Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

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Dom Wilson é o nosso Arcebispo Há uma relação íntima, uma ali- ança entre o missionário e a nature- za. “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!” (Mc 16,15). Os discípulos são enviados ao mundo inteiro; portanto, não só ao mundo da humanidade, mas tam- bém ao mundo da natureza. Devem anunciar o Evangelho a toda criatu- ra; portanto, não só aos seres hu- manos, mas também às plantas e animais, às águas e montanhas, a todos os seres vivos ou inanimados. Com a nomeação, ele passa a ser o sexto Bispo e quinto Arcebispo de Florianópolis. Posse será no dia 15 de novembro, às 9h30. Após uma longa espera de oito me- ses, desde que Dom Murilo foi nomea- do Arcebispo de Salvador, Bahia, na manhã do dia 28 de setembro recebe- mos a notícia: Dom Wilson Tadeu Jönck é o nosso novo arcebispo. Com 60 anos de idade, Dom Wil- son é catarinense de Vidal Ramos, no Vale do Itajaí. É padre há 34 anos, 10 deles como professor em Brusque. Ele vem da Diocese de Tubarão, onde pastoreava desde julho de 2010. Leia a carta de acolhida, redigida pelo Pe. João Francisco Salm, Admi- nistrador da Arquidiocese desde que Dom Murilo tomou posse em Salva- dor. “Nossa Senhora do Desterro e Santa Catarina de Alexandria interce- dam junto a Deus para que Dom Wil- son tenha um fecundo e feliz pastoreio entre nós”, diz um trecho da carta. PÁGINA 09 PJ define as suas linhas de ação em Assembleia PÁGINA 07 Pastoral forma novos visitadores para os idosos PÁGINA 08 Campanha arrecada recursos para atin- gidos pela enchente PÁGINA 10 Divino Oleiro consagra mais três jovens PÁGINA 16 A natureza é, pois, destinatária da evangelização. Mais ainda: na medi- da em que aprendermos suas leis, a natureza se torna também sujeito da evangelização. Por ela aprende- mos muitos valores do Evangelho. Por exemplo: o cuidado com todas as formas de vida, o silêncio e a interiorização, a disposição de si em vista de mais vida para os outros, o encantamento diante das realidades maravilhosas. PÁGINA 04 Legião de Maria celebra 90 anos em encontro PÁGINA 03 Pe. Darcísio: um animador missionário da nossa Arquidiocese PÁGINAS 14 Florianópolis, Outubro de 2011 Nº 172 - Ano XV Missão na Ecologia Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Com 60 anos, catarinense, bispo de Tubarão há 14 meses, Dom Wilson assume a Arquidiocese

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 172, ano XV, Outubro/2011

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Dom Wilson é o nosso Arcebispo

Há uma relação íntima, uma ali-ança entre o missionário e a nature-za. “Ide pelo mundo inteiro e anunciaia Boa Nova a toda criatura!” (Mc16,15). Os discípulos são enviadosao mundo inteiro; portanto, não sóao mundo da humanidade, mas tam-bém ao mundo da natureza. Devemanunciar o Evangelho a toda criatu-

ra; portanto, não só aos seres hu-manos, mas também às plantas eanimais, às águas e montanhas, atodos os seres vivos ou inanimados.

Com a nomeação, ele passa a ser o sextoBispo e quinto Arcebispo de Florianópolis.

Posse será no dia 15 de novembro, às 9h30.Após uma longa espera de oito me-

ses, desde que Dom Murilo foi nomea-do Arcebispo de Salvador, Bahia, namanhã do dia 28 de setembro recebe-mos a notícia: Dom Wilson Tadeu

Jönck é o nosso novo arcebispo.

Com 60 anos de idade, Dom Wil-son é catarinense de Vidal Ramos, noVale do Itajaí. É padre há 34 anos,10 deles como professor em Brusque.Ele vem da Diocese de Tubarão, onde

pastoreava desde julho de 2010.Leia a carta de acolhida, redigida

pelo Pe. João Francisco Salm, Admi-nistrador da Arquidiocese desde queDom Murilo tomou posse em Salva-dor. “Nossa Senhora do Desterro eSanta Catarina de Alexandria interce-dam junto a Deus para que Dom Wil-son tenha um fecundo e feliz pastoreioentre nós”, diz um trecho da carta.

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PJ define as suaslinhas de açãoem Assembleia

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Pastoral formanovos visitadorespara os idosos

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Campanha arrecadarecursos para atin-gidos pela enchente

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Divino Oleiroconsagra maistrês jovens

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A natureza é, pois, destinatária daevangelização. Mais ainda: na medi-da em que aprendermos suas leis,a natureza se torna também sujeitoda evangelização. Por ela aprende-mos muitos valores do Evangelho.Por exemplo: o cuidado com todasas formas de vida, o silêncio e ainteriorização, a disposição de si emvista de mais vida para os outros, oencantamento diante das realidadesmaravilhosas.

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Legião de Mariacelebra 90 anosem encontro

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Pe. Darcísio: um animador missionário da nossa Arquidiocese PÁGINAS 14

Florianópolis, Outubro de 2011 Nº 172 - Ano XV

Missão na Ecologia

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

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Com 60 anos, catarinense, bispo de Tubarão há 14 meses, Dom Wilson assume a Arquidiocese

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Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva

Luz, Daniel Casas, Carlos Martendal - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-

6578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Irmã Clea Fuck - Editoração e

Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

Até o fim dos tempos a Igrejaviverá de sua contínua obediênciaa Jesus Cristo, seu fundador, queno termo dos dias que passou aquina terra, deixou aos apóstolos ediscípulos o mandato missionário:“Ide, pois, fazei discípulos meus

todos os povos, batizando os em

nome do Pai e do Filho e do Espíri-

to Santo, ensinando os a observar

tudo quanto vos mandei” (Mt28,19 20). A Missão está ligada aesse envio e encontra nele sua ori-gem e seu motivo.

Deus, nosso Salvador, quer“que todos se salvem e cheguem

ao conhecimento da verdade” (1Tim 2, 4). Esse desejo divino, den-tro do contexto bíblico, relaciona aMissão intimamente aos aconte-cimentos da História da Salvação.

Jesus vincula todo discípulo a

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

A Caridade Fraternaresponsabilidade no caminho davida cristã: cada um, conscientedos próprios limites e defeitos, estáchamado a aceitar a correção fra-terna e a ajudar os outros com esteserviço especial.

Outro fruto da caridade na co-munidade é a oração concorde.Jesus diz: “Se dois de entre vós seunirem, na terra, para pedir qual-quer coisa, obtê-la-ão de Meu Paique está nos céus. Pois onde esti-verem reunidos, em Meu nome,dois ou três, Eu estou no meiodeles” (Mt 18, 19-20). Certamen-te a oração pessoal é importante,aliás, indispensável, mas o Senhorgarante a sua presença à comuni-dade que — mesmo se for muitopequena — está unida e é unâni-me, porque reflete a própria reali-dade de Deus Uno e Trino, comu-nhão perfeita de amor. Exerci-temo-nos, pois, quer na correçãofraterna, que exige muita humil-dade e simplicidade de coração,quer na oração, para que se elevea Deus de uma comunidade de-veras unida em Cristo.

