Jornal ABO - Edição 137

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Março/ Abril de 2012 Distribuição nacional gratuita, a cada dois meses, com informações de interesse para todos os cirurgiões-dentistas. A 137ª edição já está nas mãos dos leitores de todo o Brasil, com novidades. Boa leitura!

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Page 1: Jornal ABO - Edição 137

J A B OJornal da Associação Brasileira de Odontologia

Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 137

E S P E C I A I S

Lei de Acesso à

Informação entra

em vigor.Exerça seu

direitoPág. 10

CNCC negocia com planos

odontológicos, mas aval será das cinco entidades do setor

ABO, CFO, FNO, ABCD e FIO - as cinco Entidades Nacionais Odontológicas - reuniram-se com o presidente da Comissão Nacional de Con-vênios e Credenciamentos (CNCC) em maio e definiram que as reivindicações dos cirurgiões-dentistas em relação aos planos odontológicos serão negociadas pela CNCC. Mas a decisão final sobre a questão será das entidades nacionais. Para o presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, que teve participação decisiva na agenda do encontro, a principal proposta é pela negociação, sem confronto. “O foco tem que estar, além da melhor condição de trabalho para o CD, nos benefícios à saúde da população brasileira”, afirmou na ocasião. Pág. 5

Implantação de 908 novas Equipes de Saúde Bucal abre oportunidades de trabalho para os cirurgiões-dentistas e beneficia a população. Agora, 90% dos municípios brasileiros passam a ser cobertos pelo programa, chegando a mais 58 cidades em 15 Estados. “Será absorvida uma quantidade enorme de profissionais nesse mercado de trabalho, tornando o setor público o grande empregador da área odontológica, além do impacto positivo na indústria do setor nacional”, disse Gilberto Pucca Jr., coordenador nacional de Saúde Bucal. A ABO Nacional comemorou a iniciativa e defende a contínua ampliação do programa, “até que todo brasileiro tenha sua saú-de bucal garantida”, declarou o presidente da entidade, Pág. 9

Brasil Sorridente: mais postos de

trabalho para o CD, mais saúde à

população

ABO trabalha por melhores salários para

o cirurgião-dentista

A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, sediou audiência pú-blica para discutir a PEC 74/2011, de autoria dos deputados federais Mendonça Prado (DEM/SE) e Ronaldo Caiado (DEM/GO), que cria a carreira de cirurgião-dentista de Estado. O salário inicial proposto pela medida é de R$15.187,00, reajusta-do anualmente. O ato teve a presença e o apoio do presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho. Pág. 8

l Piso de R$ 7 mil para 20h semanaisTambém o PL 3734/2008, que fixa o piso salarial de CDs e médicos em R$7 mil para 20 horas se-manais, está em tramitação, tendo sido aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação. A Frente Parlamentar em Defesa dos Profissionais da Saúde reuniu-se com representantes de entidades odon-tológicas em Brasília (DF) para dar celeridade à proposta. Pág. 15

Atuação dos CDs em

hospitaismais próxima da realidade

Pág. 12

CD e TPD,

parceiros

de um bom

trabalhoPág. 14

Prevenção desde a

gestação:saúde bucal para sempre

Pág. 17

Felicidade, o ingrediente

que aumenta a qualidade

de vidaPág. 24

Xerostomia: um dos

males do uso regular de

medicamentosPág. 16

E S P E C I A I S

Ronco e apneia: como a

Odontologia pode ajudar

Pág.18

Congressos oficiais da ABO

Págs. 20, 21 e 22

J A B OJornal da Associação Brasileira de Odontologia

Ano XIX - Número 130 - Setembro/outubro - 2010

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J A B OJornal da Associação Brasileira de Odontologia

Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 137

E S P E C I A I S

Lei de Acesso à

Informação entra

em vigor.Exerça seu

direitoPág. 10

CNCC negocia com planos

odontológicos, mas aval será das cinco entidades do setor

ABO, CFO, FNO, ABCD e FIO - as cinco Entidades Nacionais Odontológicas - reuniram-se com o presidente da Comissão Nacional de Con-vênios e Credenciamentos (CNCC) em maio e definiram que as reivindicações dos cirurgiões-dentistas em relação aos planos odontológicos serão negociadas pela CNCC. Mas a decisão final sobre a questão será das entidades nacionais. Para o presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, que teve participação decisiva na agenda do encontro, a principal proposta é pela negociação, sem confronto. “O foco tem que estar, além da melhor condição de trabalho para o CD, nos benefícios à saúde da população brasileira”, afirmou na ocasião. Pág. 5

Implantação de 908 novas Equipes de Saúde Bucal abre oportunidades de trabalho para os cirurgiões-dentistas e beneficia a população. Agora, 90% dos municípios brasileiros passam a ser cobertos pelo programa, chegando a mais 58 cidades em 15 Estados. “Será absorvida uma quantidade enorme de profissionais nesse mercado de trabalho, tornando o setor público o grande empregador da área odontológica, além do impacto positivo na indústria do setor nacional”, disse Gilberto Pucca Jr., coordenador nacional de Saúde Bucal. A ABO Nacional comemorou a iniciativa e defende a contínua ampliação do programa, “até que todo brasileiro tenha sua saú-de bucal garantida”, declarou o presidente da entidade, Pág. 9

Brasil Sorridente: mais postos de

trabalho para o CD, mais saúde à

população

ABO trabalha por melhores salários para

o cirurgião-dentista

A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, sediou audiência pú-blica para discutir a PEC 74/2011, de autoria dos deputados federais Mendonça Prado (DEM/SE) e Ronaldo Caiado (DEM/GO), que cria a carreira de cirurgião-dentista de Estado. O salário inicial proposto pela medida é de R$15.187,00, reajusta-do anualmente. O ato teve a presença e o apoio do presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho. Pág. 8

l Piso de R$ 7 mil para 20h semanaisTambém o PL 3734/2008, que fixa o piso salarial de CDs e médicos em R$7 mil para 20 horas se-manais, está em tramitação, tendo sido aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação. A Frente Parlamentar em Defesa dos Profissionais da Saúde reuniu-se com representantes de entidades odon-tológicas em Brasília (DF) para dar celeridade à proposta. Pág. 15

Atuação dos CDs em

hospitaismais próxima da realidade

Pág. 12

CD e TPD,

parceiros

de um bom

trabalhoPág. 14

Prevenção desde a

gestação:saúde bucal para sempre

Pág. 17

Felicidade, o ingrediente

que aumenta a qualidade

de vidaPág. 24

Xerostomia: um dos

males do uso regular de

medicamentosPág. 16

E S P E C I A I S

Ronco e apneia: como a

Odontologia pode ajudar

Pág.18

Congressos oficiais da ABO

Págs. 20, 21 e 22

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 20124

E D I T O R I A L

Odontologia forte na saúde pública

e suplementar

Nas últimas décadas, o Brasil promoveu duas revoluções complementares na promoção da saúde sem restrições: a universalização dos cuidados, com a criação do SUS, exem-plo para políticas ao redor do mundo, e a regulação da saúde

suplementar, sem a qual o setor público corre risco de saturação e falência. A ABO, com suas ações junto ao poder público e à iniciativa privada, representando os mais de 230 mil cirurgiões-dentistas brasi-leiros nas discussões entre ambos os setores, orgulha-se de participar de mais dois importantes capítulos no processo de fortalecimento da Odontologia no SUS e nos planos de saúde: a ampliação do Brasil Sorridente e a garantia da representatividade do cirurgião-dentista nas decisões sobre planos odontológicos.

Há pouco mais de uma década, a presença da Odontologia na saúde pública era quase nula diante da enorme carência da população por cuidados oferecidos por cirurgiões-dentistas e suas equipes. O Brasil Sorridente, a política nacional de saúde bucal, supriu progres-sivamente essa carência e, hoje, com importantes avanços no combate à cárie e a outros problemas bucais mais recorrentes, podemos voltar nossa atenção a demandas mais específicas do povo brasileiro – que tem vivido mais, com o aumento da expectativa de vida, mas ainda precisa viver melhor. Atendendo a essa demanda e à reivindicação recorrente da ABO pela ampliação do Brasil Sorridente, o Ministério da Saúde vai destinar mais de R$ 6,3 milhões para a criação de 908 equipes de Saúde Bucal (ESBs) em 15 estados, além de fornecer novas cadeiras odontológicas e unidades móveis. Somando-se as ESBs implantadas desde 2002, tem-se um crescimento de mais de 388% no Brasil Sorridente.

Em outra frente de trabalho pelo acesso da população ao cuidado odontológico, a ABO tem mediado as reivindicações dos cirurgiões--dentistas brasileiros junto aos planos odontológicos. Trata-se de um trabalho delicado junto à Comissão Nacional de Convênios e Cre-denciamentos (CNCC), à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e às representações das empresas do setor, mas a ABO e as demais entidades nacionais defendem que as decisões finais sejam por elas tomadas, pois representam o cirurgião-dentista e atuam em prol de sua valorização e pela consequente qualidade do serviço oferecido à população. Graças a essa defesa, enfatizada pessoalmente pela Presidência da ABO nas conversas iniciadas com a iniciativa privada, a relevância do cirurgião-dentista na saúde suplementar é cada vez mais reconhecida.

É essa união de esforços entre os setores público e o privado, com a sociedade civil como mediadora, que tem levado o Brasil pelos caminhos do desenvolvimento sustentável na promoção da saúde – direito fundamental do cidadão, dever do Estado e principal bandeira da ABO. Acreditamos e defendemos que o imperativo constitucional de sua universalização só estará garantido se o exercício justo e pleno da Odontologia também o estiver.

Newton Miranda de CarvalhoPresidente da ABO Nacional

A ABO não se responsabiliza pelos serviços e produtos das empresas que anunciam no JABO, as quais estãosujeitas às normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor. Artigos assinados ou conceitos emitidossão de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitida a reprodução de textos do jornal desde que citada a fonte.

J A B OE X P E D I E N T E

JABO é uma publicação bimestral da Associação Brasileira de Odontologia, de circulação nacional.Produção/edição: Edita Comunicação Integrada. Al. Santos, 1398 - 8º and. conj. 87. Telefax (+11)3253.6485 e (+11) 3284.1348. CEP 01418-100 - São Paulo - SP - Brasil. E-mail: [email protected] Diretores: Joaquim R. Lourenço e Zaíra Barros. Editora: Zaíra Barros (MTb: 8989); repórter: Antonela Tescarollo (MTb: 41.547); Antonio Júnior (MTb:56.580); diagramação/artes: Edita/Rafael Aguiar; fotos: Edita/David de Barros/fotoabout. Publicidade: [email protected]; GSenne - Tel.: (+11)4368.5678, e-mail: [email protected]; MN Design - Tel.:(+11) 2975.3916, e-mail: [email protected] ; Ponto 4 Propaganda Ltda. Tel. (+11) 3816.0328; e-mail [email protected]. Impressão: D’ARTHY Editora e Gráfica Ltda. .Tiragem: 100.000 exemplares. Distribuição gratuita. Circulação nos meses de em fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro.

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Conselho Executivo Nacional (CEN)Presidente:Newton Miranda de Carvalho (MG)Secretário-geral:Marco Aurélio Blaz Vasques (RO)Tesoureiro-geral:Carlos Augusto Jayme Machado (MG)

Suplentes: Dilto Crouzeiles Nunes(RS)/ Paulo Murilo Oliveira daFontoura Jr.(RJ)/ Lucila JanethEsteves Pereira (PA)/ Júlio MedeirosBarros Fortes (PI)

Conselho Fiscal NacionalEfetivos: José Silvestre (SP)/ JoséBarbosa Porto (CE)/ Alberto Tadeu do Nascimento Borges (AM)

ABO nos Estados ABo/Rio de JaneiroPres. Paulo Murilo O. da FontouraRua Barão de Sertório,7520261-050 - Rio de Janeiro - RJTel.(+21)2504.0002 /Fax [email protected]

ABo/Rio grande do NortePres. Pedro Alzair Pereira da CostaRua Felipe Camarão, 51459025-200 - Natal - RNTel.:(+84) 3222.3812/Fax: [email protected]/www.aborn.org.br

ABo/Rio grande do SulPres. Flávio Augusto Marsiaj OliveiraRua Furriel L. A. Vargas, 13490470-130 - Porto Alegre - RSTel.:(+51) 3330.8866/Fax: 3330.6 [email protected]

ABo/RondôniaPres. Antonio Carlos PolitanoRua D. Pedro II, 140778901-150 – Porto Velho – ROTel.: (+69) 3221.5655/Fax: [email protected]

ABo/RoraimaPres. Galbânia Policarpo de SáR. Barão do Rio Branco,130969301-130 - Boa Vista- RRTel. (+95) 3224.0897/ Fax [email protected]

ABo/Santa CatarinaPres. Murilo Ferreira LimaRua Dom Pedro I, 224 - Capoeira -88090-830 - Florianópolis- SCTelefax (+48) [email protected]

ABo/São PauloPres. José SilvestreRua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana02037-000 - São Paulo - SPTel.: (+11) 2950.3332/Fax: [email protected]

ABo/SergipePres. Luciano Pacheco de AlmeidaAv. Gonçalo Prado Rollemberg, 40449015-230 - Aracajú - SETel: (+79) 3211.2177 Fax: [email protected]

ABo/TocantinsPres. Luiz Fernando VarroneAv.LO15 602 Sul-Conj. 02 Lote 0270105-020 - Palmas - TOTel.: (+63) 3214.2 246/Fax: [email protected]

Suplentes: Patrícia Meira Bento (PB)/ Luiz Gonçalves Melo (PE)

Vice-presidentes RegionaisNorte: Luiz Fernando Varrone (TO)Nordeste: Tiago Gusmão Muritiba (AL)Sudeste: Osmir Luiz Oliveira (MG)Sul: Nádia Maria Fava (SC)Centro-oeste: Jander Ruela Pereira (MT)

UniABoCoordenador:Sérgio de Freitas Pedrosa (DF)Vice-coordenador:Egas Moniz de Aragão (PR)Secretária: Nádia Maria Fava (SC)

Diretor do Departamentode Avaliação de Produtosodontológicos (Dapo)Oscar Barreiros de Carvalho Jr. (SP)

Diretor científico daRevista ABo NacionalFernando Luiz Tavares Vieira (PE)

Conselho Nacional de Saúde (CNS)Efetivo: Geraldo Vasconcelos (PE)

Assembleia geral:Presidente: Luiz Fernando Varrone (TO)

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 5A B OA B O

CNCC negocia com planos odontológicos, mas o aval será das entidades do setor

As Entidades Nacio-nais Odontológicas - Conselho Federal

de Odontologia, Federação Interes-tadual de Odontologia, Federação Nacional dos Odontologistas, As-sociação Brasileira de Cirurgiões--Dentistas, Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional); e presidentes dos CROs e o presidente da Comissão Nacional de Convê-nios e Credenciamentos, reuniram--se em Brasília (DF), dia 3 de maio, e definiram que as reivindicações dos cirurgiões-dentistas em relação aos planos odontológicos serão ne-gociados pela Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos (CNCC). A decisão final, no entan-to, será dos presidentes das cinco entidades nacionais, focando, além da melhor condição de trabalho para o cirurgião-dentista, os benefícios à saúde da população brasileira. O presidente do CFO, Ailton Dio-go Morilhas, elogiou, no encontro das entidades, a atitude do presi-dente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, que in-termediou e agendou a reunião com representantes dos planos odontológicos e entidades odon-tológicas. Para Newton Miranda de Carvalho, a principal proposta é pela negociação, sem confronto. Por parte das operadoras de planos de saúde participaram representantes da Odontoprev e do Bradesco Saúde.

