Jogo Estatuto Das Cidades (GEU)

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jogo do Manual de Instruções jogo do Manual de Instruções Santo Expedito

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JOGO CIDADES

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  • jogo do

    Manual de Instrues

    jogo do

    Manual de InstruesSanto Expedito

  • Apresentao

    o captulo de poltica urbana da Consti-

    tuio Federal, e contm instrumentos de

    regulao urbanstica que contribuem para

    que as populaes dos centros urbanos

    tenham assegurado o seu direito de viver

    em cidades mais justas e equilibradas.

    uma lei nacional, e assim sendo, deve

    ser considerada por todos os municpios

    brasileiros. Por outro lado, o Estatuto traz

    um desafio para a poltica urbana dos mu-

    nicpios: para implement-lo necessrio

    conhecer as potencialida-des da legislao,

    e as maneiras como ela pode ser apro-

    priada por lideranas comunitrias, pre-

    feitos, planejadores urbanos, tcnicos das

    administraes municipais, sindicalistas,

    empresrios, legisladores, representantes

    de ONGs, enfim, por todos os atores que

    vivenciam e atuam no espao urbano.

    Fazer o Jogo do Estatuto da Cidade surgiu como uma possibilidade de lidar

    com os diferentes pblicos envolvidos na

    construo cotidiana da cidade de uma

    maneira ldica: ao mesmo tempo em que

    so propostas discusses de situaes

    urbanas conflituosas, so apresentadas

    alternativas usando os novos instrumen-

    tos contidos no Estatuto.

    A proposta despertar os diversos

    atores que convivem e constroem o

    espao urbano, por meio do jogo de pa-

    pis, do interesse pelo conhecimento dos

    instrumentos de regulao urbanstica

    disponveis pelo Estatuto, estimulando a

    reflexo sobre as inmeras possibilidades

    de solues das questes que afetam as

    cidades.

    O Estatuto da Cidade (Lei Federal no

    10.257/01) uma lei que regulamenta

  • As inovaes contidas no Estatuto situ-

    am-se em trs campos:

    Instrumentos de induo do desenvolvimento urbano

    um conjunto de novos instrumentos

    de natureza urbanstica voltados para

    induzir e no apenas indicar as

    formas desejadas de ocupao e uso

    do solo: a edificao e parcelamento

    compulsrios, o IPTU Progressivo no

    Tempo, a Desapropriao com Paga-

    mento em Ttulos da Dvida Pblica, a

    Transferncia de Potencial Construtivo,

    o Direito de Preempo, o Consrcio

    Imobilirio e outros.

    Instrumentos de regularizao fundiria

    So instrumentos que reconhecem a

    existncia de ocupaes irregulares pelas

    cidades e enfrentam a questo: Usuca-

    pio Coletivo, Concesso de Uso Especial

    para Fins de Moradia, Zonas Especiais de

    Interesse Social (ZEIS).

    Instrumentos de participao popular e democratizao da gesto urbana

    So instrumentos que ampliam o es-

    pao da cidadania nos processos de

    tomada de deciso sobre o destino

    das cidades e obrigam a existncia da

    participao da populao em todas as

    etapas do planejamento: Conselhos de

    Desenvolvimento Urbano, Consultas e

    Audincias Pblicas, Plebiscito, Estudos

    de Impacto de Vizinhana, Oramento

    Participativo.

  • Como jogar

    O mediador escolhe a situao-pro-

    blema mais parecida com as situaes

    reais vividas no municpio de origem das

    pessoas presentes.

    Os participantes so separados em

    grupos, de acordo com a quantidade de

    personagens mnimos que compem a

    situao a ser jogada. Quando no h

    informao sobre os personagens,

    porque todos devem jogar. Para iniciar

    o jogo, forma-se um roda em torno do

    tabuleiro.

    O mediador dispe as cartas dos ins-

    trumentos urbansticos prximas ao

    tabuleiro. Cada personagem dever

    conhecer os instrumentos e dever

    aplic-los adequadamente, buscando

    chegar a um acordo entre as necessi-

    dades e interesses pessoais e coletivos.

    Distribui-se as cartas com os persona-

    gens envolvidos. Cada um l em voz alta

    as caractersticas do seu personagem

    que podem ser conhecidas, escondendo

    os segredos, que cada um l somente

    para si.

    O mediador l em voz alta a descrio do

    municpio apontando os locais citados

    no tabuleiro. Em seguida, l a situao

    problema e comenta as caractersticas

    gerais de cada personagem. Algumas

    situaes podem ser jogadas pelos trs

    municpios.

  • Cada situao pode ser jogada por 6 a

    10 participantes, estipulados conforme

    cada situao proposta. Quando so

    poucos participantes importante

    escolher uma situao com poucos jo-

    gadores ou selecionar os personagens

    previamente para que estejam presentes

    apenas os essenciais a cada situao.

    Os personagens de cada histria vo

    ajudar a buscar solues para algumas

    situaes conflituosas.

