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ESTUDO EXPLORATÓRIO DAS DIFERENÇAS NA INTENÇÃO EMPREENDEDORA ENTRE HOMENS E MULHERES NO NORTE DE PORTUGAL

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ESTUDO EXPLORATÓRIO DAS DIFERENÇAS NA INTENÇÃO EMPREENDEDORA ENTRE HOMENS E MULHERES NO NORTE DE PORTUGAL

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ESTUDO EXPLORATÓRIO DAS DIFERENÇAS NA INTENÇÃO

EMPREENDEDORA ENTRE HOMENS E MULHERES NO NORTE DE PORTUGAL

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ÍNDICE

Introdução Revisão Bibliográfica Metodologia Amostra Resultados Considerações finais Referências Bibliográficas

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INTRODUÇÃO

O comportamento empreendedor constituí uma condição necessária para o desenvolvimento económico. (Schumpeter, 1942; Reynolds, 2002);

Constata-se a existência 23 milhões de pequenas e medias empresas na Comunidade Europeia. , o que representa 99% do tecido empresarial. (CE, 2006)

A criação de empresas trás algumas vantagens para Portugal, para as pessoas/empresas /comunidade e Portugal encontra-se na quarta posição do menos empreendedor . (GEM, 2004)

As questões de género também se manifestam na área da criação de empresas. Estudos de vários autores..(Reynolds, Bygrave, Autio, Cox y Hay, 2000)

Perceção de compatibilidade trabalhar por conta própria e cuidar dos filhos (Winn, 2004)

As mulheres se deparam com mais barreiras (menor Capital Humano (Winn 2005), menor capital social Carter e Shaw, 2006) e menor capitalização. (Prior e Driga, 2009)

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Revisão Bibliográfica

Definição de emprendedor - Varela 1998 citada em Moriano (2005, p. 57)

“É a pessoa capaz de perceber uma capacidade de produção ou de serviço e perante ela formular libre e independentemente uma decisão de consecução e afetação dos recursos naturais, financeiros, tecnológicos e humanos necessários para poder implementar o negócio, Este, para além de criar valor adicional para a economia, gera trabalho para ele e muitas vezes para os outros”.

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O PROCESSO EMPREENDEDOR

El proceso emprendedor

Nota. Elaborado a partir de Carton et al. (1998) y Baron (2002

Proceso emprendedor (entrepreneurship) Gestión (management)

Pre-lanzamiento Lanzamiento

Idea de negocio

Creación del nuevo negocio

Construcción de la Organización Mantenimiento

Formación de la nueva aventura empresarial

Rendimiento del nuevo negocio

Crecimiento

Quiebra

Post-lanzamiento

Identificación oportunidad

Dif

icul

tade

s y

obst

ácul

os

Factores Individuales, interpersonales y sociales

Factores Individuales, interpersonales y sociales

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FATORES MOTIVACIONAIS PARA EMPREENDER

Fatores Motivacionais para Emprender

Fator Oportunidade (Pull) Necesidade (Push)Cómo surge a motivação

de emprenderIndividuo Ambiente/Entorno

Objetivo principal Orientação para o futuro Fugir da situação atual

Resultados esperados

- Reconhecimento, prestigio, - Tempo livre- Equilíbrio trabalho/vida pessoal- Ser o próprio chefe- Assumir riscos, independência- Iniciativa- Por em prática ideias próprias- Bons rendimentos- Tarefas interessantes-Realização e desenvolvimento pessoal

- Evitar desemprego- Sair de una situação de emergência- Superar a insatisfação com a situação vocacional- Condições e horários laborais flexíveis.

Nota: Elaborado a partir de Dej. (2007)

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EMPREENDER EM PORTUGAL

A aversão ao risco, a baixa criatividade e a pouca familiarização com o processo de criação de novos negócios são alguns dos fatores que inibem a criação de empresas entre os estudantes das universidades portuguesas. Teixeira , 2008

Em Portugal, durante o período de 2000 a 2007, se verifica um aumento gradual do número total de empresas registadas (267.192 em 2000 e 423.719 em 2007), o que corresponde a uma taxa de crescimento medio anual de 6,85% para o total de empresas Boletim Mensal da Economia Portuguesa, 2010.

