joelho

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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAIBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Prevenção de lesões na articulação do joelho utilizando o método Core training em atletas de judô Revisão de literatura Brenda Aguiar dos Santos Vinicius Rosendo Silva São José dos Campos/SP 2014

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joelho

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  • UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAIBA FACULDADE DE EDUCAO E ARTES

    CURSO DE EDUCAO FSICA

    Preveno de leses na articulao do joelho utilizando o mtodo Core training em

    atletas de jud Reviso de literatura

    Brenda Aguiar dos Santos

    Vinicius Rosendo Silva

    So Jos dos Campos/SP

    2014

  • UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAIBA FACULDADE DE EDUCAO E ARTES

    CURSO DE EDUCAO FSICA

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    PREVENO DE LESES NA ARTICULAO DO JOELHO UTILIZANDO O

    MTODO CORE TRAINING EM ATLETAS DO JUD REVISO DE LITERATURA

    BRENDA AGUIAR DOS SANTOS

    VINICIUS ROSENDO SILVA

    Relatrio final apresentado como parte

    das exigncias da disciplina Trabalho de

    Concluso de Curso coordenao de

    TCC do curso de Educao Fsica da

    Faculdade de Educao e Artes da

    Universidade do Vale do Paraba.

    Orientador Prof.Me. Elessandro Vaguno de Lima

    Co-orientador Prof.Me. Claudio Alexandre Cunha

    So Jos dos Campos/SP

    2014

  • Dedicatria

    Dedico este trabalho a minha me Alisson Aguiar dos Santos e ao meu pai Rodolfo

    Aguiar dos Santos que no mediram esforos para me ajudar em todos os

    momentos em que eu precisei sempre me incentivando a seguir com os estudos e

    passar pelas dificuldades que a vida impunha, agradeo a Deus por ter pais como

    vocs que me educaram, me ensinaram a ter carter, humildade e amor. Amo vocs

    pai e me!

    Meu irmo Adam Aguiar dos Santos por ser meu amigo e companheiro para todos

    os momentos alem de me incentivar sempre a conquistar os meus objetivos.

    A todos os meus tcnicos e companheiros de treino que ao longo dos anos

    estiveram comigo e me ensinaram esse esporte que tanto amo Jud.

    Brenda Aguiar dos Santos

    Dedico este trabalho a todos meus familiares sem exceo, por todo apoio que vim

    recebendo ao longo destes anos de faculdade, e em especial aos meus pais Rubens

    e Alzira, que em momento algum mediram esforos para que hoje eu esteja aqui.

    Agradeo Deus por ter uma famlia e pas que sempre foram meu suporte. Amo

    incondicionalmente todos.

    Aos meus colegas de futebol principalmente ao Pablo Fernandez e Cleber Arildo,

    por serem alm de tcnicos, grandes conselheiros e amigos, e serem motivo para

    que eu seguisse em busca do meu objetivo. Tenho orgulho de ter trabalhado com

    vocs.

    De uma maneira especial dedico Palloma Barros, que ao longo desses anos veio

    se dedicando em me ajudar e buscar meu melhor, independente dos bons ou maus

    momentos. Sou grato por tudo.

    Vinicius Rosendo Silva

  • Agradecimentos

    Agradeo a Deus e aos meus guias por terem me dado foras e iluminado os meus

    caminhos para conquistar os meus objetivos!

    A minha famlia que sempre me incentivaram de alguma forma a seguir em frente.

    Agradeo em especial o meu orientador, amigo e sensei Elessandro Vaguino de

    Lima pela colaborao com a realizao deste trabalho, por todos os ensinamentos

    compartilhados na faculdade e principalmente no jud, obrigado mestre!

    Ao Claudio Alexandre Cunha que ajudou na elaborao deste trabalho alem de

    compartilhar todo o seu conhecimento e experincia profissional.

    Minhas amigas que sem elas a vida no teria graa em especial Isabelle Regina

    de Lima e Raquel Yamashita de Moura.

    Aos colegas de faculdade, por onde passei esses anos estudando, passamos por

    dificuldades, mas dando muitas risadas, obrigado pelo companheirismo de todos os

    dias.

    Aos Professores do curso de Educao Fsica da UNIVAP por passar todo o

    conhecimento, sabedoria e experincia profissional e os funcionrios.

    A academia Sade em Evidncia por ter colaborado com a realizao deste

    trabalho.

    E por fim ao meu amigo e companheiro de TCC Vinicius Rosendo Silva que durante

    estes anos se tornou um grande amigo que quero levar por toda a vida, obrigado por

    juntos termos realizado este trabalho com companheirismo e cumplicidade.

    Brenda Aguiar dos Santos

  • Agradeo primeiramente Deus, por ter me dado sade e fora para que eu

    chegasse onde estou.

    Agradeo a minha famlia por ter ficado junto mim ao longo desses anos, me

    incentivando e mostrando do que sou capaz.

