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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 158 - JUL-AGO - 2013 Tema oficial valoriza relação médico-paciente Inaugurado no Into, Banco de Olhos do Estado do Rio Já está funcionando o segundo Ban- co de Olhos do Estado do Rio de Ja- neiro. O novo Banco, que funciona dentro do Banco de MultiTecidos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), é resultado de uma parceria do Programa Estadual de Transplantes (PET) com o Instituto. Caberá à SBO, a divulgação do proje- to, articulação política junto à Secreta- ria de Saúde do Estado e chefes dos serviços de oftalmologia. PÁGINA 21 Consultor jurídico da SBO analisa pós Lei 12.842, 2013 Nilo de Oliveira Neto, especia- lista em direito médico, consultor jurídico da SBO, analisa a situação da oftalmologia brasileira pós a edi- ção da Lei 12.842/ 2013, com a ex- clusão do inciso IX, do artigo 4º, por força do veto presidencial, na seção Opinião. Ele demonstra que continua existindo suporte legal es- pecífico no que diz respeito à pres- crição de lentes de grau. PÁGINA 4 XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA A Sociedade Brasileira de Oftalmologia pro- move de 24 a 26 de julho de 2014, seu XVIII Congresso Internacional de Oftalmologia, que será rea- lizado no Rio de Janeiro, ci- dade sede da entidade, con- forme seus estatutos. O evento, onze dias após a fi- nal da Copa do Mundo, será no Centro de Convenções do Windsor Barra Hotel. -Apesar da proximidade com o final da Copa, acredita- mos que a data do evento não irá desestimular os participan- tes. Pelo contrário, apostamos na força da marca Rio, no lo- cal, a Barra da Tijuca, com suas inúmeras atrações, e no tema oficial: “Oftalmologia com foco no paciente” afirma Marcus Safady, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. PÁGINA 3 Decisão do Congresso Nacional frustra oftalmologia brasileira Como estará o Brasil em 2014? George Vidor, comentarista eco- nômico da Globonews, editorialista do jornal O Globo, no qual assina uma coluna semanal, reproduzida simul- taneamente por outros veículos de co- municação, é o entrevistado do JBO Pergunta. Além de explicar porque adotou a gravata borboleta, fala so- bre as perspectivas econômicas do Brasil para 2014. Segundo ele, ape- sar da crise mundial, o Brasil tem “al- guns trunfos”. PÁGINA 11 Apesar da mobilização das entida- des representativas e dos oftalmologis- tas de todo o país, o Congresso Naci- onal manteve o veto da Presidente Dilma Rousseff, que excluiu do Pro- jeto de Lei do Ato Médico o artigo que tratava de tornar privativo do médico a prescrição de órteses e próteses oftálmicas. “Perdeu-se uma batalha, mas não a guerra”, disse Marcus Safady ainda em Brasília, onde acompanhou a votação com representantes de outras entidades. EDITORIAL E PÁGINA 7 Antes da votação, deputados federais Arlindo Chinaglia (SP), à esquerda, e Anthony Garotinho (RJ), com Marcus Safady e os conselheiros do Cremerj, Sérgio Fernandes e Marcia Rosa de Araujo George Vidor, jornalista especializado em temas econômicos, financeiros e de negócios No Seção Brasil, prof. Milton Ruiz Alves aborda os problemas do olho seco gina 13 Marcus Safady com o Secretário de Sáude do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, na inauguração do novo Banco de Olhos Divulgação/ Cremerj Vini Arruda

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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIARECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRO

DE OFTALMOLOGIANº 158 - JUL-AGO - 2013

Tema oficial valorizarelação médico-paciente

Inaugurado no Into,2º Banco de Olhosdo Estado do Rio

Já está funcionando o segundo Ban-co de Olhos do Estado do Rio de Ja-neiro. O novo Banco, que funcionadentro do Banco de MultiTecidos doInstituto Nacional de Traumatologiae Ortopedia (Into), é resultado de umaparceria do Programa Estadual deTransplantes (PET) com o Instituto.Caberá à SBO, a divulgação do proje-to, articulação política junto à Secreta-ria de Saúde do Estado e chefes dosserviços de oftalmologia. PÁGINA 21

Consultor jurídicoda SBO analisa pós Lei 12.842, 2013

Nilo de Oliveira Neto, especia-lista em direito médico, consultorjurídico da SBO, analisa a situaçãoda oftalmologia brasileira pós a edi-ção da Lei 12.842/ 2013, com a ex-clusão do inciso IX, do artigo 4º,por força do veto presidencial, naseção Opinião. Ele demonstra quecontinua existindo suporte legal es-pecífico no que diz respeito à pres-crição de lentes de grau.

PÁGINA 4

XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA

ASociedade Brasileirade Oftalmologia pro-move de 24 a 26 de

julho de 2014, seu XVIIICongresso Internacional deOftalmologia, que será rea-lizado no Rio de Janeiro, ci-dade sede da entidade, con-forme seus estatutos. Oevento, onze dias após a fi-nal da Copa do Mundo, seráno Centro de Convenções do Windsor Barra Hotel.

-Apesar da proximidadecom o final da Copa, acredita-mos que a data do evento nãoirá desestimular os participan-tes. Pelo contrário, apostamosna força da marca Rio, no lo-cal, a Barra da Tijuca, com suasinúmeras atrações, e no temaoficial: “Oftalmologia comfoco no paciente” afirmaMarcus Safady, presidente da

Sociedade Brasileira de Oftalmologia. PÁGINA 3

Decisão do Congresso Nacionalfrustra oftalmologia brasileira

Como estará oBrasil em 2014?

George Vidor, comentarista eco-nômico da Globonews, editorialistado jornal O Globo, no qual assina umacoluna semanal, reproduzida simul-taneamente por outros veículos de co-municação, é o entrevistado do JBOPergunta. Além de explicar porqueadotou a gravata borboleta, fala so-bre as perspectivas econômicas doBrasil para 2014. Segundo ele, ape-sar da crise mundial, o Brasil tem “al-guns trunfos”. PÁGINA 11

Apesar da mobilização das entida-des representativas e dos oftalmologis-tas de todo o país, o Congresso Naci-onal manteve o veto da PresidenteDilma Rousseff, que excluiu do Pro-jeto de Lei do Ato Médico o artigoque tratava de tornar privativo do

médico a prescrição de órteses epróteses oftálmicas.

“Perdeu-se uma batalha, mas não aguerra”, disse Marcus Safady ainda emBrasília, onde acompanhou a votaçãocom representantes de outras entidades.

EDITORIAL E PÁGINA 7

Antes da votação, deputados federais Arlindo Chinaglia (SP), à esquerda, e Anthony Garotinho(RJ), com Marcus Safady e os conselheiros do Cremerj, Sérgio Fernandes e Marcia Rosa de Araujo

George Vidor, jornalista especializado emtemas econômicos, financeiros e de negócios

No Seção Brasil, prof. Milton Ruiz Alves aborda os problemas do olho seco

Página 13

Marcus Safady com o Secretário de Sáude doEstado do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, nainauguração do novo Banco de Olhos

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Vini Arruda

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Marcus Safady*

Quem ameaça asaúde da população?

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Cada vez mais vemos como o gover-no brasileiro está despreparado paralidar com a saúde. A decisão de criar oprojeto “Mais médicos” e gerenciá-loda maneira como vem sendo feita é de-sastrosa. Em sua edição de 25 de agos-to passado, O Globo divulgou uma en-trevista do Sr. Ministro da Saúde, naqual ele pede aos órgãos de medicinabrasileiros, para “não ameaçar a saúdeda nossa população”.

O planejamento para se aumentara oferta de médicos para o interior dosestados é uma recomendação antigados órgãos de medicina. Já de há mui-to, Conselho Federal de Medicina, As-sociação Médica Brasileira e ConselhosRegionais de Medicina de todo o paísvem tentando sensibilizar o governofederal para criação de um plano de car-reira para o médico e demais profissio-nais da área de saúde, paralelamente aum plano de desenvolvimento da infra-estrutura, fundamental para se atingirbons resultados. O médico sozinho, nãofaz milagres.

Fala-se que no Brasil faltam médi-cos. O que existe de fato é uma grandeconcentração de médicos nas capitais,onde o profissional consegue condiçõesde trabalho e remuneração se não ide-ais, pelo menos suficientes.

A Organização Mundial de Saúdepreconiza a relação de 1 médico para1.000 habitantes. Em quase todos os27 estados brasileiros essa relação é res-peitada. Somente nos estados do Acre,Piauí, Amapá, Rondônia, Pará eMaranhão, ela não se observa. Se ana-lisarmos as capitais, somente Macapá eBoa Vista não a atingem.

É certo, contudo, que existem per-to de 1.000 municípios brasileiros des-providos de médicos e outros profissi-onais da saúde. Situação que seria fa-cilmente revertida com um programade interiorização da saúde, criandocondições de trabalho e sustento capa-zes de atrair profissionais que hoje in-cham as estatísticas nas capitais. Comoexemplos, podemos citar a relação de1/200 habitantes no Rio de Janeiro, RioGrande do Sul e Pernambuco, e de1/230 habitantes em São Paulo e Mi-

nas Gerais, e ainda 1/300 habitantes emSanta Catarina e Ceará.

Certamente, se no projeto “MaisMédicos” fossem incluídos detalhes dedesenvolvimento global da região compostos de saúde bem equipados e hos-pitais regionais que atenderiam algunsmunicípios, políticas de saneamentobásico e plano de carreira para o servi-dor público, entre outras medidas, cer-tamente o interesse do médico brasi-leiro seria outro e todas as vagas seri-am preenchidas.

A importação de médicos estran-geiros, em sua maioria cubanos, podeser explicada pela escolha ideológicado partido do governo, assim comopelo grande número de médicos queexiste em Cuba, que apresenta a mai-or relação de médicos/população domundo, com 1 médico/140 hab. Pro-vavelmente existe um excesso de mé-dicos em Cuba , que podem ser expor-tados sem comprometer os programasde saúde locais.

Se não, como explicar que um paíspossa abrir mão de 4.000 profissionais,número desejado pelo governo brasi-leiro, sem prejudicar seu próprio siste-ma de saúde?

A conclusão que se chega, é quedevem ser profissionais sem muita ati-vidade em seu país. Sem o processo doRevalida, não podemos conhecer suascapacidades. Isto sim, Sr. Ministro daSaúde, é uma ameaça à saúde de nossapopulação.

Como mostramos, existe um cami-nho eficaz para termos uma saúde debom padrão para toda a população.Temos condições de dizer que, em 10ou 15 anos, poderemos ter um dosmelhores sistemas de saúde em todoo mundo.

