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TOME SUA CRUZ Walter Chantry

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Traduzido do original em Inglês

Take Up Your Cross

By Walter J. Chantry

Via: ReformedReader.org

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Abril de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a permissão do

autor e do site ReformedReader.org, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-

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Tome Sua Cruz

Por Walter J. Chantry

“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada

dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á;

mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.” (Lucas 9:23-24)

Apenas uma entrada pode ser encontrada para o Reino de Deus. Há uma porta estreita de-

finida no cume do caminho da vida. “E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que

leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mateus 7:14). Ninguém com um ego inflado po-

de espremer-se através da porta. Deve haver abnegação, auto-rejeição, auto-negação, mes-

mo o tornar-se um discípulo (um estudante) de Jesus Cristo.

Nosso Salvador fez Sua demanda bastante clara ao exigir explicitamente a abnegação. Ele,

então, voltou a sublinhar o ponto usando uma ilustração vívida da renúncia do eu de alguém

— uma ilustração que Ele em breve selaria com o Seu sangue “negue-se a si mesmo, e

tome a sua cruz”. Seis vezes nos Evangelhos nosso grande Profeta refere aos Seus segui-

dores o “tomar a cruz”. Essa foi uma de Suas ilustrações favoritas sobre auto-negação. Em

outros momentos, Ele falou sobre vender tudo, ou alguém perder a vida.

“Cruz” é uma palavra que primeiro traz às nossas mentes a imagem de nosso Senhor no

Calvário. Nós pensamos sobre Ele sangrando enquanto preso a um instrumento concebido

para infligir uma morte agonizante. Então, talvez, nós expandimos a ideia de tomar a cruz

pensando em Estevão que foi apedrejado até a morte, ou de Pedro e João, que foram es-

pancados e colocados na prisão, e de outros mártires através dos tempos. À luz de tal sofri-

mento físico corajoso, o Cristão facilmente pode dizer para si mesmo: “Eu não tenho nenhu-

ma cruz para carregar”. Talvez essa repetida demanda de Cristo ainda traz alarme para as

suas consciências, enquanto vocês a leem uma e outra vez nas Escrituras.

Alguns que se autodenominam “Cristãos” de fato nunca tomaram a sua cruz. Sendo igno-

rantes da experiência de auto-execução, da auto-negação, eles são necessariamente es-

tranhos a Cristo. Nosso Senhor, Ele mesmo, destina a Sua ilustração e a Sua demanda pa-

ra aprofundar o alarme em tais indivíduos. Se esta é sua condição, então, não pode haver

alívio para a convicção, senão em tomar a sua cruz e segui-lO.

Outros, porém, são verdadeiros servos de Cristo, mas sentem uma percepção de desânimo

por meio de um mal-entendido sobre a demanda de nosso Senhor. É perfeitamente possível

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ter tomado a Sua cruz e não saber disso. Um exame cuidadoso do significado de nosso

Senhor, então, é um incentivo.

Em ambos os casos, o assunto é vital para você. A vida do seu Mestre foi dominada por

uma cruz. Ele chamou você também para uma vida com uma cruz. Esta nota clara do Evan-

gelho é tão facilmente esquecida na lânguida sociedade ocidental. Com um grande estri-

bilho de costume, propaganda e tentação, este mundo está convocando você a uma vida

de auto-indulgência. Sua carne é atraída para esse apelo, e deseja cair nas sugestões do

mundo. Mas o Senhor da glória chamou você para uma vida de auto-negação, para uma

cruz.

A demanda de carregar uma cruz é universal. Ela é feita a todos os que seguem a Cristo,

sem exceção. Nosso Senhor dirigiu estas palavras “para todos”, e não a um grupo seleto

que andava mais perto de Cristo. Marcos 8:34 indica que esta ordem não foi emitida somen-

te para os doze. Foi dito: “chamando a si a multidão, com os seus discípulos”. A cruz é ne-

cessária para “qualquer homem” que O seguirá. Não há casos peculiares liberados desta

necessidade. Repetidamente o nosso Senhor foi enfático ao dizer que ninguém poderia ser

considerado Seu discípulo, em qualquer sentido, a menos que ele carregasse uma cruz. “E

quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mateus 10:38).

