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PREÇOS: No Rio $50Q Nos Estados» $600 AN^0XXIX OTico-Tico publica os retratos de todos osseus leitores RIO DE JANEIRO. 20 DE JULHO DE 1932 redro:~ o pequeno corsário N. 1.393 jíHICAjy^ _JLB&bT* •"; navi 10 estava em poder de-Pedro, que explicou rapidamente aos indios o manejo das peças de artilharia. (Vide romance no texto)

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PREÇOS:

No Rio $50QNos Estados » $600

AN^0XXIXOTico-Tico publica os retratos de todos osseus leitores

RIO DE JANEIRO. 20 DE JULHO DE 1932redro:~ o pequeno corsárioN. 1.393

jíHICAjy^

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navi10 estava em poder de-Pedro, que explicou rapidamente aos indios o manejo das peças de artilharia.(Vide romance no texto)

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O TICO-TICO 20 — Julho — 1932

Superstição. No interior do Brasil não ha car-ros especiaes para enterros, sendoos cadáveres transportados em re-des a cujas pontas os caipirasprendem um pau que é carregadoaos hombros de dois homens; mascomo os cemitérios não raras vezessão longe, vão outros para rendei-os quando elles se cançarem.

Assim, iam, certa vez, seis ho-mens para levar um morto ao ce-miterio que ficava muito distante.No meio do caminho encontraramum carroceiro que vinha com suacarroça c como já começasse aanoitecer, resolveram pernoitar nu-ma hospedaria próxima; puzeramo defunto dentro da carroça e en-traram no hotel.

De madrugada, passando por aflium amigo do carroceiro, reconheceuo carro e vendo dentro delle umcorpo, pensou que fosse o compa-nheiro que estivesse dormindo, edeitou-se ao seu lado.

Quando, mais tarde, quiz açor-dar o supposto carroceiro, desço-briu que estava deitado ao lado de

tim defunto. Supersticioso, puloulogo do carro, mas os carregadorese o carroceiro, que nesse instante

Sejaaantiçaouamodema...

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Slixir^Mamcconstitue sempre

vmpraser/Depuro Tortalece Engorda

sahiam do hotel, ao verem um ho-homem sahindo do carro, pensaramque fosse o morto, e puzeram-sea correr na frente do outro qi'ecorria assustado por ver que tam-bem tinham medo delle.

CAPETINHA

A ÁGUA SALGADAPARA OS DENTESA melhor cousa a usar-se na üm*

peza diária dos dentes é a água sahgada — uma colher das de chá desal de cozinha para a terça parte deum copo d'água — conforme indi*:ou ha annos um cirurgião dentistada corte ingleza, sr. Harry Bal-»iwin. Os pós e as as pastas, disseelle tambem, podem usar-se de vezem quando só para o effeito de po*lir os dentes.

A acção destruetiva dos ácido-»resultante da estagnação de alimen*tos pegajosos na bocea é a causa daqueda dos dentes. A fruta é imlílcousa excellente para estimular »formação de uma saliva alcalina»como um antídoto para o ácido.

QJI IO 1=3OI

UCASí

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J± GUIOMARCALÇADO "DADO"

O EXPOENTE MÁXIMO DOS TREÇOS MÍNIMOS'

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•h. VVVVVVSAAA^^ VN^A#V^WV^^.<V,%>^«

O TICO -TICORedactor-Chefe: Carlos Manliães — Director-Gcrcnte A. de Souza e SUva

Assignatura — Brasil: 1 anno 25$000; 6 mezes, 13SO0O;—Estrangeiro: 1 anno, 60$000; 6 mezes, 35$00(í.As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que forem tomadas e serão acceitas annual ou semes-tralmente. TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por vale pos-tal ou carta com valor declarado), deve ser dirigida & Rua Sachet, 34 — Rio. Telephone n. 2-8073.Succursal, em São Paulo dirigida pelo Dr. Plinio Cavalcanti — Rua Senador Feijó, 27, 8o andar, salas 85 e 87.

CiCOQfà•TV tf%'OVO

oo ¦y;DOmmoa&o ri(W. LEGAI.£a1&YlKL

O que é a chuva ?meus netinhos:

Vocês sabem o que é a chuva?E' provável que saibam mas de umftiodo errado. E" possível que pen-sem ser a chuva agua que cahe docéo, em fôrma de gottas ou pingos,^ías, se assim acontece, deve occor-fer aos meus netinhos a pergunta:*— No céo existe agua? Não, res-

Ponde o Vovô. A agua que vem doa'to, que cahe em fôrma de chuva,e proveniente da terra. E Vovô vaeaplicar a razão de ser dessa affir-Cativa.

As nuvens, como os meninos sa-"eni, são agglomerados de vaporessuspensos no ar. Quando essas nu-

vens soffrem um resfriamento,

mais ou menos rápido, da tempe-

ratura, deixam a sua fôrma gazosa,condensam-se e transformam-se em

gottas dágua que, pelo próprio pe-so, cahem ao solo. E' essa, meus

netinhos, a explicação rigorosamen-

te scientifica da chuva. Vocês, quetêm grande alegria quando o sol

aquece a terra, dourando com sua

luz brilhante os campos e os jar-dins, não hão de gostar da chuva.

Hão de achal-a impertinente e má,

porque impede, quando cahe, que os

meninos brinquem ao ar livre.

A chuva, no emtanto, meus ne-

tinhos, é dc grande utilidade para .

a agricultura.

A quantidade de chuva que cahe

não é uniforme em todas as regiões.

Varia segundo a natureza do terre-

no e a direcção do vento. Desse mo.

do, a quantidade de chuva que cahe

numa montanha é tanto maior

quanto mais alta é eSsa montanha t

quanto mais forte no lado de onde

sopra o vento.

A sciencia já conseguiu determi**

nar a quantidade de chuva que cz.-

hiu, no decorrer de um anno, em

todos os continentes, avaliando-a

em cento e vinte e dois mil kilome-

tros cúbicos.

V O V O

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O TICO-TICO — 6 20 _ Julho — 1932

"O TICO-TICO" MUNDANO

t e

NASCIMENTOS

* * O lar doSr. Felix PedrosaGonçalves e de suaesposa D. MargariüiPinheiro Gonçalves, residentes em São Paulo, acha-seer.víquecido pelo nascimento de uma linda menina, querecebeu o nome de Margarida.

# Nasceu o menino Ary, filho do Sr. Aloisio deAlmeida e de sua esposa D. Consuelo de Almeida.'

* Joviniano é o nome do lindo menino que acabac"e florir o lar do Dr. Clementino deMendonça Paiva e de sua esposa DonaCiara Pereira de Paiva.'"' * Nasceu a 8 deste mez omenino Theophilo, filho do Dr. Mau-ricio Silva e de D. Olga MedeirosSiíva.

* O lar do Sr. Amadeu deMendonça e de sua esposa D. CremildaRego de Mendonça acha-se enriqueci-do desde o dia 9 deste mez com o nas-cimento de uma linda menina que re-cebeu o nome de Yolanda.

ANNIVERSARIOS

• Faz annos hoje o meninoEdison, filho do Sr. Álvaro Pinheiro.

* Maria Clara Benevente, nos-sa graciosa amiguinha, festejou sabba-do ultimo a data de seu anniversarionatalicio.

» * Passou a 8 deste mez a datanatalicia da graciosa Irinéa, filhinhado Dr. Nestor Pacheco.

• A 25 do mez passado feste-jou seu anniversario a nossa intelligenteamiguinha Joanna D'Arc, filha do Sr.Octavio Pinto de Aguiar e de sua es-posa D. Zita Aguiar.

* Waldemar, o caçula do casalDr. Mario Guedes-D. Odette Guedes,completou hontem tres annos. Walde-mar é irmão da nossa prendada ami-guinha Maria Guedes.

• Faz annos hoje o meninoJayme, filho do Dr. Arnaldo Lopes.

® • Passou a 16 deste mez a datanatalicia da menina Ormfnda, filha do Sr. Bento dePaula Costa.

* Eneiza, nossa graciosa leitora, filha do casalSr. Vicente Martins-D. Vertula Arruda Martins, fez annosa 16 do corrente. Os paes de Eneiza offereceram, por essemotivo, uma linda festa em sua residência no G.ajahú.

* Viu passar a 14 deste mez a sua data naaliciaa menina Irene, nossa assignante, filhinha do 3r. An-tonio Pinheiro.

* Mario Coimbra, nosso intelligente amiguinhoe assignante, completou dez annos sabbado ultimo.

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Hyldelte e Juracy, filhas do di-reetor d'«0 Pharol», de Petrolina,em Pernambuco — Sr. João Ferrei-ra Gomes, nosso prezado agente

naquella localidade.

* OctavioAugusto, noàsi v1""-zaao leitor, c impiô-tou mais um annjver-sario a 1 do corrente.

* Viu ; ..cc.-.ra data de seu anniversario a 29 do mez nassado a mict-lígente menina Austerüna Pereira.

NA BERLINDA...

s& * Estão na berlinda as seguintes senhoritas erapazes de Paracamby: Nadir, põr. c=rsympatnica; Candmna, por ser mo.es-ta; Celeste, por ser religiosa; Zimha,per ser simples; Heronda, por ser pe-quena; Maria das Dores, pela sua gor-üura; Aldemira, por ser amável, Lui-za, por ser boazinha; Ruth, por serbella; Florzínha, por andar quasi sem-pre sorrindo; Cai men, por ser queri-da; Éden, por ser elegante; Ninfa, terbellos cabellos; Odette B., por ser gra-ciosa; Mula, por ser coroada como"Rainha do Casino"; Odette C, porser sympatíiica; Ary Schiavo, por seramante de bailes; Guarim, por sermuito querido pelos rapazes quandojoga foot-ball; Jorge Bandeira, pelo seubigodinho; Fifi, por ser bonito, e eu,por ser linguaruda.—linideyra & Cia.

