JA Setembro 2009

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SETEMBRO2009 · Telefone 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Avenida General Humberto Delgado - Edifício Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] · www.oribatejo.com jornal abrantes de Director JOSÉ ALVES JANA - MENSAL - Nº 5465 - ANO 109 - GRATUITO Sardoal em festa Voluntariado na Guiné-Bissau MÉDICA ALICE FERREIRA A pediatra, de Montalvo, aposentada, dedica o seu tempo e anergia a fazer trabalho médico em Cumu- ra, perto de Bissau, ou a prestar apoio de recta- guarda, cá. I pág 3 Antena Livre promove debates eleitorais Setembro e Outubro marcam a aposta da Rádio Antena Livre de Abrantes na grande infor- mação, com os debates eleito- rais. página 6 ABRANTES Cuidados paliativos no “Outono” da vida O Centro Hospitalar do Médio Tejo tem a funcionar uma uni- dade de cuidados paliativos, apoiada pela equipa “Outonos da Vida”. páginas 4 e 5 SAÚDE Protecção Civil alerta para o risco de incêndio António Louro. Coordenador da protecção civil de Mação, fala- nos de um concelho ainda feri- do pelo fogo. página 7 MAÇÃO ENTREVISTA - Fernando Moleirinho, presidente da Câmara Municipal do Sardoal I pág. 10 e 11

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Jornal de Abrantes - Setembro 2009

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Page 1: JA Setembro 2009

SETEMBRO2009 · Telefone 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Avenida General Humberto Delgado - Edifício Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] · www.oribatejo.com

jornal abrantesde

Director JOSÉ ALVES JANA - MENSAL - Nº 5465 - ANO 109 - GRATUITO

Sardoalem festa

Voluntariado na Guiné-Bissau

MÉDICA ALICE FERREIRA

A pediatra, de Montalvo, aposentada, dedica o seu tempo e anergia a fazer trabalho médico em Cumu-ra, perto de Bissau, ou a prestar apoio de recta-guarda, cá. I pág 3

Antena Livre promove debates eleitoraisSetembro e Outubro marcam a aposta da Rádio Antena Livre de Abrantes na grande infor-mação, com os debates eleito-rais. página 6

ABRANTES

Cuidados paliativos no “Outono” da vidaO Centro Hospitalar do Médio Tejo tem a funcionar uma uni-dade de cuidados paliativos, apoiada pela equipa “Outonos da Vida”. páginas 4 e 5

SAÚDE

Protecção Civil alerta para o risco de incêndioAntónio Louro. Coordenador da protecção civil de Mação, fala-nos de um concelho ainda feri-do pelo fogo. página 7

MAÇÃO

ENTREVISTA - Fernando Moleirinho, presidente da Câmara Municipal do Sardoal I pág. 10 e 11

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SETEMBRO20092 jaABERTURA

FOTO CRÍTICA

Que gostava que corresse melhor neste ano lectivo?

ARRIPIADOCrime ambiental, crime sanitá-rio, crime estético, enfi m, crime ético. Neste caso no Arripiado. É apenas um exemplo de tantos que há por aí.

NOME Marília Gaspar Eufrásio PROFISSÃO Funcionária dos CTT (Técnica) em Constância IDADE 31 anos RESIDÊNCIA Montalvo UMA POVOAÇÃO A minha Montalvo UM CAFÉ O café da Vanda, na vila de Constância UM BAR Bar Emotion e o Vento dos Séculos, ambos em Torres Novas UM PETISCO E ONDE APRE-CIÁ-LO Ameijoas à Bulhão Pato, na Nazaré UM RESTAURANTE Restau-rante Veleiro, na Nazaré UM LUGAR PARA PASSEAR Parque Ambiental de Sta Margarida da Coutada e o Parque de Vila Nova da Barquinha UM RECANTO A DESCOBRIR As grutas de Mira D’Aire UM LIVRO Casamento em Veneza, de Elizabeth Adler UM DISCO Rita Guerra UM FILME Quem quer ser bilionário?, de Danny Boyle UMA VIAGEM Aos Açores

Marília Eufrásio

Estamos num tempo de elei-ções. Em democracia, os cida-dãos são chamados a decidir so-bre o que deve ser feito e o que deve ser evitado. Mesmo que não seja tão simples como acender ou apagar uma lâmpada, essa é a essência do processo eleitoral, através da escolha de lideranças e de projectos de governação – nacional e municipal.

Não temos, aqui, espaço e pe-riodicidade para dar às eleições um tratamento mínimo. Mas continuamos a trazer às nossas páginas a vida dos nossos conce-lhos, das nossas empresas, das várias organizações de natureza pública, social e privada. E é so-bre esta vida que recai a acção – e a falta de acção – dos poderes central e local. É a nossa vida que

está em jogo. A presente e a das próximas décadas. Hoje decide-se o nosso futuro.

Basta olhar para o que eram estas terras há 30 ou 40 anos e o que são hoje. Estão irreconhecí-veis. Não é verdade, por isso, que “nada se fez”, que “isto está cada vez pior”, que “eles não fazem nada, prometem e nunca cum-prem”. O trabalho feito em três

décadas transformou mais estes concelhos que os cem anos ante-riores. Há alguma dúvida disso?

Mas o mais importante é o que está por fazer. O que é preciso que se faça. Porque queremos mais e porque o adquirido pode perder-se com muita facilidade. Esse é o desafi o que colocamos tanto aos que forem eleitos como aos que fi carem na oposição.

Na certeza, também, de que o trabalho deles não dispensa o nosso. Na política não se fazem milagres. E num tempo de incer-teza, o tecido social tem muito mais poder que o Poder.

ALVES JANA

EDITORIAL

Tempo de eleições

SUGESTÕES DE ...

VOX POP

Tendo em conta que estamos em ano de eleições, em princi-pio haverá algumas melhorias em termos de carga horária para professores e possivelmente os alunos poderão melhorar os ní-veis em relação ao ano anterior.

Miguel ângelo BarrosoProfessor

Eu acho que não vai haver me-lhorias. A guerra com os profes-sores não está terminada e isso é muito negativo. Conheço o caso de duas ou três pessoas que são professores e que para eles é um drama as colocações e isso torna-se muito negativo para os alunos.

Octávio AlmeidaTécnico Manutenção de Aeronaves

José Alves PinaEmpregado de Comércio

Florinda RamalhoFuncionária Pública

Eu penso que o ano lectivo não vai correr melhor. É provável que seja muito idêntico ao que pas-sou, época de 2008/2009. Pela simples razão de que as eleições não vão trazer nada de diferente porque em principio não haverá mudança de governo.

Eu penso este Ana lectivo é ca-paz de haver melhorias porque a história da avaliação dos profes-sores é neste momento a maior guerra. Eu acho que os professo-res são capazes de reconsiderar um bocadinho porque a avaliação não é assim tão má. Eu também sou funcionária pública, também sou avaliada todos os anos.

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3SETEMBRO2009ja ENTREVISTA

O amor que sempre mo-tivou a médica Maria Ali-ce Ferreira para cuidar de bebés levou-a a abraçar um novo desafi o: é volun-tária numa missão em Bis-sau. A pediatra neonatolo-gista, residente em Mon-talvo, está integrada numa missão na Guiné-Bissau, depois de ter exercido du-rante muito tempo a sua profi ssão no Hospital de Abrantes. Em 2000 Ma-ria Alice disponibilizou-se para trabalhar como volun-tária na missão que a AMI estava a colocar no terre-no. Fez algumas visitas a Bissau mas de curta dura-ção. A missão de Cumura, onde está, é católica, fun-dada há 54 anos por fran-ciscanos italianos, e fi ca a 10 km de Bissau.

O que encontrou nas suas primeiras visitas?

Em 2001 visitei o Hospital Central de Bissau e os pou-cos médicos que estavam na pediatra não tinham qualquer formação. Nessa altura estive muito pouco tempo, mas depois passei a ir lá durante as minhas férias. No ano 2005, quan-do me aposentei, decidi de-dicar mais tempo à missão e fui tirar o curso de Medi-cina Tropical. Em 2006 fi z o curso em Portugal e estive três meses na Guiné.

No ano seguinte surge um episódio que a marcou.

Sim, é verdade. Em Março desse ano estavam no Hos-pital de Bissau duas meni-nas, Safi ato e Segunda, há mais de um ano à espe-ra de virem para Portugal para uma cirurgia cardía-ca. Algum tempo antes ti-nha vindo para Portugal uma menina para ser in-ternada e trazia o contacto da pessoa que se iria res-ponsabilizar por ela duran-te a sua estadia, mas essa pessoa não apareceu. Para que essa situação não vol-tasse a acontecer, eu deci-di responsabilizar-me por estas duas meninas, para elas puderem vir para Por-tugal com garantias. E as-

sim estive com elas duran-te o período da cirurgia e da recuperação, de Março a Novembro de 2007.

Este ano essas meninas estão em sua casa. A po-pulação de Montalvo já as “adoptou”, certo?

É verdade, vieram fazer o controlo de cardiologia e passar aqui um tempo. As minhas meninas, como carinhosamente lhes cha-mo, foram bem acolhidas por todos os meus amigos e por alguns moradores de Montalvo, que as apa-drinharam. Estas pesso-as dão um montante todos os meses para as apoia-rem na escola, na compra de material escolar, cuida-dos de saúde, e também para apoio alimentar. Jun-ta-se cerca de 300 euros/ano para cada uma. Estes amigos também ajudaram na compra do bilhete de avião.

No ano passado este-ve durante mais tempo na missão, no Hospital de Cumura. O que faz lá?

Faço o apoio à pediatra e à maternidade, no âmbito do internamento. Na parte do ambulatório dou apoio aos meninos que não es-tão bem. Nos dias em que temos consulta de gravidez também dou o meu apoio. E nesses dias são fi las e fi -las de grávidas que vêm de Bissau.

E quais são as necessida-des mais permentes desse Hospital?

Melhorias na farmácia, com novos medicamentos. Quando eu comecei não tí-nhamos hipótese de fazer as análises precisas para certa doença. As crianças eram todas tratadas como se tivessem paludismo. Ao longo dos anos a missão tem-se desenvolvido e os profi ssionais de saúde têm aumentado.

Quais são as doenças com mais casos?

Actualmente muitos dos doentes têm tuberculo-

se, sida e alguns outras si-tuações, como a fome. É importante salientar que morre-se mais de tuber-culose que de sida. A tu-berculose é mais fácil de transmitir.

E no caso das crianças?Essas aparecem lá des-

nutridas, um autêntico es-queleto. No fundo são do-entes com sida ou com tuberculose, que foram in-fectadas pela mãe. Por ou-tro lado, a alimentação não é a mais correcta. Houve um empobrecimento do país e isso refl ecte-se ago-ra. Temos muitos órfãos.

Depois do tratamento no hospital é feito o rastreio aos doentes de tuberculo-se?

