Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

8
1 Sábado - 24 de Outubro de 2015 Edição 1.333 1333 EDIÇÃO Sábado 24 Outubro / 2015 Lançamentos Primavera - Verão 2016 Comitê de combate a dengue é criado em Siqueira Campos Vários órgãos como o Conselho Municipal de Saúde de Siqueira Campos Defesa Civil, Departamento Municipal de Educação, Hospital Santa Casa de Misericórdia, Provo- par, Setor de Epidemiologia, Vigilância Sanitária se reuniram e pretendem desenvol- ver ações de abordagem à população para conscientiza-la a respeito dos perigos da dengue. Página 8 Prefeitura de Ribeirão Claro promove capacitação de educadores Página 5 Roubo! Pedágio de Ourinhos é assaltado O crime ocorreu na tarde dessa quinta feira, 22 por volta das 15h30min. Segundo testemunhas uma moto se aproximou da cabine do pedágio, quando o garupa sacou uma arma e anun- ciou o assalto. Página 7 Richa se reúne com deputados e faz balanço de missão internacional Richa teve uma audiência com o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano, e o primeiro secretário da Casa, deputado Plauto Miró, e fez um balanço das ações nos três países. Página 3 Arrecadação federal registra pior resultado em cinco anos No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 901,05 bilhões – com queda real de 3,72% frente ao mesmo período do ano passado. Página 4

description

Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

Transcript of Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

Page 1: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

1Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333

1333EDIÇÃO

Sábado 24Outubro / 2015

Lançamentos Primavera - Verão 2016

Comitê de combate a dengue é criado em Siqueira Campos

Vários órgãos como o Conselho Municipal de Saúde de Siqueira Campos Defesa Civil, Departamento Municipal de Educação, Hospital Santa Casa de Misericórdia, Provo-par, Setor de Epidemiologia, Vigilância Sanitária se reuniram e pretendem desenvol-ver ações de abordagem à população para conscientiza-la a respeito dos perigos da dengue. Página 8

Prefeitura de Ribeirão Claro promove capacitação de educadores

Página 5

Roubo!Pedágio de Ourinhos

é assaltado

O crime ocorreu na tarde dessa quinta feira, 22 por volta das 15h30min. Segundo testemunhas uma moto se aproximou da cabine do pedágio, quando o garupa sacou uma arma e anun-ciou o assalto. Página 7

Richa se reúne com deputados e faz balanço de missão internacional

Richa teve uma audiência com o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano, e o primeiro secretário da Casa, deputado Plauto Miró, e fez um balanço das ações nos três países. Página 3

Arrecadação federal registra pior resultado em cinco anos

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 901,05 bilhões – com queda real de 3,72% frente ao mesmo período do ano passado. Página 4

Page 2: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

2 Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333 OPINIÃO

jornalística correio do norte s/c ltda cnpj: 07.117.234/0001-62

Siqueira CamposCornélio ProcópioCuritibaIbaitiJapiraJabotiSalto do ItararéCarlópolisJoaquim TávoraGuapiramaQuatiguáJacarezinhoConselheiro MairinckPinhalão

Direção SUCUrSAL ArAPoTi

Elizabete Gois David BatistareDAção

Isaele Machado, Regiane RomãoDavid Batista , Gilberto GimenesJorNALiSTA reSPoNSÁVeL

Regiane Romão - MTB: 0010374/PRDiAGrAMAção

André MachadoADMiNiSTrATiVo

Claudenice MachadoCoLUNiSTA

Gênesis Machado

CirCULAção

rePreSeNTAçãoMERCONET Representação de Veículos de

Comunicação LTDARua Dep. Atilio de A. Barbosa, 76 conj. 03Boa Vista - Curitiba PRFone: 41-3079-4666 | Fax: 41-3079-3633

FiLiADo A

Associação dos Jornais Diários do Interior do Paraná

REDAçãO jORNALRua Piauí, 1546Siqueira Campos - Paraná(43) 3571-3646 | (43) 9604-4882

Site: www.correionoticias.com.br

SuCuRSAL ARAPOTIDIREçãO: DAVID BATISTAAv. Vicente Gabriel da Silva, 369Jardim Ceres - Arapoti - Paraná(43) 3557-1925 | (43) 9979-9691

[email protected]

TomazinaCuriúvaFigueiraVentaniaSapopemaSão Sebastião da AmoreiraNova América da ColinaNova Santa BárbaraSanta Cecília do PavãoSanto Antônio do ParaísoCongoinhasItambaracáSanta MarianaLeópolis

SertanejaRancho AlegrePrimeiro de MaioFlorestópolisSão Gerônimo da SerraSanto Antônio da PlatinaArapotiJaguariaívaSengésSão José da Boa VistaWenceslau BrazSantana do ItararéJundiaí do SulAndirá

AbatiáCambaráRibeirão do PinhalNova FátimaBarra do JacaréSanta AméliaSertanópolisBela Vista do ParaísoRibeirão Claro

Nota baixa para o SUS

Ney Leprevost Administrador e deputado

estadualUm estudo recente divulgado

pelo instituto Datafolha revela o que muitos já sabíamos. A qua-lidade da saúde pública no país não agrada aos brasileiros – ao menos a 87% deles, que disse-ram desaprovar o Sistema Único de Saúde (SUS). São comuns os casos de pessoas reclamando de esperas de horas em filas de postos de saúde e hospitais. Com a repercussão das redes sociais, essas histórias vêm à tona quase que diariamente. São pessoas morrendo em centros médicos antes mesmo de terem acesso ao atendimento.

Em Curitiba mesmo, em junho, uma mulher de 37 anos morreu na porta da Unidade de Saúde do bairro Fazendinha enquanto

esperava atendimento. Sofrendo de dores na cabeça e no peito, ela esperou por um médico durante quatro horas, até que não resistiu e faleceu na calçada da unidade de saúde. Diante deste cenário não é de se espantar o resultado da pesquisa do Datafolha, enco-mendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Os 2.069 entrevistados durante o mês de agosto também foram questionados sobre as notas atribuídas ao atendimento do SUS. O resultado apontou que 20% deram nota zero tanto para o SUS quanto para a saúde pública brasileira. De acordo com os entrevistados, o que mais incomoda são as longas filas de espera por atendimento (29%) e a dificuldade de acesso a consultas e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (36%).

Devido às más administra-ções, faltam médicos. E também equipamentos de ponta, estrutu-ras aptas a receber o cidadão e investimento em matéria-prima básica para vários tipos de trata-mento. Não é novidade para quem acompanha minha trajetória polí-tica que a saúde é a principal ban-deira que defendo. Só no primeiro semestre deste ano apresentei 26 projetos voltados à melhoria da saúde pública de nosso estado. Como homem público e líder da Frente Estadual de Saúde e Cida-dania, considero fundamental cobrar do governo, em todas as esferas, as melhorias no Sistema Único de Saúde.

Acredito que é possível e necessário investir no SUS, por meio de soluções práticas. Uma delas passa pelo investimento no quadro de funcionários, que é notoriamente deficitário na maio-ria das regiões do país. A moder-nização também é um caminho, permitindo aos usuários mais interação e menor espera em filas para conseguir agendar uma con-sulta. Mas o principal caminho é adotar medidas que privilegiem a chamada “atenção básica”, que é a saúde preventiva realizada por equipes multiprofissionais.

Agora, no início de outubro,

protocolei um requerimento junto ao governo federal questionando a falta de equipamentos adequados para atender aos pacientes com câncer de mama, no Hospital de Clínicas. Ao menos oito pacientes graves sofrem sem poder realizar exames. E isso em pleno Outubro Rosa, mês mundial de conscienti-zação sobre os riscos do câncer de mama. Também já fiz e volta-rei a fazer, se preciso cobranças parecidas aos governos municipal e estadual.

Além dos parlamentares, também cabe aos usuários do sistema uma cobrança do poder público. Mas 41% dos que res-ponderam a pesquisa do Data-folha disseram estar aguardando uma resposta do Sistema Único de Saúde há mais de seis meses. Acredito que, apesar da leniência das respostas, só questionando quem está no poder e cobrando posturas firmes e dignas de nossos governantes poderemos começar a mudar este cenário para, quem sabe, um dia este por-centual da pesquisa se inverter e passarmos a aprovar o sistema de saúde oferecido à população. Nada mais justo; afinal, o povo paga por esse serviço com seus impostos e, também por isso, tem o direito de ser melhor tratado.

A concessão do pedágio e o interesse público

José Anacleto Abduch SantosAdvogado e procurador do

Estado, é mestre e doutor em Direito Administrativo e professor da UniCuritiba

Em 1997 foram licitadas e posteriormente contratadas as concessões das rodovias que compõem o Anel de Integração do Paraná. Discute-se se esses contratos poderiam ter o prazo de vigência prorrogado para possibilitar a redução atual das tarifas de pedágio – aumentando-se o prazo da concessão, seria possível uma recomposição do equilíbrio econômico financeiro dos contratos com a redução das tarifas. Como o valor do pedágio é considerado muito elevado, a prorrogação seria um instrumento apto a reduzi-lo a patamares con-dizentes e ajustados à noção de modicidade – ou de capacidade justa de pagamento por parte dos usuários.

A outorga de um prazo adicio-nal àquele originalmente conven-cionado, em tese e como técnica de gestão contratual, é juridica-mente possível – repita-se, em tese. Não há vedação absoluta a priori a uma prorrogação con-tratual. Contudo, é preciso abor-dagem de caso concreto para que se possa deduzir pela inexis-tência, no caso em tela, de uma vedação à prorrogação. No plano das concessões de rodovias esta-duais e federais da malha viária que corta o Paraná, pode-se tra-balhar, para os fins desta análise, com duas categorias de contratos ou modelos de concessão.

O primeiro modelo, que deu origem ao Anel de Integração (licitação feita pelo estado), teve como principal característica o fato de que o critério de jul-gamento não envolveu disputa pelo valor de tarifa. Seu valor foi produzido por estudos técnicos realizados por órgãos públicos federais e fixado expressamente para cada um dos trechos (ou seja, não decorre de causa atribuível às empresas conces-sionárias!). A disputa licitatória foi irrelevante para o valor do pedágio naquela ocasião. Além disso, naquele modelo havia a previsão de diversas obras como obrigação dos concessionários. O segundo modelo, de conces-sões realizadas em 2007 pelo governo federal (no Paraná, a BR-116 e a BR-376), teve como principal característica o fato de que o valor da tarifa foi o critério de julgamento das licitações. A disputa licitatória foi relevante e decisiva para a produção do valor do pedágio naquela ocasião.

