Jornal Antenado

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ANO 4 E EDIÇÃO 16 OUTUBRO DE 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PRODUZIDO PELOS ESTUDANTES DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO Esportes aquáticos em alta Crianças e adolescentes aprendem a surfar e velejar em praias do Litoral Norte Em maio de 2013, o Brasil passou a recon- hecer legalmente a união entre pessoas do mesmo sexo, que agora podem cele-brar o casamento civil. No Litoral Norte, casais procuram com certa timidez a respei- to desses trâmites nos cartórios, e poucos oficializam a união. Entre maio e setem- bro deste ano, foram registrados na região pouco mais de 20 uniões homoafetivas. Poucos casais oficializam união homoafetiva no LN Sonho x Mercado de Trabalho Feira do Rolo: há mais de 20 anos com a tradição em bons negócios Diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e que apon- ta tendências, há jovens que preferem optar pela profissão dos sonhos.

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Produzido por alunos do sexto e sétimo semestres do curso de Jornalismo, do Centro Universitário Módulo.

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ANO 4 E EDIÇÃO 16 OUTUBRO DE 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITAPRODUZIDO PELOS ESTUDANTES DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO

Esportes aquáticos em altaCrianças e adolescentes aprendem a surfar e velejar em praias do Litoral Norte

Em maio de 2013, o Brasil passou a recon-hecer legalmente a união entre pessoas do mesmo sexo, que agora podem cele-brar o casamento civil.No Litoral Norte, casais procuram com certa timidez a respei-to desses trâmites nos cartórios, e poucos oficializam a união. Entre maio e setem-bro deste ano, foram registrados na região pouco mais de 20 uniões homoafetivas.

Poucos casais oficializam união homoafetiva no LN

Sonho x Mercado de TrabalhoFeira do Rolo: há mais de 20 anos com a tradição

em bons negócios

Diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e que apon-ta tendências, há jovens que preferem

optar pela profissão dos sonhos.

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Expediente O JORNAL ANTENADO É PRODUZIDO PELOS ESTUDANTES DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO. Coordenador do Curso: Prof. Dr. Gerson Moreira Lima ([email protected]) Jornalista Responsável: Ricardo Hiar MTB 47.857/SP

Diagramação: Cléverton Santana Fotografia: Luan Beata, Millena Hermes, Cléverton Santana e Marcelo Souza.Tiragem: 6 mil exemplares (Gráfica Lance!) Redação: CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO – CAMPUS MARTIM DE SÁ

Av. Mal. Castelo Branco, s/nº CEP 11.662-700 Caraguatatuba/SP Tel. (12) 3897-2008 E-mail: [email protected]

2 Litoral Norte - Outubro de 2013

EDUCAÇÃO

O mundo tem se tornado, cada vez mais, um cenário domi-nado pelas preocupações com o capital de giro. O futuro desejado e planejado não é mais reflexo de sonhos e com isso, o mercado de trabalho e seus componentes são particularmente afetados. O pano-rama de emprego precisa estar dentro do contexto das mais influ-entes macrotendências e não dentro daquilo que se deseja. Apesar de grande parte dos jovens optarem por cursos que ofere-cem maior remuneração no mercado de trabalho, existem aque-les que ainda preferem ir em busca daquilo que sempre sonharam, se identificam, sem pensar muito no aspecto financeiro. Esse é o caso do estudante do 10º semestre de Administração, Anísio Xavier, 18 anos. O sonho do universitário tornou-se realidade a partir do momento em que se viu dentro do contexto administrativo. “Gosto da Administração porque é uma área muito ampla, que nos ensina a ver o mundo como ele realmente é. Além de ajudar o lado profissional, nos ajuda no lado pes-soal também”, comentou. Já o universitário Felipe Ambrósio, 22 anos, que cursava sua grande paixão, a música, se viu forçado por pressão da família, a buscar um curso que lhe trouxesse mais retorno financeiro. Ele decidiu, então, fazer Arquitetura, porque acredita que a área lhe reserva muitas oportuni-dades. “Acho que é uma área que pode trazer lucro porque o mer-cado de trabalho está ficando cada