A verdade suscita profetas, não os profetas a verdadeAs Leituras bíblicas da Missa

deste domingo (4-9) convergem so-bre o tema da caridade fraterna nacomunidade dos crentes, que tem asua nascente na comunhão da Trin-dade. O texto do Evangelho, tiradodo capítulo 18 de Mateus, dedicadoà vida da comunidade cristã, diz-nosque o amor fraterno exige tambémum sentido de responsabilidade re-cíproca, pelo que, se o meu irmãocomete uma falta contra mim, devousar de caridade para com ele e,antes de tudo, falar-lhe pessoalmen-te, recordando-lhe que quanto disseou fez não é bom. Este modo de agirchama-se correção fraterna: ela nãoé uma reação à ofensa de que se foivítima, mas é movida pelo amor aoirmão. Santo Agostinho comenta:«Aquele que te ofendeu, ao ofender-te, causou em si mesmo uma feridagrave, e não te preocupas tu pelaferida de um teu irmão? ... Devesesquecer a ofensa que recebeste,mas não a ferida de um teu irmão»(Sermões 82, 7).

E se o irmão não me ouve? Noevangelho de hoje Jesus indica umagradualidade: primeiro, voltar a fa-lar-lhe com outras duas ou três pes-soas, para o ajudar a dar-se contado que fez; se, mesmo assim, elenão aceita a observação, é precisodizê-lo à comunidade; e se nãoouve nem sequer a comunidade, énecessário fazer-lhe sentir o afas-tamento que ele mesmo causou,separando-se da comunhão da Igre-ja. Tudo isto indica que há uma co-

Com freqüência é despertadana Igreja a idéia de que a autorida-de descobre caminhos de expres-são da Verdade. Tem-se até a im-pressão de que o Papa, patriarcas,bispos e teólogos possuem um ca-ráter especial, que os faz descobrirverdades e princípios antes ocultos.Quando se considera a Igreja a par-tir da autoridade confundida compoder, esse tipo de raciocínio temfundamento histórico, mas não te-ológico. Mas, se considerarmos aIgreja como obra do Espírito Santo,não é o poder-autoridade que con-ta, mas a Verdade de Jesus Cristo.E é essa Verdade que suscita a Igre-ja, a autoridade, o teólogo.

Sempre foi assim no campo te-ológico, espiritual e moral da histó-ria cristã. Igualmente foi assim naAntiga Aliança: Deus suscitava pro-fetas, o pecado do povo desperta-va a profecia. Quando o Cristianis-mo se deparou com interpretaçõesperigosas a respeito de Jesus Cris-to e do mistério da Encarnação, aVerdade de Cristo suscitou os Paisda Igreja, como Irineu de Lião, e lhesinspirou palavras que garantissemsua integridade.

Quando Ario de Constantinopla(séc. IV) afirmava que Cristo nãoera Deus de Deus, mas pessoahumana assumida como Filho deDeus, a Verdade despertou os gran-des teólogos que, reunidos no Con-cílio de Nicéia (a.325) e movidospelo Espírito, definiram Jesus Cris-to verdadeiro Deus, da mesma di-

vindade que o Pai. Aconteceu nomesmo século por ocasião da afir-mação de Êutiques, de que emJesus havia uma só natureza, adivina (monofisismo). A Verdadesuscitou a Igreja que, movida peloEspírito em Calcedônia (451), pro-clama em Jesus uma Pessoa divi-na e duas Naturezas, divina e hu-mana. Até o final do século V, omistério trinitário despertara aconsciência da Igreja, dos SantosPais e, através de suas vozes, oEspírito clarificava o mistério cen-tral do Cristianismo: um Deus - oPai, o Filho e o Espírito Santo.

A partir do século VI, a grandeIgreja assume dois caminhos,mesmo que na afirmação da úni-ca Verdade: a Igreja romana vaiinsistir na organização, no podervisto como autoridade máxima,fruto da centralidade de Cristohomem e Deus: as estruturas vãocontar muito, pois a humanidadedo Senhor levava à concepção deeclesiologia fundada nos aspec-tos visíveis, hierárquicos. A Igrejaoriental, por sua vez, ingressavaem sua grande reflexão pneuma-tológica, a ação do Espírito Santoque transfigura pela Eucaristia. Amissão da autoridade somentetem sentido no Espírito: é serviçoà Verdade, nunca poder. Se naIgreja latina a salvação da alma éa finalidade da vida cristã, na Igre-ja ortodoxa a finalidade é adivinização do cristão, obra do Es-pírito através da Eucaristia.

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

Espiritualidadee vida cristã

Ao proclamar um Santo “Dou-tor”, a Igreja reconhece nele ummodo original de vida cristã, umanova faceta suscitada pelo Espíri-to na riqueza sempre insondáveldo Evangelho. No século III, frenteà teologia intelectualista emmoda em Alexandria, homens emulheres buscaram o deserto elá aprenderam, no silêncio, oraçãoe trabalho, a “ruminar” a Palavrade Deus, fazendo brotar um jar-dim de santos, os eremitas eanacoretas. Não foi São Bentoque criou a vida comunitária nosmosteiros: foi o Evangelho quedespertou em São Bento (+547)a espiritualidade beneditina e suaRegra. Não foram profundas refle-xões teológicas que possibilitarama Teresa de Lisieux (+1897) avivência do “Pequeno Caminho”da vida cristã: foi a Verdade queentrou no coração dessa jovem enela plantou a espiritualidade daconfiança filial em Deus.

Quando a Igreja se concentra emsi, na sua competência, vê o Evan-gelho como desafio de organizaçãoe competência, alguns de seus teó-logos são profissionais do raciocínio,pesquisadores de fórmulasdoutrinais e não santos à escuta doMestre. Não descobrimos o cami-nho, a verdade e a vida: eles, commaiúscula, é que nos encontram.

Pe. José Artulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Jesusvincula tododiscípulo a si

como amigo eirmão, e o faz

participante desua própria

Missão”.

Exercitemo-nos, pois, quer

na correçãofraterna, quer

na oração”.

Outubro 2011 Jornal da ArquidioceseOpinião2

si como amigo e irmão, e o faz par-ticipante de sua própria Missão.Como seus seguidores e seguido-ras, levamos adiante a Missão doFilho e a Missão dos apóstolos ediscípulos. A Igreja sempre procu-rou tomar consciência dessa suanatureza evangelizadora oumissionária. “A Missão compete atodos os cristãos, a todas asdioceses e paróquias, instituiçõese associações eclesiais” (RMi, 2),e não apenas a algumas pessoas.

Na medida em que alguém faza experiência do encontro comCristo, experimenta forte senti-mento de gratidão e alegria. Sur-ge, então, impossível de ser conti-do, o ímpeto de comunicar a todoso dom desse encontro. A Missão

“é compartilhar a experiência doacontecimento do encontro com

Cristo, testemunhá-lo de pessoa apessoa, de comunidade a comuni-dade e da Igreja a todos os confinsdo mundo” (cf. DAp, 145; At 1,8). AMissão vem antes e vai além dequalquer programa ou projeto.

Participar ativamente da Comu-nidade é fundamental para um Mis-sionário. O verdadeiro sujeito daMissão é a Comunidade Eclesial.“O evangelizador participa da fé eda missão da Igreja que o envia” (P,370). “Toda a Comunidade Cristã,em comunhão com seus legítimospastores e guiada por eles, consti-tui sujeito responsável pelaevangelização, pela libertação epromoção humana” (P, 474).

