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24 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 142 – JUNHO/2013 O REPOUSO DA GUERREIRA: A CERTEZA DO DEVER CUMPRIDO Dia 1º de Maio a comunidade agronômica, acadêmica e científica, perdeu uma de suas mais competentes integrantes – nossa querida amiga Janice Guedes de Carvalho, professora Titular da Universidade Federal de Lavras. Formada em Agrono- mia pela Escola Superior de Agricultura de Lavras, em 1968, Janice Carvalho tor- nou-se professora da UFLA, em 1970, na área de Química Analítica e, a partir de 1978, assumiu a disciplina Fertili- dade do Solo e Nutrição de Plantas. Após o doutorado na ESALQ/USP, em 1987, sob orientação do professor Eurípedes Malavolta, passou a se dedicar à pesquisa em Nutrição Mineral de Plantas, área em que se destacou em virtude da produção científica extre- mamente significativa. Por mais de quatro décadas, contribuiu para a geração do conhecimento em nutrição mineral de diversas culturas e plantas ornamentais tropicais, com especial atenção à orien- tação de pós-graduandos e formação de recursos humanos – 76 teses de mestrado e 24 de doutorado, além de orientações de pós-doutores. A pesquisadora deixou mais de 224 artigos completos veiculados em periódicos, seis livros publicados ou organizados por ela, além de 10 capítulos de livros de sua autoria. Muitos dos projetos que a professora Janice Carvalho coor- denou ou participou renderam prêmios a ela e à sua equipe, entre os quais se destacam: Prêmio Nacional de Equipes – Embrapa, em 2003, referente ao projeto “Caracterização de germoplasma e mecanismos de adaptação de milho e de sorgo a solos ácidos”; Prêmio Bunge de Fertilizantes, em 2007, com o trabalho “Ava- liação e caracterização da disponibilidade de Mn contido em fertilizantes”; Prêmio Santander de Ciência e Inovação - Categoria Indústria, em 2008, com o projeto “Transformação de rejeito de couro wet blue em materiais de importância tecnológica: Scale-up do processo de extração e obtenção de colágeno purificado”; Prê- mio Agroambiental – Monsanto, em 2009, com o projeto “Resíduo sólido da indústria de couro no crescimento, produção e nutrição mineral de plantas de arroz”; Prêmio Bunge de Fertilizantes, em 2011, com o trabalho “Deficiências nutricionais em shampoo (Zingiber spectabile Griff.): alterações químicas e caracteriza- ção de sintomas visuais”; e Prêmio IPNI Brasil em Nutrição de Plantas, categoria Pesquisador Sênior, em 2012, concedido a pesquisadores brasileiros que contribuem para o desenvolvimento e promoção da informação científica sobre o manejo responsável dos nutrientes das plantas. A ela, rendemos nossa homenagem de gratidão, carinho e estima. Descansa em paz, querida amiga. PAINEL AGRONÔMICO BIODIESEL DE SOJA É MENOS POLUENTE O biodiesel brasileiro produzido com soja reduz as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 70%, no mínimo, em relação ao diesel fóssil, quando consumido dentro do país. Se entregue para consumo na Europa, a redução fica entre 65% e 68%. A conclusão é de um estudo inédito encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (ABIOVE), em parceria com a Asso- ciação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja/MT) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (UBRABIO). A pesquisa foi realizada pela Delta CO 2 , empresa incubada pela EsalqTec, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). Hoje, o óleo de soja representa cerca de 80% da produção total de biodiesel no Brasil, seguida pelo sebo bovino e pelo óleo de algodão. A metodologia utilizada, que segue padrão internacional, levou em consideração as emissões de CO 2 equivalente ao longo de toda a cadeia produtiva, desde o plantio e cultivo da soja, passando pelo processamento do óleo, produção do biodiesel e transporte do biocombustível até o consumidor final. Entre as principais fontes agrícolas de emissão encontram-se restos culturais da soja, com- bustível utilizado no plantio e colheita, fertilizantes, corretivos e defensivos. O estudo também leva em consideração que na produção de óleo de soja e biodiesel entram insumos químicos responsáveis por emissões de GEE. Além disso, são contabilizadas emissões provenientes do transporte de biodiesel. O estudo é mais um passo dos produtores de biodiesel para reforçar pontos positivos do biocombustível e apresentar ao governo vantagens da ampliação dos atuais 5% na mistura com o diesel fóssil. Entre os benefícios, incluem-se: redução dos impactos da poluição sobre a expectativa de vida da população, redução da dependência brasileira do diesel importado e geração de emprego e renda. Tudo isso com impacto pouco expressivo na inflação. (Aprosoja) Profa. Dra. Janice Guedes de Carvalho NOVO CONCEITO DE PLANTAR CANA O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, desenvolveu sistema inédito que muda o conceito de plantar cana-de-açúcar. O sistema de Mudas pré-brotadas (MPB) de cana é uma tecnologia de multiplicação que poderá contribuir para a produção rápida de mudas, associando elevado padrão de fitossanidade, vigor e uniformidade de plantio. Outro grande benefício está na redução da quantidade de mudas que vai a campo. Para o plantio de um hectare de cana, o consumo de mudas cai de 18 a 20 toneladas, no plantio convencional, para 2 toneladas no MPB. “Isso significa que 18 toneladas que seriam enterradas como mudas irão para a indústria produzir álcool e açúcar, gerando ganhos”, explica Mauro Alexandre Xavier, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ainda dentre os benefícios do sistema, destaca-se o uso de maquinários. A plantadeira em uso no MPB é muito mais barata que as utilizadas no sistema convencional, há produtores usando máquinas que plantam eucalipto. É possível que esse novo sistema estimule a movimentação na indústria para desenvolvimento de máquina específica e compatível ao MPB. (IAC)