CliqueABO

www.abo.org.brInformações:

Solução está na defesa da negociação

e não do confronto,

segundo as entidadesABO, CFO, FNO, ABCD

e FIO reuniram-se com a CNCC, em Brasília

Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional) está encaminhando ofício ao Conar e à Cervejaria Skol solici-tando a suspensão do comercial de TV “Tá com o pé no feria-do?”, no qual ator, usando roupa de cirurgião-dentista, atende paciente na cadeira e utiliza os pés para mexer na churrasqueira e em latas de cerveja da marca. A iniciativa da ABO reforça a atitude tomada também pelo Conselho Federal de Odonto-logia (CFO). Para o presidente da ABO Nacional, Newton Mi-randa de Carvalho, o comercial deturpa a imagem do cirurgião--dentista como profissional de saúde e prejudica o esforço feito pelas entidades de classe para levar a população a aprender a cuidar de sua saúde bucal no consultório odontológico.

ABO pede ao Conar suspensão de comercial da

Skol na TV

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 20128

A audiência reuniu representantes de entidades odontológicas em MG. Emenda Constitucional cria a carreira de cirurgião-dentista de Estado. Salário inicial proposto é de R$ 15.187,00, reajustado anualmente

Carreira de CD de EstadoABO participa de audiência pública pela PEC 74/2011

CFO comemora os 48 anos dos Conselhos de Odontologia

A B OA B O

Em junho de 2010, o Ministé-rio da Saúde editou uma portaria que dá direito a atendimento odontológico em hospitais públi-cos a pessoas com necessidades especiais ou portadoras de de-ficiência. Todavia, o número de cirurgiões-dentistas para atender a grande demanda de pacientes é muito baixo, já que contando com o Sistema Único de Saúde (SUS), o total não chega a 70 mil no setor público. “Apesar de o Brasil ser o País com o maior número de

sob o comando do conselheiro federal Mário Tavares Moreira Júnior, foi concluída a revisão do Código de Ética Odontológica e, provavelmente até o fim deste mês, ele será editado, o que trará um grande benefício, não só à classe odontológica mas também à toda a sociedade.”

N o dia 17 de abril, o pre-sidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho,

participou de uma audiência pú-blica que aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte (MG), para discutir a Proposta de Emen-da Constitucional n°74/2011, de autoria dos deputados federais Mendonça Prado (Democratas/SE) e Ronaldo Caiado (Democratas/GO), que tem como finalidade criar a carreira de cirurgião-dentista de Estado. A audiência reuniu enti-dades representativas da classe odontológica.

“Fico muito feliz em perceber que estamos suscitando o interesse de várias pessoas, de diversos luga-res do Brasil, a realizarem debates com o intuito de aperfeiçoar e melhorar o texto da PEC que visa à criação da carreira de cirurgião--dentista de Estado. No meu ponto de vista, ela é indiscutivelmente uma das soluções para os proble-mas da Saúde Pública do País”, disse Mendonça Prado.

Em comemoração aos 48 anos dos Conselhos de

Odontologia, o CFO promoveu uma solenidade no dia 14 de abril, no Rio de Janeiro, que reuniu todo o plenário federal e os presidentes e conselheiros de todos os 27 Conselhos Regionais, além de autoridades da Odonto-logia, entre eles o coordenador nacional de Saúde Bucal do Mi-nistério da Saúde, Gilberto Pucca Jr., que representou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho.

Durante a cerimônia, foram homenageadas oito personalida-des que vêm se destacando por seu trabalho em prol da Odonto-logia e da saúde bucal da popu-lação brasileira. Na ocasião, foi feita também a entrega do Prêmio Brasil Sorridente aos municípios vencedores.

O presidente do CFO, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues, apro-veitou a ocasião para antecipar algumas novidades relacionadas à Odontologia. Entre elas, falou sobre o novo Código de Ética Odontológico, que, segundo ele, deve ser editado ainda este mês. “Graças a um trabalho árduo e competente da Procuradoria Jurídica do CFO e da Comissão de Legislação e Normas do CFO,

cirurgiões-dentistas do mundo, 13,43% da população entre 15 e 19 anos nunca foi a um especia-lista”, explicou Prado. A maioria dos CDs se concentra nas capitais e grandes cidades, enquanto o interior carece de profissionais. A PEC, segundo seu autor, cria novas perspectivas uma vez que incentiva os profissionais a se estabelecerem no interior.

De acordo com o texto da PEC 74/11, o cargo será efetivo, ocupado mediante concurso pú-

ReconhecimentosApós a abertura, houve a

entrega do Prêmio Brasil Sorri-dente aos municípios vencedores: Itanhandu (MG), na categoria relativa a municípios com popu-lação inferior a 50 mil habitantes; Corumbá (MS), com população entre 50 e 300 mil habitantes; e

blico, e terá regime de dedicação exclusiva. A ascensão funcional será de acordo com o me-recimento consideran-do o aperfeiçoamento profissional e antigui-dade. A remuneração da carreira valorizará o tempo de serviço e os níveis de qualificação na área, sendo o piso profissional nacional fixado por lei. Inicialmente, um cirurgião-dentista irá receber R$ 15.187,00, reajustado anualmente.

Ainda segundo o autor da propos-ta, o objetivo é dar à carreira dos CDs tratamento similar ao que é conferido às carreiras jurídicas, como piso salarial equivalente, bem como progressão e promoção (veja mais na pág. 15).

Curitiba (PR), vencedora entre os municípios brasileiros com população superior a 300 mil habitantes.

Na ocasião, o coordenador de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., disse: “Desde 2004, quando lançamos o Programa Brasil Sorridente, a Odontologia vem

construindo um grande consenso nacional, porque sinceramente não vejo outra categoria profis-sional com a competência e o compromisso de cidadania que a Odontologia brasileira vem reali-zando nesses nove anos”.

Também foram entregues as Medalhas de Honra ao Mérito Odontológico Nacional, que homenageia profissionais que se destacaram pelo seu trabalho e pela sua contribuição à Odonto-logia em três campos de atuação. Na categoria Contribuição Pro-fissional nos Campos da Ciência - Ensino ou Pesquisa, a comenda foi concedida a três cirurgiões--dentistas: Léo Kriger (PR), Maria Eugênia Tollendal (MG) e Solon Galvão Filho (RN).

Os cirurgiões-dentistas Pedro Henrique Fernandes da Silva (RJ), que também é deputado estadual, e Rodolfo Candia Alba Júnior (SP) foram os homenageados na categoria Contribuição Honorífica no Plano do Desempenho Social, Político e nos Serviços. Já em Contribuição Benemérita na Área de Doação Material e/ou Obras Odontológicas Significativas para a Sociedade, o senador José Barroso Pimentel (CE) recebeu a medalha. Além destes, o CFO prestou home-nagem também à técnica em saúde bucal Filomena Barros e ao técnico em prótese dentária Toshio Uehara.

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ABO na audiência pública e com o dep. Mendonça Prado (destaque)

Cerimônia teve presença das principais autoridades do setor

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 9

Implantação de 908 novas Equipes de Saúde Bucal abre postos de trabalho para o CD e beneficia a população: 90% dos municípios brasileiros passam a ser cobertos pelo programa

B R A S I LB R A S I L

M E R C A D OM E R C A D O

Straumann adquire 49% da Neodent

MS amplia Brasil Sorridente: mais postos para o CD, mais saúde à população

A Straumann anunciou em 16 de maio a assinatura do acordo da aquisição

de 49% da Neodent, empresa líder do ramo de implantes dentários no Brasil, por aproximadamente CHF 260 milhões de francos suíços - 277 milhões de dólares. A aquisição possibilitará à Strau-mann conquistar a liderança no mercado brasileiro, o segundo maior mercado de implantes do mundo, e um acesso acelerado a outros mercados da América La-tina. O acordo também fornece à Straumann a opção para aumentar a sua participação para até 100% ao longo dos próximos seis anos.

A Neodent é uma empresa de capital fechado especializada principalmente no desenho, de-senvolvimento e fabricação de implantes dentários e seus respec-tivos componentes protéticos. Sob a liderança empresarial dos seus fundadores, Geninho Thomé e Cle-milda de Paula Thomé, a empresa apresentou uma rápida expansão nos últimos dez anos e hoje detém aproximadamente um terço do mercado brasileiro. Este sucesso é

O Ministério da Saúde anun-ciou em 21 de maio a libe-ração de R$ 6,3 milhões

para a implantação de 908 Equipes de Saúde Bucal (ESBs) em 58 mu-nicípios de 15 Estados. A medida dá continuidade à ampliação do Brasil Sorridente, incentivada pela ABO Nacional como fundamental para a distribuição da força de trabalho odontológica ao longo de todo o território nacional.

As novas equipes vão se somar às 21.587 já em atuação em 4.880 municípios. Para o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., trata-se de um marco na ampliação da Odontologia no Sis-tema Único de Saúde (SUS). “Será absorvida uma quantidade enorme de profissionais neste mercado de

tos dentários que não costumam ser reembolsados por planos de saúde.

Para Beat Spalinger, presidente e CEO da Straumann, a Neodent é uma marca líder em implantes dentários em um dos mercados mais dinâmicos e atraentes do mundo. “Trata-se de uma empresa bem administrada, eficiente e que possui valores semelhantes aos da Straumann, comprometida com o bem-estar dos pacientes. A marca

fruto da filosofia de oferecer soluções de implantes dentários mais acessíveis a uma maior fatia da população.

Com crescimento médio anual de aproximadamente 20% nos últi-mos três anos, a Neodent apresentou um faturamento de R$ 167 milhões (aproximadamente 80 milhões de francos suíços) em 2011. Mais de 90% do faturamento foi gerado no mercado brasileiro. A empresa é al-tamente lucrativa, gerando margens EBITDA superiores a 40%.

Mercado atraente e em crescimento

Com uma venda estimada de aproximadamente dois milhões de implantes em 2011, o Brasil, atrás apenas dos EUA, é o segundo maior mercado de implantes dentários do mundo (em volume). Espera-se um crescimento significativo do mer-cado nos próximos anos, movido por uma situação demográfica fa-vorável, um aumento da população idosa e a expansão da classe média.

Segundo a Agência Reuters, estes dados contrastam com a Europa, onde a crise de dívida vem fazendo com que a população postergue tratamen-

trabalho. Com a implantação do Brasil Sorridente, o setor público já tinha se tornado o grande empre-gador da área odontológica; depois disso, será maior ainda. Também há um impacto na produção da in-dústria odontológica nacional, pois o Ministério da Saúde repassa os consultórios para os municípios. E isso também pode trazer benefícios para o serviço privado, pois, com maior produção e venda, os preços tendem a cair.”

O presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, co-memorou a medida. “A ABO está presente em todo o Brasil e conhece a diversidade da população bra-sileira – que, apesar dos avanços que protagonizamos na promoção da saúde bucal, ainda carece de

Neodent oferece acesso a uma enorme fatia do mercado e da po-pulação onde não temos condições para atender e servir com a marca Straumann. Com essa aquisição e a estratégia de duas marcas, a Strau-mann terá acesso ao potencial total do mercado da América Latina”, declara .o presidente da Straumann.

“O investimento da Straumann é importante para o Brasil e reconhece também o tremendo sucesso da nos-

Diretores da Straumann e da Neodent na assinatura do acordo empresarial

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sa equipe nos últimos dez anos”, afirma Geninho Tomé, cofunda-dor e CEO da Neodent. “Estamos extremamente orgulhosos de fazer parte do grupo Straumann, que enxergamos como líder global e pioneiro na Implantodontia. Estou convencido de que nossa parceria irá contribuir significativamente para a melhoria dos padrões de tratamento na América Latina”, afirma o empresário brasileiro.

cuidados. Por isso, somos entusias-tas e participamos ativamente da ampliação do Brasil Sorridente, até que todo brasileiro tenha sua saúde bucal garantida.”

As ESBs receberão incentivo financeiro para o custeio ao iniciar o atendimento, com valores entre

R$ 2.230 (módulo I) e R$ 2.980 (módulo II) por mês. No total, serão investidos R$ 2,206 milhões, mensalmente.

Mais benefícios – O Ministé-rio da Saúde também vai fornecer 1.150 cadeiras odontológicas e destinar R$ 14 mil para quatro

Unidades Odontológicas Móveis (UOMs). Os veículos vão atender as cidades de Ladainha (MG), Águas Belas (PE), Cardoso Mo-reira (RJ) e Cel. Domingos Soares (PR). Cada município receberá mensalmente R$ 18.720 mil para custeio das atividades.