• • Estão na berlinda as segxn-tes moças e rapazes de Quintino Bo-cayuva: Germana, por ser encantaiora;Irineu, por ser engraçado; Jayme, porser elegante; Enéas, por ser sympa-thíco; Wanda, por ser lourinha; Neuza,por ser estudiosa; Eurico, por ser ummoreno chie; Olivia, por ser meiga,Cesarina, por ser querida; Honorio,por ser gaiato; Gigí, por ser socegada;Maria, por ser caprichosa; Laura, porser trabalbadeira, e eu, por ser —Lingua Ferina.

NO JARDIMftl * Querendo offerecer uir.a cor-

beille ao meu amiguinho Jorge, escolhijs seguintes jovens do Morro do Pinto:

Adhemar, um cravo; Isaura, uma rosa; Cândido, umamor-perfeito; Gloria, uma açucena; João, um lyrio; Eu-nice, uma magnolia; Salvador, um chrysanthemo; Id.iíina,uma accacia; Cezar, um principe negro; Carmen, umaflor de cera; Nelson, um bogary; Leozílda, uma madre-silva; Jorge, um jasrrin; Zéca, uma sempre-viva; jerusa-lém, um cactus; Guiomar, uma esponja; José ti., umcravo vermelho; Dolores, uma margarida; Raul, ini mal-me-quer; Alzira, uma palma de Sta, Rita; Mano, umbeijo de frade; Marina, uma magnolia; Alfredo, um copode leite, e eu, o jardineiro mysterioso. — Luiz Al.

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NÃO GOSTOU O RETRATO — Historia muda( InÃo sou r-S^^^-w-^J jTÃO FEIO' V^*5*^ /-—

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20 — Julho — 1932 O TICO-TICOr A HISTORIA DO RAIINHO CURIOSO(Desenhos de Walt Disney e U. B. Iwerks exclusividade para o TICO-TICO, em todo o Brasil).

~~ Mas como poude você entrar na ge-ladeira, estando ella fechada e guardadaFe'o Ratinho Curioso?

K_^r|ram a geladeira e verificaram qt;e o/stcrioso bicliaroco lá esrava, a sorrir.

— Muito simples — respondeu o bicha-roço. Examinem bem o que vae aconte-cer, deoois de fechada a geladeira

<?£ t my ,'t ^'Tf? .

%' J. i

O dono do circo c Ratinho Curioso fica-ram attentos. Iam ver o milagre, isto é,«orno o bicharoco entrava na geladeirai

O dono do circo ficou tão contente que resolveu con-tratai-o. Um contrscio excellénte peto...

.. .prazo de 99 ermos e comss mais tentadoras...

ta'nt'QomPensas O bicharoco, nâc obs-<lia, ' exigiu que lhe pagassem todos os> ' Ü£Z DiccnlícPiccolés.

Mg

___.'-para a _ente f» . pona. que está. forte-achada! Agora, ouçam!

— Agora que você esta contractaao, ais-se o dono do circo, mostre como entra na

geladeira!

P-^hS^me^í^ c** "'*'" * r"**rf crr" Bn,*m "*¦"* ¦"•"'•<

'i y ¦

|

— vou mostrar e vocês venticarao que não-écousa mais difficil deste mundo. — Olhembem ..

I jggá^jg5* ttkt-T JTsne--'/ em-> v, zy

Pá! Pá! Pá! Pá! Pá! — fc entrojjor cima ,.)

.. .porque a geladeira não tem tampol(Continua).

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O TICO-TICO — s 20 — -Julho — 1932

Quem visse Goiabada, no fundo de sua chácara aenterrar a ponta de uma torneira no tronco de umalaranjeira, diria que o nosso -^^ amigo...

.. perdera o juizo. Entretanto, pou<^> depois, no botequim maia próximo alguém dizia queha muito petróleo no solo d* Alasca Ooiabada. que entãp tomava parte na conversa, ata-lhou: — Isso nào é nada. Na minha chácara ha de tudo: atéuma laranjeira, á qual eu.. ¦

appliquti ,uma torneira, dá laranjada durante o anno inteiro'' Não houveentre os presentes um só que não duvidasse. Goiabada então convidou-os todos a irem examinar, no logar indicado, a laranjeira mysteriosa...

.„ffectivamente lá estava, junto ao muro, a arvore amável e airanjada que então jorrava, abundante, era de muito bom paladar,apenas um dos presentes notara falta de assucar.

—unaTiii Ttf.l.i..—/Ia—¦ ...-,. ii na—¦¦MJiLi.li.ai»— ¦ iDeame disso. Goiaba.Ia sorriu e explicou.— E' mais qualidade da minha arvore. Quando alguém nâo sen-

te sabor nessa bebida só terá o trabalho de erguer a cabeça e dizer:— Laranjeira mysteriosa. A laranjada não está doce!

Mal tinham sido pronunciadas essas palavras, uma voz de can-na rachada falou do outro lado do muro: — Não tem mais assucar!Houve um momento de curiosidade entre os presentes. Todos seentreolharam, emquanto Goiabada tirava um pigarro e olhava des-confiado.

^>*9 \\\\mw *

O Ze VaS Vaccas. um lei-teiro mais esperto, quetambem provara a laran-jada. não se conteve e esti-cou o pescoço por cima do muro e viuentão, uma lata de kerozene ligada aomuro por um canno de borracha, varias vasi-lhas com água, laranjas amassadas e Lampa-rina que dizia encabulada: — Pois é. Assucacabo.

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20 — Julho — 1932 — 9 _T O TICO-TICO

¥_Í_I___. '\ '£ _____S____fltf_fi_MlW_â____fi- mfj a1*&^P « TiP*_.-^^% «____¦"¦¦¦""*"*",m^'^m*^mm\mmmW\Wm

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jÒOfiPMOiyjvO/• ¦• />£SEHWS te C/CffiO VALLADARãS*CRAriDE ROMftnCEDEAVfMTlin&S

JUUO, VAE BEM

Olhem! Olhem como o vulcão es-*;'t soltando fumaça.

Ah, meu senhor, se elle ape-n«i3 soltasse fumaça, sua preta ve-•na estaria contente; mas elle fazconio menino que não sabe fumar...s°lta fumaça, depois cospe, escarra*°go, chammas e é capaz de arra-z*? toda a cidade de S. Pedro.

Ora, qual minha velha. Tu,conio és preta, estás vendo as coi-Saí muito negras.

Os que falavam assim eram umaPfeta velha e um bello rapaz. Es-•avam no alto da collina chamadaPelos naturalistas do paiz, MorroA en«elho. Por traz dellas ficava aC!c]ade de S. Pedro, estendida em°rno do porto, o melhor da ilha

artinica, com suas casas claras,^Us jardins e seu parque. Os lindosl0s de Roxelane e Goyaba corriam

Por entre as construcções e as arvo-es e no porto vários navios pare-•an. dormir embalados pelas águas

E DYNÁ>-MITE

PRIMEIRA PARTE

mansas. Deante dos dois persona-gens estendia-se um valle profun-do, no centro do qual passava oRio Branco. .. mas nesse rio, emvez de água, corria, nessa manhã,lama quente, que descia do vulcãoe já havia destruído todas as fa-líricas estabelecidas nas margens deum lado e outro.

Do outro lado erguia-se o morroPellado, o vulcão que, depois deter passado 34 annos cm silencio,calmo e inoffensivo, entrara subi-tamente em erupção e tinha agorasua cratera coroada de fumaça es-cura

— Ellè vae acabar com a cidaderepetiu a preta, agitando a cabeça,ria qual tinha amarrado um lençovermelho. — Eu já ouvi um feiti-ceiro dizer que S. Pedro havia deacabar destruída por um vulcão.Alisott a saia de algodão e disseainda:

— Meu senhor não se lembra ?No logar da cratera do vulcão ha-via um lago. Agora esse lago des-appareceu. Ora, o feiticeiro disseque no dia em que.o vulcão bebera água qo lago, não tardará'a dc-vorar a cidade

O rapaz não lhe respondeu.Era uni homem de 24 a 25 anno?,

de rosto franco, olhos azues mei-gos, porém resolutos. Seu bigode,faceiramente levantado, sombreavauma bocea risonha e bem desenha-da. Estava vestido com uma blusade caça, calça larga, pérneiras delona e chapéu de palha. Montadoeni um pequeno cavallo, que seaproveitava de sua distracção pararoer a herva rala da collina, o rapazcontemplava attentamente o vulcão.

De repente voltou o olhar para anegra.

— O rio Branco está cheio delama e de lodo ardente, impedindoa passagem para o monte Pellado.Mas não disseste que havia um ata-lho pelo qual ainda se podia pas-'sar? ¦

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1> TIGO- i 1 i: O — 10 — 2(1 — Juüiu — 1932

']—: Sim, senhor... mas eu dis-Se, meu senhor, que era melhor nãoir lá. O morro está zangado.