    Aos professores da faculdade por toda ateno e pacincia que me foi dedicado, e

    por todo conhecimento e sabedoria profissional que ser importante para que

    sejamos cada dia melhor.

    Agradeo ao professor Elessandro, por estar disposto nos orientar e mostrar o

    caminho a ser tomado ao longo deste ano.

    Aos meus colegas de classe e de faculdade, que sempre fizeram presente nos meus

    momentos, obrigado pelo companheirismo e esforo.

    A minha parceira e amiga de TCC Brenda Aguiar, por ter tido pacincia e muito

    companheirismo ao longo desse trabalho, hoje podemos juntos desfrutar deste

    grande momento.

    Vinicius Rosendo Silva

  • Epigrafe

    No so os grandes planos que do certo e sim os pequenos detalhes

    Stephen Kanitz

  • Resumo

    Atualmente o treinamento funcional vem sendo muito utilizado para que se possa ter

    uma melhora na performance atltica. No jud este tipo de treinamento no deve ser

    descartado, pois se trata de uma modalidade de contato fsico entre dois atletas,

    intensa e que realiza movimentos rpidos e de fora, exigindo ao mximo dos

    grupos musculares. A metodologia do Core training aplicada no treinamento

    principalmente aos msculos estabilizadores e movimentadores. Este estudo teve

    por objetivo revisar aplicao do treinamento como mtodo preventivo de leses em

    atletas de jud a partir de reviso bibliogrfica, especificamente na articulao do

    joelho identificando a musculatura envolvida. Verificou-se que o treinamento do Core

    training contribui para a melhoria das capacidades fsicas, trabalhando os grupos

    musculares como um todo, o que possibilita um fortalecimento muscular, reduzindo

    os riscos de leses.

    Palavras chaves: CORE Training, preveno leses, joelho, jud.

  • Lista de figuras, grfico, quadro e fluxograma

    Figura - 1 Anatomia do joelho....................................................................................17 Figura 2 - Msculos envolvidos na articulao...........................................................18 Figura 3 Estabilizao da articulao joelho...........................................................19 Grfico 1 - Leses membros inferiores......................................................................21 Figura 4 - Golpe Tai Otoshi execuo correta............................................................22 Figura 5 Golpe Tai Otoshi execuo errada............................................................23 Figura 6 Golpe Ippon Seoi Nague...........................................................................23 Figura 7 Golpes Uchimata e Harai Goshi................................................................24 Quadro 1 - Msculos do Core....................................................................................26

    Figura 8 Localizao dos msculos Core...............................................................26 Fluxograma 1 Benefcios do Core Training.............................................................27 Fluxograma 2 Inabilidade na transferncia de fora Core training..........................28 Figura 9 - Prancha em decbito ventral.....................................................................30 Figura 10 - Prancha em decbito lateral....................................................................30 Figura 11 - Prancha em decbito dorsal....................................................................30 Figura 12 - Agachamento no Bozu, equilbrio dinmico.............................................31

    Figura 13 - Equilbrio esttico no disco......................................................................31 Figura 14 - Agachamento unipodal com a perna em 4 na cama elstica..................32 Figura 15 - Simulao do golpe Tai Otoshi com elstico de trao...........................33

    Figura 16 Simulao do golpe Ippon Seoi Nague na cama elstica.......................33 Figura 17 - Simulao do golpe Uchi Mata e Harai goshi no disco............................34

    Figura 18 - Golpe Tai Otoshi e exerccio sugerido.....................................................35 Figura 19 - Golpe Ippon seoi nague e exerccio sugerido..........................................35

    Figura 20 - Golpe Uchi mata e exerccio sugerido.....................................................36

    Figura 21 - Golpe Harai goshi e exerccio sugerido...................................................36

  • Sumario

    1 Introduo ....................................................................................................................................10

    2. Justificativa .................................................................................................................................11

    3 Objetivo .......................................................................................................................................12

    3.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................12

    3.2 Objetivo especfico...............................................................................................................12

    4 Metodologia .................................................................................................................................13

    5 Reviso de literatura ..................................................................................................................14

    5.1 Histria do Jud ...................................................................................................................14

    5.2 Leso ....................................................................................................................................15

    5.2.1 Definio de leso ........................................................................................................15

    5.2.2 Tipos de leso ...............................................................................................................16

    5.3 Articulao do Joelho ..........................................................................................................17

    5.3.1 Anatomia do Joelho ......................................................................................................17

    5.3.2 Biomecnica do Joelho ................................................................................................18

    5.3.3 Leses no Joelho ..........................................................................................................20

    5.4 Leses no Jud ....................................................................................................................21

    5.5 Core Training ...................................................................................................................25

    5.5.1 Sugesto de exerccios do Core Training ...................................................................30

    6. Discusso ...................................................................................................................................37

    8. Referencias Bibliogrficas .........................................................................................................40

  • 10

    1 Introduo

    O jud uma prtica de luta que faz incluso de todos independentemente

    de faixa etria e aspectos fisiolgicos, onde tem em sua filosofia a integrao de

    corpo e mente fazendo uso da velocidade de raciocnio (VIRGILIO,1994).