vez mais forte no setor de construções. Posso ter um bom emprego e penso até em abrir um escritório próprio”, disse. Embora as pessoas escolham cursos por seus diversos sonhos e tam-bém pelo retorno que este pode trazer, é necessário ter cuidados com a saúde. Isso porque segundo a psicóloga Sami-ra Rocha, quem não trabalha na área desejada pode sofrer danos psicológi-cos. Entre os problemas mais comuns estão a crise de ansiedade e depressão, além de doenças psicossomáticas, que são de fundo emocional, e que podem até gerar gastrite nervosa. “É importante que essas pes-soas procurem focar em alguma coisa boa que o trabalho possui ou procurar fazer outras atividades, fora do ambi-ente de trabalho, para se distraírem”, explica. Conforme a psicóloga, esco-lher a profissão é mais do que optar por um curso, é escolher o futuro. Por isso, não importa se uma pessoa faz o

que gosta com pouca remuneração ou ganha bem com um serviço ruim, o importante é não deixar isso atrapalhar sua saúde e seu bem estar.

Mercado de trabalho x Sonho: a difícil escolha

Por Millena [email protected]

O desafio de levar jovens do século XXI a bibliotecas

Por Natália [email protected]

Um lugar que já foi referência e muito utilizado no passado, tem se tornado para muitos jovens da atualidade um ambiente pouco atrativo para trocar experiências culturais, sociais e ser efetivamente um lugar de aprendizagem. As bibliotecas, que em muitos casos preservam o silêncio no ambiente de pesquisa, acabam consideradas sérias demais e até mesmo tediosas. A era do e-book (livro em formato digital) trouxe algumas facilidades, como a possibilidade de se baixar livros, revistas e jornais, de forma paga ou gratuita, sem a necessidade de sair de casa. Com isso, a frequência ás bibliotecas passaram a ocorrer apenas em caso de extrema necessidade, para pesquisa ou empréstimo de livros. Em uma pesquisa realizada com jovens do ensino médio de uma escola privada de Caraguatatuba, percebeu-se que dez, entre quarenta alunos, frequen-tam livrarias. Desse total, apenas cinco têm o habito de irem a bibliotecas públi-cas da cidade. Esse é o caso da aluna An-dressa, 16. “Prefiro ir à biblioteca ler um livro do que na internet. Acho mais inter-esse poder escolher e ter contato pessoal com os livros”, disse. Ao contrário dela e seguindo a tendência da maioria, Maria Enid, 16, prefere acessar esses conteúdos pela in-ternet. “Prefiro pegar emprestado com algum amigo ou baixar na internet o livro, acho mais prático do que ir à bi-blioteca”, afirmou.Para a professora mestre Sandra Mith-erhofer, o jovem busca a facilidade que a internet proporciona hoje e deixa de explorar os livros nas bibliotecas. “A internet e as facilidades tecnológicas vieram para agregar, e não tirar o lugar da biblioteca. Na internet acesso aquilo

que alguém me pede, ou tenho uma ne-cessidade pessoal. Já no contato com as estantes da livraria sou provocada por cada livro que ali estou vendo. Quantas vezes que fui à biblioteca para ler um livro especifico e ao olhar ao redor fui atraída por outros títulos que peguei para ler”, disse.Diante deste quadro a biblioteca Mu-nicipal Afonso Schmidt, de Caragua-tatuba, que conta com 20 mil obras no acervo, adquiriu em outubro do ano passado mais títulos, para suprir e ga-nhar novos leitores. Entre os livros es-tão, A Cabana (William P. Young), En-saios sobre a cegueira (José Saramago), Crepúsculo (Stephanie Meyer), entre outros, que estão entre os mais lidos pelos jovens.Além de títulos para atrair um novo público, a biblioteca conta com com-putadores e internet de graça para a população, que podem ser utilizados nas pesquisas. “O público aumentou, principalmente na parte da tarde com os estudantes que vêm tanto para pes-quisar quanto para acessar a internet. Eles procuram bastante por livros de romance e aventura, um dos mais pedi-dos é o livro O diário de uma banana”, disse o estagiário Caio Guimarães que trabalha na biblioteca.O estudante Eduardo Gonçalves de 16, frequentador do local, diz que prefere o ambiente da biblioteca, porque sem-pre pode escolher e ler quantos livros puder. “O ambiente desta biblioteca é muito bom, gosto muito de vir aqui, pois posso escolher e ler quantos livros desejar”, disse Eduardo.Frente a este novo público que busca a rapidez da internet e a comodidade de ler livros em e-books, fica o desafio para as bibliotecas buscar novos formas de chamar seu público.

