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Projeto AAnnááll iissee ddoo MMaappeeaammeennttoo ee ddaass PPooll íítt iiccaass ppaarraa
AArrrraannjjooss PPrroodduutt iivvooss LLooccaaiiss nnoo NNoorrttee,, NNoorrddeessttee ee MMaattoo GGrroossssoo ee ddooss IImmppaaccttooss
ddooss GGrraannddeess PPrroojjeettooss FFeeddeerraaiiss nnoo NNoorrddeessttee
Nota Técnica 04
Análise do Balanço de Pagamentos do Estado e a Importância dos APLs no Fluxo de Comércio
Ceará
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www.redesist.ie.ufrj.br
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Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste
Nota Técnica 04
ANÁLISE DO BALANÇO DE PAGAMENTOS DO ESTADO E A IMPORTÂNCIA DOS APLs NO FLUXO DE COMÉRCIO
Ceará
Equipe Estadual
Coordenador: Prof. Dr. Jair do Amaral Filho
Pesquisadores: Prof. Dra. Maria Cristina Pereira de Melo
Keuler Hissa Teixeira
Francisco Laércio Pereira Braga
Estagiários: Felipe Cavalcante Coelho
Daniel Cavalcante Queiroz de Lima
Daiane Marques da Silva
Luís Henrique Pompeu de Vaconcelos Melo
Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSist
Coordenadora: Valdênia Apolinário
Maria Lussieu da Silva Thaís de Miranda Moreira
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 6
1. ESTRUTURA ECONÔMICA ESTADUAL E IMPORTÂNCIA DOS APLS .................................................... 8
1.1 REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA ........................................................................................ 15 1.2 NORTE CEARENSE .............................................................................................................................. 17 1.3 NOROESTE CEARENSE ........................................................................................................................ 19 1.4 SERTÕES CEARENSES ......................................................................................................................... 21 1.5 JAGUARIBE ......................................................................................................................................... 22 1.6 CENTRO SUL CEARENSE ..................................................................................................................... 25 1.7 SUL CEARENSE .................................................................................................................................... 27
2. A BALANÇA COMERCIAL DOS ESTADOS (BCE) ................................................................................ 29
2.1 FLUXOS DE COMÉRCIO INTERESTADUAIS ......................................................................................... 29 2.1.1 FLUXOS DE COMÉRCIO INTERESTADUAIS POR ATIVIDADES ECONÔMICAS ....................................................... 35 2.2 FLUXO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL DO ESTADO DO CEARÁ EM 2006 ........................................ 74 2.2.1 GRUPOS DE ATIVIDADES RESPONSÁVEIS POR 90% DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES CEARENSES EM 2006 ..... 78 2.2.2 PAUTA DE EXPORTAÇÃO MUNICIPAL DO ESTADO DO CEARÁ EM 2006 ....................................................... 103 2.2.3 DESTINO DAS EXPORTAÇÕES MUNICIPAIS EM 2006 ................................................................................ 115 2.3 FLUXO DE COMÉRCIO TOTAL ........................................................................................................... 118
3. A IMPORTÂNCIA DOS APLS NO FLUXO DE COMÉRCIO DO ESTADO ............................................... 128
3.1 APLS COM ATIVIDADES FORMALIZADAS......................................................................................... 128 3.1.1 APL DE CALÇADOS ........................................................................................................................... 128 3.1.2 APL DE CARCINICULTURA .................................................................................................................. 129 3.1.3 APL DE MÓVEIS .............................................................................................................................. 129 3.1.4 APL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ............................................................................................... 130 3.1.5 APL DE TURISMO ............................................................................................................................ 130 3.1.6 APL DE FLORES ............................................................................................................................... 131 3.2 APLS COM ATIVIDADES PARCIALMENTE FORMALIZADAS .............................................................. 131 3.2.1 APL DE FRUTICULTURA IRRIGADA ....................................................................................................... 131 3.2.2 APL DE REDES DE DORMIR ................................................................................................................ 132 3.2.3 APL DE JÓIAS FOLHEADAS ................................................................................................................. 133 3.2.4 APL DE CERÂMICA VERMELHA ............................................................................................................ 134 3.2.5 APL DE DERIVADOS DA CAJUCULTURA ................................................................................................. 134 3.2.6 APL DE CONFECÇÕES ........................................................................................................................ 135 3.2.7 APL DE CACHAÇA ............................................................................................................................. 135 3.2.8 APL DE CAFÉ ECOLÓGICO ................................................................................................................... 135 3.2.9 APL DE PEDRAS ORNAMENTAIS .......................................................................................................... 136 3.2.10 APL DE METAL-MECÂNICA ............................................................................................................ 137 3.3 APLS COM ATIVIDADES NÃO-FORMALIZADAS ................................................................................ 138 3.3.1 APL DE ARTESANATO ....................................................................................................................... 138 3.3.2 APL DE OVINOCAPRINOCULTURA ........................................................................................................ 138 3.3.3 APL DE APICULTURA ......................................................................................................................... 139 3.3.4 APL DE DERIVADOS DO LEITE ............................................................................................................. 140
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 141
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 147
ANEXOS ............................................................................................................................................. 148
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ANEXO 1 – BALANÇA COMERCIAL INTERESTADUAL DAS TRANSAÇÕES, SEGUNDO ATIVIDADES ECONÔMICAS CEARÁ - 2006 ...................................................................................................................... 148 ANEXO 2 – FLUXO DAS ENTRADAS, POR ESTADO, DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DOS APLS - CEARÁ – 2006 ........................................................................................................................................................... 157 ANEXO 3 – FLUXO DAS SAÍDAS, POR ESTADO, DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DOS APLS - CEARÁ - 2006.............................................................................................................................................. 237 ANEXO 4 – SALDO DAS TRANSAÇÕES, POR ESTADO, DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DOS APLS - CEARÁ - 2006 ........................................................................................................................................................... 287 ANEXO 5 – EXPORTAÇÕES - CEARÁ - 2006 .................................................................................................. 318 ANEXO 6 – IMPORTAÇÕES - CEARÁ - 2006 ................................................................................................. 332 ANEXO 7 – BALANÇA COMERCIAL TOTAL DAS TRANSAÇÕES, SEGUNDO ATIVIDADES ECONÔMICAS – CEARÁ - 2006 ......................................................................................................................................................... 357 ANEXO 8 – BALANÇA COMERCIAL TOTAL DAS TRANSAÇÕES, SEGUNDO ATIVIDADES ECONÔMICAS – CEARÁ - 2006 ......................................................................................................................................................... 370
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – PIB a preços correntes – 2003 a 2006 ................................................................... 8 Tabela 2 – Renda per capita – 2003 a 2006 ........................................................................... 8 Tabela 3 - Composição do Valor Adicionado do Estado do Ceará – 2006 ............................. 9 Tabela 4 – Empregos e Empresas da Região Metropolitana de Fortaleza – 2008 ............... 15 Tabela 5 – Empregos e Empresas da Região Norte do Ceará – 2008................................... 18 Tabela 6 – Empregos e Empresas do Noroeste Cearense – 2008 ........................................ 20 Tabela 7 – Empregos e Empresas dos Sertões Cearenses – 2008 ....................................... 21 Tabela 8 – Empregos e Empresas da Região do Jaguaribe – 2008 ....................................... 23 Tabela 9 – Empregos e Empresas do Centro-Sul Cearense – 2008 ...................................... 26 Tabela 10 – Empregos e Empresas do Sul Cearense – 2008 ................................................ 28 Tabela 11 – Fluxo de Comércio do Estado do Ceará – 2006 ................................................ 32 Tabela 12 – Balança comercial interestadual das transações, segundo suas principais atividades econômicas - Ceará – 2006 ................................................................................ 34 Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006 ............................................................................................................. 37 Tabela 14 – Fluxo das saídas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006 ......................................................................................................................... 49 Tabela 15 – Saldo das Transações, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006 ............................................................................................................. 69 Tabela 16 – Participação nas Exportações e Saldo da Balança Comercial – BR, NE, CE – 2000 a 2006 .......................................................................................................................... 