    Apesar de ser uma prtica que faz uso de corpo e mente e ser benfico

    sade, o jud no esta imune de leses, j que se trata de uma modalidade de

    contato fsico entre dois atletas, fora, velocidade, impacto e uso constante dos

    msculos e articulaes. Pode ser praticado em diferentes nveis e com diferentes

    objetivos e medida que se direciona ao alto rendimento as chances de leso

    aumentam.

    Como em qualquer outra modalidade, no jud a leso no joelho pode vir a

    ocorrer, pois se trata de uma estrutura que promove a estabilidade dos membros

    inferiores e realiza diferentes movimentos (SANTOS et. al 2010). Essas leses

    podem vir a ocorrer por desgaste de treinos e competies ou formas incorretas de

    executar o gesto esportivo, fazendo com que haja sobrecarga na articulao e suas

    estruturas.

    Devido necessidade de se prevenir leses na modalidade e diminuir os

    acometimentos na articulao, pode-se utilizar da metodologia do CoreTraining

    como um mtodo preventivo, pois segundo Clarck (1998), um treinamento que

    realiza o fortalecimento da lombar e pelve que se localizam no centro do corpo e

    tambm dos msculos profundos conhecidos como estabilizadores, onde se tem

    base slida para realizao de movimentos, esse fortalecimento causa equilbrio

    para que no haja descompensao ou muscular.

    Por isso o mtodo pode ser considerado como um treinamento preventivo.

  • 11

    2. Justificativa

    A literatura mostra que na modalidade jud h grande incidncia de leses na

    articulao do joelho, este estudo visa apontar as tcnicas mais lesivas no jud e o

    mtodo Core Training como forma de preveno, com isso este estudo pode

    contribuir sugerindo formas, meios e mtodos preventivos especficos para a

    modalidade com o intuito de minimizar as leses nesta articulao.

  • 12

    3 Objetivo

    3.1 Objetivo Geral

    O objetivo do presente estudo verificar possveis exerccios do mtodo Core

    Training e sua aplicabilidade para preveno de leses na articulao do joelho

    incidentes na modalidade jud.

    3.2 Objetivo especfico

    Verificar os golpes da modalidade jud que geram maior incidncia de

    leses no joelho.

    Apresentar as estruturas da articulao do joelho mais acometidas.

    Verificar os exerccios do mtodo Core Training e sua aplicabilidade em

    prevenir as leses na articulao.

  • 13

    4 Metodologia

    Este estudo realizado em forma de pesquisa exploratria por meio de reviso

    bibliogrfica de artigos cientficos, livros, teses e dissertaes, disponveis no banco

    de dados.

    As palavras chaves utilizadas na pesquisa tendo como base: CORE Training,

    preveno leses, joelho, jud.

  • 14

    5 Reviso de literatura

    5.1 Histria do Jud

    O Jud foi criado em 1882 quando Jigoro Kano fundou sua escola o Kodokan

    que tinha o intuito de criar uma nova modalidade de luta que fosse mais esportivo,

    seguro e que todos pudessem praticar independente da faixa etria e aspectos

    fisiolgicos, um esporte que tivesse como filosofia integrar o corpo e mente. Suas

    tcnicas utilizam os msculos e a velocidade de raciocnio para dominar o oponente.

    Palavras ditas por Mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao mximo a

    fora fsica e espiritual. (VIRGILIO, 1994.). Considerando o caminho da suavidade,

    o jud criado, atravessou as fronteiras do Japo aps a segunda guerra mundial e

    ganhou popularidade pelo mundo. (PEREIRA JNIOR, 1999).

    Os princpios filosficos do jud, a mxima eficcia do corpo e do esprito com

    o mnimo de desperdcio de energia (Seiryoku ZenYo); bem-estar e benefcios

    mtuos (Jita Kyoei) e a palavra Jud que a combinao de duas palavras

    japonesas, "ju", que significa suave, fluido, e "d", o caminho, o rumo, o princpio,

    que deve ser interpretado como o caminho que conduz elasticidade, a qual ser

    tomada como princpio, como filosofia de vida (Pereira Jnior, 1999).

    Segundo Feitosa (et al., 2011) o jud tem em sua essncia a busca de

    aperfeioamento tcnico, finalidades de educao do corpo e da mente atrelada a

    princpios morais, ticos e filosficos expressados pelo prprio Kano, que via na

    prtica do jud uma importante ferramenta de educao para todos.