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CIDADE

3Jornal Antenado

Feira do rolo: tradição e popularidade há mais de 20 anos em Caraguá

Evento realizado no bairro do Indaiá resiste ao tempo e estimula o comércio informal

Conhecida entre os caragua-tatubenses como evento de tradição, a famosa Feira do rolo é realizada há mais de 20 anos no bairro do Indaiá. De origem simples, ela foi iniciada por moradores da região que decid-iram aumentar sua renda com a venda de artigos diversos que fazem parte do cotidiano das pessoas, com um dife-rencial: baixos preços. As opções são as mais vari-adas e incluem peças do vestuário, como bonés, bermudas, camisetas, óculos de sol, até eletrônicos, como videogames e acessórios para com-putadores, aparelhos de TV e DVDs. Há opções de objetos novos e usados. O espaço conta com pontos para ali-mentação e até ítens mais inusitados, como artesanatos e sucatas. José Alves, o Alemão, é comerciante de sucata na feira há 11 anos. Ele conta que o local acabou se tornando um ponto de encontro de amigos, com muito bate-papo, des-contração e lazer. “Muitas pessoas acabam frequentando o evento ape-

nas para passear e consumir algum tipo de comida, como o tradicional pastel de vento, o churrasquinho, acompanhados de alguma bebida como cerveja, refrigerante e caldo de cana”. Alemão vende em sua bar-raca todo tipo de sucata, desde relíquias como os antigos vinis, até máquina de costura, jogo de roda, pneus usados de automóveis e en-feites confeccionados com material reciclável. Para aqueles que gostariam de presentear alguém, existe um lu-gar ideal, comandado por Luís Teix-eira, comerciante na feira há um ano e meio, e que durante a semana tra-balha como mestre de obras. Com a proposta de aumentar seu ordenado no final do mês, começou a traba-lhar na feira com a venda de enfeites de lar, brinquedos e objetos diversos como lanternas, baralho e acessórios digitais. Ele se diz satisfeito com os resultados da nova empreitada. Atualmente, a feira tam-

Por Luan [email protected]

bém conta com algo mais exótico em sua culinária, que traz consigo o gostinho do Nordeste. Jeane dos Santos chegou da Ba-hia trazendo em sua bagagem uma espe-ciaria que lhe é peculiar, o acarajé. Não de-morou muito para que a novidade virasse

sucesso no evento. De acordo com a baiana que está há dois meses na feira, o fatura-mento a cada dia de trabalho no local chega à R$ 200. Em períodos de maior movimento, como feriados, esse valor aumenta em até 50%. Na Feira do rolo não exis-te tabela de preços, mas não falta por lá muita pechincha da clien-tela. Os feirantes estabelecem seus preços, que normalmente não são os valores finais pagos pelos com-pradores. De modo geral, os fre-quentadores consideram os preços acessíveis. A Feira do rolo acontece todos os domingos, das 8h às 13h. Ela está localizada Av. Rio Grande do Norte, no bairro Indaiá. Um dos acessos se dá pela Rodovia SP-55 (Rio-Santos), no sentido São Se-bastião.

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ESPORTE

4 Outubro de 2013

Bons ventos para o esporte em Caraguatatuba

Por Cléverton [email protected]

Próxima de cidades que têm destaque pela prática da Vela no Litoral Norte, como Ilhabela e São Sebastião, Caraguatatuba mostra que também tem potencial na modalidade

Popularizar a vela e educar com esta modalidade esportiva é a missão do CVCMA (Centro de Vela de Cara-guatatuba Mar Atlântico). Criado há sete anos por um grupo de velejadores apaixonados pelo mar e pela prática do esporte, ele atende pessoas de diversas faixas etárias em Caraguatatuba. Du-rante as aulas, os participantes recebem conhecimentos náuticos e praticam o velejo. “Para mim, a vela não é es-porte, nem hobby, é paixão”, afirma It-zac Ben Kalech Almeida, presidente e

comodoro do CVCMA. Apesar disso, ele considera a modalidade um instru-mento para a educação, cidadania, co-operação e trabalho em equipe. A escolha pela atuação do grupo em Caraguatatuba não se deu à toa. Segundo Almeida, a cidade pos-sui um dos melhores parques náuticos do litoral paulista, numa raia que vai desde a Praia Martim de Sá até a Ponta do Arpoardor, já em São Sebastião. Na praia do centro, as velas dão um tom muito maior do que beleza: as embar-cações recebem o valor de aprendizado. É lá, onde jovens aprendem conceitos náuticos básicos, desde a amarração de nós até o estudo dos ventos, oceanogra-fia, meteorologia e cultura de mar.

