Jair - NT 04 - CEjairdoamaralfilho.ecn.br/wp-content/uploads/2009/03/Site... · 2017. 7. 23. · O...

376
1 P r o j e t o Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste N o t a T é c n i c a 0 4 Análise do Balanço de Pagamentos do Estado e a Importância dos APLs no Fluxo de Comércio Ceará www.politicaapls.redesist.ie.ufrj.br www.redesist.ie.ufrj.br

Transcript of Jair - NT 04 - CEjairdoamaralfilho.ecn.br/wp-content/uploads/2009/03/Site... · 2017. 7. 23. · O...

  • 1

    Projeto AAnnááll iissee ddoo MMaappeeaammeennttoo ee ddaass PPooll íítt iiccaass ppaarraa

    AArrrraannjjooss PPrroodduutt iivvooss LLooccaaiiss nnoo NNoorrttee,, NNoorrddeessttee ee MMaattoo GGrroossssoo ee ddooss IImmppaaccttooss

    ddooss GGrraannddeess PPrroojjeettooss FFeeddeerraaiiss nnoo NNoorrddeessttee

    Nota Técnica 04

    Análise do Balanço de Pagamentos do Estado e a Importância dos APLs no Fluxo de Comércio

    Ceará

    www.politicaapls.redesist.ie.ufrj.br

    www.redesist.ie.ufrj.br

  • 2

    Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste

    Nota Técnica 04

    ANÁLISE DO BALANÇO DE PAGAMENTOS DO ESTADO E A IMPORTÂNCIA DOS APLs NO FLUXO DE COMÉRCIO

    Ceará

    Equipe Estadual

    Coordenador: Prof. Dr. Jair do Amaral Filho

    Pesquisadores: Prof. Dra. Maria Cristina Pereira de Melo

    Keuler Hissa Teixeira

    Francisco Laércio Pereira Braga

    Estagiários: Felipe Cavalcante Coelho

    Daniel Cavalcante Queiroz de Lima

    Daiane Marques da Silva

    Luís Henrique Pompeu de Vaconcelos Melo

    Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSist

    Coordenadora: Valdênia Apolinário

    Maria Lussieu da Silva Thaís de Miranda Moreira

  • 3

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 6

    1. ESTRUTURA ECONÔMICA ESTADUAL E IMPORTÂNCIA DOS APLS .................................................... 8

    1.1 REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA ........................................................................................ 15 1.2 NORTE CEARENSE .............................................................................................................................. 17 1.3 NOROESTE CEARENSE ........................................................................................................................ 19 1.4 SERTÕES CEARENSES ......................................................................................................................... 21 1.5 JAGUARIBE ......................................................................................................................................... 22 1.6 CENTRO SUL CEARENSE ..................................................................................................................... 25 1.7 SUL CEARENSE .................................................................................................................................... 27

    2. A BALANÇA COMERCIAL DOS ESTADOS (BCE) ................................................................................ 29

    2.1 FLUXOS DE COMÉRCIO INTERESTADUAIS ......................................................................................... 29 2.1.1 FLUXOS DE COMÉRCIO INTERESTADUAIS POR ATIVIDADES ECONÔMICAS ....................................................... 35 2.2 FLUXO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL DO ESTADO DO CEARÁ EM 2006 ........................................ 74 2.2.1 GRUPOS DE ATIVIDADES RESPONSÁVEIS POR 90% DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES CEARENSES EM 2006 ..... 78 2.2.2 PAUTA DE EXPORTAÇÃO MUNICIPAL DO ESTADO DO CEARÁ EM 2006 ....................................................... 103 2.2.3 DESTINO DAS EXPORTAÇÕES MUNICIPAIS EM 2006 ................................................................................ 115 2.3 FLUXO DE COMÉRCIO TOTAL ........................................................................................................... 118

    3. A IMPORTÂNCIA DOS APLS NO FLUXO DE COMÉRCIO DO ESTADO ............................................... 128

    3.1 APLS COM ATIVIDADES FORMALIZADAS......................................................................................... 128 3.1.1 APL DE CALÇADOS ........................................................................................................................... 128 3.1.2 APL DE CARCINICULTURA .................................................................................................................. 129 3.1.3 APL DE MÓVEIS .............................................................................................................................. 129 3.1.4 APL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ............................................................................................... 130 3.1.5 APL DE TURISMO ............................................................................................................................ 130 3.1.6 APL DE FLORES ............................................................................................................................... 131 3.2 APLS COM ATIVIDADES PARCIALMENTE FORMALIZADAS .............................................................. 131 3.2.1 APL DE FRUTICULTURA IRRIGADA ....................................................................................................... 131 3.2.2 APL DE REDES DE DORMIR ................................................................................................................ 132 3.2.3 APL DE JÓIAS FOLHEADAS ................................................................................................................. 133 3.2.4 APL DE CERÂMICA VERMELHA ............................................................................................................ 134 3.2.5 APL DE DERIVADOS DA CAJUCULTURA ................................................................................................. 134 3.2.6 APL DE CONFECÇÕES ........................................................................................................................ 135 3.2.7 APL DE CACHAÇA ............................................................................................................................. 135 3.2.8 APL DE CAFÉ ECOLÓGICO ................................................................................................................... 135 3.2.9 APL DE PEDRAS ORNAMENTAIS .......................................................................................................... 136 3.2.10 APL DE METAL-MECÂNICA ............................................................................................................ 137 3.3 APLS COM ATIVIDADES NÃO-FORMALIZADAS ................................................................................ 138 3.3.1 APL DE ARTESANATO ....................................................................................................................... 138 3.3.2 APL DE OVINOCAPRINOCULTURA ........................................................................................................ 138 3.3.3 APL DE APICULTURA ......................................................................................................................... 139 3.3.4 APL DE DERIVADOS DO LEITE ............................................................................................................. 140

    CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 141

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 147

    ANEXOS ............................................................................................................................................. 148

  • 4

    ANEXO 1 – BALANÇA COMERCIAL INTERESTADUAL DAS TRANSAÇÕES, SEGUNDO ATIVIDADES ECONÔMICAS CEARÁ - 2006 ...................................................................................................................... 148 ANEXO 2 – FLUXO DAS ENTRADAS, POR ESTADO, DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DOS APLS - CEARÁ – 2006 ........................................................................................................................................................... 157 ANEXO 3 – FLUXO DAS SAÍDAS, POR ESTADO, DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DOS APLS - CEARÁ - 2006.............................................................................................................................................. 237 ANEXO 4 – SALDO DAS TRANSAÇÕES, POR ESTADO, DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DOS APLS - CEARÁ - 2006 ........................................................................................................................................................... 287 ANEXO 5 – EXPORTAÇÕES - CEARÁ - 2006 .................................................................................................. 318 ANEXO 6 – IMPORTAÇÕES - CEARÁ - 2006 ................................................................................................. 332 ANEXO 7 – BALANÇA COMERCIAL TOTAL DAS TRANSAÇÕES, SEGUNDO ATIVIDADES ECONÔMICAS – CEARÁ - 2006 ......................................................................................................................................................... 357 ANEXO 8 – BALANÇA COMERCIAL TOTAL DAS TRANSAÇÕES, SEGUNDO ATIVIDADES ECONÔMICAS – CEARÁ - 2006 ......................................................................................................................................................... 370

  • 5

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 – PIB a preços correntes – 2003 a 2006 ................................................................... 8 Tabela 2 – Renda per capita – 2003 a 2006 ........................................................................... 8 Tabela 3 - Composição do Valor Adicionado do Estado do Ceará – 2006 ............................. 9 Tabela 4 – Empregos e Empresas da Região Metropolitana de Fortaleza – 2008 ............... 15 Tabela 5 – Empregos e Empresas da Região Norte do Ceará – 2008................................... 18 Tabela 6 – Empregos e Empresas do Noroeste Cearense – 2008 ........................................ 20 Tabela 7 – Empregos e Empresas dos Sertões Cearenses – 2008 ....................................... 21 Tabela 8 – Empregos e Empresas da Região do Jaguaribe – 2008 ....................................... 23 Tabela 9 – Empregos e Empresas do Centro-Sul Cearense – 2008 ...................................... 26 Tabela 10 – Empregos e Empresas do Sul Cearense – 2008 ................................................ 28 Tabela 11 – Fluxo de Comércio do Estado do Ceará – 2006 ................................................ 32 Tabela 12 – Balança comercial interestadual das transações, segundo suas principais atividades econômicas - Ceará – 2006 ................................................................................ 34 Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006 ............................................................................................................. 37 Tabela 14 – Fluxo das saídas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006 ......................................................................................................................... 49 Tabela 15 – Saldo das Transações, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006 ............................................................................................................. 69 Tabela 16 – Participação nas Exportações e Saldo da Balança Comercial – BR, NE, CE – 2000 a 2006 .......................................................................................................................... 75 Tabela 17 – Índice de Concentração das Exportações e Importações – Ceará - 2006 ......... 76 Tabela 18 – Principais Municípios Exportadores – Ceará - 2006 ......................................... 76 Tabela 19 – Principais Municípios Importadores – Ceará - 2006 ......................................... 77 Tabela 20 – Balança Comercial dos Principais Municípios com maiores Superávit e Déficit - 2006 ...................................................................................................................................... 77 Tabela 21 – Balança Comercial Internacional das transações do Estado do Ceará, segundo suas principais atividades econômicas - 2006 ...................................................................... 80 Tabela 22 – Participação das Classes nos Grupos que respondem por 90% das Exportações – Ceará - 2006 ....................................................................................................................... 86 Tabela 23 – Subclasses dos Grupos que respondem por 90% das Exportações – Ceará - 2006 ...................................................................................................................................... 89 Tabela 24 – Participação das Classes nos grupos que respondem por 90% das Importações – Ceará - 2006 ....................................................................................................................... 94 Tabela 25 – Subclasses dos grupos que respondem por 90% das Importações – Ceará - 2006 ...................................................................................................................................... 98 Tabela 26 – Exportações por Classe – Fortaleza - 2006 ..................................................... 106 Tabela 27 – Exportações por Classe – Maracanaú - 2006 .................................................. 106 Tabela 28 – Exportações por Classe – Cascavel - 2006 ...................................................... 107 Tabela 29 – Exportações por Classe – Sobral - 2006 .......................................................... 107 Tabela 30 – Exportações por Classe – Itapagé - 2006 ........................................................ 107 Tabela 31 – Exportações por Classe – Aracati - 2006 ......................................................... 108