Pois… infelizmente não. Um membro da família contagia todos os outros. E depois de sair do hospi-tal volta para a sua taban-ca (aldeia) e vai fi car nova-mente infectado, pois não houve rastreio junto das famílias. É importante que passem pelas várias ta-bancas unidades movéis para fazer o rastreio.

E nestas tabancas como se vive?

As pessoas andam des-calças, as crianças despi-

das, mas têm acesso a al-guma alimentação, como a galinha, o porco, os produ-tos da sua horta.

Em Bissau vive-se mal. A maioria das pessoas não tem poder económico para comprar comida. Daí as crianças estarem des-nutridas. O preço do arroz estava muito elevado no ano passado. O saco de ar-roz de 50 quilos estava a 30 cêntimos o quilo.

E os voluntários o que co-mem?

O normal dos seus há-bitos. Se eu for à casa dos franciscanos como sopa de nabiça, uma alface, etc. Onde eu estou, inserida numa missão italiana, como massas e outro género de comida italiana. Vivo num edifício com algumas Ir-mãs, junto ao hospital.

Na maternidade onde trabalha quantos partos efectuam?

No hospital geral, onde existe a maternidade, havia 50 partos por mês quando lá cheguei. Actualmente são feitos 150. Muito devido ao apoio que é dado às grá-vidas, durante a gestação, no parto e aos bebés.

A UNICEF fez um proto-colo com a missão, para fazermos a prevenção da

transmissão do vírus da Sida, da mãe para o fi lho. Estou muito empenhada neste projecto, que se vai prolongar por um ano.

Como funciona exacta-mente o projecto?

Faz-se o apoio a estas crianças desde o parto até aos 18 meses. Nessa al-tura fazemos exames para sabermos quais as crian-ças que fi caram positivas ou não. Em África as crian-ças mamam apenas duran-te seis meses. As probabili-dades de se transmitir o ví-rus é muito elevada, mas as crianças têm de mamar caso contrário morrem de gastroenterite. Depois da interrupção da mama co-meçam na papinha. É uma altura muito crítica para a criança. Algumas mães não podem dar de mamar e têm que comprar leite ar-tifi cial, que é muito caro. A missão dá algum apoio na compra do leite, em 50%.

Conseguem manter con-tacto com todas estas mu-lheres e crianças?

Perdem-se muitas mães, é verdade. Temos algumas activistas que mantêm esse contacto. É importan-te sabermos os resulta-dos da criança aos 18 me-ses. Se dá negativo irá fa-

zer uma vida normal. Mas se o resultado for positivo a criança vai ser acompa-nhada por nós, para toda a vida.

E conseguem medica-mentos para este novo programa?

O custo dos medicamen-tos é algo que nos preocu-pa. A tuberculose tem me-dicamentos baratos, mas mesmo assim já tivemos uma situação de 300 do-entes em ambulatório que não tinham medicamen-tos. O stock esgotou e não chegaram medicamentos a tempo. Mas tudo se re-solveu.

Em termos da sida a situ-ação é mais preocupante. O doente com sida tem que ser tratado toda a vida. Facilmente apanha uma pneumonia ou tuberculo-se e depois são situações mais difíceis de tratar.

Esses medicamentos não podem ser subsidiados?

Neste momento existe um projecto para serem subsidiados certos medi-camentos. A missão não consegue sobreviver se não tiver ajuda. Os interna-mentos são prolongados e temos medicação endove-nosa muito cara.

Maria João Ricardo

A vontade de ajudar o próximoALICE FERREIRA - PEDIATRA E VOLUNTÁRIA NA GUINÉ

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SETEMBRO20094 jaSAÚDE

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.pt

Há casos de doença em que a medicina já não tem resposta curativa: pessoas em fase ter-minal com cancro, sida, escle-rose múltipla e outras. É então que a Unidade de Cuidados Pa-liativos tem um lugar insubsti-tuível.

Os profi ssionais e os voluntá-rios que actuam nesta unida-de apoiam o doente até ao mo-mento fi nal. Dá-se o apoio na dor total: física, mental, espi-ritual e emocional. A “Outonos da Vida” é uma associação sem fi ns lucrativos, formada em Ja-neiro de 2009, sob o impulso da Dra. Manuela Furtado. Maria João Oliveira é a presidente da associação e tem sido a alma deste projecto, não só a recru-tar voluntários, como a fazer a divulgação. Dedica o seu tem-po a apoiar doentes, no hos-

pital ou nas suas casas. O ob-jectivo é cuidar de doentes que precisam de cuidados ou que tenham dor crónica. A “Outo-nos da Vida” acompanha tam-bém a família ou as pessoas que cuidam desses doentes, os chamados cuidadores infor-mais.

Existe consulta de dor cróni-ca no Hospital de Tomar, orien-tada pela Dra. Manuela Fur-tado, e também existem me-dicamentos para tirar a dor crónica, para assim melhorar a vida dos doentes. Há por-tanto trabalho médico a fazer. Mas há muito mais que isso. E é nesse “mais” que a “Outonos da Vida” trabalha.

Actualmente existem 20 ele-mentos nesta associação entre médicos, psicólogos, enfermei-ros, auxiliares de acção médica e voluntários de várias idades.

Apoiar o doente e a família quando “OUTONOS DA VIDA” ATÉ AO ÚLTIMO MOMENTO

• A equipa da “Outonos da Vida” durante uma visita de estudo a Itália.

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5SETEMBRO2009ja SAÚDE

mais precisamOs profi ssionais de saúde são de várias zonas de Portugal, al-guns até são militares e dedi-cam algumas horas a esta as-sociação.

Os voluntários têm uma for-mação inicial de cuidados pa-liativos e fi cam aptos a prepa-rar os cuidadores informais ou a família para melhor cui-darem do doente. Os doentes são referenciados pela “Ou-tonos da Vida” e depois os vo-luntários vão a casa das pesso-as falar e cuidar delas. O prin-cipal objectivo é humanizar os últimos momentos de vida dos doentes. Muitas vezes o apoio espiritual, através dos voluntá-rios da associação, de um pa-dre, um rabino ou outra pes-soa, é muito importante para acalmar a pessoa. Os próprios voluntários também têm psi-cólogos para os apoiar no seu

serviço diário, devido a algu-mas situações delicadas. Na delegação em Abrantes, Tere-sa Lopes, de Tramagal, é uma das voluntárias da “Outonos da Vida”, juntamente com Cátia Louro, de Montalvo. Maria João Oliveira, presidente da “Outo-nos da Vida”, salienta que “as pessoas têm que ter qualidade de vida até ao último momen-to. Assim que a pessoa rece-be a notícia que tem determi-nada doença, começa um pro-cesso de negação, de revolta. Muitas pessoas “agarram-se” à sua fé, outras revoltam-se com a sua situação. Nós esta-mos lá desde essa altura, não apenas para apoiar a pessoa na sua agonia, mas também para lhe proporcionar momentos de alguma tranquilidade e “prepa-rá-las” para o seu último mo-mento. Para além do doen-

te, prestarmos apoio à família é de igual modo fundamental, pois os familiares também pas-sam por momentos muito difí-ceis, por vezes de revolta com o mundo”.

Antes de trabalhar com os do-entes, os voluntários precisam de preparação. O próximo curso inicial de cuidados paliativos da “Outonos da Vida” vai iniciar-se em Tomar a 15 de Setembro, e decorre todas as terças-feiras, até 27 de Outubro, das 19:30 às 22:30. A parte teórica decorre na Escola Jacome Ratton e a parte prática no Regimento de Manutenção do Entroncamen-to. Mais informações em www.outonosdavida.pt ou pelos tele-fones 960 330 073, 937 301 546 ou ainda 915 475 639, a qual-quer hora do dia ou da noite.

Maria João Ricardo

A UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS foi criada no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), por iniciativa da Dra. Manuela Furtado. Segundo Maria João Oliveira, “esta Unidade só tem 10 camas e está integrada na Rede Nacional dos Cuidados Continuados Integrados. Em breve deve ter mais quatro camas”. Todos os quartos são individuais, para a privacidade do doente e seus familiares.

A “OUTONOS DA VIDA” - Associação para os Cuidados Paliativos e Dor Crónica do Médio Tejo” foi fundada em Tomar para dar apoio de voluntariado a esta Unidade e tem como lema “Viver até Morrer. “Ini-cialmente falámos com a administração do CHMT, que aceitou a nossa associação, e agora fazemos trabalho voluntário dentro do hospital, na Unidade de Cuidados Paliativos, mas também no exterior”, reforça Ma-ria João Oliveira, formada em engenharia, mas que decidiu abraçar este projecto que lhe foi proposto pela Dra. Manuela Furtado.

O DIA 9 DE OUTUBRO é, todos os anos, o Dia Mundial de Cuidados Paliativos e Casas do Cuidar. A 10 de Outubro é comemorado de dois em dois anos, e tem como fi nalida-de dar Voz aos Cuidados Paliativos. Esses dias são promovidos pela Organização Mundial de Saúde.

A “Outonos da Vida” em parce-ria com “A Árvore do Saber “ do CHMT vai organizar no dia 9, pelas

16h, uma conferência destinada aos profi ssionais de saúde e pú-blico em geral, interessados nes-te tema. A 10 de Outubro a asso-ciação vai colocar Tomar no Wor-dl Hospice and Paliative Care Day, realizando um concerto. Esse con-certo, para além de outros músi-cos, tem como cabeça de cartaz a banda “Quinta do Bill”, padrinhos desta Associação desde o início.

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SETEMBRO20096 jaREGIÃO

DEBATES COM CANDIDATOS

CARTÓRIO NOTARIAL DE GAVIÃOCertifi co, para efeitos de publicação que neste Cartório e no livro de Notas para Escrituras Diversas n.º 52-B, a folhas noventa e quatro e seguintes, se encontra exarada uma escritura de Justifi cação Notarial, outorgada no dia 06 de Agosto de 2009 na qual JOÃO MACHADO DE MATOS e mulher CARMINDA MARQUES NETO DE MATOS,casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia Belver, concelho de Gavião, e ela da freguesia e concelho de Mação, residentes na Rua da Eira, n.º 4, lugar de Torre Cimeira, Belver, Gavião, se declaram donos, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: Prédio urbano, sito em Torre Cimeira, freguesia de Belver, concelho de Gavião, composto por casa de rés-do-chão destinada palheiro com a área coberta de vinte e quatro metros quadrados, a confrontar do Norte e Sul com José Lourenço, de Nascente com João Machado e de Poente com Largo público, inscrito na respectiva matriz, em nome do justifi cante marido, sob o artigo 639, com o valor patrimonial e atribuido de cento e vinte e dois euros e quarenta e nove cêntimos, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gavião.Que o prédio adveio à sua posse em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e um, por compra verbal a Maria da Conceição Machado, a mesma que Maria Gertrudes Machado ou Maria Machado Heitor, viúva e residente que foi na Rua dos Lava-douros, n.º 2, lugar de Torre Cimeira, Belver, Gavião, já falecida, acto este que nunca chegou a ser formalizado.Que, desde aquela data, entraram os justifi cantes na posse e fruição do dito prédio, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade.Que esta posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, traduzida na defesa e conservação da propriedade, usando o prédio como palheiro e arrecadação de fenos e palhas, benefi ciando-o, procedendo às necessárias obras de reparação e pintura, dele retirando todos os proveitos inerentes à sua natureza e pagando pontualmente as contribuições e impostos por ele devidos, de forma contínua, pacífi ca, pública e de boa fé, sem oposição de quem quer que seja.Tais factos integram a fi gura jurídica de usucapião, que invocam na impossibilidade de comprovar o referido domínio e posse pelos meios extrajudiciais normais.Está conforme o original.Cartório Notarial de Gavião, 25 de Agosto de 2009.

