Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

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Agosto: mês das vocações O cristianismo não é uma religião do livro, como mui- tas vezes se declarou ten- do em vista sua semelhan- ça como as outras duas re- ligiões monoteístas basea- das na revelação da Pala- vra de Deus, o judaísmo e o islamismo. O cristianismo é religião de uma pessoa, de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem para nos salvar. De modo análogo di- zemos que o cristianismo Neste mês, a Igreja reflete, reza e se empenha, pelas Vocações. Cada semana é dedicada a uma delas. Cada domingo do mês so- mos convidados a focalizar uma vocação específica na Igreja: a do padre; a dos pais; a dos consagrados e consa- gradas; e a dos leigos, com destaque para os catequistas. A fim de marcar este mês de forma especial, dedicamos uma página a entrevistar cin- co vocações da nossa arqui- diocese. Cada um dos entre- vistados respondeu à mesma pergunta: “Como você vive a sua vocação de ...”, dando o seu depoimento pessoal de vida na fé. Acompanhe o tes- temunho do engajamento de cada um deles. PÁGINA 15 ITESC abre cursos de aprofunda- mento bíblico PÁGINA 05 Arquidiocese estará na JMJ em Madri, com o Papa PÁGINA 08 Conheça a vida no Seminário Propedêutico PÁGINA 09 Pe. Lúcio retorna à missão na Guiné-Bissau PÁGINA 15 não é uma religião do cul- to, mas de um sacerdote, de um único sacerdote, Jesus Cristo, o sumo e eterno Sacerdote. No sa- cerdócio de Cristo se en- tende todo tipo de sacer- dócio exercido na Igreja, povo de sacerdotes (Ap 1,6; 5,10; 20,6), “raça es- colhida, sacerdócio real, nação santa e povo adqui- rido” (1 Pd 2,9). PÁGINA 04 Romaria da Terra será realizada na cidade de Irani PÁGINA 03 Pe. Chico Wloch assume a Coordenação de Pastoral da CNBB PÁGINAS 14 Audiência discute a Defensoria Pública Uma audiência pública deba- teu sobre a criação da Defensoria Pública no Estado. O evento reu- niu lideranças políticas, autorida- des jurídicas e membros da Pas- toral Carcerária e de outras pas- torais sociais. Santa Catarina é o Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Através de documento, lido no evento, os Bispos de Santa Catarina apoiaram a criação do serviço no Estado único Estado que não possui Defensoria Pública. Durante a audiência, parla- mentares e autoridades se mani- festaram apresentando as suas razões para a criação ou não do serviço. Os Bispos do Estado assi- naram documento, que foi lido no evento, apoiando o movimento pró Defensoria. “Esperamos que a Assembleia vote o quanto an- tes pela sua criação”, dizia o do- cumento. PÁGINA 16 Realizado na Assembleia Legislativa, evento reuniu lideranças que apresentaram argumentos pró e contra a criação do serviço no Estado Florianópolis, Agosto de 2011 Nº 170 - Ano XV Sacerdócio Universal

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 170, ano XV, Agosto/2011

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Agosto: mês das vocações

O cristianismo não é uma

religião do livro, como mui-

tas vezes se declarou ten-

do em vista sua semelhan-

ça como as outras duas re-

ligiões monoteístas basea-

das na revelação da Pala-

vra de Deus, o judaísmo e

o islamismo. O cristianismo

é religião de uma pessoa,

de Jesus Cristo, o Filho de

Deus feito homem para nos

salvar. De modo análogo di-

zemos que o cristianismo

Neste mês, a Igreja reflete, reza ese empenha, pelas Vocações. Cadasemana é dedicada a uma delas.Cada domingo do mês so-

mos convidados a focalizar

uma vocação específica na

Igreja: a do padre; a dos pais;

a dos consagrados e consa-

gradas; e a dos leigos, com

destaque para os catequistas.

A fim de marcar este mês de

forma especial, dedicamos

uma página a entrevistar cin-

co vocações da nossa arqui-

diocese. Cada um dos entre-

vistados respondeu à mesma

pergunta: “Como você vive a

sua vocação de ...”, dando o

seu depoimento pessoal de

vida na fé. Acompanhe o tes-

temunho do engajamento de

cada um deles. PÁGINA 15

ITESC abre cursosde aprofunda-mento bíblico

PÁGINA 05

Arquidioceseestará na JMJ emMadri, com o Papa

PÁGINA 08

Conheça a vidano SeminárioPropedêutico

PÁGINA 09

Pe. Lúcio retornaà missão naGuiné-Bissau

PÁGINA 15

não é uma religião do cul-

to, mas de um sacerdote,

de um único sacerdote,

Jesus Cristo, o sumo e

eterno Sacerdote. No sa-

cerdócio de Cristo se en-

tende todo tipo de sacer-

dócio exercido na Igreja,

povo de sacerdotes (Ap

1,6; 5,10; 20,6), “raça es-

colhida, sacerdócio real,

nação santa e povo adqui-

rido” (1 Pd 2,9).

PÁGINA 04

Romaria da Terraserá realizada nacidade de Irani

PÁGINA 03

Pe. Chico Wloch assume a Coordenação de Pastoral da CNBB PÁGINAS 14

Audiência discute a Defensoria Pública

Uma audiência pública deba-teu sobre a criação da DefensoriaPública no Estado. O evento reu-niu lideranças políticas, autorida-des jurídicas e membros da Pas-toral Carcerária e de outras pas-torais sociais. Santa Catarina é o

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

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Através de documento, lido no evento, os Bispos de Santa Catarina apoiaram a criação do serviço no Estado

único Estado que não possuiDefensoria Pública.

Durante a audiência, parla-mentares e autoridades se mani-festaram apresentando as suasrazões para a criação ou não doserviço. Os Bispos do Estado assi-

naram documento, que foi lido noevento, apoiando o movimentopró Defensoria. “Esperamos quea Assembleia vote o quanto an-tes pela sua criação”, dizia o do-cumento.

PÁGINA 16

Realizado na Assembleia Legislativa, evento reuniu lideranças que

apresentaram argumentos pró e contra a criação do serviço no Estado

Florianópolis, Agosto de 2011 Nº 170 - Ano XV

Sacerdócio Universal

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Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva

Luz, Daniel Casas, Carlos Martendal - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-

6578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração

e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

“A messe é grande, são poucos

os operários e há muitos desocu-

pados” (cf. Mt 20,1-8): há os deso-cupados, “o dia inteiro sem traba-

lho” (Mt 20,6), “porque ninguém

os contratou” (cf. Mt 20,7) e nãoporque falte o que fazer. Tambémsão poucos os operários, não por-que falte gente e nem mesmo por-que poucos queiram. O que falta égente no serviço. Em outras pala-vras: falta “contratar”, ir ao encon-tro, informar, anunciar, ensinar,despertar, mostrar o campo de tra-balho ou a missão, conscientizar,convidar, chamar... e os operáriospoderão ser muitos!

Diferentes e vários carismas,serviços e ministérios são necessá-rios na Igreja, que precisa deles parasi mesma e para cumprir sua mis-são, que é evangelizar. Em outras

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

ParábolasEvangélicas

volver-se-á e o fruto amadurece-rá. Este fruto só será bom, se oterreno da vida for cultivado emconformidade com a vontade di-vina. Por isso, na parábola do trigobom e do joio (cf. Mt 13, 24-30),Jesus admoesta-nos que, depoisda sementeira realizada pelodono, “enquanto todos dormiam”,interveio “o Inimigo”, que semeoua erva daninha. Isto significa quedevemos estar prontos para con-servar a graça recebida desde odia do Batismo, continuando a ali-mentar a fé no Senhor, a qual im-pede que o mal ganhe raízes. San-to Agostinho, comentando estaparábola, observa que “muitos,primeiro são joio, erva daninha, edepois tornam-se trigo bom”, eacrescenta: “Se eles, quandomaus, não fossem tolerados compaciência, não chegariam à mu-dança louvável”.

Padre Aloísio - bem-aventurança na perseguição

As parábolas evangélicas sãobreves narrações que Jesus utili-za para anunciar os mistérios doReino dos céus. Utilizando ima-gens e situações da vida quotidia-na, o Senhor deseja indicar-nos overdadeiro fundamento de todasas coisas. Ele mostra-nos... o Deusque age, que entra na nossa vidae quer guiar-nos pela mão. Comeste tipo de discursos, o Mestredivino convida a reconhecer an-tes de tudo a primazia de DeusPai: onde Ele não está, nada podeser bom. Trata-se de uma priori-dade decisiva para tudo. Reino doscéus significa, precisamente, se-nhorio de Deus, e isto quer dizerque a sua vontade deve ser assu-mida como o critério-guia da nos-sa existência.

O tema contido no Evangelhodeste domingo é precisamente oReino dos céus. O “céu” não deveser entendido unicamente no sen-tido da altura que nos ultrapassa,porque tal espaço infinito possuitambém a forma da interioridadedo homem. Jesus compara o Rei-no dos céus com um campo de tri-go, para nos levar a compreenderque dentro de nós foi semeadoalgo de pequeno e escondido que,no entanto, possui uma força vitalinsuprimível. Não obstante todosos obstáculos, a semente desen-

“Os campos de concentraçãopermanecerão para sempre comoos símbolos terríveis do infernosobre a terra. Neles se realizou omáximo de mal que um homem écapaz de fazer a um outro homem”(João Paulo II). E foi no campo deconcentração de Dachau, Alema-nha, que o Pe. Aloísio, beatificadono dia 13 de junho de 2011 nacatedral de Dresden, viveu a mai-or parte de seu sacerdócio.

Pe. Aloísio Andritzki foi víti-ma e mártir do nazismo alemãodurante a Guerra mundial de 1939a 1945. Seu crime: ser sacerdotecatólico. Nasceu em 2 de julho de1914 (início da primeira GrandeGuerra), em Radibor, Alemanha. Deorigem sérvia, seu pai, João, eraprofessor, organista e maestro, esua mãe Madalena, do lar. Seis fi-lhos: 4 homens e 2 mulheres:João, Geraldo e Aloísio - ordenadospadres e um, Afonso, irmão jesuí-ta. Suas irmãs: Marta e Maria, pro-fessoras e organistas.

De 1934 a 1938, Aloísio estu-dou Filosofia e Teologia na Univer-sidade de Paderborn. Em 1938-1939 foi interno no seminárioarquidiocesano e ordenado padreem 30 de julho de 1939. Recebeuo encargo da pastoral com os jo-vens, capelão da Catedral e regen-te do Coral de Meninos Cantores.Humilde, simples, sempre disponí-vel a ajudar o próximo. Perceben-do o mal do regime de Hitler, publi-

camente alertava os jovens. Cria-tivo, encenou uma peça teatral emque criticava o regime. Foi levadopela polícia, em janeiro de 1941,e falou para os jovens: “Isto é ape-nas o começo”. Tornara-se perigo-so ao nazismo devido à sua fé eministério sacerdotal. Após 6 me-ses na prisão política de Dresden,ao invés de ser libertado, em 02de outubro de 1941 um trem o le-vou para o Campo de Concentra-ção de Dachau. Seu pai João ape-lou para que fosse libertado, poisjá tinha cumprido os 6 meses decondenação, mas a resposta foi‘não’, pois era considerado um pe-rigoso inimigo do Estado. Seu nú-mero de prisioneiro: 27.829

A bem-aventurançana perseguição

Sua alegria e perseverança nafé eram um bálsamo para os queestavam no campo de concentra-ção: “No terror no qual todos vivi-am em Dachau, quem o via pelamanhã permanecia repleto de ale-gria durante o dia todo”, depôs umatestemunha. O Campo de Dachau,na Baviera, era considerado de“Campo dos Padres”: entre 1933e 1945 ali estiveram presos 2.700religiosos católicos, dos quais maisde mil foram mortos. Um compa-nheiro de prisão anotou um con-selho que ele gostava de repetir:“Se o Senhor aparentemente afas-tou de nós sua face, e por assim

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dizer somos jogados por terra, nãodeixemos enfraquecer nossa con-fiança no amor de nosso Pai celes-te. Se por agora não podemos sero semeador, procuremos ao me-nos ser a semente, para produzirabundantes frutos no tempo da co-lheita”. Também animava os com-panheiros com estas palavras: “Ja-mais nos lamentaremos. Não aban-donaremos nosso equilíbrio pesso-al. Nem por um átimo esquecere-mos de nosso sacerdócio”.

Após o Natal de 1942, foi atin-gido pelo tifo e transferido para aala hospitalar. Com a saúde debili-tada, pediu ao soldado de guardapara receber a Sagrada Comunhão.O guarda respondeu: “Você querCristo? Você receberá uma inje-ção”. De fato, Pe. Aloísio foi assassi-nado em 3 de fevereiro de 1943. Acausa da morte, segundo os infor-mes da Gestapo, foi o tifo abdomi-nal, mas na verdade, depois de ter-se recuperado na enfermaria, lhederam uma injeção letal. Seu corpofoi esquartejado e depois incinera-do no forno crematório. Em 15 deabril entregaram as cinzas à famí-lia, cinzas hoje depositadas na Ca-tedral de Dresden. Pe. Aloísio viveumenos de 29 anos, dos quais 4como padre. Na alegria, fidelidadee heroísmo, sua vida e martírio dãotestemunho da generosa grandezado sacerdócio católico.

Pe. José Artulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Como podereimelhor dar

vazão ao Amortransbordante

que derramasteem meu coração,

quando fuibatizado?”.

Reconhecerantes de tudo a

primazia deDeus Pai: onde

Ele não está,nada podeser bom ”.

Agosto 2011 Jornal da ArquidioceseOpinião2

palavras, urge convidar ou chamarmuitas pessoas - todas as pessoas- para, no seu diálogo pessoal comCristo, perceberem os apelos - quesão tantos! - para uma participaçãomais ativa, para uma prestação deserviço mais concreta, para um ver-dadeiro compromisso de fé e deamor com o Reino.

Configurados com Cristo pelobatismo, tornamo-nos tambémidentificados com sua missão. Ele“não veio para ser servido, mas

para servir e dar a vida” (cf. Mc10,45); veio para “evangelizar os

pobres e primidos” (cf. Lc 4,18-19).Logo, o cristão não fica apenas natorcida: “entra em campo e partici-pa da jogada ou da luta”, comoquem doa a própria vida.

O Batismo nos tira da margem,do isolamento, do fechamento so-

bre nós mesmos, da auto-suficiên-cia. Ele nos inclui; põe-nos em co-munhão com a Trindade; torna-nostemplos do Espírito (cf. 1Cor 6,19),filhos e filhas adotivas do Pai (cf.Gl 4,5s), irmãos e irmãs de Cristoe seus coerdeiros, vivendo intima-mente de sua vida e destinados apartilhar sua glória (cf. Rm8,2.9.17.30; Ef 2,6).

