Jardinagem (Apostila)

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    ADMINISTRAOREGIONALDOSENACNOESTADODESOPAULO

    Gerncia de Desenvolvimento 1

    Luciana Bon Duarte Fantini

    Coordenao Tcnica

    Cely Monti

    Vernica Leopoldina Pellissari

    Assistente

    Letcia Garcia

    Senac-SP 2007

    Reviso do Material Didtico

    Marcella Ocke

    Editorao e Reviso

    Globaltec Artes Grficas

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    JARDINAGEM

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    NDICE

    O JARDIM COMO UM TODO / 05

    CONDIES ESPECIAIS PARA PLANTAS ESPECIAIS / 07

    PLANEJANDO O JARDIM / 08

    O JARDIM DURANTE O ANO / 10

    O JARDIM DURANTE O DIA / 11

    O JARDIM E SUA VIDA / 12

    CARACTERSTICAS DE ALGUMAS PLANTAS ORNAMENTAIS / 13

    A PLANTA COMO SER VIVO / 14

    ANATOMIA DAS PLANTAS / 16

    A FLOR / 17CONDIES PARA O FLORESCIMENTO DAS PLANTAS / 18

    A FOLHA / 19

    A RAIZ / 21

    O CAULE / 24

    REPRODUO POR ESTACAS / 26

    REPRODUO POR DIVISO / 27

    REPRODUO POR ESPOROS / 28

    REPRODUO POR RIZOMAS / 29

    REPRODUO POR FOLHAS / 30

    ENXERTIA POR BORBULHA / 31

    ALPORQUIA / 32

    OS SERES VIVOS / 33

    PRINCIPAIS PRAGAS E DOENAS / 34

    PROBLEMAS CAUSADOS POR INSETOS, LESMAS E OUTROS SERES VIVOS / 35

    RECEITAS CASEIRAS PARA COMBATER AS PRAGAS / 37

    FORMAS DE MANEJO ECOLGICO DE PRAGAS E DOENAS / 39

    RECONHEA AS PRINCIPAIS PLANTAS INVASORAS / 40

    TCNICAS DE PLANTIO / 41

    OS SOLOS / 43

    ADUBOS / 45

    PROBLEMAS MAIS FREQENTES / 53

    MANUTENO DE JARDINS CUIDADOS BSICOS / 56REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS / 57

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    O jardim como um todo

    Antes de iniciar o plantio do jardim, preciso verificar as condies do local, para que o jar-dim tenha um planejamento correto e as espcies escolhidas sejam adequadas ao ambiente.

    A iluminao um fator limitante para o crescimento e a reproduo das plantas. Temos deestudar a incidncia de sol durante os vrios perodos do ano, pois isso que permite quealgumas plantas se adaptem ou no ao local. Alm da determinao dos pontos cardeais(Norte, Sul, Leste, Oeste), preciso verificar a existncia de construes, muros, rvorese declives do terreno, fatores que alteram as condies de luz, temperatura, umidade e

    ventilao do local.

    Algumas normas devem ser seguidas na hora de plantar.

    Com o auxlio de uma bssola, devem-se localizar o Norte e as outras posies geogrfi-

    cas, ou, ento, de uma forma mais simples: estendendo o brao direito em direo ao sol nascente, temos o Leste;

    em oposio, o brao esquerdo estendido indicar o Oeste;

    frente, teremos o Norte;

    e, s nossas costas, o Sul.

    bem simples. Mas preciso, antes, determinar um ponto fixo, que pode ser a casa, umarvore, ou qualquer construo ao redor da qual se deseja plantar.

    A face leste a mais privilegiada, pois, quando o sol nasce, a temperatura amena. Essasituao permite que a umidade do solo se mantenha por mais tempo. H plantas que pre-cisam da incidncia direta do sol por 2 a 4 horas, de temperaturas amenas e de umidademoderada no solo. o caso das folhagens, por exemplo. Se quisermos um canteiro deantrios, lrios da paz, marantas, ou mesmo flores, como as marias-sem-vergonha, que sosensveis ao sol quente, melhor plant-los na posio do sol nascente, ou seja, a leste.

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    A face oeste, do sol poente, mais quente, uma vez que a temperatura se acumula nosminerais do solo, fazendo a gua evaporar mais depressa. Assim, somente as plantas quepossuem razes e folhas mais resistentes podem se adaptar a essas condies. Outras es-pcies, se plantadas nesses locais, precisaro de regas mais constantes. Os arbustos, como

    azalias, hibiscos, pingos-de-ouro, ou plantas resistentes seca, como cactceas e suculen-tas, se adaptam com facilidade s condies do sol poente.

    A face norte a mais ensolarada durante o inverno. Isto faz com que seja a ideal para oplantio de hortalias, pois, mesmo nos meses frios de junho e julho, as plantas tero maiscalor junto ao solo, permitindo a germinao e o crescimento, se irrigadas. A face norte

    tambm ideal para o plantio de espcies que florescem durante o ano inteiro. o casodas roseiras, cuja poda feita a partir do dia 23 de junho. A partir dessa data, os dias se tor-nam mais longos e ensolarados, o que faz com que elas floresam mais. As plantas tpicas deinverno, como petnias, begnias, sempre floridas, hortnsias, entre outras, tm floraomais abundante, se expostas face norte.

    A face sul do terreno, ao contrrio da face norte, a mais sombreada e fria. Diz a sabedo-ria popular que o joo-de-barro nunca constri o seu ninho voltado para o sul, para evitaros ventos frios, que sopram principalmente nas madrugadas.

    Tambm as folhagens se ressentem do frio. As folhas das samambaias, por exemplo, a 5Ccomeam a amarelar e a secar. Plantas como antrios, jibias e comigo-ningum-pode nodevem ficar sujeitas a correntes de ar frio. Outras plantas, no entanto, como rvores e ar-bustos, que tm ramos e troncos lenhosos, podem se adaptar com mais facilidade a essas

    condies.Se observarmos esses princpios bsicos, as chances de sucesso sero maiores, pois osdanos e as condies imprprias, que dificultam o crescimento dos vegetais e favorecem oataque de pragas e doenas, que, por sua vez, atingem normalmente as plantas mais fracas,estaro sendo evitados.

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    Condies especiais para plantas especiais

    Muitas vezes, o local no apresenta as condies ideais para as plantas que desejamos cul-tivar, o que no nos impede de mudar as condies do terreno.

    Em uma situao de sol pleno durante todo o dia e o ano todo, por exemplo, podemosprimeiro, introduzir rvores ou palmeiras j adultas, criando, com elas, microclimas maispropcios para outras plantas, de modo a proteg-las do sol e do vento.

    Quanto umidade, possvel acrescentar matria orgnica vegetal que, alm de possuirnutrientes, melhora a reteno de umidade e a estrutura do solo. Tambm o uso de vermi-culita incorporada ao solo melhora a reteno de umidade e a aerao.

    Sistemas de irrigao por gotejamento ou asperso tambm podem melhorar as condiespara o plantio.

    Em terrenos com declive, importante evitar a eroso do solo causada pela gua. Nessescasos, o ideal fazer terraos ou plantar em curvas de nvel, nunca em linhas, uma vez quea chuva causa infiltraes, alm de empobrecer o solo, carregando os seus nutrientes nasenxurradas.

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    Planejando o jardim

    Um projeto de paisagismo envolve muitos aspectos, como os arquitetnicos, agronmicos,artsticos e at psicolgicos, pois cada pessoa tem uma preferncia.

    Um item importante tanto para a execuo de jardins como de hortas e pomares o pla-nejamento das atividades e a inteno futura.

    As plantas no devem ser compradas apenas pela beleza ou vontade. Como j vimos, preciso estudar as condies do terreno e usar as plantas adequadas luz e temperaturado local.

    Um item importante o porte das plantas adultas e o crescimento das razes para evitarproblemas futuros com caladas e passeios.

    Outro aspecto importante a ser considerado saber como as plantas ficam mais bemdistribudas. Elas podem ser plantadas isoladas, em grupos, formando macios, como bor-daduras e cercas vivas, ou formando conjuntos diversos.

    Cercas vivas

    MaciosIsolada

    Bordaduras

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    O tipo de solo adequado planta outro item essencial a ser considerado no planejamentodo jardim. Porm, no chega a ser um fator limitante, uma vez que podemos melhorar assuas condies de fertilidade, umidade, ventilao e estrutura, como veremos adiante. Mas preciso saber preparar o bero para a planta ter boas condies de crescimento.

    Para ter um jardim em estilo tropical, ingls, japons, moderno ou clssico, precisamosescolher as plantas certas. Mas, mesmo que no se tenha essa preocupao, importantepelo menos definir os traos do jardim. S assim teremos um projeto no futuro.

    O projeto deve levar em considerao as necessidades da planta em termos de luz, tempe-ratura, ventilao, umidade e altitude; enfim, as condies climticas de origem da planta.

    Algumas condies podem ser modificadas. Outras, no. Por exemplo: a altitude na quala planta naturalmente cresce impossvel de ser modificada, a no ser que pesquisemosespcies geneticamente modificadas. o que acontece com as roseiras. Naturalmente,

    elas so originrias de regies frias, montanhosas, com inverno e vero bem definidos eumidade moderada. So condies que ocorrem naturalmente na sia, Europa e Mediter-rneo. Mas foram desenvolvidas variedades que se adaptam s condies tropicais. Hoje, possvel ter rosas em praticamente todos os locais, desde que a variedade escolhida sejaa adequada ao clima.