75 Tabela 17 – Índice de Concentração das Exportações e Importações – Ceará - 2006 ......... 76 Tabela 18 – Principais Municípios Exportadores – Ceará - 2006 ......................................... 76 Tabela 19 – Principais Municípios Importadores – Ceará - 2006 ......................................... 77 Tabela 20 – Balança Comercial dos Principais Municípios com maiores Superávit e Déficit - 2006 ...................................................................................................................................... 77 Tabela 21 – Balança Comercial Internacional das transações do Estado do Ceará, segundo suas principais atividades econômicas - 2006 ...................................................................... 80 Tabela 22 – Participação das Classes nos Grupos que respondem por 90% das Exportações – Ceará - 2006 ....................................................................................................................... 86 Tabela 23 – Subclasses dos Grupos que respondem por 90% das Exportações – Ceará - 2006 ...................................................................................................................................... 89 Tabela 24 – Participação das Classes nos grupos que respondem por 90% das Importações – Ceará - 2006 ....................................................................................................................... 94 Tabela 25 – Subclasses dos grupos que respondem por 90% das Importações – Ceará - 2006 ...................................................................................................................................... 98 Tabela 26 – Exportações por Classe – Fortaleza - 2006 ..................................................... 106 Tabela 27 – Exportações por Classe – Maracanaú - 2006 .................................................. 106 Tabela 28 – Exportações por Classe – Cascavel - 2006 ...................................................... 107 Tabela 29 – Exportações por Classe – Sobral - 2006 .......................................................... 107 Tabela 30 – Exportações por Classe – Itapagé - 2006 ........................................................ 107 Tabela 31 – Exportações por Classe – Aracati - 2006 ......................................................... 108
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Tabela 32 – Exportações por Classe – Horizonte - 2006 .................................................... 108 Tabela 33 – Exportações por Classe - Quixeramobim – 2006 ........................................... 108 Tabela 34 – Exportações por Classe – Quixeré - 2006 ....................................................... 109 Tabela 35 – Exportações por Classe – Caucaia - 2006 ........................................................ 109 Tabela 36 – Exportações por Classe – Juazeiro do Norte - 2006........................................ 109 Tabela 37 – Exportações por Classe – Uruburetama - 2006 .............................................. 109 Tabela 38 – Exportações por Classe – Camocim - 2006 ..................................................... 110 Tabela 39 – Exportações por Classe – Itarema - 2006........................................................ 110 Tabela 40 – Importação por Classe – Fortaleza - 2006 ...................................................... 112 Tabela 41 – Importação por Classe – Caucaia - 2006 ......................................................... 112 Tabela 42 – Importação por Classe – Maracanaú - 2006 ................................................... 113 Tabela 43 – Importação por Classe – Horizonte - 2006 ..................................................... 113 Tabela 44 – Destino das Vendas Externas dos Principais Municípios Exportadores - 2006 ............................................................................................................................................ 116 Tabela 45 – Destino das Exportações Municipais - 2006 ................................................... 117 Tabela 46 – Balança comercial total das transações, segundo principais atividades econômicas - Ceará - 2006 ................................................................................................. 122
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 – Mesorregião Metropolitana de Fortaleza ............................................................ 15 Mapa 2 – Mesorregião Norte Cearense ............................................................................... 17 Mapa 3 – Mesorregião Noroeste Cearense ......................................................................... 19 Mapa 4 – Mesorregião Sertões Cearenses ........................................................................... 21 Mapa 5 – Mesorregião do Jaguaribe .................................................................................... 23 Mapa 6 – Mesorregião Centro-Sul Cearense ....................................................................... 25 Mapa 7 – Mesorregião do Sul Cearense............................................................................... 27 Mapa 8 – Localização Municipal das Exportações do Estado do Ceará em 2006 .............. 114
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INTRODUÇÃO
Entender a economia cearense e suas relações com outras regiões e o mundo foi o
objetivo principal desta nota técnica. O Comércio Internacional mostra-se como
importante instrumento para medir a competitividade da economia local, que no caso do
Estado do Ceará, tanto as grandes empresas são responsáveis por esse comércio de
produtos e serviços, quanto os Arranjos Produtivos Locais (APLs). Por outro lado, a
demanda por insumos e matérias-primas também é constante, intensificando essa relação
com o resto do país e do mundo.
Antes de entrar no real escopo da balança comercial, foi necessário construir um
capítulo inicial aprofundando o conhecimento sobre a estrutura da economia cearense.
Para tanto, realizou-se um levantamento dos principais indicadores do Ceará (PIB, PIB per
capita, Valor Adicionado, População), comparando-os ao Brasil e Nordeste. Além deste,
buscou-se realizar breve histórico sobre os principais investimentos produtivos realizados
ao longo das últimas décadas e a política de incentivos fiscais como fatores determinantes
para a competitividade do Ceará. Um olhar pormenorizado das mesorregiões do Ceará
também foi feito, enfocando as atividades responsáveis pela geração de emprego regional
e a participação dos APLs lá localizados.
Feito tal introdutório, o Capítulo 2 se propôs a detalhar e analisar a Balança
Comercial do Ceará, não só em nível internacional, mas também enfocando aspectos do
comércio interestadual. Para tanto, foi realizado um levantamento minucioso das
principais demandas de produtos cearenses e quem foram os Estados ou países que mais
compraram produtos e serviços. Os dados foram obtidos junto à Secretaria da Fazenda do
Estado do Ceará, Instituto de Pesquisa Econômica do Ceará - IPECE, Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE e Ministério da Indústria e Comércio - MDIC.
O último capítulo foi destinado a analisar a balança comercial dos APLs cearenses,
a partir do conhecimento tácito adquirido pelos pesquisadores e das relações de troca
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expressas no capítulo 2. Identificaram-se os principais locais de origem das matérias-
primas e insumos, bem como o destino final dos produtos e serviços finais,
independentemente do grau de formalização das atividades. Os APLs selecionados foram
aqueles mais representativos da economia do Ceará, tal como Calçados, Confecções,
Artesanato, Fruticultura, Ovinocaprinocultura, dentre outros.
Por fim, o trabalho segue com as Considerações Finais desta Nota Técnica, seguida
do referencial bibliográfico consultado e anexos.
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1. ESTRUTURA ECONÔMICA ESTADUAL E IMPORTÂNCIA DOS APLs
O Estado do Ceará é a 3ª maior economia do Nordeste e apresenta um PIB de R$
46,3 bilhões e Renda per capita de R$ 5.636, em 2006, equivalente a 44,4% da renda per
capita nacional, de R$ 12.688.
Tabela 1 – PIB a preços correntes – 2003 a 2006 R$ (1.000.000)
2003 2004 2005 2006
Brasil 1.699.948 1.941.498 2.147.235 2.369.797
Nordeste 217.037 247.043 280.545 311.175
Ceará 32.565 36.866 40.935 46.310
Participação %
NE/BR 12,77% 12,72% 13,07% 13,13%
CE/NE 15,00% 14,92% 14,59% 14,88%
CE/BR 1,92% 1,90% 1,91% 1,95%
Fonte: IBGE/DCN/2008
Tabela 2 – Renda per capita – 2003 a 2006 R$ (1,00)
2003 2004 2005 2006
Brasil 9.498 10.692 11.658 12.688
Nordeste 4.355 4.899 5.499 6.029
Ceará 4.145 4.622 5.055 5.636
Participação (%)
NE/BR 45,85% 45,82% 47,17% 47,52%
CE/NE 95,18% 94,35% 91,93% 93,48%
CE/BR 43,64% 43,23% 43,36% 44,42%
Fonte: IBGE/DCN/2008.
Dentre as atividades que mais contribuem para crescimento do PIB cearense estão
a Administração Pública, Comércio e Indústria de Transformação, que juntos
representavam quase 50% do Valor Adicionado Bruto no ano 2006. O valor adicionado,
por sua vez, representa o valor que a atividade econômica acrescenta aos bens e serviços
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consumidos no seu processo produtivo, sendo obtida pela diferença entre o valor de
produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. Veja os dados
completos na tabela e gráfico a seguir.
Tabela 3 - Composição do Valor Adicionado do Estado do Ceará – 2006
ATIVIDADES Valor
Adicionado (R$ milhão)
Participação no VA total
(%)
Agricultura, silvicultura e exploração florestal 2.070 5,1%
Pecuária e pesca 893 2,2%
Indústria extrativa mineral 325 0,8%
Indústrias de transformação 5.034 12,4%
Construção 1.949 4,8%
Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 2.273 5,6%
Comércio e serviços de manutenção e reparação 5.846 14,4%
Serviços de alojamento e alimentação 853 2,1%
Transportes, armazenagem e correio 1.624 4,0%
Serviços de informação 1.299 3,2%
Intermediação financeira, seguros e previdência completamentar 2.111 5,2%
Serviços prestados às famílias e associativos 934 2,3%
Serviços prestados às empresas 1.461 3,6%
Atividades imobiliárias e aluguel 3.491 8,6%
Administração, saúde e educação públicas 8.566 21,1%
Saúde e educação mercantis 1.177 2,9%
Serviços domésticos 690 1,7%
Total 40.596 100,0%
Fonte: IBGE/DCN/2008
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Gráfico 1 – Atividades que mais contribuem para o Valor Adicionado Bruto – Ceará – 2006
Como se sabe, a economia cearense experimentou, nos últimos vinte cinco anos,
crescimento razoável comparado aos crescimentos do Nordeste e do Brasil. A título de
ilustração, entre 2002 e 2005 a economia cearense cresceu 9,3%, em uma média de 3,1%
a.a., próxima, portanto, da média nacional de 3,2% no mesmo período.
O bom desempenho nas duas últimas décadas deveu-se a duas razões. Em
primeiro lugar, graças ao baixo desempenho das economias do Sul e do Sudeste,
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especialmente da economia paulista, por causa da recessão prolongada que atravessou o
País nos anos 1980 e 1990. Isso afetou sensivelmente a locomotiva da economia nacional.