Não basta, porém, que Deusfaça tudo isso em nosso favor. Énecessário que nós nos demos con-ta disso e que correspondamosdevidamente. Criando-nos à suaimagem e semelhança, Deus nosfez inteligentes, livres e capazes deamar. Cabe-nos aderir a Ele, reco-nhecer-lhe o Amor, iniciar um pro-cesso de conversão que nos leve afazer, por nossa vez, em espírito deação de graças - de gratidão! - uma

doação integral de nós mesmos aoPai, em Cristo, na força do Espírito.Doação que há de traduzir-se emserviço, aos irmãos e às irmãs.

Quem chega a essa consciên-cia, um dia perguntará: “Senhor, oque queres que eu faça? Como mequeres em tua Igreja? Que serviçodevo prestar ao mundo? Como po-derei melhor dar vazão ao Amortransbordante que derramaste emmeu coração quando fui batizado?”

Esse diálogo vocacional entrea pessoa humana e Deus, se man-tido na fidelidade, haverá de seconcretizar em vida cristã autênti-ca, segundo uma das vocações es-pecíficas: vida laical (solteiros e ca-sados), vida consagrada, ministé-rio ordenado (diáconos, padres ebispos) e vocação missionária “adgentes”.

Palavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do Administrador Pe. João Francisco Salm Administrador Diocesano daArquidiocese de Florianópolis

“Porque ninguém nos contratou” (Mt 20,7)

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Ministros da ComunhãoA Comarca do Estreito pro-

gramou para o dia 20 de agosto,sábado, um Encontro de Prepa-ração para Novos Ministros Ex-traordinários da Sagrada Comu-nhão - MESC. Esta será a primei-ra de cinco etapas. As seguintesserão nos dias 27 de agosto, 17e 24 de setembro e 08 de outu-bro, sempre aos sábados, das14 às 18 horas, e na Paróquia

Santa Rita de Cássia e São José,no Jardim Atlântico. A formaçãojá tem confirmada a assessoriado Diácono João Flávio Ven-drúsculo, do Pe. Mário Sérgio S.Baptistim e do Pe. Tarcísio PedroVieira. As inscrições estão aber-tas. Elas podem ser feitas comos coordenadores paroquiais doMESC. Mais informações pelo e-mail [email protected].

Garopaba realiza Semana VocacionalPadres, diácono e religiosas auxiliaram nas visitas às 21 comunidades da paróquia

A paróquia São Joaquim, emGaropaba, realizou, nos dias 16 a23 de julho, a Semana VocacionalMissionária. Com o tema “Poruma Paróquia Missionária”, o mu-nicípio viveu uma semana muitointensa de visitas às famílias, ati-vidades com crianças, jovens e acomunidade em geral.

As visitas contaram com o auxí-lio de padres, diácono, religiosas eleigos da própria paróquia, que visi-taram as 20 comunidades da paró-quia. Em cada uma delas houve ce-lebrações presididas pelos missio-nários: Pe. Vânio da Silva, Pe. ValdeciCardoso Vieira, Pe. Elizandro Scarsi,Pe. José Luiz de Souza, Pe. ValdirStaehelin, Pe. José Henrique Gaza-niga e Pe. Pedro Schlichting.

A missão ainda contou com apresença do diácono Osni PedroJasper e de 21 religiosas de seiscongregações. Todos foram recebi-dos e contaram com o envolvi-mento das famílias na acolhida, nasvisitas, bem como em todo o pro-cesso da Semana Vocacional.

Além da atividade na paróquia,

Divulgação/JA

Missionários participam de encontro na comunidade da Igreja matriz

Garopaba enviou 34 Jovens paraas Missões Jovens em Angelina,nos dias 16 e17 de julho, e doisMissionários para a Bahia, queentre os dias 15 a 25 de julho re-alizaram atividade missionária naParóquia de Mor Pará, na Bahia.

Segundo Pe. Alceoni Berken-brock, pároco de Garopaba, perce-be-se que o lema da Semana Voca-cional - Por uma Paróquia Missio-

nária - está levando à ação. “Vemosque as sementes plantadas aqui,em todos os terrenos da missão,estão produzindo frutos. Os jovensestão despertando para isso e bus-cando ir além da paróquia”, disse.

Ele informou que a comunida-de continua rezando pelas voca-ções e para que surja em Garo-paba uma Casa de umaFraternidade Religiosa.

Jornal da Arquidiocese Agosto 2011

3Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

A data será comemorada nodia 04 de setembro, quando serealizará o XI Encontro Estadualda Legião de Maria. O eventoterá como sede o “Centro deEvan-gelização Angelino Rosa”- CEAR, em Governador CelsoRamos. Todos são convidadosa participar.

A Legião de Maria foi criada

Legião de Maria comemora 90 anosno dia 07 de setembro de 1921,pelo leigo Frank Duff, em Dub-lin, na Irlanda, dali se espalhan-do pelo mundo. Na Arquidio-cese, a Legião está presentedesde 1958. Mais informaçõescom Helena Pereira deMiranda pelo fone (48) 3244-1970/9912-4027, ou pelo e-mail [email protected]

A Comissão Pastoral da Terrae da Água (CPT) da CNBB – Regi-onal Sul IV (SC), está promoven-do, para 11 de setembro, domin-go, a 22ª Romaria da Terra eda Água. Convergirá para Irani,no Meio Oeste do Estado, e abor-dará as “Mudanças Climáticas”e suas conseqüências na linhada CF-2011.

A Paróquia São João Batista,em Irani, pertencente à Diocesede Joaçaba, acolherá os romeiros.As atividades começarão às8h30min, com a procissão acom-panhando a tradicional “Cruz deCedro”, culminando com a Cele-bração Eucarística e o plantio dacruz. A Romaria será organizada

Romaria reflete sobre problemas climáticos

em forma de tendas, prevendo-seexposições e disponibilidade deserviços para os participantes.

Cada Romaria convida a refle-tir sobre um tema que esteja ame-açando a vida da terra e de quemnela vive e trabalha. Também estaquer fortalecer o compromissodos católicos em devesa da vidana terra.

O município de Irani foi sededo primeiro combate da Guerrado Contestado, em 22 de outu-bro de 1912. Lá morreram mui-tas pessoas, entre as quais, omonge José Maria, líder da revol-ta popular. O combate foi consi-derado a primeira vitória dos ca-boclos na sua luta pela terra.

Mais informações com a CPTpelo fone (48) 3234-4766, ou peloe-mail [email protected].

Semana Nacional da FamíliaA Pastoral Familiar do Brasil

está promovendo, nos dias 14 a20 de agosto, a Semana Nacio-nal da Família. Neste ao, o temaserá: “Família, Pessoa e Socie-dade”. Com a Semana Nacional,a Igreja quer, uma vez mais, sali-entar a importância da família,que, talvez mais que outras ins-tituições, tem sido tão questio-nada pelas amplas, profundas erápidas transformações da soci-edade e da cultura.

Segundo Vilma AcordiFetter, que com seu esposo,Nestor, coordena a Pastoral Fa-miliar na Arquidiocese, todossomos desafiados a propagar aimportante necessidade de seter e ser família. “A Família sem-pre será um maravilhoso

Patrimônio da Humanidade, poisela é fundamentada no Amor, eeste sobrevive sempre”, disse.

Para dinamizar a Semana, aComissão Episcopal Pastoralpara a Vida e a Família da CNBB,e a Comissão Nacional da Pas-toral Familiar, lançaram o subsí-dio “Hora da Família”. O subsí-dio, que já está em sua 15ª edi-ção, apresenta reflexão sobretemas familiares e traz suges-tões de celebrações e reflexõessobre o Dia das Mães, Dia dosPais, Dia do Catequista, Dia doNascituro, entre outras. O mate-rial está disponível nas livrariascatólicas da Arquidio-cese.Maisinformações pelo fone (48)3223-0751, ou pelo [email protected]

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Não só ospadres são sacer-dotes; pois todos

os batizadostambém o são,

ainda que deoutra forma”.

para o ato mais sublime, que écelebrar o mistério pascal. Masele não é um rezador de missas.O decreto Presbyterorum Ordinis,do Concílio Vaticano II, diz que ospadres são ministros da Palavra,da liturgia e da comunidade (n.13). Além de ser sacerdote, mi-nistro do culto e da liturgia, eledeve exercer o ministério de pro-feta: pregar a Palavra, explicar oCredo, fortalecer os fiéis na práti-ca dos mandamentos, formar li-deranças, chamar a atenção dasociedade sobre os valores do

Em agosto comemoramos naIgreja do Brasil o mês das voca-ções. É oportunidade para refletirsobre o chamado de todos os fiéisà participação do único sacerdó-cio de Cristo. Todos na Igreja sãosacerdotes (do latim, um dote sa-grado, um dom divino). Há duasformas de participação no únicosacerdócio de Cristo; mas sempree só a partir de Cristo. Pelo batis-mo, todos são sacerdotes; é o sa-cerdócio batismal, o sacerdóciouniversal dos fiéis. Pela ordem,alguns são sacerdotes; é o sacer-dócio ordenado ou ministerial, pró-prios dos bispos e padres.

O cristianismo não é uma reli-gião do livro, como muitas vezesse declarou, por sua semelhançacom as outras duas religiõesmonoteístas baseadas na revela-ção de Deus, o judaísmo e oislamismo. O cristianismo é religiãode uma pessoa, do Filho de Deusfeito homem para nos salvar. Demodo análogo dizemos que o cris-tianismo não é uma religião do cul-to, como as antigas religiões pagãs,mas de um único sacerdote, JesusCristo, o sumo e eterno Sacerdote.No sacerdócio de Cristo se fundatodo tipo de sacerdócio exercidona Igreja, povo de sacerdotes (Ap1,6; 5,10; 20,6), “raça escolhida,

sacerdócio real, nação santa e povo

adquirido” (1 Pd 2,9). No único sa-cerdócio de Cristo, todos na Igrejasão sacerdotes, com a missão deoferecer toda a vida como cultoagradável a Deus. Na ordem do ser,esse sacerdócio universal é fontepara todo e qualquer carisma eministério, dom e serviço: todo ba-tizado é inserido no sacerdócio deCristo. Na ordem do agir, esse sa-cerdócio se equipara aos outrosdois múnus de todo fiel, o da profe-cia e o da realeza: todo batizado éungido para ser, como Cristo, sa-cerdote, profeta e rei.

OS TRÊS MÚNUS DOPRESBÍTERO

É comum estabelecer-se umarelação especial entre o sacerdóciode Cristo e o dos presbíteros, cha-mados também de padres ou sa-cerdotes. De fato, a vida e o minis-tério dos padres são como um pro-longamento do sacerdócio de Cris-to e de sua missão salvífica. Há umnexo místico e jurídico entre o sumosacerdote Jesus Cristo e os sacer-dotes-padres. Daí a necessidade deos cristãos católicos orarem por elese colaborarem com seu ministério.Os padres são humanos, como to-

Caminho, Verdade e Vida. Agemcomo ministros do Corpo de Cris-to, no cotidiano de suas vidas erelações, quando santificam omundo com os sacramentos daVida; quando ensinam e praticama palavra da Verdade; quando ani-mam e servem a comunidade noCaminho da caridade.

Por isso, quando chamamosos padres de sacerdotes, não po-demos esquecer que o seu sacer-dócio é um serviço ao sacerdóciocomum dos fiéis. Sobre a relaçãoentre o sacerdócio comum dosbatizados e o sacerdócio ministe-rial dos padres, diz a Lumen

Gentium: “O sacerdócio comumdos fiéis e o sacerdócio ministeri-al ou hierárquico ordenam-se umao outro, embora se diferenciemna essência e não apenas em grau.Pois ambos participam, cada quala seu modo, do único sacerdóciode Cristo. O sacerdote ministerial,pelo poder sagrado de que goza,forma e rege o povo sacerdotal,realiza o sacrifício eucarístico napessoa de Cristo e o oferece aDeus em nome de todo o povo. Osfiéis, no entanto, em virtude deseu sacerdócio régio, concorremna oblação da Eucaristia e o exer-cem na recepção dos sacramen-tos, na oração e ação de graças,pelo testemunho de uma vida san-ta, pela abnegação e pela carida-de ativa” (LG 10). Os padres, por-tanto, são sacerdotes, enquantoservidores do sacerdócio dos fiéis.

A GRANDEZA DO SA-CERDÓCIO BATISMAL

Terceiro, os padres são sacer-dotes como e com todos os fiéis;antes e mais que serem sacerdo-tes pelo sacramento da ordem,eles são sacerdotes pelo sacra-mento do batismo. LembramosSanto Agostinho, ao falar da digni-dade dos leigos: "Atemoriza-me oque sou para vós; consola-me oque sou convosco. Pois para vóssou bispo; convosco sou cristão.Ser bispo é um dever; ser cristão éuma graça. O primeiro é um peri-go; o segundo, salvação". Ser pa-dre sem o povo ou acima do povoé um perigo e risco de condena-ção! Ser padre com o povo e a ser-viço do povo, no seguimento deCristo e a exemplo de Cristo, ésalvação: uma graça inefável!

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

dos os outros seres humanos; mas,pela grandeza de sua missão, pre-cisam de graças especiais para se-rem fiéis à fé, à vocação e ao minis-tério assumido.

Para bem entender a vocaçãodos padres, é preciso abordá-la emsua dupla relação. Com o únicosacerdócio de Cristo, do qual pro-vém, em unidade com o sacerdó-cio comum dos fiéis. Com o sacer-dócio batismal universal dos fiéis,ao qual os ministros ordenados sãochamados a servir e animar.

Para entender bem isso, trêsesclarecimentos são necessári-os. Primeiro, os padres não sãosó sacerdotes; eles também sãoprofetas e pastores. Ser sacerdo-te é uma das missões do padre,aquela que o caracteriza mais:homem do culto, oficiante da ora-ção cristã, administrador dos sa-cramentos, sobretudo os da Eu-caristia e da Reconciliação. Fa-zendo as vezes de Cristo Cabeçada Igreja, ele é presidente da co-munidade e, como tal, é presi-dente da missa, precisamentequando a comunidade se reúne

Evangelho, tomar decisões favo-ráveis à vida do povo. Ele deveexercer também o ministério depastor: guiar a comunidade, coor-denar a obra pastoral, animar osfiéis no exercício da caridade cris-tã, servir os pobres. Por isso, oVaticano II prefere chamá-lo pelonome bíblico de presbítero, quesignifica: o mais velho e, por isso,o mais experiente, aquele queestá em posição de honra ou des-taque, para o serviço do povo.