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Page 1: Jornal 142 final - ipni.net · muito próxima à do milho. Apenas na África de onde a planta é originária, provavelmente da Etiópia e do Sudão, ele é importante para alimentação

24 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 142 – JUNHO/2013

O REPOUSO DA GUERREIRA: A CERTEZA DO DEVER CUMPRIDO

Dia 1º de Maio a comunidade agronômica, acadêmica e científica, perdeu uma de suas mais competentes integrantes – nossa querida amiga Janice Guedes de Carvalho, professora Titular da Universidade Federal de Lavras.

Formada em Agrono-mia pela Escola Superior de Agricultura de Lavras, em 1968, Janice Carvalho tor-nou-se professora da UFLA, em 1970, na área de Química Analítica e, a partir de 1978, assumiu a disciplina Fertili-dade do Solo e Nutrição de Plantas. Após o doutorado na ESALQ/USP, em 1987, sob orientação do professor Eurípedes Malavolta, passou a se dedicar à pesquisa em Nutrição Mineral de Plantas, área em que se destacou em virtude da produção científica extre-mamente significativa.

Por mais de quatro décadas, contribuiu para a geração do conhecimento em nutrição mineral de diversas culturas e plantas ornamentais tropicais, com especial atenção à orien-tação de pós-graduandos e formação de recursos humanos – 76 teses de mestrado e 24 de doutorado, além de orientações de pós-doutores. A pesquisadora deixou mais de 224 artigos completos veiculados em periódicos, seis livros publi cados ou organizados por ela, além de 10 capítulos de livros de sua autoria.

Muitos dos projetos que a professora Janice Carvalho coor-denou ou participou renderam prêmios a ela e à sua equipe, entre os quais se destacam: Prêmio Nacional de Equipes – Embrapa, em 2003, referente ao projeto “Caracterização de germoplasma e mecanismos de adaptação de milho e de sorgo a solos ácidos”; Prêmio Bunge de Fertilizantes, em 2007, com o trabalho “Ava-liação e caracterização da disponibilidade de Mn contido em fertilizantes”; Prêmio Santander de Ciência e Inovação - Categoria Indústria, em 2008, com o projeto “Transformação de rejeito de couro wet blue em materiais de importância tecnológica: Scale-up do processo de extração e obtenção de colágeno purificado”; Prê-mio Agroambiental – Monsanto, em 2009, com o projeto “Resíduo sólido da indústria de couro no crescimento, produção e nutrição mineral de plantas de arroz”; Prêmio Bunge de Fertilizantes, em 2011, com o trabalho “Deficiências nutricionais em shampoo (Zingiber spectabile Griff.): alterações químicas e caracteriza-ção de sintomas visuais”; e Prêmio IPNI Brasil em Nutrição de Plantas, categoria Pesquisador Sênior, em 2012, concedido a pesquisadores brasileiros que contribuem para o desenvolvimento e promoção da informação científica sobre o manejo responsável dos nutrientes das plantas.

A ela, rendemos nossa homenagem de gratidão, carinho e estima. Descansa em paz, querida amiga.