Gilberto Pucca Jr. Newton Miranda de Carvalho

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 201210

A lei vale para todos os órgãos públicos e pessoas físicas e jurídicas podem pedir informações

Lei de Acesso à Informação

entra em vigor. Exerça seu direito

Profissional de saúde terá acesso a publicações em site

B R A S I LB R A S I L

D esde o dia 17 de maio, os órgãos públicos são obrigados a prestarem

informações sobre suas atividades a qualquer cidadão interessado. Entrou em vigor a nova Lei de Acesso à Informação (1257/2011), iniciativa do Executivo e vale para todo o serviço público – seja municipal, estadual e federal – do País. A partir de agora, segundo o texto, os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal têm de “assegurar o direito de acesso à in-formação, proporcionado mediante procedimentos objetivos e ágeis”.

Segundo o decreto, os órgãos e entidades “deverão implementar em seus sites na internet seção específica para a divulgação das informações”, como banners. “Qualquer pessoa, natural ou jurídica, poderá formular pedido de acesso à informação. O pedido será apresentado em formulário padrão, disponibilizado em meio eletrônico e físico, no site na In-ternet e no Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) dos órgãos e entidades”. Esses centros preci-sarão ter estrutura para atender e orientar o público quanto ao acesso a informações de interesse coletivo como, por exemplo, tramitação de documentos, processos de licita-ções e gastos públicos.

Na internetA Lei de Acesso à Informa-

ção estabelece também que as entidades públicas divulguem na internet, em linguagem clara e de fácil acesso, dados sobre a administração pública. Devem constar, no mínimo, registro das competências e estrutura organi-zacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de

como informações pessoais dos agentes públicos ou privados. Nesses casos, o órgão é obrigado a justificar o motivo para não fornecer o dado.

A lei determina que seja conce-dida ao cidadão a opção de solicitar os dados pela internet. Outros meios, como carta e telefone, vão depender dos sistemas adotados por cada órgão. Nos casos de arquivos digitais, por exemplo, o cidadão poderá obter as informações em um CD ou outra mídia digital. Se houver necessidade de impressão

de um volume elevado de papéis, o solicitante pagará o custo. O prazo para obter as informações pode variar. Se o órgão tiver a informa-ção ao alcance imediato, o pedido poderá ser atendido no momento em que for feito pelo cidadão, nos SICs. Se houver necessidade de pesquisa, o órgão tem 20 dias, pror-rogáveis por mais 10, para atender à demanda. O cidadão será avisado por telefone ou pela internet. De-pois desse prazo, o agente público tem que justificar o motivo da não prestação das informações.

atendimento ao público. Também devem ser publicados registros de quaisquer repasses ou transferên-cias de recursos financeiros e infor-mações sobre licitações, inclusive os editais e resultados.

A lei exige ainda que fiquem expostos na internet dados gerais para o acompanhamento de pro-gramas, ações, projetos e obras do governo, além de respostas a perguntas mais frequentes da socie-dade, como, por exemplo, quanto um ministério ou secretaria gastou com salários de servidores, com obras públicas, andamento de pro-cessos de licitação, detalhes sobre auditorias, fiscalizações e outras. As informações devem ser man-tidas sempre atualizadas. Apenas os municípios com menos de 10 mil habitantes estão desobrigados a apresentar em um site na inter-net os dados sobre as operações municipais. No entanto, os órgãos desses pequenos municípios são obrigados a prestar informações sempre que solicitadas. Ainda de acordo com o decreto, “os órgãos e entidades deverão reavaliar as informações classificadas no grau ultrassecreto e secreto no prazo máximo de dois anos”. Caso isso não seja feito no período, as infor-mações serão “automaticamente desclassificadas”.

Quem pode solicitarQualquer pessoa pode pedir da-

dos a respeito de qualquer órgão da administração pública, sem nenhuma justificativa para a solicitação. Caso o solicitante tiver negada a informa-ção, poderá apresentar um recurso no prazo de dez dias. Se o órgão não puder atender ao pedido, terá de apresentar uma justificativa. Caso o cidadão não aceite a justificativa,

pode entrar com recurso no próprio órgão. Se ainda não conseguir, pode apresentar outro recurso à Comissão Mista de Reavalização de Informa-ções, instituída pela lei. A comissão vai avaliar o sigilo de dados públicos e as justificativas apresentadas pelo órgão público para não prestar as informações solicitadas. Se entender que a informação pode ser divulgada, a comissão acionará o órgão para que atenda ao pedido do cidadão.

Não serão prestadas aos cida-dãos informações consideradas sigilosas, tais como assuntos se-cretos do Estado, temas que pos-sam colocar em risco a segurança nacional ou que comprometam atividades de investigação poli-cial. Dados de casos que corram em segredo de justiça também não serão divulgados, assim

Saiba maiswww.queremossaber.org.br

Profissionais de saúde com registro profissional podem agora acessar publicações científicas em um portal lançado pelos mi-nistérios da Saúde e da Educação e pela Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A expectativa é de que 1,8 milhão de médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiros e outros profissionais possam consultar pesquisas, artigos e usar ferramentas para análises estatísticas. O endereço do site é http://periodicos.saude.gov.br/.

Batizado de Saúde Baseada em Evidências, o portal usa a base de dados do Portal de Periódicos, da Capes. Foram investidos R$ 10 milhões na iniciativa e na compra do acervo digital de sete bancos de dados. O acesso ao portal será feito com o número do registro pro-fissional (CRM) e uma senha. Já estão cadastrados 920 mil trabalhadores em saúde. Está em curso também um plano para promover novos cursos de medicina em universidades públicas. Não está definido o nú-mero de vagas que seria aberto. As pastas de Saúde e Educação vem trabalhando para aumentar a oferta de profissionais de me-

A expectativa é que 1,8 milhão de médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiros e outros profissionais possam consultar

o conteúdo do portal lançado pelo MS, MEC e Capes

dicina no País, a pedido da presidente Dilma Rousseff. A ideia é aumentar a relação de médicos disponíveis para população e traçar estraté-gias para fixar profissionais em áreas de difícil acesso.

Foram selecionados para fazer parte do portal sete bases de dados, como Pro-Quest Hospital Collection e Micromedex. A seleção foi realizada com base em levantamentos feitos por especialistas sobre os temas mais relevantes. As consul-tas serão mapeadas para acompanhar os assuntos mais procurados.

Portal de PeriódicosPor meio do Portal de Peri-

ódicos, a Capes oferece para a comunidade acadêmica brasileira o acesso a publicações atualizadas e conteúdos de alto nível, assinados com editores e associações nacio-nais e internacionais. O conteúdo é apresentado de forma livre e gratuita no Portal de Periódicos para as instituições de ensino e pesquisa no Brasil que atendem a alguns critérios definidos pela Ca-pes. Atualmente, 398 instituições têm acesso ao Portal de Periódicos.

A Capes adquire, anual-mente, novos títulos nas dife-rentes áreas do conhecimento para atender às solicitações dos usuários e renova os demais conteúdos com os editores. O Portal de Periódicos possui um grande acervo de publicações científicas, com mais de 31 mil periódicos em texto completo, 121 bases referenciais, 105 bases de livros eletrônicos, 64 bases de teses e dissertações, 57 bases de estatísticas, 34 obras de referên-cia, 10 bases de patentes, além de normas técnicas, arquivos abertos e redes de e-prints.

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 201212

No meio científico e profissional cada vez mais se reconhece a importância da Odontologia hospitalar, especialmente nas UTIs. Este mesmo debate tem chegado a esferas política e legislativa

Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto é referência na atuação do cirurgião-dentista em hospitais

Atuação dos CDs nos hospitais está mais próxima do reconhecimento

P R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã O

equipes multiprofissionais das Uni-dades de Terapia Intensiva (UTIs) de todos os hospitais brasileiros, públi-cos ou privados, e que foi formulado com a ajuda da ABO Nacional (Veja mais em “ABO, essencial na lei que coloca o CD nas UTIs”). A este foi apensado outro projeto de lei, o 363/2011, de autoria de William Dib (PSDB/SP), que estabelece a obrigatoriedade do profissional de Odontologia nas unidades hospitala-res onde houver pacientes internados. Em abril desde ano, a proposta foi aprovada na Comissão de Seguri-dade Social e Família, após parecer favorável da relatora, a deputada Eri-ka Kokay (PT-DF). A matéria agora precisa ser aprovada também pela Comissão de Constituição e Justiça, onde está sendo relatada pelo depu-tado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Esta é a última instância em que o PL precisa ser votado na Câmara, já que não vai a Plenário.

Para o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), a decisão foi acertada. “Há 150 anos teve início uma regra fundamental para o setor de saúde, que foi a obri-gatoriedade da lavagem das mãos nos hospitais. Hoje, olhar a boca das pessoas nas UTIs também salvará vidas e poupará custos nas unidades de terapia intensiva”, afirmou.

No âmbito estadual, a ideia tam-bém recebeu apoio político. Em São Paulo e no Paraná foram propostos projetos de lei que determinam a presença do CD nas equipes multiprofissionais das UTIs. Na Assembleia Legislativa paulista, o deputado Uebe Rezeck (PMDB) é o autor do PL 488/08, e no Paraná, o projeto 561/2009, que trata desta assunto, é de autoria da deputada Luciana Rafagnin (PT).

Para ver mais informações so-bre o Projeto de Lei 2776/2008 e também entrar em contato com o relator da proposta, acesse www.camara.gov.br.

C ada vez mais tem sido reconhecida e valorizada a importância da presença

do cirurgião-dentista nos hospitais, principalmente como parte da equipe multiprofissional que atua nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e não mais somente como cirurgião bucomaxilofacial.

Isso pode ser percebido pela maior frequência com que o tema vem sendo abordado em eventos científicos e também nos meios de comunicação. Além disso, gover-nos e até mesmo vários hospitais, ligados ou não à universidade, vêm anunciando o compromisso assumi-do de oferecer melhor atenção em saúde bucal no ambiente hospitalar, no intuito de promover a saúde inte-gral dos pacientes.

A maior discussão em torno des-te assunto também chama atenção para os estudos e evidências que comprovam que o paciente crítico deve receber cuidados especiais e constantes focados em todos os ór-gãos e sistemas, inclusive a cavida-de oral, para evitar outras infecções que podem agravar seu quadro. É destacada ainda a inter-relação entre doenças bucais e sistêmicas, inclu-sive infecções hospitalares comuns, como a pneumonia nosocomial, que ocorre com frequência e leva muitos pacientes a óbito.

Assim, a presença da Odonto-logia neste ambiente traz consequ-ências benéficas como a redução do uso de antibióticos e da necessidade de alimentação parenteral, menor tempo de internação, entre outros, além de proporcionar o bem-estar geral do paciente.

No campo das leisO debate sobre esta atuação do

cirurgião-dentista também ocorre no nível legislativo. Na Câmara dos Deputados, tramita desde 2008 o Projeto de Lei 2776/08, do deputado Neilton Mulin (PR/RJ), que obriga a inclusão destes profissionais nas

Por Antonela Tescarollo

Um exemplo do reconhecimento que vem ganhando a Odontologia hospitalar é o Programa Sorria Mais São Paulo, lançado em fevereiro pelo governo estadual e que tem como uma de suas frentes a inserção do cirurgião-dentista neste ambiente. A meta anunciada é ter este profissional atuando em várias áreas de todos os hospitais do Estado até 2014.

Parte do modelo adotado no pro-jeto, que será inicialmente implan-tado em sete hospitais selecionados, teve como referência a experiência de mais de 30 anos de atendimento odontológico no Hospital das Clí-nicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP). “O fluxograma de atendimento do paciente foi montado tendo como exemplo o que fazemos. É claro que foi aperfeiçoado levando em consideração a experiência de outros participantes, mas nos-so serviço teve uma partici-pação especial”, comemora o cirurgião-dentista do hospital Leandro Dorigan de Macedo.

O CD também explica que, a princípio, “o atendimento odontológico no HCFMRP era somente para pacientes de cirurgia de cabeça e pescoço, na prevenção de osteonecrose dos maxilares por ra-dioterapia”. Com o passar dos anos, outras necessidades foram surgindo, como a implementação desse serviço na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI), para tratamento principalmente de pacientes portadores do vírus HIV.

Importância crescente e notóriaOutra necessidade surgiu no He-

mocentro de Ribeirão Preto, também vinculado à Faculdade de Medicina, pois o Ministério da Saúde solicitou a criação de atendimento odontológico para hemofílicos. Macedo ainda conta

Benefícios atestados em 30 anos de odontologia hospitalar

que uma das áreas em que o atendi-mento odontológico especializado traz benefícios imediatos é a onco--hematologia, em que o diagnóstico e tratamento adequados das compli-cações infecciosas de cavidade bucal auxiliam não só no bem-estar, como também na sobrevida do paciente imunologicamente comprometido.

Atualmente, os profissionais de Odontologia do hospital também atendem pacientes com complica-ções sistêmicas que exigem cuida-dos odontológicos, ou portadores de doenças sistêmicas complicadas por patologias odontológicas, como os portadores de endocardite in-

fecciosa, diabetes descompensado, distúrbios cardíacos importantes e os que fazem uso de anticoagulantes.

Por fim, Leandro Macedo en-fatiza que, à medida que a ciência avança, tem ficado bem estabele-cido a interferência da saúde bucal no processo saúde-doença. “Essa demanda aumentou muito nos últi-mos sete ou oito anos, e hoje é tão grande que adequações estão sendo estudadas. O perfil do serviço foi mudando, e hoje ele atende quase to-das as especialidades.” O CD ainda comemora: “É uma área de atuação que tem um campo enorme e que agora ganha visibilidade”.

ABO, essencial na lei que coloca o CD nas UTIs

O projeto de lei 2776/2008, que torna obrigatória a inclusão do cirurgião-dentista nas equipes multiprofissionais das Uni-dades de Terapia Intensiva (UTI) de todo o País é uma prova dos resultados da atuação política e em divulgação científica da ABO Nacional. Isso porque a proposta, que é um impor-tante ferramenta para o avanço na luta pelo reconhecimento da Odontologia hospitalar, foi inspirada numa reportagem da Revista ABO Nacional.

Tudo começou em junho de 2007, quando a ABO Nacional promoveu o III Encontro Institucional das Profissões da Área de

Saúde (Eipas), em São Paulo , que abordou o conceito de saúde integral, considerando o efeito da saúde bucal sobre todo o organismo e destacando a importância dos cuidados odontológicos para os pacientes internados, prin-cipalmente nas UTIs. A equipe de Comunicação da ABO identificou neste debate um tema interessante para ser abordado na publicação da entidade.

