J. Salgado-BorgeS MD,PhD,FEBO e M. Monteiro...
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J. Salgado-BorgeS MD,PhD,FEBO e M. Monteiro MD,PhD
CATARATA + TRANSPLANTE
1ª metade do século XX a cirurgia intracapsular - realização separada das duas intervenções Nos anos 60 o procedimento combinado tornou-se o método de escolha (erro refractivo de difícil correcção – afaquia + astigmatismo) A reintrodução dos implantes intra-oculares a partir dos anos 70 amenizou o erro refractivo mas surgiu um novo problema – o cálculo da LIO
CATARATA + TRANSPLANTE + LIO
Cirurgia Simultânea ou Tríplice !Cirurgia Sequencial
!
Procedimento Simultâneo ou Tríplice(Final da década de 70)
Recuperação visual mais precoce
Menor perda de células endoteliais
quando o transplante é realizado em
simultâneo
Dificuldade - o cálculo da LIO
Bom resultado no procedimento simultâneo
Autores preconizam a utilização dos valores obtidos no olho contralateral !Análise das variáveis envolvidas ▪ Profundidade da câmara anterior ▪ Posicionamento da LIO (ELP –effective lens position) ▪ Queratometria ▪ Comprimento axial !!
QueratometriaAlteração valores queratométricos pré-operatórios
Só se possui a queratometria pós-op após remoção da sutura e estabilização da curvatura corneana Pode utilizar-se o poder dióptrico da córnea do
dador
Diversos autores utilizam a queratometria média obtida em casos semelhantes previamente operados e seleccionados
Queratometria
Factores que influenciam o astigmatismo e logo também a média queratométrica pós-operatória !▪ Disparidade dador / receptor ▪ Técnica de sutura ▪ Doença de base do receptor ▪ Astigmatismo e ou cicatrizes do doador ▪ Transplantes prévios e cicatrização individual
Comprimento Axial
! Fórmulas de acordo com o comprimento
axial (previsível!!) – W. Nosé e A. Forseto (2006) !Hoffer Q(< 22,00 mm) Hoffer Q, Holladay II ou SRK-T (22,00 a 24,50 mm) SRK-T (> 26,00 mm)
Procedimento Sequencial
Cálculo da LIO após o transplante segue os moldes
convencionais
Usa os valores queratométricos da altura
Ideal que o paciente não apresente suturas e estabilidade
queratométrica
Avaliação biométrica (comprimento axial) antes do
transplante – escolher os parâmetros do transplante
Conclusões
! Tendo em conta as vantagens e inconvenientes de ambas as abordagens cabe ao cirurgião decidir por aquela que melhor se aplique a cada caso !Procedimentos refractivos tais como o Lasik são capazes de reduzir o erro refractivo em situações de ametropias pós-operatórias elevadas
CIRURGIA DE CATARATA APÓS TRANSPLANTE DE CÓRNEA EM DOENTE COM QUERATOCONE
Serviço de Oftalmologia
Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga
Santa Maria da Feira
José Salgado-Borges,MD,PhD, FEBO
➢Associa-se a astigmatismo corneano irregular !
➢ Progressão tende a abrandar com a idade estabilização do astigmatismo !➢ As lentes de contacto podem ser eficazes, mas a intolerância é
frequente anomalias topográficas, blefarites, olho seco, ocupação !
➢Os segmentos intraestromais podem ser alternativa !
➢Função visual pode melhorar após queratoplastia pode aparecer astigmatismo significativo após a QP
Estádio do QC e cirurgias prévias
Características anatómicas (córnea, câmara anterior, cristalino)
Idade do doente
CASO CLÍNICO
➢ Homem, 52 anos
➢ Queratocone bilateral, diagnosticado há 12 anos
➢ QPP no OD em 2003, com enxerto transparente até hoje
➢ Catarata corticonuclear incipiente
➢ Microscopia especular 1566 cél/mm2
➢ AV OD - sem correção: 20/400 - com óculos -9.00 -4.00 x 150º: 20/40 - com lente de contacto semi-rígida: 20/30
➢ AV OE - sem correção: 20/30 (não melhora com óculos ou LC) !
