Jornal da Adufmat - julho 2013

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Informativo da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá/MT julho de 2013 “Faltam técnicos nos laboratórios, material básico de apoio, a biblioteca não está ampliada por falta de espaço e monitorias. Não temos salas suficientes para atender os alunos e a carga horária é exaustiva, gerando desgaste físico e mental dos professores". Páginas 4 e 5 REUNI Modelo criado para aumentar vagas nas IFES funciona sequer sem estrutura Docentes e acadêmicos de Sinop reclamam da má administração e das péssimas condições de desenvolvimento da aprendizagem Copa do Mundo UFMT a serviço da FIFA Universidade colocou-se à disposição de um projeto que provoca impactos socioambientais e pode, em longo prazo, endividar o Estado. Página 7 Após quatro dias de 58º Conselho do ANDES-SN (Conad), o Sindicato Nacional e suas Seções Sindicais têm como grande desafio dar concretude às deliberações aprovadas no encontro, centradas no tema ANDES-SN: Sindicato de Luta, ampliando a organização da categoria e a unidade classista dos trabalhadores. Página 3 58º CONAD Docentes terão como desafio dar concretude às deliberações Uma forte comunicação sindical é instrumento indispensável à luta de docentes das universidades públicas estaduais e federais do país. Página 6 Estratégia ADs reforçam comunicação sindical Professores da UFMT, reunidos em Assembleia Geral dia 4 de julho, decidiram voltar a tratar sobre um indicativo de greve, se houver ameaça do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) votar qualquer alteração da resolução 158/2010. A 158 regula a carga horária docente. Página 3 Indicação de greve, caso resolução 158 seja alterada Indiciamento de PMs não agrada estudantes da UFMT Página 7 Bosque está salvo, mas a luta continua Página 7 Conjuntura Por que o povo está nas ruas? Página 11 Entrevista Página 11 Carlos Roberto Sanches: “salário dos professores das universidades federais continua sendo o menor da pirâmide do serviço federal” Cultura marca dia de luta dos docentes da UFMT Página 11 11 DE JULHO GREVE GERAL

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Edição de Julho de 2013 do informativo impresso da Adufmat-S.Sind.

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Informativo da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá/MT julho de 2013

“Faltam técnicos nos laboratórios, material básico de apoio, a biblioteca não está ampliada por falta de espaço e monitorias. Não temos salas suficientes para atender os alunos e a carga horária é exaustiva, gerando desgaste físico e mental dos professores". Páginas 4 e 5

REUNI

Modelo criado para aumentar vagasnas IFES funciona sequer sem estruturaDocentes e acadêmicos de Sinop reclamam da má administração e das péssimas condições dedesenvolvimento da aprendizagem

Copa do Mundo

UFMT a serviçoda FIFAUniversidade colocou-se à disposição de um projetoque provoca impactos socioambientais e pode,

em longo prazo, endividar o Estado. Página 7

Após quatro dias de 58º Conselho do ANDES-SN (Conad), o Sindicato Nacional e suas Seções Sindicais têm como grande desafio dar concretude às deliberações aprovadas no encontro, centradas no tema ANDES-SN: Sindicato de Luta, ampliando a organização da categoria e a unidade classista dos trabalhadores. Página 3

58º CONAD

Docentes terão como desafiodar concretude às deliberações

Uma forte comunicação sindical é instrumento indispensável

à luta de docentes das universidades públicas

estaduais e federais do país. Página 6

Estratégia

ADs reforçam comunicação sindical

Professores da UFMT, reunidos em Assembleia Geral dia 4 de julho,

decidiram voltar a tratar sobre um indicativo de greve, se houver

ameaça do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe)

votar qualquer alteração da resolução 158/2010. A 158 regula

a carga horária docente. Página 3

Indicação de greve,caso resolução 158

seja alterada

Indiciamento de PMsnão agrada estudantesda UFMT Página 7

Bosque está salvo, masa luta continua Página 7

Conjuntura

Por que o povo está nas ruas? Página 11

Entrevista

Página 11

Carlos Roberto Sanches:“salário dos professores

das universidades federaiscontinua sendo o

menor da pirâmide doserviço federal”

Cultura marca diade luta dos docentes

da UFMT Página 1111 DE

JULHO

GREVE

GERAL

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jornal da

Associação dos Docentes daUniversidade Federal de Mato Grosso

ADUFMAT-SSind. do ANDES-SN

DIRETORIAPresidente: Carlos Roberto SanchesVice-Presidente: Diretora-Tesoureira: Diretor-Secretário:

Odilzon das Neves GrauzMaria Luzinete Vanzeler

Robson Felipe Viegas da SilvaDiretor de Imprensa e Divulgação: Lázaro Camilo Recompensa Joseh

Gleyva Maria S. de OliveiraDiretora de Assuntos de Aposentadoria: Iva Ferreira Gonçalves

Juliana Ghisolfi, Sirlei Silveira, Sinthia Cristina Batista Adenil Costa Claro

Representante em Sinop: Gercine Sanson

Diretora de Assuntos Sócio-Culturais:

Conselho Fiscal: Conselho de Representantes de Barra do Garças:

Tiragem: 1,8 mil exemplares

O conteúdo dos artigos assinados é de responsabilidade dos autores e não correspondem necessariamente a opinião da diretoria da ADUFMAT-SSind.

expediente

Informativo da Seção Sindical dos Docentes da UFMTCuiabá/MT julho de 20132

Jornalistas: Keka Werneck (DRT-MT 610), Mariana Freitas (DRT-MT 1701)Fotos: Keka Werneck, Mariana Freitas e Renata Maffezoli (ANDES-SN),Duflair Barradas (LATITUDE) e Luiz Fernando Nabuco (ADUFF-SSIND)Revisão: Luana Soares de Souza

Endereço: Avenida Fernando Corrêa da Costa, s/nºCampus da UFMT – Coxipó - Cuiabá-MT

Fone-fax: (65) 3661-4290 ou (65) 3615-8293www.adufmat.org.br [email protected]@adufmat.org.br [email protected]

Editorial

da

Pela carreira docente já!Não à privatização dos hospitais-escola! Contra a Ebserh!Contra terceirizações!Contra a exploração do trabalho!Por melhores condições de trabalho!Pelo fortalecimento do tripé ensino-pesquisa-extensão!Fora Prouni, Reuni e falsas políticas expansionistas!Pela democracia na UFMT!Contra o assédio moral!

as manifestações de Entre as reivindicações Estado e as apresentadas nesse junho e da “paralisação” surgidas, evidenciamos: Saúde e jornal. Para nós, precisamos D de 11 de julho, várias Educação com padrão FIFA, PEC conhecer as condições de

lições / constatações/análises/... 37- A QUAL FOI REJEITADA E, funcionamento do H.U.J.M, para devem ser destacadas, tais como: CONSEQUENTEMENTE, recolocarmos o debate sobre a o país mudou; os governos estão GERANDO NOVOS EBSERH. Iniciamos no presente em cheque e desmanchando; a ENCAMINHAMENTOS, COMO POR jornal o processo de busca de classe política procurou, como EXEMPLO, “agora” o Ministério informações para tanto. Para sempre, demagogicamente Público vai agir! além da greve dos alunos de apresentar saídas com o apoio da Sobre a saúde, o governo do Sinop, a qual conta com o apoio mídia oficial; o governo central PT tirou da manga o projeto explícito do corpo docente, que já "defendeu” um plebiscito no (sic)mais médicos – novamente vinha debatendo e se primeiro momento; a fortuna do sem ouvir a sociedade e os posicionando sobre as condições Eike Batista e a popularidade do organismos relacionados com os de trabalho e precarizações governo petista, bem como da profissionais envolvidos-, prática reinantes naquele campus, Dilma, não passavam de conhecida por nós já que, evidenciamos também, as “bolhas”, etc. recentemente, sofremos a manifestações dos professores do

Por outo lado, o povo “dócil”, imposição da Lei da Carreira, nº campus de Barra do Garças no “alienado” pelo futebol, 12772/12. mesmo sentido.“indolente”, "consumista”,... Ainda, sobre a saúde, novos Já, em Cuiabá, deliberamos cansou/reagiu/acordou/deixou de cursos de medicina foram por indicativo de greve contra a ser palhaço... Professores das autorizados pelo MEC e a UFMT foi resolução 158, a qual dá universidades públicas “contemplada” com 02 (dois) continuidade à reforma participaram das manifestações novos, um em Rondonópolis e o universitária em curso imposta pelo de junho e da “ paralisação” do outro em Sinop. Se considerarmos governo do PT ( reforma da dia 11 de julho mas, na segunda as condições de funcionamento do previdência comprada, carreira de forma crítica, com reservas, hospital veterinário do campus de docente, aumento de carga horária questionando e, a partir de Sinop, devemos “botar” nossas didática e a diminuição de “horas” análises/artigos/entrevistas/... barbas de molho, pois os alunos para a pesquisa,...).desenvolvidas antes e após a daquele campus encontram-se Ainda, cabe ressaltar que mesma, mais uma vez a paralisados como consequência aprovamos uma “vigília” coerência foi mantida. Cabe das precarizações gerais de permanente pela implementação ressaltar que “militantes” das funcionamento e, em especial, pela dos 28,86% para todo os CUT e FORÇA SINDICAL foram total falta de experiência prática professores da UFMT, como bem pagos para participar da para a formação de veterinários. determinado pela justiça após a tentativa de apropriação dos Basta observar as publicação do Acórdão de movimentos de junho. reportagens da imprensa do Execução da sentença.

INFORMESA Direção de Assuntos Sócio-Culturais destaca que

haverá happy hours, no jardim da ADUFMAT, em toda primeira sexta-feira do mês, para que se crie a cultura da confraternização. Já anuncia que será realizada uma festa em homenagem aos docentes da UFMT, para marcar o 15 de agosto, Dia do Professor, mas ainda sem data e local definidos. O convite será enviado à categoria. Outra novidade é que serão formados grupos de teatro e dança, além do coral da seção sindical. Quem quiser participar já pode ficar de sobreaviso. E, em dezembro, aguardem o evento para comemorar o aniversário da ADUFMAT!