    Projeto: Burle Marx

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    O jardim durante o ano

    Em algumas regies, o clima definido. H perodos certos de umidade e temperaturaselevadas, que favorecem o crescimento das plantas, e perodos secos e frios, que fazem as

    plantas entrarem em repouso.

    Quando a planta est em crescimento, surgem as principais pragas e doenas, pois estastm o seu ciclo de vida dependente das plantas que as alimentam. Na primavera e no ve-ro, os cuidados devem ser redobrados. Isto no quer dizer que no outono e no invernoos problemas no apaream; apenas so menos freqentes.

    Os perodos chuvosos tambm so o momento certo para o plantio de mudas novas, poisa gua faz as razes crescerem mais rpido, permitindo uma melhor adaptao das plantasno jardim e, principal-mente, no pomar, onde s vezes difcil a irrigao. O perodo das

    chuvas tambm a melhor poca para as adubaes minerais.Em reas grandes, os perodos secos so aproveitados para o preparo do solo, como ter-raplanagens, calagens e adubaes pr-plantio. Nesses perodos as adubaes orgnicasoferecem menores riscos s plantas.

    O inverno o perodo de descanso da natureza, quando o crescimento diminui em fun-o da falta de gua e da diminuio da luz. Os dias ficam mais curtos e a planta entra emdormncia. No final do inverno, volta o crescimento vegetativo. Esse perodo o maisrecomendado para as podas de rejuvenescimento. sempre melhor podar na lua minguan-

    te, quando a seiva da planta reflui para a raiz, fazendo com que a poda dos galhos e folhas

    desperdice menos seiva. Se a poda puder ser tarde, ainda melhor, pois a planta tem operodo noturno para cicatrizar os cortes.

    Mas lembre-se: a poda elimina no s a parte area da planta (folhas e galhos) como a vidado solo (fungos, bactrias, nematides, algas microscpicas), que depende das sobras dafotossntese que so eliminadas pelas razes. A poda dificulta a ao desses microorganis-mos, que auxiliam a dissoluo de minerais importantes na alimentao das plantas. umacadeia alimentar!

    Existem plantas que florescem o ano todo. Outras no outono/inverno e, muitas, na prima-

    vera/vero. Para ter o jardim sempre florido, preciso verificar o ciclo de cada espcie.Tambm existem plantas que, aps florescerem, produzem sementes e morrem. So plan-tas de ciclo curto. Aquelas que florescem vrias vezes so consideradas perenes.

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    O jardim durante o dia

    Engana-se quem pensa que o melhor horrio para trabalhar o jardim pela manh. O plan-tio de mudas, principalmente, deve ser feito tarde, pois evita o ressecamento rpido do

    solo quando revirado.

    As aplicaes de produtos foliares, como adubos e agrotxicos, devem ser feitas necessa-riamente tarde para evitar danos s folhas e flores.

    As podas de gramados tambm ficam melhores quando feitas tarde, pois pela manh osolo e as folhas esto molhados, o que dificulta o corte.

    Tambm as podas de galhos e folhas devem ser feitas tarde, dando tempo para que asferidas cicatrizem durante a noite. Isso evita a perda de seiva por transpirao.

    A limpeza do jardim pode ser feita em qualquer horrio. Mas existe um motivo para noser feita logo cedo: que as folhas velhas caem por ao do vento e de um hormnio queage com a luz. o hormnio de absciso. De manh, h grande nmero de folhas ainda porcair. Se a limpeza for feita por volta das 11 horas, a maioria delas j caiu.

    A rega das plantas depende da temperatura:

    nos dias frios, rega-se pela manh, principalmente no inverno, quando h geada ouorvalho sobre as folhas. Assim, evitam-se a queima e o amarelecimento das folhas;

    nos dias quentes, rega-se aps as 14 horas, refrescando-se, assim, as razes, que preci-sam de temperaturas amenas para crescer;

    nunca se rega noite, pois o acmulo de gua nas folhas e razes causa o aparecimentode doenas provocadas por fungos e bactrias. A gua noite leva mais tempo paraevaporar.

    A adubao do solo pode ser feita em qualquer horrio. Mas, aps adubar, preciso regarpara dissolver os nutrientes.

    A manh o melhor horrio do dia para colher hortalias de folhas, pois, alm de maistenras, conservam maior valor nutritivo. A tarde o melhor horrio para colher razes etubrculos, uma vez que a seiva reflui para a raiz.

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    O jardim e sua vida

    Do preparo do solo ao plantio e conservao das mudas sadias, h uma srie de tcnicas aserem observadas.

    A limpeza do terreno necessria, eliminando-se entulhos e razes de plantas. O nivela-mento pode ou no ser feito. A construo de muros de arrimo e o terraceamento em

    terrenos muito inclinados evitam a eroso.

    Tanto o preparo como a abertura dos beros e os tratos culturais devem ser feitos comferramentas adequadas.

    No plantio, no se usam adubos de origem mineral, apenas os orgnicos, como veremosadiante.

    Aps o plantio, h necessidade de tutoramento de algumas espcies, para que se fixemmais rapidamente. O n de amarrao deve ser em 8, nunca em 0.

    Aps o pegamento, so necessrias adubaes peridicas, principalmente nas frutferas.

    O controle de plantas invasoras uma preocupao constante, bem como o cuidado per-manente para controlar pragas e doenas.

    As podas devem ser feitas apenas para espcies que precisam de rejuvenescimento, comoalgumas frutferas originrias de climas frios e temperados, nos quais as temperaturas ex-

    tremamente baixas danificam os brotos e galhos velhos.

    Existem podas de formao e manuteno paisagstica, que devem ser feitas com muitocritrio.

    Podas sanitrias so feitas periodicamente, eliminando-se flores, folhas e galhos doentes.

    Lembre-se: restos da cultura no ficam sob ela!

    Se as folhas e frutos carem no solo, devem ser retirados do local, pois as pragas e doenassobrevivem nesses restos e voltam a atacar as plantas vivas. O jardim, a horta e o pomardevem ser mantidos limpos. Aqueles restos podem ser utilizados depois que se transfor-marem em hmus.

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    Caractersticas de algumas plantas ornamentais

    Acmea Aechmea sp 1, 2, 3, 4, 7, 8, 10

    1.

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    3.

    4.

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    10.

    11.

    12.

    13.

    14.

    Necessitamde boaluminosidade

    Podem sercolocadas meia-sombra

    Toleram locaissombrios

    Gostam de

    gua

    Preferem solomais seco

    Necessitamde adubaoqumica

    Dispensamadubaoqumica

    Aconselha-sepoda

    No necessitade poda

    Propagaoatravs debrotos

    Propagaopor estaquia

    Propagaopor divisode mudas

    Propagaopor sementes

    Propagaopor alporquia

    Afelandra Aphelandra sp 1, 4, 6, 8, 11Aglaonema Aglaonema sp 1, 2, 3, 4, 6, 9, 12Alocsia Alocasia sp 2, 3, 4, 6, 9, 12Antrio Anthurium sp 2, 4, 6, 9, 12

    Azala japonesa Fatsia japonica 2, 3, 4, 6, 9, 11rvore-da-felicidade Polyscia sp 2, 4, 6, 9, 11

    Asprago Asparagus sp 2, 3, 4, 6, 9, 12Aspidistra Aspidistra elatior 2, 3, 4, 6, 9, 12

    Azlea Azalea sp 1, 4, 6, 9 ,11Begnia Begnia sp 1, 4, 6, 9, 11

    Beijo-de-estudante Impatiens walleriana 1, 4, 6, 8, 11, 13Calancoe an Kalanchoe pumila 1, 5, 6, 9, 11

    Calatia Calathea sp 2, 3, 4, 5, 9, 12Cheflera Schefflera sp 1, 2, 3, 4, 6, 8, 13

    Cissus Cissus sp 1, 2, 3, 5, 6, 8, 11Clorofito Chlorophytum comosum 1, 2, 3, 4, 6, 9, 10, 12Columnea Columnea sp 1, 4, 6, 8, 11

    Comigo-ningum-pode Dieffenbachia sp 1, 4, 6, 8, 11Coraes emaranhados Ceropegia woodii 1, 2, 3, 5, 6, 9, 11

    Crassula Crassula sp 1, 5, 6, 9, 11Criptanto Cryptanthus bromefioides 1, 4, 7, 9, 10

    Crisntemo Chrysanthemum morifolium 1, 2, 4, 7, 9, 13Cu-de-mulata Thumbergia alata 1, 4, 6, 9, 11, 13Dalechampia Dalechampia spathulata 1, 4, 6, 9, 11

    Dizigoteca elegantssima Dizygotheca elegantissima 1, 4, 6, 9, 11Dracena godsefiana Dracaena godsefiana 1, 4, 6, 8, 11

    Episcia Episcia cupreata 1, 4, 6, 8, 10, 11Espada-de-So-Jorge-an Sansevieria trifasciata 1, 2, 3, 5, 6, 9, 12

    Falsa seringueira Ficus elastica variegata 1, 2, 3, 4, 6, 8, 11Fatshedera Fatshedera lizei 1, 2, 4, 6, 8, 11

    Ficus benjamina Ficus benjamina 1, 5, 6, 8, 11Ficus lirata Ficus lyrata 1, 2, 3, 4, 6, 8, 11, 14

    Filodendro aveludado Philodendron andreanum 1, 2, 3, 4, 6, 8, 11Fitonia Fittonia sp 1, 2, 4, 6, 8, 11

    Flor-de-cera Hoya carnosa 1, 2, 5, 6, 9, 11Flor-de-maio Zygocactus truncatus 1, 5, 6, 9, 11Geogenanto Geogenanthus undatus 2, 5, 6, 8, 11

