Izabella de Campos Carvalho Lopes 2° ano medicina – Turma A2 Fundação Educacional Lucas Machado...

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Izabella de Campos Carvalho Lopes Izabella de Campos Carvalho Lopes 2° ano medicina – Turma A2 2° ano medicina – Turma A2 Fundação Educacional Lucas Machado Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais Faculdade de Medicina Disciplina de Fisiologia – RFA Prof. Levimar Maio - 2007 Maio - 2007 S URFACTANTE URFACTANTE E E ÍNDROME DA ANGÚSTIA ÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA RESPIRATÓRIA

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Izabella de Campos Carvalho LopesIzabella de Campos Carvalho Lopes

2° ano medicina – Turma A22° ano medicina – Turma A2

Fundação Educacional Lucas MachadoFaculdade de Ciências Médicas de Minas

GeraisFaculdade de Medicina

Disciplina de Fisiologia – RFAProf. Levimar

Maio - 2007Maio - 2007

SURFACTANTEURFACTANTE EEÍNDROME DA ANGÚSTIA ÍNDROME DA ANGÚSTIA

RESPIRATÓRIARESPIRATÓRIA

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PRINCÍPIO DA TENSÃO PRINCÍPIO DA TENSÃO SUPERFICIALSUPERFICIAL

Interface água-ar: atração forte entre as moléculas de água situadas na superfície

Conseqüência: superfície da água está sempre tentando contrair-se

,
É esse fenômeno que mantém juntas as gotas de chuva, isto é, existe forte membrana contrátil, formanda por moléculas de água, em torno da superfície da gota de chuva
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PRINCÍPIO APLICADO NAS PRINCÍPIO APLICADO NAS SUPERFÍCIES INTERNAS DOS SUPERFÍCIES INTERNAS DOS

ALVÉOLOSALVÉOLOS

Superfície de água também tenta se contrair

Tende a forçar o ar para fora dos alvéolos, através dos brônquios alvéolos entram em colapso

Efeito final: força contrátil elástica de todo o pulmão FORÇA ELÁSTICA DA TENSÃO SUPERFICIAL

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SURFACTANTE E SEU SURFACTANTE E SEU EFEITO SOBRE A TENSÃO EFEITO SOBRE A TENSÃO

SUPERFICIALSUPERFICIAL Agente tensoativo na água:

tensão superficial da água (2 a 10 vezes) Fácil abertura dos alvéolos durante a inspiração

Secretado pelas PNEUMÓCITOS TIPO II Mistura complexa de vários fosfolípides,

proteínas e íons Componentes mais importantes:

Fosfolipídeo dipalmitol-lecitina

Apoproteínas do surfactante Íons cálcio

sem eles o dipalmitol-lecitina espalha-se muito lentamente pela superfície do líquido e não funciona de modo efetivo

tensão superficial

,
São células epiteliais especializadas. Essas células são granulares, contendo inclusões lipídicas
,
Pneumócitos tipo II (ou pneumócitos granulosos): embora representem quase 60% das células epiteliais, cobrem apenas em torno de 3% da superfície alveolar. São os responsáveis pela produção do surfactante pulmonar. Têm capacidade regenerativa e, ocasionalmente podem substituir os pneumócitos tipo I quando esses são lesados.
,
Surfactante é uma palavra derivada da contração da expressão “surface active agent”, termo que significa, literalmente, agente de atividade superficial.
,
à medida em que a expiração ocorre e o raio alveolar decresce, a tendência ao colapso dos alvéolos deveria aumentar. Entretanto, um filme de fosfolipídeo, o surfactante, funciona como estabilizador das forças superficiais alveolares.
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SURFACTANTESURFACTANTE Espalha-se pela

superfície de água que reveste os alvéolos

Tensão superficial de diferentes líquidos aquosos: Água pura 72

dinas/cm Líquidos normais que

revestem os alvéolos: sem surfactante

50 dinas/cm com surfactante

5 e 30 dinas/cm

,
O surfactante não se dissolve uniformemente na água que reveste a superfície alveolar:* porção de cada molécula de fosfolipídeo é hidrofílica (dissolve na água)* porção lipídica é hidrofóbica --> orienta-se em direção ao ar
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VANTAGENS FISIOLÓGICAS VANTAGENS FISIOLÓGICAS DO SURFACTANTEDO SURFACTANTE

Reduz a tensão superficial, o que aumenta a complacência pulmonar e diminui o trabalho respiratório

Promove a estabilidade dos alvéolos e pequenas vias aéreas, ao retardar/impedir seu colabamento.