  • 15

    5.2 Leso

    5.2.1 Definio de leso

    A leso pode ser acometida por qualquer tipo de esforo fsico ou mental

    fazendo com que haja um desgaste maior do corpo. De um modo geral as leses

    podem ocorrer tanto em atletas, quanto em pessoas comuns e trabalhadoras,

    podendo se tornar, assim pequenos acidentes. O gesto de andar mais depressa,

    subir no nibus, agachar e pegar algo no cho, entre outros fatores podem levar o

    individuo a se lesionar, j que ocorre uma sobrecarga em seu corpo.

    A leso pode ser caracterizada por alterao ou deformidade tecidual, que

    pode atingir diferentes nveis de tecidos, assim como os diferentes tipos celulares.

    As leses podem ocorrer em funo de um desequilbrio fisiolgico ou mecnico.

    (SANTOS et al; 2010).

    Segundo Conn et al.(2003 apud Neves, 2008) a leso desportiva j tomou um

    rumo maior tornando-se um agravante para a sade pblica, pois se tratando de

    assuntos financeiros vem gerando muitos gastos. Com isso ateno deve ser

    redobrada em relao preveno e o seu tratamento, no s pelos atletas, mas

    tambm por pessoas comuns. Outro fator que pode acometer na leso so os

    fatores extrnsecos (externos) e intrnsecos (internos), que segundo Faulkner et

    al.(1993 apud SANTOS, 2010), so classificadas como fator extrnseco o

    planejamento do treino, periodicidade e intensidade que a atividade fsica deve ser

    realizada, condies ambientais e os equipamentos a serem utilizados propriamente

    devido essas condies (acessrios, calados e vesturio), tipo de modalidade

    desportiva a praticar, local de treino e instalaes desportivas. J os fatores

    intrnsecos esto relacionados : idade do atleta, sexo, estatura, composio

    corporal, nvel de aptido fsica, questes nutricionais, caractersticas psicolgicas e

    sociais, perodo de tratamento de leso. Podendo enquadrar tambm a falta de

    aquecimento, os fatores anatmicos, rigidez e desequilbrio muscular, deficincia

    tcnica do atleta e pequenas leses prvias

  • 16

    5.2.2 Tipos de leso

    Os variados tipos de leses podem ocorrer em qualquer parte de corpo, como

    articulaes, msculos, tendes, cartilagens entre outros. Para serem melhor

    compreendidas existem conceitos que as classificam. Segundo Simes (2005) as

    leses podem ser classificadas como: Abraso, bolha, distenso, tendinite, fratura,

    luxao, subluxao, contuso, entorse.

    No entanto as leses esportivas tm agravamento maior j que Costa e Ribeiro

    (2006) alertam que esses acometimentos geram uma consequncia, deixando-o fora

    de treinos e jogos. Porm ressalva que atletas lesionados podem ter participao em

    treinos desde que haja uma adaptao de seu exerccio, e que a leso gerada

    devida a sua participao de treinos e competies. No entanto Jos, Mello e Silva

    (2007), afirmam que atletas de elite so um caso parte, pois atuam dentro do

    esporte, no limite fisiolgico entre o mximo da performance atltica e a leso, e

    esta barreira pode ser ultrapassada por inmeras circunstncias advindas dos

    esportes de alta competitividade.

  • 17

    5.3 Articulao do Joelho

    5.3.1 Anatomia do Joelho

    Segundo Santos et al.(2010), como em qualquer prtica esportiva ou atividade

    diria, o joelho bastante utilizado, j que considerada uma articulao que

    promove estabilidade aos membros inferiores. Essa articulao composta por:

    ligamentos, meniscos, ossos (epfise distal do fmur, proximal da tbia e pela patela)

    e msculos que o envolvam. O mesmo autor ainda nos mostra que na epfise distal

    do fmur, existem duas superfcies convexas chamadas cndilo medial e cndilo

    lateral. So estruturas recobertas pela cartilagem epfisial, e com isso absorvem os

    choques nas articulaes e reduz o atrito com a tbia. Alm da tbia, o fmur

    articula-se com a patela, que tem um formato triangular, com funo de proteger a

    articulao e aumentar a fora no movimento de extenso. Nessa mesma, sobre a

    face superior da tbia, so encontrados o menisco medial e o menisco lateral,

    estruturas fibrocartilaginosas em formato de C, que tm como funo lubrificar,

    amortecer e distribuir o peso exercido sobre a articulao. E ressalva que uma

    articulao com grande nmero de ligamentos, so eles; Ligamento Cruzado

    Anterior (LCA), Ligamento Cruzado Posterior (LCP), Ligamento Colateral Lateral

    (LCL), Ligamento Colateral Medial (LCM). (Verificar figura 1)

    Figura - 1 Anatomia do joelho

    Fonte:Google imagens

  • 18

    5.3.2 Biomecnica do Joelho

    Os movimentos do joelho segundo Norkin e Levangie (2001) so de flexo e

    extenso, alm de promover uma ligeira rotao que pode ser tanto interna quanto

    externa. Esses movimentos ocorrem em diferentes eixos, porm definido para cada

    movimento, e servem para a sustentao de peso. A articulao pode realizar

    deslocamentos tibial ou femoral tanto posterior quanto anterior, e tambm abduo e

    aduo geradas pelas foras valgo e varo.