    Ginura Gynura x sarmentosa 1, 4, 6, 8, 11Guaimb Philodendron bipinnatilidum 1, 2, 3, 4, 6, 9, 10

    Hera Hedera helix 1, 2, 3, 5, 6, 8, 11Iuca Yucca aloifolia 1, 4, 6, 9, 11

    Jibia Raphidophora aurea 1, 2, 3, 5, 6, 8, 11Ligularia Ligularia tussilaginca 1, 4, 6, 9, 11Lrio-da-paz Spathiphyllum wallisii 1, 4, 6, 9, 12

    Maranta Maranta sp 2, 3, 4, 6, 9, 12Mimo-de-vnus Hibiscus sp 1, 5, 6, 8, 11

    Monstera Monstera sp 2, 3, 5, 6, 8, 11Neoregelia Neoregelia carolinae 1, 5, 6, 9, 10

    Orelha-de-burro Syngonium podophyllum 1, 4, 6, 9, 11Orelha-de-gato Kalanchoe tomentosa 1, 5, 6, 9, 11

    Peperomia Peperomia sp 1, 2, 5, 6, 9, 11Pereskia Pereskia aculeata 1, 2, 5, 6, 9, 11

    Pilia Pilea cadierei 1, 4, 6, 8, 11Sapatinho-de-judeu Thumbergia mysorensis 1, 4, 6, 8, 11, 13

    Semania Seemania latifolia 1, 4, 6, 9, 11

    Tilandsia Tillandsia cyanea 1, 4, 7, 9, 10, 12Unha-de-gato Ficus pumila 1, 2, 4, 6, 8, 11Violeta africana Saintpaulia ionantha 1, 5, 6, 9, 11

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    A planta como ser vivo

    Assim como os animais, as plantas so seres vivos que tm como objetivo sobreviver edeixar descendentes. Para isso, precisam de alimento e energia.

    Todo ser vivo se alimenta, e o que no usa mais como alimento elimina na forma de fezes.As plantas tambm eliminam, pelas folhas e razes, resduos que, por serem ricos em a-cares, atraem outros seres vivos, como fungos, bactrias e nematides, que vivem no soloe nas plantas. Alguns so benficos s plantas, pois criam defesas naturais contra doenas eauxiliam a dissolver os minerais do solo, que so os alimentos das plantas. Outros podemcausar doenas.

    A luz promove uma reao qumica (fotossntese) muito importante para a planta, quetransforma a gua e os sais minerais em acares.

    Todo ser vivo passa por ciclos: nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre. Do nasci-mento morte, cada um cumpre um papel na cadeia alimentar. Mas o objetivo a repro-duo da espcie.

    Para se reproduzir, a planta precisa produzir hormnios que estimu lam a florao. Issoocorre no momento certo. Portanto, no adianta se precipitar. preciso esperar que elachegue puberdade para produzir as flores.

    Alm da reproduo, alimentao e excreo, as plantas respiram. E respiram por todas aspartes (folhas, flores, galhos, troncos, razes, frutos e sementes). Dentro da semente existeum embrio, que tambm respira e precisa de alimento.

    Existem gases que so benficos s plantas, como o CO2 (gs carbnico), que auxilia afotossntese, e outros, como o CO (monxido de carbono), que lhes txico. Por isso, difcil mant-las saudveis em ambientes poludos.

    Algumas plantas, como a espirradeira, podem eliminar gases e substncias que so txicasaos animais.

    Como os seres vivos, as plantas tambm tm de manter a temperatura do corpo. Para isso,elas absorvem gua e transpiram. Algumas at eliminam gua pelas folhas atravs da guta-o (pequenas gotas de lquidos). Mas as plantas usam um processo especial para produzirseus alimentos: a fotossntese.

    Atravs da luz do sol ou de luz artificial, as plantas conseguem transformar a gua e o gscarbnico em glicose, um acar que ela depois usa como fonte de energia para transfor-mar os minerais em outras substncias (vitaminas, protenas, hormnios etc.).

    uma reao bem simples:

    luz

    Gs carbnico + gua glicose + oxignio + vapor de gua

    Ou

    luz

    CO2+ H

    2O C

    6H

    12O

    6+ O

    2+ H

    2O (vapor)

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    O contrrio da fotossntese a respirao e ocorre principalmente quando a planta estno escuro. Nesse perodo, ela est transformando os minerais em outras substncias.

    No existe ser vivo que no tenha inimigos naturais. As plantas no fogem regra: existem

    fungos, bactrias, vrus, nematides, insetos, caros, moluscos e uma quantidade enormede outros seres que se alimentam das plantas. Mas, como todo ser vivo bem alimentado,as plantas sero mais saudveis e resistentes ao ataque de seus inimigos.

    As plantas tm um perodo de vida programado j na semente. Existe um cdigo genticoque determina a quantidade de flores, o porte da planta, a vida til, enfim, praticamente

    todas as caractersticas que tero ao longo de sua existncia. Em funo das condies domeio, como luz, gua, temperatura, alimentao (minerais), as plantas podem ou no tersua misso cumprida.

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    Anatomia das plantas

    A beleza nem sempre essencial. O importante a funo.

    Cada parte da planta desempenha um papel. Assim como nossos rgos, juntos, mantmnossa vida, as diferentes partes das plantas formam um sistema que as mantm vivas.

    As plantas tambm apresentam atrativos, como cores, perfumes e sabores, ou instrumen-tos de defesa, como espinhos e venenos. Outras plantas se associam a animais tambmpara se defender. Exemplo: pau-de-formiga.

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    A flor

    o rgo sexual das plantas, embora elas tambmpossam se reproduzir por outras partes, como ga-

    lhos, folhas, razes e brotos laterais.Quando as plantas se reproduzem pela polinizaodas flores, chama-se reproduo sexuada.

    A vantagem desse tipo de reproduo que o cruza-mento entre duas plantas pode trazer novas carac-

    tersticas espcie, como vigor, resistncia s pragase doenas, melhor porte, maior quantidade de floresetc. Por outro lado, tambm pode significar perda decaractersticas boas, como o acar dos frutos, por

    exemplo.

    Quando no h cruzamento entre plantas, chama-sereproduo assexuada. como se fosse uma clonagem:as plantas reproduzidas so cpias das plantas-me. As

    vantagens podem ser muitas, como a manuteno dotamanho, sabor, aroma, porte, colorao etc. Pode ha-ver vantagem tambm quanto ao tempo de produo,pois muito mais demorado a semente germinar ecrescer do que fazer uma estaca de um galho.

    preciso cuidado, contudo, pois as plantas podemperder a resistncia s pragas e doenas, principal-mente quando se reproduzem plantas naturalmentemais fracas.

    A flor formada por diferentes partes. As ptalas,spalas e brcteas so folhas modificadas.

    Os vegetais, quando tm os dois sexos ao mesmotempo, so chamados monicos (mono = uma; oikos= casa). So plantas hermafroditas. Ou podem ter

    os sexos separados e, ento, so denominados dii-cos (di = dois; oikos = casa).

    No caso das plantas diicas, existem as plantas ma-cho e fmea. Normalmente s a planta fmea produzfrutos, pois apenas ela tem ovrios. Mas pode aconte-cer um processo chamado partenognese, quando omacho produz um falso fruto. o caso do mamomacho, quando produz o mamo em corda.

    Ao contrrio do que se pensa, a rvore da felicidade

    no tem plantas machos e fmeas. So espciesdiferentes!

    Flor de uma quaresmeira:

    p - pendculo

    c - clice

    co - corola

    e - estames

    g - gineceu

    eg - estigma

    et - estilete

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    Condies para o florescimento das plantas

    A luz um fator essencial para o florescimento. Tanto a luz do sol, como a luz de lmpa-das estimulam a florao. Sem dvida, a luz natural tem algumas qualidades que auxiliam

    as plantas, tornando-as mais saudveis. Mas a intensidade de luz pode ser um problemapara muitas espcies. Elas reagem de forma negativa quando deixadas em um fotoperodoinadequado.

    Fotoperodo o nmero de horas que a planta precisa para florescer. Algumas flores, comoas rosas, tm fotoperodo alto e precisam ficar expostas ao sol pleno para acumular energiasuficiente para produzir flores. Outras, como o lrio da paz, conseguem florescer com umaintensidade baixa de luminosidade e por isso podem ser deixadas meia-sombra.

    Algumas espcies precisam de luminosidade, mas no toleram o sol direto. o caso da

    violeta, das samambaias e de muitas folhagens.Tambm existem plantas, como o crisntemo, que florescem tanto meia-sombra comono sol pleno. Nesse caso, so chamadas de plantas indiferentes.

    importante saber que no existem plantas de sombra que floresam de forma abundante.Existem musgos e algas que sobrevivem sombra. So denominados umbrfitas.

    O fsforo o mineral que estimula a florao, mas existem outros, como veremos adiante,que auxiliam a produo e a qualidade das flores.

    Alm da luz e dos minerais, a gua tambm um fator importante para o crescimento das

    flores. H plantas, como o ip amarelo, que florescem nos meses frios e secos de inverno.Outras aproveitam o calor e a umidade da primavera e do vero para florescer.

    A flor no um rgo de absoro. Se pudermos evitar o acmulo de gua e produtospulverizados sobre ela, durar mais.

    O vento tambm pode ser um transtorno, principalmente para as espcies que tm floresna forma de tubos e ptalas delicadas. Elas no resistem ao impacto do vento e no de-

    vem ser plantadas em sacadas e coberturas, se no houver uma proteo. Exemplo: prima-vera, brinco-de-princesa, petnias etc.