Em segundo lugar, observou-se no Ceará, desde 1987, uma sucessão de inovações
em nível das políticas públicas estaduais que resultou em estímulos para o crescimento
local. Exemplo disso foram os ajustes fiscais e financeiros que geraram poupança pública e
proporcionaram realizações de investimentos na infra-estrutura, em parceria com o
governo federal, Banco Mundial e Banco Interamericano. No bojo dessas realizações
aconteceram o Porto do Pecém e a construção do Açude Castanhão, acompanhado de
melhorias do sistema estadual dos recursos hídricos. Hoje, parece não haver dúvidas de
que esses dois equipamentos são as duas principais âncoras de atração de investimentos
para o Estado.
Durante a década de 1990, e início da década de 2000, empresas do Sul e Sudeste,
principalmente intensivas em mão-de-obra, subiram para o Nordeste a procura de uma
reserva de competitividade, já que foram constrangidas pela abertura comercial e pela
concorrência asiática, ou chinesa, nos mercados internacionais. No Ceará, assim como em
outras partes do Nordeste, encontraram mão-de-obra abundante e barata, infra-estrutura
e incentivos fiscais, estes hoje banalizados por certa homogeneização provocada pela
generalização da sua oferta pelos estados da federação. Aqui as empresas encontraram
também boa localização geográfica em relação aos mercados americano e europeu.
Nessas condições, a economia cearense assistiu a uma diversificação da estrutura
produtiva industrial. As empresas do segmento de alimentos e confecções se instalaram
por todo o território cearense, bem como as de couro e calçados. As empresas incentivas
do setor metal-mecânico, por sua vez, ficaram próximas à região metropolitana de
Fortaleza, com destaque para Caucaia. A indústria têxtil, com tradição local, também
expandiu sua capacidade se beneficiando dos incentivos fiscais, concentrando-se também
na região metropolitana de Fortaleza, especificamente no Distrito Industrial de
Maracanaú. Esses investimentos se voltaram tanto para o mercado nacional como
internacional, provocando transformações estruturais na pauta de exportação cearense.
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Na esteira dessa expansão se agregaram investimentos ocorridos nas áreas do
turismo, cultivo de camarão e fruticultura, sem o apoio pesado dos incentivos fiscais, mas
alavancados por empréstimos do Banco do Nordeste do Brasil e pelo empreendedorismo
empresarial. Os investimentos turísticos se concentraram prioritariamente na orla
marítima, enquanto que o cultivo de camarão ficara às margens da foz do Rio Jaguaribe e
Rio Acaraú. A fruticultura ocupou espaços próximos aos perímetros irrigados da Chapada
do Apodi, Vale do Curu – Paraipaba e Vale do Acaraú.
Entretanto, o movimento de expansão da capacidade instalada industrial perdeu
seu ímpeto na segunda metade dos anos 2000, momento em que a política estadual de
incentivos fiscais viu sua força declinar, como mecanismo de atração. A partir desse
período, tal política passou a atender, em grande parte, empresas de origem local. Nesse
contexto, chama atenção a frustração causada pelas empresas calçadistas, ou montadoras
de calçados, atraídas para o Estado, já que as mesmas não conseguiram induzir um
processo de adensamento da cadeia produtiva por conta própria, deixando em seus
territórios de origem seus fornecedores. Entretanto, isto não anula sua importância como
fonte vigorosa de geração de empregos formais, sobretudo no interior do Estado.
Somente no município de Sobral a empresa Grendene oferece cerca de 15.000,
responsáveis por uma grande massa salarial que irriga todos os meses a economia de
Sobral e municípios vizinhos. Outras empresas do ramo calçadista que chegaram ao Ceará
por, meio dos incentivos fiscais, têm participação relevante na economia local, como por
exemplo: em Quixeramobim com a empresa Aniger Calçados, em Russas e Iguatu com a
Dakota Calçados, em Senador Pompeu com a Senador Pompeu Calçados e em Itapajé com
a Disport Nordeste Calçados.
Pode-se dizer que a estratégia de alavancagem de investimentos para o Ceará, com
base em incentivos fiscais e mão-de-obra barata, encontrou seu ponto de inflexão,
caminhando para o esgotamento. A persistente generalização dos incentivos entre os
estados da federação e a redução das intervenções federais no Estado, entre 2003 e 2006,
contribuiram para a exposição desse problema. Se esta hipótese estiver correta há que se
pensar em uma nova estratégia de atração de investimentos, mas que esteja inserida
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dentro de um novo modelo de desenvolvimento para a economia do Estado; mas
também, que esteja associado a uma nova política federal de desenvolvimento regional,
francamente favorável à correção dos desequilíbrios estruturais regionais. Os projetos
estruturantes vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a exemplo da
Transposição do Rio São Francisco, da Transnordestina etc., são, sem alguma dúvida,
positivos, entretanto estão desvinculados de uma política federal explícita de
desenvolvimento regional para o Nordeste e o Ceará, em particular.
O Porto do Pecém pode ser uma boa alavanca de investimento, desde que
completadas suas bases infra-estruturais e de logística, tais como o eixo de integração
Castanhão-Pecém, expansão da oferta de gás, aumento da profundidade do calado e
conexão com a rede ferroviária Transnordestina. Outra possibilidade, para o porto, é a
criação da Zona de Processamento para Exportação (ZPE), desde que bem vendido às
empresas e dotado de um bom modelo de gestão. Além disso, será mais do que
providencial evitar que se constitua uma ZPE isolada das redes de fornecedores locais, o
que seria optar por um enclave consumidor de incentivos, sem a conveniência da
endogeneização dos seus impactos. Entretanto, mesmo que bem aproveitado, o Porto do
Pecém não pode ser visto como a única solução para o desenvolvimento da economia
estadual, pois o mesmo reforçaria apenas alguns setores, e sem a certeza de que os
grandes projetos gerarão os efeitos multiplicadores e de aglomeração esperados. Sem
falar que poderão ser projetos com grande consumo de água e energia, oferecendo
muitos riscos ambientais. Além disso, reforçará a concentração espacial das atividades
econômicas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), fato que criaria os
inconvenientes trazidos pelo excesso de aglomeração e agravamento da concentração
espacial das atividades dentro e no entorno dessa região metropolitana.
Por isso, um modelo renovado de desenvolvimento deve ser pensado. Em primeiro
lugar, a noção de desenvolvimento econômico deveria ser encarada como uma estratégia
transversal dentro dos governos estadual e municipais, de maneira que todas as
secretarias incorporassem tal objetivo e orientassem o conjunto das ações dos governos
nessa direção. O desenvolvimento não pode ser uma missão a ser desempenhada por
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uma única Secretaria, ou Agência, do “desenvolvimento econômico”, nem atrelado às
conquistas de investimentos externos e aos grandes projetos industriais estruturantes. No
melhor dos casos, essa noção deve estar associada à educação de qualidade e de massa, à
saúde bem cuidada, e à difusão do conhecimento e das inovações tecnológicas. Aliado a
estes fatores está o respeito pelo meio ambiente. Neste aspecto, o que se vê são sinais
trocados, porque ora se acena para os turistas oferecendo praias belas e limpas, ora se
acena aos investidores externos oferecendo tolerância para com as fontes energéticas
emissoras de gás carbono, enquanto o resto do mundo as recusa.
Além dos aspectos voltados para a qualidade de vida da população, devem ser
levados em conta também os territórios e suas capacidades, ou seja, o tecido sócio-
produtivo, as inúmeras cadeias produtivas já iniciadas e o grande interior do Estado,
desfavorecido economicamente. Neste sentido, há inúmeras possibilidades a serem
exploradas tanto em nível das vantagens comparativas como em nível das vantagens
competitivas. Encontram-se dezenas de Sistemas e Arranjos Produtivos Locais (SAPLs)
espalhados pelo interior, em diversas dimensões e setores, formados espontaneamente e
sem qualquer incentivo estatal, oferecendo mais de 30.000 postos de trabalho. Aliado à
estratégia de construção das vantagens competitivas, poderes públicos e empresas
privadas podem e devem tirar vantagens do sistema estadual de inovação, aproximando
com mais contundência centros de pesquisa e de formação ao sistema produtivo local,
tais como a cajucultura e ovino-caprinocultura. Nesse sentido, é mais do que oportuno
organizar e coordenar as empresas e organizações de base tecnológica, estimulando as
aglomerações das mesmas em parques e condomínios tecnológicos.
Os tópicos seguintes tratarão da economia cearense, a partir de enfoque regional
das mesorregiões do IBGE.
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1.1 REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA
A Região Metropolitana de Fortaleza - RMF é composta por 12 municípios, abriga
42% da população do Ceará, concentra
aproximadamente 40% do PIB cearense, 67,4%
dos empregos formais e 67,2% dos
estabelecimentos do estado.
As atividades econômicas da RMF são
bastante diversificadas, com maior destaque
para o setor de serviços e indústria de
transformação. No segmento de serviços
Fortaleza abriga 57,8% do comércio varejista do
Estado e 81,9% do comércio atacadista. No que
diz respeito à indústria de transformação,
merece destaque a indústria têxtil (94% dos
empregos), com forte concentração no Distrito Industrial de Maracanaú, instituições
financeiras (97,9% dos empregos) principalmente em Fortaleza, Material de Transporte
(88,2% dos empregos) e Indústria Química (81,3% dos empregos).
