Itautec e sustentabilidadeGUIA DO USUÁRIO CONSCIENTE

DE PRODUTOS ELETRÔNICOS

Apresentação 3

Introdução 4

Mas o que é sustentabilidade? 7

As 4 horas que fazem a diferença 10

Compra consciente 14

Uso consciente 18

Pós-uso consciente 24

Glossário 28

ÍndiceÍndice

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ApresentaçãoA Itautec é uma empresa 100% brasileira, que desenvolve há 30 anos

soluções e serviços de informática, automação bancária e comercial.

Parte do grupo Itaúsa, a Itautec possui 33 unidades de serviços e oito

laboratórios de suporte, que atendem a cerca de 3700 cidades brasileiras.

Além disto, a empresa atua junto aos principais fóruns da indústria,

sempre defendendo a evolução do setor de tecnologia e valorizando a

pesquisa e desenvolvimento genuinamente brasileiros. Como parte de sua história recente, a empresa adotou políticas e

processos que visam a responsabilidade socioambiental, os quais incluem o uso racional de recursos naturais, bem como o pioneirismo na fabricação de equipamentos livres de substâncias tóxicas e a reciclagem de resíduos eletroeletrônicos. Por conta desta experiência, e do crescente interesse em torno do tema sustentabilidade – que é de importância indiscutível –, a Itautec decidiu contribuir para a disseminação das informações contidas neste Guia.

Acreditamos que somente com a divulgação destes conceitos será possível estimular sua discussão junto aos diversos públicos de interesse e contribuir para o uso responsável da tecnologia da informação, respeitando o meio ambiente e na defesa dos interesses das gerações futuras.

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Imagine um mundo sem celulares, sem computadores pessoais, internet, TVs de tela plana, tocadores de MP3, MP4, MP10... Um mundo sem câmeras digitais, sem jogos eletrônicos, memórias fl ash, impressoras, home theater... Difícil, não é? Todo este conjunto de equipamentos eletrônicos já faz parte de nossas vidas de tal forma que é estranho nos imaginarmos sem eles. E, no entanto, até não mais que 25 anos atrás, a maioria deles não existia ou era acessível a uma minoria privilegiada, por seus custos altíssimos.

A popularização dos equipamentos eletrônicos, especialmente os que são usados para comunicação e lazer, permitiu, como nunca antes, que milhões de pessoas de todas as classes sociais tivessem acesso quase instantâneo à informação e à comunicação. Saímos de uma época em que possuir um telefone era um privilégio e investimento de poucos, para um tempo em que os celulares são

Introduçãoacessíveis a qualquer pessoa. Os computadores eram um sonho distante e hoje estão ao alcance de praticamente todos.

Os benefícios do aumento da variedade de oferta e da diminuição no preço destes equipamentos são evidentes: mais pessoas podem se comunicar, contam com novas opções de aprendizado, trabalham melhor, administram suas vidas de maneira mais efi ciente e até mesmo exercem a democracia de forma mais direta, como no caso das mobilizações públicas organizadas via Twitter e celulares.

O que muitas vezes não nos damos conta é de que todos estes produtos têm uma história com começo, meio e fi m, também chamada de “ciclo de vida”. Isto quer dizer que, antes de chegar às nossas mãos, eles demandaram um grande investimento em pesquisa, na retirada da natureza dos elementos usados na sua fabricação e no processo de produção e montagem, sem contar

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toda a logística necessária para fazer os equipamentos chegarem às lojas – e até nós.

Mas o ciclo não termina aí. Para onde vai o equipamento quando ninguém mais o utiliza? Provavelmente para o lixo, será a nossa primeira resposta. Outros podem se lembrar que ele pode ser reciclado e que suas pequenas

partes podem ser usadas em outros equipamentos ou produtos. Isso signifi ca que, cada um de nós, na condição de consumidor, tem um papel muito importante no ciclo de vida dos produtos e serviços que usamos.

No caso específi co dos produtos eletrônicos, isso começa no momento da decisão de compra. Afi nal, além do preço e qualidade, outros fatores deveriam ser levados em consideração na hora de decidir por este ou aquele

6produto, como a não utilização de elementos contaminantes no processo de fabricação, por exemplo.

O mesmo vale quando o consumidor decide que determinado produto já não lhe é mais útil: ao invés de simplesmente jogá-lo no lixo, deveríamos considerar a possibilidade de doá-lo, caso ainda esteja em condições de uso, para uma instituição que esteja necessitando, ou buscar formas de reciclá-lo.

A Itautec desenvolveu este Guia do Usuário Consciente de Produtos Eletrônicos com o apoio da Gestão Origami, empresa de consultoria especializada em sustentabilidade, como um serviço para ajudar os consumidores a tomar decisões conscientes na compra de seus produtos e artigos eletroeletrônicos.

O Guia apresenta os estágios de compra, uso e pós-uso consciente dos produtos eletrônicos, trazendo uma lista de ações simples que cada pessoa pode realizar no seu cotidiano para consumi-los de maneira consciente e sustentável. Apresenta também, de forma lúdica, as etapas envolvidas no ciclo de vida de um produto típico – neste caso um notebook – e, ao fi nal, traz algumas sugestões de websites de referência para que o leitor possa se aprofundar sobre o tema, além de um glossário com uma explicação resumida de alguns termos usados neste documento.

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Mas o que é sustentabilidade?

Em 1987 a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um documento que mudaria defi nitivamente a forma como as pessoas,

empresas e governos viam o tema do desenvolvimento e do meio ambiente no mundo. Era o Relatório “Nosso Futuro Comum”1, que chamou a atenção, pela primeira vez, para o risco de se manter o modelo de desenvolvimento adotado pelos países ricos e copiado pelas nações mais pobres. O aviso era simples: se continuarmos nesse modelo, os recursos naturais começarão a faltar, comprometendo o futuro das gerações que virão depois de nós.