Mas para tal, são necessários plane-jamento, verbas e definição de uma es-tratégia de curto, médio e longo pra-zos.

O resultado seria, sem dúvida, umsistema de saúde pública abrangente,de bom nível científico. Exatamente, oque as entidades médicas preconizamhá anos!

*Presidente da SBO

PÁGINA PÁGINA

Editorial .......................................... 2XVIII Congresso Internacionalda Sociedade Brasileirade Oftalmologia .............................. 3Opinião ........................................... 4Fique Por Dentro da SBO ............... 7Dicas SBO ..................................... 8Filiadas à SBO ............................... 8JBO Pergunta ................................. 11

Seção Brasil ................................... 13Necrológio ...................................... 1442º Prêmio Varilux .......................... 14Olho Vivo ........................................ 14Tempo e Memória ........................... 15Conta-Gotas ................................... 16-17 e 19Inauguração Banco de Olhosdo Rio de Janeiro ........................... 21Calendário de Eventos ................... 22

Clínica Oculistas Associados comemora48 anos com jornada científica e coquetel

Fundada em 1965, a Clínica Oculis-tas Associados do Rio de Janeiro come-morou seus 48 anos nos dias 2 e 3 de agos-to com jornada científica, encerrada comum coquetel. Cerca de 60 dos 300 oftal-mologistas que fizeram residência na Clí-nica participaram do encontro, que con-tou com a participação do ex-presidenteda SBO, Mário Motta, na programaçãocientífica. Abordou “Novo Tratamento naDMRI Neovascular - Relato de Caso”.

PÁGINA 19

Quem está e quem não está enquadradocomo sociedade uniprofissional no Rio?

Vitor Marinho, diretor do GrupoAsse, especializado em assessoria aprofissionais da área da saúde, inau-gura a seção Dicas JBO abordandoquestões ligadas ao Projeto de Lei nº382/13, sobre sociedades unipro-fissionais, que deve ser votado até ofinal do ano pela Câmara de Verea-dores do Rio de Janeiro.

A cada número, o JBO trará um es-

VI Simpósio Sul Mineiro de Oftalmologiareúne 70 congressistas em Varginha

No coffee-break, a confraternização entrecolegas. Em segundo plano, de óculos, EduardoSoares um dos homenageados no VI Simpósio

Com o apoio da Sociedade Brasi-leira de Oftalmologia, foi realizado oVI Simpósio Sul Mineiro de Oftalmo-logia, na cidade de Varginha. O en-contro reuniu 70 congressistas, sob apresidência de Mansur Elias TiclyJunior. Na ocasião foram homenagea-dos os oftalmologistas Eduardo Soa-res, Felício A. Silva e Francisco No-gueira Reis, os dois primeiros de BeloHorizonte. PÁGINA 17

pecialista para explicar questões de inte-resse dos oftalmologistas, que poderão re-cortar a seção na parte pontilhada e guar-dar para futuras consultas. Dicas SBO 1certamente contribuirá para os profissio-nais do Rio se situarem sobre um dosassuntos que mais os têm preocupado:Afinal quem está e quem não está en-quadrado como sociedade uniprofissional?

PÁGINA 8

À direita, Jacqueline Provenzano, diretora daClínica Oculistas Associados do Rio de Janeirono coquetel de encerramento

Sociedade de Oftalmologia da Bahia temnova diretoria para o biênio 2013-2014

Foi empossada em 25 de julho a nova diretoria daSociedade de Oftalmologia da Bahia (Sofba) para obiênio 2013-2014. A posse foi na Associação Baianade Oftalmologia. André Hasler Príncipe de Oliveira éo novo presidente, tendo como vice Jorge Luiz SantosGomes, que presidiu a entidade no biênio 2012-2013.O secretário geral é Antonio Francisco Pimenta Motta.

PÁGINA 8

Há 90 anos a Sociedade Brasileira de Oftalmologia já realizava sessõescientíficas. Veja em Tempo e Memória o convite, ainda com a ortografia doinício dos anos de 1920, para a sessão ordinária do dia 1º de outubro de 1923,assinada pelo fundador da SBO, José Abreu Fialho, com a respectiva progra-mação científica. PÁGINA 15

Sociedade Brasileira de Ophthalmologiae Oto-rhino-laryngologia convida

André HaslerPríncipe de Oliveira

Divulgação

Marcos Mattos

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3Julho - Agosto - 2013

Região com uma área de 165, 59 km2,equivalente ao tamanho da regiãourbana de Tel Aviv, em Israel, e

Miami, na Flórida, a Barra da Tijuca, aose consolidar como novo eixo de expan-são da cidade, já é apontada como o novopolo turístico do Rio de Janeiro não sópelos 27,3 km de praias oceânicas e trêslagoas, que permitem a prática de inú-meros esportes mas também pelosincontáveis restaurantes, bares, casas deespetáculos e shoppings.

É nesta região, em frente à praia, noCentro de Convenções do Windsor BarraHotel, considerado o melhor para aten-der às necessidades dos congressistas, queserá realizado, de 24 a 26 de julho de2014, onze dias após a final da Copa doMundo, o XVIII Congresso Internacionalda Sociedade Brasileira de Oftalmologia.Reserve já esta data na sua agenda. Otema do evento- “ABC da Oftalmologia-Foco é o paciente”, certamente contribui-rá para a sua prática diária.

Marcus Safady, presidente da SBO,adiantou que já está confirmada a parti-cipação de convidados da França, Itália,Portugal, Canadá, Estados Unidos, Ar-gentina, Paraguai e Chile, entre outros,ao anunciar para breve a divulgação deinformações mais detalhadas através dosite do congresso.

Ressaltou ainda, que os participantesvão se beneficiar das obras deinfraestrutura preparadas para a Copa doMundo e Jogos Olímpicos de 2016, en-tre as quais os novos acessos viários e aponte estaiada, cuja inauguração está pre-vista para o final deste ano.

Céu e mar, a moldura idealNatureza exuberante aguarda participantes do XVIII Congresso Internacional

Serviçopersonalizado napraia em frente ao

Windsor BarraHotel, na Av. LucioCosta, 2.630. Paraquem não quer ir

até a areia, há duaspiscinas para

adultos e crianças,aquecidas no

inverno

Entardecer bucólico na praia da Barra remete ao Rio antigo. Mas o windsurfista saltando sobre o mar, retrata os dias atuais e a prática de esportesradicais. Todas essas “praias” podem ser apreciadas do Windsor Barra Hotel, referência quando se trata de congressos internacionais na cidade

Visão parcial de parte dos 27,3 km de praiasoceânicas e lagoas da Barra da Tijucae Recreio dos Bandeirantes

Foto

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

Apesar do "duro golpe" representado pelaexclusão na Lei 12.842/2013 do inciso IX,do artigo 4º, que determinava ser ato privati-vo do médico a prescrição de órteses e prótesesoftálmicas, Nilo de Oliveira Neto mostra noartigo abaixo a importância de buscar todasas formas de aproximação com as autoridadesintegrantes dos poderes constituídos, já que con-tinua existindo suporte legal específico ao exer-cício da oftalmologia no que diz respeito à pres-crição de lentes de grau:

É sabido que a tarefa de combater ocrescimento da optometria no Brasil épenosa e difícil. Isto porque os argumen-tos utilizados a favor desta prática nasociedade estão bastante valorizados e seinserem nas diversas mazelas as quais ocidadão comum é submetido a todo mo-mento.

A edição da Lei 12.842/2013, com aexclusão do inciso IX, do artigo 4º, porforça do veto presidencial (que tratava detornar ato privativo do médico a prescri-ção de órteses e próteses oftálmicas), seconstituiu em um duro golpe contra a of-talmologia brasileira, muito embora nãodefina contrariamente a questão.

Isto porque continua existindo supor-te legal específico ao exercício da oftal-mologia, especialmente no que diz res-

Atuação da Sociedade Brasileira de Oftalmologiana defesa da saúde ocular da população brasileira

peito à prescrição de lentes de grau, nosmoldes dos Decretos 20.931 de 1932 e24.492 de 1934.

Dentro desta lógica já vem se mani-festando o Legislativo (com a rejeição dediversas leis que tentaram regulamentaro exercício da optometria). Também oJudiciário se manifestou neste sentido, aocontrário inclusive da falsa afirmação queconstou como razão do veto presidencialao citado dispositivo da Lei 12.842/2013,vide a recentíssima manifestação do Su-perior Tribunal de Justiça (processojulgado em 31.05.2013).

E o próprio Executivo também ado-tou o entendimento quando das manifes-tações da Procuradoria Geral da Repúbli-ca e da Advocacia Geral da União, empareceres prolatados na Ação deDescumprimento de Preceito Fundamen-tal ADPF nº 131, que corre no SupremoTribunal Federal, e objetiva extirpar domundo jurídico os dispositivos mais im-portantes dos Decretos 20.931/32 e24.492/34.

Em que pese a realidade acima, nadaaponta para direção diferente de que osreferidos Decretos estão vigentes e con-sideram a prescrição de lentes de grau atoprivativo do médico.Por outro lado, asforças que tentam mudar esta realidade

utilizam-se de vários argumentos, mere-cendo destaque os de que:

a) Os Decretos de 1932 e 1934 são ul-trapassados e não adequados à realidadedos dias de hoje. Não foram recepcionadospela Constituição Federal de 1988;

b) Os referidos Decretos não discipli-nam as atividades do optometrista forma-do em escola de nível superior,inexistente na época de sua edição;

c) A atenção à saúde ocular primáriapode ser feita por profissional sem forma-ção médica;

d) A maioria da população carente nãotem acesso aos cuidados básicos com asaúde ocular e a optometria praticada porprofissionais sem formação médica apro-ximaria o serviço destas pessoas;

e) A optometria não médica já existeem vários países;

f) A profissão de optometrista foi re-gulamentada através da família 3223 daClassificação Brasileira de Ocupações –CBO, que passou a existir através da edi-ção da portaria nº 397/2002 do Ministé-rio do Trabalho e Emprego.

O maior argumento que tem o médi-co para o convencimento da sociedade éo de que o exame do olho humano e a pres-crição de lentes corretivas devem ser fei-tas exclusivamente por profissional com

formação médica. Isso pelo fato de que adetecção, através do exame ocular, de do-enças que não são corrigíveis através dasimples aplicação de lentes e expõe aspessoas a riscos, podendo, muitas vezesmascarar situações graves cujaimediatidade no tratamento é um impor-tante e decisivo aliado.