O estado português preocupa-se por fomentar o progresso e o aumento da estabilidade económica e social do país.

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QUESTÕES DE GÉNERO

El efeito de telhado de vidro funciona como una “barreira invisível” que impede a progressão das mulheres na carreira (Bryant, 1984)

No caso das mulheres com o mesmo nível educativo que os homens e com experiências laborais similares, estas têm salários significativamente inferiores que os homens e receberam menos promoções (Goodson et al. 1997).

Os estudos referem que o mundo das organizações segue uma estrutura patriarcal (Morgan, 1997; Winn, 2004; Mattis, 2004; Mavin, 2006 citado em Patterson, 2007).

Para um grande número de mulheres a insatisfação com o emprego e com as políticas organizacionais funciona como uma motivação de grande importância para o trabalho por conta própria (Weiler y Bernasek, 2001 citado em Patterson, 2007)

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O ESTUDO DA INTENÇÃO EMPRENDEDORA

Modelo Teórico- Teoría da Ação Planificada (TAP)

Atitude para a

conduta

Atitude para a

conduta

Norma subjetiva

Norma subjetiva

Controle percibido

Controle percibido

IntençãoIntenção CondutaConduta

Adatado de “The theory of planned behavior”, Ajzen, 1991

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ATITUDE

A atitude está determinada pelas diversas crenças que a pessoa tem face ao objeto (coisa, pessoa ou instituição) e a avaliação que as pessoas realizam destas crenças. Esta avaliação é o componente afetivo da atitude, determinando a motivação e a força da intenção da conduta. Podemos possuir distintas crenças mas estas, por sí sós, não conducem à ação (Fishbein e Ajzen, 1975; Ajzen 1989; Morales, Rebollo, e Moya. 1994 citado em Carpi y Breva., 2001).

Exemplo: perguntamos o que significa para a pessoa criar uma empresa e o grau de desejabilidade desse comportamento. Assim uma atitude favoravel estará associada a que a intenção de levar a cabo uma ação seja maior (Moriano, 2010).

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NORMA SUBJETIVA

A norma subjetiva se baseia na pressão social percebida para realizar ou não um comportamento e reflete o efeito dos valores sociais (Morales et al., 1994)

A norma subjetiva é a componente mais social do modelo, uma vez que reflete a influência de pessoas significativas para o sujeito numa decisão de desenvolver a sua carreira profissional a través do trabalho por conta própria.

Por exemplo: Ter familiares com experiência na criação de empresas, permite que as pessoas possam observar de perto os seus aspetos tanto positivos como negativos (Sánchez-Almagro, 2003; Scherer, Adams e Wiebe, 1989; Shapero, 1982 citado em Moriano et al., 2006).

Em que medida estaria

de acordo a

sua família

Si tomasse a decisão

de ser emprend

edor

Em que medida

estariam de acordo

os sus amigos

Si tomasse a decisão

de ser emprended

or

Em que medida

estariam de acordo os seus colegas

Se tomasse a decisão

de ser empreende

dor

Como valoriza a sua

família, amigos

e colegas,

este assunto

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AUTOEFICÁCIA

A auto eficácia é a crença nas nossas capacidades e é consistentemente referida como um traço definidor do perfil empreendedor em muitos estudos (Baron, 1998; Chen, Green e Crick, 1998; Markman, Balkin e Baron, 2002; Markman e Baron, 2003) ;

A formação da intenção empreendedora nos homens está fortemente associada a fatores pessoais, e especialmente ao desenvolvimento do controle percebido ou autoeficácia empreendedora.

A evidencia empírica demonstra que as mulheres detêm uma menor perceção de autoeficácia e isto se comprova nas suas opções académicas, no seu acesso a diversas profissões e concretamente na forma como evitam a atividade empresarial (Hackett e Betz, 1981; Eccles, 1994; e Chen et al, 1998, Wilson, Marlino e Kickul, 2004)

Elevado nível de autoeficácia – pessoas mais eficientes, mais

seguras, mais motivadas, mais empreendedoras.Belkis Oliveira | ISVOUGA| Novembro 2013

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VALORES

Schwartz (1996) propõe no seu modelo uma estrutura de valores formada por 10 tipos de valores, que se agrupariam dentro de dimensões de individualismo (poder, logro, hedonismo, estimulação e auto direção) de coletivismo (benevolência, tradição, e conformidade), e valores mistos (universalismo e seguridade).