Tabela 4 – Empregos e Empresas da Região Metropolitana de Fortaleza – 2008
Metropolitana de Fortaleza CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
EXTR MINERAL 56 1.393 137 2.600
MIN NAO MET 218 4.044 573 9.976
IND METALURG 446 9.613 622 11.395
IND MECANICA 160 3.094 200 3.831
ELET E COMUM 60 2.234 69 2.278
MAT TRANSP 72 2.646 94 3.000
MAD E MOBIL 379 3.991 597 6.614
PAPEL E GRAF 457 5.942 579 7.004
BOR FUM COUR 270 3.296 397 6.626
Mapa 1 – Mesorregião Metropolitana de Fortaleza
-
16
(Continuação)
Metropolitana de Fortaleza CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
IND QUIMICA 358 9.351 470 11.498
IND TEXTIL 2.603 58.971 2.984 62.706
IND CALCADOS 98 14.746 302 49.832
ALIM E BEB 1.179 29.198 1.935 40.782
SER UTIL PUB 71 4.842 140 6.518
CONSTR CIVIL 2.815 38.791 3.424 45.715
COM VAREJ 16.678 102.465 28.831 143.910
COM ATACAD 2.216 21.573 2.706 25.977
INST FINANC 617 123.700 910 126.340
ADM TEC PROF 5.993 92.179 6.781 96.530
TRAN E COMUM 1.480 32.173 2.042 36.171
ALOJ COMUNIC 5.250 73.782 7.400 89.639
MED ODON VET 2.191 20.485 2.975 28.803
ENSINO 1.161 33.010 1.659 41.835
ADM PUBLICA 150 175.634 505 356.239
AGRICULTURA 287 5.949 998 25.510
OUTR/IGN - - - -
Total 45.265 761.772 67.330 1.129.999
Fonte: RAIS, 2008.
A capital Fortaleza tem vantagem comparativa no que diz respeito às atividades
culturais e de entretenimento, baseadas na indústria do turismo, e oferecem grandes
possibilidades de expansão e descentralização. Aproximadamente 70% dos
estabelecimentos cearenses de alojamento e alimentação estão localizados em Fortaleza.
A vida noturna é bastante agitada, com inúmeras casas de show, boates e clubes sociais,
mostrando-se como atrativo para o turismo. Merecem destaque os Arranjos Produtivos
Locais de Tecnologia da Informação, Turismo, Confecções e Têxtil.
-
17
1.2 NORTE CEARENSE
A mesorregião do Norte Cearense é formada pela união de 36 municípios. As
principais localidades são: Baturité, Beberibe, Canindé, Cascavel, Itapagé, Itapipoca,
Paracuru, Pentecoste e São Gonçalo do Amarante. A região ocupa uma área de 21 mil km2
e população de 969 mil habitantes. Juntos, os 36 municípios representam
aproximadamente 4,4% do PIB Ceará.
As atividades econômicas são bem diversificadas, merecendo destaque o setor
serviços, especificamente de alojamento e alimentação. Por exemplo, na região serrana
de Baturité ressaltam-se os APLs de Café
orgânico, turismo e flores. O município de Itapajé
tem destaque no bordado e crochê, enquanto os
demais municípios mais ao sertão se destacam
na produção de castanha de caju, com destaque
para Cascavel. Itapipoca tem o maior comércio
varejista da região.
O Porto do Pecém, principal porto do
Ceará, fica localizado no município de São
Gonçalo do Amarante, e é considerado um dos
portos com sistema de operação mais barato do
Brasil. Sua movimentação em 2008 foi de 1,4 milhões de toneladas, tendo como principais
produtos aço (importação) e frutas frescas (exportação), segundo dados da Secretaria de
Infraestrutura do Estado do Ceará. Integrando a estrutura do Porto do Pecém foi
implantado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém que tem o objetivo de fortalecer
e dar sustentabilidade ao crescimento do parque industrial do Ceará, possibilitando a
promoção de atividades industriais integradas.
Mapa 2 – Mesorregião Norte Cearense
-
18
Tabela 5 – Empregos e Empresas da Região Norte do Ceará – 2008
Região Norte do Ceará CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
EXTR MINERAL 8 169 137 2.600
MIN NAO MET 59 939 573 9.976
IND METALURG 15 188 622 11.395
IND MECANICA 5 67 200 3.831
ELET E COMUM 1 2 69 2.278
MAT TRANSP 4 59 94 3.000
MAD E MOBIL 26 106 597 6.614
PAPEL E GRAF 14 288 579 7.004
BOR FUM COUR 5 1.536 397 6.626
IND QUIMICA 12 338 470 11.498
IND TEXTIL 83 966 2.984 62.706
IND CALCADOS 30 6.740 302 49.832
ALIM E BEB 121 5.105 1.935 40.782
SER UTIL PUB 13 173 140 6.518
CONSTR CIVIL 66 706 3.424 45.715
COM VAREJ 1.831 5.491 28.831 143.910
COM ATACAD 33 267 2.706 25.977
INST FINANC 48 345 910 126.340
ADM TEC PROF 121 1.031 6.781 96.530
TRAN E COMUM 76 1.066 2.042 36.171
ALOJ COMUNIC 398 2.856 7.400 89.639
MED ODON VET 55 701 2.975 28.803
ENSINO 82 950 1.659 41.835
ADM PUBLICA 78 37.196 505 356.239
AGRICULTURA 215 3.977 998 25.510
OUTR/IGN - - - -
Total 3.399 71.262 67.330 1.129.999
Fonte: RAIS, 2008.
-
19
1.3 NOROESTE CEARENSE
A mesorregião do Noroeste Cearense é formada pela união de 47 municípios,
ocupa uma área de 34,5 mil km2, população de 1,2 milhões de habitantes e representa
aproximadamente 6,6% do PIB cearense. As principais cidades são: Sobral, Tianguá,
Acaraú, Camocim, Viçosa do Ceará, Granja e Santa Quitéria.
A região da Serra da Ibiapaba se destaca na produção de bebidas (cachaça),
turismo e artesanato, inclusive tendo apoio de
diversas instituições, tais como SEBRAE, IEL e
Governo do Estado. Sobral, por sua vez, é o
maior centro comercial da região, tanto
varejista como atacadista. Abriga empresas de
grande porte, como por exemplo, Grendene e
Votorantim, e também se configura como
importante centro educacional, por meio da
Universidade Estadual do Vale do Acaraú e
Universidade Federal do Ceará. Esta última
oferece o curso de Medicina e utiliza a Santa
Casa de Misericórdia com hospital de
referência para os residentes.
Nos municípios do litoral há maior destaque para Jijoca de Jericoacoara, com o APL
de Turismo na Vila de Jericoacoara. A vila de Jericoacoara atrai inúmeros turistas nacionais
e estrangeiros que buscam a beleza natural das praias e dunas.
Os demais municípios da região têm a agricultura e pecuária como principais
atividades econômicas. Segundo dados da RAIS (2008), a região do Noroeste Cearense
possui destaque na Construção Civil, indústria têxtil e calçadista .
Mapa 3 – Mesorregião Noroeste Cearense
-
20
Tabela 6 – Empregos e Empresas do Noroeste Cearense – 2008
Noroeste Cearense CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
EXTR MINERAL 27 327 137 2.600
MIN NAO MET 42 923 573 9.976
IND METALURG 33 137 622 11.395
IND MECANICA 5 19 200 3.831
ELET E COMUM 1 3 69 2.278
MAT TRANSP 5 28 94 3.000
MAD E MOBIL 59 1.076 597 6.614
PAPEL E GRAF 34 284 579 7.004
BOR FUM COUR 20 93 397 6.626
IND QUIMICA 17 225 470 11.498
IND TEXTIL 84 818 2.984 62.706
IND CALCADOS 14 15.500 302 49.832
ALIM E BEB 163 2.102 1.935 40.782
SER UTIL PUB 16 464 140 6.518
CONSTR CIVIL 148 1.622 3.424 45.715
COM VAREJ 2.794 9.285 28.831 143.910
COM ATACAD 123 1.205 2.706 25.977
INST FINANC 76 697 910 126.340
ADM TEC PROF 205 950 6.781 96.530
TRAN E COMUM 125 720 2.042 36.171
ALOJ COMUNIC 557 5.262 7.400 89.639
MED ODON VET 182 2.725 2.975 28.803
ENSINO 89 1.670 1.659 41.835
ADM PUBLICA 92 49.664 505 356.239
AGRICULTURA 182 3.615 998 25.510
OUTR/IGN - - - -
Total 5.093 99.414 67.330 1.129.999
Fonte: RAIS, 2008.
-
21
1.4 SERTÕES CEARENSES
A mesorregião dos Sertões Cearenses é formada pela união de 30 (trinta)
municípios e tem como principais cidades:
Crateús, Quixadá, Quixeramobim e Senador
Pompeu. Essa região ocupa uma área de
46.250 km2 e população de 841 mil
habitantes, configurando-se em baixa
densidade demográfica. É responsável por
3,4% do PIB do Ceará.