O Relatório fortaleceu o conceito de “desenvolvimento sustentável”, segundo o qual devemos ser capazes de satisfazer as nossas necessidades atuais sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras também atenderem

as suas próprias necessidades. Ou seja, devemos explorar os recursos naturais e gerar riqueza econômica e social pensando não apenas no aqui e agora, mas também no amanhã.

Com o passar dos anos, essa defi nição evoluiu rapidamente, auxiliada pela constatação de que a atuação intensa da humanidade no planeta está produzindo efeitos que já estamos sentindo agora. Não falamos mais apenas dos impactos das mudanças climáticas que afetariam as “futuras gerações”, por exemplo, mas daquelas que já afetam dramaticamente nossas vidas hoje.

Neste contexto, a ideia de “sustentabilidade” se fortalece: nada mais é do que a busca de um equilíbrio das ações humanas na economia, na sociedade e no meio ambiente. É um desafi o comum para que todos nós – indivíduos, empresas, governos, organizações – atuemos no mundo de

8forma a gerar a satisfação de nossos desejos e aspirações, ao mesmo tempo em que garantimos as condições para que a humanidade continue desfrutando o direito de viver neste planeta. Isso se chama “perenidade”: dos negócios, da sociedade, de nós mesmos.

Evidentemente, existe ainda um longo caminho a seguir, e cada um de nós, nos nossos papéis de cidadãos e consumidores, temos de fazer nossa parte também.

Nas páginas seguintes, vamos descobrir como podemos atuar como “consumidores sustentáveis” de produtos eletroeletrônicos (computadores, impressoras, celulares, geladeiras, TVs etc.). Já que tudo nesta vida está interligado, ao atuar desta maneira, além de satisfazer nossos desejos de consumo, daremos uma contribuição fundamental para valorizar as empresas que investem seriamente na sustentabilidade. 1 Mais informações sobre o Relatório “Nosso Futuro Comum” podem ser obtidas em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland

do com que diversas empresas adequassem seus insumos segundo a diretiva ambiental europeia.

A empresa também é pioneira no desenvolvi-mento do que hoje é um dos projetos mais avan-çados em destinação de resíduos eletroeletrô-nicos em operação no Brasil. Trata-se do Centro de Reciclagem, localizado na cidade de Jundiaí, no interior do Estado de São Paulo, onde equipa-mentos são reciclados ao fi m de sua vida útil.

Neste espaço, os equipamentos são recebi-dos, desmontados, descaracterizados, pesados e depois têm suas partes segregadas por tipo de material. O procedimento é válido para computa-dores pessoais (desktops), notebooks ou equi-pamentos de automação.

Após a separação, estes resíduos são encami-nhados aos cuidados de recicladores homologa-dos para o processamento ou destinação fi nal. Estes parceiros da Itautec permitem que essas matérias-primas sejam reinseridas na cadeia produtiva, evitando desperdícios, acúmulo de resíduos e contaminação ambiental pelo descar-te incorreto.

Todos estes esforços têm recebido diversos tipos de reconhecimento, como o prêmio Fiesp Ambiental concedido em 2007 ao projeto do ATM CX3 e o Benchmarking Ambiental 2008, conce-dido ao projeto do novo sistema de embalagens para desktops.

A sustentabilidade na Itautec Na Itautec a sustentabilidade há muito saiu do

campo das boas ideias para ser incorporada às práticas produtivas.

Desde 2001, a empresa conta com um Siste-ma de Gestão Ambiental (SGA) que reúne suas políticas, programas e práticas corporativas de-dicadas à responsabilidade socioambiental. Isto signifi ca incorporar o uso racional de recursos materiais, energéticos, hídricos e a coleta seleti-va, entre outras ações.

A Itautec foi a pioneira no campo de Tecnologia da Informação no Brasil no que se refere à fabri-cação de equipamentos livres de chumbo, além de produzir microcomputadores e notebooks li-vres de outras substâncias tóxicas ao ambiente, como o cádmio, o cromo hexavalente (um anti-corrosivo para partes metálicas) e a cadeia de bromobifenilas (usadas para evitar a propagação de chamas).

Estes materiais tóxicos foram substituídos por outros, de acordo com a diretiva europeia RoHS, reconhecida em todo o mundo como uma refe-rência de adequação ambiental por recomendar a restrição ao uso de substâncias que agridem o ambiente.

Desde o fi m de 2007, todos os computadores portáteis (notebooks) produzidos pela Itautec são oferecidos ao mercado livres de substâncias tóxicas. Já no fi nal de 2008, a empresa conse-guiu migrar suas outras linhas de produtos para processos em conformidade com a RoHS, com rígidos controles ambientais. Isto consumiu in-vestimentos da ordem de R$ 3 milhões, aplicados ao longo de dois anos na adequação de linhas de produção. A adoção de novos processos acabou benefi ciando sua cadeia de fornecedores, fazen-

Para saber mais sobre as ações da Itautec no campo da sustentabilidade, visite a páginahttp://www.itautec.com.br/sustentabilidadeou entre em contato pelo emailsustentabilidade@itautec.com

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Quando vamos comprar um novo computador, notebook, impressora ou qualquer outro equipamento de informática, provavelmente as principais características nas quais pensamos são na sua utilidade, capacidade de memória, preço e onde vamos instalá-lo. Depois de realizada a compra, é difícil controlar a nossa ansiedade para abrir a caixa, fazê-lo funcionar e começar a usá-lo.

Isso tem sentido, porque fi nalmente compramos o produto em função de uma necessidade ou desejo que temos: apoio para atividades escolares, trabalho, jogos, navegar na internet. Ou tudo isso junto.

Mas acontece que muitas vezes não nos damos conta de que o uso do produto representa apenas uma parte da história. Antes de chegar às

nossas mãos, por exemplo, o computador passou por todo um processo que começou muito

antes, quando foram retirados da natureza os elementos usados

para fabricá-lo.Do mesmo modo, quando

chega a hora de descartá-lo para comprar um novo, por exemplo, a vida do produto seguirá seu rumo: ele será repassado para que outra

pessoa o utilize, para reciclagem ou, simplesmente, irá parar no lixo.

