4 Jornal Amigos da Biblioteca

DICAS DE PORTUGUÊS

ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Biblioteca Pública Municipal

De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Telefone: (31) 3535-3902E-mail: bibliotecapml@yahoo.com.brFacebook/Biblioteca Municipal Geraldo Alves de Oliveira

PROGRAMAÇÃODA CASA DE CULTURA

Por Victor de Almeida

Nos dias 12, 17 e 23 de junho, o Cinepreciosidade exibe respectivamente, os filmes estrelados pelo francês Jean Pierre Leáud (foto): Os 400 Golpes ou Os Incompreendidos, de François Truffaut (17h); A Mãe e A Puta, de Jean Eustache (16h) e O Leão de 7 Cabeças, de Glauber Rocha (17h). Aos sábados, do dia 14 de junho ao dia 12 de julho, o Cineclube da Casa faz uma mostra de filmes sobre futebol, começando com “Heleno”, de José Henrique Fonseca, com Rodrigo Santoro. O filme trata da vida e da carreira desse jogador que, nos 50, jogou tudo o que tinha e não tinha para atingir o absoluto, tornando-se um mito do futebol brasileiro. ‘No dia 29 acontece oficina de artesanato ministrada por Myriam Mendes. Ainda este mês a Casa promoverá em parceria com a Biblioteca Pública Municipal Geraldo Alves de Oliveira mais uma edição do Projeto Rodabiblio, que aconteceu algumas vezes durante o ano passado na Biblioteca e agora se estende à Casa de Cultura. Será no dia 26 de julho às 14h na Casa de Cássia. Sugere-se a leitura da obra Grande sertão: veredas, anotando os trechos que mais gostou. As inscrições poderão ser feitas na biblioteca pública ; ou casaculturamateusleme@gmail.com. A Casa de Cultura está aberta aos finais de semana, das 9 às 20 horas. Mais informações através do telefone 3535-1721 e na página do Facebook:(www.facebook.com/casadecassia)

A CERCA DE – ACERCA DE – HÁ CERCA DE:

O que cada expressão significa

A cerca de significa “perto de” e “próximo de”, tem

relação com distância:

“Estávamos a cerca de dois quarteirões do local.”

Pode surgir sem a preposição “a” (cerca de), com o

sentido de aproximadamente:

“Cerca de 70 mil veículos deixaram a capital no feriado.”

Acerca de significa “sobre”, “a respeito de”:

“Falou acerca do caso”.

Há cerca de tem relação com tempo decorrido, é o

mesmo que “faz cerca de”:

Há cerca de uma semana, meu carro foi roubado”.

www.facebook.com/DicasDiariasdePortugues

Jornal Amigos da BibliotecaPublicação da Associação Amigos da Biblioteca

Rua dos Funcionários, 23 – Centro. Mateus Leme/MG

Responsável: Ana Paula SalibaColaboradores:

Matheus MatheusVíctor de Almeida

Maria Regina AlcantaraContato da Associação Amigos da Biblioteca:

E-mail: amigosbibliotecapml@gmail.comwww.facebook.com/aabml

EXPEDIENTE

JUNHO 2014 G S T Q Q S S

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15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30 12 – Namorados / 13 – Dia de Santo Antônio / 19 – Corpus Christi / 21 – Início do Inverno

LI E RECOMENDO

Jornal dos Amigos da Biblioteca - Centro - Mateus Leme / MG |Junho-2014 n°13

an

o 2 ‐ n

º 14 ‐

Jun.

