JORNAL A SEMANA

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ANO IV - N O 87 - 15/11 A 06/12/2012 - BARRA DO GARÇAS-MT - FUNDADO EM 01/01/2009 - R$ 2,50 - EMAIL: [email protected] - WWW.SEMANA7.COM Ribeirãozinho comemora em dezembro 21 anos Escola Cristino Cortês, 1ª colocada no Enem A Justiça Eleitoral de Barra do Garças julgou em 29 de novembro improce- dente a denúncia da coliga- ção ‘Novo Tempo pra Ge- neral Carneiro (PSDB-PDT) que acusava a prefeita eleita daquele município, Magali Vilela (PSD). Página 10 Justiça Eleitoral julga improcedente denúncia contra Magali A Escola Estadual Antônio Cristino Cortês comemorou esta semana o primeiro lugar no resul- tado da prova do Exame Nacional do Ensino Mé- dio (Enem) de 2011 entre mais de noventa escolas estaduais de Mato Gros- so, com pontuação acima de 500 pontos. Página 12 Posseiros e índios diante decisão do STF ‘DEDO NO GATILHO’ Emasa terá que construir rede de esgoto População paga caro por obras inacabadas PRÊMIO AGVPPEL 2012 TSE deve julgar eleitos enquadrados na Lei da Ficha limpa Julgamento poderá beneficiar Andréia Ninguém pode se queixar da brevidade do resultado das urnas de 7 de outubro. Poucas horas depois de abertas as urnas 99% dos municípios (5.568 cidades) do país já sabiam de seus eleitos que devem governar até dezembro de 2016, depois de acirrada campanha que se arrastou por longos três meses. Conforme noticiou os portais, a TV, rádios e a mí- dia impressa apenas 50 ci- dades decidiram segundo turno nas eleições munici- pais em que vigorou a es- tréia a Lei da Ficha Limpa (de iniciativa popular ) que prevê a diplomação apenas de políticos com passado ilibado. PÁGINA 5 Segunda colocada nas eleições municipais, a ve- readora e empresária An- dréia Santos está como a quase unanimidade dos barra-garcenses, sem saber como será o desfecho que lançará a sorte sobre o pre- feito eleito do município, o empresário Roberto Farias que manteve sua candida- tura até o fim sob efeito de uma liminar e ser o primei- ro colocado nas urnas de 7 de outubro. Enquadrado na Lei da Ficha Limpa, sob acusação de abu- so de poder econômico, Roberto Farias depende agora da avaliação do Tri- bunal Superior Eleitoral. PÁGINA 5 Nome de morto em convenção resulta em pancadaria em Torixoreu Apontado como tentati- va de fraude, o nome de João Vilela (falecido em 15 de no- vembro), apareceu na lista de integrantes da chapa encabe- çada por José Rodrigues Sales na disputa pelo comando do PMDB no município de Tori- xoréu, dia 25, contra a chapa do grupo do ex-prefeito João Sá. Ânimos acirrados de am- bas as partes o ex-secretário do partido, Flávio Santana, saiu esfolado de um tumulto envol- vendo, segundo disse, os filhos de João Sá (Rodolfo e o vice- -prefeito eleito do município, Rafael Sá). Flávio Santana ale- gou na ocasião que o diretório não quis tirar o nome de João Vilela “só para impugnar nossa chapa”. PÁGINA 12 Atleta barra-garcense vai à Austrália representar o Brasil O atleta barra-gar- cense Victor Vinícius sagrou-se campeão dos 3 mil metros rasos nas Olimpíadas Escolares em Cuiabá neste final de novembro (28), fina- lizando assim sua participação em olimpíadas como bicampeão e recordista da modalidade sub-17. Outro destaque naqueles jogos foi a atleta barra-garcense Ana Karoline que após vencer a prova dos 800m na terça-feira (27) voltou a pista na manhã seguinte para conquistar medalha de ouro no revezamento medley. PÁGINA 14 PÁGINAS 8 e 9 PÁGINA 13 Prefeitos eleitos no Araguaia Dos mais de trin- ta prefeitos eleitos no Araguaia, sete são mulheres e dez deles foram reeleitos. Todas as campanhas foram acirradas e o exercício democrático prevale- ceu de acordo com o resultado das urnas. De todos os colégios eleitorais o maior foi o de Barra do Garças com mais de 40 mil eleitores onde 47% de- les optaram pelo em- presário Roberto Fa- rias, do PSD que fez 12 prefeituras na região. PÁGINA 4 Isso mesmo, com o dedo no gatilho. Esta expressão vem a calhar com a iminência de um conflito armado entre fazendeiros da Suiá-Missú com a força policial. Eles já começa- ram a ser retirados da área, daque- les que seriam seus verdadeiros do- nos, conforme a Justiça entendeu, os índios da etnia xavante. Recursos à Justiça, idas a Brasília, audiência com ministros, nada disso adian- tou. A ordem e despejo está sendo cumprida. De início os fazendeiros disseram que não arredariam o pé das terras de Marãiwatsédé. Ma- quinários para destruir as casas já estão no local. Agora é pra valer. PÁGINAS 6 e 7 A população de Barra do Garças paga caro pelas obras inacabadas, outras malfeitas e assim segue essa carruagem sem rodas à mercê de seu pró- prio destino. Claro que as chu- vas nesta época do ano colabo- raram com os estragos feitos até aqui, mas é conveniente uma passada de olhos no trecho que liga Vila Varjão à Escola Agrí- cola e também nos canteiros de canalização e água pluviais no Jardim Nova Barra Sul. A popu- lação reclama, e tem esse direito. PÁGINA 10 Página 16

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Jornal A Semana no Araguaia

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ANo iV - No 87 - 15/11 A 06/12/2012 - BARRA Do GARçAS-MT - FUNDADo EM 01/01/2009 - R$ 2,50 - EMAiL: [email protected] - WWW.SEMANA7.coM

Ribeirãozinho comemora em dezembro 21 anos

Escola Cristino Cortês, 1ª colocada no Enem

A Justiça Eleitoral de Barra do Garças julgou em 29 de novembro improce-dente a denúncia da coliga-ção ‘Novo Tempo pra Ge-neral Carneiro (PSDB-PDT) que acusava a prefeita eleita daquele município, Magali Vilela (PSD). Página 10

Justiça Eleitoral julga improcedente denúncia

contra Magali A Escola Estadual Antônio Cristino Cortês comemorou esta semana o primeiro lugar no resul-tado da prova do Exame Nacional do Ensino Mé-dio (Enem) de 2011 entre mais de noventa escolas estaduais de Mato Gros-so, com pontuação acima de 500 pontos. Página 12

Posseiros e índios diante decisão do STF‘DEDO NO GATILHO’

Emasa terá que construir rede de esgoto

População paga caro por obras inacabadasPopulação paga caro por obras inacabadas

PRÊMIO AGVPPEL2012

TSE deve julgar eleitos enquadrados na Lei da Ficha limpa

Julgamento poderá beneficiar Andréia

Ninguém pode se queixar da brevidade do resultado das urnas de 7 de outubro. Poucas horas depois de abertas as urnas 99% dos municípios (5.568 cidades) do país já sabiam de seus eleitos que devem governar até dezembro de 2016, depois de acirrada campanha que se arrastou por longos três meses.

Conforme noticiou os portais, a TV, rádios e a mí-dia impressa apenas 50 ci-dades decidiram segundo turno nas eleições munici-pais em que vigorou a es-tréia a Lei da Ficha Limpa (de iniciativa popular ) que prevê a diplomação apenas de políticos com passado ilibado.

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Segunda colocada nas eleições municipais, a ve-readora e empresária An-dréia Santos está como a quase unanimidade dos barra-garcenses, sem saber como será o desfecho que lançará a sorte sobre o pre-feito eleito do município, o empresário Roberto Farias que manteve sua candida-

tura até o fi m sob efeito de uma liminar e ser o primei-ro colocado nas urnas de 7 de outubro. Enquadrado na Lei da Ficha Limpa, sob acusação de abu-so de poder econômico, Roberto Farias depende agora da avaliação do Tri-bunal Superior Eleitoral.

PÁGINA 5 Nome de morto em convençãoresulta em pancadaria em Torixoreu

Apontado como tentati-va de fraude, o nome de João Vilela (falecido em 15 de no-vembro), apareceu na lista de integrantes da chapa encabe-çada por José Rodrigues Sales na disputa pelo comando do PMDB no município de Tori-xoréu, dia 25, contra a chapa do grupo do ex-prefeito João Sá. Ânimos acirrados de am-

bas as partes o ex-secretário do partido, Flávio Santana, saiu esfolado de um tumulto envol-vendo, segundo disse, os fi lhos de João Sá (Rodolfo e o vice--prefeito eleito do município, Rafael Sá). Flávio Santana ale-gou na ocasião que o diretório não quis tirar o nome de João Vilela “só para impugnar nossa chapa”. PÁGINA 12

Atleta barra-garcense vai à Austrália representar o Brasil

O atleta barra-gar-cense Victor Vinícius sagrou-se campeão dos 3 mil metros rasos nas Olimpíadas Escolares em Cuiabá neste fi nal de novembro (28), fi na-lizando assim sua participação em olimpíadas como bicampeão e recordista da modalidade sub-17. Outro destaque naqueles jogos foi a atleta barra-garcense Ana Karoline que após vencer a prova dos 800m na terça-feira (27) voltou a pista na manhã seguinte para conquistar medalha de ouro no revezamento medley.

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PÁGINAS 8 e 9

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Prefeitos eleitos no AraguaiaDos mais de trin-

ta prefeitos eleitos no Araguaia, sete são mulheres e dez deles foram reeleitos. Todas as campanhas foram acirradas e o exercício democrático prevale-ceu de acordo com o resultado das urnas.

De todos os colégios eleitorais o maior foi o de Barra do Garças com mais de 40 mil eleitores onde 47% de-les optaram pelo em-presário Roberto Fa-rias, do PSD que fez 12 prefeituras na região.

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isso mesmo, com o dedo no gatilho. Esta expressão vem a calhar com a iminência de um confl ito armado entre fazendeiros da Suiá-Missú com a força policial. Eles já começa-ram a ser retirados da área, daque-les que seriam seus verdadeiros do-nos, conforme a Justiça entendeu, os índios da etnia xavante. Recursos à Justiça, idas a Brasília, audiência com ministros, nada disso adian-tou. A ordem e despejo está sendo cumprida. De início os fazendeiros disseram que não arredariam o pé das terras de Marãiwatsédé. Ma-quinários para destruir as casas já estão no local. Agora é pra valer. PÁGiNAS 6 e 7

A população de Barra do Garças paga caro pelas obras inacabadas, outras malfeitas e assim segue essa carruagem sem rodas à mercê de seu pró-prio destino. Claro que as chu-vas nesta época do ano colabo-raram com os estragos feitos

até aqui, mas é conveniente uma passada de olhos no trecho que liga Vila Varjão à Escola Agrí-cola e também nos canteiros de canalização e água pluviais no Jardim Nova Barra Sul. A popu-lação reclama, e tem esse direito.

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Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília2 Opinião

Editorial

Em tempo, a Agência Espacial Americana, a Nasa, desmentiu boatos de que estávamos próximo ao fi m, pois há quem acredite em previsões. Estamos nos referindo à profecia New Age, os rumores de que o mundo irá se acabar em 21 de dezembro desse ano, quando se fecha o ciclo de 5.125, também conhe-

cido como Contagem Longa, no Calendário Maia. Este fi m inesperado vem a calhar com uma previsão do que de fato está acontecendo com a retirada de famílias do ex--latifúndio Suiá-Missú por decisão da Justiça, em favor de uma reserva indígena da etnia xavante.

Moradores do patrimônio Posto da Mata, interior do município de Alto Boa Vista, presenciou cenas inusitadas ao seu cotidiano nestes últimos dias como a depedração do posto da Polícia Civil e manifestão em sua principal rua que se confunde com a própria BR-158. Uma audiência pública trouxe ape-nas o alento, uma promessa de que a situação seria revertida em defesa dos produtores da gleba Suiá, mas o decorrer dos dias terminou por indicar o es-tabelecido no mandado judicial, a desocupação da área, uma ação da magnitude e de igual monta a da reserva Raposa Terra do Sol, em Roraima.

O pior de tudo isso é que as famílias ali estabe-lecidas foram referendadas pelo consentimento do Governo do Estado que pouco fez para defendê-las neste momento extremo porque passam todas elas. Acentuamos aqui este parecer sobre as famílias, sem contudo esquecer as mazelas absurdas, os danos ambientais causados pelo ex-latifúndio Suiá-Missú, depois a Agip, empresa de petróleo italiana que por sua vez devolveu as terras aos índios da etnia xavante que ora se contrapõe aos ocupantes da área.

Enquanto ocorre a retirada das família que teve início em seis de dezembro, voltemos um pouco nossa atenção ao estado precário em que se encontram vários canteiros de obras inacabadas em Barra do Garças que por certo será herdada por um novo gestor. Há pontos críticos em vários setores da cidade e o mais danoso, dentre eles, está as obras de canalização do Nova Barra Sul. Como se isso não bas-tasse, a Emasa terá que construir, sob mando do Ministério Público, rede de esgo-

O que mais pode acontecer?

“Acredito! Em política suja, por corrupções,

mentiras, muito se fala e pouco se faz.”

Raquel Rodrigues Peres20 anos, vendedora.

Você acredita em políticos? Porque?

tos em trechos da Avenida Ana Lira, entre outros locais estabelecidos pela Justiça, a quem a empresa recorreu em Cuiabá, mas sem êxito para coroar o próprio absurdo da concessionária.

No repasse pelos municípios da região destacamos a cidade de Ribeirãozinho que neste dezembro completa 21 anos de emancipação política, as eleições do diretório municipal do PMDB em Torixoréu onde na lista de uma das chapas fi gurava o nome de João Vilela (morto dois dias antes). A reunião terminou em pancadaria e um dos membros saiu com escoriações examinadas a posteriori no IML de Barra do Garças. Mas nem tudo está perdido, a escola Cristino Cortês, a mais antiga do município, foi a primeira colocada no exame do ENEM ano passado, cujo resultado saiu em recente data. A presidência da OAB local, liderada por Sandro Saggin elegeu seu sucessor, o advogado Leonardo da Mata e a Câmara de Dirigentes Lojistas contabilizou a expe-dição de mais de mil certifi cados digitais. Pontos para o comércio de Barra do Garças, Aragarças (GO) e Pontal do Artaguaia.

Nesta edição, para suplementar a coluna Alfi nete, inauguramos Espinafre, um tanto mais abrangente e de olho na evolução polí-tica local. Destacamos também assuntos voltados para os enquadrados na Lei da Ficha Limpa que promete conter os políticos que tenham, por in-fortúnio, avançado os limites da moralidade que coloca em equilíbrio a estabilidade democrática de uma sociedade.

Por último, os louros da vitória aos atletas bar-ra-garcenses, com destaque para Victor Vinícius e Ana Karoline, medalha de ouro nas Olimpíadas Escolares em Cuiabá neste fi nal e novembro. Victor despede-se da categoria sub-17 com este ouro que enaltece o esporte no município e Ana karoline seguiu dia 6 para Sidney, na Austrália, onde integra a Seleção Brasileira de Atletismo em um fesrtival mundial da categoria naquele país. Um dos técnicos da SBA é o pro-fessor Sivirino Souza.