As 4 horas que fazem a diferença

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Isto se chama “ciclo de vida” do produto. Como consumidores, somos responsáveis diretos pela parte deste ciclo que se correlaciona com o uso que fazemos do produto a partir do momento que o adquirimos, até o momento em que nos desfazemos dele.

Por isso, é muito importante levar em consideração que, como consumidores, temos também um grande poder sobre a etapa anterior e posterior ao uso do produto.

Quando estamos no processo de decidir qual equipamento vamos comprar, de qual empresa, com quais características, com qual preço e para qual uso, o que acontece na prática é que estamos infl uindo sobre toda a indústria. Como? Simples.

Ao decidir comprar um produto que tenha um processo de fabricação com menor impacto sobre o meio ambiente, por exemplo, o sinal que enviamos à indústria, como consumidores, é o de que um produto sustentável tem mercado. Portanto, vale a pena investir, não apenas pelos benefícios

para a natureza e para a sociedade, mas também pelos benefícios econômicos para o próprio negócio. Com isso ganham todos: empresas, consumidores, sociedade e meio ambiente.

Da mesma forma, quando decidimos nos desfazer do equipamento que temos, a maneira como fazemos também é muito importante. Podemos decidir doá-lo para um familiar, amigo, pessoa ou instituição que necessite dele e para o qual ele ainda seja útil. Com isso, prolongamos seu tempo de uso, ao mesmo tempo em que benefi ciamos outras pessoas.

12Já se o equipamento não tem mais uso por estar quebrado, muito

desatualizado ou por outras razões, podemos decidir buscar uma maneira de reciclá-lo. É uma forma indireta de prolongar seu tempo de uso, garantindo que seus componentes ou materiais voltem para o ciclo de produção e façam parte de outros processos produtivos.

Em qualquer caso, a pior decisão que nós, como consumidores, podemos tomar é a de simplesmente jogar o equipamento ou a peça que não usamos mais no lixo. Pode até parecer, com isso, que estamos nos livrando de um problema, mas na prática estamos criando outro maior ainda: estamos despejando na natureza equipamentos repletos de substâncias que podem contaminar o solo, a água ou o ar que todos respiramos.

Além disto, o descarte sem critério implica em desperdício de matérias-primas valiosas e totalmente recicláveis.

Por isso, dizemos que as duas horas que nos dedicamos a pesquisar e decidir qual produto ou equipamento vamos comprar e as outras duas que levamos para decidir o que fazer com ele, quando já não tem mais utilidade, são tão importantes. Na verdade, de certa forma, são tão importantes quanto todo o tempo de uso concreto dos equipamentos que adquirimos.

Estas quatro horas podem representar uma contribuição pessoal ativa para a sustentabilidade da vida no planeta.

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6.1. Quando em bom funcionamento, passá-lo adiante, revendendo-o ou doando-o a outra pessoa ou a uma ONG, por exemplo.

6.2. Enviá-lo para reciclagem – com isso, ele se tornará parte do ciclo de vida de outros equipamentos, já que seus componentes serão reciclados e reaproveitados, evitando-se a contaminação do meio ambiente e diminuindo-se a necessidade de extrair os recursos limitados da natureza necessários para produzir novos equipamentos.

Ciclo de vidade um

notebook

4 Junto com vários outros, o notebook é distribuído para um intermediário – uma rede de supermercados, por exemplo – que se encarrega da venda direta aos consumidores. Ou pode ser comprado por uma grande empresa diretamente do fabricante para ser usado por seus funcionários.

3O equipamento é montado em uma fábrica.

2Recursos da natureza são extraídos e processados para fornecer os elementos necessários paramontar o notebook.

1Ele é concebido e desenhado para atender às demandas do mercado usando as novidades tecnológicas apropriadas aos consumidores a quese destina.

6Chega a hora do consumidor se desfazer do equipamento. Neste momento, ele tem duas opções principais:

5O consumidor compra o notebook, leva-o até sua casa e o utiliza por alguns anos.

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Compra conscienteSejamos realistas: quando decidimos comprar um novo

equipamento eletrônico, a primeira coisa que normalmente levamos em consideração é a clássica equação “B+B+B = Compra”. Em outras palavras, procuramos um produto que seja “bom, bonito e barato”. Encontrar o equilíbrio entre um equipamento que tenha qualidade garantida, somada a um desenho atrativo, tudo isso com um preço razoável, é o desejo de todo consumidor.

Estes três elementos serão sempre a base para a maioria das decisões de compra, mas a realidade é que o mundo está passando por transformações profundas. Todos nós sabemos que os recursos da natureza são limitados e estão cada vez mais escassos para suprir as necessidades da humanidade. Isso está nos obrigando pouco a pouco a acrescentar um novo elemento à equação apresentada acima: a letra “S”, de “sustentável”.

Ou seja, temos de pensar em buscar produtos e equipamentos que tenham boa qualidade e desenho, com um preço razoável e, coroando tudo isso, que, ao serem fabricados, consumidos e descartados, agridam o menos possível o ambiente e tragam mais benefícios para a sociedade e a economia.

Por parte das empresas, acrescentar o “S de sustentável” aos seus produtos depende de uma decisão interna de investir em processos de produção, distribuição e venda que levem em consideração os aspectos ambiental, social e econômico do negócio.

As chamadas “certifi cações” ou “selos”, concedidos por entidades geralmente independentes, são formas de dar visibilidade aos esforços das empresas em produzir equipamentos que sejam o mais amigáveis possível para o meio ambiente e a sociedade. Estes selos, como o Energy Star ou o EPEAT, registram que determinado equipamento atende às exigências, por exemplo, de uso efi ciente da

15energia ou de critérios baseados em atributos ambientais dos produtos edas práticas empresariais.