A Notária,(Ana Rute Ribeiro Nunes)

(em Jornal de Abrantes, edição 5465 - Setembro de 2009)

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTES

FESTA DA IRMANDADEPROGRAMA

(DE 13 A 19 DE SETEMBRO)

DIA 13/09/09 - DIA DA IRMANDADE11h00 - Celebração da Santa Missa na Igreja da

Misericórdia13h00 - Almoço de Confraternização - Quinta do Lago

DIA 14/09/09 - VISITA DE SUA EX.ª REV.ª O BISPO DE PORTALEGRE E CASTELO BRANCO, D. Antonino Dias

10h00 - Recepção - Sala do Defi nitório10h45 - Celebração da Santa Missa na Igreja da Misericórdia12h00 - Almoço no Lar Hospital14h00 - Visita às instalações das valências

DIA 15/09/09 - DIA DA MÚSICA (Auditório) Tarde musical – 16h30 às 18h30 Com Fernando FortesDIA 16/09/09 - PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA - Residentes, Utentes

e IrmãosDIA 17/09/09 - DIA DO CINEMA (Auditório) Projecção de Filmes – 16h30 às 18h30DIA 18/09/09 - DIA DA CARIDADE (Auditório) 16h30 Comunicação do Rev.º Cónego Dr. José da Graça Sessão de Fados com Francisco Inês Cordeiro e Dora Acompanhamento por Alfredo Gomes e Eng.º

Mário MouraDIA 19/09/09 - Encerramento das actividades (Igreja da Misericórdia) Com celebração da Santa Missa às 17h00

A Participação da Comunidade eIrmandade nestas actividades é umTestemunho de SOLIDARIEDADE

A MESA ADMINISTRATIVA

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.pt

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

EDITAL N.º 09 / 2009AMÉRICO CORDA FALCÃO

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e, dando cumprimento ao art.º 16.º do Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, com As alterações introduzidas pela Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, se realiza no próximo dia 15 de Setembro de 2009, pelas 21 horas, no Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, uma sessão ordinária da Assembleia Municipal, com a seguinte ordem de trabalhos:

PERÍODO ANTES DA ORDEM DE TRABALHOS

ORDEM DE TRABALHOS

1. Informação do Presidente da Câmara, em cumprimento da alínea e) do n.º 1 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a nova redacção dada pela Lei n.º 5 -A/2002, de 11 de Janeiro;

E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.

Paços do Município de Sardoal, 03 de Setembro de 2009

O Presidente da Assembleia Municipal,Américo Corda Falcão

A rádio Antena Livre rea-justou a sua grelha de pro-gramas, no início de Se-tembro, fazendo regressar um programa de conversa e apostando claramente nas eleições.

Se antes já se havia veri-fi cado um reforço dos con-teúdos informativos, Se-tembro e Outubro marcam claramente uma aposta na grande informação regio-nal. Desde logo o regres-so do Radiografi a, agora às quartas-feiras, entre as 22h e as 00h, (regresso a partir de 23 de Setem-bro) com a moderação do jornalista Jerónimo Belo Jorge e a presença assí-dua de um painel de três

comentadores: José Alves Jana, Pedro Marques e Sónia Pedro.

Este programa de duas horas pretende ser um espaço de comentário e análise dos temas que marcam a actualidade, locais e regionais, mas sem perder de vista as li-nhas actuais do País e do mundo. Para as eleições, legislativas (27 de Setem-bro) e autárquicas (11 de Outubro), a estação emis-sora de Abrantes, que pode ser escutada em 89.7 fm e em www.antenalivre.pt, está a preparar a co-bertura com divulgação de resultados, comentários e entrevistas aos principais protagonistas. Para as au-

tárquicas, está mesmo a ser preparado um mode-lo nunca antes feito na re-gião e que será divulgado em tempo oportuno, mas que desde já podemos adiantar que vai envolver muitos meios técnicos e humanos, podendo mes-mo esta emissão especial vir a ser produzida total-mente fora dos estúdios.

Ao nível das autárquicas, o Jornal de Abrantes pode já confi rmar a realização de um debate público com os seis cabeças de lista das candidaturas à Câma-ra Municipal de Abrantes. Este debate será realiza-do no cine-teatro S. Pedro, no dia 6 se Outubro, terça-feira, com início às 21.30

horas. Com transmissão em di-

recto, o director de infor-mação da estação, Je-ró-nimo Belo Jorge, que as-sume a moderação do confronto, sublinhou que o mesmo vai dar a possi-bilidade de meio milhar de abrantinos poderem as-sistir ao vivo ao mesmo.

Já no que diz respeito à cobertura geral das elei-ções, estão a ser realiza-das entrevistas individuais de duas horas aos candi-datos à Câmara Municipal de Abrantes. Quanto aos candidatos às autarquias limítrofes a Abrantes, vão ser realizadas entrevistas individuais no jornal alar-gado da estação.

Antena livre investe na informação eleitoral

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7SETEMBRO2009ja REGIÃO

Mação é ainda um conce-lho ferido pelo fogo. Antó-nio Louro, Coordenador da Protecção Civil no concelho de Mação, fala-nos do tra-balho feito e de preocupa-ções em aberto.

O concelho de Mação está preparado para prevenir incêndios?

Foi com grande preocu-pação que vimos chegar mais uma época de fogos. Porque o concelho de Ma-ção continua em grande risco. Mesmo as áreas que foram atingidas em 2003 já apresentam risco muito elevado. Os grandes incên-dios têm a ver com a enor-me continuidade das áreas

fl orestais e, infelizmente, apesar do enorme esforço feito em Mação, no sentido de inverter este cenário, os resultados no terreno são muito baixos.

Apesar de termos uma rede de excelência de com-bate aos incêndios fl ores-tais, caminhos fl orestais, pontos de água, vigilân-cia..., apesar de sermos o único município do dis-trito que tem um sistema próprio de vigilância e pri-meira intervenção, o gran-de inimigo são os grandes fogos fl orestais e estes es-tão intimamente ligados à continuidade do combustí-vel e ao estado em que se encontra.

Então e o papel das ZIF’s?

Fizemos um grande tra-balho, desde 2005, com as ZIF’s, Zonas de Inter-venção Florestal. Somos o concelho do país com mais ZIF’s. Mas lamenta-velmente não foi possível fazer trabalho no terreno porque as ajudas disponí-veis são insufi cientes. As ZIF’s existem na lei, mas não há uma única medida de apoio direccionada para a implementação das ZIF’s no terreno. Os apoios são no mesmo montante para um proprietário individu-al e para 500 proprietários associados numa ZIF. Não pode funcionar assim.

O que é que falta fazer?Tarda em aparecer um

quadro coerente de apoio que permita inverter o ce-nário existente e combater os incêndios aí, no estado da fl oresta. É preciso reor-

ganizar a fl oresta, retirar o excesso de combustível, modifi car a paisagem tor-nando-a menos perigosa e mais defensável pelos sis-temas de vigilância e inter-venção, que só assim terão

sucesso.Quantas vezes é preciso

isto arder para vermos que o mais importante continua por fazer?

Que mensagem deixa-ria às pessoas de Mação?Não podemos, por enquan-to, mudar o cenário da fl o-resta no concelho. Mas há uma coisa que todos po-demos fazer: um uso mui-to cuidadoso do fogo. Con-tinuamos a ter demasiados incêndios por uso negli-gente do fogo e de equipa-mentos em dias em que, pelas condições atmosfé-ricas, nem deviam ser usa-dos. É preciso termos mui-to cuidado.

“Mação continua em risco”PROTECÇÃO CIVIL DEIXA AVISO

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SETEMBRO20098 jaASSOCIATIVISMO

Sedeada na freguesia de Alcarave-la, a Associação Recreativa da Presa (ARP) tem um papel preponderante no concelho de Sardoal. Actualmen-te são várias as actividades que são fomentadas ao longo do ano, desde feiras mostra, peregrinações, noites de fados, entre muitas outras. O nú-mero de actividades anuais rondam as 12. A última foi a 119º Festa da Presa. A Associação foi criada em 12 de Maio de 1976, mas nessa altura as suas actividades resumiam-se às festas anuais. O pavilhão onde a ARP tem a sua sede situa-se na aldeia da

Presa, possuindo um espaço amplo de 450m2. Está equipado para a prá-tica desportiva e festas variadas. No exterior do pavilhão encontra-se um palco e um pequeno ringue também para a prática desportiva.

Actualmente a ARP tem 270 sócios. José Gaspar, Presidente da Asso-ciação refere que a “ARP deixou de pertencer exclusivamente à Presa, crescendo e passando a ter sócios de toda a freguesia de Alcaravela, de outras freguesias do concelho e até de fora do concelho”. Estas pessoas têm inúmeras vantagens em esta-

rem ligadas à Associação, entre elas descontos nas actividades organiza-das pela Associação.

Os principais objectivos da ARP são a “promoção cultural dos seus asso-ciados. Contribuir activamente para a melhoria da qualidade de vida de Alcaravela, do concelho e até da re-gião, numa tentativa de contrariar os inconvenientes da sua interioridade geográfi ca”, conclui José Gaspar. Com esse objectivo, por exemplo, a ARP organiza o VII Festival Hípico das actuais Festas do Sardoal, no dia 20 de Setembro.

ASSOCIAÇÃO RECREATIVA DA PRESA

Promoção cultural e qualidade de vida

Um grupo de mulheres - sete – percebeu que não basta contribuir. É preciso tomar a iniciativa. Sabiam que o Centro de Dia preci-sa de uma carrinha nova. Sabiam que as festas da freguesia eram em provei-to da compra da carrinha. Mas sobretudo sabiam – ou sentiram? – que po-diam fazer mais qualquer coisa. E puseram mãos à obra. Tomaram conta de um stand nas Festas e pu-seram-se a imaginar for-mas de fazer dinheiro. As habituais, venda de ob-jectos de artesanato fe-minino, de bolos e lico-res caseiros, de pequenos objectos a sair em rifas... Mas fi zeram mais que isso. Fizeram uma edição artesanal com receitas lo-cais: A matança: Receitas e tradições de Alcaravela. E recuperaram a argola-

da, a atracção: um méto-do de sortear em que se puxa uma argola e sair um número que dá direito a um prémio.