As principais atividades econômicas
são o comércio varejista, indústria de
alimentos, construção civil e agricultura de
cerqueiro, pecuária e ovinocaprinocultura.
Os municípios de Quixadá e Quixeramobim
têm destaque para o APL de
Ovinocaprinocultura e turismo rural. O turismo de esportes radicais, especialmente de asa
delta tem ganho destaque em Quixadá. Em Quixeramobim há uma experiência exitosa em
fruticultura irrigada, conhecida como Pingo D’Água.
Tabela 7 – Empregos e Empresas dos Sertões Cearenses – 2008
Sertões Cearenses CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
EXTR MINERAL 6 36 137 2.600
MIN NAO MET 23 328 573 9.976
IND METALURG 16 205 622 11.395
IND MECANICA 1 - 200 3.831
ELET E COMUM 2 5 69 2.278
MAT TRANSP 2 12 94 3.000
MAD E MOBIL 31 92 597 6.614
Mapa 4 – Mesorregião Sertões Cearenses
-
22
(continuação)
Sertões Cearenses CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
PAPEL E GRAF 19 31 579 7.004
BOR FUM COUR 4 12 397 6.626
IND QUIMICA 6 91 470 11.498
IND TEXTIL 28 201 2.984 62.706
IND CALCADOS 7 1.215 302 49.832
ALIM E BEB 99 658 1.935 40.782
SER UTIL PUB 10 151 140 6.518
CONSTR CIVIL 90 1.214 3.424 45.715
COM VAREJ 1.807 5.203 28.831 143.910
COM ATACAD 55 397 2.706 25.977
INST FINANC 47 448 910 126.340
ADM TEC PROF 89 189 6.781 96.530
TRAN E COMUM 68 278 2.042 36.171
ALOJ COMUNIC 274 1.112 7.400 89.639
MED ODON VET 90 1.051 2.975 28.803
ENSINO 56 950 1.659 41.835
ADM PUBLICA 60 30.040 505 356.239
AGRICULTURA 64 682 998 25.510
OUTR/IGN - - - -
Total 2.954 44.601 67.330 1.129.999
Fonte: RAIS, 2008.
1.5 JAGUARIBE
A mesorregião do Jaguaribe é formada pela união de 21 municípios e tem como
principais cidades: Limoeiro do Norte, Morada Nova, Russas, Aracati, Jaguaribe e
Jaguaruana. Juntos são responsáveis por aproximadamente 3% do PIB do Ceará e ocupam
uma área de 18,4 mil km2.
A fruticultura irrigada se apresenta como uma nova fronteira agrícola em
crescimento, especialmente na Chapada do Apodi e Tabuleiro de Russas. Nessas áreas, há
investimentos do Governo Federal com a implantação de Perímetros Irrigados. O APL de
fruticultura mudou a pauta de exportação cearense, especialmente devido à presença da
-
23
Delmonte Fresh Produce, multinacional que especializada na produção de abacaxi, banana
e melão.
Outras atividades econômicas
merecem ressalva: Russas é um
importante centro de produção cerâmica
(telhas e tijolos); Jaguaruana é
especializada na produção de redes de
dormir; Itaiçaba e Palhano são fortes em
artesanatos de palha; Jaguaribe e
Morada Nova abrigam importante bacia
leiteira estadual; Aracati e Fortim têm
grandes investimentos em carcinicultura,
pesca da lagosta e turismo; Jaguaribara,
com a construção do Açude Castanhão,
tem projetos de psicultura; por exemplo.
Todos esses são considerados APLs e
recebem apoio de instituições como SEBRAE, IEL, SENAI, Governo do Estado.
Tabela 8 – Empregos e Empresas da Região do Jaguaribe – 2008
Região do Jaguaribe CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
EXTR MINERAL 9 163 137 2.600
MIN NAO MET 134 2.056 573 9.976
IND METALURG 18 63 622 11.395
IND MECANICA 16 77 200 3.831
ELET E COMUM 1 6 69 2.278
MAT TRANSP 4 133 94 3.000
MAD E MOBIL 21 423 597 6.614
Mapa 5 – Mesorregião do Jaguaribe
-
24
(continuação)
Região do Jaguaribe CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
PAPEL E GRAF 11 36 579 7.004
BOR FUM COUR 5 32 397 6.626
IND QUIMICA 11 137 470 11.498
IND TEXTIL 48 789 2.984 62.706
IND CALCADOS 6 3.886 302 49.832
ALIM E BEB 127 1.852 1.935 40.782
SER UTIL PUB 9 253 140 6.518
CONSTR CIVIL 61 1.263 3.424 45.715
COM VAREJ 1.476 4.977 28.831 143.910
COM ATACAD 52 437 2.706 25.977
INST FINANC 33 307 910 126.340
ADM TEC PROF 66 322 6.781 96.530
TRAN E COMUM 83 307 2.042 36.171
ALOJ COMUNIC 257 1.862 7.400 89.639
MED ODON VET 66 472 2.975 28.803
ENSINO 45 987 1.659 41.835
ADM PUBLICA 49 18.381 505 356.239
AGRICULTURA 176 10.605 998 25.510
OUTR/IGN - - - -
Total 2.784 49.826 67.330 1.129.999
Fonte: RAIS, 2008.
-
25
1.6 CENTRO SUL CEARENSE
A mesorregião do Centro-Sul Cearense é formada pela união de 14 municípios e
tem como principais cidades Iguatu, Lavras da Mangabeira e Várzea Alegre. Essa região
abrange uma área de 9.944 km2,
população de 372 mil habitantes e
responde por 1,8% do PIB cearense.
A agricultura e comércio
varejista se destacam. No segmento
industrial em Iguatu há uma
concentração de indústrias
moveleiras, especialmente de móveis
tubulares.
Em Várzea Alegre há o APL de
Redes de Dormir, muito apoiado pelo
SEBRAE e Governo do Estado, devido o
empreendedorismo local das líderes
comunitárias do Sítio Mocotó. Icó tem
relativo destaque no patrimônio histórico cultural, abrigando prédios tombados pelo
Patrimônio Público. Em Orós, especificamente no Açude Orós destacam-se a psicultura e
produção de alevinos.
Mapa 6 – Mesorregião Centro-Sul Cearense
-
26
Tabela 9 – Empregos e Empresas do Centro-Sul Cearense – 2008
Centro Sul Cearense CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
EXTR MINERAL 4 88 137 2.600
MIN NAO MET 22 394 573 9.976
IND METALURG 10 172 622 11.395
IND MECANICA 2 35 200 3.831
ELET E COMUM 4 28 69 2.278
MAT TRANSP 2 16 94 3.000
MAD E MOBIL 33 692 597 6.614
PAPEL E GRAF 10 56 579 7.004
BOR FUM COUR 12 86 397 6.626
IND QUIMICA 7 145 470 11.498
IND TEXTIL 25 148 2.984 62.706
IND CALCADOS 2 1.171 302 49.832
ALIM E BEB 69 325 1.935 40.782
SER UTIL PUB 9 227 140 6.518
CONSTR CIVIL 52 198 3.424 45.715
COM VAREJ 1.147 3.956 28.831 143.910
COM ATACAD 48 337 2.706 25.977
INST FINANC 22 219 910 126.340
ADM TEC PROF 66 274 6.781 96.530
TRAN E COMUM 46 215 2.042 36.171
ALOJ COMUNIC 146 1.028 7.400 89.639
MED ODON VET 79 682 2.975 28.803
ENSINO 43 614 1.659 41.835
ADM PUBLICA 29 15.869 505 356.239
AGRICULTURA 24 269 998 25.510
OUTR/IGN - - - -
Total 1.913 27.244 67.330 1.129.999
Fonte: RAIS, 2008.
-
27
1.7 SUL CEARENSE
A mesorregião do Sul Cearense é formada pela união de 25 municípios e tem como
principais cidades Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. A região ocupa uma área de 14.800
km² e é responsável por 4% do PIB
do Ceará.
A região do Cariri é um
estuário de SAPLs, a começar pelo
turismo religioso em Juazeiro do
Norte. São 04 romarias durante o
ano que atraem mais de 01 milhão
de fiéis. O artesanato é bastante
diversificado e abastece o turismo
local com suas imagens feitas de
madeira, bordados e artesanato de
palha. O turismo científico é outro
atrativo regional, incentivado pela
criação do 1° Geopark das
Américas. Lá é possível conhecer
fósseis da pré-história e visitar sítios arqueológicos com muito bom estado de
conservação.
No que diz respeito à indústria de transformação, os calçados geram mais de 6.500
empregos formais e concentra 48% das fábricas do Ceará (dados da RAIS, 2008). Outras
atividades de importância local são a indústria têxtil, metal-mecânica e borrachas.
A região também se destaca no Comércio Atacadista e Varejista, com destaque
para Juazeiro do Norte. O setor educacional é de boa qualidade, sendo inclusive atrativo
para outras regiões do interior do Nordeste. A Universidade Estadual do Cariri tem sua
sede na cidade do Crato e outras faculdades particulares se instalaram na região,
oferecendo diversos cursos, dentre os quais Medicina.