    Esto abertas as discusses! Enquanto

    os participantes vo sugerindo solues,

    podem manusear as cartas com instru-

    mentos, ler e comentar cada um para

    discutir se servem ou no para interferir

    sobre aquele problema. Ao longo do

    jogo os participantes devero escolher

    ao menos uma carta de instrumentos e

    utiliz-la nas suas aes.

    O mediador acompanha as discusses

    e decises dos participantes, e trabalha

    com a questo-orientadora, ou seja,

    com a questo proposta na situao

    escolhida.

    Caso tenham dvidas sobre os instru-

    mentos, consultem o captulo Saiba

    mais sobre os instrumentos do Estatuto

    da Cidade, no final deste manual.

    O final do jogo pode ser determinado

    pelo mediador ou ainda quando o grupo

    chegou a uma proposta conciliadora

    entre os interesses de todos os perso-

    nagens, usando a questo-orientadora

    como um objetivo a ser cumprido. O

    mediador tambm pode e deve colabo-

    rar para articular a proposta, orientando

    os minutos finais do jogo com esse

    objetivo.

  • Cidades quase-imaginrias

    Sobre as cidades quase-imaginrias apresentadas neste jogo

    As histrias e cidades criadas para este

    Jogo foram baseadas em histrias e cidades

    verdicas, mas acrescidas de informaes

    e personagens fictcios, e desta forma no

    representam um lugar especfico do Brasil,

    e portanto podem ser adaptadas para a sua

    realidade local.

    E o jogo pode continuar...

    Aps uma primeira partida, todos os

    participantes do jogo podem criar cidades

    quase-imaginrias, acrescentar outros per-

    sonagens, dar-lhes caractersticas diversas:

    viles, heris, personagens caricatos, de

    diferentes formaes culturais, idades,

    gneros, e tudo mais que for imaginado.

    Este um jogo aberto para a criao

    conjunta entre mediador e participantes.

    Basta seguir a mesma estrutura e regras,

    mas as histrias e personagens podem vir

    de qualquer universo, propondo inmeras

    situaes.

  • Municpio de Santo Expedito

    LocalizaoA cidade, fundada em 1.760, situa-se

    na Regio Metropolitana do Estado de

    Belterra.

    Est localizada na Bacia do Rio Gra-

    vata, principal rio que corta o Estado de

    Belterra.

    Meio ambienteO Rio Gravata, quando atravessa a

    cidade de Santo Expedito, j se encontra

    muito poludo. Vrias favelas instalaram-se

    nas margens dos seus afluentes.

    O municpio est situado em uma plan-

    cie, com reas sujeitas a enchentes. A peri-

    feria da cidade esta localizada em colinas e

    nas altas declividades, ocupando os morros

    e reas de preservao permanente.

    Populao780 mil habitantes

    Grande parcela da populao chegou na

    cidade h menos de 10 anos. Na dcada de

    60 o crescimento anual da cidade estava

    em torno de 20%, na dcada de 70 este

    crescimento caiu para 5% ao ano, ou seja,

    ainda bastante elevado. Hoje o crescimen-

    to inferior a 1%, porm nos distritos

    perifricos este chega a 6%.

    EconomiaA indstria ainda muito forte no mu-

    nicpio, embora as atividades de comrcio e servios estejam crescendo considera-velmente. Os principais setores industriais

    so o qumico, o farmacutico e as inds-

    trias de reciclagem. Nos ltimos quatro

    anos verificou-se um declnio considervel

    no nmero de indstrias que deixaram a

    cidade rumo a municpios com ofertas de

    iseno fiscal. Com a sada das indstrias

    muitos galpes ficam sem uso.

    O ndice de desemprego na cidade de aproximadamente 15%.

    TransporteA cidade fica entre as duas principais

    rodovias que cruzam o Estado, por onde

    escoada parte significativa da produo

    agrcola e industrial do pas.

    A cidade muito extensa e possui vrias

    linhas de nibus que atendem os bairros,

    mas no h integrao entre as linhas lo-

    cais e o atendimento deficiente.

    Nos ltimos dois anos, em funo do

    aumento do desemprego, cresceu muito

    o nmero de lotaes, a grande maioria

    clandestinas.

    Um dos graves problemas da cidade

  • 0

    so os constantes congestionamentos, em

    funo do grande nmero de veculos, que

    pioram nos perodos de chuvas, quando

    ocorrem as enchentes.

    HabitaoA cidade foi ocupada por inmeras fa-

    velas prximas ao Centro, geralmente em

    reas de risco ou reas cuja ocupao no

    permitida, como por exemplo vrzeas,

    terrenos prximos aos fios de alta tenso e

    encostas de morros sujeitos a desli-zamen-

    to. Vrios loteamentos clandestinos foram

    ocupados por moradias auto-construdas,

    principalmente nas reas perifricas. As

    ocupaes comeam a avanar sobre a

    Serra do Beija-Flor e a rea de Proteo

    Ambiental.

