Jornada Roberto Farias - Caderno de Resumos

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É com grande alegria que apresentamos a "Jornada Roberto Farias" em São Carlos, uma realização do Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF (Universidade Federal Fluminense).

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É com grande alegria que apresentamos a Jornada Roberto Farias em São Carlos, uma realização do Progra-ma de Pós-Graduação em Imagem e Som da UFSCar (Uni-versidade Federal de São Carlos) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF (Universidade Federal Fluminense).

A primeira motivação desta alegria é a oportunidade de homenagearmos um dos principais nomes da história do cinema brasileiro, Roberto Farias, cuja importância como diretor, produtor, distribuidor e administrador público é central na busca pela consolidação de uma indústria cine-matográfica no país.

A segunda causa é o fato de recebermos Roberto Farias para uma aula magna, que certamente será muito pro-fícua para alunos e professores.

O terceiro motivo está justamente relacionado ao fato de que teremos três mesas-redondas discutindo a obra e a atividade de Roberto Farias sobre os mais variados ân-gulos. E compondo as mesas há pesquisadores da UFSCar e da UFF, em uma troca de ideias que certamente vai adensar o trabalho individual de cada um dos expositores partici-pantes da jornada, bem como do público presente.

Finalmente, devemos assinalar que, para o Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da UFSCar, é uma grata satisfação poder realizar este evento em uma parceria com o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF, cujos estudos sobre cinema brasileiro têm se configu-rado como da mais alta importância. Trata-se de uma rela-ção entre duas instituições que se fortalece neste momento e que, esperamos, ganhe cada vez maior força.

Desejamos a todos uma ótima jornada.

Apresentação

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11 JUNHO – 19h às 21h30 – AUDITÓRIO FLORESTAN FERNANDES

19h: Abertura oficial da Jornada Roberto Farias com a presença do represen-tante da UFF, do coordenador do PPGIS, da diretora do CECH, da pró-reitora de Extensão e da pró-reitora de Pós-Graduação.

19h30: AULA MAGNA DE ROBERTO FARIAS OBSERVAÇÃO: A aula será em torno de Assalto ao trem pagador (1962), com trechos exibidos do filme na ocasião.

12 JUNHO – 09h30 às 12h – AUDITÓRIO DO CECHMesa1 – Roberto Farias e a Política Cinematográfica

Roberto Farias – DepoimentoAntônio Carlos Amâncio da Silva (UFF) - Roberto Farias, Embrafilme e

políticas públicasArthur Autran (UFSCar) – A práxis industrialista de Roberto FariasHadija Chalupe (UFF) - Por uma política de integração transnacional

12 JUNHO – 14h30 às 16h – AUDITÓRIO DO CECHMesa 2 – Roberto Farias e os Gêneros Audiovisuais

João Carlos Massarolo (UFSCar) - Roberto Farias: a busca por um cinema com público

José Carlos Monteiro (UFF) - Nacional / Popular no cinema de Roberto FariasRafael de Luna (UFF) - Padronização e diferenciação: pensando o cinema de

Roberto Farias para além da dicotomia autor e artesão

12 JUNHO – 16h30 às 18h HORAS – AUDITÓRIO DO CECHMesa 3 – O Autor Roberto Farias

João Luiz Vieira (UFF) - “Selva trágica”: Roberto Farias autor/artesãoSamuel Paiva (UFSCar) - A imaginação em trânsito de Roberto FariasSimplício Neto (UFF) - Roberto Farias em ritmo de cinema autoral

Programação

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MESA1 – Roberto Farias e a Política Cinematográfica

Título: Roberto Farias, Embrafilme e políticas públicasAutor: Antonio Carlos Amâncio da Silva, Universidade Federal FluminenseResumo: Roberto Farias, à frente da Embrafilme, em pleno regime militar, trouxe o ideário do Cinema Novo para as políticas públicas para o cinema, ideário este atualizado por uma pioneira compreensão do mercado cinematográfico. Em sua gestão foram abertas várias frentes de embate com o cinema estrangeiro, caracterizando um momento singular das relações no Brasil entre o cinema e o Estado.