Morris, David e Allen (1994) As culturas individualistas favorecem o espirito empreendedor, promovem a responsabilidade, a obtenção de benefícios e a inovação, enquanto que as culturas coletivistas poderiam não favorecer o empreendimento pois funcionam como culturas mais acomodadas que evitam conflitos e se resistem as mudanças, o que é necessário para a implementação novas ideias.

Valores individualistas Valores mistos Valores coletivistas

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HIPÓTESES

H 1. As mulheres estarão mais motivadas que os homens pela necessidade que pela oportunidade quando se propõem desenvolver a sua carreira profissional através do trabalho por conta própria.

H 2. As mulheres apresentam uma intenção mais baixa de empreender que os homens.

 H 3a. A norma subjetiva tem uma influência positiva e significativa na intenção empreendedora.

H 3b. A influencia da norma subjetiva é mais significativa para as mulheres que para os homens.

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HIPÓTESES

H4a. A autoeficácia tem uma influência positiva e significativa na intenção empreendedora.

H4b. A influencia da autoeficácia é mais significativa para os homens que para as mulheres.

H5a. Os valores pessoais individualistas do modelo de Schwartz (poder, logro, hedonismo, estimulação e Auto direção) terão uma influência positiva na intenção empreendedora.

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METODOLOGIA - AMOSTRA

Nesta investigação participaram 203 estudantes das áreas de economia, direito, gestão e solicitadoria. Dos quais 44,85% são homens e 55,15% são mulheres com idades compreendidas entre 19 e 57 anos. A idade media dos/das participantes foi de 29,30 anos (DT = 8,00). Mais da metade dos/das inquiridos/das da amostra 69,6% tem algum familiar direto ou indireto que é empresário/a ou tem tido a sua própria empresa.

Os dados foram recolhidos a partir de um questionário, que esta constituído por varias escalas .

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METODOLOGIA - AMOSTRA

RESULTADOS RELATIVOS A AMOSTRA

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Análisis genérico da Amostra.

Mulheres Homens

Frequência % Frequência %

Experiência laboral 76 71,00 63 72,40

Experiência de auto emprego 14 13,10 26 29,90

Familia empresaria 74 69,20 61 70,01

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METODOLOGIA - INSTRUMENTO:

Escalas do questionário:

Dados demográficos; idade, sexo, localidade, freguesia.

Formação académica; nível de estudos, área de conhecimento, centro académico.

Emprego; situação laboral, experiência como empreendedor.

Aspetos familiares: se perguntava se “algum membro da sua família direta é empresário/a ou tem sido ( sim /não).

Valores; Neste estudo se utilizou o questionário de valores de PQV (Portrait Values Questionnaire, Schwartz, 2005 ), se medem os valores de forma indireta. Escala tipo likert de 0 a 5 ( não se parece comigo /se parece muito comigo). Alfa de Cronbach de .90.

Atitude; esta escala mede a atitude que a pessoa demonstra relativamente a ser empreendedor (Moriano, Gorgievski, Laguna, Stephan e Zarafshani, 2011). Por um lado, se explora o que significa para a pessoa criar uma empresa e por outro o grau de desejabilidade. Escala tipo likert de 0 a 6 totalmente (improvável /provável) .Alfa de Cronbach de .76.

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Metodologia - instrumento:

Autoeficácia empreendedora; esta escala surge a partir de uma escala desenvolvida em San Diego State University pelos professores Alex de Noble, Don Jung e Sanford Ehrlich (1999). Esta escala mede em que áreas a pessoa se considera eficaz quando pretende desenvolver tarefas associadas a criação e gestão de empresas. Escala tipo likert de 0 a 6 (totalmente: ineficaz – eficaz). Alfa de Cronbach de .96.

Norma Subjetiva; mede a influencia que o entorno imediato do sujeito exerce sobre a conduta. A escala de resposta era tipo Likert de cinco pontos, desde 0 (nada de acordo) a 6 (totalmente de acordo). Alfa de Cronbach de .90.

Intenção empreendedora; Este item contem cinco afirmações que pretendem medir a intenção da pessoa de criar um negócio ou empresa. A escala de resposta era tipo Likert de seis pontos (nada/totalmente). Alfa de Cronbach de . 63.