Confl ito agrário, ruas em decomposição, prefeitos eleitos, obras interrompidas, olimpíadas, medalha de ouro, pancadaria em convenção partidária, a expectativa em relação á lei da Ficha Limpa, ruas escuras nas franjas da periferia, o desemprego que se alastra, véspera de natal, o fi m do mundo, ansiedade dos políticos eleitos em relação aos seus mandatos, essa panaceia toda, esse freio de mão que insiste obstruir o andar da carruagem, deste vagão à mercê de sua própria sorte. Arre!

“Sim, pois todas as relações humanas são

políticas.”

Fabrício de carvalho, 32 anos, comerciante.

“Não, pelo fato de não se cumprir o que se diz.”

Elizabeth Prima, 20 anos, aux. adminis.

“Mais ou menos. Porque não cumprem o que fa-

lam. Na maioria das vezes não fazem nada.”

Maria Aparecida49 anos, costureira.

“Sim. Acredito porque as mudanças partem deles.

São responsável pelo pro-gresso de nossa cidade.”

claúdio Alves, 21 anos, serígrafo.

“Sim. Acredito que nin-guém é apolítico, a política está presente nas relações

humanas em geral.”

Josiel Lopes, 25 anos, vendedor.

“Sim. Pois a política está presente em todas as esferas da sociedade”

ivan Evangelista, 28 anos, arte fi nalista.

Há uma semana, um re-pórter ligou-me solici-tando uma entrevista

para que eu falasse sobre a nova lei federal que concede o direito aos brasileiros de se submete-rem a uma modalidade de tra-tamento do câncer em 60 dias decorridos após o diagnóstico da doença.

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Cân-cer, órgão gestor da doença no Ministério da Saúde, em 2012 mais de 520 mil novos casos acometerão nossos compatrio-tas. Enquanto isso a Organiza-ção Mundial de Saúde revela um dado mais assustador.

Enquanto na Europa e nos EUA a taxa bruta de incidência da doença está ao redor de 80 novos casos para cada 100 mil habitantes, na América do Sul é de apenas 42 para cada 100 mil.

Outro dado é que no Reino Unido, onde existe o melhor ser-viço de saúde pública do planeta, saudado nos jogos olímpicos de Londres com orgulho, 95% dos pacientes diagnosticados com a doença recebem tratamento no máximo em 30 dias após.

A baixa incidência sul-ame-ricana não se deve à resistência dos povos da região à doença, nem a excelentes programas de prevenção ou a hábitos saudá-veis. Deve-se à vergonhosa sub-notifi cação. Ou em português claro, muitos são acometidos pela doença, morrem sem que se tenha nem a chance de serem diagnosticados, muito menos tratados. Ainda morre-se de tu-berculose, hanseníase, dengue e latrocínio em todo território nacional.

Ainda rouba-se merenda escolar. Se eu for enumerar os crimes bárbaros cometidos no país em pleno século 21 que são proibidos na constituição fede-

A PF e o câncerTodos os povos organi-

zaram-se no mundo sob dois aspectos marcantes.

Um fundado da agricultura avançando tecnologicamente e alterando o modo cultural rudimentar de produzir o ali-mento e o de ser dos homens vivendo em comunidade tri-bal. E outro do poder político sustentado em religião que, em determinado momento histó-rico, trespassa evolutivamente para convivência social e políti-ca mais democrática.

Aqui o modo de produção ou a vida indígena anterior e destruído em grande parte no contato brutal e violento com a civilização europeia, não pode mais viver como era antes. O que impinge hoje a necessida-de urgente de demarcação de terras indígenas para protegê--los culturalmente e abrir op-ções do que querem ser e como desejam evoluir.

Além de manutenção do adicional legal protetivo e constitucional, que oferta defe-sa ética e territorial para evitar avanço excessivo de explora-ção das riquezas das reservas e destruição dos interesses maio-res dos povos nativos, há que se ter um equilíbrio entre os interesses confl itantes de agri-cultores e indígenas nas áreas em processo de demarcação.

Não pode hoje qualquer reserva alçar magnitude de demarcação que seja obstácu-lo intransponível ao desenvol-vimento nacional e ao direito indígena de viver de modo diverso ao de seus ancestrais. Afi nal, nem os próprios índios desejam permanecer inertes culturalmente e serem lança-dos ao limbo social ou a misé-ria absoluta.

É premente encontrar um denominador comum que não

É preciso bom sensodestrua física e culturalmente as nações indígenas e nem aca-be com municípios nascidos em áreas de reservas e o en-torno produtivo de atividades agropecuárias. O ser indígena difere do ser agricultor apenas na divisão material coletado ou produzido.

Um não permite a priva-tização da vida e outro está privatizado com acréscimo da obrigação de reservar por via de sistema de impostos arre-cadados para gastos sociais e públicos.

A economia mato-grossen-se não pode mais sofrer por confl itos, onde todos têm a per-der - indígenas e agricultores. É preciso ter respeito pela diver-sidade cultural e a pela forma de produção agrícola que a todos mantêm vivos. Exata-mente dessa diversifi cação das relações sociais com respeito mútuo nascem cidades e co-mércios prósperos, restando ao Estado a função de regulador das tensões, proporcionando convivência democrática e den-tro da legalidade.

Mato Grosso possui vastís-simas extensões de terras que possibilitam o agasalho dos po-vos indígenas. O que parece ser o ponto de debate e, posterior-mente de ações políticas e do poder público, é oferecer não somente a terra demarcada, mas infraestrutura aos índios. Vejo como perfeitamente viá-vel fomentar uma agricultura autossustentável e mais racio-nal, com completo sistema de escoamento.

Através de sistemas de irri-gação viabiliza-se o cultivo em áreas adjacentes, que durante um longo período se apresen-tam completamente áridas e em outros momentos bastan-te alagadiças. Nada impede a

conjugação de esforços entre índios e agricultores.

O esforço coletivo coor-denado pelo Estado tem boas chances de colocar um ponto fi nal às rivalidades entre esses concidadãos, evitando o avan-ço de especuladores inescru-pulosos que, em nome de su-postos interesses dos nativos, derrubam fl orestas, retiram minérios, deixando rastro de destruição.

Eis aqui um bom objeti-vo para se alcançar o bem co-mum: estimular a conciliação e divisão de terras fartas e fér-teis, evitando a especulação e apropriação por cidadãos cujos interesses se resume em explo-rar a terra ao máximo e depois abandoná-las.

Mato Grosso deve declarar fi m aos exploradores que apro-veitam da ausência de ações governamentais para manter um império improdutivo de terras ociosas, com os indíge-nas vivendo isoladamente, sem saúde e alimentação que lhes permitam crescer como povo autônomo e brasileiro.

Há formas e formas de se lutar. E uma delas é entrin-cheirada e nada construindo, enquanto outra vem através da partilha de esforços, abrindo-se com aríete espaços para uma agropecuária avançada e me-lhor para todos. Enfraquecidos pela divisão e pelas revoltas, sacramentamos a dispersão da unidade cultural e pacifi ca da nação brasileira.

Nenhum território invadi-do por oportunistas de plantão e nenhuma crueldade contra os mais frágeis, eis o tempero para quem almeja um progres-so duradouro.

ciDiNHo SANToS é senador da República pelo PR de Mato Grosso.

ral e que a sociedade nem mais percebe ou nem mais se lembra que são delitos, porque já se incorporaram ao senso comum como “normais”, eu utilizaria todo o site para descrevê-los.

Em 2001, publiquei um re-latório sobre a incidência do câncer em Mato Grosso no pe-ríodo de 1993 a 2000, em base de levantamento de laudos de biópsias efectuadas em todos os laboratórios de anatomia pato-lógica, na época existentes.

O meu amigo Marcelo Pi-res participou desse estudo, fomos orientados por Cor Jesus da UFMT, e concluímos que os dados do Ministério da Saúde apresentava uma defasagem de mais de 30%, porque traba-lha com estimativa coletada em apenas alguns centros de trata-mento de câncer no país.

Este é um pequeno exemplo do que encontramos de equívo-co na política pública na abor-dagem da doença neste país. Claro que governos precisam dar respostas à população, mes-mo que fantasiosas e sem apli-cação prática.

De tempos em tempos, sur-gem novas leis para que fi que-mos com a impressão de algo está sendo feito. Mas, como iremos planejar algo de que não temos dados concretos, como vamos tratar uma doença que nem é diagnosticada?

Há alguns meses, foi alar-deado um bombástico plano de aquisição de 80 novos equi-pamentos de radioterapia para serem distribuídos pelo país. Políticos e instituições se inscre-veram para se tornarem elegí-veis a tal benefício.

Mais um truque do gover-no. No projeto inseriram uma exigência de que a empresa es-trangeira que ganhasse a con-corrência, de fornecimento dos

aparelhos, deve ter a obrigação de construir uma fábrica de ra-dioterapia em território nacio-nal, utilizando tecnologia e mão de obra brasileiras.

Surtaram! O pior: não há projeto de viabilidade econômi-ca nos hospitais que se inscreve-ram e que foram politicamente “agraciados” numa publicação precoce e atrapalhada, muito menos identifi caram como es-ses serviços irão fazer os equi-pamentos funcionarem, pois precisam de radioterapeutas, fí-sicos médicos e de construções especiais e caras para serem ins-talados.

Esses profi ssionais se cons-tituem em duas mãos de obras raríssimas no país. Portanto, só pensaram na compra dos equipamento e se esqueceram do funcionamento. Será que o governo é tão burro ou é muito maldoso?

Quem quiser se inteirar da nova Lei pode buscar pela 12.732 de 22/11/2012, que deverá entrar em vigor 180 dias após a publicação no Diário ofi cial da União.

Fiquei intrigado, pensando: quem, desta vez, irão prender por descumprimento à lei? Des-cobri que em Roraima, como no Amapá, Acre e algumas regiões populosas de estados ricos da Federação, não existem serviços de diagnóstico e tratamento de câncer.

Portanto, se em Roraima al-guém descobrir que está com a doença, não terá como obedecer a lei e, então, só vai lhe restar pe-dir à Polícia Federal que prenda o único culpado: o câncer.

Em memória de Eric e Isabel.

GUiLHERME BEZERRA DE cASTRo é médico cirurgião,

oncologista e mastologista em cuiabá.

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília 3

é nATAlQuem não se lembra da belíssima iluminação natalina instalada ano passado na área central de Barra do Garças? Al-guns chegaram chamar a cidade, com exagero, de `Paris’ do Araguaia. Eram tantas luzes, tan-tos enfeites que foi ne-cessário uma queimas de fogos (29 mil reais), além de quase 300 mil na reforma da praça do Garimpeiros, que hoje anda meio capenga. Bom, valores à parte, fi ca a pergunta pra onde foi todos aqueles adereços que tanto efeitou a cidade naquele ano. Com a palavra a administra-ção municipal. Só uma agualhadizinha e basta.

eSTAcIOnAMenTOEm Barra do Garças há algo que muito se procura, mas que não se acha. Quem possui carro conhe-ce bem esta realidade: a falta de estacionamento centro da cidade. O pior de tudo isso é saber que as autoridades fazem vistas grossas a este proble-ma já insalubre. O ponto mais crítico fi ca para o quadrilátero comercial da cidade, sem contar o intenso tráfego de carretas que coloca em risco a vida de muita gente. Em outras palavras, quem pleitear uma vaga de estacionamento tem que madrugar. Esta regra serve para carros e motos. Há quem diga que o sistema de estacionamento benefi cia mais os donos de motos, em locais es-pecífi cos, sem contar que muitos deles estacionam em reservas de automóveis. Tem que se cobrar das autoridades uma medida assim como esta mesma autoridade exige o pagamento de impostos. Dizer que motoqueiros não respeitam regras é falácia, já que a cidade está cheia de motoristas que abusam a valer. É só uma agulhadazinha. Só uma!

OBrAS InAcABAdASOferece-se esta agulhadazinha para os prefeitos derrotados nas eleições passadas. Uns perde-ram pra si mesmos, outros apoiaram candidatos já derrotados. É estranho saber que obras que estavam em execução, em ritmo acelerado, ces-saram repentinamente depois do 7 de outubro. Abandonaram a fi nalização do serviço. Uma de-las parece ocorrer no Jardim Nova Barra Sul. Tudo ali está estagnado, sem que o prefeito venha a público explicar-se à população. Em Pontal do Araguaia a entrada da cidade está um verdadeiro caos. Parece uma cidade sem prefeito. Quem pas-sa pelo local precisa de argúcia e muita atenção ao desviar-se das poças d’água ao relento da rua. Já em Aragarças o comentário que se houve pelos quadrantes da cidade é o de que a saúde vai, vai muito. Por falta de agulhadazinhas, minha gente.

lIXÃO ITenerAnTeOs vereadores de Barra do Garças parecem não en-xergar ou simplesmente ignoram que existe vários pontos na cidade onde estão se formando lixões urbanos. Anote: Jardim Nova Sul, entrada do Par-que da Serra Azul, Avenida Valdon Varjão (ex-Jay-me Campos), próximo ao Coringa Pneus e alguns outros esparramados por aí. As pessoas descartam móveis velhos, entulho de matérias de construção, lixos doméstico, animais mortos, apenas para ci-tar alguns. Ao invés das costumeiras indicações, moções de aplausos, de reconhecimento, de con-gratulações, de pesar, deveriam eles criar projetos indicando locais apropriados sob responsabilidade da prefeitura que recolheria semanalmente esse tipo de lixo. A cidade agradece. Uma agulhadazi-nha para cada vereador, singularmente.

FAr FAr WeSTNinguém esperava por tamanho desfecho ocorri-do na convenção municipal do PMDB em Torixo-réu. Flávio Santana apareceu com uma lista para concorrer a tal presidência do partido. No rol de assinaturas estava a de um morto, João Vilela, fa-lecido dois dias antes. Sopapos, discussões entre Santana e os fi lhos do ex-prefeito João Sá, Ro-dolfo e o vice-prefeito eleito do município, Rafa-el Sá. Resultado, a chapa de Flávio Santana (que levou uns catiripapos na luta corporal contra os dois rebentos de Sá, depois que a esposa de Flá-rio tentou rasgar a o livro de ata) foi impugnada. Santana recorreu à Justiça em Barra do Garças, o partido na cidade está em frangalhos e resta apenas a certeza de que o povo torixorino não merece passar por esse vexame que ultrapassou os limites de seu município.

PrOPAGAndA VOlAnTeOs ouvidos da população e Barra do Garças estão calejados dos carros de som que trafegam pela cidade, em volume altíssimos, talvez na tentativa de conquistar seus ouvintes no grito. Cabe, todos sabem, à prefeitura da cidade indicar os decibéis para conter os ânimos desses locutores que pou-co estão ligando para a qualidade de vida das pessoas. A grita de donos de escritórios no cen-tro comercial é generalizada. Impor ordem a essa gente seria um ato de civilidade a faria bem não só aos barra-garcenses, mas também as pessoas que visitam a cidade neste fi nal de ano em que as vendas são aquecidas sem a necessidade de gritos em alto volume. Uma agulhadazinha para conter o escândalo.

Opinião

EspinafreJAJÁ PASSOuDemocracia, esse regime que se baseia na ideia da soberania popular, deixa sempre suas ranhuras depois de um pleito eleito-ral. Para os eleitos os louros da vitória, aos derrotados, aquela coisa de chorar escon-dido. Dentre os derrotados deste pleito nomeamos aqui um antigo personagem de nossas páginas, o vereador João carlos de Souza Abreu, conhecido como Jajá. Eleito folgadamente em 2008, empacou nestas eleições. Talvez essa sua derrota deva-se ao fato do imbróglio em que esteve me-tido nas vendas dos lotes que recebera de graça de seu amigo prefeito. Sabe-se que agora resta ao Jajá retomar, caso seja pos-sível, sua antiga profi ssão (e aqui não se quer desdenhar a profi ssão de palhaço), botar um narizinho de tomate, subir em seu pula-pula e bola pra frente, Jajá. o seu bonde, como dizem os mineiros, já passou.