Mantém os alvéolos "secos" como a tensão superficial tende a fazer colapsar o alvéolo, tende também a sugar líquido para os espaços alveolares a partir dos capilares. Ao reduzir a tensão superficial, o surfactante previne a transudação de líquido.

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PRESSÃO EM ALVÉOLOS PRESSÃO EM ALVÉOLOS OCLUÍDOS CAUSADA PELA OCLUÍDOS CAUSADA PELA

TENSÃO SUPERFICIALTENSÃO SUPERFICIAL

Tensão superficial que tende a causar colapso dos alvéolos irá criar pressão positiva em seu interior, procurando expelir o ar aí existente

Fórmula:

alvéolo do Raio

lsuperficia Tensão 2Pressão

,
Como o surfactante reduz a tensão superficial, esse reduz a quantidade de pressão necessária para expandir os pulmões.Raio --> qt menor o alvéolo, maior a pressão da tensão superficial
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Surfactante evita esvaziamento dos alvéolos menores (B) nos maiores (A)

,
diminui a tensão superficial desta superfície líquida respiratória
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BENEFÍCIOS BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS FISIOLÓGICOS

Aumento na complacência pulmonar como um todo

Redução na tendência dos pequenos alvéolos se esvaziarem nos maiores, levando-os a colapso.

Redução da passagem de fluidos dos capilares para dentro do alvéolo, uma vez que a tensão superficial agiria para aumentar o gradiente de pressão hidrostática do capilar para o alvéolo.

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Importante em prematuros de baixo peso alvéolos com raios que equivalem a menos de ¼ do de um adulto

O surfactante só começam a ser secretado nos alvéolos nos últimos 1 a 3 meses de gestação

Alguns prematuros apresentam pouco, ou nenhum, surfactante nos alvéolos e seus pulmões têm tendência extrema a se colapsar SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Raio Pressão da tensão superficial

alvéolo do Raio

lsuperficia Tensão 2Pressão

,
Essa condição é fatal, se não for tratada com medidas rigorosas, sobretudo aplicação apropriada de ventilação com pressão positiva contínua.
,
Sua produçao começa na 30ª semana de gestação e é essencial que esteja sendo produzido em quantidade suficiente ao nascimento do feto, pois do contrário haverá o colabamento dos alvéolos quando o recém-nascido entrar em contato com o ar.
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SÍNDROME DA ANGÚSTIA SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-RESPIRATÓRIA DO RECÉM-

NASCIDO (SARR)NASCIDO (SARR)

Principalmente prematuros e lactentes nascidos de mães diabéticas

Falta de secreção de quantidade adequada de surfactante tendência do alvéolo ao colapso e ao desenvolvimento de edema pulmonar

Etiopatogenia:1. Asfixia intrauterina causando lesão no Pn II com deficiência de surfactante2. Deficiência de tiroxina fetal

Alvéolos com grande quantidade de líquido proteináceo Doença da membrana hialina

,
tensão superficial do líquido alveolar aumenta várias vezes em relação ao normal
,
Uma atelectasia progressiva induz a uma seqüência de eventos que resultam numa exsudação rica em proteína e fibrina, para dentro dos espaços alveolares, com a formação de membranas hialinas. As membranas fibrino-hialinas constituem barreiras ao intercâmbio gasoso, induzindo retenção de dióxido de carbono e hipoxemia. A própria hipoxemia impede a síntese de surfactante, e segue-se um ciclo vicioso.
,
Ocorrência: 2% dos RN vivos e prematuros
,
Grave perturbação respiratória nas primeiras horas até vários dias após o nascimento à muitos morrem dentro de 1 dia ou mais
,
(quase como se tivesse ocorrido extravasamento de plasma puro dos capilares para os alvéolos)
,
Muitos desses recém-nascidos morrem de asfixia, à medida que a porção crescente dos pulmões apresentam atelectasia
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TERAPÊUTICATERAPÊUTICA

Surfactante pulmonar exógeno:Manter a estabilidade alveolar

melhora da complacência pulmonar (aumentando a capacidade residual funcional), da oxigenação e da mecânica respiratória.

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REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBIBLIOGRÁFICAS

GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2002.