Sim, sim,- dizes isto, mas per-jSes o teu tempo; não consegues as--sustar-me... O navio em que estouÍSe viagem para a Columbia parouesta noite em S. Pedro... Desem-barqnei ás cinco horas da manhã,isão seis, e eu tenho que estar dey»ovo a bordo ás dez...- tenho por-<'tanto exactamente o tempo necessa-th para visitar o vulcão. /

E'; mas se soubesse, meuSenhor, o perigo que corre, em vezde rir havia de tremer.

Ett não costumo tremer fácil-xnente.. -.- e estou sempre alegre.iPor isso é que todos me chamamrJulio, vae bem". Portanto deixa-íe de conselhos. Não posso admit-!tir que passando tão perto de umvulcão em erupção eu não o veja

"de perto. Hoje, 8 de Maio de 1902,

hei de subir ao morro Pellado, por-que assim o resolvi. Por consequin-te, gentil senhora côr dc carvão,deixa-te de jeremiadas e indica-me

;p caminho a seguir.'A

preta velha sacudiu de novoa cabeça, erguendo os hombros.

Branco é assim mesmo. Tu-do quer fazer, não ouvindo os con-selhos de uma pobre preta velha.

Então?Preta velha obedece. Meu se*

nhor ouve.-

/ E com a mão apontou para umaçasá espaçosa situada a pouca dis-tancia, na encosta do morro Ver-;mellio, do lado, que dava para orio Branco.

Meu senhor está vendo a c;«-sa do sábio Roland?

Não sabia que era do sabiüRoland; mas estou vendo.

-* Pois, meu senhor, galope atéali... então encontra uma estradi-iiha quc desce para o rio e vae dat 'um pouco acima do logar em que

começa a corrente dc lava. Ahi hauma pequenina ponte de madeiraqua ainda não foi destruída... meuseiunor atravessa essa ponte e che-ga logo ao morro Pellado... Masse meu senhor quizesse ouvir o.,conselhos de uma preta velha. ..

Julio não quiz ouvir mais.Atirou uma moeda aos pés ck

preta è cravou as esporas no cavai-lo, que deu um salto e partiu rani-damente em direcção á casa do sa-bio Roland. A preta velha apanhoua moeda, juntou as mãos num ges-to de piedade e encaminhou-se pa-ra a cidade, sem mais se oecuparcom o viajante ao qual indicara ocaminho.

Entretanto o rapaz chegara jun-jo á casa que lhe fora apontada.Essa propriedade compunha-se deuma elegante casa de habitaçãoatraz da qual havia diversos gal-pões com telhado de vidro. Uma

chaminé de ferro sustentada porfios de aço erguia-se a dez metrosdo solo, indicando que aquellas con-strucções eram destinadas a finsindustriaes.

Mas naquella hora nenhum ru-mor, nenhuma fumaça denunciavaactividade.

Julio observou tudo isso, sem lhedar grande attenção. Seu pen?*t-mento estava' longe

Elle procurava o atalho de quelhe falara a preta velha. Descobriu-o afinal e apressou o cavallo; masde súbito apertou as rédeas, obri-gando o animal a parar immediata-mente.

Para alcançar o atallin elle foraforçado a alcançar a correr ao lon-

go da habitação e vira por uma j«l"nella aberta uma moca sentada en1uma larga cadeira dc braços.

Era nma visão encantadora

{Continua)]

' *-' jdSBBSffl B.W01S——Amo \ VjttaBM SP - ij t'nr-H # J/t \*** st-FQ^kassssWvÀ^BBBB^ttili *-* \i\\ e vS^BÊÊ r\y JA». a_t In l• fmWBTrW^^BBV^ W''-'v-'/-«^^t^-4ríSíh^/

XfMr mf rçz*v-'^^s> êp f~ y^^Wt^h- í^^^^S^^r^vVlT^^Kffl'.

— Elle vae acabar com a cidade — repetiu 1 preta, agitando o. Cí-.-.beia, na qual tinha amarrado um lenço vermelho.

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20 — Julho — 1932 — II — o tk;o-th;o

AS ~1

PROEZASDO

6 ATOFELIX

[Desenho de Pai Sulth-an — Exclusividade

'do "O TICO-TICO" para o Brasil)

ry iiAi 7

_ *í'v , „y ry

— Não quero mais brigas. Como não sei qual é Mas logo no inicio do passeio começa &:o Gato Felix verdadeiro, vou ao pic-nic com vo-" chover. Aquella chuva ia resolver a ve-cês dois! — disse a Gatinha, i;1£l questão entre os dois gatos.

/ /// /y-mAA. /A(fL^ .

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¦*í;> 'V''"\?\\V"*C\ ^ 'tmmmT^^mí^/ > - /<"\^rS?

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*-~ Veja, Gatinha, o meu primo pintou-se de preto para di/er queera Felix! — disse Gato Felix. A chuva estragou-lhe o plano. Viva.a chuvat

/ V/v ' I\yõ5 : -¦ 4^3F11

•^m*T'"*''"***"-¦/ -¦ j^|f miaSitriS •'<¦•'" "«¦ _—; -UyMBB

O primo Alex ficou indignado mas resolveu vingar-se de umamaneira excellente. Arranjou um balde cheio de tinta brafica ç\de?pejou-o..-,

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¦Mc^tz-h-'- ¦

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" S** * ¦ *"*'"{ V.tSulww^. ' .--9~" >.- \-'v,'-\'<'i'>U'Ç.^?

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Ih em cima de Gato Felix. — Mudei* a côr e agora você se parece com-m.go! _ disse A!ex_~7 "^ ™™F

. — Mas você agora vae ficar também-verde de medo. Esperei — disse Gato ,

.JPelix ameaçador.

~3 , :

iE fez cara tão Depois Gato Felix-

. feia que Alex des- lavou o rosto para'sppareceu. tirar a tinta e,...

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ítie °' COmer uma sopa. Mas eis quedor rr?e á frente um tlgre ameaca-vato Fçjix correu com toda a,^1

...velocidade de um gato espanta*do. A certa altura encontrou a Ga»tinha. Que não o auiz reconhecei

B™^'--'- "" "" .--Tt.T-Srw--7"-'-...como Gato Felix, porque elle ti-nha o corpo branco.

(Continua).,

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O TICO-TICO 12 — 20 Julho — 19ÍÍ2

Devem estar já com oscabellos grisalhos as. "cre-snças^-qiíe lidaram conr ò ' ¦ 'japonez Toguchi, aindamoço arrebatado pela grip.pe aos seus pequenos ad-aciradores.

Viera do Japão, ondefizera sólidos estudos, paratentar fortuna no Rio. In-lelligente, alegre, de aspe-elo muito sympathico,breve aprendeu o portu-guez, empregando-se numatasa de patrícios seus. Es-colheu uma moradia numacasa de commodos, ondelhe fora alugado um quar-!o modesto.

Logo tornou-se Toguchio melhor amigo rias crian-ças do immenso casarão.Suas horas de folga, pas-lava-as entre ellas, obser-.ando seus jogos, asr.anhas, as expressões, comgrar.de agudeza de psychologo. Não faziadistincção entre pobre, rico, branco oufreto. Tornou-se o idolo da petizada,que o cercava e com el!e brincava.

Toguchi era um estudioso pois suacarreira devia ser outra, mas os meios deque dispunha eram escassos. Perdera ospães, a casa e os haveres no terremotoque destruiu a cidade de Yokohama.

Ninguém como elle sabia resoiver umcaso serio entre criança ou dar cabo damanha num petiz.

Habüissimo em lazer cestmhas, cal-xinhas em Iaqué e outros trabalhos ja-ponezes, dava-os de presente aos meni-nos, ficando emocionado quando algumdelles, mais educado, agradecia.

Mas, vamos contar alguns episódiosrelativos ao agudo espirito de observa-ção deste japonez.

Quando Toguchi, ao entardecer, vol-tava do trabalho, jantava e depois iasentar-se num degrau da escadaria quelevava ao primeiro andar do casarão.

Logo a criançada o cercava. Eritãdera de ver: O japonez ficava immovclcomo um manequim, sem o menor mo-.vimento.

Boa tarde, seu japonez!EHe, moita.As crianças riam, piiheriavam, faziam

o possivel para que elle risse, mas ohomenzinho continuava immóvel.

Um petiz, muito perto delle, comiauma banana.

De repente... nhaff... O japonez,num gesto rápido apanhava a bananacom a bocea e comi-a em dois tempos.

Estourava a gargalhada, o petiz eh-Sanado abria a bocea e Toguchi com.esperteza de mágico punha-lhe uma ba-rrana inteira entre os lábios.

Um dia, um marmanjinho tinha apa-nhado uma sova de tamanco destas desultar íaiscas. Foi, choramingando, apre-tentar queixa a Toguchi,

Mamãe mi bateu.CoitadinhoI — Fez o japonez Onde?Aqui.O menino mostrou o campo de batalha.Espera ahi, que já volto.Toguchi entrou para o seu quarto e

logo voltou trazendo na mão um peda-ço de gelo.

Levantou a camisa do pequeno e co-meçou a esfregar as partes doridas como gelo.

Agora não pega fogo mais.

TOGUCHI_ Um dia, ao retirar-se, o japonez ou.

?iu uma creança chorar desesperada-mente. Como a choradeira não cessasse,elle foi bater á porta dos aposentos ondeestava a creança.

Um casal de operários ali morava.Abriram e acolheram Toguchi com asympathia que todos lhe devotavam.