O SACERDÓCIODOS FIÉIS

Segundo, não só os padres sãosacerdotes; pois todos osbatizados também o são, aindaque de outra forma. Todos osbatizados, por participarem doúnico sacerdócio de Cristo, consti-tuem o povo sacerdotal. São sa-cerdotes no seu ser, enquanto sãoconfigurados a Cristo, uma vez quesão enxertados em seu Corpo, aIgreja, como membros vivos deCristo. São sacerdotes em seu agir,porque no exercício dos trêsmúnus agem em nome de Cristo

“Para vós sou bispo; convosco sou cristão. O primeiro é

um perigo; o segundo, salvação” (Santo Agostinho, 354-430)

SACERDÓCIOUNIVERSAL

Fo

to/JA

4 Tema do Mês Agosto 2011 Jornal da Arquidiocese

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Coroinhas participam de encontro comarcalCinco comarcas já realizaram os encontros, que buscam congregar os auxiliares do Altar

Mais de 200 coroinhas daComarca da Ilha estiveram reuni-dos na manhã do dia 02 de julhopara participar do seu encontrocomarcal. Realizado no Santuárioda Paróquia Sagrado Coração deJesus, em Ingleses, Florianópolis,o encontro contou com a presen-ça de representantes de cinco pa-róquias da Comarca. O evento teveinício às 9h com a acolhida, segui-da de saudação às paróquias pre-sentes e da animação do ministé-rio de música do Santuário. Depois,às 11h, foi realizada a CelebraçãoEucarística, presidida pelo párocoPe. Mário José Raimondi.

Em sua homilia, Pe. Mário fa-lou da importância da atuaçãodos coroinhas na Igreja. “Come-cei a ser coroinha aos sete anosde idade e auxiliei no altar até os16 anos. Então, fui convidadopara entrar no Seminário. Sei oquanto esse trabalho é importan-te para a Igreja e o quanto ele con-tribuiu para o meu despertarvocacional”, motivou.

Ainda durante a celebração,todos os/as jovens e adolescen-tes foram convidados a fazer umadoação de R$ 1,00. O dinheiro foiencaminhado aos seminários,para ajudar na formação dos se-

Fo

to/JA

O Instituto Teológico de San-ta Catarina, ITESC, ainda estárecebendo inscrições para osinteressados em participar doscursos especiais de aprofun-damento bíblico. As aulas inici-am no dia 02 de agosto, masainda serão aceitas matrículasna semana seguinte.

Os cursos abordarão o Livrodo Êxodo, especialmente Ex15-18 (tema do mês da Bíblia/2011), e Apocalíptica e Apo-calipse. As aulas serão sempreàs terças-feiras, das 19h30 às21h45, na sede do ITESC (RuaDep. Antônio Edu Vieira, 1524Pantanal, Florianópolis), minis-tradas pelos professores do Ins-tituto.

Já o curso “A Palavra deDeus no Antigo e Novo Tes-tamento”, terá início no dia 17de agosto, quarta, e será reali-zado no auditório da Catedral

Curso de Bíbliapara Leigos no ITESC

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Metropolitana, no Centro deFlorianópolis. As aulas, semprena quarta-feira, a partir do dia17, das 19h às 22h., serão mi-nistradas pelo professor Pe. Dr.Luis Inácio Stadelmann, SJ.

Atualmente o ITESC oferececinco cursos de formação paralideranças leigas. Neste ano,160 participantes dos cursos,que são realizados sempre àssegunda-feira, das 19h30 às22h, na sede do Instituto.

Mais informações comCrislaine na recepção do ITESCou pelo fone (48) 3234-0400,[email protected] com Janaína, na Catedral,pelo fone 3224-3357, ou peloe-mail [email protected]. Ou ain-da com o Professor CelsoLoraschi, coordenador dos cur-sos, pelo e-mail [email protected].

minaristas da Arquidiocese. Todoscontribuíram.

Despertar vocacionalDepois foram convidados a su-

bir ao altar aqueles que sentiam ochamado vocacional. Surpresa paraa Irmã Clea Fuck, coordenadoraArquidiocesana da Pastoral dosCoroinhas, foi o grande número demeninos e meninas que atenderamo chamado. Ela pediu que os coor-denadores paroquiais fizessem oacompanhamento deles paraauxiliá-los no discernimento voca-cional. Para Irmã Clea o encontro foi

ótimo. “Muito bem organizado, tive-mos o apoio total do pároco, que aténos ajudou na organização, e umbom número de animados coroi-nhas, apesar do reduzido número deparóquias participantes”, disse.

Próximos encontrosEsta foi uma das cinco

comarcas da Arquidiocese a reali-zar o encontro com os coroinhas.Antes, o encontro já foi realizadocom as Comarcas de Itajaí e San-to Amaro, em Angelina; e deBiguaçu, em Azambuja. Depois foia Comarca de Brusque, no dia 09de julho, na Comunidade Zantão,da Paróquia de Águas Claras.

No dia 03 de setembro, será avez da Comarca do Estreito. O even-to será realizado em Azambuja. Oscoroinhas da Comarca de Tijucastambém se reunirão em Azambuja,no dia 10 de setembro. A Comarcade São José vai realizar o seu encon-tro igualmente em Azambuja, masem duas datas: as paróquias deGaropaba, Paulo Lopes, Enseada,Palhoça e Aririú fá-lo-ão no dia 08 deoutubro, e as demais paróquias daComarca, no dia 22 de outubro.

Mais fotos no site da Arqui-diocese: www.arquifln. org.br- clicar em “Álbum de fotos”.

Encontros com os coroinhas servem como um chamado vocacional

Jornal da Arquidiocese Agosto 2011

5Geral

O Colégio Santa Catarinaestá convidando para uma pa-lestra no dia 09 de agosto, ter-ça, às 19h, com o tema: “Com-batendo o bullying e outras for-mas de violência: tarefa de to-dos”. O evento será realizado noauditório do colégio, localizadona rua Frei Evaristo, 91, no cen-tro de Florianópolis.

Ele faz parte do ciclo de pa-lestras “Família, Educação eSustentabilidade – um olharsobre as relações”, que o Colé-gio vem promovendo no decor-

Palestras para a famíliarer do ano. Já foram realizadasquatro palestras. As próximasserão, sempre às terças: no dia13 de setembro, com o tema“Psicopatologia infantil: poruma personalidade saudável”;dia 11 de outubro, “Distúrbiosde aprendizagem: será quemeu filho tem?”; e no dia 08 denovembro, “Drogas e Sexualida-de na adolescência: mitos e ver-dades”.

Mais informações pelo fone(48) 3222-0663 ou pelo sitewww.csc.g12.br.

A Pastoral dos Coroinhas es-tará promovendo no dia 27 deagosto, o Encontro Vocacionalcom as adolescentes e jovens,coroinhas e outras. Realizadopelo terceiro ano consecutivo, oevento mais uma vez terá comosede o Provincialado das Irmãsda Divina Providência, emFlorianópolis. O evento tem comoobjetivo apresentar às jovens avocação religiosa feminina.

Em 2009, o evento foi reali-zado no dia oito de novembro,

e reuniu 25 participantes. Já em2010, a participação foi ampli-ada para 60 participantes e re-alizada no dia 21 de agosto. “Ointeresse despertado nas duasprimeiras edições nos motiva acontinuar realizando esse even-to que busca motivas as jovensconhecer um pouco da vocaçãoreligiosa”, disse Irmã Cléa.

Mais informações pelos fo-nes (48) 3263-0979 e 9986-3339, ou pelo e-mail:[email protected].

VOCAÇÕES FEMININAS

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

O salmo começa como umasúplica intensa, expressa em qua-tro curtos imperativos, que pedema atenção e a resposta imediatade Deus. A descrição do sofrimen-to pelo qual passa o orante é deta-lhada, passando da angústia inte-rior para as ameaças externas.Tudo culmina, de certo modo, naqueixa dolorosa contra o amigo queo trai (vv. 13-15), passagem quelembra, numa leitura cristológica,a traição de Judas ao Mestre. Ali-ás, vários outros detalhes lembramos passos da Paixão do Senhor,como a agonia no jardim das Oli-veiras (vv. 5-9). Em vez de promes-sa de ação de graças, como naparte final do Sl 22(21), faz-se ou-vir aqui no fim uma exortação (v.23), à qual o orante responde, de-pois de violenta imprecação, comum conciso ato de confiança (v. 24).

Ó Deus, escuta!2. Ó Deus, escuta a minha

oração, / não te feches à mi-nha súplica;

3a. Dá-me atenção e res-ponde-me! /

Antes de tudo, o salmista an-seia pela resposta de Deus, quelhe parece estar demorando de-mais. Inclusive, indiretamenteacusa-o de estar como que surdo,omisso e desatento a seus sofri-mentos. Por isso, os quatro impe-rativos em paralelismo, acentuan-do o pedido para que Deus “nãose feche” (v.2) à sua oração.

Motivo da angústia3b. Estou angustiado na

minha tristeza / e me perturba4. o grito do inimigo, a opres-

são do malvado./ Pois sobremim fazem cair desgraças,/ eme atacam com furor.

O orante começa olhando paraseu interior, mas logo o interrompemvozes externas. Revela-se um con-flito aberto e assustador entre umgrupo de pessoas e o salmista. Eleas chama de “inimigo” e “malvado”(v.4), mas não se trata de apenasum, pois logo a seguir são “eles”, osque “me atacam com furor” (v.4),os que o salmista pede que “sejamdispersados” (v.10), “desçam vivosao Abismo” (v.16), “precipitados nofundo da fossa” (v.24).

Medo e pavor5. Meu coração se contor-

ce em meu peito / e terroresmortais se abatem sobre mim.

6. Medo e pavor me inva-dem / perturba-me o horror.

Dois versículos lancinantes,expressando sentidamente a per-turbação do salmista. Impossível

Salmo 55 (54): Tu também, meu amigo?

Conhecendo o livro dos Salmos (40)Conhecendo o livro dos Salmos (40)Conhecendo o livro dos Salmos (40)Conhecendo o livro dos Salmos (40)Conhecendo o livro dos Salmos (40)

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açã

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De repente, o salmista faz umaimprecação: pede que Deus dis-perse seus inimigos, quem sabeacusadores, e “confunda suas lín-guas”, à semelhança do que fezem Babel contra os que se uniampara construir “uma torre que che-gasse até o céu” (cf Gn 11,4). Aseguir, descreve a cidade onde seencontra, provavelmente Jerusa-lém, a “cidade da paz” (cf Sl 122/121,6-8), deformada como antrode violência. A imaginação poéti-ca do autor perpassa as muralhas,o interior, as ruas da cidade, iden-tificando nela sete (número da to-talidade!), sete personagens sinis-tras: Violência e Discórdia, circu-lando sobre os muros como senti-nelas (v.11); Iniquidade, Tormen-to e Insídias, no seu interior; final-mente, Opressão e Fraude, nasruas (v.12).

Mas tu, meu amigo!13. Fosse um inimigo que

me insultasse, eu agüentaria;/ fosse um adversário que selevantasse contra mim, dele meesconderia.

14. Mas tu, meu compa-nheiro, / meu amigo e confi-dente!...

15. Uma doce amizade nosunia, / na casa de Deus cami-nhávamos alegres!

Nesse ambiente ameaçador, éparticularmente dolorosa a traiçãodo amigo íntimo, pior ainda que uminimigo que insultasse ou um adver-sário que viesse atacar (v.13). Suatraição saqueia nossa intimidade,fere o mais valioso de nossa perso-nalidade, a amizade, o amor. Por issomesmo, os quatro evangelistas fo-calizam dolorosamente a identifi-cação de Judas como o traidor, naúltima Ceia. Entre os quatro, João, odiscípulo amado, faz questão demencionar a “convulsão interior” deJesus nesse momento (Jo 13,21).

Morte e Abismo16. Que a Morte caia sobre

eles, / que desçam vivos aoAbismo, / pois a Maldade moracom eles.

Como uma erupção vulcânica,explode a imprecação contra oscausantes desses males. Mesmoindiretamente dirigindo-se a Deus,o salmista confia a repressão adois poderes maléficos, os mes-mos que agiram contra os rebel-des liderados por Coré no deser-to: a Morte e o Abismo (cf Nm16,3-31). Que a Morte, de fora ede cima, se lance sobre eles e que,de baixo, o Abismo os trague, por-que “com eles mora a Maldade”.

O Senhor me salva17. Eu, porém, invoco a

Deus, e o Senhor me salva.18. De tarde, de manhã e

ao meio dia, lamento-me e sus-piro, / para que escute a mi-nha voz.

19. Com a tua paz, livra-medos que me combatem, / poissão muitos contra mim!

Agora, o salmista retorna sobresi, contrapondo a sua atividade pa-cífica à dos malvados. É como sedissesse: eu me furto às discórdi-as, não recorro à violência, “invocoo Senhor para que me salve” (v.17)...e, se pedi a destruição dos malva-dos, foi em vista da salvação do ino-cente. Quanto aos três momentosdiários da oração (v. 18), expressan-do sua continuidade, encontramo-los em Daniel 6,11. Santo Agosti-nho comenta-os cristologicamente:“À tarde, o Senhor na cruz; pela ma-nhã, na ressurreição; e, ao meio dia,na ascensão”. No v. 19, a surpresaparadoxal da paz, o shalôm, nomeio de tanta angústia. É a paz deDeus, que o salmista pede se tornerealidade na sua própria vida: “pazna terra, a seus bem amados” (cfLc 2,14).

Deus os humilhe20. Deus me escute e os

humilhe, / Ele, que domina parasempre./ Pois para eles não háemenda, / eles não têm temora Deus.

21. Cada qual estende amão contra o aliado, / violan-do a aliança.

22. Mais macia que a man-teiga é sua boca, / mas no cora-ção eles têm a guerra; / maisfluidas que o óleo são suas pala-vras, / mas são espadas afiadas.

A intervenção divina, suplicadapelo salmista, é para que Deus “hu-milhe” os adversários contumazes,incapazes de “emendar-se”, porqueneles não há “temor de Deus” (v.20),

que é o “princípio da Sabedoria” (Pv9,10). Porque não temem a Deus,transgridem pactos e alianças e ne-les não se pode confiar, pois semprementem e traem, “por mais maciaque seja sua boca” e “por mais flui-das que sejam as suas palavras”,“afiadas como espadas” (v.22)

Entrega teus cuidados!23. “Entrega ao Senhor os

teus cuidados / e Ele te sus-tentará, / pois jamais permiti-rá que vacile o justo!”

De repente, um oráculo faz-seouvir: oráculo litúrgico, pronunci-ado por um sacerdote ou profetado culto, ou locução interior, queo orante escuta no coração everbaliza para nós. O fato é quetemos aí um versículo fundamen-tal, retomado na primeira carta dePedro (1Pd 5,7) e, já antes, nosermão da Montanha: “Não vivaispreocupados... pois o Pai sabe queprecisais de tudo isso” (cf Mt 6,25-34). Aliás, também o Sl 37,5 e Pr16,3 nos dizem algo semelhante.

Em ti confio!24. Sim, ó Deus, os precipita-

rás na fossa profunda: / esseshomens sanguinários e traidoresnão chegarão à metade dosseus dias. / Mas eu, em ti confio.

