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Currículo Resumido dos Autores

Adrienne de Capdeville Psicóloga - Centro Universitário de Brasília, Especialista em Gestão Cooperativista - UCB, Mestranda em Agronegócios - UnB. Professora da UCB.

Airton Cardoso Cançado Administrador de Cooperativas - UFV, Mestre em Administração - UFBA, Coordenador do NESol/UFT, professor da UFf e da Faculdade Católica do Tocantins .

Anne Caroline Moura Guimarães Cançado Turismóloga - FIB, Especialista em Gestão de Cooperativas - UCSAL

Denise Gomes Alves Engenheira Agrícola - UFLA, Mestre em Engenharia Agrícola - UNICAMP, Doutora em Engenharia de Alimentos - UNICAMP, professora da UFT.

Devarte Rocha Graduando em Arquitetura e Urbanismo - UFT.

Elida Suzete Ramos- Barbosa Monteiro Graduanda em Administração - UFT.

Fernanda Bartolomeu Dias Abadio Nutricionista - UFRJ, Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos ~ UFRRJ, professora da UFT.

Fernando Gomes da Silva Graduando em Geografia - UFT.

Helga Midori lwamoto Licenciada em Matemática - UFES, Mestre em administração - UFES, professora daUFT_ . lgor Galvão Silva Graduando em Engenharia de Alimentos - UFf.

Jacqueline Elisa Furtado Barreto de Carvalho Graduanda em Administração - UFT.

Jenny Fátima Barp Cappellesso Graduanda em Administração - UNITINS.

Núcleo de Economia Solidária UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Coordenador: .Airton Cardoso Cançado

Membros Efetivos Anne Caroline Moura Guimarães Cançado Fernanda Bartolomeu Dias Abadio ' Helga Mídori Iwamoto Denise Gomes Alves Marcus Vinícius Alves Finco Mónica Cristina Rovaris ?vla~hado Sandra Alberta Ferreira

Membros Discentes Devarte Rocha Elida Suzete Ramos Barbosa Monteiro Fernando Gomes da Silva Geilianny Peres da Silva Gimenes Quezado Carvalho lgor Galvão Silva Jacqueline Elisa Furtado Barrem de Carvalho Jenny Fátima Barp Cappellesso Laudeci Lopes Maciel Leonardo Conceição Cruz Mãbia Borges Sousa Maria Salete Freire Vanuzia Nunes Pereira

El94 Economia solidána, cooperauvismo popular e autogestão : as Experiências de Palmas- TO I Ainoo Cardoso Cançado, José Roberto Pereira. Jeov:I Torres Silva Júnior. organizadores._ Palmas-To NESol ; UFr, 2007.

320p. : il. ; 49,lcm.

t.Cooperanvismo Popular 2. Autcgestão 3. Economia solidária 1. Cançado, Airton Cardoso a. Pereira. José Roberto m. Silva Júnior. Jeová Torres. CDU 334

Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária da Católica do Tocantins Maria Paixão Souza-CRB-2n20 · Ano: 2007

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Parte 2: Economia Solidária: Experiência em Palmas/TO

PRIMAVERA, Heloisa. Riqueza, dinero y poder. cl efímero "mílagro argentino" de las redes de trueque. In: HlNTZE, Susana (org.). Trueque y Economia Solidária. Universidad Nacional de General Sanruenro, 2003.

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WANNER, Hugo. LETS: Enquiry into the specifics of LETS exchange sysrems, legal difficultics and possible solutions. Cellule Econornie Sociale, Bruxelas, Bélgica, 2002.

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Parte 2: Economia Solidária: Experiência em Palmas/TO

Relato da atuação do NESol em escolas públicas no município de Palmas/TO

Helga Midori Iwamoto. Rinaldo Ferreira de Souza Airton Cardoso Cançado

1. Introdução

O Núcleo de Economia Solidária da Universidade Federal do Tocantins - NESol/UFT, atuou nas escolas da rede pública estadual no município de Palmas como parte do Programa de Fomento ao Cooperativismo Popular em Palmas/TO, com o objetivo de apresentar o cooperativismo popular e a economia solidária para este público.

As ações foram realizadas em escolas localizadas em regiões periféricas do município de Palmas (Vila União, na zona norte e Jardim Aureny III, na zona sul) com o intuito de despertar nos alunos as possibilidades e desafios da associação em bases solidárias como alternativa para a geração de trabalho e renda.

A metodologia utilizada variou de acordo com o planejamento realizado em conjunto com a equipe pedagógica das escolas.

2. Escola Liberdade do Jardim Aureny m

No caso da Escola Liberdade, localizada no bairro Jardim Aureny III, foi decidido que seria melhor percorrer as salas de aula explanando os conceitos de economia solidária e cooperativismo popular com utilização de cartilhas, porque não havia espaço na escola para a realização de palestras e eventos afins.

Na Escola Liberdade, foram visitadas cerca de 1 S turmas do noturno

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Parte 2: Economia Solidária: Experiência em Palmas/TO

entre turmas de ensino médio e EJA, com aproximadamente 45 alunos matriculados em cada uma. Destes 675 alunos matriculados, apenas cercà de 60% estava presente na ocasião, desta forma foram trabalhados pouco mais de 400 alunos. Foi observado nas salas de aula um grande númeró de crianças, porque os pais não tinham onde deixá-las para freqüentar à

escola. Nessa escola, realizou-se em cada turma, uma explanação sobre

o que é economia solidária, como ela se relaciona com o cooperativismo e o associativismo, principalmente em sua forma popular. Em seguida, foram citados exemplos de cooperativas e associações conhecidas pelos alunos. e de potenciais associações que existem em cada comunidade como associações de moradores, de pais e alunos de determinada escol~ de artesãos, de produtores de determinado tipo de bens ou pres_tadores de serviços, utilizando-se a cartilha sobre Cooperativismo Popular do Nesol. A utilização da cartilha (material didático) despertou também o interesse das crianças.

