Jogar não é uma falácia

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JOGAR NÃO É UMA FALÁCIA Leomar das Neves 1 ; Camila Susani Ribas 2 ; Kelly Zavatski (Orientadora) 3 1 Acadêmico de Direito na Faculdade Mater Dei. Articulista nas áreas de Direito Público, Parlamentar, Ambiental, Educação, Ciências Humanas. Membro do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos. Integrante do Movimento Política e Democracia. Atualmente estagiário junto ao Ministério Público do Estado do Paraná. E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Educação Física da Faculdade de Pato Branco – FADEP 3 Professora da FADEP 1 INTRODUÇÃO O presente artigo tem por objetivo tratar da questão da relevância do jogo no processo de aprendizagem desenvolvido no ambiente da educação infantil. Não obstante, as referências teóricas postulam no sentido de que o jogo é importante se levado em consideração a finalidade pragmática e utilitarista dos conceitos a serem assimilados pela percepção da criança face a atividade proposta. Sendo assim, ninguém melhor que Friederich Froebel, o célebre criador dos jardins de infância, para nortear as diretrizes básicas que consolidam o pensamento técnico difundido até hoje em matéria de educação infantil; vale dizer que por meio da atividade lúdica a criança vai se reconhecer como membro vivo e ativo do todo. Como conseqüência, o estudo apontará que toda brincadeira tem um significado a ser explorado, logo, se compreende o potencial aproveitamento do jogo nas relações práticas firmadas entre as partes. Diante do exposto, será considerado o interessante trabalho de Dorothy G. Singer, Roberta M. Gollinkoff, Kathy Hirsh-Pasek; o conhecido livro Play equals learning, em suma , esses autores com mais de quarenta anos de experiência, defendem a tese de que o jogo traz múltiplos benefícios às crianças, e mais ainda, o incentivo à atividade física nesta época de qualidade de vida alienada, uma vez que vivenciamos a realidade de uma sociedade de risco. Desse modo, é viável recorrer aos recursos das últimas descobertas sobre a melhor forma de jogar, pois isto estimula o desenvolvimento da criança, em outras palavras, na educação infantil, o jogo estabelece os fundamentos para a aprendizagem do convívio social, do padrão de imitação

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JOGAR NÃO É UMA FALÁCIA

Leomar das Neves1; Camila Susani Ribas2; Kelly Zavatski (Orientadora)3

1Acadêmico de Direito na Faculdade Mater Dei. Articulista nas áreas de Direito Público, Parlamentar, Ambiental, Educação, Ciências Humanas. Membro do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos. Integrante do Movimento Política e Democracia. Atualmente estagiário junto ao Ministério Público do Estado do Paraná. E-mail: [email protected] 2Acadêmica do Curso de Educação Física da Faculdade de Pato Branco – FADEP 3 Professora da FADEP

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por objetivo tratar da questão da relevância do jogo no

processo de aprendizagem desenvolvido no ambiente da educação infantil. Não

obstante, as referências teóricas postulam no sentido de que o jogo é importante se

levado em consideração a finalidade pragmática e utilitarista dos conceitos a serem

assimilados pela percepção da criança face a atividade proposta.

Sendo assim, ninguém melhor que Friederich Froebel, o célebre criador dos

jardins de infância, para nortear as diretrizes básicas que consolidam o

pensamento técnico difundido até hoje em matéria de educação infantil; vale dizer

que por meio da atividade lúdica a criança vai se reconhecer como membro

vivo e ativo do todo. Como conseqüência, o estudo apontará que toda brincadeira tem

um significado a ser explorado, logo, se compreende o potencial

aproveitamento do jogo nas relações práticas firmadas entre as partes.

Diante do exposto, será considerado o interessante trabalho de Dorothy G.

Singer, Roberta M. Gollinkoff, Kathy Hirsh-Pasek; o conhecido livro Play equals

learning, em suma , esses autores com mais de quarenta anos de experiência, defendem

a tese de que o jogo traz múltiplos benefícios às crianças, e mais ainda, o incentivo à

atividade física nesta época de qualidade de vida alienada, uma vez que vivenciamos a

realidade de uma sociedade de risco. Desse modo, é viável recorrer aos recursos das

últimas descobertas sobre a melhor forma de jogar, pois isto estimula o

desenvolvimento da criança, em outras palavras, na educação infantil, o jogo estabelece

os fundamentos para a aprendizagem do convívio social, do padrão de imitação

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e simulação, contribuindo para o aperfeiçoamento sócio-emotivo. Vale lembrar

que em cada idade vinculada a fase infantil do sujeito, a criança se depara com

realidades situacionais na busca de possibilidades vindouras. O que se quer

dizer aqui não é uma pretensa novidade, muito pelo contrário, é a constatação de

que precisamos mudar nossa concepção no que diz respeito a temática abordada.

