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8.00.00.00-2 LINGUÍSTICA LETRAS E ARTES

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8.01.00.00-7 LINGUÍSTICA

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BASE ELETRÔNICA DE DADOS LINGUÍSTICOS COMPARATIVOS ARUÁK.

Alana Samara Melo NEVES (Bolsista PIBIC/UFPA) [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Prof. Dr. Sidney da Silva FACUNDES (Orientador) [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

FACUNDES e BRANDÃO (2002) sugerem uma proximidade entre Apurinã, Piro e Iñapari, com base em uma comparação de termos nessas três línguas, identificação de cognatos e reconstrução de formas lexicais faladas num estágio anterior à separação destas da então língua mãe - o proto-Apurinã-Piro-Iñapari. Nossa pesquisa analisa dados antigos coletados para Apurinã pelos primeiros viajantes a contatarem esse povo nos séculos passados. Apurinã é falada no sudoeste do Estado do Amazonas; Piro/Manchineri/Yine é falada no Peru e no Brasil; e Iñapari era falada no sudeste do Peru. Este trabalho consiste a) da organização e expanção do banco de dados eletrônico de línguas da família Aruák, b) identificação de novos cognatos compartilhados entre línguas Aruák; e c) reconstrução de formas e conceitos em proto-aruák. A metodologia consiste da coleta de dados de formas antigas e organização destas no programa computacional Flex, com mais campos de informações do que a versão anterior do programa (Toolbox), cada campo contendo uma determinada informação linguística. A comparação entre os dados das línguas faz uso do Método Histórico-Comparativo e de Reconstrução Interna. Os primeiros resultados da análise permitem determinar a presença de formas variantes em documentos antigos que existem atualmente na língua, nos níveis fonológico e lexical. Se tais variações já ocorriam em estágios antigos da língua Apurinã, conclui-se que ao menos algumas variedades da língua atualmente existentes já existiam em um passado mais remoto. Pode-se inferir que os fatores que operam atualmente na diversificação da lingua, criando variedades distintas entre si, já estavam em operação ao menos dois séculos atrás. Finalmente, se o fator geográfico de fato é um desses fatores, nossos resultados sugerem que a dispersão de Apurinã em diversas comunidades distintas resulta de processos migratórios que já ocorriam há ao menos dois séculos atrás.

Palavras-chave: Reconstrução Linguística, Proto-aruák, Apurinã.

Titulo do projeto do orientador: Estudos Histórico-Comparativos Aruák

Grande-área: Ciências HumanasÁrea: Lingüística, Letras e ArtesSubárea: Línguas Indígenas

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INFORMAR E FAZER CONSUMIR: A HETEROGENEIDADE MOSTRADA NO DISCURSO SOBRE QUALIDADE DE VIDA

Liany Gabriela Nascimento PEREIRA (Bolsista PIBIC/UFPA) – [email protected] de Licenciatura em Letras Português, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

Prof. Dra. Fátima PESSOA (Orientadora) - [email protected] Curso de Licenciatura em Letras Português, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação A pesquisa “Informar e fazer consumir: heterogeneidade mostrada no discurso sobre a qualidade de vida” tem por objetivo investigar as estratégias de acomodação das diferentes vozes que constituem os discursos sobre qualidade de vida e os discursos que visam ao incentivo ao consumo, buscando reconhecer o lugar de onde se originam as vozes que induzem à adesão a um mundo ético idealizado. O corpus constitui-se de um conjunto de 12 periódicos empresariais do Banco Real, que, à moda de uma revista, apresenta aos clientes do banco informações sobre produtos e serviços da empresa, bem como informações sobre o cenário econômico do país. Partindo das teorias de Authier-Revuz (2004) e Maingueneau (2004), foi possível fundamentar a pesquisa em relação às teorias do discurso que se ocupam da heterogeneidade discursiva, apontando o caráter plural dos processos de constituição de sentidos dos textos. Para compreender essa natureza heterogênea dos textos sob análise, também foi necessário investigar os discursos sobre qualidade de vida e sobre o incentivo ao consumo em campos discursivos como o da economia, da publicidade e propaganda, entre outros. A metodologia adotada implicou o reconhecimento de diferentes vozes que se fazem ouvir nos textos que compõem os periódicos do Banco Real, a identificação das relações de dominância/aliança entre essas vozes que se cruzam no interior do texto e a interpretação dos efeitos de sentido gerados a partir dessas articulações. A análise dos dados conduziu à percepção de que a construção de um mundo ético idealizado se faz por meio de vozes atribuídas a profissionais especializados nas áreas que são apontadas nos periódicos, vozes do senso comum a respeito do modelo de vida ideal, vozes dos sujeitos que pertencem à instituição bancária e vozes dos sujeitos a que se destina a publicação, para intensificar as práticas de consumo na sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Heterogeneidade, Qualidade de Vida, Consumo

Titulo do projeto do orientador: As práticas discursivas de informar e fazer consumir

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: Teoria e Análise LinguísticaSubárea: Análise do Discurso

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INVENTÁRIOS FONOLÓGICOS EM LÍNGUAS INDÍGENAS

Alessandra Janaú de BRITO (bolsista PIBIC-AF/UFPA) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Profa. Dra. Gessiane Lobato PICANÇO (Orientador) - [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Inventários Fonológicos em Línguas Indígenas. As línguas indígenas brasileiras possuem padrões fonéticos e fonológicos muito ricos, principalmente quanto a seus inventários de consoantes e vogais. Nesta pesquisa, busca-se, principalmente, verificar quais aspectos são mais recorrentes fonologicamente nos inventários de vogais nessas línguas como, por exemplo, se há uma maior ocorrência das vogais anteriores em relação a posteriores, ou altas em relação a baixas, em quais ambientes, quais traços distintivos são mais proeminentes, enfim, quais tipos de evidências poderiam ser melhor utilizadas para explicar as semelhanças e/ou diferenças em línguas relacionadas. A pesquisa teve início com análise da língua Asuriní do Xingu, pertencente ao tronco Tupí, família Tupi-Guarani, subgrupo VI, juntamente como o Asuriní do Trocará, Suruí, Parakanã, Tembé e Tapirapé. A língua é falada por aproximadamente cento e dez pessoas, localizadas às margens do rio Xingu, a alguns quilômetros da cidade de Altamira no estado do Pará. Neste trabalho serão apresentadas conclusões prévias sobre as vogais e consoantes da língua Asurini do Xingu em comparação com outras línguas indígenas brasileiras. Os dados foram disponibilizados através do Arquivo de Línguas Indígenas (CML/UFPA), organizado pela Dra. Gessiane Picanço. É também finalidade deste comparar resultados de quadros de vogais e consoantes do Asurini do Xingu com estudos anteriores para definir quais semelhanças e/ou diferenças existem nos mesmos, e a partir disso estabelecer de fato quais são os fonemas da língua.

Palavras-chave: Fonética acústica, Asuriní do Xingu, Línguas Tupí-Guaraní.

Titulo do projeto do orientador: Padrões de Sons de Línguas Indígenas Brasileiras

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: Teoria e Análise LinguísticaSubárea: Fonética e Fonologia

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TEXTOS POÉTICOS CANTADOS DA COMUNIDADE INDÍGENA PARKATÊJÊ: FORMA E FUNÇÃO Laíse Maciel BARROS - (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Profa. Dra. Marília de Nazaré FERREIRA (Orientadora) – [email protected] Curso de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

Este trabalho consiste na análise linguística de textos tradicionais do povo parkatêjê, comunidade indígena que vive no sudeste do estado do Pará, no município de Bom Jesus do Tocantins, cuja língua é considerada parte do complexo dialetal Timbira, de acordo com Rodrigues (1999). A língua parkatêjê pertence à família Jê, do agrupamento linguístico Macro-Jê. Como tantas línguas indígenas brasileiras, o parkatêjê é de tradição oral, assim como são também as práticas socioculturais nas quais tal língua é utilizada. O corpus desta pesquisa foi a coletânea “Cantos de Caçador do Povo Parkatêjê”, organizada pelas pesquisadoras Leopoldina Araújo e Marília Ferreira, publicada em 2005 pelo Instituto de Artes do Pará (IAP). Os cantos apresentam-se como composições de três ou quatro versos que constituem uma ou duas estrofes, os quais, ao serem entoados, adquirem melodia e ritmo por meio da repetição de palavras ou de versos inteiros. A metodologia para o estudo e análise desses materiais foi a pesquisa bibliográfica e analítica, baseada em teorias de estudiosos da linguística descritivo-funcional, como Koch e Fávero (1983), (Araújo, 1977; 1989; 2008) e (Ferreira, 2003; 2010). A análise realizada ateve-se a uma descrição dos constituintes dos textos poéticos cantados evidenciando, por exemplo, a estrutura formal dos textos, a presença de linguagem figurada, assim como o reconhecimento de aspectos morfossintáticos presentes nos textos. Evidenciou-se também a função social que as cantigas ainda têm na comunidade indígena, uma vez que, por meio desses textos, ainda é possível a promoção da preservação e da transmissão cultural e lingüística.

Palavras-chaves: Parkatêjê – descrição e análise de textos orais.

Título do projeto do orientador: Keeping the Talking Forests Alive: Documenting the Amazonian Oral Traditions (Financiado pela Embaixada Norte-Americana – AFCP – Ambassador’s Fund for Cultural Preservation - sob o Award number S-BR250-08-GR083/(AFCPID 8159).

Grande Área: Linguística, Letras e Artes Área: Linguística Subárea: Teoria e Análise Linguística

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DESCRITIVO EM PARKATÊJÊ: NOME OU VERBO?

Ricardo Bezerra SAMPAIO (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Marília de Nazaré FERREIRA (Orientadora) – [email protected] Curso de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

O descritivo em Parkatêjê, analisado com base em critérios sintático-semânticos por Araújo (1989) e apresentado sob duas perspectivas por Ferreira (2003), apresenta características intermediárias entre nomes e verbos, tendendo mais aos aspectos verbais. Schachter (1985) aponta que os critérios para estabelecer classes de palavras devem levar em conta somente aspectos gramaticais, desconsiderando aqueles de cunho semântico. Processos de causativização e ocorrência com partículas aspectuais permitem uma (re)análise dos descritivos em parkatêjê, conferindo a esse elemento um caráter mais verbal. Alves (2004) defende que os critérios acima listados apontam marca incontestável de verbos, fazendo com que os descritivos configurem uma subclasse de verbos intransitivos em uma língua aproximada geneticamente do parkatêjê, o canela apaniekrá. Sendo assim, como resultado de minha análise, na qual comparei com a discussão acerca dos verbos estativos feita por Oliveira (2003) e Alves (2004), assim como o que já foi dito nos trabalhos de Araújo (1989) e Ferreira (2003), apresento evidências que corroboram para a inclusão do descritivo na classe verbal da língua parkatêjê.

Palavras-chave: Descritivo, Parkatêjê, Classes de Palavras.

Título do projeto do orientador: Keeping the Talking Forests Alive: Documenting the Amazonian Oral Traditions (Financiado pela Embaixada Norte-Americana – AFCP – Ambassador’s Fund for Cultural Preservation - sob o Award number S-BR250-08-GR083/(AFCPID 8159).

Grande Área: Linguística, Letras e Artes Área: Linguística Subárea: Teoria e Análise Linguística

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AUTOAVALIAÇÃO E AUTORREGULAÇÃO NA APRENDIZAGEM DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA: UM ESTUDO COM INICIANTES DA LICENCIATURA DE FRANCÊS.

Fernanda Souza e Silva (Bolsista PIBIC/UFPA) – [email protected] Curso de Letras (Hab. Língua Francesa), Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas, Instituto de Letras e Comunicação.

PROFa. Drª Myriam Crestian Chaves da Cunha (Orientadora) – [email protected] Curso de Letras (Hab. Língua Francesa), Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas, Instituto de Letras e Comunicação.

Este projeto de iniciação científica, vinculado ao projeto “A problemática da avaliação no ensino/aprendizagem de línguas”, visa a contribuir para o estudo das práticas de autorregulação da aprendizagem por alunos iniciantes da licenciatura de Língua Francesa da Universidade Federal do Pará inscritos na disciplina “Aprender a aprender línguas estrangeiras”. A referida disciplina, inserida no primeiro módulo do projeto pedagógico da FALEM, objetiva levar o aprendente iniciante a refletir acerca de seu próprio processo de aprendizagem, de modo que ele possa melhor gerenciá-lo e desenvolva autonomia no estudo da língua. Partindo da hipótese de que os alunos com dificuldades na apropriação não conseguem equacionar os procedimentos de regulação ao mesmo tempo no plano da aprendizagem e no plano da atividade linguageira. Teve-se por objetivo observar o modo como os participantes da pesquisa – alunos com dificuldades na apropriação da língua – lidam com os instrumentos de autoavaliação propostos e que influência estes instrumentos tiveram em seus hábitos de estudo assim como em seus resultados na aprendizagem do idioma. Para tal, dividiu-se o estudo em: a) Pesquisa bibliográfica abrangendo obras relacionadas à avaliação formativa e à autonomia; b) Pesquisa documental permitindo levantar os instrumentos de autoavaliação e autorregulação apresentados pelo docente; c) Estudo de caso com dois alunos. No decorrer da pesquisa, foram utilizados instrumentos como: inventários, questionários e entrevistas. Os dados, ainda em fase de análise, parecem indicar uma discrepância entre o nível de aprendizagem que os aprendentes acham ter atingido e o nível efetivo, bem como entre o empenho investido no estudo da língua e o empenho necessário à superação das dificuldades.

