JOGO DO ECOCIDADÃO · (Biblioteca Nilo Peçanha do Instituto Federal do Espírito Santo) V614j...

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proposta de intervenção pedagógica para Educação Ambiental Crítica. Adriano de Souza Viana Antonio Donizetti Sgarbi JOGO DO ECOCIDADÃO:

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proposta de intervenção pedagógica para Educação Ambiental Crítica.

Adriano de Souza VianaAntonio Donizetti Sgarbi

JOGODOECOCIDADÃO:

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo Vitória, Espírito Santo

Adriano de Souza VianaAntonio Donizetti Sgarbi

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo

Vitória/ES

2017

proposta de intervenção pedagógica para Educação Ambiental Crítica.

JOGODOECOCIDADÃO:

(Biblioteca Nilo Peçanha do Instituto Federal do Espírito Santo)

V614j Viana, Adriano de Souza.

Jogo do ecocidadão: proposta de intervenção pedagógica para

educação ambiental crítica [recurso eletrônico] / Adriano de Souza

Viana, Antonio Donizetti Sgarbi. – Vitória: Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, 2017.

34 p. : il. 21 cm.

ISBN: 978-85-8263-288-8

1. Educação ambiental. 2. Cidadania . 3. Pedagogia crítica. I. Sgarbi,

Antonio Donizetti. II. Instituto Federal do Espírito Santo. III. Título

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Autores

Adriano de Souza VianaProfessor licenciado em Filosofia na FaculdadeSalesiana de Vitória (2008). Especialista emteologia bíblica Escola Superior de Teologia emSão Leopoldo,RS (2010) e em Educação deJovens e Adultos pela Faculdade de Vitória(2017) . Mestre pelo Programa de Pós-graduaçãoem Ensino de Humanidades o Instituto Federaldo Espírito Santo, IFES, Vitória/ES (2017).Participa do Grupo de Pesquisa Educação naCidade e Humanidades (GEPECH) .

Antônio Donizetti Sgarbi

É professor do Programa de Pós-graduaçãoem Educação em Ciências e Matemática(Educimat) e coordenador do MestradoProfissional em Ensino de Humanidades(PPGEH) do Instituto Federal do Espírito Santo(Ifes). É graduado em Filosofia e Pedagogiapela Faculdade Salesiana de Filosofia Ciênciase Letras de Lorena (1977). É especialista emPsicopedagogia pela Universidade de Taubaté(1995). Tem Mestrado (1997) e Doutorado(2001) em Educação pela PontifíciaUniversidade Católica de São Paulo (PUC/SP).Leciona, também, em cursos do Ensino MédioIntegrado, nas Licenciaturas de Matemática eLetras. É membro dos Grupos de Estudo ePesquisa: Educação Científica e MovimentoCTSA (Gepec) e História e Filosofia da Ciência(Histofic). Desenvolve e orienta pesquisasrelacionadas aos objetivos dos referidosgrupos e é membro da AssociaçãoIberoamericana CTS.

Sumá

rio

Apresentação.....................................................................................06

O uso do jogo pedagógico na Educação ambiental Crítica........08

Processo de elaboração do jogo pedagógico................................11

Regras do “Jogo do Ecocidadão”....................................................20

Tabuleiro, Cartas dos coordenadores e jogadores..........................22

Sugestões de reflexão após rodadas do jogo..............................32

Referências........................................................................................33

Anexo 1.............................................................................................34

Apresentação

O leitor e a leitora que tiver contato com esse presente material

educativo encontrará uma proposta de intervenção pedagógica que

sugere o uso do jogo com ferramenta para construção do saber. O

“Jogo do Ecocidadão” é uma dinâmica cooperativa que discute

problemas socioambientais da vida de uma cidade como Vitória no

Estado do Espírito Santo, Brasil (local onde se desenvolveu o

projeto original). Acreditamos que, sem muita dificuldade, seja

possível adaptar esta vivência para outras realidades e outros

temas.

O jogo aqui apresentado é fruto de um projeto de pesquisa de

mestrado, vivenciado em forma de intervenção pedagógica, com

um grupo de 13 (treze) estudantes do Ciclo 3 (o que corresponde a

estudantes do 6º e 7º anos). Este grupo foi acompanhado pelo

investigador coordenador da pesquisa, por seu orientador e pelos

investigadores auxiliares, mais diretamente uma professora de

geografia e uma pedagoga da escola – EMEF Edna de Mattos

Siqueira Gáudio.

Buscou-se, em todo momento, que a intervenção acontecesse a

partir da dialeticidade da Pedagogia Histórico Crítica (PHC) de

Dermeval Saviani e da dialogicidade no sentido freireano. Neste

sentido, a partir desta última característica, a pesquisa se

desenvolveu, “não para” ou “sobre”, mas sim “com” todos os

sujeitos envolvidos, sempre mediatizados pela realidade local.

Assim, de forma desafiadora, vivenciou-se os momentos

pedagógicos da PHC, partindo-se da realidade local, para tecer os

“eixos temáticos” sobretudo do conteúdo principal utilizado na

instrumentalização necessária à práxis educacional e a ação

transformadora. Ao trilhar este caminho o “Jogo do Ecocidadão”,

aqui apresentado, se desenvolveu a partir da temática “cidadania

emancipatória e educação ambiental”.

Fonte: Rocha, 2017.

7

Desta forma podemos afirmar que o “Jogo do Ecocidadão” é uma

dinâmica de educação ambiental crítica que discute problemas

socioambientais locais com abertura para as questões Latino Americanas

e Globais. Tal perspectiva, visa desencadear um dinamismo de reflexão

para estimular o estudante a ter um olhar crítico e inovador em vista de

ações transformadoras. Enfim toda esta dinâmica visa a emancipação

dos sujeitos envolvidos no processo.

Vale lembrar que tal prática valorizou, de um lado, os conteúdos

clássicos formulados na história da humanidade, pois, conforme os

teóricos da PHC, é reproduzindo as características historicamente

produzidas pelo gênero humano que indivíduo se humaniza. E de outro

lado valorizou as potencialidades educacionais da realidade local, ou

seja do Bairro Jesus de Nazareth, no contexto da cidade de Vitória-ES.

O jogo pedagógico, aqui apresentado, como ferramenta educacional,

estimula não a competição, mas a cooperação. Trata-se de uma prática

contra hegemônica onde se dá a denúncia dos fatores culturais que

afetam a forma predatória e destrutiva como estamos lidando com a vida

no planeta.

Ao apresentar este produto educacional expressamos nosso desejo de

que a proposta desta atividade lúdica (sem se descuidar da seriedade

reflexiva que a questão merece) de educação ambiental seja útil a

educadores e educandos dispostos que estão dispostos a se

desenvolverem integralmente como pessoas emancipadas.

Enfim esperamos que o “Jogo Ecocidadão” cumpra com seu papel na

área do ensino de humanidades. Que o mesmo contribua com o

desenvolvimento do humanismo que consiste em permitir a cada um de

nós a tomada de consciência de nossa plena humanidade, como

condição e obrigação: como situação e projeto, como dizia Freire, já há

cinquenta anos atrás. Isso sem nos esquecermos, que tal

desenvolvimento só acontecerá, segundo Saviani e Duarte, na medida

em que conseguirmos “[...] abolir os entraves que a forma social

capitalista vem impondo ao desenvolvimento plenamente livre e

universal do ser humano e de sua formação.”

