Linfomas (2)A2

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Linfomas Prof. Lídice C.Lenz e Silva

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Linfomas

Prof. Lídice C.Lenz e Silva

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Linfomas

São um grupo heterogêneo de

doenças causadas por linfócitos malignos que

usualmente se acumulam nos linfonodos e

produzem o quadro clínico característico de

linfonodopatia.

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Linfomas

Ocasionalmente podem invadir o

sangue (fase leucêmica) ou infiltrar órgãos

fora do tecido linfóide.

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Linfomas

- Classificação:

• Linfoma de Hodgkin ( presença de células

de Reed- Sternberg)

• Linfoma Não-Hodgkin

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Linfoma de Hodgkin

Célula Reed-Sternberg:

Célula de linhagem B com gene de

imunoglobulina deformado por mutações

que impedem a síntese de toda a

extensão da imunoglobulina.

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Diferentes células observadas na

histologia da Doença de Hodgkin

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Linfoma de Hodgkin

Características clínicas:

• Pode surgir em qualquer idade (pico 3ª década e no idoso).

• Predominância no sexo masculino (2:1)

• Maioria dos pacientes tem aumento assimétrico dos linfonodos periféricos.

Cervicais: 60 – 70%

Axilares: 10-15%

Inguinais: 6- 12%

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Linfoma Hodgkin

• 50% apresenta-se

com adenopatia no

pescoço ou na região

supra-clavicular, e

mais de 70%

manifestam aumento

de linfonodos

superficiais

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Achados hematológicos e

bioquímicos:

• Anemia normocítica é comum.

• Leucocitose causada por aumento dos

neutrófilos.

• Eosinofilia (frequente).

• Linfopenia e perda da imunidade mediada por

células (doença avançada).

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Linfoma de Hodgkin

• Esplenomegalia (50%)

• Pode haver envolvimento hepático.

• Ocorre Doença de Hodgkin cutânea como complicação tardia em cerca de 10% casos.

• Medula óssea, trato gastrointestinal, ossos, pulmões, medula espinhal e cérebro) podem ser envolvidos mesmo no início, mas isso é incomum.

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Linfoma de Hodgkin

• Febre (30%)

• Prurido (25%)

• Dor induzida pelo álcool nas regiões onde

a doença está presente.

• Fraqueza

• Fadiga

• Anorexia

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Linfoma

- Sintomas B: Pior prognóstico

• Febre

• Sudorese noturna

• Emagrecimento de 10% peso em 6 meses

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Diagnóstico

É feito pelo exame

histológico do

linfonodo excisado.

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Histologia da Doença de Hodgkin

(classificação Real/OMS)

1. Predominância linfocitária nodular

2. Forma clássica:

2.1. Esclerose nodular

2.2. Celularidade mista

2.3. Depleção linfocitária

2.4. Rica em linfócitos

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Classificação histológica

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Esclerose nodular

• 70% casos de LH clássico.

• É encontrado envolvimento do mediastino no

início em 6 a 11 % .

• Comum em mulheres jovens.

• Pode haver derrame pleural e obstrução da veia

cava superior.

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Rx de tórax mostrando aumento dos linfonodos no

mediastino e no hilo com colapso do lobo superior direito.

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Celularidade mista

• 25 - 30% dos casos de LH clássico.

• Pode ser encontrada em todas as faixas

etárias.

• A doença em estádio avançado com

acomedimento subdiafragmático é mais

comum que na “esclerose nodular”.

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Predomínio linfocítico

• 5 % casos.

• Predominância em homens.

• Tendência ao acometimento de linfonodos periféricos,sem atingir o mediastino.

• Bom prognóstico

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Depleção linfocítica

• Raro (1%).

• Mais comum em idosos, pacientes

infectados por HIV e indivíduos em países

não industrializados.

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Estadiamento clínico:

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Achados hematológicos e

bioquímicos:

• Aumento da lactodesidrogenase sérica (LDH): 30 – 40 % casos.

• Aumento das transaminases pode indicar envolvimento hepático.

• Alteração plaquetária.

• Acometimento medular (Biópsia bilateral é feita em alguns serviços)

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Tratamento

- Radioterapia:

• Estadio I e IIA podem ser curados apenas

com radioterapia.

• Tem um papel no tratamento de massas

volumosas de tumor ou de lesões

dolorosas esqueléticas, ganglionares e de

tecidos moles.

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Tratamento

- Quimioterapia:

Pacientes com estádio III e IV.

Pacientes com estádio I e II com doença volumosa, sintomas B ou que apresentem recidiva depois da radioterapia inicial.

Esquema ABVD (adriamicina, bleomicina, vimblastina, dacarbazina)

- Recidiva: Transplante autólogo

Quimioterapia

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Prognóstico

• Índice de sobrevida de 5 anos variam de 50 a 90%, dependendo da idade, do estágio e da histologia.

• Há aumento da incidência de mielodisplasia e LMA com pico em 4 anos depois do tratamento com agentes alquilantes, em especial se também for feita radioterapia.

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Linfoma Não Hodgkin

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Linfoma Não -Hodgkin

- O quadro clínico e a história natural

desses linfomas malignos são mais

variáveis que na Doença de Hodgkin, o

padrão de disseminação não é regular e

uma proporção maior de pacientes

apresentam doença extranodal ou

manifestações leucêmicas.

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Linfoma Não -Hodgkin

• Etiologia: maior parte desconhecida.