É necessário que se promova de todasas maneiras possíveis aproximação e es-clarecimentos das autoridades integran-tes dos poderes constituídos, visto sernessas esferas que são tomadas as decisõesque terão reflexos futuros. Nesta linha, éque se entende necessária a interação e oesclarecimento:

*Do Executivo Federal, especialmen-te no que tange a situação criada pela exis-tência da descrição de atividades da fa-mília ocupacional 3223, da ClassificaçãoBrasileira de Ocupações - CBO/2002 (por-taria 397/ 2002 do TEM);

*Do Judiciário e do Legislativo atra-vés do convencimento feito pelos argu-mentos relativos à saúde ocular e pelo aler-ta da grande possibilidade de prejuízo aoconsumidor pela potencialidade de ven-da casada presente no atendimento de nãomédicos.

*Consultor jurídico da SociedadeBrasileira de Oftalmologia

Nilo de Oliveira Neto*

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5Maio-Junho - 2013

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7Julho-Agosto - 2013

Oveto presidencial de alguns pontos doprojeto de lei 268/2002, que regula-menta o Ato Médico em nosso país, surpreendeu a todos.

É difícil entender como um projeto, discutido du-rante mais de 10 anos por vários grupos de pessoas,entre comissões da Câmara dos Deputados, comis-sões do Senado Federal, entidades representativasda classe médica e de outras profissões da área desaúde, e que serviu de base para o texto final, sejavetado no momento da análise presidencial. Cabea pergunta: que tipo de informações a presidenteDilma Rousseff recebeu de sua assessoria?

Os argumentos jurídicos relativos ao veto doitem que trata como Ato Médico a prescrição deórteses (lentes corretoras) e próteses (lentes paracirurgia de catarata) oftalmológicas não se justifi-cam, na medida em que as últimas decisões do Su-perior Tribunal de Justiça mostram exatamente quetal ato já foi declarado como privativo do médico.

Permitir que a prescrição de óculos seja feitapor alguém que não o médico oftalmologista é umperigo para a saúde ocular da população brasilei-ra. O exame de refração ocular, ou exame de vista,como é conhecido e, quando necessária, a prescri-ção de uma lente para a compensação de miopias,hipermetropias, astigmatismos e presbiopia (vistacansada), são complexos.

Com um exame oftalmológico completo, que sóum médico oftalmologista está preparado e trei-nado legalmente para realizar, temos a possibili-dade de detectar precocemente e cuidar de pato-logias como a retinopatia diabética, o glaucoma, adegeneração macular relacionada à idade, entreoutras, as grandes causas de baixa visão na popula-ção, podendo levar à cegueira.

Temos ainda o custo social que acarreta a baixavisão causada nesses casos, quando o tratamento nãoé iniciado precocemente. Em termos financeiros, setoda nossa população tivesse acesso ao médico of-talmologista através do credenciamento universalpelo SUS, pleito antigo os gastos seriam certamente

muito menores em comparação ao que se gasta hojecom o tratamento das doenças descritas acima. Semfalar na maior quantidade de óculos prescritos quan-do o exame não é feito por médico oftalmologista,como demonstram inúmeros estudos.

A oftalmologia brasileira está preparada, qua-litativa e quantitativamente, para realizar seu tra-balho. O governo federal está escolhendo caminhosque, a nosso ver, não são os melhores a curto, médioe longo prazo.

Nossa tarefa como sociedade médica é não sómostrar os riscos dessa decisão, mas, também queexistem outros caminhos. Estamos a favor da me-lhor saúde ocular possível para a população bra-sileira. Não estamos contra o governo federal. Énosso dever orientar da melhor maneira possí-vel os poderes que decidem os rumos da saúdepublica em nosso país. E, também, propor solu-ções para auxiliar no processo. •

Marcus Vinicius Abbud Safady é presidente daSociedade Brasileira de Oftalmologia

Dilma perdeu o melhor caminhoMARCUS VINICIUS ABBUD SAFADY

O veto presidencial de alguns pontosdo projeto de lei 268/2002, que regula-menta o Ato médico em nosso país, foisurpreendente para todos nós!É dificil entender como um assunto quevem sendo analisado há mais de 10 anospor vários grupos de pessoas entre comis-sões da Câmara dos Deputados, Comissõesdo Senado Federal, entidades representa-tivas da classe médica e de outras profis-sões da área de saúde, e que serviu de basepara o texto final do projeto, seja vetadono momento da análise presidencial.

A pergunta que cabe e é necessáriaser respondida:Que tipo de informaçõesa Presidente Dilma recebeu de sua asses-

Manutenção do veto presidencial não devedesanimar oftalmologistas, afirma Marcus Safady

soria, que foram capazes de simplesmen-te ignorar todo o trabalho realizado?

É importante lembrar que faziam par-te das comissões envolvidas, componentesde partidos da chamada “base governista”.

Os argumentos jurídicos relativos ao

veto do dispositivo que tratava como atomédico a prescrição de órteses e prótesesoftalmológicas estão incorretos, na medi-da em que as últimas decisões do STJmostram exatamente que tal ato já foi de-clarado como privativo do médico.

Os argumentos de que a OPAS, pre-coniza o trabalho de profissionais nãomédicos em suas campanhas de saúde ocu-lar, não serve de justificativa.

Nossa realidade é outra. O que defen-demos é que a população brasileira tenhaacesso a um atendimento de saúde ocularcompleto.

O exame de refração ocular e, quandonecessário, a prescrição de uma órtese parasua compensação, é muito mais comple-xo do que aparenta ser.

-Perdeu-se uma batalha, mas não aguerra, afirmou o presidente da SociedadeBrasileira de Oftalmologia, Marcus Safady,ao fim da votação do Projeto de Lei do AtoMédico (PLS 268/2002), que manteve oveto parcial da Presidente Dilma Rousseff,excluindo o artigo que tratava de tornarato privativo do médico a prescrição deórteses e próteses oftálmicas.

- O Congresso Nacional frustrou aexpectativa dos oftalmologistas brasilei-ros, há mais de 10 anos aguardando a re-gulamentação do Ato Médico, incluindoo inciso IX, do artigo 4º artigo, mas aSociedade Brasileira de Oftalmologia,juntamente com as demais entidades mé-dicas, que estiveram em Brasília durantea votação, não vão esmorecer na luta,garantiu o presidente da SBO ao ressal-tar a história da Sociedade na defesa pro-fissional da categoria, que remonta à dé-cada de 1930.

Para Marcus Safady, mais do que nun-ca os oftalmologistas devem estar unidoscom o objetivo de oferecer a melhor saú-de ocular à população brasileira, mostran-

No Congresso Nacional, acompanhando a votação, na primeira fila, dadireita para a esquerda, os conselheiros do Cremerj Ricardo Bastos(presidente da Associação Médica da Tijuca e Adjacências - Ameta), SérgioFernandes e Marcia Rosa de Araujo, Fabiola Mansur, vice-presidente daSBO-BA, e Marcus Safady

Reunidos antes da votação, a partir da esquerda, no sentido relógio,Anthony Garotinho, deputado federal do Rio de Janeiro, Sérgio Fernandes,Ricardo Bastos, Marcus Safady, Ana Maria Cabral, conselheira do Cremerje presidente da Associação Médica da Zona Oeste (Amzo) e MarciaRosa de Araujo

do a importância do exame oftalmológicofeito por um médico oftalmologista. “Estaé a nossa principal arma para sensibilizaro poder público, entretanto não podemos

ser imediatistas”.Marcus Safady, os conselheiros do

Cremerj, Marcia Rosa de Araujo e SérgioFernandes, ex-presidente da SBO, Fabiola

Mansur, vice-presidente-BA, acompa-nharam passo a passo a votação no Con-gresso Nacional, juntamente com lide-ranças políticas do Rio e do país.

ATUAÇÃO DA SBO NO PERÍODO QUE PRECEDEU A VOTAÇÃO DOS VETOS PRESIDENCIAIS

Artigo publicado no jornal O Globo de 16/08/13, na página 16 do primeiro caderno

Mensagem e Comunicado da SBO postados no site da Sociedade

Íntegra do conteúdo de BrasilMerece Mais no site da SBO:

http://www.sboportal.org.br/imprensa.aspx

Fotos divulgação/Cremerj

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia8

Projeto de Lei nº 382/2013 (sociedades uniprofissionais)da Câmara dos Vereadores do Rio mobiliza médicos

RECORTE E GUARDE

NÚMERO 1

No dia 25 de julho pas-sado, foi empossada, na As-sociação Baiana de Medici-na, a nova diretoria da Soci-edade Baiana de Medicina(Sofba) para o biênio 2013-2014. André Hasler Príncipe de Oliveiraé o novo presidente, substituindo JorgeLuiz Santos Gomes, que agora passa a ocu-par a vice-presidência.

Os demais membros da diretoria são:secretário geral- Antonio Francisco Pi-

Na Associação Baiana de Medicina, posse da nova diretoria da Sofba

No dia 28/08/2013 tivemos a reu-nião na sede do Conselho Regio-nal de Medicina do Estado do Rio

de Janeiro, com a presença do Sindicatodas Empresas de Contabilidade, vereado-res, médicos, contadores e advogados. Afinalidade foi apreciar o Projeto de Lei nº382/2013, que trata da normatização doscritérios objetivos, justos e transparentespara os profissionais autônomos e das so-ciedades de profissionais, em poder da Câ-mara dos Vereadores para sua aprovação.

Na ocasião, a vereadora Laura Carneirosugeriu que cada médico, contador, advo-gado, que tiver conhecimento com um ve-reador, faça o pedido que vote favorável aoprojeto porque é um direito previsto pelaLei Nacional nº 406/1968 e Lei Municipal3.720/2004, e também com o objetivo deque tenha fim toda esta insegurança jurí-dica que os médicos vêm sofrendo.

Conforme seção III do Capítulo I, quetrata dos profissionais autônomos e dassociedades de profissionais, no artigo 3º,após muita análise e estudo com diversostributaristas, chegou-se à conclusão quesomente não serão sociedadesuniprofissionais as que não se enquadra-rem nos incisos de I a V do artigo 6º dalei 3.720/2004, modificado por este novoprojeto de lei (vide quadro ao lado).

As sociedades de profissionais que nãoestiverem enquadradas em nenhum des-tes incisos de I a V e tiverem faturamentode 200 mil reais mensal ou 2,4 milhõesanual, recolherão o ISS através de um va-lor fixo mensal por sócio de R$ 57,00. Sefaturar acima, recolherão 2% sobre o to-tal das notas fiscais emitidas. As socie-dades médicas que estiverem enquadra-das nos incisos de I a V, independente dofaturamento, recolherão a alíquota de 5%.