    Hall (2005) nos mostra os msculos envolvidos nesses movimentos. No

    momento de flexo composto pelos isquiootibiais, grcil, o sartrio, o poplteo e o

    gastrocnmio. No momento de extenso o principal msculo o quadrceps

    composto pelo vasto lateral, vasto medial, vasto intermdio e o reto femoral, que

    tambm cruza a articulao do quadril (Verificar figura 2).

    Figura - 2 Msculos envolvidos na articulao

    Fonte: Google imagens

    Dentro da articulao ocorre a estabilizao que envolve todas as estruturas,

    entre ossos, ligamentos e msculos. A definio da estabilizao segundo Norkin e

    Levangie (2001) ocorre entre esttica e dinmica. Com relao ao sistema funcional,

  • 19

    os estabilizadores estticos incluem estruturas passivas, como a cpsula articular e

    os ligamentos. Os ligamentos estabilizadores estticos incluem o LCM e LCL, LCA,

    LCP, poplteo oblquo e o ligamento transverso (Verificar figura 3).Os estabilizadores

    dinmicos incluem os msculos: quadrceps femoral e retinculo extensor,

    semitendinoso, sartrio e grcil (pata de ganso), poplteo, bceps femoral e

    semimembranoso.

    Figura 3 Estabilizao da articulao

    Fonte: Google Imagens

  • 20

    5.3.3 Leses no Joelho

    As leses no joelho podem ocorrer em todas as suas estruturas envolvidas e

    podem enquadrar diferentes nveis de classificao de leso. Podendo ocorrer

    nessa articulao vrias formas de leses, podendo ser por trauma direto ou

    indireto, alm de ser lesionado principalmente pelo excesso de uso (desgaste) ou a

    execuo da mecnica inadequada.

    Um mecanismo comum de leso no joelho se da pelo estiramento dos tecidos

    moles em um dos lados da articulao quando aplicada alguma fora oposta

    durante a sustentao do peso corporal, essa sustentao se torna mais vulnervel

    a leses, particularmente na participao de um desporto de contato. (HALL, 2005).

    Norkin e Levangie (2001), dizem que a articulao esta mais sujeita a leses

    do que outras, por ter que suportar grande parte do peso do corpo e estar entre duas

    articulaes e ter duas grandes alavancas, Fmur e Tbia. E afirmam que o interesse

    e participao em exerccios fsicos e prticas esportivas aumentam o risco de leso,

    tanto diretamente ou indiretamente.

    Segundo Brito, Soares e Rebelo (2008), eles consideram que a estabilidade do

    joelho se agrupa na parte ssea, estruturas ligamentares e nos msculos. Quando

    ocorre uma leso nessas estruturas, principalmente muscular podemos chamar de

    leso msculo-esqueltico.

    Barreto (2004) cita que algumas das causas mais comuns de dores na

    articulao so por conta da predisposio estrutural (genuvalgo e genuvaro) e

    leses traumticas que podem ser microtraumticas (degenerao da cartilagem

    hialina, superfcie posterior da patela) e macrotraumticas (leses ligamentares).

    Alm das leses ligamentares, existem as leses meniscais que podem ser

    caracterizadas em cinco tipos: vertical ou longitudinal, oblquo, radial ou transverso,

    horizontal e complexo degenerativo. (SANTOS et al., 2010).

  • 21

    5.4 Leses no Jud

    Considerando o Jud uma modalidade de alta intensidade e que exige fora

    para execuo de golpes e velocidades para sair deles, temos algumas afirmaes

    que o jud uma das prticas com alto ndice de leso. Essas leses podem ocorrer

    em todas as estruturas do corpo, j que a modalidade faz seu uso como um todo

    alm de realizar diversos movimentos.

    Nos estudos Ruffoni e Beltro (apud Araujo et al., 2009), eles afirmam que no

    jud existem diversos benefcios que se enquadram nas reas cognitivas, afetivas,

    social e motora e tambm desenvolvem habilidades motoras como: fora,

    lateralidade, flexibilidade, equilbrio e melhora no sistema cardiorrespiratrio. No

    entanto mesmo diante de diversos benefcios, a prtica da modalidade no est

    isenta de leses.

    Carazzato, Cabrita e Castopril (1996), afirmam que as leses mais acometidas

    so: joelho, ombro, dedo, mos, tornozelos e orelhas, concluindo que as leses

    articulares so maioria na modalidade.

    Para Amatuzzi e Carazzato (2004 apud CARVALHO et al., 2009) o numero de

    leso nos membros inferiores alcanam nmeros significantes de 70,5% de

    acometimentos, deste total 54,9% foram leses que afetassem a articulao do

    joelho (Verificar grfico 1).

