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Traduzido do original em Inglês

Our Duty To Israel

By R. M. M'Cheyne

Via: MCheyne.Info

Tradução e Capa por William Teixeira

Revisão por Camila Almeida

1ª Edição: Dezembro de 2014

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative

Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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O Nosso Dever Para Com Israel Por Robert Murray M'Cheyne

[Este texto foi transcrito a partir de “Memórias e Lembranças”, edição de 1858]

“Primeiro do judeu.” (Romanos 1:16)

A maioria das pessoas se envergonha do Evangelho de Cristo. O sábio tem vergonha dele,

porque ele convoca os homens para crer e não para argumentar; o grande se envergonha

dele, porque ele traz todos para um só corpo; os ricos têm vergonha dele, porque ele deve

ser obtido sem dinheiro e sem preço; as pessoas alegres se envergonham, porque temem

que ele destruirá toda a sua alegria; e assim a boa notícia do glorioso Filho de Deus ter

vindo ao mundo como um Fiador para os pecadores perdidos, é desprezada e negligencia-

da, os homens têm vergonha dele. Quem não tem vergonha dele? Uma pequena compa-

nhia, aqueles cujos corações o Espírito de Deus tocou. Eles já foram como o mundo e do

mundo, mas Ele lhes despertou para verem o seu pecado e miséria, e que Cristo era um

refúgio, e agora eles clamam: ninguém senão Cristo, ninguém senão Cristo! Deus não per-

mita que eu me glorie senão na cruz de Cristo. Ele é precioso para o coração deles, Ele

mora ali, Ele está muitas vezes em seus lábios, Ele é louvado em sua família, eles de bom

grado O proclamam a todo o mundo. Eles têm sentido em sua própria experiência que o

evangelho é o poder de Deus para salvação, primeiro do judeu e também do grego. Que-

ridos amigos, esta é a sua experiência? Vocês já receberam o Evangelho não apenas em

palavras, mas em poder? O poder de Deus tem alcançado a sua alma junto com a palavra?

Então, esta palavra é sua: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo.

Desejo chamar sua atenção para uma particularidade disto. Ele se gloria no Evangelho

como sendo o poder de Deus para salvação primeiro do judeu, do que eu extraio essa

doutrina, a saber, que o Evangelho deve ser pregado primeiro aos judeus.

(1) Porque o julgamento começará por eles: “Indignação e ira... primeiramente ao judeu”

(Romanos 2:6-10). É um pensamento terrível que o judeu será o primeiro a comparecer

perante o tribunal de Deus para ser julgado. Quando o grande trono branco for estabelecido,

e assentar-se Aquele de cuja presença os céus e a terra fugirão; quando os mortos, grandes

e pequenos, estarão diante de Deus, e os livros serão abertos, e os mortos serão julgados

pelas coisas que estão escritas nos livros, não é impressionante pensar que Israel – o pobre

cego Israel – será o primeiro a ser julgado por Deus?

Quando o Filho do Homem vier em Sua glória, e todos os anjos com Ele, quando Ele se as-

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sentará no trono da Sua glória, e diante dEle serão reunidas todas as nações, e Ele separará

uns dos outros, como um pastor separa as ovelhas dos bodes, quando a terrível sentença

sair de Seus lábios: apartai-vos malditos, e quando o culpado for lançado de Sua presença

para o castigo eterno; não é suficiente para fazer o mais descuidado entre vocês pararem

por um momento e considerarem que a indignação e a ira virão primeiro sobre o judeu, que

seus rostos serão marcados por uma palidez mais profunda, que seus joelhos baterão com

mais intensidade um contra o outro e que seu coração desfalecerá dentro de si mais do que

outros?

Por que isso? Porque eles tiveram mais luz do que qualquer outro povo. Deus os escolheu

do mundo, para serem Suas testemunhas. Cada profeta foi enviado primeiro para eles;

cada evangelista e apóstolo teve uma mensagem para eles. O Messias veio para eles. Ele

disse: “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” [Mateus 15:24]. A

Palavra de Deus ainda é dirigida a eles. Eles têm a pura e inalterada Palavra de Deus ao

seu alcance; ainda assim pecaram contra toda essa luz, contra todo esse amor. “Jerusalém,

Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis

eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não

quiseste!” [Mateus 23:37]. Seu cálice da ira será mais pleno do que o de outros homens,

seu mar de ira é mais profundo. Em suas próprias faces, vocês podem ler em cada sem-

blante, que a maldição de Deus está sobre eles.