O vento é o ponto principal para os velejadores aprendizes “Ele (o vento) quem determina para onde vamos e não conseguimos nos progra-mar com antecedência. É legal porque cada dia é uma surpresa”, diz Wesley Fogaça, 13, que participa da escola de vela por meio do projeto social Bombeiro Mirim*. Além das aulas teóricas, os futuros velejadores passam por dois estágios até colocarem a vela no mar. Eles precisam aprender diversos con-ceitos climáticos e marítimos, mas an-tes precisam fazer testes de natação e canoagem. Para Gustavo Meyer, 37, que mudou-se recentemente de Araraquara

para Caraguatatuba, a prática da vela também é uma forma de lazer. Seu contato com a vela começou pela cu-riosidade. Um dia, passava pela praia e, ao avistar as embarcações, resolveu perguntar do que se tratava. “Busco conhecimento e aqui consigo aprender muito, além de ir para o mar e poder relaxar. Quinze minutos em alto mar equivalem a uma hora de terapia”, completa.

Destaque O CVCMA já possui seus tal-entos. Dentre eles, o jovem João Alar-con Júnior, 15 anos, que participou de diversas regatas e no ano passado, al-cançou o 2° lugar na categoria júnior dos Jogos Regionais. “Comecei a vele-jar com 12 anos. Meu pai tinha um ve-leiro que estava parado. A gente vele-java raramente, até que fui pegando gosto. Minha primeira competição foi aos 13 anos. Na vela fiz novos amigos e consigo relaxar. Esqueço de tudo, es-queço dos problemas”, conta. O Centro de Velas, em breve, irá avaliar os alunos da fase intermediária para ingressarem na equipe de com-petição da cidade, que representa o mu-nicípio em regatas regionais e nacionais.

Serviço: O CVCMA fica na Avenida Arthur Costa Filho, 1772 (Avenida da praia, em frente a UNIMED). Telefones: (12) 98101-2429 ou (12) 99747-0830. E-mail: [email protected]. Para mais informações, acesse o site: www.cvcma.org.br

* O Bombeiro Mirim é um projeto que tem como objetivo preparar os jovens para o desempenho de suas missões es-tabelecidas pela Constituição.

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Aloha: eles vão invadir sua praiaESPORTE

Berço de vários nomes do surfe, São Sebastião é destaque em revelar talentos no mar

Por Rebeca [email protected] Garra, talento e dedicação. Esses são alguns dos atributos in-dispensáveis na vida de jovens surfistas que disputam campeona-tos, buscam vitórias e títulos para subir no ranking mundial. Depois disso, cair na água é fácil. A cidade de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, é reconhecida mundialmente por ter as melhores praias para surfar. Ela se destaca ainda mais quando as-sunto é descobrir talentos nessa modalidade. Caiçaras, Gabriel Medina e Miguel Pupo integram esse cenário mundial. Assim como eles, o jovem Samuel Pupo está começando a caminhada no surfe. O garoto é uma das grandes novidades do esporte no Brasil. Também não é a toa: o surfe está no DNA da família, já que ele é irmão de Miguel Pupo.