O mais importante é que estes selos – junto com outros elementos, como a pesquisa em websites de referência ou conversa com outros compradores – ajudam o consumidor a fazer um uso mais sustentável dessas duas horas em que está tomando a decisão de compra.

Por exemplo, que tal se na próxima vez que decidir comprar um equipamento de informática (computador, notebook, impressora, periféricos etc.) você dedicar um tempo para se informar mais sobre os esforços de sustentabilidade do fabricante do produto em que você está interessado?

Hoje em dia está cada vez mais fácil levantar informações básicas que ajudem a tomar uma decisão fi nal de compra. Digamos que você quer comprar um notebook. Você certamente quer um produto que tenha os famosos “3Bs” mencionados antes. O passo natural seguinte é buscar produtos que atendam a estes critérios básicos e você chega, digamos, a três ou quatro opções.

Antes de tomar a decisão fi nal, você, como consumidor consciente, dá um passo além e procura levantar, por exemplo, informações sobre o aspecto de sustentabilidade de cada produto, ou seja, sobre o impacto deles para o meio ambiente, a sociedade e a própria economia.

Isto é menos complicado do que parece. Algumas ações simples incluem: Visitar o website de cada fabricante

para saber o que eles afi rmam fazer nesta área. Veja como eles dizem que manejam aspectos como uso de componentes contaminantes ou se reciclam os equipamentos que

16vendem e como esta reciclagem é feita. Procure também saber quais selos e certifi cações eles têm.

Ainda pela internet, procure visitar websites que fazem análises dos equipamentos, sobretudo pelo aspecto da sustentabilidade2.

Peça para ler os manuais dos equipamentos antes de comprá-los e preste atenção nos folhetos promocionais oferecidos pelo vendedor para certifi car-se de que as ações de sustentabilidade estão registradas e explicadas.

Em todo caso, ao conversar com o vendedor ou o representante do fabricante, pergunte-lhe quais são as ações de sustentabilidade que a empresa realiza, especialmente as aplicáveis diretamente ao produto que você está querendo comprar.

Por exemplo, procure saber mais sobre a utilização de energia e como você pode ajustar o equipamento em questão para fazer um uso mais efi ciente da eletricidade. Pergunte quais selos e certifi cações o equipamento possui e busque informar-se sobre o que signifi ca cada um na prática.

Procure saber o que você pode fazer depois de deixar de usar o equipamento. A empresa fabricante o recicla? Se sim, como faz isso? Se a empresa é séria nos seus esforços de vender um produto “3B+S” (bom, bonito, barato e sustentável), deverá ter representantes capazes de responder a estas e outras perguntas. Caso o vendedor não consiga lhe responder, certamente ele levará esta difi culdade para a empresa fabricante e isso gerará uma “pressão positiva” para que estes profi ssionais sejam devidamente informados. Como consumidor, você estará, portanto, fazendo seu papel de induzir novos comportamentos.

2 O Centro de Estudos da Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas mantém um catálogo na internet de produtos e serviços que atendem a critérios de sustentabilidade. O catálogo pode ser acessado em: http://www.fgv.br/ces/cs/Outra opção (em inglês) é o site “Good Guide”, que utiliza uma rede de especialistas e cientistas para avaliar e comparar diversos produtos do ponto de vista da sustentabilidade. Vários destes produtos são encontrados no Brasil, portanto vale uma visita ao site: http://www.goodguide.com/

17Quando fazemos este pequeno exercício de pesquisa e comparação de preço,

qualidade e sustentabilidade, e compramos um produto ou equipamento que tem estes elementos bem equilibrados, mandamos uma mensagem muito forte para as indústrias: aquelas que não se esforçarem de verdade para incluir a sustentabilidade nos seus processos de fabricação, distribuição, venda e “pós-uso”, ou seja, no ciclo de vida completo dos seus produtos ou serviços, fi carão cada vez mais ultrapassadas.

Lembre-se: um consumidor consciente e sustentável busca sempre fazer uma compra que, além de satisfazer suas necessidades e desejos, deixe também uma marca positiva para o planeta e a sociedade.

Lista da compra conscienteAÇÕES OU PERGUNTAS QUE DEVEM SER FEITAS ANTES DE SE DECIDIR PELA COMPRA DO SEU EQUIPAMENTO

Você já se perguntou sobre a real necessidade de comprar um produto ou equipamento neste momento? Por exemplo, é possível estender um pouco mais o uso de seu equipamento atual fazendo um upgrade?

Você tem clareza sobre o uso que dará ao produto ou equipamento, não apenas agora, mas em um período maior, por exemplo, em três anos? Com isso, você comprará um equipamento que atenda às suas necessidades reais tendo em conta a possibilidade de atualizá-lo, via upgrade, para que ele tenha um tempo de vida mais prolongado.

Uma vez tendo defi nido uma lista de possíveis produtos para serem comprados, procure se informar sobre suas características de sustentabilidade. Pesquise na internet, fale com vendedores ou outros

consumidores, compare os selos e certifi cações de cada equipamento, descubra quanto cada um gasta de energia e se as empresas se encarregam da sua reciclagem quando você não for mais utilizá-lo.

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Uso conscienteMuito bem, você comprou seu equipamento e agora pode aproveitar

o momento de retirá-lo da embalagem, instalá-lo e começar a usar. Se não houver nenhum problema, nenhuma falha, você já pode voltar à rotina porque o equipamento estará ali por alguns anos para ser usado quando necessário.

Ah, e não se esqueça de, quando desembalar o produto, destinar as embalagens conforme o tipo de material, separando as caixas de papelão do isopor e do plástico, por exemplo. Se em seu condomínio, residência, bairro ou cidade a coleta seletiva de lixo ainda não tiver sido implantada, está aí uma boa chance para começar um movimento para implementá-la3.