TrOFéuSTodos os aplausos às empresas de pesquisas que dão prêmios aos melhores em todas as modalidades, mas que fi ngem ignorar a fi gura do professo Sivirino Souza, um dos técnicos da Seleção Brasileira de Atletismo que dia 6 viaja para Sid-ney, na Austrália para participar do Festival internacional de Atletismo, de 11 a 20 de dezembro.

MedAlHASA quem possa interessar, professor Sivirino pode ser facilmente encon-trado na casa dos Atletas ou na Vila olímpica no Jardim Piracema. Ah, para quem não sabe, o técnico leva para Sidney o medalhista barra-gar-cense Ana Karoline, medalha de ouro nos 800m neste fi nal de novembro em cuiabá.

OPOSIÇÃOo que se tem visto é mau humor crônico e quase generalizado em gen-te da oposição de Barra do Garças, de General carneiro, Pontal do Ara-guaia, Aragarças (GO) e cercanias que ainda não digeriram a derrota fra-gorosa nas urnas. Pezi-nho no chão, moçada!

IluMInAÇÃOSobram braços de ilumi-nação pública no centro da cidade, enquanto a periferia amarga o des-caso. Uma cidade da pro-porção e Barra do Garças não se resume apenas ao seu centro comercial. Reside gente em sua pe-riferia.

eVOlu SerVIceMoradores reclamam da coleta de lixo na cidade. Queixam-se que os carros da empresa responsável por este setor, em alguns casos, catam o lixo pela metade. É preciso que a prefeitura fi scalize de perto, exija que o serviço prestado compense o dinheiro de impostos que sai do bolso do indefeso contribuinte.

JeJuMNos estertores do período de estio, a empresa que vende água em Barra do Garças (Emasa) ofereceu, cremos que de modo in-voluntário, um jejum de sete dias a vários setores da cidade. Foi preciso que os consumidores recorres-sem ao Ministério Público para que os dignitários da empresa viessem a públi-co se explicar diante da calamidade que se abateu sobre a população.

lucrOQualquer consumidor da Emasa, até mesmo o mais ingênuo deles, esta-va convicto de que teria pelo menos um desconto pelos dias de jejum obse-quioso. Pelo contrário, a empresa, autorizada por decreto do Executivo, au-mentou a tarifa. ou seja, o consumidor fi cou a ver navios no deserto insalu-bre da Emasa.

reFleXOSAno passado, a esta época do ano a cidade de Barra do Garças não cabia em si de tantos que foram os refl exos da iluminação natalina proporcionada pela prefeitu-ra. Naquela véspera de ano político a lei do vale tudo corria sem freio. Este ano, depois de amargar a derrota o poder público municipal ainda não se manifestou a respeito, muito menos a gloriosa câmara de Vereadores.

rAYeo ex-prefeito Paulo césar Raye de Aguiar foi o verea-dor mais votado em Barra do Garças. Ele ressurgiu das urnas com 1337 votos. Muitos para quem foi defenes-trado do cargo de prefeito no início da década de 90. Mesmo depois de ter fi cado fora da cidade para alguns anos, Raye ainda conseguiu desbancar candidatos con-siderados “bons” votos.

MInGAuEnquanto isso, o professor Aurélio Mendes, à moda mineira, no corpo a corpo convenceu a maioria. isso mesmo, como mingau quente que a gente come pelas beiradas.

OrÇAMenTOÀ razão de seis mil por cabeça, o salário da atual gestão da câmara de Vereadores de Barra do Garças consume a bagatela de 60 mil mensais para fazer o que fazem.

MuITO POucOo baixo número de vereadores subiu agora para 15. isto resulta à tabela de hoje a cerca de 90 mil mensais, mas justifi cados com uma indicação aqui para trocar aquela lâmpadazinha, uma moção de aplausos ali, um título de cidadania acolá e por aí se afunda o dinheiro do indefeso contribuinte barra-garcense.

OuVIdOSo ouvido público de Barra do Garças pede socorro a quem possa interessar para dizer que não suporta mais o altíssimo som de propaganda volante na cidade. o trânsito insuportável ajuda a maçada que são esses carros de som em baixíssima velocidade anunciando produtos que muitos ignoram em função da gritaria, também insuportável.

eSPerAO estado calamitoso das ruas de Aragarças (GO) espera pelo novo prefeito, Aurélio Mendes. As duas principais avenidas da cidade, a Ministro João Alberto e Pedro Ludovico estão por conta dos remendos e que somadas a outras ruas precisam ser reparadas o quanto antes, para o bem de sua população.

MOdA MIneIrAo prefeito Marcão não conseguiu eleger seu sucessor, Vladi-

mir Marcelo, à prefeitura de Aragarças (GO). A soma de todos seus aliados resultou num desempenho pífi o, aquém do que

diziam as pesquisas.

TOrcIdADurante os dias de racionamento comentários de natureza variada se espalharam pela cidade. o mais danoso deles foi é de que existe uma

torcida em Barra do Garças para que a empresa não queira por seu livre arbítrio vender o litro d’água ao preço do litro de leite.

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília4 Política

Prefeitos eleitos no Vale do AraguaiaELEIÇÕES/2012

Mauro Rosa da SilvaÁgua Boa - MT

Jeronimo Samita Maia NetoAlto Araguaia - MT

Leuzipe Domingos GonçalvesAlto Boa Vista - MT

Cezalpino Mendes Teixeira JrAlto Garças - MT

Maurício Joel de SáAlto Taquari - MT

Jose Marra NeryAraguaiana - MT

Maria Jose Graças AzevedoAraguainha - MT

Roberto Ângelo FariasBarra do Garças - MT

Joel FerreiraBom Jesus do Araguaia - MT

Jeovan FariaCampinápolis - MT

Valdez Viana NunesCanabrava do Norte - MT

Evaldo Osvaldo DiehlCanarana - MT

Luiz Henrique do AmaralCocalinho - MT

Gaspar Domingos LazzariConfresa - MT

Nilson Francisco AlessioGaucha do Norte - MT

Magali A. Vilela de MoraesGenereal Carneiro - MT

Helio Antonio Filipin GoulartGuiratinga - MT

Fausto Aquino de A. FilhoLuciara - MT

Railda de Fatima AlvesNova Nazaré - MT

Gercino Caetano RosaNova Xavantina - MT

Eduardo PennoNovo Santo Antonio - MT

Leonardo Faria ZampaNovo São Joaquim - MT

Vilson PiresParanatinga - MT

Divina OdaPontal do Araguaia- MT

Humberto Luiz N. MenezesPonte Branca - MT

Emival Gomes de FreitasPorto Alegre do Norte - MT

Jane Maria Sanchez LopesPoxoreú - MT

Erico Piana Pinto PereiraPrimavera do Leste - MT

Gilmar Reinoldo WentzQuerência - MT

Patricia Fernandes de OliveiraRibeirão Cascalheira - MT

Aparecido Marques MoreiraRibeirãozinho - MT

Marcos de Sá F. da SilvaSanta Cruz do Xingu - MT

Cristiano Gomes e CunhaSanta Terezinha - MT

José Antonio de AlmeidaSão Felix do Araguaia - MT

Raquel Campos CoelhoSão Jose do Xingu - MT

Edson Yukio OgathaSerra Nova Dourada - MT

Ilton Ferreira BarbosaTesouro - MT

Odoni Mesquita CoelhoTorixoréu - MT

Luciano Marcos AlencarVila Rica - MT

SEMANA7.COMWanderley Wasconcelos/Ronan de Sá

Dos mais de trinta prefei-tos eleitos no Araguaia, sete são mulheres e dez deles fo-ram reeleitos. Todas as cam-panhas foram acirradas e o exercício democrático preva-leceu de acordo com o resulta-do das urnas. De todos os co-

légios eleitorais o maior foi o de Barra do Garças com mais de 40 mil eleitores onde 47% deles optaram pelo empresá-rio Roberto Farias, do PSD que fez 12 prefeituras na região.

Nesta briga de legendas, depois do PSD do deputa-do José Riva, o PSB fez cin-co prefeituras, PR, PMDB e DEM quatro cada um e

PPS, PSDB e PT consegui-ram apenas duas, cada.

O menor coefi ciente de votos dentre as prefeituras do Vale do Araguaia fi cou para a cidade de Araguainha onde a prefeita Maria José Graças Azevedo saiu das urnas com 384 votos de um colégio de 924 eleitores e, o maior, foi Primavera do Les-

te onde Érico Piana foi eleito com mais de 16 mil votos de um colégio de 37 mil eleitores.

Considerada a última fronteira agrícola de Mato Grosso o Vale do Araguaia é hoje, segundo um estudo fei-to pela Aprosoja uma região com mais de seis milhões de hectares que podem ser usa-dos para o plantio de grãos,

Sete mulheres estão à frente de prefeitura da região de um colégio eleitoral de mais de 300 mil eleitoresparte deles já no cultivo, ou-tra parte são de terras planas, já abertas e de solo degrada-do que esstão sendo adapta-das à soja, alémde um reba-nho bovino que se estima em mais de 4 milhões de cabeças.

Pois é neste Vale do Ara-guaia onde reside uma po-pulação de mais de 434 mil habitantes e um colégio

eleitoral de 316 mil eleitores que poderiam muito bem eleger um senador da Re-pública, pelos menos dois deputados federais, cinco estaduais, mas que preferem amargar a falta de represen-tatividade, salvo a exceção de ter um único deputa-do da região, o empresário Adalto de Freitas - Daltinho.

COLÉGIO ELEITORAL 316.148 mil eleitores

que poderiam eleger, se quisessem

1 senador2 deputados federais e5 deputados estaduais

As eleições municipais terminaram por eleger na região do Araguaia sete mulheres prefeitas, num breve sinal de que a participação feminina cresce a cada novo pleito. General Carnei-ro elegeu a ex-prefeita Magali Vilela, Araguainha Zezé do Osmari, Pontal do Araguaia, Divina Oda, Nova Naza-ré reelegeu Raílda de Fátima, Ribeirão Cascalheira, Patrícia Vilela, São José do Xingu, Raquel Campos Coelho e Poxoréu, Jane Maria Sanches Lopes.

Nas eleições de 2008 Magali Vilela foi a segunda colocada, mas assumiu no lugar do petista Juracy Rezende que não pode assumir em função de ajus-tes de contas de sua campanha. Magali assumiu por mais de dois anos e deu novo alento administrativo a sua cida-

NO PODER

Sete mulheres vão comandar prefeituras no [email protected]

de, trabalhou em setores de inclusão social e fez obras estruturais como um conjunto habitacional para conter a demanda de moradia em General Carneiro, entre outras ações que marcaram sua administração.

Juracy Rezende recorreu à justiça e re-tomou o cargo, enquanto Magali Vilela teve que esperar as eleições deste ano quando venceu três concorrentes, Juracy de Aqui-no, Fábio Abreu e Hilton Maia. Com 1.096 votos, (36,94 dos votos válidos) Magali tem agora pela frente muitos desafi os, sendo o primeiro deles, segundo sua assessoria, “botar a casa em ordem e correr atrás de recursos de que tanto carece o município”.

Sua colega prefeita, Raílda de Fá-tima, de Nova Nazaré, foi reeleita com 880 votos (50,98) derrotando o candidato João Filho. Nesta sua pri-meira gestão Raílda assaltou cerca de 80% das ruas da cidade e conseguiu um fato histórico para seus morado-

res, a travessia urbana de cerca de 10 quilômetros que tirou a cidade do atoleiro nos períodos de chuvas que são intensos naquela região.

Além de asfalto e obras sociais, Nova Nazaré foi indicada em abril des-te ano pelo Ministério da Saúde com o melhor desempenho do SUS (Sistema Único de Saúde) com nota de 6,03, dei-xando para trás a maior cidade do Vale do Araguaia, Barra do Garças, colo-cada em 133° lugar com nota 4,04. Em parceria com o Governo Federal Raíl-da construiu uma creche modelo com capacidade para abrigar 300 crianças.

Das outras cinco prefeitas eleitas, Zezé do Osmari, Divina Oda, Patrí-cia Vilela, Raquel Campos Coelho e Jane Maria Sanches Lopes é prema-turo se estender qualquer comentário a respeito de seus mandatos que ini-ciam em 1° de janeiro do próximo ano.

As eleições municipais terminaram por eleger na região do Araguaia sete mulheres prefeitas, num breve sinal de que a participação feminina cresce a cada novo pleito. General Carnei-ro elegeu a ex-prefeita Magali Vilela, Araguainha Zezé do Osmari, Pontal do Araguaia, Divina Oda, Nova Naza-ré reelegeu Raílda de Fátima, Ribeirão Cascalheira, Patrícia Vilela, São José do Xingu, Raquel Campos Coelho e Poxoréu, Jane Maria Sanches Lopes.

Nas eleições de 2008 Magali Vilela foi a segunda colocada, mas assumiu no lugar do petista Juracy Rezende que não pode assumir em função de ajus-tes de contas de sua campanha. Magali assumiu por mais de dois anos e deu novo alento administrativo a sua cida-

NO PODER

Sete mulheres vão comandar prefeituras no [email protected]

de, trabalhou em setores de inclusão social e fez obras estruturais como um conjunto habitacional para conter a demanda de moradia em General Carneiro, entre outras ações que marcaram sua administração.

Juracy Rezende recorreu à justiça e re-tomou o cargo, enquanto Magali Vilela teve que esperar as eleições deste ano quando venceu três concorrentes, Juracy de Aqui-no, Fábio Abreu e Hilton Maia. Com 1.096 votos, (36,94 dos votos válidos) Magali tem agora pela frente muitos desafi os, sendo o primeiro deles, segundo sua assessoria, “botar a casa em ordem e correr atrás de recursos de que tanto carece o município”.

Sua colega prefeita, Raílda de Fá-tima, de Nova Nazaré, foi reeleita com 880 votos (50,98) derrotando o candidato João Filho. Nesta sua pri-meira gestão Raílda assaltou cerca de 80% das ruas da cidade e conseguiu um fato histórico para seus morado-

res, a travessia urbana de cerca de 10 quilômetros que tirou a cidade do atoleiro nos períodos de chuvas que são intensos naquela região.

Além de asfalto e obras sociais, Nova Nazaré foi indicada em abril des-te ano pelo Ministério da Saúde com o melhor desempenho do SUS (Sistema Único de Saúde) com nota de 6,03, dei-melhor desempenho do SUS (Sistema Único de Saúde) com nota de 6,03, dei-melhor desempenho do SUS (Sistema

xando para trás a maior cidade do Vale do Araguaia, Barra do Garças, colo-cada em 133° lugar com nota 4,04. Em parceria com o Governo Federal Raíl-da construiu uma creche modelo com capacidade para abrigar 300 crianças.

Das outras cinco prefeitas eleitas, Zezé do Osmari, Divina Oda, Patrí-cia Vilela, Raquel Campos Coelho e Jane Maria Sanches Lopes é prema-turo se estender qualquer comentário a respeito de seus mandatos que ini-ciam em 1° de janeiro do próximo ano.