Novamente em Lucas 14:27, nosso Salvador voltou-Se para a multidão que O seguia, insis-

tindo: “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discí-

pulo”. É uma impossibilidade absoluta ser um Cristão sem auto-negação. Se você vive em

uma terra Cristã ou em uma cultura hostil à Palavra de Deus, você deve ter uma cruz. A ú-

nica maneira de evitar a cruz é seguir o mundo para o inferno. Como o versículo 24, explica:

“Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á”. O “porque” indica uma conexão

com o versículo anterior. Religião sem auto-negação não suportará o juízo.

É este aspecto mui óbvio do ensino de nosso Senhor que foi esquecido ou ignorado pelo

evangelismo moderno. Ansiosos para trazerem os pecadores para a vida, paz e alegria no

Senhor, os evangelistas não conseguiram sequer mencionar que Cristo insiste na negação

de si mesmo, no início. Falhando em transmitir a exigência do nosso Senhor, e esquecendo-

se disso eles mesmos, os evangelistas nunca questionam se seus “convertidos” com vidas

egocêntricas são verdadeiros seguidores de Cristo. Supondo que é possível que um ho-

mem seja auto-indulgente e ainda destinado ao Céu, professores da Bíblia procuram algu-

ma maneira de trazer homens egocêntricos a um plano espiritual mais elevado. Em segui-

da, a auto-negação é ensinada como a exigência de uma segunda obra da graça. Mas nos-

so texto mostrará que a menos que um homem viva uma vida de auto-negação, ele não

recebeu a primeira obra da graça.

Aqueles que citam textos que exigem uma cruz para “a vida mais profunda” enganaram os

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seus ouvintes no evangelismo. Sem a cruz não há como seguir a Cristo! E, sem seguir a

Cristo não há vida em absoluto! Uma impressão foi dada que muitos entram na vida através

de uma porta larga da crença em Jesus. Então, alguns seguem pela porta estreita da cruz

para um serviço espiritual mais profundo. Pelo contrário, o caminho largo, sem auto-

negação leva à destruição. Todos os que são salvos entraram na fraternidade da cruz. A

convocação de Cristo para a cruz é perpétua. A auto-negação não é uma taxa de iniciação,

uma vez paga e para sempre esquecida. Cristãos maduros, bem como os novos converti-

dos devem carregar uma cruz. A cruz de alguém não é um item descartável da experiência

Cristã, mas um fardo ao longo da vida neste mundo.

Essa conversa aparentemente ocorreu após Cesáreia de Filipe. Foi perto do fim do minis-

tério terreno de nosso Senhor. Quase três anos antes, Jesus havia chamado os discípulos.

Nós lemos um relato parcial do chamado em Lucas 5. Quando eles começaram a seguir o

Messias, havia um preço doloroso de uma cruz a ser ponderado. Para Pedro, isso foi o dei-

xar um pai amado e abandonar um bom negócio de pesca em uma vila tranquila. Para Ma-

teus foi virar as costas para o departamento fiscal lucrativo que ele dirigia. Ao longo de mais

de dois anos, houve a dolorosa experiência da pobreza, tumulto e desgraça em seguir o

Mestre. Agora, como eles se aproximam da conclusão da sua formação, nosso Senhor tem

diante de Si a expectativa de uma cruz. Se você já andou com Cristo um ano ou quarenta

anos, você ainda deve negar a si mesmo.

Você notará que o texto usa a palavra “a cada dia”. Para um verdadeiro crente, a cruz é

onipresente, ao longo da vida, um peso diário. Existe apenas um depositário da cruz, que

é o cemitério. Nós não levaremos a dor da auto-negação para a cidade celestial. Mas nosso

Senhor não sustenta a esperança de que a cruz deixará de nos afligir nesta vida. Ela é “a

cada dia”, para “alguém”. Você deve perguntar a si mesmo: “Eu estou carregando uma cruz

hoje?”.