No fi nal das Festas, es-creveram ao Centro de Dia. Assim: «A equipa da Barraquinha dos Amigos do Centro de Dia de Alca-ravela vem, por este meio, fazer a entrega do che-que no valor de 2.109,19 euros (dois mil cento e nove euros e dezanove cêntimos) obtido com a venda de rifas e do livro da “Matança”, com o jogo da Argolada, bem como com outras iniciativas levadas a cabo, na nossa barra-quinha, durante a festa de Santa Clara.»

É claro que não vão ago-ra parar. Desde logo por-que querem corrigir e vol-tar a publicar as receitas da matança.

Era uma vezem Alcaravela

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jornal abrantesdeespecial

O Sardoal tem duas árvores de interesse histórico na vila: um sobreiro e um eucalipto. Avistam-se a grande distância na sua imponência de árvores seculares.

Sobreiro da D. MariaHá uma árvore de interesse público no Sardoal. É um so-

breiro (Quercus suber L.) com 200 anos, 24 metros de al-tura e fuste grosso. O “sobreiro da D. Maria”, como é co-nhecido na vila encontra-se na tapada da Fonte velha. Deste bicentenário levantam-se várias pernadas que formam uma ampla copa de 30 metros.

Eucalipto GiganteA vila de Sardoal possui um Eucalipto (Eucalytus Globulus

Labillardière) com uma altura de 64 metros. A sua planta-ção data aproximadamente de 1850 e é conhecido pelo “Eu-calipto Gigante”. Esta árvore ocupa 16 metros de circunfe-rência da base e de 25 metros de diâmetro de copa.

Árvores de interesse histórico

Sardoal, VilaJardim em festaO Sardoal vai estar em fes-ta entre 18 e 22 de Setem-bro. Um cartaz variado, a prometer grande anima-ção na vila fl orida.

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SETEMBRO200910 jaESPECIAL SARDOAL

Que são estas Festas do Sardoal?

Este ano, são aquilo que é possível fazer, com ima-ginação e redução de cus-tos. Não é apenas gastan-do muito que se fazem fes-tas dignas e do agrado das pessoas. Por isso, este ano vão ter a dignidade dos anos anteriores e, do mes-mo modo, marcadas pela diversidade. Sim, sobretu-do a diversidade.

Qual o cartão de apresen-tação do Sardoal?

Temos todo um patrimó-nio arquitectónico, e não só, riquíssimo. Mas acima de tudo temos as melho-res pessoas do mundo. O Povo do Sardoal tem uma característica muito espe-cial, porque tem infl uências marcantes de três regiões. Somos muito beirões, mui-to alentejanos e muito ri-batejanos. Mas sobretudo somos um povo acolhedor, que sabe receber, mui-to rico em tradições, e que gosta de mostrar às pesso-as o que é a sua alma.

Qual é a melhor forma de encontrar a alma do Sar-doal?

O contacto com as pesso-as. Temos as aldeias mais bonitas da região, embora eu seja suspeito. Mas, se quem nos visita falar com as pessoas, fi ca agarrado, com vontade de voltar. Mui-tos com vontade de voltar defi nitivamente, e compram aqui casa, como se tem ve-rifi cado. Temos o exemplo da Aldeia do Codes. Estava a fi car completamente de-sertifi cada. Aproveitámos o edifício da escola do pri-meiro ciclo, desactivada, e fi zemos lá um centro de fé-rias. Todas as semanas es-tão lá grupos de jovens e as casas estão já a ser recu-peradas. Estão ali a fazer-se coisas lindíssimas. É um exemplo da dinâmica que imprimimos nas nossas terras, aproveitar todas as

potencialidades. Mas aci-ma de tudo, jogamos mui-to com as pessoas, que são o maior património do Sar-doal.

Quais são as principais apostas da Câmara?

Temos tido a preocupação de dar prioridade à afi rma-ção do Sardoal na Região Centro e à valorização cul-tural. O Centro de Férias do Codes, que referi, é um exemplo. É uma obra pe-quenina, mas muito grande em signifi cado, tanto cul-tural como de visibilidade para a localidade. E com fá-cil acesso. Tivemos a preo-cupação de dotar todas as aldeias de bons acessos e de torná-las muito urbanas no seu interior mas sem as subverter. Temos aposta-do muito forte na valoriza-ção das aldeias em todos os aspectos. Temos uma cobertura de água potável a 100%, em todas as casas do concelho. No saneamen-to já temos uma cobertura de 85%, e não temos mais porque o PDM não permite. Através do apoio bem visí-vel às associações, criamos condições para as pessoas não só praticarem desporto como conviverem. A nossa preocupação é não só em termos de obra, constru-ção, mas também em ter-mos de valorização cultu-ral das pessoas nas locali-dades. Somos capazes de dar às pessoas não só um bom espectáculo no Cen-tro Cultural como a possi-bilidade de se divertirem na sua festa de aldeia, no que é mais tradicional e ao pé da porta.

Quais são os principais desafi os que o Sardoal vai ter de enfrentar?

Nestes mandatos apos-támos nas acessibilidades. Todos os lugares têm hoje bons acessos e condições de boa qualidade de vida. Eu fi quei muito feliz quan-do o estudo da Universida-

de da Beira Interior nos co-locou entre os 50 melhores concelhos em termos de qualidade de vida. O Sardo-al começa a marcar pela di-ferença, e isso vê-se no au-mento da população esco-lar e do número de famílias, o que é um bom sinal. Nos próximos mandatos, o de-safi o é diferente: as pesso-as. Falar com as pessoas, viver com as pessoas. Va-mos apostar no serviço so-cial, no apoio aos que mais precisam, que esta crise tornou mais visíveis. Ainda haverá coisas para fazer, mas já não com a urgência dos primeiros tempos. Po-demos, por isso, dedicar-nos a outro tipo de traba-lho. Além da grande apos-ta na acção social, teremos as do turismo e do empre-go. Temos necessidade de criar outras zonas indus-triais. Herdámos uma zona industrial muito pequenina, que se esgotou muito facil-mente. Precisamos de ou-tras. Para isso é urgente a revisão do PDM, que não está a ser factor de desen-volvimento, mas de atrofi a-mento. Há cinco anos que

batalhamos nisso, mas os serviços do poder central não dão a resposta neces-sária.

Contudo, o emprego, a saúde e a mobilidade das populações não podem ser resolvidos a nível de um concelho. No mínimo, tem de haver um projec-to de desenvolvimento re-gional. Para isso é preciso uma liderança e uma dinâ-mica regional, não pode ser com os grupinhos que nós fazemos, cada um a olhar mais para o seu umbigo. Se formos, por exemplo, a criar zonas industriais em cada concelho, os conce-lhos mais pequenos estão sempre em prejuízo, por-que não têm território que possa dar resposta.

Que faltas mais imedia-tas se fazem sentir no con-celho?

É claro que o Sardoal não tem ainda tudo. Faltam, por exemplo, serviços de apoio directo às pessoas. Um dos projectos para o pró-ximo mandato, já objecto de candidatura, é um cen-tro de formação e apoio aos

produtores fl orestais. Dois terços do concelho são fl o-resta. Precisamos ainda de serviços de apoio aos jo-vens, e aos empresários. Vamos criar um gabinete de apoio ao empresário, e não é a Câmara que vai ter a li-derança, são alguns jovens empresários, que sabem aquilo que querem. Temos que criar o Conselho Muni-cipal de Juventude.

Qual é a política externa do concelho?

Nós estamos inseridos em associações de muni-cípios que não podemos ig-norar. Há quatro vertentes em que temos de nos as-sociar: o emprego, a saú-de, a educação e a mobili-dade. Não podemos que-rer uma universidade para o Sardoal, mas é importan-te ter uma universidade na região. Não podemos que-rer um hospital no Sardo-al, mas temos ter um hos-pital na região. Esta divisão um hospital em três não re-solve nada. Foi das maiores aberrações políticas que se fi zeram, um erro tre-mendo. Podíamos ter um

único hospital, servido de bons acessos. Porque uma pessoa que adoece no Co-des, para chegar ao hospi-tal de Abrantes e depois ser transferido para Torres No-vas ou Tomar, corre o ris-co de nascer pelo caminho, ou morrer. Não é a solução. Era importante que désse-mos as mãos e lutássemos por uma solução capaz.

O mesmo se passa no problema da mobilidade. As povoações mais isola-das deixam de ter trans-porte quando os estudantes entram de férias. Porquê? Porque a política seguida está errada. Não pode ser a de ver apenas se dá lucro ou prejuízo. Tem de se ter em conta o serviço público, servir as pessoas de trans-portes.

E, para sair menos caro, é necessário que isso se faça a um nível regional. Nestes problemas, é preciso que os concelhos todos se unam e façam força para o mesmo lado. Mas, se calhar, ainda olhamos todos muito para os nossos umbigos. Temos de pensar e decidir em ter-mos de região.

FERNANDO MOLEIRINHO, PRESIDENTE DA CÂMARA DO SARDOAL

“Somos um povo acolhedor, que sabe receber, muito rico em tradições”

• Fernando Moleirinho, um autarca com uma visão aberta do seu Concelho.

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11SETEMBRO2009ja ESPECIAL SARDOAL

O turismo já está a an-dar?

Nós temos projectos com privados a andar. A Câma-ra, só por si, não pode fazer tudo. É importante a força e a criatividade dos privados. É o caso das adegas. Hoje temos três adegas, cada uma a poder ser uma re-ferência. Há meia dúzia de anos, era impensável. Uma delas tem mesmo um pro-jecto para um hotel com 25 quartos. Houve um projec-to para um hotel com 100 quartos e um campo de golfe, mas não foi possível comprar a propriedade. São projectos que, a concretiza-rem, e creio que o serão no próximo mandato, afi rmam a força dos privados e vai atrair outros investidores. O Sardoal tem, por exem-plo, vales lindíssimos, que é importante que sejam mostrados às pessoas e que estas possam aí sabo-rear as suas férias ou mes-mo viverem lá. São zonas que podem dar às pessoas a tranquilidade que come-ça a faltar no país. O Sardo-al é um lugar muito segu-ro, com lugares aprazíveis para uma vida de qualidade para as crianças, os jovens e mesmo os idosos.

Falou na necessidade de um trabalho inter ou supra municipal. Quer dizer que não está a acontecer?

Até ao presente, sempre tem havido um grande en-tendimento entre as câma-ras da região. Porque nin-guém consegue viver so-zinho. Posso até dar um

exemplo. Como é que esta região resolveu o problema do aterro sanitário? Cada uma por si, nem Abrantes, era capaz de fazê-lo sozi-nho. Fizemo-lo em conjun-to. Depois, os quatro de-mos ainda um passo para um patamar superior, com a Valnor. É um exemplo da cooperação que existe entre as câmaras, que é de todos os dias. Nas câmaras, de-pois das eleições, que é um tempo de combate, as pes-

soas esquecem a cor parti-dária e dão as mãos. Sem pôr em causa a defesa in-transigente dos interesses de cada concelho. E é isto que torna a vida autárquica bonita.