A Igreja é toda missionária. Age,porém, em seus membros, de di-versos modos, levando em contaa multiplicidade e a variedade dos

carismas;”em cada um dos seusmembros, é consagrada em Cristopelo Espírito, é enviada a pregar aBoa Nova aos pobres” (P, 361). ODocumento de Aparecida, no ca-pítulo V, ensina que os Bispos sãodiscípulos missionários de JesusSumo Sacerdote; os Presbíteros,discípulos missionários de JesusBom Pastor; os Diáconos Perma-nentes, discípulos missionários deJesus Servidor; os fiéis Leigos eLeigas, discípulos missionários deJesus, Luz do Mundo; e os Consa-grados e Consagradas, discípulosmissionários de Jesus, Testemu-nha do Pai.

A Missão é diversificada porquecada um participa de modo diferen-te, sempre conforme os dons, ser-viços e funções que o Espírito vaisuscitando na comunidade.

Palavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do Administrador Pe. João Francisco Salm Administrador Diocesano daArquidiocese de Florianópolis

“Ai de mim se eu não Evangelizar!” (1Cor 9,16)

Bento XVI, 4/09/2011

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Encontro celebra 90 anos da Legião de MariaRealizado na Arquidiocese, o evento reuniu mais de 1,5 mil participantes de seis dioceses do Estado

A Legião de Maria realizou nodia 04 de setembro o seu 11º En-contro Estadual anual. O evento,no Centro de EvangelizaçãoAngelino Rosa - CEAR, em Gover-nador Celso Ramos, marcou os 90anos de criação da entidade. Maisde 1,5 mil pessoas, de seisdioceses do Estado, estiverampresentes. A animação ficou coma Banda Kairós, de Biguaçu.

O encontro teve início às 8h30,com a recepção, acolhida e lan-che. Em seguida, a abertura ofici-al. Na seqüência, foi realizada aprimeira parte da oração legioná-ria, com a reza do Rosário ence-nado. Cada mistério foi conduzi-do por uma das cinco cúrias (con-selho superior que coordena umdeterminado número de legioná-rios) da Arquidiocese.

Lúcia Helena Silva de Car-

valho, presidente da Régia N.Sra.dos Prazeres (coordenadora esta-dual), proferiu palestra sobre os90 anos da Legião de Maria, des-de de sua criação e expansão pelomundo, sua vinda para o Brasil em1950 e para o Estado em 1958.

Após uma pausa para o almoço,teve início a segunda parte da ora-ção legionária. Na sequência, a CúriaN.Sra. da Boa Viagem, em Florianó-polis, conduziu a leitura da históriade Frank Duff, fundador da Legião.Liderados pela coordenadora, AlziraFaísca, vários membros do grupo le-ram trechos da história do fundador.

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Encontro reuniu representantes de seis dioceses do nosso Regional

Os orientadores espirituais(padres, diáconos e religiosas) dosgrupos puderam dar o seu depoi-mento sobre o trabalho realizado.Entre eles, estava o Pe. Pedro

Martendal, orientador espiritualda Legião na Arquidiocese, acom-panhado de outros orientadoresdiocesanos e de grupos.

Celebração EucarísticaO encontro foi encerrado após

a Celebração Eucarística, presidi-da por Dom Vito Schlickmann,e conce-lebrada por vários padrese diáconos. Em sua homilia, DomVito falou da importância da Le-gião de Maria para a Igreja. Segun-do ele, é um movimento que rea-liza um trabalho sem estardalha-

ço, em silêncio.Ele também falou do papel de

Maria na vida dos legionários. “Oslegionários devem ser como Ma-ria: trabalhar no silêncio, na ora-ção e estar a serviço”, disse DomVito, fazendo um paralelo entre omovimento e a sua inspiradora.

Para Helena Pereira de

Miranda, coordenadora da Legiãona Arquidiocese, “o Encontro foimuito bonito pela espiritualidadee participação. Também uma opor-tunidade de rever antigos amigos,e novo estímulo para a continuida-de do trabalho dos legionários”.

Mais fotos no site da Arqui-diocese (www.arquifln.org.br),clicar em “Álbum de fotos” no altoda página.

Jornal da Arquidiocese Outubro 2011

3Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Dos dias 01 a 07 de outubro, aIgreja celebra a Semana da Vida,culminando com o Dia doNascituro, celebrado no dia 08 deoutubro. As datas foram instituídaspela Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB) e são oca-sião especial para colocar em evi-dência o valor e beleza desse Dom

Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituroprecioso que recebemos de Deus.

Este ano, o tema de reflexãoadotado é “Vida Humana no Pla-

neta”. A intenção é que, inspira-dos pelo tema, sejam realizadasreflexões em profundidade, cele-brações, caminhadas, cursos, en-contros, seminários e manifesta-ções, sempre que possível, sobre

o Valor da Vida em todas as suasdimensões.

Este ano, a Comissão Episco-pal Pastoral para a Vida e a Famí-lia e a Comissão Nacional de Pas-toral Familiar (CNPF) elaboraramo livreto “Hora da Vida”, que servi-rá de subsídio. O material pode seradquirido nas livrarias católicas.

O Regional Sul IVda CNBB estará rea-lizando, nos dias 7 a9 de outubro, o Semi-nário da Campanhada Fraternidade de2012. O evento, a serrealizado em Lages,contará com a asses-soria do Pe. Luiz Carlos Dias, Se-cretário Executivo Nacional daCampanha.

Com o tema “Fraternidade eSaúde Pública” e lema: “Que aSaúde se difunda sobre a Terra”(cf Eclo 38,8), a CF-2012 preten-de “refletir sobre a realidade dasaúde no Brasil em vista de umavida saudável, suscitando o espí-rito fraterno e comunitário das

Seminário da CF-2012pessoas na atençãodos enfermos, e mo-bilizar por melhoriasno sistema público desaúde” (Texto-Base).

Cada Diocese donosso Regional pode-rá encaminhar dez li-deranças para partici-

par do evento. A Arquidiocese deFlorianópolis pede que ao menosum representante de cadacomarca participe, a fim de po-der repassar os conhecimentos.Por isso, financiará o transporte,alimentação e estadia dos parti-cipantes.

Mais informações pelo fone(48) 3224-4799, ou pelo e-mailcoordenaçã[email protected].

Formação de candidatos ao diaconatoOs candidatos ao diaconato

estarão reunidos nos dias 21 a29 de outubro, no Provincialadodas Irmãs da Divina Providência,em Florianópolis, para participarde mais uma etapa de formação.Nesses dias, será realizada a 11ªfase (penúltima) da 14ª turma daEscola Diaconal São Francisco deAssis, e a 2ª fase da 15ª turma.

A 14ª turma está em fase deconclusão do curso e conta com35 candidatos (25 da Arquidio-

cese e 10 de Joinville). Já a 15ªturma iniciou a formação com 34candidatos (20 da Arquidiocese;08 de Tubarão; 05 de Joinville; e01 de Caçador).

A partir da 14ª,Turma a Es-cola Diaconal passou a ser de-senvolvida em 12 etapas de for-mação. Nas três últimas etapas,os candidatos realizam a forma-ção simultaneamente, mas emsalas diferentes e com profes-sores igualmente diferentes.

A Comunidade Católica AbbáPai promove, no dia 16 de outu-bro, a partir das 8h, o “4º Dia deCura no Amor”. Será na ParóquiaSanto Antônio, em Campinas,São José, e o evento terá a pre-gação de Pe. Thiago Calçado,da Canção Nova, de São Paulo.