O pai dos jovens também sur-fava no passado e hoje é shaper, oficial do filho mais velho, a nova promessa das ondas que vem ganhando força, disputando campeonatos importantes e construindo aos poucos um início vitorioso. Samuel, 12, começou a surfar com três anos e hoje destaca como é importante uma rotina firme de treinos e ter amor pelo que faz. “Sou novo, mas amo o que faço, amo surfar e para isso minha rotina não é de uma criança normal, tenho que me esfor-çar mais que todo mundo, pois tenho que viajar sempre e passo de três a quatro horas dentro da água”. Sobre quem é o maior ídolo e referência na carreira, o jovem dest-aca dois exemplos, o pai e o irmão. “Tenho meu ídolo que é meu irmão mais velho que está na elite mundial e também meu pai que é ex-surfista

profissional, praticamente nasci dentro do palanque, ele sempre nos levou para as competições”, concluiu Pupo. Munir El Hage, fotografo es-pecialista na área de assessoria e vídeo, tem incrível experiência com o mar e com esses garotos. Ele avalia o surf sebastianen-se como um dos melhores no Brasil e destaca ricos talentos que nascem na cidade. “São Sebastião vive o melhor momento no surfe brasileiro, temos dois ótimos atletas representando a cidade no WCT (Word Champi-onship Tour) Medina e Pupo,esses moleques viraram referência para vários outros que estão vindo, e hoje temos São Sebastião como líder no ranking paulista amador, um fato inédito.Isso se deve a esses dois

atletas , que puxam essa garotada para acreditar que é possível, você ganhar o seu dinheiro e conseguir ajudar a famí-lia”. No surf, muitas vezes campe-onatos são cancelados por falta de onda e para não ter gasto desnecessário, dias antes os atletas tem acesso à previsão correta de ondas e ventos. Tudo isso depende da natureza a favor para a competição fluir tranqui-lamente, por isso defendem sempre o cuidado e respeito ao meio ambiente. A modalidade proporciona benefícios à saúde e a mente, com isso esses jovens se deparam com a possi-bilidade de mudança de vida e ter um reconhecimento profissional. É mais que uma profissão, é um estilo de vida agregando valores.

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6 Outubro de 2013

COMPORTAMENTO

SERVIÇO

Casar na praia: O sonho dos noivos atuais

Por Marcelo [email protected] Sentir a brisa e o barulho do mar, receber a benção de Deus em meio à natureza, com os pés na areia. Mesclar o clima do ambiente, com a decoração e o cardápio. Essas são só algumas das peculiaridades de se casar na praia. O cenário é ideal para a realização do sonho de muitos casais. O casal Diego Guirado e Raquel Benazzi, da cidade de Jundiaí, escolheu a praia Vermelha, no litoral norte pau-lista, para firmar o enlace matrimonial. “Casar na praia foi a rea-lização de um sonho. Tudo foi perfeito. O dia ensolara-do, em conjunto com o cenário paradis-íaco tornou o evento memorável”, diz Raquel. O casamento na praia tam-bém dá possibilidade de personalizar os convites, lembrancinhas e outros itens com conchas, areia, juta, palha, entre outros objetos provenientes do mar, que acabam preparando os con-vidados para o que encontrarão no dia da celebração. A fotografia e a filmagem tam-bém são quesitos indispensáveis para o evento. São eles que vão registrar cada

cena deste momento único. Quem pretende casar na praia, pode também pensar num cardápio diversificado e aproveitar as opções de peixes e frutos do mar. De acordo com o fotógrafo e empresário Ricardo Kekkon, um pacote de foto e filmagem, que incluí um álbum de fotos refinado com as melhores imagens, além do filme em alta resolução, custa aproximadamente R$ 5 mil. “O casamento na praia é totalmente fora dos padrões do matrimonio tradicional. Por isso, o registro por meio da fotografia e vídeo é tão importante quanto aos outros detalhes da festa”, declara. A região oferece uma vasta opção de Buffet, decoração e foto-grafia para os que desejam realizar um evento pé na areia. O mais im-portante para que tudo ocorra da maneira esperada é escolher cada detalhe com antecedência e fazer um bom planejamento. Pesquisar os diversos serviços sempre ajuda na hora de encontrar os melhores preços.

