Jerome Seymour Bruner
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Transcript of Jerome Seymour Bruner
COMPONENTES
Evanilda
Helena
Joseane
Lidiane
Margerete
Valmira
Professora Telma
Disciplina Fundamentos da Educação Infantil I
Bruner nasceu em 1º de outubro de 1915, em Nova York, nos EUA. Aos
16 anos ingressou na Universidade de Duke, com vago projeto de estudar
direito para administrar os negócios da família. Encantado com Willian
McDougall, que discute a natureza da psicologia, optou por essa área.
Graduou-se na Universidade de Duke, em 1937 e posteriormente em
Harvard, Cambridge (Massachusetts), em 1941, obteve o título de doutor em
Psicologia.
Em 1939, Bruner publicou seu 1º artigo, estudando o efeito do extrato de timo sobre o comportamento
sexual dos ratos do sexo feminino. Em 1945, Bruner retornou a Harvard como professor de psicologia e foi
fortemente envolvido na investigação relativa à psicologia cognitiva e educacional. Em 1970, Bruner deixou
Harvard para ensinar na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Ele voltou para os EUA em 1980 para continuar
sua pesquisa em psicologia do desenvolvimento. Em 1991, ingressou na faculdade de Bruner na New York
University. Como um professor adjunto na Faculdade de Direito da Universidade de Nova York, ele estudou
como a psicologia afeta a prática jurídica. Ao longo de sua carreira, Bruner foi premiado por doutorados
honorários de Yale e Columbia, bem como faculdades e universidades em locais como Sorbonne, Berlim e
Roma, e foi membro da Academia Americana de Artes e Ciências.
Embora Bruner tenha sido psicólogo por formação e tenha dedicado grande parte das suas obras ao estudo da psicologia, ganhou grande
notoriedade no mundo da educação graças à sua participação no
movimento de reforma curricular, ocorrido, nos EUA, na década de 60.
A partir de então, a produção de Bruner revela profundo interesse pela educação da criança, especialmente os bebês. Evidenciando a necessidade de compreensão biológica e cultural no desenvolvimento do ser humano
sob questões educativas.
Bruner foi influenciado pelos sistemas psicológicos vigentes no
século XX, entre os quais o estruturalismo de Titchner, Piaget e
Lévi-Strauss, e a psicologia de William James, junto com o
funcionalismo de Dewey, que estão na base de suas propostas de educação.
Nisto, convive com a psicologia dinâmica de Gestalt e a psicanálise de
Freud.
Vários psicólogos inspiraram a construção de suas teorias, entre os
quais encontramos Vygotsky, Dewey,
e Piaget.
Bruner pesquisou o trabalho de sala de aula e desenvolveu uma teoria da instrução, que sugere metas e meios para a ação do
educador, baseada no estudo da cognição. Muito da teoria está
ligado à pesquisa do
desenvolvimento infantil.
A produção acadêmica de Bruner tem duas fases:
1º - seus primeiros trabalhos limitam-se ao laboratório;
2º - seus estudos incluem a observação natural e interações sociais envolvendo jogos com
crianças pequenas.
Bruner apresenta uma teoria da aprendizagem, fortemente influenciada pela teoria
cognitiva, mas ligada intimamente aos contextos culturais onde a aprendizagem ocorre.
Bruner desenvolve os tópicos discutidos na obra The Process of Education
e apresenta, de uma forma estruturada, a sua teoria da aprendizagem.
Bruner oferece-nos um conjunto de ensaios curtos sobre diversos tópicos da psicologia e da
e educação; acentua a importância da descoberta no processo de construção do
conhecimento e a relação entre o conhecimento e a ação.
OUTRAS DE SUAS OBRAS...
OPINIÃO PÚBLICA:
Durante a 2ª Guerra Mundial,
Bruner realiza estudos, onde
percebe a influência da
percepção na forma de pensar e
de abordar as questões da guerra,
iniciando uma nova etapa de
pesquisa.
SEIS ÁREAS
TEMÁTICAS
MENCIONADAS POR
ANGLIN NA
PRODUÇÃO DE
BRUNER (1973):
PERCEPÇÃO:
Bruner vê a percepção como um
processo indissociável da cognição e da
personalidade.
REPRESENTAÇÃO E O
SABER-FAZER:
Seu objetivo consiste em implementar estudos
interdisciplinares sobre processos mentais superiores;
aprofunda e questiona os conceitos piagetianos de
equilíbrio e sucessão de estágios. A partir disto, Bruner
volta sua atenção para as primeiras ações intencionais do
bebê, aos quais denomina saber-fazer. No saber-fazer
verifica ações como posse dos objetos,
complementariedade no uso de duas mãos, constatação
visual dos fatos e preensão. Observa que o saber-fazer
depende da intenção do sujeito, tem natural serial, de sub-
rotinas, em pequenas séries que se integram e que se
adaptam. Descobre o potencial da inteligência do bebê
que, não sendo ingênuo, processa a informação sobre o
mundo para compreendê-lo.