Desta forma, se aprovado o projeto,cessarão todos os entendimentos subjeti-vos e fazendários da Coordenadoria deConsultas e Pesquisas Tributárias, quecontinua indeferindo as consultasimpetradas pelo Grupo Asse, denegandoassim o direito das sociedades de profis-sionais, com alegação de que eram socie-dades empresariais.

Enfim, nos 40 anos que o Grupo Asseassessora os profissionais da área da saú-de, não presenciou uma vez sequer que aCoordenadoria de Consultas e PesquisasTributárias, assim como, a Coordenadoriade Julgamento, desse uma decisão favo-rável para o contribuinte, sempre por fal-ta de normatização que o próprio Prefei-to reconhece agora ao enviar o novo Pro-jeto de Lei ao presidente da Câmara dosVereadores.

Desta forma, de acordo com o artigo

18 desta lei, assim que entrar em vigor,no primeiro dia seguinte ao de sua regu-lamentação, mesmo que os contribuintestenham consultas denegadas, decisõesjudiciais, alegando que são sociedadesempresariais, se não estiverem enquadra-das nos incisos I a V do Artigo 6º da Lei3.720/2004, modificada por esta lei nº382/2013, poderão recolher o ISS na for-ma da lei conforme mencionado nestamatéria.

Quanto a remissão, anistia e regulari-

zação de débitos – Capítulo II, no artigo10, reza que ficam remidos os créditostributários do ISS, constituídos ou não,inscritos ou não em dívida ativa, das so-ciedades de profissionais que, no exercí-cio anterior ao início da vigência destaLei, tiverem auferido receita bruta nãosuperior a 2,4 milhões de reais observadoo disposto no parágrafo 1º do artigo 4º eno artigo 14º. Quer dizer, se não estive-rem enquadrados nos incisos I a V do ar-tigo 6º e tiverem o faturamento anual de2,4 milhões de reais, terão seu débitos re-midos, anistiados.

Os que tiverem faturamento acima, ouenquadrados no inciso de I a V, poderãopagar à vista com desconto de 70% nasmultas e juros ou parcelado em 84 mesescom desconto de 50% nas multas de juros.

Contribuinte que aderir ao parcelamentoe posteriormente venha propor ação judicialterá cancelado o parcelamento, voltando aPrefeitura a cobrar todo o débito sem os des-contos das multas e juros.

A aprovação será uma grande vitóriapara os médicos. A vereadora Laura Car-neiro sugeriu que todos comparecem debranco, ou com seu jaleco no dia da vota-ção do projeto, que será informado opor-tunamente pelo Cremerj. O Grupo Asse,que tem 52 funcionários, alugará jalecosbrancos e todos irão à votação na Câmarados Vereadores, porque se faz necessáriouma grande mobilização, para que a jus-tiça seja feita e não mais se permita quetal insegurança jurídica acometa os mé-dicos, muitos conforme verificamos nasreuniões, já em idade avançada com umpassivo tributário devido entendimentosmanifestamente subjetivos, despidos denormatização, não albergados em quais-quer instrumentos normativos passíveisde aplicação por parte do fisco, mas quecausa grandes transtornos, com noitessem dormir, honorários advocatícios edúvida do trânsito em julgado.

O médico que tiver qualquer dúvidaà respeito do Projeto de Lei nº 382/2013,favor nos contatar.

Vitor Marinho - presidente do grupoAsse: [email protected]

Aprovado o Projeto de Lei nº 382/ 2013,as sociedades ficarão assim enquadradas:

menta Motta; primeiro se-cretário- Amilton deAlmeida Sampaio Júnior;tesoureiro- Gustavo Marí-sio Bacelar da Silva. Para ti-tulares do conselho fiscal

foram eleitos Camila Corrêa Cardoso, LuizVisco Spínola e Otacílio de Oliveira MaiaJúnior. Suplentes do conselho fiscal: Bru-no Castelo Branco, Flaviane da Silva Es-pírito Santo e Rafael Ernane A. deAndrade.

Até o final do ano, antes do recesso da Câmara dosVereadores do Rio de Janeiro, será votada a lei queregulamenta as sociedades uniprofissionais, acabandocom a insegurança no meio médico. A promessa é doPrefeito Eduardo Paes, segundo Vitor Marinho, diretor

do grupo Asse, especializado em atendimento a profis-sionais da área de saúde, que inaugura esta nova seçãode Dicas da SBO no Jornal Brasileiro de Oftalmologia.A seção é pontilhada para que o leitor possa recortar,arquivar e guardar para futuras consultas.

Na posse, daesquerda para adireita, GustavoBacelar, AmiltonSampaio, AndréHasler Príncipede Oliveira,Jorge Gomese Antonio Mota

Divulgação

I – Cujos sócios não possuam todos a mesma habilitação, na formada legislação que regula o respectivo exercício profissional.

II – Que tenham sócio pessoa jurídica ou de que sejam sócias de ou-tra sociedade.

III – Que exerçam o comércio.

IV – Que sejam filiais, sucursais, agências ou escritórios de represen-tação de sociedades sediadas no exterior.

V – Que exerçam atividade diversa da habilitação profissional dossócios.

I - As que não estiverem incluídas nos incisos acima de I a V e tiveremfaturamento inferior a 200 mil mensal ou 2,4 milhões anual, recolhe-rão o ISS pelo valor fixo mensal por sócio de R$ 57,00. Se faturaracima deste teto, recolherão o ISS à alíquota de 2%.

II – As sociedades médicas que estiverem enquadradas nos incisos Ia V, recolherão o ISS à alíquota de 5%, independente do seufaturamento.

Sociedades uniprofissionais

Sociedades não uniprofissionais

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9Maio-Junho - 2013

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia10

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11Julho-Agosto - 2013

A economia mundial ainda não se livrouda maior crise desde a década de 1930, masGeorge Vidor, jornalista especializado em eco-nomia, do jornal O Globo e da Globonews, jávê algumas luzes ao fim do túnel, o que deveajudar o Brasil.

Na entrevista abaixo, exclusiva para o JBOPergunta, além de fazer uma breve análise dasituação mundial, ele fala das dificuldades bra-sileiras, mas também de algumas peculiarida-des, que podem funcionar como alavanca danossa economia.

Quanto à gravata borboleta, sua marca re-gistrada, George Vidor explica que circulamuito no mundo dos executivos, mas é jorna-lista. “Foi uma forma de me diferenciar, talvezme aproximando mais da área acadêmica. Émuito usada pelos professores nos Estados Uni-dos, por exemplo”.

Jornal Brasileiro de Oftalmologia - Osprognósticos para a economia brasileiranos próximos meses não são bons. A taxabásica de juros já está em 9%. As eleiçõesde 2014 ainda uma incógnita. Diante des-te quadro, como vê a economia para o pró-ximo ano?

George Vidor - A economia mundial ain-da não se livrou da maior crise já enfrentadadesde os anos 1930, mas já se vê ao fundo al-gumas luzes ao fim do túnel, o que deve ajudaro Brasil, que na década passada foi muito im-pulsionado pela elevação dos preços das

A economia mundial e o Brasil em 2014Copa do Mundo, Olimpíadas em 2016 e petróleo são os trunfos brasileiros

commodities agrícolas e minerais, e pela baixade produtos industriais. Temos aqui nossas pró-prias dificuldades, mas também outras peculi-aridades que podem funcionar como alavancada economia. A realização da Copa do Mundo- que é o evento esportivo que mais atençãodesperta hoje no planeta -, investimentos eminfraestrutura e no petróleo são boas cartas namanga. O problema é que continuamos a con-viver com uma inflação elevada demais para ospadrões internacionais e isso faz com que a eco-nomia tenha que andar com o freio de mão umpouco levantado. Mas, de uma maneira geral,diria que as perspectivas pra 2014 são mais ani-madoras.

JBO - A Copa do Mundo em 2014 podeajudar o Brasil a sair desse quadro desfa-vorável, no qual, segundo os especialistas,a vulnerabilidade do país é grande, mes-mo com a desvalorização da moeda? Afi-nal, o Brasil continua a ser basicamente umexportador de commodities. E a China,grande comprador de produtos brasileiros,já anunciou um freio no seu crescimento.

GV - Sim, como disse antes. Só em turis-tas estrangeiros que virão exclusivamente paraa Copa serão mais de 600 mil. Um milhão debrasileiros também deve circular pelas cidadessede. O país terá uma exposição internacionalimensa, que será crescente até a realização dosJogos Olímpicos em 2016. Se as projeções atu-ais estiverem certas, o Brasil deverá receber por

ano dez milhões de turistas estrangeiros no fimda década e nossa conta de turismo ficará maisequilibrada. O país continuará exportandominério de ferro e soja para o mercado asiático,mas nos próximos anos o petróleo é que deverácontribuir mais para o comércio exterior. Nospróximos trinta anos, os especialistas dizem queo acréscimo de demanda de petróleo e gás nomundo será atendida por três países, basicamen-te: Estados Unidos, Iraque e Brasil.

JBO - Depois da Rússia, o Brasil é opais emergente com mais reservas inter-nacionais. Elas podem ajudar a economia,como em 2008?

GV - As reservas são um anteparo que con-tribuem para amortecer as crises com origem láfora. Historicamente, o câmbio sempre foi ocalcanhar de Aquiles da economia brasileira, eagora, por causa dessas reservas, já não é. Dife-rentemente de outros países, o mundo não temehoje um calote brasileiro. E, como havia frisa-do, o petróleo é uma das cartas na manga que opaís possui para os próximos anos.

JBO - Na área oftalmológica, a maiorparte do equipamento utilizado (a especi-alidade é uma das que apresentar maioravanço tecnológico, notadamente em apa-relhos para cirurgia de catarata e refrativa)é importado. Qual é o prognóstico com adesvalorização da moeda?

GV - O real passou longo tempo valoriza-do. Permitiu o barateamento de equipamen-

tos, mas , por outro lado, inviabiliza a manu-tenção de uma cadeia produtiva no país, comos chamados bens intermediários. Precisamosencontrar um meio termo. O real na faixa deR$ 2,40 talvez seja esse meio termo, mas aindaé cedo para saber se o câmbio se manterá maistempo por aí ou se a elevação das taxas de jurosprovocará alguma apreciação, pela atração decapitais especulativos.

JBO - A reforma fiscal, reivindicaçãoantiga, pode sair do papel em 2014?