Não é esta uma razão, então, pela qual o Evangelho deve ser pregado primeiro ao judeu?

Eles estão prestes a perecer, a perecer mais terrivelmente do que os outros homens. A

nuvem de indignação e ira que está mesmo agora represada acima do perdido, romperá

primeiro sobre a cabeça do culpado, infeliz e incrédulo Israel. E você terá nenhuma das

compaixões de Cristo em você, a ponto de correr primeiro para os que estão em tão triste

um caso? Em um hospital, o médico corre primeiro para a cama onde se encontra o doente

que está mais próximo da morte. Quando um navio está afundando, e os marinheiros

corajosos deixam a terra para salvar a tripulação que está naufragando, eles não esticam

o braço de ajuda primeiro àqueles que estão prestes a perecer entre as ondas? E não

devemos fazer o mesmo por Israel? As ondas de ira de Deus estão prestes a rebentar pela

primeira vez mais intensamente sobre eles, não devemos primeiramente buscar trazê-los

para a Rocha que é mais alta do que eles? O seu caso é mais desesperador do que o de

outros homens, não devemos trazer o bom Médico para eles, o único que pode trazer a

saúde e curar? Pois o Evangelho é o poder de Deus para a salvação, primeiro do judeu e

também do grego.

Eu não posso deixar este assunto sem falar uma palavra para aqueles de vocês que estão

em uma situação muito semelhante à de Israel, pois vocês têm a Palavra de Deus em suas

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mãos, e ainda são incrédulos e não-salvos. Em muitos aspectos, a Escócia pode ser cha-

mada o segundo Israel de Deus. Não existe nenhuma outra terra que tenha o seu Sabath

como a Escócia tem, nenhuma outra terra tem mais da Bíblia do que a Escócia, nenhuma

outra terra tem o Evangelho tão livremente pregado como o ar que respiramos, fresco como

o fluxo das colinas eternas. Oh! então, pensem por um momento, vocês que assentam-se

sob a sombra de ministros fiéis, e ainda permanecem indiferentes e não-convertidos, e não

são levados a se sentarem sob a sombra de Cristo, pensem em como como sua ira será

como a do judeu incrédulo. E considerem, mais uma vez, que a maravilhosa graça de Cristo

é pregada primeiramente a vocês. Por mais que os seus pecados sejam como a escarlata

e como o carmesim, maior e gratuito é o sangue para lavar-lhes e deixar-lhes brancos como

a neve; pois esta permanece a Sua palavra para todos os Seus ministros: comecem em

Jerusalém.

(2) É como se fosse Deus se preocupasse primeiro com os judeus. A principal glória e

alegria de uma alma é ser como Deus. Você se lembra qual era a gloriosa condição em que

Adão foi criado. “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”

[Gênesis 1:26]. Seu entendimento era claro. Ele viu, em alguma medida, como Deus vê.

Sua vontade fluiu no mesmo canal com a vontade de Deus. Suas afeições estavam postas

nos mesmos objetos que Deus também amou. Quando o homem caiu, perdemos tudo isso,

e nos tornamos filhos do diabo, e deixamos de ser filhos de Deus. Mas quando uma alma

perdida é trazida a Cristo, e recebe o Espírito Santo, Ele mortifica o velho homem, e forma

nele o novo homem, que é criado segundo Deus em verdadeira justiça e santidade. A nossa

verdadeira alegria neste mundo é ser semelhante a Deus. Muitos descansam na alegria de

ser perdoado, mas a nossa verdadeira alegria é ser como Ele é. Oh! não descanse, amado,

até que seja renovado segundo a Sua imagem, até que você participe da natureza Divina.

Anseie pelo dia em que Cristo se manifestará, e seremos como Ele, porque O veremos

como Ele é.

