadeira
de "faz-de-conta'· produziu mudanças estatisticamen·
te significantes em algumas açõcs comunicativas dos
sujeitos. Com efeito, após brincarem sozinhos, com a
professora, ou com outras crianças de outra classe, os
sujeitos exibiram um incremento nas formas verbais e
gestuais de comunicação.
Visando detectar aspectos de linguagem que são
transmitidos através das narrativas de pessoas com
Síndrome de Dovm, Freitas (1996) solicitou a 10
adolescentes portadores da sindrome criar histórias ou
reconUi-las a partir de uma narração ou peça de tealro
Referenciada em Vygotsky e Bakhtin, a autora
analisou, em situaç~o de sala de auJa, a dinâmica
dialógica que oçorria enquanto o texto estava sendo
narmdo, atcndo-se a três aspectos: a composição do
texto narrativo, o modo de participação dos educadores
eanegoçiaçãodos Interlocutores sobre a sinceridade
dos textos narrados. Os dados revelaram que os adultos
participavam da estruturação do texto dirigindo a
atividade e os alunos participavam com comentârios e
acréscimos para constituição temática. Os educadores e
pares participavam perguntando, retomando e
reformulando as próprias falas. A veracidade dos
LI.I.P.I.a.J.I.Ftntin.E.'.lilllllnll.CIit
eventos narrados foi discutida apenas quando os
educadores realizavam perguntas. Na dinâmica
dialógica, educadores e pares v~o se ajustando às
"ven:lades" dos evrntos narrados. Por sua vez, Martins
(1996), referenciada em Ferreiro, Luria e Vygotsky,
camcterizou a relação entre a linguagem oral, gestual e
a produção gráfica espontânea de crianças portadoras
de Síndrome de:: Dov.'n. Em uma dinâmica intitulada
''roda da conversa", a autora estimuloo os participantes
a narrarem experiências pessoais vivcnciadas e em
seguida a escreverem sobre fatos contados. Ossujeitos,
diante da tarefa de produção gráfica, fIzeram uso de
diferentes recursos como marcas gráficas (rabiscos e
desenhos),modos diversificados da escrita (imitativa
da escrita do adulto, escrita rápida 01.1 pausada), uso de
gestos e oralidade durante a produção dos textos. Ao
ténnino do estudo, verificou· se que as crianças
encontravam-se em fase inicia l do processo de
aprendizagem da escrita e que desenvolviam repcnório
comportamental semelhante às crianças normais.
Lacerda (1992) examinou as relações entre
oralidade, desenho e escrita, fundamentada no aporte
vigotskiano. Através de observações e análises de
atividades,inter-relaçõeseproduÇÕ\:Sdeduascrianças
com desenvolvimento atfpico, que freqUentavam
elasses para deficientes mentais, a autora verifioou que
as diferentes esferas de alividade simbólica - lin
guagem oral, desenho e escrita - não podem serconsi·
deradas umas pre..requisitos para as ootras. Hâum pro
cesso de construção e desconstrução mútua, variável
para cada sujeito, segundo suas contingências biológi
cas, sociais/contextuais e emocionais. O desenho pode
não participar constnJtivamente na apropriação da
escrita tanto quando a produção pictográfica é utilizada
para "substituir"a escrita, como quando essa produção
não se desenvolve a contento. Ter linguagem oral bem
oonstruida não é garantia para aquisição da escrita.
assim como o comprometimento severo da fala não
impede uma criança de se alfabetizar. Arelaçi'loentre
oralidade,desenhoe escrita não é estável. Entre esses sistemas de interação e representação podem se inter
por diversos aspectos que alteram significativamente
cada sistema em si,e a dinâmica de sua constituição
recíproca.
linguagem gráfica Através do ensino incidental, descrito ante
riormente, Araújo (1998) e Paula (1998) dcscnvolve_
ram comunicação alternativa e ampliada 7 (CAA) em
crianças com deficiência múltipla. A primciraautora,
utilizando um sistema pictográfico computadorizado
de comunicação, desenvolveu funçõcs comunicati
vas como solicitação, nomeação e descrição de even
tos cm uma criança <.:om atraso no desenvolvimento
da fala, linguagem e cog.nição. Os dados mostraram
que as técnicas de ensino incidental propiciaram a
aprendizagem do sistema computadorizado, facilita
ram a interação social da criança, além de ampliar sua
capacidade comunicativa gestual e oral. Paula
(1998), referenciada nos mesmos princípios teóricos
e utilizando também um delineamento quase experi
mental intra-sujeito, verificou os efeitos da aplicação
do ensino incidental no emprego de um sistema pic
tográfico de comunicação com uma pré-adolescente
com paralisia cerebral. Foram instaladas funções co
mun icativas como sol icitação, comentário, pergunta,
resposta, saudação e inleração. Houve diferença qua
litativa na produção lingüistica da criança que passou
a construir frases de até seis elementos expressando
desejos, sentimentos c pensamentos complexos.