GV - A mais importante começou a sair dopapel, que é um acordo dos secretários de fazen-da em torno do ICMS. Mas, na minha opinião,para assegurar os ganhos salariais dos últimosanos o importante seria termos uma revisão dalegislação trabalhista. As regras atuais são incom-patíveis com a realidade do mercado e o resulta-do é uma enxurrada de ações na justiça traba-lhista. O empregador fica inseguro na hora decontratar alguém. Poderia haver uma troca: maissalários e benefícios e menos ações trabalhistas, epara tal a legislação tem de ser mais flexível.

JBO - Há algum item que gostaria deabordar e que não foi perguntado?

GV - Se o Brasil investir mais eminfraestrutura nos próximos anos, teremos umsurpreendente ganho de produtividade, capazde ajudar o país a crescer mais, com menos in-flação. O atual governo acordou um pouco tar-de para essa questão, mas as licitações felizmentecomeçaram a sair do papel.

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13Julho-Agosto - 2013

O olho seco, oudisfunção lacrimal, éuma das condiçõesoftálmicas mais co-muns, afeta uma por-centagem significa-tiva da população,principalmente mu-lheres acima de 40anos de idade. Suaprevalência é similarem todo o mundo,

com taxas variando entre 7 e 33%(1). É con-siderado um problema significante de saú-de pública com considerável impacto eco-nômico, em termos de custos e, também, naqualidade de vida. Kozma et al. (2000)(2)

verificaram que os portadores de olho secoexperimentaram uma média de 184 dias detrabalho com reduzida produtividade a umcusto anual estimado de US$ 5.362 porpessoa. Hirsh et al. (1998) (3) em estudo rea-lizado com pacientes portadores deSíndrome de Sjögren constataram que ossintomas de olho seco interferiram nas ati-vidades diárias em todos os dias do ano,exceto em 29 dias.

O olho seco definido pelo DEWS de2007 (Dry Eye Workshop) (1) é uma doençamultifatorial das lágrimas e da superfícieocular que resulta em sintomas de des-conforto, distúrbio visual e instabilida-de do FL, com dano potencial da superfí-cie ocular acompanhado por aumento daosmolaridade do FL e de inflamação dasuperfície ocular.

Distinguem-se duas principais cate-gorias de olho seco: estado de deficiênciaaquosa e estado evaporativo (Figura) . Adeficiência aquosa é subdividida emSíndrome de Sjögren, primária ou secun-dária e não associada à Síndrome deSjögren (deficiência da glândula lacrimal,obstrução do ducto lacrimal,hipossecreção reflexa e uso de medica-mentos sistêmicos). O estado evaporativoestá relacionado a fatores intrínsecos (disfunção de glândulas de Meibomius,desordens do fechamento palpebral, bai-xa frequência do piscar e ação de drogassistêmicas) e a fatores extrínsecos (defi-

Olho seco: disfunção lacrimal que veio para ficarCada dia mais o olho seco é visto como uma doença crônica, agravada com o envelhecimento

Dia 28 de setembro é o Dia Nacional de Conscientização doOlho Seco, disfunção lacrimal que afeta a qualidade de vida deum percentual significativo da população mundial e brasileira,representando um problema de saúde pública com considerávelimpacto econômico.

Neste artigo para Seção Brasil, prof. Milton Ruiz, que dispensa apre-sentações pelo número de trabalhos publicados sobre córnea, cirurgiarefrativa, refração, lentes de contato e superfície ocular, descreve as princi-pais características e formas de tratamento do olho seco, condição oftálmicaque só tende a aumentar no Brasil com o envelhecimento da população.

ciência de vitamina A, medicações tópi-cas e conservantes, uso de lentes de con-tato e doenças da superfície ocular comoa conjuntivite alérgica) (1).

Ainda não há consenso em relação aoscritérios diagnósticos de olho seco, no en-tanto, utilizam-se questionários de sinto-mas e anamnese direcionada, de acordocom as queixas do paciente. Além disso,usa-se rotina testes para avaliação de es-tabilidade lacrimal (tempo de rotura dofilme lacrimal – Breakup Time – BUT),mensuração do tingimento da superfícieocular com corantes vitais e da secreçãolacrimal (teste de Schirmer I). Para o BUTconsidera-se valor de corte < 10 s, mas peloque se observa que tenha relevância naprática clínica, é quando este corte é < 5 s.O sistema de avaliação mais utilizado parao tingimento da superfície ocular é o dovan Bijsterveld, que divide a superfícieocular em três partes, conjuntiva tempo-

Figura. Classificação do olho seco por estado de deficiência aquosa e por estado evaporativo(1)

Nível 1 Sintomas leves ou episódicos; sem sinais corneanos; sinais conjuntivais leves,disfunção glândulas de Meibomius (DGM) pode estar presente; BUT variável, TS vari-ável.

Nível 2 Sintomas moderados ou crônicos; diminuição do menisco lacrimal, debris;Coloraçãoconjuntival e corneana (ceratopatia ponteada superficial leve);DGM pode estar presen-te; BUT d”10 s; TS d”10 mm.

Nível 3 Sintomas intensos e constantes; coloração corneana (ceratopatia ponteadaSuperficialmoderada - coloração corneana central); ceratite filamentar;DGM pode estar presente;BUT d”5 s; TSd”?5 mm

Nível 4 Sintomas intensos; repercussão qualidade de vida; erosões corneanas;Ceratitefilamentar; cicatrização conjuntival; BUT d”?2 s; TS d”?2 mm

Tabela ICategorização da gravidade do olho seco

de acordo com o painel Delphi (5)

Educação do paciente. Ar-condicionado, usoModificações ambientais. prolongado computadorControle das Medicações Sistêmicas suporte psicológico

Nível 1 Se não melhorar adicionar Lubrificantes com conservantes; Evitar fármacos/olhoseconível 2 de tratamento Controle alergia;Ingestão de água anti-histamínicos,

conservantes colírios

Nível 2 Se não melhorar adicionar Lubrificantes sem conservantes Ciclosporina A; Esteroidenível 3 de tratamento Suporte nutricional ômega-3 tópico; secretagogos

Vitaminas A, B1, B6, E, gotas vit. A

Nível 3 Se não melhorar Adicionar Terapia sistêmica - Tetraciclina Plug lacrimal (apósnível 4 de tratamento Colírio soro autólogo controle da inflamação)

Nível 4 Terapia anti-inflamatória Tarsorrafia oclusão pontossistêmica; Ciclosporina oral; lacrimais; TransplanteAcetilcisteína tópica - Câmara úmida glândulas salivares labiais

Tabela IICategorização da gravidade do olho seco e algoritmo

de terapêutica de acordo com o painel Delphi(4)

ral, conjuntiva nasal e córnea. Escores dezero a três são dados para cada uma dastrês áreas, zero é igual a nenhumtingimento, um é tingimento de pontosesparsos, dois de pontos agregados, e três,colorações de toda a área. O somatório dosescores pode variar de zero a nove. Para atriagem de olho seco o valor de corte é 3 eo Consenso Americano-Europeu para oolho seco (Síndrome de Sjögren) conside-ra 4,5. Em relação à avaliação da secreçãolacrimal, o teste utilizado é o de SchirmerI (TS), que mede a secreção basal e reflexa.O valor de corte com maior relevância clí-nica é < 5 mm em 5 minutos. Há tambémo teste do fio do fenol vermelho, que pro-duz menos desconforto e não produz colo-ração na conjuntiva. Considera-se o mes-mo valor de corte < 5 mm em 5 minutos(1).

Diversas modalidades terapêuticas es-tão disponíveis para o olho seco. A pro-posta terapêutica deve ser baseada nos se-

guintes princípios (4): 1) encontrar e eli-minar causas do olho seco; 2) diminuir ossintomas com o tratamento contínuo desuplementação das lágrimas com lubrifi-cantes ou diminuição da evaporação; 3)tratamento da inflamação da superfícieocular: corticoides devem ser utilizadospor tempo limitado, monitorando a eficá-cia e segurança; imunossupressores podemser mantidos por tempo mais prolongadoou até contínuo, se necessário; e 4) pre-venção de complicações como úlcera, opa-cidade, perfuração, neovascularização.

O painel Delphi(5) propôs umalgoritmo de tratamento baseado na inten-sidade dos sinais e sintomas e resultadosde testes clínicos. Com estes propósitosdividiu o olho seco em: a) com doença damargem palpebral (blefarites emeibomites); b) com alteração na distri-buição lacrimal (p. ex., conjuntivocálaze);e c) sem doença da margem palpebral (nesteitem, categorizou o olho seco em níveis deintensidades de 1 e 4) (Tabelas I e II).

Frente ao caráter multifatorial e crôni-co do olho seco, à variabilidade dos sinais esintomas e do grau de envolvimento da su-perfície ocular, bem como da inexistênciade tratamento curativo definitivo, reco-menda-se que estratégias de tratamento se-jam tomadas individualmente(4).

Bibliografia1. Research in dry eye: Rep ort of the Research

Subcommittee of the 2007 Dry Eye WorkShop(DEW S). Ocul Surf, 2007;5:65-204.

2. Kozma CM, Hirsch JD, Wojcik AR. Economic andquality of life impact of dry eye symptoms. Posterpresented at the Annual Meeting of the Associationfor Research in Vision and Ophthalmology, April30–May 5, 2000, Ft. Lauderdale, Fla.

3. Hirsch JD, Kozma CM,Wojcik AR, Reis B. Economicand quality of life impact of dry eye symptoms: aSjögren’s patient survey. Invest Ophthalmol Vis Sci,1998; 39:S65. Abstract.

4. Alves M, Rocha ER. Disfunção Lacrimal. In AlvesMR, Alves MA, Santo RM, Sousa SJF, Costa DC:Disfunção Lacrimal e Blefaroceratoconjuntivites. SãoPaulo:Omnifarma, 1 ed , 2013;13-31.

5. Behrens A, Doyle JJ, Stern L et al. Dysfunctional tearsyndrome: a Delphi Approach to treatmentrecomendations. Cornea, 2006; 25:900-7.

*Professor Associado FMUSP ePresidente do CBO

Milton Ruiz Alves*

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No dia 9/8/2013, a medicina brasilei-ra perdeu um dos mais queridos oftalmo-logistas.

Nascido em 2/9/1931 na pequena ci-dade de Borebi, interior de São Paulo,João Ando veio para o Rio de Janeiro embusca do grande sonho de tornar-se mé-dico. Em 1957, tornou seu sonho reali-dade ao graduar-se brilhantemente pelaFaculdade Nacional de Medicina (atualUFRJ).

Ando, marido exemplar, era casadocom sua dedicada esposa Beatriz SumieAndo, com quem teve o filho João SawaoAndo, que a exemplo do pai tornou-se of-talmologista e vem se destacando na es-pecialidade.