Homossexuais do Litoral Norte procuram cartórios, porém poucos se casam

Casamento entre pessoas do mesmo sexo está legalizado em todo o país. A decisão tomada em maio de 2013, conforme aprovação do Conselho Nacional de Justiça, tornou o assunto ainda mais polêmico. No litoral Norte não é diferente. Os cartórios de registro ci-vil das quatro cidades apontam que homossex-uais procuram com certa timidez saber da documentação, mas poucos oficial-izaram casamentos. Em Caraguatatuba aproximadamente dez casais adquiriram seus direitos. Em São Sebastião foram nove, já Ubatuba contou com o menor índice, com três enlaces oficializados. Il-habela é o único município em que ainda não houve nenhuma realização. Magali Lima é motorista e sua companheira Nancy Antunes fica com os afazeres domésticos; as duas moram em São Sebastião. Quando souberam que poderiam legalizar a relação trataram dos documentos. Eram amigas há mais de 20 anos, descobriram o amor e em pouco tempo de namoro se casaram, em 26 de abril. “Estamos na casa dos cin-quenta anos, não queríamos perder tem-po”. Sem filhos, o casal quer aprovei-tar a vida sem medo do que vão pensar; em cima da moto preten-dem sair viajan-do. Concordam que seu relacionamento é igual a qualquer ou-tro, e todos têm suas particularidades. Sobre o precon-ceito, Magali expressa: “não devemos satisfação das nossas vidas a ninguém, se não nos aceitam, não nos acompan-hem, todos merecem respeito”. Lucas Ferreira, 22, e Rafael Ol-iveira, 18, vivem em Ilhabela, onde nas-ceram. Jovens e apaixonados estreitaram os laços da relação dia 14 de setembro em uma cerimônia simbólica. Antes do reconhecimento da união estável, em 2011, era possível a convivência como família entre homossexuais, mas com muita resistência. Lucas é operador de caixa e Rafael cuida da casa. Os dois querem oficializar a união no papel e garantir seus direitos. Antes, precisam resolver

questões familiares. Só namoraram 6 meses até morarem juntos. Para eles, nada mais natural do que assumir o amor. “Quem quer se casar, faça somente se tivere certeza. Nunca se decepcionem com o olhar fa-miliar, no começo poderá parecer difícil, mas depois tudo se ajeita”, chegaram à conclusão. Para o advogado Marco Antônio Câmara, pós-graduado em Direito Civil, o casamento é a forma pela qual o Estado melhor protege a família, e não importa se constituído por pares homoafetivos ou heteroafetivos. O princípio nor-teador é o mesmo, dignidade das pessoas e o afeto. O 1º artigo do Código Civil ga-rante que “toda pessoa é capaz de di-reitos e deveres na ordem civil”. Não se distingue ou coloca à margem prefe-rências sexuais. Já na Constituição Fed-eral, “para o efeito da proteção do Es-tado é reconhecida a união estável entre homem e mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. Segundo Câmara, o fato gera o direito. “Se homem e mulher podem converter a união estável em casamento, casais homoafetivos também podem, por meio do Código Civil que não nega o di-reito a homossexuais”.

Por Felipe Riela [email protected]

Ilhabela ainda não oficializou nenhum casamento

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VARIEDADES

Oficinas Culturais despertam e incentivam talentos em toda cidade

Por Natasche [email protected]

Lazer, entretenimento e a possibilidade de desenvolver talen-tos são itens que podem trazer mais qualidade de vida para as pessoas. Em Caraguatatuba, há inúmeras opções para contribuir nesse cenário, promovidos pela prefeitu-ra. Os moradores têm à disposição não somente meios de desenvolver novas habilidades, mas também de gerar renda e complementar o or-

çamento familiar. Em quase todos os bairros da cidade, a população é benefi-ciada com os projetos e atividades oferecidas nos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) e em Centros Comunitários. A Fundacc (Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba) tam-bém oferece inúmeras opções de lazer, entretenimento e formação. Entre os programas ofere-cidos para geração de renda pelos Centros de Referência está o “Arte e Renda Caiçara”, pelo qual são oferecidas capacitações a quem de-seja atuar nas áreas de cabeleireiro,

manicure, pedicure, estética e panifi-cação. Os interessados, podem obter mais informações sobre o CRAS e a disponibilidades de vagas pelo site www.caraguatatuba.sp.gov.br. O leque de opções oferecido pela Fundacc inclui oficinas culturais de diferentes linguagens artísticas, como teatro, artesanato, dança, músi-ca, artes plásticas, cine-foto-vídeo e folclore e tradições populares, que

são distribuídas em Cen-tros Culturais de 12 bair-ros. Muitos ta-lentos especiais são des-cobertos nas oficinas. São alunos que revelam seus dons artísticos e, posteriormente, tornam-se profissionais e até mesmo, professores da modalidade. Este é o caso do professor de dan-ça de rua, Thiago Silva,