  • 6

    Tabela 32 – Exportações por Classe – Horizonte - 2006 .................................................... 108 Tabela 33 – Exportações por Classe - Quixeramobim – 2006 ........................................... 108 Tabela 34 – Exportações por Classe – Quixeré - 2006 ....................................................... 109 Tabela 35 – Exportações por Classe – Caucaia - 2006 ........................................................ 109 Tabela 36 – Exportações por Classe – Juazeiro do Norte - 2006........................................ 109 Tabela 37 – Exportações por Classe – Uruburetama - 2006 .............................................. 109 Tabela 38 – Exportações por Classe – Camocim - 2006 ..................................................... 110 Tabela 39 – Exportações por Classe – Itarema - 2006........................................................ 110 Tabela 40 – Importação por Classe – Fortaleza - 2006 ...................................................... 112 Tabela 41 – Importação por Classe – Caucaia - 2006 ......................................................... 112 Tabela 42 – Importação por Classe – Maracanaú - 2006 ................................................... 113 Tabela 43 – Importação por Classe – Horizonte - 2006 ..................................................... 113 Tabela 44 – Destino das Vendas Externas dos Principais Municípios Exportadores - 2006 ............................................................................................................................................ 116 Tabela 45 – Destino das Exportações Municipais - 2006 ................................................... 117 Tabela 46 – Balança comercial total das transações, segundo principais atividades econômicas - Ceará - 2006 ................................................................................................. 122

    LISTA DE MAPAS

    Mapa 1 – Mesorregião Metropolitana de Fortaleza ............................................................ 15 Mapa 2 – Mesorregião Norte Cearense ............................................................................... 17 Mapa 3 – Mesorregião Noroeste Cearense ......................................................................... 19 Mapa 4 – Mesorregião Sertões Cearenses ........................................................................... 21 Mapa 5 – Mesorregião do Jaguaribe .................................................................................... 23 Mapa 6 – Mesorregião Centro-Sul Cearense ....................................................................... 25 Mapa 7 – Mesorregião do Sul Cearense............................................................................... 27 Mapa 8 – Localização Municipal das Exportações do Estado do Ceará em 2006 .............. 114

  • 6

    INTRODUÇÃO

    Entender a economia cearense e suas relações com outras regiões e o mundo foi o

    objetivo principal desta nota técnica. O Comércio Internacional mostra-se como

    importante instrumento para medir a competitividade da economia local, que no caso do

    Estado do Ceará, tanto as grandes empresas são responsáveis por esse comércio de

    produtos e serviços, quanto os Arranjos Produtivos Locais (APLs). Por outro lado, a

    demanda por insumos e matérias-primas também é constante, intensificando essa relação

    com o resto do país e do mundo.

    Antes de entrar no real escopo da balança comercial, foi necessário construir um

    capítulo inicial aprofundando o conhecimento sobre a estrutura da economia cearense.

    Para tanto, realizou-se um levantamento dos principais indicadores do Ceará (PIB, PIB per

    capita, Valor Adicionado, População), comparando-os ao Brasil e Nordeste. Além deste,

    buscou-se realizar breve histórico sobre os principais investimentos produtivos realizados

    ao longo das últimas décadas e a política de incentivos fiscais como fatores determinantes

    para a competitividade do Ceará. Um olhar pormenorizado das mesorregiões do Ceará

    também foi feito, enfocando as atividades responsáveis pela geração de emprego regional

    e a participação dos APLs lá localizados.

    Feito tal introdutório, o Capítulo 2 se propôs a detalhar e analisar a Balança

    Comercial do Ceará, não só em nível internacional, mas também enfocando aspectos do

    comércio interestadual. Para tanto, foi realizado um levantamento minucioso das

    principais demandas de produtos cearenses e quem foram os Estados ou países que mais

    compraram produtos e serviços. Os dados foram obtidos junto à Secretaria da Fazenda do

    Estado do Ceará, Instituto de Pesquisa Econômica do Ceará - IPECE, Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatística - IBGE e Ministério da Indústria e Comércio - MDIC.

    O último capítulo foi destinado a analisar a balança comercial dos APLs cearenses,

    a partir do conhecimento tácito adquirido pelos pesquisadores e das relações de troca

  • 7

    expressas no capítulo 2. Identificaram-se os principais locais de origem das matérias-

    primas e insumos, bem como o destino final dos produtos e serviços finais,

    independentemente do grau de formalização das atividades. Os APLs selecionados foram

    aqueles mais representativos da economia do Ceará, tal como Calçados, Confecções,

    Artesanato, Fruticultura, Ovinocaprinocultura, dentre outros.

    Por fim, o trabalho segue com as Considerações Finais desta Nota Técnica, seguida

    do referencial bibliográfico consultado e anexos.

  • 8

    1. ESTRUTURA ECONÔMICA ESTADUAL E IMPORTÂNCIA DOS APLs

    O Estado do Ceará é a 3ª maior economia do Nordeste e apresenta um PIB de R$

    46,3 bilhões e Renda per capita de R$ 5.636, em 2006, equivalente a 44,4% da renda per

    capita nacional, de R$ 12.688.

    Tabela 1 – PIB a preços correntes – 2003 a 2006 R$ (1.000.000)

    2003 2004 2005 2006

    Brasil 1.699.948 1.941.498 2.147.235 2.369.797

    Nordeste 217.037 247.043 280.545 311.175

    Ceará 32.565 36.866 40.935 46.310

    Participação %

    NE/BR 12,77% 12,72% 13,07% 13,13%

    CE/NE 15,00% 14,92% 14,59% 14,88%

    CE/BR 1,92% 1,90% 1,91% 1,95%

    Fonte: IBGE/DCN/2008

    Tabela 2 – Renda per capita – 2003 a 2006 R$ (1,00)

    2003 2004 2005 2006

    Brasil 9.498 10.692 11.658 12.688

    Nordeste 4.355 4.899 5.499 6.029

    Ceará 4.145 4.622 5.055 5.636

    Participação (%)

    NE/BR 45,85% 45,82% 47,17% 47,52%

    CE/NE 95,18% 94,35% 91,93% 93,48%

    CE/BR 43,64% 43,23% 43,36% 44,42%

    Fonte: IBGE/DCN/2008.

    Dentre as atividades que mais contribuem para crescimento do PIB cearense estão

    a Administração Pública, Comércio e Indústria de Transformação, que juntos

    representavam quase 50% do Valor Adicionado Bruto no ano 2006. O valor adicionado,

    por sua vez, representa o valor que a atividade econômica acrescenta aos bens e serviços

  • 9

    consumidos no seu processo produtivo, sendo obtida pela diferença entre o valor de

    produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. Veja os dados

    completos na tabela e gráfico a seguir.

    Tabela 3 - Composição do Valor Adicionado do Estado do Ceará – 2006

    ATIVIDADES Valor

    Adicionado (R$ milhão)

    Participação no VA total

    (%)

    Agricultura, silvicultura e exploração florestal 2.070 5,1%

    Pecuária e pesca 893 2,2%

    Indústria extrativa mineral 325 0,8%

    Indústrias de transformação 5.034 12,4%

    Construção 1.949 4,8%

    Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 2.273 5,6%

    Comércio e serviços de manutenção e reparação 5.846 14,4%

    Serviços de alojamento e alimentação 853 2,1%

    Transportes, armazenagem e correio 1.624 4,0%

    Serviços de informação 1.299 3,2%

    Intermediação financeira, seguros e previdência completamentar 2.111 5,2%

    Serviços prestados às famílias e associativos 934 2,3%

    Serviços prestados às empresas 1.461 3,6%

    Atividades imobiliárias e aluguel 3.491 8,6%

    Administração, saúde e educação públicas 8.566 21,1%

    Saúde e educação mercantis 1.177 2,9%

    Serviços domésticos 690 1,7%

    Total 40.596 100,0%

    Fonte: IBGE/DCN/2008

  • 10

    Gráfico 1 – Atividades que mais contribuem para o Valor Adicionado Bruto – Ceará – 2006

    Como se sabe, a economia cearense experimentou, nos últimos vinte cinco anos,

    crescimento razoável comparado aos crescimentos do Nordeste e do Brasil. A título de

    ilustração, entre 2002 e 2005 a economia cearense cresceu 9,3%, em uma média de 3,1%

    a.a., próxima, portanto, da média nacional de 3,2% no mesmo período.