Por que chora esse "pedaço degente"?

Manhas delle.- Imagine que ellequeria que eu lhe comprasse um balão.Mal temos p'ra comer.

Um balão? Eu vou fazer um paravocê.

Não se incommode, seu Toguch:.Dizem os pães.

E' fácil. Eu vou fazer. ,O pequeno acalma-se e dahi a pouco

está rindo. Esqueceu o balão, porque ojaponez foi passando para um carrinho,deste para um foguete e por um emar-ranhado de outros objectos que nada ti-nham com o balão.

Profundo psychologo, elle sabia quetudo serve para distrahir uma creança equando passam por diversas impressõesno fim não se lembram do que queriam.

. * *__

Seu Toguchi, o Chi-quinho não quer lomar oremédio.

. — Esperem que já vOtf.O Chiquinho está »¦'¦

fama, mas não ha n:de se lhe fazer. tomarremédio.

Entra o japonez, semprerisonho. Examina os reme-tlios, faz uma careta comi-ca e diz:

Quem disse que o me-nino deve tomar estes re-médios? Não, senhor. Jo-gnem isso fora. E' muitaamargo. Eu vou receitarp'ra elle. Assucar 20 gr.mel 30 grs., misture comgoiabada e um pouco decheiro de pirlimpimpam-puni.

A revelia do menino,trocam os 'frascos, e o do-ente toma o mesmo reme-dio que não queria tomar.

Conhecendo as manhas, o caracter "ciecada uma das creanças daquella casa decommodos, Toguchi ditava normas aospães, accordando com elles sobre todosos subterfurgios para corrigil-os.

- Vieram-lhe dizer, um dia, que o me-nino Ignacio estava com bicho no pé enão queria que se tocasse, porque gri-tava como um chacal.

Interveiu o japonez.Que é que você tem, menino?Faz mal, muito mal.Você me deixa, ver.

O japonez examina o pé sem tocar,faz uma série de tregeitos, e, sabendoque o menino tem um medo damuadode baratas, tira logo partido disso.

Rebusca no bolso uma lente de au-gmento. olha e dc repente recua horro-rizado.

Que foi isso, seu Toguchi — per-guntam os pães intrigados.

Credo!. Uma barata!Uil fez o pequeno, -arrepiado.Eu tiro logo, senão ella ie com*5

do pé p'ra cima.O medo do menino foi tamanho. q>'e

elle, afinal deixa que o japonez extra-hisse o bicho, no elle era mestre.

Finda a operação., Toguchi mostra aopequeno uma barata (que elle já trou-xera para o disfarce). .

Está vendo o que você tinha appé! Uma barata!

Que horror!

Com o tempo as familias moradorasda Casa de commodos foram se con-vencendo que não deviam espancai ?scrianças, mas procurar outros meios decorrigil-as de accordo com as sugges"toes do japonez. E os resultados eramcptimos.

Durante uma noite de S. João, a5creanças quizeram armar uma fogue'13uo pateo.

Toguchi reuniu-as todas e disse: Tra-gam aqui todos os chinellos velhos, aSvaras de Marmello, chicotes, as correia?'as palmatórias, cabos de espanadore-;-rolos p'ra massa. Vamos fazer unia í°"gucira. De hoje cia diante as surrascam abolidas.

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20 — Julho — 1932 13 — O T I C O - T I C <_{

N O SS 0'S Q U BR I A M !í d U i"H H O 5• i :

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_^_m_l 9__i ?^:':iv--- ^HSfi ¦.::ffMflj xSÈt

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Cordclia Luiza, filha do Dr. O nosso estudioso amiguinho Mathilde, filha do sr, João AvelinoAlberto Benevides — Rio Kepler Santos — Sete Lagoas

— Hurrah! — Estourou a criançada.enthusiasmada.

Dois dias depois desta data, Toguchi.o idolo das crianças, fallecia victirna dahespanhola.

Um simples operário foi o herdeiroue seus trastes, e entre os cacarecos viuuma papelada, escripta não em japonez.•nas em portuguez bastante comprehen-sivel. Eram o frueto das suas observa-Ções no pequeno mundo, o infantil. Va-mos transcrevel-as.

AS MÁXIMAS DE TOQUCHI

Procurar enganar as crianças commentiras, é armar a ratoeira para siPróprios.

* * *

Choro sem lagrimas é bobagem.

Quando não se deve conceder o queUnia creança pede, deixe-a chorar atélue esqueça o que pediu.

Explique uma vez só. O accumulo <iea*òt-s não convence uma creança que«ao qUer escutar. Cessado o capricho é

e11» que explicará.

AsSao manifestações de exhuberancia; nãoSe deve reprimil-as. De muitas tolicesnasceran. grandes verdades.

As respostas atrevidas são punick.pelo desprezo e não por pancadas.

Antes ae impor uma obrigação áscreanças, mostre-lhe as vantagens queterá.

? * *

Meninos muitos tagarellas sío os *-icsaberão calar-se quando forem grandes.

Mais vale não dar importância queralhar.

Uma pancada tira a lembrança da ou-tra. As crianças só se lembram da ulti-ma e procuram desmauchal-as com a

que vier depois.

Palavras inconveniente ditas por cre-ancas são punidas pelo desprezo poisellas só ligam importância ao que des-pprta attenção.

A razão da criança começa peio Uni.* *

O excesso de carinho eqüivale ao ex-cesso de pancadas.

* *

Evite antes de corrigir. Poucas pala.vras e mais acção,

Quando. . um pequeno está doentefinja não dar importância ao mal paraque elle não aproveite da situação parainventar caprichos.

Os castigos repetidos são fugazescomo as impressões.

Ha muito ma;» a aprender num brin-quedo que em dez livros maus

As manhas infantis curam-se com oiilencio.

Nunca deixe de auxiliar uma creançaa se livrar de uma atrapalhação.

Evite circumloeuçôi- quando explicaralguma cousa. Chegar ao fim pelo ca-minho directo e rápido.

Kxcesso de carinho ou de pancadassão sempre prejudiciaes.

A criança é uma promessa. Se não aconsiderar como tal tornar-se-hâ umaameaça.

YantocK.

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O TICO-TIGO 14 — 20 — Julho lí)32

EXERCÍCIO escolar

DESENHO PARA COLORIR

_JÍ. ____.Y_ _r Jr^ ^AX. 0° __-rf-T5_I__

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^^'l'^'**í^Í^M__i-_^^___P Jj\ V\J__Tfi- i'^.\*" —¦¦7_«^í/Jw7r¥"W>_'W_B_?***-'^ /"? ^__^^_^^^'^ ' ^^^^^)_.fto_

*P_^'

Quadpo de }1 o n í8 ados Desenhistas

Depois de coloridos a lápis dc côr ou aquarclla, osdesenhos desta pagina devem ser enviados á redacção d'0.TICO-TICO. Os autores dos melhores trabalhos verãoseus nomes fiírtirar no quadro de honra dos desenhistas.

Salvador Centoainore, S. Paulo —

Marcello da Motta Azevedo, Rio — JaymeHermano de Macedo Soares, Rio — JoãoBaptista Beserra, Natal — Alberto AugustoRoballo, Rio — Taiiinha Barbosa, Rio —¦

Alice Paes de Barros, S. Paulo — JorgeArmando Ferraz, Rio —- Suelly Sperb, Rio

Usriel Miranda Ferraz, Minas — ÁlvaroC. de Carvalho, Bahia — Mery da RochaCampos, Itapira — Ricardo Grecco, S. Pau-Io — Enio Cidade de Resende, Porto Alegre

Maria Cecília dos Reis Meirelles, Santos

[ — Luiz Gonzaga da Silva, Recife — Reny• Rabello, Minas — Ruth de Carvalho Lopes-

S. Paulo — Lydia Morlin, S. Paulo —¦

'Regina Calmon, Paraná — José AugustoPortella, Rio — Oswaldo Paulo da Cunha,Rio — Léa Antunes, Além Parahyba -—;

Manoel Agapito de Aquino Filho, Palmyra—- Leda Antunes, Além Parahyba — Ruy

José Pires de Carvalho, S. Paulo —- Viria-

na Baimondi, S. Paulo — Vera Norman-no Azevedo, S. Paulo — Wilson Lopes de

Souza. Rio — Adewaldo Cardoso Botto deBarros, Sergipe — Alberto Gonçalves, Vi-ctoria — Delza Pereira de Souza, Santos—Gilzete Augusta de Carvalho, Rio — Gui-mar Dias de Alcântara, Nictheroy — Dir-son M. Fernandes, Bahia — Isabel Friede-richs, S. Paulo — João Eduardo Sá Lucas,Rio — Maria Evangelina de Castro, Pctro-

polis — Marilia Savini Grillo, Rio — Jor"

ge Bandeira Dias Garcia, Rio — João Pa-

gano, Santos — Octacilio José Pagano, San-

tos — Dinorah Bonamo, S. Paulo — JoseAugusto Portella Santos, Rio — Arlette

Carlos Alberto, Rio — Roberto Settc da

Cruz, Rio — Alcy Assumpção, Minas.

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20 — Julho — 1032 <— 15 — O TICO-TICO

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(€' aclusão)———"

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o O M N I B U D A L H T - (Pagina 3)

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*. TICO-TICO — 18 20 — Julho 1932

DIREITO DE VOTAR(SKETCH)

'(Especial para os alumnos do Curso Maria Sabina)

Personagens ;'Juvencio e Marildí.