/ 201

4JORNAL AMIGOS DA BIBLIOTECA

EDITORIAL

Uma casa de invenção. Um título novo que o estudioso Luís Milanesi deu para um antigo espaço, que há mais de 5 mil anos existe para armazenar e trocar idéias: a BIBLIOTECA. Desde a Era Babilônica que as bibliotecas armazenam o maior tesouro da humanidade: o conhecimento. Este bem era na antiguidade propriedade de reis e imperadores como Alexandre “O Grande”, que idealizava torná-la “um imenso afã enciclopédico, reunindo todo o conhecimento do mundo em um só lugar”. Na idade média estava ligada a ordens religiosas, localizadas em mosteiros. No século XVIII, ganhou espaço nas grandes universidades européias e, a partir do século XIX, surgiu o conceito da biblioteca pública moderna, fornecendo serviços gratuitos em horários regulares, disponibilizando grandes acervos de livros sobre temas variados, financiados por patrocinadores das letras, ciências e artes, artistas e sábios. Há 44 anos Mateus Leme dispõe deste rico centro de cultura. Neste tempo muitos funcionários passaram por lá. Ano após ano, cada vez mais zelosos, novos colaboradores dedicam seu tempo para a manutenção e melhoramento deste centro, a serviço da cidade. No ano de 2008, uma associação foi criada para apoiar este espaço tão importante pra comunidade. E hoje, em 2014, uma nova diretoria assume a associação para dar continuidade à mesma missão e abraçando novas causas: ‘‘valorização da Biblioteca Pública e da Cultura Municipal’’. É com imenso prazer que iniciamos esta jornada.

Forró da Tia Olinda/ Terezinha Alvarenga, Leão-de-chácara/ João Antônio, Os segredos do Nazismo/ Sérgio Pereira Couto,A lança sagrada de Hitler/ Pedro Silva,E ninguém tinha nada com isso/ Marcelo Garcia,Segredos do velho mosteiro/ Dauny Fritsch,O maior segredo do mundo/ Og MandinoPorcós, Pulgos e Fogo-Apagous/ Org. Ronaldo Simões Coelho e Beto Vianna

NOVIDADES DO ACERVO

Por José Martins

Fotografia da Saudade

de Florestan Japiassu Maia

O livro Fotografia da Saudade revive a cidade do Rio de Janeiro na sua vida, seus costumes tanto de outrora como os de hoje. Esse hoje do livro na verdade é uma edição de 1972, e que daí pode-se entender que para 2014, mais mudanças ocorreram. O autor tem um lema antes de cada estrofe, que é “Ah! se eu pudesse....”Lembra da vida pacata do passado, da vida dos trovadores em repetidas serenatas. Ele diz das noites tranqüilas, das formas de distração, o que quer dizer divertimentos, e fala de como os sentimentos atuam, sem precisar do uso de “bolinhas”.A seguir uma estrofe:

Fazer minha boa farraDe violão em serenata,Na praça, no fim da rua,Que a noite era pacata,E ter, nessa distração,O sentimento que atuaSem precisar das “bolinhas”Prá ir ao céu ou à lua...

E dessa forma o autor canta a vida do povo do Rio em um livro de 109 páginas que deslizam sob o olhar do leitor na ida às baladas, aos bares ou praias, e no ambiente familiar. O poeta saudoso deseu tempo jovem, parece chocar-se com o que ele via de novo. Logo, ele retratou o que viveu e estava vivendoao poetizar.

EXPOSIÇÕES ITINERANTES

2 Jornal Amigos da Biblioteca

E n tre as inúm eras ações de

incen tivo à le itu ra da

S upe rin tendênc ia de B ib lio tecas

P úb licas de M inas G e ra is ,

des taca -se a e labo ração de

expos ições itine ran tes em

hom enagem a au to res , tem as e

da tas do un ive rso lite rá rio .

A E xpos ição é um con jun to de

pa iné is ou banners ilus trados e

co lo ridos , que tem po r ob je tivo

p rom ove r ações cu ltu ra is pa ra

es tim u la r a le itu ra e o

com parec im en to das pessoas à

B ib lio teca P úb lica .

E ssas expos ições são

d ispon ib ilizadas pe la

S upe rin tendênc ia de B ib lio tecas

P úb licas de M inas G e ra is às

B ib lio tecas P úb licas so lic itan tes . A

pa rtir de las podem os c ria r um

un ive rso de poss ib ilidades pa ra

es tim u la r a le itu ra , po is vá rias

a tiv idades podem ser

desenvo lv idas : v is itas agendadas

po r esco las , deba tes sob re o tem a

do au to r, d ram a tizações ,

m us ica lização de poem as , ho ra do

con to .

In ic iam os as expos ições em 2007 ,

quando fo i c riada a S a la “R ica rdo

de O live ira U m be lino ” desde en tão

v in te e três expos ições itine ran tes

já fo ram expos tas na B ib lio teca

P úb lica “G era ldo A lves d e

O live ira” e d ive rsas a tiv idades

fo ram desenvo lv ida s .