    O bom desempenho nas duas últimas décadas deveu-se a duas razões. Em

    primeiro lugar, graças ao baixo desempenho das economias do Sul e do Sudeste,

  • 11

    especialmente da economia paulista, por causa da recessão prolongada que atravessou o

    País nos anos 1980 e 1990. Isso afetou sensivelmente a locomotiva da economia nacional.

    Em segundo lugar, observou-se no Ceará, desde 1987, uma sucessão de inovações

    em nível das políticas públicas estaduais que resultou em estímulos para o crescimento

    local. Exemplo disso foram os ajustes fiscais e financeiros que geraram poupança pública e

    proporcionaram realizações de investimentos na infra-estrutura, em parceria com o

    governo federal, Banco Mundial e Banco Interamericano. No bojo dessas realizações

    aconteceram o Porto do Pecém e a construção do Açude Castanhão, acompanhado de

    melhorias do sistema estadual dos recursos hídricos. Hoje, parece não haver dúvidas de

    que esses dois equipamentos são as duas principais âncoras de atração de investimentos

    para o Estado.

    Durante a década de 1990, e início da década de 2000, empresas do Sul e Sudeste,

    principalmente intensivas em mão-de-obra, subiram para o Nordeste a procura de uma

    reserva de competitividade, já que foram constrangidas pela abertura comercial e pela

    concorrência asiática, ou chinesa, nos mercados internacionais. No Ceará, assim como em

    outras partes do Nordeste, encontraram mão-de-obra abundante e barata, infra-estrutura

    e incentivos fiscais, estes hoje banalizados por certa homogeneização provocada pela

    generalização da sua oferta pelos estados da federação. Aqui as empresas encontraram

    também boa localização geográfica em relação aos mercados americano e europeu.

    Nessas condições, a economia cearense assistiu a uma diversificação da estrutura

    produtiva industrial. As empresas do segmento de alimentos e confecções se instalaram

    por todo o território cearense, bem como as de couro e calçados. As empresas incentivas

    do setor metal-mecânico, por sua vez, ficaram próximas à região metropolitana de

    Fortaleza, com destaque para Caucaia. A indústria têxtil, com tradição local, também

    expandiu sua capacidade se beneficiando dos incentivos fiscais, concentrando-se também

    na região metropolitana de Fortaleza, especificamente no Distrito Industrial de

    Maracanaú. Esses investimentos se voltaram tanto para o mercado nacional como

    internacional, provocando transformações estruturais na pauta de exportação cearense.

  • 12

    Na esteira dessa expansão se agregaram investimentos ocorridos nas áreas do

    turismo, cultivo de camarão e fruticultura, sem o apoio pesado dos incentivos fiscais, mas

    alavancados por empréstimos do Banco do Nordeste do Brasil e pelo empreendedorismo

    empresarial. Os investimentos turísticos se concentraram prioritariamente na orla

    marítima, enquanto que o cultivo de camarão ficara às margens da foz do Rio Jaguaribe e

    Rio Acaraú. A fruticultura ocupou espaços próximos aos perímetros irrigados da Chapada

    do Apodi, Vale do Curu – Paraipaba e Vale do Acaraú.

    Entretanto, o movimento de expansão da capacidade instalada industrial perdeu

    seu ímpeto na segunda metade dos anos 2000, momento em que a política estadual de

    incentivos fiscais viu sua força declinar, como mecanismo de atração. A partir desse

    período, tal política passou a atender, em grande parte, empresas de origem local. Nesse

    contexto, chama atenção a frustração causada pelas empresas calçadistas, ou montadoras

    de calçados, atraídas para o Estado, já que as mesmas não conseguiram induzir um

    processo de adensamento da cadeia produtiva por conta própria, deixando em seus

    territórios de origem seus fornecedores. Entretanto, isto não anula sua importância como

    fonte vigorosa de geração de empregos formais, sobretudo no interior do Estado.

    Somente no município de Sobral a empresa Grendene oferece cerca de 15.000,

    responsáveis por uma grande massa salarial que irriga todos os meses a economia de

    Sobral e municípios vizinhos. Outras empresas do ramo calçadista que chegaram ao Ceará

    por, meio dos incentivos fiscais, têm participação relevante na economia local, como por

    exemplo: em Quixeramobim com a empresa Aniger Calçados, em Russas e Iguatu com a

    Dakota Calçados, em Senador Pompeu com a Senador Pompeu Calçados e em Itapajé com

    a Disport Nordeste Calçados.

    Pode-se dizer que a estratégia de alavancagem de investimentos para o Ceará, com

    base em incentivos fiscais e mão-de-obra barata, encontrou seu ponto de inflexão,

    caminhando para o esgotamento. A persistente generalização dos incentivos entre os

    estados da federação e a redução das intervenções federais no Estado, entre 2003 e 2006,

    contribuiram para a exposição desse problema. Se esta hipótese estiver correta há que se

    pensar em uma nova estratégia de atração de investimentos, mas que esteja inserida

  • 13

    dentro de um novo modelo de desenvolvimento para a economia do Estado; mas

    também, que esteja associado a uma nova política federal de desenvolvimento regional,

    francamente favorável à correção dos desequilíbrios estruturais regionais. Os projetos

    estruturantes vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a exemplo da

    Transposição do Rio São Francisco, da Transnordestina etc., são, sem alguma dúvida,

    positivos, entretanto estão desvinculados de uma política federal explícita de

    desenvolvimento regional para o Nordeste e o Ceará, em particular.

    O Porto do Pecém pode ser uma boa alavanca de investimento, desde que

    completadas suas bases infra-estruturais e de logística, tais como o eixo de integração

    Castanhão-Pecém, expansão da oferta de gás, aumento da profundidade do calado e

    conexão com a rede ferroviária Transnordestina. Outra possibilidade, para o porto, é a

    criação da Zona de Processamento para Exportação (ZPE), desde que bem vendido às

    empresas e dotado de um bom modelo de gestão. Além disso, será mais do que

    providencial evitar que se constitua uma ZPE isolada das redes de fornecedores locais, o

    que seria optar por um enclave consumidor de incentivos, sem a conveniência da

    endogeneização dos seus impactos. Entretanto, mesmo que bem aproveitado, o Porto do

    Pecém não pode ser visto como a única solução para o desenvolvimento da economia

    estadual, pois o mesmo reforçaria apenas alguns setores, e sem a certeza de que os

    grandes projetos gerarão os efeitos multiplicadores e de aglomeração esperados. Sem

    falar que poderão ser projetos com grande consumo de água e energia, oferecendo

    muitos riscos ambientais. Além disso, reforçará a concentração espacial das atividades

    econômicas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), fato que criaria os

    inconvenientes trazidos pelo excesso de aglomeração e agravamento da concentração

    espacial das atividades dentro e no entorno dessa região metropolitana.

    Por isso, um modelo renovado de desenvolvimento deve ser pensado. Em primeiro

    lugar, a noção de desenvolvimento econômico deveria ser encarada como uma estratégia

    transversal dentro dos governos estadual e municipais, de maneira que todas as

    secretarias incorporassem tal objetivo e orientassem o conjunto das ações dos governos

    nessa direção. O desenvolvimento não pode ser uma missão a ser desempenhada por

  • 14

    uma única Secretaria, ou Agência, do “desenvolvimento econômico”, nem atrelado às

    conquistas de investimentos externos e aos grandes projetos industriais estruturantes. No

    melhor dos casos, essa noção deve estar associada à educação de qualidade e de massa, à

    saúde bem cuidada, e à difusão do conhecimento e das inovações tecnológicas. Aliado a

    estes fatores está o respeito pelo meio ambiente. Neste aspecto, o que se vê são sinais

    trocados, porque ora se acena para os turistas oferecendo praias belas e limpas, ora se

    acena aos investidores externos oferecendo tolerância para com as fontes energéticas

    emissoras de gás carbono, enquanto o resto do mundo as recusa.

    Além dos aspectos voltados para a qualidade de vida da população, devem ser

    levados em conta também os territórios e suas capacidades, ou seja, o tecido sócio-

    produtivo, as inúmeras cadeias produtivas já iniciadas e o grande interior do Estado,

    desfavorecido economicamente. Neste sentido, há inúmeras possibilidades a serem

    exploradas tanto em nível das vantagens comparativas como em nível das vantagens

    competitivas. Encontram-se dezenas de Sistemas e Arranjos Produtivos Locais (SAPLs)

    espalhados pelo interior, em diversas dimensões e setores, formados espontaneamente e

    sem qualquer incentivo estatal, oferecendo mais de 30.000 postos de trabalho. Aliado à

    estratégia de construção das vantagens competitivas, poderes públicos e empresas

    privadas podem e devem tirar vantagens do sistema estadual de inovação, aproximando

    com mais contundência centros de pesquisa e de formação ao sistema produtivo local,

    tais como a cajucultura e ovino-caprinocultura. Nesse sentido, é mais do que oportuno

    organizar e coordenar as empresas e organizações de base tecnológica, estimulando as

    aglomerações das mesmas em parques e condomínios tecnológicos.

    Os tópicos seguintes tratarão da economia cearense, a partir de enfoque regional

    das mesorregiões do IBGE.

  • 15

    1.1 REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA

    A Região Metropolitana de Fortaleza - RMF é composta por 12 municípios, abriga

    42% da população do Ceará, concentra

    aproximadamente 40% do PIB cearense, 67,4%

    dos empregos formais e 67,2% dos

    estabelecimentos do estado.