Palavras-chave: avaliação formativa; autorregulação; ensino/aprendizagem de línguas.

Título do projeto do orientador: A problemática da avaliação no ensino/aprendizagem de línguas. Versão 2009-2011.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq. Grande-área: Linguística, Letras e Artes. Área: Línguística Aplicada. Subárea: Ensino/Aprendizagem de Línguas Estrangeira.

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O TRABALHO DO DOCENTE DE FRANCÊS LÍNGUA/CULTURA ESTRANGEIRA NA SALA DE AULA

Nilsineia da Costa SIMOES (Bolsista PIBIC/CNPQ) – [email protected] de Letras (Habilitação em Língua Francesa), Faculdade de Línguas Estrangeiras Modernas, Centro de Letras e Comunicação.

Prof.Dr. José Carlos Chaves da CUNHA (Orientador) – [email protected] de Letras (Habilitação em Língua Francesa), Faculdade de Línguas Estrangeiras Modernas, Centro de Letras e Comunicação.

Foi pesquisada a prática do professor de Francês Língua/Cultura Estrangeira (FLE) do sistema público de ensino de Belém com base, principalmente, no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) e nos trabalhos dos pesquisadores Chistian Puren, Christine Tagliante, Daniel Coste, Évelyne Bérard e Évelyne Rosen. A partir das leituras feitas, pode-se aprofundar o conhecimento da Perspectiva Acional, apresentada pelo QECR, que prioriza o ensino por tarefas. Nela, e onde o aluno é considerado, tanto em de sala de aula como em sociedade, como ator social. Para a formação desse ator social, busca-se o desenvolvimento das suas competências gerais individuais (conjunto de saberes) e da sua competência comunicativa (competência linguística, sociolingüística e pragmática). Foram feitas observações e análises das práticas reais de professores de FLE (para entender melhor o universo da sala de aula) e relacionadas as atividades propostas pelo manual com aquelas que foram efetivamente exploradas em sala de aula. Isso permitiu não apenas perceber melhor em que medida as práticas do professor e as atividades propostas se enquadram na perspectiva acional, como também identificar as competências desenvolvidas nas aulas observadas. A partir das observações e da análise, foram sugeridas atividades baseadas na perspectiva acional para as aulas de FLE. Constatou-se que o manual propõe um trabalho que poderia ser caracterizado como representativo da perspectiva acional. Entretanto, de um modo geral, as práticas do professor não se enquadram nessa perspectiva uma vez que este não favorece a interação entre os alunos em sala de aula e não busca levá-los a agirem efetivamente através da língua.

Titulo do projeto do orientador: PRÁTICAS DE ENSINO,METALINGUAGEM E USO DE MATERIAL DIDÁTICO NAS AULAS DE L1 E L2 NO SISTEMA ESCOLAR: DESCRIÇÃO, ANÁLISE E PROPOSTAS METODOLÓGICAS

ÁREA: Ensino-aprendizagem de línguas/culturas

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INVESTIGANDO AS CAUSAS DA DESMOTIVAÇÃO DOS ALUNOS DE LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS DA UFPA

Kamila Santos SANTANA (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Inglesa, Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas, Instituto de Letras e Comunicação.

Prof.ª Dr.ª Walkyria MAGNO E SILVA (Orientadora) – [email protected] de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Inglesa, Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas, Instituto de Letras e Comunicação.

A desmotivação é um assunto frequente no contexto educacional e responsável por várias consequências negativas no processo de aprendizagem. No que se refere às línguas estrangeiras (LE), esta característica é ainda mais evidente, visto que estudar uma LE tange questões que dizem respeito à identidade do aprendente. Dörnyei (2001, p. 143) define a desmotivação como “forças externas específicas que diminuem ou reduzem a base motivacional de uma intenção ou ação em curso”. Para tornar esta definição mais completa, Sakai e Kikuchi (apud HIRVONEN 2010) incluem forças internas como também causadoras de desmotivação, visto que algumas causas descobertas em pesquisas da área enquadram-se nesta segunda categoria, tais como sensação de incapacidade ou atitudes do aprendente em relação à LE. Fundamentando-se nesta linha teórica, objetivou-se descobrir as causas que levam os aprendentes de Letras com habilitação em uma LE à desmotivação, isto é, conhecer as razões que os levam a não persistir na busca da competência linguageira que eles, futuros professores de LE, precisam. Para tal investigação, foram coletados dados de dezesseis sujeitos, entre alunos do curso e frequentadores da Base de Apoio à Aprendizagem Autônoma (BA³). Todos responderam a um questionário em escala Lickert e oito deles foram entrevistados seguindo um roteiro semi-estruturado. Os resultados são semelhantes aos de outras pesquisas nesta área; os alunos se desmotivam por razões variadas (causas internas e externas) como, por exemplo, o professor (metodologia, modo de tratar os alunos, falta de suporte), o ambiente de ensino (crítica dos colegas, diferença no nível proficiência dos alunos na sala de aula), a sensação de incapacidade (medo de errar ou de não aprender), a falta de autonomia etc. Portanto, conclui-se que sendo a aprendizagem de LE um processo individual, as causas da desmotivação são idiossincráticas em cada história relatada.

Palavras Chave: (des)motivação, aprendizagem de línguas estrangeiras, autonomia.

Título do projeto da orientadora: Caminhos da Autonomia na Aprendizagem de LínguasEstrangeiras: o papel da motivação

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LinguísticaSubárea: Linguística Aplicada

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A TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTAS COM INFORMANTES (NATURAIS OU NÃO DE MARABÁ) E A COLETA DE DADOS

Cássio dos Santos MELO (Bolsista PIBIC/UFPA-AF) – [email protected] de Letras-Português – Faculdade de Estudos da Linguagem – Campus Universitário de Marabá

Profa. Dra. Soélis T. do Prado MENDES – (Orientadora) – [email protected] de Letras-Português – Faculdade de Estudos da Linguagem – Campus Universitário de Marabá

A pesquisa pretende estudar a realização das vogais médias pretônicas na comunidade lingüística de Marabá, para tanto, há a necessidade de se entrevistarem 36 informantes, divididos em dois grupos, o primeiro, chamado ancoragem, é composto por 24 informantes (12 do sexo masculino e 12 do sexo feminino), que nasceram em outra região do País, moram em Marabá há mais de 20 anos e nunca residiram em outra localidade. O segundo grupo, chamado controle, é composto por 12 informantes (6 do sexo masculino e 6 do sexo feminino), e todos devem ser filhos, netos ou sobrinhos do grupo de ancoragem. Para a realização desse tipo de entrevista é preciso ficar atento ao que Tarallo (1995) chama de “paradoxo do observador”; ou seja, dados reais de língua precisam ser coletados, mas a expressão “estudo do uso lingüístico” deve ser evitada. Isso porque ela pode inibir o informante, e aquilo que se deseja coletar talvez não seja realizado durante a entrevista, já que o falante pode controlar e/ou policiar a sua fala. Assim, para evitar isso, Tarallo sugere que o pesquisador faça uso de narrativas pessoais, em especial aquelas que tratam de situações de risco de morte; nesse caso, o informante fica envolvido emocionalmente com o conteúdo e se esquece da forma. Nas entrevistas, um total de 12 realizadas até o momento, seguiu-se essa orientação sociolingüística, entretanto ela funcionou com alguns informantes, mais precisamente com os do primeiro grupo, já os informantes do segundo grupo, na maioria dos casos, foi necessária a mudança de estratégia, várias vezes. É sobre essas estratégias de entrevistas utilizadas que se pretende discutir nesta comunicação. (Esta pesquisa faz parte do projeto contemplado pelo edital 05/2009 – PADRC)

Palavras-chave: Entrevistas, Informantes, Sociolinguística.

Título do projeto do orientador: Vozes da Amazônia: a realização das vogais médias pretônicas na comunidade linguística de Marabá..

Classificação do trabalho na Tabela de Área do conhecimento no CNPqGrande área de conhecimento: 8.00.00.00-2 – Linguística, Letras e ArtesÁrea do conhecimento: 8.01.00.00-7 LinguísticaSubárea: Sociolinguistica e Dialetologia

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CONSCIÊNCIA E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: AS CONCEPÇÕES DOS FALANTES ACERCA DA VARIAÇÃO NA LÍNGUA PORTUGUESA

Lucélia Lopes de Souza (Bolsista PIBIC/UFPA/AF) - [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Campus Universitário de Castanhal

Profa. Dra.Zilda Laura Ramalho Paiva (Orientadora) - [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Campus Universitário de Castanhal

O ato comunicativo é a maneira natural pela qual os homens estabelecem interação entre si. Entretanto essa interação está vinculada a fatores sociais diversos, os quais se encontram relacionados à identidade social do emissor-receptor e suas condições comunicativas. Na relação entre língua e sociedade, percebe-se claramente a influência de fatores externos que envolvem a realidade social do falante sobre a forma como ele constrói a sua língua ou variedade de língua. Para auxiliar a tomada de decisão do aluno sobre qual variedade de língua adotar, o professor tem o importante papel de mediador. Entretanto, vale ressaltar, que só haverá escolha adequada por determinada variedade linguística se o professor for capaz de ajudar o aluno a realizá-la a partir de uma reflexão deliberada sobre o funcionamento da língua (PAIVA, 2008; ANÇÃ e ALEGRE, 2003). Nesse sentido, esse trabalho objetiva apresentar resultados do subprojeto “Consciência e variação lingüística: as concepções dos falantes acerca da variação na língua portuguesa” vinculado ao projeto “Língua Portuguesa: Diversidade e Consciência Linguística na Amazônia Paraense” (UFPA/CNPQ-477209/2010-6). O objetivo principal do subprojeto consistiu em identificar as concepções de professores de Português acerca da língua e da variação linguística. Para tanto, foram feitas entrevistas com professores de Português de escolas periféricas e da zona rural do município de Castanhal, cujas perguntas relacionaram-se as concepções e as suas práticas docentes no ensino do Português. Os resultados obtidos revelam as dificuldades dos professores em ensinar o Português considerando outras variedades da língua e não apenas aquela denominada “padrão”. Tais dificuldades parecem estar relacionadas tanto a uma concepção homogênea de língua quanto à falta de conhecimento mais específicos sobre variação linguística e ensino de língua. Os resultados também apontam para o reconhecimento da variação mais a nível fonético e em construções linguísticas consideradas como não-padrão pela própria disciplina ou pela sociedade.

Palavras-chave: Variação e Consciência linguística, Ensino de português.

Titulo do projeto do orientador: LÍNGUA PORTUGUESA: DIVERSIDADE E CONSCIÊNCIA LINGUÍSTICAS NA AMAZÔNIA PARAENSE.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguistica, Letras e ArtesLinguistica, Letras e Artes Área: LinguísticaLinguística Subárea: Linguistica AplicadaLinguistica Aplicada

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ATLAS PROSODICO MULTIMEDIA DO PORTUGUES DO NORTE DO BRASIL - AMPER-POR: VARIEDADE LINGUISTICA DA ZONA RURAL DE BELEM (PA).