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília 5Política

MiNiSTRA cARMEM LÚciA À FRENTE Do TSE coM A RESPoNSABiLiDADE DE NÃo iNcLUiR PoLÍTicoS FicHAS SUJAS NAS ADMiNiSTRAçÕES MUNiciPAiS

FICHA LIMPA

Ninguém pode se queixar da brevidade do resultado das urnas de 7 de outubro. Poucas horas depois de abertas as ur-nas 99% dos municípios (5.568 cidades) do país já sabiam de seus eleitos que devem go-vernar até dezembro de 2016, depois de acirrada campanha que se arrastou por longos três meses.

Conforme noticiou os por-tais, a TV, rádios e a mídia im-pressa apenas 50 cidades decidi-ram segundo turno nas eleições municipais em que vigorou a estréia a Lei da Ficha Limpa (de iniciativa popular ) que prevê a diplomação apenas de políticos com passado ilibado.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mi-nistra Carmem Lúcia diz ser preciso fazer um mutirão para limpar a pauta de julgamentos nos casos envolvendo a lei da Ficha Limpa. A preocupação da ministra se justifi ca por duas razões. A Lei Complemen-tar 135/10 (Ficha Limpa) exige prioridade da Justiça eleitoral para esses casos. Além disso, a quantidade de recursos assus-ta. Cerca de 3 mil candidatos considerados fi cha suja por ór-gãos colegiados, as primeiras e segundas instâncias da Justiça, chegaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Um terço foi julgado. En-quanto a data da diplomação se aproxima, em dezembro, existe a possibilidade de que decisões do TSE mudem o cenário elei-toral nascido das urnas. [Com dados do portal G1]

TSE deve julgar eleitos enquadrados na Lei da Ficha LimpaSEMANA7.COMcom dados do G1

Julgamento poderá beneficiar AndreiaSUCESSÃO MANDATOS

Eleitos já cassados pelo rolo compressor da Ficha Limpa

SEMANA7.COM comGAZETADIGITAL

Segunda colocada nas elei-ções municipais, a vereadora e empresária Andréia Santos está como a quase unanimi-dade dos barra-garcenses, sem saber como será o desfe-cho que lançará a sorte sobre o prefeito eleito do município, o empresário Roberto Farias que manteve sua candidatura até o fi m sob efeito de uma li-minar e ser o primeiro coloca-do nas urnas de 7 de outubro.

Enquadrado na Lei da Ficha Limpa, sob acusação de abuso de poder econômi-co, Roberto Farias depende agora da avaliação do Tri-bunal Superior Eleitoral. A inexpressiva oposição de Barra do Garças se mantém a postos e insiste achar que o empresário não assume o comando do município.

Andréia Santos disse que prefere esperar, embora sai-ba, conforme disse em en-trevista a este jornal que se isso acontecer ela assumiria a prefeitura sem necessida-de de outra eleição, já que Roberto não atingiu os 50% e mais um dos votos válidos.

Em sua edição semanal de 23 de novembro o Gaze-ta do Vale do Araguaia deu alarde de primeira página

[email protected]

sobre eventual “Prova de Fogo” a espera do prefei-to eleito nas barras do TSE. Isto bastou para que os âni-mos de muitos se exaltassem.

A empresária, por seu tur-no, rebate o disse-me-disse e afi rma que “todos sabiam que isso iria acontecer e foi, inclusive, tema em nosso de-bate. Se vocês se lembram,

o meu sogro [Alencar Soa-res] teve na iminência de sair candidato porque Beto cor-ria este risco de ser cassado”.

Andréia disse ainda que não alimenta ansiedade a este respeito. “Toco a vida normal como vereadora e em minhas atividades particu-lares”. Caso aconteça de vir a ser prefeita ela promete co-

locar em prática as propostas de sua campanha a começar, entre outros, pela geração de empregos. “De minha par-te seja o que Deus quiser”.

Deduções à parte, assim como Roberto Farias, de acor-do com a Justiça Eleitoral, existem ações contra Andréia Santos. De todo modo, caso o prefeito eleito não assuma Andréia tomaria sua vaga por direito. Em um eventual impe-dimento para que prossiga no cargo por pelo menos dois anos a Justiça faria outra eleição di-reta. Já, a partir do terceiro ano de mandato caberia a Câmara Municipal eleger um prefeito de forma indireta, conforme adiantou o Ministério Público.

ENTENDA O CASO

Há contra o candidato elei-to Roberto Farias um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Naquela instância o em-presário sofreu manifestação do Ministério Público Federal Eleitoral. Seu processo já está no gabinete da ministra Lau-rita Vaz de onde seguirá para a ministra Carmem Lúcia.

Quando perdeu na instân-cia de piso, pela unanimidade de 6 a 0, Roberto Farias recor-reu a Brasília de onde sairá o julgamento. Outros detalhes na página do TSE na internet.

O prefeito eleito Odoni Mes-quita (PSD), mantém desde o fi -nal de novembro sua equipe de transição na prefeitura do muni-cípio para levantar dados econô-micos e sociais da prefeitura de Torixoréu a que deve assumir em 1º de janeiro do ano que vem.

Eleito com 62% dos votos, o empresário da construção civil Odoni Mesquita disse que uma de suas preocupações é com o atendimento de saúde pública no município e com a educação em tempo integral “pelo menos nas escolas municipais da cidade”.

Odoni diz sem rodeios que Torixoréu “tem seus problemas, a Previdência Municipal é quase inviável, apenas para citar alguns exemplos, mas eu tenho certo trânsito político e vou recorrer aos meus apoios, conversar, ex-por nossos problemas, lutar em defesa de Torixoréu”.

Quase isolada por falta de

Quero implantar o mesmo sistema de Jaraguá, diz OdoniTORIXORÉU

[email protected]

boas estradas, Torixoréu é corta-da pela MT-100 e Odoni Mesqui-ta aposta que sua gestão vai aju-dar a inaugurar o trecho que liga sua cidade à Ferronorte em Alto Araguaia. “O asfaltamento dessa rodovia começa em 2013; estou otimista porque sempre lutei por isso”, diz.

A principal renda de seu município é a pecuária de corte e leite. “Pretendemos incentivar as atividades do laticínio, con-versar com produtores, construir um Matadouro Municipal, criar pequenas cooperativas e buscar informações nas cidades goianas de Jaraguá e Pontalina com vistas a um pólo de médio porte de con-fecções na cidade”.

Aos 39 anos Odoni Mesqui-ta marca sua estreia na política e avisa que a disputa eleitoral ter-minou em 7 de outubro. “Daqui pra frente sou prefeito dos torixo-rinos da cidade e do interior do município. Não vou fazer corpo mole diante dos interesses públi-cos. Não temos tempo a perder”.

Tribunal faz mutirão e se mostra irredutível no que diz respeito aos políticos enquadrados na FL

A sentença de mérito, quanto ao pedido de regis-tro de candidatura de Oscar Bezerra ainda não foi pro-ferida pelo TSE em Brasília, mas está em vias de acon-tecer. Enquanto isso seus advogados tentam obter alguma vitória judicial que possa permitir que assuma a prefeitura de Juara, em-bora em nenhum desses re-cursos tenha logrado êxito.

Os ministros negaram a liminar, segundo noticiou a Rádio Tucunaré, por en-tender que ele estava ine-legível por condenações criminais transitadas em julgado e que no caso da Lei Ficha Limpa a lei retro-age para casos anteriores.

Situação semelhante acontece em Nova Brasilân-dia, onde o prefeito eleito do PT Jamar da Silva Lima teve seu mandato de 2013 cassado e punido com inelegibilidade pelos próximos 8 anos. A de-cisão é de 1ª instância e neste caso, o petista só será diplo-mado e empossado em janei-ro se conseguir uma liminar no Tribunal Regional Eleito-ral (TRE) com efeito suspen-sivo da cassação. Seu vice,

Hélio Cruz da Silva (PSD) também recebeu a mesma punição. Oscar Bezerra e seu

colega petista Jamar Lima juntam-se ao colega de in-fortúnio, o prefeito eleito de Brasnorte, Eudes Tarcísio de Aguiar, que saiu das urnas com 51,68% dos votos váli-dos, mas que poderá não as-sumir em 2013 caso não con-siga reverter a decisão junto ao Tribunal Regional Eleito-ral (TRE) a tempo de partici-par da diplomação e posse.

O juiz que proferiu a decisão, Vagner Dupim Dias, da 56ª Zona Eleitoral de Brasnorte recomendou que o TRE que marque a data para realização de no-vas eleições no município. Até que se realizem as elei-ções suplementares, o pre-sidente da Câmara de Ve-readores deverá assumir a prefeitura, já que Eudes ob-teve mais de 50% dos votos.

Em tempo a Justiça Eleitoral de Nova Xavan-tina e de Água Boa deram seu pontapé inicial com o veredicto de cassação de mandato de dois verea-dores, um de cada cidade.

Em Barra do Garças há processos que estão em tra-mitação e o que se espera é que nos próximos dias deva se manifestar a respeito dos mesmos. Se depender da boa vontade da Justiça Eleitoral que teve um desempenho irreparável nestas eleições, não se tem dúvida de que as coisas de fato aconteçam.

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Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília6 Justiça

Cerca de sete mil famílias vivem intensos dias a espera da decisão emitida pelo Su-premo Tribunal Federal (STF) para desocuparem a área de 1,8 milhão de hectares do ex--latifúndio Suiá-Missú em fa-vor dos índios da etnia xavan-te. Trata-se de uma reserva (Marãiwatsédé) homologada como indígena há 14 anos, mas que foi invadida por médios e pequenos agricultores assim que o grupo petrolífero ita-liano Agip desocupou a área.

Nesses últimos dias, por ocasião da notifi cação de despejo efetuada pela For-ça Nacional acirraram-se os ânimos de ambos os lados, o que motivou audiência públi-ca, reuniões e debates com a presença de deputados esta-duais (Baiano Filho, Adalto de Freitas, José Riva), depu-tados federais, representantes da Secretaria da Presidência da República, todos em busca de uma solução pacífi ca para o problema, uma vez que são muitos os agricultores que prometem resistir a deixar a área neste início de dezembro.

A iminência de violência física por ocasião do eventual despejo levou o governador Silval Barbosa, juntamente da bancada federal de Mato Grosso e mais uma comissão externa da Câmara Federal, li-derada pelo deputado federal Wellington Fagundes, (todos pró-fazendeiros), a se encon-trar dia 28 com o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de demovê--lo da decisão que foi proferi-da pelo ex-ministro Ayres Bri-to, que determinou o despejo.

O argumento de Silval Barbosa, declaradamente

Posseiros e índios aguardam decisão do STF

SUIÁ MISSÚ

SEMANA7.COMWanderley Wasconcelos/Ronan de Sá

‘Dedo no gatilho’

contra os índios, é de que o Estado titulou a região, então este mesmo Estado é compe-tente para ingressar com uma ação e manutenção dos fazen-deiros. Para entender o caso a Marãiwatsédé deixou de existir como reserva quando os xavantes foram expulsos

de sua área em 1966, levados que foram em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para um aldeamento localizado a 400 quilômetros ao sul, orga-nizado por uma missão cató-lica. Nos primeiros dias uma epidemia de sarampo matou 150 índios. Os sobreviventes

fugiram para outras áreas.Logo após essa forcinha

do regime militar à época de plantão a reserva foi adqui-rida pela colonizadora de Ariosto da Riva que passou ao Grupo Omett o que a trans-formou em Suiá-Missú para depois ser adquirida pela

Agip Petrolli. Com o advento da Eco-92 no Rio de Janeiro essa negociata ganhou visibi-lidade e a opinião pública ita-liana forçou a multinacional devolver a terra aos índios. Os ocupantes daquela área che-garam ao local naquela oca-sião com anuência do Estado.

A disputa pelo território, segundo noticiou a revista Carta Capital “expõe a difi cul-dade do governo em contro-lar os confl itos fundiários na Amazônia. Os pequenos pos-seiros, tradicionais inimigos dos índios na região, deram lugares aos grandes ruralistas – que se negam a deixar o ter-ritório. A pressão externa tem provocado divisões internas dos Xavantes, que colocam em risco a vida das principais lideranças. “Nós vamos con-seguir, tenho certeza”, diz o advogado dos fazendeiros, Luiz Alfredo Abreu, irmão da senadora Kátia Abreu (PSD--TO), uma das principais lí-deres dos agropecuaristas no Congresso Nacional. “Eu não tenho medo. Eu quero a terra. Eu morro pela terra”, rebate o cacique Damião Paridzané.

A troca de insultos come-çou propriamente em 2011 quando o senador Jayme Campos (DEM) do alto da tribuna do Senado queixou--se que do “aumento exa-cerbado” de novas reservas indígenas em Mato Grosso. “Meu Deus, onde nós vamos parar?”, porque ele sabe que a homologação de reservas não passa pelo controle do Poder Legislativo. Consoante ao pensamento do senador a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), junto da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), passaram a ver a área como sendo dos interesses ruralistas. “De-núncias do Greenpeace so-bre produção ilegal de car-ne na área indígena, e que seria vendida ao frigorifi co JBS, numa campanha em que a ONG não levou adian-te, serviu para aumentar a animosidade com os rura-listas”, diz a Carta Capital.

Por ter que deixar nos próximos dias a área da reserva indígena de Ma-rãiwatsédé (Suiá-Missú) o Ministério Público Federal (MPF) de Barra do Garças instaurou procedimento administrativo para fi sca-lizar a remoção e assen-tamento das famílias que residem naquele local de-clarado pela Justiça como pertencente aos xavantes. As famílias já foram notifi -cadas e o clima na região é tenso. Muitos agricultores garantem que vão resistir à ordem judicial para deso-cupação.

O MPF informou que o Instituto Nacional de Colo-nização e Reforma Agrária (Incra) indicou quatro pro-priedades próximas àquela reserva e que poderão ser utilizadas para reassentar as famílias atingidas pela medida judicial.

A primeira delas fi ca em Ribeirão Cascalheira, onde há dois projetos de Reforma Agrária. Neles, existem 264 vagas. Em Ca-narana, o projeto Guatapa-rá teria a possibilidade de fornecer 80 vagas. A quarta propriedade a ser destina-da às famílias dos possei-ros de Marãiwatsédé seria em uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares no município de Água Boa. O local teria a capacidade de abrigar até 401 famílias.

O território Marãiwat-sédé situa-se entre os mu-nicípios de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia. De acordo com a Justiça, as famílias a partir da notifi -cação têm até 30 dias para deixarem a localidade de

‘A Comissão Externa da Câmara dos Deputados, co-ordenada pelo deputado Wellington Fagundes que visitou a gleba Suiá-Missú neste final de novembro onde pode analisar a situa-ção de conflito naquela gle-ba no Norte-Araguaia onde cerca de sete mil pessoas se recusam a cumprir decisão judicial que determina a de-socupação daquela reserva indígena.

Composta por parlamen-tares de três Estados brasi-leiros, a Comissão coletou dados e informações locais para elaboração de um es-tudo sobre a realidade na região. A intenção é que esse material possa nortear o en-tendimento o diálogo das partes em conflito. “Entre-gamos todas as informações à Casa Civil e também para o Superior Tribunal Federal na tentativa de resolver esse problema”, disse Fagundes.