    As atividades econômicas da RMF são

    bastante diversificadas, com maior destaque

    para o setor de serviços e indústria de

    transformação. No segmento de serviços

    Fortaleza abriga 57,8% do comércio varejista do

    Estado e 81,9% do comércio atacadista. No que

    diz respeito à indústria de transformação,

    merece destaque a indústria têxtil (94% dos

    empregos), com forte concentração no Distrito Industrial de Maracanaú, instituições

    financeiras (97,9% dos empregos) principalmente em Fortaleza, Material de Transporte

    (88,2% dos empregos) e Indústria Química (81,3% dos empregos).

    Tabela 4 – Empregos e Empresas da Região Metropolitana de Fortaleza – 2008

    Metropolitana de Fortaleza CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    EXTR MINERAL 56 1.393 137 2.600

    MIN NAO MET 218 4.044 573 9.976

    IND METALURG 446 9.613 622 11.395

    IND MECANICA 160 3.094 200 3.831

    ELET E COMUM 60 2.234 69 2.278

    MAT TRANSP 72 2.646 94 3.000

    MAD E MOBIL 379 3.991 597 6.614

    PAPEL E GRAF 457 5.942 579 7.004

    BOR FUM COUR 270 3.296 397 6.626

    Mapa 1 – Mesorregião Metropolitana de Fortaleza

  • 16

    (Continuação)

    Metropolitana de Fortaleza CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    IND QUIMICA 358 9.351 470 11.498

    IND TEXTIL 2.603 58.971 2.984 62.706

    IND CALCADOS 98 14.746 302 49.832

    ALIM E BEB 1.179 29.198 1.935 40.782

    SER UTIL PUB 71 4.842 140 6.518

    CONSTR CIVIL 2.815 38.791 3.424 45.715

    COM VAREJ 16.678 102.465 28.831 143.910

    COM ATACAD 2.216 21.573 2.706 25.977

    INST FINANC 617 123.700 910 126.340

    ADM TEC PROF 5.993 92.179 6.781 96.530

    TRAN E COMUM 1.480 32.173 2.042 36.171

    ALOJ COMUNIC 5.250 73.782 7.400 89.639

    MED ODON VET 2.191 20.485 2.975 28.803

    ENSINO 1.161 33.010 1.659 41.835

    ADM PUBLICA 150 175.634 505 356.239

    AGRICULTURA 287 5.949 998 25.510

    OUTR/IGN - - - -

    Total 45.265 761.772 67.330 1.129.999

    Fonte: RAIS, 2008.

    A capital Fortaleza tem vantagem comparativa no que diz respeito às atividades

    culturais e de entretenimento, baseadas na indústria do turismo, e oferecem grandes

    possibilidades de expansão e descentralização. Aproximadamente 70% dos

    estabelecimentos cearenses de alojamento e alimentação estão localizados em Fortaleza.

    A vida noturna é bastante agitada, com inúmeras casas de show, boates e clubes sociais,

    mostrando-se como atrativo para o turismo. Merecem destaque os Arranjos Produtivos

    Locais de Tecnologia da Informação, Turismo, Confecções e Têxtil.

  • 17

    1.2 NORTE CEARENSE

    A mesorregião do Norte Cearense é formada pela união de 36 municípios. As

    principais localidades são: Baturité, Beberibe, Canindé, Cascavel, Itapagé, Itapipoca,

    Paracuru, Pentecoste e São Gonçalo do Amarante. A região ocupa uma área de 21 mil km2

    e população de 969 mil habitantes. Juntos, os 36 municípios representam

    aproximadamente 4,4% do PIB Ceará.

    As atividades econômicas são bem diversificadas, merecendo destaque o setor

    serviços, especificamente de alojamento e alimentação. Por exemplo, na região serrana

    de Baturité ressaltam-se os APLs de Café

    orgânico, turismo e flores. O município de Itapajé

    tem destaque no bordado e crochê, enquanto os

    demais municípios mais ao sertão se destacam

    na produção de castanha de caju, com destaque

    para Cascavel. Itapipoca tem o maior comércio

    varejista da região.

    O Porto do Pecém, principal porto do

    Ceará, fica localizado no município de São

    Gonçalo do Amarante, e é considerado um dos

    portos com sistema de operação mais barato do

    Brasil. Sua movimentação em 2008 foi de 1,4 milhões de toneladas, tendo como principais

    produtos aço (importação) e frutas frescas (exportação), segundo dados da Secretaria de

    Infraestrutura do Estado do Ceará. Integrando a estrutura do Porto do Pecém foi

    implantado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém que tem o objetivo de fortalecer

    e dar sustentabilidade ao crescimento do parque industrial do Ceará, possibilitando a

    promoção de atividades industriais integradas.

    Mapa 2 – Mesorregião Norte Cearense

  • 18

    Tabela 5 – Empregos e Empresas da Região Norte do Ceará – 2008

    Região Norte do Ceará CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    EXTR MINERAL 8 169 137 2.600

    MIN NAO MET 59 939 573 9.976

    IND METALURG 15 188 622 11.395

    IND MECANICA 5 67 200 3.831

    ELET E COMUM 1 2 69 2.278

    MAT TRANSP 4 59 94 3.000

    MAD E MOBIL 26 106 597 6.614

    PAPEL E GRAF 14 288 579 7.004

    BOR FUM COUR 5 1.536 397 6.626

    IND QUIMICA 12 338 470 11.498

    IND TEXTIL 83 966 2.984 62.706

    IND CALCADOS 30 6.740 302 49.832

    ALIM E BEB 121 5.105 1.935 40.782

    SER UTIL PUB 13 173 140 6.518

    CONSTR CIVIL 66 706 3.424 45.715

    COM VAREJ 1.831 5.491 28.831 143.910

    COM ATACAD 33 267 2.706 25.977

    INST FINANC 48 345 910 126.340

    ADM TEC PROF 121 1.031 6.781 96.530

    TRAN E COMUM 76 1.066 2.042 36.171

    ALOJ COMUNIC 398 2.856 7.400 89.639

    MED ODON VET 55 701 2.975 28.803

    ENSINO 82 950 1.659 41.835

    ADM PUBLICA 78 37.196 505 356.239

    AGRICULTURA 215 3.977 998 25.510

    OUTR/IGN - - - -

    Total 3.399 71.262 67.330 1.129.999

    Fonte: RAIS, 2008.

  • 19

    1.3 NOROESTE CEARENSE

    A mesorregião do Noroeste Cearense é formada pela união de 47 municípios,

    ocupa uma área de 34,5 mil km2, população de 1,2 milhões de habitantes e representa

    aproximadamente 6,6% do PIB cearense. As principais cidades são: Sobral, Tianguá,

    Acaraú, Camocim, Viçosa do Ceará, Granja e Santa Quitéria.

    A região da Serra da Ibiapaba se destaca na produção de bebidas (cachaça),

    turismo e artesanato, inclusive tendo apoio de

    diversas instituições, tais como SEBRAE, IEL e

    Governo do Estado. Sobral, por sua vez, é o

    maior centro comercial da região, tanto

    varejista como atacadista. Abriga empresas de

    grande porte, como por exemplo, Grendene e

    Votorantim, e também se configura como

    importante centro educacional, por meio da

    Universidade Estadual do Vale do Acaraú e

    Universidade Federal do Ceará. Esta última

    oferece o curso de Medicina e utiliza a Santa

    Casa de Misericórdia com hospital de

    referência para os residentes.

    Nos municípios do litoral há maior destaque para Jijoca de Jericoacoara, com o APL

    de Turismo na Vila de Jericoacoara. A vila de Jericoacoara atrai inúmeros turistas nacionais

    e estrangeiros que buscam a beleza natural das praias e dunas.

    Os demais municípios da região têm a agricultura e pecuária como principais

    atividades econômicas. Segundo dados da RAIS (2008), a região do Noroeste Cearense

    possui destaque na Construção Civil, indústria têxtil e calçadista .

    Mapa 3 – Mesorregião Noroeste Cearense

  • 20

    Tabela 6 – Empregos e Empresas do Noroeste Cearense – 2008

    Noroeste Cearense CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    EXTR MINERAL 27 327 137 2.600

    MIN NAO MET 42 923 573 9.976

    IND METALURG 33 137 622 11.395

    IND MECANICA 5 19 200 3.831

    ELET E COMUM 1 3 69 2.278

    MAT TRANSP 5 28 94 3.000

    MAD E MOBIL 59 1.076 597 6.614

    PAPEL E GRAF 34 284 579 7.004

    BOR FUM COUR 20 93 397 6.626

    IND QUIMICA 17 225 470 11.498

    IND TEXTIL 84 818 2.984 62.706

    IND CALCADOS 14 15.500 302 49.832

    ALIM E BEB 163 2.102 1.935 40.782

    SER UTIL PUB 16 464 140 6.518

    CONSTR CIVIL 148 1.622 3.424 45.715

    COM VAREJ 2.794 9.285 28.831 143.910

    COM ATACAD 123 1.205 2.706 25.977

    INST FINANC 76 697 910 126.340

    ADM TEC PROF 205 950 6.781 96.530

    TRAN E COMUM 125 720 2.042 36.171

    ALOJ COMUNIC 557 5.262 7.400 89.639

    MED ODON VET 182 2.725 2.975 28.803

    ENSINO 89 1.670 1.659 41.835

    ADM PUBLICA 92 49.664 505 356.239

    AGRICULTURA 182 3.615 998 25.510

    OUTR/IGN - - - -

    Total 5.093 99.414 67.330 1.129.999

    Fonte: RAIS, 2008.