25 anos, que começou a fazer oficina de dança, e hoje, além de ministrar e encantar alunos em diversos bairros, tem seu próprio grupo, o Geração Futuro. “Meu grupo tem 15 inte-grantes e todos vieram das oficinas culturais, assim como eu. Logo que comecei a fazer aula, me encantei e corri atrás do meu sonho, que era ter meu próprio grupo. Eu consegui”, declara Thiago. Para os interessados em participar das oficinas culturais, basta procurar um Centro Cultural mais próximo da residência ou acessar o site www.fundacc.com.br.

Artesão promove mutirão de limpeza noRio Santo Antônio em Caraguatatuba

Por Thalita [email protected] Consciência ambiental e preocupação com a sociedade estimularam o artesão Odair Viana, 45, a desenvolver desde o início de 2013 um projeto que ele intitulou de Ponte Ambiente. A proposta é recolher o lixo das margens e no rio Santo Antônio, em Caraguatatuba. Além da preservação, Odair utiliza muito do material encontrado para reciclagem e procura conscien-tizar a população sobre a importância de se respeitar o meio ambiente. “O principal objetivo do projeto é propor-cionar um ambiente melhor, com água limpa. É necessário promover o bem-estar da população e o cuidado com a

natureza”, disse. A iniciativa conta com apoio de voluntários amigos de Odair. Para retirar os resíduos do rio eles utili-zam caiaque, pranchas de surf, uma balsa e até uma barreira confeccionada com garrafas PET. Após o mutirão de limpeza os participantes separam o que foi recolhido.

Materiais recicláveis como baldes, garrafas e pedaços de canos são utilizados para a produção de in-strumentos musicais como pandei-ros, berimbaus, reco-recos e flautas. Pneus transformam-se em espaço para reproduções de animais silves-tres e lixeiras. Os entulhos domésticos encontrados tornam-se placas de Educação Ambiental, como as que podem ser vistas na entrada do Parque Estadual da Serra o Mar – Núcleo Caraguatatuba, no bairro Rio do Ouro e na Ponte do Rio Santo Antônio, na altura da Avenida Miguel Varlez.Odair deseja expandir o projeto para

as escolas e esclarecer para as futuras gerações sobre a importância do cuidado com a natureza, “É impor-tante que a conscientização venha desde a escola, assim como mostrar aos alunos que em vez de jogar lixo na natureza, pode-se fazer artesanatos com eles”, rela-tou. Segundo o artesão, os prin-cipais empecilhos para a execução do projeto são a falta de materiais de segu-rança como luvas e botas e de local para depositar o lixo. “Acredito que se hou-ver mais participação da população, o Poder Público despertará, verá que as pes-soas estão se mobilizando para melhorias e então ex-ecutará o trabalho que lhe é obrigatório”, finalizou.

Os interessados poderão participar do Ponte Ambiente du-rante os mutirões de limpeza que ac-ontecem com frequência, ou ajudar com a doação de materiais como bo-tas, sacos plásticos e luvas. Para mais informações, o telefone de contato do artesão é (12) 98217-5832

Bairros contemplados:CRAS: Benfica, Capricórnio (nas unidades 1, 2 e 3), Caputera, Centro, Cidade Jardim, Cocanha, Estrela Dalva, Indaiá, Prainha, Jd. Forest, Ipiranga, Jaraguazinho, Jd. Aruan, Jd. Francis, Jd. Gaivotas, Jd. Jaqueira, Jd. Primavera, Jd. Stella Maris, Martin de Sá, Mococa, Poiares, Ponte Seca, Rio do Ouro, Sertão dos Tourinhos, Sumaré, Tabatinga, Tinga.Centros culturais: Centro – Sumaré, Poiares, Perequê-Mirim, Travessão, Getuba, Massaguaçu, Morro do Algodão, Jardim Califórnia, Rio do Ouro, Barranco Alto e Cremi – Centro de Referência da Melhor Idade.

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VESTIBULAR 2014 Ingresso via ENEMCursos presenciais e a distância

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Prova tradicional

A C E S S E S I S F I E S P O R T A L . M E C . G O V . B R

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