A partir disso, foi escrita a reportagem A Odontologia Chega à UTI, assinada por jornalista da Revista ABO Nacional, e para a qual foram entrevistados cirurgiões-dentistas periodontistas e que atuam em ambien-te hospitalar e também um médico especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias.

Esta reportagem, publicada na edição 85 da revista, chegou às mãos do deputado federal Neilton Mulim (PR-RJ), que se interessou pelo assunto e elaborou o PL 2776, em fevereiro de 2008, com base nos dados apresentados na publicação e com a ajuda de outros profissionais da área. Desde então, o PL vem tramitando na Câmara Federal e recen-temente recebeu um importante apoio ao ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça.Antes e depois de higiene bucal em paciente crítico: cuidados aliviam

dor e desconforto

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 13

Tecnologia nacional garantindo a máxima osseointegração

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Resultado obtido com osimplantes Implacil De BortoliEsse percentual pode mudar a realidade dos implantes dentários no Brasil. Trata-se da maior taxa de osseointegração de todos os tempos, determinada pelo grupo de pesquisadores comandado pelo Prof. Dr. Adriano Piattelli, o terceiro maior especialista em Implantodontia que publica mais artigos científicos no mundo, e apresentada em artigo na renomada revista Quintessence international**.

** Machined and sandblasted human dental implants retrieved after 5 years: A histologic and histomorphometric analysis of three cases.Giovanna Iezzi, DDS, PhD/Giovanni Vantaggiato, DDS/Jamil A. Shibli, DDS, MS, PhD/Elisabetta Fiera, DDS/Antonello Falco, DDS/Adriano Piattelli, MD, DDS/Vittoria Perrotti, DDS, PhD Quintessence International, Volume 43, Issue 4, 287-292, April 2012

P R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã O

A adequada higiene oral é o modo mais eficaz de prevenir as doenças perio-

dontal e cárie. A desorganização e a remoção regular do biofilme bucal, cuja presença é a principal causa destas doenças, são as melhores es-tratégias para preveni-las e tratá-las.

As evidências clínicas mostram que a higiene bucal mecânica realiza-da em casa é fundamental no controle das doenças periodontais. No entanto, Cláudio Pannuti, professor da dis-ciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FO-USP), chama atenção para o fato de que grande parte da população não consegue um con-trole ideal por meio apenas desta medida. Os motivos podem ser falta de motivação ou de destreza manual e tempo insuficiente de escovação, que acabam resultando em falha no cumprimento das recomendações em higiene dental. Em consequên-cia a isso tudo, observa-se alta pre-valência de gengivite na população.

Assim, o uso de enxaguatórios bucais têm sido indicado como uma forma de superar as deficiências nos hábitos de higiene bucal mecânica praticados pelos pacientes. Essa indicação é favorecida pelo fato de hoje haver disponível no mercado diversas opções deste produto, por exemplo, com e sem álcool, com princípios ativos diversos e dife-rentes indicações.

A aprovação do uso dos enxa-guatórios é concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que só libera a comer-cialização destes produtos após o preenchimento de requisitos que comprovem sua segurança, eficácia e condições de uso. Além disso, a concessão desta aprovação tem

Enxaguatórios bucais e seu papel

na prevençãocomo pré-requisitos imprescindí-veis as evidências científicas dis-poníveis na literatura com relação à segurança e eficácia dos antissépti-cos bucais, inclusive os que contém álcool, e seus benefícios quando combinados à escovação e ao uso do fio dental.

O prof. Pannuti também reforça que, na literatura científica mundial, já estão estabelecidos, por meio de

evidências laboratoriais e clínicas de curto e longo prazo, a segurança e os benefícios do uso diário dos enxaguatórios, com ou sem álcool. Estas evidências, aliadas à adequada orientação do paciente pelo cirur-gião-dentista, são fundamentais para a prevenção das principais doenças que acometem a cavidade bucal e, consequentemente, para a promoção da saúde integral da população.

O mercado de tecnologia para setor de saúde cresce 11% ao ano e deve continuar assim até 2013. A constatação é do Estudo da Scientia Advisors, empresa de consultoria cientí-fica especializada em avaliação tecnológica. De acordo com a instituição, este é um dos segmentos que evolui mais rapidamente no mercado global de saúde e estima-se que mo-vimente cerca de US$ 1 trilhão por ano. Dados da University of California apontam que esta área já encabeça a lista de em-pregos, com previsão de cresci-mento de até 20%, gerando 35 mil novas vagas até 2018 em todo o mundo.

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20% mais empregos

Page 16: Jornal ABO - Edição 137

JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 201214

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CD e TPD, parceiros de um bom trabalho

O trabalho de um depende do trabalho do outro e vice-versa. E por serem

profissionais com atuações tão ligadas e complementares é que a relação do cirurgião-dentista com o técnico em prótese dentária – e consequentemente com o labora-tório – é muitas vezes conflituosa e tem queixas dos dois lados.

Mas é preciso estar sempre buscando a solução destes proble-mas, com o objetivo principal de melhorar a qualidade do serviço prestado aos pacientes, e também o de manter um relacionamento profissional de parceria e confiança. E quem vive isso na prática con-firma: “O laboratório de prótese não é apenas um fornecedor, mas sim o principal parceiro do CD na execução dos serviços de prótese dentária. Para que estes serviços sejam executados com qualidade, os dois devem estar em perfeita sintonia”, diz o cirurgião-dentista especialista em Prótese e Implante Alexandre Martinelli.

Para que o tratamento com prótese seja bem sucedido e o paciente fique satisfeito, estes dois profissionais precisam se comunicar com clareza e ter confiança um no outro. Como conseguir isso?

A comunicação entre as duas partes é fundamental e ela precisa ser clara e objetiva, com uma de-talhada descrição do trabalho a ser realizado, inclusive por imagens. O melhor é desenvolver e conseguir cumprir um protocolo de trabalho que contemple todas as informações necessárias. Desta forma, os dois podem falar a mesma língua e evitar problemas frequentes: “Realmente, nem sempre é fácil fazer o protético entender o que deve ser feito exata-mente”, diz Martinelli.

A grande oferta e facilidade de acesso aos recursos tecnológicos atualmente vêm a contribuir com isso, tornando muito simples, por exemplo, fotografar o paciente e enviar a imagem por e-mail. Para isso, tanto cliente quanto prestador de serviço precisam ter uma estru-tura e sistemática montadas, mesmo que bem básicas.

O cirurgião-dentista Rogério Bertevello vê também o outro lado, pois é proprietário de um laboratório de prótese dentária, e, por isso, re-

força a importância do profissional se preocupar em ser entendido. “Um dos principais problemas que pode ocorrer nesta comunicação é o não preenchimento de forma correta da comanda do trabalho a ser feito, o que resulta em erros de confecção.”

Contra o relógioSem dúvida, uma das principais

reclamações dos CDs é o não cum-primento do prazo de entrega pelo laboratório. “Isso acaba gerando problemas de agenda no consultório e insatisfação do paciente. Com isso todos perdem: o paciente porque o tratamento vai demorar mais para acabar, o cirurgião-dentista muitas vezes tem que cancelar a consulta e fica sem atender naquele horário, e o laboratório demora mais para receber também”, diz Martinelli.

Bertevello concorda que esta é uma das maiores queixas, mas lembra que informações passadas de forma errada ou incompleta também podem resultar em atrasos. Para resolver este e outros problemas, ele

recomenda haver uma comunicação mais prática e rápida entre protético e CD, para sanar qualquer dúvida que possa surgir. Este serviço deve ser possibilitado principalmente pelo laboratório, como, por exem-plo, atendimento por telefonista ou online.

Alexandre Martinelli também aponta outro problema bastante prático que já enfrentou: erros de faturamento, decorrentes de falta de organização no controle dos serviços solicitados e das cobranças. “Nestas situações, inevitavelmente ocorrem diver-gências e isso acaba minando o relacionamento.”

Assim, para sentir mais segu-rança e realmente estabelecer uma parceria, ele recomenda conhecer bem e pessoalmente o laboratório, para ver mais de perto se é compe-tente técnica e organizacionalmen-te. Essa aproximação é também

essencial para outro aspecto que o CD considera importante: a possi-bilidade de discutir tecnicamente o trabalho com o TPD.

Esse maior contato, mesmo que seja por meio das informações des-critivas passadas e do atendimento diferenciado dado ao cliente, ajuda a equacionar outro aspecto apontado por Bertevello: “O protético tem a visão técnica do caso, enquanto que o CD tem a visão além disso, que é mais humana e envolve sentimentos e expectativas do paciente.”

Por fim, é importante destacar que o cirurgião-dentista é o responsá-vel pelo tratamento completo, inclu-sive pela escolha do laboratório de prótese. Por isso, quando esta esco-lha não dá certo, o melhor é não ficar apenas culpando o fornecedor para o paciente, mas sim procurar outro que possa atendê-lo melhor, assim como rever sua forma de se relacionar com este importante parceiro.

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A profissão do técnico em prótese dentária

Atualmente no Brasil existem 19.835 técnicos em prótese dentária e 1.572 laboratórios de prótese, sendo que 448 deles estão só no Estado de São Paulo. Considerando o tamanho do País e seus mais de 240 mil cirurgiões-dentistas, estes números mostram que não há tantos TPDs e laboratórios e que, principalmente, o serviço deve se expandir para outros estados brasileiros.

Pelas normas oficiais, a este profissional, que também deve se inscrever no Conselho Regional de Odontologia e seguir o Código de Ética Odontológico, compete executar a parte laboratorial dos trabalhos odontológicos por solicitação direta do cirurgião-dentista e deve ter concluído curso profissionalizante de prótese. Ele pode atuar como profissional autônomo, ou em sociedade com colegas ou CDs.

É importante salientar que a prestação de assistência direta a pa-cientes pelo TPD e manter no laboratório de prótese equipamentos e/ou instrumentais específicos de consultório odontológico são caracte-rizados como exercício ilegal da Odontologia. Além disso, é vedado fazer propaganda de serviços ao público em geral, sendo permitida a publicidade em revistas, jornais e folhetos especializados dirigida aos cirurgiões-dentistas, acompanhada obrigatoriamente do nome do laboratório e do número de inscrição no CRO.

Além de seguir as regras, o técnico em prótese dentária precisa de muito treino e constante atualização profissional, pois é uma área que está sempre com novidades em materiais e técnicas. Um importante momento para isso será o 5º Encontro Brasileiro de TPDs e o 15º Cursão de Atualização em Prótese Dentária, que ocorrem, simultane-amente, em 28 e 29 de setembro deste ano, em São Paulo.

Saiba mais sobre o evento no site da Associação Paulista dos Téc-nicos em Prótese Dentária (Apdesp): www.apdesp.org.br

CD Alexandre Martinelli CD Rogério Bertevello

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 15

Entidades odontológicas se reúnem pela aprovação do PL 3734

C om a intenção de intensi-ficar a celeridade do Pro-jeto de Lei n° 3734/2008,

que fixa o piso salarial de cirur-giões-dentistas e médicos em R$ 7 mil por 20 horas semanais, no dia 24 de abril, representantes de entidades odontológicas estive-ram reunidos com membros da Frente Parlamentar em Defesa dos Profissionais da Saúde, na Câmara dos Deputados.

O projeto de lei fixa o piso salarial de cirurgiões-dentistas e médicos em R$ 7 mil por 20 horas semanais

Durante a reunião, o presidente da Comissão da Frente Parlamentar, deputado federal Damião Feliciano, explicou que o texto já foi aprova-do pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, mas aguarda desde 2010 parecer da Comissão de Finanças e Tribu-tação. Sendo aprovado, o PL segue para a Comissão de Constituição e Justiça e para o Senado Federal. Presente também, o membro da

Comissão de Finanças e Tributação, o deputado federal Mauro Nazif sugeriu que os Conselhos Regionais façam frente junto aos parlamenta-res de cada região para pressionar a aprovação do Projeto de Lei que garantirá melhor remuneração aos cirurgiões-dentistas e médicos, além de melhorar a qualidade da saúde bucal para a sociedade bra-sileira. Além disso, o presidente da Comissão de Seguridade Social

e Família, deputado federal Luis Henrique Mandetta relatou o em-penho da categoria odontológica junto aos parlamentares.

Para dar a agilidade necessária ao PL 3734/2008, as entidades odontológicas falaram da neces-sidade dos conselhos regionais em fazerem um trabalho com os parlamentares de seus respectivos Estados. “O trabalho da Comissão foi extremamente importante

para proporcionar, por meio do PL3734, a valorização do cirur-gião-dentista e garantir também melhores condições de trabalho aos profissionais da área odon-tológica. A pressão unificada dos CROs e de outras entidades odon-tológicas junto aos parlamentares locais é indispensável para apro-vação do PL 3734/2008”, disse o Presidente do CFO, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues.

P R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã O

C om a decisão da 15ª Vara Cível de Porto Alegre, a empresa Groupon Serviços

Digitais está proibida de veicular anúncios de serviços de natureza médica e odontológica. Na decisão, foi reconhecido o risco de dano irre-cuperável por induzir o consumidor a comportar-se de maneira contrária a sua saúde quando efetua contrata-ção de serviços dessa natureza sem a realização de uma avaliação prévia.

Em caso de descumprimento, a Groupon pagará multa de R$100 mil. A decisão está sujeita a recurso.

Groupon é proibido de divulgar

serviços odontológicos

Bluetooth para escovação A tecnologia sem fio agora

também é uma aliada da saúde bucal. Utilizando o sistema Blue-tooth, a Beam Brush se comunica diretamente com o smartphone, passando os dados da escovação para um aplicativo. O produto possui um acelerômetro embutido que detecta o início de seu uso e um chip que armazena as informações até que seja feita a sincronização com o celular. Segundo o site do fabricante, o tempo médio de escovação das pessoas é de 46 segundos, quando o ideal seriam 2 minutos. A ideia é incentivar os usuários a cuidarem de seus sor-risos pelo tempo certo, ao menos duas vezes ao dia. Para tanto, o aparelho dá broncas se a pessoa não escovou os dentes pelo tempo necessário, dá prêmios e elogios virtuais caso ela o faça e mostra até um cronômetro que avisa quando essa meta é atingida.