Dois modelos diferentes, que

produziram resultados diferentes. No primeiro, trafega-se com veí-culo particular por cerca de 100 km (de Curitiba a Paranaguá) e paga-se R$ 16,80. No segundo, trafega-se por cerca de 300 km e paga-se R$ 7,60 (de Curitiba a Florianópolis) – ou seja, cerca de R$ 2,60 para trafegar os mesmos 100 km.

Não se está a defender uma comparação absoluta de preço de tarifa, o que seria injusto, pois se trata de modelos de concessão diferentes, com encargos diferentes para os concessionários e com estrutura econômico-financeira diferente. O que, contudo, parece inegá-vel é que é sempre possível discutir e buscar o modelo de concessão que mais atende o interesse público – dos usuários, principalmente. Ainda que em tese seja possível à prorrogação dos contratos de concessão em vigor – embora se defenda que os atuais contratos não podem ser prorrogados por falta de pre-visão contratual originalmente estabelecida –, é preciso indagar se a prorrogação dos contratos é a solução que melhor atende o interesse público.

Ainda que se sustente tec-nicamente e juridicamente que as tarifas atuais do Anel de Inte-gração são adequadas e corre-tas, parece inegável que estão elevadas no que diz respeito à capacidade de pagamento dos usuários. A prorrogação dos contratos somente encontraria amparo no interesse público se uma análise técnica consistente apontasse que a prorrogação implicaria solução muito mais favorável ao usuário do que licitar e realizar uma nova con-tratação, em outras bases eco-nômico-financeiras.

Não basta que a prorro-gação produza uma redução no valor das tarifas. É preciso prova cabal de que a prorroga-ção produzirá um conjunto de resultados melhores do que uma nova concessão. Afinal, uma nova concessão pode produzir tarifas ainda menores do que as resultantes de uma prorroga-ção com redução de pedágio. A prorrogação pode ser uma alter-nativa para melhorar a relação econômico-financeira das con-cessões, mas não é a única – e não necessariamente é a mais eficiente. O povo do Estado tem o direito de ter a certeza de que todas as opções técnicas e jurí-dicas foram avaliadas e ponde-radas antes de uma decisão pela prorrogação de uma concessão em vigor.

Déficit de atençãoCristovam BuarqueProfessor emérito da UnB e

senador (PDT-DF)A pedagogia brasileira con-

sidera como doença o déficit de atenção dos alunos, sem perceber o déficit de atenção dos governantes com a escola e seus alunos.

Impossível uma criança não sofrer déficit de atenção em aula para turmas diferentes na mesma sala, dividida por meia parede, às vezes por um sim-ples móvel entre duas ou mais turmas; ou em uma sala de aula deficiente, com bancos des-confortáveis onde os alunos se sentam. Os baixos salários dos professores e suas constantes greves são déficit de atenção dos governos com a educação e provocam obviamente déficits de atenção das crianças nos seus estudos. Difícil não haver déficit de atenção do aluno

quando o professor usa quadro-negro no lugar de lousas inte-ligentes e outros equipamentos de tecnologia da informação para crianças da era da infor-mática e dos celulares, nasci-das no século 21.

Injustificável jogar sobre as crianças a razão do déficit de atenção que elas têm. Apesar disso, tratamos o problema do déficit de atenção das crianças como um problema biológico, de hormônios; psiquiátrico, de desajustes; ou mesmo neuroló-gico, de disfunções. O déficit de atenção é do Brasil com elas, ao não lhe oferecer as condi-ções ideais em boas salas de aulas, climatizadas, bem equi-padas, com professores muito bem remunerados, preparados e motivados.

A escola é um exemplo, mas não é apenas em relação a ela que o Brasil padece de déficit

de atenção.O país tem déficit de aten-

ção com suas florestas, seus rios, suas cidades, seus pobres. As doenças endêmi-cas que molestam milhões de brasileiros por ano, o descuido com os sistemas preventivos e o abandono dos hospitais são o resultado do déficit de atenção com a saúde pública. As mortes no trânsito ou por violência também seriam evitadas se o Brasil não tivesse déficit de atenção; a cada ano, acidentes com deslizamentos de encostas seriam evitados com um pouco de atenção. Há déficit de aten-ção quando fazemos projetos de infraestrutura sem reservar os recursos necessários, nem cuidamos da qualidade da obra, e especialmente quando não impedimos corrupção de sobre-preços e propinas.

O próprio déficit fiscal, além

de crime de responsabilidade, é também um déficit de atenção dos governos com o valor da moeda.

Nossa preferência pelo con-sumo no presente, sem preo-cupação com poupança para o futuro; a opção pelo ensino superior, deixando de lado a educação de base; o desprezo à ciência, à tecnologia e à ino-vação são decisões tomadas com déficit de atenção ao país. As políticas dos governos bra-sileiros e o comportamento de nossa população se caracteri-zam por déficits de atenção.

O Brasil padece de défi-cit de atenção, e a culpa não é das crianças. Como cada criança não aprende por déficit de atenção no estudo e com-promete seu futuro pessoal, o Brasil compromete nosso futuro nacional por déficit de atenção com seus problemas.

Page 3: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

3Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333POLÍTICA

ESCuDO E fORTALEzA é DEuS!

APOIOA presidenta Dilma Rousseff recebeu ontem (22) representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que manifestaram apoio à proposta do governo de recriar a Contribuição Provisória sobre Movi-mentação Financeira (CPMF), desde que a alíquota seja de 0,38% e partilhada entre União, estados e municípios. A proposta do governo, enviada ao Congresso Nacional em setembro, prevê a volta do tributo com alíquota de 0,20%, com destinação dos recursos para cobrir o défi-cit da Previdência Social. Governadores e prefeitos condicionam apoio à proposição desde que mantida a alíquota de 0,38%, com 0,20% para União e o restante da arrecadação dividido entre estados e municípios.

NEgOu SEgREDOO ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou ontem (22) pedido feito pelos advogados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que o inquérito contra ele tramitasse em segredo de Justiça em função da "indevida exposição" de investiga-dos e de documentos. Na decisão, Zavascki explicou que a publicidade dos atos processuais é um pressuposto constitucional e que a situação de Cunha não se enquadra nas exceções previstas por lei, entre elas, a defesa da intimidade ou o interesse social.

“fORA CuNhA”O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi alvo de protesto hoje (21) no Salão Verde. Aos gritos de “fora, Cunha” e “Vá para a Suíça”, os manifestantes, com máscaras de papel com a foto do parlamentar, pediram sua saída da presidência da Casa. O protesto ocorreu pouco antes de Eduardo Cunha ser homenageado pelo PMDB, que o incluiu na galeria de ex-líderes, com a participação de parlamenta-res do Psol, PT e PR.

EVITANDO fRALDES Para evitar fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a Polícia Federal (PF) fez, este ano, um cruzamento de dados tanto dos candidatos quanto dos fiscais que vão acompanhar a aplicação das provas. Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, nos dias do exame – 24 e 25 de outubro –, equipes de inteligência vão trabalhar em conjunto. “Fizemos o cruzamento de dados em várias bases construídas e foi possível indicar alguns pontos críticos e de risco, que a Polícia Fede-ral já está tratando com ações preventivas e, se necessário, repressivas”, disse ele, sem especificar quais são esses pontos críticos.

ESquECEu O DINhEIRO?Bandidos fortemente armados explodiram uma agência bancária de Rondon, no Noroeste do Paraná, durante a madrugada de ontem (22). De acordo com informações da Polícia Militar (PM), o bando invadiu o esta-belecimento, juntou o dinheiro retirado dos caixas eletrônicos danificados, mas deixou a bolsa com as cédulas para trás. A ação criminosa teve início às 3h45 e durou poucos minutos.

NEgOCIAçõESRepresentantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representam os banqueiros, volta-ram à mesa de negociações ontem (22), às 14h, depois de fracassada na quarta-feira (21) mais uma tentativa de acordo. Os bancários estão em greve há 17 dias. Os bancos elevaram o percentual de reajuste de 7,5% para 8,75%. A categoria rejeitou porque o percentual está abaixo do pleiteado (16%) e da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que é 9,88%, representando perda de 1,03%.

TRIBuNAL TEM DOIS PARECERES fAVORáVEIS àS CONTAS DO PARANá

O secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, explicou nesta quarta-feira (21) que a diretoria jurídica e a diretoria de contas do Tribu-nal de Contas do Paraná deram parecer favorável às contas do Estado referentes a 2014.Em coletiva de imprensa no fim da tarde, ele questio-nou o parecer prévio do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (MPjTC) que contestou pontos da prestação de contas do Estado. “Há duas opiniões favoráveis e uma desfavorável. Trata-se uma opinião da qual discordamos”, disse. Exportação de soja triplica e chega a 460 mil toneladas em um mêsA exportação de soja pelo Porto de Paranaguá triplicou em setembro. Foram 460 mil toneladas escoadas pelo porto paranaense no mês pas-sado, volume três vezes superior ao registrado em setembro do ano passado, quando foram exportadas 136 mil toneladas. Os produtores agrícolas do interior do estado aproveitaram o pico do dólar para vender o restante da safra de verão, provocando o aumento do volume movimen-tado no porto.

ENCONTRO INTERNACIONAL DISCuTE SOLuçõES PARA AS REgIõES METROPOLITANAS

Seminário Internacional de Governança Metropolitana COMEC A gover-nadora em exercício Cida Borghetti e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, participaram nesta quinta-feira (22) do Seminário Internacional sobre Governança Metropolitana, que reúne, em Curitiba, gestores públi-cos que atuam nas regiões metropolitanas de todo o Brasil.O seminário vai até a sexta-feira (23) e é promovido pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano, por meio da Coordenadoria da Região Metropolitana de Curi-tiba (Comec), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os gestores debatem as experiências nacionais e internacionais na gestão metropolitana, financiamentos e instrumentos de desenvolvimento regional integrado e o Estatuto da Metrópole, sancionado em janeiro deste ano.

Exportação de soja triplica e chega a 460 mil toneladas em um mês

APPA A exPortAção de sojA Pelo Porto de PArAnAguá triPlicou em setembro. ForAm 460 mil tonelAdAs escoAdAs Pelo Porto PArAnAense no mês PAssAdo, volume três vezes suPerior Ao

registrAdo em setembro do Ano PAssAdo, quAndo ForAm exPortAdAs 136 mil tonelAdAsParanáAEN Notícias

Os produtores agrícolas do interior do estado aproveitaram o pico do dólar para vender o restante da safra de verão, pro-vocando o aumento do volume movimentado no porto.

O farelo de soja também fechou o mês em alta, com cres-cimento de 53% em relação a setembro de 2014. Neste ano, foram 351 mil toneladas movi-mentadas do produto ao longo do mês, contra 229 mil toneladas no mesmo período do ano pas-sado.

Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o resultado é fruto de uma série de investimentos que estão sendo realizados para dar vazão à produção do estado. “O cais do porto foi recentemente reformado e já trocamos três shi-ploaders para o escoamento dos grãos. São obras que dão mais agilidade e aumentam a produti-vidade do porto. A consequência disso é uma movimentação cada vez maior”, afirma o secretário.

GERAL TAMBÉM AUMENTA - As exportações totais pelo Porto de Paranaguá cresceram 26,9% na comparação entre os dois períodos. Em setembro do ano passado foram escoadas 1,88 milhão de toneladas, enquanto

no mês passado os embarques chegaram a 2,40 milhões de toneladas.

Com isso, a movimentação total de cargas em Paranaguá em setembro de 2015 aumentou 7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 3,38 mil toneladas importadas ou exporta-das pelo porto ao longo do mês: um crescimento de mais de 210 mil toneladas em comparação com setembro de 2014.

De acordo com o diretor-pre-sidente da Administração dos

Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, o resultado positivo foi alcançado, apesar do excesso de chuvas no período. “Foram onze dias de chuva em setembro e, mesmo assim, conseguimos triplicar a exportação de soja, por exem-plo”, explica.

O aumento nos embarques de soja não atrapalhou a expor-tação do milho, que manteve o mesmo patamar do ano passado e teve movimentação de 498 mil toneladas. “Conseguimos aten-

der a demanda crescente dos produtores destas duas culturas, que querem escoar sua produção aproveitando a cotação do dólar”, complementa Dividino.

Na separação por tipo de pro-duto, a movimentação de granéis sólidos em setembro deste ano foi 20% superior ao mesmo mês do ano passado, com fluxo de 2,4 milhões de toneladas. Os granéis líquidos complementaram o resultado positivo, com alta de 18,5% e 355 mil toneladas movi-mentadas ao longo do mês.

A exportação de soja pelo Porto de Paranaguá triplicou em setembro. Foram 460 mil toneladas escoadas pelo porto paranaense no mês passado, mais de três vezes superior ao registrado em setembro do ano passado, quando foram exportadas 136 mil toneladas

DIvuLgAÇÃO

Richa se reúne com deputados e faz balanço de missão internacional

o governAdor beto richA retornou nestA sextA-FeirA (23) dA missão internAcionAl à chinA, rússiA e FrAnçA e retomou As AtividAdes no PAlácio iguAçu, em curitibA

ParanáAEN Notícias

Richa teve uma audiência com o presidente da Assembleia Legis-lativa do Paraná, deputado Ademar Traiano, e o primeiro secretário da Casa, deputado Plauto Miró, e fez um balanço das ações nos três países. “Foi uma missão bastante produtiva, de contatos com empre-endedores e potenciais parcei-ros em áreas estratégicas para o Estado, como a de energia”, afir-mou o governador.

Ele ressaltou a importância, para o Estado, de atrair novos investimentos estrangeiros para enfrentar a crise econômica nacional. A comitiva internacional liderada pelo governador teve reu-niões técnicas com dirigentes de diversas multinacionais e reforçou, nas exposições, os diferenciais do Estado para os investidores priva-dos. “Mostramos o Paraná como um estado que oferece excelen-tes condições estruturais para os investidores. O Paraná também possui uma localização estratégica com relação a outros países da América do Sul e a grandes cen-tros consumidores brasileiros, o que favorece a questão logística das empresas aqui instaladas”, disse o governador.

Richa explicou que o Estado está aberto para a possibilidade de estabelecer parcerias com o setor privado. “O poder público neces-sita de apoio para investir em setores importantes e em obras que melhorem ainda mais nossa infraestrutura. A iniciativa privada tem condições de atuar em con-junto com o Estado para promover o desenvolvimento econômico e social”, explicou o governador.

ENERGIA - Ele mencionou as reuniões com diretores de empre-sas do setor energético, para estreitar o relacionamento com a Companhia Paranaense de Ener-gia (Copel). Na China, a comitiva esteve na sede da State Grid, a

maior empresa de transmissão energética do mundo, que mantém três investimentos no Brasil em parceria com a Copel, no valor de R$ 3,6 bilhões. No encontro foi discutida a possibilidade de novos investimentos conjuntos na área de geração de energia, como a construção de usinas hidrelétricas e termoelétricas.

Na Rússia, Richa e o presi-dente da Copel, Luiz Fernando Vianna, reuniram-se com a direto-ria da Gazprom, a maior produtora e uma das principais exportadoras de gás natural do mundo. Eles buscam parceria para a constru-ção de usinas térmicas a gás no Paraná. Também foi feita consulta sobre a viabilidade de a empresa fornecer gás natural liquefeito (GNL) ao Estado.

O Governo do Estado e a Copel elaboraram um plano estratégico de GNL, que prevê a expansão da Copel na área de termoeletrici-dade e o potencial de crescimento do mercado da Companhia de Gás do Paraná (Compagas), que tem a Copel como principal subsidiária.

Outro exemplo de investimento do setor privado no Paraná são os recursos que a empresa de ferti-lizantes russa Uralkali aplica no porto de Antonina. A companhia está destinando R$ 160 milhões para a ampliar a capacidade de descarregamento de fertilizan-tes no porto. Em visita à sede da empresa, em Moscou, Richa res-saltou que a presença da Uralkali é de grande importância para o Estado e afirmou que há capaci-dade para ainda mais investimen-tos.

AMBIENTE FAVORÁVEL – Richa ressaltou, tanto nas reuni-ões com investidores quanto em palestra ministrada a empresá-rios chineses, o bom ambiente de negócios que o Governo do Estado construiu no Paraná. “Ins-titucionalizamos a criação de um ambiente favorável aos negócios, caracterizado pela segurança jurí-

dica e pela estabilidade política”, disse Richa. A palestra aconteceu no dia 16 de outubro, na sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).

O governador mostrou o pro-grama Paraná Competitivo, criado pelo governo estadual em 2011 para atrair novas empresas ao Paraná. Neste período, o Estado recebeu mais de R$ 35 bilhões em investimentos estatais e de empre-sas nacionais e estrangeiras, que se instalaram ou ampliaram suas plantas industriais.

Na missão internacional, a comitiva esteve nas sedes da montadora Foton, da fabricante de equipamentos tecnológicos para o setor energético Nari e da indústria de aeronaves russa Irkut Corpora-tion. A Inkurt já anunciou que irá implantar em Maringá, na região Noroeste, unidades de fabricação de peças e partes da aeronave MC-21, novo modelo desenvolvido pela empresa, além de centros de operação e treinamento para aten-der o Brasil e a América Latina.

ACORDOS – Um dos objetivos da missão internacional liderada por Richa foi fortalecer as rela-ções internacionais do Paraná. Na China, o presidente da Agên-cia Paraná de Desenvolvimento (APD), Adalberto Netto, assinou um acordo com o vice-diretor-geral da montadora Jac Motors, David Zhang, para conduzir estudos de viabilidade para implantação de novos projetos da montadora no

Paraná. Pelo acordo, a APD dará o

suporte para facilitar os negócios da Jac Motors no Estado, levando em conta o objetivo de reforçar o intercâmbio tecnológico, comer-cial e industrial entre a China e o Brasil.

O Estado também firmou um memorando de cooperação com a província de Anhui, localizada na região Leste da China. O acordo envolve áreas como educação, inovação, transporte urbano, ener-gia e agricultura. Além disso, a cooperação entre os dois governos deve, também, acelerar a implan-tação de várias frentes de traba-lho e promover encontros com as empresas de Anhui que contam com projetos imediatos para o Brasil.

TRANSPORTE PÚBLICO – A missão internacional também buscou soluções para áreas de interesse dos municípios parana-enses, como o transporte metro-politano. Na França, o governador Beto Richa esteve na sede da NTL, empresa que desenha, fabrica e comercializa Veículos Leves sobre Pneus (VLP), além de operar uma linha de transporte público na capi-tal francesa.

Richa conheceu os veículos e andou por toda a linha T6, operada pela NTL desde o ano passado. A linha tem 14 quilômetros, incluindo passagens subterrâneas, e conta com 21 estações. Entre 82 mil e 120 mil passageiros utilizam, por dia, o transporte da NTL em Paris.

ArNALDO ALvEs / ANPr

Page 4: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

4 Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333 gErAL

Arrecadação federal registra pior resultado em cinco anos

no mês PAssAdo, ArrecAdAção FederAl cAiu 4,12%, PArA r$ 95,23 bilhões. de jAneiro A setembro, somou r$ 901 bilhões, com quedA reAl de 3,72%BrasilAlexandro Martello

A arrecadação federal continua capengando neste ano, em meio ao cenário de recessão na econo-mia brasileira, apesar do aumento de vários tributos autorizado desde o início de 2015. Segundo infor-mou a Receita Federal nesta sex-ta-feira (23), a arrecadação teve, em setembro, o pior desempenho em cinco anos.

No acumulado dos nove pri-meiros meses deste ano, a arre-cadação somou R$ 901,05 bilhões – com queda real de 3,72% frente ao mesmo período do ano pas-sado. Este foi o pior resultado para este período desde 2010, informou a Receita Federal.

Apenas no mês passado, de acordo com dados oficiais, o governo arrecadou, em impostos e contribuições federais, além das "demais receitas", R$ 95,23 bilhões – uma queda real de 4,12% sobre o mesmo mês de 2014. É também o pior valor para meses de setembro desde 2010, quando chegou a R$ 90,98 bilhões.

"A arrecadação está sofrendo forte impacto da desaceleração da atividade econômica, que não está nos níveis esperados. Você tem um potencial para desenvolver certa atividade e diversas incertezas estão contribuindo para um cená-rio de redução da atividade. E tem a questão das desonerações que foram concedidas e que não foram revertidas até o momento", avaliou o chefe do Centro de Estudos Tri-butários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.

Segundo ele, a recuperação da

arrecadação virá com a reversão da perspectiva para a atividade econômica, quando houver um equilíbrio maior nas contas públi-cas. "As expectativas dos agentes é muito importante. Se caminha para resgatar o equilíbrio fiscal, gera condições para melhorar a atividade e a arrecadação", avaliou Malaquias.

Os números do Fisco mostram que o recuo da arrecadação, em 2015, aconteceu apesar de recei-tas extras, neste ano, de R$ 13,1 bilhões (R$ 4,6 bilhões de transfe-rência de ativos entre empresas, R$ 1 bilhão de remessas para resi-dentes no exterior e R$ 7,5 bilhões pela recuperação de débitos em atraso).