Mapa 7 – Mesorregião do Sul Cearense
-
28
Tabela 10 – Empregos e Empresas do Sul Cearense – 2008
Sul Cearense CEARÁ
ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO
EXTR MINERAL 27 424 137 2.600
MIN NAO MET 75 1.292 573 9.976
IND METALURG 84 1.017 622 11.395
IND MECANICA 11 539 200 3.831
ELET E COMUM - - 69 2.278
MAT TRANSP 5 106 94 3.000
MAD E MOBIL 48 234 597 6.614
PAPEL E GRAF 34 367 579 7.004
BOR FUM COUR 81 1.571 397 6.626
IND QUIMICA 59 1.211 470 11.498
IND TEXTIL 113 813 2.984 62.706
IND CALCADOS 145 6.574 302 49.832
ALIM E BEB 177 1.542 1.935 40.782
SER UTIL PUB 12 408 140 6.518
CONSTR CIVIL 192 1.921 3.424 45.715
COM VAREJ 3.098 12.533 28.831 143.910
COM ATACAD 179 1.761 2.706 25.977
INST FINANC 67 624 910 126.340
ADM TEC PROF 241 1.585 6.781 96.530
TRAN E COMUM 164 1.412 2.042 36.171
ALOJ COMUNIC 518 3.737 7.400 89.639
MED ODON VET 312 2.687 2.975 28.803
ENSINO 183 3.654 1.659 41.835
ADM PUBLICA 47 29.455 505 356.239
AGRICULTURA 50 413 998 25.510
OUTR/IGN - - - -
Total 5.922 75.880 67.330 1.129.999
Fonte: RAIS, 2008.
-
29
2. A BALANÇA COMERCIAL DOS ESTADOS (BCE)
O presente capítulo abordará a balança comercial do Estado do Ceará analisando
os principais resultados das transações ocorridas entre este Estado e os demais Estados
que compõem a Federação brasileira e entre este Estado e o resto do mundo.
Inicialmente, será feita uma avaliação do comércio interestadual, em seguida das trocas
externas e por fim, a análise tratará do fluxo de comércio total estabelecido pelo Ceará.
2.1 FLUXOS DE COMÉRCIO INTERESTADUAIS
A partir da análise do fluxo de comércio do Estado do Ceará com os outros Estados
do País, é possível identificar qual destes demandou mais produtos cearenses e quais
foram aqueles de quem o Estado mais comprou produtos/serviços.
De acordo com a Tabela 11, a Região que mais demandou produtos e serviços
cearenses foi a própria Região Nordeste, sendo responsável por 45,27% das saídas totais
do Estado. Dentre os Estados desta Região, os cinco principais compradores foram
Pernambuco, importando 9,68% do valor total da pauta seguido por Rio Grande do Norte
(8,91%), Piauí (6,91%), Maranhão (6,88%) e Bahia (5,73%).
A segunda Região brasileira de maior destino das saídas do Estado foi a Região
Sudeste, responsável por 31,88% do total. Os dois principais Estados que demandaram os
produtos/serviços foram São Paulo (22,30%) e Rio de Janeiro (4,56%).
A Região Norte apareceu em terceiro lugar no ranking das regiões que mais
importaram do Ceará em 2006, cerca de 10,20% do total. Os dois principais Estados
responsáveis por esse percentual da Região foram Pará, com 5,76% e Amazonas (2,84%).
Por fim, as Regiões Sul e Centro-Oeste do país responderam por 8,55% e 4,09%,
respectivamente, das saídas totais do Estado do Ceará. Dentre os Estados dessa Região, se
destacou o Paraná, que comprou do Ceará 3,32% dos produtos/serviços ofertados,
enquanto na Região Centro-Oeste salientou-se Mato Grosso (1,42%).
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30
Em contrapartida, analisando as entradas ocorridas no Ceará, observa-se que a
Região Sudeste foi a principal vendedora de seus produtos/serviços, responsável por
44,54% do total das entradas no Estado. Os dois principais Estados nas vendas de seus
produtos/serviços foram São Paulo (33,01%) e Minas Gerais (5,02%).
A Região Nordeste aparece em seguida, exportando para o Ceará 33,43% de
produtos e serviços. Dentre os Estados desta Região, destacam-se como maiores
vendedores para o Estado: Pernambuco (11,54%), Bahia (6,82%), Maranhão (3,98%) e
Paraíba (3,84%).
A terceira Região que mais exportou para o Ceará foi a Região Sul (11,78%), com
destaque para os dois principais Estados que foram responsáveis por esse desempenho:
Rio Grande do Sul (5,40%) e Santa Catarina (3,31%).
As Regiões Norte e Centro-Oeste tiveram participações menores em relação às
outras Regiões, 6,38% e 3,86%, respectivamente, destacando-se os Estados do Amazonas,
que vendeu 3,70% e Goiás que exportou 2,11%.
Pela ótica do saldo da balança comercial do Ceará com o conjunto das regiões do
Brasil, observa-se que ocorreu déficit no saldo no valor de R$ 5.807.262.985 em 2006.
Constatou-se que o saldo por regiões, isoladamente, foi superavitário para o Estado com
apenas duas regiões, Região Norte com resultado de R$ 280.219.812 e Região Nordeste
com R$ 71.401.705.
As transações comerciais do Ceará com o Amazonas, um dos principais Estados da
Região Norte em relação à corrente de comércio com o Ceará, apresentaram resultado
desfavorável para no saldo da balança comercial estadual no valor de R$ 361.590.556,
contudo, as trocas com o Estado do Pará, que também apareceu entre os principais no
fluxo de comércio dessa Região, registraram superávit na ordem de R$ 505.418.762.
Na Região Nordeste destacam-se dois Estados que mantiveram maiores fluxos de
comércio com o Ceará em 2006. Com o Estado de Pernambuco, as trocas foram
desfavoráveis para o Ceará quando foi registrado déficit no saldo da balança comercial no
valor de R$ 985.052.128, comportamento esse seguido pelo comércio com a Bahia, que
também registrou déficit no saldo (R$ 581.496.949).
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31
O maior déficit no saldo da balança comercial entre o Ceará e as regiões brasileiras,
em 2006, foi efetivado com a Região Sudeste na ordem de R$ 4.740.234.453, responsável
por 81% do total do saldo. Todos os Estados desta Região acompanharam o movimento
negativo do saldo da Região. O maior déficit foi com o Estado de São Paulo no valor de R$
3.737.613.147, seguido por Minas Gerais (R$ 538.608.279).
No comércio com a Região Sul, o Ceará registrou o segundo maior déficit no saldo
da balança comercial (R$1.233.089.503, equivalendo a 21,2% do total do saldo). Dentre os
Estados da Região, destaque para as trocas com o Rio Grande do Sul, com déficit de
R$801.785.198.
E, por último, tem-se a Região Centro-Oeste, cujo resultado das trocas com o
Estado também foram desfavoráveis para este. Neste caso, o comércio do Ceará com o
Estado de Goiás foi o que registrou maior déficit dentre os outros Estados da mesma
Região, no valor de R$ 258.226.982.
Em suma, as regiões Sudeste e Nordeste foram as que mantiveram as maiores
correntes de comércio com o Estado do Ceará em 2006, sendo que a primeira apresentou
déficit no saldo da balança comercial e a segunda registrou superávit numa proporção
menor que a primeira, o que explica o déficit no saldo da balança comercial total do Ceará
com o país como um todo. Em relação aos Estados, destaque para aqueles de maior fluxo
de comércio com o Ceará, maiores parceiros, a saber: na Região Nordeste foram
Pernambuco e Bahia; no Norte encontravam-se Amazonas e Pará; São Paulo no Sudeste;
Rio Grande do Sul na Região Sul do país e Goiás no Centro-Oeste.