Agora, o que eu gostaria de insistir neste momento é que devemos ser como Deus, mesmo

nas coisas que são peculiares. Devemos ser como Ele na compreensão, na vontade, na

santidade e também nas suas afeições peculiares. “Qualquer que ama é nascido de Deus

e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” [1 João

4:7-8]. Mas toda a Bíblia mostra que Deus tem um uma afeição peculiar por Israel. Você se

lembra quando os judeus estavam no Egito, gravemente oprimidos pelos seus exatores,

Deus ouviu o seu clamor, e apareceu a Moisés: “Tenho visto atentamente a aflição do meu

povo... e tenho ouvido o seu clamor... porque conheci as suas dores” [Êxodo 3:7].

E, novamente, quando Deus os conduziu através do deserto, Moisés lhes diz por que Ele

o fez: “O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era

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mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os

povos” (Deuteronômio 7:7). Estranho, soberano e mui particular amor. Ele os amava,

porque Ele os amava. Será que não devemos ser como Deus nesta característica peculiar?

Mas você diz que Deus os enviou ao cativeiro. Ora, é verdade Deus os espalhou por todas

as terras: “Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados

por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!” (Lamentações 4:2). Mas o que Deus diz sobre

isso? “Desamparei a minha casa, abandonei a minha herança; entreguei a amada da minha

alma na mão de seus inimigos” (Jeremias 12:7). É verdade que Israel está entregue, por

um momento, na mão de seus inimigos, mas é tão verdadeiro que eles ainda são os amados

da Sua alma. Não deveríamos dar-lhes em nosso coração o mesmo que Deus lhes dá em

Seu próprio coração? Devemos nos envergonhar de cultivarmos o mesmo sentimento que

o nosso Pai celestial acalenta? Devemos nos envergonhar de sermos diferentes do mundo,

e semelhantes a Deus neste amor peculiar para com Israel que está cativo?

Mas você diz que Deus os rejeitou. Será que Deus rejeitou o Seu povo, que antes conhe-

ceu? De maneira nenhuma! Toda a Bíblia contradiz essa ideia. “Não é Efraim para mim um

filho precioso, criança das minhas delícias? Porque depois que falo contra ele, ainda me

lembro dele solicitamente; por isso se comovem por ele as minhas entranhas; deveras me

compadecerei dele, diz o Senhor” (Jeremias 31:20); “e plantá-los-ei nesta terra firmemente,

com todo o meu coração e com toda a minha alma” [Jeremias 32:41]. “Porém Sião diz: Já

me desamparou o Senhor, e o meu Senhor se esqueceu de mim. Porventura pode uma

mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu

ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” (Isa-

ías 49:14-15); “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador,

E desviará de Jacó as impiedades” [Romanos 11:26]. Agora, a pergunta simples para cada

um de vocês e para a nossa amada Igreja é: não deveríamos compartilhar com Deus a Sua

afeição peculiar por Israel? Se estamos cheios do Espírito de Deus, não devemos amar

como Ele ama? Não deveria Israel estar gravado sobre as palmas das nossas mãos? Não

deveríamos resolver que através da nossa misericórdia eles também alcançarão miseri-

córdia.

(3) Porque o seu acesso é peculiar aos judeus. Em quase todos os países que nós temos

visitado este fato é bastante notável; na verdade, parece, em muitos lugares, como se a

única porta deixada aberta ao missionário Cristão é a porta da pregação aos judeus.

Passamos algum tempo na Toscana, o estado mais livre em toda a Itália. Ali vocês não

ousam pregar o Evangelho à população Católica Romana. No momento em que você dá

um folheto ou uma Bíblia, ele é levado ao sacerdote, e pelo sacerdote ao Governo, e o

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banimento é o resultado certo e imediato. Mas a porta está aberta para os judeus. Ninguém

se preocupa com as suas almas; e, portanto, você pode levar o Evangelho a eles livremente.