Intolerância à LC em 2011, após 6 anos de utilização (OD)
Biomicroscopia OD 2011
Pentacam OD 2011
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICOPentacam OE 2011
RESUMO
!Doente com 52 anos pós-QP, enxerto transparente Refracção estável, -9,00 -4,00 x 150º !Alternativas terapêuticas !LC (intolerante) !Anéis corneanos (não resolvem - esf -9,00) !Lente fáquica (idade; ME - 1566 cél/mm2) !Lente tórica pseudofáquica
Biometria óptica a laser Biometria ultrassónica
CÁLCULO DA BIOMETRIA
A Alcon não recebe e nem guarda quaisquer dados sobre os doentes. Imprima uma cópia do resultado final para seu arquivo. Contacte o seu representante da Alcon para saber quais os
modelos da IOL AcrySof® IQ Tórica disponíveis. Imprimir
Recomendação da LenteDados do Doente & Cirurgião
OD (Direito)
Temporal
Nasal
Nome do Cirurgião Prof Dr Salgado Borges
Dados do Doente Paciente 1 Informações adicionais do Doente (No. de registro, Caso, etc. )
Dados da Lente
Lente AcrySof® IQ Tórica SN6AT6 Equivalente Esférico da IOL (SE) 6.0 D Eixo da Colocação 45° Potência do Cilíndro (Plano da IOL) 3.75 D Potência Cilíndro (Plano da Córnea) 2.57 D
Dados do cálculoAstigmatismo Corneano Pré-Operatório: 3.50 D X 45°
Astigmatismo Induzido Cirurgicamente: 0.50 D X 135°
Resultado do Cilíndro Cruzado (Plano da Córnea): 3.00 D X 45°
Astigmatismo Residual Previsto: 0.43 D X 45°
Informação Pré-OperatóriaDados do Doente
Temporal
Eixo Mais CurvoEixo Mais PlanoIncisão
Nasal
K Mais Plano 45.75 D
@ Eixo Mais Plano 135°
K Mais Curvo 49.25 D
@ Eixo Mais Curvo 45°
Potência Esférica da IOL (P-IOL). 6.0 D
Astigmatismo Cirurgicamente Induzido (SIA).
0.50 D
Local da incisão (IL) 45°
Notas:
8063bcaece92e2aaac956840296d5d2d 9/23/12 14:32:50
V: 3.2.0
Novo Cálculo | Tutorial | Ajuda | Política de Privacidade & Condições Jurídicas
Page 1 of 1Calculator Online da IOL AcrySof® IQ Tórica
23-09-2012http://www.acrysoftoriccalculator.com/aspheric/Calculator.aspx
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Recomendação da LenteDados do Doente & Cirurgião
OD (Direito)
Temporal
Nasal
Nome do Cirurgião Prof Dr Salgado Borges
Dados do Doente Paciente 1 Informações adicionais do Doente (No. de registro, Caso, etc. )
Dados da Lente
Lente AcrySof® IQ Tórica SN6AT6 Equivalente Esférico da IOL (SE) 6.0 D Eixo da Colocação 45° Potência do Cilíndro (Plano da IOL) 3.75 D Potência Cilíndro (Plano da Córnea) 2.57 D
Dados do cálculoAstigmatismo Corneano Pré-Operatório: 3.50 D X 45°
Astigmatismo Induzido Cirurgicamente: 0.50 D X 135°
Resultado do Cilíndro Cruzado (Plano da Córnea): 3.00 D X 45°
Astigmatismo Residual Previsto: 0.43 D X 45°
Informação Pré-OperatóriaDados do Doente
Temporal
Eixo Mais CurvoEixo Mais PlanoIncisão
Nasal
K Mais Plano 45.75 D
@ Eixo Mais Plano 135°
K Mais Curvo 49.25 D
@ Eixo Mais Curvo 45°
Potência Esférica da IOL (P-IOL). 6.0 D
Astigmatismo Cirurgicamente Induzido (SIA).
0.50 D
Local da incisão (IL) 45°
Notas:
8063bcaece92e2aaac956840296d5d2d 9/23/12 14:32:50
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Cálculo dos parâmetros da lente tórica
ESCOLHA DA LIO
Proposta facoemulsificação de OD com implante de LIO tórica !
ACRYSOFT IQ TORIC SN6AT6 (esfera 6,0 D; cilindro 3,75)
Julho 2012
FOLLOW- UP !!!!➢ 1 semana após cirurgia
➢ AV sem correção de 20/30 ➢ botão coreano transparente, olho calmo, LIO bem posicionada !