Outra função é a de elaborar relatórios sobre a evolução na es-covação. Esses dados podem ser visualizados a qualquer momento ou mesmo enviados por e-mail ao cirurgião-dentista. Suas cerdas são removíveis e podem ser tro-cadas (o aplicativo avisa quando essa mudança for necessária).

Mais informações: http://beamtoothbrush.com

Page 18: Jornal ABO - Edição 137

JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 201216

No Brasil, 80 milhões de brasileiros são adeptos da automedicação e 36,3% não vão ao médico e ao cirurgião-dentista. Um dos problemas que o uso irregular de medicamentos provoca é a xerostomia, que aumenta a prevalência de cárie, doença periodontal, patógenos oportunistas e de traumatismos

Xerostomia: um dos males do uso regular de medicamentos

S A Ú D E B U C A LS A Ú D E B U C A L

N os últimos tempos, cirur-giões-dentistas, médicos e farmacêuticos estão

preocupados com o aumento nas queixas sobre secura bucal e a sua repercussão na vida das pessoas. Além dos casos relacionados a doenças pré-existentes, como a hepatite C, a síndrome seca (sjö-gren) e o diabetes, a forma que mais prolifera é a xerostomia causada por medicação. Entre suas diversas funções, a saliva exerce um impor-tante controle na microbiota bucal. Sua ausência ou a diminuição de seu fluxo normal pode causar um aumento na prevalência de cárie, doença periodontal, patógenos oportunistas e traumatismos, prin-cipalmente em usuários de próte-ses. O cirurgião-dentista precisa estar atento a esse problema e saber como orientar o seu paciente.

A xerostomia é comumente associada à hipossalivação, en-tretanto esse sintoma nem sempre está relacionado à disfunção glan-dular. Assim, uma série de outros fatores pode ser responsável pela sensação de secura bucal, tais como distúrbios neurológicos, integridade da mucosa e glându-las, receptores sensitivos, ação de radiações ionizantes sobre os tecidos bucais, agentes farmaco-lógicos, senilidade, respiração bucal, obstrução nasal, estresse e doenças autoimunes. Entre os medicamentos que podem causar

xerostomia estão cerca de 500 drogas agrupadas principalmente entre anoréticos, anticolinérgicos, anti-histamínicos, antidepressivos, antipsicóticos, antiparkinsonianos, anti-hipertensivos e diuréticos. Apesar de a xerostomia ser uma manifestação comum entre ido-sos, existe uma clara associação entre esse sintoma e medicamentos normalmente utilizados para essa faixa etária, como os diuréticos e os empregados para problemas cardiovasculares. Os efeitos da quimioterapia e da radioterapia também contribuem para o surgi-mento desse desagradável proble-ma bucal.

Pesquisas apontam que quase metade dos americanos toma regularmente, ou ao menos um, medicamento de prescrição diária, incluindo vários que produzem boca seca. Mais de 90% dos adul-tos acima de 65 anos agem dessa forma, caracterizando o grupo de maior risco para esse desconforto bucal e suas complicações. No Brasil, essa situação é agravada por outro problema: o da auto-medicação. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma), 80 mi-lhões de brasileiros são adeptos da automedicação e, segundo a literatura, 36,3% não vão ao mé-dico e ao cirurgião-dentista, 40,9% possuem estoque de remédios em casa e 48% das mulheres usam

Por Antônio Jr.

analgésicos. Estão incluídos nesse rol aqueles que podem oferecer o efeito adverso da redução de saliva para a boca.

CuidadosA secura bucal persistente afeta

1/3 da população mundial. Na sua forma mais grave, a xerostomia favorece o aparecimento de cáries extensas, feridas na boca e outras lesões desta cavidade do corpo. Ela também contribui para o mau hálito, a sensibilidade dos dentes, o aparecimento de lábios secos e rachados, o aumento dos riscos de infecção da boca e faringe, além de tornar incômodo o uso de próteses bucais, pela ausência do filme fino de saliva que ajuda a adesão dessas estruturas aos tecidos.

É importante expandir a cons-ciência sobre o valor da saliva para a saúde e o bem-estar da boca. Com a produção regular de saliva (aproximadamente 1l/ dia), os den-tes, as gengivas e as mucosas da boca são abastecidas por uma solu-ção rica em minerais e imunizantes que ajudam a fala, a deglutição e a sensação de sabor dos alimentos, além de colaborar para o auxílio na prevenção da cárie e de outras lesões e doenças da boca.

As estratégias para aliviar os efeitos da boca seca incluem uma minuciosa entrevista com o pa-ciente (anamnese médica e bucal), que se soma ao exame bucal, além

de testes do fluxo salivar, quando necessários.

Profissionais de saúde estão unidos para sensibilizar as pessoas sobre o valor desse tema para a qualidade de vida dos pacientes. O que também não se deve esquecer é que a xerostomia e/ou hipossaliva-ção é um assunto multidisciplinar. Os profissionais da área da saúde devem avaliar e discutir o problema de forma conjunta, proporcionando assim o tratamento mais adequado

Aumentar a ingestão de água e outros líquidos hidratantesConsumir gomas de mascar sem açúcarEvitar o tabaco e o consumo de bebidas alcoólicas, cafeinadas e/ou gaseificadasEvitar alimentos muito ricos em condimentos fortesVisitar o cirurgião-dentista com maior frequência,conforme a orientaçãoUtilizar substitutos de saliva ou hidratantes orais para manter a boca hidratada e protegidaUsar escovas dentais com cerdas de maciez extrema (preferencialmente extra ou ultra macias)Utilizar dentifrícios menos abrasivos e desprovidos de saponáceos mais fortes e que contenham dessensibilizantes dentários ou agentes terapêuticos úteis ao alívio dos desconfortos bucais associados

O ideal é que o CD oriente o seu paciente. Algumas recomendações

são importantes tais como:

Segundo o Índice de Desempenho do SUS, em uma escala de 0 a 10, 19 capitais receberam nota inferior a 2 pelas ações

de promoção e supervisão da escovação dos dentes

Capitais não têm bom resultado em escovação dental

N o mês de abril, o governo federal divulgou o de-sempenho dos serviços

do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os municípios do País. No quesito escovação dental, as capitais não se saíram bem. Em uma escala de 0 a 10, 19 capitais receberam nota inferior a 2 pelas ações de promoção e supervisão da escovação dos dentes. Somente quatro capitais conseguiram ava-liação acima de 5, como mostra o Índice de Desempenho do SUS (Idsus), criado pelo Ministério da Saúde para avaliar 24 indicadores de qualidade e acesso à rede públi-ca de saúde.

No critério escovação dental, foi avaliado o número de pessoas que receberam orientação de um cirurgião-dentista ou outro profis-sional de saúde bucal sobre a ma-

neira correta de escovar os dentes. Quanto maior a nota, maior o aces-so da população à prevenção de doenças bucais, como cárie e pro-blemas periodontais. A análise foi feita com base nos dados de 2010. A meta era oito procedimentos para cada 100 habitantes. Florianópolis ficou com o pior resultado no indi-cador, 0,02. Em seguida, aparecem Belém (0,10) e Boa Vista (0,18). As primeiras colocações ficaram com Fortaleza (7,12), Rio Branco (7,11) e Curitiba (6,89).

A atualização dos dados no sis-tema nacional é responsabilidade de cada município. Independen-temente de casos como a desatu-alização ou informações incom-pletas, a avaliação de técnicos do Ministério da Saúde é que o baixo desempenho em alguns indicadores está relacionado à pouca atenção e

investimento dos municípios em alguns programas.

Quanto à redução no número de mortes por infarto, outro quesi-to avaliado pelo Idsus, as capitais tiveram notas melhores. Das 27 capitais, 92% ficaram com índice acima de 5.

Na divulgação das notas do Id-sus, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o governo fede-ral vai usar os resultados como cri-tério para premiar e conceder verba extra aos municípios e estados que alcançarem as metas de saúde.

Narguilé é tão prejudicial quanto o cigarro

Também conhecido como hookah nos países de língua inglesa, ou por shisha no norte da África, o narguilé pode causar diversas doen-ças, sendo as respiratórias as mais observadas. Especia-listas em doenças respirató-rias advertem que cinquenta tragadas são suficientes para viciar. Isso ocorre devido à nicotina, que causa a chamada sensação de bem-estar, adverte a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

Recentes estudos, inclusive contrariam a crença popular de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornando-o menos nocivo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a fumaça inalada em uma sessão de narguilé, que pode durar entre vinte minutos e uma hora, corresponde à inalação de 100 a 200 cigarros, sendo consumidos até 10 litros de fumaça, pois a presença da água faz com que se aspire mais fumaça, que se torna mais tolerável; dessa forma, inala-se maior quantidade de toxinas.

O que muitos pensam erroneamente é que esse tipo de fumo não é tão prejudicial à saúde. Longe disso: por conter diversas toxinas, pode até causar câncer de pulmão, além de doenças cardíacas, tuberculose, herpes, hepatite e outras. O narguilé causa ainda mais males do que o cigarro, pelo potencial de transmitir também doenças infecciosas já que é usado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, sem devida esterilização.

ProibiçãoNo Distrito Federal, com a intenção de fechar o cerco contra o tabaco

e seus derivados para menores de 18 anos, o uso do narguilé foi proibido. A lei foi criada pela deputada distrital Liliane Roriz (PSD).

com o mínimo de efeitos colaterais indesejáveis aos pacientes e melho-rando sua qualidade de vida.

Colaboração: Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, cirurgião-dentis-ta, membro da American Academy of Periodontology, consultor científico da ABO e do blog Adoro Sorrir (www.adorosorrir.com.br).

Page 19: Jornal ABO - Edição 137

JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 19

Novas perspectivas em Cariologia indicam que os cuidados odontológicos corretos já para a gestante e o bebê asseguram mais

saúde bucal e qualidade de vida até a terceira idade

Prevenção desde a gestação: saúde bucal para sempre

A promoção de saúde na Odontologia têm o gran-de diferencial de evitar

problemas bucais mais graves, que causam dor, precisam de pro-cedimentos invasivos e trazem prejuízos estéticos e funcionais. Por este viés, a ciência atual apresenta diversas abordagens e técnicas para a prevenção, da cárie e seus diagnóstico e tratamento precoces. Um dos pontos principais é a Odon-tologia Materno Infantil, que chama atenção, basicamente, para o aten-dimento odontológico do bebê e da mãe, já que é comprovado que ela é a principal fonte de transmissão de bactérias bucais para a criança.

A cirurgiã-dentista Sonia Grois-man, doutora em Odontologia Preventiva, afirma que hoje existem diversas medidas que previnem efetivamente essa transmissão. O tratamento do bebê deve começar pelos cuidados com a saúde bucal da mãe, já na gestação, e continuar após o parto, para os dois.

“O atendimento odontológico de zero a três anos de idade, quando realizado com frequência de quatro vezes ao ano, mostra declínio de cárie de 69%. Além disso, a correta orientação da mãe pelo CD é funda-mental, inclusive para motivá-la a cuidar de sua própria saúde bucal”, diz a pesquisadora.

Além dos cuidados já conheci-dos em higiene bucal, controle da dieta e profilaxia, Sonia recomenda ações adicionais no consultório para diminuir o nível salivar de estrep-tococos do grupo mutans (EGM) na mãe, o que reduz as chances de

transmissão, como aplicação de gel de clorexedina e técnicas infiltrati-vas em lesões iniciais.

Já para o bebê, o ideal é que as visitas ao CD sejam combinadas com as visitas ao pediatra. Após a erupção dos dentes, a criança pode receber aplicações de verniz de flúor e/ou clorexedina e outros tratamentos que estimulam a remi-neralização do esmalte.

Benefícios duradouros O cuidado odontológico ade-

quado desde bebê é fator decisivo para manter a saúde bucal ao longo dos anos, garantindo benefícios até a terceira idade. Esta preocupação é ainda mais válida quando se leva em conta que a população idosa tem crescido no Brasil. A perda dental é um problema agravado neste grupo e traz grandes prejuízos para a saú-de, bem-estar, estética, mastigação e fala. Segundo o Ministério da

Por Antonela Tescarollo

Saúde, 23% dos brasileiros entre 65 e 74 anos (cerca de 3 milhões de pessoas) necessitam de prótese total em pelo menos um maxilar e 15% necessitam dela nos dois maxilares.

Para Sonia Groisman, “apesar do edentulismo estar mais associado à fase adulta e se agravar na idosa, é errôneo considerá-lo um fenômeno biológico inerente à idade, sendo possível tratá-lo e, principalmente, evitá-lo”. Além disso, ela reforça que a perda dental é um problema impregnado de valores sociocultu-rais, estando associada à velhice e à tristeza – o que, cada vez mais, não combina com este grupo.

Para mudar a situação de for-ma permanente, não basta tratar com próteses dentárias e implan-tes, é preciso fortalecer a cultura da prevenção e de tratamento precoce dos vários problemas bucais que levam ao edentulismo, entre eles a cárie.

Novas tecnologias para diagnóstico precoce da cárie

A cárie pode ser detectada antes de manifestar sinais visíveis e tratada rapidamente com métodos menos invasivos e eficazes. Para identificar a doença precocemente, já existem diversas novas tecnologias, muitas delas ainda pouco usadas no Brasil.

Testes salivares: mostram qual o risco de desenvolver a cárie e se há necessidade de medidas para reduzir a progressão da doença. Isso é possível, pois avaliam o nível salivar de bactérias e evidenciam o potencial cariogênico e o alto consumo de açúcar.

QLF (Quantitative Light-induced Fluorescence): tecnologia bastante nova que consiste em uma câmera digital que tira fotos de fluorescência que, quando vistas no computador, indicam os locais em que já ocorre a desmineralização do esmalte dental em estágio inicial.

Transiluminação: a fibra ótica é usada para visualizar melhor os primeiros sinais de cárie.

Laser: a luz do laser também permite visualizar, por fluorescência, as áreas em que o processo da cárie já foi iniciado. Isso acontece porque o esmalte desmineralizado e as bactérias fluorescem quando estimuladas pela irradiação a laser.