Por fim, numa singela interpretação, este artigo constitui-se numa

manifestação explícita em prol do brincar, do crescer e do aprender.

2 DESENVOLVIMENTO

Preliminarmente, há de se esclarecer que o termo jogo terá seu significado

aproximado ao conceito brinquedo e brincadeira, uma vez que, para a boa

compreensão da terminologia utilizada não convém apresentar distinções

supérfluas sobre algo que já é pacífico no entendimento majoritário dos

pesquisadores. Com efeito, é viável, senão proveitoso vislumbrar algumas

considerações sobre o jogo e a criança.

2.1 O JOGO E A CRIANÇA

Partindo do pressuposto de que o jogo está presente no cotidiano da educação

infantil, há de se considerar uma relação dialética entre o brincar e o aprender, prova

disso está no reconhecimento dos psicopedagogos no sentido de que brincar é um

instrumento determinante para aprendizagem1.

Não obstante, Jean Chateau, admite em seu famoso livro, O jogo e a criança,

o valioso contributo que o jogo presta no desenvolvimento do ser infantil e para assim

dizer, no aprimoramento evolutivo do adulto. Com efeito, brincar é uma

atividade espontânea que permite a criança desenvolver a imaginação, a

confiança, o auto-controle, a sociabilidade, as habilidades físicas e a

estabilidade emocional. Por isso, é pertinente a frase de Schiller “O homem só é

completo quando brinca”. Sendo assim, Chateau entende que a arte, a ciência

e mesmo a religião são frequentemente jogos sérios.2

1 Filippon, Irene Galberto. Brincar – Principal Instrumento para Aprendizagem. Disponível em: <http://www.esbrafe.com.br/brincar.htm> Acesso em 28 Out. 2009. 2 Chateau, Jean. O jogo e a criança, 2ª edição. São Paulo: Editorial Sumos, 1954

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Mais adiante, o referido autor esclarece: Para ela, quase toda atividade é jogo e é

pelo jogo que ela adivinha e antecipa as condutas superiores. “Para a criança,

escreveu Claparède, o jogo é o trabalho, o bem , o dever, o ideal da vida. É a única

atmosfera na qual seu ser psicológico pode respirar e, consequentemente,

pode agir”. A criança é um ser que brinca/ joga e nada mais (Chateau,1954, p.13-14).

Em consonância com o pensamento acima citado, o eminente Friederich Froebel

pontifica que: Uma instituição, sob o lema: "Venha, vamos conviver com nossos

filhos", que tenha a tarefa de dar às mãos dos pais, famílias, educadores e

professores num sistema coerente de atividades lúdicas (...)Finalmente, os

jogos que são educativos, propiciam o desenvolvimento para quem brinca com as

crianças, influenciando a ele na sua função educativa alternando-se um vínculo

real entre ambos.3 (Froebel,1844)

Seria muita pretensão de nossa parte, ignorar os postulados práticos e teóricos da

teoria de Froebel, isto porquê, numa sincera referência, as necessidades da condição

infantil, se harmonizam as práticas curriculares mais eficientes, e por isso mesmo,

eficazes no contexto pré-escolar; também não se pode negligenciar o discurso

categórico de autores esclarecidos, que tem na clareza a sua boa fé, muito pelo

contrário, devemos acatar as recomendações de que o jogo é fundamental para a

aprendizagem infantil. Para esta constatação, tomamos de Kishimoto o seu discurso

“Jogos infantis, o jogo, a criança e a educação”, não somente no sentido psicológico,

mas além disso, no sentido de contribuir na prática da educação física, como atividade

motivadora desde o momento primordial do sujeito como um ser que brinca, em outras

palavras, como portador de uma peculiaridade que se expressa pelo ato

lúdico (...) (Kishimoto, 1993, p.11) a infância carrega consigo as brincadeiras

que perpetuam e se renovam a cada geração.