Em termos de possibilidades de ação no sentido da autonomia dos alunos de Ensino Médio e de Educação de Jovens e Adultos (EJA), sentiu-se um certo paroxismo por parte da equipe pedagógica da escola entre o discurso da Economia Solidária com que ela simpatiza e a sua· atuação em sala de aula: "Senta e fica quieto, prá escutar o pessoal da Economia Solidária falar''. Questiona-se: como é possível a forma de atuação preconizada pela Economia Solidária dentro de instituições que tradicionalmente encorajam a heteronomia?

Em várias turmas, a resposta aparente foi que não é possível conciliar essas duas linhas de atuação, resultando numa expressiva apatia por parte dos alunos e professores. Em contrapartida, uma das professoras do quadro docente da escola encorajava a iniciativa de empreendedorismo social por parte dos alunos. Um professor que participa de uma associação de agricultores, mas não vê como os alunos poderiam se inserir em empreendimentos econômicos solidários. Um outro professor, com 20 anos de experiência em sala de aula, declarou não acreditar na capacidade cooperativa do ser humano.

Por parte dos alunos, em uma das turmas houve uma expressiva participação dos estudantes, apesar da apatia do professor. A pesquisadora

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Parte 2: Economia Solidária: Experiência em Palmas/TO

. perguntou o motivo da distinção daquela turma em relação às outras. Foi observado que existiam três estudantes com atuação no conselho da escola e na comunidade.

3, Escola Castro Alves da Vila União

No caso da Escola Castro Alves, localizada na Vila União, foi solicitado pela orientadora pedagógica que se fizesse um levantamento do perfil profissional dos alunos da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) e que fosse feita uma apresentação para os alunos com utilização de data-show no pátio da escola. O levantamento do perfil profissional foi realizado durante as aulas. O objetivo do levantamento deste perfil profissional é a identificação de competências e habilidades comuns ou complementares entre este grupo para desenvolver ações de fomento e/ou acompanhamento de futuros grupos produtivos. No final do período, foi realizada uma apresentação em forma de palestra.Assistiram à palestra alunos de EJA, docentes e funcionários da escola. A presença foi de aproximadamente 70 pessoas, muitos alunos e professores, apesar de estarem cientes da apresentação, optaram por deixar a escola mais cedo, antes da palestra.

Será realizada uma posterior apresentação dos resultados da análise dos questionários para os alunos, identificando possibilidades de associações entre eles a partir de suas competências.

4. Escola Criança Esperança da Vila União

Na Escola Criança Esperança, também localizada na Vila União, foi observado um alto grau de mobilização da comunidade de alunos da escola. Por exemplo, para sanar o problema das mães que trabalham de dia e estudam à noite, foi encontrada uma voluntária para cuidar dos filhos das alunas. Outro indicador expressivo de participação dos me~bros da

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Parte 2: Economia Solidária: Experiência em PalmasfTO Parte 2: Economia Solidária: Experiência em Palmas/TO

comunidade na escola são as reuniões mensais para discutir os problemas da escola e da comunidade.

Nessa escola, como desdobramento da atuação do NESolfUFT nas escolas citadas anteriormente, foi utilizada uma metodologia parecida com a da Escola Liberdade com aproximadamente 200 alunos. N~ reuniões para planejamento da ação na Escola Criança Esperança, houve apoio expressivo por parte da equipe pedagógica, principalmente devido à corrente educacional adotada pela orientadora (Paulo Freire e Célestin Freinet). Em cada turma houve variados níveis de interesse por parte dos alunos e professores. Houve interesse por parte da orientadora de que O NESol/UFT participasse das reuniões com a comunidade e promovesse capacitações na área jurídica ..

pessoas e algumas vezes são vistas como sonho ou utopia por pessoas que servem de referência aos alunos, como os professores por exemplo.

Isto nos levou a pensar na possibilidade de atuar junto a este público também, por meio de parcerias com as secretarias de educação do estado ou município.

Ternos plena consciência das dificuldades em se constituir des.envolver e consolidar um empreendimento coletivo, muitas vezes à margem da legalidade. Porém, acreditamos que o atual contexto de exclusão demanda idéias diferentes das ortodoxas e, o trabalho coletivo podê ser uma alternativa viável para a inclusão social.

5. Próximas Ações

Na Escola Vila União, também localizada na Vila União, será utilizada a mesma metodologia da Escola Liberdade e da Escola Criança Esperança. Nessa instituição, sentiu-se um maior desinteresse por parte da equipe pedagógica dessa escola pela temática da Economia Solidária.

Também está em fase de planejamento uma atuação com os alunos, professores, funcionários e equipe pedagógica da Escola Santa Bárbara, localizada no bairro de mesmo nome, em conjunto com a Faculdade Católica do Tocantins.

6. Considerações Finais

. As ações junto .a estas escolas da rede pública do município nos mostraram uma grande diferença na atuação, tanto das orientadoras pedagógicas, como dos próprios professores. A Economia Solidária e as formas coletivas de associação para a produção e comercialização, apesar de já existirem há muito tempo, ainda não fazem parte do cotidiano das

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Parte 4: Fotos

I Encontro Tocantinense de Cooperativismo

Professores e alunos do NESol/UFT participando do I Encontro To­ cantinense de Cooperativismo que aconteceu entre 13 e 14 de setem­ bro de 2007.

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