Os autores

1 - FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 84.

2 - SAVIANI, D.; DUARTE, N. A formação humana na perspectiva histórico-

ontológica. Revista Brasileira de Educação, v. 15, nº 45, set/dez de 2010. p. 433.

1

2

Capítulo I

O uso do jogo pedagógico na Educação Ambiental

Crítica

Fonte: Armani, 2017

Loureiro (2011) afirma que “Educação Ambiental é uma práxiseducativa e social que tem por finalidade a construção de valores,conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento darealidade de vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociaisindividuais e coletivos no ambiente” (p. 73). Nessa perspectiva,propomos que a ação de atores sociais conscientizados, formados comuma visão crítica da realidade que os envolve, e da qual eles fazemparte, pode levar a novas posturas e comportamentos na relação com oespaço vivido e possibilitar ações que contribuam para superar a crisesocioambiental atual.

Tendo como base a reflexão da Educação Ambiental Crítica, construiu-se essa proposta pedagógica visando a disponibilizar um jogopedagógico que auxilie no trabalho educativo com estudantes daeducação básica. Rosa (2010) defende o uso da Educação ambientalafirmando que

[...] Nela o educador atua, principalmente, como um mediador derelações socioeducativas coordenando ações, pesquisas e reflexões,sendo seus processos de aprendizagem sempre individuais, sociais einstitucionais. A Educação Ambiental Crítica supõe uma tomada deposição de responsabilidade consigo próprio, com os outros e com oambiente, sem uma hierarquia entre tais dimensões e na direção daformação de um sujeito (ecológico) que se guia pela ética, justiçaambiental e solidariedade [...] (p. 18).

Dessa forma, dissertaremos brevemente sobre a potencialidade do usode jogos pedagógicos com o tema da Educação Ambiental Crítica naformação de cidadãos emancipados e conscientes de seu papel nasociedade local e também na planetária.

O presente material educativo quer ser uma

proposta que dialogue com o movimento

crítico da reflexão ecológica na América

Latina. Buscamos em Carlos Frederico

Bernardo Loureiro (2011) as luzes para

orientar esse material. Esse capítulo

descreverá como o jogo pedagógico pode

dinamizar a reflexão e a prática de ensino

para a emancipação humana com base na

Educação Ambiental.

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Bairro Jesus de Nazareth

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Fonte: Armani, 2017

Fonte: Rocha, 2017.

Antônio Vitor Rosa (2010) elaborou uma pesquisa substancial sobre o uso

de jogos na Educação Ambiental. O autor apresenta os jogos de papeis com

grande potencial para se trabalharem temas socioambientais numa

perspectiva crítica e com reconhecidas vantagens na aprendizagem.

Seguindo a tradição vigostskiana, pode-se argumentar sobre a importância

do jogo como atividade para a aprendizagem numa perspectiva

sociocultural.

Rosa (2010) afirma que

A possibilidade de utilização de jogos como procedimento ou como

recurso didático em Educação Ambiental é apresentada com certa

frequência (PEÑARIETTA, 2006; TAYLOR, 1991). Porém,

avaliações sobre a operacionalização do uso de jogos em Educação

Ambiental é algo extremamente ausente na pesquisa, na literatura e

na prática em Educação Ambiental (p. 48).

múltiplas dimensões dos processos socioambientais podem ser

trabalhadas: natural, social, política, econômica, subjetiva e

outras;

envolvimento de variados atores sociais;

trabalho com interesses, motivações e os objetivos das ações;

desenvolvimento dos princípios e valores que orientam as ações e

os posicionamentos sociais;

vivência, por parte dos educandos, das complexas situações de

conflito socioambiental, sob condições controladas e seguras;

possibilidade de avaliar previamente, os fatores envolvidos, os

desdobramentos e as possíveis consequências de suas decisões;

alguns jogos possuem mecanismos de retroalimentação que

permitem aos jogadores vivenciarem os desdobramentos de ações

executadas anteriomente (ROSA, 2010, p.49).

Sendo assim, o que se propõe com o presente jogo pedagógico é uma

ferramenta educacional que permita aos educadores aprofundarem as

conversas e estudos sobre as temáticas socioambientais que estão no centro

da crise planetária e civilizacional que vivenciamos. O presente jogo quer

ajudar problematizar ações locais, a participação efetiva dos cidadãos, a

conscientização dos fatores culturais que afetam a forma predatória e

destrutiva como lidamos com a vida no planeta.

Expostas essas considerações

ele apresenta algumas

vantagens da utilização do

jogo como recurso

pedagógico para o trabalho

com Educação Ambiental.

Assim podem ser listadas:

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10

Fonte: Armani, 2017

Capítulo IIO processo de elaboração

do jogo pedagógico

Fonte: Rocha, 2017.

O material educativo aqui apresentado foi elaborado para ser um legado

técnico-educativo para a escola parceira da pesquisa que o produziu. Como

também ousa ser uma orientação para futuras intervenções que se

proponham articular Cidadania e Educação Ambiental numa perspectiva

metodológica histórico-crítica.

Pelo potencial geográfico e social do bairro e da escola que se interviu

pedagogicamente, os diálogos nas oficinas de elaboração foram permeados

por outros assuntos, formando uma totalidade reflexiva socioambiental.

Questões econômicas, turísticas, e outras apareceram nos debates que

realizamos sobre Cidadania emancipatória e Educação Ambiental.

As ações de práticas pedagógicas realizadas para produção da proposta de

intervenção pretendiam se aproximar de experiências de uso das tecnologias

sociais. Trabalhando sempre em parceria com as comunidades, respeitando

suas características locais, culturais, econômicas, etc. fazendo ações “com”

os grupos envolvidos, não apenas “para” os grupos de pessoas.

Dentro das práticas pedagógicas da proposta de intervenção estruturou-se as

regras de um jogo pedagógico, no formato de tabuleiro, que trabalhou os

conceitos da Educação Ambiental Crítica, utilizando ideias chaves do

materialismo histórico dialético para interpretar as relações socioambientais.

Tais como: alienação, luta de classe, consciência de classe, trabalho.

Após pesquisa e análise de outros trabalhos que utilizaram o jogo

pedagógico na EA, realizadas na disciplina de “Produtos Educacionais” do

Mestrado Profissional em Ensino de Humanidades do IFES, e com a

experiência com dinâmicas para grupos populares, organizamos um

protótipo que utilizamos com uma turma do Ensino Fundamental da Escola

Edna de Mattos Siqueira Gaudio.

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Fonte: Armani, 2017

Autor Título Instituição Tipo de pesquisa Ano

ROSA Jogos educativos sobre sustentabilidade na educação ambiental crítica

Universidade Federal de São Carlos

Tese 2009

FIRMINO Trilhando a estrada de tijolos amarelos da educação ambiental com os jogos educativos.

Universidade Federal de Uberlândia

Dissertação 2010

KOSLOSKY Metodologia para criação de jogos a serem utilizados na área de educação ambiental.

Universidade

Federal de Santa

Catarina

Dissertação 2000

CAMARGO Jogos de papéis em diálogo com a Educação Ambiental

Universidade de São Paulo

Dissertação 2006

CHEFER Os jogos educativos como ferramenta de aprendizagem enfatizando a educação ambiental no ensino de ciências.