Como que reanimado pela cer-teza da proteção divina, o salmistaresume tudo com o conhecido triân-gulo Tu-eles-Eu: “Tu os precipitarás”(cf v. 16), Eles, esses homens san-guinários (cf vv. 10-12 e 20-22), Eu,“em Ti confio”. Escusado é lembrarque, por mais “humana” que seja aimprecação contra os inimigos, Je-sus não a assumiu,mas transfor-mou-a em perdão: “Pai, perdoai-lhes,não sabem o que fazem!” (Lc 23,34)

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no

Instituto Teológico de SC - ITESC

email: [email protected]

Para refletir:

1) Qual é o motivo da angús-tia do salmista? E comoexprime seu medo?

2) A que leva o medo? É sem-pre à fuga?

3) Em que situação se encon-tra Jerusalém, a “cidade dapaz”? e nossa cidade?

4) Que diz do oráculo do v. 23?

5) Como cristãos e cidadãos,qual a nossa reação em re-lação aos corruptos emnosso país?

rezá-los sem lembrar-nos do“medo e pavor” sofridos pelo Se-nhor Jesus ao aproximar-se a suaPaixão: “Começou a entristecer-see angustiar-se. E disse aos discí-pulos: A minha alma está triste atéa morte...” (Mt 26,37-38). Quantoao “coração contorcendo-se nopeito” (v.5), é a mesma sensaçãoque Oseias atribui a Deus, expres-sando a aflição de um pai que de-veria castigar seu filho (cf Os 11,8),mas que “não pode” fazê-lo, exa-tamente porque é Pai.

Se eu tivesse asas7. E eu disse: “Ah, se tives-

se asas como a pomba / paravoar em busca de repouso!

8. Fugiria para longe, / iriamorar no deserto,

9. Buscaria um lugar de re-fúgio, / protegido da fúria dovento, do furacão”.

O medo incita à fuga, ou parali-sa. O medo, neste caso, mobiliza aimaginação, encontrando a esca-patória da fuga pelo ar, como pom-ba pacífica e inofensiva, cuja úni-ca defesa é um par de asas... (v. 7).De resto, o “repouso no deserto”(v.8) é paradoxal, pois o deserto é,em si, inabitável. Quanto à tenta-ção da fuga, até um “gigante”como Elias, a ela sucumbiu (1Rs19,3). Os mártires, porém, de on-tem e de hoje, sustentados pelagraça do Senhor, não têm fugido,embora humanamente sentindo omedo e a angústia.

Dispersa-os, Senhor!10. Dispersa-os, Senhor, /

confunde suas línguas!/ Vejo nacidade Violência e Discórdia, que

11. dia e noite circulam so-bre seus muros./ Dentro há Ini-qüidade e Tormento,

12. Insídias reinam no seuinterior / e não cessam em suasruas a Opressão e a Fraude.

Agosto 2011 Jornal da Arquidiocese6 Bíblia

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Jovens realizam missão em AngelinaMais de 160 jovens fizeram visitas às casas das 16 comunidades em Angelina e Rancho QueimadoA Pastoral da Juventude da

Arquidiocese realizou, nos dias 15a 17 de julho, na paróquia N.Sra.da Imaculada Conceição, em An-gelina, a Missão Jovem. Duranteos três dias, mais de 160 jovens,de todas as oito comarcas daArquidiocese, visitaram as casasdas 16 comunidades da Paró-quia, abrangendo os municípiosde Angelina e Rancho Queimado.

Esta foi a segunda vez que asmissões foram realizadas. A primei-ra foi em 2007, e aconteceu nomunicípio de Antônio Carlos. A ex-periência missionária havia sidosolicitada por Frei José Lino, en-tão pároco de Angelina, e assumi-da pela Assembleia Arquidiocesanada Pastoral da Juventude em 2009.

A paróquia possui 16 comuni-dades, mas em apenas três há gru-pos de jovens organizados. Alémdisso, a presença juvenil nas cele-brações é bastante reduzida. O ob-jetivo é que, a partir da realização

Após os três dias de missão, em que visitaram todas as residências dos dois municípios da paróquia, jovens se concentraram na Igreja Matriz

Divulgação/JA

da missão, os jovens dos dois mu-nicípios se sensibilizem maispela participação nas atividadesda Igreja.

As missões iniciaram na noitedo dia 15, com a recepção e en-

vio dos missionários. Na manhãseguinte, tiveram início as visitasàs casas, empresas, centros derecuperação e espaços públicos.Alguns missionários, sempre emduplas, eram acompanhados poruma pessoa da comunidade.

A cada casa visitada, eles se apre-sentavam, conversavam com a fa-mília, faziam a leitura de um textobíblico, refletiam sobre ele, abenço-avam a água, e a aspergiam noscômodos. Antes de sair para a próxi-ma casa, os missionários convida-vam a família para os encontros es-pecíficos com os adultos e jovens, epara a celebração de encerramen-to, programada para a Igreja Matrizda Paróquia na tarde de domingo.

Vera Sardá foi uma das pes-soas visitadas. Para ela, as visitasmissionárias são importantes paratrazer os jovens para a Igreja. “Nos-sa paróquia tem muitos adultos eidosos. Os jovens quase não parti-

Jornal da Arquidiocese Agosto 2011

7Juventude

cipam das celebrações. Quemsabe, com a missão, vão desper-tar”, disse.

O rosto jovem da IgrejaA casa de Bernadete P. Locks

foi outra a acolher os missionários.Segundo ela, não é comum aconte-cerem visitas missionárias da Igreja.Lembra-se apenas de uma visitaanterior. “Isso é muito bom. Aindamais quando feita pelos jovens. Mos-tra o futuro da nossa Igreja”, disse.

Para o Pe. Frei Rafael Spri-cigo, OFM, pároco de Angelina, amissão foi muito importante paramostrar o rosto jovem da Igreja eque, para participar das atividadesreligiosas, não é preciso deixar deser jovem. “Acreditamos que a mis-são animará os jovens da paró-quia”, disse o frei.Segundo ele,durante as visitas missionárias foifeito um levantamento da situaçãodos paroquianos. “Através dos da-

dos, poderemos promover açõespara suprir as carências identi-ficadas”, disse Frei Spricigo.

Segundo João Sartori, coorde-nador da Missões Jovens, o traba-lho teve um grande significado navida de cada comunidade visitada.Sentimos isso desde a pré-missãoaté a realização das missões, ten-do sido acolhidos com muito cari-nho e entusiasmo”, disse.

Para ele, o objetivo foi semearnos jovens da Paróquia o desejode se reunir em grupo, inserindo-os numa caminhada de conjunto.“Em muitas comunidades isso setornará realidade, com a forma-ção de grupos de jovens”, avaliou.“Acredito que em breve colhere-mos frutos do que plantamos nes-sa missão”, profetizou.

Mais fotos no site da arqui-diocese: www.arquifln.org.br,clicar em “Álbum de Fotos”.

O Setor Juventude da Arqui-diocese vai realizar no dia 28 deagosto, domingo, a JornadaArquidiocesana da Juventude.Será no “Centro de Evangeli-zação Angelino Rosa”, - CEAR,em Governador Celso Ramos.Tema do evento: “Enraizados eedificados em Cristo, firmes nafé” (Cl 2,7), o mesmo da Jorna-da Mundial da Juventude ,prevista para Madrid, na

Jornada Arquidiocesana da JuventudeEspanha, na semana de 16 a 21de agosto.

O objetivo da Jornada Arqui-diocesana é proporcionar aos jo-vens a possibilidade de se encon-trarem para celebrar a vida e afé, e um espaço onde possammanifestar seus anseios. “É tam-bém nosso objetivo, promover acomunhão entre os vários seg-mentos juvenis de nossaArquidiocese, em vista da conso-

lidação do Setor Juventude”, dis-se Pe. Josemar Silva, referen-cial do Setor na Arqui-diocese.

Solicita-se que os participan-tes confirmem presença, se pos-sível, até o dia 23 de agosto, pelofone (47) 3365-1884, ou pelo e-mail [email protected] local haverá venda de lanchese bebidas, mas se alguém prefe-rir poderá trazer o seu almoço coma possibilidade de partilhá-lo.

Juventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em ação

Milhares de jovens de todo omundo estarão reunidos nos dias16 a 21 de agosto em Madri,Espanha, para participar do encon-tro com o Papa. Trata-se da Jorna-da Mundial da Juventude - JMJ,que é realizada desde 1986, erepetida a cada dois anos. Nestaedição, o evento terá como tema“Enraizados e edificados em Cris-to, firmes na fé” (São Paulo).

A Arquidiocese estará repre-

sentada no evento. Segundo Gui-lherme Pontes, seminarista defilosofia e delegado arquidio-cesano da JMJ, estaremos repre-sentados por cerca de 50 jovensno evento. “A Jornada ganhounotoriedade no Brasil especial-mente pelo anúncio de quesediaremos a próxima edição em2013”, disse.

Mais informações no sitewww.madrid11.com

Arquidiocese estará naJornada Mundial da Juventude

Divididos em equipes, missionários visitaram todas as residências daParóquia, e foram muito bem recebidos

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Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Santa Paulina inaugura Casa das GraçasEspaço reunirá os ex-votos de graças alcançadas pelos peregrinos que visitam o Santuário

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Nos dias 9 e 10/07, o Santuá-rio Santa Paulina realizou a festaanual da sua padroeira. Milharesde fiéis de todo o Estado, do Bra-sil e de outros países participaramdo evento, que marcou os 69 anosde seu falecimento. Durante oevento comemorativo, foi realiza-da a inauguração da Casa dasGraças. Construída na Praça daGlorificação, dentro do complexodo Santuário, o espaço é destina-do a guardar e deixar em exposi-ção os ex-votos por graçasalcançadas. A cerimônia foi presi-dida por Dom João Alves dosSantos, bispo de Paranaguá, PR,estando presente a Irmã AnnaTomelin, superiora geral daIrmãzinhas da Imaculada Concei-ção, congregação criada pela San-ta. Paulina e que mantém o san-tuário, e pela Irmã Adelina da Cu-nha, diretora do Santuário.

Durante a solenidade, IrmãAdelina, Diretora do Santuário, fezos agradecimentos a todas as pes-soas que contribuíram para a reali-zação da obra. Na sequência, to-mou a palavra Irmã Anna: “É im-portante darmos graças a Deus portantos milagres por intercessão deSanta Paulina. E é significativo ex-pressar a gratidão através desses

ex-votos. Cabe a nós guardá-loscom o carinho merecido”, disse.

TeleféricoEstá sendo construído junto ao

Santuário um Teleférico. Ele liga aColina Santa Paulina até um espa-ço próximo ao templo maior. O ser-viço tem previsão de ser inaugura-do em agosto. Com 423 metrosde comprimento, o teleférico per-mitirá aos fiéis ter uma vista privi-legiada de todo o Santuário.

“Ele também permitirá que to-

Agosto 2011 Jornal da Arquidiocese8 Geral

dos possam acessar espaços doSantuário que antes eram nãoeram acessíveis a pessoas comdeficiência”, disse Irmã Anna. Se-gundo ela, a obra está sendo rea-lizada pela empresa Tedesco, amesma que administra idênticoserviço em Balneário Camboriú,e proporcionará renda para oSantuário.

Mais fotos no site da Arqui-diocese: www.arquifln. org.br- clicar em “Álbum de fotos”.

O Papa Bento XVI nomeou,no dia 16-07, Dom SeverinoClasen ofm como novo bispode Caçador. Ele foi transferido daDiocese de Araçuaí (MG). ADiocese de Caçador estava va-cante desde o dia 24 de novem-bro de 2010, quando o Papaaceitou a renúncia de Dom LuizCarlos Eccel, bispo da diocesedesde 07 de fevereiro de 1999.Desde a sua renúncia, a Diocesepassou a ser administrada porDom João Oneres Marchiori,bispo emérito de Lages. A possede Dom Severino está prevista

Dom Severino é onovo bispo de Caçador

para o domingo, 04 de setembro.

BiografiaDom Severino Clasen será o

5º Bispo de Caçador. Nasceu em1954, em Petrolândia (SC). Foiordenado padre em 1982 e sa-grado bispo em 1995. EstudouFilosofia e Teologia emPetrópolis (RJ). Tem pós-gradua-ção em Administração para aOrganização do Terceiro Setor naFundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Além disso, foi coordenadordo Departamento de Santuáriosda Província Franciscana daImaculada Conceição do Brasile fez parte do Conselho Diretordo Serviço Franciscano de Soli-dariedade (Sefras), do Conven-to de São Francisco, em SãoPaulo. Na 49ª Assembleia Geralda CNBB, que ocorreu em maiodeste ano, em Aparecida (SP),Dom Severino foi eleito presi-dente da Comissão EpiscopalPastoral para o Laicato, com ummandato de quatro anos.

Os Ministros Extraordináriosda Sagrada Comunhão dacomarca do Estreito estiveramreunidos nos dias 09 e 10 de ju-lho, para participar do seu II Reti-ro de Espiritualidade. Realizadona Casa de Retiros MonteCarmelo, em Palhoça, os partici-pantes refletiram sobre o texto“Com os olhos fixos nele”, a partirda Carta aos Hebreus 12, 1-3.

O evento reuniu 36 ministros,de oito paróquias da Comarca, as-sim distribuídos: Paróquia SãoJudas Tadeu, Barreiros - 06; Paró-quia Nossa Senhora do Carmo,Coqueiros - 03; Paróquia São Josée Santa Rita de Cássia, JardimAtlântico, 03; Paróquia São JoãoBatista, Capoeiras - 01; SantuárioNossa Senhora de Fátima, Estrei-

to - 08; Paróquia Nossa Senhorado Rosário - 04; Paróquia daColoninha – 04, e Paróquia NossaSenhora da Glória, Balneário - 07.

O retiro contou com a orienta-ção do Pe. Carlos Viana, SJ, ecom o auxílio de Simone Bara-novxky, do grupo de espirituali-dade Inaciana. A partir do textobíblico, os assessores propuse-ram para os dois dias de oraçãoum convite: “Viver apaixonadospor Cristo, comprometidos com avida”. Para Delamare de OliveiraFilho, Coordenador Comarcal dosMESC, o retiro foi muito importan-te para a formação continuadados ministros. “Agradecemos a to-dos que colaboraram para a reali-zação desse importante eventoformativo”, disse.

Ministros da Comunhãoparticipam de retiro

Encontro reúne líderes da Pastoral da CriançaA Pastoral da Criança da

Arquidiocese realizou, na manhãdo dia 02 de julho, sábado, a par-tir das 9h, um encontro para seuscoordenadores paroquiais. O En-

contro foi no Centro Comunitáriodo Rio Tavares, em Florianópolis,em frente à Capela São LuizGonzaga (Igreja de Pedra), e con-tou com a participação de repre-

sentantes de 14 paróquias.Durante o evento. Definiu-se

a reprogramação da agenda2011 e a série de eventos come-morativos ao Dia Estadual daPastoral da Criança, no dia 25de agosto, recém aprovado pelaAssembleia Legislativa do Esta-do - ALESC.