Motivação para empreender. Pretende identificar as motivações da pessoa quando pretende criar uma empresa, si são por necessidade ou por oportunidade. A escala de resposta era tipo Likert, as pontuações variam entre -3 necessidade e 3 oportunidade.

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Metodologia - Procedimiento

O questionário foi administrado durante as aulas, entre Janeiro e Junho de 2011, respeitando a participação voluntária e a confidencialidade dos dados. Se referiu aos jovens que pretendíamos conhecer alguns aspetos da sua formação académica. Os questionários se administraram nas seguintes universidades: Faculdade de Direito Universidade do Porto, Universidade Portucalense, Instituto Superior Entre o Douro e Vouga e Universidade Católica Portuguesa.

Concluído o processo de aplicação dos questionários, iniciamos o seu tratamento mediante a elaboração de uma base de dados utilizando o programa SPSS (Statical Package for Social Sciense), versão 15.0.

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Resultados

Comparação das medias dos componentes do modelo TAP

Mulheres Homens

Media DT Media DT t

Intenção empreendedora 3.57 1.58 3.98 1.28 1.97*

Atitudes 2.83 0.91 2.86 1.00 0.17

Norma Subjetiva 2.85 1.22 2.63 1.28 -1.23

Autoeficácia empreendedora 3.89 1.05 4.30 0.83 2.94** * p < .05, ** p < .01

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Resultados

Análises de CorrelaçõesAnálise de correlação com intenção empreendedora

Intenção empreendedora

Atitudes .555**

Norma subjetiva .364**

Auto eficacia .588** * Correlação significativa ao nível de 0,05 (bilateral) ** Correlação significativa ao nivel 0,001 (bilateral)

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Resultados

Análises de correlações

Correlação valores individualistas e a Intenção empreendedora

Intenção empreendedora

Poder 176**

Logro .128

Hedonismo .078

Estimulação .249**

Auto-direção .142*

*Correlação significativa ao nível de 0,05 (bilateral) ** Correlação significativa ao nivel 0,001 (bilateral)

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Resultados significativos

Análises de Regressão

Variável critério: Intençãoempreendedora

Modelo Homens Modelo Mulheres

Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 1 Passo 2 Passo 3

Idade - ,060 - ,028 - ,052 - ,030 - ,045 - ,017

Nivel socioeconómico ,098 ,085 ,030 ,160 ,136 ,113

Família empresaria ,248* 176 ,094 ,212* ,201* ,090

Auto direção ,136 - ,071 ,154 - ,090

Estimulação ,298* ,005 ,140 ,049

Hedonismo ,128 ,165 - ,124 - ,051

Logro - ,217 - ,227 ,057 ,017

Poder ,136 ,095 - ,025 ,022

Atitude ,218 ,290*

Norma Subjetiva ,130 ,115

Autoeficacia emprendedora ,370* 327**

F 2.52* 2.72* 5.908*** 2.67* 1.733 6.020***

R 2 .085 .220 .468 .073 .125 .413

?R 2 - .139* .388*** .053 .345**

p < .05; ** p < .01; *** p < .00

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Resultados Significativos

Intenção empreendedora dos homens

Intenção empreendedora das mulheres

Estes resultados apoiam a hipótese 4a e mostram a importância da autoeficácia para explicar a intenção empreendedora dos estudantes masculinos da amostra

Estes resultados apoiam a hipótese 4 y demonstram a importância da autoeficácia da atitude para explicar a intenção empreendedora das estudantes da amostra

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Resultados - hipóteses

H 1. As mulheres estarão mais motivadas que os homens por necessidade que por oportunidade quando planeiam desenvolver a sua carreira profissional a través do autoemprego. Não se confirma. (t = .22 y p = .223).

H 2. As mulheres apresentam uma intenção mais baixa de empreender que os homens. Confirmada. Existem diferenças significativas. Media das mulheres inferior a dos homens. t= 1.97 ; p < .005.