Às vezes a rotina nos faz esquecer de que, como consumidores, podemos fazer uma série de pequenas ações que ajudam a tornar sustentável também o uso que damos aos nossos equipamentos. Confi ra estas ações a seguir.

1 Use quando necessário e desligue quando não estiver usando. Quantas vezes deixamos os equipamentos ligados por dias seguidos sem realmente usá-los por todo este tempo? Os equipamentos estão preparados para serem ligados e desligados várias vezes, portanto, não tenha pena de fazer isso. De preferência, desligue todos os equipamentos e periféricos (modems, impressoras etc.) diretamente na tomada ou no fi ltro de linha para evitar o consumo desnecessário de energia, mesmo quando estão desligados no botão.

3 Uma interessante cartilha sobre as diferentes maneiras de lidar com o lixo, incluindo a reciclagem em casa, pode ser obtida em: http://diariodoprofessor.com/wp-content/uploads/2008/09/cartilha.pdf

Um monitor de LCD de 17 polegadas, quando ativo, gasta cerca de 30 watts/hora em média. Em hibernação, o consumo pode cair para apenas 1 watt/hora.

Fonte: Planeta Sustentável -http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/conteudo_260848.shtml

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2 Ajuste o seu computador, notebook ou netbook para fazer um uso econômico e racional da energia. Todos os equipamentos vêm com essa possibilidade, que geralmente é ajustada pelo sistema operacional que estiver instalado. Se você não souber como fazer, leia o manual do equipamento, peça ao vendedor que lhe explique como se faz ou procure informações no website da empresa fabricante. O mesmo vale para o monitor, que consome proporcionalmente bastante energia: desligue-o totalmente se não for usar o computador por um período prolongado ou ajuste as confi gurações de energia para que o equipamento entre em hibernação quando não estiver sendo usado por um período maior do que 30 minutos.

Sempre que for se ausentar por mais de meia hora, vale a pena desligar o computador. Um bom exemplo é na hora do almoço. Um computador ligado durante 1 hora/dia consome 8,3 kWh/mês em média. Ao longo de um ano, a economia decorrente de desligar o computador durante esta uma hora de almoço será de 99,3 kW/h, o que leva cada pessoa que desligar seu computador a deixar de jogar na atmosfera 3,64 quilos de CO2 equivalente. Esse volume corresponde ao emitido por um carro movido a gasolina ao percorrer 20 km. Além disso, resulta em uma economia de aproximadamente R$ 30.

Fontes: Consumo médio dos equipamentos, Choice Institute – Metodologia de conversão, GHG Protocol - Tarifas Aneel – Cenário e cálculos, equipe interna Itautec.

Um computador pessoal (PC) convencional com monitor tradicional CRT (aquele que se parece com uma televisão pequena) consome em um mês a média de 125,55 kW/h. Isto corresponde a uma emissão aproximada de 4,6 kg de CO2 equivalente (chamado de CO2e) no espaço de um mês. No período de um ano, portanto, este mesmo PC emitiria 55,2 kg de CO2 equivalente. Se este número for multiplicado pelos cerca de 70 milhões de computadores usados no mercado brasileiro, chegamos à conclusão de que o Brasil emite aproximadamente 3,8 milhões de toneladas de CO2/ano só com o uso de computadores.

O CO2 (dióxido de carbono) é um dos gases responsáveis pelo aumento da temperatura média da Terra.

Fonte: Consumo, segundo Choice Institute - Cálculo de CO2e segundo GHG Protocol – Cenário e cálculos, equipe interna da Itautec.Nota: No processo de conversão de energia em CO2, se inclui o elemento “e”, de “equivalente”, para alinhamento com os princípios do GHG Protocol.

203 Fuja dos spams e, principalmente, não envie e-mails indesejados ou não

solicitados. Não participe de correntes ou repasse e-mails com arquivos anexos, principalmente se forem pesados. Além da possibilidade de conter vírus, esses e-mails sobrecarregam o sistema de internet em geral e fazem o destinatário

gastar mais tempo de uso abrindo mensagens que não são relevantes.

4 Ao responder (fazer o reply) alguma mensagem que foi enviada para você e outros destinatários, veja se a sua resposta interessa a todas as pessoas copiadas ou só a quem lhe enviou a mensagem original. Se só interessar a essa pessoa, evite fazer o famoso “responder a todos” (reply to all). Ao agir assim, você evita novamente sobrecarregar o sistema e as caixas de entrada das pessoas com mensagens

desnecessárias.

Uma pesquisa revelou que, em 2009, o Brasil superou os Estados Unidos no envio de spams. Segundo os dados divulgados, partiram do Brasil nada menos que 7,7 trilhões de spams, enquanto que os americanos enviaram 6,6 trilhões. Já a empresa produtora de programas antivírus McAfee calculou que a energia necessária apenas para transmitir os trilhões de spams enviados anualmente em todo o mundo é equivalente à necessária para alimentar dois milhões de casas nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que produz a mesma quantidade de gases de efeito estufa emitida por três milhões de carros.

Fonte: Portal G1 - http://migre.me/qSBL e “Carbon Footprint of Spam”, relatório da McAfee que pode ser obtido em http://migre.me/AyR7

215 Não imprima documentos ou fotos

desnecessariamente. Antes de imprimir, avalie se é realmente necessário ou se é possível fazer a leitura diretamente na tela. Caso seja necessário imprimir, mantenha um local apropriado para guardar o material impresso, de maneira que você não precise reimprimi-lo outras vezes, caso precise usá-lo novamente. Ponha no rodapé das suas mensagens de e-mail um pequeno texto alertando o destinatário a só

imprimir a mensagem caso seja estritamente necessário. Procure usar o verso do papel para outras impressões ou destine para reciclagem os materiais impressos que já não

têm mais utilidade.