O governo também informou que a arrecadação também se ressente, em 2015, das desonera-ções de tributos feitas nos últimos anos – parcialmente revertidas, em alguns casos. De acordo com informações da Receita Federal, as reduções de tributos realizadas nos últimos anos tiveram impacto de queda na arrecadação de R$ 79,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2015, contra R$ 72,15 bilhões no mesmo período do ano passado.

O governo, entretanto, come-çou a aumentar impostos em 2015 como parte do ajuste fiscal para tentar reequilibrar as contas públicas. Neste ano, o governo já subiu tributos sobre emprésti-mos, carros, cosméticos, cerveja, vinhos, destilados, refrigerantes, bancos, receitas financeiras das empresas, taxas de fiscalização de serviços públicos, gasolina, importações, e exportações de

manufaturados, entre outros. A maior parte destes aumentos já está valendo.

Arrecadação por tributosA Receita Federal informou

que o Imposto de Renda arreca-dou R$ 246 bilhões de janeiro a setembro deste ano, com queda real de 2,40% sobre o mesmo período do ano passado (R$ 252 bilhões). Os números foram cor-rigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial.

No caso do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a arreca-dação somou R$ 91,43 bilhões de janeiro a setembro, com queda real de 12,29% sobre o mesmo período ano anterior.

Sobre o IR das pessoas físi-cas, o valor arrecadado totalizou R$ 23,58 bilhões na parcial de 2015, com recuo real de 5,49%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) arrecadou R$ 131,02 bilhões nos primeiros nove meses do ano, com alta real de 6,62% sobre igual período de 2014.

Com relação ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), os números do Fisco mostram que o valor arrecadado somou R$ 37,91 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, com queda real de 7,11% sobre o mesmo período do ano passado.

No caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), houve uma alta real de 9%, para R$ 26,32 bilhões, de janeiro a setembro deste ano. Neste caso, a arrecadação foi influenciada pela alta do tributo, que já foi recomposto no início deste ano.

A Contribuição para Finan-ciamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, arrecadou R$ 154 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, com queda real de 2,89%, enquanto a Contribui-ção Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou arrecadação de R$ 48,9 bilhões no acumulado de 2015, com recuo real de 12,66%.

Meta fiscalO fraco comportamento da

arrecadação neste ano, apesar do aumento de tributos autori-zado pelo governo no começo de 2015, não facilita o cumprimento da meta de superávit primário (a economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda) em 2015 e o governo deve anunciar, nos próxi-mos dias, uma nova revisão para baixo da meta fiscal.

Inicialmente, a meta foi fixada pela equipe econômica em R$ 66,3 bilhões para todo o setor público (governo, estados, muni-cípios e empresas estatais) em 2015. No mês passado, porém, o governo anunciou que a meta foi reduzida para 0,15% do PIB, ou R$ 8,74 bilhões.

Nesta quinta-feira, o minis-tro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, informou que o déficit pode ficar em cerca de R$ 50 bilhões neste ano. Isso sem incluir o pagamento das chamadas "pedaladas fiscais" - que consisti-ram no atraso de pagamentos da União para bancos públicos por conta de benefícios sociais. Se as pedaladas forem incluídas, o valor do resultado negativo das contas públicas de 2015 tende a superar R$ 70 bilhões.

Além de aumentar tributos, para tentar cumprir a meta fiscal, o governo também atuou na limitação de benefícios sociais, como o seguro-desemprego, o auxílio-doença, o abono salarial e a pensão por morte, medidas já aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pela pre-sidente da República. Além disso, também elevou tributos sobre a folha de pagamentos - revertendo parcialmente a desoneração auto-

rizada nos últimos anos.O governo também está atu-

ando do lado da contenção de gastos, principalmente de inves-timentos. Em maio, foi anunciado um bloqueio de R$ 69,9 bilhões em recursos do orçamento de 2015 e, em julho, a equipe econô-mica informou que foi autorizado um bloqueio adicional de R$ 8,6 bilhões nos gastos dos ministé-rios. Para 2016, defende ainda a retomada da CPMF.

PGR cobrará R$ 170 mil de Pizzolato por despesa com extradição, diz Janotex-diretor do bb Foi extrAditAdo dA itáliA e chegou Ao brAsil nestA sextA. ele Foi condenAdo no Processo do mensAlão e Fugiu PArA não cumPrir PenA

Brasil Renan Ramalho

Janot deu entrevista coletiva ao lado do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e do subsecre-tário do Itamaraty Carlos Alberto Simas (Foto: Renan Ramalho/G1)

O procurador-geral da Repú-blica, Rodrigo Janot, informou em entrevista nesta sexta-feira (23) que o Ministério Público Federal vai cobrar R$ 170 mil do ex-dire-tor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julga-mento do mensalão, pelos gastos

do órgão com a extradição dele da Itália para o Brasil.

O ex-diretor do BB chegou ao Brasil nesta sexta, trazido por uma equipe da Polícia Federal, e foi levado para o presídio da Papuda, em Brasília, onde ficará preso.

Segundo Janot, as despesas se referem a viagens, tradução de documentos, e três vídeos realiza-dos na penitenciária da Papuda, em Brasília, e em dois presídios de Santa Catarina para demons-trar às autoridades italianas que Pizzolato, como cidadão italiano,

teria tratamento digno nas prisões brasileiras.

Outra iniciativa do MPF, segundo Janot, será a repatriação de 113 mil euros (cerca de R$ 496 mil) apreendidos com Pizzolato na Itália. Esses recursos estão na Itália e o envio ao Brasil já foi autorizado pela Justiça italiana dentro do próprio processo de extradição.

Durante a entrevista à imprensa, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou que o governo também tentará na Justiça obrigar Pizzolato a pagar

100 mil euros (R$ 439 mil), como ressarcimento pelos gastos do órgão para pagar honorários de advogados que representaram o Brasil junto à Justiça italiana no processo de extradição.

A AGU ainda estima em pelo menos R$ 50 mil gastos extras com viagens de agentes da Polí-cia Federal e advogados da União para adicionar à conta a ser paga pelo ex-diretor do Banco do Brasil.

Novas denúnciasAlém disso, o Ministério

Público Federal quer apresentar denúncia contra Pizzolato junto à Justiça brasileira pelos crimes de lavagem de dinheiro, no Rio de Janeiro, e uso de documento falso em Santa Catarina.

Tratam-se de dois delitos supostamente cometidos pelo ex-diretor do BB antes de fugir do Brasil, em setembro de 2013. A ação em Santa Catarina já foi aberta, mas estava paralisada em função do processo de extra-dição. Já a ação por lavagem no Rio encontra-se em segredo de Justiça.

Janot esclareceu, no entanto, que para acusar formalmente o ex-diretor do BB no Brasil, terá

antes de pedir autorização da Itália, já que o país aceitou extra-ditá-lo, como cidadão italiano, somente para cumprir a pena refe-rente ao mensalão.

PenaPelos cálculos da PGR, Pizzo-

lato poderá requerer a progressão para o regime semiaberto (pelo qual pode passar o dia traba-lhando fora da prisão) em 24 de junho de 2016. Do total da pena de 12 anos e sete meses pelo mensalão, Pizzolato terá descon-tados os 18 meses em que ficou preso na Itália aguardando a extradição.

A progressão pode ser adiada caso Pizzolato não apresente bom comportamento na prisão. Outra possibilidade de ele ter que con-tinuar no regime fechado é se for condenado pelos outros crimes a que poderá responder no Brasil.

'Dia importante'Para Janot, esta sexta-feira,

dia em que "é um dia importante para a Justiça brasileira", ao comentar a chegada do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato ao país.

Pizzolato foi condenado no processo do mensalão do PT em

2012 a 12 anos e sete meses de cadeia. Em 2013, o ex-diretor, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália para não ser preso no Brasil.

“Hoje é um dia importante para a Justiça brasileira e para o MP brasileiro. Conseguimos ulti-mar o processo após uma longa discussão jurídica. Conseguimos vencer os obstáculos para trazer esse brasileiro condenado pelo Supremo Tribunal Federal”, afir-mou o procurador-geral.

Adams e Janot ressaltaram que se trata da primeira extradi-ção de um cidadão italiano feita pela Itália em favor do Brasil.

“Fica muito claro para pessoas que cometem ilícitos que as deci-sões judiciais valem também além das fronteiras dos respectivos limites nacionais. A Justiça brasi-leira está apta a alcançar valores e bens fora de seu limite territo-rial”, afirmou Janot (PGR).

“Há uma clara resultante que é a punição. Mostra que o Brasil com suas instituições avança for-temente na modernização e na efetiva realização da aplicação de suas leis a todos os brasileiros”, completou depois Adams (AGU).

rENAN rAmALhO/g1

Page 5: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

5Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333rEgIONAL

SOjA é DESTAquEA exportação de soja pelo Porto de Paranaguá triplicou em setembro. Foram 460 mil toneladas escoadas pelo porto parana-ense no mês passado, volume três vezes superior ao registrado em setembro de 2014, quando foram exportadas 136 mil tonela-das. Os produtores agrícolas do interior do Estado aproveitaram o pico do dólar para vender o restante da safra de verão, provo-cando o aumento do volume movimentado no porto.

PECuáRIA EM fOCOA carne bovina é um dos principais produtos de exportações do mercado paranaense. Por isso, será desenvolvido no Estado, o Programa de Modernização da Pecuária de Corte. Trata-se de um conjunto de medidas para fortalecer o setor, ampliar as exportações e tornar o Paraná referência na produção de carne de qualidade. As medidas serão desenvolvidas nos próximos dez anos e também visam fortalecer a produção de bezerros.

RECuRSOS PARA hOSPITAISO programa HospSUS, que oferece apoio à qualificação dos hos-pitais públicos e filantrópicos do Paraná vai receber um aporte extra de R$ 25,6 milhões. Os recursos irão permitir um grande reajuste no valor repassado para o custeio dos hospitais. O aumento será de, em média, 35% no valor do incentivo referente ao atendimento de urgência e emergência.

CORRIDA DE RuAAcontece em Tibagi, na região dos Campos Gerais do Paraná, a 1ª Corrida do Diamante, no dia 6 de dezembro. O nome da competição é uma referência ao garimpo de diamante que era praticado no início do século 20 no Rio Tibagi. A corrida terá dois percursos: o mais curto de cinco quilômetros e outro de 10 quilômetros. Os corredores vão passar por atrativos naturais do município.