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32
Tabela 11 – Fluxo de Comércio do Estado do Ceará – 2006
ESTADOS ENTRADAS (R$1000)
PART. NO TOTAL
ENTRADAS(%)
SAÍDAS (R$1000)
PART. NO TOTAL
SAÍDAS (%)
SALDO (R$1000)
PART. NO SALDO TOTAL
%
NORTE 1.455.462,78 6,38% 1.735.682,59 10,20% 280.219,81
-4,83%
RO 3.381,33 0,01% 29.345,14 0,17% 25.963,80 -0,45%
AC 187,63 0,00% 13.232,37 0,08% 13.044,74 -0,22%
AM 844.868,57 3,70% 483.278,01 2,84% -361.590,56 6,23%
RR 8.346,44 0,04% 21.826,81 0,13% 13.480,37 -0,23%
PA 473.962,21 2,08% 979.380,98 5,76% 505.418,76 -8,70%
AP 37.247,38 0,16% 132.330,66 0,78% 95.083,28 -1,64%
TO 87.469,22 0,38% 76.288,62 0,45% -11.180,59 0,19%
NORDESTE 7.628.907,56 33,43% 7.700.309,27 45,27% 71.401,71
-1,23%
RN 810.344,72 3,55% 1.516.125,51 8,91% 705.780,79 -12,15%
MA 908.644,94 3,98% 1.169.492,93 6,88% 260.847,99 -4,49%
PI 492.948,39 2,16% 1.175.181,91 6,91% 682.233,52 -11,75%
PB 876.770,04 3,84% 685.791,51 4,03% -190.978,54 3,29%
PE 2.632.064,28 11,54% 1.647.012,15 9,68% -985.052,13 16,96%
AL 249.461,16 1,09% 274.938,88 1,62% 25.477,72 -0,44%
SE 103.202,07 0,45% 257.791,36 1,52% 154.589,30 -2,66%
BA 1.555.471,97 6,82% 973.975,02 5,73% -581.496,95 10,01%
SUDESTE 10.163.662,88 44,54% 5.423.428,43 31,88% -4.740.234,45
81,63%
MG 1.145.768,85 5,02% 607.160,57 3,57% -538.608,28 9,27%
ES 368.858,02 1,62% 246.473,73 1,45% -122.384,29 2,11%
RJ 1.118.130,64 4,90% 776.501,90 4,56% -341.628,74 5,88%
SP 7.530.905,38 33,01% 3.793.292,23 22,30% -3.737.613,15 64,36%
SUL 2.688.028,20 11,78% 1.454.938,70 8,55% -1.233.089,50
21,23%
PR 699.902,12 3,07% 565.205,73 3,32% -134.696,39 2,32%
SC 755.562,24 3,31% 458.954,33 2,70% -296.607,92 5,11%
RS 1.232.563,84 5,40% 430.778,64 2,53% -801.785,20 13,81%
CENTRO-OESTE 881.357,86 3,86% 695.797,32 4,09% -185.560,55
3,20%
MS 48.091,18 0,21% 44.412,51 0,26% -3.678,66 0,06%
MT 243.054,74 1,07% 241.519,05 1,42% -1.535,69 0,03%
GO 481.908,38 2,11% 223.681,39 1,31% -258.226,98 4,45%
DF 108.303,57 0,47% 186.184,36 1,09% 77.880,79 -1,34%
BRASIL 22.817.419,29 17.010.156,30 -5.807.262,99
Fonte: SEFAZ/CE. Elaboração própria
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33
Observando o fluxo de comércio por atividade, desagregado ao nível de seção da
CNAE 2.0, é possível identificar em quais atividades o Estado do Ceará se destacou em
2006 exportando/importando para outros Estados do País (Tabela 12).
A pauta de entrada e saída do Ceará é dominada por dezoito seções de atividades,
a principal na entrada foi Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas,
que foi responsável por 55,8% das entradas no Estado em 2006, enquanto suas saídas
corresponderam apenas 23,15% do total. É Interessante mencionar que dentro dessa
seção de atividades, encontram-se os grupos que mais contribuíram para esse resultado
negativo, entre eles, pode-se citar: Comércio atacadista especializado em produtos
alimentícios, bebidas e fumo, que foi responsável por 13,51% das entradas no Ceará em
2006, Comércio atacadista de produtos de consumo não-alimentar (9,4%) e Comércio de
veículos automotores (6,54%).
A segunda seção de maior entrada no Estado foi a Indústria de transformação com
participação no total de 36%. No entanto, quando se analisam as saídas ocorridas no
mesmo período, essa seção foi responsável por cerca de 70% das saídas do Estado,
contribuindo para o valor do superávit do saldo da balança dessa seção, alcançando o
resultado positivo no valor de R$ 3.563.631.540.
Entre os principais grupos responsáveis pela saída de produtos e serviços do
Estado, encontram-se Fabricação de calçados, que participou com 13,09% do total das
saídas, Fabricação de produtos derivados do petróleo (com 8,08%), Confecção de artigos
do vestuário e acessórios (6,16%) e Tecelagem, exceto malha (5,77%).
Outras três seções registraram superávits no Estado, numa proporção menor, no
saldo da balança comercial. A primeira foi Indústria extrativa, com saldo no valor de R$
30.150.392, seguido por Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e
descontaminação (R$ 5.133.227) e Transporte, armazenagem e correio (R$ 515.921.546).
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34
Tabela 12 – Balança comercial interestadual das transações, segundo suas principais atividades econômicas - Ceará – 2006
SEÇÕES E GRUPOS Saída
Interestadual (R$1000)
Part. nas saídas
(%)
Entrada Interestadual
(R$1000)
Part. nas entr. (%)
Saldo (R$1000)
Part. no saldo (%)
AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 161.354,30 0,95% 328.608,17 1,44% -167.253,88 2,88%
INDÚSTRIAS EXTRATIVAS 57.561,54 0,34% 27.411,14 0,12% 30.150,39 -0,52%
INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 11.870.681,35 69,79% 8.307.049,82 36,41% 3.563.631,54 -61,37%
ELETRICIDADE E GÁS 62.536,44 0,37% 700.490,92 3,07% -637.954,48 10,99% ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO 7.417,48 0,04% 2.284,25 0,01% 5.133,23 -0,09%
CONSTRUÇÃO 36.563,41 0,21% 164.813,29 0,72% -128.249,88 2,21% COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS 3.937.322,35 23,15% 12.747.347,86 55,87% -8.810.025,50 151,71%
TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO 698.681,90 4,11% 182.760,35 0,80% 515.921,55 -8,88%
ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO 5.397,28 0,03% 40.495,28 0,18% -35.098,00 0,60%
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 164.434,68 0,97% 276.519,73 1,21% -112.085,05 1,93%
ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS - 0,00% 391,95 0,00% -391,95 0,01%
ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS 33,10 0,00% 109,59 0,00% -76,49 0,00%
ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS 35,91 0,00% 1.147,42 0,01% -1.111,51 0,02%
ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES 2.784,51 0,02% 28.266,74 0,12% -25.482,23 0,44%
EDUCAÇÃO - 0,00% 104,09 0,00% -104,09 0,00%
SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS - 0,00% 1.130,72 0,00% -1.130,72 0,02%
ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO - 0,00% 283,32 0,00% -283,32 0,00%
OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS 5.352,05 0,03% 8.204,63 0,04% -2.852,58 0,05%
Fonte: SEFAZ/CE. Elaboração própria
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35
2.1.1 Fluxos de comércio interestadual por atividades econômicas
A análise, nesta seção, abordará as transações comerciais que o Ceará estabeleceu
com os Estados que mantiveram maior fluxo de comércio em cada Região, seja das
entradas ou saídas, a fim de verificar quais grupos de atividades foram importantes para
nas trocas efetuadas entre o Estado do Ceará e os principais Estados parceiros (Tabela 13).
Na Região Norte, ao se observarem as entradas ocorridas no Estado, cuja origem
foi o Estado do Amazonas, percebe-se que 45,72% delas corresponderam à seção
Indústria de transformação, sendo alavancadas, por sua vez, pelas entradas de produtos
pertencentes aos grupos Fabricação de Bebidas não-alcoólicas, responsável por 24,04%
do total de entradas daquele Estado no Ceará, seguido por Fabricação de produtos
derivados do petróleo (8,12%), Fabricação de produtos de material plásticos (6,28%) e
Fabricação de bebidas alcoólicas (2,62%). As entradas, com relação à seção Comércio,
dessa origem, corresponderam a 53,58% do total das entradas vindas deste Estado.
O Estado do Pará, segundo Estado da Região Norte que se destaca entre os
principais vendedores para o Ceará, exportou para este Estado 40,74% de produtos da
seção Indústria de transformação, entre eles estavam aqueles referentes aos grupos
Bebidas alcoólicas (12,28%), Fabricação de produtos diversos de papel (5,2%) e Fabricação
de móveis (2,79%). O restante das entradas foi devido à seção Comércio, responsável por
54,46% das entradas do Estado do Pará.
Os dois principais Estados exportadores da Região Nordeste para o Ceará foram
Pernambuco e Bahia. O primeiro, Pernambuco exportou para o Ceará parcela de 23,68%
correspondente à Indústria de transformação, puxados por produtos dos grupos
Fabricação de bebidas alcoólicas (3,49%), Fabricação de produtos derivados do petróleo
(2,73%) e Fabricação de bebidas não-alcoólicas (2,14%). Já a seção Comércio foi
responsável por 65,13% das entradas de Pernambuco no Estado do Ceará.
Do total das entradas no Ceará oriundas da Bahia, 60,21% pertencem à seção
Indústria de Transformação, puxados pelos produtos dos grupos Fabricação de produtos
-
36
derivados do petróleo (19,13%), Fabricação de calçados (7,65%), Preparação e fiação de
fibras têxteis (6,58%) e Tecelagem, exceto de malha (2,37%). A seção Comércio desse
Estado foi responsável por 37,23% das entradas no Ceará.
O Estado de São Paulo, representante da Região Sudeste como maior vendedor
para o Ceará, exportou para este Estado, em 2006, 31% do valor total em produtos da
Indústria de transformação, pautados, principalmente, em Fabricação de calçados
(4,34%), Fabricação de eletrodomésticos (3,33%), Fabricação de produtos derivados de
petróleo (1,45%), Tecelagem, exceto malha (1,45%). No entanto, o grande percentual de
entrada deste Estado foi devido à seção Comércio, com 63%.