A Universidade Federal de Pelotas (29) e entrará em vigor a partir de Universidade Federal do Amapá (Uni- e é adotada após pareceres favoráveis da (UFPel) acaba de entrar para a lista das outubro, segundo semestre letivo de fap), Universidade Federal do Paraná Procuradoria Jurídica da universidade e da instituições de ensino superior que 2013. No entanto, o nome civil continua- (UFPR) e Universidade Estadual do Rio Advocacia Geral da União (AGU). A permitem o uso no nome social por rá a vigorar para emissão de diplomas, de Janeiro (Uerj). Resolução atende também ao pedido do transexuais nas dependências da univer- certificados ou atestados. Para o reitor da UFPel, Mauro Del Diretório Central de Estudantes (DCE) da sidade. A medida valerá para documen- A medida também já foi adotada por Pino, a medida atende a uma reivindica- UFPel, protocolado na Secretaria dos tos, como carteira de estudante ou outras instituições, como a Universidade ção do movimento estudantil em todo o Conselhos Superiores em maio deste ano. funcional, listas de chamada e arquivos de Brasília (UnB), Universidade Federal país. “É uma maneira de evitar constrangi-públicos. A decisão foi aprovada pelo do Mato Grosso do Sul (UFSM), Universi- mentos e exclusões”, observou. A resolu- Com informações do G1, Assessoria Comunicação UFPel, TerraConselho Universitário na segunda-feira dade Federal de Santa Catarina (UFSC), ção está baseada na Constituição Federal Fonte: ANDES-SN

Transexuais terão direito a usar nome social na UFPel

Os editais do concurso público da pelo Ministério Público do Trabalho. Em sua sentença, a juíza Nátalia R$50.000,00, por edital não retificado e Empresa Brasileira de Serviços Hospita- O MPT entrou com pedido de Queiroz Cabral Rodrigues determina que por obrigação não cumprida”.lares (Ebserh) para cadastro reserva liminar para a retificação dos editais por a Ebserh “deverá retificar os editais de nºs Esta é umas das várias representa-foram suspensos, após decisão do entender que os mesmos, ao privilegiar 02, 03 e 04 que regulam o atual concurso ções judiciais contra a Ebserh desde sua Tribunal Regional do Trabalho, que julgou com maior pontuação profissionais com para provimentos de empregos no HUB, criação.procedente o pedido de antecipação dos experiência em hospitais de ensino, nos termos dos itens 1, 2 e 3 da inicial,

Fonte: ANDES-SNefeitos da tutela jurisdicional apresentado agridem o princípio da isonomia. sob pena de multa diária no valor de

Tribunal Regional do Trabalho suspendeconcurso da Ebserh para HU de Brasília

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Kiss, o representante do Luto à MoçõesLuta, Flávio da Silva, presenteou a presidente do ANDES-SN com Na plenária de encerramen-uma camiseta do movimento. to foram aprovadas 13 moções. “Em nome do movimento e Entre as motivações estão o todos os pais e parentes das repúdio à repressão policial e vítimas e sobreviventes da criminalização dos movimentos tragédia, agradeço ao ANDES-sociais durante as manifestações SN e demais entidades que do último mês, o apoio à greve participaram deste evento pela dos estudantes do curso de demonstração de solidariedade cinema e audiovisual da UFPA e e pela homenagem feita com a o repúdio ao uso da força policial caminhada. Peço que continu-para desalojar os estudantes que em nos dando apoio e se mani-ocuparam o prédio da Reitoria da festando em favor da nossa Unesp em São Paulo.causa”. Marinalva reafirmou o Reforçando o caráter inter-apoio do Sindicato Nacional ao nacionalista do Sindicato Nacio-movimento. “O ANDES-SN está nal, os delegados aprovaram junto nessa luta por condições e também uma moção de repúdio direitos básicos para a popula-ao ato ilegal e autoritário do ção e por justiça, por cada um Reitorado da Universidade de dos jovens que tiveram o sonho Buenos Aires (UBA), que preten-interrompido de forma brutal, de aposentar compulsoriamente em nome do capital e do lucro. centenas de docentes da UBA, Sintam-se acolhidos por nós descumprindo a lei argentina nº enquanto Sindicato Nacional. 26508, aprovada por votação Muita força na luta”.unânime no Congresso Nacional, pós quatro dias de 58º agosto nos estados e no Distrito universidade, que consta no

que permite ao professor optar Conselho do ANDES- Federal, em articulação com Caderno 2 atualizado no Con-pela aposentadoria ou não aos Números do 58º ConadSN (Conad), o Sindica- outras entidades, contra o gresso, e ampliar a nossa base A65 anos.to Nacional e suas Seções chamado Projeto de Lei das para fortalecer o nosso sindicato.

Realizado em Santa Maria Sindicais têm como grande Privatizações (PL 4330) – que Este é o grande desafio. Só assim Apoio ao movimento entre 18 e 21 de julho, o Conse-desafio encaminhar às delibera- permite a terceirização das conseguiremos vitórias”.

lho do ANDES-SN contou com a de Santa Maria: ções aprovadas no encontro, atividades das empresas e “Saímos daqui com muita participação de 53 Seções centradas no tema “ANDES-SN: instituições públicas. Além satisfação e certeza que demos do Luto à LutaSindicais, 49 delegados, 77 sindicato de luta, ampliando a disso, a convocação feita pelas conta de discutir todas as resolu-observadores, 34 diretores e dois organização da categoria e a oito centrais sindicais e movi- ções propostas no Conad. Os Em agradecimento ao apoio convidados.unidade classista dos trabalha- mentos sociais para um dia de debates nos grupos foram riquís- dado pelo ANDES-SN na luta por

dores”. Durante a plenária de greves, paralisações e mobiliza- simos. Vamos voltar para as justiça na tragédia da Boate encerramento, na tarde deste ção geral em todo o país no dia nossas Seções e afirmar aos domingo (21), o resultado do 30 do mesmo mês. “Para dar nossos companheiros que um a intenso trabalho iniciado na concretude ao calendário de mais é muito mais”, concluiu última quinta-feira (18) e a mobilizações, precisamos da Marinalva, fazendo referência ao qualidade dos debates, tanto nos agilidade das Seções Sindicais mote da campanha de sindicali-grupos mistos quanto nas plená- nas ações, mas sem atrapalhar a zação do ANDES-SN.rias, foram destacados pela nossa forma organizativa”, A sensação de dever cumpri-presidente do ANDES-SN, afirmou Marinalva. do também foi ressaltada pelo Marinalva Oliveira. Para alcançar os resultados presidente da Sedufsm, Rondon

Além da avaliação e atuali- esperados, a presidente do de Castro, durante a plenária de zação do plano de lutas geral e ANDES-SN ressaltou a necessi- encerramento no início da tarde dos setores, os delegados apro- dade de ampliar-se a organiza- deste domingo (21). Emociona-varam uma agenda com ativida- ção da categoria e de levar a do, o professor agradeceu a des que serão trabalhadas ao campanha de sindicalização presença e empenho de todos os longo do segundo semestre, com para cada local de trabalho. participantes no Conselho de ações previstas já para o início de “Temos que apresentar aos novos ANDES-SN, e também das agosto. Como primeiros desafios professores e aos que ainda não pessoas que trabalharam na estão a organização do dia 6 de são filiados a nossa proposta de organização do Conad.

Professores da UFMT, reunidos em Assembleia Geral horas para 40 horas. A proposta também reduz o tempo Para os professores, a resolução visa atender a um dia 4 de julho, decidiram voltar a tratar sobre um indicativo para preparação das aulas de 1h30 para 1h e muda a modelo de universidade que vem sendo implementado de greve, se houver ameaça do Conselho de Ensino, Pesqui- dinâmica de orientação de alunos. com o REUNI, em que o número de professor por aluno sa e Extensão (Consepe) votar qualquer alteração da resolu- A categoria critica a falta de debate sobre isso junto à pula de 8/1 para 22/1. Com o aumento de alunos na ção 158/2010. A 158 regula a carga horária docente. base. Só os diretores de Institutos foram chamados às graduação e a falta de concursos públicos que atendam à

Caso sejam aceitas as sugestões da Administração, reuniões para conhecer o projeto. Alterações serão acei- demanda, os docentes são impulsionados pela regula-haverá aumento da carga horária dos professores em sala tas caso os docentes sejam ouvidos e tenham suas suges- mentação da carga horária a se manter em sala de aula, de aula de oito a 10 horas para 20 horas, e de 12 a 16 tões acatadas. em detrimento da pesquisa, extensão e a pós-graduação.

Docentes terão como desafio darconcretude às deliberações do 58º ConadDurante a plenária de encerramento, o secretário-geral do ANDES-SN fez a leitura da Carta de Santa Maria, que trazuma síntese das ações para o próximo período

Indicação de greve, caso resolução 158 seja alterada

Fonte: ANDES

Plenária do 58º Conselho do ANDES-SN (Conad)

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na realização desses projetos, por isso as nossas pesquisas não são tão reconhecidas em outros países quando se trata de qualidade”, completa.

A categoria mais explorada pela Reitoria, na opinião do professor de História e Diretor Secretário da ADUFMAT, Robson Felipe Viegas da Silva, é a dos profissionais recém-ingressos, que se encontram em estágio probatório. “Esses são os que mais sofrem. Como acabaram de ingressar, estão em fase de ‘teste’ e são atingidos psicologicamente e até submetidos a assédio moral”, enfatiza.