Amanda Ariana Silva da Silva (BOLSISTA IC CNPQ/UFPA) - [email protected] de Letras, Universidade Federal do Pará

Regina Cruz (Orientadora) - [email protected] de Letras, Universidade Federal do Pará

O Plano de trabalho intitulado Atlas prosódico multimédia do Português do Norte do Brasil – AMPER-POR: variedade linguística da zona rural de Belém (PA) compreendia a coleta, análise e caracterização das variações prosódicas do dialeto das ilhas do município de Belém (PA). Entretanto diante da dificuldade de se conseguir informantes a curto prazo para proceder a primeira fase do plano em questão – a coleta de dados – optou-se por retomar a ampliação do corpus e tratamento dos dados do corpus constituído para a variedade linguística da zona urbana de Belém (PA). Portanto, os principais resultados produzidos nesse plano de trabalho compreendem: a) ampliação do corpus formado por Santos Jr. (2008) com a gravação de dois informantes do nível de escolaridade superior (BE05 e BE06); b) tratamento do informante BE01 (sexo feminino, ensino fundamental) e; c) gravação de um informante de nível médio – BE63 – da ilha de Outeiro. Apresentaremos, portanto, aqui apenas os resultados referentes aos dados do informante BE01. Adotamos no presente estudo todos os procedimentos metodológicos determinados pela coordenação geral do projeto AMPER. Os dados sofreram cinco etapas de tratamento: a) codificação das repetições; b) segmentação vocálica dos sinais selecionados no programa PRAAT; c) aplicação do script praat; d) seleção das três melhores repetições ; e) aplicação da interface Matlab para se obter as médias dos parâmetros das três melhores repetições. Para o trabalho de segmentação fonética, utilizamos o programa PRAAT 5.0. Apenas um nível de segmentação fonética foi criado, denominado de <vogais>. Para os falantes do sexo masculino a escala de pitch ficou entre 70 a 200 Hz e para os falantes do sexo feminino de 150 a 400 Hz. A análise preliminar feita com os dados indica que, de uma maneira geral, as medidas de F0, de duração e de intensidade complementam-se para estabelecer a distinção dos enunciados afirmativos e interrogativos na variedade do português falada em Belém (PA). Pode-se igualmente afirmar que as variações importantes dos três parâmetros acústicos controlados, que estabelecem a diferença entre as duas modalidades, ocorrem preferencialmente na sílaba tônica do elemento nuclear do sintagma e/ou na última sílaba tônica do enunciado.

Palavras - chave: variação prosódica; Atlas dialetal; português da Amazonia Paraense, entoação.

Titulo do projeto do orientador: Descrição Sócio-Histórica das Vogais do Português do Norte do Brasil (Portaria Nº 047/2009 ILC)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LinguísticaSubárea: Teoria e Análise Linguística.

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8.02.00.00-1 LETRAS

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PESQUISA TOPONÍMICA DA REGIÃO DO CAETÉ

Yolanne Tenorio de SOUZA (Bolsista PARD) – [email protected] de Letras – Língua Inglesa, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Pará

Profa. Dra. Benedita Raimunda Cristina CALDAS (Orientadora) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Pará

A pesquisa objetiva apresentar o resultado de um estudo feito sobre os topônimos do Caeté, os quais se referem aos componentes étnicos (povos, tribos, aspectos tradicionais) dessa região. Esta investigação considera a herança sociocultural de uma comunidade e seus movimentos históricos, tendo como meta estudar a causa e a origem dos topônimos da região bragantina. É válido destacar que a pesquisa parte de dados fornecidos pelas repartições municipais e de informações de moradores mais antigos de cada localidade para que sejam convertidos em resultados mais qualitativos, os quais determinem a geração de nomes dos municípios, bem como indiquem as correspondências entre as diversidades físicas e humanas. Alguns aspectos importantes devem ser destacados neste estudo: a) aspectos etnolinguísticos, abrangendo a variedade e variação dos nomes dos municípios em relação à civilização e cultura; b) aspectos semânticos, analisando o significado e a ordenação de palavras auxiliares na importância da composição dos nomes destes lugares; c) aspectos da formação dos nomes da região do Caeté; d) aspectos históricos e tradicionais de cada município da região do Caeté. Portanto, será feito um estudo dos topônimos da região bragantina, visando explicar seus possíveis sentidos e correspondências com a formação original desses léxicos.

Palavras-chave: Topônimos, Região do Caeté

Título do projeto do orientador: A Itinerância do Léxico na Região do Caeté

Classificação do trabalho: Línguística histórica e Lexicologia (8.01.03.00-6) Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Terminologia

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ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS NARRATIVAS ORAIS NA AMAZÔNIA ATLÂNTIDA.

Suely Elane Costa Alves (Bolsista PIBIC/FAPESPA) - [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Prof.Dr. José Guilherme dos Santos Fernandes - [email protected] de letras, faculdade de letras, Instituto de Letras e Comunicação.

O plano de trabalho Análise Morfológica de Narrativas Orais na Amazônia Atlântica tem por objetivos a coleta, transcrição, análise e comparação de narrativas orais, considerando o estudo e análise de narrativas orais na Amazônia Atlântica. Para tanto, utilizaremos os conceitos de Vladimir Propp (2010) e Roland Barthes (1971). Destacaremos Propp para explicar que ‘’ninguém pode combinar (produzir) uma narrativa sem se referir a um sistema implícito de unidades e de regras’’, ou seja, é justamente por haver um ‘’sistema implícito de unidades e regras’’ que se pode falar em uma morfologia da narrativa. O procedimento metodológico está pautado no comparativismo, pois é o método privilegiado no estabelecimento das relações entre os diversos registros e que também apontará para a heterogeneidade cultural, implicando em diversidade de expressões culturais que se inscrevem na representação narrativa da Amazônia atlântica. Também utilizaremos um modelo de análise de narrativas que observará a ocorrência ou não de 53 fatores distribuídos em 6 grupos, para então estabelecer a predominância dos fatores em cada grupo, considerando-se o aspecto quantitativo das ocorrências, o que levou a constituir o objeto de análise, isto é, a partir das ocorrências se traçou o perfil do modo de narrar de cada narrador. Preliminarmente, concluiu-se que as narrativas analisadas e comparadas podem ser consideradas representações de modo de narrar feminino, o que se pode constatar em comparação à outros textos literários utilizados na pesquisa, pois há particularidades na narração que nos levam a determinar a especificidade desse narrar. A importância desse trabalho para a teoria da narrativa é que realizar-se-á um estudo quantitativo e analítico pautado no narrador, assim como aproximará os estudos desta disciplina a outras áreas do conhecimento como a Antropologia e Sociologia.

Palavras chave: narrativa, narração, morfologia

Título do projeto do orientador: ROTAS DO MITO: transculturação narrativa e heterogeneidade cultural na representação dos saberes e fazeres de/sobre populações tradicionais e periféricas da Amazônia atlântica.

Grande área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Teoria literária

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TEMAS E TIPOLOGIA EM NARRATIVAS, DO ACERVO IFNOPAP, (Não precisam fazer parte do título - RECOLHIDAS NOS MUNICÍPIOS DE BENEVIDES, CASTANHAL, CURUÇÁ, MAGALHÃES BARATA, MARAPANIM, MOJÚ, TERRA ALTA E VIGIA.

Antonia Priscila Fernandes ARAÚJO (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

PROFa.. Dra. Maria do Socorro SIMÕES (Orientadora) – [email protected] Curso de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

Neste trabalho, pretende-se expor os resultados do plano de pesquisa Temas e tipologia em narrativas, do acervo IFNOPAP, recolhidas nos municípios de Benevides, Castanhal, Curuçá, Magalhães Barata, Marapanim, Mojú, Terra Alta e Vigia. As atividades consistiram, principalmente, na classificação temática e tipológica das narrativas orais recolhidas nos municípios supracitados. Desta feita, o estudo das narrativas analisadas figura como uma importante etapa de desenvolvimento do Projeto IFNOPAP, dada a sua relevância científica, enquanto acervo lingüístico e literário para análises posteriores. Verificou-se, a partir da observação do corpus, a variedade de tipos e temas nas narrativas orais, o que, certamente, contribui para os estudos narratológicos referentes à linha de pesquisa evidenciada. Dentre os temas mais recorrentes, estão: seres do rio, seres da floresta, sobrenatural e metamorfose. Estes figuram, sobremodo, nas seguintes modalidades narrativas: contos, lendas, fábulas, piadas, advinhas, causos. Na seqüência, foi feita a identificação de índices que apontem para a memória e tradição Amazônicas, a partir da singularidade evidenciada em cada narrativa, posto que tais elementos constituem a transmissão de valores, posturas, ritos e costumes. Assim, gerações de registros circulam entre as experiências do homem da Amazônia, tornando-o “receptáculo” vivo de cultura, história e memória, para si e para tantos outros que o saberão, de perto ou de longe, separados pelo tempo e espaço em que se encontram.

Palavras-chave: Temática e Tipologia, Memória, Tradição.

Título do Projeto do orientador: Da classificação temática e tipológica das narrativas orais da Amazônia paraense para a identificação de memória e tradição.

Grande Área: Linguística, Letras e Artes Área: Letras Subárea: Teoria Literária

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TEMAS E TIPOLOGIA EM NARRATIVAS DO ACERVO IFNOPAP

Hélio Matos DA SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Letras/ L. Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

PROFa.. Dra. Maria do Socorro SIMÕES (Orientadora) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

Neste trabalho pretende-se expor os resultados do plano de pesquisa Temas e tipologia em narrativas, do acervo IFNOPAP, recolhidas nos municípios de Altamira, Augusto Corrêa, Colares, Faro, Irituia, Marabá, Nova Timboteua, Óbidos e Pacajá que fazem parte do projeto de pesquisa Da classificação temática e tipológica das narrativas orais da Amazônia paraense para a identificação de memória e tradição, coordenado pela PROFa. Drª Maria do Socorro Simões (UFPa/ CNPq). As atividades da pesquisa privilegiaram a proposta do projeto, que consiste, principalmente, em realizar o levantamento temático e tipológico mais recorrente em narrativas do acervo audiográfico do projeto IFNOPAP, considerando as variáveis: região, período de coleta, pesquisador e informante. O levantamento tipológico realizado se deve à variedade temática constante nas narrativas do projeto IFNOPAP. Deste modo, é possível observar que grande parte das narrativas analisadas se enquadra numa classificação tipológica canônica ou tende a uma tipologia específica, enquanto subgênero narrativo. Assim sendo, pretendeu-se apontar as situações narrativas mais recorrentes, permeadas das experiências do homem amazônida e de seus hábitos, costumes e tradições, manifestos em sua cultura e vivência comunitária, cujos elementos documentam sua história e memória, atravessando gerações de registros.

Palavras – Chave: Tema e Tipologia; Memória; Tradição.

Título do Projeto do orientador: Da classificação temática e tipológica das narrativas orais da Amazônia paraense para a identificação de memória e tradição.

Grande Área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Teoria Literária

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A CONTRIBUIÇÃO DE DALCÍDIO JURANDIR PARA OS PERIÓDICOS NOVOS RUMOS, PROBLEMAS, LITERATURA, CULTURA POLÍTICA, FUNDAMENTOS, VAMOS LER! E O CRUZEIRO.

Alex Santos MOREIRA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Profa. Dra. Marlí Tereza FURTADO (orientadora) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

O romancista paraense Dalcídio Jurandir (1909 – 1979) teve a vida marcada pelo ato de escrever. Além de ter escrito um conjunto de dez romances, de um ciclo denominado ciclo do Extremo Norte, e mais a obra Linha do Parque (1959), resultado da encomenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), ao qual era filiado, ele contribuiu significativamente com a imprensa paraense e com a carioca. No Rio de Janeiro, foi colaborador de vários periódicos, que estavam dispersos em vários arquivos públicos da capital. Entre esses periódicos, a pesquisa se deteve na catalogação dos artigos assinados pelo escritor em Novos Rumos, Problemas, Literatura, Cultura Política, Leitura e Panfleto. Em posse desse material catalogado, procurou-se organizá-lo segundo o gênero textual de cada um (crônicas, ensaios, reportagens, crítica literária) e, conforme o gênero, subdividi-lo em artigos em defesa de uma causa, de uma pessoa, de reflexões sobre arte, sobre os conceitos teóricos do Partido e análise de conjunturas. Após a organização e compilação desse material, buscou-se extrair as diretrizes do pensamento artístico-literário e político-ideológico do autor.

Palavras-chave: Dalcídio Jurandir; periódicos; Rio de Janeiro.

Titulo do projeto da orientadora: DALCÍDIO JURANDIR E O REALISMO SOCIALISTA.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e Artes.Área: LetrasSubárea: Literatura Brasileira

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DALCÍDIO JURANDIR: O REPÓRTER, O ARTICULISTA E O CRíTICO DE ARTE EM DIRETRIZES (1942-1944).