A s expos ições nos m o tiva ram a

leva r à popu lação da nossa c idade

e v is itan tes um pouco da cu ltu ra

do m un íc ip io po r m e io da

E xpos ição R a ízes da T e rra :

‘M em órias da C ava lhada ’ (2013 );

‘M em órias C a rnava lescas ’ (2013 );

M em órias de M a theus Lem e ’

(2013 ); ‘M ilag res &

D es lum bram en tos ’ de Irene de

M e lloneves (2013 ).

D e aco rdo com um levan tam en to

es ta tís tico m a is de 10 .176

p esso as vis ita ram as expos ições

rea lizadas pe la B ib lio teca P úb lica

M un ic ipa l ‘G e ra ldo A lves de

O live ira ’, no período de 2007 a

2013 . C om prova ndo que a

b ib lio teca faz parte do cená rio

cu ltu ra l de M ateus Lem e .

A tu a lm en te a b ib lio teca p o ssu i

d u as exp o s içõ es : ‘M ilag res

D es lu m b ram en to s ’ d e Iren e d e

M ello n eves e ‘C am õ es ’, q u e

es tão d isp o n íve is às b ib lio tecas

esco la res , p ú b licas e o u tras , a

títu lo d e em p rés tim o. M ais

in fo rm açõ es p e lo te le fo n e : 3535 -

3902 .

Exposição Mário Quintana Exposição ‘Milagres e Deslumbramentos’ de Irene de Melloneves

Jornal Amigos da Biblioteca 3

CINEMA DE DESDOBRAMENTOS

Por Matheus Matheus

A HORA DA ESTRELA

Última obra oficial, lançada em vida, da escritora Clarice Lispector (1925-1977), única novela e única obra dela até os dias de hoje adaptada para o cinema em forma de longa metragem. A Hora da Estrela conta a história de Macabéa, migrante nordestina, viciada em rádio e em café com muito açúcar, que tenta a sorte no Rio de Janeiro munida de um curso de d a t i l o g r a f i a e u m d e s e j o incontrolável de ser feliz como uma artista de cinema. Feito oito anos após o falecimento da contista, cronista, romancista, e não poeta como geralmente é chamada,o filme é de Suzana Amaral (de Hotel Atlântico, 2009), diretora rara e minimalista, que produz um filme por década, e também detém os direitos de adaptação do obscuro e dito inadaptável “A Maçã no Escuro”, também de Clarice Lispector. No elenco, Marcélia Cartaxo, José Dumont, Tâmara Taxman, Umberto Magnani, Denoy de Oliveira e Fernanda Montenegro. Macabéa é irmã caçula da quixotesca Dulcinéia e da tropicalista Lindonéia. Aqui Clarice reflete sobre o papel da mulher, oprimida simplesmente pelo fato de ser mulher, e também pela pobreza, pelo cotidiano e pela ignorância. Esta opressão se materializa no personagem de Olímpico

de Jesus, seu namorado, igualmente pobre e ignorante, mas alçado à uma posição superior pelo fato de ser homem. A Hora da Estrela também teve seus desdobramentos musicais: virou um show de Maria Bethânia, apresentado um ano após a morte de Clarice, em sua homenagem; e músicas de Lobão (1988) e da banda pop Pato Fu (2007).Artistas como Cazuza, Ângela Ro Ro e Cássia Eller também já prestaram suas homenagens à escritora, em outros momentos. Em sua narrativa mais alcançável, mais linear, mas nem por isto inferior ou simplista, Clarice revive sua infância humilde, passada numa velha Recife lúdica que está se perdendo cada vez mais ao custo de um suposto progresso industrial, e pressente sua própria morte. Como sempre acontece com Clarice, persona e criatura se confundem numa coisa só. Macabéa tem traços de sua mãe, de suas empregadas domésticas que tanto a impressionavam e de todas as mulheres do mundo, incluindo a própria autora. Logo, a hora da estrela também é a hora de Clarice.

Este e outros livros da autora ucraniana radicada no Brasil, estão na Biblioteca Pública Geraldo Alves de Oliveira, disponíveis para empréstimo.