  • 21

    1.4 SERTÕES CEARENSES

    A mesorregião dos Sertões Cearenses é formada pela união de 30 (trinta)

    municípios e tem como principais cidades:

    Crateús, Quixadá, Quixeramobim e Senador

    Pompeu. Essa região ocupa uma área de

    46.250 km2 e população de 841 mil

    habitantes, configurando-se em baixa

    densidade demográfica. É responsável por

    3,4% do PIB do Ceará.

    As principais atividades econômicas

    são o comércio varejista, indústria de

    alimentos, construção civil e agricultura de

    cerqueiro, pecuária e ovinocaprinocultura.

    Os municípios de Quixadá e Quixeramobim

    têm destaque para o APL de

    Ovinocaprinocultura e turismo rural. O turismo de esportes radicais, especialmente de asa

    delta tem ganho destaque em Quixadá. Em Quixeramobim há uma experiência exitosa em

    fruticultura irrigada, conhecida como Pingo D’Água.

    Tabela 7 – Empregos e Empresas dos Sertões Cearenses – 2008

    Sertões Cearenses CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    EXTR MINERAL 6 36 137 2.600

    MIN NAO MET 23 328 573 9.976

    IND METALURG 16 205 622 11.395

    IND MECANICA 1 - 200 3.831

    ELET E COMUM 2 5 69 2.278

    MAT TRANSP 2 12 94 3.000

    MAD E MOBIL 31 92 597 6.614

    Mapa 4 – Mesorregião Sertões Cearenses

  • 22

    (continuação)

    Sertões Cearenses CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    PAPEL E GRAF 19 31 579 7.004

    BOR FUM COUR 4 12 397 6.626

    IND QUIMICA 6 91 470 11.498

    IND TEXTIL 28 201 2.984 62.706

    IND CALCADOS 7 1.215 302 49.832

    ALIM E BEB 99 658 1.935 40.782

    SER UTIL PUB 10 151 140 6.518

    CONSTR CIVIL 90 1.214 3.424 45.715

    COM VAREJ 1.807 5.203 28.831 143.910

    COM ATACAD 55 397 2.706 25.977

    INST FINANC 47 448 910 126.340

    ADM TEC PROF 89 189 6.781 96.530

    TRAN E COMUM 68 278 2.042 36.171

    ALOJ COMUNIC 274 1.112 7.400 89.639

    MED ODON VET 90 1.051 2.975 28.803

    ENSINO 56 950 1.659 41.835

    ADM PUBLICA 60 30.040 505 356.239

    AGRICULTURA 64 682 998 25.510

    OUTR/IGN - - - -

    Total 2.954 44.601 67.330 1.129.999

    Fonte: RAIS, 2008.

    1.5 JAGUARIBE

    A mesorregião do Jaguaribe é formada pela união de 21 municípios e tem como

    principais cidades: Limoeiro do Norte, Morada Nova, Russas, Aracati, Jaguaribe e

    Jaguaruana. Juntos são responsáveis por aproximadamente 3% do PIB do Ceará e ocupam

    uma área de 18,4 mil km2.

    A fruticultura irrigada se apresenta como uma nova fronteira agrícola em

    crescimento, especialmente na Chapada do Apodi e Tabuleiro de Russas. Nessas áreas, há

    investimentos do Governo Federal com a implantação de Perímetros Irrigados. O APL de

    fruticultura mudou a pauta de exportação cearense, especialmente devido à presença da

  • 23

    Delmonte Fresh Produce, multinacional que especializada na produção de abacaxi, banana

    e melão.

    Outras atividades econômicas

    merecem ressalva: Russas é um

    importante centro de produção cerâmica

    (telhas e tijolos); Jaguaruana é

    especializada na produção de redes de

    dormir; Itaiçaba e Palhano são fortes em

    artesanatos de palha; Jaguaribe e

    Morada Nova abrigam importante bacia

    leiteira estadual; Aracati e Fortim têm

    grandes investimentos em carcinicultura,

    pesca da lagosta e turismo; Jaguaribara,

    com a construção do Açude Castanhão,

    tem projetos de psicultura; por exemplo.

    Todos esses são considerados APLs e

    recebem apoio de instituições como SEBRAE, IEL, SENAI, Governo do Estado.

    Tabela 8 – Empregos e Empresas da Região do Jaguaribe – 2008

    Região do Jaguaribe CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    EXTR MINERAL 9 163 137 2.600

    MIN NAO MET 134 2.056 573 9.976

    IND METALURG 18 63 622 11.395

    IND MECANICA 16 77 200 3.831

    ELET E COMUM 1 6 69 2.278

    MAT TRANSP 4 133 94 3.000

    MAD E MOBIL 21 423 597 6.614

    Mapa 5 – Mesorregião do Jaguaribe

  • 24

    (continuação)

    Região do Jaguaribe CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    PAPEL E GRAF 11 36 579 7.004

    BOR FUM COUR 5 32 397 6.626

    IND QUIMICA 11 137 470 11.498

    IND TEXTIL 48 789 2.984 62.706

    IND CALCADOS 6 3.886 302 49.832

    ALIM E BEB 127 1.852 1.935 40.782

    SER UTIL PUB 9 253 140 6.518

    CONSTR CIVIL 61 1.263 3.424 45.715

    COM VAREJ 1.476 4.977 28.831 143.910

    COM ATACAD 52 437 2.706 25.977

    INST FINANC 33 307 910 126.340

    ADM TEC PROF 66 322 6.781 96.530

    TRAN E COMUM 83 307 2.042 36.171

    ALOJ COMUNIC 257 1.862 7.400 89.639

    MED ODON VET 66 472 2.975 28.803

    ENSINO 45 987 1.659 41.835

    ADM PUBLICA 49 18.381 505 356.239

    AGRICULTURA 176 10.605 998 25.510

    OUTR/IGN - - - -

    Total 2.784 49.826 67.330 1.129.999

    Fonte: RAIS, 2008.

  • 25

    1.6 CENTRO SUL CEARENSE

    A mesorregião do Centro-Sul Cearense é formada pela união de 14 municípios e

    tem como principais cidades Iguatu, Lavras da Mangabeira e Várzea Alegre. Essa região

    abrange uma área de 9.944 km2,

    população de 372 mil habitantes e

    responde por 1,8% do PIB cearense.

    A agricultura e comércio

    varejista se destacam. No segmento

    industrial em Iguatu há uma

    concentração de indústrias

    moveleiras, especialmente de móveis

    tubulares.

    Em Várzea Alegre há o APL de

    Redes de Dormir, muito apoiado pelo

    SEBRAE e Governo do Estado, devido o

    empreendedorismo local das líderes

    comunitárias do Sítio Mocotó. Icó tem

    relativo destaque no patrimônio histórico cultural, abrigando prédios tombados pelo

    Patrimônio Público. Em Orós, especificamente no Açude Orós destacam-se a psicultura e

    produção de alevinos.

    Mapa 6 – Mesorregião Centro-Sul Cearense

  • 26

    Tabela 9 – Empregos e Empresas do Centro-Sul Cearense – 2008

    Centro Sul Cearense CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    EXTR MINERAL 4 88 137 2.600

    MIN NAO MET 22 394 573 9.976

    IND METALURG 10 172 622 11.395

    IND MECANICA 2 35 200 3.831

    ELET E COMUM 4 28 69 2.278

    MAT TRANSP 2 16 94 3.000

    MAD E MOBIL 33 692 597 6.614

    PAPEL E GRAF 10 56 579 7.004

    BOR FUM COUR 12 86 397 6.626

    IND QUIMICA 7 145 470 11.498

    IND TEXTIL 25 148 2.984 62.706

    IND CALCADOS 2 1.171 302 49.832

    ALIM E BEB 69 325 1.935 40.782

    SER UTIL PUB 9 227 140 6.518

    CONSTR CIVIL 52 198 3.424 45.715

    COM VAREJ 1.147 3.956 28.831 143.910

    COM ATACAD 48 337 2.706 25.977

    INST FINANC 22 219 910 126.340

    ADM TEC PROF 66 274 6.781 96.530

    TRAN E COMUM 46 215 2.042 36.171

    ALOJ COMUNIC 146 1.028 7.400 89.639

    MED ODON VET 79 682 2.975 28.803

    ENSINO 43 614 1.659 41.835

    ADM PUBLICA 29 15.869 505 356.239

    AGRICULTURA 24 269 998 25.510

    OUTR/IGN - - - -

    Total 1.913 27.244 67.330 1.129.999

    Fonte: RAIS, 2008.

  • 27

    1.7 SUL CEARENSE

    A mesorregião do Sul Cearense é formada pela união de 25 municípios e tem como

    principais cidades Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. A região ocupa uma área de 14.800

    km² e é responsável por 4% do PIB

    do Ceará.

    A região do Cariri é um

    estuário de SAPLs, a começar pelo

    turismo religioso em Juazeiro do

    Norte. São 04 romarias durante o

    ano que atraem mais de 01 milhão

    de fiéis. O artesanato é bastante

    diversificado e abastece o turismo

    local com suas imagens feitas de

    madeira, bordados e artesanato de

    palha. O turismo científico é outro

    atrativo regional, incentivado pela

    criação do 1° Geopark das

    Américas. Lá é possível conhecer

    fósseis da pré-história e visitar sítios arqueológicos com muito bom estado de

    conservação.

    No que diz respeito à indústria de transformação, os calçados geram mais de 6.500

    empregos formais e concentra 48% das fábricas do Ceará (dados da RAIS, 2008). Outras

    atividades de importância local são a indústria têxtil, metal-mecânica e borrachas.