Outras reclamações vieram da categoria estudantil, que alega não ter a atenção da Reitoria para suas necessidades. Falta de estrutura nas salas de aulas, poucos materiais didáticos e falta de política de manutenção dos ingressantes na Universidade são as principais reclamações dos “Faltam técnicos nos "Eu sou uma das professoras qualidade aos alunos. Os os pesquisadores brasileiros estudantes, como é o caso do laboratórios, material básico de extremamente penalizadas com docentes precisam estar atuali- publicaram 49.664 artigos, três acadêmico Jhony Ourives, do apoio, a biblioteca não está esse modelo de organização. zados, fazer reciclagem sempre. vezes mais que a produção de curso de Engenharia Florestal, ampliada por falta de espaço e Todos os docentes das áreas Além disso, outro agravante é a 2001 (13.846 trabalhos). Isso que relata a falta de atenção da monitorias. Não temos salas básicas, e não de cursos específi- situação física dos professores. mostra que os números são Reitoria dada aos alunos do suficientes para atender os cos, precisam ter alguma união Muitos estão sendo afastados por grandes, entretanto, a qualidade Campus. "Os problemas são alunos e a carga horária é que permita trabalharem os problemas de saúde, como dos trabalhos científicos não diversos, desde transporte na exaustiva, gerando desgaste problemas em comum. O que doenças físicas e psicológicas. acompanha o mesmo ritmo a Univers idade, b ib l io teca, físico e mental dos professores". está acontecendo aqui em Sinop Os docentes já não estão aguen- nível internacional, já que os qualidade da refeição do Restau-Com esse depoimento abrimos a é que os professores estão tando mais", desabafa. projetos brasileiros são os menos rante Universitário e o valor da reportagem para retratar as naturalmente se organizando de A situação é alarmante. citados em relação a outros xérox. Mas o que mais buscamos condições dos docentes da uma forma informal, em torno de Denúncias dos professores países. mesmo é que a Reitoria entenda Universidade Federal de Mato problemas comuns que não chegaram à Associação dos Para o presidente da que precisamos de espaço para Grosso (UFMT) - Campus Sinop, conseguem ser resolvidos por Docentes da Universidade ADUFMAT, Carlos Roberto ficar dentro da Universidade. Não a 500 quilômetros de Cuiabá, uma organização como essa que Federal de Mato Grosso – Sanches, que visitou o Campus e temos assistência estudantil local em que foi implantado o foi aplicada em Sinop e que, com ADUFMAT S. Sind. Uma das ouviu os docentes, a situação em adequada. Não existe a casa do Programa de Apoio a Planos de certeza, nos próximos anos vai mais graves foi o fato de docentes que eles se encontram é preocu-estudante e as condições internas Reestruturação e Expansão das trazer alterações", pontua. trabalhando até 24h semanal- pante. Segundo ele, o maior no Campus são precárias. Por Universidades Federais (REUNI). A professora ressalta ainda mente, mais que o determinado entrave para a realização de exemplo, em final de semestre Gerdine Sanson é professo- a falta de resolução dos proble- (normal é entre 8h para os que projetos de qualidade está fica impossível de estudar dentro ra universitária do curso de mas, que implica muito no fazem pesquisas e 16h para justamente ligado ao fato dos da biblioteca, pois o espaço é Medicina Veterinária e está no desenvolvimento das ações aqueles que não possuem professores não terem tempo pequeno e faltam computadores Campus desde 2009. Embora dentro do campus. "O que projetos em andamento). suficiente para as pesquisas. para pesquisa”, afirma.esteja há pouco tempo, a acontece é que ninguém dentro Mas não é só isso que “Eles sofrem muita pressão para

Em entrevista, o Pró-Reitor docente consegue perceber a dessa estrutura tem poder pra preocupa a d i re tor ia da fazer os projetos. São avaliados a Marco Antonio Araujo afirma que dificuldade que os professores resolver esses problemas, que só ADUFMAT. Outra questão é a cada dois anos pela própria mudanças já estão ocorrendo. "O enfrentam para lecionar na vão se acumulando e futuramen- produção científica, que no país Reitoria da UFMT e Ministério da Restaurante Universitário já está universidade. "Eu vejo que hoje te vai gerar uma demanda que é medida pela quantidade de Educação (MEC), e caso queiram em construção, bem como a está muito melhor do que vai exigir da administração uma trabalhos acadêmicos. Embora o uma progressão e promoção extensão da biblioteca, para que quando eu cheguei aqui, mas os solução. Isso naturalmente vai número seja grande, com a falta relacionado à docência, são caibam mais alunos. O Campus é docentes mais antigos já não trazer mudanças e é o que nós de tempo aplicada a essas obrigados a produzir uma certa novo e está crescendo. Infeliz-estão conseguindo trabalhar, esperamos". atividades tendem a interferir na quantidade de trabalhos científi-mente não depende só de nós. Os pois, os entraves são múltiplos. Uma das maiores reclama- qualidade dos trabalhos, que por cos, o que nem sempre é feito prazos existem e estamos Alguns colegas nos contam que ções dos docentes, segundo ventura tem sido inferior a outros como deveria ser", pontua. lutando para que eles possam ser antigamente era quase que Sanson, é a sobrecarga de países, como mostra levanta- Sanches ressalta que os acelerados, mas temos que ter impossível dar aula no Campus. trabalho que impossibilita o mento feito pelo grupo SCImago projetos científicos dos professo-paciência", informou.Houve melhoras, mas ainda professor de fazer pesquisa e Institutions Rankings (SIR), que res universitários acabam se

estamos muito longe de alcan- extensão que são uma das consiste em um projeto de tornando inviáveis, já que os Históriaçarmos o ideal. As dificuldades características da Universidade, avaliação da investigação docentes precisam estar fora do

são muito grandes", relata. como aponta o professor Yuri científica das universidades do campo didático para realizar as Implantado em 1981, em Sobre o REUNI, a professo- Alexandroveish: “A qualidade de mundo. pesquisas. "Com a maioria do

uma área de 60 hectares, o ra explica que o modelo educaci- ensino está caindo, pois o No ranking da pesquisa, o tempo dentro de sala de aula, o Campus Sinop teve a sede onal não tem funcionado como professor não tem tempo para Brasil subiu de 17º lugar que é feito nesse pouco tempo provisória em 1992, funcionan-proposto pelo Governo Federal. pesquisar e levar um ensino de mundial para 13º. Só em 2011 que lhe resta acaba interferindo

REUNI: modelo criado para aumentar vagasnas IFES funciona sequer sem estruturaDocentes e acadêmicos reclamam da má administração e péssimas condições de desenvolvimento da aprendizagem

Instalação provisória do RU não comporta acadêmicos e em horários críticos provoca tumulto

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do improvisadamente na escola Thiago Aranda Martin, mas popularmente conhecida como CAIC, mas só em 2006 deu-se inicio à instalação definitiva no Campus.

O município é o principal polo econômico e universitário do norte do Estado, com uma população de 105.762 habitan-t e s , s e gundo dados do IBGE/2007. Devido ao seu grande potencial econômico, o Campus Sinop possui cursos de graduação relacionados à agropecuária, formação de professores, saúde e meio ambiente. Atualmente oferece dez cursos: Agronomia, Engenha-ria Agrícola e Ambiental, Enge-nharia Florestal, Enfermagem, Farmácia, Medicina Veterinária, Zootecnia e Licenciatura em Ciências da Natureza, com ênfase em Física, Química e Matemáti-ca. Está previsto para o primeiro Sanches indaga que o analisa a implantação do REUNI equipamentos são de alto custo O IF possui 2 graduações, 3 semestre de 2014 a implantação REUNI não tem funcionado como de forma positiva. "Com Instituto e, a maioria deles não é compra- pós graduações e 5 coordenado-do curso de Medicina. deveria nas universidades. temos o acesso direto com a da pela Reitoria. São conquistas rias. Possui apenas uma secretá-

O Campus Sinop conta com “Extinguiram diversos departa- Direção do Campus, facilitando o dos professores, pelos trabalhos ria, cinco laboratórios de ensino e 200 professores efetivos e mais mentos da UFMT. Assim, as atendimento das nossas necessi- de pesquisas realizados na área". dois técnicos, sendo que um de 3 mil acadêmicos. De acordo decisões são feitas por apenas um dades. Também houve a renova- Estrutura - O Instituto de deles está em processo de com a Pró-Reitoria do Campus, único grupo de Colegiado e não ção do quadro de professores. Física compunha o Centro de aposentadoria. A média de ainda esse ano deve sair o edital por setores acadêmicos, como Embora tenhamos pedido 14 e Ciências Exatas e da Terra – hora/aula dos professores, para a contratação de 24 deveria ser. Dessa forma, os vieram apenas 8, mas o mais CCET, que agregava os cursos de segundo a Direção do Instituto, é professores na área de medicina, professores não tem a quem importante foi a vinda do curso Física, Matemática, Engenharia de 10h. Poucos fazem 8h, e 6 sendo 12 para Sinop e 12 para recorrer. Eles ficam omissos e de Bacharelado em Física. O Civil e Elétrica, Geologia e professores estão com 12h. Rondonópolis. acabam aceitando tudo o que lhes REUNI foi a única alternativa Química. Com o desmembra- Atualmente há 18 alunos para