MELhORIAS NO ABASTECIMENTOForam investidos R$ 845 mil nas obras que ampliam os sistemas de abastecimento de água de Cianorte, no noroeste. O projeto colocou em operação três novos poços, que juntos, vão fornecer mais 58 metros cúbicos por hora ao sistema da cidade. As melho-rias vão atender os moradores das regiões do Cianortinho e do Rio Bolivar, com o objetivo de eliminar os problemas de baixa pressão de água na rede de distribuição.

MÚSICA NA CIDADEFestival de Música, entre 7 e 12 novembro, é uma das atrações de Rolândia, no norte do Paraná. O tema deste ano é ‘Educa-ção pela Música’ e traz mais de 10 concertos para alunos da rede pública, além de visitantes. A programação será realizada no Centro Cultural Nanuk e contará ainda com apresentação da Orquestra Sinfônica na Igreja Matriz da cidade.

ESTRuTuRA PARA SAÚDEHospital Colônia Adauto Botelho, localizado em Pinhais, Região de Curitiba, conta agora com uma nova ala feminina de aten-dimento a transtornos mentais. Ao todo, são 28 leitos instala-dos, com novos equipamentos e adaptado às necessidades dos pacientes. A unidade Flor de Maio conta com quatro enfermarias, refeitório, consultório de atendimento ao paciente e ao fami-liar, sala para reuniões e terapia em grupo, quadra de voleibol, espaço para jardinagem, lavanderia e rouparia.

CAMPO E CIDADESerá realizada em Campina da Lagoa, no centro do Paraná, a Caminhada na Natureza – Circuito Rainha das Águas no dia 15 de novembro. O evento proporcionar um passeio de 10 quilô-metros por meio de um belíssimo percurso turístico para a con-templação do ambiente rural e natural. Haverá ainda a visita a propriedades rurais que comercializam deliciosos produtos de fabricação própria, como doces, tortas e compotas de frutas.

Beneficiários de Ribeirão Claro recebem palestras sobre mudanças no Bolsa Família

A secretAriA de AssistênciA sociAl dA PreFeiturA de ribeirão clAro e o centro de reFerênciA de AssistênciA sociAl (crAs) PromoverAm nA últimA terçA-FeirA (20) umA PAlestrA PArA os beneFiciários do ProgrAmA bolsA FAmíliA que residem do municíPio

De Ribeirão ClaroAssessoria

O encontro aconteceu na Sede Mariana por volta das 15h e reuniu mais de 100 pessoas no aniver-sário de 12 anos do programa federal. Representantes do Minis-tério do Desenvolvimento Social (MDS), Secretaria de Educação e Cultura, Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Saúde.

De acordo com a secretária de Assistência Social, Regina Marga-reth Nogueira Fernandes, o minis-tério passou a exigir uma série de contrapartidas dos beneficiários e intensificou a fiscalização. “Os beneficiários precisam ficar aten-tos a uma série de exigências do MDS como matricular os filhos na escola, cuidar com a evasão escolar, levar as crianças para a pesagem no posto de saúde, fazer o recadastramento sempre que for convocado, entre outros”, explicou.

Segundo ela, se houver falha em qualquer um dos requisitos solicitados pelo Governo Federal

acarretará problemas para os parti-cipantes do Bolsa Família. “A partir de agora os dados serão segmen-tados e deixaram de ser respon-sabilidade única da Assistência Social e Cras”, disse. “Então, se

a família deixa de levar os filhos pequenos para a pesagem, por exemplo, a própria Secretaria de Saúde vai reportar isso ao MDS e o benefício será cortado”, alertou. “O mesmo acontece com as outras

exigências”, completou. “Pedimos às famílias que estejam atentos a esses detalhes, que não é uma exigência nossa e sim do MDS, para evitar que tenham o benefício interrompido”, concluiu.

Palestra marcou os 12 anos do Bolsa Família

AssEssOrIA

Prefeitura de Ribeirão Claro promove capacitação de educadores

A FormAção Foi comPlementAdA com Acesso Aos PortAis online do sistemA de ensino APrende brAsil e bAse nAcionAl comum curriculAr

De Ribeirão ClaroAssessoria

A prefeitura de Ribeirão Claro, através da Secretaria de Educação, promoveu nos últimos dias capacitações para educado-res da Rede Pública Municipal.

Mesmo no último trimestre do ano letivo de 2015, o executivo municipal continua investindo para valorizar os profissionais responsáveis pela formação de crianças e adolescentes. O investimento em Educação e a formação e valorização dos pro-fessores é uma das marcas da atual administração, capitaneada pelo prefeito Geraldo Maurício Araújo (PV).

A ideia é continuar a melhoria na aprendizagem para a forma-ção de cidadãos de bem, com-prometidos com valores morais e com a justiça, além de garantir

oportunidades iguais através dos projetos de incentivo à leitura, empreendedorismo, cidadania e cooperativismo.

As capacitações ofertadas aos professores nessas últimas semanas iniciaram com o curso de informática educativa do Sis-tema de Ensino Aprende Brasil, com foco na utilização do portal Aprende Ribeirão Claro, que dá acesso a todos os professores e alunos. Trata-se de uma interface educacional online criada pelo Sistema Positivo que oferece um ambiente seguro de pesquisas, aprendizagem e diversão.

A Educação Especial par-ticipou do encontro entre as professoras da área que atuam no município com as equipes gestoras das escolas, a equipe psicoeducacional e a chefe do Departamento de Educação, Tatiana Paschoal Chagas.

As professoras alfabetiza-doras continuam a participar dos encontros do Pacto Nacio-nal pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o que favorece além dos novos aprendizados teóricos por meio dos cadernos de estudos e vídeos, uma troca de experiências entre as próprias professoras, que mantém um contato bem próximo e promo-vem a continuidade do processo de ensino e aprendizagem no ciclo de alfabetização.

A cada bimestre, grupos de estudos formados pelas pro-fessoras regentes de cada ano escolar, com suas supervisoras e a chefe do Departamento de Edu-cação se reúnem para discutir o conteúdo curricular para o bimes-tre, com liberdade para questio-nar, opinar e propor mudanças e melhorias. Durante um desses encontros foi apresentada a

nova proposta da Base Nacional Comum Curricular que está em fase de construção. As profes-soras já receberam informações sobre o assunto, acessaram o portal da Base e formando suas opiniões sobre a nova proposta.

Para a chefe do Departa-mento de Educação, Tatiana Paschoal Chagas, esse momento com as professoras de Educação Especial é muito importante, pois são profes-soras que trabalham com o intuito de garantir que a inclu-são aconteça de forma efetiva. “Elas têm o importante papel de atender nossos alunos em suas dificuldades e complementar ou suplementar a formação desse aluno por meio da utilização de diferentes recursos e estra-tégias que eliminem as barrei-ras para o desenvolvimento da aprendizagem e da participação desse aluno na sociedade”, explicou.

Segundo a secretária de Educação, Cleuza Molini Orme-neze, a atuação da equipe psi-coeducacional do município é um dos diferenciais da gestão e da educação municipal, com duas psicólogas, uma fonoau-dióloga e uma psicopedagoga que atua diretamente nas esco-las, os professores e alunos são atendidos com muita atenção. “E isso colabora e muito no trabalho da educação especial e inclusiva”, frisou. “Acreditar e investir na formação do pro-fessor tem feito à diferença em Ribeirão Claro”, concluiu.

Educadoras se reúnem para uma das capacitações promovidas pela secretaria

Page 6: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

6 Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333 gErAL / EDITAIs

PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DA BOA VISTA ESTADO DO PARANÁ

PORTARIA Nº 171/2015PEDRO SERGIO KRONEIS, Prefeito Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais

e regulamentares, nos termos da Lei Orgânica do Município, pela presente;

Considerando o requerimento de licença protocolado nesta Prefeitura pela servidora ELIS CRISTINA DE LIMA matrícula 289-2,

ocupante do Cargo Efetivo de Professora, acompanhado de Atestado Médico e Parecer da Assistencia Social;

RESOLVE

Artigo 1º- PRORROGAR para a Servidora Municipal ELIS CRISTINA DE LIMA, ocupante do Cargo de Professor, Matrícula 289-2,

Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família, concedida pela Portaria Municipal 137/2015 de 24/08/2015 em razão de

ser indispensável sua assistência pessoal não podendo ser prestada simultaneamente com o exercício do seu cargo, ao seu Filho

Maycon Henrick de Lima Pereira, Cert. Nasc. nº 4.763, de acordo com Artigos 95, 96 e 97 da Lei Municipal 571/2003– Estatuto

dos Servidores do Município de São José da Boa Vista.

Artigo 2º- A prorrogação da licença de que trata esta Portaria será de 30 dias, a contar da data de 24/10/2015 até 23/11/2015

podendo ainda ser prorrogada nos termos da Lei Municipal 571/2003, Seção VII, Artigos 95, 96 e 97 mediante apresentação de

novo parecer médico e do setor de Assistência Social.

Artigo 3º- Esta Portaria entrará em vigor a partir desta, revogadas as disposições em contrário.

Comunique-se, publique-se, cumpra-se.

Edifício da Prefeitura Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, em 23 de Outubro de 2015; 55º ano da Emancipa-

ção Política do Município.

PEDRO SERgIO KRONéISPREfEITO MuNICIPAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DA BOA VISTA - PR Rua Reinaldo Martins Gonçalves, 85 - fone (043) 565-1252

e-mail: [email protected] CEP - 84980-000 - São José da Boa Vista - Paraná

CNPJ. 76.920.818/0001-94

DECRETO Nº 117/2015

O Senhor PEDRO SERGIO KRONEIS, Prefeito Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais,

DECRETA

Artigo 1º- Ponto Facultativo no dia 28/10/2015 (quarta-feira) em razão da comemoração do dia do Funcionário Público.

Artigo 2º- Os serviços emergenciais no Departamento de Saúde deverão ser atendidos no Hospital Municipal.

Artigo 3º- Este decreto entrará em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.

Comunique-se, publique-se, cumpra-se.

Edifício da Prefeitura Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, em 23 de Outubro de 2015; 55º ano da Emancipação Política do Município

PEDRO SERGIO KRONEIS Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DA BOA VISTA - PR Rua Reinaldo Martins Gonçalves, 85 - fone (043) 565-1252

e-mail: [email protected] CEP - 84980-000 - São José da Boa Vista - Paraná

CNPJ. 76.920.818/0001-94

DECRETO Nº 117/2015

O Senhor PEDRO SERGIO KRONEIS, Prefeito Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais,

DECRETA

Artigo 1º- Ponto Facultativo no dia 28/10/2015 (quarta-feira) em razão da comemoração do dia do Funcionário Público.

Artigo 2º- Os serviços emergenciais no Departamento de Saúde deverão ser atendidos no Hospital Municipal.

Artigo 3º- Este decreto entrará em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.