Luciana Moraes dos SANTOS (Bolsista UFPA/PIBIC/CNPq) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Prof.ª Dr.ª Marli Tereza FURTADO (Orientadora UFPA/CAPES/CNPq/FAPESPA) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Dalcídio Jurandir (1909/1979) exerceu o engajamento social e político-partidário no espaço romanesco e jornalístico. Para o diálogo entre produções distintas – jornal/romance – é válida a compilação dos textos assinados pelo autor, bem como a verificação do desdobramento do seu pensamento ideológico nos textos jornalísticos, além da configuração desse pensamento em seus textos fictícios. Em Diretrizes, periódico comunista que circulou na capital carioca entre os anos de 1938 a 1949, percebemos que Jurandir colaborou assiduamente no período de 1942-1944. Considerando o recorte temporal da pesquisa, os textos assinados pelo autor foram: coletados; organizados em tabela, de acordo com o gênero textual; digitalizados; e analisados com o auxilio de teorias para o detido tratamento dos dados, a fim de detectar um viés ideológico comum. Em textos de estilos variados, o escritor, aborda questões de cunho econômico, social e cultural. No entanto, em razão de sua filiação ao Partido Comunista e em consonância com a difusão ideológica dos ideais do Partido, esses textos são centralizados na manifestação da postura político-partidária e trazem no bojo o tema da liberdade, seja pela resistência das massas, contra a corrupção da inteligência seja pela atuação da arte pura e combativa. Evidenciam a consciência do autor, enquanto homem público, em três aspectos: narratológico; social; e político-partidário. Esses aspectos se refletem na criação ficcional de Dalcidio, por exemplo, no tom de denúncia das injustiças sociais que o povo sofre (Marajó, 1947), no drama íntimo vivido por seus personagens (Chove nos campos de Cachoeira, 1941) e na luta do operariado subjugado e colocado à margem da sociedade (Linha do Parque, 1959). Constatamos a relevância do acesso ao material pesquisado, pois, possibilitou-nos compreender o olhar perspicaz de um intelectual comprometido com questões político-sociais, de âmbito nacional, e a incorporação desse olhar à consistente produção literária de um romancista que se dedicou, com afinco, tanto a sua trajetória literária quanto à jornalística.

Palavras-chave: Dalcídio Jurandir, jornalista, Diretrizes.

Titulo do projeto da orientadora: DALCÍDIO JURANDIR E O REALISMO SOCIALISTA.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e Artes.Área: LetrasSubárea: Literatura Brasileira

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OS IMPASSES INTERPRETATIVOS NA RECEPÇÃO CRÍTICA DE “BURITI” (NOITES DO SERTÃO), DE GUIMARÃES ROSA, A PARTIR DE 1998.

Brenno da Costa Carriço OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq ) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Prof. Dr. Sílvio Augusto de Oliveira HOLANDA (Orientador) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

“Buriti”, narrativa que integra Corpo de Baile (1956), de Guimarães Rosa (1908-1967), foi o objeto de investigação da pesquisa cujo cerne reside nos propósitos subsequentes: 1) analisar a recepção da supracitada obra, a partir de 1998, bem como examinar a temática do erotismo e do patriarcado, principais constantes hermenêuticas; 2) propor uma interpretação para o texto-base literário. Como baliza teórico-metodológica para tal empreendimento, adotou-se o anteparo da Rezeptionsästhetik de Hans-Robert Jauß (1921-1997), e, por seu intermédio, pôde-se compreender o ato hermenêutico como um diálogo entre o juízo contemporâneo e o da tradição, o que não só concorreu para se incidir, proficuamente, sobre as orientações crítico-teóricas dos estudos acerca do título, mas, também, para se estabelecer os liames entre os diversos horizontes de leitura da prosa rosiana e o engendramento de outras hipóteses conjecturais sobre a novela, dentre as quais se destaca a comunicação “O sertão é o mundo dionisíaco: ideologia e consequência em ‘Buriti’”, em que se privilegiou a dimensão erótica no âmbito ficcional, e se sugeriu a ideia de um matriarcado semelhantemente ao expresso por Eurípides, em As Bacantes (1995), uma vez que há, em “Buriti”, como que uma conciliação do homem com a natureza, mediada pela personagem feminina, que, entorpecida pelo êxtase dionisíaco, convida os seres a participarem de um verdadeiro ritual da vida, sendo a morte o malfadado destino aos que se situam “fora da roda da alegria” (ROSA, 1956, v. 2, p. 774), como Maria Behu. Atribuiu-se, assim, outro viés de sentido que não o da crítica emergente, igualmente baseada no elemento dionisíaco na trama, como a que se faz observar nos trabalhos de João Santiago Sobrinho (2007) e Luiz Roncari (2008). Em suma, os conflitos interpretativos tão somente evidenciam o valor artístico de uma obra que, em uma dada cadeia recepcional, ainda produz novos questionamentos.

Palavras-chave: Recepção crítica. Guimarães Rosa. “Buriti”.

Título do projeto do orientador: Estudo Estético-Recepcionais acerca da Literatura de Língua Portuguesa (EELLIP): a recepção crítica de Guimarães Rosa entre 1969 e 2010: estudo de arquivos amazônicos e nacionais.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq:Grande área: Línguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Literatura Brasileira.

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EXAME DA RECEPÇÃO CRÍTICA DE MANUELZÃO E MIGUILIM (1964)

Pablo Rossini Pinho RAMOS (Bolsista/PIBIC-CNPq) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Prof. Dr. Sílvio Augusto de Oliveira HOLANDA (Orientador) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

O bolsista anterior, Jorge Ferreira, entre 01.08.2010 e 31.01.2011, trabalhou com a recepção crítica de Manuelzão e Miguilim, de Guimarães Rosa, por meio de um viés musical, tendo como objeto de análise as canções do compositor brasileiro Zé Ramalho. (“Vila do Sossego”, 1978; “Frevo Mulher”, 1982; e “Avôhai”, 1978, pela recorrência de elementos sonoros (zabumbas, guitarras, backing vocal, etc.), que, aliados à musicalidade do texto rosiano, contribuíram para o estudo dos temas que nos propusemos: medo, solidão e festa. A partir de fevereiro, até julho de 2011, com a substituição de Jorge Ferreira por Pablo Ramos, atual bolsista, intensificou-se a abordagem da crítica, no que tange especificamente à novela “Uma estória de amor”, subtítulo que compõe a narrativa Manuelzão e Miguilim, focando-se os estudos que relacionam, de alguma maneira, tal obra ao conceito de patriarcalismo, introduzido pioneiramente pelo sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987) em Casa-grande & senzala (1933) e elementar no entendimento da configuração da sociedade brasileira desde o período colonial até os dias atuais. Procurou-se compreender também como estas mesmas obras foram recebidas pela crítica especializada e, depois, aplicou-se o método estético-recepcional, proposto por Hans Robert Jauss (1921-1997), em que se objetivou perceber como essa ideologia patriarcal, descrita por Freyre, é tensionada sob o olhar de uma leitura crítica (LIMA, 1989; COUTINHO, 1994; ROSENFIELD, 2006), buscando vínculos interpretativos entre as referidas obras, para, assim, propor uma leitura diferenciada da obra de Guimarães Rosa e dos estudos desenvolvidos até então.

Palavras-chave: Guimarães Rosa. Manuelzão e Miguilim. Recepção crítica.

Título do Projeto de Pesquisa do Orientador: Estudos estético-recepcionais acerca da Literatura de Língua portuguesa: a recepção crítica de Guimarães Rosa entre 1998 e 2007.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq:Grande área: Línguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Literatura Brasileira.

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GROTESCO E RESISTÊNCIA NA LITERATURA PÓS-DIDATORIAL NA AMAZÔNIA

Sílvia Tainá Campos dos Santos (Bolsista PIBIC/UFPA)[email protected] de Letras/Português, Faculdade de Letras, Campus de Castanhal

Tânia SARMENTO-PANTOJA (Orientadora)[email protected] Curso de Letras/Português, Faculdade de Letras, Campus de Castanhal  A pesquisa foi desenvolvida com vistas a investigar os modos como se expressam os efeitos de grotesco em três obras: Ilha da Ira, de João de Jesus Paes Loureiro, Galvez, Imperador do Acre, de Márcio Souza e Cinzas do Norte, de Milton Hatoum (em substituição ao romance Linha do Parque, de Dalcídio Jurandir). A análise do corpus está fundamentada em estudos sobre o grotesco, como Sigmund Freud (1976), Victor Hugo, (1988), Mikhail Bakhitin (1993), Wolfgang Kayser (1986) e Márcio Seligmann-Silva ( ). A análise levou em consideração as seguintes hipóteses: A emergência do grotesco nessas narrativas se organiza a partir da idéia de choque? Esta condição inicial permite relacionar grotesco e resistência? As conclusões (ou observações finais) incluem: 1) na peça teatral Ilha da Ira, o grotesco está ligado ao comportamento da personagem Velha, uma alegoria do estado autoritário e também do poder tirânico; 2) em Galvez, Imperador do Acre, o grotesco se expressa a partir de certos elementos constitutivos das personagens e de determinados cenários; 3) em Cinzas do Norte, observamos que o grotesco se eleva especialmente a partir da inserção de uma obra de arte no interior da narrativa, como síntese da resistência à violência patriarcal. A análise das três narrativas possibilitou-nos observar que no entrecruzamento entre grotesco e resistência as saídas estéticas apresentam grandes variações e os efeitos de grotesco cumprem o papel de enfatizar aspectos ligados a irrupção da violência ou os confrontos e (conflitos) oriundos das relações de poder.

PALAVRAS-CHAVE: Grotesco. Resistência. J.J. Paes Loureiro. Márcio Souza. Milton Hatoum 

Titulo do projeto do orientador: Narrativa de Resistência: Formas, Performances e Trajetos na Amazônia

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Literatura Brasileira

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O ESTATUTO DO RASCUNHO NO TRABALHO DE ESCRITA EM TEXTOS UNIVERSITÁRIOS DE DISCIPLINAS DE LITERATURA: A PROPÓSITO DAS IMPLICAÇÕES DO SUJEITO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS

Lana Carolina de Ariano Nascimento Silva (Bolsista PIBIC/UFPA) - [email protected] de Licenciatura em Letras – habilitação em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

Prof. Dr. Thomas Massao Fairchild (Orientador) - [email protected] de Licenciatura em Letras – habilitação em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

O presente trabalho aborda a escrita e a subjetividade em textos de alunos da graduação em Letras. Visa-se estabelecer uma relação entre a escrita universitária e a aquisição da escrita infantil, no sentido de que os sujeitos envolvidos nas duas circunstâncias deparam-se com uma situação que demanda reposicionamentos em sua relação com a linguagem. Procura-se também retomar as noções de assujeitamento e singularidade, pertencentes à analise do discurso, e discutir acerca da produção e das possibilidades de autoria no âmbito acadêmico. O corpus analisado constitui um total de cinco trabalhos relacionados à área literária, que tratam do autor paraense Bruno de Menezes. Os resultados obtidos por meio da análise dos dados mostram que a singularidade se expressa de maneira esparsa e variada – por exemplo, num certo distanciamento dos postulados da crítica ou na proposição de uma chave de análise conhecida para uma obra ainda não analisada dessa forma. Por outro lado, também se identificaram indícios na escrita que mostram um certo apagamento do sujeito, como a escrita baseada na semelhança a modelos de textos ou ao estilo de autores. Isto foi relacionado aos conceitos de icônico, proveniente da obra de E. Ferreiro, e de imaginário, elaboração lacaniana estudada através de J. Allouch. Tal apagamento pode ser motivado por fatores como o controle dos discursos e a seleção dos sujeitos, na concepção de Foucault, assim como a influência exercida pela crítica literária e a dificuldade de lidar com a retomada e a incorporação dos discursos, as quais são fundamentais na área da Literatura.

Palavras-chave: escrita; sujeito; produção acadêmica.

Titulo do projeto do orientador: O SUJEITO DA ESCRITA UNIVERSITÁRIA: INDÍCIOS DE SUBJETIVAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE UM DISCURSO PROFISSIONAL DOCENTE.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Língua Portuguesa

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ROMANCES FRANCESES NO GRÊMIO LITERÁRIO PORTUGUÊS DO PARÁ

Débora de Castro BORGES (bolsista PIBIC/UFPA) – dé[email protected] de Licenciatura em Letras, habilitação em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras

Profa. Dra. Valéria AUGUSTI (orientador) – [email protected] de Licenciatura em Letras, habilitação em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras

Este plano de trabalho teve por objetivo dar continuidade ao processo de identificação das obras dos romancistas franceses do século XIX que pertencem ao acervo do Grêmio Literário Português, fossem elas escritas em francês ou traduzidas para o português. Também pretendeu realizar reprodução fotográfica dos prefácios e posfácios dessas obras, escritos pelos autores, pelos editores ou por críticos literários. Para realizar a pesquisa foram consultados todos os exemplares de prosa de ficção francesa editadas no oitocentos, a respeito das quais foram coletados dados bibliográficos completos como título da obra, autor, tradutor, idioma, local de edição, ano de edição, editora, endereço da editora, local de impressão, volume, etc. Foram consultados 1.232 exemplares, perfazendo um total de 768 títulos. Os autores com maior quantidade de exemplares na biblioteca foram: 158 obras de Alexandre Dumas, 118 obras de Paul de Kock, 48 obras de Honoré de Balzac, 36 obras de Paul Féval, 29 obras de Frèderic Soulié e 25 obras de Victor Hugo. Dos 1.238 exemplares consultados, 846 eram traduções para o português e 386 na língua mãe, o francês. No que diz respeito ao local edição, 743 foram editados em Lisboa, 451 exemplares Paris, 11 no Rio de Janeiro, 9 em Coimbra, 6 em S. Luiz do Maranhão e 5 em Tours. As principais editoras portuguesas foram: Typographia Neryana com 94 obras editadas, Typ. De Salles com 69, Typographia de J.C. Almeida com 50. Quanto às francesas, a principal foi Calmann Lévy com 46 exemplares editados. Percebe-se que a maior parte da prosa de ficção francesa que compõe o acervo do Grêmio Literário Português está traduzida para a língua portuguesa. Constatou-se também que Lisboa aparece no topo da lista quando se trata dos principais locais de edição, seguida por Paris. Em se tratando das principais editoras, a maior parte delas também é de Portugal.