O Dia de Cura no Amor con-ta com o apoio do Pe. Hélio da

Abbá Pai realiza 4º Dia de Cura no AmorCunha, pároco anfitrião, e de li-deranças paroquiais, comarcaise arquidiocesanas. O eventopretende ser um dia de Cura eLibertação em nome de Jesus.

As inscrições já estão abertas.Contatos pelos fones (48) 3035-7897 e 9963-7939 ou pelos e-mails [email protected] ou [email protected].

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Não se podeimaginar alguém

que afirma crerem Deus Criador e,

depois, colaborana depredação

do planeta”.

edade com o próximo necessita-do, e ao cuidado da criação. Pes-soas consumistas são anti-ecoló-gicas. Pessoas que assumem apobreza evangélica são menosdevastadoras da natureza e maisabertas e comprometidas com apromoção da vida do planeta.

MISSIONÁRIOSDA NATUREZA

Parece que missão e ecologianão se casam. Mas, numa leituramais profunda do mandato mis-sionário de Jesus, segundo Mar-cos, percebe-se uma relação ínti-

O tema da CampanhaMissionária deste mês de outubro– Missão na ecologia – está emconsonância com a Campanha daFraternidade, que refletiu sobre avida no planeta e lembrou as do-res de parto que sofre a criação.Todos os domingos, na Missa, pro-fessamos nossa fé “em Deus Pai,todo poderoso, criador do céu e daterra”. A fé cristã tem, por isso, umarelação intrínseca com a questãoatual da ecologia. Não se podeimaginar alguém que afirma crerem Deus Criador e, depois, colabo-ra na depredação do planeta. O quemais acontece, hoje, é ainda a fal-ta de tomada de consciência e demudança de atitudes e comporta-mentos em nossa relação com anatureza. Muitas pessoas, tam-bém entre os católicos praticantes,ainda não se deram conta do sofri-mento da vida no planeta, não per-ceberam o quanto sujam, poluem,agridem, envenenam a natureza.

O dinheiro, o grande deus domundo moderno, exige o sacrifí-cio de muitas vítimas em seus al-tares – o mercado, a moda, amídia, o status, o consumo etc.Quanta gente vive, morre e matapelo deus dinheiro. Quantas víti-mas sacrificadas a esse novo evelho ídolo. Além da massa dospobres, também a natureza so-fre. Florestas e rios, montanhase pântanos, plantas e animais…,a criação toda está gemendo. Departo ou de agonia?, perguntavao Hino da Campanha daFraternidade. Certamente hámuita agonia e morte. A próprianatureza grita para expressar suador: enchentes, deslizamentos,secas etc. Como estamos nosposicionando nesta questão?

MUDANÇA DE ATITUDESNeste mundo cada vez mais

globalizado, numa sociedadecentrada no mercado, o consumoé um incentivo permanente. Omaterialismo é a ideologia quedomina nossas consciências. Emseu discurso no parlamento ale-mão, o papa lembrou que o movi-mento ecológico é um grito queanseia por ar fresco, um grito quenão se pode ignorar. “Pessoas jo-vens deram-se conta de que, nasnossas relações com a natureza,há algo que não está bem; que amatéria não é apenas uma coisapara nosso uso e manuseio, masa própria terra traz em si a sua dig-nidade e devemos seguir as suasindicações”. O materialismo nos

das pela Palavra criadora econectadas com os graves proble-mas de nosso tempo, sejam en-viados por Deus e pela Igreja aserem promotores da salvaguar-da da criação. Um bom cristão,que seja verdadeiro discípulo emissionário de Jesus Cristo, nãopode deixar de lado o cuidadocom a natureza. O Reino de Deusé vida, justiça e paz; é conserva-ção da criação. Um bom cristão étambém missionário da nature-za. Como discípulo e missionáriode Jesus Cristo, todo batizadotem total responsabilidade sobrea obra da criação.

MISSÃO EDEFESA DA CRIAÇÃONa exortação apostólica

Verbum Domini , sobre a Palavrade Deus na vida e na missão daIgreja, publicada em setembro de2010, o papa Bento XVI lembraque o mundo criado por Deus trazem si os vestígios da Palavra, porquem todas as coisas foram fei-tas. Ao anunciar a Palavra deDeus, o missionário foca sua men-sagem em Jesus Cristo, a Palavrafeita carne e, portanto, enraizadano mundo (Jo 1,14), a Palavra quecriou todas as coisas (Jo 1,3; Col1,16), a Palavra que sustenta ouniverso (Hb 1,3), a Palavra querecapitulará e reconciliará todasas coisas (Col 1,19-20) e as entre-gará ao Pai, para que Deus sejatudo em todos (1 Cor 15,27-28).Não há como ser discípulo e mis-sionário de Jesus Cristo, a Palavrafeita carne, sem preocupação eempenho pela defesa da criação.“A revelação, ao mesmo tempoem que nos dá a conhecer o de-sígnio de Deus sobre o universo,leva-nos também a denunciarcomportamentos errados do ho-mem, quando não reconhece to-das as coisas como reflexo do Cri-ador, mas mera matéria que sepode manipular sem escrúpulos”(VD 108). Faz parte da missão daIgreja, por sua fidelidade à Pala-vra criadora, promover uma eco-logia autêntica, cuja raiz mais pro-funda é a relação amorosa comDeus Criador, a obediência da féna Palavra feita carne do mundoe o reconhecimento da bondaderadical de todas as coisas por elacriadas.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

leva a esquecer as leis da nature-za. Faz que fiquemos centradossó em nós, usando as coisas domundo sem pensar nos estragosque fazemos. Quanta coisa com-pramos sem necessidade? Quan-to supérfluo em nossa casa? É danatureza que vem tudo o que con-sumimos. É ela que está sendodesgastada. Até onde, até quan-do ela suportará nossa ganânciade ter, gastar, consumir?

Uma real mudança de atitu-des passa pela pobreza evangé-lica, que é uma virtude a cultivare a abraçar livremente. Trata-sede uma vida simples, sóbria, aus-tera, evangélica, de quem sabecontentar-se com pouco, dequem não se deixa levar pelo su-pérfluo, pela retenção e acumu-lação de bens materiais. Essapobreza evangélica, que se deveescolher, é caminho e condiçãopara combater a miséria que so-frem tantas pessoas, por causadas injustiças provocadas peloegoísmo de muitos e pelacorrupção dos governan-tes. Apessoa pobre dispõe-se à confian-ça em Deus, à justiça e à solidari-

ma, uma aliança entre o missio-nário e a natureza. “Ide pelo mun-do inteiro e anunciai a Boa Novaa toda criatura!” (Mc 16,15). Osdiscípulos são enviados ao mun-

do inteiro; portanto, não só aomundo da humanidade, mas tam-bém ao mundo da natureza. De-vem anunciar o Evangelho a toda

criatura; portanto, não só aos se-res humanos, mas também àsplantas e animais, às águas emontanhas, a todos os seres vi-vos ou inanimados.

A natureza é, pois, destinatá-ria da evangelização. Mais ainda:na medida em que aprendermossuas leis, a natureza se torna tam-bém sujeito da evangelização.Por ela aprendemos muitos valo-res do Evangelho. Por exemplo: ocuidado com todas as formas devida, o silêncio e a interiorização,a disposição de si em vista demais vida para os outros, o en-cantamento diante das realida-des maravilhosas. A natureza pre-cisa de pessoas que a ouçam, queconheçam suas leis e as respei-tem. A natureza precisa de missi-onários, pessoas que, alimenta-

Todo batizado tem total responsabilidadesobre a obra da criação.

