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Trabalho realizado sobre os Jongos e sua cultura. Revolucionadores da cultura do samba.

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JONGOS

JONGOAcadmica: Roberta Gerling MoroCurso de Artes VisuaisProf. Dr Maria Anglica ZubaranORIGEMO Jongo tem sua origem entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de caf e cana-de-acar, no Sudoeste Brasileiro, principalmente no Vale do Rio Paraba do Sul.

ORIGEM uma forma de expresso que integra a dana coletiva, os tambores e elementos mgico-poticos. Tem seu fundamento nos saberes, ritos e crenas dos povos africanos, em especial os de lngua bantu.

FORMA DE RESISTNCIA considerado tambm como uma forma de resistncia da identidade cultural das vrias comunidades africanas, como um espao de manuteno, circulao e renovao de seu universo simblico(ALMEIDA, 2007, p. 11).

Quintais das periferias urbanas e de alguma comunidades rurais do Sudeste brasileiro.Festas dos santos catlicos e divindades afro-brasileiras, nas festas juninas, no Divino e no 13 de maio da abolio dos escravos.Louvao aos antepassados, consolidao de tradies e afirmao de identidades.Respeito aos ancestrais, valorizao dos enigmas cantados e o elemento coreogrfico da umbigada.O JONGO

Umbigada(Fonte: http://arodadosbrincantes.blogspot.com.br/2012/03/dancas-de-umbigada.html)

Dana, Brasil, 1820-1824Aquarela sobre papel Cena Fandango Negro, Campo St. Anna, Rio de JaneiroAugustus EarleNos tempos da escravido, os praticantes do jongo, utilizavam a poesia metafrica para se comunicar por meio de pontos, que os capatazes e senhores no conseguiam compreender. como os negros falam de si e de sua comunidade, atravs de crnicas e da linguagem cifrada.O JONGO

Johann Moritz Rugendas, 1835Dana Batuque (Danse Batuca)Tambu, batuque, tambor, caxambu: o jongo possui diversos nomes e pode ser cantado e tocado de diferentes formas, dependendo da comunidade que pratica.Se existem, portanto, diferenas de lugares, tambm h semelhanas e afinidades comuns em muitas manifestaes do jongo.O JONGOOs negros montam uma fogueira e iluminam o terreiro com tochas.Do outro lado, armam uma barraca de bambu para os pagodes, um arrasta-p onde os casais danam o calango ao som da sanfona de oito baixos e pandeiro. meia-noite, a negra mais idosa e responsvel pelo jongo interrompe o baile, sai da barraca e caminha para o terreiro de terra batida. hora de acender a fogueira e formar a roda. As fagulhas da fogueira sobem pro cu e se misturam com as estrelas. Ela se benze nos tambores sagrados, pedindo licena aos pretos-velhos antigos jongueiros que j morreram para iniciar o jongo.Improvisa um verso e canta o primeiro ponto de abertura. Todos respondem cantando alto e batendo palmas com grande animao. O baticum dos tambores violento. O primeiro casal se dirige para o centro da roda. Comea a dana.

A FESTADurante a madrugada, os participantes assam na fogueira batata-doce, milho e amendoim. Alguns fumam cachimbo, tomam cachaa, caf ou caldo de cana quente para se esquentar.O jongo muito animado e vai at o sol raiar, quando todos cantam para saudar o amanhecer ou sarav a barra do dia.Dana-se o jongo no dia 13 de maio, consagrado aos pretos-velhos, nos dias de santos catlicos de devoo da comunidade, nas festas juninas, nos casamentos e, mais recentemente, em apresentaes pblicas.

A FESTAOs jongueiros danam muitas vezes descalos, vestindo as roupas comuns do dia-a-dia.O jongo uma dana de roda e de umbigada. Um casal de cada vez dirige-se para o centro da roda girando em sentido contrrio ao dos ponteiros do relgio. De vez em quando, aproximam-se e fazem a meno de uma umbigada. A umbigada no jongo de longe.DANAINSTRUMENTOSGrave: Caxambu ou tambu.Agudo: Candongueiro

Os tambores so feitos de troncos de rvores escavados com um pedao de couro fixado com pregos numa das extremidades.So de origem bantu, conhecidos em Angola e no Brasil como ngoma. So aquecidos no calor da fogueira, que estica o couro e afina o som. So sagrados, pois tm o poder de comunicao com o outro mundo, com os antepassados, indo buscar quem mora longe.No incio da festa, os jongueiros vo se benzer, tocando levemente no seu couro em sinal de respeito.Mestre Darcy inventou um terceiro tambor solista reproduzindo as clulas rtmicas emitidas pelos sons guturais que saiam da garganta da jongueira centenria Vov Tereza quando essa danava o jongo.

Angra dos Reis: moradores das comunidades de Bracu e Mambuca.Barra do Pira: caxambu de Miracema; Jongo de Pinheiral.Jongo da Serrinha: morro da Serrinha, na cidade do Rio de Janeiro.Caxambu de Santo Antnio de Pdua.Tambor do Quilombo de So Jos da Serra, no municpio de Valena.GRUPOS: RIO DE JANEIROJongo do bairro de Tamandar, em Guaratinguet, representado por dois grupos: - O jongo de Cunha ; O jongo de Piquete; O jongo de So Lus da Paraitinga; O jongo de Lagoinha.Litoral do Esprito Santo: jongueiros de So Mateus e Conceio da Barra. GRUPOS: SO PAULO

O JONGO E O SAMBAUmbigada lngua quimbundo semba = samba

Roda de Samba, 1964. Heitor dos Prazeres.Foi proclamado patrimnio cultural brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN), em novembro de 2005, registrado no Livro das Formas de Expresso.REFERNCIASJongo da Serrinha. Disponvel em: http://jongodaserrinha.org/BRASLIA, DF. Jongo no Sudeste. Braslia, DF: Iphan, 2007. 92 p.