Palavras chave: gabinete de leitura, prosa de ficção, século XIX

Título do projeto do orientador: Contrafação de romances brasileiros e portugueses em Belém no Pará.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e Artes. Área: LetrasSubárea: Literatura Brasileira.

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

UM ESCRITOR DA COLUNA FOLHETIM: TRAJETÓRIA LITERÁRIA E REPERCUSSÃO DE MARQUES DE CARVALHO EM PERIÓDICOS OITOCENTISTAS

Joice do Socorro Alves Monteiro (Bolsista,UFPA/PIBIC/CNPq) - [email protected] de Letras e Comunicação, Faculdade de Letras

Profa. Dra. Germana Maria Araújo Sales (Orientadora,UFPA/CNPq/FAPESPA/CAPES)[email protected] de Letras e Comunicação, Faculdade de Letras

Em 1884, Marques de Carvalho inicia a carreira de jornalista como colaborador do Diário de Belém e publica a novela Georgina, em folhetins daquele jornal. A partir daí, esse escritor,  torna-se assíduo na coluna folhetim, especialmente dos jornais: Diário de Belém, A República e a Província do Pará, para os quais escreveu contos, poemas, lendas, romances e, além disso, realizou traduções de textos estrangeiros. Em janeiro de 1900 sob a presidência de João Marques de Carvalho foi eleita a diretoria provisória para a fundação da Academia Paraense de Letras, para o qual o autor demonstrou frequente participação. O escritor paraense destacou-se, também, pela  publicação do primeiro romance ambientado na cidade de Belém, a obra naturalista Hortência, cujo enredo relata um caso incestuoso entre irmãos. Considerando a relevante participação do escritor em jornais que circularam pela capital paraense no final do século XIX, especialmente quanto escritor da coluna folhetim, este trabalho busca traçar um estudo panorâmico da trajetória literária do escritor Marques de Carvalho, com intuito de levar ao conhecimento da comunidade acadêmica, sua produção ficcional ainda desconhecida. Com a recuperação desses dados foi possível compilar os textos produzidos pelo escritor paraense Marques de Carvalho e disponibilizá-los aos leitores atuais.

Palavras-chave: Marques de Carvalho, Trajetória literária, Coluna folhetim.

Titulo do projeto do orientador: História da leitura no Pará (século XIX)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Literatura Brasileira

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AS CAMILIANAS NO GRÊMIO LITERÁRIO PORTUGUÊS: UMA TRAJETÓRIA DO ROMANCE NA BELÉM OITOCENTISTA.

Jôyce Assunção Pimentel (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Letras, Instituto de Letras e Comunicação, Faculdade de Letras

Profa. Dra. Germana Maria Araújo SALES (Orientadora) - [email protected] de Letras, Instituto de Letras e Comunicação, Faculdade de Letras

Este trabalho tem como objetivo recuperar as obras de Camilo Castelo Branco que compõem o acervo denominado Camilianas, na biblioteca do Grêmio Literário Português, fundado em 1867, mas com biblioteca criada em 1868. Nesta pesquisa foram apreciadas as obras do escritor português em seus mais variados gêneros: romances, contos, novelas, teatro, poesia e traduções. Tais obras, junto com as produções que fazem referência ao ilustre escritor compõem um dos mais completos acervos do local e ainda se encontram à disposição dos leitores. Considerar-se-á que os romances fizeram parte do grupo de textos que circularam com maior intensidade na cidade de Belém do Pará, na segunda metade do século XIX e formavam a preferência do publico leitor. Por meio de catalogações das obras presentes no acervo, foi possível fazer o levantamento das produções do escritor português, nas quais foram observadas um significativo número de exemplares do gênero que lhe rendeu popularidade. Foi possível também observar a extensa lista dos títulos de obras que fazem referência ao escritor português mostrando assim a grande importância que Camilo Castelo Branco teve no cenário literário e na formação de novos leitores e escritores.

Palavras-chave: Camilianas, romance, Grêmio literário Português.

Titulo do projeto do orientador: História da leitura no Pará (século XIX)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Literatura Brasileira

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DE TRÊS CASAS E UM RIO (1958) A BELÉM DO GRÃO-PARÁ (1960): MOVIMENTO DE LINGUAGEM POÉTICA E PROCESSO DE RECEPÇÃO EM DALCÍDIO JURANDIR.

Érika Xavier CANAVARRO (UFPA - Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Português, Universidade Federal do Pará

Prof. Dr. Gunter Karl Pressler (Orientador) – [email protected] de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará.

O Projeto romanesco de Dalcídio Jurandir, escritor paraense moderno, é complexo e definitivo. Neste sentido, o plano de trabalho atual teve como objetivo fazer a recuperação dos “passos recepcionais” (STIERLE, 1979) de suas obras da série Extremo Norte, nas décadas de 1950 e 1960. Este projeto tem como fundamento a primíciade que o autor supracitado é superior à nomenclatura de “regionalista menor” que lhe foi dada na historiografia brasileira nas décadas de 1970 e 1980. Nesta pesquisa foi possível verificar o pressuposto que se torna factício de ‘romance moderno’ através da complexidade da narrativa e o uso da linguagem poética em reflexão. Na obra Três Casas e um Rio (1958) foi analisada a linguagem poética (p.e., o recurso do paralelismo sintático e semântico que marca a particularidade da lírica há séculos) e comprovada seu uso e intenção. Neste plano atual, a pesquisa voltou-se para o volume de Belém do Grão-Pará (1960) com a mesma intenção e através do levantamento sobre a recepção anterior e atual, crítica e acadêmica, tornou viável a reflexão acerca do nível das obras de Jurandir. A estrutura de suas obras são vistas no plano anterior com o espaço de jogo, em que o autor e o leitor trabalham juntos na construção e desvendamento de um labirinto, visto aqui por este plano atual como meio de interpretação e viagem pela produção e leitura dos textos. Neste plano de trabalho conseguimos averiguar o uso ainda da linguagem poética em Belém do Grão-Pará, os signos que se transportam do meio rural ao urbano e a complexidade com que são tecidas as várias camadas do texto, aqui denominadas de “tempos narrados” e “tempo da narrativa” (GENETTE, 1972).

Palavras-chave: Dalcídio Jurandir, Linguagem Poética, Romance Moderno.

Titulo do projeto do orientador: O Texto como Ato e como Obra. Um Estudo Comparativo sobre a Literatura da Amazônia e a Literatura dos Viajantes (II).

Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea:Teoria LiteráriaSubárea:Literatura Brasileira

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CICLO DO EXTREMO NORTE: A REALIZAÇÃO DO PROJETO LITERÁRIO DE DALCÍDIO JURANDIR.

Mário da Silva SANTOS NETO(Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Letras e Comunicação, Faculdade de Letras, Laboratório de Ciências da Linguagem.

Prof. Dr. Gunter Karl PRESSLER (Orientador) - [email protected] de Letras e Comunicação, Faculdade de Letras, Laboratório de Ciências da Linguagem.

A pesquisa volta-se à produção romanesca de Dalcídio Jurandir, mais especialmente, ao seu projeto literário, cujo início é analisado, neste trabalho, a partir de seu terceiro romance publicado, Três Casas e um Rio (1958), onde se consolida o início da história de Alfredo como personagem dominante na saga do Extremo Norte, e o término, a partir do romance Ribanceira (1978), tido como volume onde se encerra o percurso do protagonista. A análise dos romances permite dizer que ambos apresentam estreita relação entre si e com os demais romances integrantes da série, exibindo, o conjunto romanesco dalcidiano, um perfil narratológico comum, marcado pela complexidade da narrativa, expressa principalmente pela densidade temporal. Três Casas e um Rio traz a presença do “tempo mágico” (ASSMAR, 2003), bem como o foco narrativo oscilante por conta do teor psicológico acentuado da obra. Em Ribanceira a particularidade fica por conta da dimensão linguística mais apurada, explorada por meio de transgressões nos aspectos sintáticos e semânticos, em que se incluem associações incomuns de palavras. Desta forma contribui para a poetização tanto da linguagem, quanto da paisagem, além de se destacar como romance-síntese da série, por retomar, mediante analépses (GENETTE, 1995), os principais eventos ocorridos nos romances precedentes. Conclui-se, após análise dos dados da outra parte do corpus da pesquisa, composto de documentação vária (críticas, correspondências, entrevistas do autor, além de estudos acadêmicos sobre suas obras), que o projeto literário do escritor de “levantar um quadro, pelo menos extenso, de trinta anos de Amazônia” se realiza e pode ser encarado como uma proposta político-cultural de superação da condição colonial do povo amazônico; e que, apesar de “difusa e inacabada” (palavras do próprio autor), o conjunto de sua obra consegue realizar seu sonho de juventude de “transmitir, em termos de ficção, o que vive, sente e sonha o homem marajoara”.

Palavras-chave: Dalcídio Jurandir, Projeto Literário, Romance Moderno.

Titulo do projeto do orientador:O Texto como Ato e como Obra. Um Estudo Comparativo sobre a Literatura da Amazônia e a Literatura dos Viajantes (II).

Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea:Teoria LiteráriaSubárea:Literatura Brasileira

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O DUPLO EM CONTOS DE MARINA COLASANTI.

Tatiara Rodrigues FERRANTI (Bolsista PARD/UFPA) - [email protected] Curso de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação da UFPA.

Prof. Dr. Fernando de Moraes GEBRA (Orientador) - [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação da UFPA.

Constata-se que alguns contos de Marina Colasanti, inseridos nos livros Uma idéia toda azul (1979) e Doze reis e a moça no labirinto do vento (1982), apresentam a temática do duplo. Dessa forma, a pesquisa tem o objetivo de verificar os mecanismos de construção da identidade feminina relacionados às duplicações presentes no nível discursivo das narrativas. Nesse sentido, estudar a teoria do duplo implica em conjecturar algumas hipóteses referentes às questões relativas à identidade do sujeito. Com base nos enfoques psicanalíticos de Otto Rank e Sigmund Freud e filosóficos de Clément Rosset, ao longo do projeto de Iniciação Científica, foram produzidos: três artigos científicos referentes à análise de três contos de Colasanti que apresentam a temática do duplo; um levantamento bibliográfico sobre produções científicas relativas à autora e um texto cuja ênfase é para as considerações gerais e relevantes dos dois livros estudados da escritora brasileira. Para a seleção dos contos analisados, optou-se pelo critério de amostragem, levando em consideração as tipologias das figurações do duplo estabelecidas pelos três teóricos. Foram estudados minuciosamente os seguintes contos: “Um desejo e dois irmãos” “À procura de um reflexo” e “Entre leão e unicórnio”. As três narrativas apresentam, respectivamente, as seguintes figurações do duplo: irmãos (gêmeos ou não), espelho e sonho. Verificou-se no estudo que a ilusão psicológica do desdobramento de personalidade, a multiplicidade do eu e as fragmentações do sujeito estão presentes em alguns contos de Colasanti e se relacionam com as mudanças estruturais nas narrativas modernas, estudadas por Anatol Rosenfeld. Nota-se, também, no projeto literário da escritora, a ruptura do patriarcado e do modelo tradicional dos contos de fadas. Dessa forma, o projeto em pauta permitiu a abordagem dos paradoxos das identidades do sujeito pós moderno e da releitura dos arquétipos de personalidade, recorrentes em muitas narrativas da contemporaneidade.

Palavras-chave: Duplo; Identidade; Ficção brasileira; século XX.