Missão na EcologiaF

oto

/JA

4 Tema do Mês Outubro 2011 Jornal da Arquidiocese

Pe. Vitor fez uma reflexão sobre a Palavra de Deus na primeira Jornada Arquidiocesana da Juventude.

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Romaria da Terra e da Água reuniu oito milRealizado em Iraní, evento refletiu sobre as mudanças climáticas que afetam a vida do planeta

Mais de oito mil pessoas esti-veram reunidas no dia 11 de se-tembro para participar da 22ª Ro-maria da Terra e da Água. Realiza-da no sítio histórico do Contestado,em Irani, pertencente à Diocese deJoaçaba, o evento contou com ca-ravanas das dez dioceses do Esta-do. A Arquidiocese esteve represen-tada por uma caravana de Biguaçu.Duas outras caravanas, de Floria-nópolis e Brusque, foram cancela-das por conta das chuvas.

A Romaria teve como tema“Mudanças Climáticas”, e lema“Deus criou... tudo era muito bom”,seguindo a tradição de abordartemas que ameaçam a vida naterra e de quem nela vive e traba-lha. O evento também denunciouo modelo produtivo que impõeseveros danos à natureza e apre-sentou alternativas. Algumas de-las foram expostas em tendas.

A mobilização teve início às 9hem frente ao Monumento doContestado. Depois seguiu al-guns quilômetros em peregrinaçãoaté onde os romeiros ficaram con-centrados. A caminhada foi acom-panhada por carro de som e os ro-meiros trouxeram a cruz de cedro,revezando-se no seu translado.

Padre Roque Favarin, res-

Fo

to/JA Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

ponsável pela Cáritas em SantaCatarina e um dos coordenadoresda Romaria, explicou a importân-cia do evento. “A Romaria da Ter-ra resgata a luta do Contestado,hoje representada na luta do povo,na celebração da vida e na espe-rança de que a terra poderá sermais bem cuidada e não destruídapor outros projetos de desenvol-vimento com características maismodernas, mas que continuamexplorando a vida e destruindo anatureza”, disse.

A romaria propôs, na prática,outro modelo econômico. Toda a

Acompanhados de carro de som, romeiro fizeram longa caminhada a pé

Jornal da Arquidiocese Outubro 2011

5Geral

Seminário reúne liturgistas e catequistas

O Conselho MissionárioDiocesano – COMIDI, estarápromovendo no dia 09 de outu-bro, a partir das 9h, um encon-tro que pretende reunir todosos missionários que realizarammissões na Bahia. Realizado naIgreja Matriz da Paróquia São Se-bastião, em Tijucas, o evento pre-

Encontro de Missionáriostende ser um momento de con-fraternização e troca de informa-ções entre os missionários.“Seráuma oportunidade de reencon-tro, já que perdemos contato comalguns deles”, disse DomingosFrancisco Pereira. Mais informa-ções pelos fones (48) 8477-

3552 ou 9619-9244.

O Movimento Focolares daArquidiocese estará promovendonos dias 8 e 9 de outubro o Movi-

mento Juvenil pela Unidade.Realizado na Chácara Mananci-al, em Biguaçu, o evento é desti-nado a jovens de 12 a 16 anos.Durante o encontro, eles conta-rão com oficinas, jogos, trilhas,momentos de diálogo na cons-trução de um mundo mais unido.

O Movimento Juvenil pelaUnidade é constituído por 150mil adolescentes, de 182 países,dos cinco continentes. Seu obje-

tivo: um mundo unido. Eles sa-bem que não é uma utopia, maso futuro que desejam construir.Um compromisso que parte decada um e que buscam realizarno dia a dia, no lugar onde vivem:na escola, na família, com osamigos, nas suas cidades.

Mais informações pelos fo-nes (48) 9989-3963, Jaqueline,3244-4190 ou 9611-9458, comMaria, ou ainda 3244-0970 e9616-9510, Ricardo, ou aindapelo e-mail focfflorianopolis@

sul.focolares.org.br

Encontro para os jovens

A Red Sanar, entidade queatua na prevenção ao suicídio,estará promovendo no dia 22de outubro, das 14h às 17h, noEducandário Imaculada Concei-ção, em Florianópolis, um cur-so de formação. Trata-se do ter-ceiro curso de formação promo-vido para apresentar o trabalhoe formar lideranças.

A formação será ministradapor Zenir Gelsleichter, mis-sionária leiga e funcionária daLivraria Paulus. Desde o iníciodesse ano ela já realiza atendi-

Red Sanar promove formaçãomento às pessoas que a procu-ram. O trabalho teve início naArgentina, criado por um médi-co psiquiatra. Depois foi levadoao Chile e Bolívia. Agora estáchegando ao Brasil.

A finalidade é atender pes-soas com problemas deestresse, ansiedade, fobia, tris-teza, pânico, depressão, angús-tia e crises, que podem levar aosuicídio. Mais informações nosite www. redsanar.org. oupelo e-mail redsanarbrasil@

gmail.com

A Diocese de Chapecó sediounos dias 16 a 18 de setembro oSeminário Regional de Liturgia eCatequese. O evento contou coma representação de oito diocesesdo Estado. A Arquidiocese estevepresente com oito participantes.

O evento contou com a presen-ça de Dom Manoel João Fran-cisco, bispo anfitrião, que fez a aco-lhida dos participantes. A assesso-ria ficou com Dom Wilson Jönck,bispo de Tubarão e presidente do Re-gional Sul IV da CNBB. Ele abordou a“Exortação Apostólica Pós-Sinodal

Verbum Domini”, de Bento XVI.Segundo Dom Wilson, o docu-

mento constitui importante guiapara a recepção e vivência da Pa-lavra de Deus. Eis as três partes daExortação: 1) A Palavra de Deus - oDeus que fala; 2) A Palavra de Deuse a Igreja – a Igreja acolhe a Pala-vra; 3) A Palavra de Deus e o mun-do - a missão da Igreja: anunciar aPalavra de Deus ao mundo.

Os participantes da Arquidio-cese se comprometeram a seremanimadores da Palavra de Deus, tan-to na catequese como na liturgia. No

próximo ano, 2012, Florianópolissediará o encontro. O tema será pen-sado a partir das sugestões apresen-tadas pelos participantes.

No mês de outubro, acontece-rá em Goiânia o 1º Congresso deAnimação Bíblica da Pastoral.Será nos dias 8 a 11/10. A Arqui-diocese se fará presente com 6participantes. Do Regional Sul IVestão inscritos 27 participantes.

Você poderá acompanhar en-trando no Site da CNBB: www.cnbb.br/congressoabp ou :www.catequesefloripa.org.br

alimentação foi partilhada gratui-tamente em tendas montadas pororganizadores e parceiros, entreelas pastorais sociais da Igreja emovimentos campesinos.

Dom Wilson Tadeu Jönck,presidente da CNBB - Regional Sul4, presidiu a celebração de encer-ramento. Na homilia, falou da im-portância da preservação da natu-reza. “Nós podemos formar ummundo diferente. Um mundo ondepossamos dizer: aqui é muito bom.Este é o mundo que queremos re-almente construir, e iniciativas jáexistem nesse sentido”, informou.