Como já foi sugerido, a cruz é dolorosa. O termo “cruz” perdeu todo o significado se o ele-

mento de terrível sofrimento for tirado. Nosso Senhor suportou as dores mais cruéis já infli-

gidas a um homem. Mas devemos reconhecer que a cruz representava dores internas bem

como externas. Para o nosso perfeito Senhor, a tortura interior da cruz foi muito maior do

que a exterior.

Hebreus 12:2 nos ensina que Jesus “suportou a cruz, desprezando a afronta”. A vergonha

era muito mais dolorosa para a Sua nobre dignidade do que os pregos e o sangramento de

Seu corpo. Alguns não conseguiram estimar o que a cruz era para Ele: a confusão de ser

feito pecado diante do Pai, o constrangimento diante de Seus inimigos no julgamento aberto

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por um Deus justo. A vergonha de se identificar abertamente com transgressões imundas

diante dos homens, anjos e Deus, traspassou a Sua alma sensível rapidamente.

Sofrimento interior deve ser o foco do ensino de nosso Senhor nesta passagem. A nossa

cruz não é meramente sofrimento físico. Estevão não foi apedrejado “diariamente”, mas o

Salvador disse que devemos levar a cruz “a cada dia”. Mesmo no pior dos tempos os após-

tolos não foram presos “a cada dia”. Há uma cruz para carregar no melhor dos dias, bem

como no pior. Pedro carregou uma cruz durante a paz civil, bem como em tempos de confli-

tos. A incapacidade de compreender que a dor interna é a pior parte da cruz tem levado

alguns crentes a não entender a demanda de nosso Senhor de uma cruz diária. É esse e-

quívoco que pode levar a alarmes desnecessários e consternação quando os verdadeiros

santos leem a demanda de nosso Senhor. Você pode levar uma cruz invisível para todos,

a não ser para o Pai celestial. Quantas vezes um pastor é surpreendido ao saber da cruz

carregada por membros da congregação, através de tribulações nunca imaginadas por ele.

As dores mais profundas da cruz não são visíveis ao público.

Além disso, tomar a sua cruz é um ato intencional. Em cada passagem que registra a men-

ção de uma cruz por Seus discípulos do Senhor, Ele lhes ordena que “a tomem”. O Senhor

não força uma cruz sobre alguém contra a sua vontade. Ele não prende a cruz nas costas

de um homem. Há grandes aflições para o povo de Deus que lhe são impostas pela provi-

dência. Sofrimentos irresistíveis podem advir da mão da disciplina ou de refino de miseri-

córdia. São sofrimentos, mas não cruzes. A cruz deve ser assumida por aquele cujo eu

deve ser negado dolorosamente.

Foi uma submissão voluntária da parte de Cristo que O levou ao Calvário. “Ninguém ma tira

de mim, mas eu de mim mesmo a dou” (João 10:18). Soldados armados não poderiam

prendê-lO. O Filho de Deus entregou a Si mesmo à custódia deles. Exatamente assim é a

cruz de cada dia de Seus discípulos. É a escolha consciente de uma alternativa dolorosa

motivada pelo amor a Cristo. Pode ser precedida por uma luta interior semelhante a que

nosso Senhor conheceu no Getsêmani. Mas é uma escolha voluntária.

Por fim, o acesso a uma cruz é mortal. É mortal. A morte na cruz pode ser muito lenta, mas

a cruz tem um objetivo: ela impiedosamente pretende trazer o eu à morte. Duas ideias para-

lelas nos versículos 23 e 24 mostram-nos que o nosso Senhor tem isso em mente. “Negue-

se a si mesmo”. Mortifique a auto-importância, a auto-satisfação, o auto-interesse, a auto-

promoção, a auto-dependência. E “qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida”. É

isso! A morte do auto-interesse, pois você serve a honra de Cristo! Mesmo a rendição

daquelas coisas que os homens chamam de interesses legítimos, para a glória de Deus!