A Comissão sobrevoou uma área de 248 mil hectares que que o governador Silval Barbosa pretende trocar pela

Incra localiza áreas para reassentar famílias da gleba Suiá-Missú

G1-MT com SEMANA7.COM

forma voluntária.A extensão supera 165

mil hectares. De acordo com a Fundação Nacional do Índio, o povo xavante ocupa a área Marãiwatsé-dé desde a década de 1960. Nesta época, a Agropecuá-ria Suiá-Missú instalou-se na região. Em 1967, índios foram transferidos para a Terra Indígena São Mar-cos, na região sul de Mato Grosso, e lá permaneceram por cerca de 40 anos, afi r-ma a Funai.

No ano de 1980 a fa-zenda foi vendida para a petrolífera italiana Agip. Naquele ano, a empresa foi pressionada a devol-ver aos xavantes a terra durante a Conferência de Meio Ambiente no ano de 1992, à época realizada no Rio de Janeiro (Eco 92). A Funai diz que neste mesmo ano - quando iniciaram-se os estudos de delimitação e demarcação da Terra Indígena - Marãiwatsédé começa a ser ocupada por não índios.

O ano de 1998 marcou a homologação, por decre-to presidencial, da TI. No entanto, sucessivos recur-sos impetrados na Justiça marcam a divisão de lados entre os produtores e indí-genas. A Funai diz que atu-almente os índios ocupam uma área que representa “apenas 10% do território a que têm direito”.

A área está registrada em cartório na forma de propriedade da União Fe-deral, conforme legislação em vigor, e seu processo de regularização é ampa-rado pelo Artigo 231 da Constituição Federal, a Lei 6.001/73 (Estatuto do Índio) e o Decreto 1.775/96, pon-tua a Funai.

Políticos buscam em Brasília solução para impasse

reserva indígena e com isso evitar o despejo de fazen-deiros da Suiá-Missú. “Nós estamos aqui porque acredi-tamos que podemos buscar uma solução pacifica e ob-jetiva”, destacou a procura-dora Regional Federal da 1ª Região Adriana Maia Ven-turine que foi nomeada pelo Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Lucena Adams, para acompanhar a comitiva nesta visita.

A procuradora entre-gou cópia de seu relatório no Supremo Tribunal Fede-ral. O levantamento destaca que no cemitério do Posto da Mata 212 mortos, sendo que 190 morreram de morte natural e 22 morreram por outros crimes, o que que-ro dizer com isso é que em 100 anos nunca foi registra-do um conflito entre índio e branco aqui na região, “e vale ressaltar que se houver algum conflito aqui devido a essa disputa de terra, a culpa é da Funai”, denuncia o de-putado federal Nilson Leitão (PSDB).

Vários índios se pronun-ciaram durante o evento que reuniu mais de 7 mil pessoas

no Posto da Mata, e em to-dos os depoimentos eles afir-maram que a área da Suiá--Missú os 165 mil hectares não são terras de Xavantes. “Essa área não é dos Xavan-tes, aqui é uma área que não tem rio para pescar, não tem mata para caçar, os índios vão passar fome neste local, aqui nunca morou Xavante, o Xavante vem do cerrado e não da mata”, afirmou o Ca-cique Rufino um dos funda-dores da Aldeia Marãiwat-sédé. Dilmar que também é índio e filho do Cacique Rufino que defende a per-manência dos produtores na área da Suiá-Missú, e sobri-nho do Cacique Damião que defende a retirada das famí-lias, afirmou que é guerreiro e se for preciso vai guerrear contra os próprios índios que estão juntos com a Fu-nai. “Tudo isso que a Funai e o Damião estão dizendo é mentira, e nós temos que lutar pela verdade, e ser for pela verdade eu sou guer-reiro e vou guerrear contra os índios do Grupo do Da-mião, porque temos que dar direito a quem tem direito e por direito essa área perten-

ce aos produtores que aqui moram há mais de 20 anos”, disse o índio Dilmar.

O deputado Baiano Filho do PMDB que junto com o deputado Wellington Fa-gundes (PR) mobilizaram o evento, afirmou em seu dis-curso que a audiência públi-ca foi um grande passo, ape-sar da tual desfecho. “Vamos continuar junto com essas família do Posto da Mata”, diz Baiano Filho.

O prefeito Filemon Limo-eiro de São Felix do Araguaia alertou que os moradores não podem ir para guerra, mas disse que também não devem morrer calados. “Nós não podemos morrer como cordeiros sem gritar o nosso sofrimento, isso é um absur-do que nós não podemos ad-mitir”, disse Limoeiro.

Para finalizar o deputado Federal Wellington Fagun-des garantiu que se nada favorável acontecer é possí-vel uma mobilização ainda maior. “Nós encheremos os ônibus e partiremos para Brasília, vamos fechar Brasí-lia, mas não podemos deixar que esse absurdo aconteça,” fiz Wellington Fagundes.

AGÊNCIA DA NOTICIACamila Nalevaiko

DESMARCADA (AO CENTRO) A ÁREA DE ANTIGO LATIFÚNDIO NA IMINÊNCIA DE UM CONFLITO DE SÉRIAS PROPORÇÕES

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PoLÍTicoS SE UNEM EM DEFESA DoS FAZENDEiRoS DA GLEBA SUiÁ-MiSSÚ QUE PRoMETEM RESiSTiR À oRDEM DE DESPEJo

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Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília 7Justiça

O deputado Adalto de Freitas (PMDB), cuja base elei-toral é a região do Araguaia es-teve na área de confl ito numa audiência pública “onde não me deixaram falar porque sa-biam que eu iria cobrar do go-vernador Silval Barbosa uma posição em defesa das famílias da Suiá-Missú. Eu conheço a região e sei que as duas partes não têm interesse em um even-tual confl ito”, disse.

Daltinho que assume em janeiro uma cadeira na Assem-bleia Legislativa disse ainda que falou isolado por mais de dois anos sobre a demanda pela possde da terra na Suiá--Missú. “Acho que o Estado não está cumprindo sua fun-ção política a esse respeito. Ele tem mantido uma posição inexpressiva diante dos pro-blemas pelos quais passa a re-gião do Araguaia”.

Para Daltinho são muitos os políticos que estão sendo omissos e que não tomam uma decisão em favor das famílias, em favor de um desfecho que seja bom para ambas as par-tes. “Assim que assumir meu mandato quero trazer esses problemas para uma discus-são ampla”.

Sobre as áreas indicadas pelo Incra, a mando do Minis-tério Público Federal, para o possível assentamento desses fazendeiros que estão sendo retiradas da área, Daltinho re-bate que “aquelas famílias não precisam disso, elas possuem patrimônio e não aceitam ex-propriação sem a devida inde-nização”.

Daltinho acentuou ainda que faltam aos polítcos “sensi-bilidade aos políticos”, incluin-do as lideranças de seu par-tido, o PMDB, no Congresso Nacional e cita o senador José Sarney, o possível presidente da Câmara Henrique Eduar-do Alves e Renan Calheiros que deve assumir a presidên-cia do Senado e não deixa de fora nem mesmo o nome do vice-presidente da República, Michel Temer. “Nenhum de-

Omissão causa desfecho na SuiáSAÍDA

Descaso político seria a causa do impasse pela posse da terra, diz DaltinhoSEMANA7.COMWanderley Wasconcelos/Ronan de Sá

O prédio de uma delega-cia desativada no distrito de Posto da Mata, no Nordeste de Mato Grosso, foi incen-diado na noite do dia (16/11), confi rmou a Polícia Militar de Alto Boa Vista, município distante 30 quilômetros do povoado. Não havia servido-res na unidade.

A comunidade rural é alvo de uma mega operação realizada por agentes fede-rais para garantir a retirada das famílias de não índios que ocupam a área reconhe-cida como de uso do povo indígena xavante. A medida atende a uma determinação da Justiça Federal no estado. A retomada do processo de desintrusão ocorre após o Supremo Tribunal Federal derrubar liminares concedi-das em favor dos morado-res da região que, até então, paralisaram a desintrusão. Desde quando as famílias começaram a ser notifi ca-das, o clima de insegurança e momentos de tensão ga-nharam força. Naquele dia 16, por diversas vezes, mo-radores e agentes da Força Nacional e a Polícia Rodovi-ária Federal (PRF) estiveram frente a frente. Em um dos momentos mais críticos do dia, moradores viraram uma caminhonete utilizada pelos agentes federais.

O ato ocorreu pouco tem-po após um morador ser no-tifi cado para deixar a área. Ele passou mal e precisou ser socorrido pelos colegas. Sem ambulância na região, um grupo de moradores decidiu levá-lo para o carro da polí-cia (para ser encaminhado

até Alto Boa Vista), mas não foi autorizado pelos agentes federais. Houve confusão. Re-

Decisão pode aumentar tensão na região NERVOSISMO

voltado, um grupo de pessoas virou a caminhonete da polí-cia e, por pouco, não houve

JORNAL O [email protected]

confronto. Soldados da For-ça Nacional de Segurança fo-ram chamados para fazerem mais uma barreira de isola-mento.

Moradores prometem resistir e só deixar a área “mortos”. Em Brasília, a mi-nistra da Casa Civil, Gleisi Hoff mann, alertou para que se evitem abusos pelos agen-tes do governo envolvidos no processo, como Exército e Força Nacional. O relato teria partido de moradores.

“Iremos para onde? Para uma lona às margens da rodovia?”, questionou a co-merciante Aparecida Embo-aba de Souza. Há pelo me-nos 20 anos ela, o marido, fi lhos e netos vivem na co-munidade alvo do processo de desintrusão.

les foram sequer convidadas para discutirem o problema que tem a magnitude maior que a Terra Raposa do Sol, em Roraima. Não sei o que estão esperando”, diz.

LEi cRiADA EM 2011 PELoS DEPUTADoS DALTiNHo E JoSÉ RiVA PoDERiA EViTAR iMPASSE NA DEMANDA PELo DiREiTo DoS FAZENDEiRoS À ÁREA DA SUiÁ-MiSSÚ

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FAZENDEiRoS DESTRUiRAM PRÉDio DA PoLÍciA ciViL EM RESPoSTA À DEciSÃo Do STF

PoSTo DA MATA: cENÁRio DE UMA GUERRA ANUNciADA

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Daltinho é veterano em as-suntos sobre litígio pela con-quista da terra na região do Araguaia. Em junho de 2009 o deputado acompanhou de perto o confl ito que fi cou co-nhecido como Bordolândia. Na época o Governo federal, O Ministério Público Federal determinaram a retirada de 1300 famílias da fazenda Bor-don.

Todas as famílias tinhama emissão de posse concedida pelo Incra, mas o MPF não queria mais que fosse feito o assentamento naquele local e ordenou a retirada. Em rea-ção as cerca de duas mil pes-soas que estavam num acam-pamento em Bom Jesus do Araguaia fecharam a BR-158, onde morreram duas pessoas.

IMPASSe

O impasse Suiá-Missú en-tre índios da etnia xavante e produtores rurais assentados naquela reserva que já se pro-longa por alguns meses che-gou agora à iminência de um confl ito com a ordem judicial de despejo posta em prática neste último dia 6.

A Força Nacional, Exército e Polícia Federal estão no local desde a notifi cação dos produ-tores e posseiros. Audiências públicas com deputados es-taduais e congressistas foram feitas no patrimônio de Posto da Mata, mas sem causar efei-to para qualquer dos lados.

Uma opção que favorece-ria os produtores da área seria a Lei 9.564 de 27 de junho do ano passado de autoria dos deputados José Riva (PSD) e Adalto de Freitas (PMDB) que por sua vez autorizava o Go-

verno do Estado a trocar com a União, através da Fundação Nacional do Índio (Funai), as terras de Marãiwatsédé pelo Parque Estadual do Araguaia, nas proximidades da área em litígio.

Esta opção, em todos os debates realizados nates da execução do despejo agradou os produtores assentados na-quele ex-latifúndio, mas de outro lado estão os antropo-lógicos da Funai e ONGs que rebatem a proposta em defesa dos índios, incluindo aí parte deles que são favoráveis à permuta.

Os produtores estavam na área amparados por uma li-minar que foi derrubada pelo ex-ministro Ayres Brito. Para adiar essa decisão seria neces-sário uma autorização da Pre-sidência da República.

BOrdOlÂndIA

“Peguei o avião e fui des-ci em Bordolândia e tirei as fotos dos corpos estendidos no chão. No dia seguinte Lula visitava Alta Floresta . Falei pro presidente: duas pessoas morreram no Ara-guaia, gente que te defende até a morte. Lula encheu os olhos d’água”.

Lula perguntou ao depu-tado Daltinho o que deveria ser feito e chamou o presi-dente do Incra. “Eu disse a ele que o Incra estava que-rendo dar o calote nos donos da fazenda. Depois daquela minha conversa com o Lula os donos da Bordon dispen-saram a indenização. As fa-mílias voltaram ao local de onde nunca deveriam ter saído”.

Ano IV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BArrA do GArçAs - Municípios do Araguaia - Capital Matogrossense - Brasília8 Agvppel

Empresários, políticos, formadores de opinião e diversos profissionais liberais participaram da grande noite de premiações - a 16ª edição do Prêmio Agência Vale de Pesquisa Políticas (Agvppel). A atividade considerada como a mais tradi-cional festa do gênero da cidade premiou com o Prêmio Quality várias empre-sas, entidades e personalidades que foram destaques em 2012. O evento tem consolidado a cada ano o resultado do trabalho de valorização dos segmentos profissional e empresarial. A entrega do prêmio aconteceu no dia 01 de dezem-bro no Boulevard Buffet e reuniu por sua vez grande parte da sociedade barra--garcense.

“Tenho sempre me esforçado para fazer o melhor e agradar todos que parti-cipam dessa festa, que já é tradição em nossa cidade”, diz Edson Alves, diretor da Agvppel.

Prêmio Quality 2012

Ano IV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BArrA do GArçAs - Municípios do Araguaia - Capital Matogrossense - Brasília 9Agvppel

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília10DINHEIRO PÚBLICO

Geral

Há fatos que só podem ser explicados com o passar do tempo. Dias destes, três vereadores - Odorico Ferreira Cardoso Neto (Kiko), Miguel Moreira da Silva (Miguelão) e Carlos José Sávio de Carvalho - assinaram um requerimento pedindo explicações ao pre-feito Wanderlei Farias e a sua Secretaria de Obras sobre o porquê do ‘desmanche’ ines-perado da estrada que liga Vila Varjão à (extinta) Escola Agrícola.

De início os vereadores di-zem que o trecho está deterio-rado. Isso mesmo, danifi cado, castigado pelas fortes chuvas. “(...) em, que pese ser novís-sima” admiram os legislado-res que por certo aprenderam nestes últimos quatro anos como gestores públicos que a democracia induzida por meio do sopro da atual gestão é re-grada, sem nenhum aceite de suas participações.

O trio, Kiko, Miguelão e Sávio se esqueceram de men-cionar no requerimento, para lembrar algures a responsabi-lidade pública daquela obra, que o contraforte de um morro foi lavrado para dar passagem a tal estrada sem que nenhum ambientalista de plantão ou-sasse gemer. Muito menos a virtuosa Câmara de Vereado-res.

Contudo, aquela petição serve apenas de alento às pes-soas que sonham com uma Barra do Garças que se de-fi nha, murcha ao longo dos anos de uma administração para outra.

Sem tomar as dores de quem quer que seja e muito menos desta administração que bordeja em seus esterto-res, seria conveniente que a Secretaria de Obras viesse a público explicar à população o desregramento daquela obra que, ao que parece, tende mor-rer em seu próprio nascedou-ro.