Comunique-se, publique-se, cumpra-se.

Edifício da Prefeitura Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, em 23 de Outubro de 2015; 55º ano da Emancipação Política do Município

PEDRO SERGIO KRONEIS Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DA BOA VISTA - PR Rua Reinaldo Martins Gonçalves, 85 - fone (043) 565-1252

e-mail: [email protected] CEP - 84980-000 - São José da Boa Vista - Paraná

CNPJ. 76.920.818/0001-94

DECRETO Nº 117/2015

O Senhor PEDRO SERGIO KRONEIS, Prefeito Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais,

DECRETA

Artigo 1º- Ponto Facultativo no dia 28/10/2015 (quarta-feira) em razão da comemoração do dia do Funcionário Público.

Artigo 2º- Os serviços emergenciais no Departamento de Saúde deverão ser atendidos no Hospital Municipal.

Artigo 3º- Este decreto entrará em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.

Comunique-se, publique-se, cumpra-se.

Edifício da Prefeitura Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, em 23 de Outubro de 2015; 55º ano da Emancipação Política do Município

PEDRO SERGIO KRONEIS Prefeito Municipal

Em média, seis pessoas morrem atingidas por raios todo ano no Paraná

em todo o PAís, ForAm 119 mortes Por Ano entre 2000 e 2014. os dAdos ForAm APresentAdos Pelo instituto nAcionAl de PesquisAs esPAciAis nestA sextA, 23Paranágazeta do Povo

Seis pessoas morreram por ano no Paraná vítimas de raios entre 2000 e 2014. Em todo o país, foram 119 por ano no mesmo período – 1792 no total. Apesar de ainda serem alarmantes quando comparados com dados de países desenvolvidos, esses números são menores do que a média anual obtida entre 2000 a 2009 – perí-odo do primeiro levantamento de mortes por raios feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). De acordo com o INPE, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no primeiro levantamento, foram 132 casos por ano.

O resultado do atual estudo foi divulgado pelo órgão nesta sexta-feira, 23 dia em que estão previstos novos temporais para o estado. O Brasil recebe cerca de 50 milhões de descargas atmos-

féricas por ano. Para o instituto, a queda reflete a maior capacidade do país em detectar eventos como esse e também uma conscienti-zação maior da população sobre os procedimentos a se adotar em caso de raios.

Brasil é o país com maior quan-tidade de raios

São Paulo (223), Minas Gerais (169) e Rio Grande do Sul (127) são os estados com maior quan-tidade de mortes nos últimos 15 anos. O Paraná aparece na sétima colocação, com 90 mortes nesse período. O Brasil é o país com a maior quantidade de descargas elétricas no mundo. De cada 50 mortes por esse motivo no mundo, uma ocorre no Brasil.

Curitiba tem o mês de outubro mais chuvoso desde 1997

O perfil das vítimas também mudou entre os dois períodos analisados pelo INPE. Nos primei-ros dez anos de análise, 40% das vítimas tinham até 24 anos. Agora,

essa faixa etária pulou para 68%. E mais pessoas têm morrido dentro de casa – essa localização passou de 12% para 19%.

Para Osmar Pinto Junior, coor-denador do ELAT, os números mostram que mesmo dentro de casa existem riscos de ser atingido por um raio. “É necessário que as pessoas fiquem distantes de obje-tos ligados à rede elétrica ou rede telefônica durante tempestades”, alertou.

De acordo como Grupo de Ele-tricidade Atmosférica (Elat), vincu-lado ao INPE, os dados mostram que as mortes por raios são muito mais frequentes nos países da Amé-rica Latina do que em países desen-volvidos. Por aqui, ocorre 1,7 morte por milhão de habitantes, contra 0,1 em países como os Estados Unidos, que também recebe alta quantidade de descargas atmosféricas.

Outra comparação do órgão mostra que as redes elétricas e tele-fônicas norte-americanas são mais

bem protegidas do que as dos vizi-nhos da América do Sul. Lá apenas 1% dessas mortes ocorre dentro das residências.

Os dados apresentados nesta sexta fazem parte do livro Brasil: Que raio de história, lançado nesta semana durante a Semana Nacio-

nal de Ciência e Tecnologia, em Brasília. A obra deu origem ao filme Fragmentos de Paixão, em exibição nos cinemas.

DANIEL CAsTELLANO/gAzETA DO POvO

Oficina incentiva agroindústria nos colégios agrícolasParanáSEED

Os professores e funcionários dos colégios estaduais agrícolas aprendem na prática a produção de embutidos, carnes defumado, frutas e condimentos desidrata-dos. A atividade é uma das ofi-cinas realizadas no Simpósio: Eixo Tecnológico Recursos Natu-rais promovido pela Secretaria de Estado da Educação que se encerra nesta sexta-feira (23), em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná.

A oficina incentiva o desen-volvimento de atividades da agroindústria nos colégios agrí-colas. “Precisamos assegurar as condições de aprendizagem dos nossos alunos. A formação dos professores e funcionários garante que os alunos comple-mentem nos colégios a teoria que recebem dos conteúdos das disciplinas”, explicou a coordena-dora de Processos e Projetos do Departamento de Educação e Tra-balho, Laurita Menjon.

Ela ainda lembrou que os estudantes levam o conhecimento dessa formação as suas próprias famílias – o que pode contribuir para o crescimento econômico da propriedade rural. “A partir do momento que se aprende a téc-nica do processo, a conservação e a limpeza, aumenta-se a qua-

lidade de um produto colonial”, falou a coordenadora.

A Secretaria de Estado da Educação já entregou diversos equipamentos para os laborató-rios de agroindústria dos colégios agrícolas. Um investimento no valor de R$ 612 mil reais. A oficina apresenta possibilidades para uso e manutenção desses equipamen-tos.

A Secretaria de Estado da Educação já entregou diversos equipamentos para os laborató-rios de agroindústria dos colé-gios agrícolas. Um investimento no valor de R$ 612 mil reais. A oficina apresenta possibilidades para uso e manutenção desses equipamentos. “Temos equipa-mentos e precisamos utilizá-los. É preciso transformar o alimento que produzimos agregando valor. Os alunos também devem conhe-cer a importância disso. Todo o conhecimento desse curso será multiplicado”, comentou Magali Bernardes, a coordenadora do curso técnico em Agropecuária do Colégio Agrícola Estadual Manoel Ribas, em Apucarana.

Técnicos do Centro Estadual de Educação Profissional Assis Brasil, em Clevelândia, foram os responsáveis pela orientação da oficina. Os participantes apren-deram sobre o processo de fabri-cação de produtos como salame,

linguiça, copa, costelinha defu-mada, fiambre, além da desidra-tação de tomates e condimentos. A produção de geleias também foi abordada.

Maria de Lourdes Sav é funcio-nária do Colégio Agrícola Estadual Getúlio Vargas, em Palmeira, há 24 anos e participa pela primeira vez de um curso de formação com atividades práticas. “Estou adorando. É um aprendizado para nós e vamos poder auxiliar no aprendizado dos alunos. E o que os alunos produzirem ainda pode ajudar na manutenção do colé-gio”, disse.

O simpósio ainda conta com outras oficinas: uma para gestores dos colégios, outra para discutir o currículo dessas instituições de ensino, e uma terceira para apre-sentação de projetos e iniciativas que ajudaram os colégios estadu-ais agrícolas e o florestal a obte-rem bons resultados nas áreas de pesquisa, de empreendimento e de ensino.

SIMPÓSIO - O evento debate a melhoria da qualidade de ensino ofertado aos cerca de cinco mil estudantes dos colégios estadu-ais agrícolas e no colégio esta-dual florestal e reúne cerca de 200 pessoas entre professores, peda-gogos, diretores e funcionários. O simpósio consta no calendário do programa de formação continuada

dos profissionais da educação da rede estadual de ensino e é uma parceria com o programa Brasil Profissionalizado do Ministério da Educação.

Desde 2011 já foram realiza-dos sete simpósios para atender a formação de profissionais de todos os eixos que envolvem a educação profissional. Aproxima-damente 6,2 mil pessoas partici-param desses eventos. Até o final de 2018 serão promovidos ainda mais 12 outros simpósios.

PALESTRA – O encerra-mento do simpósio contou com a palestra sobre empreendedo-rismo rural. Técnicos do Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) contribuíram na formação dos profissionais da educação. A Secretaria e o Senar já possuem uma parceria para contribuir com o desenvolvimento do ensino nas escolas estaduais.

A palestra busca auxiliar na formação dos profissionais para melhoria da qualidade da educa-ção ofertada nos colégios agríco-las. “A proposta é fazer com que o aluno tenha, ao concluir o curso, condições de enfrentar os desafios existentes e os que surgirem na sua área de atuação”, ressaltou o gerente técnico do Senar, Eduardo de Oliveira. “É preciso estar prepa-

rado e constantemente se atuali-zando. A capacitação tem que ser contínua”, concluiu.

Os colégios agrícolas ajudam no aumento dos níveis de infor-mação e de conhecimento das pessoas que vivem nas áreas rurais. “O colégio agrícola cola-bora para que o filho do agricultor reconheça melhor a atividade da agricultura. O aluno vai ajudar no desenvolvimento da sua proprie-dade e compreender a importância da agricultura”, disse o gerente de planejamento do Senar, Henrique Gonçalves. “O papel dos colégios agrícolas é decisivo para o Paraná, um Estado agrícola”, lembrou.

OrLANDO DE mACEDO Jr./sEED

Page 7: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

7Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333POLICIAL

Roubo. Pedágio de Ourinhos é assaltado.

Norte Pioneirogilberto gimenes

O crime ocorreu na tarde dessa quinta feira, 22 por volta das 15h30min. Segundo testemunhas uma moto se aproximou da cabine

do pedágio, quando o garupa sacou uma arma e anunciou o assalto. A atendente saiu correndo e o assaltante entrou dentro da cabine e levou todo o dinheiro que esta ali.

A concessionária responsá-

vel pelo pedágio não informou quanto foi levado. As câmeras de vigilância registraram toda a ação, porem os acusados esta-vam encapuzados. A polícia fez busca pela região porem ninguém foi encontrado.