    O Centro est deixando de ser uma rea

    de uso residencial e passando a ser uma

    rea basicamente comercial, perdendo

    populao.

    H tambm muitas reas grandes que

    esto vazias h anos e que no so ocupa-

    das por nenhum tipo de atividade.

    ParticipaoA Prefeitura Municipal est buscando

    solues para atender a demandas dos

    movimentos sociais locais, tais como: esgo-

    tamento sanitrio, melhoria da rede viria,

    habitao e implantao de equipamentos

    sociais (escolas, creches, postos de sade),

    mas no tem recursos disponveis para

    atender a demanda. H na cidade vrios

    movimentos populares e associaes de

    moradores que esto se articulando para

    discutir novos processos para a gesto

    urbana, em especial para os problemas

    habitacionais.

    Situaes1. O discreto charme...

    Um shopping quer se instalar no bairro

    do Flix, rea nobre da cidade de Santo

    Expedito. O shopping ser de alto padro

    e destinado principalmente para as classes

    mais abastadas da cidade. A comunidade lo-

    cal muito articulada, pois possui represen-

    tantes nos diversos setores da administrao

    da cidade e tambm no Ministrio Pblico.

    A comunidade exige, por exemplo, que o

    empreendedor faa alteraes no projeto

    para minimizar os impactos que afetaro a

    qualidade de vida do bairro, principalmente

    no que diz respeito ao trnsito, poluio

    visual e preservao das poucas reas verdes

    existentes no bairro.

    Questo orientadoraOs participantes devero discutir os ins-

    trumentos que possibilitem comunidade

    propor mudanas no projeto, bem como

    relacionar as possveis alternativas para os

    problemas apresentados.

  • 2. Informao a soluo...O municpio de Santo Expedito, por

    meio da Secretaria de Planejamento, est

    construindo uma base de dados com um

    histrico resumido do terreno, que deve ser

    consultada a cada abertura de empreendi-

    mento. Numa dessas consultas o Sr. Clbis

    Miller, dono da construtora Engenharia

    Cidade Nova, verificou junto Prefeitura

    que um terreno de sua propriedade est

    contaminado e o Conjunto Habitacional

    Jferson de Souza, construdo no terreno,

    dever passar pela anlise do potencial de

    contaminao dos poluentes existentes na

    rea. A notcia chegou imprensa, que

    vem divulgando a todo momento as con-

    dies de sade da populao residente.

    Questo orientadoraOs participantes devero debater quais

    os instrumentos que podero ser utilizados

    para que se tenha o conhecimento apro-

    fundado da situao real do problema, e

    discutir quais as outras alternativas que

    possam ser propostas para que situaes

    como esta possam ser evitadas.

    3. Por uma cidade mais justa...

    As indstrias esto migrando para cida-

    des vizinhas para terem mais iseno fiscal,

    pagando menos impostos. Em funo disso

    abrem-se grandes glebas desocupadas em

    reas com boa infra-estrutura, nos bairros

    centrais.

    O municpio tem um dficit habitacional

    de 35 mil moradias, alm de poucas reas

    verdes dentro da rea urbanizada e de 30%

    do municpio estar em rea de preservao

    de mananciais. Os novos lotea-mentos,

    grande parte deles irregulares, esto sendo

    feitos nas regies perifricas da cidade,

    onde no h infra-estrutura de servios

    e equipamentos sociais. Nos bairros mais

    habitados h disputas de passageiros entre

    as empresas de nibus e os perueiros. O

    Secretrio de Planejamento organizou uma

    reunio para discutir o Plano Diretor da

    cidade na Cmara Municipal, envolvendo

    os representantes dos diversos setores da

    sociedade. Pretende tambm negociar

    em torno das possveis solues para os

    problemas da cidade principalmente os

    relacionados ao dficit habitacional ao

    futuro da economia local.

    Questo orientadoraEm um processo de negociao, o grupo

    dever encontrar solues possveis para os

    problemas de dficit habitacional e propor

    uma plataforma de alternativas para os

    rumos da economia da cidade.

    4. Revivendo o centroUm setor da parte central de Santo

    Expedito est em franco processo de de-

    gradao por conta da fuga das indstrias

    e da diminuio da atividade econmica

  • na cidade. Os galpes industriais do incio

    do sculo XX, a antiga Estao Central

    Ferroviria e tambm prdios histricos

    encontram-se hoje abandonados. Na rea

    comercial ocorreram recentes brigas entre

    os camels e os comerciantes pela disputa

    de espao de trabalho. Os comerciantes

    alegam que pagam impostos e sofrem a

    concorrncia desleal dos camels. Estes

    dizem que precisam trabalhar. Durante

    um debate na Universidade de Santo

    Expedito surgiu a idia de arrumar essa

    parte da cidade, implantando centros cul-

    turais e outras iniciativas que provoquem

    a sua revitalizao. A Prefeitura aprovou

    a idia e agora est buscando um projeto

    que contemple a revitalizao dos vrios

    edifcios.