O concelho sofreu um duro golpe com os incên-dios. Está a ultrapassar esse trauma, se a palavra não é excessiva?

Não é excessiva. Porque a maior riqueza do concelho

era a fl oresta. Não tivemos apoios, ao contrário do que se verifi ca agora. As câma-ras e os bombeiros passa-ram a ter um apoio que nós não tivemos. E tivemos que dar a volta por cima. Não só fazer algumas refl oresta-ções, mas sobretudo criar condições para os bombei-ros poderem ser efi cazes. Seguramente somos dos concelhos que mais inves-timos em protecção civil, mas também o que menos recebe, e isso é injusto. Pa-rece que mais vale deixar arder, que se é apoiado. Se não se deixa arder, que é o caso do Sardoal, não se re-cebe apoio.

Ora nós temos de evoluir para uma protecção civil com uma base profi ssiona-lizada e, depois, com o apoio de voluntários. Porque uma pessoa que durante o dia é cantoneiro ou varredor, à noite não está nas melho-res condições para ser par-teiro... enfi m, para nas suas mãos estar dependente as nossas vidas. A boa vontade não chega. E aí, o Sardoal é o que menos recebe e o que mais investe.

E quanto às pessoas, ao tecido social?

As pessoas tiveram que dar a volta. O pinhal era um mealheiro, uma seguran-ça para uma necessidade. Desapareceu. As pessoas, associaram-se, foram tra-balhar para fora, mas nun-ca esqueceram a sua ter-ra. E o pinhal que ardeu, hoje são bonitas manchas verdes. Porque as pessoas

continuam a acreditar que é possível. E defendem-se, até com a plantação de al-ternativas ao pinheiro bra-vo, por exemplo o eucalip-to. Voltámos a ter no Sar-doal pessoas alegres, que gostam da vida quer fazem e contribuem para o desen-volvimento da sua terra.

O que é o projecto do Cen-tro Cultural?

Foi seguramente a obra mais importante no campo da cultural. Só quem vive no Sardoal pode dar valor àquela obra. Se se tem tea-tro e cinema ao pé da porta, não se percebe a importân-cia deste equipamento. Sar-doal foi sempre terra de ar-tistas. Sempre teve grupos de teatro, músicos, artistas de toda a ordem. Quando se destruiu a sala que eles ti-nham, o velhinho cine tea-tro, fi cou um vazio cultural tremendo. Não se deixou de fazer arte, mas faltava uma sala condigna. Hoje, os sardoalenses têm mui-to orgulho na casa de teatro que têm. Porque, para eles, aquilo não é um centro cul-tural, é a casa de teatro e do cinema. Além disso, marca uma nova centralidade, en-tre a parte velha e a parte nova da vila.

A viagem à EuropaNós fazemos todos os

anos, desde há 16 anos, com os nossos jovens uma “viagem de estudo”. É um dos projectos mais bonitos que se podem imaginar em termos de apoio à juventu-de. Os nossos jovens pude-

ram ver e perceber aquilo a que muito poucos jovens têm acesso. Só para dar um exemplo, o Parlamento Eu-ropeu. Por isso têm uma consciência maior do que é ser europeu. E sobretudo, os nossos jovens adquiri-ram o gosto de viajar. E per-ceberam que é fácil viajar. É um projecto que tem de continuar. E eu já desafi ei a nova direcção da escola a assumir este projecto.

O professor e o presiden-te de câmara

Eu fui professor por devo-ção durante 30 anos e gos-tei. Mas hoje não me via no papel de professor. Porque é uma profi ssão de risco e porque abracei uma outra função também muito ali-ciante. Eu entendo o presi-dente de câmara com muito de professor. Com muito de confi dente, mas sobretudo que se preocupa em reali-zar coisas para que os ou-tros possam usufruir, uma função de serviço. Como o professor. Quando fazemos a “viagem de estudo” com os jovens, eu vou ali mais como professor. Além dis-so, desde muito cedo que todos os alunos têm direi-to a uma refeição quente. Desde que sou presidente que todas as crianças têm pré-primária. Antes de se-rem um programa nacio-nal, já os alunos do Sardo-al aprendiam Inglês no pri-meiro ciclo e tinham o que hoje se chama actividades de complemento curricular. Isto é o benefício de ter sido professor.

O concelho de Sardoal

ÁreaCerca de 92 km2

População4.100 hab. (2001)

Sede: 2.300 hab.

Feriado municipal22 Setembro

Freguesias: 4SardoalAlcaravelaSantiago de MontalegreValhascos

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SETEMBRO200912 jaESPECIAL SARDOAL

A primeira produção de vinhos da Quinta Vale do Armo, que se situa a qua-tro quilómetros de Sardo-al, surge em 2007.

Quando se passa o portão da entrada desta quinta, rodeada de vinhas, somos recebidos com simpatia, boa disposição e vonta-de de trabalhar. A imagem desta casa é Tiago Alves, o enólogo de serviço, cha-mamos-lhe assim. A equi-pa que acompanha diaria-mente este enólogo tra-balha com gosto. Assim nasceu o vinho “Vila Jar-dim”.

O proprietário da Quinta Vale do Armo, Américo Ver-melho, apostou em Sardo-al, criando muito mais que uma vinha. Ao dispor do vi-sitante existe uma adega, um laboratório, uma sala de provas ofi cial, um escri-

tório e uma loja de venda de vinho ao público.

Vai ser construído um ho-tel nas imediações da ade-ga, no interior da quinta. Este deverá ter no mínimo 25 quartos, segundo avan-çou o presidente da Câma-ra Municipal de Sardoal. O projecto está a avançar com cuidado.

No interior da adega exis-tem seis cubas onde é co-locada a casta respectiva à produção de cada vinho. São feitas análises diárias, através de equipamentos computorizados, para con-trolar a evolução do mos-to e a temperatura da fer-mentação. Após uma in-tervenção nos solos, em 2005, cerca de nove hec-tares recebem a plantação da vinha, com castas tintas e brancas. A primeira pro-dução é no ano 2007 e a sua comercialização acon-

tece no ano seguinte. En-tre 2005 e 2008 foram ad-quiridos mais onze hec-tares, com várias castas – Síria, Touriga Nacional e Aragonês. Actualmen-te existem no mercado os vinhos branco, tinto e rosé “Vila Jardim” de 2007 e 2008, e também o tinto Es-colha. No fi nal do próximo ano irá aparecer o Reser-va, branco e tinto, com de-nominação Vale do Armo. Para o ano 2010 prevê-se que a Quinta já tenha a sua própria linha de engarrafa-mento. Por enquanto essa etapa é feita através de prestação de serviço.

No início do corrente ano foi alugada uma vinha, com sete hectares, e com uma idade de 30 anos onde predomina a casta Fernão Pires (branca) e as cas-tas tintas Touriga Nacional e Alicante Bouchet. É da

casta Fernão Pires que irá sair para o mercado, em Dezembro de 2010, um es-pumante, uma novidade da Quinta Vale do Armo.

O vinho rosé é obtido através de uma sangria do mosto tinto, a uma tempe-ratura de 14 graus.

A Quinta do Vale do Armo é propriedade do grupo ho-teleiro Miralagos. Por isso, a produção de vinho seria inicialmente para consu-mo nas cadeias de hóteis e empreendimentos deste grupo. Mas a necessidade de rentabilizar os investi-mentos levou a colocá-lo no mercado. Depois, o su-cesso foi de tal forma notó-rio que o vinho Vila Jardim extravazou para o merca-do com forte afi rmação e está já à conquista do es-tranjeiro.

Maria João Ricardo

QUINTA DO VALLE DO ARMO

Um novo vinho de excelência

VINHOS DO SARDOAL

Quinta do Côro começou primeiro

É o próprio Presiden-te da Câmara, Fernando Moleirinho, que nos cha-ma a atenção. “Ainda não há muitos anos, era im-pensável o Sardoal pro-duzir vinhos de qualidade reconhecida. Hoje, temos três casas a produzir vi-nhos de qualidade.”

Falava da Quinta do Vale do Armo, já no mercado, e da Quinta do vale da Lou-za, esta ainda á procura do seu vinho. (Ver traba-lhos nesta edição.) Mas falava também da Quin-ta do Côro, aquela que primeiro avançou neste campo e que tem no mer-cado uma marca já reco-nhecida.

Trata-se de uma pro-priedade familiar, que passou de pais para fi -lho e que actualmente é gerida por Paulo Gra-ça sob o olhar atento de sua mãe, D. Florinda, e a orientação técnica de An-tónio Anacleto. São 20 ha existe vinha, com várias castas.

Para lá da comerciali-zação de proximidade, a Quinta do Côro tem um parceiro a trabalhar no mercado de vinhos nos EUA, Escandinávia e tam-bém Europa. Será para

breve uma nova aposta, com as novas vinhas que agora compõem a Quinta.

De momento existem no mercado apenas vinhos tintos: Quinta do Côro Re-serva 2005; Quinta do Côro Cabernet 2005; Quinta do Côro Syrah 2006; Quin-ta do Côro Syrah/Touriga Nacional 2006; Quinta do Côro Trincadeira 2006; D. Florinda - topo de gama - 2005; Encruzado 2008 , a sair em breve. Um novo vinho branco irá para o mercado dentro de dois anos. Vai ser fermentado em barricas novas de car-valho francês. Em breve sairá o Encruzado 2008, mas em reduzida quan-tidade. António Anacle-to acrescenta: “O vinho branco de alta qualidade, que haverá apenas em al-guns anos, terá o nome de D. Florinda, classifi ca-ção que a Quinta do Côro atribui aos seus melhores vinhos. Quando for ape-nas um vinho de qualida-de, terá o nome de Quinta do Côro Branco Encruza-do. Isto serve para dife-renciar o vinho branco D. Florinda, que será o topo de gama. De momento existe apenas no mercado o D. Florinda mas tinto”.

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SETEMBRO200914 jaESPECIAL SARDOAL

Experiência gastronómica, está bom de ver. Ou estética, porque há por ali sempre uma exposição. Agora, de Pedro Sousa, fotografi a. Ou só para dois dedos de conversa e um petisco, à luz da tarde. Ou um café à noite. O Quatro Talhas fi ca numa casa com 500 anos de his-tória. «Conta-se que foi manda-da fazer para D. Manuel I recupe-rar de uma doença», diz Joaquim Ramos. Que há seis anos nos faz “reais” tratamentos do corpo e da alma com a sua cozinha. A aposta primeira é na cozinha dos

Templários. Destaque para a car-ne de vaca com molho de bruxa e a cozinha fervida com bacalhau assado, todos os dias. Depois, por encomenda, bacalhau com carne ou couves à D. Prior. O porco pre-to, a vitela arouquesa e a picanha são aqui matéria prima para a arte da mesa.