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Dissertação 2014

Tabela: Trabalhos acadêmicos sobre o uso de jogo na Educação Ambiental. Fonte: elaboração do autor.

O jogo se propôs trabalhar a relação dos estudantes com cidade de Vitória/ES,

enfocando problemas socioambientais do bairro onde a escola se localiza, e

alargando a compreensão sobre a crise ecológica que se vivencia na atualidade,

fruto do modo de produção hegemônico que impera no globo.

É importante destacar, sem a pretensão de se fazer uma nova revisão de literatura

sobre o tema, os trabalhos acadêmicos que investigaram o potencial educativo do

uso de jogos na EA. Os trabalhos que utilizamos foram encontrados em pesquisa

online na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Com o

descritor “jogo e educação ambiental” foram encontradas 331 trabalhos. Desses,

apenas 18 (dezoito) tratavam de Educação Ambiental; e dentre esses 18, apenas 5

(cinco) se demostraram relevantes para elaboração do produto educativo desta

pesquisa. São os trabalhos listados na Tabela 03 abaixo:

Esta

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Fonte: Armani, 2017

Todos os trabalhos trazem informações importantes para pensar o uso de jogos na

reflexão da EA. No entanto, a tese de Rosa (2010), já citado no capítulo primeiro,

apresentou-se como único trabalho doutoral e forneceu elementos valiosos para a

elaboração dos traços essenciais que constituíram o jogo que intitulamos “Jogo do

Ecocidadão”.

Foi fundamental também, para a elaboração do material, o livro de Boran (2010),

que trabalha dinâmicas para lideranças juvenis. Da página 103 à 108, há uma

dinâmica intitulada “Jogo Hebreus e Egípcios”, que utiliza um jogo pedagógico

para problematizar os modelos de produção e as desigualdades sociais

estabelecidas pela lógica classista da cultura capitalista.

Objetivamos organizar um jogo cooperativo, que não estimulasse a

competitividade por ela mesma, mas que ajudasse no processo de ensino-

aprendizagem como uma ferramenta de suporte para a instrumentalização

processo pedagógico que leva a uma nova prática social (SAVIANI, 2011) dentro

da temática EA.

Após estruturarmos o design, para um protótipo, as regras do jogo e discutirmos

com os educadores da escola a intencionalidade das oficinas de “Educação

Ambiental e Cidadania Emancipatória”, nas quais prepararíamos a base teórica da

reflexão da EA, realizamos cinco oficinas, nas quais planejamos também uma

aula de campo, para visualizar os problemas socioambientais do bairro para

incluí-los como conteúdos do jogo.

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Fonte: Rocha, 2017.

Tabuleiro do jogo e cartas

É importante dizer que a opção pela utilização de um jogo como ferramenta de

ensino-aprendizado comunga diretamente com a escolha do referencial

vigostkiano. A teoria psicológica da escola de Vigotski (2007) elaborou uma

argumentação sólida sobre a importância do brinquedo (jogos imaginativos) na

aprendizagem e no desenvolvimento psicológico das crianças. Ele mesmo

afirma que “[...] as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no

brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e

moralidade” (VIGOTSKI, 2007, p. 118).

Na fase escolar, os estudantes também se beneficiam de experiência com jogos

para sua aprendizagem, sobretudo relativos a conteúdos e saberes que ainda

não foram vivenciados, mas que podem ser simulados, já projetando possíveis

respostas a problemas específicos que serão enfrentados na da vida. O autor

russo assegura que

Na idade escolar, o brinquedo não desaparece, mas permeia à realidade. Ele

tem sua própria continuação interior na instrução escolar e no trabalho

(atividade compulsória baseada em regras). A essência do brinquedo é a

criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da

percepção visual - ou seja, entre situações no pensamento e situações reais

(VIGOTSKI, 2007, p. 124).

15

Bairro

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Fonte: Rocha, 2017.

Pensando nessa dinâmica singular é que elaboramos um jogo com regras que

ensinam um pouco de participação política, estimulam tomada de decisões diante

de opções pessoais e coletivas, visando sempre a colocar a situação pensada,

imaginada em proposições que podem ser assumidas na realidade, principalmente

no campo das ações socioambientais de defesa da vida em geral e do ambiente

como um todo.

A dinâmica planejada com os pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica

possibilitou perceber a dialeticidade do ato de educar. A dialogia permitiu que os

momentos pedagógicos (SAVIANI, 2011, p.120) que partem de uma prática

social inicial e leva a outra, fossem vivenciados sem rigidez e sem improvisos.

Os objetivos educacionais traçados entre o pesquisador, a pedagoga e a

professora foram alcançados com relevante sucesso para a aprendizagem de

temas socioambientais ligados a promoção de uma cidadania emancipatória.

As oficinas com os estudantes foram planejadas em cinco momentos, com uma

hora de duração cada:

- apresentação da proposta de pesquisa e assinatura do termo de

assentimento;

- aprofundamento sobre os temas da Cidadania e Educação

Ambiental Crítica;

- aula de campo para elencar problemas socioambientais do bairro;

- aplicação do jogo educativo com os estudantes, com conteúdo listado

por eles mesmos, e com alguns acréscimos do pesquisador;

- avaliação por parte dos estudantes sobre a relevância do jogo para sua

aprendizagem;

Na primeira oficina com os estudantes, percebeu-se o ponto de partida educativo

baseado em conhecimentos que advém do senso comum. Um aluno respondeu ao

questionamento do professor/pesquisador sobre o que era Educação Ambiental

com a seguinte expressão: “tem haver com animais e plantas”. Essa fala demostra

o conhecimento prévio que a prática social dos estudantes lhes confere. Uma

visão superficial da temática ambiental dissociada de seus aspectos históricos e

sociais. Em seguida a resposta do aluno, a professora interviu questionando-o se

os seres humanos não participariam da natureza. A professora buscou alargar e

instrumentalizar o conhecimento do aluno com uma nova interrogação. Com isso

discutiu-se uma visão mais integral e orgânica sobre o conceito de ambiente.

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Fonte: Armani, 2017

A oficina, na qual se deu a aula decampo, foi planejada dentro dadinâmica da PHC e se realizou emum percurso previamente escolhido(saída da escola, caminhada pelodeque de madeira na baia, chegada aPraia das Castanheiras, subida pelasescadarias, passagem pela rua damercearia e retorno a escola). Nasparadas pelo caminho, osprofessores foram dialogando comos estudantes a partir dos temas queeles listaram na segunda oficina.

Ao final da segunda oficina, após se apresentar alguns elementos do quadro

de crise socioambiental que se vivencia na atualidade, listou-se temas

próprios do bairro onde a escola está localizada. Os estudantes destacaram

10 tópicos: lixo nas ruas; poluição das águas, animais que transmitem

doenças; deslizamento de terra; desmatamento; poluição do ar; falta de

tratamento de esgoto; invasão (ocupação irregular do solo); extinção de

espécies de animais e praias impróprias para banho (balneabilidade).