    Questo orientadoraBuscar instrumentos que possam contri-

    buir para revitalizar essa parte da cidade e

    propor algumas alternativas para os edif-

    cios e para a antiga Estao Central.

    Personagens que participam Aziz Chedid, Srgio Raimundo, Baltazar

    Skillak, Rosemeire Menezes, Diandra

    Sepetiba e Leonardo Klinky.

    5. Esse terreno nosso...O Bairro da Vila Amlia prximo ao

    centro da cidade e possui algumas grandes

    reas vazias. Parte do bairro surgiu a partir

    de um loteamento, construdo na dcada

    de 70, onde os terrenos valem atualmente

    cerca de 700 reais/m2. Na fase final da

    implantao do loteamento, 35% dos

    terreos rea no foram ocupados, perma-

    necendo assim at recentemente.

    O Movimento dos Sem Casa, apoiou

    uma ocupao realizada por 78 famlias

    em uma rea que estava desocupada

    desde 1976. Os proprietrios do terreno

    pediram reintegrao de posse e querem

    que as famlias sejam transferidas para

    outro local. A Prefeitura sugeriu uma

    rea pblica, na Vila Escondida, que est

    distante do Centro cerca de 23km, cujo

    valor do metro quadrado de apenas

    10 reais. Nesse local quase no h infra-

    estrutura de servios e todo o transporte

    feito por poucos perueiros que moram

    no prprio bairro. O Movimento, em con-

    junto com as famlias, quer discutir outras

    alternativas, pois considera essa proposta

    absolutamente invivel.

    Questo orientadoraDiscutir com o grupo quais os ins-

    trumentos legais que podem oferecer

    alternativas para o problema, levando em

    considerao as necessidades dessas fam-

    lias de estarem prximas dos seus locais de

    trabalho, e a exigncia dos proprietrios

    de no perderem os seus terrenos sem

    qualquer indenizao.

    Personagens que participam

  • Dr. Alphonsus Bragantim, Srgio Rai-

    mundo, Baltazar Skillak, Mateus da Silva,

    Diandra Sepetiba, Rosemeire Menezes e

    Leonardo Klinky.

    6. Avenida ExpeditaO Prefeito est terminando a obra de

    uma grande avenida, a Av. Expedita, inicia-

    da na gesto anterior, quando foi prevista

    a construo de um Novo Centro de Ne-

    gcios e Exportao. Os terrenos prximos

    obra eram ocupados por favelas que

    foram removidas. A populao removida

    recebeu sua indenizao e foi morar na

    Serra do Beija-Flor. O mercado imobilirio

    est de olho nos terrenos e na possibilida-

    de de valorizao dos imveis a partir dos

    investimentos pblicos para construo do

    Centro de Negcios.

    O poder pblico v na construo do

    Centro a possibilidade de gerao de em-

    pregos, mas sabe que no tem dinheiro

    para toda a obra. Ainda mais considerando

    a piora nas condies habitacionais aps

    a grande ocupao da rea de proteo

    ambiental.

    Questo orientadoraConsiderando que o Plano Diretor deli-

    mitou essa rea como Operao Urbana,

    como pode ser recuperada a valorizao

    obtida com a obra de forma redistributiva,

    que interesse toda a sociedade.

    Questo orientadora 2

    Aproveitando a reunio para propostas

    para o Plano Diretor, o Secretrio de Pla-

    nejamento pretende discutir uma proposta

    para a rea considerando a possibilidade

    de recuperao da valorizao obtida com

    a obra da avenida.

    7. Urbanizador socialUma grande proprietria de terras va-

    zias localizadas atrs da Serra do Beija Flor

    est propondo ao municpio a aprovao

    de um condomnio fechado com lotes

    grandes para famlias de alta renda. Pelo

    zoneamento de Santo Expedito, esta uma

    rea de ocupao rarefeita, onde no se

    poderia ter uma ocupao to intensiva

    quanto a proposta pelo empreendedor.

    Ao mesmo tempo, a Prefeitura est procu-

    rando formas de lidar com o problema dos

    loteamentos clandestinos naquela regio

    da cidade e sabe que para isso precisa ter

    oferta de lotes baratos e produzidos legal-

    mente naquela regio. A infra-estrutura do

    Bairro Serra da Beija-Flor tambm precisa

    ser melhorada, e a pavimentao de uma

    via estruturadora seria importante para

    que a prefeitura conseguisse convencer

    os pequenos loteadores que atuam no

    local a produzir loteamentos regulares,

    no entanto, a prefeitura no tem recursos

    oramentrios para essa obra.

    Questo orientadora:

  • Os participantes devem debater a situ-

    ao da Serra do Beija-Flor considerando

    a proposta do empreendedor e as necessi-

    dades da regio, relacionando os possveis

    instrumentos que poderiam ser utilizados

    para uma soluo urbanstica que atenda

    as exigncias do Estatuto da Cidade.