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Uma das cenas que mais meimpressionaram, no filme de MelGibson sobre a Paixão, foi exata-mente o “Estou pronto!”, ou me-lhor, “Meu coração está pronto!”,as palavras sussurradas e repeti-das, em aramaico, por Jesus, aoser despido e atado à coluna,para ser flagelado. Neste salmo,o versículo respectivo, que come-ça com essas palavras (v.8), estáimediatamente depois, ou nomeio, de uma situação aflitiva(“armaram uma rede... dobra-

ram-me o pescoço”, v.7) e aomesmo tempo introduz, de modoimpetuoso, o propósito de cantar,de louvar (“quero cantar, a ti que-

ro louvar”, v. 8), celebrando ante-cipadamente a superação daprova. Esse detalhe não é, porcerto, o mais importante destepequeno salmo, marcado poruma série de belas imagens. Masé certamente significativo, e jus-tifica, no contexto apontado, oseu aproveitamento como títulodeste comentário. De resto, tra-ta-se de um salmo de súplica, queculmina num louvor matutinoesplêndido. Note-se também umrefrão, ou estribilho, que apare-ce duas vezes (vv. 6 e 12), e divi-de o salmo em dois momentos(vv.2-5 e 7-11). Os vv. 8-12, quesão o final deste salmo, encon-tram-se também no Sl 108 (107),aí constituindo o seu início.

À sombra de tuas asas

2. Piedade de mim, ó Deus,tem piedade, / pois em ti merefugio; / abrigo-me à sombrade tuas asas, até que passe adesgraça.

Logo após a invocação inici-al, repetida, suplicando a “pieda-de” divina, o salmista justifica oseu pedido, afirmando que é emDeus que ele busca socorro eabrigo. “Refugiar-se” é termo cor-rente no saltério (p. ex. 5,12; 7,2;11,1; 16,1 etc). Unido à “sombradas asas”, parece referir-se àacolhida no Templo, lugar de re-fúgio para os acusados injusta-mente. No caso, é alguém queespera ardentemente sua ino-cência ser proclamada pela ma-nhã. A “sombra das asas” é umaimagem do rosto materno deDeus, como em Dt 32,11 e, noevangelho, as palavras de Jesusa Jerusalém: “Quantas vezes quisreunir teus filhos, como a galinhareúne os pintinhos debaixo dasasas...” (Lc 13,34). “Até que pas-se a desgraça”, faz lembrar a“passagem” – páscoa! – do Ex-terminador, em Ex 12,23, retoma-

Salmo 57 (56): Estou pronto!

Conhecendo o livro dos Salmos (42)Conhecendo o livro dos Salmos (42)Conhecendo o livro dos Salmos (42)Conhecendo o livro dos Salmos (42)Conhecendo o livro dos Salmos (42)

Div

ulg

açã

o/JA

seus dentes se exteriorizam como“lanças e flechas”, e suas línguasparecem “espadas cortantes”. É apressão do medo, que faz a fanta-sia trans/formar, ou antes, de/for-mar, a realidade. Ver, a propósito, adescrição do medo dos egípcios napenúltima praga, em Sb 17,9-19.

Acima do céu

6. Ó Deus, eleva-te acimado céu, / sobre toda a terra seestenda a tua glória!

De repente, do perigo tão inti-mamente sentido, na noite que seprolonga, brota o clamor do estribi-lho: “Eleva-te, ó Deus, sobre o céu!”.Mentalmente, o orante antecipa oamanhecer de Deus, e já começaa sentir a mudança da situação.Confluem aqui vários motivos fre-qüentes na literatura bíblica: amanhã como tempo de graça, queinfalivelmente seguirá à noite, e aluz como salvação e vida. Assimfoi na noite do Êxodo: “Ao despon-tar o dia, o mar recobrou seu cursoordinário, recobrindo os egípciosem fuga...” (cf Ex 14,27) Assim foina invasão de Senaquerib, no tem-po de Isaías: “Pela manhã, ao des-pertar, no acampamento o quehavia eram só cadáveres” (cf Is37,36). Ainda Isaías: “Ao anoitecer,impera o medo; antes do amanhe-cer, não há mais nada” (Is 17,14).

Rede e cova

7. Armaram uma rede ameus pés, dobraram-me o pes-coço; / cavaram à minha fren-te uma cova, mas caíram nela.

Ainda uma menção do perigo,mas já praticamente superado. Aimagem agora não é a de um ho-mem acossado por “leões quedevoram” (v. 5), mas a de um ani-

mal visado por caçadores, quetentam pegá-lo na rede e/ou fazê-lo cair na armadilha. Mas são elesque caem na cova, como se lê emProvérbios: “Quem abre uma cova,nela cairá” (Pr 26,27; cf Sl 7,16).Embora tendo “curvado o pesco-ço”, o salmista já se alegra, poistem certeza de que Deus intervi-rá, e são seus inimigos que cairão“na cova que cavaram”.

Estou pronto!

8. Meu coração está pron-to, ó Deus, / meu coração estápronto. / Quero cantar, querosalmodiar!

Agora começa, impaciente, ohino, pequeno mas grandioso, queculminará no estribilho já anunci-ado no v. 6, e que retomará, do v.4, os dois grandes atributos divi-nos da misericórdia e da fidelida-de. Diante dos inimigos que“caem”, o salmista sente que seucoração já “está pronto” ou, comotraduz a Vulgata, “preparado”.“Preparado”, ou “pronto”, paraquê? Para enfrentar corajosamen-te a luta, da qual resultará a vitó-ria? Assim o interpreta, como jávimos acima, o cineasta de “A Pai-xão de Cristo”. Mas também, nocontexto imediato, “pronto” e,mesmo, impaciente, para “can-tar” e “salmodiar”, em louvor aDeus que liberta.

Desperta,minha glória!

9. Desperta, minha glória, /despertai, harpa e cítara, / euvou acordar a aurora.

Versículo extraordinário, quepersonifica os instrumentos mu-sicais como se fossem membrosde um coro, e a aurora, como per-sonagem celeste que pode adian-tar a ação. A propósito, um rabinomedieval, Qimchi, comenta: “Eudespertarei a aurora, não ela amim”... Quanto à “minha glória”,tem dois significados: primeiro,pode ser paralelo de “meu cora-ção” e “minha alma”. Então seriauma automotivação do salmistaa si mesmo: o orante toma cons-ciência de dever ele mesmo acor-dar, e então dispõe-se a desper-tar os instrumentos dormidos,para que se associem ao seu lou-vor. Ou, também, “minha glória” étítulo divino, que corresponderiaà “glória” exaltada no estribilho (vv.6 e 12). Nesse caso, é um apelo,cheio de certeza, para que “a gló-ria”, isto é, o próprio Deus, “des-perte” para consumar a liberta-ção. Apelo bem diferente, portan-

to, do pedido angustiado do Sl44,24: “Levanta-te, por que dor-mes, Senhor? Desperta, não nosrejeites para sempre!”

Eu te agradeço

10. Eu te agradecerei entreos povos, Senhor, / a ti canta-rei salmos entre as nações!

11. Pois tua misericórdia sealteia até o céu, / e tua fideli-dade, até as nuvens.

O hino é de ação de graçaspela salvação alcançada, assu-mindo dimensões, diríamos hoje,planetárias: “entre os povos e asnações”. E o motivo: é que “a mi-sericórdia do Senhor” e “a sua fi-delidade”, que o salmista suplica-ra lhe fossem enviadas “do céu”(v. 4), agora como que retornam“até as nuvens”, até a luminosaesfera divina, para daí continua-rem a sua atuação.

12. Ó Deus, eleva-te acimado céu, / sobre toda a terra seestenda a tua glória!