Scenario: — Um gabinete mobília-do com elegância. A um canto um'berço com um "baby". Sobre umamesa uma mamadeira com leite eam avental.

¦Ouve-se o choro de um.i creança.' Marilda (Entrando, para s.ahlr, po-rém ainda sem chapéo, chama para'dentro) — Juvencio ! O' Juvencio !,yem cá !

Juvencio (Entrando) —• Prompto.. Marilda — Não ouviste o "baby"chorando ?

Juvencio — Não. Não o .vi.Marilda — Pois devias ter ouvido,Juvencio — Ouvidos tenho eu, o

logo dois, mas não ouvi agora.Marilda — Agora e sempre nunca

ouves quando o "baby" chora, prin-cipalmente á noite.

Juvencio — A' noite é natural, por-que estou dormindo e costumo nãoouvir nem ver nada quando diurno,pois estou de olhos fechado1..

Marilda (Muito séria) — Não ve-nhas com gracinhas, que eu hoje nãoestou para graças...

Juvencio (Sorrindo) — Qus des-graça !

Marilda — E' melhor qus tomesconta do "baby", emquanto eu vousahii*.

Juvencio — Não é novidade isto,porque, mesmo quando não vaes sahir,e passas o dia em casa, quem tomaconta delle sou eu.

Marilda — Ih ! Que mentira!...Eu é cue tenho íedo o trabalho comelle.

juvencio (irônico) — E', Bebê?...,Quen é que dá banho neiie?...

Marilda — Banho ?...Juvencio — Sim. Sou su. E quem

é que Lhe raudaas ualninhas... mo-lhadas ?...

Marilda — As frahi.r.fc&s?...Juvencio — Sim. S.u eu tambem.

E quem é qa<_ lhe dá ds H-Mr?..,Marilda — A mim? A mim, nin-

guem dá cie mamar, não, senhor...Juvencio — Bem sei. Pergunto :

Quem é que dá de mamar ao "ba-by"?... Sou eu ainda. Já se .ô queú na mamadeira, mas sou eu.

Marilda — Tambem é somente istoque fazes para elle.

Juvencio — E é quanto chega, poisnão sei de mais nada de que elleprecise...

Marilda — Pois eu sei: precisa dequem lhe-balance o berço...

Juvencio — Pois isso seu eu tam-bem que faço, pois a senhoia não temtempo nem para embalar seu filho.

AIarilda — Meu filho, não! Nossofilho, é que é.

Juvencio —• Sim, mas quem temiodo o trabalho com elle sou eu. Hoje,porém, não posso...

Marilda —• Não podes o quer...Juvencio (Concluindo) — Não

posso tomar conta delle porque vouvotar. Sou eleitor.

Marilda — Eu tambem sou elei-to_a e vou igualmente votar. Vou bus-car meu chapéo, meus títulos e sa-

hir para votar. (Sáhe. Ouve-se choroie creança).

Juvencio — Coitado do baby",(Põe o avental, vae ao berço, dconde retira o "baby" e começ-J. a lha.dar a mamadeira, cantando) :

"Nanae, meu meninoNanae, meu amor,R. (A faca que cortaB£S (Dá talhos sem dôr..Tatu MarambaiaDc cima do telhado..."

Marilda (Entrando de chapéo, som-b:\nta, bolsa, etc.,, e prompta parasanir): Muito bem. Assim é qae eugosto de te ver.

Juvencio — Então veja bem. por-*que hoje é o ultimo dia do es-pectaculo.

Marilda — O ultimo dia?!...Juvencio — Siri. E' a ultima vc2

qt_e faço este papel. E' a ultima ma-madeira de leite que elle mama, por-que vou lev_l-o agora mesmo...

Marilda — Para votar comwgo?Juvencio — Não. Para o entregar

á Casa dos Expostos, dos iiieniirasenge.tados, dos a-bun-do-na-dos!

Marilda — Tu não farás isto.Juvencio — Não farei?.. E* já.

Vou entrega!-o ás Irmãs de Caridade,cujo único voto que fazem é o deobediência.. fJ (Vae sahir levando o"baby").

Marilda — Vaes assim para a ei-dade, sem chapéo e-de avental?!-.-¦

Juvencio — E' para todos verem!Tíiecmo, que eu sou a ama secca do"baby".

Marilda (Segnrando-o) •— Não!Não consinto! Deixarei de ir votar,comtanto que não engeites o "baby'_(Toma-o das mãos do Juvencio).

Juvencio — Promettes, entãj, nun-ca mais votar?...

Marilda — Nunca mais, não! Vo-tarei, sim... ,

Juvencio (Tentando tomar o "ba'by"). Neste caso...

Marilda (Concluindo a phrase) —'Votarei no meu "baby" para depu-tado, quando elle tiver 21 anno..

F I M

J_. WANDERLE-V1 *VVVW\^-_í vfVVsWSSV .

VINGANÇA DA MINHOCA

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20 _ Julho — 1932

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i iriT'JTi~T',*!,*aBj":

Carambóla é o nome deuma cachorrinha, habituadaao conforto e ao carirho damenina que a creoUj

Entendeu que era fácilpassear no matto e lá foi.Dois passos havia dadoquando se encontrou comum macaco feio.

Carambóla poz-sea andar nos pés tra-zeiros. O macacoachou-lhe muitagraça e disse : —Espera ahi I Voubuscar o s compa-nheiros l

^kMy \\ 4l", í. .3___í» J

\Off J _F

Ella, porém,achou prudente fu-gir, quando l^e sur-giu uma on;*. Semperda de tempo ellaequilibrou-se nas pa-tas deanteiras, Ou*tro successo!

Quando a onça se afastou,ella viu ditas orelhas gran-des. Pensando ser outro bi-cha, poz-se a dano-ar umcharlerton.

As orelhas eram de ttmcoelho. Carambóla avançoupara o bicho e assim cor-rendo, poude sahir do mat-to, onde jamais voltou.

A . ROCHA

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6 TICO-TICO — 20 —

Curiosidades do' rritítído animalO PRESENTE DO PASSADO...— O ?A_PIR Í5Ô BRASIL

20 — JÜllin — lí>..2

MW^^-~<~^^\

Trata-se de um dos animaes mais velhos que existem em todo-omundo. Acreditam os scientistas que se trata de uma sobrevivênciados tempo? pleistocenos. Embora, em estado natural, esse animal sejalento e pacifico, quando atacado, torna-se -aggressivo, célere e violen-to. jE uni nadador realmente assombroso, que, sabe mergulhar comrapjdez iuçrivel.

1 ::* UM.;MERGüI,IIA_>OR.:Y.MP_íUMAi> ¦:.>

... *«D.t>STí_lY DJV AMERÍÇÁ DC

NORTb.

. .-. «___^5Lk_K__#,X__ J

Trata-se de uma ave do ge-nero dos falcões e milha fres,que mergulha de uma maneirasensacional de grande altura,em pleno ar. Essa ave alimen-ta-se de preferencia de insectosc peixes e é, em geral, a ataca- 7»cada com tenacidade pela águia calva. Esta e o ostrey empenham-seem verdadeiras batalhas no ar.

V C«* *'**"'

¦N**'VS^.A-'Sf>/V\i'VSAAA*-'V%«^ ** L VA^

-J

feriara do nosso j-

j: Cem o nosso gato veki brigar

Av cachorra do vizinho;

{ O gato ouvindo o seu ladrar

£ Metteu-lhe as .unhas no focinh0-

\ Lá vae ganindo a cachorrinha. ,

«Açode toda a vizinhança,

\ Os pintainhos! — a gallinha.

\/E até os patos, que lembrança!

* O gato foge em quatro saltos

I Não houve quem o segurasse

| Nem houve muros por bem altosI5 que o nosso gato não saltasse.

§0 bom bichano está proscripto-. E se brigar, para outra vez,

>0 delegado do districto

IManda mettel-o no xadrez?_. $

\João de Dcits il

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2<J — Julho — 19:12 21 O TICO-TICO

Código éo Escoteira?° — -V palavra de um esco-

teiro é sagrada. Elle colloca ahonra acima de- tudo, mesmo daprópria vida.'

2° — O escoteiro sabe obede*cer. Comprehende que a disci-puna é uma necessidade de jnte-Fesse geral.

3° — O escoteiro é um ho-mem de iniciativa.

4J — O escoteiro acceita, emtoda as circumstanciasj a respon-sabilidade cie seus actos.

5o — O escoteiro é leal e cor-tez para com todos.

6° — O escoteiro consideratodos os outros escoteiros comoseus irmãos, sem distincçâo declasses sociaes.

/" ~ O escoteiro é generosoe valente, sempre prompto a au-Xihar os fracos, mesmo com pe-nRo da própria vida.

8" — o escoteiro pratica cada(ua uma bôa acção, por mais mo-desta que seja.

0° — O escoteiro estima os> animaes c se oppõe a toda cruel-

dade contra elles.í(? — O escoteiro ó sempre

Jovial e enthusiasta e procura obom lado de todas as causas.

n0 — o escoteiro é econorni*Co c respeitador do bem alheio.

12° — O escoteiro tem a con-stante preoecupação de sua di-?nidade e respeito de si mesmo

SAUDAÇÃO ÀP A T R B

Devemos desde creanças,A' Pátria entoar louvores;Nós qtte somos esperanças,Nós. que somos penhores.

.Mesta serena jornada,Em convívio affeçtuoso,Saudemos a Pátria araáda,Nosso Brasil glorioso.