A partir dos temas listados pelos e estudantes foram elaborados o conteúdo

das cartas do jogo educativo acrescentando elementos da gestão pública

municipal em possíveis soluções para os problemas. O conteúdo foi

elaborado em forma de pergunta, sempre possibilitando ao estudante pensar

em possíveis causas e soluções práticas para os problemas socioambientais

enfrentados no bairro e na cidade. O objetivo da elaboração do conteúdo das

cartas foi instrumentalizar os estudantes com reflexões que superassem o

senso comum e demostrasse as contradições sociais que subjazem a cultura

pautada no modo de produção capitalista, provocando ações concretas para o

enfrentamento dos problemas ecológicos.

Foi destacado o tema da destinação correta dos resíduos sólidos (lixo) na

primeira parada. No caminho havia duas caçambas para descarte de lixo, que

é recolhido pela prefeitura, e também lixo em terrenos baldios e pelas

escadas e ruas. Na segunda parada foram debatidos os seguintes temas: a

profissão de pescador, a poluição da baia e o esgoto sem tratamento lançado

pelos moradores, bem como a promessa da gestão municipal de garantir

100% de esgoto tratado. Na terceira parada junto a Praia das Castanheiras,

praia exclusiva do bairro, dialogou-se sobre o problema da balneabilidade

ligada a poluição das águas pelo lançamento de poluentes domésticos e

industriais. Na quarta e última parada se deu destaque para o lixo nas

escadarias, mas também os jardins com flores pelo caminho. Iniciativa dos

moradores de ocupar os espaços e não permitir o descarte irregular de lixo

pelas vias.

17

Baía de Vitória e Jesus de NazarethFonte: Armani, 2017

Após o retorno a escola os estudantes tiveram contato com o material do jogo

pedagógico que subsidiaria a prática de ensino da próxima oficina. Olharam o

mapa da cidade ao centro, localizaram o bairro e perguntaram sobre as regras

para se jogar. Foi apenas destacado que no conteúdo das cartas do jogo, os

problemas socioambientais observados estariam descritos e que eles (estudantes)

seriam provocados a pensar soluções para esses desafios.

Na quarta oficina com os estudantes realizou-se o uso efetivo do material

educativo elaborado para a prática de ensino. Os estudantes foram subdivididos

em três grupos, cada um de posse de um quite do jogo (regras, tabuleiro, pinos,

dados, cartas ficha para anotar a pontuação e escala de referência para o fim do

jogo). Após uma breve explicação sobre as regras e intencionalidades do jogo, os

alunos escolheram os coordenadores (Prefeito/a) e iniciaram a partida.

Seguindo as regras pré-estabelecidas (capitulo

III), Os jogadores foram divididos por eleição,

indicação e sorteio em cinco categorias. Um se

tornou o coordenador do jogo ficando com as

cartas na mão, assumiiu o papel de PREFEITO

ou PREFEITA da cidade (os jogadores se

canditadam, e os demais votam em quem

queriam como prefeito/a, em dois grupos houve

apenas uma candidatura, que foi escolhido pelos

demais); O prefeito/a eleito/a nomeou a/o SECRETÁRIA/O DO MEIO

AMBIENTE, os demais jogadores tinham três categorias: CIDADÃ/O,

EMPRESÁRIO, AMBIENTALISTA. Esses papeis foram decididos por escolha.

A opção por esse papéis no jogo foi de simular a lógica de uma cidade e sua

gestão. Sempre remetendo a diversidade de atores sociais que pode afetar

produzir problemas socioambientais ou participar na elaboração de soluções para

os mesmos.

Durante a utilização do jogo percebeu-se que a dificuldade na leitura, própria a

da fase escolar, dificultou sua aplicabilidade prática. Foram necessárias

intervenções em dois grupos para auxiliar os coordenadores do jogo na realização

da pergunta. Essa dificuldade de leitura foi desmotivando os participantes a

continuarem no jogo, por isso a necessidade de intervenção com auxílio do

professor.

Observou-se de antemão, que era preciso repensar a lógica de perguntas e

respostas do jogo, simplificando a linguagem ainda mais para a fase etária do

público que o utiliza. Isso, contudo, sem perder o conteúdo e a intenção de

refletir criticamente as relações socioambientais.

18

Fonte: Mattos, 2017

Uma opção para auxiliar na dificuldade de leitura levou a uma segunda

versão das cartas: produzir cartas para o prefeito/a, que poderá fazer a leitura

e ter o controle da pontuação das questões; e cartas específicas para os/as

jogadores/as, que conterá apenas as perguntas, para que ele leia ou

acompanhe a leitura do/a prefeito/a. Assim se auxiliará na dinâmica de

leitura e interpretação das perguntas realizadas durante as partidas do jogo.

Os estudantes interagiram suficientemente com o jogo pedagógico e entre si.

Fizeram as perguntas, buscaram soluções, registraram as pontuações. Porém

ao final, não foi possível fazer uma comparação com a escala elaborada para

uma “cidade ecologicamente equilibrada” (anexo I) de maneira satisfatória,

pois o tempo da aula se findou e a forma como os coordenadores anotaram

não permitiram fazer uma soma das respostas. Isso se deu devido a não

compreensão ou não seguimento das instruções dadas pelo pesquisador.

Na quinta e última oficina realizada foi aplicado um questionário para

avaliação e validação do jogo pedagógico. Pensando o processo de validação

de material educativo, elaborou-se perguntas dentro do referencial teórico de

Gabriel Kaplún (2003). Seguimos a lógica de três eixos orientadores:

conceitual, pedagógico e comunicacional.

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Fonte: Mattos, 2017

Capítulo III

Regras do jogo do Ecocidadão

Fonte: Armani, 2017

Para jogar coletivamente o “Jogo do Ecocidadão” é preciso dos

itens listados abaixo. Lembrando que o objetivo do jogo é despertar nos

estudantes a reflexão sobre problemas socioambientais a partir da crítica

ao modo de produção capitalista.

PEÇAS: Tabuleiro, Dois dados, Pinos para identificar jogadores, Cartas

para as jogadas.

REGRAS:

1 – Deve-se jogar com 5 pessoas (caso haja mais jogadores pode-se formar

duplas)

2 – Os jogadores serão divididos por eleição, indicação e sorteio em cinco

categorias. Um coordenará o jogo ficando com as cartas na mão, será o

PREFEITO ou PREFEITA da cidade (os jogadores se candidatam, e os

demais votam em quem querem como prefeito/a); O prefeito/a eleito/a

nomeará a/o SECRETÁRIA/O DO MEIO AMBIENTE, os demais serão:

CIDADÃ/O, EMPRESÁRIO, AMBIENTALISTA. Pode-se decidir quem

joga primeiro por meio de sorteio, como “zerinho ou um” e “par-ou-

ímpar” ou jogando os dados.

3 – Cada jogador lançará os dados nas rodadas do jogo, andando com os

pinos a partir do ponto inicial em sentido anti-horário. O tabuleiro não

possui casa final, o jogador pode cair na mesma casa duas vezes ou mais,

dependendo do número de rodadas definidos pelo grupo. Pode-se definir

no início quantas vezes cada um jogará os dados (ex.: 10 vezes para cada

um). Nas casas que pararem terão problemas socioambientais para

proporem soluções. Os problemas estarão colocados como perguntas, com

alternativas para serem escolhidas pelo jogador da vez.