Na Região Sul, tem-se o Rio Grande do Sul como o principal Estado vendedor para
o Ceará, sendo que do total vindo daquele Estado em 2006, 42,89% correspondeu a
produtos que têm como origem a Indústria de Transformação, principalmente aqueles
pertencentes aos grupos Fabricação de calçados (27,64%), Moagem, fabricação de
produtos amiláceos (2,57%) e Fabricação de produtos de material plástico (1,91%). A
seção de Comércio desse Estado foi responsável por 52,25% das entradas no Ceará em
2006.
As vendas do Estado de Goiás para o Ceará foram predominantemente da seção
Comércio, responsável por mais de 71,28% do total, cabendo à seção Indústria de
Transformação apenas 18,96% das entradas, isso devido a produtos de indústrias como
Moagem, fabricação de produtos amiláceos (5,16%), Tecelagem, exceto de malha (3,44%)
e Preparação e fiação de fibras têxteis (3,39%).
-
37
Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006
(R$)
SEÇÕES E GRUPOS
NORTE
AC PA AM AP RO RR TO
AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 0,00 5.985.920,08 63.585,31 - 3.586,35 420,00 5.500.940,89
INDÚSTRIAS EXTRATIVAS 0,00 9.867,40 - - - - -
INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 98.785,75 193.095.874,85 386.254.888,28 35.893.850,59 1.849.372,64 5.796.446,69 31.976.166,93
FABRICAÇÃO DE CONSERVAS DE FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGETAIS 25.768,24 4.207.130,76 1.278.273,77 2.865,22 - 5.161,50 76.490,85
LATICÍNIOS - 545.818,50 3.425,20 - 3.504,90 - 251.550,00
MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS - 3.844.035,10 188.238,26 10.215,55 9.547,77 - 14.709.976,00
TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ - 265.611,86 49.145,02 8.143,52 - - 1.451.105,92
FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS - 10.386.902,24 83.593,72 2.514,60 5.662,77 182.525,60 323.396,21
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS - 58.197.755,50 22.101.136,60 34.237.448,09 - 137.760,00 5.083.942,99
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS - 2.033.311,12 203.133.675,63 - - 3.330,40 -
PREPARAÇÃO E FIAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS - 40.422,54 245.206,09 - - - -
TECELAGEM, EXCETO MALHA - 60.562,58 81.299,79 10.121,82 8.912,64 - 906,42
CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO - 10.369.484,77 188.613,94 - 1.480.460,91 5.153.230,29 7.447.368,93
FABRICAÇÃO DE CALÇADOS 41.322,77 1.512.612,85 719.333,72 28.461,90 115.592,79 6.063,07 648.534,33
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS DE PAPEL, CARTOLINA, PAPEL-CARTÃO E PAPELÃO ONDULADO - 24.633.067,73 46.573,46 - - - -
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEO - 3.704.856,27 68.626.698,74 - - - -
FABRICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E DESINFESTANTES DOMISSANITÁRIOS - - - - - - -
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MATERIAL PLÁSTICO - 570.943,47 53.061.134,62 - - - 3.603,29
SIDERURGIA - 9.776.379,55 4.339.348,69 206.476,77 - 138.116,86 26.513,08
FABRICAÇÃO DE ELETRODOMÉSTICOS - 651.266,24 2.368.069,04 23.706,29 2.522,41 16.640,99 15.561,92
FABRICAÇÃO DE MÓVEIS 300,00 13.212.813,45 96.986,13 - 9.987,50 - 3.128,40
DEMAIS GRUPOS 31.394,74 49.082.900,32 29.644.135,86 1.363.896,83 213.180,95 153.617,98 1.934.088,59
DEMAIS ATIVIDADES 9.425,46 16.768.368,98 5.884.349,02 43.969,17 46.372,19 12.168,70 2.848.480,81
COMÉRCIO 79.418,45 258.102.181,07 452.665.742,75 1.309.560,47 1.482.002,27 2.537.405,47 47.143.626,86
TOTAL 187.629,66 473.962.212,38 844.868.565,36 37.247.380,23 3.381.333,45 8.346.440,86 87.469.215,49
-
38
Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs (continuação)
SEÇÕES E GRUPOS NORTE
AC PA AM AP RO RR TO
AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 0,00% 1,26% 0,01% 0,00% 0,11% 0,01% 6,29%
INDÚSTRIAS EXTRATIVAS 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 52,65% 40,74% 45,72% 96,37% 54,69% 69,45% 36,56%
FABRICAÇÃO DE CONSERVAS DE FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGETAIS 13,73% 0,89% 0,15% 0,01% - 0,06% 0,09%
LATICÍNIOS - 0,12% 0,00% - 0,10% - 0,29%
MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS - 0,81% 0,02% 0,03% 0,28% - 16,82%
TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ - 0,06% 0,01% 0,02% - - 1,66%
FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS - 2,19% 0,01% 0,01% 0,17% 2,19% 0,37%
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS - 12,28% 2,62% 91,92% - 1,65% 5,81%
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS - 0,43% 24,04% - - 0,04% -
PREPARAÇÃO E FIAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS - 0,01% 0,03% - - - -
TECELAGEM, EXCETO MALHA - 0,01% 0,01% 0,03% 0,26% - 0,00%
CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO - 2,19% 0,02% - 43,78% 61,74% 8,51%
FABRICAÇÃO DE CALÇADOS 22,02% 0,32% 0,09% 0,08% 3,42% 0,07% 0,74%
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS DE PAPEL, CARTOLINA, PAPEL-CARTÃO E PAPELÃO ONDULADO - 5,20% 0,01% - - - -
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEO - 0,78% 8,12% - - - -
FABRICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E DESINFESTANTES DOMISSANITÁRIOS - - - - - - -
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MATERIAL PLÁSTICO - 0,12% 6,28% - - - 0,00%
SIDERURGIA - 2,06% 0,51% 0,55% - 1,65% 0,03%
FABRICAÇÃO DE ELETRODOMÉSTICOS - 0,14% 0,28% 0,06% 0,07% 0,20% 0,02%
FABRICAÇÃO DE MÓVEIS 0,16% 2,79% 0,01% - 0,30% - 0,00%
DEMAIS GRUPOS 16,73% 10,36% 3,51% 3,66% 6,30% 1,84% 2,21%
DEMAIS ATIVIDADES 5,02% 3,54% 0,70% 0,12% 1,37% 0,15% 3,26%
COMÉRCIO 42,33% 54,46% 53,58% 3,52% 43,83% 30,40% 53,90%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
-
39
Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs (continuação) (R$)
SEÇÕES E GRUPOS NORDESTE
AL BA MA PB PE SE PI RN
AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 3.146.239,08 20.497.232,94 3.802.134,35 4.634.630,75 36.730.409,54 938.294,87 45.768.792,90 58.819.403,62
INDÚSTRIAS EXTRATIVAS - 723.185,19 344.243,08 2.284.674,75 1.594.871,81 100.000,00 522.853,29 3.710.373,29
INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 124.882.799,96 936.600.800,20 352.216.358,11 255.306.469,84 623.212.349,05 42.993.912,96 225.066.565,86 442.407.058,64
FABRICAÇÃO DE CONSERVAS DE FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGETAIS 7.326.705,19 19.313.636,23 13.614.922,56 18.962.165,06 48.813.198,27 11.288.884,40 36.523.277,48 7.945.568,34
LATICÍNIOS 1.301.877,85 2.624.662,54 890.029,25 1.476.873,04 7.433.103,43 456.206,21 806.985,03 892.363,37 MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS 1.522.454,79 23.352.367,96 4.674.408,99 11.050.838,49 24.228.620,04 2.189.511,94 29.402.927,18 7.013.482,08
TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ 230.858,13 10.796.471,20 1.297.005,13 513.708,57 448.386,49 103.664,73 979.088,05 19.625.412,49
FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 9.256.568,77 22.099.144,22 1.779.487,91 15.776.738,47 19.677.222,57 279.664,81 6.813.756,01 5.727.758,28
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS 3.879.858,69 16.303.504,22 66.664.886,87 72.972.151,27 91.877.001,89 18.507,75 60.566.357,11 71.856.175,56
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS 17.413.248,86 21.035.560,10 17.590,86 13.363.599,40 56.250.748,58 3.881,30 17.462.511,71 26.961.249,42
PREPARAÇÃO E FIAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS 8.237.670,77 102.352.931,96 681.411,15 5.199.709,06 8.211.316,62 144.828,20 4.232.723,40 5.298.568,37
TECELAGEM, EXCETO MALHA 1.941.636,66 36.895.864,20 6.177.908,23 2.569.262,36 10.955.080,89 19.723,72 480.598,39 108.803.000,06
CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO 182.400,00 8.604.139,80 8.567.227,09 1.624.283,80 9.404.702,16 525.424,86 2.849.391,49 1.865.472,75