Este brado de júbilo que con-clui o salmo, retomado integral-mente do v. 6, e constituindo decerto modo um estribilho, pareceaplicar a Deus a imagem do solque, ao elevar-se, enche de luz aface do planeta. A propósito, o pro-feta Malaquias dirá, mais tarde,que, para os justos, “o Senhor é osol da Justiça, que cura com suasasas”, ou seja, com seus raiosbenfazejos de misericórdia e fideli-dade. E o salmista, iluminado pelaglória divina dessa luz, faz votos queela se estenda por toda a terra.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no

Instituto Teológico de SC - ITESC

email: [email protected]

1) Que significa, no salmo, aexpressão “Meu coraçãoestá pronto!” (v. 8)?

2) Que faz lembrar a expres-são “até que passe a des-graça” (v.2)?

3) Em que sentido a misericór-dia e a fidelidade são os atri-butos essenciais de Deus?

4) Qual o sentido do estribilhodo salmo, no v. 6 e no v. 12?

5) Explique o v. 9: por que osalmista quer “despertar aaurora”?

da por Isaías: “até que a cólerapasse” (Is 26,20).

Do céu, a ajuda

3. Eu clamo ao Deusaltíssimo, / a Deus, que me faztodo o bem.

4. Que Ele mande do céu suaajuda ,/ confundindo meus per-seguidores; / Deus mande suamisericórdia e sua fidelidade.

Como lembrava Santo Agosti-nho, Deus “está mais dentro denós, que o nosso íntimo”. E o pró-prio Senhor Jesus, no evangelho,nos lembra que o Pai está dentro,no coração, daquele que O ama (cfJo 14,23). No entanto, essaimanência não anula a trans-cendência de Deus, a quem invo-camos como “Pai que está noscéus” (Mt 6,9) e cuja “distância”tantas vezes sentimos. Por isso, noseu abatimento, o salmista invocao “ Deus Altíssimo” (v.3), pedindoque Ele mande “do céu a sua aju-da”. Mais ainda, que Ele concreti-ze essa ajuda por intermédio dedois agentes personificados, “suamisericórdia e sua fidelidade” que,segundo Ex 34,6, constituem aprópria essência divina. E assimserão “confundidos”, isto é, enver-gonhados, vencidos, os “meus per-seguidores”. A tradução do final dov. 3 poderia ser, também: “a Deus,que completa em mim a sua obra”.

Entre leões

5. Estou encurralado entreleões, que devoram as presas:/ seus dentes são lanças e fle-chas, / sua língua, uma espa-da afiada.

A imagem do agressor comoleão, já conhecida (p. ex. Sl 7,6),aqui assume detalhes fantásticos:

Outubro 2011 Jornal da Arquidiocese6 Bíblia

Para refletir:

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Assembleia define linhas de ação da PJJovens estudaram e definiram as ações para os próximos três anos e escolheram o novo secretário

A Pastoral da Juventude daArquidiocese realizou nos dias 23,24 e 25 de setembro a suaAssembleia Arquidiocesana, naCasa de Retiros “Caminho deNazaré”. O evento reuniu 25 jo-vens articuladores comarcais ecoordenadores paroquiais e degrupos de jovens. A assessoria fi-cou por conta de Diego Nunes.

Realizada a cada três anos, aAssembleia tem a finalidade deavaliar a caminhada e traçar aslinhas de ação para os próximostrês anos. Desta vez, os participan-tes receberam uma questionáriocom antecedência, para avalia-rem a atuação do seu grupo fren-te à sociedade, à comunidade, àIgreja, e à própria PJ.

O resultado foi sistematizadoe estudado na assembleia. “Nos-so objetivo foi ver a realidade da

Jornal da Arquidiocese Outubro 2011

7Juventude

PJ na Arquidiocese hoje, para po-dermos traçar um plano de açãodaqui para a frente”, disse

Durante a Assembleia da PJ,Felipe Candin dos SantosFuentes, de 21 anos, da Paró-quia N.Sra. da Imaculada Con-

Felipe será o novo secretário da PJ

Gisleyne Anacleto, membro daequipe de coordenação arqui-diocesana.

Durante a assembleia, os jo-vens definiram as quatro principaislinhas de ação para os próximostrês anos, a saber: organização daPJ como um todo; formação;espiritualidade; e missionaridade.Para cada ítem, foi definido o quee como será feito. Além disso, háainda as outras atividades habi-tuais da PJ que continuarão a serrealizadas, o DNJ por exemplo.

O evento também serviu paraescolher o novo secretário libe-rado da Pastoral da Juventudepara os próximos três anos. Oeleito foi Felipe Candin dosSantos Fuentes, 21 anos, daParóquia N.Sra. da ImaculadaConceição da Lagoa, em Floria-nópolis.

O Setor Juventude da Arquidio-cese esteve reunido no dia 17 desetembro. Realizado na Catedral,o encontro contou com a presen-ça de 20 participantes, represen-tando nove segmentos da juven-tude da Arquidiocese. Na oportu-nidade, eles avaliaram a JornadaArquidiocesana da Juventude, re-alizada no dia 28 de agosto, noCEAR, Governador Celso Ramos, eestudaram o tema “Comunicaçãoe Evangelização da Juventude”,com a assessoria de Jean Ricardo,Fabíola Goulart e Daniel Casas.

Os participantes acharam bas-

Encontro reúne o Setor Juventudetante positiva a Jornada Arquidio-cesana, e pensam em realizá-laanualmente ou no mesmo ano daJornada Mundial. Os participantestambém assumiram o desafio deentrar em contato com os demaissegmentos que ainda não partici-pam dos encontros para integrá-los ao grupo.

Para o Pe. Josemar Silva,referencial do Setor Juventude naArquidiocese, o encontro foi bas-tante positivo. “Saímos convenci-dos e motivados de que o Setor éum fato, uma força, mas que te-mos que dar passos para fortale-

cer o trabalho de evangelização dajuventude que já é realizado dediferentes formas, mas com omesmo propósito, na nossa Arqui-diocese”, disse. O próximo encon-tro será no dia 20 de novembro,das 8h às 17h, em Tijucas.

No dia 10 de outubro, será rea-lizado o Encontro Regional do SetorJuventude. Realizado na sede daCNBB - Regional Sul IV, em Floria-nópolis, o evento reunirá represen-tantes dos segmentos da juventu-de de todo o Estado. Durante o dia,eles pensarão a caminhada do se-tor para os próximos dois anos.

ceição da Lagoa, em Florianó-polis, foi eleito o novo secretá-rio. Pelos próximos três anos eleterá a missão de articular os tra-balhos na Arquidiocese, contan-do sempre com o apoio da equi-pe de coordenação.

Felipe tem uma longa cami-nhada em grupo de jovens e noapoio à equipe de coordenaçãoarquidiocesana. “Sou apenasmais um jovem que acredita emum mundo melhor e na civiliza-ção do amor”, disse em sua car-ta de apresentação.

Milhares de jovens de toda aArquidiocese são aguardadospara participar da celebração doDia Nacional da Juventude. Pro-gramado para 30 de outubro, naEscola Estadual Básica JoséRodrigues, em Garopaba, o even-to terá como tema “Juventude

e Protagonismo Feminino”

e o lema “Jovens mulheres

tecendo relações de vida”.