O jogo no contexto pré-escolar e sua contribuição no processo de

aprendizagem Uma coisa é certa, a criança aprende brincando, pois não é segredo para

ninguém, os avanços da ciência moderna, e mais ainda, da didática, ao menos que toda

razão humana esteja errada, o jogo é um negócio sério. Para Jean Epstein, psicólogo

especialista em jogo; o jogo é a vida da criança, mas não para por aí, o bebê descobre o

brincar atráves de seus sentidos (tato, visão, audição, e, assim por diante). É

como um jovem explorador, ávido por conhecimento, ele se conhece rapidamente,

3 Liebschner, Joachim. Friederich Froebel. Disponível em: http://www.friederichfroebel.com.htm Acesso em 30 Out.2009.

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atráves do jogo e das sensações que dele resultam , aprendendo a perceber a

realidade do mundo. As três contribuições do jogo no contexto pré-escolar, mais

precisamente, no setor da aprendizagem são:

-Possibilita a satisfação, em outras palavras, é fonte de prazer;

-É útil como ferramenta de aprendizado;

-Se constitui, como meio de integração e comunicação.4

Diante desses fatos não há argumento que prospere ou mereça prosperar

criticando a legitimidade do brincar, do crescer e do aprender5, pois se assim fosse, não

teria razão de ser o pensamento de Froebel, que tanto inspirou a implementação dos

jardins de infância.

2.2 RELACIONANDO-SE COM O CORPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança

até os cinco anos de idade, porém, este desenvolver não pode ficar limitado a ignorância

do adulto, uma vez que está na hora de reconhecer a expressão corporal, bem como

que a importância de relacionar-se com o corpo no ambiente da educação

infantil. Eis o ponto em que se quer chegar:

Um dos grandes desafios é ultrapassar a retórica da infância (Becchi & Julia, 1998),

slogans e modismos, aprender a olhar a criança e dar-lhe espaço de expressão. A

valorização da infância como categoria social, apesar de presente no discurso,

não encontra espaço no cotidiano infantil6.

Complementando a necessidade de valorização da infância, e,

consequentemente, dos atributos infantis, entende-se que: valorizar a identidade

de cada criança exige reflexão sobre sua identidade e como construí-la

(Haddad,1991). Essa é uma das indicações das Diretrizes Curriculares da

Educação Infantil, aprovada em 1999, que constitui um desafio.7

Esta valorização é um direito fundamental da criança previsto em lei, dotada de

características de obrigatoriedade e generalidade, isto porque, a legislação vale para

todos e por todos, devemos agir pelo devido respeito a infância, o que implica na

4 Toulieux, Marie-Therese. Jouer, c'est du sérieux, Journal de la Petite enfance, Paris, déc. 2006. p.1-4. 5 Friedmann, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo:Moderna,1996. 6 Kishimoto, Tizuko Morchida. A LDB e as instituições de Educação Infantil: desafios e perspectivas. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.4, p.7-14, 2001 7 Obra citada, p.7.

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consideração da relação corporal, ou seja, na relação entre criança e corpo, mais

precisamente, na admissão dos objetivos da educação física no contexto em questão.

2.3 ACELERAÇÃO DO ENSINO OU PRESERVAÇÃO DO BRINCAR: O QUE

DEVE PREVALECER?

Neste tópico, tomaremos por referência um dos recentes estudos de Tizuko

Morchida Kishimoto, publicado na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, em que a

autora propõem a seguinte questão: Educação infantil no Brasil e no Japão: acelerar o

ensino ou preservar o brincar?

Nestas linhas, a grande questão reside no que fazer com o ensino e com as

ferramentas de aprendizagem, ou melhor, com as políticas educacionais

voltadas a este setor. Deve prosperar as recomendações de Froebel?8

Ou em detrimento da importância do brincar, acelerar o ensino de maneira

alienada, de modo a prejudicar as lembranças da infância e por assim dizer

o comprometimento da aprendizagem? Nos parece viável por motivos evidentes, e até

mesmo, ideológicos, que a preservação do brincar é mais coerente e proveitosa para

incentivar o aprendizado. Tomamos como parâmetro, o padrão adotado pelo Japão em

matéria de educação infantil, no que se refere a política pública do país que tem por

objetivo a preservação do direito de brincar. Tizuko Morchida Kishimoto nos esclare

que “Enquanto o Japão avança introduzindo o brincar e a livre escolha, o Brasil

permanece nas práticas padronizadas pelo adulto,mantendo atividades repetitivas, com

horários fixos.”9

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As pesquisas mais recentes tem apontado para a relação entre a psicologia e a

educação física na educação infantil, vale dizer que o desenvolvimento

psiquico da criança só se completa com o desenvolvimento físico-motor a ser

potencializado. Sendo assim, Psicologia e Educação Física se unem em prol do jogar

e da atividade física na educação infantil para fomentar um aprendizado de

8 Froebel, Friederich. La educación del hombre. Nueva York, D. Appleton y Compañía, 1902. (ou na Biblioteca de Magisterio de la Universidad de Alicante) 9 Kishimoto, Tizuko Morchida. Educação Infantil no Brasil e no Japão: acelerar o ensino ou preservar o brincar?, Brasília, v. 90, n. 225, p. 456, maio/ago. 2009.