Título do projeto do orientador: Poéticas da Modernidade: O duplo em contos brasileiros do século XX.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LiteraturaSubárea: Literatura Brasileira

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TRADUÇÃO E ANTROPOFAGIA EM HAROLDO DE CAMPOS

Geovanna Marcela da Silva GUIMARÃES (Bolsista PIBIC/CNPq/AF)- [email protected] de Letras, Licenciatura em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

Profa. Dra. Izabela Guimarães Guerra Leal (Orientadora) [email protected] de Letras, Licenciatura em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

A presente pesquisa investiga o trabalho de tradução em Haroldo de Campos a partir de uma proposta relacionada à Antropofagia. Haroldo de Campos foi um grande tradutor e também um grande teórico da tradução. Em seus ensaios, ele relaciona a atividade de tradução à Antropofagia Cultural de Oswald de Andrade, o que nos permite traçar um paralelismo entre a atividade de tradução e o próprio processo de formação da literatura latino-americana. Nesse sentido, a literatura da América Latina não pode ser encarada como uma mera cópia da literatura europeia, mas sim como uma literatura assimiladora, que se constituiu a partir de um processo de apropriação dos elementos da literatura e da cultura da metrópole. A atividade de tradução, vista sob a óptica do poeta e ensaísta Haroldo de Campos, é de fundamental importância para se entender como se deu a aquisição da identidade nacional dos povos latino-americanos. O escritor latino, ao traduzir uma obra estrangeira, busca descobrir o que há de mais poético dentro dessa obra para poder transmiti-lo à sua cultura. Haroldo de Campos vê o tradutor como um leitor privilegiado, que é o leitor concreto, concretizado e crítico. De acordo com a perspectiva haroldiana, o tradutor obriga-se a reconfigurar o contexto da produção da obra original, percorrendo o mesmo caminho que o autor/criador percorreu. Quando o processo de tradução acaba, observamos a construção, paralela ao texto de partida, de uma “transcriação” poética da obra original.

Palavras-chave: Tradução, Antropofagia, Haroldo de Campos

Título do projeto orientador: A Tradução como recepção na literatura portuguesa e brasileira contemporânea

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq. Grande área: Lingüística, Letras e Artes.Área: Teoria literáriaSubárea: Literatura brasileira

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

ANTROPOMORFOLOGIA DA NARRATIVA

Elenilda do Rosário Costa (Bolsista PIBIC / CNPq) - [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Campus Universitário de Bragança.

Prof. Dr. José Guilherme dos Santos Fernandes (Orientador) - [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Departamento de Letras/Bragança

O plano de trabalho Antropomorfologia da Narrativa tem por objetivos: registrar narrativas orais da região bragantina, transcrevê–las e compará–las com narrativas literárias, mediante um modelo de analise de narrativas baseado nas ações antropomórficas do narrador, considerando o estudo e análise de atividades de populações tradicionais, especificamente em seu caráter religioso. Consideraremos as narrativas como portadoras de saberes e fazeres do indivíduo que configura a peça principal do discurso, o narrador; em locais distintos (igreja, terreiro, associação) encontram-se versões de fatos verossímeis relatados pelos mais diversos atores da narrativa, estabelecendo-se relações interculturais perceptíveis ao encontro dos discursos narrativos. Para tanto, utilizaremos os conceitos de Fernandes (2004), retratando o conhecimento como não absoluto, pois o conhecimento se faz de acordo com o contexto cultural; Barthes (1976), quando afirma que a narrativa está presente em todas as sociedades, de variadas formas, em todos os gêneros. O procedimento metodológico está pautado em um estudo bibliográfico de textos relativos à teoria da narrativa, historia social e antropologia, privilegiando-se também a pesquisa de campo, através da historia oral, a fim de se constituir acervo de narrativas para que se possa fazer comparações com as narrativas literárias na sua modalidade escrita. Preliminarmente, concluiu-se que o que poderia passar despercebido torna-se agora visível através da antropomorfologia que privilegia os indivíduos com o esclarecimento de que muitas coisas estão por detrás de uma simples religião. A importância deste estudo para a teoria da narrativa é fazer com que se perceba uma nova proposta de “olhar” a narrativa, não somente como mera historia, mas como a exposição de experiências que contribuem para a formação e consolidação de uma sociedade.

Palavras-chave: Antropomorfologia, discursos, religiosidade.

Titulo do projeto do orientador: VERSÃO E FICÇÃO: discursos, identidades e saberes em representações narrativas do nordeste paraense.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Lingüísticas, Letras e ArtesÁrea: Teoria Literária

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MELANCOLIA E RESISTÊNCIA EM NARRATIVAS LITERÁRIAS 

Veridiana Valente PINHEIRO (Bolsista PIBIC/AF)[email protected] de Letras/Português, Faculdade de Ciências da Linguagem, Campus de Abaetetuba

Tânia SARMENTO-PANTOJA (Orientadora)[email protected] Curso de Letras/Português, Faculdade de Letra, Campus de Castanhal 

 Pesquisa realizada no campo da Literatura Comparada. Objetivou investigar a maneira como a melancolia se manifesta nos romances Em Câmara Lenta de Renato Tapajós e Benjamin, de Chico Buarque, ao constatarmos que a melancolia é um dos aspectos relevantes em narrativas de resistência, por estar ligada às atitudes de apatia, vazio e ausência de ações transformadoras. Buscou-se fundamentar a categoria nos trabalhos de Walter Benjamin (1994), Moacyr Scliar (2003) Suzana Lages (2007), Jaime Ginzburg (2001), todos voltados para a categorização da melancolia. As conclusões (ou observações finais) incluem: 1) no romance Em Câmara Lenta, observamos que a melancolia se configura, principalmente, fundamentada na idéia de vazio, a partir do discurso do narrador, ligada às relações entre ficção e história e também no que diz respeito às estratégias narrativas, nesse caso, a melancolia se faz notar através da dificuldade do narrador em lidar com o trauma da perda; 2) no romance Estorvo, observamos, a partir da constituição do protagonista, uma personagem anônima, imagens fragmentadas de seu passado que não se ligam umas com as outras, tais imagens não apresentam as referências identitárias da personagem em relação ao meio social em que vive. A personagem representa um grande perambulador, ausente de ações transformadoras. Sendo uma narrativa profundamente fundada na apatia, é dessa forma que a melancolia se expressa; 3) no romance Benjamin, a imagem da melancolia se configura, principalmente, na constituição da personagem Benjamin Zambraia, em função de um processo narcísico que o impede de elaborar o trauma sofrido com a morte de Castana Beatriz, sua namorada, durante o regime ditatorial. Melancolia e apatia, são elementos que se entrelaçam para dar sustentação ao sentimento de esvaziamento que atinge o protagonista e também a narrativa como um todo, forjando uma circularidade que culmina em morte. Ao analisar os três romances observamos assim que a resistência, ao associar-se à melancolia, tem como efeito a enfatização da apatia, como elemento desencadeador, senão do conflito, seguramente das problematizações nele implicada.

Palavras-chave: Melancolia, resistência, Renato Tapajós, Chico Buarque. 

Titulo do projeto do orientador: Narrativa de Resistência: Formas, Performances e Trajetos na Amazônia

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Literatura Brasileira

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O TRÁGICO EM NOVE, NOVENA, DE OSMAN LINS

Andréa Jamilly Rodrigues LEITÃO (Bolsista PIBIC/UFPA) - [email protected] de Letras – habilitação em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Prof. Dr. Antônio Máximo FERRAZ (Orientador) – [email protected] de Letras, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.O presente trabalho pretende compreender as figurações do trágico na obra Nove, novena (1966), de Osman Lins. A pesquisa visa a um aprofundamento acerca da poética do escritor pernambucano, inserindo-a no contexto da modernidade literária brasileira (BARBOSA, 1990), na medida em que as suas narrativas, altamente experimentais. estabelecem uma ruptura com o modo tradicional de narrar, trazendo a linguagem para o proscênio da criação artística. Neste sentido, o trabalho atenta para a forma como “Pentágono de Hahn”, a terceira das nove narrativas do livro Nove, novena, reflete a prática de escrever enquanto (des)velamento de sentidos, uma vez que a potencialidade criadora da linguagem impulsiona a revelação e a transfiguração do real. A pesquisa suscita, a partir do diálogo com a tessitura intrínseca da obra, o desenvolvimento de um percurso interpretativo através do qual o leitor acaba por questionar o seu próprio horizonte existencial. A narrativa “Pentágono de Hahn” centra-se na chegada à cidade de um circo cuja atração principal é a elefanta Hahn. Como uma manifestação epifânica, o animal proporciona a recolha das diferenças em uma identidade e o elo originário entre as experiências existenciais de cinco personagens. Ao ritmo de uma marcha trágica pela existência, como a cumprida por Hahn pelas ruas da cidade, o homem se depara com a finitude e o devir temporal. Submetido à liminaridade de sua existência, o homem está fatalmente entre as coisas, no interlúdio entre o destino do que lhe foi gratuitamente doado e a liberdade de assumir conscientemente escolhas em meio a possibilidades existenciais de realização. Em “Pentágono de Hahn”, o leitor depara-se com a existência a partir de cinco personagens, cujas experiências apontam para uma lição humana fundamental: como um verdadeiro herói trágico, o homem precisa seguir adiante, apesar de todos os percalços que estão dispostos pela travessia, e tornar a existência uma grandiosa marcha triunfal.

Palavras-chave: Nove, Novena, Osman Lins, Trágico.

Titulo do projeto do orientador: O Trágico na Modernidade Literária Brasileira

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPqGrande-área: Lingüística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Literatura Brasileira

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AS VIAGENS DOS PRIMEIROS EUROPEUS AO BRASIL, SEGUNDO A VISÃO DE CAMINHA E DO CAPITÃO GONNEVILLE

Clodualdo de Oliveira ALVES Filho (Bolsista PIBIC/INTERIOR) - [email protected] de Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa, Faculdade Estudos da Linguagem (FAEL), Campus Universitário de Marabá, UFPA.

Prof. Dr. Luís Antônio Contatori ROMANO (Orientador) - [email protected] Estudos da Linguagem (FAEL), Campus Universitário de Marabá, UFPA.

Esta pesquisa de iniciação científica desenvolve um estudo comparativo sobre as viagens do português Pero Vaz de Caminha e do francês Binot Paulmier de Gonneville ao Brasil, realizadas no início do século XVI. Para isso, serão considerados os diferentes objetivos dessas duas viagens. De acordo com Perrone-Moisés (1992), no primeiro caso trata-se de um empreendimento estatal; no segundo, privado. Os relatos são ambos interessados e visam um proveito final de cunho particular. Na análise dos textos, são observadas a forma e as intenções com que Caminha e Gonneville olharam e representaram o outro, o índio brasileiro, em seus relatos destinados a diferentes destinatários. Pretende-se mostrar como os relatos de viagens que documentam os primeiros encontros oficiais do europeu com o homem da América nos ajudam a entender como se deram, na sua origem, as relações entre o homem branco e o indígena, e como revelam o imaginário dos europeus sobre a natureza e o homem da América. Além disso, possibilita interpretarmos que intenções motivaram o processo de conquista do Novo Mundo, especialmente das terras brasileiras. Em relação às curiosidades referentes ao encontro entre as duas culturas (européia e indígena) constatamos que esta pesquisa nos ajuda a aprofundar as discussões sobre o clima amigável inicialmente estabelecido tanto entre nativos e portugueses, como entre os autóctones e os franceses. A partir dos estudos a esse respeito, verificamos que a cultura do índio despertou a atenção dos lusitanos e dos normandos, que, apanhados pela surpresa, mostraram o quanto eram curiosos, do ponto de vista europeu, os hábitos dos “inocentes” homens do Novo Mundo. A partir desses pressupostos é feita uma análise comparativa entre os relatos de viagens desses dois viajantes, considerados por Perrone-Moisés (1992) como os documentos mais antigos sobre o Brasil e sua gente.

Palavras chave: Literatura de Viagens; Pero Vaz de Caminha; Paulmier de Gonneville.

Título do projeto do orientador: Literatura de Viagens

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: LetrasSubárea: Teoria Literária

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A ARTE DE COMER FIGOS: SOBRE AS TRADUÇÕES DE D.H.LAWRENCE POR HERBERTO HELDER.

Rafaella Dias FERNANDEZ (Bolsista FAPESPA) [email protected] Curso de Letras, Licenciatura em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação

Orientadora: Profa. Dra. Izabela Guimarães Guerra LEAL (UFPA) [email protected] Curso de Letras, Licenciatura em Língua Portuguesa, Faculdade de Letras, Instituto de Letras e Comunicação.