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É agora evidente que a figura de Jesus de carregar uma cruz é uma elaboração da sua

necessidade de auto-negação. Carregar uma cruz é a escolha diária, consciente de cada

Cristão daquelas opções que agradarão a Cristo, causarão dor ao eu, e visarão levar o eu

à morte. É um ensinamento para o recruta, não apenas para o guerreiro experiente. É um

requisito para entrar no exército de Deus, e não apenas um chamado para um corpo de

elite de super-santos, com uma vida mais profunda. Ainda assim, ela também é indicada

para o aprofundamento da maturidade em Cristo. Em cada fase de crescimento, mais auto-

negação é necessária, golpes mais dolorosos ao eu, mais decisão ousada para servir ao

Senhor Cristo, com consequente abandono da própria vida.

A sombra da cruz cai sobre todos os aspectos vitais da experiência Cristã que desconcer-

tam corações sinceros. Se apenas a cruz fosse compreendida, muitas queixas seriam

silenciadas, as quais murmuram contra a providência de Deus. Muitas sessões de aconse-

lhamento no gabinete do pastor seriam interrompidas por aplicar o significado da cruz. Isso

responde a muitas perguntas, não facilmente, mas profundamente.

Se você tem lutado para adorar o Todo-Poderoso, você terá aprendido que não há comu-

nhão satisfatória com o Altíssimo sem cruz. Nosso Salvador ergueu uma grande diante de

Si quando foi dia de Se aproximar de Seu Pai. Como naquele tempo não havia aqueci-

mento, não é difícil imaginar que Ele estremecia enquanto Seu metabolismo ainda era lento

no início da manhã. Talvez Ele sentiu a dor de erguer os olhos abertos, pois Ele era um

verdadeiro homem que passou longos dias e noites instruindo os ignorantes, convencendo

os contradizentes e curando os enfermos. Ele não tinha uma boa noite de sono antes de

Seus horários secretos de adoração. Talvez Ele tinha que ficar de pé antes que caísse no

sono. Talvez essas lutas conduziram a Sua simpatia em relação aos Seus discípulos no

jardim. Quando eles dormiram em vez de orar, Ele disse gentilmente: “O espírito está pron-

to, mas a carne é fraca”. Oh, Ele sentiu a fraqueza da carne humana!

Uma cruz cumprimenta o Cristão que está determinado a levantar cedo para encontrar o

seu Deus. Ela começa com o despertador. O eu deseja mais uma hora de sono. É razoável

manter-se na cama uma vez que o bebê acordou duas vezes ontem à noite. Mas se o amor

de Cristo arde em sua alma, você preferiria infligir dor a si mesmo do que mergulhar nas

demandas do negócio em casa e escritório, e terminar o dia com a triste constatação de

que você não esteve com Ele, nos momentos de tranquilidade, em momento algum. Além

disso, a levantar cedo no dia, você deve negar a si mesmo os agradáveis eventos sociais

noturnos, que tendem a durar até horas tardias.

E quando você tem conseguido trazer a si mesmo para as suas devoções, o eu obstinado

intromete-se ainda. Os pensamentos de seus assuntos exigem a atenção de sua mente, de

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modo que a contemplação sincera da glória de Deus é excluída. Mil interesses egoístas

impedem a verdadeira oração a cada começo. Nosso Senhor nos ensinou que a oração

começa quando o coração clama: “Santificado seja o Teu nome”. Ela não pode ser proferida

até que o auto-interesse seja brutalmente arrancado da alma, como um dente é de sua

mandíbula. Isso é doloroso e embaraçoso.

Pregadores atendem santos, com olhar triste, que gostariam que eles lhes recomendassem

um bom livro sobre devoções, algo para lidar com seus espíritos abatidos. O local de retirar-

se em privado tem se tornando maçante ou ingrato. Muitas vezes, por trás do pedido está

o desejo de encontrar um novo segredo para se aproximar da corte de Deus, um pequeno

dispositivo ou um simples passo de volta para o lugar de comunhão alegre com Deus e o

Cordeiro. Não existem tais livros ou dispositivos. Você deve levar uma cruz! Mire o eu. Esta-

beleça objetivos de mortificar o eu. Negue-se a si mesmo! Rápido! Levante cedo! Clame

com uma nova união de todas as suas energias pelo objetivo de conhecer o Senhor. E ama-

nhã? A cruz estará lá novamente. E se você não escolher infligir dor a si mesmo, você cairá

mais uma vez em frieza. Você retirar-se-á à distância do Senhor.