DIvuLgAÇÃO

Ecstasy é apreendido com passageiro de ônibus em Toledo

(PR), no oeste do estado

ToledoPor Marcia Santos

Um homem foi preso na manhã de quarta-feira, 21com 7 mil comprimidos de ecstasy num ônibus de viagem que seguia de Foz do Iguaçu (PR) para Toledo (PR), no oeste do estado. Os policiais militares do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) fizeram a abordagem ao ônibus na PR 182, no bairro Cesar Park,

em Toledo (PR).Por volta das 11h, os policiais

militares faziam uma operação de fiscalização quando abordaram um ônibus de viagem que fazia a linha Foz do Iguaçu a Toledo. Ao abordar os passageiros, as equi-pes policiais perceberam que um homem estava nervoso. Ao ser questionado pelos policiais militares, ele teria confessado que estava levando ecstasy para Curitiba e receberia R$ 1.500,00

em dinheiro pelo transporte.Ao todo, foram apreendidos

sete mil comprimidos do entor-pecente. Ao serem consultados os dados pessoais do abordado no sistema policial, a equipe da PM descobriu que ele tinha um mandado de prisão em aberto expedido pela 3ª Vara Crimi-nal de Goiânia (GO). Diante da situação, o homem foi preso e encaminhado até a delegacia de Toledo (PR).

A droga esta sendo levada para Curitiba

BPFrON

Em comemoração ao seu 15º aniversário, PROERD realiza diversas

atividades na capital do estado

Por Marcia Santos

O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), rea-lizará atividades entre os dias 25 e 29 de outubro em comemoração aos seus 15 anos de existência. Dentre as ações está o Passeio Ciclístico, a entrega de Moção de Aplausos na ALEP, o Seminário de Prevenção ao uso de drogas, a cerimônia militar e um jantar dançante.

No domingo, 25 acontecerá com saída da Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico de Curitiba, o Passeio Ciclístico “Pedalando para o Futuro”. O evento, com início às 9h, será aberto para a comunidade e contará com uma entrega de brindes e muita descontração com a Banda de Música PROERD.

No dia seguinte, na segunda-feira, 26, o PROERD será homena-geado na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) com a entrega de Moção de Aplausos. Na cerimônia, que ocorrerá às 17h30, está prevista a presença do Comandante-Geral da PM, coronel Maurício Tortato, do Coordenador Estadual do PROERD, tenente-coronel Ronaldo de Abreu e do Comandante Interino do BPEC,

major Mário Jorge Alves Lopes.Em continuidade às atividades,

um Seminário de Polícia Públicas sobre Prevenção ao uso de drogas, denominado “15 anos do PROERD Paraná”, será realizado às 8h30 de terça-feira, 27 no Auditório do Colé-gio da Polícia Militar (CPM), locali-zado na rua José Ferreira Pinheiro, nº 349, no bairro Portão, capital do estado.

Na quinta-feira, 29 às 10h, no Salão de Atos do Palácio Iguaçu, ocorrerá a cerimônia militar em alusão aos 15 anos do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD). No mesmo dia, às 19h30, acontecerá o jantar dançante no Clube de Oficiais da PM, localizado na rua Frei Henri-que de Coimbra, nº 1011, no bairro Hauer, em Curitiba (PR).

PROERD – O PROERD foi criado a partir do programa ameri-cano “Drug Abuse Resistance Edu-cation D.A.R.E”, passando por uma adaptação à realidade brasileira e contextualizado na sociedade para-naense. Atualmente o programa está presente em todos os estados do Brasil e é aplicado pelas polícias militares.

No Paraná o PROERD teve início no ano de 2000 no município

de Matinhos, sendo que em 2008 passou a fazer parte do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), o qual foi criado naquele ano. O PROERD consiste em uma das ações que compõe as políticas públicas estaduais sobre drogas e violência no Paraná, trabalhando na perspectiva da prevenção primária em segurança pública no espaço privilegiado das escolas.

Devido às suas atividades o PROERD tem se antecipado a ação de traficantes e da violência nas escolas, família e entorno social atra-vés do trabalho dos policiais milita-res que desenvolvem sua atividade na condição de Educador Social do Programa. O programa é aplicado a alunos da Educação Infantil, 5º e 7º anos do ensino fundamental, além de um curso específico para pais ou responsáveis, professores e o vasto entorno social, na construção de conhecimentos para a intervenção nas escolas, família e na comuni-dade.

O PROERD comemora 15 anos com mais de 1,3 milhões de estudantes formados, os quais são multiplicadores de informações pre-ventivas sobre drogas e agentes de cultura de paz, na escola, na família e em sua comunidade.

DIvuLgAÇÃO

Ex-prefeito é indiciado por estelionato em Londrina

De Londrinaguilherme Batista

O ex-prefeito e ex-vereador de Londrina, Gérson Araújo (PSDB), foi indiciado por estelionato, pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por irregularidades regis-tradas na venda de um terreno localizado em frente ao Autódromo Internacional Ayrton Senna, na zona norte da cidade, para a cons-trutora Iguaçu do Brasil.

No inquérito, enviado pelo Gaeco ao Ministério Público (MP) na última semana, foram indiciados Araújo e o ex-assessor parlamen-tar dele, William Polaquini Godoy. Carlos Alberto Oliveira, dono da Iguaçu, que responde a processos por conta de fraudes registradas na construção de diversos empre-endimentos em Londrina, já havia sido indiciado pelo Gaeco em 2013 por conta da negociação fraudu-lenta.

Em entrevista ao Bonde na manhã desta sexta-feira,23 o delegado do Gaeco, Alan Flore, explicou que as investigações envolvendo Araújo tiveram início no ano passado, após o órgão receber uma análise feita pela Corregedoria-Geral da prefeitura referente às fraudes cometidas pela Iguaçu. "Em outubro de 2012, a família proprietária da área em questão, que negociava a venda do local com a Iguaçu, foi procurada pelo William Godoy, então chefe de gabinete de Gérson Araújo (pre-feito à época). Em uma ligação, o assessor disse para a família que a prefeitura tinha interesse de cons-truir uma Vila Olímpica no terreno, e estimulou os proprietários a ven-derem o local para evitar um pos-sível processo de desapropriação", explicou Flore.

Segundo o delegado, o então chefe de gabinete atuou de forma decisiva para convencer a família a vender a área para a Iguaçu. "O interessante é que não existia nenhum projeto, por parte da Pre-feitura de Londrina, para o referido terreno", observou.

O outro ponto investigado pelo Gaeco ocorreu em março de 2013, quando Gérson Araújo, reeleito vereador nas eleições de 2012, confeccionou um requerimento no Legislativo que previa a desa-propriação da área adquirida pela Iguaçu. "O documento, que sequer foi apresentado na Câmara de Vereadores, foi utilizado pela cons-

trutora para fazer pressão contra a família que havia sido proprietária do terreno e, consequentemente, continuar com a construção de unidades habitacionais no referido local", contou Alan Flore.

Ainda conforme o delegado, o requerimento confeccionado por Araújo foi usado pela Iguaçu como prova em uma ação judicial movida contra a família que era dona da área. "O ex-vereador reconheceu a sua assinatura no documento, mas não explicou o que motivou a sua confecção", acrescentou.

Tanto Araújo quanto Godoy foram ouvidos pelo Gaeco por conta dos fatos investigados. Os dois, conforme Flore apresentaram "versões desconexas" em depoi-mento, e não conseguiram justifi-car os atos tomados. "Embora não tenha ficado comprovada a ligação dos dois com a Iguaçu, é possível constatar que a ação praticada por eles foi determinante para que a família vendesse o terreno para a construtora", argumentou. O delegado disse, ainda, que não conseguiu identificar se Araújo e o ex-assessor receberam algum tipo de vantagem indevida da empresa.

Outro lado Ao Bonde, Gérson Araújo

disse que ainda não foi intimado oficialmente sobre o indiciamento. Já sobre o requerimento citado pelo delegado do Gaeco, o ex-vereador confirmou que assinou o documento, mas não o apresentou no Legislativo por achá-lo "sem sentido nenhum". "A minha equipe recebeu a demanda, fez o reque-rimento e eu assinei. No entanto, sempre fazia uma revisão de todos os documentos e esse não foi pro-tocolado", alegou.

Segundo o tucano, alguém, que ele não soube informar quem, entrou na sua sala escondido e "tirou um xerox do requerimento". "Essa pessoa vai ser identificada e acionada na Justiça pelo meu advogado", ressaltou.

Já sobre o contato feito pelo ex-assessor com a família pro-prietária do terreno da zona norte, Araújo confirmou a conversa, mas alegou que a "senhora dona da área" procurou William Godoy e não o contrário. "Ele me contou que disse a ela que a prefeitura poderia fazer alguma coisa na área, mas não houve negociação alguma. Não sei se a senhora se confundiu durante a conversa...", argumentou, acrescentando que as provas do Gaeco são muito

"chochas" para embasar uma acu-sação "tão séria".

O ex-vereador garantiu, ainda, que não possui nenhuma relação com a Iguaçu do Brasil. "Não tem nada a ver. Nunca tive contato com ninguém da empresa. Só ouvi falar dela pela imprensa, e muito mal inclusive", disse.

A reportagem também tentou contato com o ex-assessor de Araújo, mas o celular dele estava desligado.

Iguaçu Em março deste ano, o Minis-

tério Público ofereceu dez denún-cias à Justiça relacionadas ao caso Iguaçu do Brasil. Ao todo, 13 investigados foram apontados como suspeitos de terem come-tido os crimes de formação de quadrilha e estelionato contra pelo menos 210 famílias londrinenses que, juntas, somaram prejuízos de mais de R$ 45 milhões.

De acordo com as investi-gações, a construtora Iguaçu do Brasil teria sido utilizada como fachada para a aplicação de golpes de estelionato liderados por Carlos Alberto de Oliveira e Gui-dimar Guimarães. Segundo o MP, proprietários de terrenos em áreas nobres eram procurados para que as áreas fossem divididas em lotes para a suposta construção de con-domínios residenciais, imóveis que nunca foram concluídos. Os pro-prietários dos terrenos e os com-pradores das residências foram lesados. A atuação do grupo teria começado em abril de 2012.

HomenagemGérson Araújo foi vereador

de Londrina durante toda a última legislatura, e acabou prefeito inte-rino de Londrina no final de 2012, após a cassação de Barbosa Neto (PDT) e a renúncia do então vice, José Joaquim Ribeiro, suspeito de corrupção.

Enquanto chefe do Executivo, o tucano concorreu ao cargo de vereador nas eleições de 2012, e conseguiu a reeleição após ser o candidato mais votado.

Por ter disputado o pleito estando como prefeito, Araújo teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julho deste ano, quando deixou o cargo na Câmara homenageado.

O tucano, inclusive, chegou a ser apontado como novo secretá-rio do Ambiente de Londrina após deixar o cargo de vereador, mas a hipótese não se confirmou até então.