Nos livros em que traduz obras de outros poetas, Herberto Helder não utiliza o termo tradução, mas sim “poemas mudados para português”. Esta forma peculiar de definir o trabalho tradutório já aponta para uma concepção apropriadora, e ao mesmo tempo libertária, da atividade de tradução. É fundamental também compreender que o projeto de “mudar” um poema escrito em outra língua para o português demonstra uma coerência com o principal tema da obra herbertiana: a metamorfose. Para Herberto Helder, a metamorfose é a lei que preside toda criação artística e ela irá ressignificar toda a atividade tradutória. É através da metamorfose que se torna possível uma transfiguração dos seres e das coisas. Por isso, ao estudarmos Herberto Helder, devemos compreender o sentido que a metamorfose possui em sua obra. Ao escolher um poeta estrangeiro como objeto, Herberto Helder nos possibilita trabalhar numa perspectiva comparatista, tentando entender como o poeta traduzido pode iluminar aspectos da obra do poeta tradutor. A partir de três poemas de D.H.Lawrence traduzidos por Herberto Helder e publicados no livro As magias (1988) – “Figos”, “Juventude Virgem” e “As coisas feitas em ferro” – é possível inferir algumas semelhanças e diferenças entre ambos. A própria escolha pelo autor estrangeiro não foi aleatória, visto que D.H.Lawrence é considerado um autor transgressor para sua época, pois abordava temas considerados impróprios, como o adultério, a sexualidade e o erotismo. Assim, o objetivo do presente trabalho será entender a tradução como um trabalho de recriação poética, tendo em mente que o texto traduzido não é inferior à obra original, e que, ao contrário, a tradução é concebida pelos poetas como um processo que permite a renovação da língua materna.

Palavras-chaves: Tradução; Criação; Metamorfose.

Título do projeto da orientadora: A tradução como recepção na poesia portuguesa contemporânea

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq. Grande área: Lingüística, Letras e Artes.Área: Literatura ComparadaSubárea: Literatura Portuguesa

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8.03.00.00-6 ARTES

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DANÇA EM ESPAÇOS PUBLICOS

Everton Pires da Conceição (Bolsista PIBIC/PARD), Licenciatura Plena em Dança, Faculdade de dança, Instituto de Ciências e Arte - [email protected]

Prof. Dr. Paulo Sérgio Soares da Paixão (Orientadora), Licenciatura Plena em dança, Faculdade de dança, Instituto de Ciências e Arte – [email protected]

O trabalho visa relatar e compreender o processo de criação e as experiências vividas na primeira intervenção do projeto de pesquisa “Dança e Realidade contextual”, intitulada meninos jogadores da praça Brasil. Essa intervenção foi realiza com o objetivo de vivenciar um processo de improvisação com dança em espaços públicos e buscar uma metodologia que priorizasse a realização de experiências nesses espaços, visando uma aproximação específica entre a vida e a arte da dança. Para isso, foi necessário compreender teoricamente os conceitos que norteiam o trabalho, promover sessões de improvisação em espaços públicos, acompanhadas de debates analíticos sobre o tema e em seguida, a pesquisa de campo que envolveu observação participante, para em fim selecionar os ambientes e situações mais propicias à intervenção contextual que serviram de base para estruturação dos passos metodológicos. Os resultados obtidos confirmaram a certeza de que o trabalho desenvolvido seria algo do qual nos orgulharíamos, meus pensamentos estavam certos, conseguimos criar e aplicar uma metodologia na qual resultou em nossa primeira ação com os meninos jogadores da Praça Brasil. A intervenção proporcionou múltiplos olhares a respeito dos espaços públicos, lazer e dança, e assim esta ação visou mostrar a realidade do lugar, onde inexistiam equipamentos públicos de lazer em contraposição a apropriação feita dele pelas crianças. Ressaltando a pouca importância que o poder público atribui ao lazer.

Palavras-chave: Dança, espaços público e lazer.

Titulo do projeto do orientador: DANÇA E REALIDADE CONTEXTUAL.

Classificação do trabalho na tabela de Áreas do Conhecimento no CNPQ Grande-área: Arte. Área: Artes Cênicas. Subárea: Dança.

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O REPERTÓRIO DE “AHÃDEAKÜ” NA LITERATURA ETNOGRÁFICA DO ALTO RIO NEGRO

Denize do Socorro Franco CARVALHO (Bolsista PIBIC/CNPq-AF) - [email protected] de Licenciatura em Música - Escola de Música da UFPA - Instituto de Ciências da Arte.

Prof. Dra. Lìliam Cristina da Silva BARROS (Orientador) – [email protected] de Licenciatura em Música - Escola de Música da UFPA - Instituto de Ciências da Arte.

O objetivo desse trabalho é investigar as abordagens do repertório feminino ahãdeakü apresentadas na bibliografia sobre o Alto Rio Negro, dos povos indígenas da região. E também compreender as relações entre mito e música dentro desse repertório. Há poucos pesquisadores trabalhando, ainda, com esse repertório. A partir do levantamento bibliográfico foi possível observar que o ahãdeakü, é uma canção cantada pelas mulheres indígenas no momento de servir o caxiri, bebida fermentada à base de macaxeira (mandioca), utilizada em comemorações. Algumas dessas canções, permitem as mulheres exporem aspectos do seu contidiano, revelando toda a sua frustação com relação a vida. Tais sentimentos foram observados a partir da análise dos textos falados, em entrevistas, por duas senhoras indígenas que vivem a anos em Belém. Elas falavam sobre os lamentos de como a vida havia mudado com a chegada dos brancos, fato constatado através de entrevista gravada com elas duas. Uma delas é de descendência italiana/tukano e outra Desana. A entrevista teve por objetivo saber um pouco de sua indentidade cultural e demonstrar como a música é valorizada e tem grande importância na vida dos povos índigenas. Também foi constatado na entrevista, que quando, os indios são afastados de seu meio social, há uma perda cultural irreparável tanto para eles, assim como também para toda a humanidade.

Palavra-chave: Alto Rio Negro; ahãdeakü; Indentidade Cultural.

Titulo do projeto do orientador: “Mito e Música entre o clã Guahari Diputiro Porã, Am”

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Letras, Linguistica e ArtesÁrea: ArtesSubárea: Música - etnomusicologia

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O REPERTÓRIO DAS FLAUTAS SAGRADAS NA LITERTURA ETNOGRÁFICA DO ALTO RIO NEGRO

Lohana S Gomes (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Licenciatura em música, Escola de Música, Instituto de Ciências da Arte.

Profa. Dra. Líliam Cristina da Silva Barros (Orientador) - [email protected] de Licenciatura em Música, Escola de Música, Instituto de Ciências da Arte.

Este trabalho tem como objetivo uma análise sobre o repertório das flautas sagradas do povo Desana Guahari Diputiro Porã, formado por mais de 1.500 pessoas que habitam principalmente os rios Tiquié e Papuri. Este repertório é exclusivamente masculino. Tal proibição deve-se ao fato de que as flautas foram roubadas dos homens pelas mulheres que passaram a tocar no lugar dos primeiros. Foi feita revisão bibliográfica e documental no acervo documental do Grupo de Pesquisa Música e Identidade na Amazônia, além de análise geográfica e histórica sobre a região do Alto Rio Negro. Na visão deste povo sobre a criação do mundo e da humanidade, as primeiras flautas sagradas foram roubadas pelas primeiras mulheres da humanidade. Após, as flautas foram capturadas por Kisibi, que juntamente com Debuyari, fez surgir os cantos, instrumentos de música e descobertas de plantas medicinais. O mito do roubo das flautas sagradas assume várias feições de acordo com cada região. O ponto em comum acerca do mito entre as regiões do alto Xingu e do noroeste amazônico está no roubo por parte das mulheres e posteriormente a recuperação desses instrumentos pelos homens. Os Desana têm seu próprio repertório das flautas, o qual pode ser ouvido em seu Dabukuri que é uma festa intertribal onde se encontram vários repertórios. É no grande dabokuri, que ocorre o rito de iniciação masculina, onde é ensinado o repertório das flautas sagradas chamadas de miriá porá mahsã.

Palavras-chave: Alto Rio Negro, Flautas Sagradas, Repertório.

Título do projeto do orientador: Mito e Música entre o clã Guahari Diputiro Porã, Am

Grande-Área – Linguistica, Letras e ArtesÁrea - ArtesSubárea – Música - etnomusicologia

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HOMO CIRCENS: QUESTÕES SOBRE CORPO E DEFORMIDADE ATRAVÉS DA LINGUAGEM DA VIDEODANÇA

Deborah Marques LAGO (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Licenciatura Plena em Dança, Escola de Teatro e Dança, Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará.

Profa. Dra. Ana Flávia MENDES Sapucahy (Orientadora) - [email protected] de Licenciatura Plena em Dança,Escola de Teatro e Dança, Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará.

Este trabalho visa contribuir para a área da dança por meio da análise de experimentos em videodança (CALDAS, 2009) que refletem sobre as configurações estéticas de corpo encontradas no cenário artístico do século XXI, articulando, para tanto, o conceito de deformidade (SODRE e PAIVA, 2002) e sua abordagem nas artes da cena. A pesquisa tem origem nos estudos do contexto histórico-social da manifestação denominada Circo dos horrores, conhecida no período medieval como Feiras entra-e-sai (COURTINE, 2008) e caracterizada pela exibição de corpos humanos deficientes como atração espetacular. Partindo da estratégia metodológica da dissecação artística do corpo (MENDES, 2010), os experimentos realizados, dirigidos a intérpretes-criadores em dança voluntários deste estudo, priorizou três enfoques: Busca e investigação de deformidades através de pesquisas de movimentos e interação com a câmera de vídeo; Criação de anormalidades na autoimagem por intermédio do uso de programas de edição ou pré-edição; Apropriação de deformidades de outrem para experimentações corporais. Como resultados artísticos da investigação foram realizados os seguintes trabalhos: Um experimento cênico presencial, intitulado Homo Circens; Uma videodança criada com o uso de imagens fotográficas modificadas previamente por programas de edição; Uma videodança exibida em congressos e mostras locais chamada Homo Circens – Experimento Outrem, que contou com a participação de seis intérpretes-criadores. Entre as conclusões da pesquisa verificou-se que os artistas participantes deste estudo, ao apurarem a percepção da autoimagem, perceberam seus próprios defeitos e deformidades como potencialidades artísticas. Verificou-se, ainda, que os implementos tecnológicos da videodança propiciam a descoberta e utilização de deformidades humanas como potencialidades artísticas, além de possibilitarem, por meio da distorção imagética, a criação artística de outras deformidades.

Palavras-chave: Videodança, deformidade, deficiência, corpo.

Titulo do projeto do orientador: Imanências na Tela: a dissecação artística do corpo mediada pelas tecnologias da videodança.

Grande-área: Linguística, Letras e Artes.Área: Artes Cênicas.Subárea: Dança.

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A CRIAÇÃO DO PAPEL NEUTRO

Diego Augusto Pereira da ROCHA (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] / [email protected] Curso de Licenciatura Plena em Teatro, Escola de Teatro e Dança, Instituto de Ciências das Artes.

Prof. Dr. Cesário Augusto Pimentel de Alencar (Orientador) - [email protected] de Teatro e Dança, Instituto de Ciências da Arte.

A compreensão do presente estudo de caso sobre o processo de criação do “papel neutro” exige, primeiramente, ponderar-se de que este modo de papel cênico faz parte de um processo existente na metodologia utilizada dentro do Grupo de Investigação do Treinamento Psicofísico do Atuante (GITA). A observação se faz necessária porquanto há várias maneiras e nomenclaturas por meio das quais se pode trabalhá-lo. Partícipe da metafórica cozinha do atuante, lugar onde se misturam ingredientes para o regalo da criação cênica, o “papel neutro”, como fato, implica no reconhecimento de procedimentos criativos sistematizados nas linguagens da dança, do teatro, da música e da performance, ou seja, de maneiras peculiares de perceber e reconhecer, a partir de experiências processuais sistematizadas, do que trata o sujeito atuante em seu maior grau de domínio psicofísico. Em conceituação verificada a partir da prática com o treinamento psicofísico do GITA, o “papel neutro” equivale a um estado de extremo vigor do conjunto mente-corpo em ação, em uníssono, objetivado à atuação cênica. Mais do que alguma faceta do si-mesmo eventualmente alcançada por meio de receitas ou manuais de atuação, faz-se necessário, a esta qualidade de papel cumprido cenicamente, a realização de sessão de treinamento a partir das artes marciais (kalarippayattu e t’ai chi) e meditativas (yoga) sistematizadas para este fim pelo professor Phillip B.Zarrilli, colaborador externo do grupo. Tendo como princípio o trabalho voltado à atenção, respiração, equilíbrio, impulso, foco e vigor, atributos obtidos pelo treinamento, o atuante, então, cria seu “papel neutro”, ou seja, seu papel cênico descaracterizado da ideia do personagem, carente de formatação muitas das vezes inibidora do conhecimento de proficiências psicofísicas voltadas à expressão. Tem-se, no “papel neutro”, a entrega absoluta do atuante no contato com o parceiro de cena e com o espectador, no domínio das ações e, consequentemente, em momento adequado para a caracterização pela sua ideia a respeito de quaisquer personagens.

Palavras-chave: Teatro, Treinamento.

Titulo do projeto do orientador: Intercurso perceptivo em voluta: as aplicações de princípios do treinamento psicofísico com artes marciais em trabalhos cênicos do GITA.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: ArtesSubárea: Teatro

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A PRODUÇÃO NO “TERCEIRO TEATRO”

Roseane Milene de Souza Tuñas (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] Curso: Licenciatura Plena em Teatro/Escola de Teatro e Dança/ Instituto de Ciências da Arte.