    8. Como conter a expanso da periferia?

    Novos bairros esto sendo constru-

    dos na regio fora dos limites urbanos da

    cidade. Esses bairros no tm infra-es-

    trutura de servios e transporte adequado

    para o Centro da cidade, onde a maioria

    dos moradores trabalha e desenvolve

    suas atividades. Por conta disso, diversas

    associaes de moradores e movimentos

    por moradia esto reivindicando junto

    Prefeitura Municipal alternativas para a

    questo de infra-estrutura nos bairros,

    ou outros espaos para a construo de

    moradias. No centro da cidade h grandes

    reas desocupadas. A Secretaria Muni-

    cipal de Planejamento e os movimentos

    populares esto promovendo um semin-

    rio sobre gesto urbana e convidaram os

    diversos setores da sociedade. A imprensa

    tambm foi convidada e est cobrindo o

    evento.

    Questo orientadoraAo final do Seminrio os participantes

    do debate devero redigir um documento

    contendo uma proposta que atenda as

    reivindicaes dos movimentos.

    9. Casa para os sem casa...A cidade teve uma ocupao de terras

    feita pelo Movimento dos Sem Casa na

    periferia. Agora a Prefeitura se recusa a

    legalizar a ocupao, pois no tem dinheiro

    para levar infra-estrutura (gua, esgoto e

    outros equipamentos sociais) e nem pode

    faz-lo, pois oficialmente a rea ocupa-

    da uma rea de manancial e deve ser

    preservada. Os sem casa ocuparam essa

    rea, mas na verdade queriam estar mais

    perto do trabalho, assentados no centro da

    cidade, onde existem muitas reas vazias.

    O prefeito recm-eleito est estudando

    formas de melhorar a arrecadao de im-

    postos da cidade, para poder melhorar a

    infra-estrutura dos bairros mais afastados,

    e tambm procurando alternativas para

    solucionar o problema da existncia de

    vrias favelas na beira de rios.

    Questo orientadoraOs participantes devero debater

    quais os instrumentos que podero ser

    utilizados para ampliar a arrecadao do

    municpio e para construir alternativas de

    regularizao dos bairros j instalados nas

    reas de proteo dos mananciais.

  • Saiba mais sobre os Instrumentos do Estatuto da CidadePlano Diretor

    O Plano Diretor uma lei municipal,

    aprovada na Cmara, que corresponde ao

    conjunto de regras bsicas de uso e ocupa-

    o do solo, que orientam e regulam a ao

    dos agentes sociais e econmicos sobre o

    territrio de todo o municpio.

    o instrumento bsico da poltica de

    desenvolvimento e expanso urbana, e deve

    ser elaborado e implementado com ampla

    participao popular.

    O Plano Diretor parte integrante do

    processo de planejamento municipal: o

    plano plurianual, as diretrizes oramentrias

    e o oramento anual devem incorporar as

    diretrizes e as prioridades nele contidas. A

    vinculao entre os instrumentos de planeja-

    mento e as aes de governo o elemento

    que garantir a efetividade do Plano Diretor,

    desde que o processo seja acompanhado e

    fiscalizado pela populao, poder legislativo

    e sociedade civil.

    Suas funes so: Propiciar o crescimento e desenvol-

    vimento econmico local em bases

    sustentveis;

    Garantir o atendimento s necessidades

    dos cidados quanto qualidade de vida

    e justia social;

    Garantir que a propriedade urbana sirva

    aos objetivos anteriores e

    Fazer cumprir as determinaes do

    Estatuto da Cidade.

    Instrumentos de induo do desenvolvimento urbano

    Parcelamento, Edificao ou Utilizao Compulsrios.IPTU Progressivo no TempoDesapropriao com Pagamento em Ttulos

    um conjunto de instrumentos que

    serve para penalizar o proprietrio urbano

    que retm terrenos para fins de especula-

    o imobiliria. A aplicao das sanes

    previstas no instrumento serve para fazer

    com que terrenos vazios ou sub-utilizados

    que se encontram em reas dotadas de

    infra-estrutura (servidas de gua, rede

  • de esgoto, sistema de transporte) e equi-

    pamentos (escolas, hospitais, parques,

    centros culturais, etc) sejam devidamente

    ocupados, enfraquecendo a especulao

    imobiliria.

    O instrumento da Edificao Compulsria

    estabelece um prazo para o loteamento ou

    construo das reas vazias ou sub-utilizadas.

    O proprietrio que no cumprir esse prazo

    ser penalizado pela aplicao progressiva do

    Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),

    que dever ser aplicado por um perodo de

    cinco anos. Se, no caso de esgotamento do

    prazo, a rea ainda no tiver sido ocupada

    com os usos e densidades previstas, o imvel

    poder ser desapropriado, e o proprietrio

    ser ressarcido com pagamento em ttulos

    da dvida pblica.

    Ateno! importante que fique cla-ro que a funo do IPTU Progressivo no

    Tempo no arrecadar, ou aumentar as

    receitas pblicas, e sim induzir determina-

    do uso ou ocupao de uma rea.