Não ha, de certo, outra terra

Que supplante a Brasileira;. Em tudo quanto ella encerra

E' sempre em tudo a primeira'

Nesta serena jornada, etc.

Que a liberdade implantadaNesa terra esplendorosa.Seja- sempre abençoadaPela Paz, victoriosa.

Nesta serena jornada, etc.

E na expansão da innocencia,Erguendo ao Céo vozes mil,Pecamos á ProvidenciaVenturas para o Brasil.

Nesta serena jornada, etc.

'Virgílio CardòsQ de Oliveira

O Jardim Botânico do Rio deJaneiro foi fundado pelo princi-pe-regente D. João VI, que comsua família aportara ao Brasil,.fugindo ás iras napoleonicas

D. João VI plantou a primei-*' ra palmeira real, que ainda hojeexiste, e mede 35 metros de ai-

< tura.

Querendo conservar o mono-das palmeiras, D. João Vi

fez queimar todas as sementesexistentes, mas os escravos quetrabalhavam no Jardim Botam-co vendiam clandestinamente se-mentes e mudas das magestosasarvores.

O Jardim Botânico era pro-priedade da fabrica de pólvoraque existia á margem da lagoaRodrigo de Freitas, e para visi-tal-o era necessário a autorizaçãodo marquez de Sabará, então di-rector da fabrica.

As visitas eram acompanhadaspor um soldado da guarda

Onze annos após sua funda-ção foi o jardim franqueado aopublico, transformando-se emhorto para estudos scientificos

Jo-y.ne Augusto

>

>

AMIGUINHOS INC0NO2C 9?

Jayme e Jeny, filhos do Sr. Sebastião Rocha. — Franca.

Jaud, filho do Sr. Antonio Be:nardes Moreira. — Franca,

Leonor e Suzana, filhas do SrJosé Basbcnne. — Franca.

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COSTURA

fr v.V. fíV

;.fff

Vestidos claros,

, vestidos para osol — ape.ar doInverno, apesardo frio l

Mas os vestidosclaros...

30.417 — Toilede sole rosi ador-nada simples-mente de pontos*-m cruz;. 30.418 — Crêp.jide seda — azul"Patou — golia pe-lerine, babados

"71» fôrma na sau,todo enfeitado

tle soutache rosa-salmon;

, 30.419 — Ca-saco de slimtungrosa bordado deíruzes pretas, vie-?çs pretos e calçasdo rosa liso;

30.420 — Gjív

. ;f-' \ ,——-.,r?M\ ' '

Wí fM t:; sxÊm 11*11 Wkk Ha$ : l '¦ "\ ; W -•"¦.-¦ ¦ ¦¦¦*B fã ;« i-/ mm aA jP SI P m

*-*VT.'V>Vv f-V"' ,.¦¦¦¦¦'>.'.'. ' >¦'¦

¦ 1

/ ' A

\ *

fOiincí de shantung msrf*ncort viezes marinho;

40.421 — Tela de seda

vermelha e pontes ds cruz

brancos;30.422 — Shantung de l*

e seda, bordados de lã em

coloridos vários;

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20 — Julho — 191,2 — 23 — O TICO-T1CO

¦BBB^."'**•¦' ''"'7^8

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di rosa para esse

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30.425 — Crepe de

seda vermelho, pontose cinto azul bondo.

'¦#.*

Se fizer fria, ou se

chover, e as meninas

precisarem ir a qual-

quer passeio com os

vestidos acima descri-

pios, basta copiar umdos casacoo seguintes:

— Manteau d evelludo veide, golla deastrakan gris;

— Manteau d evelludo preto .<*uameci-

do de pelle cinzi claro;— Casaco redingote de drapella havana, botões de prystah

golla de velludo beige;— Manteau rosa velho — lã —> golla de astrakan brancY;

— Mauteau de velludo beige, golla de asfrakan preto»6 Manteau de kasha verde-cinza, golla branca, debrutisj']

verde-forte;— Manteau de velludo azul Patou, golla de astrakan branco:,!

— Manteau de veloutine amarelia, gravata de hermin^

* -s *E borde :

Camisas de baptista, «ipala ou seda branca ou de cõr, cjüi os

motivos que se enconham no Io quadro (figs. 1, 2, 3 e 4), no 2\

(fi-^. 5, 6, 7), no 3o (figs. 8, 9, 10), cr*t simples pontos de haste ou

de alinhavo, lính 1 bri-

lhante — de côr na Unge*

rig branca, branca n.i lin*

gene colorida, bem. como

as tiras de panno deve-

rão ser sempre de tona-

lidade diversa da da peça

ae roupa. •

fc3«

vestidinho todo plissado;30,424 — Marquisctte rosa, babados plii-

sados, cinto de camurça azul[

«>

<*

JraKt^SejBBffijí^-^-' JISSCk^ss^Vs^sssv'-'^^^

M

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O TICO-TiC0 24 20 — Julho — 1932

Pequeno corsárioRomitCEftE/WHlTURAí-'esçnhosdç. Cícero

-^ VALIADARE5.

«? ' C tff. O V^UUAtiACtKi.

...muitas dezenas de monstros em cham.ir.as que se precipitavam sobre as linhas inglez.zs.

Depois abriu a porta da palissa-da, que dava para o campo e o re-banho inteiro, allucinado com aschammas, sahiu a correr pela pia-nicie, destruindo o acampamentoingiez.

A sua idéa teve o melhor êxito.Então, o valente menino disse aosindios:

—Agora vamos á canoa.Cinco minutos depois, a canoa

cheia de guerreiros armados voga-

va silenciosamente em direcção aomaior dos navios inglezes.

Os marinheiros estavam todosem cima, olhando para terra, obser-vando aquelle combate mysterioso,que não podiam comprehender.

Pedro levou a canoa até á popadesse navio, sem ser visto, e, de ma-chado em punho, disse aos indios:

—- Ao assalto.Subiram todos ao navio e ataca-»

ram os marinheiros inglezes, que,

apavorados de surpresa, mal se pn*deram defender.

Os que não se atiraram ao mar.foram feridos ou aprisionados.

Xo fim de um quarto de horao navio estava em poder de Pedro,

que explicou rapidamente aos m*

dios o manejo das peças de artilharia e rompeu fogo contra os outrosnavios.

(.Continua},

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26 — Julho — 1932

(T '— 25 - O TICO-TICO

e®oe_ro €©EXCLUSIVIDADE1 PARA

OIICO-TICO

9o(S@(LA®cv

msmr&iOãPT^^^-í \ / _H wj j_^P^S^^____x_'_í___^^^Ít^__P^-(__; -tS_w_^_^-*.__A/I'0& ^-" i_______i ''^ __¦_ ¦ \ v__T_¦

' Domingo, no Zoológico a coisa estava animada. Lá estiveram"íco-Réco, Bolão e Azeitona. Logo de entrada o leão africano, *

•vendo o preto, com saudade dos seus patrícios soltou formidável...'

BkmWW íl /Vy) / ImFLKA V \ *- Um ^1^-/ / / I l ^^ I \

.. .urro, que quasi fez o nosso amigo mudar de côr... Reco-Reco e Bolão ainda estavam a gosar o susto do preto, quandoum macaco travesso sacudiu um coco bem no coco de Bolãoque viu...

¦ • -estrellas. Ahi, quem gosou foi Rêco-Rèco. Azei-tona, também riu um boccado até que um avestruzfaminto lhe arrancou da trancinha o laço de fita..

,... que enguliu como se fosse um "bonbon", emquan-,jto os outros gosavam. As desgraças se succediam.

•: Só Rêco-Rèco é que. por emquanto... Por emquanto,...

^ffl^i f) \_55iBllí1.. .sim. Porque o elephante, achando talvez que o calor era muito,encheu a enorme tromba de água no lago e sem mais nem menoslhe ministrou um valente banho de chuveiro..,

E embora o mal de muitos sirvade consolo, os tres amigos voltarampara casa arrependidos de ter id">ao Zoológico.

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O TICO-TICO — 2(5 — 20 — Julho — 1Ü3ÍU:í'>

Consultório aa CretnoaS C A B I O S S

A scabiose ou sarna é uma doen-ça contagiosa da pelle.

E' também conhecida pelo nomede "já começa''. E' causada por umparasito e provoca uma coceira for-midavcl, que constitue um yerda-deiro martyrio para os doentes.

Esta coceira ou comichão é maisintensa á noite.

A's vezes é tão incommoda, quea pessoa não pode absolutamentedormir. O contagio se faz ou pormeio de outra pessoa (ama, com-nheiro de escola, etc), ou por in-termedio das roupas, de cama prin-cipalmente, ou dos objectos do sar-inento.

Os cães e os gatos também fre-quentemente transmittem a sarna aseus donos.

A affecção se localiza de pre-ferencia entre os dedos da mão, naregião do punho, no braço, nas do-

bras anteriores da axila, etc. Emgeral, poupa o rosto. Nos adultosnunca foi observada em tal região.

Toda affecção da pelle que pro-vocar grandes pruridos, principal-mente nocturno, deve ser suspeitade sarna.

Tratamento. — Deve ser pra-philactico e local.

O prophilactico consiste em fer-ver todas as roupas que estiveramcm contacto com o corpo do doen-te, inclusive as roupas de cama.