Teve esmerada formação oftalmológicaao conviver com os mais destacados of-talmologistas de sua época: Joviano deRezende, Dantas Coutinho, SylvioProvenzano, Nelson Moura Brasil, entreoutros.

Convidado pelo saudoso Dr. Jovianode Rezende , participou da formação dosOculistas Associados - RJ ,ao lado de umgrupo de brilhantes oftalmologistas.

Primeiro oftalmologista nipo-brasilei-ro do Estado do Rio de Janeiro, além defundador dos Oculistas Associados-RJ,João Ando foi oftalmologista do Hospi-tal Central da Aeronáutica e chefe do Ser-viço de Oftalmologia do IASERJ.

Tive o privilégio de conhecê-lo em1971 no Hospital do IASERJ, onde fo-mos companheiros de trabalho por seteanos e pude observar e admirar sua com-petência e enorme capacidade de traba-lho. Sou muito grato ao Dr.Ando pelosseus ensinamentos e pela amizade frater-na. Nos nossos últimos encontros noteique o Dr.Ando estava muito triste com as

João Ando (2/9/1931 – 9/8/2013)

Conheci Kanziro Arakaki em 1971,quando era interno do Serviço do Prof. LuizEurico Ferreira. Kanziro era o responsávelpela execução dos exames de imagem, taiscomo angiografia fluoresceínica eretinografia, que se iniciavam em nossomeio. No Setor de Retina da Clínica Prof.Luiz Eurico Ferreira e posteriormente noIBOL realizava os mapeamentos de retina,fotocoagulações com xenônio e cirurgiasretinianas. Falando pouco e baixo semprefoi um detalhista ao lidar com os pacien-tes e resolver seus problemas.

Em 1975 deixou o IBOL constituin-do seu próprio consultório, e associando-se à equipe do Hospital Adventista Sil-vestre, enquanto trabalhou. No seu pró-prio consultório, na Av. Nossa Senhora deCopacabana, nº 1059, trabalhou até 2009,atendendo pacientes que o acompanha-ram desde o início da carreira. Sempre fre-quentou as atividades científicas e con-

Kanziro Arakaki (13/2/1935-30/7/2013)

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia14

recentes arbitrariedades ocorridas em suaclínica no Hospital São Bernardo, na Barrada Tijuca, fato que muito debilitou suasaúde.

Dr.João Ando permanece com sauda-de nos corações e nas mentes de seus ami-gos como exemplo maior de amor à Of-talmologia.

Yoshifumi Yamane

Sul. Formou-se em Medicina pela Escolade Medicina e Cirurgia do Rio de Janei-ro. Ingressou na SBO, como Sócio Titularem 30 de outubro de 1965 tornando-seposteriormente Emérito. Seu irmão maisvelho, Ossamu Arakaki, também estudouno Rio, mas voltou para Mato Grosso doSul, estabelecendo-se como clínico geralem Dourados.

Kanziro faleceu em 30 de julho de2013, no Rio de Janeiro, deixando a vi-úva Marta e dois filhos Cláudio eLuciana. Nenhum dos dois quis seguirmedicina. Cláudio tem uma empresa es-pecializada em mecânica de automóveis,e Luciana é designer, tendo estudandomarketing em Nova York. Kanziro dei-xou ainda três netos: Laura, filha deCláudio, com 10 anos, e João Pedro eMaria Luisa, filhos de Luciana, com 5anos, e 1 ano e 10 meses.

Oswaldo Moura Brasil

Durante o Encontro Nipo-Brasileiro, para celebrar os 100 anos de imigração japonesa, no XV CongressoInternacional da SBO, realizado de 2 a 5 de julho de 2008, no Windsor Barra Hotel, João Ando ladeadopelo cônsul Masahiro Fukukawa ( terno cinza) e Roberto Endo, sobrinho do primeiro oftalmologistanissei. Estiveram reunidos oftalmologistas de ascendência japonesa de várias partes do país

Kanziro Arakaki

gressos da SBO tendo publicado traba-lhos da especialidade.

Kanziro nasceu em 13 de fevereiro de1935 em Campo Grande, Mato Grosso de

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Paulo Rego

A coluna Olho Vivo é exclusiva para osassociados da SBO. Para anunciar enviar otexto para a Sociedade Brasileira de Oftal-mologia ou pelo fax (21) 2205-2240 oue-mail: [email protected] [email protected]. A publicaçãoé gratuita. Os anúncios devem ser conci-sos e com informações precisas. A SBO nãose responsabiliza pelas informaçõesdivulgadas, que devem ser conferidas pe-las partes interessadas.

Prazo de inscriçõesencerra-se no dia31 de dezembro

Quem ainda nãopreparou seu trabalhopara concorrer ao 42ºPrêmio Varilux devese apressar, o prazopara a entrega encer-ra-se no dia 31 de de-zembro de 2013.

Mais tradicional premiação da oftalmolo-gia brasileira, o Prêmio Varilux é conferidoem três categorias: dois para trabalhos deexperimentação científica- Master e Sênior,e um de pesquisa clínica, obrigatoriamentesobre refração.

O Prêmio Master destina-se aos con-correntes formados em medicina há 10anos ou mais; o Prêmio Sênior para os quetêm menos de 10 anos, inclusive para oscoautores, quando oftalmologistas. Parao Prêmio Incentivo à Pesquisa Clínica nãohá limite de tempo de formado.

O Prêmio Varilux é uma promoção daSBO com o apoio científico da Varilux e aentrega tradicionalmente é durante congres-so da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Oftalmologista para Barra da Tijuca(RJ) - Clínica Américas Oftalmocenter, noShopping Cittá America, contra oftalmo-logista. Enviar currículo [email protected] /[email protected]

Oftalmologista para Tijuca (RJ) -Clínica oftalmológica na Tijuca, ZonaNorte do Rio, oferece vaga para oftalmo-logista. Enviar currículo [email protected]

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Julho-Agosto - 2013 15

SBOTempo e Memória

João Diniz

Há 90 anos SBO já promovia sessões científicasNa coluna desta edição do Jornal Bra-

sileiro de Oftalmologia iniciamos a narra-ção e publicação de fatos, documentos efotos da Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia buscando complementar informaçõesdivulgadas no livro “SBO-90 Anos de His-

tória”, lançado durante o XVII CongressoInternacional, em 2012. Como, devido àdimensão do livro, tivemos que deixar delado muitas informações, parece-nos opor-tuno darmos continuidade à publicação deum pouco mais da história de uma entida-

de quase centenária. Abaixo, o convite encaminhado aos

oftalmologistas em 1º de outubro de 1923para realização de sessão científica ordiná-ria da SBO, enviado pelo idealizado e fun-dador da entidade, prof. José Antonio

Abreu Fialho. Neste convite pode-se no-tar o pioneirismo e interesse dele em di-vulgar, desenvolver e aprimorar os conhe-cimentos da especialidade Há 90 anos,portanto, a SBO já promovia sessões cien-tíficas para a comunidade oftalmológica!

No convite, ainda consta o nomeSociedade Brasileira de

Ophthalmologia e Oto-rhino-laryngologia, conforme a grafia daépoca. No verso do convite para a

sessão a se realizar em 1º deoutubro de 1923 a ordem do diaprevê a apresentação de quatro

palestras

Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

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XXVII Congresso Brasileiro de Oftalmologia /XXX Congresso Pan-Americano de Oftalmologia Visão artificial, utilização do laser de

femtosegundo na cirurgia de catarata,condições para a melhoria da saúde ocu-lar da população depois dos vetos presi-denciais à Lei do Ato Médico, eleições doCBO com a disputa entre duas chapas,prevenção da cegueira, mais de 500 ho-ras de atividades didáticas englobandotodos os aspectos da especialidade, showsde samba e a montagem de uma exposi-ção comercial com a participação de em-presas e instituições de vários países fo-ram alguns dos aspectos que marcaram oXXXVII Congresso Brasileiro de Oftal-mologia / XXX Congresso Pan-America-no de Oftalmologia, ocorrido de 7 a 10de agosto no Riocentro, com a participa-ção de mais de 6.500 médicos oftalmolo-gistas originários de 20 países.

Na solenidade de abertura do evento,realizada no próprio Centro de Conven-ções, os representantes da Associação Pan-Americana de Oftalmologia (APAO) res-saltaram a pujança científica do congres-so e a grande variedade de temas que se-riam abordados nos dias posteriores. Já oentão presidente do Conselho Brasileirode Oftalmologia, Marco Antônio Rey deFaria, fez um duro discurso criticando apolítica governamental para a área da saú-de em geral e para a área da saúde ocularem particular, no que foi secundado porPaulo César Fontes, um dos presidentesdo congresso. Na mesma solenidade de

Na abertura, da esquerda para a direita, Haroldo Vieira de Moraes Junior e Paulo César Fontes(presidentes do XVII Congresso), Marco Antônio Rey de Faria (presidente do CBO), Mark J. Mannis(então presidente da APAO), Bruce E. Spivey (presidente do Conselho Internacional de Oftalmologia),Ana Luiza Hofling Lima (presidente do XXX Congresso Pan-Americano de Oftalmologia), AliceMcPherson e David E.I. Pyott (convidados especiais homenageados pela APAO)

abertura, vários oftalmologistas foramhomenageados pelas entidades promoto-ras do evento.

Ana Luísa Hofling Lima, presidentedo XXX Congresso Pan-Americano deOftalmologia, destacou “a mais alta qua-lidade científica do evento”, viabilizadapelo programa conjunto elaborado pelasduas entidades, que privilegiou os inte-resses da comunidade oftalmológica.

O XXVIII Congresso também foi

marcado pela realização de eleições paraa escolha da diretoria do CBO, para oConselho Fiscal e para os integrantes doConselho de Diretoria e Gestão da enti-dade para o biênio 2013/15. Milton RuizAlves foi eleito e terá como colegas dediretoria Renato Ambrósio Júnior (vice-presidente), Keila Miriam Monteiro deCarvalho (secretária-geral), LeonardoMariano Reis (1º secretário) e MauroNishi (tesoureiro).

Nova diretoriada SBOP para

biênio 2013-2015João Borges Fortes Filho e Mar-

cia Beatriz Tartarella comunicama composição da recém-empossadadiretoria da Sociedade Brasileira deOftalmologia Pediátrica (SBOP)para o biênio 2013-2015, da qualsão presidente e secretária, respec-tivamente.

Além de João Borges Fortes Fi-lho, do Rio Grande do Sul, na pre-sidência, e na secretaria, MarciaBeatriz Tartarella, de São Paulo; adiretoria do biênio 2013-2015conta na tesouraria com GabrielaUnchalo Eckert, também do RioGrande do Sul.