    Alm de derrubar as flores, o vento desidrata a planta e o solo, causa choques mecnicose, em reas grandes, transporta sementes de plantas invasoras.

    H plantas que s florescem e frutificam em regies frias, como as macieiras. Outras, comoa rvore da felicidade e vrias espcies de fcus, originrias da Polinsia, no florescem emnosso clima.

    A altitude e a longitude so condies importantes para a obteno de flores de melhorqualidade. Botes de rosas cultivados prximos ao Equador, como os altiplanos da Co-lmbia, crescem muito mais em razo da insolao constante durante todo o ano e do arrarefeito, o qual dificulta a proliferao de doenas causadas por fungos e bactrias.

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    A folha

    Alm de ser o pulmo da planta, a folha serve como rgo de absoro de gua e luz, deexcreo do excesso de minerais, de manuteno da temperatura e de reproduo.

    As folhas podem ser de vrios tipos:

    lanceolada sagitada orbicular assimtrica partida

    imparipenada paripenada espinescente cletrada

    germinada trifoliada digitada duplicada

    ociculada

    linear

    pilosa

    flutuante

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    Nas partes superior e inferior, as folhas apresentam inmeros poros, os estmatos. Soimportantes para a fotossntese, respirao, transpirao e eliminao de resduos. Tam-bm apresentam nervuras por onde correm a seiva e os gases. Essas nervuras do origemao pecolo, que prende as folhas ao caule. Na base de cada folha, podemos encontrar uma

    gema ou olho de brotao, de onde surgem os novos ramos.

    Durante a poda, o corte feito acima e contrrio s gemas evita o acmulo de seiva, prote-gendo a folha contra o aparecimento de fungos e bactrias que causam podrides.

    Nos troncos, existe uma regio superior denominada crista ou can gote, e uma inferiorconhecida por colar ou pescoo por onde a gua escorre.

    Na poda, importante preservar a crista e o colar, pois onde vai crescer um tecido novo

    de cicatrizao.Como a folha rgo de absoro, a adubao foliar pode ser uma boa soluo na hora deaplicar adubos.

    Todo produto foliar, como inseticida, fungicida, adubo, limpa-folhas etc., deve ser aplica-do tarde para evitar as manchas causadas pelo sol.

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    A raiz

    A raiz um rgo vital para a planta. Mesmo sem folhas ou flores, os vegetais podem so-breviver por algum tempo, mas sem as razes impossvel a absoro de gua e minerais

    pelas plantas terrestres.

    Tambm pelas razes h eliminao de resduos ou fezes alimentares. Nem tudo o quea planta absorve usado na alimentao e crescimento e precisa ser eliminado ou pelasfolhas, atravs da transpirao, ou pelas razes. importante preparar um sistema de dre-nagem que permita que os restos alimentares sejam eliminados do vaso.

    A planta respira por todas as partes, inclusive pela raiz. Se o solo estiver duro ou encharca-do, faltar oxigenao e as razes apodrecero.

    No se pode deixar gua no fundo dos pratos de suporte, pois o excesso de gua facilita o

    crescimento de bactrias que causam doenas.As razes absorvem gua e minerais atravs de pequenos plos absorventes. a regio ativada raiz, onde devem ser localizados os nutrientes na hora de adubar. Pelas pontas, a raizsolta cidos, que permitem a penetrao no solo. Junto ao caule, a raiz torna-se dura comoo tronco, permitindo a sustentao da planta. Nessa parte dura, como no existem plosabsorventes, os minerais no so mais retirados do solo. Portanto, os adubos no devemser colocados nessa regio.

    Bem prximo ao caule, h uma regio chamada colo ou coleto. Se o adubo entrar em con-tato com essa parte, pode queimar ou sapecar as plantas. Tambm no se deve cobrir ocolo com terra na hora de plantar.

    Muitas plantas se reproduzem pelas razes, atravs de brotos laterais, permitindo a multi-

    plicao de mudas por diviso das touceiras.

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    As razes so importantes rgos de reserva. Nos perodos de frio, as plantas armazenamseus nutrientes nas razes, e, quando chega o perodo de crescimento, esses nutrientes socarregados pela seiva para produzir folhas e frutos novos. Geralmente, nas luas minguantese novas, a seiva desce para as razes, onde fica armazenada. Por isso, essas so as melhorespocas para as podas das partes areas ou para colher razes e tubrculos.

    Cuidado na hora de plantar e transplantar!

    Todo ferimento na raiz pode causar a entrada de fungos, bactrias e nematides, que vivemno solo e causam doenas s plantas.

    Na arborizao de ruas e parques, importante verificar se o sistema radicular no preju-dicar a calada ou provocar tombos.

    Existem diferentes tipos de razes.

    Raiz fascicular ou em cabeleira Raiz axial ou pivotante Raiz area ou adventcia

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    Raiz apressria Raiz escora Raiz tabular

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    O caule

    Alm de servir de sustentao para folhas, flores e frutos, o caule tambm transporta aseiva.

    H dois tipos de seiva:

    seiva bruta: formada pela gua e minerais absorvidos do solo;

    seiva elaborada: so os acares produzidos a partir da fotossntese.

    No caule, h dois tipos de vasos de transporte:

    oxilema, que transporta a seiva bruta e interno ao tronco;

    ofloema, que transporta a seiva elaborada e ocupa posio mais externa.

    Tronco Estipe nica Estipes mltiplas

    palmeiras areca bambu

    Colmo oco (bambu) Colmo cheio (cana-de-acar)

    O caule tambm respira e faz fotossntese. Por isso, errado fazer caiao ou pintar ocaule das plantas.

    H caules flexveis ou herbceos, como o dos gernios, das marias-sem-vergonha etc., ecaules lenhosos ou duros, como o das rvores e arbustos. Tambm h caules subterrneos,como os bulbos e rizomas.

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    Pelo caule e pelos ramos possvel fazer a produo de estacas. No caso dos caules her-bceos, o enraizamento fcil. Mas, quanto mais lenhoso for o caule, mais difcil enraizar aestaca. Nesse caso, usamos hormnios de enraizamento.

    As estacas podem ser de caules cortados ou podem ser enraizadas na prpria planta. Nes-se caso, chamamos o processo de alporquia.

    flor aberta

    flor aps polinizao

    gema apical

    ovrio floral (fruto em

    formao)

    folha

    pecolo

    gema lateral

    n (base da folha)

    entre ns

    colo ou coleto

    raiz

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    Reproduo por estacas

    As estacas devem ser tratadas com horm-nio vegetal antes de serem enraizadas.

    As estacas herbceas retiradas com folhas,das pontas dos ramos, devem ter a sua me-

    tade inferior livre das folhas, para diminuira transpirao da planta.

    Produo de estacas

    As estacas devem ter de 20 a 25 cm de comprimento. Devem ser enterradas perpendi-cularmente, deixando-se para fora 1 ou 2 olhos e 1 par de folhas (os olhos que ficam defora devem ser previamente aparados). Aps 8 semanas, comeam a brotar, podendo-se

    transplant-las para o local definitivo.

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    Reproduo por diviso

    Diviso por touceiras

    Deve-se bater levemente ovaso numa mesa, a fim deque o torro se solte.

    Cuidadosamente, retire otorro de terra, cuidandopara ele no se desfazer.

    Separe, com as mos, asmudas, procurando no da-nificar as razes mais que onecessrio (sirva-se de uma

    tesoura, se for preciso).

    Diviso de mudas Diviso de rizomas (caules subterrneos)

    Diviso das mudas com razes e partes areas:

    plantam-se separadamente.

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    Reproduo por esporos

    Multiplicao por esporos

    Face inferior da folha com grupos Os fololos frteis so colocadosde esporos. sobre o papel.

    Devem permanecer embrulhados por umperodo de 10 dias, ao final do qual se per-ceber um p marrom, que deve ser co-

    letado.

    O p marrom (esporos) deve ser espa-lhado sobre a terra e mantido em local mi-do, ou amarrado num saco plstico, por um

    ms, at que surjam os protalos.

    Quando as mudas tiveremcerca de 5 cm, devem ser

    transferidas para o vasodefinitivo.

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    Reproduo por rizomas

    Multiplicao por rizomas

    Samambaia adulta Da samambaia adulta retira-se um pedao

    de 10 cm de rizoma, verificando se o peda-

    o escolhido possui gemas.

    Enterra-se parte do rizoma em posio Dos pedaos de rizomas nascero

    inclinada. novas samambaias.

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    Reproduo por folhas

    Folha de sanseviera Folha de begnia Folha de cactus

    Estaquia de plantas As folhas so deitadas na Vaso formadopor folha terra para soltarem razes

    e folhas novas

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    Enxertia por borbulha

    As estacas das quais so re-

    tiradas as borbulhas para en-xertia devem ser de ramosainda verdes e vigorosos.

    As borbulhas devem ser reti-

    radas com bastante cuidadopara que no se danifiquemas gemas ou olhos.

    Detalhe de uma borbulha

    para enxertia.

    Faz-se primeiramente um corte transversalna muda porta-enxerto ou cavalo.

    Depois, um corte longitudinal, dando assimo formato de T invertido.

    A borbulha deve ficar beminserida no corte.

    Depois deve ser fixada comfita plstica, rfia ou uma tirade pano encerada.

    Depois de 30 dias, se consta-tado o pegamento da borbu-lha, ser retirado o amarri-lho e aparado o cavalo, logoacima do local do enxerto.Quando o broto atingir 8 a10 cm, conveniente des-pont-lo.

