Itamar Assiére - backstage.com.br · com Nico Assumpção, Már-cio Montarroyos, Victor Bi-glione...

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88 www.backstage.com.br MEU EQUIPAMENTO PREFERIDO Miguel Sá [email protected] Itamar Assiére Itamar Assiére, tecladista e arranjador, conta para a Revista Backstage por que gosta de usar o teclado XP30, da Roland. Versatilidade e leveza do equipamento são alguns dos motivos. e o Roland XP 30 I tamar Assiére é um músico e arranjador que participa de trabalhos de diversos tipos e gêneros musicais: de trilhas de teatro com Bibi Ferreira a música de gafieira, com a sua orquestra Jazzfieira; de concertos com a Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) e Wagner Tiso a trabalhos ins- trumentais com Mauro Senise ou Carlos Malta. Para tanta diversidade, ele precisa de um equipamento que dê conta disso. No “Equipamento Preferido” deste mês está o teclado Roland XP30, que Itamar adquiriu no ano de 2000. “Eu o escolhi porque me dá todos os sons de que preciso, com muita qualidade. Principalmente os pads, os sons orquestrais e a placa Keyboards of the 60´s & 70´s, que me dá excelentes Rhodes e Hammonds”, diz. Itamar gosta muito do recurso Tone Palette “que me dá oito timbres na mão e mais oito apertando mais um botão”. O músico exemplifica o uso deste recurso no show de Bibi Ferreira Bibi In Concert III Pop. “Em uma mesma música, tenho trocas (de timbres) constantes no XP: são quatro com- passos de trompas, no compasso seguinte, madeiras, espero um pouco e entram metais, e por aí vai. É muito fácil de fazer isso nele, me dá muita agilidade. No medley de tangos, uma hora toco o bandoneom sozinho no XP”, comenta o arranjador. Nos concertos da OPES, com Wagner Tiso, ele usa o XP para fazer os ins- trumentos que eventualmente faltam quando a formação da orquestra não está completa, como xilofone, celesta ou har- pa. “Na turnê do Marco Pereira, em 2000, o XP foi funda- mental, pois também tinha trocas de timbres o tempo todo”, relembra. Para gravações, o músico só não toca o XP quando faz sons de piano. Ele destaca também a leveza do equipa- mento, que pesa 8 quilos, além da possibilidade de expansão com placas. Características Lançado em fins da década de 90, o XP30 tem o mesmo set de sons de outra linha famosa da Roland, a JV, composta por dois módulos de sinte- tizador. O JV 1080 e o JV 2080. Entre os recursos que Itamar tem à disposição estão efeitos como reverb e chorus, quatro faders programáveis para con- trole de som em tempo real e recursos de edição e armazenamento. O slot Smart- Midia, por exemplo, faz com que seja possível armazena- mentos adicionais de patches e performances em cartões SmartMidia tanto de 2MB como de 4MB. O músico pode usar 61 teclas no instrumento, que ainda tem um layout “Em uma mesma música, tenho trocas constantes no XP: são quatro compassos de trompas; no compasso seguinte, madeiras, espero um pouco e entram metais, e por aí vai”

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MEU EQUIPAMENTO PREFERIDO

Miguel Sá[email protected]

Itamar AssiéreItamar Assiére, tecladista e arranjador, conta para a Revista Backstage porque gosta de usar o teclado XP30, da Roland. Versatilidade e leveza doequipamento são alguns dos motivos.

e o Roland XP 30

Itamar Assiére é um músico e arranjador que participa detrabalhos de diversos tipos e gêneros musicais: de trilhasde teatro com Bibi Ferreira a música de gafieira, com a

sua orquestra Jazzfieira; de concertos com a OrquestraPetrobras Sinfônica (OPES) e Wagner Tiso a trabalhos ins-trumentais com Mauro Senise ou Carlos Malta. Para tantadiversidade, ele precisa de um equipamento que dê contadisso. No “Equipamento Preferido” deste mês está o tecladoRoland XP30, que Itamar adquiriu no ano de 2000. “Eu oescolhi porque me dá todos os sons de que preciso, com muitaqualidade. Principalmente os pads, os sons orquestrais e aplaca Keyboards of the 60´s & 70´s, que me dá excelentesRhodes e Hammonds”, diz.