    A região também se destaca no Comércio Atacadista e Varejista, com destaque

    para Juazeiro do Norte. O setor educacional é de boa qualidade, sendo inclusive atrativo

    para outras regiões do interior do Nordeste. A Universidade Estadual do Cariri tem sua

    sede na cidade do Crato e outras faculdades particulares se instalaram na região,

    oferecendo diversos cursos, dentre os quais Medicina.

    Mapa 7 – Mesorregião do Sul Cearense

  • 28

    Tabela 10 – Empregos e Empresas do Sul Cearense – 2008

    Sul Cearense CEARÁ

    ESTAB EMPREGO ESTAB EMPREGO

    EXTR MINERAL 27 424 137 2.600

    MIN NAO MET 75 1.292 573 9.976

    IND METALURG 84 1.017 622 11.395

    IND MECANICA 11 539 200 3.831

    ELET E COMUM - - 69 2.278

    MAT TRANSP 5 106 94 3.000

    MAD E MOBIL 48 234 597 6.614

    PAPEL E GRAF 34 367 579 7.004

    BOR FUM COUR 81 1.571 397 6.626

    IND QUIMICA 59 1.211 470 11.498

    IND TEXTIL 113 813 2.984 62.706

    IND CALCADOS 145 6.574 302 49.832

    ALIM E BEB 177 1.542 1.935 40.782

    SER UTIL PUB 12 408 140 6.518

    CONSTR CIVIL 192 1.921 3.424 45.715

    COM VAREJ 3.098 12.533 28.831 143.910

    COM ATACAD 179 1.761 2.706 25.977

    INST FINANC 67 624 910 126.340

    ADM TEC PROF 241 1.585 6.781 96.530

    TRAN E COMUM 164 1.412 2.042 36.171

    ALOJ COMUNIC 518 3.737 7.400 89.639

    MED ODON VET 312 2.687 2.975 28.803

    ENSINO 183 3.654 1.659 41.835

    ADM PUBLICA 47 29.455 505 356.239

    AGRICULTURA 50 413 998 25.510

    OUTR/IGN - - - -

    Total 5.922 75.880 67.330 1.129.999

    Fonte: RAIS, 2008.

  • 29

    2. A BALANÇA COMERCIAL DOS ESTADOS (BCE)

    O presente capítulo abordará a balança comercial do Estado do Ceará analisando

    os principais resultados das transações ocorridas entre este Estado e os demais Estados

    que compõem a Federação brasileira e entre este Estado e o resto do mundo.

    Inicialmente, será feita uma avaliação do comércio interestadual, em seguida das trocas

    externas e por fim, a análise tratará do fluxo de comércio total estabelecido pelo Ceará.

    2.1 FLUXOS DE COMÉRCIO INTERESTADUAIS

    A partir da análise do fluxo de comércio do Estado do Ceará com os outros Estados

    do País, é possível identificar qual destes demandou mais produtos cearenses e quais

    foram aqueles de quem o Estado mais comprou produtos/serviços.

    De acordo com a Tabela 11, a Região que mais demandou produtos e serviços

    cearenses foi a própria Região Nordeste, sendo responsável por 45,27% das saídas totais

    do Estado. Dentre os Estados desta Região, os cinco principais compradores foram

    Pernambuco, importando 9,68% do valor total da pauta seguido por Rio Grande do Norte

    (8,91%), Piauí (6,91%), Maranhão (6,88%) e Bahia (5,73%).

    A segunda Região brasileira de maior destino das saídas do Estado foi a Região

    Sudeste, responsável por 31,88% do total. Os dois principais Estados que demandaram os

    produtos/serviços foram São Paulo (22,30%) e Rio de Janeiro (4,56%).

    A Região Norte apareceu em terceiro lugar no ranking das regiões que mais

    importaram do Ceará em 2006, cerca de 10,20% do total. Os dois principais Estados

    responsáveis por esse percentual da Região foram Pará, com 5,76% e Amazonas (2,84%).

    Por fim, as Regiões Sul e Centro-Oeste do país responderam por 8,55% e 4,09%,

    respectivamente, das saídas totais do Estado do Ceará. Dentre os Estados dessa Região, se

    destacou o Paraná, que comprou do Ceará 3,32% dos produtos/serviços ofertados,

    enquanto na Região Centro-Oeste salientou-se Mato Grosso (1,42%).

  • 30

    Em contrapartida, analisando as entradas ocorridas no Ceará, observa-se que a

    Região Sudeste foi a principal vendedora de seus produtos/serviços, responsável por

    44,54% do total das entradas no Estado. Os dois principais Estados nas vendas de seus

    produtos/serviços foram São Paulo (33,01%) e Minas Gerais (5,02%).

    A Região Nordeste aparece em seguida, exportando para o Ceará 33,43% de

    produtos e serviços. Dentre os Estados desta Região, destacam-se como maiores

    vendedores para o Estado: Pernambuco (11,54%), Bahia (6,82%), Maranhão (3,98%) e

    Paraíba (3,84%).

    A terceira Região que mais exportou para o Ceará foi a Região Sul (11,78%), com

    destaque para os dois principais Estados que foram responsáveis por esse desempenho:

    Rio Grande do Sul (5,40%) e Santa Catarina (3,31%).

    As Regiões Norte e Centro-Oeste tiveram participações menores em relação às

    outras Regiões, 6,38% e 3,86%, respectivamente, destacando-se os Estados do Amazonas,

    que vendeu 3,70% e Goiás que exportou 2,11%.

    Pela ótica do saldo da balança comercial do Ceará com o conjunto das regiões do

    Brasil, observa-se que ocorreu déficit no saldo no valor de R$ 5.807.262.985 em 2006.

    Constatou-se que o saldo por regiões, isoladamente, foi superavitário para o Estado com

    apenas duas regiões, Região Norte com resultado de R$ 280.219.812 e Região Nordeste

    com R$ 71.401.705.

    As transações comerciais do Ceará com o Amazonas, um dos principais Estados da

    Região Norte em relação à corrente de comércio com o Ceará, apresentaram resultado

    desfavorável para no saldo da balança comercial estadual no valor de R$ 361.590.556,

    contudo, as trocas com o Estado do Pará, que também apareceu entre os principais no

    fluxo de comércio dessa Região, registraram superávit na ordem de R$ 505.418.762.

    Na Região Nordeste destacam-se dois Estados que mantiveram maiores fluxos de

    comércio com o Ceará em 2006. Com o Estado de Pernambuco, as trocas foram

    desfavoráveis para o Ceará quando foi registrado déficit no saldo da balança comercial no

    valor de R$ 985.052.128, comportamento esse seguido pelo comércio com a Bahia, que

    também registrou déficit no saldo (R$ 581.496.949).

  • 31

    O maior déficit no saldo da balança comercial entre o Ceará e as regiões brasileiras,

    em 2006, foi efetivado com a Região Sudeste na ordem de R$ 4.740.234.453, responsável

    por 81% do total do saldo. Todos os Estados desta Região acompanharam o movimento

    negativo do saldo da Região. O maior déficit foi com o Estado de São Paulo no valor de R$

    3.737.613.147, seguido por Minas Gerais (R$ 538.608.279).

    No comércio com a Região Sul, o Ceará registrou o segundo maior déficit no saldo

    da balança comercial (R$1.233.089.503, equivalendo a 21,2% do total do saldo). Dentre os

    Estados da Região, destaque para as trocas com o Rio Grande do Sul, com déficit de

    R$801.785.198.

    E, por último, tem-se a Região Centro-Oeste, cujo resultado das trocas com o

    Estado também foram desfavoráveis para este. Neste caso, o comércio do Ceará com o

    Estado de Goiás foi o que registrou maior déficit dentre os outros Estados da mesma

    Região, no valor de R$ 258.226.982.

    Em suma, as regiões Sudeste e Nordeste foram as que mantiveram as maiores

    correntes de comércio com o Estado do Ceará em 2006, sendo que a primeira apresentou

    déficit no saldo da balança comercial e a segunda registrou superávit numa proporção

    menor que a primeira, o que explica o déficit no saldo da balança comercial total do Ceará

    com o país como um todo. Em relação aos Estados, destaque para aqueles de maior fluxo

    de comércio com o Ceará, maiores parceiros, a saber: na Região Nordeste foram

    Pernambuco e Bahia; no Norte encontravam-se Amazonas e Pará; São Paulo no Sudeste;

    Rio Grande do Sul na Região Sul do país e Goiás no Centro-Oeste.