Para um petisco, convidam-nos a picanha ao alho e a amêijoa, o me-xilhão meia concha e os enchidos da região, entre outras vias do pa-ladar. Ah, e para além da moura, a moira, uma receita de Trancoso.

A Quinta do Valle da Louza foi fundada pelo pai da ci-rurgia científi ca em Portu-gal, o Dr. Manoel Constân-cio, há cerca de 250 anos.

Situada no concelho de Sardoal, junto à aldeia de Sentieiras, esta Quin-ta constitui um património histórico e natural único e foi comprada em 2007 por Alexandra e Carlos Lopes de Sousa.

Desde a compra da quin-ta que os seus proprietá-rios estão a trabalhar num importante projecto com dois grandes objectivos: lembrar a fi gura extraor-dinária de Manoel Cons-tâncio, através da preser-vação desta sua obra e do que ela representa e ga-rantir a sustentabilidade da quinta.

“Desde sempre, excepto no período de reforma de Manoel Constâncio, a fun-ção lúdica da quinta sobre-pôs-se à dimensão agríco-la”, explica Carlos Sousa. “Não é sustentável pela função agrícola. Por isso, a sua sustentabilidade só pode ser garantida conju-gando de forma equilibra-da a função agrícola com a função lúdica.”

Alexandra e Carlos Sousa querem não só preser-var as memórias como

também o património ambiental. Serão revitali-zadas as veredas, os bos-ques, a fl ora e a fauna au-tóctones. A vinha terá que produzir vinho de qualida-de. As áreas hortícolas se-rão ocupadas com plantas ornamentais e aromáticas para extracção de essên-cias. “Uma das vertentes deste projecto é o cultivo e aproveitamento dos fru-tos e bagas da vegetação autóctone, ou seja, tudo o que diga respeito à fl ores-ta primitiva, e que dê para aproveitar para essências e estratos naturais. O lou-reiro, o rosmaninho, a es-teva e o alecrim são ape-nas exemplos. Mas este projecto inclui ainda uma área reservada a fruteiras selvagens nacionais onde estarão incluídos medro-nhos primitivos, pereiras primitivas, maçãs bravas e laranjas bravas. Vamos buscar a biodiversidade perdida.”

Alexandra e Carlos Sousa consideram que o nú-cleo construído nos sécu-los XVIII e XIX poderá ser alugado em regime se-mi-prolongado para quem busque a tranquilidade e isolamento. “Não é nos-sa intenção vender noites, mas criar condições para receber pessoas que es-

tejam aqui, se sintam bem e convivam com o espaço. Não estamos a falar de um turismo rural mas de um turismo vocacionado para a cultura e para a histó-ria. Este tipo de turismo tem que passar pela nossa capacidade de criar condi-ções de alojamento muito boas. Tem de ser um turis-mo para a pessoa perma-necer e isso inclui também a envolvência imediata e a da região.”

Para um público mais vasto projecta-se ainda a criação de uma área de hospedagem na eira e pro-vavelmente um campo de férias no espaço vizinho. “Trata-se de alojar pes-soas num patamar me-nos exigente em termos de qualidade, por exemplo grupos ligados ao turis-mo de aventura, natureza, observação de pássaros e

contacto com a quinta. Te-mos como projecto fi nal a criação de um campo de férias, que funcionará de Verão. Este turismo será associado à nossa ligação ao Sardoal, ao sagrado e a todo este Vale que gostá-vamos de inserir nos nos-sos circuitos.”

Neste momento os pro-prietários estão a inte-grar o seu projecto tanto no cluster agro-alimen-tar do Ribatejo como nos Mercados do Tejo, o que lhes permite obter apoios para o projecto e participar nas dinâmicas que estão a transformar a economia rural desta região.

Para Carlos Sousa o tra-balho está apenas no iní-cio. Prevê-se que este pro-jecto se estenda por cerca de 15 anos até que estejam concluídos os seus planos para a Quinta da Louza.

QUINTA DO VALLE DA LOUZA - PROJECTO DE VIDA

História e natureza cúmplices do mesmo espaço

Uma experiência gastronómicaQUATRO TALHAS

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15SETEMBRO2009ja ESPECIAL SARDOAL

“Mundo Cão”, os vence-dores dos Globos de Ouro 2007, que recentemen-te actuaram em Lisboa ao lado dos “AC/DC”, são os cabeça de cartaz das Fes-tas do Concelho de Sar-doal 2009, no próximo Sá-bado, 19 de Setembro, no palco do Pelourinho (23 ho-ras).

Esta banda oriunda de Braga, que integra o co-nhecido actor Pedro Laginha, existe desde 2001 e já possui um enorme cur-rículo de participações nos mais importantes festivais portugueses de rock. O seu último disco chama-se “A Geração da Matilha” e tem Adolfo Luxúria Canibal e Valter Hugo Mãe, como autores das letras.

Numa outra onda, o Con-junto António Mafra vai fa-

zer “saltar o pé” das pes-soas com mais idade. Este grupo tem quase 50 anos de vida e é responsável por alguns dos temas mais po-pulares da música portu-guesa: “Carteiro que che-ga das 9 para as 10”, ”7 e picos, 8 e coisa, 9 e tal”, “O baile da D.ª Ester”, “Ca-chopa que para ser boni-ta, arrebita, arrebita”. O

Conjunto António Mafra vai também actuar no pal-co principal, encerrando as Festas na terça-feira, 22 de Setembro -(feriado concelhio), às 21h30m.

Outro ponto alto da ani-mação musical e com “Pa-trícia Belém e Amigos – Uma Canção para nós” que vai juntar alguns dos pe-quenos/grandes talentos

que há poucas semanas atrás brilharam no con-curso da TVI, “Uma Canção para Ti”. Para além da an-fi triã Patrícia Belém (natu-ral de Sardoal e vencedo-ra de uma semi-fi nal), es-tão previstas as presenças de Ana Rita Coelho, Bru-no Sousa, Daniela Geadas, João Couto, João Maria carvalho e Miguel Moura,

entre outros. Este espec-táculo será levado a efeito no palco principal, no Do-mingo, dia 20 de Setembro (21h45m).

Outro espectáculo que está a criar grande expec-tativa será a apresentação do GETAS – Centro Cultu-ral, dia 18, com uma roma-gem romântica e musical às origens destes festejos.

DiversidadeMas as Festas de Sardo-

al caracterizam-se pela di-versidade do seu programa de animação. Assim, entre 18 e 22 de Setembro os vi-sitantes poderão desfrutar de um Encontro de Filar-mónicas, com a Filarmó-nica União Sardoalense e a Banda Filarmónica Ver-di Cambrense, dia 19, e um Recital de Piano, com Sa-

vka Konjikusic, dia 19.Uma Noite de Rock, dia

21, vai juntar três bandas-revelação: “The Grim Re-aper Society”, “Kwant-ta” e “Vulture”. O folclore vai estar representado pel’ “Os Resineiros” de Alca-ravela e o velho jazz dos anos 30 desce à festa com os “Xaral’s Dixie”, ambos no dia 19.

O virtuosismo dos acorde-ões faz-se ouvir dia 20 com Rodrigo e Patrícia Mau-rício e os bailaricos serão animados pelos “Piano Vox”, dia 21, e “Toc’Abrir”, dia 18. A criançada vai rir com os palhaços “Pimpo-lho e Marreta”, dia 22. E a Escola de Danças de Salão de Sardoal irá realizar uma apresentação no dia 20.

Motivos não faltam. Por-tanto... Vamos à Festa.

O VII Festival Hípico, no dia 20 de Setembro, é um dos cartazes das Festas do Sardoal.

Organizado pela Associação Recreativa da Presa, o evento começa às 10h30 com o volteio e iniciação aos andamentos a ca-valo, onde os presentes podem experimentar montar a cavalo. De seguida têm lugar as provas

de obstáculos com três níveis de difi culdade. A encerrar o Festi-val, a “Reprise a Cavalo” da Uni-dade de Segurança e Honras de Estado (Lisboa) da Guarda Na-cional Republicana assegura o espectáculo equestre. No local está ainda patente uma exposi-ção da Escola Prática de Cavala-ria. Jorge Gaspar, Presidente da

Associação refere que este ano o Festival Hípico não tem a aju-da da Tagus sendo por isso “uma actividade de elevado risco e de futuro muito incerto”. E explica: “ O equilíbrio fi nanceiro do even-to é condição para a sua conti-nuidade futura e depende mui-to das receitas geradas no dia-a-dia do Festival”.

FESTAS DO SARDOAL APOSTAM NA DIVERSIDADE

“Mundo Cão” e Conjunto António Mafra à frente de um grande elenco

Aposta no Festival Hípico

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17SETEMBRO2009ja NEGÓCIOS

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.pt

Simpatia, boa disposição e atendimento persona-lizado, são adjectivos que o cliente da Casa Falcão sabe que pode encontrar quando entra à porta.

Arnaldo Silva Cardoso, 73 anos, é desde 1980 sócio-gerente da fi rma Cardoso e Falcão Lda, a casa de co-mércio mais antiga da vila de Sardoal, que continua no activo. Arnaldo, com o seu olho para o negócio, tem vindo ao longo dos anos a permitir que este espaço continue a satisfa-zer o cliente. “Temos gran-des superfícies comerciais

à nossa volta, em Abrantes, Tomar, Entroncamento, estou ciente disso. Mas as pessoas sabem o que po-dem encontrar aqui, para além do atendimento per-sonalizado. Temos calça-do, roupa, tecidos a me-tro, chapéus, malhas inte-riores e exteriores, loiças, material plástico, alguns produtos de mercearia e também drogaria”.

Vários destes artigos nem sempre estão dispo-níveis nas grandes super-fícies, daí a Casa Falcão continuar sempre com um comércio diferente, ape-sar de haver momentos

mais baixos. A escassez de transportes públicos de e para Sardoal também ajuda.

O sócio-gerente salien-ta a necessidade de pas-sar a “obra” para alguém de confi ança, tarefa que tem sido algo difícil. “A mi-nha ideia é passar a casa a um funcionário que está connosco há muitos anos. É necessário haver uma remodelação na Casa, um ‘lavar de cara’”.

Arnaldo Cardoso recor-da: “Comecei a trabalhar muito novo, em Dezembro de 1948, na Casa Falcão. Tudo o que hoje existe aqui

já nessa altura se podia comprar na anterior Casa Falcão. Até 1971 o meu so-gro era o proprietário da Casa. Comprei o edifício a ele, e desde essa altu-ra que eu a minha esposa e três funcionários, muito dedicados, temos as por-tas abertas todos os dias”.

Quisemos saber se este foi um projecto de vida de-sejado, o que Arnaldo Sil-va Cardoso confi rmou com emoção. “Sim, é verdade. Já desde menino e moço eu brincava às lojinhas. Já nessa altura eu sentia esta vocação. Faço um balanço positivo, com satisfação”.

Um comércio diferente que acompanha a mudança

CASA FALCÃO - A FAMÍLIA E OS NEGÓCIOS DE MÃOS DADAS

• Arnaldo Silva Cardoso, sócio-gerente da Cardoso e Falcão Lda.