➢ 6 meses após cirurgia ➢ AV 20/30 com -1,25 x 115º !
➢Microscopia especular ➢ pré-op: 1566 céls./mm2
➢ pós-op: 1509 céls./mm2
CASO CLÍNICO
3 meses pós-operatório
FOLLOW –UP - PENTACAM OD
3 MESES PÓS -‐OP
1 MÊS PÓS -‐OP
CONCLUSÃO
CIRURGIA DE CATARATA APÓS QUERATOTOMIA RADIÁRIA
Serviço de Oftalmologia
Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga
Santa Maria da Feira
Manuel Monteiro, MD,PhD
Caso clínico -‐ Identificação
A.M.R. 58 anos,Eng. Civil Saudável Hipovisão bilateral, lenta e progressiva
(desde há +/-‐ 1 ano)
Caso clínico – antecedentes oculares
▪ Queratotomia radiária bilateral em 1994 (há 18 anos,
aos 40 anos de idade) !OD: – 5.00 D, realizou 8 incisões corneanas radiárias. !OE: – 1.50 – 1.50 D x 170º, realizou 4 incisões corneanas radiárias.
OD OE
Caso clínico – antecedentes oculares
21-‐3-‐2005 (11 anos depois da cirurgia radiária) !
AV. OD: 9/10 c/ -‐1.00X105º AV. OE: 9/10 c/ -‐1.25 -‐0.75X15º !BIO ODE: segmento anterior normal ▪ (exceto leucomas corneanos radiários) FO ODE: normal PIO: 14 – 14 mmHG
17 anos pós cirurgia radiária !!
AV. OD: 6/10 c/ -‐1.00X105º (igual a 2005) AV. OE: 6/10 c/ -‐1.25 -‐0.75X15º (igual a 2005) !BIO-‐ODE: cataratas corticais F.O.-‐ODE: normal Paquimetria central: 529/535 µm Células endoteliais centrais: 2650/2750 mm2
PIO: 14–14 mmHG
Caso clínico – exame ocular
Queratometria – cálculo ?
!Métodos: -‐ 16 olhos queratotomia radiária, -‐ topografia corneana da área dos 3 mm centrais -‐ fórmula do duplo-‐k -‐ método Holladay 1 !Resultados: -‐ 87.5% dos olhos com +/-‐ 0.50 D, e -‐ 100% com +/-‐ 1.00 D de refração pós operatória. !Conclusão: Os resultados são melhores se for determinada a potência corneana na área
dos 3 mm centrais e se for usada a fórmula do duplo k. !!!Intraocular lens power calculation after radial keratotomy: Estimating the refractive corneal power
Shady T. Awwad et al. J. Cataract Refract Surg 2007; 33:1045-‐1050.
Cálculo da potência da LIO (OE)
OE K Comprimento axial
Fórmula Cálculo
Potência LIO (emetropia)
Potência LIO shift negativo
LIO introduzida
Erro refrativo final
queratometria convencional 37,38 26,87 SRK/T +17,50 D
(+0.09)+18,00 D
(-0.28)
K= 36,38 +19,00 D !!!!!!
+0.25+ 1,25 X 70º
queratometria ajustada 36,38 26,87 SRK/T 18,50 D
(+0.15)19,00 D (-0.23)
Topografia corneana 37.09 26,87 SRK/T +18.00 D
(-0.05)+18.50 D
(-0.43)
Método da história clínica
(K médio universal 43,86)
43.11 26.87 SRK/T+11.00 D (+0.03) +11.50 D
(-0.30)
Método duplo - K ? 26,87 SRK/T ? ?
Método duplo - K mais
queratometria 3 mm centrais
? 26,87 SRK/T ? ?
37,09 D
Cálculo da potência da LIO (OE)
OE K Comprimento axial
Fórmula Cálculo
Potência LIO (emetropia)
Potência LIO Shift negativo
LIO introduzida
Erro refrativo final
queractometria convencional 37,38 26,87 SRK/T +17,50 D +18,00 D
K= 36,38 !19,00 D !!!!!!!