  • 32

    Tabela 11 – Fluxo de Comércio do Estado do Ceará – 2006

    ESTADOS ENTRADAS (R$1000)

    PART. NO TOTAL

    ENTRADAS(%)

    SAÍDAS (R$1000)

    PART. NO TOTAL

    SAÍDAS (%)

    SALDO (R$1000)

    PART. NO SALDO TOTAL

    %

    NORTE 1.455.462,78 6,38% 1.735.682,59 10,20% 280.219,81

    -4,83%

    RO 3.381,33 0,01% 29.345,14 0,17% 25.963,80 -0,45%

    AC 187,63 0,00% 13.232,37 0,08% 13.044,74 -0,22%

    AM 844.868,57 3,70% 483.278,01 2,84% -361.590,56 6,23%

    RR 8.346,44 0,04% 21.826,81 0,13% 13.480,37 -0,23%

    PA 473.962,21 2,08% 979.380,98 5,76% 505.418,76 -8,70%

    AP 37.247,38 0,16% 132.330,66 0,78% 95.083,28 -1,64%

    TO 87.469,22 0,38% 76.288,62 0,45% -11.180,59 0,19%

    NORDESTE 7.628.907,56 33,43% 7.700.309,27 45,27% 71.401,71

    -1,23%

    RN 810.344,72 3,55% 1.516.125,51 8,91% 705.780,79 -12,15%

    MA 908.644,94 3,98% 1.169.492,93 6,88% 260.847,99 -4,49%

    PI 492.948,39 2,16% 1.175.181,91 6,91% 682.233,52 -11,75%

    PB 876.770,04 3,84% 685.791,51 4,03% -190.978,54 3,29%

    PE 2.632.064,28 11,54% 1.647.012,15 9,68% -985.052,13 16,96%

    AL 249.461,16 1,09% 274.938,88 1,62% 25.477,72 -0,44%

    SE 103.202,07 0,45% 257.791,36 1,52% 154.589,30 -2,66%

    BA 1.555.471,97 6,82% 973.975,02 5,73% -581.496,95 10,01%

    SUDESTE 10.163.662,88 44,54% 5.423.428,43 31,88% -4.740.234,45

    81,63%

    MG 1.145.768,85 5,02% 607.160,57 3,57% -538.608,28 9,27%

    ES 368.858,02 1,62% 246.473,73 1,45% -122.384,29 2,11%

    RJ 1.118.130,64 4,90% 776.501,90 4,56% -341.628,74 5,88%

    SP 7.530.905,38 33,01% 3.793.292,23 22,30% -3.737.613,15 64,36%

    SUL 2.688.028,20 11,78% 1.454.938,70 8,55% -1.233.089,50

    21,23%

    PR 699.902,12 3,07% 565.205,73 3,32% -134.696,39 2,32%

    SC 755.562,24 3,31% 458.954,33 2,70% -296.607,92 5,11%

    RS 1.232.563,84 5,40% 430.778,64 2,53% -801.785,20 13,81%

    CENTRO-OESTE 881.357,86 3,86% 695.797,32 4,09% -185.560,55

    3,20%

    MS 48.091,18 0,21% 44.412,51 0,26% -3.678,66 0,06%

    MT 243.054,74 1,07% 241.519,05 1,42% -1.535,69 0,03%

    GO 481.908,38 2,11% 223.681,39 1,31% -258.226,98 4,45%

    DF 108.303,57 0,47% 186.184,36 1,09% 77.880,79 -1,34%

    BRASIL 22.817.419,29 17.010.156,30 -5.807.262,99

    Fonte: SEFAZ/CE. Elaboração própria

  • 33

    Observando o fluxo de comércio por atividade, desagregado ao nível de seção da

    CNAE 2.0, é possível identificar em quais atividades o Estado do Ceará se destacou em

    2006 exportando/importando para outros Estados do País (Tabela 12).

    A pauta de entrada e saída do Ceará é dominada por dezoito seções de atividades,

    a principal na entrada foi Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas,

    que foi responsável por 55,8% das entradas no Estado em 2006, enquanto suas saídas

    corresponderam apenas 23,15% do total. É Interessante mencionar que dentro dessa

    seção de atividades, encontram-se os grupos que mais contribuíram para esse resultado

    negativo, entre eles, pode-se citar: Comércio atacadista especializado em produtos

    alimentícios, bebidas e fumo, que foi responsável por 13,51% das entradas no Ceará em

    2006, Comércio atacadista de produtos de consumo não-alimentar (9,4%) e Comércio de

    veículos automotores (6,54%).

    A segunda seção de maior entrada no Estado foi a Indústria de transformação com

    participação no total de 36%. No entanto, quando se analisam as saídas ocorridas no

    mesmo período, essa seção foi responsável por cerca de 70% das saídas do Estado,

    contribuindo para o valor do superávit do saldo da balança dessa seção, alcançando o

    resultado positivo no valor de R$ 3.563.631.540.

    Entre os principais grupos responsáveis pela saída de produtos e serviços do

    Estado, encontram-se Fabricação de calçados, que participou com 13,09% do total das

    saídas, Fabricação de produtos derivados do petróleo (com 8,08%), Confecção de artigos

    do vestuário e acessórios (6,16%) e Tecelagem, exceto malha (5,77%).

    Outras três seções registraram superávits no Estado, numa proporção menor, no

    saldo da balança comercial. A primeira foi Indústria extrativa, com saldo no valor de R$

    30.150.392, seguido por Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e

    descontaminação (R$ 5.133.227) e Transporte, armazenagem e correio (R$ 515.921.546).

  • 34

    Tabela 12 – Balança comercial interestadual das transações, segundo suas principais atividades econômicas - Ceará – 2006

    SEÇÕES E GRUPOS Saída

    Interestadual (R$1000)

    Part. nas saídas

    (%)

    Entrada Interestadual

    (R$1000)

    Part. nas entr. (%)

    Saldo (R$1000)

    Part. no saldo (%)

    AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 161.354,30 0,95% 328.608,17 1,44% -167.253,88 2,88%

    INDÚSTRIAS EXTRATIVAS 57.561,54 0,34% 27.411,14 0,12% 30.150,39 -0,52%

    INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 11.870.681,35 69,79% 8.307.049,82 36,41% 3.563.631,54 -61,37%

    ELETRICIDADE E GÁS 62.536,44 0,37% 700.490,92 3,07% -637.954,48 10,99% ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO 7.417,48 0,04% 2.284,25 0,01% 5.133,23 -0,09%

    CONSTRUÇÃO 36.563,41 0,21% 164.813,29 0,72% -128.249,88 2,21% COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS 3.937.322,35 23,15% 12.747.347,86 55,87% -8.810.025,50 151,71%

    TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO 698.681,90 4,11% 182.760,35 0,80% 515.921,55 -8,88%

    ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO 5.397,28 0,03% 40.495,28 0,18% -35.098,00 0,60%

    INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 164.434,68 0,97% 276.519,73 1,21% -112.085,05 1,93%

    ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS - 0,00% 391,95 0,00% -391,95 0,01%

    ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS 33,10 0,00% 109,59 0,00% -76,49 0,00%

    ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS 35,91 0,00% 1.147,42 0,01% -1.111,51 0,02%

    ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES 2.784,51 0,02% 28.266,74 0,12% -25.482,23 0,44%

    EDUCAÇÃO - 0,00% 104,09 0,00% -104,09 0,00%

    SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS - 0,00% 1.130,72 0,00% -1.130,72 0,02%

    ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO - 0,00% 283,32 0,00% -283,32 0,00%

    OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS 5.352,05 0,03% 8.204,63 0,04% -2.852,58 0,05%

    Fonte: SEFAZ/CE. Elaboração própria

  • 35

    2.1.1 Fluxos de comércio interestadual por atividades econômicas

    A análise, nesta seção, abordará as transações comerciais que o Ceará estabeleceu

    com os Estados que mantiveram maior fluxo de comércio em cada Região, seja das

    entradas ou saídas, a fim de verificar quais grupos de atividades foram importantes para

    nas trocas efetuadas entre o Estado do Ceará e os principais Estados parceiros (Tabela 13).

    Na Região Norte, ao se observarem as entradas ocorridas no Estado, cuja origem

    foi o Estado do Amazonas, percebe-se que 45,72% delas corresponderam à seção

    Indústria de transformação, sendo alavancadas, por sua vez, pelas entradas de produtos

    pertencentes aos grupos Fabricação de Bebidas não-alcoólicas, responsável por 24,04%

    do total de entradas daquele Estado no Ceará, seguido por Fabricação de produtos

    derivados do petróleo (8,12%), Fabricação de produtos de material plásticos (6,28%) e

    Fabricação de bebidas alcoólicas (2,62%). As entradas, com relação à seção Comércio,

    dessa origem, corresponderam a 53,58% do total das entradas vindas deste Estado.

    O Estado do Pará, segundo Estado da Região Norte que se destaca entre os

    principais vendedores para o Ceará, exportou para este Estado 40,74% de produtos da

    seção Indústria de transformação, entre eles estavam aqueles referentes aos grupos

    Bebidas alcoólicas (12,28%), Fabricação de produtos diversos de papel (5,2%) e Fabricação

    de móveis (2,79%). O restante das entradas foi devido à seção Comércio, responsável por

    54,46% das entradas do Estado do Pará.

    Os dois principais Estados exportadores da Região Nordeste para o Ceará foram

    Pernambuco e Bahia. O primeiro, Pernambuco exportou para o Ceará parcela de 23,68%

    correspondente à Indústria de transformação, puxados por produtos dos grupos

    Fabricação de bebidas alcoólicas (3,49%), Fabricação de produtos derivados do petróleo

    (2,73%) e Fabricação de bebidas não-alcoólicas (2,14%). Já a seção Comércio foi

    responsável por 65,13% das entradas de Pernambuco no Estado do Ceará.

    Do total das entradas no Ceará oriundas da Bahia, 60,21% pertencem à seção

    Indústria de Transformação, puxados pelos produtos dos grupos Fabricação de produtos

  • 36

    derivados do petróleo (19,13%), Fabricação de calçados (7,65%), Preparação e fiação de

    fibras têxteis (6,58%) e Tecelagem, exceto de malha (2,37%). A seção Comércio desse

    Estado foi responsável por 37,23% das entradas no Ceará.

    O Estado de São Paulo, representante da Região Sudeste como maior vendedor

    para o Ceará, exportou para este Estado, em 2006, 31% do valor total em produtos da

    Indústria de transformação, pautados, principalmente, em Fabricação de calçados

    (4,34%), Fabricação de eletrodomésticos (3,33%), Fabricação de produtos derivados de

    petróleo (1,45%), Tecelagem, exceto malha (1,45%). No entanto, o grande percentual de

    entrada deste Estado foi devido à seção Comércio, com 63%.