Qualquer correspondência viacorreios deve ser enviada para opresidente João Borges Filho, naRua Hilário Ribeiro, 202, conjun-to 301, Bairro Moinhos de Vento,Porto Alegre, RS CEP 90510-040.O fax é (51) 3222-4221. E-mail:[email protected]

Para o biênio 2015-2017 já foieleita a diretoria, com MarciaBeatriz Tartarella (SP), na presi-dência; Galton Carvalho Vascon-celos (MG), será o secretário; e Fá-bio Ejzenbaum (SP), tesoureiro.

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia16

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Julho-Agosto - 2013 17

Isis Penido homenageia especialistas emglaucoma durante congresso no RioCentroNo dia 9 de agosto, durante o XVII

Congresso Brasileiro de Oftalmologia eXXX Congresso Pan-Americano, a presi-dente da Associação Brasileira de Ami-gos e Familiares e Portadores deGlaucoma (Abrag-RJ), Isis Penido, ofe-receu jantar em homenagem a nove espe-cialistas em glaucoma no restaurante Mr.Lam, na Lagoa.

Participaram do jantar prof. RemoSusanna Jr. (USP) e os oftalmologistasGustavo Moraes, James Tsa, Mirko Babic,Nathan Radcliff, Neeru Gupta, RobertoRich, Robert Weinreb, Tomas Gripp,palestrantes internacionais convidadosdo XVII Congresso.

Gilberto dos Passo, secretário da SBO,representou o presidente Marcus Safady.

Luis Augusto Lemos, Lucino Odorizzi, Gilbertodos Passos, prof. Remo Susanna Jr, GustavoMoraes e Nathan Radcliff com a anfitriã Isis Penido

Isis Penido e a oftalmologista Neeru Gupt cercadas pelos demais oito homenageados, da esquerdapara a direita: Mirko Babic, Nathan Radcliff, Gustavo Moraes, Remo Susanna Jr., Robert Rich,Robert Weireb, James Tsa e Thomas Grippo

Em Varginha, VI Simpósio Sul Mineiroreúne 70 oftalmologistas durante dois diasCom o apoio da SBO, realizou-se nos

dias 20 e 21 de setembro, em Varginha, oVI Simpósio Sul Mineiro de Oftalmolo-gia, presidido por Mansur Elias TiclyJunior e organizado por Sérgio MendesFerreira. O encontro, que teve 70 parti-cipantes, homenageou Eduardo Soares eFelício A. Silva, de Belo Horizonte, alémde Francisco Nogueira Reis, de Varginha.

Na abertura do Simpósio, MansurTicly fez questão de destacar o empenhodo presidente da SBO, Marcus Safady, quenão pode comparecer, para ajudar na rea-lização da jornada, “orientando, divul-gando, participando ativamente, pois esseevento já faz parte do cronograma da So-ciedade Brasileira de Oftalmologia”.

Em seu discurso ainda, Mansur Ticlytambém agradeceu a Marcelo Diniz, se-

Ao centro Mansur Ticly Junior com MarceloDiniz, Sérgio Mendes Ferreira, Leonardo Gontijoe Eduardo Adam no encerramento do evento

No auditório do Hotel Class, em primeiro plano, àesquerda, Roberto Abdalla Moura, e à direita,Fernando Oréfice, dois dos palestrantes do evento

Marcelo Diniz, Lindalva Rodrigues e MarcosMattos, da SBO, com a secretária Claudinéia,no intervalo para o coffee break

cretário executivo da Sociedade e aos fun-cionários Marcos Mattos e Lindalva.Rodrigues, responsáveis pela secretaria doevento.

Também estiveram presentes LucinoOdorizzi e Luis Augusto Lemos, do LionsClube do Rio.

Foto

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Divulgação

Marcelo Borgongino

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Julho-Agosto - 2013 19

48 anos da Clínica Oculistas Associadoscomemorados com palestras e coquetel

Cerca de 60 oftalmologistas de dife-rentes partes do Brasil, ex-residentes dainstituição, reuniram-se no Centro deEstudos e Pesquisas Oculistas Associados(Cepoa) nos dias 2 e 3 de agosto passado,para a comemoração de 48 anos de fun-dação da Clínica Oculistas Associados doRio de Janeiro.

As comemorações compreenderam pro-grama científico e coquetel. Na parte cien-tífica foram apresentadas palestras/cursossobre DRMI, Facectomia Pós-ceratectomiaRadial, Lentes de Contato na Presbiopia,Catarata Congênita e Radioelectrocirurgiana Prática Diária (Plástica ocular)

Fundada em 1956, por inspiração deJoviano de Rezende e Evaldo Machadodos Santos, Clínicas Oculistas Associados

Durante o coquetel, à direita, JacquelineProvenzano, diretora da Clínica OculistasAssociados do Rio de Janeiro, com convidados

Leonardo Lins, presidente do Cepoa, HelcioBessa, quarto da esquerda para a direita, noalto,e grupo de residentes e ex-residentes

Helcio Bessa, durante o curso teórico e práticode Toxina Botulínica, realizado em conjunto comLeonardo Lins, de costas, camisa branca

já atendeu mais de 500 mil pacientes, ten-do propiciado formação especializada acerca de 300 oftalmologistas espalhadospor todo o território por meio do Cepoa,credenciado ao CBO.

João Diniz e Roberli Bicharra Pintorecebem Medalha Juscelino Kubitschek

A Academia Brasileira de MedalhísticaMilitar homenageou com o diploma e me-dalha “Mérito Presidente JuscelinoKubistschek”, pela “realização de relevantesprestados através de suas ações sempre liga-das à ousadia nas realizações sociais e cultu-rais”, o assessor da diretoria da SBO, JoãoDiniz, e Roberli Bicharra Pinto, membro da

A Associação Brasileira de Medicina Le-gal e Perícia Médica-RJ (ABMLPM-RJ) reali-zou em junho a II Jornada Miguel Couto so-bre a “Importância da Perícia Médica naJustica do Trabalho”, com palestras dos peri-tos-médicos Marcos Paulo Costa da Silva (pre-sidente da, Associação) José Paravidino deMacedo Soares, Laura Povina Cavalcanti,Sylvia Fernandes Matheus, Laura Campelo eNadja de Souza Ferreira. No encerramento,a tradicional foto, vendo-se à direita, de pre-to, a oftalmologista Ruth Cytrynbaum, 2ªtesoureira da ABMLPM-RJ.

João Diniz ladeado pelos acadêmicos Tito deAbreu Fialho e Salvador Pereira Mattos

As acadêmicas titulares Zara Paim Assis e TianaSampaio com Roberli Bicharra Pinto ao centro

Comissão de Defesa Profissional da Socieda-de, diretora do Hospital Federal da Lagoa.

A Academia foi fundada em 2007 eum ano depois, em 2008 foi criada a me-dalha. O nome de João Diniz foi propos-to pelo oftalmologista e acadêmico Titode Abreu Fialho, e o de Roberli BicharraPinto, pela acadêmica Zara Paim Assis.

Fotos divulgação

Fotos divulgação

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Julho-Agosto - 2013 21

Banco de Olhos do Into vai zerar fila de transplantes no RioA estimativa é quintuplicar a captação atual para chegar à fila Zero em três anos

A Secretaria de Saúde do Estado do Riode Janeiro, por meio do Programa Estadu-al de Transplantes (PET), inaugurou dia24 de setembro último, em parceria com oInstituto Nacional de Traumatologia eOrtopedia Jamil Haddad (Into), o segun-do Banco de Olhos do Estado do Rio deJaneiro e único na capital. O primeiro ficaem Volta Redonda. A nova unidade, quefunciona dentro do Banco de MultiTecidosdo Into, na Av. Brasil, 200, foi montadacom equipamentos de última geração paragarantir a segurança biológica do materi-al doado e conta com três oftalmologistasespecialistas em cirurgia de córnea.

- Dentro de um ano, o Estado do Riode Janeiro estará entre os cinco maiorestransplantadores de córneas do país, coma realização de 500 transplantes por ano.Em até três anos, nossa meta é zerar a filade transplantes de córneas no Estado, afir-mou o Secretário de Saúde, Sérgio Côrtes,por ocasião da inauguração, que teve apresença do presidente da Sociedade Bra-sileira de Oftalmologia (SBO), MarcusSafady, e do coordenador do PET, RodrigoSarlo, além da Subsecretária de Atençãoà Saúde. Representando o presidente doCBO, também esteve presente o vice-pre-sidente Renato Ambrósio Jr.

- Caberá à SBO a divulgação do pro-jeto, articulação política junto à Secreta-ria de Saúde do Estado e chefes dos servi-ços de oftalmologia do Rio de Janeiropara que se possa chegar à fila Zero, in-formou Marcus Safady, confirmando tam-bém a criação de um curso de fellow paraformar novos cirurgiões de córnea.

Segundo Rodrigo Sarlo, coordenadordo PET, com a inauguração do novo Bancode Olhos, o desafio agora é aumentar a cap-tação de córneas. “Nossa intenção équintuplicar esta captação de modo quepossamos oferecer uma quantidade decórneas suficientes para atender à popula-ção. Um banco localizado bem no centro do

Rio de Janeiro vai facilitar a logística paraque os transplantes possam ser efetuados,explicou, ressaltando que o número detransplantes tem crescido gradativamente.Entre janeiro e agosto de 2013 já é 16%maior que o mesmo período de 2012,totalizando 220 procedimentos até então.

Marcos Musafir, diretor do Into, reite-rou o compromisso da instituição com oaumento da captação de córneas no Estadodo Rio, ajudando quem necessita de trans-plante. Ao término de seu discurso, ao anun-ciar para breve uma campanha incentivan-do a doação, disse que a mensagem do Intoà população é “doe órgãos, doe vida”.

Atualmente, oito hospitais realizamtransplante de córnea no Estado do Riode Janeiro através do SUS: Hospital Fe-deral de Bonsucesso, Hospital Federal deIpanema, Hospital Universitário AntônioPedro (UFF), Hospital UniversitárioPedro Ernesto (UERJ), Hospital Federaldos Servidores do Estado, Hospital Uni-versitário Clementino Fraga Filho(UFRJ), Hospital Adventista Silvestre eOftalmoclínica São Gonçalo.

Na inauguração do novo Banco de Olhos, em pé, o Secretário de Saúdedo Estado do Rio, Sérgio Côrtes, Marcus Safady, à esquerda, MarcosMusafir, diretor do Into, e o vice-presidente do CBO, Renato Ambrósio Jr.