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qualidade. Comprovando esta tendência, temos os trabalhos de Teresa Lleixà Arribas

em que fica evidenciado a importância do jogo e da atividade física no processo de

aprendizado.10

Não obstante, merecem destaque os trabalhos de Oscar Incorbone11 e por fim,

Jorge L. Gomez e Lady E. Gonzalez.12

O mérito dos autores consiste em entender que o jogo é a expressão vital da

infância, ou em palavras mais qualificadas “El juego es la vida fluyendo desde los

impulsos ancestrales más profundos y desde la estructura conformadora de la

entidad infantil” (obra citada p. 22).

Por fim, Dorothy G. Singer, trata da questão considerando que um dos maiores

problemas da educação é a aceleração demasiada do ensino, ou seja, a

grande questão gira em torno do porque os jovens estão chegando as

universidades desanimados, o que os leva a um péssimo aproveitamento dos

conhecimentos avançados que lhes são apresentados, isto ocorre devido a prática de

alguns jardins de infância, nos quais a maioria das crianças lutam para dominar tarefas

cognitivas que são impróprias para a sua idade. E não para por aí, ainda que nos custe

indagar, é necessário pensar sobre o motivo que despreza a brincadeira, muitas

vezes considerada improdutiva, sendo entendida como uma verdadeira perca de

tempo, no entanto, o jogo é sinônimo de aprendizagem, pois os especialistas em

desenvolvimento e aprendizagem infantil, sustentam que as respostas a essas reflexões

derivam de uma única fonte: na pressa de criar uma geração de Einsteins, a

nossa cultura tem esquecido a importância do jogo para o desenvolvimento

das crianças.

Convém relembrar as vantagens que o jogo proporciona: oportunidade

de maximizar a sua atenção, aprender a conviver com as regras das relações

humanas, cultivar a sua criatividade, trabalhar com suas emoções, e ganhar as

habilidades acadêmicas que são fundamentais para a aprendizagem posterior.13

10 Arribas, T.L. La educación física de 3 a 8 anõs: segundo ciclo del educación infantil y clico inicial de ensenãnza primaria. 8ª ed., Barcelona: Editorial Paidotribo, 2004. 11 Incorbone, Oscar. Julguamos en el jardín: el juego y la actividad física en la educación inicial. 2ªedición, Buenos Aires: Editorial Stadium, 2005. 12 Gomez, Jorge L; Gonzalez, Lady E. La educación física en la primera infancia. 2ª ed. Buenos Aires: Editorial Stadium, 2004. 13 Singer, Dorothy G.; Golinkoff, Roberta M.; Hirsh-Pasek, Kathy. Play equals learning:how play motivates and enhances children’s cognitive and social-emotional growth. New York. Oxford Univerty Press, 2006.

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As considerações desses pesquisadores, nos levaram a certeza de que brincar não

é uma falácia.

REFERÊNCIAS

ARRIBAS, T.L. La educación física de 3 a 8 anõs: segundo ciclo del

educación infantil y clico inicial de ensenãnza primaria. 8ª ed., Barcelona: Editorial

Paidotribo, 2004.

CHATEAU, Jean. O jogo e a criança, 2ª edição. São Paulo: Editorial Sumos, 1954.

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Aprendizagem. Disponível em: <http://www.esbrafe.com.br/brincar.htm> Acesso

em 28 Out. 2009.

FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o resgate do jogo

infantil. São Paulo: Moderna, 1996.

FROEBEL, Friederich. La educación del hombre. Nueva York, D. Appleton y

Compañía, 1902.

GOMEZ, Jorge L; GONZALEZ, Lady E. La educación física en la primera infancia.

2ª ed. Buenos Aires: Editorial Stadium, 2004.

INCORBONE, Oscar. Julguamos en el jardín: el juego y la actividad física en la

educacion inicial. 2ª edición, Buenos Aires: Editorial Stadium, 2005.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. A LDB e as instituições de Educação

Infantil: desafios e perspectivas. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.4, p.7-14,

2001.

________________________ . Educação Infantil no Brasil e no Japão: acelerar

o ensino ou preservar o brincar?, Brasília, v. 90, n. 225, p. 456, maio/ago. 2009.

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LIEBSCHNER, Joachim. Friederich Froebel. Disponível em: <http://www.

friedrichfroebel.com.htm>Acesso em 30 out. 2009.

SINGER, Dorothy G.; GOLINKOFF, Roberta M.; HIRSH-PASEK, Kathy. Play

equals learning: how play motivates and enhances children’s cognitive and social-

emotional growth. New York. Oxford Univerty Press, 2006.

TOULIEUX, Marie-Therese. Jouer, c'est du sérieux, Journal de la Petite

enfance, Paris, déc. 2006. p.1-4.