O local comprehende dar á noi-te um grande banho morno de deza quinze minutos com sabão de en-xofre. Depois enxugar bem a cre-anca esfregando bastante a toalhae em seguida passar também esfre-gando, porém, brandamente, umapomada que poderá ser a de Milian,Helmerich ou Mitiga!. Um reme-dio muito barato e que dá bom re-sultado é a applicação de creolinaa i5°|°. Esfregar á noite, após o

banho, o doente com um panncmolhado nessa solução e deixar fi-car até o dia seguinte.

Tres a quatro dias de tratamentosão sufficientes para a cura.

\ sarna, freqüentemente, secomplica com outras affecções dapelle de modo que é prudente ouvira opinião do medico em casos se-melhantes.

AVISO — As consultas sobre regi-mes alimentares e doenças das cre-ancas podem ser dirigidas ou para oconsultório ou para a residência do

DR. OCTAVfO DA VEIGA

Doenças das Creanças — RegimesAlimentares

Director do Instituto Pasteur do Rio<ie Janeiro. Medico da Creche da Casatios Expostos. Do consultório de Hy-giene Infantil (D. N. S. P-). Cônsul-tono Rua Rodrigo Silva, 14 — 5" an-d-ir 2a, 3* c 6' de 4 ás 6 horas. Tele-phone 2-2604 — Residência: Rua Alfre-do Chaves, 46 (Botafogo) — Telepho-

ne í 0327.

a. n^wnv'e ÀMmWwr h'.-' mBttÊm

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íí WmW JtwíS O jSBBl ''.".'¦¦..JKSb j^H^H ^^^HBBBb^""' ' ¦'¦ ''^jaMBM 3WfB5p5pB ***" T*í ©,.,¦'«• ..-'¦-'•4* Vj a \** .': ¦

' a\ SÊt fa'm §'¦'""'' I r-. II t—-*l f-K. \1 I í ti \ Y/^ >'/ \ "..I ... \'jIAS LO mo ,}S„pft;y^©'

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— Ju.ho — 1932 — 27 O TICO-TICO

RESULTADO DO CONCURSO NU-MERO 3.665

A-4

\iyA solução exacta do coiicurso

Sohicionistas: Olguinha de Freitas,^¦oacyr Mamede de Oliveira Santos,

° Ventura de Aguiar, João Francis-ç°

dc Castro Netto, Jurema Pillar, JoséP <la Costa, Margarida Vieira, Odette.aVçCante' Cucio Vieira> Luiza viannatr

Silva, Guilhermina de Almeida Cin-a> Américo Vespucio de Mello, Mario

AMORTE/AMEAÇAvossosflLHOS!

tó?»JW\\ I ^ WÊrWr

fomomillina$ M,-?.'C0 REMÉDIO QUE EVITA Il,mn°,C?ASJR0-ENTERITE.Fe8RE. fÍT^nia^Diarrtó eolicas.«r(. j\

FA' ven_a em todas as pharmacias

Cunha, Ltnzita Cunha, Romualdo Casta-tanheira, Berenice de Almeida, CormaVeiga, Dirce Goulart, Dirceu Goulart,José de Araujo Pinheiro, Izabel Ohara,Decio Barbosa Machado, Iralda deAguiar, Mathilde Koplin, Antônio Ge-raklo Leite França, Hélio Delduque, He-kna Mendonça Tibau, Raymundo Meti-donça Tibau, Eliete de Carvalho, ElviraPereira, Marieta Rachid, Affonso Ba-ptista Paiva, B-rtolino Leite de Castro,

USAJUVENTUD

ALEXANDREPara os ca bel los

CASPAeCAL.VICIE

Leda Gaspar, Sebastião d Ângelo Cas-tanheira, Geraldo Leiras Braccn.n Brac-cini, Odette Maneini, Wanda de AbreuPrates Norah Abrahão, Nilza PasseadoDias, Maria Julia Ferreira Maria Ahced'Amorim, Marilia Salles \ie.ra, CláudioMartins Real, José Silveno Leite. Fontes,Darcvllo R. de Mello, Paulo R- de Mel-lo, Osman Carneiro Victoria, José Bar-bosa de Mello Santos, Rama Bid.garay,Maria Stella do Amaral Faria, Walter

Pachoalino Leal, Yára Salgueiro, MariaLygia Pimentel, Louisette Bahia Soria,J «linha Godois Vianna, Manoel D. Ro-drigues, Horacio César de Almeida, Vero-nica Santos Varella, Mario Orsino, Eu-nice Pereira de Carvalho, Isa Braga N.da Gama, Hazael dc Mello Senra, DirceBraga, Heitor Alves Vianna, Dirceu deMiranda Cordilha, Antônio Alberto Fa-rali, Raphael Giamella.

Foi premiado, com um lindo livro dehistorias infantis o concurrente:

Hazael de Mello Senra

de 12 annos de idade e residente á ruaConselheiro Nebias n. Só, em Santos, Es-tado de São Paulo.

RESULTADO DO CONCURSO NU->,MERO 3.666

Respostas certas:

1* — A escuridão.:2" — Chile.3' — Pato-Gato.4* — Rio da Prata.-S-» — Gato — Rato - Pato — Mato.

Solucionistas: Maria Luiza Vieira,Fábio Guimarães, Álvaro Coelho de

P I L U L A S

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Empregadas com successo nas mo-lestias do estômago, figado ou intes-tinos. Essas pílulas, além de tônicas,são indicadas nas dyspepsias, doresde cabeça, moléstias do figado e prl-são de ventre. São um poderoso di-gestivo e regularizador das funeçõesgastro-intestinaes.

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«^-—ÁS

^o*"*-—-s. ________^\ *' T-J l__Í' -/

Í^55ÜÍ5rAS - PARA AS FESTAS ESCOLARESNa organi.acão dos programmas para as festas escolares lutam as senhoras professoras

com a f Jta de monólogos, cançonetas, duetos, coros, poesia, e d alogos p.opnos „sra as

^anía-B* q« nâo é grande o números de livros escriptos sobre g asstirr.pto. llano era-

tinte um reoertorio de tudo o que * necessário para organização dos programinas de festas

esgares V o Theatro d'0 Tico-Tico, de Eustorgio Wanderley, o apreciado escriptoi e

POetNoqlJVi,«Í. d'0^-TuT^ a Livraria Pimenta de Mello & C, R_a Sache.. 34 -

Rio vende oelo Dreço de 6?000. (leio Correio, registrado, 6ÇIWU). ha a mais comp.eta col-

feccã.de CANÇONETAS, DUETOS, COROS, COMETAS, FAKÇAS. SAINE1ES. ScE-

NAS CÔMICAS DIÁLOGOS. POESIAS, MONÓLOGOS, etc. A's senhoras prolessorasrecommendamos t'ão útil e interessante coüectanea de theatro in.antil.

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O TICO-TICO — 28 — 20 - Julho — 1932

a_TH_.ilO REMÉDIO REYNGATE para otratamento radicar da Asthma, Dys-pnéas, Influenza, Defluxos, Bron-chites, Catarrhaes, Tossea rebeldes.Cansaço, Chiados do Peito, Sutíoca-ções, é um MEDICAMENTO devalor, composto exclusivamente devegetaea.

E' liquido e tomam-se trinta got-tas em água assucarada pela ma-nhâ, ao meio-dia e á noite ao dei-tar-se. VIDE os attestados e prospe-ctos que acompanham cada frasco.

Encontra-se á venda nas princi-paea PHARMACIAS E DROGA-

RIAS DO BRASIL."_a*f AVISO — Freço de um

vidro 12$000; pelo Correio, registra-do, réis 15$000. Envia-se para qual-quer parte do Brasil, mediante aremessa da importância em cartacom o VALOR DECLARADO aoAgente Geral J. DE CARVALHO —Caixa Postal n. 1724 — Rio deJaneiro.

Doenças das Creanças — RegimesAlimcntares

ÜR. OCTAVIO DA VEIGA

Director do Instituto Pasteur doRio de Janeiro, Medico da Creche daCasa dos Expostos. Do consultóriode Hygiene Infantil (D. N. S. P.)Consultório: Rua Rodrigo Silva, 14-5°andar. 2\ 4* e 6* de 4 ás 6 horas. —Tei. 2-2i«04 — Residência: Rua Al-fredo Chaves, 46 (Botafogo) — Tei.

6-0327.

Aguiar, Washington Pereira Pinto,Guiomar da Cunha Coelho, Antoninhode Miranda, Odette Vieira, Lamaes Se-gadas, Luiz Sá Filho, Oswaldo Cândidode Souza, Ayrton Sá dos Santos, NiloAlexandre das Neves, José MaurícioCardoso Botto de Barros, Joaquim dosSantos Salgueiro, Milton F. Mcrlítti,Adewaldo Cardoso Botto de Barros,Ruy Bodstein, Maria de Lourdes Vituías,Maria Stella do Amaral Faria, WaldirQuinta, Walhy Eny Bosio, Kepler Sau-tas, Nair Baeta Leal, Manoel D. Ro-tírigucs, Decio Barbosa Machado, Aluy*«io de Moraes Suckaw, Maria de Lour-des Sampcl, Haroldo Carvalho Rocha,Maurício C. Lacerda, Luiz Fernandez,Berenice Tavares Sabino, Lila Rosa deOliveira, Ricardo Grccco, Raul Bernar-nes, Yvette Mesquita, Ruth Carvalhode Lara, Vaientina de F. Breves, JorgeCampos, Elíete dc Carvalho, BracciniilBraccini, Hélio üelduque, Jamila Japur,Judith Ribeiro, Jandir Pinheiro da Sil-va, Eugênio Roberto Leimann, ReginaCalmon, Orlando Coelho, Dircéa Lour-dis Pacheco, Maria Thereza Caslanhei-

ra. Fusa d'Ângelo Castanheira, Viniciod'Angelo Castanheira, Maria do CarmoA. Vasconcellos, Solange Silveira, Jo-sé Frederico de Albuquerque, Nilza Pas-seado Dias, Maria José Uchôa Daltro,Leda Loureiro, Dirceu de Miranda ^or-dilha, José Ribeiro Ferreira, RubemDias Leal, Dirce Braga, Maria Therezatia Cunha, Clovis Pereira Ramos, AryFonseca. Mercêdds Abreu, João Bosco

Lemos Ferreira, Odila da F. Chain-phony Coelho.