Con~lusües Tendo como elemento comum a linguagem em
suas diferentes modalidades, os estudos revisados
evidenciam a relevância desse processo na
constituição do individuo, na sua interação com o
ambiente social e no seu desenvolvimCl1to acadêmico
ecognitivo. O embate linguagem Olal versus língua de sinais emerge de forma claro em muitas produções
cujas conclusões apontam para os efeitos positivos da
língua de sinais no desenvolvimento de diversas
habilidades cognitivas, sem negligenciar porém a
importância da apropriação da linguII oral pelo surdo,
seja de forma expressiva ou receptiva, como fator de integração social. Os estudos aqui revisados desta<.:am
a necessidade do educador em compreender os
processos de aquisição e desenvolvimento das
diferentes linguagens e formas de comunicação
empregadas pela pessoa com ne<.:essidades especiais.
Sintonizar sua própria linguagem com a do aluno,
privilegiando as <.:uncepçÕCS c experiências deste t:m
situações variadas do cotidiano escolar, são algumas
das diretrizcs do trabalho docente preconizadas por essas teses e dissertações. Além disso, a similaridade
Cl1treas pessoas com deficiência e as ditas normais nos
prucessm; de aquisição da língua falada e escrita,
apontada pelos estudos revistos aqui, oferece
sub~idios para a tese da inserção escolar e social da
população especial
Os temas escolhidos e a forma com que fordIll trntados revelam !lOS autores das teses e dissertações interesses mais imediatos e pragmáticos. Com efeito, a
grande maioria dos esrudos pode ser caracterizada corno
propositiva, nos quais for.nn apresentados e testados
procedimentos de ensino respaldados por uma variedade de referenciais teóricos, dos quais destacam-se a
psicornotricidadc, a teoria genético-cvohniva de Piaget,
a análise experimental/aplicada do COOlponan1ento, a fenomenologia e, mais recentemente, a visão
sociohistórica de Vigot5ky. Essaconstataçãoevidrnciaa
tendência da Educação B.pecial de se debruçar em
questões e referenciais te6rioo-metodológicos similares aos da educação regular.
Vale destacar que, independentemente da fundamentação teórica, os estudos favorecem uma visão
otimista da Educação Especial pois são eloqUentes em evidenciar as possibilidades de aquisição de habi
lidades, conceitos e atitudes das pessoas com deficiencia, desde que sejam consideradas com muita
atenção as condições de ensino-aprendizagem. Tais
condiçõcs envolvem desde materiais apropriados e programação adequada até a melhoria da formação
dos professores e das próprias instituições. Cum
7. Comunicação alternativa envolve o uso de gestos manuais, expressões faciais, código Morse c signos gráficos (incluindo escrita, desenhos, gravuras e fotografias) como meios de cfctuarem a comunicação face a face de indivíduos incapazes de usar a linguagem oral. A comunicação ampliada tem um duplo propósito: promover e suplementar a fala e garantir uma forma alternativa se o individuo não se mostrar capaz de desenvolver a fala.
efeito,as dissertações tanto dcstacaram a eficiência da população especial, quanto denunciaram a deficiência das condições sob as quais ela se educa ou não.
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SUBTEIIA liIVUllI 1i19Iolil• U'I'~II IiIp'''. Liagu'Itl
POPULAÇAD DrI.MIAUI Ctf.Filicl DrI.MIIIII DIf.r.uiIÍll Dtlthml
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AUTOR(A! Chaves,C.H. Costa,M.P. Cunha,A. C. DaU'Ac~ua,M . Falia,M,N,
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SaBllIIA tillullel liIi/UI'1 tilllllll 1iI;1'''1 lialu'i'l
NPUtAÇÃo DrI.Alllitne DrI.MIIIiI DII,IIIiIb,11 orlMII1.1 111,1111111
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AUTOR(A! Felnandes,S. Flaitas,A.P. Goldfeld,M. lacerda,C.H. Lacerda,C.H,
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~oPULAÇÂIJ Dlf.Alfitin DIf.M.ml DrI.AljitrÍl'. Gldritl DrI.Adatn.
IIHoDDIDGIA IstlMllwt Hill4riu Est'Rcm Estlj,wl hl.~,~"
AUTOR(A! Lam/inica,O. Lo~es, R. G. Martins,N. Melo,A.D. Miranda,C.
1~lYj.IJ o UISCIu11 UI~I UISClrlli UISCau1S UllUSl
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'OPULAÇÃO D ~lc.dla De!,Alditin Dei. Melul hf,Alditin DrI.Mllul
MElOULDGLA ~rilelw DIoII4II!1Ir Estl"cm hwitlQ h!!l."~ AUTOR(A! Moussalché,A. No~ueira,M. Padovani,C. Paula,IlP. Pinheiro,P.
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SUBliMA liItNg_ UIIUIIII IiII";'1 IiIlul,. li1ln!lll
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