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    Alporquia

    Faz-se um anel de 2 a 3 cm de dimetro, retirando-se a casca em volta doramo escolhido.

    Cobre-se o anel com esfagno mido e fecha-se com um plstico transpa-

    rente, amarrando-se bem as pontas. Quando as razes comearem a aparecer,pode-se cortar logo abaixo do anel: a muda est pronta para o plantio.

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    Os seres vivos

    Em um jardim existem inmeros seres vivos que se relacionam entre si e com o ambiente.A sade desse ecossistema vai depender da forma como ele manejado. Um ponto-chave

    para o equilbrio ecolgico a biodiversidade, ou seja, a variedade de espcies que existemno local.

    Todo ser vivo tem um inimigo natural, que controla o crescimento de sua populao. Sesoubermos respeitar esse princpio, o uso de uma quantidade enorme de produtos agro-

    txicos pode ser evitado.

    Qualquer espcie pode tornar-se inconveniente quando a sua populao cresce desorde-nadamente. Alm disso, o que consideramos normalmente como praga pode ter um papelimportante no controle biolgico de outras espcies. o caso das joaninhas, que podem

    servir para controlar populaes de pulges ou de vespas, que, por sua vez, combatemlagartas e formigas. Mesmo as formigas, apesar dos prejuzos que causam, tm um papelimportante na retirada de folhas e matria orgnica.

    A formiga corta A lagarta mastiga O besouro perfura O caro sugaa folha. a folha. a folha. a folha.

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    Principais pragas e doenas

    As doenas so causadas principalmente por microorganismos, como fungos, vrus e bac-trias. Eles so transmitidos s plantas atravs da gua, do vento, do solo e de ferramentas

    contaminadas.

    So doenas causadas por fungos:

    Mildio (Peronospora sparsa): sobre as folhas e outras partes areas, aparecem manchasirregulares de colorao amarela ou vermelho-prpura. Com o tempo, sobre as man-chas, surge um bolor acinzentado, as folhas secam e caem, levando as plantas morte.Essa doena mais comum quando h mudanas de temperatura e umidade elevada.Controle: manejo ecolgico e produtos qumicos (sulfato de cobre e calda bordalesa).

    Oidio (Spharoteca panosa): surge uma camada esbranquiada sobre os dois lados da

    folha. A doena ataca tambm os botes florais, que no se formam. Controle: manejoecolgico e produtos qumicos (enxofre solvel).

    Ferrugem (Fragmidium mucronatum): o fungo deixa manchas alaranjadas na face infe-rior das folhas, gemas e ramos. As folhas caem e a planta morre. Surge principalmentenos perodos quentes e secos. Controle: manejo ecolgico e produtos qumicos basede enxofre.

    Botrytis (Botrytis cinerea): tambm chamada de mofo cinzento, a doena ocorre sem-pre depois de perodos chuvosos, provocando a mela dos botes e da parte inferiordo caule de plantas novas. As partes atacadas se descolorem e, em seguida, aparecemmanchas acinzentadas. Controle: manejo ecolgico e produtos qumicos.

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    Problemas causados por insetos, lesmas eoutros seres vivos

    Os insetos so as pragas mais comuns, embora outros animais, como lesmas, caracis etatuzinhos, tambm possam causar prejuzos ao jardim.

    Pulgo: existem vrios tipos de pulgo, reconheci-dos pela cor (verde, vermelho, preto, alaranjado),que atacam folhas, brotos, flores e botes em for-mao. Esses insetos sugam a seiva das plantas, en-fraquecendo-as e deixando-as sujeitas ao ataque defumagina, fungo que forma uma camada escura so-bre a regio onde se instala. Os pulges vivem em

    colnias sob as folhas e aparecem quando h brota-es novas. Controle: manejo ecolgico, preparadoscaseiros e produtos qumicos.

    Cochonilhas: existem as de carapaa e as que noa possuem. Estas so chamadas de farinhas. Todas sugam a seiva da planta, deixando-afraca e com folhas manchadas. Controle: manejo ecolgico, mtodos caseiros e produtosqumicos.

    caros: parecidos com pequenas aranhas, formam pequenas teias sob as folhas. Estas setornam manchadas, secas e caem. Atacam os frutos, deixando sobre eles pequenos pontos

    pretos. Aparecem normalmente quando h mudanas bruscas de temperatura e umidade.Controle: manejo ecolgico e produtos qumicos (enxofre solvel ou acaricidas especficos).

    Trips: pequenos insetos de asas franjadas. Raspam asfolhas, que amarelecem, enrolam e caem. Transmi-

    tem viroses e deixam manchas pretas sobre as folhas,devido s fezes que eliminam. Controle: manejo eco-lgico e produtos qumicos.

    Formigas: existem as que sugam e as cortadeiras

    (sava, quenqum e mineira). Causam estragos prin-cipalmente em mudas novas. So de difcil controle,pois deslocam-se a grandes distncias em busca denutrientes necessrios ao cultivo do fungo do qual sealimentam. Controle: deve-se proteger o p da plan-

    ta com barreiras, produtos qumicos.

    Lagartas: correspondem a uma fase da vida dos insetos. Elas mastigam folhas, ramos no-vos e flores. Controle: manejo ecolgico, catao manual e produtos qumicos (lagarticidasnaturais).

    Besouros: as larvas, conhecidas como brocas, so depositadas em pequenos orifcios nostroncos onde esses insetos vivem. L, retiram a celulose e a seiva da planta. Podem alo-

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    jar-se no solo, s vezes causando grandes estragos. Controle: manejo ecolgico, mtodocaseiro e produtos qumicos.

    Nematides: pequenos vermes cilndricos. Vivem no solo e parasitam as plantas. Alojam-

    se nas razes, formando galhas, pequenos ndulos. Sugam a seiva da planta, impedindo quea gua e os minerais cheguem copa. A planta seca, ficando com aparncia de triste. Asfolhas ficam enroladas e quebradias. Controle: eliminao das plantas doentes e adiode matria orgnica no solo, o que promove o aparecimento dos inimigos naturais dosnematides. H nematicidas, produtos qumicos utilizados para o controle desses vermes.O plantio de hortel ou cravo-de-defunto no local diminui a infestao de nematides nosolo.

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    Receitas caseiras para combater as pragas

    Antes de optar pelo uso de agrotxicos ou por medidas mais radicais, procure controlar aocorrncia de pragas e doenas com mtodos preventivos mais ecolgicos. Os preparados

    caseiros podem auxiliar no controle de pragas, principalmente quando os danos so logopercebidos.

    Calda de fumo

    200 g de fumo de corda e 1 litro de gua Pique e macere o fumo, deixando de molho por24 horas. Coe num pano fino e dilua em 5 litros de gua. Pulverize contra pulges, perce-

    vejos, trips e lagartas. Para melhorar o efeito, acrescente duas colheres de sabo de cocoem p ou de barra de sabo de coco.

    Extrato de fumo

    100 g de fumo de corda e 2 litros de gua Deixe ferver por 20 minutos. Depois de frio,injete nos orifcios de brocas (larvas de besouros), tapando com sabo de coco neutro.

    gua de sabo

    2 copos de extrato de fumo, 200 g de sabo de coco neutro e 10 litros de gua. Deixe fer-ver e filtre. Depois de frio, aplique contra cochonilhas sem carapaa. Para cochonilhas comcarapaa, aplique preparado feito com gua, lcool e leo mineral na proporo 1:1:0,1. Sepossvel, retire as cochonilhas mortas, pois podem ficar ovos, que eclodem novamente.

    gua

    Os caros surgem em pocas secas e frias. Se as plantas forem regadas nesse perodo,molhando-se embaixo das folhas, a populao diminui bastante.

    Armadilha para pulges

    O sabugueiro uma planta muito apreciada pelos pulges. Se plantarmos algumas mudasdessa planta no jardim, elas sero logo atacadas. Os galhos infestados devem ser, ento,

    cortados e queimados.

    Armadilhas para lesmas, caracis e tatuzinhos

    Espalhe sacos de estopa ou pano embebidos em cerveja ou leite. Aps alguns dias, recolhae elimine esses predadores.

    gua, pimenta e sabo

    Macere duas cabeas de alho com casca, junto com 4 colheres de ch de pimenta verme-lha. Ferva em 4 litros de gua. Antes de esfriar, acrescente 2 colheres de sopa de sabo de

    coco em p ou de sabo de coco em barra. Coe em um pano fino e pulverize as plantas.Indicao: caros, insetos em geral, alguns fungos e bactrias.

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    Cravo-de-defunto (Tagetes minuta)

    Pique 100 g de folhas e talos de cravo-de-defunto em 1 litro de gua. Ferva por 5-10 minu-tos e deixe esfriar. Coe em um pano limpo e pulverize. Indicao: insetos em geral.

    Piretro (Crysantemum lineralifolium)

    Macere as folhas e ferva em um litro de gua ou deixe de repouso por dois dias. Coe epulverize as plantas. Indicao: insetos em geral.

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    Formas de manejo ecolgico de pragas e doenas

    Antes de optar pelo uso de produtos qumicos, prejudiciais ao ambiente e aos seres vivos,procure mtodos alternativos de controle. Apenas em ltimo caso recorra aos agrotxi-

    cos. A seguir, apresentamos algumas prticas preventivas.

    Estimule a diversidade de espcies no jardim, dando possibilidade aos predadores deencontrar diferentes tipos de alimentos. Algumas pragas e doenas so especficas decertas espcies vegetais, mas algumas plantas apresentam maior resistncia. Procureselecionar as mais resistentes na hora de reproduzi-las.