 H 3a. A norma subjetiva tem uma influência positiva e significativa na intenção empreendedora. Confirmada. Correlação positiva e significativa ,

p < .001 H 3b. A influência da norma subjetiva é maior para as mulheres que

para os homens. Não se confirma. t = -1.23 y p = .624)

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Resultados - hipótesis

H4a. A autoeficácia tem uma influência positiva e significativa na intenção empreendedora. Confirmada.

Correlação positiva e significativa p < .001).

H4b. A influencia da autoeficácia é mais significativa para homens que para mulheres. Confirmada. t= 2,94; p < .001

H5a. Os valores pessoais individualistas do modelo de Schwartz (poder, logro, hedonismo, estimulação e Auto direção) terão uma influência positiva na intenção empreendedora. Confirmada.

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Conclusões

A intenção empreendedora nos homens da amostra está fortemente

associada a autoeficácia empreendedora, pelo que quando se percebem a si

mesmos eficazes para trabalhar por conta própria, apresentam uma maior

intenção de desenvolver a sua carreira profissional a través do autoemprego

esta de acordo com Baron, 1998; Markman e Baron, 2003, que indicam a

autoeficácia como uma característica definidora do perfil empreendedor.

Nas mulheres, não só conta a perceção que tem de si próprias no que respeita

a autoeficácia mas também a sua perceção sobre o que significa criar uma

empresa e o grau de desejabilidade que tem essa ação na sua vida. Uma vez

que ser empreendedor/ra está associado a riscos financeiros, e a enfrentar

novos desafios com um trabalho árduo, uma das explicações possíveis que

afeta la intenção de empreender das mulheres poderá estar relacionada com

la dificuldade da mulher em conciliar a vida pessoal e profissional e os

conflitos família-trabalho. Osca, e Martínez Pérez, (2002).

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Conclusões

A norma subjetiva não apresenta diferenças significativas entre homens e mulheres, no entanto, a media do item é mais elevada no caso das mulheres ver tabela 3, o que vai de encontro com os estudos realizados por Leroy 2009 e de Moriano 2005, nestes estudos, como referido anteriormente, a influência normativa tem mais importância para as mulheres que para os homens.

Na motivação para empreender, apesar de não existirem diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres a média da amostra no geral é de 2,15 o que denota uma proximidade relativamente aos valores “pull” ou de oportunidade o que vai na linha de estudos de: Gaspar, 2008 e da Organização Internacional do Trabalho (2004)

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Conclusões para as politicas públicas

Os valores individualistas poder, estimulação e Auto direção correlacionam positivamente com a intenção empreendedora o que corrobora os estudos de Morris, David e Allen (1994) as culturas individualistas favorecem o espirito empreendedor, promovem a responsabilidade, a obtenção de benefícios e a inovação. Daí a necessidade de evitar um excesso de paternalismo por parte do estado.

O papel da família empresaria na intenção de empreender é significativo e importante tanto nos homens como nas mulheres. Pelo que, ter pessoas da família empresárias atua como modelo e é um fator importante de influência na intenção de criar uma empresa, o que está de acordo com os resultados obtidos por vários autores (Caputo e Dolinsky, 1998, citado en Cecile Wetzels e Ruta Aidis. 2007; Andreu. 1998; Brockhaus. 1982; Hisrich e Brush. 1986; Katz. 1992; Roberts e Wainer. 1968; Sánchez-Almagro. 2003; Scherer. Adams e Wiebe. 1989; Teixeira. 2011). Promover a imagem do Empresário/a de forma a torna-lo/a mais próximo da comunidade e um modelo a seguir pelas gerações futuras.

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Conclusões / limitações

Uma das principais conclusões do estudo está relacionada com a necessidade de implementar sessões informativas, conferencias. Seminários e todo um conjunto de ações que promovam o empreendimento dos jovens de forma a incentivar a criação de empresas no norte de Portugal, só um 1.02 % da amostra assistiu a um seminário ou conferencia sobre Empreendedorismo.

Atualmente em vários países de Europa a disciplina empreendedorismo esta integrada no currículo educativo ao nível do segundo e terceiro ciclo promovendo um modelo académico de qualidade. Portugal deveria seguir estas iniciativas e conciliar esforços para que esta disciplina faça parte do Currículo escolar.

LIMITAÇÕES

Amostra não representativa

Necessidade de generalizar a outras zonas geográficas

Necessidade de realizar estudos longitudinais para contrastar a relação IE - CE

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