Não se deseja isto. O que se espera é que aquele trecho seja reconstruído, se este é o termo. E que outras obras que se ma-nifestaram pelos quadrantes da cidade em véspera de elei-ções sejam agora retomadas como as drenagens de águas pluviais no Jardim Nova Barra Sul, o asfalto no Jardim Ara-guaia, apenas para citar dois exemplos.

Os vereadores esperneiam e nas fotos - do trecho que liga Vila Varjão à fi nada Escola Agrícola - distribuídas à larga a endereços eletrônicos, são os retratos de um caos anuncia-do. “As fotos desta semana (12 de novembro) mostram uma intenção um tanto quanto grosseira [de] tentar ludibriar as pessoas”, diz o documento. Apenas um documento e nada mais.

DAREDAÇÃO

Falar em obras em Barra do Garças é abordar assunto melindroso. Em véspera das eleições municipais de outubro passado os canteiros prolifera-vam pelos quadrantes da cida-de, mas que foram interrompi-dos e que não se sabe por qual

Justiça julga improcedente denúncia contra Magali

População paga caro por obras inacabadasSEMANA7.COMWanderley Wasconcelos/Ronan de Sá

DECISÃO

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motivo. Cessaram assim que se passou o pleito. Bairros como o Jardim Araguaia, que entregue ao seu próprio destino teve o asfalto de algumas ruas recons-truído, enquanto outras ruas estão como dantes.Para se saber o motivo dessa interrupção seria necessário que o gestor municipal tornas-se pública as razões dessa ines-

perada pisada no freio. Como de costume, nenhuma satis-fação foi dada ao contribuin-te. Nem mesmo o secretário de Obras, César Magrini, tão difícil quanto o prefeito Wan-derlei Farias. Ambos arredios à imprensa que não verse em suas cartilhas de bom parecer.Voltando às obras é convenien-te lembrar um trecho da Rua

Liberdade, no bairro São João, cuja cratera engolia um car-ro se medidas sua dimensão. Antes das eleições a erosão foi reparada às pressas, embora já mostre sinais de que poderá ceder a qualquer momento, a depender da intensidade das chuvas neste período do ano.Em outro limite da cidade, no Jardim Nova Barra Sul,

as obras de canalização fo-ram interrompidas depois do 7 de outubro para desespe-ro de seus moradores ou de quem tenta trafegar pelo setor.A redação tentou várias ve-zes conversar com alguém da Secretaria de Obras, mas sem êxito. É bom que se diga que a atual gestão não fala à repor-tagem deste jornal ou de sua

página na internet, já que não nos contentamos com a versão ofi cial que nada mais repre-senta senão maçada da grossa.O que se pode antever, com o que está exposto em ter-mos de obra é que o próximo gestor terá pela frente uma herança que não se deseja nem mesmo aos inimigos e, muito menos, aos parentes.

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ASPÉcTo DE oBRA iNAcABA No JARDiM NoVA BARRA SUL: HERANçA MALDiTA Ao NoVo GESToR

A Justiça Eleitoral de Bar-ra do Garças julgou em 29 de novembro improcedente a denúncia da coligação ‘Novo Tempo pra General Carneiro (PSDB-PDT) que acusava a prefeita eleita daquele mu-nicípio, Magali Vilela (PSD), de distribuir gratuitamen-te bebidas aos participan-tes da IV cavalgada , em 7 de setembro que teria sido organizada pela loja maçô-nica Caminhos da Razão.

A denúncia feita pela co-ligação que tem à frente os candidatos que foram der-rotados nas urnas, o empre-sário Fábio Abreu e o jorna-lista Antônio Borges Neto (Netão), que pedia a cassação de registro de candidatura , segundo o advogado Alexan-dre Rodrigues da Fonseca, “caiu no vazio porque a in-vestigação judicial eleitoral nada encontrou que pudesse desabonar Magali Vilela”.

Ele disse ainda que “tudo não passa de perseguição dos adversários políticos que ain-da não assimilaram a derrota e que insistem em optar pela perseguição, levar à Justiça Eleitoral denúncias vazias, sem nenhum fundamento”.

A prefeita Magali Vi-lela deve ser diplomada no próximo dia 18 no An-fi teatro Fernando Peres de Farias em Barra do Gar-ças, antecede que preten-de “transformar General Carneiro para melhor, fazer um resgate de nossa digni-dade com uma administra-ção honesta, transparente”.

O presidente da coligação ‘Unidos pelo Desenvolvimen-to de General Carneiro (PSD--PSB-PP-PMDB-PPS), Valdeli Forte Ferreira, disse que “em tese esses adversários, se de fato querem bem a General Carneiro, deveriam oferecer sugestões que possam ajudar o desenvolvimento do muni-cípio. Denúncias infundadas não levam a lugar nenhum”.

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PREFEiTA ELEiTA MAGALi ViLELA REBATE NA JUSTiçA AcUSAçÕES FEiTAS PoR ADVERSÁRioS QUE AiNDA NÃo ENGoLiRAM A DERRoTA

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília 11Geral

A Prefeitura de Barra do Garças, através da Coordena-doria de Vigilância Ambien-tal, defi niu este mês um local para deposito de pneus usa-dos (Eco Ponto) cumprindo desta forma o Termo de Ajus-te de Conduta (TAC) fi rmado com o Ministério Público e os proprietários de borracharias do município dentro da pro-gramação de combate à den-gue na cidade.

O novo depósito está lo-calizado no setor Bela Vista, antigo galpão da Açogarças, próximo a TV Centro-Oeste. O horário de atendimento é das 7 às 11 e das 13 às 17 horas, de segunda a sexta.

Que neste Natal e em todos os dias do próximo ano, possamosfazer de Jesus nosso melhor amigo, pois Ele e o maior motivo doNatal e da nossa existência. Feliz Natal e um novo ano cheio deamor, paz, amizade, humildade e sabedoria.

O prefeito eleito de Vila Rica, Luciano Marcos de Alencar (DEM) disse em re-cente entrevista que pretende cumprir as promessas que foram feitas em campanha, “porque não prometi nada que não estivesse ao alcanse de minhas possibilidades e também porque o povo não merece ser enganado”.

Indagado sobre a maneira que pretende administrar Vila Rica Luciano disse que pre-tende trabalhar “sem trégua e quero mostrar que é possí-vel conduzir a administração com seriedade, sem ranço de coronelismo, ouvindo as pes-soas, procurando concenso. É desse modo que eu e mi-nha equipe vamos tocar essa gestão a partir de janeiro de 2013”.

Outro ítem que tem su-blinhado em suas conversas nesse período que antecede sua posse tem sido o termo “honestidade”. “Quero ser honesto e ninguém de minha equipe poderá fugir dessa conduta que deve pautar a vida de um gestor público”, diz.

Em reuniões com sua equipe de transição Luciano tem questionado a falta de vagas de emprego no municí-pio. “Temos que abraçar esta causa, criar um Setor Indus-trial, visitar outras regiões do Estado e do país para con-vidarmos empreendedores que queiram investir em Vila Rica. Todos serão bem-vindos a nossa terra e terão apoio da

VILA RICA

Luciano diz que fará o que [email protected]

nossa gestão”.Luciano disse também que

pretende investir no desen-volvimento do comércio lo-cal. “É um setor que emprega e que precisa de incentivos da prefeitura. Não podemos des-cuidar deste ou daquele setor, o que precisamos é de renda, crescimento e vida dígna para todos”.

Para o interior do muni-cípio o prefeito eleito indica que a construção, reforma

de pontes é prioridade além da manutenção de estradas. “Este deve ser um setor atu-ante da nossa administração. Eu conheço bem a realidade do interior e não posso trair a esperança tanto daqueles que confi aram em mim o seu voto e dos que disseram não, por-que vamos fazer um governo para todos”.

A chapa liderada por Lu-ciano elegeu quatro dos nove vereadores. “No que depen-

der de minha vontade farei uma gestão em plena harmo-nia com a Câmara Munici-pal”, diz ele que já apontou alguns nomes de sua equipe, a começar pelo secretário de Administração, Matusalém (matão), de Finanças Tia La-zara, Educação professor Guiomar, Esporte Alcides Abreu, Saúde Sulhami, Obras João da Pá, Acricultura Gil-mar Alves da Silva e Ação So-cial Evelini Lino Gomes.

SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA

O prefeito eleito de São Félix do Araguaia, José An-tonio de Almeida (Baú) já prepara sua equipe para assumir a prefeitura do mu-nicípio em janeiro de 2013.

À frente da coligação ‘São Félix Levado a Sério’ Baú percorreu durante sua campanha o interior do município, andou todas as ruas da cidade, dos distri-tos e comunidades levando sua proposta de melho-res dias a sua população.

Com apoio de vários segmentos sociais o ex--piloto - de quem herdou o codinome ‘Baú’ do prefi xo de sua primeira aeronave, assim que chegou a São Félix do Araguaia - foi elei-to sem grandes sacrifícios. “Fizemos uma campanha limpa, conversando com o povo, anotando sugestões que vamos colocar em prá-tica assim que assumirmos nosso mandato”, disse.

Uma das promessas de palanque do prefeito elei-to foi a de conseguir meios para geração e emprego e renda, incentivar pequenas associações cooperativas, apoio aos trabalhadores do interior do município e via-

Baú prepera equipe paraassumir prefeitura em 2013

bilizar as estradas que ligam e cortam seu município.

Outra preocupação de Baú se volta para a popula-ção carente. “Não quero ad-ministração apenas para al-guns, mas para o bem estar de todos, com atenção redo-brada aos mais pobres que são os que mais sofrem”.

Segundo disse, o nor-te de sua administração será indicado pelas con-sultas que fará ao povo, “não posso prescindir de sua sabedoria, dos ensina-mentos de base. É a partir disso que eu e minha equi-pe faremos vigorar nosso plano de governo apresen-tado em nossa campanha”.

A chapa de Baú con-seguiu eleger maioria dos vereadores e não seja por isso que queira governar em harmonia com a Câma-ra Municipal. “Penso em tomar decisões colegiadas em favor do município. Essa história de ser dono da verdade absoluta não faz a nenhuma administração”.

Até a presente data Baú não citou a lista de seu se-cretariado, mas disse que está avaliando cada caso com muito cuidado “de modo que possamos apro-veitar ao máximo a capa-cidade de nossa equipe”.

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PREVENÇÃO

Pneus usados são descartados em Eco Ponto em Barra do Garças

Eugenio Marcos, coorde-nador da Vigilância Ambien-tal, alertou os proprietários de borracharias para aqueles que não cumprirem as exigências do TAC que estarão sujeitos às penalidades previstas em lei.

“O nosso propósito é man-ter o quadro atual de controle e manejo ambiental em baixo índice de notifi cações de casos de dengue na cidade. É por isso que estamos solicitando aos proprietários de borra-charias para que descartem os pneus usados em nosso Eco Ponto, evitando desta forma as multas previstas no TAC fi rmado com o Ministério Pú-blico”, disse o coordenador Eugênio Marcos. [Com dados da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Barra do Garças]

[email protected]

Que neste Natal e em todos os dias do próximo ano, possamosfazer de Jesus nosso melhor amigo, pois Ele e o maior motivo doNatal e da nossa existência. Feliz Natal e um novo ano cheio deamor, paz, amizade, humildade e sabedoria.

São os votos da CDL VILA RICA!!!

SEMANA7.COM

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PREFEITO ELEITO DE SÃO FÉLIX: JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA (BAÚ)

PREEFEiTo LUciANo MARcoS, EMPENHo PARA GERAçÃo DE EMPREGoS E RENDA EM ViLA RicA

ASSESSORIA

SEMANA7.COM

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília12 Geral

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Barra do Gar-ças, Aragarças (GO) e Pontal do Araguaia emitiu de janeiro ao fi nal de setembro deste ano 1.100 certifi cados digitais, um documento eletrônico, intrans-ferível e único, que serve como uma carteira de identidade para transações feitas através da internet. No certifi cado contém informações que iden-tifi cam uma empresa, pessoa física, servidor ou site na web, provendo autenticidade, ga-rantia jurídica e a confi denciali-dade aos documentos e dados das transações.

O certifi cado é composto por um par de chaves (chave pública e privativa), que são criptografadas, a fi m de manter segurança e possui caráter in-violável das informações. Além disso, são geradas por Autori-dades Certifi cadoras, que são responsáveis por emitir, sus-pender, renovar ou revogar os certifi cados que são emitidos, além de Barra, Pontal e Aragar-ças a cidades da região, incluin-

CDL já emitiu mais de mil certificados digitaisAssessoriaCDL-BG

TECNOLOGIA

do Nova Xavantina e Água Boa que já receberam a visita da equipe da CDL, coordenada pelo presidente da instituição, José Alves Piedade.

De acordo com os agentes de registro Luiz Carlos Rodri-gues do Amaral e Anna Phaula Freitas Alves as Autoridades Certifi cadoras são supervisio-nadas e submetidas à regula-mentação e fi scalização pelo Instituto Nacional de Tecno-logia da Informação (ITI) cujo principal objetivo é zelar pela ICP Brasil - Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, que dispõe sobre legislação, regras e normas que garantem a con-fi ança, segurança e validade ju-rídica dos Certifi cados Digitais.

Os certifi cados possuem variados tipos e funções como: e-CPF, e-CNPJ, NF-e, CT-e, NFC-e e Certifi cado Servidor, que tem validade de 1 ou 3 anos, dependendo da sua fun-cionalidade. São armazenados diretamente em computadores, servidores ou não, ou em dispo-sitivos móveis inteligentes, como cartões com chip ou tokens.

Com o crescimento da uti-lização da internet no dia a dia

das pessoas e dos negócios, tem se multiplicado a utiliza-ção dos certifi cados digitais. A todo o momento surgem novas aplicações, como no relaciona-mento com a Receita Federal, a exigência de seu uso para parti-cipação nos pregões eletrônicos ou licitações, emissão de notas fi scais eletrônicas ou conhe-cimentos de frete eletrônicos, peticionamento eletrônico à tribunais ou anotação em pron-tuários eletrônicos de pacien-tes, e outras novidades como atestado medico eletrônico para o INSS, a obrigatoriedade para aquisição de ingressos de meia-entrada para os eventos esportivos internacionais da Copa das Confederações FIFA 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, A Nota Fiscal Eletrôni-ca do Consumidor (NFC-e) entrará em fase de testes nos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Sergipe, em de-zembro, dentre outras.

As utilidades e os benefí-cios que o Certifi cado Digital se transformou em um meca-nismo importante para os ne-gócios ou atuação profi ssional.

A formalização de inúme-ras atividades profi ssionais, por meio do Microempreendedor Individual (MEI), foi respon-sável por ampliar o registro de novos empreendimentos em Mato Grosso, de janeiro a julho deste ano.

Das 20.306 novas empresas, ou 67,36% delas, são da modali-dade MEI e a maior parte volta-da para o segmento de serviços e comércio, como vestuário, cabeleireiros, alimentação e es-tética.

No ranking nacional, Mato Grosso fi cou no 14º lugar entre os estados que mais criaram novas empresas, registrando a segunda melhor colocação en-

20 mil novas empresas em MT

AssessoriaCDL-BG

tre o Centro-Oeste, atrás de Goi-ás, com 36.160 novas aberturas. Lideram o ranking São Paulo (275.985), Minas (108.719) e Rio de Janeiro (92.009)

Entre os municípios ran-queados pelo estudo, Cuiabá ocupa a 20ª posição, com 4.846 novas empresas neste ano, Vár-zea Grande, com 1.748 empresas novas é a 76ª. Cuiabá, especial-mente, está entre os 30 maiores municípios do Brasil e mostra evolução positiva nos últimos três anos. Em 2010 foram 2.969 novas empresas, em 2011, 4.606, e neste ano, 4.841. [Fonte: Revis-ta Paralelo 16 - Agosto/setem-bro - Edição 19/2012] mostra evolução positiva nos últimos três anos. Em 2010 foram 2.969 novas empresas, em 2011, 4.606, e neste ano, 4.841.