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SETEMBRO200918 jaCULTURA

À esquerda da estrada que liga Abrantes a Sardoal, num pla-no inferior ao da ponte que hoje atravessamos para entrar nesta vila, fi ca a Ponte de S. Francis-co ou do Chafariz das Três Bicas, nome que lhe vem da fonte que corre um pouco acima.

A denominação de “Ponte dos Mouros” ou até de “Ponte Ro-mana” como também é conhe-cida, atesta a sua antiguidade, desconhecendo-se, no entan-to, a época segura da sua cons-trução. Nela ainda se podem ver pedras com vestígios de inscri-ções, possivelmente retiradas de uma outra construção ante-rior, mas que numa reconstru-ção posterior foram colocadas sem qualquer nexo, o que as im-pede de serem descodifi cas. Há notícia de que em 1750 já esta situação se verifi cava, segundo testemunho de Serrão da Mota. Um desses fragmentos de ins-crição pude vê-lo numa pedra de granito que atravessa trans-versalmente o paredão a ju-sante. Não consegui lê-la, mas não me pareceu romana e pen-

so que realmente foi ali coloca-da num dos vários arranjos que esta ponte deve ter sofrido.

É uma ponte com três arcos de volta inteira, o do centro maior e os outros dois um pouco mais pequenos. São todos forrados no interior e também remata-dos com pedra granítica e as pa-redes restantes são construídas de blocos de xisto. É atravessa-da por uma calçada de calhau rolado que continua pela encos-ta acima e que, disseram-nos, continuava na direcção da Quin-ta do Pouchão. Esta era, antiga-mente, a principal entrada do Sardoal e, segundo a tradição popular, era por aqui que passa-vam as carruagens dos fi dalgos do Pouchão, quando vinham ao Sardoal assistir à missa ou a ou-tras cerimónias religiosas. Esta tradição tem o seu fundamento, pois as importantes famílias dos Cordes Brandão e Moura Men-donça estiveram ligadas tan-to ao Pouchão como ao Sardo-al. Sabemos que, no início do século XVIII, a família Moura Mendonça era proprietária do Pouchão e também da “ Casa

Grande” do Sardoal, imponen-te edifício onde hoje se encontra instalada a Câmara Municipal. Um dos seus membros, Bento de Moura e Mendonça, que nas-ceu em 1769 e faleceu em 1843, encontra-se sepultado à entra-da do Convento da Caridade.

Numa elevação sobranceira à margem esquerda da ribeira, existiu outrora a pequena cape-la de S. Francisco, hoje reduzida a um monte de ruínas, mas per-to ainda se podem ver os restos de uma calçada feita de lajes e que deve ser mais antiga do que aquela que passa sobre a pon-te. A imagem do santo parece que veio para o Sardoal mas não se sabe bem onde se encontra. Na pequena capela do Espírito Santo está uma imagem de ma-deira, bastante danifi cada que parece ser de um santo fran-ciscano. Teria a imagem de S. Francisco vindo para aqui?

Bibliografi a: Gonçalves, Luís Manuel, “Sardoal do Passado ao Presente”, ed. C.M.S. 1992

Teresa Aparício

Nasci no convento de Sardoal. A minha mãe conta que veio de Va-lhascos ao mercado de Janeiro a pé e já não conseguiu regres-sar a casa. Devo ter sido das úl-timas pessoas a nascer no con-vento de Santa Maria da Carida-de, que na altura era o hospital. Tenho muitos irmãos. Como sou a mais nova, a minha irmã levou-me para Lisboa para viver com ela. Passei a minha infância em Alhandra, concelho de Vila Fran-ca de Xira. Fiz lá a escola primá-ria e o ciclo. Com 12 anos come-cei a questionar porque não esta-ria a viver com os meus pais. Em Lisboa andei no teatro e na mú-sica e cá não havia estas activi-dades. Tenho três fi lhos. O Mau-ro é o mais velho. Digo sempre a eles para lutarem pelos seus so-nhos. Sou uma pessoa que de-fende o interior. Por onde tenho andado, procuro dizer que sou do Sardoal. Infelizmente o fosso en-tre litoral e interior é muito gran-de. As crianças do interior não têm as mesmas oportunidades das do litoral. Depois de algum tempo no Sardoal voltei para Lis-boa para trabalhar e estudar. Fiz o 11º e o 12º. Entretanto come-cei a namorar e engravidei. Ain-da vivi em Lisboa com o Mauro, mas quando ele completou um ano pensei que o estilo de vida da capital não era o melhor, en-tregava-o na ama de manhã e só o via à noite. Decidimos então ir morar para os Valhascos com os meus pais. Na altura larguei o meu emprego e o José recusou algumas propostas de trabalho para vir comigo. Trabalhei numa pastelaria em Abrantes e depois fui para o Vítor Guedes, no azeite. O meu marido conseguiu encon-trar trabalho na área dele e co-meçamos a reconstruir a nossa vida. Tive a minha segunda fi lha, a Patrícia. Em 1997 trabalhei na Biblioteca de Sardoal. Adorei tra-balhar com crianças e estar em contacto com os livros. Mais tar-de o José conseguiu vir trabalhar

para a Câmara de Sardoal. En-gravidei do Duarte e mais uma vez estive sem trabalhar por ser uma gravidez de alto risco. Como não consigo estar em casa sem fazer nada, comecei a ler muito sobre a história do Sardoal. Foi nesta altura que surgiu o inte-resse pelos leques tradicionais. Aprendi esta arte sozinha. O pri-meiro leque que fi z foi de junco. Costumo dizer que os leques são o meu quarto fi lho. Tenho lutado pelo futuro da tradição. O Sardoal tem um artesanato genuíno que não se pode deixar perder. Em 2002 tive um problema de saúde. Estava numa feira de artesana-to e sofri um AVC. Passei por fa-ses muito complicadas. Mas não podemos entrar numa lógica de pensamentos negativos, senão é pior. Nessa altura deixei de fazer os leques porque perdi a coorde-nação motora. Felizmente hoje é uma batalha ganha. Foi o recons-truir da minha vida. Tive de voltar a aprender a pegar num jornal, a dizer adeus. Tiro da doença uma experiência positiva. Fui convida-da pela comissão das 7 maravi-lhas do Mundo para representar o Convento de Cristo de Tomar. Fiz uma peça de artesanato que anda em exposição pelo país e pelo mundo. Actualmente estou a trabalhar com o meu marido no agenciamento de espectácu-los. Comecei a ganhar experiên-cia e agora já estou mais à von-tade dentro desta área. Sou mais feliz agora do que era antes da doença.

André Lopes

Ponte de S. Francisco, no Sardoal

LUGARES COM HISTÓRIA RETRATO TIPO PASE

Célia Belém

Page 19: JA Setembro 2009

19SETEMBRO2009ja CULTURA

ALUGA-SER/c c/ 4 divisões, cozinha, despensa

e terraço c/ cerca de 70m2Calçada de S. José, 37 – Abrantes

Contactar 936 641 425

ABRANTESVENDO PRÉDIO COM LOJA

OU ALUGO LOJAContacto 217 930 100

PARTIDO SOCIALISTA

AUTÁRQUICAS - 2009O Partido Socialista vem, nos termos estatutários e para efeitos do artigo 21.º, da Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho, comunicar que constitui Mandatário Financeiro Local para o Município de Abrantes da campanha autárquica de 2009 António Lucas Gomes Mor

INAUGURAÇÃO EM MAÇÃO

A homenagem de Mação a um dos seus fi lhos mais ilustres tem lugar no dia 12 de Setem-bro.

A inauguração de um monu-mento em homenagem ao Pe. António Pereira de Figueiredo (1725-1797) vem fazer memó-ria daquele que foi “um dos homens mais cultos dos eu tempo” ou, na palavra de Ale-xandre Herculano, “um nome ilustre da nossa literatura... uma das mais fortes inteligên-cias que Portugal tem gera-do”.

Iluminista, pedagogo, latinis-ta célebre, teólogo e canonista, historiador e ensaísta, fi lólogo e gramático, compositor mu-sical e polemista, António Pe-reira de Figueiredo deixou um vasto legado literário. Foi tam-bém colaborador do Marquês de Pombal e adversário dos jesuítas.

O Pe. Figueiredo fi ca na His-tória portuguesa por duas principais razões. Em primei-ro lugar, a tradução da Bíblia para português, num trabalho que lhe demorou 18 anos e foi editado em 23 volumes. De-

pois, um pensamento teológi-co-político que podemos hoje colocar a caminho da separa-ção entre a Igreja e o Estado.

A sua obra e o seu pensa-mento têm de ser entendidos tanto no contexto do iluminis-mo português como do abso-lutismo pombalino. O pensa-mento do Pe. António Perei-ra de Figueiredo situa-se na linha do chamado regalismo que, contra as pretensões da Igreja, defendia a suprema-cia do poder real ou tempo-ral sobre o poder eclesiástico. Não admira. por isso, que o Pe.

Figueiredo fosse, então, uma fi gura controversa e situado no meio dos furacões políticos e intelectuais do seu tempo.

A presente homenagem vem também colocar-se na ten-dência de as comunidades lo-cais se apropriarem das fi gu-ras ilustres de outros tempos que podem dar maior densida-de às várias dimensões, cultu-rais, turísticas e identitárias, dos dias de hoje. O monumen-to ao Pe. Pereira de Figueiredo fi ca situado na rua que tem o seu nome, a rua principal de Mação.

Monumento ao Padre António Figueiredo

Page 20: JA Setembro 2009

SETEMBRO200920 jaNECROLOGIA

NOVO TELEFONE 241 360 170

jornal abrantesdeSANTA MARGARIDA DA COUTADA

Faleceu

Maria Catarina Ribeiro20-03-1932 • 01-09-2009

Sua fi lha, genro, neta e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

FLOR DA ROSA - CRATOFaleceu

Genoveva da Esperança Tavares Baptista03-07-1915 • 01-09-2009

Sua fi lha, genro, netos, bisnetos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL - ABRANTESFaleceu

João Joaquim de Sousa Valério10- 02-1934 • 06-08-2009

Seus fi lhos, nora, genros, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

ARRECIADAS - ABRANTESFaleceu

Laurentina de Jesus Ferreira15-04-1922 • 30-08-2009

Seu esposo, fi lhos, genro, noras, neto e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

ALFERRAREDE - ABRANTESFaleceu

Vítor Manuel do Rosário Moura26-02-1956 • 13-08-2009

Sua esposa, fi lhos, neta e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

BICAS - SÃO MIGUEL DO RIO TORTO - ABRANTES

Faleceu

Gabriel António Bispo30-03-1925 • 19-08-2009

Sua fi lha, genro, neto e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL - ABRANTES

Faleceu

Manuel Ferreira Félix21-01-1936 • 22-08-2009

Seus irmãos, cunhados, sobrinhos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL - ABRANTESFaleceu

Gracinda da Silva Marques23-07-1929 • 28-08-2009

Sua fi lha, genro, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

ROSSIO AO SUL DO TEJO - ABRANTESFaleceu

Marco António Brás Madeira07-05-1993 • 23-08-2009

Seus pais, avós, tios, padrinhos, primos e restantes familia-res, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL - ABRANTES

Faleceu

João Augusto Marques Carreiro09-05-1931 • 27-08-2009

Sua esposa, irmã, cunhado e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

Falecimento

ROSSIO AO SUL DO TEJO

Maria João Pinelas Frade Rijo Marques MorgadoN 18/06/1964 F 24/08/2009

A Família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada

Maria Filomena Castanho Soares FernandesNasceu - 15/08/1941 • Faleceu - 29/07/2009

Sua Mãe, Marido, Filho, Nora e Netas,Agradecem a todas as pessoas das suas relações e amizades, que acompanharam a nossa ente querida até á sua última morada, bem como aos que de uma forma ou outra manifestaram o seu pesar.Ela estará sempre em nossos corações e o seu lugar será inesquecivel. Que Deus a tenha na Sua Glória para sempre.