Título: A práxis industrialista de Roberto FariasAutor: Arthur Autran, Universidade Federal de São CarlosResumo: A comunicação visa traçar um panorama da atividade de Roberto Farias como produtor, diretor, distribuidor e dirigente de órgãos estatais tendo como eixo a sua preocupação com a afirmação de uma indústria cinematográfica brasileira. Neste sentido, serão destacadas atividades e filmes de Roberto Farias que expressem a dita preocupação.

Título: Por uma política de integração transnacionalAutor: Hadija Chalupe da Silva, Universidade Federal FluminenseResumo: Roberto Farias destaca-se pela singularidade de suas ações na defesa de um mercado audiovisual brasileiro auto-suficiente. Possui trajetória marcada por ser um dos principais articuladores de uma política para a viabilização econômica e cultural da produção e difusão de filmes no Brasil. Dessa forma, neste trabalho voltaremos nossas atenções para o debate promovido por ele no desejo de criar um Mercado Comum de Filmes entre os países de fala portuguesa e espanhola, ainda na década de 1970.

MESA 2 - Roberto Farias e os Gêneros Audiovisuais

Título: Roberto Farias: a busca por um cinema com públicoAutor: João Carlos Massarolo, Universidade Federal de São CarlosResumo: Roberto Farias estabeleceu ao longo de sua carreira uma relação produtiva com a cultura massiva, buscando estimular por meio desse diálogo

Resumos

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um cinema comercial de qualidade. Nesta apresentação, pretende-se analisar a sua relação com os gêneros cinematográficos.

Título: Nacional / Popular no cinema de Roberto FariasAutor: José Carlos Monteiro, Universidade Federal FluminenseResumo: Sob a égide do pensamento gramsciano, Roberto Farias explora em sua obra uma variedade de gêneros nos quais assume uma postura democrática e progressista. Com ecletismo estilístico, o cineasta reafirma os valores do nacional-popular em arte e evidencia a importância da relação entre intelectualidade e povo-nação.

Título: Padronização e diferenciação: pensando o cinema de Roberto Farias para além da dicotomia autor e artesãoAutor: Rafael de Luna, Universidade Federal FluminenseResumo: Roberto Farias destacou-se na história do cinema brasileiro pelo seu domínio da linguagem clássico-narrativa e também pelo seu bem-sucedido investimento em diferentes gêneros. Pensando os gêneros cinematográficos a partir da dialética de padronização e diferenciação, discutiremos seus filmes nas circunstâncias específicas do cinema brasileiro dos anos 1950 e 1960, marcado, entre outros aspectos, pelo debate sobre cinema industrial versus cinema autoral.

MESA 3 - O Autor Roberto Farias

Títulos: “Selva trágica”: Roberto Farias autor/artesãoAutor: João Luiz Vieira, Universidade Federal FluminenseResumo: Lançado em 1964, “Selva trágica” revisto hoje surpreende pela sua linguagem inovadora, em total sintonia com a modernidade estética e as preocupações temáticas do período cinemanovista. Mas…afinal, Roberto era um “autor” ou um “mero artesão”, conforme apontado na época? Essa distin-ção ainda é importante hoje?

Título: A imaginação em trânsito de Roberto FariasAutor: Samuel Paiva, Universidade Federal de São CarlosResumo: A comunicação investiga a hipótese de que a matriz autoral de Rober-to Farias está associada ao que podemos identificar em sua obra como uma “imaginação em trânsito”, possível de ser percebida inclusive na relação com

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alguns gêneros audiovisuais que explicitam a figura do deslocamento como tensão da modernidade.

Título: Roberto Farias em ritmo de cinema autoralAutor: Simplício Neto Ramos de Sousa, Universidade Federal FluminenseResumo: A comunicação analisa um momento crucial da obra de Roberto Farias, quando seus filmes, depois de um fase associada à chanchada, passam a dialogar com o Cinema Novo. O enfoque da comunicação será tanto no discurso - a leitura dos depoimentos do autor, dos críticos que mais visitaram sua obra - quanto na obra fílmica. Com isso, busco problematizar os conceitos de autor, gênero e realismo, tais como foram “aclimatados” no Brasil.