Cariescan: usa sensores que escaneiam os dentes dos pacientes e mostram, com a ajuda de um software que lê os dados levantados, se há áreas em que a cárie está em estágio inicial. Sua acurácia é de 92,5%.

Estas e outras novidades em diagnóstico, prevenção e tratamento da cárie foram apresentadas no 59º Con-gresso da European Organisation for Caries Research (Orca), que é o mais importante evento internacional em Cariologia e este ano aconteceu de 27 a 30 de junho em Cabo Frio (RJ), pela primeira vez na América Latina.

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 201218

Quarenta por cento dos homens e 24% das mulheres sofrem de ronco e apneia. Graças aos seus conhecimentos intraorais, o cirurgião-dentista tem ajudado cada vez mais a minimizar os transtornos do distúrbio

Ronco e apneia: como a Odontologia pode ajudar

P R O F I S S Ã OP R O F I S S Ã O

pode ser utilizada para complemen-tar o diagnóstico médico. Os exa-mes por imagem, embora realizados com o paciente acordado, fornecem dados que ajudam o profissional a detectar regiões que estão mais estreitas e propensas ao colapso quando a pessoa está dormindo.

Como não há cura para o distúr-bio, o controle e o acompanhamento permitem que a pessoa consiga viver com qualidade de vida e evita pro-blemas futuros mais graves de saúde ou constrangimentos por causa dos principais sintomas, como ronco alto e incomodativo ou a sonolência ex-cessiva em momentos inadequados ao longo do dia. De forma geral, qualquer tipo de tratamento deve buscar a melhora na qualidade do sono e de vida dos pacientes e tam-bém de quem dorme ao lado.

Aparelhos oraisO cirurgião-dentista pode ajudar

quem sofre de ronco indicando apa-relhos orais, que são recomendados para os tratamentos mais leves e/ou moderados. Para isso, o paciente deve ser encaminhado ao médico do sono solicitando o exame de polissonografia, que determina a severidade do distúrbio. Um contato entre o médico e o CD é necessário para melhor conduzir a particulari-dade de cada caso.

Hoje existem inúmeros tipos de aparelhos para tratar o ronco e a ap-neia. O que diferencia um do outro são os seus componentes de ativação (fios ou parafusos) e a sua base (acrílico ou de placas a vácuo termoformáveis). Mesmo com a quantidade de apare-lhos, a maioria trabalha da mesma forma: avanço de mandíbula e língua que tem como objetivo a abertura do espaço aéreo afastando dos tecidos da garganta e liberando a passagem de ar. De modo geral, o uso dos aparelhos orais convencionais deve prevenir a abertura da boca durante o sono, estabilizar a mandíbula, impedindo que ela caia durante a noite, pois caso a boca abra, a língua se posiciona posteriormente, fazendo com que a passagem do ar se estreite e reduza a eficiência dos músculos dilatadores das vias aéreas superiores.

macroglossia, micro e retrognatis-mo) predispondo, dessa maneira, a uma elevada resistência para o fluxo de ar, a qual gera uma pressão intraluminar negativa du-rante a inspiração, favorecendo a colapso respiratório. O risco de se adquirir esses distúrbios aumenta significativamente com o ganho de peso, aumento da circunferência do pescoço e ingestão de bebidas alcoólicas. Condições sistêmicas também aparecem como fatores predisponentes, tais como a hiper-tensão arterial sistêmica, hipotireoi-dismo não tratado, acromegalia e obstrução nasal.

Equipe multidisciplinarOs números refletem a necessi-

dade de profissionais de saúde que possam minimizar os transtornos do ronco e da apneia. O CD tem papel fundamental nesse processo, principalmente os ortodontistas, que estão aderindo ao emprego do tratamento do distúrbio pela familiaridade com os aparelhos in-traorais, semelhantes aos aparelhos ortodônticos e ortopédicos. Para tratar esses pacientes é recomen-dável uma equipe multiprofissional por conta das variadas causas e dos benefícios que esta visão integrada traz ao indivíduo. Médicos, CDs, fonoaudiólogos e psicoterapeutas podem contribuir para o tratamento, que é definido de acordo com cada caso e consiste na compreensão e modificação dos hábitos diurnos que perturbam o sono e no reconhe-cimento das consequências nocivas relativas a ele.

Os profissionais de Odontologia são cada vez mais capacitados ao diagnóstico e tratamento de dis-túrbios do sono, através de exames clínico e radiográfico, nos quais também são detectadas outras necessidades odontológicas do paciente que não seriam diagnos-ticadas se não fosse essa a queixa principal. Assim, a Odontologia do Sono nada mais é do que a Aborda-gem Odontológica aos Distúrbios do Sono (AODS) surgindo como indicadora de procura de novos pa-

cientes ao consultório. Após a avaliação médica e polissonográfica, o cirurgião-den-tista deve avaliar clinicamente as

condições bu-cais do indi-víduo. Uma tomografia computado-rizada com imagens es-pecíficas da face e das vias aéreas superiores

Os aparelhos mais usados no Brasil atualmente

KlearwayÉ composto por um parafuso tipo Hyrax , posicionado no pa-

lato, no sentido sagital que pode ser ativado de forma progressiva complementar com ¼ de volta, que equivale a 0,25mm de avanço de mandíbula por consulta se necessário. Sua base é confeccionada em acrílico e permite o uso de ganchos tipo bola para garantir uma melhor retenção nos dentes. A principal desvantagem deste dispo-sitivo é o desconforto, pois o parafuso ocupa o palato e invade o espaço da língua e o mesmo não permite movimentos de lateralidade.

Herbst SleepSua principal característica é o sistema telescópico lateral. A ati-

vação do sistema consiste na adição de alongadores que são inseridos nos pistões do dispositivo permitindo avanço mandibular progres-sivo. O uso de elástico se faz necessário para prender a mandíbula. Sua base é confeccionada em acrílico junto a uma estrutura de fios ortodônticos. A desvantagem é que a estrutura de fios ortodônticos ocupa o espaço da língua.

Placa Latero ProtusivaSua principal característica é o parafuso de ativação lateroprotru-

sivo, que permite de forma altamente prática avanços mandibulares progressivos. Sua base é composta por duas placas acrílicas ou de acetato no formato de ferradura que permite que um deslize sobre a outra, quando ativado o aparelho. A principal vantagem do dispo-sitivo, é que ele não ocupa o espaço da língua e é de fácil ativação. A desvantagem do aparelho, é que ele não permite movimento de lateralidade.

Posicionador Luiz GodolfimDentre as técnicas mais utilizadas em nosso país, hoje se destaca

a técnica Posicionador de Luiz Godolfim (PLG). Sua base é consti-tuída por duas placas rígidas de acetato (2 mm) unidas em posição de avanço mandibular através de arcos dorsais de fios ortodônticos inseridos em tubos telescópicos. A técnica é baseada na filosofia de Planas, em que sobre os planos oclusais, são colocados pistas diretas permitindo que as placas possam se deslizar uma sobre a outra com o auxilio do sistema telescópico. O clínico pode ativar o aparelho no arco dorsal, promovendo futuros avanços da mandíbula caso seja necessário. A ativação é feita alongando o arco dorsal para frente desfazendo sua curva com um alicate plano e realizando outra curva mais adiante com o alicate curvo. O aparelho se destaca dentre os outros pelo fato de ser o mais econômico, leve e confortável, não ocupando o espaço da língua. Em relação a sua ativação, o aparelho requer certa prática em manuseio com alicate e fios, pois a ativação do aparelho é feita no alongamento do arco dorsal desfazendo sua curva com um alicate plano e realizando outra curva mais adiante com o alicate curvo. Este procedimento pode fragilizar o fio e futu-ramente podem ocorrer futuras quebras no arco dorsal. A principal desvantagem do dispositivo é o índice de quebras no arco dorsal e não promover movimentos de lateralidade.

Por Antônio Jr.

T er uma noite tranquila de sono não é tarefa fácil para 40% da população

mundial. Há pessoas que, por conta do ronco, não conseguem dormir direito e incomodam também quem está por perto. Produzido pela vibração do palato mole e/ou outros tecidos bucofaríngeos durante a passagem de ar, o ronco é classificado como um distúrbio mais frequente em homens, e é crescente até a sexta década de vida. De acordo com a nova classi-ficação internacional das desordens do sono, publicada pela Ameri-can Academy of Sleep Medicine (AASM), há uma centena dessas desordens descritas na literatura e algumas podem ser tratadas por um cirurgião-dentista. Junto com uma equipe multidisciplinar, o CD tem papel cada vez mais importante no diagnóstico e tratamento de quem sofre desse mal.

Vários estudos realizados no Brasil com adultos, entre eles, no Instituto do Sono, em Campinas (SP), comprovam que 45% dos adultos normais sofrem com a sonolência excessiva durante o dia por não conseguirem ter uma noite de sono com qualidade e horas suficientes. Dados da AASM, mostram que o ronco afeta 24% das mulheres e 40% dos homens, especialmente os que estão acima do peso. A apneia do sono atinge uma média de 33% da população brasileira e essa porcentagem tende a aumentar nas mulheres após a menopausa. A partir dos 50 anos de idade, cerca de 50% da população geral tende a desenvolver a apneia do sono devido ao envelhecimento e flacidez da musculatura. Estima--se que se o problema não for diagnosticado e tratado, metade das pessoas com ronco alto progridem para apneia do sono num período médio de cinco anos.

Existem ainda outros fatores etiológicos do ronco como o es-

treitamento anatômi-co das vias aéreas superiores (excesso de tecidos moles,

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 21

A ABO Nacional é parceira de longa data da maior rede de assistência médica

do País, a Unimed, para oferecer a seu associado atendimento qualifi-cado e irrestrito em todo o Brasil. A Unimed está presente em 74,9% do território nacional, com 377 cooperativas médicas em mais de 4.500 municípios. São mais de 106 mil médicos cooperados prestando assistência a cerca de 15 milhões de clientes e a 73 mil empresas em todo o País.

Além das coberturas que fazem parte do Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde Su-

De 2 a 4 de agosto, a ABO Santa Ca-tarina, por meio

do Departamento de Implan-todontia, realiza o 4° Meeting Internacional de Implantodontia, que acontece no Costão do San-tinho Resort, em Florianópolis. O evento reunirá referências da Odontologia mundial para discu-tir os novos caminhos da Implan-todontia mundial. A coordenação do evento é de Sérgio Abraham.

Entre os renomados especia-listas que farão parte da progra-mação ministrando cursos estão Jaime Lozada, dos Estados Unidos, uma das maiores referências da Implantodontia mundial; além de Paulo Coelho, também dos Esta-dos Unidos, professor titular das disciplinas de Implantodontia e Pe-riodontia da New York University;

C om conceitos que podem ser aplicados no cotidiano de serviços de saúde, a

Artmed Editora lança no mercado o livro Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde Bucal, com or-ganização de Samuel Jorge Moysés e Paulo S. A. de Góes, obra pioneira na área de gestão de saúde.

Para Gilberto Pucca Jr., coor-denador nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde e professor assistente do Departamento de Odontologia da Universidade Esta-dual de Maringá (UEM), “esta obra é oportuna e necessária para pensar/fazer melhor a saúde bucal na esfera pública no Brasil atual. Certamente, os gestores e trabalhadores do Sis-

Parceria Unimed e ABO: melhor cobertura ao CD

ABO/SC

Meeting de Implantodontia reúne especialistas

do mundo inteiro

Livro trata da gestão em saúde bucal

plementar (ANS), os planos ABO/Unimed contam com cobertura de Extensão Assistencial. Através dela, no caso do falecimento do titular, os dependentes que estive-rem no plano terão a continuidade da assistência médica e hospitalar por mais dois anos, sem o custo das mensalidades. Outro diferen-cial é o seguro de morte natural e acidental, também com o objetivo de amparar a família no caso de morte do titular.

Os planos disponíveis pela parce-ria são ainda mais justos, com valores ajustados e co-participação limitada por procedimento. Para aqueles que

Stefano Corbella e Silvio Tachieri, ambos da Itália; Juan Carlos Abar-no, do Uruguai; e César Luchetti, da Argentina.

Cirurgiões-dentistas brasileiros também darão a sua contribuição, como Nilton de Bartoli Jr; Marcelo Januzzi; Julio Joly; André Vilella; Paulo Maluf; Eduardo Ayub; Mu-

tema Único de Saúde (SUS) o acolherão com grande entusiasmo. Esperamos que apreciem a leitura que eu recomendo aos meus pares nos serviços odontológicos e na Academia - trabalhadores sanitaristas, gestores, profes-sores e alunos”.

A ênfase do livro está no setor público, mas o conteúdo pode ser amplamente aprovei-tado na esfera privada, tanto no Brasil quanto em outros países. Vale ressaltar que a obra é favorável ao cenário atual, em que uma Política Nacional de Saúde Bucal - Brasil Sorridente - vem sendo implantada pelo Governo Federal, aumentando

utilizam muito pouco o serviço, a vantagem é pagar mensalidade menor, e aqueles que utilizam com maior frequência têm a tranquilidade de saber que as co-participações estão limitadas por procedimentos, além de isenção de co-participação para internação e cirurgias.

A parceria ABO/Unimed é in-termediada pela Sestini Corporate, corretora especializada em planos corporativos de saúde, e regula-mentados pela Lei 9.656/98.

Mais informações: www.sestiniseguros.com.br/abo e 0800 703 5401

a demanda por profissionalização. A intenção do livro é apresentar as fer-ramentas necessárias para pensar e fazer melhor a saúde bucal na esfera pública. O primeiro capítulo da obra Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde Bucal está disponível no site www.grupoa.com.br.

nir Salomão; Diego Vasconcelos; Mário Homem; Ivan Borges Jr; Marco Bianchini; Sérgio Gehrke; Hésio Lacerda; Roberto Garanha-ni; Roberto Papaleo; Lessandro Kieling; André Irschlinger; entre outros. Para mais informações sobre o evento, acesse www.floripaimplante.com.br.