4 – Cada alternativa terá uma pontuação diferenciada que será anotada

pelo prefeito.

5 – Ao final do jogo o prefeito somará os pontos de cada jogar

individualmente, e também somará os pontos de todos juntos comparando

com a Escala de referência para uma cidade ecologicamente

equilibrada (anexo 1).

21Bairro Jesus de Nazareth Fonte: Rocha, 2017.

Capítulo IVTabuleiro, cartas dos

coordenadores e jogadores

Fonte: Rocha, 2017.

Tabuleiro: dimensão: 50 cm x 50 cm

23

Cartas com perguntas para os coordenadores. (com pontuação)

Dimensão: 10 cm x 5 cm

01 - A cidade investiu em Estações de tratamento de esgoto. Essa ação

quer reduzir a poluição nos córregos e na baia. No atual momento não

são todas as residências e empresas que estão conectadas ao sistema de

tratamento. Como solucionar esse problema?

A - A administração da prefeitura deve investir também nas instalações

das residências, porém as empresas devem ser multadas, caso não

façam a instalação.

(2 pontos)

B - A prefeitura é responsável por fazer todas as instalações. (1 ponto)

C - Cada morador ou a empresa que não fizer a ligação ao sistema de

tratamento deve ser multado, e o valor da multa deve ser revestido em

instalações de residências nos bairros mais carentes. (10 pontos)

D - Não é necessário fazer a ligação ao sistema de tratamento de

esgoto. (0 pontos)

02 - Devido um longo período de seca é preciso fazer um

planejamento de racionamento do consumo de água. Qual o melhor

plano?

A – Reduzir a oferta de água para as grandes indústrias e empresas

que são as maiores consumidoras. (10 pontos)

B – Fazer um plano de racionamento nos bairros de periferia em

detrimento aos bairros centrais, onde há comércio e serviços

públicos. (-1 ponto)

C – Investir em um sistema de dessalinização da água do mar para

consumo nas residências e empresas. (1 ponto)

D – Fazer um plano de racionamento rotativo por bairros ou regiões

da cidade. Assim haverá uma redução no consumo. (5 pontos)

3 – o consumo de energia está alto na cidade. Para atender a demanda de energia

sem agredir o meio ambiente é preciso que se invista em fontes renováveis de

energia. Qual a melhor proposta apresentada por diferentes técnicos

ambientalistas e especialistas em produção de energia?

A – Investir recursos na construção de uma usina de energia nuclear, pois a

produção que se baseia nas hidrelétricas não atende a demanda da população.

(0 pontos)

B – Criar usinas termoelétricas para a capital, assim à cidade se tornaria

autossuficiente em energia e não dependeria das grandes usinas hidrelétricas.

(-2 pontos)

C – Investir em tecnologia para energia solar e eólica, assim se reduziria os

impactos ambientais causados por fontes de energia que poluem a natureza. (8

pontos)

D – Criar um programa de conscientização da população sobre o consumo

responsável de energia, investir em diferentes matrizes de produção de energia,

e fornecer incentivo fiscal para empresas de produção de energia limpa. (10

pontos)

12

3C

oo

rden

ado

r/aC

oo

rden

ado

r/aC

oo

rden

ado

r/a

04 - Uma área de 5000 metros quadrados, localizado em um bairro da

cidade está dividida em duas propostas de projeto, na secretaria de

planejamento urbano da prefeitura. Qual atende melhor a qualidade de

vida dos moradores da cidade?

Projeto 1: Construir um condomínio fechado, com alto padrão de

residências. Atendendo a demanda de moradias com alto valor de

mercado, dando aos moradores segurança, conforto e serviços urbanos

fundamentais. (0 pontos)

Projeto 2: Construir um parque urbano. Sendo um espaço arborizado,

que contribua na climatização da cidade, seja espaço de lazer, e de

educação ambiental para todos os frequentadores do parque. O parque

será administrado pelo poder público em parceria com entidades

privadas, empresas, escolas, faculdades e ONGS que queiram

promover atividades de educação ambiental. (10 pontos)

4C

oo

rden

ado

r/a

24

05 - Um vereador da cidade apresentou um projeto de lei municipal para se

criar uma área de proteção permanente com um parque municipal em uma

região de mangue. Qual sua opinião sobre o projeto?

A – Esse projeto de lei é desnecessário. Pois a cidade precisa de espaço

territorial para o crescimento econômico. Por isso a área deve ser aterrada. (-2

pontos)

B – O projeto de lei é apenas uma estratégia de ambientalistas que assessoram o

vereador. Ele não contribuirá em nada com a vida da cidade. (0 pontos)

C – O projeto de lei é muito importante. Pois defende a vida no ecossistema de

manguezal. Pois o crescimento urbano desordenado tem afetado a vida nesses

ambientes típicos de cidades litorâneas. (10 pontos)

D – O projeto de lei é interessante, mas é preciso que os vereadores se

preocupem com outras prioridades da vida da cidade. Como geração de

emprego e renda, e crescimento econômico da arrecadação municipal. (0

pontos)

06 - Devido à escassez de água para abastecimento dos municípios, um

programa intermunicipal propôs um projeto de reflorestamentos de

todas as nascentes das bacias hidrográficas que fornecem água para as

cidades. Quem deve participar desse reflorestamento?

A – Apenas os agricultores e proprietários que possuem nascentes em

seus terrenos. (0 pontos)

B – As administrações dos municípios em parceira com instituições de

ensino e com apoio financeiro de empresas e proprietários rurais. (8

pontos)

C – Apenas as administrações dos municípios, pois a sociedade civil

não tem responsabilidade sobre os problemas socioambientais que

afetam a vida na atualidade. (2 pontos)

D – Apenas as instituições de ensino, como escolas e universidades,

pois essa ação será uma importante atividade educativa para os jovens.

(1 ponto)

56

Co

ord

enad

or/a

Co

ord

enad

or/a

07 - Um bairro de região periférica da cidade cresceu desordenadamente em

uma encosta que acontecem constantes deslizamentos de terra em períodos de

chuva. Qual a melhor solução para esse problema socioambiental?

A – Responsabilizar os moradores pelas construções irregulares e emitir uma

ordem de despejo imediato de todos moradores em área de risco. (-2 pontos)

B – Criar um programa municipal de construção de residências, realocando os

moradores a partir de um planejamento urbano. E também isolar as áreas de

risco com obras de engenharia civil que contenham possíveis deslizamentos.

(10 pontos)

C – Fazer uma licitação com empreiteiras construtoras que edificarão novas

moradias e as venderão a preço de mercado. Ficando a critério dos moradores

mudarem-se ou não. (0 pontos)

D – Aplicar uma manta que contenha a erosão, construir muros de arrimo nas

áreas com rachaduras e deixar os moradores em suas residências. (1 ponto)

08 - As praias das cidades estão impróprias para banho devido à poluição

das águas do mar. De quem é a responsabilidade de despoluir as praias?