No descerramento da placa comemorativa da inauguração, da direita paraa esquerda, Rodrigo Sarlo, coordenador do PET, Marcus Safady, RenatoAmbrósio Jr. e a Subsecretária de Atenção à Saúde Monica Morrissy

Entrevista com Gustavo Bonfadini, diretor médico do Banco de Olhos do IntoJornal Brasileiro de Oftalmologia-

Há quanto tempo o senhor é diretormédico do Banco de Olhos do Into?

Gustavo Bonfadini - Desde agostode 2012 estou no projeto do Banco deOlhos, participando ativamente desde aelaboração, implementação até o seu fun-cionamento.

JBO - Durante a inauguração, no dia24/09, uma hora falava-se em Banco deTecido Ocular e outra em Banco deOlhos. Há alguma diferença entre asduas denominações?

GB - O nome técnico e oficial é Bancode Tecidos Oculares – Into, porém na prá-tica e para a mídia e população falaremosBanco de Olhos.

JBO - O senhor pode definir em li-nhas gerais como será o processo decaptação das córneas?

GB - Além da equipe de captação doInto, constituído de 30 enfermeiros, o Es-tado iniciou um projeto que cria e estrutu-ra equipes de captação e notificação de óbi-to baseado no modelo espanhol e america-no. Desta forma criaram-se a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidospara Transplantes (CHIDOTT) e as Orga-nizações de Procura de Órgãos e Tecidos –OPO. Ambas auxiliarão a equipe do Into aaumentar as captações.

JBO - Há previsão de futuramente ascórneas captadas no Estado do Rio de Ja-

neiro serem encaminhadas para outrosestados?

GB - Sim, a intensão é que após a filano Estado do Rio estar zerada, o Bancode Olhos do Into possa ajudar outros es-tados que precisem de córneas.

JBO - Na inauguração do novo Ban-co de Olhos o senhor anunciou queserão criados cursos de fellow paraoftalmologistas interessados em fazertransplantes de córneas. Já há previ-são de quando esses cursos começarão

Gráfico apresentado pelo oftalmologista Gustavo Bonfadini, diretor médicodo Banco de Olhos do Into, revela aumento do número de transplantes nosúltimos três anos, mas ainda há cerca de 860 pessoas na fila de espera

Rafael Prinz, diretor do Banco de MultiTecidos do Into, mostra as instalaçõesdo Bando de Olhos, a Marcus Safady, vendo-se atrás, Marco Antonio Alves,chefe do Serviço de Córnea do Hospital Federal dos Servidores do Estado

a funcionar e como será a admissão dosinteressados?

GB - Em reunião com a SBO e os che-fes de serviço será proposta a criação decursos de formação de novos cirurgiõesde córnea em período mínimo de treina-mento de um ano.

JBO - Há ainda algum item que osenhor gostaria de destacar?

GB - É importante que todos os en-volvidos com o processo tenham em men-te um trecho de recente documento da As-

sociação Brasileira de Transplantes de Ór-gãos (Abto): “A doação e alocação de ór-gãos e tecidos é um processo trabalhoso edelicado que depende do crédito da po-pulação no sistema e do comprometimen-to dos profissionais de saúde na notifica-ção de morte. O Brasil é o segundo país domundo em número de transplantes e, paraconsolidar essa conquista, é crucial a atua-ção do Ministério da Saúde, dos governosestaduais e das entidades médicas em todoo processo de doação e transplantes.”

Antes da cerimônia, Miguel Ângelo Padilha, ex-presidente da SBO, membro do conselho consultivo,e Marcus Safady, comemoram com as novas perspectivas para transplantes de córneas no Rio,com a inauguração do Banco de Olhos do Into

Fotos Vini Arruda

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Rua São Salvador, 107Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJCEP 22231-170

Tel. (21) 3235-9220Fax (21) 2205-2240

[email protected]://www.sboportal.org.br

DIRETORIABiênio 2013-2014

PresidenteMarcus Vinicius Abbud Safady (RJ)

Vice-presidentesElisabeto Ribeiro Goncalves (MG)Fabíola Mansur de Carvalho (BA)

João Alberto Holanda de Freitas (SP)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

Tania Mara Cunha Schaefer (PR)Secretário Geral

André Luis Freire Portes (RJ)1º Secretário

Sérgio Henrique S. Meirelles (RJ)2º Secretário

Giovanni Colombini (RJ)Tesoureiro

Gilberto dos Passos (RJ)Diretor de Cursos

Arlindo José Freire Portes (RJ)Diretor de PublicaçõesNewton Kara-Junior (SP)

Diretor de BibliotecaArmando Stefano Crema (RJ)

Conselho ConsultivoMembros Eleitos

Jacó Lavinsky (RS)Paulo Augusto de Arruda Mello (SP)

Roberto Lorens Marback (BA)Conselho Fiscal

EfetivosFrancisco Eduardo Lopes Lima (GO)

Leiria de Andrade Neto (CE)Roberto Pedrosa Galvão (PE)

SuplentesEduardo Henrique Morizot Leite (RJ)

Jorge Alberto Soares de Oliveira (RJ)Mizael Augusto Pinto (RJ)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

[email protected]@sboportal.org.brConselho Editorial:

Marcus Vinicius Abbud SafadyNewton Kara-Junior

Arlindo PortesJoão Diniz

Marcelo DinizEditoração Gráfica:

Sociedade Brasileira de OftalmologiaResponsável: Marco Antonio Pinto

DG 25341RJPublicidade:

Responsável: João DinizTel.: (21) 3235-9220

E-mail: [email protected]@sboportal.org.br

Contato publicitário:Westinghouse Carvalho

Tel.: (11) 3726-6941 / 99274-0724E-mail: [email protected]

Publicação: BimestralImpressão: Stamppa Grupo Gráfico

Os artigos assinados são de responsabilidadeexclusiva de seus autores e seu conteúdo nãorepresenta, obrigatoriamente, a opinião do JBO.A SBO não se responsabiliza nem endossa aqualidade dos serviços e produtos anunciadosnesta publicação.Qualquer reclamação deverá ser feita diretamen-te ao fabricante ou ao prestador de serviços.É permitida a reprodução de artigos, desdeque citada a origem.

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EXPEDIENTE

Sociedade Brasileirade Oftalmologia

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as informaçõespara a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -

Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected] o calendário completo no site da SBO

24 a 26 de julho de 2014

Hotel Windsor Barra

Informações:

www.congressosbo.com.br

www.sboportal.org.br

XXXIII Congresso doHospital São Geraldo

De 30 de outubro a 2 de novembrode 2013, no Dayrell Hotel & Centro deConvenções, em Belo Horizonte (MG),XXXIII Congresso do Hospital SãoGeraldo.www.hospitalsaogeraldo.com.br

Encontro Anual da AcademiaAmericana de Oftalmologia

De 16 a 19 de novembro de 2013,Encontro Anual da Academia Ameri-cana de Oftalmologia em Nova Orleans,Louisiana (EUA).www.aao.org

VII Congresso Internacional daAsociación Latinoamericana de

Cirujanos de Catarata, SegmentoAnterior y Refractiva (ALACCSA-R)

De 21 a 23 de novembro de 2013,VII Congreso (ALACCSA-R) na Cida-de do México (México),.www.alaccsa-mexico2013.com

16º Congresso de Oftalmologia USPe 15º Congresso de Auxiliar

de Enfermagem

Dias 29 e 30 de novembro de 2013,16º Congresso de Oftlamologia USP e15º Congresso Auxiliar de Oftalmolo-gia, no Centro de ConvençõesRebouças, em São Paulo (SP). Informa-ções: (11) 5082-3030/ 5084-9174www.oftalmologiausp.com.br

XIII Simpósio Internacionalde Atualização em Oftalmologia

de Maringá

De 20 a 22 de março de 2014, XIIISimpoósio Internacional de Atualiza-ção em Oftalmologia de Maringá, noHotel Bristol, em Maringá (PR). Infor-mações; (44) 3221-8100metró[email protected]

XX Congresso Norte-Nordestede Oftalmologia

De 27 a 29 de março de 2014, XXCongresso Norte-Nordeste de Oftal-mologia, na Fábrica de Negócios, emFortaleza (Ceará).Informações: (85) [email protected]

XII Congresso Internacional deCatarata e Cirurgia Refrativa

IX Congresso Internacional deAdministração em Oftalmologia

De 2 a 5 de abril de 2014, XII Con-gresso Internacional de Catarata e Ci-rurgia Refrativa e IX Congresso Inter-nacional de Administração em Oftal-mologia, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ).www.cataratarefrativa2014.com.br

XXXIV InternationalCongress of Ophthalmology

29th Asia-PacificAcademy of Ophthalmology

118º Encontro Anual da SociedadeJaponesa de Oftalmologia

De 2 a 6 de abril de 2014, XXXIVInternational Congres ofOphthalmology, 29th Asia-PacificAcademy of Ophthalmology e 118ºEncontro Anual da Sociedade Japone-sa de Oftalmologia, no Hotel Imperi-al, em Tóquio (Japão)[email protected]

39º Congresso da SociedadeBrasileira de Retina e Vítreo

De 8 a 12 de abril de 2014, 39ºCongresso da Sociedade Brasileira deRetina e Vítreo, no Royal Palm Plaza,em Campinas (SP)www.retina2014.com.br

Congresso da ASCRS

De 25 a 29 de abril de 2014, Con-gresso da ASCRS, em Boston,Massachusetts (EUA).www.ascrs.org

120° Congresso da SociedadeFrancesa de Oftalmologia

De 10 a 13 de maio de 2014,120° Congresso da SociedadeFrancesa de Oftalmologia, no Palaisdes Congrès de Paris, em Paris(França)[email protected]

12º Congresso Internacional daSociedade Italiana de Oftalmologia

De 21 a 24 de maio de 2014, 12ºCongresso Internacional da SociedadeFrancesa de Oftalmologia, em Milão(Itália).www.congressisoi.com

10º Simpósio Internacionalde Glaucoma da Unicamp

De 23 a 24 de maio de 2014, 10ºSimpósio Internacional de Glaucomada Unicamp, no Hotel Maksoud Plaza,em São Paulo (SP)[email protected]

XXI Congresso Brasileirode Prevenção da Cegueira

e Reabilitação VisualII Congresso de Oftalmologia

de Língua Portuguesa

De 3 a 6 de setembro de 2014, XXICongresso Brasileiro de Prevenção daCegueira e Reabilitação Visual e II Con-gresso de Oftalmologia de Língua Por-tuguesa, no Centro de Convenções dePernambuco, em Recife, Pernambuco.Informações:(81) 3423-1300/ [email protected]@cbo2014.com.br

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