+0.25+ 1,25 X 70º
queractometria ajustada 36,38 26,87 SRK/T +18,50 D +19,00 D
Topografia corneana 37.09 26,87 SRK/T +18.00 D +18.50 D
Método da história clínica (43,86)
43,11 26,87 SRK/T
+11,00 D +11.50 D
Método duplo - K ? 26,87 SRK/T ? ?
Método duplo - K mais
queractometria 3 mm centrais
? 26,87 SRK/T
Cálculo da potência da LIO (OD)
OD K Comprimento axial
Fórmula Cálculo
Potência LIO (emetropia)
Potência LIO Shift negativo
LIO introduzida
Erro refrativo final
qceractometria convencional 37.00 ? 28,26 SRK/T +15.00 D
(-O.16)+15.50 D
(-0.54)!!!!
K= 33,78 !+18,50 D !!
+ 0.50 + 1,00 X 40º
queractometria ajustada 36.00 ? 28,26 SRK/T +16.00 D
(-0.08)+16.00 D
(-0.47)
Topografia corneana 33.78 28,26 SRK/T
+18.50 D (-0.16)
+19.00 D (-0.57)
Método da história clínica (43,86)
39,3628,26 SRK/T +12.00 D
(+0.05)+12.50 D
(-0.31)
Método duplo - K ? 28,26 SRK/T ?
Método duplo - K mais
queractometria 3 mm centrais
? 28,26 SRK/T ?33.78 D
Cálculo da potência da LIO (OD)
OD K Comprimento axial
Fórmula Cálculo
Potência LIO (Emetropia)
Potência LIO Shift negativo
LIO introduzida
Erro refrativo final
queratometria convencional 37,OO? 28,26 SRK/T +15.50 D
(-0.16)+15,50 D
(-0.54)
K= 33,78 !+18,50 D !!!!!
+ 0.50 + 1,00 X 40º
queratometria ajustada 36,00? 28,26 SRK/T +16.00 D
(-0.08)+16,00 D
(-0.47)
Topografia corneana 33.78 28,26 SRK/T +18,50 D
(-0.16)+19.00 D
(-0.57)
Método da história clínica (43,86)
!39,36 28,26
!SRK/T +12.00 D
(+0.05)+12.50 D
(-0.31)
Método duplo - K ? 28,26 SRK/T ?
Método duplo - K mais
queractometria 3 mm centrais
? 28,26 SRK/T ?
(15 dias pós-‐cirurgia) !
▪ AV. OD 8/10 c/ + 0.50 + 1.50 x 50º ▪ AV. OE 8/10 c/ + 0.50 + 1.25 x 70º
!(1,5 mês pós-‐cirurgia)
!▪ AV. OD 9/10 c/ 0.50 +1.00 x 40º ▪ AV. OE 9/10 c/ + 0.25 + 1.25 x 70º !▪ BIO-‐ODE: sem alterações ▪ FO-‐ODE: normal ▪ PIO: 14 – 14 mmHg
Caso clínico – resultado pós-‐cirúrgico
Cálculo da potência da LIO (OE)
OE K Comprimento axial
Fórmula Cálculo
Potência LIO (emetropia)
Potência LIO shift negativo
LIO introduzida
Erro refrativo final
K= 36,38 +19.00 D !!!!!!
+0.25+ 1,25 X 70º
queratometria ajustada
U 26,87 SRK/T18,50 D (+0.15)
19,00 D (-0.23)
!queratometria
ajustada QU
HAIGIS-L20,50 D (+0.09)
21.00 D (-0.27)
Cálculo da potência da LIO (OD)
OD K Comprimento axial
Fórmula Cálculo
Potência LIO (Emetropia)
Potência LIO Shift negativo
LIO introduzida
Erro refrativo final
K= 33,78 !+18,50 D !!!!!
+ 0.50 + 1,00 X 40º
Topografia corneana 33.78 28,26 SRK/T +18,50 D
(-0.16)+19.00 D
(-0.57)
!Topografia corneana 33.78 28,26
HAIGIS-L+20.50 D
(-0.04)
Literatura -‐ médico legal
Revisão de 168 casos de cirurgias de cataratas com problemas médico legais nos Estados Unidos que resultaram em litígio: ▪ as razões mais comuns, são relacionadas com a LIO, nomeadamente em relação à potência escolhida e consequente erro refrativo final.