é imposto pela Reitoria”, conclui. para conseguirmos trazer o curso mento das áreas da Eng. Civil e cada professor, sendo que o ideal Os departamentos existem para o Campus", enfatiza. Elétrica, formou-se o Instituto de seriam 12 alunos por professor.Estatuto

para que haja geração de Por outro lado, Arruda Ciências Exatas e da Terra A reportagem da ADUFMAT políticas acadêmicas, discus- reconhece que o número de (ICET), com os cursos de S.Sind tentou contato com a O presidente da ADUFMAT, sões das atividades dos docen- docentes oriundos do REUNI é Estatística, Química, Física, Reitora da UFMT, Maria Lúcia Carlos Roberto Sanches, é tes das áreas afins, bem como a insuficiente para atender o Geologia, Computação, Matemá- Cavalli Neder, para colher enfático ao dizer que a extinção avaliação de desempenho do Instituto, o que tem gerado a tica, que também passou por declaração sobre o REUNI, mas dos departamentos na Universi-profissional da educação. sobrecarga dos professores. "O uma transformação, juntamente até o fechamento dessa edição dade vai de encontro com o Atualmente, alguns Institutos trabalho intelectual exige muito. com a Faculdade de Engenharia não logramos êxito, pois segundo Estatuto da Instituição, conforme sem departamentos tomam A área de exatas requer muita Civil, Elétrica e Arquitetura e deu a assessoria de imprensa “a descrito no Título II, que trata da suas decisões aleatoriamente, dedicação, se o professor dá origem ao Instituto de Física e Reitora não teria espaço na estrutura acadêmica e administra-sem um profissional habilitado muita aula, ele não tem cabeça Faculdade de Computação. agenda”.tiva da universidade. “É totalmen-para uma determinada área. para fazer pesquisa, é desgastan-te inadmissível uma instituição ser Nesse caso, os projetos dos te”, relata.contraditória a sua própria lei”, professores cuja área de atuação O Instituto está em reforma implica. O artigo 5º ressalta:não tem departamento, são e alguns equipamentos estão “A universidade Federal de avaliados por uma Comissão praticamente a céu aberto por Mato Grosso organizar-se-á com Permanente do Pessoal Docente conta da demora e os laboratóri-observância dos princípios da – CPPD, criado pela própria os estão sucateados, implicando gestão democrática, da solidarie-Reitoria da Universidade. na qualidade de ensino, confor-dade e da descentralização,

me afirma o aluno do último conforme estabelece este semestre do curso de Bacharela-Campus CuiabáEstatuto”.do em Física, Marcelo Felipe Partindo desse pressupos-Zanella, 22 anos. "Os equipa-No Campus Cuiabá da to, é relevante destacar a mentos são poucos e estão UFMT a situação não é muito importância da criação dos ultrapassados. Por sorte, pela diferente. O Instituto de Física departamentos nos institutos das natureza do curso, no final a (IF), por exemplo, foi um dos que áreas afins, tais quais devem ser quantidade de alunos que se sofreram toda mudança estrutu-responsáveis pela discussão dos formam é pouca, mas sentimos a ral do REUNI, extinguindo os projetos real izados pelos

departamentos, conforme a dificuldade lá no inicio, quando docentes dos respectivos cursos, Resolução do Conselho Diretor tem um número considerável de como descrito no Artigo 8º do (CD) nº 20/2008, no Art. 1º: estudantes e os equipamentos estatuto:

são insuficientes. Isso prejudica “O Departamento é a I - Fica extinto o Departa- no nosso aprendizado, alem do unidade célula da estrutura

mento de Física previsto acadêmica, dotado de autono- cheiro horrível de infiltração na estrutura do Instituto mia administrativa e organizado causada por urina de morcegos de Ciências Exatas e da por área de conhecimento, nos laboratórios".Terra.constituindo a unidade exclusiva Sobre a reforma, o Diretor

II - Fica criado o Instituto de de lotação de professores, tendo do Instituto diz que a Reitoria já Física – IF.como objetivos principais, deu inicio às obras, e tem uma

coordenar, planejar e executar, proposta de atualizar os laborató-O professor universitário e em seu âmbito as atividades rios. "Estamos fazendo um

diretor do Instituto de Física, administrativas ligadas ao levantamento dos materiais, Alberto Sebastião de Arruda, ensino, pesquisa e extensão”. embora saibamos que os

Docentes se reúnem para discutir decisão da Reitoria sobre carga horária

O que é o REUNI om o objetivo de criar condições para a ampliação de

vagas e garantir o acesso e permanência na Educação C Superior, o Programa de Apoio a Planos de Reestrutura-

ção e Expansão das Universidades Federais (REUNI) foi criado

pelo governo federal, instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de

Abril de 2007.

O modelo educacional tem como diretrizes o compromisso

de ofertar formação e dar apoio pedagógico aos docentes, com a

utilização de práticas modernas e tecnologias de apoio à

aprendizagem. A meta é aumentar o número de cursos notur-

nos, docentes e alunos nos cursos de graduação em dez anos, e

permitir o ingresso de 680 mil alunos a mais nos cursos de

graduação em todo o país.

O REUNI é uma das ações que integram o Plano de Desen-

volvimento da Educação (PDE). Em Sinop, o REUNI foi implan-

tado em 2007. Já no Campus Cuiabá, desde 2004 já funciona-

va de forma experimental, na gestão do ex-Reitor Paulo Speller

(2000/2008). Desde então, o modelo de estrutura administrati-

va e gerencial privado, que é a marca do REUNI, foi sendo

implantado sub-repticiamente o que causa a indignação da

classe docente que se vê explorada, assim como dos discentes

que não têm garantia das melhores condições de aprendizagem

e permanência na Universidade.

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Informativo da Seção Sindical dos Docentes da UFMT6jornal da

Cuiabá/MT de 2013julho

Uma forte comunicação sindical é de comunicação de seções sindicais base da categoria.instrumento indispensável à luta dos das regiões mais próximas. A O que o ANDES-SN pretende com professores das universidades públicas ADUFMAT foi representada. isso é executar o Plano Geral de estaduais e federais do país. Por isso, é Foram dois dias de intenso debate Comunicação, aprovado no 55º preciso consolidar, junto às seções político e de levantamento dos princi- Congresso Nacional. O Plano consa-sindicais do ANDES-SN, núcleos de pais problemas que permeiam o setor gra uma discussão antiga e que está a jornalismo e assessorias de imprensa de comunicação na sede da ADUFF, cada dia mais madura. “Estamos capazes de cumprir essa tarefa. que é a seção dos docentes da UFF. refletindo sobre isso desde 1996, no I

Este foi o encaminhamento Um dos entendimentos consen- Encontro de Comunicação da ANDES-central do III Encontro Preparatório suais é que o setor de jornalismo não SN”, destaca o professor Rondon de do II Encontro Nacional de Comuni- pode atuar desconexo ao GT de Castro, que preside a Seção Sindical cação do Sindicato Nacional, que Comunicação, que deve indicar os dos Docentes da Universidade Federal reuniu em Niterói (RJ), entre os dias caminhos políticos e a abordagem de de Santa Maria (SEDUFMS) e é dire-6 e 7 de julho, jornalistas e diretores temas que reflitam as angústias da tor do ANDES-SN.

ADs reforçam comunicação sindical

No dia 22 de julho, os acadêmicos A UFMT Sinop tem mais de três mil não se pronunciou. “A fecharam a entrada do campus com pneus acadêmicos nos cursos Agronomia, expectativa do Comando e pedaços de madeira para reivindicar a Enfermagem, Engenharia Agrícola e de Greve é que esta mobili-aquisição de equipamentos para o hospital Ambiental, Engenharia Florestal, Farmá- zação traga benefícios e veterinário e funcionamento imediato dele, cia, Medicina Veterinária, Zootecnia, respeito por parte da assim como dos blocos de Farmácia; a Licenciatura em Ciências da Natureza, Reitoria, para que ouça as construção de um centro de vivência e a com ênfase em Física, Matemática e reivindicações e abra as disponibilização de um centro provisório Química. portas para negociações até que o permanente fique pronto; Já os estudantes do Campus IV (Rio que gerem resultados, construção de um complexo esportivo; Tinto/Mamanguape) da Universidade como ocorreu em 2010 após ampliação da biblioteca; funcionamento Federal da Paraíba (UFPB) estão em uma greve geral”, cita informe

as atividades do curso, como fazer do restaurante universitário; construção de greve desde o dia 9 de julho. Na data, os do Comando de Greve.‘vaquinha’ para pagar iluminador e uma guarita e mais segurança; criação do estudantes também ocuparam a direção Em greve desde o dia 16 de julho, os cenário. Não raro, o que ‘salva’ o labora-conselho máximo do campus; estrutura- do campus e permanecem lá até o estudantes de comunicação seguem tório é o uso de equipamentos pessoais ção; unificação da fazenda experimental e momento. Eles reivindicam melhorias no mobilizados e realizando atividades de dos alunos,” desabafou Kleyton Silva, legalização do xerox. Também são exigidos campus (RU's, residência, estrutura de debate e de protesto. Em assembleia na estudante de Jornalismo.concursos imediatos para contratação de laboratórios, livros na biblioteca), sexta-feira (26), os estudantes delibera-

Além da ausência de equipamentos novos professores. Os manifestantes assinatura de Termo de Ajustamento de ram em assembleia pela continuidade da nos laboratórios, os alunos também vetam a reformulação da Resolução 158 Conduta (TAC) pela Reitoria e Direção de paralisação, segundo informação no blog reclamam da precariedade do espaço do Conselho de Ensino Pesquisa e Centro e exigem ser atendidos pela do Centro Acadêmico de Comunicação.físico do instituto (bebedouro com Extensão (CONSEPE), que aumentaria a Reitoria no próprio campus. Na Universidade Federal do Pará defeito, insalubridade dos banheiros, carga horária dos docentes. Os estudantes Segundo os estudantes, antes da (UFPA), estudantes da Faculdade de falta de acessibilidade para deficientes apontam que os professores já estão greve ter sido deliberada em assembleia Comunicação (Facom) paralisaram as físicos etc) e exigem concurso público sobrecarregados e essa mudança na estudantil realizada no dia 9 de julho, atividades curriculares por tempo indeter-para docentes e técnicos administrativos.resolução inviabilizaria ainda mais a foram realizadas várias tentativas de minado requerendo melhores condições

Os professores decidiram apoiar o pesquisa e a extensão. negociação, todas sem sucesso. “Com a de infraestrutura e recursos humanos na movimento dos discentes e, junto com Em março, o Diretório Central dos falta de negociação por parte da Reitoria, Faculdade. O estopim para o início do eles, se reuniram com o reitor da UFPA, Estudantes (DCE) fez um movimento o movimento resolveu tomar essa atitude, movimento foi a reincidente ausência de Carlos Maneschy. No entanto, não houve pacífico para demonstrar a insatisfação pois vem desde fevereiro tentando o infraestrutura dos laboratórios que acordo com a Administração Superior, dos estudantes quanto à falta de espaço diálogo”, explica Pedro Henrique, envolvem as atividades audiovisuais.pois o reitor não se comprometeu com destinado à leitura e estudos extra-classe, estudante em greve. “Os estudantes, já há alguns anos, prazos para atender as reivindicações.assim como a falta de computadores com Os estudantes afirmam que não há têm que responder com ‘criatividade’ à

Os estudantes também receberam livre acesso. Eles cobraram a ampliação previsão para o encerramento da greve, falta de equipamentos e técnicos habilita-apoio do Sindicato dos Jornalistas do da biblioteca, mais mesas, mais compu- já que, segundo eles, a Reitoria está dos para operar equipamentos caros, Pará.tadores com internet e o aumento do sendo intransigente e não está dando o pesados e, não raro, defasados. Ou ainda,

acervo bibliográfico. devido respeito ao movimento, pois ainda recorrem a improvisos para desenvolver Fonte: ANDES-SN

Registrados pelo menos três movimentosgrevistas de discentesHá vários movimentos grevistas de estudantes universitários registrados pelo país;um deles na UFMT, campus de Sinop.