Este foi o primeiro encontro danova coordenação arquidiocesanada Pastoral com os coordena-dores(as) paroquiais. Jane Biten-court Neto é a nova coordenado-ra, eleita durante a AssembleiaArquidiocesana realizada no diaprimeiro de maio, na Casa de Reti-ros Recanto Champagnat, emFlorianópolis.

Mais informações sobre a Pas-toral da Criança pelo fone (48)8465-8437 ou pelo [email protected]

Celebração festiva do Dia de Santa Paulina lotou o Santuário

Encontro definiu o planejamento das atividades da Pastoral para o ano

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Audiência discute a Defensoria PúblicaEvento reuniu autoridades que apresentaram argumentos pró e contra a criação do serviço no Estado

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Uma audiência pública, realiza-da na manhã do dia 12 de julho,na Assembleia Legislativa - Alesc,em Florianópolis, debateu sobre acriação da Defensoria Pública noEstado. O evento reuniu liderançaspolíticas, autoridades jurídicas emembros da Pastoral Carcerária.

O evento foi uma iniciativa daAssembleia. Santa Catarina é o úni-co Estado que não possuiDefensoria Pública. Atualmente oEstado adota a chamada defen-soria dativa, em que o serviço éprestado através de convênio en-tre o Estado e a Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB).

Durante a audiência, parlamen-tares e autoridades se manifesta-ram apresentado as suas razõespara a criação ou não do serviço.Carmelice Balbinot Pavi, repre-sentante do Movimento de Criaçãoda Defensoria Pública, destacouque a mobilização popular existedesde 2004. Mas que criou fôlegono último ano, quando foi realizadauma mobilização popular, que co-lheu mais de 48 mil assinaturas.“Este tema já foi discutido ampla-mente em todo o Estado e hoje vi-vemos um momento histórico naluta por um direito que está sendosonegado ao cidadão”, disse.

Já Paulo Roberto Borba, pre-sidente da Ordem dos Advogadosdo Brasil - OAB, seccional Santa Ca-tarina, defendeu que a defensoriadativa é o que melhor atende às

GeralJornal da Arquidiocese Agosto 2011

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O seminário propedêutico épara aqueles que já terminaramo ensino médio e pretendem in-gressar no Seminário. Consisteem um ano de preparação paraa vida no seminário maior epara a faculdade de filosofia. Éum tempo de discernimentovocacional e vivência espiritualmuito intensa.

Temos uma vida de comuni-dade envolvente. Além das ora-ções, refeições e aulas, que sósão iniciadas com a presençade todos, temos os horários deconvivência, esporte e trabalho.Mesmo se descartamos os mo-mentos mais sérios, ainda pas-samos um bom tempo juntos,pois temos muito em comum.Contudo, nos períodos de ora-ção pessoal, leitura orante,espiritualidade, nos concentra-mos para ficar a sós com Deus.

Acompanha-nos uma exce-lente orientadora espiritual e po-demos contar com nossos forma-dores, sempre dispostos e dispo-níveis para uma conversa. A vida

Conhecendo a vida nos Seminários

Vida de Propedeuta!no seminário não é só voltadasobre si. Temos também uma di-mensão pastoral muito vigorosa.Estamos dispostos a ajudar emdiversos eventos da comunidade,e uma vez a cada quinze dias fa-zemos uma visita ao asilo. Láconversamos, cantamos e ani-mamos os internos. Também te-mos uma dimensão missionária:ajudamos nas missões no Esta-do e participamos das Santas Mis-sões Populares na Bahia.

No propedêutico, tudo temseu tempo e há tempo para tudo.Seminário não é somente ora-ção. Nós também trabalhamos,estudamos, praticamos esportes.Aprendemos a nos conhecer e aconhecer o outro. Somos jovenscomo quaisquer outros, apenasbuscando um caminho diferente.

ENDEREÇO:Rua Manoel Anastácio

Pereira, 211, Centro –Camboriú – SC, CEP 88340-000 – (47) 3365-1884 - e-mail: [email protected]

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determinações constitucionais, poisatende à população de baixa ren-da, sem onerar excessivamente oEstado. De acordo com ele, a pesarde ter apenas 3,63% da populaçãodo país, Santa Catarina é o terceiroestado que mais possibilita acessoaos serviços judiciários, com umdefensor para cada 700 pessoas.“O governo teria que arcar com umadespesa suplementar de cerca deR$ 300 milhões, sendo que o mo-delo já atende perfeitamente a de-manda dos catarinenses”, disse.

Apoio dos bisposDurante a solenidade, Pe. Ro-

que Faverin, presidente daCáritas Estadual, leu um documen-to assinado no dia 11 de julho por

todos os bispos da CNBB – Regio-nal Sul IV. No documento, eles apói-am a criação da Defensoria Públi-ca. “Esperamos que a Assembleiavote o quanto antes pela sua cria-ção”, diz o documento.

Pe. Ney Brasil Pereira, coor-denador arquidiocesano da Pasto-ral Carcerária e que há 37 anosacompanha o sistema prisional,avaliou que a audiência foi muitopositiva, pois proporcionou ouvir osdois lados da questão. Se vamosapenas em uma direção, enxergan-do apenas um ponto de vista, a gen-te não chega a verdade. É impor-tante que, dentro do peso dos argu-mentos prós e contras, se chegue oquanto antes possível a melhor so-lução para o povo”, ponderou.

A Red Sanar é uma instituiçãocriada na Argentina para atenderpessoas com problemas deestresse, ansiedade, fobia, tristeza,pânico, depressão, angústia e crises,que podem levar ao suicídio. Ela foicriada por um médico psiquiatra epor um padre. Eles desenvolveramum sistema de atendimento às pes-soas que é aplicado por leigos tam-bém do Chile e Bolívia. Esse traba-lho está chegando ao Brasil.

Ong previne contra o suicídioNo dia 20 de agosto, das 14h

às 17h, será ministrada uma forma-ção para os interessados em conhe-cer e se voluntariar para o serviço.O evento será realizado no Educan-dário Imaculada Conceição, no cen-tro, em Florianópolis. A formaçãoserá ministrada por Zenir Gels-leichter, missionária leiga e funcio-nária da Livraria Paulus, que partici-pou de formação na Argentina. Des-de abril deste ano presta atendi-

mento no Educandário ImaculadaConceição, em Florianópolis, masprecisa de mais voluntários para au-xiliar no trabalho. A formação é vol-tada a todos os interessados, masem especial para líderes da Pasto-ral da Saúde e dos Enfermos, porestarem mais em contato com opúblico alvo do serviço.

Mais informações no site www.redsanar.org. ou pelo [email protected]

Plenário da Alesc ficou lotado de pessoas que participaram da audiência

Seminaristas do Propedêutico com o seu formador, Pe. Josemar

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Curso de Gestão para Empreendimentosde Economia Solidária forma lideranças

Nove empreendimentos participaram do primeiro momento formativo do projeto FORTEESO Projeto “Fortalecendo Expe-

riências de Economia Solidária”em Santa Catarina (FORTEES),uma parceria entre a Cáritas Bra-sileira Regional de SC e as CáritasDiocesanas, na Arquidiocese coma ASA, teve seu primeiro momen-to de formação no dia 14 de ju-lho, na Paróquia São JoãoEvangelista em Biguaçu. Nove sãoos empreendimentos atendidospelo Projeto, mensalmente visi-tados e recebem orientações daarticuladora local. No curso, tive-ram a oportunidade de conheceros outros grupos e a equipe daCáritas Regional. O curso de ges-tão terá 04 etapas. Essa primeiraetapa buscou caracterizar melhor

a Cáritas Brasileira: forne-ceu alguns dados sobre aorganização da economiano país, e as conseqüênci-as do atual modelo de de-senvolvimento e do merca-do. Por fim, buscou dar iní-cio a um primeiro debatesobre Economia Solidária,a qual será aprofundadaao longo do desenvolvi-mento do Projeto.

Os grupos puderam

30 lideranças participaram da formação realizada na Paróquia de Biguaçu

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Aconteceu nos dias 20 e 21 dejunho em Rio do Oeste, Diocese deRio do Sul, a Oficina Regional empreparação do Congresso daCáritas Brasileira. O Encontro par-tiu do tema central do Congresso:“Desenvolvimento SustentávelSolidário e Territorial (DSS-T): se-mentes de um projeto popular”. Apassagem bíblica da parábola dosemeador iluminou boa parte denossa reflexão: entre tantas se-mentes caídas pelo caminho, naspedras e nos espinhos do dia-dia,muitas foram as sementes quecaíram em terra boa e produziramfrutos. Num rico momento de par-tilha, pudemos conhecer as váriasiniciativas de desenvolvimentosolidário e sustentável que estãopresentes nas Dioceses, anima-das e impulsionadas pela redeCáritas. São cooperativas de agri-cultores que trabalham na preser-vação das sementes crioulas; gru-pos que buscam alternativas sau-dáveis e sustentáveis de combateà produção do fumo; cooperativasde mulheres de produção depanificados orgânicos; hortas co-munitárias; grupos de geração derenda que produzem de maneirasustentável; fórum do lixo; produ-ção e beneficiamento de frutas ede cana de açúcar de maneiraagroecológica. As experiências nosmostram que é possível pensar eefetivar outro modelo de desenvol-vimento que respeite as pessoas,o meio ambiente, e acima de tudovalorize as organizações e iniciati-vas comunitárias, tendo a prática

da solidariedade como valor fun-damental para toda a ação.

Além de conhecer experiênciase debater mais a fundo sobre otema DSS-T, o Congresso Brasileirotambém tem como objetivo avaliaro Planejamento Estratégico 2008-2011 e apontar novas perspecti-vas e prioridades de ação para aRede Cáritas aos próximos 04anos, e a eleição da nova diretoriada Cáritas Brasileira. Nesse senti-do, a rede Cáritas de Santa Catarinafez esse exercício, identificou osavanços e desafios percebidos nacaminhada, e apontou indicativospara futuro: política de sustenta-bilidade, formação de agentesCáritas; mística e espiritualidadelibertadora e política de volunta-riado; além de indicar nomes depessoas para a diretoria nacional.Como parte do processo de prepa-ração, ainda teremos a Oficina InterRegional Sul (PR/SC/RS), onde se-rão compartilhadas as oficinas re-gionais: será nos dias 16 a 18 deagosto, em Florianópolis.

Na certeza de que cada vez mais“Nós Somos Cáritas”, a ASA se es-força para contribuir sempre maiscom essa caminhada, que aconte-ce desde as ações de base nasAções Sociais Paroquiais, até a ins-tância nacional. A ASA participará doCongresso Nacional nos dias 09 a12 de novembro em Passo Fundo /RS, com três delegados: Pe. MárioSérgio do Nascimento (presidenteda ASA), Carla de Oliveira Guimarãese Maria Antonia C. Carsten (assis-tentes sociais da ASA).

10 Ação Social Agosto 2011 Jornal da Arquidiocese

Rede Cáritas de SantaCatarina se prepara

para o Congresso Brasileiro

Mulheres em Ação pela Superação

apresentar-se e expor seus produ-tos, além de trocar experiênciascom outras pessoas. A próximaetapa será nos dias 13 e 14 deoutubro. Frente às situações deexclusão e de fortalecimento domodelo excludente do capitalis-mo, a Economia Solidária apre-senta um novo jeito de fazer eco-nomia, baseado nos princípios dasolidariedade e da justiça, pelosquais a ASA e toda a rede CáritasBrasileira fazem a opção.

Com o objetivo de proporcio-nar atividades que gerem rendapara as famílias atendidas pelaAção Social Neotrentina, em 2009foi organizado o Grupo “Mulheresem Ação pela Superação”, no

município de Nova Trento. Inicial-mente o grupo foi formado pormulheres, mães, sem um traba-lho formal, migrantes e que vivemcom o salário do companheiro. Aparticipação no grupo constituiu

um espaço de convivência e for-talecimento de vínculos, trazendoânimo para fazer algo mais.

Em 2011 a geração de rendapassou de sonho distante para umagrande possibilidade. Do grupo, trêsmulheres que se dedicavam à pro-dução de sabão assumiram a pro-posta, e passaram aprimorar a pro-dução e a comercialização.Essaetapa contou o apoio técnico daEpagri. A base para a produção dosabão é o reaproveitamento doóleo de cozinha e o sebo, sendoesses fornecidos pela própria comu-nidade e o comércio local, atravésdo trabalho de conscientização re-alizado pela Epagri. O grupo é apoi-ado pelo Projeto FORTEES, o qual,além da geração de renda para asfamílias envolvidas, tem por objeti-vo maior o resgate da autoestima eo empoderamento das mulheres.

Produtos de Economia Solidária

Doraci, Gil e Virgínia complementam a renda com a fabricação de sabão

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Evento identificou os avanços e desafios percebidos

na caminhada e apontou indicativos para o futuro

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Comarcas promovem encontros dos GBFsTrês comarcas reuniram as lideranças dos GBFs para momentos de formação e confraternização

Jornal da Arquidiocese Agosto 2011 GBF 11

A Paróquia da Fazenda reuniu centenas de lideranças dosGrupos Bíblicos em Família da Comarca de Itajaí

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No mês de julho foram vividos momentos fortes para a caminhadados Grupos Bíblicos em Família. Momentos de motivação para a missãodos GBF, focando o compromisso social, a partir dos ensinamentosde Jesus Cristo e de sua Palavra como Profeta do Reino.

Uma tarde de amor à Pa-lavra de Deus - No último dia17 de julho aconteceu o EncontroComarcal que reuniu centenas depessoas integrantes dos GruposBíblicos em Família das váriasparóquias. O encontro aconteceunas dependências da Paróquia N.S. de Lourdes, no Bairro Fazenda.O pároco Pe. Júlio César acolheua todos, demonstrando sua ale-gria em receber os grupos numatarde de oração e fé. Disse que osGrupos Bíblicos são osanunciadores da Boa Nova de Je-

Comarca de Itajaísus e levam a Palavra para as ca-sas, onde tudo começou. Lem-brou Maria, a mulher e mãe queesteve presente nos inícios da Igre-ja. O encontro foi assessorado porPe. José Rufino, pároco da novaParóquia de Itaipava.

Seu tema versou sobre a Bíbliae sua importância na vida cristã,sobretudo dos católicos, que ain-da não adquiriram o hábito de tê-la nas mãos em todos os momen-tos. Os Grupos Bíblicos em Famíliatêm a missão de despertar esseamor pela Bíblia nas famílias e co-munidades. A Bíblia não pode fal-tar, porque é a fonte inspiradorade toda oração, reflexão e ação dosgrupos. Pe. Rufino comentou sobrea importância do encontro, queproporcionou a oportunidade deseus animadores se abasteceremda Palavra para serem luz na suamissão evangelizadora.