    Consrcio Imobilirio um mecanismo que viabiliza uma par-

    ceria entre o poder pblico e o proprietrio

    de um terreno. O proprietrio transfere

    ao poder pblico Municipal um imvel, e

    este se responsabiliza pela construo de

    um empreendimento imobilirio no local.

    Aps a realizao do empreendimento,

    o proprietrio recebe, como pagamento,

    unidades (casas, apartamentos ou espaos

    comerciais) em valor equivalente ao preo

    da terra antes das obras de loteamento e

    urbanizao terem sido realizadas.

    Por exemplo, um proprietrio possui um

    terreno de 10 mil m2, bem localizado, no

    valor de 250 mil reais, mas no tem recur-

    sos para realizar um empreendimento no

    local. Pelo Consrcio Imobilirio, o poder

    pblico assume o terreno, constri 10

    prdios de habitao de interesse social, e

    devolve ao proprietrio 10 apartamentos

    no valor de 25 mil reais cada.

    Direito de Superfcie um instrumento que separa a proprie-

    dade do lote do direito de us-lo. Estabele-

    ce que o direito de construir na superfcie,

    espao areo ou subsolo de um lote pode

    ser concedido, comprado ou vendido

    independentemente da propriedade do

    lote. As negociaes com o direito de su-

    perfcie podem ser feitas por um tempo

    determinado ou indeterminado, e podem

    ser onerosas ou gratuitas.

    O Direito de Superfcie permite, por

    exemplo, que o poder pblico cobre das

    empresas concessionrias de servios p-

    blicos um valor pelo uso do seu subsolo,

    ou espao areo.

    Transferncia do Direito de Construir

    A Transferncia do Direito de Construir

    permite que o proprietrio transfira o direito

  • de construir de um determinado lote para

    terceiros e/ou para outra rea. Pode ser

    utilizada com o objetivo de preservar im-

    veis com valores histricos, paisagsticos ou

    reas frgeis do ponto de vista ambiental.

    uma forma de compensao ao proprietrio

    que tem restringido o uso de determinada

    propriedade.

    No caso de reas frgeis, a transferncia

    do direito de construir pode ser exercida

    em contrapartida ao compromisso do

    proprietrio de preservar a rea.

    Outorga Onerosa do Direito de Construir ou Solo Criado

    um instrumento que permite ao poder

    pblico recuperar parte dos investimentos

    que so feitos na infra-estrutura da cidade

    e que resultam em valorizao dos terrenos

    privados. A Prefeitura estabelece no Plano

    Diretor o coeficiente bsico de utilizao

    dos lotes (por exemplo uma vez a rea do

    terreno) e os que quiserem edificar alm

    desse limite devero pagar ao poder pbli-

    co por esse direito. A Prefeitura estabelece

    tambm um valor para a venda desse po-

    tencial construtivo e onde estes recursos

    sero aplicados.

    Os recursos obtidos podem por exem-

    plo financiar projetos de regularizao

    fundiria, habitao de interesse social,

    equipamentos comunitrios e reas verdes

    ou preservao do patrimnio. O ideal

    que esses recursos estejam em um fundo,

    geridos por um Conselho com participao

    e controle social, e que tenham destinao

    e prioridades definidas e pactuadas no

    Plano Diretor municipal.

    Operaes Urbanas Consorciadas

    um instrumento que se prope a

    viabilizar uma transformao estrutural de

    um setor da cidade, atravs de um pro-

    jeto urbano implantado em parceria com

    proprietrios, poder pblico e investidores

    privados. A Operao Urbana define um

    permetro dentro do qual valem regras

    especficas de utilizao do solo (diferentes

    das regras gerais da zona onde o projeto

    est inserido), gerando potenciais adicionais

    de aproveitamento dos terrenos que so

    vendidos aos parceiros. Os recursos desta

    venda custeiam os investimentos previstos

    no projeto da prpria operao.

    Direito de PreempoO Direito de Preempo um instrumen-

    to que garante prefeitura a prioridade

    para a compra de determinado terreno,

    no momento em que este for oferecido

    venda no mercado. O poder pblico define

    no Plano Diretor as reas onde quer exercer

    o Direito de Preempo, que so reas que

    a prefeitura deseja, a mdio prazo, trans-

    formar mediante aquisio dos imveis e

    investimentos especficos na transformao

    ou preservao urbanstica.

  • Instrumentos de regularizao fundiria

    Usucapio Especial de Imvel Urbano

    um instrumento que facilita a regulari-

    zao da posse de um determinado terreno

    urbano privado, onde a populao j vive

    h mais de cinco anos. Pode ser assegurado

    queles que no tiverem outra propriedade

    urbana e comprovarem posse de uma rea

    de at 250m2, sem que essa posse tenha

    sido reclamada pelo proprietrio.

    Para terrenos maiores, a Usucapio

    pode ser assegurado de forma coletiva,

    ou seja, vrias famlias recebem a regu-

    larizao de uma nica rea, como um

    condomnio.

    Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia

    um instrumento que permite a re-

    gularizao de ocupaes irregulares em

    terras pblicas municipais, estaduais ou

    federais. Aquele que possuir uma rea de

    at 250m2, para fins de moradia, que no

    tenha outra propriedade rural ou urbana,

    tem o direito de receber do poder pblico

    a concesso de uso do imvel. Assim como

    a Usucapio, a Concesso de Uso Especial

    para fins de Moradia pode ser assegurada

    de forma coletiva, ou seja, vrias famlias

    recebem a regularizao de uma nica

    rea, como um condomnio.

    No caso da rea ocupada ser uma rea

    que coloca em risco a vida e a sade dos

    ocupantes como, por exemplo, reas

    alagveis, encostas com risco de desmo-

    ronamento, mangues pode ocorrer a

    concesso de outra rea, para onde sero

    removidos os ocupantes da rea de risco.

    Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)

    As ZEIS so reas delimitadas da cidade,

    dentro das quais garantido o uso para

    habitao de interesse social. uma ma-

    neira de assegurar terras bem localizadas

    e providas de infra-estrutura para o uso

    dos mais pobres.

    Existem trs tipos de ZEIS: ZEIS de favelas,

    que definem parmetros urbansticos espe-

    cficos para assegurar a posse e permitir a

    regularizao delas; ZEIS de cortios, que

    permitem que a populao permanea mo-

    rando e a requalificao dos cortios; e ZEIS

    de vazios urbanos, que marcam terrenos no

    edificados ou subutilizados onde s poder

    ser edificada a habitao de interesse so-

    cial. Assim, cria-se uma reserva de mercado

    para a Habitao de Interesse Social.

  • Instrumentos de democratizao da gesto urbana

    Debates, Audincias e Consultas Pblicas.

    So apresentaes que o poder pblico

    deve fazer em alguns momentos, quando

    esto em jogo projetos ou planos de gran-

    de importncia para o conjunto ou para

    partes da cidade.

    Nas audincias pblicas, que podem

    ser convocadas pela Cmara Municipal ou

    pelo Poder Executivo, o poder pblico deve

    estar realmente disposto a discutir seus

    projetos, e estar preparado para negociar

    e rever posies.

    Conferncias sobre Assuntos de Interesses Urbanos

    Conferncias so grandes encontros,

    realizados periodicamente, com ampla

    divulgao e participao popular. onde

    se define polticas e plataformas de desen-

    volvimento urbano para o perodo seguinte.

    So momentos decisivos, nos quais se as-

    sume compromissos e so costurados os

    consensos e pactos entre o poder pblico e

    os diversos setores da sociedade.

    A finalizao de um processo de dis-

    cusso pblica sobre um Plano Diretor

    um exemplo de tema de planejamento

    territorial que merece ser submetido a uma

    Conferncia desse tipo.

    Conselho de Desenvolvimento Urbano

    Conselhos de Desenvolvimento Urbano

    so rgos colegiados, com representao

    do poder pblico e da sociedade civil, que

    permitem a participao direta da popu-

    lao na construo da poltica urbana.

    Acompanham e fiscalizam a implementa-

    o do planejamento territorial.

    Para instaurar um Conselho de Habita-

    o e Desenvolvimento Urbano, deve-se

    definir atribuies, garantir uma compo-

    sio que abranja os diferentes setores

    envolvidos e assegurar recursos para fazer

    valer as deliberaes do Conselho.

    Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV)

    Estudos de Impacto de Vizinhana ser-

    vem para medir o efeito de futuros grandes

    empreendimentos sobre a regio onde

    esses empreendimentos sero construdos.

    Estes impactos podem ser urbansticos (no

    trnsito, na rea desmatada, no adensa-

    mento, etc.) ou socioeconmicos (na es-

    trutura de emprego e renda, nos negcios

    que podem ser atrados ou expulsos).

    O Estudo de Impacto de Vizinhana deve

    dar voz populao dos bairros e comuni-

    dades afetados pelos empreendimentos e,

    se necessrio, exigir compensaes e con-

    trapartidas dos empreendedores, em todos

    os pontos onde incidiro os impactos.

  • 0

    Gesto Participativa do Oramento

    A Gesto Participativa do Oramento

    ou Oramento Participativo significa a

    participao da populao nas decises

    de como ser gasto o dinheiro pblico no

    ano seguinte.

    O Oramento Participativo baseia-se

    em assemblias realizadas nas diferentes

    regies da cidade, nas quais so escolhidas

    as prioridades de investimento da cidade

    e so eleitos os delegados, que represen-

    tam um nmero determinado de cidados

    (por exemplo, um delegado para cada dez

    cidados). Estes delegados votaro nas as-

    semblias que decidem onde ser alocado

    o dinheiro no projeto de lei do oramento

    pblico do ano seguinte.