A – Da prefeitura, pois ela é o órgão com poder para efetivar o serviço de

preservação da qualidade da água no litoral. (4 pontos)

B – Das empresas, pois elas são a principal fonte de despejo de lixo e

resíduos nos rios e no oceano. (5 pontos)

C – Dos moradores residenciais, pois o esgoto doméstico é a principal

fonte poluidora na cidade. (2 pontos)

D – A ação para limpeza das águas na baia deve envolver variados atores,

deste o cidadão comum até os grandes empresários, pois a poluição vem

de diversas frentes e os esforços somados podem vencer mais

rapidamente esse problema socioambiental. (10 pontos)

78

Co

ord

enad

or/a

Co

ord

enad

or/a

25

10 – Na câmara dos vereadores tramita um Projeto de lei para expandir o

número de ciclovias pelas ruas da cidade. Quais as vantagens desse projeto?

A – Uma rede viária equipada com ciclovias de qualidade dá aos moradores

da cidade a opção de transporte sustentável, que não agride o meio ambiente

e dá qualidade de vida aos cidadãos. É uma opção para reduzir o número de

carros nas ruas, diminuindo a emissão de poluentes da atmosfera e também

diminuir a poluição sonora. (10 pontos)

B – As ciclovias não apresentam vantagens, pois reduzem espaço de

estacionamentos, atrapalham o trânsito e circulam em baixa velocidade. (1

ponto)

C – Esse projeto beneficiará os trabalhadores que usam as bicicletas como

meio de transporte como também os esportistas amantes do ciclismo. (7

pontos)

D – O projeto beneficiará apenas o setor de venda e manutenção de

bicicletas, pois fomentará o uso desse meio de transporte na cidade. (1

ponto)

12 – Uma grande corporação planeja a instalação de um parque industrial

na cidade. Esse parque concentrará em um só local, variadas indústrias e

empresas. Em sua opinião, quais as principais vantagens de se ter um

parque dessa natureza na cidade?

A – Um parque industrial gerará empregos, arrecadação de impostos e

crescimento econômico para a cidade. (2 pontos)

B – Um parque industrial bem planejado reduz investimentos em

infraestruturas, pode controlar as emissões de poluentes, possuir um

sistema de tratamento de resíduos sólidos e também de esgoto. (8 pontos)

C – Estar relativamente distante de áreas urbanas residenciais para tentar

reduzir o impacto ambiental e social dos usos industriais. Como também

pode possuir um rígido controle dos danos ambientais. (10 pontos)

D – Quando instalados próximo ao centro urbano, movimenta a economia

e contribui com a qualidade de vida dos moradores. (0 pontos)

11 – Mover-se com rapidez e conforto é uma necessidade da vida de quem

reside em cidades. Das duas opções abaixo qual a melhor que atende essa

necessidade?

A – Facilitar, por meio de subsídios e incentivos fiscais, a compra de

automóveis e motocicletas, permitindo que cada família possua um veículo

particular e assim se locomova pela cidade segundo suas necessidades.

(0 pontos)

B – Investir em transporte coletivo de qualidade, para diminuir a

quantidade de emissão de poluentes, permitindo que os usuários da cidade

tenham facilidade de mover-se pelo seu território. O transporte coletivo

deve atender as características geográficas de cada cidade: metrô, ônibus,

aquaviário, bonde elétrico, BRT... (10 pontos)

10

11

12

Co

ord

enad

or/a

Co

ord

enad

or/a

Co

ord

enad

or/a

09 - A secretaria de projetos urbanos da prefeitura está estudando a

ampliação da cidade com a construção de moradias e estruturas de serviços

públicos. Há três opções para construção desse novo bairro, qual você acha

a mais adequada?

A – Aterrar uma área de manguezal, assim o bairro ficará posto em uma

área plana e terá acesso ao mar pela sua proximidade. (- 5 pontos)

B – Buscar uma área de solo firme e que não possua ecossistemas

essenciais para a vida marinha de região litorânea. Esse local deve ser

preparado com um sistema de coleta de água de chuva e uma rede de

tratamento de esgoto, como também os serviços básicos de abastecimento

de água e energia. (10 pontos)

C – Expandir o bairro pela região de relevo mais elevado, fazendo obras de

terraplanagem e de contenção de encostas, assim o bairro ficará próximo a

outros bairros já existentes. (0 pontos)9C

oo

rden

ado

r/a

26

14 – Na cidade há pessoas que trabalham recolhendo material reciclável nas

ruas e vendendo para ‘atravessadores’ que pagam um preço mínimo pelo

material recolhido. Um grupo de trabalhadores planeja a criação de uma

cooperativa de coletores de material reciclável. Quais a vantagens de uma

cooperativa desse modelo?

A – Conseguem melhores preços no material reciclável, assim melhoram a

arrecadação do município com impostos (0 pontos).

B – Não possuem vantagens, apenas atrapalham o trânsito da cidade, pois

incentivam o trabalho informal na coleta de lixo (- 5 pontos).

C – Organizam o trabalho dos coletores, dando maior dignidade ao trabalho,

conquistam melhores preços no material coletado, contribuem para o meio

ambiente evitando o desperdício de material que pode ser reaproveitado. É

uma forma inteligente de manejo dos resíduos sólidos produzidos nas cidades

(10 pontos).

D – Organizam o trabalho dos coletores, dando a ele oportunidade de se

tornarem microempresários, melhorando a renda familiar e beneficiando dos

atravessadores que comercializam o material reciclável (0 pontos).

13 – Em um bairro da cidade é comum encontra descarte de lixo em

terrenos baldios. Isso causa mau cheiro, atraem ratos, baratas e outros

insetos e animais. Essa prática pode disseminar algumas doenças. Qual a

melhor solução para esse problema socioambiental?

A – A prefeitura deve ter uma equipe municipal de limpeza urbana para

sempre recolher o lixo depositado em terrenos baldios (2 pontos).

B – Os moradores devem se conscientizar dos riscos do descarte de lixo

em local incorreto e colaborar com limpeza pública colocando seu lixo em

local apropriado (9 pontos).

C – Não é necessário mobilizar nenhuma ação sobre o lixo em terrenos

baldios, pois naturalmente ele se decompõe e se transforma em matéria

orgânica .

(-2 pontos).

D – A associação de moradores do bairro deve contratar uma empresa

particular de coleta de lixo para garantir a qualidade de vida de seus

habitantes (-1 ponto).

13

14

Co

ord

enad

or/a

Co

ord

enad

or/a

Co

ord

enad

or/a

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Cartas com perguntas para os jogadores. Dimensão: 10 cm x 5 cm

01 - A cidade investiu em Estações de tratamento de esgoto. Essa

ação quer reduzir a poluição nos córregos e na baia. No atual

momento não são todas as residências e empresas que estão

conectadas ao sistema de tratamento. Como solucionar esse

problema?

A - A administração da prefeitura deve investir também nas

instalações das residências, porém as empresas devem ser multadas,

caso não façam a instalação.

B - A prefeitura é responsável por fazer todas as instalações.

C - Cada morador ou a empresa que não fizer a ligação ao sistema de

tratamento deve ser multado, e o valor da multa deve ser revestido

em instalações de residências nos bairros mais carentes.

D - Não é necessário fazer a ligação ao sistema de tratamento de

esgoto.

02 - Devido um longo período de seca é preciso fazer um

planejamento de racionamento do consumo de água. Qual o melhor

plano?

A – Reduzir a oferta de água para as grandes indústrias e empresas

que são as maiores consumidoras.

B – Fazer um plano de racionamento nos bairros de periferia em

detrimento aos bairros centrais, onde há comércio e serviços

públicos.