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 201220

Congresso de Odontologia do Rio Grande do Norte acontece de 23 a 26 de agosto e espera receber mais de dois mil congressistas de todo o Brasil. As inscrições já estão abertas

ABO/RN discutirá os novos caminhos da Odontologia

C O N G R E S S O SC O N G R E S S O S

O Estado do Rio Grande do Norte prepara-se para receber cirurgiões-den-

tistas de todo o Brasil para o 12° Congresso de Odontologia do Rio Grande do Norte. Do dia 23 a 26 de agosto, a capital potiguar espera receber dois mil congressistas para debater sobre os novos caminhos e tendências da Odontologia brasilei-ra. O evento acontece no Centro de Convenções de Natal e terá como tema Impacto da Tecnologia na Prática Odontológica. Paralelo ao congresso acontecerá o III Congresso de Odontologia Legal do RN, a IV Jornada de Técnicos em Prótese Dentária do RN e o I Fórum sobre Tratamento das De-formidades Dentofaciais do RN. As inscrições podem ser feitas no site www.aborn.org.br/congresso2012.

A escolha do tema deu-se com a intenção de romper as fronteiras entre os campos científicos bus-cando necessidades de reorienta-ção da atenção à saúde através da ampliação, da promoção e preven-ção, articulando-a com as ações curativas e reabilitadoras. Parte da programação já está fechada e alguns convidados confirmaram presença, entre eles, André Caroli Rocha, do Hospital AC Camargo (SP), mestre em Patologia Bucal (Fousp); Francisco José Souza Filho, da Unicamp, mestre em Biologia e Patologia Bucodental e doutor em Endodontia pela FOB--USP; Leonardo Buso, doutor em Prótese pela Unesp; Luís Augusto Souza Marques da Rocha, profes-sor associado do Departamento de Engenharia Mecânica da Uni-versidade do Minho e coorde-nador do Grupo de Investigação em Materiais Funcionalizados e Comportamento de Superfícies do Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais da Universidade do Minho, em Portugal.

Também confirmaram presença Luiz Geraldo Vaz, pós-doutor em Materiais Odontológicos e livre do-cência em Materiais Odontológicos pela Universidade Estadual Paulis-ta Júlio de Mesquita Filho; Marcelo Sales, pós-doutor em Radiologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e coor-denador do curso de especialização em Radiologia e Imaginologia Odontológica do Centro Universi-tário de João Pessoa (PB); Eugênia Cunha, professora catedrática de Antropologia da Universidade de Coimbra (Portugal) e presidenta da Forensic Anthropology So-ciety of Europe; Luciano Lauria Dib, mestre em Patologia Bucal, doutor em Clínica Integrada pela

doutora em Engenharia Química e Biológica pela Universidade do Minho; Júlio Souza, doutor em Biomateriais pela Universidade do Minho e professor de Materiais Dentários da UFP, de Portugal; Luiz Antônio Ferreira da Silva, doutor em Biologia Molecular pela UFRJ e professor de Genética Mo-lecular, também darão a sua con-tribuição aos cirurgiões-dentistas durante o congresso.

FeiraO VII Expodente, feira de pro-

dutos e serviços odontológicos, é um dos destaques do congresso do Rio Grande do Norte. Realizado no Salão de Exposição do Centro de Convenções de Natal, terá este ano um ambiente amplo e climatizado. Entre as novidades está a central de atendimento permanente, orien-tando os congressistas. A comissão organizadora disponibilizará ainda para o expositor um espaço exclu-sivo para palestras e conferências científicas ao lado da feira.

Informações e inscrições:www.aborn.org.br

FOUSP, coordenador do Centro de Reabilitação Bucomaxilofacial da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp e coorde-nador do Centro de Prevenção e Diagnóstico de Câncer Bucal da UNIP; Maurício Sakima, professor doutor assistente do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara, mestre e doutor pela FOAr (Unesp), e pós--doutor pelo Royal Dental College (Dinamarca); Fernando Rodrigues Pinto, doutor em Clínica Odonto-lógica / Periodontia pela Unicamp.

Fernanda Capurucho Horta Bouchardet, mestre em Medici-na Legal e Ciências Forenses e doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade de Coimbra, e especialista em Odontologia Le-gal pela USP; Fernando Gabriel Machado Oliveira, com mestrado integrado em Engenharia de Ma-teriais na Universidade do Minho (Portugal), tendo realizado parte da dissertação do mestrado na École Centrale Paris (França) e aluno do Programa Doutoral em Engenharia Biomédica da Universidade do Mi-nho; Mariana Contente Henriques,

Eventos paralelosIII Congresso de Odontologia Legal do RN

Com foco nos cirurgiões-dentistas, clínicos gerais e especia-listas, peritos forenses, médicos, recém-formados, acadêmicos de Odontologia, operadores de Direito, ONGs de Direitos Humanos, magistrados, forças de segurança pública, entre outros, o congresso mostrará como funciona a Odontologia Legal e Forense como uma especialidade transversal a todas as outras áreas da Odontologia, além de complementar a atividade pericial. Entre os assuntos que serão debatidos estão Desaparecidos Forçados no Brasil: Direitos Humanos e Metodologias de Identificação; Direitos e Garantias do CD no Serviço Público da Região Metropolitana de Natal e Interior do Estado e Perspectivas Futuras; Novo Código Ético Odontológico; Importância do DNA Forense na Resolução de Crimes: Metodologias, Resultados e Aplicações à Odontologia; Injúrias Traumáticas em Esqueletos: Causas e Circunstâncias de Morte; e Avaliaão do Dano Pós-Traumático: Atuação do CD como Assistente Técnico.

I Fórum sobre Tratamento das Deformidades Dentofaciais do RNA intenção do evento é debater temas atuais em cirurgia ortog-

nática contemplando as especialidades de cirurgia bucomaxilofacial e ortodontia. O encontro tem como programação a abordagem dos temas tecnológicos e controversos da área, como planejamento ortocirúrgico através de software especializado e debate sobre cirurgia ortognática com benefício antecipado. O fórum é ainda uma oportunidade de reunir cirurgiões-dentistas e ortodontistas no debate de temas afins, com a finalidade de expor e esclarecer ideias sobre protocolos de tratamento de pacientes com deformi-dade dentofacial.

IV Jornada de Técnicos em Prótese Dentária do RNDestacados profissionais irão compor a grade científica. Os temas

envolverão cursos integrados para CDs, TPDs, Ortodontia e Ortope-dia e todo o universo de prótese (total, PPR, Fixa e Sobre Implantes). Abordará também zircônia, administração e laboratorial. O evento contará ainda com a equipe da Associação dos Protéticos Dentários do Rio Grande do Norte (Apdern) com apoio da Associação dos Protéticos Dentários de São Paulo (Apdesp).

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Evento acontece de 6 a 8 de setembro, em Maceió, e contará com palestrantes de todo o Brasil. Inscreva-se

Odontologia e marketing será destaque do congresso da ABO/AL

C O N G R E S S O SC O N G R E S S O S

De 6 a 8 de setembro, a ABO/AL realiza o 7° Congresso Alagoano

de Odontologia e o 2° Congresso Internacional de Odontologia que acontece no Centro Cultural e de Ex-posição Ruth Cardoso, em Maceió. O evento terá como tema principal Diversificando a Odontologia Atra-vés do Marketing. Os trabalhos de profissionais e estudantes também já podem ser enviados. O congres-so terá uma extensa programação e contará com painéis, palestras e seminários. Alguns nomes já estão confirmados, entre eles, Belmiro Vasconcelos, de Pernambuco, pro-fessor associado, pesquisador do CNPq e coordenador da área de Cirurgia e Traumatologia Bucoma-xilofacial da Universidade de Per-nambuco do doutorado e mestrado em Odontologia; Bergson de Luna Silva, também de Pernambuco, es-pecialista em Implantodontia e em Prótese Dentária; Cristiano Santos Ferreira, de Alagoas, especialista em Prótese Dentária e em Ortodontia e pós-graduado em Fotografia; Flávio Alves Ribeiro, de Pernambuco, cirurgião-dentista com 25 anos de atuação nos setores público e priva-do com formação na área de gestão

Calendário Oficial de Congressos 2012

19° Congresso odontológico Riograndense

11 a 15 de julhoPorto Alegre (RS)

Informações:[email protected]

JUlHoABo Rio grande do Sul

Congresso Alagoano de odontologia

6 a 8 de setembroMaceió (Al)Informações:

[email protected]

SETEMBRoABo Alagoas

12º Congresso de odontologia do RN

23 a 26 de agostoNatal (RN)

Informações:[email protected]

www.aborn.org.br

AgoSToABo Rio grande do Norte

16° Congresso de odontologia da Bahia

27 a 30 de outubroSalvador (BA)Informações:

[email protected]

oUTUBRoABo Bahia

3º Congresso Intenacional de odontologia do Mato

grosso do Sul 18 a 21 de setembro

Campo grande (MS)Informações:

[email protected]

SETEMBRoABo Mato grosso do Sul

5° Congresso Internacional de odontologia de Santa

Catarina22 a 26 de novembroFlorianópolis (SC)

Informações:[email protected]

NoVEMBRo ABo Santa Catarina

13° Congresso de odontologia do Espirito

Santo28 a 30 de junho

Vitória (ES)Informações:

[email protected]

JUNHoABo Espírito Santo

de Serviços de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas do Paraná e Univer-sidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro, além de master coach, Professional e self Coaching e bu-siness and executive coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching.

Também estão confirmados Henrique Artur Azevedo Bassi, de Minas Gerais, especialista em Endodontia pelo CEO-IPSEMG e diretor do Núcleo de Treinamento em Endodontia Avançada; Hilton Riquieri, de São Paulo, especialista em Prótese e mestre em Dentística; Antônio Inácio Ribeiro, de São Pau-lo; Jefferson Tomio Sanada, do Rio Grande do Sul, professor adjunto da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul e membro do corpo editorial da Full Dentistry in Scien-ce; Johnson Campideli Fonseca, de Minas Gerais, mestre e doutor em Materiais Dentários pela Unicamp e consultor científico e pesquisador na área de Ligas Metálicas e Ce-râmicas; José Laureano Rodrigues

Filho, de Pernambuco, professor adjunto da disciplina Cirurgia Bu-comaxilofacial, mestre e doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial e pós-doutor em Cirurgia Ortognáti-ca no Kaiser Permanente Medical Center, pela University of Pacific; e Marcelo Augusto de Oliveira Sales, da Paraíba, mestre em Diagnóstico Bucal e doutor em Estomatologia pela Universidade Federal da Para-íba e pós-doutorado em Radiologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Outros nomes da Odontolo-gia também marcarão presença como Maria Cristina Reis Tava-res, de Pernambuco, especialista em Odontopediatria pela ABO/PR, mestre em Odontologia em Saúde Coletiva pela PUC-PR e doutoranda em Saúde da Criança e do Adolescente na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Paulo Sérgio Quagliatto, de Minas Gerais, mestre e doutor em Den-tística Restauradora pela FOUFU/MG e professor dos cursos de pós-graduação em Odontologia da FOUFU/MG; Paulo Vicente Bar-bosa da Rocha, da Bahia, mestre e doutor em reabilitação oral pela FOB/USP-Bauru e autor do livro

Todos os Passos da Prótese sobre Im-plante - Do Planejamento ao Controle Posterior; Roberto Vianna, do Rio de Janeiro, ex-presidente da World Dental Federation (FDI), master of Science in Dentistry pela Indiana University; Sandra Kalil Bussadori, de São Paulo, mestre em Materiais Dentários pela FOUSP e doutora em Odontopediatria pela FOUSP e pós--doutora em Ciências pelo Departa-mento de Pediatria da Unifesp/EPM; e Sonia Maria Soares Ferreira, de Alagoas, mestre em Cirurgia Oral e Maxilofacial - Master of Science - e doutora em Ciências.

Para mais informações e para fazer inscrições, acesse www.maceiodonto.com.br.

SETEMBRoABo Ceará

4° Congresso Internacional de

odontologia12 a 15 de setembro

Fortaleza (CE)Informações:

[email protected]

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A intenção do tema é traçar um parâmetro entre as tecnologias disponíveis e o bem-estar do cidadão. Evento acontece de 19 a 21 de setembro, em Campo Grande

Odontologia Sustentável é o tema do Congresso da ABO/MS

C O N G R E S S O SC O N G R E S S O S

C om o tema A Odontolo-gia Sustentável, Ações e Responsabilidade So-

cial, a terceira edição do Con-gresso Internacional de Odonto-logia do Mato Grosso do Sul já está sendo preparada e pretende atrair cirurgiões-dentistas de todo o Brasil com a intenção de trocar experiências sobre a Odontologia, tanto para aqueles que buscam atualização de seus conhecimentos como para os fu-turos profissionais que desejam conhecer e/ou aprimorar as novas tecnologias. O evento acontece de 19 a 21 de setembro, no Cen-tro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande. Para mais detalhes sobre o con-gresso, acesse www.aboms.org.br/congressoms.

O congresso tem a intenção de fazer um paralelo entre as atividades do profissional da Odontologia e sua responsabi-lidade social, além de traçar um parâmetro entre as tecnologias disponíveis e o bem-estar do cidadão. Busca enfatizar ainda a importância da consciência profissional para as causas so-ciais, evidenciando formas que contribuam com a sustentabili-dade do planeta. Dessa forma, a Odontologia não pode se abster de discutir, propor e adotar mé-todos e medidas contributivas em suas práticas de produção e

prestação de serviços. O even-to discutirá o novo papel de educador do cirurgião-dentista, dentro da nova maneira de tra-tar a saúde bucal, assimilando e disseminando conceitos atuais de sustentabilidade. Com o subtema Odontologia de Ponta: da Saúde à Clínica Privada, o objetivo é fazer um paralelo entre as ativi-dades profissionais da Odontolo-gia e sua responsabilidade social, discutir e traçar um parâmetro entre as tecnologias disponíveis para o bem-estar do cidadão e as situações diversas nas rotinas de atendimento.