    Iniciativa Popular de Projetos de Lei

    A populao tambm pode propor pla-

    nos, projetos ou alteraes na legislao,

    por meio da iniciativa popular de projetos

    de lei, isso no privilgio da Prefeitura

    ou do Legislativo. Um projeto de iniciativa

    popular deve reunir um grande nmero de

    assinaturas de cidados (nmero que deve

    ser definido em lei no prprio municpio),

    e deve tramitar e ser votado normalmente

    na Cmara.

    Instrumentos de gesto social da valorizao da terra

    IPTU um imposto cobrado sobre o valor da

    terra, ou seja, sobre a propriedade, com

    objetivo de arrecadao municipal. Qual-

    quer alterao de valor de cobrana de

    IPTU passa pela reviso da Planta Genrica

    de Valores ou pela reviso das alquotas

    cobradas e deve ser aprovada pela Cmara

    de Vereadores.

    possvel isentar alguns proprietrios

    dessa cobrana, por exemplo, a populao

    de baixa renda. E tambm possvel cobrar

    alquotas diferenciadas, de acordo com o

    valor do imvel, respeitando a capacidade

    econmica do contribuinte.

    Imposto de Transmisso de Bens Intervivos (ITBI)

    um imposto que cobrado no mo-

    mento da transferncia do ttulo de pro-

    priedade de um imvel.

    No um instrumento de induo ou

    de recuperao da valorizao da terra,

    mas seu monitoramento pode servir para

    controle dessa valorizao.

    Muitas vezes o ganho do proprietrio

    decorrente da valorizao de um imvel

    d-se efetivamente no momento da venda,

    por isso o ITBI pode ser um bom instru-

    mento para arrecadao e para medir a

    valorizao dos imveis.

  • Contribuio de Melhoria uma contribuio sobre a valorizao

    da terra promovida por obras pblicas de

    infra-estrutura e servios pblicos, visando

    com essa recuperao financiar as obras

    em reas j ocupadas. muito utilizada

    para financiar a pavimentao ou ilumi-

    nao pblica.

    O total mximo que o poder pblico

    est autorizado a cobrar dos proprietrios

    o custo do investimento.

    Para cobrar a Contribuio, no ne-

    cessrio que a obra esteja concluda, ela

    pode ser cobrada durante a obra.

    Outorga Onerosa de Alterao de Uso

    A Outorga Onerosa de Alterao de Uso

    o instrumento que permite que o proprie-

    trio pague ao municpio pela alterao de

    uso do solo, desde que essa seja permitida

    pelo poder pblico atravs da demarcao

    de reas no Plano Diretor onde essa mu-

    dana de uso pode ocorrer.

    O instrumento uma alternativa de

    recuperao pelo poder pblico da valori-

    zao da terra obtida na mudana de usos

    menos valorizados para mais valorizados

    de forma privada. Um exemplo disso

    a mudana de solo rural para urbano

    em novas frentes de urbanizao, muito

    freqente nos municpios acostumados a

    promover a expanso urbana atravs do

    redesenho de seu permetro.

  • Esta publicao parte integrante do Kit das Cidades 2 edio.A primeira edio foi resultado do Programa de Capacitao de Agentes Locais para Atuao em Processos de Regulao Urbanstica, projeto de pesquisa realizado pelo Instituto Plis e PUC Campi-nas, atravs do Programa de Polticas Pblicas da FAPESP (Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo). Essa 2 edio contou com o apoio do Lincoln Institute of Land Policy e contm novos materiais.

    2005 Instituto Plis vedada, nos termos da lei, a cpia ou reproduo de qualquer parte deste livro sem a expressa auto-rizao da autora ou da editora. Sero facilitadas as autorizaes de reproduo para fins educativos e pedaggicos.Impresso no Brasil, So Paulo, 2a edio, junho de 2005.

    Tiragem 1.000 exemplares

    1 edioInstituto Plis/ PUC Campinas

    Coordenao GeralRaquel Rolnik

    Equipe TcnicaRaquel RolnikRenato CymbalistaPaula SantoroUir Kayano Nbrega

    Equipe de CriaoViviane Junqueira (coord.)Brbara Junqueira dos SantosOnsimo Genari

    Edio de ArteSnia Lorenz (coord.)Ruth KlotzelAntonio Khel

    Ilustraes tabuleirosAndrs Sandoval

    Ilustraes personagensMrcio Baraldi

    2a edioInstituto Plis/ Lincoln Institute of Land Policy

    Coordenao GeralRenato CymbalistaPaula Santoro

    Equipe TcnicaRenato CymbalistaPaula SantoroDenise Invamoto

    Criao novas situaes do jogoPaula SantoroPaula PolliniBetnia de Moraes Alfonsin

    Reviso edio de ArteDenise Invamoto

    Reviso portugusIara Rolnik Xavier

    Realizao

    Instituto PlisRua Arajo, 124 Vila BuarqueSo Paulo - SP CEP 012220 020Tel: 0 XX 11 3258 6121http://[email protected]