PAINEL AGRONÔMICO

BIODIESEL DE SOJA É MENOS POLUENTE

O biodiesel brasileiro produzido com soja reduz as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 70%, no mínimo, em relação ao diesel fóssil, quando consumido dentro do país. Se entregue para consumo na Europa, a redução fica entre 65% e 68%. A conclusão é de um estudo inédito encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (ABIOVE), em parceria com a Asso-ciação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja/MT) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (UBRABIO). A pesquisa foi realizada pela Delta CO2, empresa incubada pela EsalqTec, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP).

Hoje, o óleo de soja representa cerca de 80% da produção total de biodiesel no Brasil, seguida pelo sebo bovino e pelo óleo de algodão. A metodologia utilizada, que segue padrão internacional, levou em consideração as emissões de CO2 equivalente ao longo de toda a cadeia produtiva, desde o plantio e cultivo da soja, passando pelo processamento do óleo, produção do biodiesel e transporte do biocombustível até o consumidor final. Entre as principais fontes agrícolas de emissão encontram-se restos culturais da soja, com-bustível utilizado no plantio e colheita, fertilizantes, corretivos e defensivos. O estudo também leva em consideração que na produção de óleo de soja e biodiesel entram insumos químicos responsáveis por emissões de GEE. Além disso, são contabilizadas emissões provenientes do transporte de biodiesel.

O estudo é mais um passo dos produtores de biodiesel para reforçar pontos positivos do biocombustível e apresentar ao governo vantagens da ampliação dos atuais 5% na mistura com o diesel fóssil. Entre os benefícios, incluem-se: redução dos impactos da poluição sobre a expectativa de vida da população, redução da dependência brasileira do diesel importado e geração de emprego e renda. Tudo isso com impacto pouco expressivo na inflação. (Aprosoja)

Profa. Dra. Janice Guedes de Carvalho

NOVO CONCEITO DE PLANTAR CANA

O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, desenvolveu sistema inédito que muda o conceito de plantar cana-de-açúcar. O sistema de Mudas pré-brotadas (MPB) de cana é uma tecnologia de multiplicação que poderá contribuir para a produção rápida de mudas, associando elevado padrão de fitossanidade, vigor e uniformidade de plantio. Outro grande benefício está na redução da quantidade de mudas que vai a campo. Para o plantio de um hectare de cana, o consumo de mudas cai de 18 a 20 toneladas, no plantio convencional, para 2 toneladas no MPB. “Isso significa que 18 toneladas que seriam enterradas como mudas irão para a indústria produzir álcool e açúcar, gerando ganhos”, explica Mauro Alexandre Xavier, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Ainda dentre os benefícios do sistema, destaca-se o uso de maquinários. A plantadeira em uso no MPB é muito mais barata que as utilizadas no sistema convencional, há produtores usando máquinas que plantam eucalipto. É possível que esse novo sistema estimule a movimentação na indústria para desenvolvimento de máquina específica e compatível ao MPB. (IAC)

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À esquerda, plantação de cana em fase de crescimento; à direita, o sorgo pronto para a colheita com a panícula de grãos. Ao contrário da cana, que não pode florescer para não perder o açúcar do colmo, o sorgo é mais produtivo nessa condição. (Foto: Monsanto)

SORGO É PLANTADO PARA PRODUZIR ETANOL NA ENTRESSAFRA DE CANA

Os consumidores nem vão perceber nos meses de março e abril que o etanol de algumas bombas de combustível, ainda em poucos postos, não terá sido produzido com a tradicional cana-de-açúcar. Ele será feito de sorgo, uma planta da família das gramíneas, a mesma da cana. A previsão é do pesquisador André May, da unidade Milho e Sorgo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa), que acompanha vários experimentos relativos à introdução do sorgo na matriz energética do país. A própria Em-brapa, que desde 2007 se propõe a desenvolver a cultura do sorgo na entressafra da cana, deve lançar três novas variedades dessa gramínea para a produção de etanol ainda neste ano.

Desconhecido de grande parte da população urbana brasilei-ra, o sorgo, para o homem do campo, é uma cultura que fornece forragem para o gado ou sementes para criação de aves e suínos. Ele supre os animais de energia e proteínas de forma nutricional muito próxima à do milho. Apenas na África de onde a planta é originária, provavelmente da Etiópia e do Sudão, ele é importante para alimentação humana, na forma de farinha feita dos grãos.