    Faa a rotao de culturas: o objetivo quebrar o ciclo de vida dos parasitas, quenormalmente coincide com o ciclo da planta. Essa prtica promove o seu desapa-recimento por algum tempo, diminuindo a infestao. Basta trocar as plantas anuais

    por outras diferentes. Esse procedimento muito importante para evitar doenas dosolo.

    Enterre ou queime os restos das culturas, para evitar que pragas e doenas permane-am no local.

    Controle as regas, evitando excesso de umidade no solo e nas plantas, o que favoreceo aparecimento de fungos e bactrias.

    Controle as adubaes, evitando o desequilbrio dos nutrientes, pois uma planta malalimentada est mais sujeita a doenas.

    Adicione sempre matria orgnica, tornando mais saudveis as plantas e melhorando aestrutura do solo. Essa prtica tambm favorece o aparecimento de inimigos naturaisdos nematides.

    Aumente o espaamento entre as plantas, melhorando as condies de luz, umidade,temperatura e ventilao.

    Desinfete ferramentas, luvas, botas e roupas, quando trabalhar com plantas doentes.

    Tenha cuidado na escolha de mudas, procurando as mais sadias e isentas de pragas.

    Isole plantas doentes e, se preciso, elimine as que no se recu peram, queimando os

    restos vegetais. Nunca utilize terra de vasos ou sacos plsticos de mudas doentes.

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    Reconhea as principais plantas invasoras

    Eleusine indica (L) Gaertn (capim p-de-galinha) Digitaria sp (capim-de-colcho)

    Setaria sp (capim rabo-de-raposa) Oxalis sp (trevo silvestre)

    Cyperus rotundus (tiririca) Chenopodium album L Taraxacum officinale(falsa erva-de-santa-maria) (dente-de-leo)

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    Tcnicas de plantio

    O terreno deve estar preparado e o solo j adubado, pelo menos 30 dias antes do plantio.

    Os beros so abertos de acordo com o tipo de muda.Para rvores, o ideal que sejam feitos com 70 cm de profundidade por 60 cm de com-primento e largura (70x60x60). Para arbustos, com 50 cm de profundidade por 40 cm decomprimento e largura (50x40x40x).

    Mesmo que as mudas sejam pequenas, essas medidas so as indicadas, pois favorecero ocrescimento das plantas nos primeiros anos de vida.

    A terra que se retira dos beros deve ser separada em dois montes: um com os 20 cmformados pela terra da superfcie e outro com o restante dela. Isso porque a parte de cimado solo a mais frtil e, junto com a terra previamente preparada com adubos orgnicose qumicos, dever ser devolvida ao bero. O restante da terra pode ser adubado e usadoem outros beros, desde que se esperem 20 a 30 dias para plantar.

    Ao plantar, coloque apenas a metade da terra no bero. Em seguida, regue abundantemente.

    A rega durante o plantio importante para que a terra se compacte e o solo no fiqueressecado.

    Em seguida, preencha o bero com terra at o nvel do solo, no se esquecendo de colocara muda na mesma altura em que estava plantada. Regue em seguida e diariamente nos pri-meiros 30 dias. Se puder, faa ao redor das plantas uma coroa com capim, serragem, casca

    de arroz ou outra cobertura morta, para evitar o ressecamento do solo e o aparecimentode ervas daninhas.

    Se preciso, faa o tutoramento das mudas para que no tombem. Use cabo de vassoura ouferro de construo e, de preferncia, sisal ou corda para amarr-las. O lao deve ser emoito, para evitar o estrangulamento do caule.

    Plantio em vasos

    No fundo do vaso, deve-se colocar material de drenagem, como cascalho ou brita mistu-rada com areia.

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    A planta deve ser colocada bem ao Preencha os espaos laterais comcentro do vaso. terra, deixando uns 2 cm

    (at a borda do vaso) sem terra.

    A terra deve ser comprimida com as mos A planta no deve ficar em contatolevemente, a fim de no compactar com a gua.o solo demasiadamente.

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    Os solos

    O solo um recurso natural renovvel. formado ao longo de milhares de anos pela de-composio das rochas que se encontram nas camadas mais profundas da crosta terrestre.

    A gua, a temperatura, os ventos, as razes das plantas e os microorganismos so respon-sveis pelas transformaes das rochas, dando origem a diferentes tipos de solos.

    A camada superficial do solo, com profundidade de 20 a 30 cm, a mais importante parao crescimento das plantas, pois nessa regio que crescem as razes e onde se concen-

    tra a maior parte dos minerais disponveis s plantas. Tambm uma regio com maioracmulo de matria orgnica. Por isso, importante que seja preservada. Logo abaixo,encontramos o subsolo, mais pobre em minerais, com maior quantidade de pedras emenor concentrao de gua e oxignio. Essa camada pode estender-se por muitos me-

    tros, at encontrar a rochame ou rocha matriz. essa rocha que deu origem ao solo e,portanto, muitas das caractersticas minerais dele esto relacionadas com o tipo de rochaencontrada em uma regio.

    Alguns solos so formados pela deposio de minerais e material orgnico trazidos pelagua e pelos ventos. So solos que tm caractersticas diferentes da rocha matriz. Podemperder facilmente suas qualidades (exemplo: beira de rios, praia, charcos e floresta ama-znica).

    Caractersticas importantes do solo

    Alm da parte qumica do solo, outros aspectos so importantes, tais como:

    Matria orgnica: ela d ao solo maior leveza, porosidade e umidade. importan-te para o crescimento de microorganismos, que formam a fauna e a flora do solo eauxiliam o crescimento das plantas. Mesmo sendo pobre em alguns minerais, pois asplantas os utilizam antes de perderem as folhas, galhos e flores, a matria orgnicaproporciona a sade do solo.

    Estrutura dos solos: como os solos se comportam. H solos muito compactos ede difcil drenagem e aerao, o que dificulta o crescimento das razes. Outros so

    muito leves, no retm gua e so sujeitos eroso. O ideal que os solos apresentemgrumosidade, ou seja, capacidade de agregar e reter umidade. Isso ocorre quandoacrescentamos matria orgnica.

    Tipos de solo

    H vrios tipos de solos. De forma geral, podem ser classificados em:

    Argilosos: com mais de 35% de argila, so solos ricos em minerais; geralmente pro-fundos, apresentam dificuldade de drenagem e aerao. Tm colorao avermelhada,

    embora existam diferentes tipos de argila, com muitas coloraes.

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    Adubos

    Ao todo, so 17 os minerais essenciais s plantas. Os minerais de que elas necessitam emmaior quantidade, chamados macro-nutrientes, so: nitrognio (N), fsforo (P), potssio

    (K), clcio (Ca), magnsio (Mg) e enxofre (S).

    Os micronutrientes, necessrios em pequenas quantidades, so: ferro (Fe), mangans (Mn),boro (Bo), molibdnio (Mo), cobre (Cu), zinco (Zn) e cobalto (Co).

    Cloro (Cl) e alumnio (Al) em pequenas quantidades podem se tornar txicos s plantas.

    A planta necessita tambm de carbono (C), hidrognio (H) e oxignio (O), os quais retirada gua e do ar.

    Macro-nutrientes

    Nitrognio: o elemento qumico que exerce efeito mais rpido e pronunciado sobre osvegetais. Estimula o crescimento vegetativo (folhas, ramos e caules). D cor verde-escuros folhas. Aumenta o tamanho dos gros e a quantidade de protenas. Controla a utilizaode potssio, fsforo e outros nutrientes. Torna as plantas mais suculentas (exemplo: alface,rabanete e hortalias).

    Sintomas da falta de (N):

    menor desenvolvimento da parte area da planta;

    folhas amarelas ou verde-amareladas;

    queda das folhas.

    Sintomas do excesso de (N):

    crescimento exagerado da parte area;

    plantas fracas, sujeitas a pragas e doenas;

    tombamento das plantas;

    retardo na maturao dos frutos; piora da qualidade dos frutos e sementes.

    Fsforo: junto com o nitrognio, um dos principais elementos para o crescimento dasplantas. Auxilia o aproveitamento de outros nutrientes do solo. Pode ser encontrado emadubos comerciais, resduos vegetais, estrume e naturalmente nos solos. Est relacionado florao, frutificao e formao de sementes. Auxilia a maturao dos frutos e a for-mao de razes laterais. Fortalece os tecidos de sustentao, evitando o tombamento dasmudas. Aumenta a qualidade das safras, dando resistncia a certas doenas.

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    Sintomas da falta de (P):

    menor florao, frutificao e produo de sementes;

    menor enraizamento e vigor das plantas;

    tombamento de mudas novas.

    Sintomas do excesso de (P):

    Mesmo em grandes quantidades, no chega a ser muito prejudicial, exceto em folha-gens como as samambaias e plantas epfitas.

    Potssio: um elemento qumico que existe em grande quantidade nos solos, mas quelogo acaba, devido ao grande consumo pelas plantas e s perdas que ocorrem em virtudeda gua da chuva e de regas excessivas. Est ligado ao crescimento e fortalecimento das ra-

    zes, ao vigor e resistncia a certas doenas. Serve de equilbrio ao nitrognio e ao fsforo,neutralizando os seus efeitos prejudiciais. importante para a fotossntese. Tambm age naformao de gros e sementes, tornando-os maiores e mais pesados. Auxilia o desenvolvi-mento de tubrculos.

    Sintomas da falta de (K):

    folhas com bordas secas e crestadas;

    superfcie das folhas desigualmente amareladas;

    frutos ressecados, sem acares; sementes mal formadas, leves e sem reservas nutritivas.