• Muitos subtipos contêm translocações

cromossômicas patognomônicas e um

oncogene ou gene regulador de

crescimento.

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Linfoma Não -Hodgkin

• Imunodeficiência hereditária ou adquirida

predispões a linfomas de células B.

• HTLV -1: agente causal da leucemia /

linfoma de células T adulto.

• AIDS: aumento da incidência de linfoma

em locais incomuns,como SNC.

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Linfoma Não -Hodgkin

- EBV:

• Presente na doença proliferativa pós-

transplante.

• Subjacente à forma endêmica do linfoma

de Burkitt ,restrito às regiões de malária

endêmica.

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Linfoma Não -Hodgkin

- Helicobacter pylori:

• Implicado como fator predisponente ao

linfoma de tecido linfóide associado a

mucosa ( MALT) do estômago.

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Linfoma Não -Hodgkin

• Linfonodopatia superficial.

• Sintomas B: são menos frequentes do que

na doença de Hodgkin, estando sua

presença associada a doença

disseminada.

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Linfoma Não -Hodgkin

• 5 a 10% dos pacientes: envolvimento das

estruturas linfóides da orofaringe (anel de

Waldeyer).

• Anemia,neutropenia, trombocitopenia. As

citopenias também podem ser auto-

imunes.

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Linfoma Não -Hodgkin

• Hepatoesplenomegalia

• Envolvimento de linfonodos

retroperitoneais e mesentéricos.

• O trato gastrointestinal é o local

extranodal mais envolvido depois da

medula óssea.

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Linfoma Não -Hodgkin

• Acometimento cérebro, testículo e

tireóide: incomum.

• Pele: envolvida primariamente em linfoma

de células T (micose fungóide e síndrome

Sézary).

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Linfoma Não -Hodgkin

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Incidência subtipos de LNH

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Linfoma Não -Hodgkin

• Ao contrário da Doença de Hodgkin, o

prognóstico dos LNH se baseia menos no

estadiamento e muito mais no tipo

histológico.

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Linfoma Não -Hodgkin

- Comportamento clínico e agressividade:

• Baixo grau

• Grau intermediário

• Alto grau

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LNH B de baixo grau de

malignidade• Curso clínico indolente, lentamente progressivo e

oligossintomático.

• Linfoma folicular: tipo mais frequente de LNH.

• À princípio não tem cura com a quimioterapia, contudo a sobrevida média esta acima de 5 anos.

• Cerca 40% evoluem para uma forma mais agressiva de linfoma (difuso de grandes células B).

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Síndrome de Richter

• Transformação de um linfoma de baixo

grau para um de alto grau de malignidade.

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LNH B grau intermediário de

malignidade

• Linfoma de grandes células B difuso: um

• terço de todos os LNH.

• 30 a 50% apresentam doença em estádio

inicial ou um local de acometimento

extranodal (50%).

• Chances de cura: 30- 75%

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Fatores prognósticos

• Idade superior 60 anos

• Estádio avançado (II ou IV)

• Níveis de LDH elevado

• Estados de baixa performance

• 2 ou mais locais extranodais da doença

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LNH B grau intermediário de

malignidade- Tratamento:

• R- CHOP ( rituximab, ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) por 6 ciclos.

• Estádio inicial (I ou II): radioterapia local após 3 ciclos de CHOP.

• Radiação local em sítios de doença volumosa.

• Pacientes com prognóstico adverso ou recidiva pós - remissão: quimioterapia de alta dose com suporte autólogo de células tronco ( transplante autólogo).

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LNH alto grau de malignidade

• Linfoma Burkitt

• Linfoma linfoblástico

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LNH alto grau de malignidade

- Linfoma de Burkitt:

* Pico de incidência: infância

* É o correlato linfomatoso da LLA L3.

* Forma endêmica ou africana: associado

com infecção por EBV.

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Linfoma de Burkitt endêmico

• Linfonodopatia

maciça da mandíbula

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Linfoma Burkitt

• Forma esporádica: não possui correlação

com EBV.

• Representa 30% dos linfomas da

população pediátrica.

• Massas abdominais por comprometimento

do íleo, ceco, mesentério,rins e ovários.

• O envolvimento do SNC é característico.

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Linfoma linfoblástico

• Principal linfoma na criança.

• Variedade de células T: massa mediastinal e envolvimento SNC.

• Variedade de células B: é praticamente a mesma doença da LLA, só que sob a forma de linfoma (sem leucemização).

• Apesar de muito maligno e agressivo tem alta chance de cura.

• Tratamento semelhante LLA.

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Linfomas de células T

• 20% dos LNH.

• Comportamento de malignidade variável

de intermediário a alto grau.

• Na maioria das vezes só podem ser

diferenciados dos linfomas B pela

imunofenotipagem.

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Linfoma de células T cutâneo ou

micose fungóide

• Meia idade.

• Predominância no sexo

masculino.

• Prurido intenso e lesões

muito semelhantes a

psoríase.

• Posteriormente acomete

linfonodos, baço, fígado e

medula óssea.

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Síndrome Sezary

• Dermatite

• Eritrodermia

• Linfonodopatia

generalizada

• Células circulantes de

linfoma T

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Linfomas de células T

- Tratamento:

• Quimioterapia tópica

• Fotoquimioterapia com psoralen e luz

ultravioleta (PUVA).

• Quimioterapia