6 Facilite a vida das pessoas que tenham alguma defi ciência visual, auditiva ou motora. Os sistemas operacionais e equipamentos já vêm preparados com recursos que permitem aumentar parte da tela para facilitar a visualização. Também existem tecnologias de conversão de texto em fala para que o conteúdo na tela seja lido em voz alta e outras que dão a possibilidade de os usuários com mobilidade limitada

digitarem na tela utilizando um dispositivo especial.

7 Seja cuidadoso com o uso que seus fi lhos ou outras crianças com quem você convive fazem da internet. É inegável que a rede virtual é cada vez mais fundamental como canal de pesquisa para trabalhos escolares e de interação para as crianças e os jovens. Por outro lado, pode ser uma porta aberta para ações de pedofi lia e ciberbullying (quando as crianças e adolescentes são intimidadas ou humilhadas pela web).

Exemplo de mensagem que pode ser incluída no rodapé de seus e-mails:

PENSE NO FUTURO, PRESERVE O MEIO AMBIENTE:

só imprima este e-mail se realmente tiver necessidade.

22 Acompanhe as atividades de seus fi lhos na internet e converse sempre com

eles, principalmente se notar mudanças bruscas de comportamento.

Se achar necessário, use programas para impedir ou difi cultar o acesso a

sites com conteúdo inapropriado. Se souber de qualquer ação criminosa pela internet contra seus fi lhos ou

outras crianças e adolescentes, não pense duas vezes: denuncie. Uma dica é visitar o site da Safernet, uma ONG dedicada a promover o uso seguro da internet, www.safernet.org.br, ou acessar www.wcf.org.br para conhecer a cartilha “Navegar com Segurança”, que traz dicas importantes para a prevenção do abuso on-line e da pornografi a na internet.

8 Deu defeito? Parece obsoleto? Antes de se encantar pela mais recente novidade eletrônica e decidir se desfazer do seu equipamento, pense se não é possível consertá-lo ou fazer um upgrade. Os equipamentos mais recentes podem ter um tempo de duração de uso entre cinco e oito anos. Pense que um computador, por exemplo, pesa em média 25 quilos e pode usar até 60 componentes à base de metais, plásticos e outras substâncias para ser fabricado.

Fonte: Recycling - From E-Waste to Resources Report - UNEP, 2010.

O computador comum emprega ao menos dez vezes o seu peso em combustíveis fósseis, contribuindo desta forma para o gasto de energia e, consequentemente, para o aquecimento global. Gasta também 1500 litros de água em seu processo de fabricação. Esta relação supera, proporcionalmente, por exemplo, a dos automóveis, que utilizam, no máximo, duas vezes o seu peso em matéria-prima e insumos. Um único chip de memória RAM consome 1,7 quilos de combustíveis fósseis e de substâncias químicas para ser produzido, o que corresponde a cerca de 400 vezes o seu peso.

Fonte: Projeto Redenção

23Vários destes elementos têm alto poder contaminante para a natureza e

demandam um enorme esforço para serem retirados da Terra e processados. Assim, a decisão mais lógica é a de usar os equipamentos da melhor maneira e pelo maior prazo possível.

Sugestão: deixe esta lista em local visível, perto de seus equipamentos.

Lista do uso conscienteAÇÕES OU PERGUNTAS PARA SE FAZERSEMPRE AO USAR SEUS EQUIPAMENTOS

Já confi gurou seu equipamento para usar somente a energia necessária?

O equipamento fi ca ligado por mais de 30 minutos sem uso? Em caso positivo, desligue-o.

Vai imprimir algo? É realmente necessário?

Já tem um local específi co para guardar suas impressões?

Já incluiu no rodapé de suas mensagens de e-mail um texto lembrando o destinatário de não imprimi-las sem necessidade?

Antes de se desfazer do equipamento, considere a possibilidade de estender seu tempo de uso.

Já instalou o seu antivírus?

24

Pós-uso consciente“Pós-uso” é um termo bonito para defi nir o momento em que você

decide se desfazer de seu equipamento. Estas são outras duas horas fundamentais no ciclo de vida do produto, já que a decisão que você tomar sobre o que fazer com seu equipamento tem um impacto direto especialmente no meio ambiente e também na economia. Afi nal, 100% dos componentes de um computador, por exemplo, são recicláveis.

Existem várias possibilidades para você, como consumidor, agir neste momento.

1 Primeiro, a clássica pergunta: eu preciso realmente me desfazer do equipamento? Não será possível investir um pouco para atualizá-lo de forma a seguir usando-o por mais um tempo?

2 Se estamos certos de que vamos nos desfazer do equipamento,o passo seguinte é nos perguntarmos se ele será útil para outra pessoa ou para ser doado a alguma instituição, quando em condições de uso. Esta consideração deve levar em conta as condições técnicas do equipamento, ou seja, se está funcionando bem e se não precisará de algum investimento para que funcione por mais tempo. Isso porque, às vezes, com boa intenção, podemos passar adiante um equipamento que logo apresentará problemas e que perderá sua utilidade para a pessoa ou instituição que o recebeu. Como já não teremos controle sobre o que será feito com o equipamento, o que pode acontecer é ele acabar em algum lixão, justamente o que queríamos evitar desde o início.

3 Se decidirmos que a melhor solução é partir diretamente para reciclar o equipamento, algumas possibilidades se abrem. A primeira é entrar em contato com o fabricante da sua máquina para saber como você pode enviá-la

25para ser reciclada. A Itautec, por exemplo, tem um Centro de Reciclagem na cidade de Jundiaí, em São Paulo, onde os equipamentos de sua marca são recebidos, desmontados, descaracterizados, pesados, separados por tipo de material e encaminhados a recicladores homologados. Outros fabricantes de equipamentos se comprometem a fazer o mesmo, por isso é importante entrar em contato com eles para se informar sobre como proceder.