Itamar gosta muito do recurso Tone Palette “que me dáoito timbres na mão e mais oito apertando mais um botão”. Omúsico exemplifica o uso deste recurso no show de BibiFerreira Bibi In Concert III Pop. “Em uma mesma música,tenho trocas (de timbres) constantes no XP: são quatro com-passos de trompas, no compasso seguinte, madeiras, esperoum pouco e entram metais, e por aí vai. É muito fácil de fazerisso nele, me dá muita agilidade. No medley de tangos, umahora toco o bandoneom sozinho no XP”, comenta oarranjador. Nos concertos da OPES, comWagner Tiso, ele usa o XPpara fazer os ins-

trumentos que eventualmente faltam quando a formação daorquestra não está completa, como xilofone, celesta ou har-pa. “Na turnê do Marco Pereira, em 2000, o XP foi funda-mental, pois também tinha trocas de timbres o tempo todo”,

relembra. Para gravações, o músico só não toca o XP quandofaz sons de piano. Ele destaca também a leveza do equipa-mento, que pesa 8 quilos, além da possibilidade de expansãocom placas.

Características

Lançado em fins da década de 90, o XP30 tem o mesmoset de sons de outra linha famosa da Roland, a

JV, composta por dois módulos de sinte-tizador. O JV 1080 e o JV 2080. Entre os

recursos que Itamar tem à disposiçãoestão efeitos como reverb e chorus,quatro faders programáveis para con-trole de som em tempo real e recursos

de edição e armazenamento. O slot Smart-Midia, por exemplo, faz com que seja possível armazena-

mentos adicionais de patches e performances em cartõesSmartMidia tanto de 2MB como de 4MB. O músico podeusar 61 teclas no instrumento, que ainda tem um layout

“Em uma mesma música, tenho trocasconstantes no XP: são quatro

compassos de trompas; no compassoseguinte, madeiras, espero um pouco e

entram metais, e por aí vai”

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MEU EQUIPAMENTO PREFERIDO

www.roland.com.br

Para saber mais

bastante amigável, com co-

mandos iluminados e eviden-

tes. Além dos timbres encontra-

dos no JV 2080, o tecladista ain-

da pode contar com os timbres

das placas Orchestral Session e

Techno. O equipamento tem

64 vozes de polifonia e ainda

dois slots de expansão para pla-

cas de timbre SR e JV.

Itamar Assiére

O músico começou a estu-

dar piano aos 6 anos de idade.

Aos 11, tocava em igrejas, e

com 14 anos já estava nos bailes, tocando teclados em bandas de

rock. Nos estúdios, Itamar começou muito bem acompanhado.

Seu primeiro trabalho foi gravando teclados para Gilson

Peranzzetta. Uma outra grande influência do tecladista foi o

baixista Luizão Maia. “Os dois me abriram todas as portas. Desde

então, já toquei e gravei com muita gente”, diz Itamar. No samba,

por exemplo, Itamar tocou com pesos-pesados como Martinho da

Vila (cinco CDs), Beth Carva-

lho (DVD A madrinha do

samba), Jorge Aragão, Nei

Lopes e D. Ivone Lara. Da

MPB, já tocou com Ivan Lins,

Emílio Santiago, Leila Pinhei-

ro, Gal Costa, Guinga, Rosa

Passos (CD Festa), Leny An-

drade (Leny Andrade canta

Nelson Cavaquinho), Francis

Hime (Sinfonia do Rio de Ja-

neiro) e Família Caymmi. Da

música instrumental, tocou

com Nico Assumpção, Már-

cio Montarroyos, Victor Bi-

glione e Léo Ortiz, entre outros. Os Internacionais, Dionne

Warwick, Arturo Sandoval e Sadao Watanabe também já

puderam contar com os teclados de Itamar.