EDUCAÇÃO:
Nesta nova fase em Oxford, Bruner debruça-se
sobre a linguagem dos bebês, as narrativas infantis
e utiliza concepções da psicologia, linguística e
antropologia para postular práticas educativas.
Bruner, permanece a estudar o currículo porém,
agora propõem uma teoria de aprendizagem sobre
descoberta. Deixa claro que não se trata de
transmitir conhecimentos, mas de como tornar a
educação possível, de como estimular a
aprendizagem pela descoberta.
1º - O jogo
interativo com
adultos.
• Bruner investiga como a criança aprende a linguagem na interação com o outro.
• O jogo interativo, no formato estipulativo, transforma-se posteriormente em faz-de-conta.
2º - O manejo
de materiais estruturados.
• A mãe interpreta as intenções da criança e, ao responder, oferece o modelo adotado pela cultura.
3º - O jogo
com regras.
• A aprendizagem com regras e estratégias mais complexas para solucionar problemas, toma o impacto da qualidade do jogo simbólico mais rico quando a criança constrói personagens e situações com a participação dos adultos.
Para Bruner, na educação infantil, a narrativa está presente na conversação, no contar e recontar histórias, na expressão gestual e
plástica, na brincadeira e nas ações que resultam da integração das várias linguagens. Ora, se a narrativa dá sentido ao mundo, torna-se
essencial sua inclusão no cotidiano infantil.
Esse tipo de saber-fazer da criança, na brincadeira, mostra que a espécie humana utiliza o jogo interativo para desenvolver a
linguagem e suas regras.
EX. Brincadeira de Esconde-esconde
Na sequência ocorrem 4 passos:
1º atenção; 2º pergunta; 3º nome; 4º feedback
Crianças de 8 meses a 1 ano e 6 meses já evidenciam fala interativa com os quatro elementos. Com 1 ano e 2 meses, a criança
começa a verbalizar nomes. Percebe-se que a linguagem quando usada como representação, indicador de iniciativa e protagonismo da
criança, possibilita a tomada de consciência, a comunicação e as relações sociais.
Bruner utiliza com propriedade o termo andaime como metáfora para o desenvolvimento da narrativa da criança, chamando a
atenção para a ação do adulto. A criança mostra interesse, toma iniciativa e aponta para a imagem. A mãe, ao verbalizar o nome do
objeto apontado, cria o andaime. A mãe dispõem de um saber que a criança ainda não tem completamente. Para auxiliar nesse processo,
a mãe usa diferentes formas de “diálogos por andaimes”.
“Se toda a brincadeira tem regras, brincando a criança aprende a
utilizá-las. Em situações de brincadeiras livres as aprendizagens são
de natureza mais simples; porém, quando acompanhadas pelo adulto ou
por outras crianças, criam-se aprendizagens mais complexas pela
intervenção da ZDP”. (pg.265)
Ex: MÃE: Olha! (atenção)
CRIANÇA: (toca a pintura)
MÃE: O que é aquilo? (pergunta)
CRIANÇA: (vocaliza e sorri)
MÃE: Sim, são coelhos (feedback e
nome)
CRIANÇA: (vocaliza, sorri e olha
para a mãe)
MÃE: (sorri) Sim, são coelhos
(feedback e nome)
CRIANÇA: (vocaliza, sorri)
MÃE: Sim (sorri, feedback)
O jogo configura-se nos turnos de tocar a pintura, olhar para a mãe e
vocalizar sons, sempre acompanhados pela ação sustentada pela, mãe,
que chama a atenção, aponta o nome da figura e repete a ação.
O folclore, as parlendas e trava-línguas repetidas, recriadas de modo
prazeroso, indicam o domínio da estrutura básica da brincadeira, oferece
a condição necessária para que, na expressão lúdica, o pensamento
narrativo desenvolva-se. Assim como, os contos infantis estimulam a
mente narrativa para a compreensão de mundo.
As narrativas infantis que alteram a canonicidade das histórias,
tornam as crianças protagonistas, construtores de mundos reais e
possíveis, interessantes e dignos de serem contados.
• MARQUES, Ramiro. A Pedagogia de Jerome Bruner. Disponível
em:http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/A%20Peda
gogia%20de%20JeromeBruner.pdf. Acesso em 11/04/12
• KISHIMOTO. Tizuko Morchida; PINAZZA, Mônica Appezzato.
(orgs). Pedagogia(s) da infância – Dialogando com o passado
construindo o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007