Algumas pobres criaturas pararam de buscar as alegrias da presença de Deus. Talvez você

tenha assumido que Deus não irá mostrar-lhe a Sua glória. Pelo contrário, Ele tem prazer

em fazer-Se conhecido. Mas há uma cruz no limiar do esconderijo do Altíssimo. Para chegar

à sombra do Todo-Poderoso você deve levar o eu à uma morte lenta e agonizante.

A longa sombra da cruz irá segui-lo de sua casa até o seu campo de serviço para o Senhor.

Testemunhas fiéis a Cristo enfrentam dores terríveis. Quando você chega na sua loja, os

colegas de trabalho podem estar reunidos em um canto rindo e erguendo os ombros. Você

sabe que não ousa aproximar-se para participar. O assunto do bom humor é imundo. Duran-

te o dia, enquanto opiniões sérias são discutidas, há uma oportunidade para dar a visão

bíblica sobre questões do pecado, da justiça ou do propósito da vida. Mas cada vez que

você fala, você já viu a rejeição de si mesmo com seus pontos de vista. Cada testemunho

da verdade torna você mais indesejável. Você será ousado pela verdade hoje?

Os Cristãos são sensíveis. Nós queremos ser amados e aceitos. É deleitoso ser agradável

e pacífico. É o nosso desejo nos tornarmos mais íntimos de outros homens. Alguns brutos

testemunham com uma atitude de: “Eu não me importo com o que os outros pensam de

mim”. Isso é ser insensível, não gracioso. Como a graça de Deus aviva em nós o amor pe-

los homens, um senso de cortesia é aumentado, um desejo de doçura e paz é aumentado.

Mas, com tudo isso a honra do nosso Senhor está em questão na discussão. O bem-estar

eterno das almas dos homens está em jogo com a compreensão deles da verdade.

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O que o Cristão deve fazer se ele deve testemunhar? Ele deve escolher conscientemente

palavras que causem dor à sua própria consciência social e amor pela paz. [...]. Não há

passos fáceis ao testemunhar! Nem métodos indolores, não embaraçantes! Você deve

levar os homens a verem que eles são pecadores imundos sob a ira de Deus, que devem

fugir para Cristo por misericórdia. Isso é ofensivo. E não há nenhuma maneira de revesti-lo

com mel.

Quando uma jovem explica o evangelho para a sua mãe, ela pode quase antecipar a recep-

ção fria. Em qualquer forma que a verdade seja apresentada, está implícito o erro da mãe

ao longo da vida. É tudo uma negação da religião dela, seus pontos de vista, seu estilo de

vida, por parte de uma filha. Isso corta o coração como uma faca. Sim, mas quando a espa-

da da Palavra corta o coração da mãe, uma filha sensível tem, ao mesmo tempo, escolhido

direcionar golpes em sua própria carne. O “eu” teve que ser crucificado. Dois corações são

quebrantados, não apenas um.

Enquanto a cruz lança uma sombra sobre a adoração de testemunho árido, suas sombras

também caem sobre todo o serviço a Deus. Perguntas como: “Você ensinará uma classe

de Escola Dominical?”, tornam-se em “você abrirá mão de noites tranquilas e divertidas que

seguem dias frenéticos no escritório? Você sacrificará o relaxamento para estudar seria-

mente a Palavra de Deus, em preparação para a classe? Você gastará o tempo escasso

para orar por seus alunos?”. Cada dever assumido para o bem da Igreja impõe restrições

em outros lugares.

Uma imagem da cruz é perceptível em toda a vida Cristã. Nosso Senhor não estava falando

em hipérbole quando Ele coloca diante de nós a cruz de cada dia. Afastar-se desta é retro-

ceder para o caminho largo que leva à destruição.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use estas palavras para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Fide • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.