A todos um muito obrigado.

Falecimento

ROSSIO AO SUL DO TEJO

Maria João Pinelas Frade Rijo Marques MorgadoN 18/06/1964 F 24/08/2009

Seu marido e fi lhos vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde, como os que acompanharam o seu velório.Agradecem ainda a todo o pessoal do Hospital de Abrantes e da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Tomar.A todos o nosso obrigado.

Page 21: JA Setembro 2009

21SETEMBRO2009ja PROFISSÕES LIBERAIS

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEMDE ABRANTES

Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

CONSULTAS POR MARCAÇÃOACUPUNCTURADr.ª Elisabete Alexandra Duarte SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIADr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio - Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraNEFROLOGIADr. Mário SilvaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIADr. Luís CardigaORTOPEDIADr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIADr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIADr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTADr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

Page 22: JA Setembro 2009

SETEMBRO200922 jaCARTAZ

FICHA TÉCNICA

Director GeralJoaquim Duarte

DirectorAlves Jana

[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179E-mail: [email protected]

RedacçãoMaria João Ricardo (CP. 6383)

[email protected]

Jerónimo Belo JorgeAndré Lopes

[email protected]

Rita Duarte (directora comercial)

[email protected]

Miguel Ângelo miguel.angelo@jor-

naldeabrantes.pt

ImpressãoImprejornal, S.A.

Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietáriaJortejo, Lda.Apartado 355

2002 SANTARÉM Codex

GERÊNCIAFrancisco Santos, Ângela Gil,

Albertino Antunes

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira,

Gabriela Alves e João [email protected]

Departamento de Marketing

Patricia Duarte (Direcção), Catarina Fonseca e Catarina

Silva. [email protected]

Departamento Recursos HumanosSónia Vieira (Direcção)

[email protected]

Departamento SistemasInformação

Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 501636110

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia 83%

jornal abrantesde ABRANTES

Até 30 de Setembro – Exposição – “Morfi smos” – Pintura de Pedro Rosa – Livraria “Ao pé das Letras”, das 10h00 à 13h00 e 15h00 às 19h00.

Até 25 de Setembro – Exposição – “Que nem uma árvore…” Foto-grafi as de Arnaldo Carvalho – Bi-blioteca António Botto, das 9h20 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.

Até 2 de Outubro – Exposição – “Once upon a time…”Escultura de Óscar Guimarães – Galeria Muni-cipal de Arte, de terça-feira a sá-bado das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30.

Até 25 de Outubro – Exposição – Antevisão do Museu Ibérico de

Arqueologia e Arte Museu D. Lopo de Almeida, no interior do castelo.

11 de Setembro - Acção de For-mação “Com o dedo na página” - Auditório do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha. Das 9h00 às 17h00.

12 de Setembro – Festival Hípico – provas de saltos de obstáculos e baptismos a cavalo para o público em geral - Centro Hípico da Quinta do Cabrito, às 10h00.

17 de Setembro – Concerto de so-lidariedade – José Cid, Zé Perdi-gão, André Teixeira, entre outros – Lucros reverte a favor do banco social de Abrantes – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30.

26 de Setembro – Teatro - “O gato preto e a Gaivota cor de Prata” – Grupo de Tratro Marionetas de Mandrágona – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30.

6 de Outubro – Debate público com os candidatos à Presidência da Câmara Municipal de Abrantes – Cine- Teatro São Pedro.

DesportoVerão Aquapolis:12 e 13 de Setembro – Futvolei, entre as 16h00 e as 21h00.

CinemaCentro Comercial Millenium:De 10 a 16 de Setembro – “U. P. Al-tamente”, de Peter DocterDe 17 a 23 – “Hannah Montana”, de Peter ChelsonDe 24 a 30 de Setembro – “ABC da sedução”, de Robert Luketic

Espalhafi tas - Cine-Teatro São Pedro, às 21h30:16 de Setembro - “Cada um com o

seu cinema”23 de Setembro – “Fome”, de Ste-ve Mcqueen 30 de Setembro – Home – O mun-do é a nossa casa”, de Yan Arthus-Bertrand

SARDOAL

Até Setembro – “Férias na Biblio-teca” de Segunda a Sexta-feira.

13 de Setembro – Cinema - “Idade do gelo” – Centro Cultural de Sar-doal, às 16h00.

De 18 a 22 de Setembro – Festas do Concelho de Sardoal – Festi-val Hípico, artesanato, exposições, música com Mundo Cão, Conjun-to António Mafra. Patrícia Belém e amigos, entre outros.

BARQUINHA

Até 27 de Setembro – Pilates - To-dos os Domingos – Barquinha Par-que, das 10h00 às 11h00.

Verão com Sorrisos 2009, no Bar-quinha Parque:11 de Setembro - 18h30 - Ginásti-ca para idosos - fi tness grupo 12 de Setembro - 16h30 - Aerobics Kids - Dança - Fitness13 de Setembro - 10h00 – Pilates; 16h00 - jogos Pré-Desportivos; 17h30 - Concerto Space Ensemble - Spy Quintet (Jazz)19 de Setembro - 14h00 - Hora do Conto (centro cultural); 15h30 - Ofi cina de Teatro (centro cultural); 17h/23h – Insufl áveis 20 de Setembro - 10h00 – Pilates; 10h00 – Step / Aeróbica / fi tness grupo; 16h00 – Pinturas Faciais / Modelagem de Balões

26 de Setembro -15h30 - Ofi cina de Teatro (centro cultural)27 de Setembro - 10h00 – Pilates; 16h00 – Caça ao Tesouro / Jogos Pré-Desportivos

Até 4 de Outubro – Exposição – “Cores o Tejo” – Fotografi a de Ál-varo Carvalheiro – Centro Cultu-ral de Vila Nova da Barquinha, das 14h às 17h30 e Sábados das 15h às 18h.

COSTÂNCIA

Até 30 de Setembro – Mostra Bio-bibliográfi ca de Stephenie Meyer – Biblioteca Alexandre O’Neill, das 10h00 ao às 12h30 e das 14h00 às 18h30.

13 de Setembro – Jornadas Europeias do Património - Passeio pedestre de Observação e inter-pretação da natureza – Entre a Le-zíria e a Charneca – às 9h00.

26 de Setembro – Ateliê - Museu dos Rios e das Artes Marítimas, às 14h00.

27 de Setembro – Caminhada – Ponto de encontro no Museu dos Rios, às 10h00.

Cinema no Cine-Teatro, às 21h30: 19 de SetembroÀ noite no Museu 220 de Setembro – “A idade do gelo 3 : despertar dos dinossauros”26 de Setembro – “Harry Potter e o Príncipe Misterioso”3 de Outubro – “Transformers: Re-taliação”10 de Outubro – “Ligações perigo-sas”- 17 de Outubro – “Star Trek”

DVDteca à Sexta, às 15h00 na Bi-blioteca Alexandre O’Neill:18 de Setembro – “Baiilley um Cão que Valle Miillhões”25 de Setembro - “Bollt”2 de Outubro – “Pinóquio”9 de Outubro – “Ressalto”16 de Outubro – “Barbie apresenta Polegarzinha”

1 de Outubro – Dia do Idoso – Vá-rias actividades, às 14h30.

De 1 a 30 de Outubro – Mostra Bio-bibliográfi ca de Hans Cristian Andersen – Biblioteca Alexandre O’Neill, das 10h00 ao às 12h30 e das 14h00 às 18h30.

10 de Outubro – Constância pas-so a passo – Parque ambiental de Santa Margarida, às 10h00.

De 10 a 25 de Outubro – Exposi-ção de pintura – “Fontes…que se-gredos guardais?” pelo Centro de Recuperação Infantil de Abrantes – Posto de Turismo, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 17h30.

MAÇÃO

Até 30 de Setembro – Exposição de Manuel Casimiro – Galeria dos Paços do Concelho – Núcleo de Arte Contemporânea do Museu Municipal João de Castilho – De quarta-feira a domingo, das 10h00 às 19h00.

TOMAR

17 e 24 de Setembro – Ciclo de Conferências “Surrealismo Por-quê” – Casa dos Cubos, às 18h00.

17 de Setembro – Concerto de solidarie-dade – José Cid, Zé Perdigão, André Tei-xeira, entre outros – Lucros reverte a fa-vor do banco social de Abrantes – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30.

José Cid em Concerto de Solidariedade

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23SETEMBRO2009ja NOVO SITE

www.oribatejo.pt + www.tvtejo.comO Ribatejo apresenta um site totalmente renovado e com novas funcionalidades. No mesmo endereço electrónico passamos a somar a informação de um diário on-line com os conteúdos da web-tv. Ou seja, jornal O Ribatejo mais TvTejo no mesmo site; e ainda esta mesma edição do “Jornal de Abrantes” em papel virtual. Um novo produto que quer ser mais do que a soma dos nossos projectos editoriais. É naturalmente um site ainda em evolução, mas com novas funcionalidades já activadas e outras a criar; que pretendemos seja essencial à região e interactivo com os utilizadores. Visite-nos no endereço do costume e dê-nos a sua opinião: www.oribatejo.pt, ou www.tvtejo.com.

Os últimos 15 vídeos da TV Ribatejo. Para escolher o vídeo que quer ver basta carregar nas setas laterais e fazer deslizar a barra com os vídeos.

Fotogaleria: as melhores fotos de reportagem e even-tos da região

Os blogues dos nossos cola-boradores: O jornalismo visto pelo Prof. Carlos Chaparro; e o mundo poético de Daniel Abrunheiro.

Sugestões e destaque de cultura e lazer na região que lhe sugerimos diariamente.

Cinco notícias em destaque. Para as conhecer em detalhe clique nos números ou nas setas.

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O cartoon de António Maia. Uma visão humorada da política e da sociedade.

A blogosfera na região. Des-taques e razões da escolha.

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