ASPUV conseguiu, através de assessoria jurídica, TCU é de responsabilidade da Administração Cen-decisão favorável a uma professora filiada aposentada tral da UFRRJ. O juiz já apreciou o processo, sem há mais de 15 (quinze) anos para manter o valor de seu ainda deferi-lo favorável à ação, e que o mesmo

Adufrj denunciou que a Fundação Carlos Chagas adicional por tempo de serviço (hoje chamado anuênio) havia sido conduzido para novo "posicionamen-Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janei- de 46% para 13%. to/encaminhamento".ro (Faperj), financia pesquisa de armas não-letais para a polícia. A ADUR-RJ protocolou a ação de antecipação de ADUnB completou 35 anos da criação com um

tutela, junto a Vara Federal do Rio de Janeiro, com o jantar dançante com o tema “Festa dos Estados”. A A direção da ADUFF retomou, este mês, o projeto objetivo de que o pagamento dos adicionais de Associação dos Docentes foi criada oficialmente em

“Sindicato Itinerante” no interior. A iniciativa é mais uma periculosidade e insalubridade fosse restabelecido, 24 de maio de 1978 e todos os anos essa data é lem-ação de aproximação do sindicato com a categoria. uma vez que o não cumprimento das exigências do brada com um grande evento.

Giro pelas Ads

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Cuiabá/MT de 2013julho

numa primeira etapa no sentido da gente de informações sociais sobre os impac-contribuir com soluções inteligentes que tos provoca insegurança nos moradores, nos possibilitassem benefícios palpáveis no que se sentem coagidos e não conse-campus e no entorno, como é a Avenida guem mobilizar-se para fazer frente às Parque do Barbado”. forças do Estado.

A Avenida citada seria a obra que A professora chama a atenção para o demandaria o maior número de desapro- papel representado pela UFMT no proces-priações de moradores dentro todas as so de implantação da Copa do Mundo. intervenções. O projeto inicial já constava Para ela, o grande impacto do megaevento no Plano Diretor de Desenvolvimento da universidade foi servir aos interesses da Estratégico de Cuiabá, de 2008, propon- FIFA, apoiando um projeto dessa natureza. do interligar a Avenida Fernando Corrêa da “Não somos nós que construímos essa Costa à Avenida Arquimedes Pereira Lima Copa. É contraditório apoiar educação de (Estrada do Moinho) e a outras grandes qualidade e apoiar a Copa. Sim, temos avenidas como a Dante de Oliveira vários problemas para resolver dentro da (Avenida dos Trabalhadores), a Gonçalo universidade. Precisamos pensar em que Antunes de Barros (Jurumirim) e a universidade nós queremos. Só então Vereador Juliano Costa Marques, marge- poderemos ter a noção do que queremos ando o córrego que dá nome ao empreen- apoiar ou não. Se a UFMT trabalhasse com dimento. Tudo isso para “desafogar” a os impactos sociais estaria cumprindo seu Avenida Miguel Sutil. papel de ser uma universidade socialmen-

O estudo coordenado pelos professo- te referenciada”. alta menos de um ano para a construção da Avenida Parque do Barbado. res do departamento de Geografia da Contudo, os impactos sociais são o Copa do Mundo de Futebol. Se Pagos pela Fundação Uniselva, os UFMT, indicou que para a conclusão da traço invisível das mudanças provocadas Cuiabá é um imenso canteiro de projetos foram executados por pesquisa- empreitada seria necessário impactar pela Copa do Pantanal. Poucos sabem, F

obras, a UFMT, sede de um dos Centros dores doutores que coordenaram equipes 579 famílias distribuídas em 445 casas mas se todos os projetos em vigor estive-Oficiais de Treinamento (COT), também formadas por docentes e estudantes. A (domicílios), totalizando 1695 pessoas rem completos, a entrada principal da tem sua cota de intervenções. Mas oferta dessas equipes às necessidades da vivendo nos bairros Bela Vista, Renascer, UFMT será transferida para frente do COT, engana-se quem pensa que esse é o único Secopa é uma posição política da reitora Pedregal e Castelo Branco. Segundo a na direção da Avenida Parque do Barbado, papel desempenhado pela maior universi- Maria Lúcia Cavalli Neder e sua gestão, Secopa, a demanda pelas desapropria- alterando o mapa atual da cidade univer-dade do Estado. Além de ser uma das como nos diz Fabrício: “Desde quando a ções e remanejamentos freou os seus sitária. A guarita da Avenida Fernando bases para o treinamento das seleções Copa do Mundo foi anunciada para planos e, em fevereiro deste ano, foi Corrêa se tornará o ponto de acesso ao estrangeiras, a UFMT atendeu à demanda Cuiabá, a reitora Maria Lúcia determinou lançada a ordem de serviço apenas para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), obra da Secretaria Extraordinária da Copa do que os professores e a comunidade se execução do trecho entre a Avenida ainda sem previsão de conclusão. Tam-Mundo (Secopa) por pesquisas que mobilizassem no sentido de nos preparar- Fernando Corrêa e a Estrada do Moinho, bém está prevista a abertura de uma avaliassem o cenário socioeconômico mos para esse momento para que estivés- diminuindo as remoções em quase guarita na Estrada do Moinho, cuja para a realização do megaevento. semos prontos para contribuir com o que 100%. duplicação está sendo executada.

Coordenados pelo Pró-Reitor de fosse necessário”. Outra docente da UFMT que estuda Para a reitoria, todas essas mudanças Cultura, Extensão e Vivência, Fabrício Essa mobilização, com iniciativa da os impactos da Avenida Parque do são vistas como melhorias, avanços Carvalho, foram quatro pesquisas enco- Administração Superior, foi feita “via Barbado na população local é Adriana estruturais que a UFMT ganhará sediando mendados pela Secopa: um levantamento portaria”, gerando uma comissão designa- Queiroz, do curso de Geografia do o COT, em especial para a Faculdade de dos espaços para prática esportiva nos da para, nas palavras do Pró-reitor, traba- campus do Médio Araguaia. Sua pesqui- Educação Física. Quanto aos projetos municípios da baixada cuiabana; uma lhar e pensar para que os impactos fossem sa de doutorado, em andamento pela encomendados pela Secopa, Fabrício projeção do legado do evento; um estudo “tratados de forma positiva”. “Desde o Unicamp, intitulada “Metropolização e Carvalho afirma: “A universidade desem-das necessidades do comércio para início nós temos feito trabalhos de otimiza- Megaeventos”, analisa justamente as penhou nesse primeiro momento um receber os visitantes e; por fim, o mapea- ção dos recursos, propondo soluções. Toda remoções provocadas pelas obras da papel muito importante na consolidação mento das famílias impactadas pela a parte acadêmica científica foi mobilizada Copa do Mundo. Em sua opinião, a falta de informações técnicas e claras na

construção de políticas. São recursos públicos pagos com recursos públicos, e de muita competência. São duas fases importantes que a gente vem se relacio-nando com o Estado de Mato Grosso em relação à Copa do Mundo”.

A exemplo da professora Adriana, grupos como o Comitê Popular da Copa são críticos a essa postura. Ao invés de benefícios, o grupo, formado por profis-sionais oriundos da UFMT e estudantes, acredita que a Copa do Mundo é um projeto que visa destacar o Brasil em um contexto internacional que envolve interesses escusos, em detrimento das populações pobres e marginalizadas. “O uso de recursos públicos e o endivida-mento do Estado em nome de um megaevento é uma afronta às pessoas que sofrem com o mau funcionamento dos serviços básicos”, defende o jorna-lista Caio Oliveira, membro do Comitê. “Não há retorno possível para tantos gastos executados às pressas e sem a devida fiscalização, sem o controle social”, diz.

Universidade colocou-se à disposição de um projeto que provoca impactos socioambientais e pode, em longo prazo, endividar o Estado

Ilustração do Centro Oficial de Treinamento da UFMT (COT)

Construção da Avenida Parque do BarbadoFoto: Secopa

UFMT a serviço da FIFA

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Informativo da Seção Sindical dos Docentes da UFMT8jornal da

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espaço está sobre sua responsa- tar sua capacidade de receber bilidade e para a segurança das eventos, para o professor a pessoas que estão transitando na extensão possibilitará que os

artistas locais que têm acervo fixo no Museu de Arte e Cultura Popular (MACP) não tenham suas exposições “espremidas” por obras de artistas de fora quando há eventos do gênero.