O etanol produzido a partir de sorgo vem suprir uma lacuna na plantação de cana em que a colheita acontece entre abril e no-vembro. A falta de etanol entre dezembro e março eleva o preço na entressafra e afasta o consumidor que possui carros flex desse com-bustível. De período curto de crescimento, em no máximo 120 dias, ele é plantado e colhido. O sorgo é uma cultura que pode ser semeada justamente entre novembro ou dezembro até mesmo em fevereiro ou março, ocupando áreas de renovação da terra na plantação de cana, que deve acontecer a cada cinco anos, ou na constituição de novas lavouras, principalmente em terrenos antes dedicados a pastagem de bovinos, situação presente neste momento no noroeste paulista, no norte paranaense, em Mato Grosso do Sul e Goiás.

Outra vantagem para o sorgo é que o caldo extraído de seus colmos se adapta bem ao processo industrial das usinas de cana onde o etanol é produzido. As modificações nos equipamentos são mínimas, em ajustes pontuais. As máquinas para a colheita usadas na cana também servem para colher o sorgo. Assim, as usinas redu-zem o período de entressafra, principalmente entre março e abril. (Embrapa Milho e Sorgo)

BRASIL PODE ENTRAR PARA GRUPO DOS MAIORES PRODUTORES DE FERTILIZANTES

Em menos de 10 anos, o Brasil pode se tornar protagonista global na produção de fertilizantes, graças a recente descoberta de uma grande jazida de potássio – um dos principais insumos para a fabricação do produto e que tem 90% de importações no país – na Bacia Amazônica. A responsável pelas pesquisas na área é a Potássio do Brasil, subsidiária da Brazil Potash Corp, empresa sediada em Toronto, no Canadá. Se for confirmada, a reserva oferecerá 500 milhões de toneladas e deverá colocar o Brasil como terceiro maior produtor de cloreto de potássio do mundo, atrás apenas do Canadá e da Rússia.

"Nossos cálculos preliminares mostram que essa será a maior reserva ativa do país", afirmou o diretor executivo da Potássio do Brasil, Hélio Diniz. A única jazida em atividade no território nacional é a de Taquari-Vassouras (SE), arrendada pela Petrobras para a Vale, que tem no negócio de fertilizantes sua grande "mina de ouro" para as próximas décadas. "A área que pesquisamos tem potencial três vezes maior que a da Vale", destaca Diniz. A produção anual de potássio da maior mineradora do mundo, atualmente, gira em torno de 700 mil toneladas. No auge da vida útil da mina, em meados de 2015, a Vale espera produzir 1,2 milhão de toneladas por ano.

O montante não é maior, no entanto, que o projetado pela Potássio do Brasil. " Nossas estimativas de produção chegam a 2 milhões de toneladas por ano", diz Hélio Diniz. O teor de cloreto de potássio contido na mina é estimado em cerca de 30%, ou seja, serão extraídas 7 milhões de toneladas de minério por ano, das quais 70% resultarão em sal convencional (NaCl) e 30% em cloreto de potássio, utilizado para a fabricação de fertilizantes.

Hoje, a China é o maior consumidor de cloreto de potássio do mundo e esse volume deve aumentar ainda mais até 2050, quando autoridades globais preveem que 800 milhões de chineses migrarão do campo para os centros urbanos, levando a uma explosão de consumo de alimentos. O papel dos fertilizantes será essencial nesse cenário.

O Brasil ainda importa a maior parte dos fertilizantes que consome – cerca de 70% do total, segundo a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA). E o pouco que o Brasil produz é feito com insumos importados, já que nitrogênio, fósforo e potássio são amplamente importados no país.

Segundo cálculos da Potássio do Brasil, o custo de extração do minério ficaria em torno de US$ 85 a tonelada e, hoje, a cotação está entre US$ 400 a US$ 500 a tonelada para retirada na mina. "Isso sem contar o frete para o Brasil, que não sai por menos de US$ 180 a tonelada", ressalta Diniz. Ele explica que, com a produção local, as empresas brasileiras eliminariam o custo do frete.

Diniz afirma que o consumo mundial do minério gira em torno de 5 milhões de toneladas por ano. Até 2025, esse volume deve ser três vezes maior. "Metade da área que se pode produzir potássio está no Brasil", ressalta. Até lá, caso as operações da companhia estejam a todo o vapor, a produção da Vale se somaria a da Potássio do Brasil, resultando em praticamente um terço do consumo mundial. "O Brasil passaria a ser protagonista na produção de fertilizantes", afirma Diniz.

"A taxa de retorno é bastante elevada", garante Diniz. Parte do montante será destinado para o projeto logístico, que inclui um terminal portuário privado em Manaus. "Estamos em uma locali-zação privilegiada, com toda a infraestrutura pronta. Nosso frete seria mais barato para a Flórida do que do Canadá para lá", diz. (Diário do Comércio e Indústria)