O mesmo acontece no Egito e na Palestina. Você não ousa pregar o Evangelho aos iludidos

seguidores de Maomé; mas você pode ficar de pé no mercado livre e pregar o Evangelho

aos judeus, sem impedimento. Nós visitamos todas as cidades na Terra Santa, onde os

judeus são encontrados. Em Jerusalém e Hebrom falamos com eles todas as palavras

desta vida. Em Sicar discutimos com eles na sinagoga e na feira livre. Em Chaifa, no sopé

do Carmelo, nos reunimos com eles na sinagoga. Em Sidom também discorremos livre-

mente sobre Jesus. Em Tiro nós fizemos a primeira visita à sinagoga e à casa do rabino, e,

em seguida, eles nos visitaram também; pois, quando havíamos repousado em caravana

por causa do calor do meio-dia, chegaram a nós em multidões. A Bíblia Hebraica foi apre-

sentada, e passagem após passagem explicada, ninguém nos fez temer. Em Sarepta, e

Tiberíades, e Acre nós gozamos de liberdade. Há plena liberdade na Terra Santa para levar

o Evangelho para os judeus.

Em Constantinopla, se você fosse pregar para os turcos, como alguns têm tentado, o bani-

mento é a consequência; mas para os judeus você pode levar a mensagem. Em Valáquia

e Moldávia a menor tentativa de converter um grego atrairia a vingança imediata do santo

Sínodo e do Governo. Mas, em cada cidade, fomos livremente aos judeus, em Bucareste,

em Foxany, em Jassy e em muitas outras aldeias remotas da Valáquia, comunicamos a

mensagem a Israel sem impedimentos. A porta está aberta.

Na Áustria, onde nenhum missionário de qualquer tipo é permitido, ainda encontramos os

judeus dispostos a ouvir. Em suas sinagogas sempre encontramos um santuário aberto

para nós; e muitas vezes, quando eles sabiam que poderiam ter nos exposto, eles esconde-

ram que nós tínhamos estado ali.

Na Prússia da Polônia, a porta está aberta a quase 100.000 judeus. Você não ousa pregar

aos pobres Protestantes Racionalistas. Mesmo na Prússia Protestante isso não seria permi-

tido; mas você pode pregar o Evangelho aos judeus. Pela lei da terra, cada igreja é aberta

para um ministro ordenado; e um dos missionários me garantiu que ele sempre pregou para

400 ou 500 judeus e judias de cada vez. Escolas para crianças judias também são permi-

tidas. Visitamos três delas, e ouvimos as crianças ensinadas do caminho da salvação por

um Redentor. Há doze anos atrás, os judeus não teriam chegado perto de uma igreja.

Se estas coisas são verdade, eu apelo a todos vocês que conhecem esses países a dize-

rem se é assim ou não, a porta em uma direção está fechada, e a porta para Israel está mui

amplamente aberta. Oh! você não acha que Deus está dizendo por Sua providência, bem

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como através da Sua Palavra: ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel? Você acha

que a nossa Igreja, conhecendo essas coisas, será inocente se não obedecer ao chamado?

Pois o Evangelho é o poder de Deus para a salvação, primeiro do judeu e também do grego.

(4) Porque eles vão dar vida a um mundo morto. Muitas vezes pensei que um viajante refle-

xivo, passando pelos países deste mundo e observando a raça de Israel, em todas as ter-

ras, pode ser levado a imaginar, apenas a partir da luz de sua razão natural, que um povo

singular é preservado para um grande propósito no mundo. Há uma aptidão singular no

judeu para ser um missionário do mundo. Eles não têm esse apego peculiar à casa e país

que nós temos. Eles sentem que são rejeitados em todas as terras. Eles também estão

acostumados a cada clima; eles encontram-se em meio a neve da Rússia e sob o sol

escaldante de Hindoostan. Eles também são, em alguma medida familiarizados com todas

as línguas do mundo, e ainda têm uma língua comum, a língua sagrada, para se comunicar

uns com os outros. Todas estas coisas devem, penso eu, sugerir a cada viajante inteligente

enquanto ele passa por outras terras. Mas o que diz a Palavra de Deus?

“E há de suceder, ó casa de Judá, e casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição

entre os gentios, assim vos salvarei, e sereis uma bênção” (Zacarias 8:13). Até hoje eles

são uma maldição entre as nações, por sua incredulidade, por sua avareza; mas o tempo

está chegando quando eles serão uma bênção tão grande quanto foram uma maldição.