Sobre as lojas previstas no projeto, Portocarrero é categórico em sua opinião: “não é privatiza-ção, é uma melhoria”, dando exemplos de outras universida-des que seguiram o mesmo caminho. Serão seis boxes desenhados para acomodar

região, para que não ocorra estabelecimentos como pontos nenhum acidente, em vez de de venda da Editora da UFMT, jogar o canteiro mais para perto livrarias e papelarias, além de da Adufmat, ele jogou o canteiro obra de extensão do representativas e da comunida- e estes agora são vizinhos da um restaurante particular.mais para o fundo. Aí virou Centro Cultural da de acadêmica. sede da Adufmat-S.Sind. A A opinião não é comparti-aquela celeuma do Bosque”.A UFMT, que antes ia A polêmica começou em maioria das árvores não está lhada pelos estudantes. Para

A obra, aprovada pelo afetar em cheio o Bosque da abril deste ano, quando os estu- mais cercada, mas os outros Viviane Motta, estudante de Conselho Diretor desde 2009, Universidade, foi relocada para dantes protagonizaram uma pontos de reivindicação dos Ciências Sociais e coordenadora teve licitação ganha por uma próximo do jardim da ADUFMAT. batalha contra a construção. estudantes ainda permanecem geral do DCE, este tipo de inicia-empresa de Curitiba. “A obra A reação contra a derrubada de Organizados por meio do DCE, sem respostas, a exemplo das tiva é prejudicial à universidade. sempre foi integrada ao Centro árvores em uma das poucas e saíram em defesa do Bosque, que exigências de democracia e a “É uma privatização pelas beira-Cultural, mas como o engenhe-mais queridas áreas verdes do havia sido cercado com tapumes rejeição a lojas e restaurantes de das. O Estado tem que garantir iro é de fora, eles foram sim-campus de Cuiabá parece ter que demarcavam o canteiro de empresas privadas.

de forma pública o acesso a plesmente metendo a cerca e surtido efeito, embora a direção obras. Além da área verde, os De acordo com a Pró-reitora

restaurante, livraria, biblioteca. tiveram que refazer”, conta da UFMT alegue que a mudança estudantes defendiam também a de Planejamento Elisabeth

Essas empresas se instalam no Elisabeth.só tem a ver com um equívoco democracia nas decisões dentro Mendonça, a obra nunca mudou espaço universitário e se aprove-Sobre o projeto, o arquiteto no momento de implantação do da universidade, alegando que a de lugar. “Houve um equívoco no itam da sua estrutura para obter e professor da UFMT, José Afon-canteiro. Com a relocação, a comunidade acadêmica não momento de implantação do lucro”. O DCE pretende acompa-so Portocarrero, explica que é obra forçou a retirada de apenas havia sido ouvida pela Adminis- canteiro de obras. Quando você nhar a execução da obra na uma extensão do Centro Cultu-umas poucas árvores. Contudo, tração Superior e não pôde opinar licita uma obra e dá a ordem de tentativa de reverter esse qua-ral. “Ele carece hoje de um ainda há, no projeto, espaço sobre o uso do espaço. serviço é obrigado por lei a cercar dro, que faz parte das decisões espaço de complementação da para restaurantes e pontos de Meses após os protestos, uma área o dobro daquela que tomadas pela Administração função dele. Você tem hoje uma venda que serão ocupados pela funcionários da construtora você vai construir. Por segurança Superior sem a consulta à comu-exposição, não tem lanchonete iniciativa privada, na contramão vencedora da licitação desloca- do empreiteiro que, a partir nidade acadêmica.próxima”, diz. Além de aumen-dos anseios das entidades ram os tapumes para outra área, daquele momento tem aquele

Bosque está salvo, mas obra relocadaainda está aberta ao setor privado

Pichação em protesto no tapume que divide o canteiro do jardim da ADUFMAT

assados três meses após durante as investigações, mas tação, foi acusado por desacato à e outra justiça (Comum) defen- Adufmat S.Sind apoia os o episódio que envolveu continuam nos postos de autoridade e a perturbação da de-los quando nos acusaram por acadêmicos e acompanhará o P acadêmicos da Universi- trabalho até serem julgados e ordem pública, juntamente com desacato? Ficamos à mercê caso até as que as providências

dade Federal de Mato Grosso deverão responder processos outros cinco universitários, o dessa justiça. Nos vemos finais sejam tomadas. (UFMT) e agentes da Ronda administrativos por má conduta indiciamento dos policiais da perdidos em relação a essa Ostensiva Tática Móvel (Rotam), praticada no cenário, que Rotam não ocorre apenas em situação, sem saber o que fazer". Manifesto em uma manifestação na luta por revoltou toda a classe estudantil. uma manifestação isolada. "Nós Os alunos esperam agora

Durante a ação pública, na assistência estudantil, o inquéri- O Juizado Especial Criminal de vemos como acontece por todo o que o indiciamento dos policiais Av. Fernando Correa em Cuiabá, to analisado pela Corregedoria Cuiabá encaminhou um termo de país. Infelizmente o caráter da possa resultar na condenação e os universitários protestavam Geral da Polícia Militar, para conciliação judicial, a fim de policia é opressor por causa do expulsão dos agentes da corpora-contra a decisão da reitoria do investigar as ações dos PM's firmar um acordo com os mani- próprio Estado. Isso (o indicia- ção. O encaminhamento agora campus de cortar 50 vagas da resultou no indiciamento de festantes, considerados culpa- mento) não vai mudar em nada. será para o Ministério Publico Casa do Estudante, designada apenas três dos 50 agentes da dos, para que respondessem em Eles continuam aí fora trabalhan- que deverá acatar ou não as aos estudantes de baixa renda corporação envolvidos. O capitão liberdade com serviços comuni- do e nós ainda nem sabemos o denúncias contra os agentes. De vindos de outras regiões. Na Wittenberg Souza Maia, o tários durante cinco meses, mas que vai acontecer conosco", acordo com a Corregedoria Geral ocasião, seis manifestantes tenente Roosevelt Marcos Barros os acadêmicos negaram por desabafa. da PM os nomes dos policiais foram detidos e cerca de dez da Silva Junior e o soldado alegarem serem vítimas e não Uma das vítimas que militares não serão divulgados alunos feridos por balas de Wellington Bispo foram acusa- réus conforme acusação. prefere não se identificar, diz não para preservá-los, já que ainda borracha disparadas pela Rotam. dos de maus tratos aos alunos Para o estudante do curso entender o posicionamento da não foram condenados pela Imagens foram divulgadas nas por lesão corporal, abuso de de Comunicação Social, Sérvulo justiça. "Como pode uma justiça Justiça. A Associação dos redes sociais e o caso repercutiu autoridade e agressão. Neuberger, que além de sofrer (PM) entender que houve Docentes da Universidade nacionalmente.Os policias foram afastados lesão corporal durante a manifes- negligencia por parte dos agentes Federal de Mato Grosso -

Indiciamento de PM's envolvidos nomanifesto não agrada estudantes da UFMT

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Informativo da Seção Sindical dos Docentes da UFMT 9jornal da

Cuiabá/MT de 2013julho

que vão fazer aí, até porque não virtude dessa dificuldade: professores em sala de aula. governo que é a ampliação de oi um dia inteiro de sabemos o que é. Mas somos porque a repressão é muito sutil. Outra luta importante é pela vagas com a manutenção do atividades políticas, contra a maneira vertical e sem O professor às vezes nem carreira docente que ficou mesmo pessoal. E não é essa culturais e um almoço Fdiscussão de como as coisas entende que isso está aconte- patente na greve de quatro universidade que queremos”, na ADUFMAT S.Sind. para acontecem na UFMT. Não cendo com ele”. meses do ano passado. A luta reforça Sanches.marcar a adesão dos docentes sabemos o porquê desses Conforme a diretora, contra a privatização dos A luta dos docentes cruza da UFMT à greve geral do dia 11 tapumes. Do dia para noite eles “fizemos esse dia cultural para hospitais que já estão sendo com a dos estudantes em vários de julho. Mais de 200 pessoas, apareceram aí. Não houve uma que a comunidade universitária geridos pela Empresa Brasileira aspectos, principalmente no que entre professores, estudantes e discussão. Não houve uma entenda que o espaço de luta de Serviços Hospitalares diz respeito à educação de t raba lhadores da UFMT, reflexão sobre como criar esse não é seco, rígido, sombrio, (EBSERH) também é urgente. qualidade. “Toda a comunidade passaram pela Associação.espaço, mas não estamos em totalmente despovoado, como O dia começou cedo, às silêncio. Estamos nos manifes- muita gente fala. Não! A 9h, com a graffitagem dos tando contra o que vão fazer cultura agrega e temos que tapumes que cercam os espaços porque não sabermos o que é”. fazer a nossa luta também onde serão construídas obras

semeando cultura, por isso a ideia do graffiti, da capoeira, da poesia e da música. O graffiti é uma maneira de passarmos o que sentimos”.

O graffiteiro Cleiton Soares, o Amarelo, que há 10 anos trabalha com essa forma de expressão artística, esboçou, entre outros traços, a palavra “respeito” no tapume bem em frente à ADUFMAT. “A profissão do professor é tão ou mais importante que qualquer outra. Não existe um médico, um advogado e nenhum outro

“A carreira docente é acadêmica sente a precariedade profissional se não tiver o fundamental, na nossa leitura, provocada pelos cortes na professor”, observa o grafiteiro.porque não representa só uma educação”, diz a coordenadora O graffiti sempre teve questão de posicionamento do geral do Diretório Central dos públicas e privadas, sobre as Para Gleyva, o Movimento ligação com protestos. “Um dos professor nessa ou naquela Estudantes (DCE) da UFMT, quais a comunidade acadêmica Docente, nessa conjuntura de públicos que começou a faixa salarial, ou se ele é adjunto Viviane Motta.tem pouca informação. protestos pelo país, “se coloca multiplicar essa forma de

“Graffiti é arte. A ideia é em luta porque nossa carreira só manifestação foram os punks, colocar arte onde, na universi- vem sendo desconstruída”. Ela que deixavam pelos muros das dade, estão colocando muros. A denunc ia admin is t rações cidades palavras de indignação arte não separa. A arte é para autoritárias que fazem com que e revolta. O graffiti então sempre ser contemplada e poderá atrair o professor tenha medo de teve esse cunho político muito os olhares para agregar”, participar das assembleias da forte”, explica Amarelo.explica a diretora de As. Sócio- categoria. “Muitos têm medo de Na sequência, a professora Culturais, Gleyva Maria. represália. Estamos sabendo Marília Beatriz, do Departamen-Informações não confirmadas disso. Isso é o fim! Nem no to de Artes, apresentou no dão conta que atrás dos tapu- tempo da ditadura havia uma auditório da ADUFMAT três mes, onde hoje é um parque repressão tão grande porque as artistas locais que recitaram verde, será construído um pessoas conseguiam se indignar poesias: Lúcia Palma, Luis restaurante particular. “Não contra isso e se manifestavam. Carlos Ribeiro e Neneto. O somos exatamente contrários ao Hoje vivemos essa inércia em professor Gilberto Goulart

apresentou-se com o grupo de capoeira Quilombo Angola.