    Grfico 1 - Leses membros inferiores

  • 22

    As leses na modalidade de jud podem ocorrer em todas as estruturas do

    joelho, normalmente so vinculadas aos esforos fsicos decorrentes de treinos e

    competies, como consequncia desses esforos podem ocasionar leses como:

    luxaes, distenses, rupturas de ligamentos, tendinites, contuses, entorses, entre

    outras. (ARAJO; ANDRADE; PRADA, 2009).

    Arajo, Andrade e Prada (2009), ressalvam que as grandes incidncias de

    leses ocorrem durante os perodos de treinamentos, permitindo assim refletir sobre

    a metodologia a ser utilizada no treinamento, para evitar que o atleta perca seu

    rendimento de treino e competio em sala de reabilitao.

    Para Oliveira e Pereira (2008) outro fator que pode levar a leso, o nvel do

    competidor, estando o atleta de alto nvel mais vulnervel a leso, pois seu esforo

    maior para que, se conquiste melhores resultados. A permanncia dos atletas em

    competies e o alto perodo em que se prtica a modalidade so fatores de leso,

    incluindo perda gradativa do aparelho locomotor e por ltimo o peso corporal, esse

    fator leva os judocas mais pesados terem maior incidncia nos membros inferiores.

    Nos estudos de Barsottini, Guimares e Pacheco (2004), revelam que a grande

    ocorrncia de leso no jud no joelho, sendo que a maioria de grau III, ou seja,

    mais Grave. Os estudos mostram que o golpe mais lesivo de membros inferiores na

    modalidade o Tai Otoshi, merecendo um cuidado maior, outro fator que acomete a

    leso o nvel do atleta, com isso a leso se torna maior. Execuo correta do Tai

    Otoshi quem esta aplicando a tcnica no pode mudar o seu peso em seu p direito,

    ele acaba em sua ponta dos ps em uma posio flutuante deve abrir as pernas

    amplamente e dobrar o joelho esquerdo com a perna direita estendida para travar na

    posio de arremesso (Ilustrao figura 4)

    Figura 4 - Golpe Tai Otoshi execuo correta

  • 23

    Muitas leses podem ocorrer devida a forma errada de aplicar o golpe como,

    no ficar na ponta do p com isso o p fica preso no solo o que pode vir a causar a

    toro. (Ilustrao figura 5)

    Figura 5 Golpe Tai Otoshi execuo errada

    Outro estudo realizado por Barsottini, Guimares e Morais (2006) mostra que

    os golpes que mais acometem a articulao do joelho so o Tai Otoshi e o Ippon

    Seoi Nague.

    A leso pode vir a ocorrer na rotao da perna no encaixe do golpe se houver

    desequilbrio. (Ilustrao figura 6)

    Figura 6 Golpe Ippon Seoi Nague

    Segundo a CBJ (2011) uma das articulaes mais acometidas nos praticantes

    de jud o joelho, pois uma articulao que suporta o peso corporal e ao mesmo

    tempo serve de apoio para mudanas bruscas de direo no gesto esportivo. Para

    ela, os golpes como Uchi mata e Harai goshi so duas tcnicas semelhantes que s

  • 24

    muda o encaixa da perna o Uchi Mata a perna encaixa entre a perna do oponente e

    o Harai goshi a perna vai por fora ambos com a base uni podal o que sobrecarregam

    mais a articulao, pois o peso est apoiado sobre o mesmo, com o p preso

    forando-o para dentro, causando leso das estruturas internas, podendo haver um

    componente de rotao, o que agrava o quadro (Ilustrao figura 7).

    Figura 7 Golpes Uchimata e Harai Goshi

    Outro fator so os tatames muito moles ou de lona no muito estendida, j que

    pode contribuir com a leso.

  • 25

    5.5 Core Training

    O Core training e um mtodo de treinamento no qual se refere aos msculos

    estabilizadores da coluna lombar, abdmen e da pelve, podendo ser identificado

    como complexo lombo-plvico, alm de auxiliar no fortalecimento dos membros

    superiores e inferiores.

    Segundo Santos (2012) o mtodo Core training nasce de um fundamento

    muito simples: o tronco (que o que se pode traduzir de "core") deve sempre estar

    muito forte para suportar o esforo e a demanda esportiva.

    O treinamento do Core training tornou-se o foco de interesse entre os

    biomecnicos, fisioterapeutas, fisiologistas, treinadores e preparadores fsicos de

    muitos esportes, pois estes especialistas concordam que o complexo lombo-plvico

    tem um papel significativo para aumentar o desempenho esportivo e prevenir

    leses (FERREIRA et.al. 2011)

    Segundo Mars et. al (2012) o treinamento do Core surgiu na dcada de 90

    por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrlia.

    Esse treinamento visa um controle postural a manuteno e o bom

    alinhamento do tronco, uma vez que se baseia no sinergismo dos msculos

    abdominais, para o equilbrio da pelve (regio composta pelos msculos profundos

    da pelve, coluna lombar e que cruzam a articulao coxofemoral).