    Sintomas do excesso de (K):

    assim como o potssio, mesmo em grandes quantidades, no causa prejuzo s plantas.

    Enxofre: essencial ao crescimento das plantas, participando de muitas reaes qumicas. encontrado naturalmente no solo, em maior quantidade em regies encharcadas, e noar atmosfrico, principalmente prximo s grandes cidades industriais. Junto com a gua,

    forma o cido sulfrico, que cai sob a forma de chuvas cidas, podendo ser prejudicial splantas e ao ambiente.

    Sintomas da falta de (S):

    plantas pequenas e delgadas;

    folhas novas com colorao verde-clara e amarelada;

    menor formao de razes com ndulos que fixam nitrognio;

    atraso na maturao de frutos;

    atraso na germinao das sementes.

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    Sintomas do excesso de (S): em grande quantidade, torna os solos muito cidos, oque dificulta o aproveitamento de outros nutrientes.

    Clcio e magnsio: so considerados elementos corretivos do solo, mudando o seu pH

    (potencial de ons hidrognio). So, por isso, utilizados na calagem ou tamponagem dossolos.

    Os solos podem ser cidos ou alcalinos. As caractersticas das plantas, quanto ao pH, va-riam de uma espcie para outra. H plantas que preferem solos cidos, como, por exem-plo, samambaias. Outras, como a grande maioria, preferem solos ligeiramente cidos, compH aproximado de 6,5. Para aumentar o pH do solo, utiliza-se geralmente o calcrio do-lomtico - a cal virgem e a cinza de madeira tambm podem ser utilizadas, porm em pe-quenas reas.

    A calagem melhora a estrutura do solo, aumentando a decomposio da matria orgnicae a formao do hmus. Isso torna o solo mais solto. Tambm tem efeito importante naabsoro de outros nutrientes. Em solos muito cidos, as plantas no conseguem absorvero NPK e alguns micronutrientes, apresentando sintomas de carncia. A prtica da calagempode diminuir a toxidez de alguns elementos, quando em excesso (ferro, alumnio e man-

    gans). Ela estimula o crescimento de microorganismos, que eliminam produtos orgnicosprejudiciais s plantas, e favorece o aparecimento de bactrias que fixam no solo o nitrog-nio do ar. Porm, alguns microorganismos prejudiciais podem se desenvolver no solo quan-do a calagem feita em excesso. Em alguns casos, a calagem pode reduzir o crescimentode plantas, como azalias, louro, certas espcies de uva e melancia. Para solos arenosos,

    que possuem pouca matria orgnica, a calagem deve ser moderada.

    Como fazer a medio do pH: o pH do solo pode ser medido com o uso de peagme-tros, encontrados venda no comrcio, ou pelo envio de amostras de solo a laboratrios(Instituto Agronmico de Campinas). O emprego de calcrio depende da acidez do solo edas exigncias de cada cultura. A medio deve ser feita periodicamente, pois com o tem-po o pH sofre mudanas. mais recomendvel o calcrio dolomtico, por ser mais baratoe apresentar certa quantidade de magnsio essencial s plantas. A cal virgem usada quan-do se deseja uma ao imediata, mas seu efeito menos prolongado. Cinzas de madeira

    podem ser colocadas periodicamente, dando bons resultados. Tome cuidado com a calvirgem, pois, por ser custica, pode causar alergias e queimaduras.

    Como aplicar o calcrio: em gramados, forraes e jardineiras, pode-se fazer aplicaoa lano, deixando-se o calcrio espalhado sobre o terreno e regando-se em seguida. Mas,para um efeito mais rpido, aconselhvel aplicar o calcrio misturado terra, enquantose preparam os beros e canteiros. Para solos alcalinos, pode-se utilizar gesso residual,

    tambm venda no comrcio, ou sulfato de ferro nas seguintes quantidades: 42O g/m2de gesso residual; 150 g/m2de sulfato de ferro. Isso suficiente para diminuir um ponto ondice de pH dos solos alcalinos.

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    Micro-nutrientes

    Mangans (Mn): faz parte de inmeras reaes qumicas no interior das plantas, taiscomo: produo de protenas, cido ascrbico (vitamina C), desdobramento das molculas

    de gua e fotossntese.

    Sintomas da falta de (Mn):

    So perceptveis em toda a planta na forma de amarelecimento das folhas. Quando a falta muito acentuada, causa uma clorose, ou seja, de colorao entre as nervuras, apare-cendo pequenos pontos apodrecidos nas folhas velhas.

    Sintomas do excesso de (Mn):

    Pode causar deficincia de ferro e de outros nutrientes.

    Boro (B): auxilia na produo de carboidratos (amido) e no trans-porte de acares. Tempapel importante na formao de tecidos da planta, na absoro de gua e no transporteda seiva.

    Sintomas da falta de (B):

    Diminuio dos tecidos de crescimento (brotos e gemas), da formao de frutos esementes; aparecimento de folhas novas deformadas e quebradias.

    Sintomas do excesso de (B):

    Necrose intensa nos pontos de crescimento de brotos e folhas.

    Cloro (Cl): tem papel importante na formao de razes e partes areas da planta. mais comum que esteja em excesso, pois a gua de irrigao j contm certa quantidade.Pequenas concentraes podem causar toxidez, deixando as folhas queimadas. Por isso,devem-se evitar adubaes com esse elemento qumico.

    Cobre (Cu): importante para a respirao, fotossntese, aproveitamento de nitrognio,transporte de gua no interior da planta e resistncia a doenas causadas por fungos.

    Sintomas da falta de (Cu):

    Amarelecimento das plantas, folhas com extremidades brancas, alongadas, deforma-das e com a margem curvada para baixo. Os sintomas aparecem primeiro nas plantasnovas.

    Ferro (Fe): est ligado formao de clorofila e de outros pigmentos da planta. Tambm

    importante para a formao das protenas do vegetal.

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    Sintomas da falta de (Fe):

    Plantas sem colorao vistosa, clorose entre as nervuras das folhas novas. Como amaior parte dos solos brasileiros rica em ferro, adubaes com esse elemento no

    costumam ser feitas.

    Molibdnio (Mo):toma parte nas reaes qumicas da planta, atuando como um ativador.Est ligado fixao de nitrognio e produo de protenas.

    Sintomas da falta de (Mo):

    Folhas com colorao amarelo-castanho; plantas pequenas.

    Zinco (Zn): importante para a formao de hormnios de crescimento dos vegetais.

    Melhora a reproduo vegetal, auxiliando a formao da semente, a maturao de frutose o enraizamento.

    Sintomas da falta de (Zn):

    Retarda o crescimento das plantas e a maturao de frutos e sementes. Pode surgirentre as nervuras da folha um tecido foliar mais grosso.

    Cobalto (Co): no existem estudos detalhados sobre o papel desse elemento nas plantas.Sabe-se que ele essencial para a fixao de nitrognio.

    Para se fazer o diagnstico da deficincia de nutrientes, deve-se atentar para os seguintesaspectos:

    se os sintomas so generalizados, vrias plantas apresentam o mesmo problema;

    se ocorrerem em algumas plantas e em locais especficos, os danos podem ser cau-sados por pragas, doenas, manejo incorreto de fatores ambientais ou caractersticas

    genticas;

    na planta, caso uma folha apresente os sintomas, a folha oposta tambm deve apresen-t-lo (simetria dos sintomas). Isso depende da posio em relao luz.

    Os sintomas visveis aparecem geralmente quando a produo est comprometida. Portan-to, so necessrias anlises peridicas.

    Lembre-se:

    sintomas nas folhas verdes: N; P; H e Mg;

    sintomas nas folhas novas: S; Cl; Fe; Cu; Mn; Mo e Zn;

    sintomas nas folhas novas e tecidos de crescimento: Ca e B.

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    Como adubar

    Os adubos podem ser lquidos ou slidos. Na adubao foliar, utilizam-se adubos dissol-vidos que, aplicados sobre as folhas, tm uma ao muito mais rpida. J na adubao do

    terreno, so usados adubos granulados, que devem ser misturados ao solo para depoisserem dissolvidos pela gua e aproveitados pelas plantas. Tambm existem adubos lquidosraiz, que so regados sobre o solo.

    O adubo granulado precisa sempre ser incorporado ao solo. Ele no deve ficar exposto,jogado superficialmente, devendo sempre ser misturado terra. Deve-se tomar cuidadocom a proximidade das razes e do caule da planta, pois o contato pode causar danos.

    Como a absoro dos adubos qumicos rpida, o excesso pode causar intoxicaes novegetal. Nesses casos, preciso regar abundantemente as plantas para tentar diminuir aconcentrao de nutrientes. mais fcil perder-se uma planta pelo excesso de nutrientes doque por sua falta. Os adubos peletizados so de ao lenta e evitam a queima das plantas.

    A adubao antes do plantio deve ser feita com um perodo de 30 dias de antecedncia,nos meses secos, ou 20 dias antes, nos meses chuvosos, para que os nutrientes sejamdissolvidos. Aps o plantio, deve-se irrigar diariamente por um perodo de um ms, dimi-nuindo as regas posteriormente.

    Em mudas j plantadas, as adubaes posteriores so feitas em coroa, abrindo-se soba copa das plantas um crculo de aproximadamente 5 cm, onde colocado o adubo. Emseguida, cobre-se com terra o orifcio e rega-se. Em gramados e jardins, podem-se abrir

    pequenos buracos ao redor da planta, onde so colocados os adubos.