A banda de rock Orpheus encerrou a atividade cultural, tocando “Que país é esse?” e outras músicas da Legião ou de outra classe qualquer. É Depois da programação Urbana, Raul Seixas e autorais, muito mais do que isso. A cultural, a categoria foi à como a música “Revolução”. carreira deve de fato refletir as concentração na Praça 8 de abril

O presidente da ADUFMAT, aspirações dessa categoria. Ser conforme encaminhado em Carlos Rober to Sanches, professor significa muito mais assembleia geral. Depois destacou que nesse momento do que ser adjunto ou assisten- seguiram em marcha para a histórico, as pautas docentes da te, envolve um conjunto de Praça Alencastro, se unindo ao UFMT se colocam entre as questões que devem ser movimento em defesa do demais pautas dos trabalhado- pautadas, por exemplo, a transporte público. A greve geral res. A mais recente luta foi ameaça de variação na carga foi uma convocação das centrais contra as mudanças na Resolu- didática que compromete a sindicais, entre elas a CSP-ção 158, que aumentariam a qualidade da educação. Isso Conlutas, central a qual a exploração do trabalho dos atende a uma única questão do ADUFMAT é filiada.

11 DE

JULHO

GREVE

GERAL

Cultura marca dia de lutados docentes da UFMT

Arte quebra barreiras, acredita professora Gleyva

Capoeira que rasga o chão, com grupo do professor Gilberto

Poesia também denuncia, aposta a professora Marília

Revolução, o futuro está em nossas mãos, diz o rock da Banda Orpheus

Page 10: Jornal da Adufmat - julho 2013

professor da USP, Osvaldo Não é de agora que o povo está nharia Civil). “Anuncia que tudo está sob Coggiola, destaca em seu artigo insatisfeito, na opinião da professora controle, mas as pessoas estão sentindo O “A Revolução não será transmi- Gleyva Maria (Serviço Social), por isso, no dia a dia que as coisas não estão

tida por Facebook”, pois essa rede social é saiu às ruas. “Desde que a nossa consti- bem, que falta muita coisa e muita coisa apenas um instrumento virtual de mobili- tuição de 1988 foi promulgada, nós não precisa ser melhorada, principalmente a zação. “Trata-se de um meio espetacular conseguimos avanços e o Movimento honestidade”.para acelerar a velocidade e ampliar o Docente se coloca em luta diante dessa escopo de difusão de ideias e propostas, conjuntura, porque, desde então, sob a condição de que elas (as ideias e nossas bandeiras estão sendo descons-propostas) existam previamente". Porém, truídas. Nossos direitos estão sendo "ele é também usado pelo conformismo estilhaçados”.intelectual que caracteriza a intelectuali- Mato Grosso trata melhor o gado e a dade orgânica”. soja do que a população. É o que pensa o

Partindo desse ponto, o professor professor Vanderlei Pignati (Medicina). Tomas Boaventura (História) destaca que “Estamos vivendo uma situação crítica a onda de protestos, inicialmente, se em relação ao Estado, em relação à mostra como um “fogo de palha”, aceso população. Crítica em relação à questão pelo facebook. Na visão dele, “a socieda- ambiental, crítica em relação inclusive a de tem de se organizar melhor, através de Mato Grosso, um dos maiores produtores suas bases, seus sindicatos, e é isso que do mundo de soja, milho, algodão, giras-dá força”. sol e agora de gado. Ao mesmo tempo, o

Estado vive essa miséria em relação à saúde pública, educação pública e às condições de vida da nossa população.

“Esse tipo de manifestação, em tese, Chegou um momento, não só aqui em sempre foi muito bem-vinda. É necessário Mato Grosso, de não apenas refletirmos, para o país, parar e refletir sobre os porque nós já estamos refletindo sobre elementos políticos, mas parece que, essas questões há anos, mas tomarmos principalmente observando as manifesta- uma atitude, pois se você deixar apenas ções de junho, há uma recusa geral por para o governo resolver essas questões, organizações tradicionais e conservado- vão piorar cada vez mais as condições ras. Toda a crítica política precisa se que nós chamamos de vida. A questão do Capitalismodebruçar sobre isso”, sugere. ambiente, cada vez pressionando para

Para Roberto, o excesso de jornada é aumentar a produção agrícola aqui no O Fundo Monetário Internacional um dos problemas mais graves do traba- nosso Estado, a produção industrial em (FMI) refez o crescimento do Produto lhador docente, assim como o autoritaris- São Paulo, a produção de petróleo no país Interno Bruto (PIB) projetado para o mo dentro das universidades. “Os gover- e o que está revertendo isso para a vida da Brasil em 2013, que baixou mais 0.5%. nos todos tentam aparelhar as universida- população? Muito pouco.” Para Pignati, Estava estimado em 3%, caiu para des, mas nenhum foi tão eficaz como o “os professores não estão descolados 2,5%. A União Europeia continua com governo petista. A ditadura militar usou as dessa realidade”. problemas econômicos; os Estados formas mais absurdas, dizimou pessoas. Unidos também. A China está repensan-Temos que abominá-la e nunca fazer do seu crescimento. O Egito e o Oriente apologia a esse período nefasto. Mas em Médio explodem em conflitos contra se tratando de governos civis pós-ditadura, ditaduras. Mas, apesar dessa onda de o projeto petista tem uma diferença dos protestos registrados em vários pontos

Boaventura destaca ainda que a demais, para pior, porque ilude no discur- do mundo e da crise econômica interna-Associação Nacional dos Docentes do so. Ilude os docentes e o povo, que é cional, o capitalismo vai bem, obrigado! Ensino Superior vem falando há muitos subjugado por bolsa e cotas. Parece que O sistema regenera-se, inclusive se anos sobre o esgotamento dessa política isso agora começa a ser repensado. Ainda aproveitando desses momentos e usan-para saúde, educação, segurança e bem, porque uma universidade aparelha- do aporte financeiro do Estado. E é claro transporte, reclames que estão nas ruas. da empobrece a prática docente e vira que os impactos dessa conjuntura “Somos pioneiros nessa denúncia e acho uma instituição de privilégios e exclusões. política e econômica afetam o Brasil, por que a sociedade está se convencendo Tudo isso é feito de forma subjetiva e difícil vários motivos. Um deles é que o país disso. Agora é muito importante que nos de ser identificada”. está entre os grandes vendedores de unamos todos”. commodities, através do agronegócio. O

Enquanto o povo está em massa nas trabalhador, diante disso, se vê ainda ruas, os docentes de maneira geral não mais pressionado. “O resultado é sempre aderiram. “É que a maioria de nós é mais exploração e as condições vão se altamente conservadora. As administra- exacerbando e em geral, nesses momen-ções estão à mercê das políticas do tos, acontece a consciência de classe”. É governo. Existem os carreiristas, através a análise do professor doutor Dorival dos quais o governo petista está apare- Gonçalves Jr., que enxerga na opressão lhando as universidades”. Além dos capitalista o motivo que leva o povo às coniventes, o professor aponta a “massa ruas, ainda que essa consciência seja amorfa de docentes que não está nem aí”. “A primeira vacina é dos bois. São 27 apenas um lapso.Em contraponto, está o Movimento milhões de cabeças, todos vacinados “Boa parte dos trabalhadores sabe Docente, reagindo, resistindo, fazendo corretamente, com controle do Estado que o problema é o sistema capitalista. greve, como a do ano passado. que faz a supervisão, contra aftosa etc. Quando a gente olha as manifestações

Para o professor Roberto Boaven- Agora, como estão os cuidados com a deflagradas no país, foram de fato moti-tura (Letras), a Universidade mais uma população que é de apenas 3 milhões? O vadas pela questão do transporte. Outra vez não está cumprindo com sua “SUS” do boi e o “SUS” da soja estão parte está ali como massa, ainda sem função social, que seria refletir sobre o muito melhores do que o SUS da popula- essa clareza ideológica”.momento político. Promover pales- ção”, denuncia. Dentro do Movimento Docente a tras, debates, seminários, congressos, A “mídia falaciosa” ajuda a atrelar maior preocupação é que boa parte dos para que cada um saiba o que está os trabalhadores, silenciá-los, diz o professores ainda não se considera acontecendo. professor Cláudio Cruz Nunes (Enge- trabalhadores, ou seja, não têm consciên-

Informativo da Seção Sindical dos Docentes da UFMTCuiabá/MT de 2013julho10jornal da

Por que o povo está nas ruas?