Palestrantes convidadosA programação do Congresso

Internacional do Mato Grosso do Sul já tem alguns nomes confirmados. Na área de Implan-todontia estarão presentes Paulo Fukashi Yamaguti, do Instituto Branemark (SP); Antonia Grilo, da Argentina; Leonardo Maga-lhães; Carlos Araújo, da USP de Bauru; André Zétola, de Curitiba (PR); Marcos Mota; Rafael Me-tropolo; Hugo Nary Filho; Paulo Abdala Saad; Júlio César Joly; e Idelmo Rangel Garcia, da Unesp de Araçatuba (SP). Em Dentís-tica há até agora seis profissio-nais já confirmados: Marcelo Poloniato, da USP; Danilo Cal-das; Gilberto Antônio Borges; Charles Antoine Freire, todos da

área de Dentística Restauradora Estética; Oscar Barreiros, da área de Estética, de São José do Rio Preto (SP); e Jussara Bernardon, de Dentística Restauradora, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Da área de Ortodontia esta-rão presentes Gilberto Vilanova Queiroz, da ABO/MS; José Rino Neto e Ricardo Orliana, ambos da USP. De outras áreas já garan-tiram presença Gerson Hayashi, de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, do Rio de Ja-neiro; Rubens Rodrigues Filho, de Farmacologia, da Universi-dade Federal de Santa Catarina (UFSC); Valmir Macarini, da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste); José Roberto Cortelli, da Universidade de Taubaté (Unitau); Marcus Vinicius Mo-reira Castro, da Escola de Aper-feiçoamento Profissional (EAP) de Goiás; e Juliano Milanezi, da Universidade Sagrado Coração (USC) de Bauru, os quatro últi-mos da área de Periodontia.

TurismoCampo Grande, capital do

Mato Grosso do Sul, caracteriza--se por ser uma cidade eminente-mente de comércio e de serviços, com um forte traço universitário. Possui harmoniosa convivência da tradição rural e a modernidade empresarial urbana, resultando num desenho especial mesclado pela arquitetura, comportamen-tos e manifestações, a um só tempo, rica e diversificada. Essa mescla é bastante clara na gas-tronomia, na música, nas artes plásticas, nas danças e nas mais diversas formas de expressão de sua gente.

É uma cidade planejada com avenidas largas e arborizadas, boa estrutura hoteleira em am-pliação e estruturado plano turístico para atividades locais e em municípios vizinhos como Bonito, Aquidauana, Corumbá

e Miranda. Mais da metade do Pantanal está localizado nestes três últimos municípios. Hoje Campo Grande está em franca expansão com três novos shop-pings centers, várias opções de loja, entretenimento e balada.

PasseiosCity Tour no ônibus pa-

norâmico: venha conhecer a cidade de forma divertida num passeio que tem duração de duas horas e meia a bordo de ônibus panorâmico

Trem do Pantanal: toda a poesia de um passeio de trem pelo pantanal. São 220 km que ligam a capital Campo Grande à Miranda, porta de entrada do Grande Pantanal.

Morada dos Baís: espaço cultural e ponto de informa-ções turísticas. Programações com teatro e exposições de artistas plásticos do Estado.

Centro de Visitação do Aquário do Pantanal: o Aquário do Pantanal, obra em andamento do governo estadual, foi projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake e abri-gará mais de 350 espécies de animais, como répteis, peixes e crustáceos e está inserido na área do Parque das Nações Indígenas, uma área de 119 hectares de reserva ecológi-ca que abriga a nascente do Córrego Prosa, que corre por toda a extensão do parque formando ali um grande lago.

Mais da metade do Pantanal fica no Mato Grosso do Sul

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 2012 23E D U C A Ç Ã OE D U C A Ç Ã OEnsino

Abeno debate 10 anos das DCNs odontológicas

100º Congresso da FDI acontece em agosto

Pro-Odonto Estética tem novidades em novo ciclo

Em foco na 47ª Reunião da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (Abeno), as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), responsáveis pela maior revolução do ensino odontológico e da formação do cirurgião-dentista brasileiro na última década. O evento acontece de 22 a 25 de agosto no Royal Palm Plaza, em Campinas (SP) e tem como novidade nesta edição também a participação de professores e estudantes, além dos tradicionais gestores de entidades de ensino superior públicas e privadas (IESs).

O prof. Antonio César Perri (Unesp) abre o evento abordando a trajetória da década que mudou o rumo da formação odontoló-gica. A coordenação desse bloco de debates será feita pelo prof. Adair Stefanello Busato (Ulbra). Já a profª. Elisa Emi Tanaka (UEL) apresentará as Experiências das IESs Públicas e Privadas na consolidação das DCNs.

Entre outros temas da programação estão o Enade 2013, em mesa coordenada pelo prof. Léo Krieger (PUC-PR) e diversos gru-pos de trabalho, grupos Pet Saúde e Pró-Saúde, Teleodontologia, Residências Profissionais e Bancos de Dentes, além de palestras, mesas redondas, seminários e apresentação de pôsteres.

Para a presidente da Abeno, Maria Celeste Morita, “é essencial a participação dos estudantes e professores de Odontologia nos debates da entidade, para ampliar o escopo das análises sobre o processo de mudanças na educação, com a atuação de profissionais de todos os níveis do Brasil, inclusive os de pós-graduação”.

Já para o prof. Rui Brito, coordenador da graduação da Faculda-de de Odontologia São Leopoldo Mandic e também da 47ª Reunião da Abeno, “a expectativa para a edição deste ano é de reunir ainda mais professores, estudantes e gestores em torno do processo de construção coletiva do ensino odontológico brasileiro. Para isso, tivemos o cuidado de pensar na acessibilidade em todas as esferas da Reunião, desde a sua ampla programação até a localização do evento, planejada de maneira estratégica”.

As inscrições estão abertas no site da entidade (www.abeno.org.br) e até o dia 20 de julho têm 20% de desconto.

De 29 de agosto a 1 de setembro acontece em Hong Kong, na China, o 100º Congresso Anual Mundial da Federação Dentária Internacional (FDI). A programação abordará os principais temas e preocupações da Odontologia apresentados por profissionais de todo o mundo de diferentes especialidades odontológicas. A cidade de Hong Kong foi escolhida por ser um renomado centro mundial de negócios, além, de apresentar uma grande diversidade cultural.

FDI’2013: da Coreia para a TurquiaE em 2013, o congresso da FDI, que seria realizada na Coreia, foi

transferido para Istambul, na Turquia.

Informações:http://www.fdicongress.org

Um novo ciclo do Programa de Atualização em

Odontologia Estética foi lançado recentemente, como resultado da parceria entre a Artmed Paname-ricana Editora e a ABO, por meio do Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância (Sescad).

O Ciclo 6 do Pro-Odonto Esté-tica reúne artigos selecionados que abordam novas técnicas e materiais. Os diretores acadêmicos José Carlos Pereira e Marco Antônio Masioli organizaram os temas de forma que as informações se complementem no decorrer dos estudos.

Pereira destaca um dos temas do ciclo, Deformidades e Anomalias Dentais que Levam a Transtornos Estéticos, como sendo fundamental para permitir ao clínico a escolha da melhor técnica restauradora estéti-ca. “Este estudo também possibilita o prognóstico do tratamento em longo prazo”, explica. Masioli, por sua vez, salienta o artigo Microa-brasão Associada ao Clareamento, pois a associação dessa técnica com o clareamento dental permi-

te ao cirurgião-dentista a otimização do resultado estético, proporcionado pela microabrasão.

Como funciona o programa

O ingresso no Ciclo 6 do Pro-Odonto Estética pode ocorrer em qualquer momento ao longo dos 12 meses de vi-gência e de qualquer lugar do País, pois os módulos são en-tregues em casa. O certificado de 180 horas/aula é outorgado pela ABO aos aprovados na avaliação no final de cada ciclo.

Os inscritos têm acesso ao e-learning, um ambiente virtual de aprendizagem em que é pos-sível encontrar o Clipping Saúde, atualizado diariamente com entre-vistas, matérias, notícias científicas e resumos de jornais internacionais. Outra vantagem é o desconto de 15% na compra de livros do catálo-go do Grupo A, que inclui Artmed e Editora Artes Médicas. Os módulos estão disponíveis, também, em for-mato de e-book.

Além desses dois programas há mais quatro especialidades: Pró-tese, Implantodontia, Ortodontia, Odontologia Cirúrgica, Preventiva e Saúde Coletiva.

Mais informações: www.sescad.com.br, [email protected] e (+51) 3025.2550

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JABO - Ano XIX - Número 137 - Maio/junho - 201224

Várias pesquisas apontam o sentimento de felicidade como o responsável por melhor qualidade de vida. Será? Apesar do Brasil classificar-se em 1º lugar em um ranking de 158 países que mediu a satisfação das populações e da saúde bucal ser indício de satisfação, os idosos brasileiros ainda sofrem com as sequelas da falta de dentição, como a dificuldade para se alimentar. E um novo índice vem para concorrer com o

PIB nacional: trata-se do Felicidade Interna Bruta (FIB), em elaboração pela conceituada FGV-SP e que deverá auxiliar o governo na formulação de políticas públicas

FELICIDADE, o ingrediente

que aumenta a qualidade de vida.

Sorria!

Outros dados interessantes:

l As mulheres brasileiras são mais felizes que os homens l Mulheres solteiras são mais felizes que as casadas, no mundo inteirol Mas as que têm filhos me-nores de 15 anos são mais felizes do que as sem filhos

E S P E C I A LE S P E C I A L

A Universidade de Michigan (EUA) estudou a relação entre saúde bucal e felici-

dade e concluiu que uma pessoa sa-tisfeita com seu sorriso é mais feliz e confiante. Fotos de 889 indivíduos e acompanhantes adultos (46% ho-mens, 54% do sexo feminino, faixa etária, 18-90 anos), avaliaram fotos de pessoas com dentes tortos e ali-nhados. Concluiu-se que os que têm oclusão normal foram classificadas como mais atraentes, inteligentes, agradáveis e extrovertidas, enquan-to pessoas com dentes tortos foram consideradas menos atraentes, inteligentes e extrovertidas.

Os alvos femininos foram avaliados mais positivamente do

S abe-se que a qualidade de vida das pessoas está diretamente ligada ao estado de saúde, tanto das articulações como dos órgãos

internos, assim como das condições da saúde bucal no atual olhar sistêmico do indivíduo. Esse enfoque é mais verdadeiro ainda quando se trata de pessoas idosas, acima dos 65 anos. Esse grupo etário se queixa que a falta de dentes dificulta a mastigação e, por isso, a alimentação fica também limitada a alimentos líquidos ou semi-sólidos. Outra queixa é a secura na boca, que pode estar ligada a inúmeros problemas da área digestiva.

Cirurgiões-dentistas da Universidade de To-ronto (Canadá), estudaram 225 pessoas, com uma média de idade de 83 anos e que viviam em casas de forma não independente e foram submetidos a dois testes: Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI) e uma forma abreviada do Oral Health Impact Profile (OHIP-14) - esse último teste avaliava o nível de estresse e satisfação com a vida. Um terço dos entrevistados considerou o nível de saúde bucal médio ou mau e 20% o con-siderou muito inadequado. Aplicado o GOHAI, 53% relataram problemas sociais e psicológicos

Estudos ressaltam papeldos dentes para idosos

Saúde bucal é sinal de satisfação

devido aos dentes e com o OHIP-14 somente 17% tinham essas condições. Os autores concluem que esses testes medem adequadamente a qualidade de vida ligada à área bucal e mesmo os mais idosos conseguem avaliar corretamente essa deficiência.

Pesquisadores da área de Odontologia Social, da Faculdade de Odontologia de Araraquara, da Univer-sidade Estadual Paulista, avaliaram a autopercepção das condições de saúde bucal por idosos. (Rev. Saúde Pública, Agosto 2001, vol.35 no.4.) Participaram do estudo 201 pessoas, dentadas, com 60 anos ou mais, funcionalmente independentes, que frequentavam um centro de saúde local. Foi aplicado questionário e o índice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), além de um exame clinico. O exame clíni-co revelou grande prevalência das principais doenças bucais, apesar de 42,7% das pessoas avaliarem sua condição bucal como regular. Os autores concluem que a percepção da saúde bucal teve pouca influência nas condições clínicas, mostrando ser necessário desenvolver ações preventivas e educativas para a população de idosos.

Fonte: Community Dent Health. 2002 Jun;19(2):90-7.

F elicidade é coisa séria. Tanto que até a prestigiada Fundação Getúlio Vargas

(FGV-SP) está desenvolvendo metodologia para aferir o grau de preocupação e satisfação da população brasileira, ficando a riqueza econômica em segundo plano. Assim, no lugar do Produto interno Bruto (PIB), a fundação está elaborando nova metodologia da Felicidade Interna Bruta (FIB) e espera disponibilizá-la ao governo federal para auxiliar no desenvolvi-mento de políticas públicas.

Aponta reportagem publicada no Jornal O Estado de S. Paulo, em março último, que o pequeno reino do Butão, nas cordilheiras do Hi-malaia, considera mais importante o contentamento da população do que o desempenho da produção in-dustrial. A proposta dos técnicos da FGV-SP é mesclar os dois índices, uma tarefa difícil pelas peculiari-dades brasileiras, com diferenças marcantes entre umas e outras de suas regiões.

Brasil é tetracampeão em felicidade

Também da FGV-SP, em outra pesquisa, aponta o Brasil como tetracampeão no ranking da felici-dade. A Síria ocupa o último lugar. O estudo avaliou 200 mil pessoas em 158 países, foi feito em 2011 e enfocou a felicidade das pessoas no presente e nos próximos cinco anos. O Brasil venceu nos dois quesitos.

Depois do Brasil, Panamá, Costa Rica, Colômbia, Qatar, Su-íça e Dinamarca aparecem como os mais felizes.

que alvos do sexo masculino. O público jovem foi mais crítico nas avaliações, se comparados com os entrevistados mais velhos e menos escolarizados. O objetivo desta pesquisa foi investigar como a oclusão ou dentes tortos afetam a percepção do outro que está vi-sualizando o problema e o quanto a inteligência, a personalidade e a forma de interagir em ambientes pessoais e profissionais podem atrapalhar o desempenho do in-divíduo quem tem este problema. Mais do que irradiar felicidade, a saúde da boca e, consequente-mente, o sorriso bonito são sinais de um organismo saudável e uma autoestima acentuada.

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J A B OJornal da Associação Brasileira de Odontologia

Ano XIX - Número 130 - Setembro/outubro - 2010

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