Sua palestra trouxe a memó-ria dos profetas e das profetizasque construíram a história da hu-manidade no Primeiro Testamen-to. Salientou a presença forte deJesus entre todos os povos, mes-

No dia 02 de julho, os ani-madores dos GBF da comarcareuniram-se na igreja de SantaTerezinha, da Vargem Grande,para refletirem sobre a cami-nhada. A tarde de reflexão foiconduzida pelo Diácono PauloCésar Turnes, por MoacirAlbuquerque e Maria Glória daSilva, insistindo na importânciada formação e multiplicaçãodos grupos, para vivenciar oprojeto de Jesus: “vida em abun-dância”. Os GBFs são o chãoonde a vida acontece, compro-metidos com o anúncio do Evan-gelho. A nossa missão é cuidarbem desse maior dom de Deusque é a vida, é viver cheios defé e amor, na gratuidade, cons-truindo o Reino numa ação

transformadora da pessoa, dacomunidade e da sociedade:“Eis o meu servo, dou-lhe o meuapoio. É o meu escolhido, ale-gra o meu coração... Eu, o Se-nhor, te chamei para a justiça...”(cf Is 42, 1-9).

Como Profetas do Reino, se-guidores (as) de Jesus Cristo eanimados pela Palavra de Deus,queremos construir um projetocomum de vida feliz para todose todas.

Finalizamos o encontro comum gostoso café colonial, ofe-recido pela comunidade quenos acolheu.

Maria Glória da SilvaCoordenação Arquidiocesana dos

Grupos Bíblicos em Família

Comarca de Santo AmaroA Paróquia do Jardim Atlânti-

co, comunidade São José e SantaRita de Cássia, acolheu muitosanimadores(as) dos GBFs, vindosdas paróquias da comarca, na tar-de de 17 de julho. A acolhida foicalorosa por parte da coordena-dora paroquial, da coordenaçãocomarcal e do pároco Pe. SérgioGiacomelli. O encontro foi muitobem animado pelo Marcio Muriloe pelo Donizete.

As reflexões da bela tarde de for-mação foram conduzidas pela CarlaCristiane de O. Guimarães, que apon-tou os locais da missão de JesusCristo e sua opção preferencial pe-los pobres como missão dos GBFs.Disse que a missão dos GBFs estáfundamentada na Palavra de Deuse nos documentos da Igreja, onde ébem claro que a nossa

Comarca do Estreitoevangelização deve acontecer apartir da ação de Jesus ensinada naPalavra, na Liturgia e nos Sacramen-tos. “As alegrias e as esperanças, astristezas e as angústias dos homense mulheres de hoje, sobretudo dospobres e de todos aqueles e aque-las que sofrem, são também as ale-grias e as esperanças, as tristezas eangústias dos discípulos e discípu-las de Cristo” (Gaudium Et Spes).

Viver a missão de Jesus “épartir, caminhar, deixar tudo, sairde si, quebrar a crosta do egoís-mo que nos fecha no nosso eu. Éparar de dar voltas ao redor de nósmesmos, como se fôssemos ocentro do mundo e da vida. É abrir-se aos outros como irmãos, des-cobri-los, encontrá-los e amá-los...” (Dom Hélder Câmara).

Coordenação comarcal

mo os não cristãos, que reconhe-cem a contagem do tempo a par-tir do seu nascimento: antes deCristo e depois de Cristo.

Marcaram presença os Páro-cos das diversas Paróquias daComarca: Padre Antonio, da Paró-quia S. Vicente; Pe. Cláudio, daParóquia Divino Espírito Santo, deCamboriú; Pe. Timóteo, da Paró-quia N. Sra. Aparecida, da Vila Real;Pe. José Henrique, da Paróquia SãoJoão Batista; bem como osDiáconos Lotar, de Camboriú, eAuri, de Itaipava, que participaramda celebração da Santa Missa.

Destaque foi a presença ani-madora da nossa Coord. Arquid.Maria Glória da Silva, quemotivou a todos para a Caminha-da do Tempo Comum, com a apre-sentação do novo livreto, que trazo tema “Profetas do Reino”.

Somos chamados por Deuspara construir seu Reino de Amore de paz. Somos construtores deuma nova sociedade, que precisaser fundamentada na rocha firmeque é a Palavra de Deus.

Glória Maria Dal CastelArticuladora para a Comarca

Programa derádio dos GBFs

“IGREJA NAS CASAS”No mês de julho foi

comemorado um ano doprograma “Igreja nas Casas”, dosGrupos Bíblicos em Famílias(GBFs) e Comunidades Eclesiaisde Base (CEBs). O programa vaiao ar todos os sábados, às16h30min, na Rádio Cultura1110 AM - “Mais Feliz com Je-sus”. Esta bela iniciativa nasceu apartir da conversa de algunsanimadores de comunidade,entusiasmados e comprometidoscom a divulgação e com a vivênciados GBFs, Volmar de SouzaNetto, Diác. Roberto G. Costa,e o Coord. das CEBs Edson LuisMendes. A ideia foi levada àCoordenadora Arquidiocesana dePastoral e dos GBFs, e à Equipe deRedação dos Livretos. De imedia-to a idéia foi aprovada e apoiada.O programa ainda contou com oapoio e cola-boração do Pe. Do-mingos Nandi e do Prof. CelsoLoraschi. Coube a Volmar ser ocoordenador e o apresentador doprograma.

O programa “Igreja nas Casas”tem como finalidade “evangelizar”aprofundando e transmitindo oanúncio da Palavra de Deus,levando as pessoas a partici-parem em um GBF e ajudando-as a fazer a experiência doencontro com Jesus Cristo.Através de testemunhos, oprograma anima e fortalece avivência dos GBF e das CEBs.

A Arquidiocese prepara-separa sediar o próximo EncontroEstadual de CEBs, que será reali-zado em 2012. O programa “Igre-ja nas Casas” está motivado paraesse evento.

Volmar é o coordenador e oapresentador do programa

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

Filho de José Canzi e deCatarina Giongo Canzi, AurélioÂngelo nasceu em Garibaldi, RSem 13 de fevereiro de 1915. In-gressou no Seminário Menor SãoJosé, de Santa Maria, RS aos 14anos e foi ordenado presbítero emMaratá, RS em 17 de dezembrode 1943. Sua vida sacerdotal trans-correu em São Miguel do Oes-te, extremo oeste catarinense,cujo nascimento acompanhou enele teve participação decisiva.

Em 5 de fevereiro de 1944 foiinstalada a “Igreja Reitorada” deSão Miguel Arcanjo, na então VilaOeste, anexa à Paróquia deItapiranga, fundação dos jesuítase colonos alemães gaúchos, e Pe.Aurélio, com menos de 30 anos,foi nomeado vigário paroquial. Acapela tinha sido construída peloscolonos em 1943. Com a criaçãoda paróquia São Miguel Arcanjo em9 de abril de 1950, ele foi nomea-do primeiro pároco, permanecen-do no ofício até 1977. O Decretode criação foi assinado pelo BispoPrelado de Palmas do Paraná, queatendia a todo o Oeste catari-nense, Dom Carlos Eduardo SabóiaBandeira de Mello, OFM.

Deve-se fazer uma observaçãoa respeito da situação demográficado Oeste catarinense: antes dasempresas de colonização gaúchaslotearem a região, essa era habita-da por índios kaigang e por cabo-clos, muitos deles fugitivos da guer-ra do Contestado ou de puniçõesem outros Estados. Para as empre-sas colonizadoras, a terra era livre,sem moradores. Pe. Aurélio, cujoideal era trabalhar com os índios,rendeu-se à lógica da ocupação do

solo. Os problemas de justiçapara com esses pobres ficaramadormecidos até a década de1970, quando se tornaram evi-dentes e surgiu um Pastor queos defendesse, enfrentando ca-lúnias e ameaças: Dom JoséGomes (1921-2002).

Bom pastor e guiaA chegada à então Vila Oes-

te aconteceu em 5 de fevereirode 1944 e quatro dias depoisali celebrou a Missa, pela pri-meira vez. Na época, havia 17famílias estabelecidas,totalizando 85 moradores, queenfrentavam uma prolongadaestiagem. “Foi preciso ter cora-gem para permanecer aqui”, es-creveu. E ali desempenhou asfunções de padre, conselheiro, pro-fessor e médico visitando seus pa-roquianos, mesmo em lugares qua-se inacessíveis, atendendo-os sobquaisquer circunstâncias e a qual-quer horário que o chamassem.Exercendo o papel de médico pelaausência de médicos, estabeleceua primeira farmácia, receitava remé-dios que conhecia, internava doen-tes na casa paroquial, às vezes emsua própria cama, dormindo entãono chão, realizava pequenas cirur-gias. Era muito requisitado parabênçãos de crianças, doentes, bên-çãos contra gafanhotos, ratos, tem-pestades. Não tinha limites na cari-dade para com os pobres.

Suas Missas eram breves: de20 a 30 minutos, com sermão etudo. Seu grande cuidado era acatequese das crianças. Gostavade ter um bom grupo decoroinhas, para os quais reserva-

va uma bola de futebol e, no finalda Missa, distribuía 200, 500 réispara os que tinham ajudado.

Obras sociais -nova igreja matriz

Ao lado do atendimento pró-prio da vida paroquial, Pe. Auréliopreocupou-se em promover a saú-de e a educação. A educação, poissabia que toda a juventude localnão teria condições de progressosem freqüentar o ensino primário,ginasial e secundário.

Em 1950, conseguiu a vindadas Irmãs do Instituto Jesus Ma-ria José para a direção do Hospi-tal Sagrado Coração de Je-sus. Em um segundo momentode sua história em São Miguel, em06 de fevereiro de 1959 as Irmãspassaram a atender ao setor edu-cacional, e iniciaram a construçãodo Colégio. No ano de 1954, a co-

munidade de São Miguel doOeste uniu-se ao pároco nabusca de solução para umColégio que atendesse meni-nos e rapazes. Quatro anosdepois, começava suas ativi-dades o Colégio La SallePeperi, assumido pelos Ir-mãos Lassalistas.

Já em 1950 iniciaram-se asdiscussões para a construção deuma nova igreja matriz. Anosdepois, um arquiteto e enge-nheiro paranaense elaborou oprojeto, grandioso e caro. O pre-ço pareceu absurdo e impossí-vel. Foram feitas algumas mu-danças e o projeto foi apresen-tado ao bispo Diocesano, D.Wilson Laus Schmidt, que oaprovou: igreja moderna, com

quatro grandes arcos formandouma cruz grega. Pe. Danilo Link fi-cou encarregado de coordenar asobras da construção. Na época, foiuma das grandes obras do Estadoem volume de material utilizado.No início da década de 80 a novaIgreja foi inaugurada, e é o principalcartão postal de São Miguel doOeste. Pe. Aurélio ficou magoadopor não terem posto o Altar da Ce-lebração no centro da igreja, con-forme o projeto original e que serialógico pelo formato de cruz grega.

O movimentoemancipacionista –São Miguel do Oeste

Em 30 de dezembro de 1953,a Assembléia legislativa criou omunicípio de São Miguel do Oeste.Na primeira eleição, em 3 de outu-bro de 1954, Pe. Aurélio Canzi foieleito vereador. Sua liderança era

A Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini, do PapaBento XVI, sobre a Palavra de Deusna Vida e na Missão da Igreja, de-monstra profunda preocupaçãocom os muitos e graves conflitos nomundo atual (cf. n. 102): “Às vezes,tais hostilidades parecem assumiro aspecto de conflito inter-religioso”.Nesse ponto, o papa é incisivo: “Que-ro uma vez mais reafirmar que a re-ligião nunca pode justificar a intole-rância ou as guerras. Não se podeusar a violência em nome de Deus!”E acrescenta: “Toda religião deveimpelir para um uso correto da ra-zão e promover valores éticos queedifiquem a convivência civil”.

Neste contexto de divisões econflitos de toda ordem, os cristãos,com os olhos e o coração voltadospara a prática de Jesus de Nazaré,são convocados a abrir caminhosde diálogo e de promoção da pazno mundo. Vale para nós hoje o quePaulo recomendou para a comuni-dade de Corinto (2Cor 5,17-21).Apesar de todas as nossas faltas,

Deus nos reconciliou consigo atra-vés de Jesus Cristo, e nos confiou o“ministério da reconciliação”. Eleaprofunda dizendo que “em nomede Cristo exercemos a função deembaixadores de Deus”. A funçãode embaixador é representar os in-teresses de sua pátria em outropaís. É defender os direitos dos seusconcidadãos que moram em terraestrangeira. Portanto, ao exercer afunção de embaixadores de Deus,colocamo-nos ao seu serviço nestapátria provisória na qual peregrina-mos. O serviço de Deus correspondeao ministério da reconciliação.

Deus fez, de todos os povos,uma só família. Como tornar reali-dade essa proposta divina nummundo tão dividido e dilacerado? Énecessário, segundo Paulo, estarafinado com Jesus Cristo, que nosreconciliou com Deus. “Se alguémestá em Cristo é nova criatura. Pas-

saram-se as coisas antigas; eis quese fez realidade nova” (2Cor 5,17).

Estar em Cristo é ter os seusmesmos sentimentos e despojar-se de toda atitude de dominação,“nada fazendo por competição evanglória, mas com humildade jul-gando cada um os outros superio-res a si mesmo, nem cuidando cadaum só do que é seu, mas tambémdo que é de todos” (Fl 2,1-5). Noentanto, a experiência histórica nosfaz constatar que nós, seres hu-manos, tendemos a ser egoístas eestamos imersos em estruturasalicerçadas na injustiça e na domi-nação de uns sobre outros. E a ide-ologia dominante tenta nos conven-cer de que essa situação é natural.É a imperiosa “lei do mais forte”,que fere, cotidianamente, a digni-dade humana e de toda a criação.

O caminho para uma realidadenova de superação de todas as ex-

pressões egoístas é o da reconcili-ação. Não faltam motivos para res-sentimentos, divisões, brigas e vin-ganças. E cada lado do conflitoconsidera-se cheio de razões paraisso. Muitas vezes, esses conflitossão historicamente graves e dei-xam feridas profundas, abrangen-do desde relações familiares atéinternacionais e inter-religiosas.Jesus Cristo “é a nossa paz... Elederrubou o muro da separação esuprimiu a inimizade” (Ef 2,14). Elenos deu o ministério da reconcilia-ção, que se caracteriza por umnovo jeito de ser e de agir: ao invésde vingança, perdão mútuo; ao in-vés de distanciamento e inimiza-de, aproximação e fraternidade; aoinvés de domínio de uns sobre ou-tros, respeito à alteridade; ao in-vés de sentimentos e atitudes desuperioridade, serviço mútuo...

Faz parte da identidade cristã a

O Ministério da Reconciliação

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atitude de reconciliar-se com Deusatravés da reconciliação com osoutros. Jesus nos revelou ainseparável relação entre o perdãode Deus e o perdão entre nós: “Coma medida com que medirdes, sereismedidos também” (Lc 6,38). Con-firmou esta verdade ao ensinar oPai-Nosso: “Perdoai-nos, assimcomo nós perdoamos” (Mt 6,12).Assim como necessitamos do pãocotidiano para o sustento do nossocorpo, também necessitamos cons-tantemente do perdão mútuo paraa saúde das nossas relações.Verbum Domini faz o apelo: “Fiéisà obra de reconciliação realizadapor Deus em Jesus Cristo, crucifica-do e ressuscitado, os católicos etodas as pessoas de boa vontadeempenhem-se em dar exemplos dereconciliação para se construir umasociedade justa e pacífica” (n. 102).