MERCADO

A Escola Estadual Antonio Cristino Cortês comemorou esta semana o primeiro lugar no resultado da prova do Exa-me Nacional do Ensino Mé-dio (Enem) de 2011 entre mais de noventa escolas estaduais de Mato Grosso, com pontua-ção acima de 500 pontos.

Esta foi a segunda con-quista da Cristino Cortês que também atingiu o primeiro

EDUCAÇÃO

Escola Cristino Cortês, 1ª colocada no Enem

AssessoriaCDL-BG disse por e-mail à redação que

se sente “profundamente feliz e que compreende a necessi-dade de se aprender todo dia, toda hora [porque] na educa-ção nunca é permitido baixar a guarda. Celebramos com muito ânimo esta vitória dos alunos e alunas que são as es-trelas dessa conquista”.

A mais antiga escola de Barra do Garças, a Cristino Cortês foi criada por decreto em 18 de abril de 1933 na hoje Avenida Presidente Vargas,

TORIXORÉU

Apontado como tentativa de fraude, o nome de João Vilela (falecido em 15 de no-vembro), apareceu na lista de integrantes da chapa encabe-çada por José Rodrigues Sales na disputa pelo comando do PMDB no município de Tori-xoréu, dia 25 contra a chapa do grupo do ex-prefeito João Sá.

Ânimos acirrados de am-bas as partes o ex-secretário do partido, Flávio Santana, saiu esfolado de um tumulto envolvendo, segundo disse, os fi lhos de João Sá (Rodolfo e o vice-prefeito eleito do mu-nicípio, Rafael Sá). Flávio San-tana alegou na ocasião que o diretório não quis tirar o nome de João Vilela “só para impugnar nossa chapa”.

Numa entrevista Flávio se defendeu dizendo que, João Vilela teria antecipado, em vida, sua participação à lista de composição da chapa que terminou eliminada da dis-puta entre os pares peemede-bistas. Ele promete anular na Justiça os efeitos daquela con-venção, com a impugnação da chapa que reelegeu João Sá.

Em um post no portal cuia-bano a jornalista Ana Carolina Vilela, sobrinha de João Vilela diz que são nestes momentos “que a integridade do ser hu-mano é questionada, tendo em vista que o tal ex-secretá-rio [Flávio Santana] citado na matéria usou o nome de uma pessoa que já faleceu para jus-

Nome de morto em convenção resulta em pancadariaSEMANA7.COMWanderley Wasconcelos

tifi car seus atos. Lembrando que meu tio estava internado dois dias antes de falecer, sem condições de assinar ou até mesmo apoiar qualquer coi-sa. E mais, estes tão honestos e “protestantes”, do partido do tal ex-secretário, nem se quer compareceram no veló-

rio do meu tio (um dos fun-dadores do partido), ao qual “contavam” para compor a tal chapa”. A jornalista alega ainda que há meses o seu tio estava com o estado de saúde delicado, sem condições de se declarar participação em qualquer chapa.

A agressão sofrida por Flávio é contestada por Rafa-el e Rodolfo que alegam que apenas protegeram o pai de uma tentativa de agressão. Segundo eles, a confusão co-meçou com a esposa de Flávio tentando rasgar a ata da con-venção. Na segunda-feira (26)

Flávio fez exame de corpo delito no Instituto Médico Le-gal (IML) de Barra do Garças e, em seguida ingressou com um mandado de segurança para anular a eleição.

O OUTRO LADO: O médico e ex-prefeito

João Batista Sá, reeleito pre-sidente do partido no muni-cípio, disse em entrevista ao SEMANA que existem qua-tro motivos que impediram Flávio de levar adiante sua chapa na convenção do par-tido: “Lista incompleta, um membro que não poderia vo-tar, um morto e a duplicida-de de sete nomes por sua vez inscritos em nossa chapa, que havíamos protocolado dia 9 e a dele, no dia 9”.

O diretório do partido em Torixoréu possui 116 afi liados e na apresentação da chapa única, encabeçada por João Sá, 34 eleitores votaram sim e seis votos contrários. “Não há nada de errado, seguimos os trâmites legais e nunca usa-mos o partido como moeda de troca, para interesses pes-soais, mas pensando sempre no bem coletivo”, alfi neta.

Sobre o confl ito que ante-cedeu a votação João Sá ex-plica que a discussão “foi se acirrando e a mulher de Flá-vio Santana tentou arrancar de suas mãos o livro de atas, rasgando algumas de suas páginas. Eu cheguei a cair e, além das agressões verbais houve safanões”, explica-se e assegura que não há mais cli-ma para reatar com a facção rebelde do partido que nunca aceitou o nome do vice-pre-feito eleito, Rafael Sá, que saiu candidato depois de aprova-do em uma pesquisa interna do partido que apontou seu nome para o pleito que elegeu Odoni Mesquita prefeito de Torixoréu.

lugar no exame no Índice de Desenvolvimento da Educa-ção Básica (Ideb), para o 3º Ciclo entre as escolas públi-cas de Barra do Garças, rea-lizado em 2011. Por telefone a coordenadora Ana Cláudia Tasinaff o Alves disse que a escola dirigida pelo professor Alexandre Santos Michiles “tem fama de impor regras e limites aos seus alunos”.

Ex-professor da Cristino Cortês, o vereador Odorico Ferreira Cardoso Neto (Kiko)

centro de Barra do Garças. Em 1949 passou a ter sede própria, embora em condi-ções precárias, recebendo a denominação de Escolas Reu-nidas Coronel Antonio Cris-tino Côrtes sob a direção da professora Teresa Melo Bosai-po (Dona Tetê).

Atualmente a escola tem 780 estudantes, sendo 125 do ensino fundamental, 554 no ensino médio e 101 do Emiep (Ensino Médio e Ensino pro-fi ssionalizante), conforme asseguram as coordenadoras Ana Claudia Tasinaff o Alves e Viviane Cavalcante Andrade.

Os estudantes da escola pertencem a diversos bairros da cidade, de fazendas, aldeias indígenas e de outros municí-pios como as cidades goianas de Aragarças, Bom Jardim e Piranhas e Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Canarana, Ri-beirão Cascalheira, Espigão do Leste, Bom Jesus do Araguaia, São Felix do Araguaia, General Carneiro e São José do Xingu, em Mato Grosso.

Além de Alexandre San-tos Michiles, já passaram pela direção da Cristino Cortês os professores Teresa Melo Bo-saipo, irmã Diva Pimentel, Maria de Lourdes Hora Mo-rais, Carlos Augusto Abicalil, Kiko, entre outros.

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EX-PREFEiTo JoÃo BATiSTA SÁ É o NoVo PRESiDENTE Do PMDB ToRiXoRiNo, APESAR Do RAcHA Do PARTiDo EM SUA coNVENçÃo

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PRESiDENTE DA cÂMARA DE DiREGENTES LoJiSTAS DE BARRA Do GARçAS, JoSÉ ALVES PiEDADE

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A MAiS ANTiGA EScoLA Do MUNicÍPio E A PRiMEiRA coLocADA No EXAME Do MEc 2012

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília 13GeralSENTENÇA

Justiça manda Emasa construir rede de esgoto em Barra do Garças

SEMANA7.COMWanderley Wasconcelos/Ronan de Sá

ELEIÇÕES NA ORDEM

Aude vence com apoio de Saggin

Foi negado pelo Tribunal de Justiça, em Cuiabá, o pe-dido de liminar da Empresa Mato-grossense de Água e Saneamento Ltda (Emasa) que opera os serviços no município de Barra do Gar-ças que terá o prazo de 30 dias para o início das obras de implantação da rede co-letora e esgoto em trechos das avenidas Ana Lira, Sa-lomé, Antônio Cristino Cor-tês e Marechal Rondon e nas ruas do Araés e Santos Dumond, do bairro Cidade Velha. As obras deverão ser concluídas no prazo de 60 dias, sob pena de ser aplica-da multa diária de R$ 50 mil.

No pedido de efeito sus-pensivo à decisão do Minis-tério Público a Emasa alega, entre outros, que vem cum-prindo integralmente o con-trato fi rmado com o municí-pio e que não há omissão na implantação da rede de esgo-to, tendo atendido as metas de obras previstas na licitação.

Diz ainda que requereu à prefeitura municipal, em dezembro do ano passado a desapropriação de lote na Avenida 15 de Novembro para construção de estação de tratamento de esgoto, to-davia, até a presente data a área não foi desapropria-da, o que torna inviável im-plantação da rede de esgoto.

O documento da Emasa frisa que a construção de es-tação para tratamento de es-goto compõe obra complexa e necessita de licença ambien-tal da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), “processo sabidamente mo-roso e burocrático, razão pela qual é impossível a sua con-clusão no prazo determinado pelo juízo, de 60 dias. Susten-

ta ainda que a responsabili-dade pelos danos ambientais causados é dos moradores por não construírem fossas sépticas e sumidouros e do município por não fi scalizar o cumprimento da legislação”.

Apesar dos argumen-tos da Emasa a justiça aca-tou pedido de liminar efetuado pelo Ministério Público e o prazo para a con-clusão das obras em 60 dias.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Na ação proposta pelo Ministério Público, o promo-tor de Justiça Wesley Sanchez Lacerda destacou que no pro-cesso de concessão, a obriga-ção assumida pela Emasa não era apenas continuar coletan-do e tratando o esgoto nos mesmos locais antes oferta-do, e sim estender a oferta da coleta e tratamento do esgoto.

Segundo o promotor, atualmente existem cerca de 73 canos e 80 manilhas que despejam esgotos dia-riamente nos Rios Garças e Araguaia, no município de Barra do Garças. A irregu-laridade deve-se à falta de rede coletora de esgoto em várias avenidas da cidade.

O promotor de Justiça ex-plicou que, antes de ingres-sar com a ação civil pública, foram realizadas tentativas no âmbito extrajudicial para assegurar a descontinuida-de da poluição ambiental dos rios Araguaia e Garças. “Como a empresa demons-trou que não tem o interesse em assumir a responsabili-dade de forma pacífi ca, ao menos para fazer cessar a po-luição ambiental, o que seria feito com um simples serviço de implantar a canalização coletora de esgoto, teve que ser responsabilizada judicial-mente”, disse o promotor.

SEMANA7.COMWanderley Wasconcelos/Ronan de Sá

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PoSTo DE cAPTAçÃo DE ÁGUA DA EMASA QUE Foi AcioNADA PELA JUSTiçA EM DATA REcENTE: PRAZo E MULTA JÁ ESTiPULADoS

O advogado Maurício Aude foi eleito o novo pre-sidente da Ordem dos Ad-vogados do Brasil em Mato Grosso com mais de 800 vo-tos à frente de seu concorren-te José Moreno.

Na entrevista à imprensa Maurício Aude disse de sua alegria em vencer e dar conti-nuidade ao grupo que há cer-ca de vinte anos está á frente da OAB estadual. “Trabalha-mos todos os dias para isso acontecer. Isto é resultado de nosso esforço tanto na capital quanto no interior de mato Grosso”, acentuou.

Aude disse ainda que pre-tende cumprir os compro-missos assumidos durante a campanha em que percorreu várias cidades do Estado, incluindo Barra do Garças como um expressivo pólo do Vale do Araguaia.

O presidente eleito já ocu-pa o cargo de vice-presidente da OAB na gestão de Cláudio Stábile de quem não esconde sua admiração. “Pretendo me inteirar de todos os assuntos nos próximos dias dessa nos-sa fase de transição”, disse ele.

BARRA DO GARÇAS

No Vale do Araguaia os advogados Sandro Saggin, de Barra do Garças, e Tarcísio Tonhá, de Água Boa, são os representantes da região no cargo de Conselheiro Estadu-al Titular da OAB estadual.

Em Barra do Garças San-dro Saggin conseguiu eleger seu sucessor na subseção da ordem com a vitória de Le-onardo da Mata onde estão inscritos 238 advogados, 137 aptos a votar, mas que com-pareceram às urnas apenas 110. No Estado são 17 mil ad-vogados inscritos na OAB, 12 mil ativos e votaram para

a escolha da nova diretoria 6.500 eleitores.

DIRETORIA

Maurício Aude (presi-dente), Cláudia Aquino de Oliveira (vice-presidente), Daniel Paulo Maia Teixei-

ra (secretário-geral), Ulisses Rabaneda dos Santos (secre-tário geral-adjunto) e Clever-son de Figueiredo Pintel (te-soureiro).

Para o Conselho Federal foram eleitos o atual presiden-te da Ordem, Cláudio Stábile Ribeiro, Duilio Piato Junior,

Francisco Eduardo Torres Esgaib (titulares), José Anto-nio Tadeu Guilhen, Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo e Oswaldo Pereira Cardoso Filho (suplentes). Para presi-dir a Caixa de Assistência dos Advogados foi eleito Leonar-do Pio da Silva Campos.

ADVoGADo E EMPRESÁRio SANDRo SAGGiN, REPRESENTANTE DA oAB ESTADUAL No ARAGUAiA

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Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília14

Diretor GeralRoNAN DE SÁ - (66) 9979-4726RedaçãoWANDERLEY WAScoNcELoSEstagiáriaANA cARoLiNA ViLELADiagramação e ArteKARLA PATRÍciA

FotosSEMANA7.coMDepartamento ComercialJERUSA HELENA - (66) 9227-2740SHEiLA coSTA - (66) 9995-5939

circulação: Barra do Garças, Vale do Araguaia, Cuiabá e Brasília

A Semana no Araguaia é uma publicação de Edição Publicidade. Rua Presi-dente Vargas, 938 - Sala 4 - Centro - Barra do Garças - Mato Grosso - CEP: 78.600-000 - Fone: (66) 3407-2976 - CNPJ. 10.828.250/0001-78 - Email: [email protected] - WWW.SEMANA7.coM

Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião deste Jornal. Os originais impressos recebidos, tenham ou não sido publicados, não serão devolvidos.

No último dia 17 de no-vembro passou por Chapa-da dos Guimarães - MT a 2ª Expedição Interoceânica, in-terligação terrestre entre os oceanos Atlântico e Pacífi co,

Barra do Garças poderá fazer parte da rota turística internacional pantanal

TURISMO

Tábata OliviAcadêmica de Jornalismo-UFMT-BG

através do Brasil e do Peru.A 2ª Expedição Intero-

ceânica focou na participa-ção do público motociclista para divulgar a viabilidade logística e turística da Rota Turística Internacional Pan-tanal – Amazônia – Andes – Pacífi co, produto turístico

integrado entre os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, e articulado em níveis nacionais com Embratur e Promperu (órgão de pro-moção do Peru), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de cada um dos estados e represen-tantes do turismo.

No Estado de Mato Gros-so somente duas cidades foram selecionadas para re-alizar o receptivo turístico, Chapada dos Guimarães e Cáceres. Barra do Garças, cidade que sedia o maior evento motociclístico do Es-tado de Mato Grosso, o Mo-torcycle do Araguaia, não foi contemplada para fazer par-te da rota deste ano.