    A proposta do Core training se difere dos treinamentos convencionais ele

    composto pelos msculos que controlam e neutralizam os movimentos da pelve e

    da coluna lombar, identificando-se como complexo lombo-plvico, com

    aproximadamente 29 msculos que formado pelo transverso do abdmen,

    multifdios, reto abdominal, piriforme, gmeo superior, gmeo inferior, iliopsoas,

    glteo mnimo, glteo mdio, glteo mximo, oblquos internos e externos, eretores

    da espinha, transversos espinhais, os obturadores interno e externo, elevador do

    nus e o diafragma superiormente. (Verificar quadro 1 e figura 8)

  • 26

    Quadro 1 - Msculos do Core

    Fonte: Ferreira et.al (2011)

    Figura 8 Localizao dos msculos Core

    Fonte: Google imagens

  • 27

    Os msculos trabalham em conjunto, cooperando entre si para realizar

    movimentos estticos ou dinmicos, pois o sistema nervoso central (SNC) no

    responde ao trabalho de um msculo isolado e sim ele entende a ao do conjunto

    de msculos trabalhando de forma tridimensional (SILVA, 2002).

    O core training envia estmulos ao sistema nervoso central, atravs dos

    proprioceptores e mecanoreceptores, melhorando o desempenho motor do corpo,

    este treinamento neuromuscular dinmico tem apresentado uma atuao favorvel

    na absoro de impactos, estabilizao ativa das articulaes, nos desequilbrios

    musculares, biomecnica funcional e na melhora da resistncia dos tecidos (BLISS;

    TEEPLE, 2005)(Verificar Fluxograma 1).

    Fluxograma 1 Benefcios do Core Training

    Alm disso, o mtodo Core training ainda proporciona estabilidade e equilbrio

    da lombar e pelve, fora, controle neuromuscular, fora, melhora na postura e

    equilbrio do dinmico entre as estruturas do corpo durante as atividades funcionais

    o que pode evitar possveis leses e principalmente contribui no desempenho dos

    atletas. (SANTOS; GOUVEIA; CAVALCANTI, 2009).

    Segundo Santos, Gouveia e Cavalcanti (2009) o treinamento intensivo e

    repetitivo em uma modalidade pode levar hipertrofia dos msculos do individuo e

  • 28

    queda de sua flexibilidade, causando assim um desequilbrio muscular entre

    agonistas e antagonistas, por exemplo, se o atleta destro ele sempre faz no treino

    o golpe para o lado direito ou executar sempre o mesmo golpe, favorecendo assim a

    ocorrncia de alteraes musculoesqueltica que poder ocasionar leso

    considerada por atletas de alto nvel como uma das maiores fontes de estresse

    esportivo.

    Segundo Silva (2002) havendo inabilidade na transferncia da fora do Core

    com as extremidades pode ocorrer um baixo desempenho na tcnica ou ocasionar

    leses, uma musculatura deficiente crucial para ocorrer deformidades e leses,

    com o treinamento do Core a melhora dos resultados funcionais de um atleta atravs

    de intervenes de uma perspectiva de suas habilidades de percepo motora, tm

    o potencial de minimizar a ocorrncia e gravidade de leses (Verificar fluxograma 2).

    Fluxograma 2 Inabilidade na transferncia de fora Core training

    Este mtodo de treinamento compe o complexo de equilbrio, sendo o foco

    principal a ser trabalhado principalmente os domnios da estabilidade, pois ser de

    fundamental importncia para atividades funcionais. A utilizao do mtodo tem

    como foco estabilizar os msculos do Core e melhorar a postura do individuo para

    suportar as atividades do dia a dia e prticas esportivas. Portanto esse tipo de

    treinamento preocupa-se com a regio central do corpo onde se iniciam os

  • 29

    movimentos, tornando-o importante, visto que a falta de coordenao intramuscular

    ou fraqueza nos msculos posturais podem ocasionar movimentos menos eficazes.

    (FERREIRA et.al.,2011).

    A grande funo da estabilidade do core manter uma base mais slida para o

    movimento e transferir energia do centro do corpo para os membros distais

    (AKUTHOTA; NADLER, 2004).

    Nakagawa (2013) nos coloca que no devemos treinar s os msculos de

    forma isolada e sim de forma global simulando o mais prximo do gesto esportivo.

  • 30

    5.5.1 Sugesto de exerccios do Core Training

    Sugesto de exerccios do mtodo Core Training para prevenir leses na

    articulao do joelho.

    Preparo muscular, ativao da musculatura do Core e pilar de fortalecimento.

    (Ilustrao figuras 9 11).

    Figura 9 - Prancha em decbito ventral.