4 O problema maior é para aqueles que decidiram lá atrás comprar equipamentos de empresas que não garantem um correto processo de “pós-uso”, ou que usam componentes de origem duvidosa. São os famosos produtos do mercado cinza, que usam componentes e peças muitas vezes provenientes do exterior, sem garantia nenhuma de adequação às regras brasileiras de proteção ao meio ambiente e cujos fabricantes às vezes desaparecem sem prestar nenhum apoio aos consumidores de seus produtos. É a típica situação do barato que pode sair caro. Neste caso, procure se informar na Secretaria de Meio Ambiente da sua cidade ou estado para saber como dar uma destinação adequada ao equipamento.

5 Em nenhum caso jogue o seu equipamento no lixo. Ele certamente vai acabar em um lixão e a corrosão de suas peças pelo tempo e pela chuva levará seus componentes tóxicos a contaminar o meio ambiente. Se esses componentes chegarem a atingir a água subterrânea (lençol freático), por exemplo, acabarão contaminando nossos rios e podem chegar até nossos alimentos e afetar nossa saúde. Como se pode ver, é como um bumerangue, que acaba voltando para nós.

26Pense também nas milhares de pessoas que trabalham todos os dias revirando

os lixões em busca de artigos para uso próprio ou revenda. Elas não deveriam estar nessa situação de risco, em contato com os diversos elementos tóxicos existentes nos equipamentos eletrônicos. Basta pensar que a quantidade de lixo eletrônico produzido anualmente em todo o mundo encheria todos os vagões de um trem de carga tão grande que daria a volta ao mundo. Cada um de nós deve fazer a sua parte para diminuir o tamanho deste impacto.

Fonte: Greenpeace - http://www.greenpeace.org/international/campaigns/toxics/electronics/the-e-waste-problem

27A destinação para fi ns de reciclagem é, além de ambientalmente correta,

economicamente viável. Pela experiência de reciclagem da Itautec, o computador é 100% reciclável. Nos últimos três anos, a empresa destinou adequadamente cerca de 1400 toneladas de resíduos eletrônicos, sendo que 97% destes materiais foram processados por empresas recicladoras homologadas no Brasil. Os 3% restantes equivalem às placas de circuito impresso e são reciclados por empresas homologadas em Cingapura e na Bélgica. A cada tonelada é possível extrair 300 g de ouro, além de outros materiais preciosos.

SAIBA MAIS Página de sustentabilidade da Itautec

http://www.itautec.com.br/sustentabilidade

Projeto Redenção – Desenvolvido por professores e alunos do Curso Técnico em Informática da Escola Técnica Redentorista - ETER, da cidade de Campina Grande, Paraíba, com o objetivo de conscientizar a população para os usos das tecnologias

http://redencaoeter.blogspot.com/

Instituto Akatu de Consumo Consciente

http://akatu.net

Página do Greenpeace internacional sobre lixo eletrônico (inglês)

http://www.greenpeace.org/international/campaigns/toxics

Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir) da USP

http://www.cce.usp.br/?q=node/266

Safernet – ONG dedicada a promover o uso seguro da internet por crianças e jovens. Tem um espaço para denunciar crimes virtuais

http://www.safernet.org.br

28

ATM CX3 Fabricado pela Itautec em 2007, inicialmente para o mercado europeu, foi

o primeiro equipamento de automação bancária projetado e produzido considerando todos os atributos defi nidos pela diretriz europeia RoHS. Ou seja, livre de substâncias tóxicas, como cádmio, mercúrio, cromo hexavalente e bromobifenilas.

Este projeto foi utilizado como piloto para a mudança dos processos de fabricação da Itautec e teve dois reconhecimentos públicos pelo pioneirismo na área de tecnologia e meio ambiente.

Fonte: Itautec

Bromobifenilas Utilizadas como retardantes de chamas nas partes plásticas dos

equipamentos eletroeletrônicos mais antigos, as bromobifenilas tinham a fi nalidade de evitar a propagação de chamas. São proibidas pela diretriz europeia RoHS.

Mais informações: www.rohs.gov.uk

Cádmio O cádmio apresenta várias aplicações industriais, porém é

frequentemente usado para a produção de pigmentos, pilhas elétricas e plásticos. É um elemento encontrado de forma natural na crosta terrestre e grande parte do que é utilizado para fi ns industriais é obtido como produto da fundição de rochas que contêm zinco, cobre ou chumbo.

GLOSSÁRIO

29 Assim como o mercúrio, o cádmio é um metal pesado que produz efeitos tóxicos

nos organismos vivos, mesmo em concentrações muito pequenas. A exposição ao cádmio nos seres humanos ocorre geralmente por meio de duas

fontes principais: a primeira é por via oral (por água e ingestão de alimentos contaminados) e a segunda é por inalação.

Fonte: http://pt.wikipedia.orgMais informações: www.rohs.gov.uk

Chumbo O mais amplo uso do chumbo é na fabricação de acumuladores. Outras

aplicações importantes são na fabricação de forros para cabos, elemento de construção civil, pigmentos, soldas suaves e munições. A fabricação de chumbo vem caindo muito em função de regulamentações ambientais cada vez mais restritivas no mundo.

O chumbo forma ligas com muitos metais e, em geral, é empregado nesta forma na maior parte de suas aplicações.

Devido à elevada toxicidade do chumbo e dos seus compostos, ações para prevenir e reparar contaminações ambientais são comuns. Materiais e dispositivos que contêm chumbo não podem ser descartados no meio ambiente. Devem ser reciclados.

Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chumbo

Ciclo de vida No contexto deste Guia, se trata de considerar todas as etapas de

existência de um produto eletrônico, desde a extração da natureza da matéria-prima do qual é feito, passando pela fabricação

30propriamente dita, distribuição para os pontos de venda, uso pelos consumidores e disposição fi nal, quando já perdeu sua utilidade.