Nesse sentido, a realiza-dora do Motorcycle do Ara-guaia, Mônica Porto, marcou presença no evento como re-presentante da nova gestão do turismo, na administração do prefeito eleito Roberto Farias, com o objetivo de for-talecer o interesse do muni-cípio de Barra do Garças em participar deste importante produto turístico e também divulgar o Motorcycle do Araguaia de 2013.

“Bem trabalhada, bem mapeada, com pontos de apoio estabelecidos e com divulgação e promoção inter-nacional da Embratur, uma rota que corta a América do Sul do Atlântico ao Pacífi co pode ser um destino almeja-do por motociclistas de vá-rios países, competindo com a famosa Rota 66 do Estados Unidos. Barra do Garças, es-trategicamente posicionada

no centro do país, pode ser uma das entradas alternati-vas para motociclistas prove-nientes do sul e do sudeste, além de ser um destino co-nhecido pelo segmento, devi-do ao evento Motorcycle do Araguaia. Com certeza, Bar-ra do Garças tem o interesse e o apoio do trade turístico e do poder público para fazer parte desse novo produto”, afi rma Mônica Porto.

Quando indagada sobre a possibilidade de Barra do Garças participar da rota, a Secretária de Desenvolvi-mento do Turismo de Mato Grosso, Teté Bezerra, explica que é necessário que o mu-nicípio manifeste interesse, incluindo o poder público e todo o trade turístico, traba-lhando em conjunto, além de apresentar propostas viáveis para a captação de turistas.

A Expedição teve a du-ração de 18 dias no total, e seguiu a programação divi-dida em duas partes. A pri-meira aconteceu no Brasil de 15 a 22 de novembro e pas-sou pelos seguintes locais: Santos, São Paulo, Araçatu-ba, Campo Grande, Coxim, Rondonópolis, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Cáceres, Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Ouro Preto D’Oeste, Ari-quemes, Porto Velho e Rio Branco. A segunda etapa da programação iniciou no dia 23 de novembro e terminou dia 02 de dezembro, percor-rendo as seguintes cidades: Rio Branco, Puno, Arequipa, Matarani, Colca, Cusco, Vale Sagrado, Machu Picchu e Puerto Maldonado.VÔo cATiVo DE BALÃo PARA PRoMoçÃo Do EVENTo

ATLETISMO

A atleta barra-garcense Ana Karoline, da Seleção Brasileira de Atletismo, foi medalha de ouro no Cam-peonato Sul-Americano de Atletismo Sub-17, realizado em Mendoza, na Argentina de 26 a 28 de outubro. Cor-redora de meio-fundo Carol levou o ouro nos 800 metros rasos, com a melhor marca do ano, a de 2 minutos, 12 segundos e 60 centésimos. A segunda colocação fi cou para o Uruguai e em terceiro lugar a Venezuela.

Outro barra-garcense, Victor Vinícius, foi bron-ze nos 3 mil metros rasos com 8 minutos e 45 segun-dos. Nesta modalidade o primeiro lugar do pódio fi -cou para o Brasil, com Tia-go Silva, do Rio de Janeiro, em segundo a Venezuela e Vinícius em terceiro lugar. “Conseguimos um bom re-sultado”, disse o professor Sivirino Souza, técnico por

Barra-garcense foi ouro no Sul-Americano na Argentina

O atleta barra-garcense Victor Vinícius sagrou-se cam-peão dos 3 mil metros rasos nas Olimpíadas Escolares em Cuiabá neste fi nal de novem-bro (28), fi nalizando assim sua participação em olimpíadas como bicampeão e recordista da modalidade sub-17.

Outro destaque naqueles jogos foi a atleta barra -gar-cense Ana Karoline que após vencer a prova dos 800m na terça-feira (27) voltou a pista na manhã seguinte para con-quistar medalha de ouro no revezamento medley.

Logo após a competição, na noite de 28 de novembro, saiu a convocação da Seleção Brasileira pelo Comitê Olím-pico Brasileiro (COB) para o Festival Internacional de Atle-tismo de 11 a 20 de dezembro em Sidney, na Austrália.

Mais uma vez Barra do Garças foi alvo das atenções com a convocação de Ana Karoline para os 800 metros rasos e a confi rmação do pro-fessor Sivirino Souza como um dos quatro técnicos da Seleção de Atletismo naqueles jogos.

A viagem para Sidney está marcada para 6 de dezembro. A Seleção de Atletismo será composta por 24 atletas (12 no masculino e igual número do feminino). Apesar da sagra-ção em Cuiabá Victor Vinícius não foi convocado pelo fato de já ter ultrapassado a faixa etária da modalidade sub-17.

“Todo esse sucesso só é possível graças a confi ança de empresas e pessoas como Abdo Hallek, médico e um dos dirigentes da Unimed Araguaia, que nos apóia e ajuda patrocinando nossos atletas, agradeço de coração” disse Civirino emocionado.

O professor Sivirino Sou-za que está há oito anos à frente da Casa dos Atletas fez uma relação dos medalhistas de Barra do Garças em olim-píadas escolares. Confi ra no quadro ao lado:

Karoline vai à Austrália representar o [email protected]

critério da Seleção Brasileira de Atletismo pelo fato de ter dois atletas de meio-fundo (Carol e Vinícius) entre os 16 fundistas brasileiros que participaram do campeona-to em Mendoza.

Para fechar o ano Barra do Garças será representada nas Olimpíadas Escolares neste fi nal de novembro em Cuiabá com quatro atletas, Ana Karolyne e Matheus Silva nos 800 metros rasos e Irailton Xavante e Victor Vinícius nos 3 mil metros ra-sos. Nessa Olimpíada Mato Grosso participa com 26 atletas, metade no masculi-no e outra no feminino.

O professor Sivirino Sou-za está há oito anos à frente da Casa dos Atletas em Bar-ra do Garças que atualmen-te abriga 22 corredores. Nas eleições passadas Sivirino foi candidato a vereador e saiu das urnas com 634 votos, “mas de cabeça erguida por-que muitos votaram na cau-sa do esporte e reconhecem nosso trabalho”, analisa.

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VicToR ViNiciUS SE DESPEDE Do SUB-17 coM MEDALHA DE oURo No PÓDio EM cUiABÁ

ANA KARoLiNE, No ALTo Do PÓDio: MENDoZA - ARGENTiNA

MoTocicLiSTAS PARTiciPAM DA ii EXPEDiçÃo iNTERocEÂNicA

SEcRETÁRiA DE ESTADo DE TURiSMo, TETÉ BEZERRA E MÔNicA PoRTo

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Esporte

SIMPATIAO final do folhetim ‘Avenida Bra-sil’ da Globo, levado ao ar às 21 de sexta-feira (19 de outubro), acirrou os ânimos de sósias de Tufão espa-lhados por todo o país, um dos prota-gonistas principais, interpretado pelo ator Murilo Benício. Entre os sósias a figurar nas galerias do G1 está um barra-garcense, Reginaldo Baracho, que por mais de dois anos foi arte--finalista do Grupo Edição que edita este portal e o jornal A Semana. De bem com a vida, Baracho não deixou por menos e bombou sua história no facebook. Baracho é formado Recur-sos Humanos e requisitado profissio-nal no setor de design gráfico.

LEGADo EM ViLA RicAPrefeito Naftaly calixto entrega a prefeitura de Vila Rica neste final e mês com a popularidade em alta, as-sim como sua simplicidade. calixtão, como é chamado carinhosamente pela po-pulação, deixa um legado de obras estruturais e so-ciais no município. Se de-pendesse dos comentários que correm pela região calixtão seria candidato à Assembleia Legislativa. o prefeito descarta e acres-centa uma curtíssima frase: “É cedo”.

OurO OlíMPIcONo clic o professor Sivirino Souza que viajou dia 6 para Sidney, na Austrália para participar do Festival interna-cional de Atletismo como um dos quatro técnicos da Seleção Brasileira de Atletismo. incansável defensor do esporte Sivirino está à frente da casa dos Atletas e pode ser visto quase todos os dias na Vila olímpica no Jar-dim Piracema ou em maranotas de treinamentos com atletas barra-garcenses. Em tempo Sivirino viajou com a fundista Ana karoline, medalha de ouro sub-17 nas Olimpíadas Escolares, realizada no final de novembro em cuiabá. Ana karoline tenta medalha para lustrar o pódio do esporte de Barra do Garças.

GenTe que FAzNo clic para o Semana ViP o casal Mauro Rosa da Silva e Helaine cristina dos Santos. Ele prefeito eleito de Água Boa, município de grande expressão econômica no Vale do Araguaia. Ela, ob-viamente, a primeira-dama a partir de janeiro quando seu marido assumir a pre-feitura sob aplausos de seu antecessor Maurício Tonhá que por sua vez deixa o car-go esbanjando simpatia e popularidade, elegendo, in-clusive, seu sucessor. Gente que faz é assim.

PRESENçASO radialista e apresentador de TV Reginaldo Silva (Chocolete) (PMDB) ao lado do coronel Barbosa (PSD), eleitos vereador por coligações que se enfrentaram nas eleições de outubro. À parte as ideologias, o que se espera é que ambos honrem os votos recebidos nas urnas , que vistam a camisa de seus eleitores já cansados de enviar à câmara Municipal certos representantes aquém de toda expectativa.

FELiciDADE A ToDA PRoVAo vereador Arlan catulé (PMDB), reeleito vereador em Ribeirãozinho sorri fe-liz ao lado de sua namora-da camila Ribeiro. Juntos o casal esbanja simpatia nes-ta véspera de festa de ani-versário de emancipação política do município que ocorre na segunda quinze-na deste mês e conta com a participação de toda a municipalidade. Parabéns ao simpático casal.

Pé nA eSTrAdAO prefeito eleito de Santa Cruz do Xingu, Marcos de Sá (PSB), que aqui aparece no ga-binete do governador Silval Barbosa, não tem tempo a perder e bota o pé na estrada. Já esteve várias vezes em cuiabá onde manteve audiência com Silval, com o deputado Baiano Filho, com senador Pedro Taques, sempre em busca de recursos para seu mu-nicípio próximo à divisa com o Estado do Pará, no nordeste de Mato Grosso. “Não vou ficar esperando as coisas acontecerem. Vou à luta, quero o melhor para o povo de São cruz do Xingu. Qualquer vitória será a vitória de todos nós”, diz ele.

Ano iV - nº 87 - 15 de novembro a 06 de dezembro de 2012 - BARRA Do GARçAS - Municípios do Araguaia - capital Matogrossense - Brasília16

Conforme ocorre nos últi-mos anos a população de Ri-beirãozinho já se prepara para a festa de aniversário do mu-nicípio que se comemora de 19 a 22 de dezembro quando a cidade atinge sua maiorida-de de emancipação política ao completar 21 anos.

À frente da gestão muni-cipal está o prefeito professor Aparecido Marques Moreira, reeleito nas eleições de outubro passado. “Ele foi aprovado nas urnas depois de um mandato caracterizado pela responsa-bilidade técnica de sua equipe afi nada que durante este seu primeiro mandato esbanjou simplicidade e competência”, diz o vereador Arlan Catulé, de sua base de sustentação na Câmara Municipal.

As festividades desse ano começam dia 19 de dezembro com a abertura da Copa das Famílias de futebol soçaite. No início da noite do dia 21 acon-tece o tradicional Bingão 0800 com distribuição de cartelas aos contribuintes que estive-rem com o PITU em dia, oca-sião em que haverá sorteio de vários prêmios.

Às 22 horas do dia 22 cons-ta, de acordo com a programa-ção, da realização de um show pirotécnico de cinco minutos seguido de show nacional com a dupla Ataíde e Alexandre, precedidos de cantores e mú-sicos regionais que ainda estão por ser confi rmados, seguidos de animado bailão com a parti-cipação da comunidade.

HISTÓRIA

A origem do município está ligada às fazendas de gado, instaladas no início do sécu-lo passado e nos garimpos de extração de diamantes. Com a chegada de migrantes de Mi-nas gerais e Goiás o patrimônio de Ribeirãozinho foi se efeti-vando.

Decorrido mais de século de existência, Ribeirãozinho hoje procura atingir seu ponto de equilíbrio, “promovendo o trabalho em parceria com a comunidade, Câmara de Vere-

Ribeirãozinho comemora em dezembro 21 anos de emancipação política

COMEMORAÇÃO

SEMANA7.COMWanderley Wasconcelos

adores e Prefeitura”.Administração marcada

pela transparência e elogiada por muitos, o ponto de equi-líbrio a que se refere Marques começa pela interatividade entre prefeitura e a Câmara de Vereadores. “Nós mantemos um diálogo constante. Meus projetos nunca foram impostos de modo autoritário, mas dis-cutidos com todos, sem inge-rência de cor partidária”.

O prefeito Marques disse ainda que “se não consegui-mos fazer alguma coisa é por falta de recursos. Aqui somos todos unidos e estamos des-providos de qualquer vaidade que diz respeito à administra-ção. Ando a pé por toda a cida-de, converso com as pessoas e fi co sabendo de nossos acertos e daquilo que precisa ser feito para melhor a vida de todos”.

Ano passado dados da Fir-jan (Federação das Indústrias do Rio de janeiro) que num levanta-mento feito no município colo-

cou a saúde pública de Ribeirão-zinho como a segunda melhor do Estado, perdendo apenas para Reserva do Cabaçal.

Na educação, segundo Marcos, Ribeirãozinho foi o quinto maior IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de Mato Grosso. A saú-

de local possui duas ambulân-cias, uma na sede do município e outra no distrito de Couto Magalhães, localizado a cerca de 20 km da cidade.

Na educação o prefeito Marques disse que tem que comemorar e cita a frota de ônibus de transporte escolar

100% renovada. O setor de fi -nanças e de obras em dia. O setor de obras ele conseguiu asfaltar dois conjuntos habi-tacionais (Raio de Luz e João de Barro).

A patrulha agrícola do mu-nicípio está à disposição dos agricultores e o Projeto Bal-

de Cheio, que explora a bacia leiteira do município está em pleno andamento. Este último coordenado pelo secretário de Agricultura e vice-prefeito João Batista dos Santos.

Marques disse ainda que sua administração conseguiu “implementar uma gestão téc-nica confi gurada em parcerias no sentido de atender as de-mandas existentes. Aqui temos a preocupação de estarmos sempre junto com o povo. Se a gente errar será um erro con-junto”. Quando fala em par-ceria Marques retoma a parti-cipação dos vereadores. “Eu envio projetos e eles voltam melhores”, diz.

A prefeitura de Ribeirãozi-nho conta com 166 funcionários (incluindo os cargos comissio-nados). Os programas sociais começam pela capoeira, transi-ta pela música, a dança, hidro-ginástica para idosos, esportes para os jovens, adultos e parti-cipação em Jogos Estudantis no Estado.

Professor de História, Mar-ques chegou a Ribeirãozinho no ano de 1993, exerceu dois mandatos de vereador, foi di-retor de escola e, por último, prefeito “que continua ser a mesma pessoa de sempre. Eu reconheço que tenho um es-pírito agregador de ideias, de parcerias. Moro numa casa sem muros e entendo que pre-ciso contribuir o quanto puder com Ribeirãozinho”. Marques tem 44 anos, é casado com Lu-civanda Cardoso Moreira com quem tem dois fi lhos.

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PREFEiTo REELEiTo DE RiBEiRÃoZiNHo, PRoFESSoR MARcoS, E EQUiPE DE FUTEBoL SoçAiTE DA FAMiLiA PARREiRA - cAMPEÃ/2011

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