“E o remanescente de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do

Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda a filhos

de homens” (Miquéias 5:7). Assim como nós temos encontrado, entre as colinas áridas de

Judá, que o orvalho da noite caindo silenciosamente deu vida para cada planta, criando a

grama para a primavera e as flores para exalar a sua doce fragrância, assim será o Israel

convertido quando então eles serão como orvalho sobre um mundo seco e morto.

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de

todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos

convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zacarias 8:23). Isso nunca foi

cumprido; mas como a Palavra de Deus é verdade, isso é verdade. Talvez alguém pode

dizer: Se os judeus devem ser os grandes missionários do mundo, vamos enviar missões

somente para eles. Temos uma nova luz, vamos chamar de volta os nossos missionários

da Índia. Eles estão desperdiçando suas vidas preciosas ali em fazer o que caberia aos

judeus. Sofro ao pensar que qualquer amante de Israel deveria até agora perverter a verda-

de, a ponto de argumentar dessa forma. A Bíblia não diz que devemos pregar somente aos

judeus, mas primeiro ao judeu. “Ide e pregai o Evangelho a todas as nações”, disse o Salva-

dor. Vamos obedecer a Sua Palavra como criancinhas. Oh! Senhor apresse nossos amados

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missionários neste fervor. Oh, Senhor, dê-lhes um bom êxito, e nunca deixe uma dúvida

fulminante cruzar suas mentes puras quanto ao seu campo glorioso de trabalho. Tudo pelo

que nós suplicamos é que, ao enviar missionários para as nações não nos esqueçamos de

começar em Jerusalém. Se Paulo for enviado aos gentios, deixe Pedro ser enviado para as

doze tribos que estão dispersas; e não haja um adeus em um canto de seus corações a ser

dado a esta causa, não deixem que seja um apêndice em relação às outras obras da nossa

Igreja, mas sim que seja escrito na dianteira de seus corações, e sobre a bandeira da nossa

amada Igreja, “primeiro do judeu”, e “começando por Jerusalém” [Lucas 24:47].

Por último, porque há uma grande recompensa. Bem-aventurado aqueles que te abençoa-

rem; malditos os que te amaldiçoarem. Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles

que te amam. Sentimos isso em nossas próprias almas. Ao passar de um país para outro,

sentimos que havia Alguém diante de nós preparando nosso caminho. Embora tenhamos

tido perigos nas águas e perigos no deserto, perigos de doença e perigos entre as nações,

de tudo isso o Senhor nos livrou; e se agradar a Deus restaurar os nossos reverenciados

companheiros e trazê-los desta missão em paz e segurança para suas famílias ansiosas1,

teremos então uma boa razão para dizer que na observância de Seus mandamentos há

grande recompensa.

Mas as suas almas serão enriquecidas e a nossa Igreja também, se esta causa encontrar

o seu lugar certo em suas afeições. Foi bem dito por alguém que tem um lugar especial em

suas afeições, e que está agora na Índia, que nossa Igreja não deve apenas ser evangélica,

mas também evangelística, se deseja esperar a bênção de Deus. Ela não deve apenas ter

a luz, mas dispensá-la também, caso ela deva continuar como um mordomo de Deus. Eu

não posso tomar a liberdade de acrescentar a esta declaração notável, contudo digo que

não só devemos ser evangelísticos, mas que Deus quer que sejamos evangelísticos. Que

não somente dispensemos a luz para todos os lados, mas a dispensemos primeiro para o

judeu.

Então Deus reavivará Sua obra no meio dos anos. Toda a nossa terra será refrescada como

Kilsyth tem sido. As teias de aranha da controvérsia serão varridas para fora de nossos

santuários, as desarmonias e ciúmes de nossa Igreja serão transformados em harmonia de

louvor, e as nossas próprias almas tornar-se-ão como um jardim bem regado.

Pregado em 17 de novembro de 1839,

após voltar da Missão para os judeus.

__________

[1] Os doutores Black e Keith estavam nesta época ainda detidos no exterior por conta de uma doença.

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

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Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.