Vanderlei Pignati

Tomas Boaventura

Roberto Boaventura

Gleyva Maria

Cláudio Cruz

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Informativo da Seção Sindical dos Docentes da UFMT Cuiabá/MT de 2013julho 11jornal da

Quais são as reivindicações leque de questões que nós soal. E não é essa universidade nós precisamos dialogar com a carga provoca adoecimento de do MD dentro dessa onda de tentamos dialogar com a que queremos. Há uma insatis- sociedade sobre uma melhor várias ordens. protestos? sociedade. fação total com o excesso de formação do médico brasileiro e

trabalho e com as condições não com projeto de ampliar a E o assédio moral? Na realidade nós não para realizar esse trabalho. formação em mais dois anos ou

conseguimos ainda divulgar as trazer médicos de fora do país. Falta de democracia mes-grandes questões sobre a E a privatização dos HUs? São intervenções errôneas que mo! Temos uma história de universidade pública. Dentro não vão gerar melhorias. Além poder complicada no Brasil. As dessa discussão sobre educa- No caso de Cuiabá, o Hospi- disso, a iniciativa privada den- pessoas assumem qualquer ção, volta a questão dos 10% tal Universitário Júlio Muller é o tro de um hospital escola é o cargozinho e há uma inversão. do PIB para educação, mas único público. Ocorre que com a maior desvio que a gente pode Nós elegemos nomes para nos ainda não apareceram as empresa criada pelo governo, ter da lógica médica, de atendi- representar e, quando chegam questões das universidades. Mas a carreira docente está podemos ter, dentro do hospi- mento universal e humanizado. ao poder, passam a representar Nós defendemos a universida- na centralidade da luta? tal, médicos com funções o status quo. Professor que está de com qualidade e com refe- totalmente diferentes: professor Que tipo de problema o em estágio probatório é sobre-rência social. Ocorre que nós Sim, é fundamental porque, médico e outro é médico, com professor das universidades carregado e tem que ficar em estamos tendo muitas perdas, na nossa leitura, a carreira deve salários totalmente diferentes federais vivem em sua rotina? silêncio, porque senão tem principalmente pelas políticas de fato refletir as aspirações também. O contratado não tem ameaça mesmo. Os grupos se dos governos sequenciais. Aí dessa categoria. Ser professor comprometimento com a for- O ser humano não sobrevive fecham e um ameaça o outro nós temos a intervenção direta significa muito mais do que ser mação dos médicos. Isso é uma com uma sobrecarga alta de permanentemente. Ainda na autonomia da universidade, adjunto ou assistente. Envolve intervenção direta na formação trabalho. Como o professor ocorre na UFMT, pelas nossas a quebra do preceito constitu- um conjunto de questões que de um profissional e na nature- necessita de produção científi- conversas em diferentes espa-c i ona l ens ino -pesqu i sa - devem ser pautadas. Agora, por za de um hospital escola. ca, produzir conhecimento, ços, o seguinte: aquele que se extensão que são indissociáve- exemplo, estamos com uma Recentemente foram criadas as produzir artigos para avançar contrapõe a essa lógica sofre is, projetos que não são debati- ameaça de variação na carga OSS (Organizações Sociais de na carreira, o que vem ocorren- consequências. dos no interior das universida- didática, com a possibilidade Saúde), que recebem até oito do? Ele só pode fazer isso no des, como o Reuni e o próprio de mudança na resolução 158, vezes do valor que era repassa- final de semana ou nas férias, E os professores das univer-Prouni, que é vendido como o que compromete de fato o do anteriormente ao SUS. Ora, porque no cotidiano ele não tem sidades federais estão ganhan-uma grande meta e proposta trabalho integral do professor o que é isso? Não havia o tempo. O dia dele não dá para do bem? do Governo, mas na prática universitário. Isso atende a mesmo recurso antes para desenvolver ensino, pesquisa e não passa da garantia de uma única questão do governo repassar? Agora tem por que extensão integrados e indisso- Não. O salário continua pagamento para as escolas que é a ampliação de vagas com existe uma empresa privada? ciáveis, como é o preceito sendo o menor na pirâmide do privadas. Então temos um a manutenção do mesmo pes- Essas questões estão nas ruas e constitucional. O excesso de serviço público federal.

Entrevista

O presidente da ADUFMAT,

Carlos Roberto Sanches,

fala sobre problemas na

UFMT e bandeiras docentes

Falta de democracia mesmo!Temos uma história de podercomplicada no Brasil.As pessoas assumem qualquercargozinho e há uma inversão.

cia de classe, ou seja, se consideram “Nós temos uma mobilização maior ção porque muitos dos professores têm O capitalismo exacerba problemas intelectuais ou trabalhadores de outra principalmente dentro dos campi, onde a identidade com a outra proposta, boa parte sociais que, para Genadir Vieira, o Axé, da ordem e não se incluem nisso. taxa de exploração está maior, onde os está se enquadrando dentro do processo.” coordenação estadual do Movimento dos

professores são obrigados a dar muito Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), mais aulas e ainda a fazer pesquisa. A existem desde a chegada dos portugue-mobilização é menor e mais demorada ses. “Os trabalhadores, desde então, só nos campi que ainda trazem uma memó- estão levando porrada e nós estamos nos ria de uma universidade a serviço do defendendo, mas chegou o momento de Estado, que era empreendedor”, conside- dar um basta”. Para ele, depois de 500 ra o professor. anos de exploração, o povo acordou.

A pauta dos docentes está inserida “Nós, do MST, estamos sempre ao lado entre as demais. “Fizemos ano passado dos trabalhadores organizados, onde quer 120 dias de greve e tivemos a completa que estejam, porque só assim vamos desestruturação da nossa carreira. Um construir um projeto popular para derru-novo plano que nos subordina cada vez bar o capitalismo”.mais no processo de produção de maneira “A polícia bate nesses protestos que não somos mais definidores do nosso porque está a serviço de um Estado t raba lho. Somos cont ra a Le i capitalista, que deve ser destruído. Esse 12.772/2012 (que institui a carreira Estado que está aí não serve para nós. docente do Governo Federal), somos contra Esse Estado criminaliza os movimentos a forma de controle do trabalho docente, sociais, bate nos trabalhadores e alisa os somos a favor de pesquisas necessárias no bandidos. Estado a serviço da burguesia, contexto regional, pela autonomia didático- meia dúzia de pessoas. Vamos construir científico-pedagógica. Mas claro que não outro Estado para o povo e junto com o estamos obtendo sucesso nessa mobiliza- povo!” – propõe o sem-terra.Genadir Vieira, o AxéDorival Gonçalves

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ConfraternizaçãoProfessores da UFMT trouxeram amigose parentes para a Festa Julinaorganizada pela diretoria deAssuntos Sócio-Culturaisno dia 19 de julho. O forró ficouanimado no jardim da ADUFMAT. Momento gostoso de confraternização!

Durante as atividades do Ciências Sociais, Viviane Motta, março deste ano no protesto que favorece às classes dominantes qualidade e outros serviços dia 11 de julho, representantes coordenadora geral do DCE da terminou com mais de 10 e aos empresários. Para a classe básicos que a população sente do Diretório Central dos Estu- UFMT. “Esse protesto é resulta- universitários feridos, entre eles trabalhadora a democracia não que estão precários.dantes (DCE) da UFMT saíram do da retirada dos nossos a própria Viviane, que levou um existe!” Sobre a greve geral do dia em defesa dos trabalhadores do direitos básicos de sobrevivên- tiro de bala de borracha. “A O coordenador de Comuni- 11 de julho, ele considera a Movimento Docente e demais cia: saúde, educação, moradia e criminalização desses protestos cação do DCE da UFMT, Lucas paralisação das atividades trabalhadores do país. transporte público”. não é coisa nova. Faz parte Araújo, estudante da Engenharia produtivas o instrumento mais

A indignação com a perda Para o DCE a pauta prioritá- desse jogo de interesses que Florestal, acredita que a onda de legítimo que os trabalhadores de direitos é que levou os ria dos estudantes da UFMT é a estão colocados na sociedade. protestos ergue-se devido às podem e devem utilizar para trabalhadores e estudantes para assistência estudantil. Quem Infelizmente a democracia que pautas concretas e materiais, pressionar o patrão, seja ele o as ruas e a cruzarem os braços não se lembra dos abusos está instaurada é a democracia tais como acesso à saúde, próprio Governo ou a iniciativa na opinião da estudante de cometidos pela PM em 6 de da minoria. Ela convém quando educação, transporte coletivo de privada.

As oito Centrais Sindicais ção desse chamado é muito geral no Brasil”. As centrais sindicais defini- centrais sindicais. Os represen-fizeram um balanço positivo das importante porque, conforme O dirigente da Central ram ainda que vão pedir uma tantes das Centrais estavam ações do dia 11 de julho, “Dia ficou demonstrado na força das disse ainda que nessa batalha reunião com presidente do TST indignados com isso. Também Nacional de Greves, Paralisa- mobilizações ocorridas (em os sindicatos têm de ter um (Tribunal Superior do Trabalho) ficou definido o dia 6 de agosto ções e manifestações”. Diante praticamente todos os Estados lado, ou seja, da classe traba- pra discutir sobre os ataques ao como um dia de realização de disso, as mesmas convocaram país) no último dia 11, a classe lhadora, contra os patrões e o movimento sindical com o protestos nos Estados e no um novo “Dia Nacional de trabalhadora está disposta e vai governo. “Devemos seguir com chamado “interdito proibitório”, Distrito Federal contra o PL Paralisação” marcado para o dia manter a pressão sobre o as mobilizações, realizar os com condenações e multas ao 4330.30 de agosto. O objetivo é governo”. protestos estaduais, preparar movimento. No dia 11 de julho, Estiveram presentes na pressionar a presidente Dilma De acordo com o dirigente, o dia nacional de paralisação e dezenas de liminares, com paralisação geral as centrais para que atenda as reivindica- “ou a Dilma atende a pauta dos irmos criando as condições aplicação de multas de centenas sindicais CSP-Conlutas, CUT, ções dos trabalhadores. trabalhadores, até esta data, ou para realizarmos uma Greve de milhares de reais, foram FS, UGT, CGTB, NCST, CGTB,

Para José Maria de Almei- a paralisação nacional pode ser Geral nesse país”, finalizou Zé concedidas, a pedido de institui- CTB e CSB.Fonte: CSP-Conlutasda, da CSP-Conlutas, “a defini- um caminho para uma greve Maria. ções do governo, contra várias

Centrais Sindicais convocam novo diade paralisação geral para 30 de agosto

Estudantes saem em defesa dos trabalhadores

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