    Figura 10 - Prancha em decbito lateral

    Figura 11 - Prancha em decbito dorsal

  • 31

    Exerccios de equilbrio esttico e dinmico, ativando a propriocepo faz com que a

    musculatura reaja mais rpida a instabilidade (Figura 12 14).

    Figura 12 - Agachamento no Bozu, equilbrio dinmico.

    Figura 13 - Equilbrio esttico no disco

  • 32

    Figura 14 - Agachamento unipodal com a perna em 4 na cama elstica

  • 33

    Exerccios do Core Training adaptados para o jud aproximando as tcnicas mais

    lesivas. (Ilustrao figuras 15 17).

    Figura 15 - Simulao do golpe Tai Otoshi com elstico de trao

    Figura 16 Simulao do golpe Ippon Seoi Nague na cama elstica com elstico de trao.

  • 34

    Figura 17 - Simulao do golpe Uchi Mata e Harai goshi no disco e com o elstico de trao

  • 35

    Tcnicas mais lesivas e exerccios sugeridos (Figura 18 21)

    Figura 18 - Tcnica Tai Otoshi e exerccio sugerido

    Figura 19 - Tcnica Ippon seoi nague e exerccio sugerido

  • 36

    Figura 20 - Tcnica Uchi mata e exerccio sugerido

    Figura 21 - Tcnica Harai goshi e exerccio sugerido

  • 37

    6. Discusso

    O estudo de Barsottini, Guimares e Pacheco (2004) nos revela que um dos

    mecanismos de leso na modalidade, principalmente na articulao do joelho, seja a

    aplicao de alguns golpes como o Tai Otoshi, que para eles seja um dos principais

    fatores de leso, pois exige o mximo de esforo e sobrecarga na articulao, porm

    a utilizao desta tcnica hoje em dia no muito aplicada. A confirmao de que

    um dos mecanismos de leso sejam os golpes vm da CBJ (2011) que, no entanto

    contradiz revelando que o Uchi Mata e o Harai Goshi so os golpes que mais

    acometem a articulao.

    No entanto sugerimos que outros mecanismos, podem ocorrer atravs dos

    contragolpes, defesas, movimentaes e trocas de base, pois preciso que o atleta

    realize mudanas rpidas de direo e deslocamento, esses movimentos exige que

    a articulao faa rotaes internas ou externas, que podem comprometer tanto

    meniscos quanto ligamento cruzado anterior (LCA). Para que a articulao no seja

    sobrecarregada, preciso um fortalecimento muscular em conjunto, sejam eles

    estabilizadores ou dinmicos.

    Nos estudos de Akuthota e Nadler (2004), eles afirmam que o Core composto

    por msculos globais e msculos locais, os locais geram a estabilizao e os globais

    auxiliam o corpo a executar movimentos, podendo ser especficos aos gestos

    esportivos. Podemos entender que a dinmica entre estabilizadores e globais de

    extrema importncia para atletas de jud realizarem movimentos. Silva (2002) afirma

    que os msculos trabalham em conjunto, pois o sistema nervoso central no atende

    o trabalho de apenas um msculo isolado, e sim de um complexo integrado onde a

    inabilidade em transferir foras entre o core e as extremidades inferiores podem

    acarretar em uma leso. Bliss e Teeple (2005) resalvam que os benefcios em enviar

    estmulos ao sistema nervoso central, atravs dos proprioreceptores e

    mecanoreceptores, melhoram o desempenho motor do corpo e Monteiro e

    Evangelista (2010) resalvam outros benefcios como o equilbrio dinmico, controle

    postural e a execuo do gesto esportivo com menor gasto energtico alm de

    melhora da flexibilidade, fora funcional e fortalecimento geral do corpo.

    Akutthota, Nadler (2004); Santos, Gouveia e Cavalcante (2009), afirmam que a

    grande funo da estabilidade do Core manter uma base mais slida para

  • 38

    transferir energia e fora do centro do corpo para os membros distais, com isso

    fortalecimento do Core eficiente na preveno de leso na modalidade pois exige

    o fortalecimento da base Core para execusso dos golpes e movimentaes que

    exige na modalidade.

  • 39

    7. Concluso

    Conclui-se que por meio deste estudo de reviso literria, podemos identificar

    que no jud a articulao mais acometida nos membros inferiores o joelho

    sobrecarregando principalmente as estruturas ligamento colateral medial (LCM),

    menisco medial e ligamento cruzado anterior (LCA). possvel identificar, que a

    incidncia de leso no joelho, proveniente da aplicao de algumas tcnicas que

    exigem da articulao: Uchi Mata, Tai Otoshi, Ippon Seoi Nague e o Harai Goshi.

    Com isso atravs de autores podemos identificar os msculos que compe o Core e

    que seu fortalecimento atravs dos exerccios sugeridos primordial para

    desenvolver uma base mais estvel, com isso poder diminuir o risco de leses e

    colaborar para sua preveno na modalidade.

  • 40

    8. Referencias Bibliogrficas

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