Para Araújo, provas do gaeco são "chochas" para embasar uma acusação "tão séria"

Page 8: Jornal Correio Notícias - Edição 1333 (24/10/2015)

8 Sábado - 24 de Outubro de 2015Edição 1.333 gErAL

Abelha sem ferrão nativa do Brasil cultiva fungo para sobreviver

A descobertA Foi descritA em um Artigo PublicAdo nA quintA-FeirA, 22 nA edição on-line dA revistA current biology e é resultAdo de um estudo de doutorAdo reAlizAdo com bolsA dA FAPesP.Elton Alisson | Agência

fAPESP

Pesquisadores descobriram que uma espécie de abelha sem ferrão nativa do Brasil – a man-daguari (Scaptotrigona depilis) – cultiva um fungo, semelhante ao usado durante séculos por povos asiáticos para conservar alimen-tos, para sobreviver.

“É o primeiro registro de simbiose entre uma espécie de abelha social e um fungo culti-vado”, disse Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Amazô-nia Oriental, em Belém, no Pará, e primeiro autor do trabalho, à Agência FAPESP.

“Embora já se saiba que existe simbiose entre espécies de formigas e de cupins com fungos cultivados em seus próprios ninhos – esses microrganismos fornecem aos seus hospedei-ros nutrientes e proteção contra patógenos –, em abelhas essa relação ainda é desconhecida”, afirmou Menezes.

O estudo integra o Projeto Temático "Biodiversidade e uso sustentável de polinizadores, com ênfase em abelhas Melipo-nini", coordenado pela professora Vera Lucia Imperatriz-Fonseca, do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável e do Instituto de Biociências da USP.

Os pesquisadores constata-ram que, ao nascer, as larvas da abelha mandaguari se alimentam de filamentos do fungo do gênero Monascus (Ascomycotina) encontrados em seus próprios ninhos.

Sem esse microrganismo – que produz diversos metabó-litos secundários com atividade antimicrobiana, antitumoral e imunológica –, poucas larvas de mandaguari sobrevivem, desta-cam os autores do estudo.

“Ainda não sabemos, exa-tamente, qual é a função desse

fungo para a larva. A possibili-dade que achamos mais plausí-vel é que o microrganismo ajuda a proteger o alimento da larva de patógenos, uma vez que é usado por chineses e outros povos asi-áticos como corante para conser-var alimentos”, afirmou Menezes.

O estudo foi noticiado no exterior, em veículos como a revista Newsweek.

Transmitido por geraçõesDe acordo com Menezes, o

fungo se origina e está presente em uma estrutura, chamada cerume – composta por uma mis-tura de cera de abelhas operárias com resinas de plantas –, que as abelhas sem ferrão usam como material de construção para suas células de cria (ninhos).

Ao terminar de construir as células de cria, as abelhas ope-rárias enchem o invólucro de um alimento líquido. Em seguida, a abelha rainha coloca um ovo sobre o alimento e a célula de cria é fechada pelas abelhas ope-rárias e aberta somente cerca de três dias depois, quando a larva eclode do ovo.

Nessa fase, o fungo começa a emergir a partir do cerume, se prolifera sobre a superfície do ali-mento líquido e é devorado pelas larvas, desaparecendo completa-mente até o sexto dia de nasci-mento das abelhas.

“Gravamos o comportamento de larvas com três dias de nas-cimento e observamos que elas cortavam os filamentos dos fungos com a mandíbula e inge-riam o microrganismo”, disse Menezes.

Segundo o pesquisador, o fungo é transmitido a outras gera-ções de abelhas mandaguari por meio de cerume “contaminado”.

Após as larvas deixarem as células de cria, as abelhas operá-rias começam a raspar o cerume e reutilizam o material para cons-truir um novo ninho.

Além disso, quando vão

construir uma nova colmeia, as abelhas levam o cerume da col-meia-mãe para a colmeia-filha para construir células de cria, transmitindo o fungo de um ninho para o outro, que só começa a crescer em contato com o ali-mento larval depositado pelas abelhas operárias.

“Também ainda não sabe-mos se são esporos ou partes dormentes do próprio micélio [hifas emaranhadas, como fios] do fungo que estão presentes no cerume e transportados de uma célula de cria para outra”, disse Menezes.

O pesquisador observou a mesma relação de dependência de fungos para completar o ciclo de nascimento em outras espé-cies de abelhas sem ferrão do gênero Scaptotrigona e também de Tetragona, Melipona e Friese-omelitta.

“Essas descoberta de sim-biose entre abelhas e microrga-nismos parece ser muito mais frequente do que imaginamos e aumenta a preocupação sobre o uso de fungicidas na agricultura”, apontou Menezes.

Estudos realizados nos últi-mos anos nos Estados Unidos e Europa identificaram que os fun-gicidas estão entre os pesticidas mais encontrados no pólen das abelhas, indicou.

“A preocupação é em relação aos efeitos que esses fungicidas podem ter sobre microrganismos benéficos às abelhas, como o fungo identificado no ninho de mandaguari. Se esses produ-tos químicos estão presentes no pólen de abelhas, inevitavel-mente chegarão até as células de cria”, estimou.

Descoberta acidentalO pesquisador fez a descoberta

da simbiose entre a mandaguari e o fungo Monascus acidentalmente.

Durante sua pesquisa de dou-torado em entomologia na Universi-dade de São Paulo (USP), campus

de Ribeirão Preto, realizado com bolsa da FAPESP, Menezes tentou produzir em laboratório rainhas de mandaguari com o intuito de aumentar o número de colônias dessa espécie polinizadora de diversas culturas para atender à demanda dos agricultores.

Para produzir rainhas, o pesquisador suplementou a ali-mentação de larvas fêmeas de mandaguari, uma vez que o que determina se uma larva fêmea dessa espécie de abelha sem ferrão vai se tornar operária ou rainha é a quantidade de alimen-tos que ela ingere durante a fase larval.

Ao manter células artificiais com larvas fêmeas de mandaguari e com grandes quantidades de alimento em uma câmara úmida, Menezes percebeu que, após alguns dias, um fungo branco começou a crescer rapidamente e todas as larvas morriam.

“Em um primeiro momento eu achei que o fungo estava cau-sando alguma doença para as

abelhas e tentei exterminá-lo, ao aplicar produtos químicos, e removê-lo mecanicamente, mas nada funcionou”, relembrou Menezes.

Algum tempo depois, con-tudo, o pesquisador começou a observar o fungo em células de crias naturais, crescendo de forma menos intensa. “Parecia que algo no ambiente natural das abelhas estava mantendo o fungo sob controle”, disse.

Ao tentar criar as larvas fêmeas da abelha em um ambiente menos úmido, o pes-quisador observou que o fungo cresceu intensamente por alguns dias e depois desapareceu.

Com isso, mais de 90% das abelhas sobreviveram. “Suspeitei que as larvas fêmeas estava se alimentando do fungo e depen-diam dele para sobreviver”, disse Menezes.

A fim de testar essa hipótese, os pesquisadores realizaram experimentos em que criaram em laboratório um grupo de larvas

de abelha mandaguari suple-mentadas só com alimento esté-ril e outro com alimento estéril suplementado com filamentos do fungo.

O grupo de larvas de abelha criada com alimento estéril suplementado com filamentos do fungo teve um índice de sobrevi-vência de 76%.

Já as que foram criadas nas mesmas condições, mas sem o fungo, apenas 8% completaram o ciclo de desenvolvimento.

“Isso mostra que há uma rela-ção de dependência muito forte das abelhas pelo fungo”, afirmou Menezes.

Em contrapartida, para o fungo a vantagem de ser culti-vado no ninho dessa espécie de abelha sem ferrão é garantir sua multiplicação ao longo de gera-ções, ponderou o pesquisador.

“Aparentemente, o benefício maior dessa simbiose é para as abelhas. Mas o fungo também depende delas para se reprodu-zir”, avaliou.

ImAgEm ILusTrATIvA

Comitê de combate a dengue é criado em Siqueira CampostrAbAlhos serão iniciAdos AindA nesse Ano de 2015

De Siqueira Camposgilberto gimenes

Nessa quinta feira, 22 foi rea-lizada em Siqueira Campos uma reunião para a formação de um comitê de combate a dengue.

Vários órgãos como o Conse-lho Municipal de Saúde de Siqueira Campos Defesa Civil, Departa-mento Municipal de Educação, Hospital Santa Casa de Miseri-córdia, Provopar, Setor de Epide-miologia, Vigilância Sanitária se reuniram e pretendem desenvolver ações de abordagem à população para conscientiza-la a respeito dos perigos da dengue.

Segundo o diretor do Depar-tamento de Saúde Wilha Galdino, nessa 1ª reunião ficou decidido que o Departamento de Saúde e o Departamento de Educação irão atuar junto em atividades com alunos da rede municipal de ensino. A ideia é de que técnicos da FUNASA (Fundação Nacional da

Saúde) irão até as escolas e minis-trarão palestras para os alunos e professores. A abordagem desse tema como os alunos é uma das formas para que conscientização sobre a problemática da dengue chegue até os lares siqueirenses.

Outra ferramenta para tentar frear o avanço da dengue estudada pelo comitê será a proposta de criação de uma lei municipal que visa penalizar aquele morador que não cuida do seu terreno e aquele que não deixa os agentes de ende-mias averiguarem seus terrenos.

Segundo dados do Departa-mento de Saúde, no ultimo surto que ocorreu em Siqueira Campos cerca de 500 pessoas procuraram as unidades de saúdes com sinto-mas de Dengue, e dessas cerca de 100 pessoas estavam infectadas.

Com a criação desse comitê as autoridades pretendem priorizar áreas de maior foco de mosquito no município. Segundo Wilha Gal-dino a cada 100 lotes o normal é

encontrar foco de mosquitos em 1% da área, acima disso a área já é posta em alerta. Atualmente as áreas em Siqueira Campos então com cerca de 1,5% de infestação e nos períodos de surto chegam a 7% das áreas infectadas.

Para que isso não ocorra o comitê pede a ajuda de toda a população na luta contra a dengue.

ENTENDA O QUE É A DENGUE

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes

necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.

Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá pro-teção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Embora pareça pouco agres-siva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, caracteri-

zadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.

Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife, sendo conside-rada epidêmica em 1846, quando se espalhou por vários estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as

primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. No início do século XX, o médico Oswaldo Cruz implantou um pro-grama de combate ao mosquito que chegou a eliminar a dengue no país durante a década de 1950.

No entanto, a dengue voltou a acontecer no Brasil na década de 1980. Hoje em dia, os quatro tipos de vírus circulam no país, sendo que foram registrados 587,8 mil casos de dengue em 2014, de acordo com o Ministério da Saúde.

Funcionários de diversos departamentos farão parte do comitê de combate a dengue

DIvuLgAÇÃO