C – Investir em um sistema de dessalinização da água do mar para

consumo nas residências e empresas.

D – Fazer um plano de racionamento rotativo por bairros ou regiões

da cidade. Assim haverá uma redução no consumo.

3 – o consumo de energia está alto na cidade. Para atender a demanda de energia

sem agredir o meio ambiente é preciso que se invista em fontes renováveis de

energia. Qual a melhor proposta apresentada por diferentes técnicos

ambientalistas e especialistas em produção de energia?

A – Investir recursos na construção de uma usina de energia nuclear, pois a

produção que se baseia nas hidrelétricas não atende a demanda da população.

B – Criar usinas termoelétricas para a capital, assim à cidade se tornaria

autossuficiente em energia e não dependeria das grandes usinas hidrelétricas.

C – Investir em tecnologia para energia solar e eólica, assim se reduziria os

impactos ambientais causados por fontes de energia que poluem a natureza.

D – Criar um programa de conscientização da população sobre o consumo

responsável de energia, investir em diferentes matrizes de produção de energia, e

fornecer incentivo fiscal para empresas de produção de energia limpa.

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3

04 - Uma área de 5000 metros quadrados, localizado em um bairro da

cidade está dividida em duas propostas de projeto, na secretaria de

planejamento urbano da prefeitura. Qual atende melhor a qualidade de vida

dos moradores da cidade?

Projeto 1: Construir um condomínio fechado, com alto padrão de

residências. Atendendo a demanda de moradias com alto valor de mercado,

dando aos moradores segurança, conforto e serviços urbanos fundamentais.

Projeto 2: Construir um parque urbano. Sendo um espaço arborizado, que

contribua na climatização da cidade, seja espaço de lazer, e de educação

ambiental para todos os frequentadores do parque. O parque será

administrado pelo poder público em parceria com entidades privadas,

empresas, escolas, faculdades e ONGS que queiram promover atividades de

educação ambiental.

4

28

05 - Um vereador da cidade apresentou um projeto de lei municipal para se

criar uma área de proteção permanente com um parque municipal em uma

região de mangue. Qual sua opinião sobre o projeto?

A – Esse projeto de lei é desnecessário. Pois a cidade precisa de espaço

territorial para o crescimento econômico. Por isso a área deve ser aterrada.

B – O projeto de lei é apenas uma estratégia de ambientalistas que

assessoram o vereador. Ele não contribuirá em nada com a vida da cidade.

C – O projeto de lei é muito importante. Pois defende a vida no ecossistema

de manguezal. Pois o crescimento urbano desordenado tem afetado a vida

nesses ambientes típicos de cidades litorâneas.

D – O projeto de lei é interessante, mas é preciso que os vereadores se

preocupem com outras prioridades da vida da cidade. Como geração de

emprego e renda, e crescimento econômico da arrecadação municipal.

06 - Devido à escassez de água para abastecimento dos municípios, um

programa intermunicipal propôs um projeto de reflorestamentos de todas as

nascentes das bacias hidrográficas que fornecem água para as cidades.

Quem deve participar desse reflorestamento?

A – Apenas os agricultores e proprietários que possuem nascentes em seus

terrenos.

B – As administrações dos municípios em parceira com instituições de

ensino e com apoio financeiro de empresas e proprietários rurais.

C – Apenas as administrações dos municípios, pois a sociedade civil não

tem responsabilidade sobre os problemas socioambientais que afetam a vida

na atualidade.

D – Apenas as instituições de ensino, como escolas e universidades, pois

essa ação será uma importante atividade educativa para os jovens.

56

07 - Um bairro de região periférica da cidade cresceu desordenadamente em uma encosta

que acontecem constantes deslizamentos de terra em períodos de chuva. Qual a melhor

solução para esse problema socioambiental?

A – Responsabilizar os moradores pelas construções irregulares e emitir uma ordem de

despejo imediato de todos moradores em área de risco.

B – Criar um programa municipal de construção de residências, realocando os moradores

a partir de um planejamento urbano. E também isolar as áreas de risco com obras de

engenharia civil que contenham possíveis deslizamentos.

C – Fazer uma licitação com empreiteiras construtoras que edificarão novas moradias e

as venderão a preço de mercado. Ficando a critério dos moradores mudarem-se ou não.

D – Aplicar uma manta que contenha a erosão, construir muros de arrimo nas áreas com

rachaduras e deixar os moradores em suas residências.

08 - As praias das cidades estão impróprias para banho devido à poluição das águas do

mar. De quem é a responsabilidade de despoluir as praias?

A – Da prefeitura, pois ela é o órgão com poder para efetivar o serviço de preservação da

qualidade da água no litoral.

B – Das empresas, pois elas são a principal fonte de despejo de lixo e resíduos nos rios e

no oceano.

C – Dos moradores residenciais, pois o esgoto doméstico é a principal fonte poluidora na

cidade.

D – A ação para limpeza das águas na baia deve envolver variados atores, deste o

cidadão comum até os grandes empresários, pois a poluição vem de diversas frentes e os

esforços somados podem vencer mais rapidamente esse problema socioambiental.

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09 - A secretaria de projetos urbanos da prefeitura está estudando a ampliação da

cidade com a construção de moradias e estruturas de serviços públicos. Há três

opções para construção desse novo bairro, qual você acha a mais adequada?

A – Aterrar uma área de manguezal, assim o bairro ficará posto em uma área plana e

terá acesso ao mar pela sua proximidade.

B – Buscar uma área de solo firme e que não possua ecossistemas essenciais para a

vida marinha de região litorânea. Esse local deve ser preparado com um sistema de

coleta de água de chuva e uma rede de tratamento de esgoto, como também os

serviços básicos de abastecimento de água e energia.

C – Expandir o bairro pela região de relevo mais elevado, fazendo obras de

terraplanagem e de contenção de encostas, assim o bairro ficará próximo a outros

bairros já existentes.

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10 – Na câmara dos vereadores tramita um Projeto de lei para expandir o número

de ciclovias pelas ruas da cidade. Quais as vantagens desse projeto?

A – Uma rede viária equipada com ciclovias de qualidade dá aos moradores da

cidade a opção de transporte sustentável, que não agride o meio ambiente e dá

qualidade de vida aos cidadãos. É uma opção para reduzir o número de carros nas

ruas, diminuindo a emissão de poluentes da atmosfera e também diminuir a

poluição sonora.

B – As ciclovias não apresentam vantagens, pois reduzem espaço de

estacionamentos, atrapalham o trânsito e circulam em baixa velocidade.

C – Esse projeto beneficiará os trabalhadores que usam as bicicletas como meio de

transporte como também os esportistas amantes do ciclismo.

D – O projeto beneficiará apenas o setor de venda e manutenção de bicicletas, pois

fomentará o uso desse meio de transporte na cidade.

12 – Uma grande corporação planeja a instalação de um parque industrial na

cidade. Esse parque concentrará em um só local, variadas indústrias e empresas.

Em sua opinião, quais as principais vantagens de se ter um parque dessa natureza

na cidade?

A – Um parque industrial gerará empregos, arrecadação de impostos e crescimento

econômico para a cidade.

B – Um parque industrial bem planejado reduz investimentos em infraestruturas,

pode controlar as emissões de poluentes, possuir um sistema de tratamento de

resíduos sólidos e também de esgoto.