    Procedimentos nas adubaes

    Adubao em coroa Adubao em cochos

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    No caso de vasos, pode-se trocar peri-odicamente 1/3 da terra utilizada, adicionan-do-se adubos, tendo-se sempre o cuidadode mant-los afastados do caule da planta.Para isso, pode-se retirar a terra junto sbordas ou fazer uso de adubos lquidos fo-liares, que sejam absorvidos pela raiz.

    Frmulas de adubos

    Os adubos podem ser preparados com vrios minerais. importante que contenham ma-cro e micronutrientes e, sempre que possvel, matria orgnica.

    As frmulas representam as quantidades proporcionais de N (nitrognio), P (phosphorum),K (kalium ou potssio) - o famoso NPK.

    Podemos fazer qualquer frmula, mas as mais comuns so:

    10 . 10 . 10 - para plantas equilibradas;

    4 . 14 . 8 - para plantas florferas ou de frutos;

    8 . 8 . 8 - para plantas pouco exigentes;

    20 . 20 . 20 - para plantas exigentes e de porte.

    Tambm podemos revezar as frmulas. Para o crescimento equilibrado da planta, damos10.10.10. Antes da florao, mudamos para 4.14.8. Existem tambm adubos nitrogenados,mais concentrados em nitrognio e fosfatos e ricos em fsforo.

    difcil determinar a concentrao de nutrientes em adubos orgnicos. Geralmente sorecomendados em kg ou litros por m2 ou muda. As adubaes so feitas antes do perodode florescimento e aps a colheita ou poda, para compensar as perdas de nutrientes. E,preferencialmente, nos perodos chuvosos.

    Colocar

    adubo nas

    bordas

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    No se devem aplicar adubos foliares no perodo da manh, pois os raios de sol podemqueimar as folhas, deixando-as manchadas.

    A quantidade de adubos depende da espcie, levando-se em considerao o mximo ren-

    dimento da planta. Para absorver melhor o adubo, podem-se intercalar duas aplicaes noperodo recomendado, dividindo-se ao meio a quantidade prescrita.

    aconselhvel fazer o rodzio dos produtos, pois, apesar da garantia do fabricante, algunsdeles contm menos que o indicado no rtulo.

    Tambm melhor aplicar adubos que contenham microelementos necessrios s plantas.

    Os adubos minerais no substituem as adubaes orgnicas feitas com hmus vegetal ouanimal. Tambm a farinha de ossos e a torta de mamona do bons resultados. Os adubosorgnicos do vida ao solo, aumentando a quantidade de microorganismos, que auxiliama alimentao das plantas. Mas todo adubo orgnico deve ser previa-mente curtido e estarisento de pragas e doenas. Para isso, preciso preparar a compostagem desses materiais.

    pocas de adubaes

    No jardim: devem-se intercalar adubaes orgnicas e minerais durante o ano, uti-lizando-se estas ltimas nos perodos chuvosos. No plantio e meses secos, devem-seutilizar adubos orgnicos.

    1a. adubao mineral: incio das chuvas (out./nov.);

    2a. adubao mineral: meio do perodo chuvoso (fev./mar.);3a. adubao mineral: antes da florao;

    4a. adubao mineral: depois da poda ou colheita.

    Na horta: usar adubos orgnicos no preparo dos canteiros e fazer, se necessrio,adubaes foliares.

    No pomar: preparar os beros de plantio com adubos orgnicos e ricos em farinha deossos. Fazer adubaes peridicas como no jardim.

    Nos vasos: preparar o solo com matria orgnica e criar um sistema de drenagemadequado. Adubar ms a ms, menos nos meses frios de junho e julho, quando asplantas entram em dormncia.

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    folhas raspadas:trips, lesmas e caracis;

    folhas mastigadas nas bordas: lagartas;

    manchas esbranquiadas sobre as folhas: salpicos de adubos, gua fria, excesso de

    luz; folhas escurecidas: fumagina (doena causada por fungo), poeira, inseticidas aeros-

    sis;

    folhas apodrecidas: excesso de gua, doenas causadas por bactrias;

    folhas estioladas, mal formadas: deficincia nutritiva; falta de luz.

    Nas flores

    ausncia de flores: exposio incorreta luz, desequilbrio nutritivo (excesso de ni-trognio), pouca umidade, transplante ou poda em poca errada;

    flores mal formadas: luz, adubao, presena de pragas (pulgo) ou doenas causa-das por fungos e bactrias;

    flores murcham rapidamente: regas insuficientes, pouca luz, muito calor;

    queda de flores e botes florais: deficincia nutritiva, luz inadequada, falta/excessode gua, danos causados por insetos, processo abortivo natural (p. ex.: mangueira).

    Nos frutos frutos no se formam: deficincia nutritiva (micro ou macronutrientes), falta de gua

    ou luz, podas em perodos errados, clima inadequado espcie;

    frutos no se desenvolvem: deficincia nutritiva, problemas climticos, pragas e do-enas;

    queda de frutos verdes: deficincia nutritiva, mudanas bruscas de temperatura,processo abortivo natural;

    frutos com pintas pretas: caros ou insetos sugadores;

    frutos com manchas brancas ou podrides: doenas (fungos ou bactrias);

    frutos com pouco sabor: adubao exagerada de NPK, deficincia de micronu-trientes.

    Nos caules e ramos

    caule com baixo crescimento: deficincia nutritiva;

    caule com crescimento exagerado: falta de luz, adubao nitrogenada excessiva;

    galhos retorcidos: regas no regulares, presena de alumnio txico no solo;

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    manchas brancas aveludadas: presena de fungos pelo excesso de gua ou mudan-a de temperatura;

    manchas escurecidas: fungos ou bactrias;

    tombamento dos caules: doenas causadas por fungos e bactrias; caules perfurados: por larvas de besouros (broca) ou cupins;

    galhos serrados: inseto serra-pau;

    crescimento de razes areas nos caules: processo natural de algumas espcies,deficincia nutritiva, uso incorreto de hormnios de enraizamento.

    Nas razes

    baixo crescimento das razes: deficincia nutritiva, falta de espao para crescimentodas razes, entulhos, cascalho ou objetos enterrados no solo;

    crescimento exagerado das razes: deficincia nutritiva (ex.: samambaias e plantasepfitas), excesso de adubo no solo;

    crescimento enovelado ou para fora do vaso das razes: falta de espao, solosaturado, deficincia nutritiva;

    presena de ndulos das razes: normal nas leguminosas; causado por nematides;

    razes machucadas, quebradas ou rachadas das razes: nematides, larvas de

    insetos.

    No solo

    limo verde: excesso de rega, falta de drenagem;

    manchas brancas: gua dura (excesso de calcrio), muita adubao;

    rachaduras no vaso: falta de espao para as razes, mudanas de temperatura;

    terra dura: falta de gua, falta de matria orgnica no solo;

    terra encharcada, pesada: falta de drenagem, excesso de matria orgnica, solomuito argiloso;

    solo cansado, velho: deficincia nutritiva, excesso de plantas no vaso, irrigao exa-gerada, falta de aerao;

    vasos pequenos: amarelecimento de folhas, murcha e queda de flores e botes, baixocrescimento das plantas.

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    Manuteno de jardins Cuidados Bsicos

    Um projeto bem concebido deve ser bem implantado e com uma manuteno peridica a

    fim de manter as caractersticas originais do projeto. O jardim nunca um produto finali-zado ele uma paisagem em processo em funo do crescimento das plantas ao longo do

    tempo.

    A manuteno peridica do jardim um procedimento que tem como objetivo manter odesenvolvimento das reas verdes na sua melhor forma conforme foram projetadas.

    Logo aps a implantao do jardim importante manter uma ateno especial para que asplantas se adaptem ao novo local. As regas podem ser mais freqentes e a observao doenraizamento importante para garantir a pega das mudas.

    A manuteno tem alguns procedimentos rotineiros que sero detalhados a seguir.Rega: normalmente feita pelo proprietrio ou por algum funcionrio. As empresas demanuteno podem fazer as regas nos dias especficos para a realizao dos servios, masem um jardim padro esse servio realizado uma vez por ms em mdia e importante

    garantir as regas nos outros dias do ms. Observar sempre as necessidades hdricas decada planta.

    Limpeza: varredura do local, remoo de plantas mortas e doentes, retirada de ervasdaninhas, corte de grama.

    Poda:podem ser de formao das plantas ou de limpeza da vegetao verificar procedi-mentos adequados j explicitados na apostila.

    Afofar canteiros:procedimento necessrio para melhor aerao do solo e penetrao deadubos.

    Adubao: verificar os perodos e produtos adequados.

    Controle fitossanitrio:observar existncia de pragas e doenas e combat-las com astcnicas adequadas.

    A pessoa responsvel na manuteno das reas verdes dever usar equipamentos e ferra-

    mentas adequados para cada atividade.Cuidar do seu prprio jardim pode ser uma atividade bastante prazerosa.

  • 8/11/2019 Jardinagem (Apostila)

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    Jardinagem

    Referncias bibliogrficas

    PRIMAVESI, Ana. Manejo ecolgico do solo: a agricultura em regies tropicais. So Paulo,Nobel, 1999.

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    BERGAMIM FILHO, Armando; KIMATI, H.; AMORIM, L.; CAMARGO, L. & REZENDE, J.Manual de fitopatologia. So Paulo, Agronmica Ceres, 1997.

    COELHO, Fernando S. & VERLENGIA, Flvio. Fertilidade do solo. 2. ed. So Paulo, InstitutoCampineiro de Ensino Agrcola, 1988.