Mais informações: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_391819.shtml

Cromo hexavalente Utilizado em diversas aplicações industriais, como a produção de aço inoxidável,

corantes têxteis, preservação da madeira, curtimento de couro, e como anticorrosivo. Em revestimentos, é usado como inibidor de corrosão. Devido ao seu alto nível de toxicidade, tem sido substituído por alternativos, como cromo trivalente, permitido pela diretriz europeia RoHS.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cromo_hexavalente

Energy Star 5.0 Energy Star é um programa conjunto da Agência de Proteção Ambiental e do

Departamento de Energia dos Estados Unidos. Em 1992, a Agência de Proteção Ambiental americana apresentou um programa voluntário de rotulagem

destinado a identifi car e promover produtos energeticamente efi cientes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Computadores e monitores foram os primeiros produtos rotulados. Em 1995, o programa foi ampliado para incluir a rotulagem de produtos de escritório e equipamentos de aquecimento residencial

e de refrigeração. A versão 5.0 entrou em vigor em junho de 2009 e aumenta as exigências de desempenho e efi ciência dos produtos que fazem parte do escopo do programa Energy Star, no que se refere ao uso efi ciente da energia.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Energy_StarMais informações: http://www.energystar.gov

31

EPEAT É a sigla em inglês para Electronic Product Environmental

Assessment Tool (Ferramenta de avaliação ambiental para produtos eletrônicos), um sistema que serve de referência para os compradores avaliarem, compararem e selecionarem produtos eletrônicos (computadores pessoais, monitores de vídeo e notebooks) segundo 51 atributos ambientais (23 obrigatórios e 28 opcionais).

O EPEAT foi criado pela Agência de Proteção Ambiental Americana e pela organização não governamental Greener Electronics Council e estabelece três categorias de atendimento aos critérios (Bronze, Silver e Gold). Para obter a classifi cação Bronze, é necessário o atendimento de 23 requisitos obrigatórios, e, para a classifi cação Gold, é necessário atender os 23 itens obrigatórios e pelo menos 75% dos 28 atributos opcionais. Os atributos são divididos em oito categorias que abordam a redução/eliminação de materiais tóxicos, seleção de materiais, projeto e gerenciamento do fi m da vida útil, longevidade de produto e ciclo de vida, efi ciência energética, desempenho ambiental corporativo e embalagem.

Fonte: IEEE std 1680 / http://www.epeat.net/

Gases de efeito estufa Os gases de efeito estufa (GEE), ou simplesmente gases estufa, são substâncias

gasosas que absorvem parte da radiação infravermelha, emitida principalmente pela superfície terrestre, e difi cultam seu escape para o espaço. Isso impede que ocorra uma perda demasiada de calor, mantendo a Terra aquecida. O aumento desproporcional na quantidade destes gases na atmosfera, entretanto, pode ter um efeito negativo sobre o meio ambiente, ao provocar um aumento médio na temperatura do planeta e, com isso, causar desequilíbrios no clima.

32Os principais gases estufa são o Dióxido de Carbono (CO2), o Metano (CH4) e o Óxido Nitroso (N2O).

Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa

GHG Protocol Trata-se do conjunto de ferramentas de medição mais utilizado mundialmente

por empresas e governos na identifi cação e gerenciamento de suas emissões dos gases de efeito estufa.

Mais informações: http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/

RoHS RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances, Restrição de Certas

Substâncias Perigosas) é uma diretiva europeia que proíbe que certas substâncias perigosas sejam usadas em processos de fabricação de produtos. Entre estas substâncias estão o cádmio (Cd), mercúrio (Hg), cromo hexavalente [Cr(VI)], bifenilos polibromados (PBBs), éteres difenil-polibromados (PBDEs) e chumbo (Pb).

Esta diretiva entrou em vigor no dia 1º de julho de 2006 e a partir desta data nenhum produto com essas substâncias pode mais ser vendido na Europa. Junto com a RoHS, entrou em vigor uma outra diretiva que trata da reciclagem de produtos eletroeletrônicos, conhecida pela sigla WEEE (Waste from Electrical and Electronic Equipment, Lixo advindo de Produtos Eletroeletrônicos). Por causa da RoHS, fabricantes de equipamentos

eletrônicos devem adequar seus produtos à nova diretiva, de modo a poderem vender seus produtos na Europa.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/RohsMais informações: www.rohs.gov.uk/

33

Spam O Spam é uma mensagem eletrônica não solicitada enviada em massa,

geralmente com fi ns publicitários. Pode também ser usado para baixar vírus ou programas maliciosos para o computador da pessoa que abre a mensagem.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Spam

Twitter O Twitter é uma comunidade virtual que reúne amigos ou pessoas desconhecidas

que mandam atualizações escritas no máximo em 140 caracteres sobre o que elas estão fazendo no momento ou algum assunto para o qual querem chamar a atenção.

Saiba mais em www.twitter.com

Tecnologia da Informação A Tecnologia da Informação (TI) pode ser defi nida como um conjunto de todas

as atividades e soluções que permitem registrar, comunicar e obter resultados a partir de informações providas por recursos de computação.

Mais informações: http://www.infowester.com/col150804.php

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REALIZAÇÃO ITAUTEC

COORDENAÇÃO EDITORIAL Gestão Origami

EDIÇÃO Renato Guimarães / Aerton Paiva

REDAÇÃO Renato Guimarães

REVISÃO Regina Araki

PROJETO GRÁFICO Arco W Comunicação & Design

IMPRESSÃO Gráfi ca Mais

Copyright Itautec 2010

FICHA TÉCNICA

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Para nós, da Itautec, é importante que as informações e sugestões desteGuia sejam compartilhadas com o máximo possível de pessoas. Visite a páginawww.itautec.com.br/sustentabilidade para obter uma cópia digital deste documento.

A versão digital possui uma licença de distribuição Creative Commons.Isto signifi ca que você pode – e deve – compartilhar este texto com quemdesejar, desde que cite a fonte de origem ou inclua um link parahttp://www.itautec.com.br/sustentabilidade. Esta obra não poderá ser modifi cadano todo ou em parte e é vedada sua reprodução para uso comercial.

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