Prof. Dr. Cesário Augusto Pimentel de Alencar (Orientador) – cesá[email protected] de Teatro e Dança/ Instituto de Ciências da Arte.

Em sua pesquisa sobre as aplicações do treinamento psicofísico e artes marciais, o GITA - grupo de investigação do treinamento psicofísico de atuantes inclui-se no “Terceiro Teatro”, conforme definido pelo teórico contemporâneo Ian Watson como o teatro objetivado à pesquisa de linguagem. Percebe-se que o grupo se encaixa no contexto do “Terceiro Teatro” na medida em que encontra sua equivalência, no senso comum, com o teatro de pesquisa. Este âmbito de trabalho, em termos de produção, ainda se encontra fechado para o mercado, pouco difundido e incipiente. A produção no GITA tem projetado suas conquistas em relação ao treinamento específico do grupo e sua aplicação em exercícios específicos, de forma que a apresentação pública, ou espetáculo, considera-se parte menos relevante diante do processo de pesquisa. De fato, a perspectiva organizativa grupal se arma a partir da individualização do trabalho do ator e do seu papel como peça propulsora do processo criativo, buscando, como objetivo principal, aperfeiçoar o domínio psicofísico de atuantes cênicos por meio de estudos, reflexões, práticas do treinamento, laboratórios, oficinas e apresentações públicas. Esta perspectiva, em conseqüência, faz pensar-se no plano de um grupo que possui equilíbrio de elenco, e que pensa no projeto teatral em longo prazo. Dir-se-ia tratar-se de uma forma grupal estabelecida com um indicativo ideológico comunitário. Ao analisar a realidade para buscar entender a dinâmica do grupo, a pesquisadora percebeu que o mesmo não possuía, inicialmente, um direcionamento de produção, porquanto sua atividade concentrava-se no treinamento psicofísico. Com a necessidade de produção para evolução da montagem da peça cênica Querela-eu, irrompeu-se um ciclo de atividades voltadas a ensaios e aspectos de produção dentro do grupo, com o fito de socialização, por meio da divulgação, do seu trabalho de pesquisa. Os procedimentos para esta empreitada constituíram apresentações ao público interno e externo à Universidade, realização de seminários, cursos e exposições. Haja vista o envolvimento da pesquisadora na produção destes eventos, esta analisou e houve por sistematizar, mediante pesquisa, uma maneira inovadora de produzir atividades do “Terceiro Teatro”, transigindo as peculiaridades de uma produção regular voltada à bilheteria com a produção de um grupo cuja apresentação pode ocorrer mesmo com um espectador apenas sentado à plateia. Mesmo com as patentes dificuldades comprometedoras do trabalho de uma produção usual com o mínimo de qualidade, o GITA tem colaborado no entendimento de limites financeiros e logísticos dos quais constituem imperiosa, se não fundamental, urgência para produzir-se um trabalho artístico. Portanto, a produção no “Terceiro Teatro”, categoria em que o GITA se estabelece, embora possua lacunas a serem resolvidas, em muito tem avançado quanto aos seus procedimentos metodológicos.

Palavras-chave: GITA, Terceiro Teatro, Produção

Titulo do projeto do orientador: Intercurso perceptivo em voluta: as aplicações de princípios do treinamento psicofísico com artes marciais em trabalhos cênicos do GITA.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: ArtesSubárea: Teatro

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INTER- RELACÕES NA IMAGEM CONTEMPORÂNEA PARAENSE- SITEMATIZACÃO DE PERCURSOS

Bruno Sousa FURTADO (Bolsista Pibic/FAPESPA)- [email protected] de Artes Visuais, Faculdade de Artes Visuais, Instituto de Ciências da Arte.

Prof. Dr. Orlando Franco MANESCHY (Orientador) – [email protected] de Artes Visuais, Faculdade de Artes Visuais, Instituto de Ciências da Arte

Objetivamos sistematizar o acervo imagético da produção de fotógrafos paraenses que trabalham com as relações arte, moda e identidade cultural, a partir da década de 1980. No que se refere a metodologia, encaminhamos uma pesquisa de campo, que se materializou com a sistematização dos objetos fotográficos coletados na pesquisa anterior e no acervo da microfilmagem da Fundação Tancredo Neves. Após análise dos objetos coletados, identificamos a presença da produção de Reinaldo Silva Junior e outros fotógrafos. Para análise, partimos dos objetos fotográficos de Reinaldo Silva Junior publicados em jornal local na década de 1980, as quais eram geralmente books fotográficos para quinze anos e editorial de moda para marca Lele Grello, que primava por imagem ousada, exuberante e com atitude para época. Posteriormente, nos debruçamos na análise de obras de fotógrafos atuantes a partir da década de 1990, onde percebemos amalgamadas estéticas distintas, como aspectos futuristas junto com o regionalismo; signos que dialogam entre o local e global. A partir desta análise, originamos diálogos a cerca do estatuto da imagem desenvolvida na produção paraense, de modo a potencializar o pensamento crítico-artístico na cultura local.

Palavras-Chave: Imagem; Moda; Identidade cultural

Título do projeto do orientador: Percursos da Imagem na Arte Contemporânea e seus Desdobramentos

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:Grande-Área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: ArtesSubárea: Fotografia

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ESPECIFICIDADES DE LUGAR: INSTAURAÇÕES NA CENA BELENENSE

Danilo Nazareno Azevedo BARAÚNA (Bolsista PIBIC/FAPESPA) – [email protected] de Artes Visuais, Faculdade de Artes Visuais, Instituto de Ciências da Arte

Prof. Dr. Orlando Franco MANESCHY (Orientador) – [email protected] de Artes Visuais, Faculdade de Artes Visuais, Instituto de Ciências da Arte

Objetivamos identificar os modos de espacialização da fotografia e do vídeo na produção paraense emergente na década de 1990. Atuamos metodologicamente de maneira a nos aproximarmos de uma Crítica de Processo, percorrendo a análise de documentos como dossiês de obras, portfólios, registros das instalações, fotografias e vídeos que compunham as instalações e entrevistas. Optamos por instituir um estudo de caso das exposições do grupo Caixa de Pandora e algumas ações individuais dos integrantes do grupo. Constatamos a presença de práticas poéticas a partir do que propomos chamar de Redes de Colaboração, interconectadas a partir de Nós de Interação, ou seja, pontos que servem de referência ao processo criativo de cada integrante do grupo e revelam em conjunto a identidade do Caixa de Pandora. Identificamos três Nós de Interação no processo criativo do grupo: O Mito de Pandora, a espacialização da imagem e a fotografia expandida. A identificação desse processo nos levou a encaminhar a análise das exposições levando em consideração os seguintes aspectos: 1) O trânsito intersemiótico entre literatura, fotografia e vídeo, principalmente no que se refere ao Mito de Pandora; 2) A construção dos personagens em imagem relacionando à fotografia expandida; 3) A interferência dessas trânsitos e personagens na escolha do modo de espacialização da imagem fotográfica ou videográfica. Essas imagens se espacializam em micro-espaços instalativos, macro-espaços instalativos e seus respectivos desdobramentos, perspectivas teóricas que estão intrinsecamente ligadas às especificidades do lugar onde esta imagem esteve instalada, articulando desde a presença de pequenos objetos até projeções que interferem no espaço físico expositivo. O estudo dos processos criativos do Caixa de Pandora traz à tona algumas das primeiras experiências instalativas realizadas no circuito de arte paraense na década de 1990, instituindo, assim, um importante objeto de pesquisa na arte contemporânea no Pará e suas possibilidades de inserção no cenário artístico nacional.

Palavras-Chave: Caixa de Pandora; Modos de Espacialização; Redes de colaboração.

Título do projeto do orientador: Percursos da Imagem na Arte Contemporânea e seus Desdobramentos

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:Grande-Área: Linguística, Letras e ArtesÁrea: ArtesSubárea: Fundamentos e Crítica das Artes

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ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA: UM ESTUDO HISTÓRICO-ETNOGRÁFICO DA METODOLOGIA DE ENSINO DO BALLET, DESENVOLVIDA NA ESCOLA DE DANÇA BALLARE

Lucienne Ellem Martins Coutinho (BOLSISTA PIBIC/UFPA) – [email protected] de Licenciatura Plena em Dança, Instituto de Ciências da Arte, Escola de Teatro e Dança

Profa. Dra. Giselle Guilhon Antunes Camargo – [email protected] de Licenciatura Plena em Dança, Instituto de Ciências da Arte, Escola de Teatro e Dança

O presente estudo vincula-se ao Círculo Antropológico de Dança (CIRANDA), projeto de pesquisa do qual sou bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/UFPA). Nele, objetivou-se fixar em formas pesquisáveis o método Royal Academy of Dancing (RAD), de ensino do Ballet Clássico, na Escola de Dança Ballare, em Belém do Pará. As estratégias e procedimentos metodológicos desta pesquisa foram se configurando ao longo desta trajetória, de acordo com os seguintes momentos: fase teórico-intelectual, marcada pela leitura de livros, textos, artigos, dissertações e teses; fase prático-experimental (trabalho de campo), na qual se exercitou a “observação participante” das aulas de Ballet; aplicaram-se entrevistas semiestruturadas com as bailarinas, com as professoras e com a diretora da Escola; transcreveram-se as entrevistas e analisaram-se os dados coletados. E, finalmente, a fase de competência acadêmica, que corresponde à escrita e à defesa desta pesquisa, que resultou em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Começa-se com a descrição histórica da Dança Clássica no Brasil, desde a sua entrada, no Rio de Janeiro, até sua chegada, em Belém do Pará. Conceituam-se as técnicas trazidas para o país e, por extensão, para Belém, descrevendo-se a trajetória do ensino do Ballet. Mencionam-se, também, a contribuição dos principais educadores, que possibilitaram, com seus métodos, a difusão da técnica clássica no Brasil. Finalmente, adentra-se no universo da Escola de Dança Ballare, realizando-se a “etnografia densa” de uma aula de Ballet de modo a compreender o processo de ensino/aprendizagem do método Royal.

Palavras-chave: Ballet. Ballare. Royal Academy of Dancing.

Titulo do projeto da orientadora: CÍRCULO ANTROPOLÓGICO DA DANÇA (CIRANDA)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências HumanasÁrea: Antropologia Subárea: Antropologia da Dança

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DANÇA DE SALÃO: UMA ESTÉTICA TRANSCRITA PARA CENA

Suanne Souza Baena (BOLISITA PIBIC/UFPA) – [email protected] de Licenciatura Plena em Dança, Escola de Teatro e Dança, Instituto de Ciências da Arte

Profa. Dra. Giselle Guilhon Antunes Camargo (Orientadora) – [email protected] de Licenciatura Plena em Dança, Escola de Teatro e Dança, Instituto de Ciências da Arte

Este projeto trata da criação de uma estética que diferencia a Dança de Salão como entretenimento, daquela de caráter cênico, artístico e profissional. A busca pela diferenciação perpassa pela concepção de uma nova vertente para a Dança a Dois. A técnica de base para esta pesquisa é a Dança de Salão. Utilizamos, especificamente, a técnica de “condução”, a divisão rítmica ou de subgêneros e a característica fundamental, que é ser dançada em par (cavalheiro e dama). As experimentações foram aplicadas em um grupo de dez pessoas, cinco mulheres e cinco homens. As parcerias foram definidas e se mantiveram fixas durante todo o processo; a definição foi estabelecida por semelhança física (altura) e afinidades. Primeiro, foram ensinadas as técnicas da Dança de Salão – “postura”, “condução” e “recepção” dos códigos –, através do ritmo (subgênero) do “samba de gafieira”, com o qual os dançarinos aprenderam os passos básicos e algumas variações. Essa sequência de passos foi transformada em uma célula coreográfica. Ao mesmo tempo em que as técnicas provenientes da Dança de Salão eram ensinadas, outras técnicas iam sendo experimentadas, a exemplo do contato-improvisação. Após verificar a qualidade técnica de cada casal, na execução da célula coreográfica e o desempenho nas outras atividades aplicadas, propusemos que cada casal que transformasse, desconstruísse e/ou reconstruísse a célula coreográfica, utilizando as técnicas ensinadas durante o processo, as vivencias corporais particulares e/ou técnicas de outras danças, mas sempre pensando em conservar a essência dos movimentos do “samba de gafieira” e de todas as movimentações criadas durante o processo.

Palavras-Chave: Dança. Dança de Salão. Dança a Dois.

Titulo do projeto da orientadora: CÍRCULO ANTROPOLÓGICO DA DANÇA (CIRANDA)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências HumanasÁrea: Antropologia Subárea: Antropologia da Dança