Foi premiada, com um rico livro dehistorias infantis, a concurrente:

Lila Rosa de Oliveirat?e 8 annos de idade e moradora á ruaWerna Magalhães n. 45, casa 7, nes-ta Capital.

CONCURSO l\i. 6?Para os leitores desta Capital c dos Estados

|o!__StT §-W^ \I v r^^^JyA-JÊ ^M

Recortem os pedaços do clichêjunto e formem com elles a figurade um soldadinho.

As soluções devem ser enviadasá redacção d'0 TICO-TICO, sepa-das das de outros quaesquer con-

ARTEDE

BORDARDesta capital, das capitães flo.-

Estados e de multas cidades do in.terior, constantemente somos con-sultados so ainda temos os ns. 1,2, 3, 4 e 5 de "Arte de Bordar",rnrticipamos a todos que, provendoo facto de muitas pessoas ficaremcom as suas collecções desfalca-das, reservamos , cm nosso escri-ptorio, rua Sachct n. 34, Bio, to-dos os nnmeros já publicados, paraattender a pedidos. Custam o mes-mo preço de 2SOOO o exemplar cmtodo o Brasil e tambem encontra-dos cm qualquer Livraria, Casa deFigurinos e com todos os vendcflo-res de jornaes do paiz.

cursos e acompanhadas, não só dovale que tem o n. 3.675, como tambem da assignatura, idade e residen-çia do concurrente.

Para este concurso, que será ei1*cerrado no dia 18 de Agosto vifl"douro, daremos como premio, p°rsorte, entre as soluções certas, mrico livro de historias infantis.

BI L_^< • V.^yij^X ymmf 4{y\flhLI-^lb w 11 ti |gi* tygg^\

WÍ-5» 3.675 ly*^

CONCURSO N. 3 • 6 7 Ó

Para os leitores desta Capital e "°

Estados próximos

Perguntas:

,» _ QUal é a cidade iluminei-',se que é bebida?

(3 syllabas).Vaientina M." Breves

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20 _ Julho — 1932 29 O TICO-TICO

DRAGÕESPrincezas adormecidas, heróes meni-n°s, viagens miraculosas, castellos en-cantados, peixes de escamas d? ouro,Meninos perdidos, velhos rabujentos,reis maus e reis bons:

São historietas de successo dolivro de Yantock

JlillPl~eeo 5$9oo — Pelo correio 6S400

Pedidos á casa BRAZ LAURIA.

ss Dias,78 = RiOc

2il ¦— Qual é o legume que sema Primeira syllaba é parte da ca-beça ?

(3 syllabas),Guido Cavalcanti

3a — Elle é fazenda.Ella é figura geométrica.' (2 syllabas).

Guido Cavalcanti

— Qual a cidade do Mara-a° que tem nome de mulher?(4 syllabas).

Aluysio de M. Suckow

— O que é, o que é que óF^ide no Brasil e é pequeno em^boa?

Alfredo I*. Pacheco

r*d

^s soluções devem ser enviadasfacção d'0 TICO-TICO, sepa-

as das de outros quaesquer con-.

cursos ¦ e ainda acompanhadas dovale numero 3.676 e da assignatu-ra, idade e residência do concur-rente.

Para este concurso, que será en-cerrado no dia 12 de Agosto, da-remos como prêmio, por sorte, en-tre as soluções certas, um lindo li-vro illustrado.

^W CONCURSO3.676

O LYRIO E A P;OSAPara me darem a conhecer o ca-

racter de uma flor, os botânicosmostram-na sêcca, descorada e es-tendida num herbário. Pois nesseestado é que hei de reconhecer umlyrio? Não é á borda de um rega-to, erguendo no meio das hervas asua haste magestosa, e reflectindona água os seus bellos cálices maisbrancos do que o marfim, que euhei de admirar o rei dos valles ? Asua brancura incomparavel não éainda mais deslumbrante quandosalpicada, como gottas de coral, porpequenos escaravelhos escarlateshemisphericos, riscados de preto,que quasi sempre ahi procuramasylo ?

Quem pode reconhecer numa ro-sa secca a rainha das flores? Paraque ella seja, ao mesmo tempo, umobjecto de amor e de philosophia,é preciso vel-a quando, ao sahir dasfendas de um rochedo humido, bri-lha sobre a sua própria verdura,quando o zéphiro a balouça sobrea haste eriçada de espinhos que aaurora cobre de lagrimas e quandoattrahe, pelo seu brilho e o seu per-fume, a mão de quem passa. A'svezes, uma canthárida, escondidana sua corolla faz-lhe realçar o car-mim com o seu verde de esmerai-da; é então que essa flor parece di-zer-nos que, sendo o symbolo doprazer pelos seus encantos e a suacurta duração, traz, como aquelle,o perigo em volta de si c o remor-so no seu seio.

Bcnianliu Je Saint-Pierre

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O TICO-TICO — 30 - 'ií'120 — Julho — W

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20 *-* Julho — 1932

O

— 31

SONHO D E

O TICO-TIC

PICOLÉCCcmclue no próximo numero)

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Picolé

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tanto olhou para o inte- Felizmente, o nosso Picolé nada Manteguiniia. sem perda de tem-ri°r da grande garrafa do "Beba como um peixe e, emquanto gosava P°» bancouJ ° carcereiro- abrindo ama,-, f ¦ .. ,1),- porta da deliciosa prisão, de onde"*« leite» que acabou escorregan- as delicias de ura banho de .ei- surge tranqui!lo _ nossQ grjmdcdo e... -,'bM, te> (tibxtml. nadador...

NAO FALTAVA MA

^.-"espeito de tudo, ou, sem razão, (MONÓLOGO)•nha o Simplicio Perei vai LouzadaA mania de sempre repetir: Para dizer então, que, finalmente,

7- Não faltava mais nada. Não faltara mais nada.

Quitas vezes faltava-lhe até tudo Mas arranja uma noiva doidivanasír. elle, pela mania enraizada, Dessas que dizem ter a "pá virada"Di»;- _ __ .. . ..

I s NADA

Jizia» a esmo, sem pensar no caso:Não faltava mais nada.

O«trás vezes o azar o perseguia^«ttia furia constante, encarniçada,^' a uma desgraça a mais, elle di-

zia:' Não faltava mais nada...!

e»sou em se casar um bello diap

arranjou tudo: casa niobiliada,nxoval e papeis para o casório,

•^ão faltava mais nada.

esqueceu, entretanto, o principal:nia noiva que fosse ajuizada

E o Simpliccio, engando. repetia: Não faltava mais nada.

No dia do consórcio ella fugiuCom um malandro de fama. o Zé

PancadaE o Simplicio, sozinho, deplorava:

Não faltava mais nada.

Desistiu de casar; e se indagavamSe elle não tinha um'outra namoradaO Simplicio, descrente, respondia:

—¦ Não faltava mais nada.

Adoeceu, certa vez, e gravementeO que foi, para elle, uma rnassada,

Dizendo, aborrecido, assim, aosmédicos:

Não faltava mais nada!

Não resistiu ao mal e falleceuNão sabendo de que, de madrugadaE contam que, ao morrer, inda ex-

clamou:Não faltava... mais nada...

Levou comsigo todos os papeisQue tinha numa commoda tran*

cada.Assim, quando lhe abriram as ga-

vetasNão faltava mais nada.

Poderia contar agora a vidaDa alma do Simplicio, torturada,Mas... dirão os senhores: "Com

effeito-'— Não faltava mais nada".

MAURÍCIO MAIA

'^^lífòto^ ^j^i_t___fl__«*

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Çhiquinho foi fazer um-pic-nic em Petropolis. Le-vou os companheiros e um saboroso farnel. Metteu~se.pela estrada de rodagem e, a certa, ,a .

..-.altura encontrou, uma pobre mulher andrajosa com•uma creança ao coIIq. E a mulher lhe disse: Sou pobre,tenho fomel Çhiquinho ficou tão coramovido que lhe...,

~°"

... entregou o embrulho do farnel e todo dinheiro quepossuía. Benjamim, quando viu fugir-lhe

"o farnel, em-pallideçeu. — Agora fico em seu logar, disse. ,.É>

v:: 'uá.l^&Úi—J y _

.. .Çhiquinho e, Deus fará o resto \ Sentou-se e esten-deu a mão a caridade publica. .Um escoteiro que passoue soube do caso, abraçou-o, e levou os dois meninos.;^

A-ROCHA |

.... para casa, onde foi Çhiquinho abraçado por seuspaes e todos qüe lá estavam. 'Quem de vós, meus leito-

.res, teria o^gesto deste Çhiquinho coração de ouro ?