C – Estar relativamente distante de áreas urbanas residenciais para tentar reduzir o

impacto ambiental e social dos usos industriais. Como também pode possuir um

rígido controle dos danos ambientais.

D – Quando instalados próximo ao centro urbano, movimenta a economia e

contribui com a qualidade de vida dos moradores.

11 – Mover-se com rapidez e conforto é uma necessidade da vida de quem

reside em cidades. Das duas opções abaixo qual a melhor que atende essa

necessidade?

A – Facilitar, por meio de subsídios e incentivos fiscais, a compra de

automóveis e motocicletas, permitindo que cada família possua um veículo

particular e assim se locomova pela cidade segundo suas necessidades.

B – Investir em transporte coletivo de qualidade, para diminuir a

quantidade de emissão de poluentes, permitindo que os usuários da cidade

tenham facilidade de mover-se pelo seu território. O transporte coletivo

deve atender as características geográficas de cada cidade: metrô, ônibus,

aquaviário, bonde elétrico, BRT...

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14 – Na cidade há pessoas que trabalham recolhendo material reciclável nas ruas e

vendendo para ‘atravessadores’ que pagam um preço mínimo pelo material

recolhido. Um grupo de trabalhadores planeja a criação de uma cooperativa de

coletores de material reciclável. Quais a vantagens de uma cooperativa desse

modelo?

A – Conseguem melhores preços no material reciclável, assim melhoram a

arrecadação do município com impostos.

B – Não possuem vantagens, apenas atrapalham o trânsito da cidade, pois

incentivam o trabalho informal na coleta de lixo.

C – Organizam o trabalho dos coletores, dando maior dignidade ao trabalho,

conquistam melhores preços no material coletado, contribuem para o meio

ambiente evitando o desperdício de material que pode ser reaproveitado. É uma

forma inteligente de manejo dos resíduos sólidos produzidos nas cidades.

D – Organizam o trabalho dos coletores, dando a ele oportunidade de se tornarem

microempresários, melhorando a renda familiar e beneficiando dos atravessadores

que comercializam o material reciclável.

13 – Em um bairro da cidade é comum encontra descarte de lixo em terrenos baldios.

Isso causa mau cheiro, atraem ratos, baratas e outros insetos e animais. Essa prática

pode disseminar algumas doenças. Qual a melhor solução para esse problema

socioambiental?

A – A prefeitura deve ter uma equipe municipal de limpeza urbana para sempre

recolher o lixo depositado em terrenos baldios

B – Os moradores devem se conscientizar dos riscos do descarte de lixo em local

incorreto e colaborar com limpeza pública colocando seu lixo em local apropriado

C – Não é necessário mobilizar nenhuma ação sobre o lixo em terrenos baldios, pois

naturalmente ele se decompõe e se transforma em matéria orgânica .

D – A associação de moradores do bairro deve contratar uma empresa particular de

coleta de lixo para garantir a qualidade de vida de seus habitantes.

13

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31

Sugestões de reflexões

Sugere-se que os profissionais da educação que decidirem utilizar

jogos como estratégia pedagógica, façam uma reflexão com seus

estudantes sobre os pontos negativos de uma cultura competitiva. O

presente jogo que se apresenta nesse material tem a pretensão de ser

uma proposta cooperativa. Para isso o resultado final do jogo não será

a vitória de um, ou de alguns, mas o sucesso ou fracasso de todos.

• No jogo da Educação Ambiental não tem apenas um ganhador e

vários perdedores. Ou todos ganham, ou todos perdem. O cuidado

com a vida no planeta exige corresponsabilidade e participação

ativa de todos.

• Quais problemas socioambientais afetam nossa cidade? O modelo

de produção adotado pela maioria da sociedade mundial tem

causado a degradação socioambiental.

• O jogo te ajudou a conhecer melhor os problemas socioambientais

de seu bairro e sua cidade?

• Temas para pensar: Cooperação; Modo de produção; Desigualdade

social; Etc...

32Fonte: Mattos, 2017

ReferênciasCAMARGO, Maria Eugenia Seixas de Arruda. Jogos de papéis (RPG) em

diálogo com a educação ambiental: aprendendo a participar da gestão dos

recursos hídricos na Região Metropolitana de São Paulo. 2006. 175p. Dissertação

(Mestrado em Ciência Ambiental). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

CHISTÉ, Priscila de Souza; SGARBI, Antonio Donizetti. Cidade educativa:

reflexões sobre a educação, a cidadania, a escola e a formação humana. Revista

Debates em Educação Científica e Tecnológica, Vitória, v. 5, n. 4, p. 84-114, dez.

2015.

COSTA, César Augusto; LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Contribuições

da pedagogia crítica para a pesquisa em Educação ambiental: um debate entre

Saviani, Freire e Dussel. In.: Revista Brasileira de Educação Ambiental

(REVBEA), São Paulo, v. 10, n. 1, p.180-200, 2015..

DUCROT, Rafhaèle (et al). Elaboração multidisciplinar e participativa de jogos

de papéis: uma experiência de modelagem de acompanhamento em torno da

gestão dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo. Ambiente &

Sociedade. Campinas v. XI, n. 2. p. 355-372. jul.-dez. 2008.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 84.

GADOTTI, Moacir; PADILHA Paulo Roberto; CABEZUDO, Alicia. Cidade

educadora: princípios e experiências. São Paulo: Cortez/IPF, 2004.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Educação Ambiental e movimentos

sociais na construção da cidadania ecológica e planetária. In: LOUREIRO, C. F. B.;

LAYRARGUES, P. P.; CASTRO, R. S. (Orgs.) Educação ambiental: repensando o

espaço da cidadania. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Teoria social e a questão ambiental:

pressupostos para uma práxis crítica em educação ambiental. In: LOUREIRO, C. F.

B., LAYRARGUES, P.P., CASTRO, R. S. (Orgs.) Sociedade e meio ambiente: a

educação ambiental em debate. São Paulo: Cortez, 2000.

LOUREIRO, Carlos Frederico; TREIN, E.; TOZONI-REIS, M.F.; NOVICKI, V.

Contribuições da teoria marxista para a Educação Ambiental crítica. Cad.

Campinas, CEDES, vol.29, n.77, Jan./Abr. 2009.

NASCIMENTO, Carolina Picchetti; ARAUJO, Elaine Sampaio; MIGUÉIS,

Marlene da Rocha. O jogo como atividade: contribuições da teoria histórico-

cultural. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e

Educacional (ABRAPEE). Vol. 13, n. 2, Julho/Dezembro de 2009. p. 293-302.

ROSA, Antonio Vitor. Jogos educativos sobre sustentabilidade na educação

ambiental crítica. 2010. 111f. Universidade Federal São Carlos. São Carlos, 2010.

SAVIANI, D.; DUARTE, N. A formação humana na perspectiva histórico-

ontológica. Revista Brasileira de Educação, v. 15, nº 45, set/dez de 2010. p. 433.

33

Anexo 1

Escala de referência para uma cidade ecologicamente equilibrada.

Cidade desiquilibrada

Cidade Equilibrada

Cidade em processo de equilibração

0 – 100 pontos

100 - 200 pontos

200 - 300 pontos

300 pontos ou mais

34