Celso LoraschiProfessor no ITESC e Coord. da Co-

missão Arquid. para o Ecume-nismo

e o Diálogo Interreligioso - CADEIR

Padre Aurélio Canzi - A Serviço da Vidainconteste. Os políticos se reuniamem sua casa para traçarem pro-gramas. O município era sua casa.Como continuavam a chegar levasde imigrantes do Rio Grande do Sul,Pe. Aurélio acompanhou o nasci-mento de novas comunidades,hoje municípios, como São José doCedro e Guaraciaba. Guaraciaba,na língua tupi-guarani, significa“Raio de Luz” e foi um nome esco-lhido pelo próprio Pe. Aurélio.

O final de uma ricaexistência

Em 1976, com apenas 61anos, se manifestaram com forçaos sintomas do Mal de Alzheimer:passou a rezar Missa em latim, elentamente ficou impedido parao ministério. Permaneceu em SãoMiguel do Oeste e, para celebrar,mandou construir a capela de SãoGotardo, bairro da cidade, ondecelebrou enquanto pode. Em 24de abril de 1976, foi empossadocomo pároco Pe. Alpídio Magrin.

Pe. Aurélio Ângelo Canzi fale-ceu em 7 de junho de 1990, às6h da manhã, quando tinha 75anos de idade e uma história quese confundia com a Igreja e a co-munidade de São Miguel do Oes-te. Por sua vontade, seu jazigoestá na Gruta de Nossa Senhorade Lourdes, por ele construída eonde, a cada dia, dezenas de pes-soas vêm rezar. Muitos ex-votosindicam graças alcançadas. Suamemória permanece viva no povopelo qual deu a vida.

Pe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:

pebesen.wordpress.com)

Pe. Aurélio Canzi:

pioneiro da Igreja no Oeste catarinense

Agosto 2011 Jornal da Arquidiocese12 Artigos

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Igreja com rosto missionárioNo dia 17 de junho, os Bispos

do Portugal enviaram aos cristãosuma significativa carta pastoralpara incentivá-los a se empenha-rem na construção de uma “Igrejacom rosto missionário”.

Os bispos constatam: “O mun-do de hoje mudou e a Igreja, senão quiser entrar num deserto, eaté ver-se hostilizada, terá demudar, e muito. Apesar dos signi-ficativos avanços da liturgia, apóso Concílio e da renovação dacatequese da infância, dos jovense adultos, nos últimos decêniosveem-se as igrejas cada vez maisdesertas”. Somos uma igreja queperde fiéis e a maioria dos católi-cos não conhece sua fé, não vi-vem sólidas convicções, são pas-sivos e submissos.

No meio de tanta indiferença, oque fazer? Os bispos, na carta pas-toral que leva o título “Como eu fiz,fazei-o vós também”, tentam abrircaminhos para a reflexão...

Prioridade ao anúncioA paróquia será missionária se

der prioridade ao anúncio. De fato,a paróquia terá rosto missionáriona medida em que o dever doanúncio do Evangelho for prioritárioem relação a qualquer outro. Foiaos batizados que o Senhor orde-nou: “Ide e proclamai o Evangelho”(Mc16, 15), “fazei discípulos eensinai” (Mt28, 19-20) e “Sereisminhas testemunhas” (At1, 8).Evangelização implica movimento,comunicação! Essa é a vocação daparóquia, “Igreja que vive no meiodas casas dos seus filhos e de suasfilhas” e tem como vocação ser“casa de família fraterna e acolhe-dora” (nº 7).

Desafios à paróquiaInfelizmente, nem sempre a

Igreja encontra respostas evan-gelizadoras adequadas às reais

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Carta Pastoral dos bispos de Portugal chama a atenção para uma nova maneira de evangelizar

aspirações dos homens e mulhe-res do nosso tempo. O que fazer?Urge reorientar a evangelização,mediante “novos movimentos,novas formas eclesiais, novosmétodos e novos rumos” em or-dem a “nova primavera no Inver-no da Igreja” (n° 8). Na novaevangelização, “cada Igreja parti-cular é responsável por toda a mis-são, tendo que voltar-se priorita-riamente para os de fora, abrindocaminhos a todos os homens emulheres para Cristo!” (n°13). Nãobasta endereçar convite aos afas-tados: “Vinde até nós!” Pouco ser-ve tentar introduzir o mundo den-tro da casa da Igreja, se nada sefizer para levar a Igreja aosareópagos do mundo. O mandatodo Mestre não foi outro: “Ide, fazeidiscípulos” (Mt28, 19).

Portas e janelas abertasA paróquia tem de saber aco-

lher, sem discriminar. De preferên-cia, em vez de se resguardarem ede resguardarem os que estãodentro, os fieis e as comunidadesdevem escancarar as suas portas,para se tornarem “oásis pastorais”que tornem conatural o diálogo ea capacidade para escutar os que

vivem à sua margem, comotambém para tornar essas co-munidades reais espaços parao amor solidário. Só assim se-rão atrativas aos de fora.

Bem dizia o teólogo KarlRahner, em 1972, falando aosbispos da Alemanha: “Não valese encolher e defender na pe-quena grei. Num ambiente nãomais cristão, a igreja deve usar

uma estratégia missionária. E seas energias e a disposição foremlimitadas, seria melhor deixar adefesa e enviá-las ao ataque”.Penso que essa seja uma boa es-tratégia para que os cristãos nãocorram o risco de se afogarem naenchente do materialismo e doindiferentismo. Deus poderia repe-tir a queixa feita à Igreja de Éfeso:“Tenho uma queixa a fazer: nãotens mais o amor dos primeirostempos (Ap. 1,4).

Cada membro da comunidadeparoquial é chamado a abrir a por-ta do próprio coração a Cristo, oque significa acolher a sua graçapara que possamos nos tornar ins-trumentos, ou melhor, aquela viaatravés da qual Jesus quer chegarao coração de todos os homens emulheres. Vamos em frente comcoragem, e deixando o Espírito deDeus agir, pois a missão continua.

A todos um forte abraço e umagrande benção!

Pe. Francisco Gomes - PIME

Jornal da Arquidiocese Agosto 2011

13Missão

Completaram-se cinco anosde envio que a Arquidiocese fezde um missionário para a África,Guiné-Bissau. Tive a graça de tersido esse missionário. Foi duran-te o XV Congresso Eucarístico Na-cional, acontecido em maio de2006, em Florianópolis. Mesmopreocupada com a missão no Bra-sil, a Igreja de Florianópolis deuesse contributo para a missão adgentes, unindo-se a tantas Con-gregações religiosas que há maistempo estão enviando filhos e fi-lhas de nossa Arquidiocese paraa missão além-fronteiras.

Passados cinco anos de con-trato com o Pime, volto a Floria-nópolis pela segunda vez. Ago-ra, para refazer o contrato pormais cinco anos. Estes primeiroscinco anos foram coroados coma celebração de sete casamen-tos religiosos e trinta e um bati-zados na comunidade (capela)de Madina, a trinta e dois quilô-metros da sede da missão. Emuma paróquia com menos deduzentas pessoas batizadas emenos de vinte matrimônios re-ligiosos, todos praticamenteconcentrados na sede, esseacontecimento foi muito impor-tante. Marca uma nova etapa .Nesse período, tivemos a graçada participação de três jovensconsagrados, da comunidadeDivino Oleiro, de Florianópolis. Há

poucos dias houve a ordenaçãode um jovem guineense, Pe.Maio da Silva, que fez seu está-gio pastoral em nossa paróquiade Empada, e que vai continuarexercendo seu ministériopresbiteral em nossa paróquia.Assim, a equipe missionária serácomposta pela comunidade dasirmãs missionárias da Conso-lata, fundadora da missão, e poruma comunidade de padres.

No atendimento aos mais ca-rentes, fazemos um trabalho dedoações materiais, promoção daspessoas e prestação de serviços:ajudando na alimentação, na saú-de, na escola, nas moradias e notransporte terrestre. Materialmen-te, nesse período, foi adquirido umcarro para a pastoral e foiconstruída a casa paroquial.Emtudo isso esteve presente a cola-boração de nossa Arquidiocese.

Todo o trabalho dependequase que exclusivamente dedoações externas, devido à gran-de pobreza das comunidades. Hácontribuições locais, mas muitopequenas. Por isso, sempre es-peramos doações, também deFlorianópolis, o que já vem acon-tecendo, graças a Deus.

Nestes dois meses que esta-rei na Arquidiocese, de meadosde julho a fins de setembro, es-pero contribuir para a animaçãomissionária aqui. Acredito que ,juntamente com o testemunhoda Comunidade Divino Oleiro,Cláudia, Elaine e Érikson, da Lei-ga Célia, da Irmã Beth e da visitado Pe. Vilson Groh, unidos ao Pe.Iseldo na Bahia, e aos diversosmissionários quase anônimos,conhecidos apenas por suas pa-róquias, poderemos colaborarpara o crescimento da dimensãomissionária da Arquidiocese.

Pe. Lúcio Espíndola Santos

Cinco anos de missão naGuiné-Bissau, na África

Pe. Lúcio avalia o seu trabalho e anunciaque permanecerá por mais cinco anos

PARA REFLETIR1. Quais são as experiências

de missões na paróquia? Ena diocese?

2. O que quer dizer “A Igreja éatrativa, constrói espaçospara o amor solidário”?

3. “Num ambiente não mais cris-tão, a Igreja deve usar umaestratégia missionária”?

4. Qual missão a nossa paró-quia poderia fazer?

Você pode contribuir com a Missão em Guiné-Bissau.Deposite qualquer quantia no Banco do Brasil, agência 3174-7, conta corrente 22667-x, em nome de Mitra/Missões

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Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Aos colaboradores, costumo dizer:Não veja um problema em cada saída,

mas uma saída em cada problema”

Pe. Francisco de AssisWloch está assumindo um novodesafio em sua trajetória presbi-teral. No dia 05 de agosto, ele dei-xa a função de pároco da Catedral,que desempenhou nos últimosdez anos, e de Secretário Executi-vo da CNBB-Regional Sul 4 (SC),onde estava há mais quatro anos,para assumir o cargo de Subsecre-tário Adjunto de Pastoral da CNBBnacional. A celebração de despe-dida será realizada no mesmo diae horário em que há 10 anos eleiniciou seu trabalho na catedral: 05de agosto, às 19h30min.

Na entrevista que segue, ele falacomo encara esse novo desafio, dotrabalho que empreendeu na restau-ração da Catedral , dos quatro anoscomo Secretario Regional, da neces-sidade do uso das novas tecnologiasna evangelização e de outros desa-fios que a Igreja lhe reserva.

Jornal da Arquidiocese - Osenhor está assumindo apartir deste mês a Coordena-ção de Pastoral da CNBB, emBrasília, função que já ocu-pou entre 1995 e 2000.Como é que assume nova-mente esse desafio?

Pe. Chico Wloch - Fiqueimuito surpreso com este novoconvite para a função que já exer-ci anteriormente. Assumo com amesma alegria e entusiasmo comque assumi outros tantos traba-

Pe. Chico WlochDepois de pároco e reitor da Catedral eSecretário Executivo do Regional, assu-

me a Subsecretaria de Pastoral da CNBBlhos da Igreja nesses 35 anos deministério presbiteral. Costumorepetir: “Não veja um problemaem cada saída, mas uma saídapara cada problema”. Tenho comolema em minha vida de padre adisponibilidade. Nunca esqueço oversículo 12, do capítulo 4º do li-vro do Êxodo: “Vai, eu estarei con-tigo...”, primeira leitura da missada minha ordenação presbiteral.

JA - Por 10 anos o senhorfoi pároco da Catedral e aquiempreendeu coisas revoluci-onárias. Tanto na restaura-ção da Catedral quanto nacomunicação. Como enfren-tou esses desafios?

Pe. Chico Wloch - Não achoque empreendi “coisas revolucioná-rias”. Simplesmente procureievangelizar com novos métodos enovas expressões, sempre envol-vendo a comunidade. É preciso, navida pastoral, usar dos recursos quea ciência e a tecnologia oferecem.Quando se tem uma meta bemdefinida, mesmo sem recursos,eles começam a aparecer. Foi o queaconteceu na Catedral: os projetosforam sendo elaborados, partilha-dos com a comunidade paroquial,e os recursos apareceram.

JA - Como ficará esse tra-balho com a sua saída?

Pe. Chico Wloch - Continua-rão normalmente. A restauração da

Catedral segue um projeto discuti-do amplamente pelas lideranças dacomunidade, com a participaçãodecisiva e eficaz dos órgãos dopatrimônio histórico, e da empresacontratada para a execução dosserviços. Pe Siro, o novo pároco, jáfoi informado de tudo. Conheceutodo o projeto, tem o discernimentoe a vontade necessários para a suacontinuidade. Teve um primeiro con-tato com as pessoas responsáveispela execução e pôde sentir a dis-posição de todos na continuidadedos trabalhos e na busca dos recur-sos ainda necessários.

JA - Mesmo com todo o tra-balho na Catedral, nos últimosquatro anos o senhor aindateve disposição para assumira secretaria executiva daCNBB - Regional Sul 4. O que

marcou o seu trabalho e o queleva dessa experiência?

Pe. Chico Wloch - Sincera-mente, os últimos anos foram demuito trabalho e noites sem dormir.Muitas vezes pensei que não dariaconta. Além da Catedral e da CNBB,me foi confiada a Direção Adminis-trativo-Financeira da FundaçãoDom Jaime de Barros Câmara,mantenedora do Instituto Teológi-co de Santa Catarina - Itesc, e doSeminário de Filosofia de Brusque -Sefisc. Esforcei-me para dar contado recado. Foram experiênciasmuito ricas. Aprendi a enfrentar osdesafios que foram aparecendo,sem perder a alegria e o entusias-mo pela vida e pelo sacerdócio.

JA - O senhor é um homeminteressado e aberto às no-vas tecnologias. Pretende le-

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Entre as muitas coisas que fez, a comunicação teve grande importância

var essas idéias e aplicá-lasna CNBB?

Pe. Chico Wloch - É isso quetenho ouvido dos que me convida-ram para essa tarefa na CNBB. Es-pero não decepcioná-los e continu-ar contribuindo com a açãoevangelizadora da Igreja no Brasil.Evangelizar, segundo o Papa PauloVI, é atingir e modificar aquilo quena sociedade está em contrastecom o Evangelho e o próprio planode Deus (EN 19). Para se conseguirisso, é preciso, sem sombra algu-ma de dúvida, servir-nos dos mo-dernos meios de comunicação. Oraio de ação da CNBB é muito gran-de. Precisa servir-se desses meiosmodernos e eficientes para, commais facilidade, cumprir sua missão.