    Na Região Sul, tem-se o Rio Grande do Sul como o principal Estado vendedor para

    o Ceará, sendo que do total vindo daquele Estado em 2006, 42,89% correspondeu a

    produtos que têm como origem a Indústria de Transformação, principalmente aqueles

    pertencentes aos grupos Fabricação de calçados (27,64%), Moagem, fabricação de

    produtos amiláceos (2,57%) e Fabricação de produtos de material plástico (1,91%). A

    seção de Comércio desse Estado foi responsável por 52,25% das entradas no Ceará em

    2006.

    As vendas do Estado de Goiás para o Ceará foram predominantemente da seção

    Comércio, responsável por mais de 71,28% do total, cabendo à seção Indústria de

    Transformação apenas 18,96% das entradas, isso devido a produtos de indústrias como

    Moagem, fabricação de produtos amiláceos (5,16%), Tecelagem, exceto de malha (3,44%)

    e Preparação e fiação de fibras têxteis (3,39%).

  • 37

    Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs - Ceará – 2006

    (R$)

    SEÇÕES E GRUPOS

    NORTE

    AC PA AM AP RO RR TO

    AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 0,00 5.985.920,08 63.585,31 - 3.586,35 420,00 5.500.940,89

    INDÚSTRIAS EXTRATIVAS 0,00 9.867,40 - - - - -

    INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 98.785,75 193.095.874,85 386.254.888,28 35.893.850,59 1.849.372,64 5.796.446,69 31.976.166,93

    FABRICAÇÃO DE CONSERVAS DE FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGETAIS 25.768,24 4.207.130,76 1.278.273,77 2.865,22 - 5.161,50 76.490,85

    LATICÍNIOS - 545.818,50 3.425,20 - 3.504,90 - 251.550,00

    MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS - 3.844.035,10 188.238,26 10.215,55 9.547,77 - 14.709.976,00

    TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ - 265.611,86 49.145,02 8.143,52 - - 1.451.105,92

    FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS - 10.386.902,24 83.593,72 2.514,60 5.662,77 182.525,60 323.396,21

    FABRICAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS - 58.197.755,50 22.101.136,60 34.237.448,09 - 137.760,00 5.083.942,99

    FABRICAÇÃO DE BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS - 2.033.311,12 203.133.675,63 - - 3.330,40 -

    PREPARAÇÃO E FIAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS - 40.422,54 245.206,09 - - - -

    TECELAGEM, EXCETO MALHA - 60.562,58 81.299,79 10.121,82 8.912,64 - 906,42

    CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO - 10.369.484,77 188.613,94 - 1.480.460,91 5.153.230,29 7.447.368,93

    FABRICAÇÃO DE CALÇADOS 41.322,77 1.512.612,85 719.333,72 28.461,90 115.592,79 6.063,07 648.534,33

    FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS DE PAPEL, CARTOLINA, PAPEL-CARTÃO E PAPELÃO ONDULADO - 24.633.067,73 46.573,46 - - - -

    FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEO - 3.704.856,27 68.626.698,74 - - - -

    FABRICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E DESINFESTANTES DOMISSANITÁRIOS - - - - - - -

    FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MATERIAL PLÁSTICO - 570.943,47 53.061.134,62 - - - 3.603,29

    SIDERURGIA - 9.776.379,55 4.339.348,69 206.476,77 - 138.116,86 26.513,08

    FABRICAÇÃO DE ELETRODOMÉSTICOS - 651.266,24 2.368.069,04 23.706,29 2.522,41 16.640,99 15.561,92

    FABRICAÇÃO DE MÓVEIS 300,00 13.212.813,45 96.986,13 - 9.987,50 - 3.128,40

    DEMAIS GRUPOS 31.394,74 49.082.900,32 29.644.135,86 1.363.896,83 213.180,95 153.617,98 1.934.088,59

    DEMAIS ATIVIDADES 9.425,46 16.768.368,98 5.884.349,02 43.969,17 46.372,19 12.168,70 2.848.480,81

    COMÉRCIO 79.418,45 258.102.181,07 452.665.742,75 1.309.560,47 1.482.002,27 2.537.405,47 47.143.626,86

    TOTAL 187.629,66 473.962.212,38 844.868.565,36 37.247.380,23 3.381.333,45 8.346.440,86 87.469.215,49

  • 38

    Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs (continuação)

    SEÇÕES E GRUPOS NORTE

    AC PA AM AP RO RR TO

    AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 0,00% 1,26% 0,01% 0,00% 0,11% 0,01% 6,29%

    INDÚSTRIAS EXTRATIVAS 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

    INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 52,65% 40,74% 45,72% 96,37% 54,69% 69,45% 36,56%

    FABRICAÇÃO DE CONSERVAS DE FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGETAIS 13,73% 0,89% 0,15% 0,01% - 0,06% 0,09%

    LATICÍNIOS - 0,12% 0,00% - 0,10% - 0,29%

    MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS - 0,81% 0,02% 0,03% 0,28% - 16,82%

    TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ - 0,06% 0,01% 0,02% - - 1,66%

    FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS - 2,19% 0,01% 0,01% 0,17% 2,19% 0,37%

    FABRICAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS - 12,28% 2,62% 91,92% - 1,65% 5,81%

    FABRICAÇÃO DE BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS - 0,43% 24,04% - - 0,04% -

    PREPARAÇÃO E FIAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS - 0,01% 0,03% - - - -

    TECELAGEM, EXCETO MALHA - 0,01% 0,01% 0,03% 0,26% - 0,00%

    CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO - 2,19% 0,02% - 43,78% 61,74% 8,51%

    FABRICAÇÃO DE CALÇADOS 22,02% 0,32% 0,09% 0,08% 3,42% 0,07% 0,74%

    FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS DE PAPEL, CARTOLINA, PAPEL-CARTÃO E PAPELÃO ONDULADO - 5,20% 0,01% - - - -

    FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEO - 0,78% 8,12% - - - -

    FABRICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E DESINFESTANTES DOMISSANITÁRIOS - - - - - - -

    FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MATERIAL PLÁSTICO - 0,12% 6,28% - - - 0,00%

    SIDERURGIA - 2,06% 0,51% 0,55% - 1,65% 0,03%

    FABRICAÇÃO DE ELETRODOMÉSTICOS - 0,14% 0,28% 0,06% 0,07% 0,20% 0,02%

    FABRICAÇÃO DE MÓVEIS 0,16% 2,79% 0,01% - 0,30% - 0,00%

    DEMAIS GRUPOS 16,73% 10,36% 3,51% 3,66% 6,30% 1,84% 2,21%

    DEMAIS ATIVIDADES 5,02% 3,54% 0,70% 0,12% 1,37% 0,15% 3,26%

    COMÉRCIO 42,33% 54,46% 53,58% 3,52% 43,83% 30,40% 53,90%

    TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

  • 39

    Tabela 13 – Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs (continuação) (R$)

    SEÇÕES E GRUPOS NORDESTE

    AL BA MA PB PE SE PI RN

    AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 3.146.239,08 20.497.232,94 3.802.134,35 4.634.630,75 36.730.409,54 938.294,87 45.768.792,90 58.819.403,62

    INDÚSTRIAS EXTRATIVAS - 723.185,19 344.243,08 2.284.674,75 1.594.871,81 100.000,00 522.853,29 3.710.373,29

    INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 124.882.799,96 936.600.800,20 352.216.358,11 255.306.469,84 623.212.349,05 42.993.912,96 225.066.565,86 442.407.058,64

    FABRICAÇÃO DE CONSERVAS DE FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGETAIS 7.326.705,19 19.313.636,23 13.614.922,56 18.962.165,06 48.813.198,27 11.288.884,40 36.523.277,48 7.945.568,34

    LATICÍNIOS 1.301.877,85 2.624.662,54 890.029,25 1.476.873,04 7.433.103,43 456.206,21 806.985,03 892.363,37 MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS 1.522.454,79 23.352.367,96 4.674.408,99 11.050.838,49 24.228.620,04 2.189.511,94 29.402.927,18 7.013.482,08

    TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ 230.858,13 10.796.471,20 1.297.005,13 513.708,57 448.386,49 103.664,73 979.088,05 19.625.412,49

    FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 9.256.568,77 22.099.144,22 1.779.487,91 15.776.738,47 19.677.222,57 279.664,81 6.813.756,01 5.727.758,28

    FABRICAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS 3.879.858,69 16.303.504,22 66.664.886,87 72.972.151,27 91.877.001,89 18.507,75 60.566.357,11 71.856.175,56

    FABRICAÇÃO DE BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS 17.413.248,86 21.035.560,10 17.590,86 13.363.599,40 56.250.748,58 3.881,30 17.462.511,71 26.961.249,42

    PREPARAÇÃO E FIAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS 8.237.670,77 102.352.931,96 681.411,15 5.199.709,06 8.211.316,62 144.828,20 4.232.723,40 5.298.568,37

    TECELAGEM, EXCETO MALHA 1.941.636,66 36.895.864,20 6.177.908,23 2.569.262,36 10.955.080,89 19.723,72 480.598,39 108.803.000,06

    CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO 182.400,00 8.604.139,80 8.567.227,09 1.624.283,80 9.404.702,16 525.424,86 2.849.391,49 1.865.472,75