JA - O senhor já enfrentoumuitos desafios, tanto emâmbito arquidiocesano, regi-onal e nacional. Que outrosdesafios a Igreja reservapara o senhor?

Pe. Chico Wloch - Não sei.O futuro a Deus pertence. Ao serapresentado como pároco da Ca-tedral, no dia 05 de agosto de2001, há 10 anos, comecei a mi-nha homilia da seguinte maneira:"Um dia, não sei quando, a ideiado sacerdócio começou a povoara minha mente. Ficar padre, inici-almente, sem saber quando, ondee porquê". Hoje sei porque: “Saiuo semeador a semear” (Mt. 13,1ss). Evangelizar foi, é e sempreserá, a minha missão. Nunca es-colhi o que fazer. Propostas de tra-balho me foram apresentadas.Sempre as encarei com ânimo ecoragem, esforçando-me porexecutá-las da melhor maneirapossível. Acho que foi por isso quedesafios maiores foram surgindo.

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Se vejo coqueiros com fo-lhas velhas e secas pendentesdo tronco, lembro-me dos filhosque, no vigor de suas vidas, nãose esquecem dos pais que ago-ra se prendem a eles, depen-dentes da sua atenção e do seu

LixoVejo o lixão e, nele, meus ir-

mãos catando os restos que, nãonos servindo mais, ajudá-los-ão amanter a vida. Tenho tanto e, aomesmo tempo, tenho tão pouco.Preciso distribuir mais e do me-lhor. Desapegar-me. Afinal, bommesmo é chegar no céu de mãosvazias (Santa Teresinha), porqueo que tínhamos fomos dando.

AbsolutoPara muitos, infelizmente,

tudo é relativo; para os que amam,felizmente, o Tudo é o absoluto!

SonhoNos sonhos dos homens e

das mulheres, nos sonhos das fa-mílias cristãs, sempre se antevêum novo amanhã. Nele, o Solnascente não se porá. E, então,as famílias terão se tornado o quedevem ser!

Folhas secasamor. E, como o coqueiro nãodescarta suas folhas antes quecaiam, também os filhos nãodescartam os pais antes que oPai os chame. Para mim, é sem-pre uma bela imagem do quar-to mandamento!

14 Geral Agosto 2011 Jornal da Arquidiocese

ChoroChorar é próprio dos peque-

nos: a criança chora com facili-dade. E Jesus diz que devemosnos tornar como crianças paraentrar no reino dos céus. O paique chora é um grande que setorna pequeno, a mãe que choraé uma grande que se torna pe-quena. E assim o marido, a mu-lher, o filho, a filha, o irmão, airmã, o amigo, a amiga...

Choro 2Um versículo muito curto, mas

ao mesmo tempo tão amplo: “E Je-sus chorou” (Jo 11,35). Ah, a hu-manidade de um Deus que choraporque ama!

Choro 3Coração duro, coração

autossuficiente não consegue li-quefazer-se. As lágrimas só caemquando o coração derrete!

TudoDeus é simples, não complica nada. Ele é bom e, sendo bom, dá-se

como o Tudo!

Passarinhos

Se também nós cantássemos jun-tos como os passarinhos, se, comoeles, silenciássemos quando a palavraé prata, mas o silêncio vale ouro, omundo seria bem diferente!

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Agosto: mês das vocações

Jornal da Arquidiocese Agosto 2011

15Geral

O mês de agosto é tradicionalmente dedicado às vocações. A data foi instituída em 1981 pela CNBB. Assim, a cada domingo

do mês dedicamos nossas orações a uma vocação específica da Igreja: do padre; dos pais; dos consagrados e consagradas;

e dos leigos, com homenagem especial para os catequistas. Como forma de marcar esse mês de forma especial, dedicamos

esta página a entrevistar cinco vocações da nossa arquidiocese, respondendo à mesma pergunta:

“Como você vive a sua vocação de ...”, dando o seu testemunho pessoal de vivência na fé.

Vocação FamiliarToda a vocação determina a busca da

realização pessoal e espiritual do ser hu-mano, expandindo a todos os que o cer-cam. Na vocação matrimonial buscamos arealização através da nossa unidade decasal, procurando cumprir com nossas res-ponsabilidades na busca da felicidade fa-miliar e, principalmente, na realização denosso cônjuge. O fundamental nesta voca-ção é podermos passar a nossos filhos osverdadeiros valores: honestidade, sinceri-dade, responsabili-dade, fidelidade,...para que todos si-gam e cumpramcom seus deveres aexemplo da maisbela família que jáexistiu: a Família deNazaré.

Com quase 49anos de casados po-demos dizer que nossentimos felizescom nossa vocação,mesmo tendo cons-ciência que tivemosdificuldades, mas,estas foram supera-

das com a espirituali-dade que nunca nosfaltou. Buscamos alimentá-la com nossotrabalho comunitário, participando de mo-vimentos de igreja que muito nos ajuda-ram na nossa caminhada, e a oração diáriaque é fundamental na vida do casal. Comquatro filhas, quatro genros e sete netos,formamos a Família que muito amamos eque é a realização de nossa vocação.

Regina e Ernesto Damerau, Florianópolis

Desde que cheguei a esta paróquia,senti um forte chamado a trabalharcomo leiga para o crescimento da co-munidade, pois tinha uma formaçãoreligiosa bem presente em minha vidadesde muito cedo, através de meus pais.Hoje atuo nos Grupos Bíblicos em Famí-lia, CPP, Liturgia, Movimento de Irmãose Ministério da Música. Gosto muito doque faço e tenho apoio do meu esposoe minhas filhas. Acho muito importantea presença do leigo na comunidade paradar apoio ao clero e também as pastorais.Sinto-me feliz e realizada em poder contri-

Vocação Leiga

buir para a construção do reino de Deus.Osmarete Schmidt Barbosa, Palhoça

Minha vocação à Vida Religiosa brotouda vida dos pobres. A voz de Deus me cha-mou de dentro do sofrimento humano eda injustiça, que sempre mexeram muito

Como cristão católico e discípulo de Je-sus, busco presença nos sacramentos daconfissão e eucaristia, na oração pessoal,leitura e escuta da palavra, reza do terço,buscando sempre o encontro com Jesus eo amor misericordioso do Pai. Procuro viveresta prática de amor na família, como es-

poso, pai, irmão, vizinho, desejando sem-pre ser testemunha viva de Jesus.

Na comunidade, sendo fiel ao dízimodo Senhor, como Ministro da Sagrada Co-munhão e membro dos grupos Bíblicos emfamília, visito idosos, doentes, escuto mo-radores de rua, mendigos, levando a todos

palavra de ânimo e coragem. Rea-lizo semanalmente visitas na peni-tenciária e no Presídio deFlorianópolis, levando aos nossosirmãos presos, a palavra de Jesus,falando do amor misericordioso doPai, encorajando-os para que façamdesse período de recolhimentouma nova proposta de vida no en-contro com o Sr. Jesus.

Domingos José do Nascimento,Coqueiros, Florianópolis

Sou Pe. Alcides e atualmen-te exerço meu Ministério na Pa-róquia São Francisco Xavier, emFlorianópolis. Sou natural domunicípio de Biguaçu, epresbítero desde 13 de junhode 1998. Nestes treze anos devida sacerdotal procurei sem-pre tomar consciência da hon-ra do chamado, mas tambémda responsabilidade. Dois princípios muitoimportantes no meu ministério, que me aju-daram a manter a meta em Cristo, são oslemas de Ordenação: Diaconal – “Eu, po-rém, estou no meio de vós como aquele

Vocação Presbiteralque serve” (Lc 22,27) e Sacer-dotal – “Eu Sou o Caminho, aVerdade e a Vida” (Jo 14,6).Tenho buscado viver minha vo-cação sintonizando minha vidacom a de Cristo na oração daLiturgia das Horas, na leitura daPalavra, na Celebração da Eu-caristia. Percebo que estasintonia tem seu coroamento

no serviço dos irmãos (doentes, pobres) ena evangelização. Louvado seja o Senhorque me chamou para o seu discipulado.Pe. Alcides Albony Amaral, Monte Verde,

Florianópolis

Vocação Religiosacomigo. Tornei-me Irmã no desejo de seruma presença do amor de Deus e dar mi-nha contribuição na construção da Paz edo Bem. Dediquei-me às comunidades

eclesiais, à pastoral social e a pro-jetos sociais. Trabalho com ado-lescentes e jovens, tentando des-pertar para o valor e o cuidado davida, para a importância de faze-rem o seu projeto de vida, no con-fronto do projeto de Jesus Cristocom os “valores” apresentadospela sociedade neoliberal, definin-do seu engajamento na socieda-de e na igreja. Penso que, assim,contribuo um pouco para concre-tizar o Projeto de Deus, que é vidaabundante para todos, e isso mefaz feliz!

Irmã Eunice Berri, BiguaçuIrmã Eunice realiza trabalho com os jovens

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2011

Mais de 800 comunicadores detodo o Brasil estiveram reunidosnos dias 17 a 22 de julho, naArquidiocese do Rio de Janeiro, paraparticipar do 7º Mutirão Brasi-leiro de Comunicação. Promo-vido pela Conferência dos Bisposdo Brasil, o evento teve como tema“Comunicação e Vida: diversidadee mobilidade”. A Arquidiocese este-ve representada por sete participan-tes e o Regional por 18.

Durante os sete dias, atravésde painéis, debates, palestras eoficinas, o evento buscou motivaros comunicadores cristãos a re-fletirem sobre a comunicação re-lacionada com a vida cotidiana esuas expressões que acolhem adiversidade que somos e as mo-bilidades que experimentamos nacultura contemporânea.

Pe. Domingos Nandi partici-pou pela quarta vez do Mutirão. Se-gundo ele, o evento é importantepara que não nos sintamos sozinhosnesse apostolado da comunicação.Mas ele aponta um limite. “A Igrejacontinua insistindo no conceito ins-trumentalistas de comunicação eela, a comunicação, é muito maisdo que os instrumentos, a comuni-cação é processo”, disse Pe. Nandi.

Arquidiocese participa do 7º MuticomRealizado no Rio de Janeiro, evento reuniu mais de 800 comunicadores, sete deles da Arquidiocese

16 Geral Agosto 2011 Jornal da Arquidiocese

O leigo consagrado EricksonStueber, diretor da Rádio Cultura1110AM, participou de umMuticom pela primeira vez. Eleavaliou como bastante positivo oevento. “Os temas foram bastantepertinentes a realidade que vive-mos. Também a presença de pes-soas de todos os cantos do Brasilpossibilitou a troca de experiênci-as e informações”, disse Erickson.

O jornalista da ArquidioceseZulmar Faustino participou doMuticom pela quarta vez. Para ele,

o evento mostra o quanto a Igrejatem evoluído no discurso e no usodos meios de comunicação. “An-tes se tentava conscientizar sobrea importância. Hoje discuti-sequestões mais práticas, de comomelhor utilizar esses meios naevangelização”, informou.

Na noite do quarto dia do even-to, foi realizada a entrega dos Prê-mios de Comunicação da CNBB.O júri escolheu os vencedores dascategorias: Dom Helder Câmara,de Imprensa; Clara de Assis, TV;Margarida de Prata, Cinema e Mi-crofone de Prata, Rádio. A entre-ga dos Prêmios de Comunicaçãofoi transmitida, ao vivo, pelas TVsde inspiração católica.

Próximo Muticom

Ao final do Muticom, DomOrani Tempesta, arcebispo doRio de Janeiro, fez os agradeci-mentos e anunciou o local de rea-lização do próximo Mutirão. Seráno Rio Grande do Norte, na Univer-sidade Federal, nos dias 27 de ou-tubro a 01 de novembro de 2013.A equipe responsável por prepararo evento se apresentou e motivoutodos a participarem.

Registramos com pesar o fale-cimento do Maestro JoséAcácio Santana, no dia 11/07,no Hospital de Caridade, emFlorianópolis, SC. O maestro esta-va internado na instituição havia78 dias, com câncer. Não supor-tou o tratamento e veio a falecerpelo agravamento da doença. Oenterro foi realizado no dia seguin-te, em São Pedro de Alcântara, suaterra natal, após a missa de corpopresente, concelebrada por váriospadres e cantada por vários Corais.

Biografia - José AcácioSantana dedicou sua vida a serviçoda música litúrgica, tanto coralcomo popular. Mais de três mil obrasconstituem o acervo deixado poreste músico e poeta de intensa eextensa capacidade produtiva.

Consagrado nacionalmente,não fugia ao compromisso de ser-vir, com sua arte, aos pequenos gru-pos artísticos e às comunidades.Um dos pioneiros, no Brasil e naArquidiocese, das composiçõeslitúrgicas pós Concílio Vaticano II,produziu, já em 1964, o aprecia-do volume do “Canto Pastoral”, le-

Morre o Maestro Acácio Santanatra e música. Na perfeita fusão dapoesia e da música, encontra-se osegredo do sucesso e da aceita-ção incondicional de suas obras. Aextensão e variedade da sua obraabrange desde a canção infantilaté a ópera e os oratórios eruditos.

Sua atuação na área culturalmereceu-lhe muitas homenagens,entre as quais a “Medalha doMérito Anita Garibaldi”, e o títulode “Cidadão Honorário” de maisde 30 municípios brasileiros. Sóem Santa Catarina inúmeros gru-pos corais se beneficiaram do seutrabalho. Grande parte de suaobra está gravada por Paulinas/Comep, com quem gravou 12 CDs.

Pastoral discute situação prisionalA Pastoral Carcerária (PCr) reali-

zou, no dia 02 de julho, na IgrejaMatriz da Paróquia São JoãoEvangelista, em Biguaçu, o seu 20ºEncontro Arquidiocesano anual. Oevento reuniu mais de 30 partici-pantes, incluindo a presença de in-tegrantes do Conselho Carcerárioda Comunidade, entre os quais onovo presidente, sr. Valter da Luz.Durante o evento, além de partilharsua situação e experiências locais,os participantes refletiram sobre osnúmeros da situação carcerária,apresentados na AssembleiaArquidiocesana de Pastoral.

Pe. Ney Brasil Pereira, coor-denador arquidiocesano da PCr, in-formou que há na Arquidiocesemais de cinco mil presos, o quecorresponde a um terço da popula-ção carcerária do Estado. Ele lamen-tou, mais uma vez, que em SãoPedro de Alcântara, paróquia queabriga um Complexo Penitenciáriocom 1300 presos, a Pastoral aindanão esteja organizada. Após o al-moço, às 12h, foram apresentadosos relatórios de atividades de cadalocalidade. O encontro foi encerra-do às 14h, após uma oração deagradecimento e envio missionário.

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Comunicadores de todo o Brasil estiveram reunidos no Rio de Janeiro

Representantes da Arquidiocese trocaram experiências e informações

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