DNJ reflete sobre oprotagonismo feminino

Durante o DNJ, os jovensainda contarão com momentosde apresentação de experiên-cias dos grupos de jovens, apre-sentações culturais, gruposmusicais e encenações artísti-cas. Mais informações no site:www.pjarquifloripa.com.br,ou pelo fone (48) 3224-4799, na secretaria arquidio-cesana da PJ.

YouCat, o Catecismo JovemRecentemente foi lançado um

livro, chamado de YouCat, abrevi-ação das palavras Youth (Juventu-de) e Catechism (Catecismo), nalíngua portuguesa, o CatecismoJovem. Trata-se de uma edição doCatecismo da Igreja Católica volta-do aos jovens, com uma linguagemapropriada, muitas imagens e tex-tos complementares.

Na mochila de todos os partici-pantes da Jornada Mundial da Ju-ventude, que aconteceu em agos-to deste ano, estava um exemplardo “Catecismo Jovem”. Um presen-te do próprio Papa. E no prefácio,Bento XVI fez um convite especial:“Formai grupos de estudo nas re-des sociais, partilhai-o entre vós nainternet. Permanecei deste modonum diálogo sobre a vossa fé”.

Atendendo a esse pedido dopróprio Papa, cinco seminaristas daArquidiocese, estudantes de Filoso-fia em Brusque, resolveram criarespaços para a partilha e estudodo YouCat, abrindo assim um espa-ço virtual para o diálogo sobre a fé.

Inicialmente foi criado umtwitter (@CatecismoJovem),rede social que está em destaqueatualmente entre a juventude.Muitos seguem, twittam, mencio-nam muitas coisas durante o dia,e com este twitter abriu-se um es-paço concreto para o jovem co-nhecer o que a sua Igreja tem adizer, de uma forma jovem. Tam-bém foi criado um facebook( w w w . f a c e b o o k . c o m /catecismojovem), que traz dia-riamente imagens, textos e frasesdo YouCat.

Posteriormente foi criado umblog (www.catecismojovem.blogspot.com), que é atualiza-do diariamente com assuntos ematerial retirado do próprioYouCat. Em uma linguagem aces-sível, leve e curta, o jovem podeler a opinião da Igreja sobre deter-minados assuntos.

Os resultados foram rápidos,sendo que em menos de três me-ses o twitter já tem mais de 1,7 milseguidores, 1,2 mil amigos nofacebook e mais de 10 mil visitasno blog. Porém, para os seminaris-tas, os números não são o dadomais importante. “O que mais nosfaz felizes é ver a quantidade dejovens interagindo, perguntando eassim conhecendo melhor a suafé”, afirmou Paulo Chaves, semi-narista e membro da equipe.

Além disso, em setembro des-te ano, o Catecismo Jovem foitema do Programa Revolução Je-sus, na Canção Nova, sendo cita-dos o twitter e blog como grandefonte de difusão do YouCat. “Paranós foi muito gratificante ver a re-percussão que teve uma ideia sim-ples como esta que tivemos, res-pondendo ao pedido do Papa. Asredes sociais podem ser nossasaliadas na evangelização”, afirmouDiogo Cesar, membro da equipe.

Essa experiência reforça a im-portância da nova evangelização,da aproximação pedida peloPapa, dos jovens em seu próprioespaço, tendo sempre em vista aevangelização e o anúncio de Je-sus Cristo, que deverá transfor-mar a vida de cada jovem.

Encontro contou com a assessoria do líder jovem Diego Nunes

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Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Padres refletem sobre a Caridade PastoralDom Edson Damian, bispo missionário, mostrou como o Apóstolo Paulo é modelo para os presbíteros

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Os padres da arquidiocese quenão haviam feito o retiro em feve-reiro, fizeraam-no nos dias 12 a 15de setembro, na “Vila Fátima”,Morro das Pedras, em Florianópolis.Os cerca de 40 padres presentesrefletiram sobre o tema “CaridadePastoral a partir de Paulo aosFilipenses”. O orientador foi DomEdson Damian, bispo da Diocesede São Gabriel da Cachoeirinha, noAmazonas. Durante o evento, eledisse que os presbíteros devemsempre buscar o presépio, e seracolhedores como a manjedoura.

Para Dom Edson, o apóstoloPaulo ensina a caridade pastoralo amor apaixonado por Jesus epelos irmãos e irmãs que são con-fiados ao ministério dos pres-bíteros. “Paulo foi alguém que sedeixou conduzir totalmente porJesus e, por isso, é modelo deespiritualidade e identidade parao presbítero”, acrescentou.

Segundo Pe. Vilson Groh, co-ordenador arquidiocesano da Pas-toral Presbiteral, a escolha de DomEdson para pregar o retiro se devea que nos últimos anos os padresestão buscando experiências mís-ticas em áreas de fronteira do nos-so país. “Com isso, procuramosrecuperar continuamente o “pri-

meiro amor” pelo qual entregamosnossa vida ao seguimento de Je-sus. E esse primeiro amor é umcontínuo voltar à vida dos empo-brecidos, como mestres de nossasantidade”, disse Pe. Vilson.

A diocese de São Gabriel daCachoeirinha é uma das duasdioceses do Amazonas. Faz divisacom a Colombia e a Venezuela. Éa diocese mais extensa do Brasil,com 293 mil m2. A população éde 80 mil habitantes, sendo 95%indígenas, de 23 etnias e falando18 línguas diferentes. Mas todoscatólicos e tradicionais, que se

Outubro 2011 Jornal da Arquidiocese8 Geral

A Paróquia São Joaquim, emGaropaba, celebrou no dia 03de setembro, o envio de 21 lí-deres da Pastoral da Pessoa Ido-sa. A formação foi realizada emdois dias fins de semana, pelascapacitadoras Noemi, da IgrejaAnglicana, e Carmen Souto, co-ordenadora Arquidiocesana daPastoral da Pessoa Idosa.

O trabalho da Pastoral teveinício na paróquia no dia 07 demaio deste ano, quando 20 lí-deres concluíram a formação.Nestes quatro meses, 195 ido-sos foram visitados e cadastra-dos pelas líderes nas comuni-dades. São os idosos não ati-vos, doentes, que pouco saemde casa ou acamados. Anteseram seis comunidades visita-das, agora o trabalho já alcança14 comunidades.

As visitas são realizadas por14 líderes da pastoral, que têm

Pastoral forma novosvisitadores dos idosos

a missão de levar uma palavraamiga, um abraço, uma oraçãona visita mensal. “Com a forma-ção desse novo grupo, mais co-munidades farão parte e irão for-talecer e aumentar as visitas eatingir maior número de idosos”,disse Marinês Schmidt, coor-denadora paroquial da Pastoralda Pessoa Idosa, em Garopaba.

A Pastoral está presente emquatro paróquias da Arquidio-cese, com 93 líderes atuantese visitando 378 idosos ao me-nos uma vez por mês. Há trêsparóquias que manifestaraminteresse e devem iniciar acapacitação no próximo ano.

Os interessados em conhe-cer o trabalho, podem entrar emcontato com Carmen Souto,pelos fones (48) 3207-6200 ou9119-8029, ou ainda pelo e-mail [email protected].

Realizado no Morro da Pedras, evento reuniu mais de 40 participantes

confessam a cada visita do padre.A maior dificuldade é a mobili-

dade. Não há estradas, e o trans-porte é feito sobretudo através debarcos. O Rio Negro é o principalponto de navegação. Todo o tra-balho de evangelização é realiza-do por 16 padres. Eles estão dis-tribuídos em 10 paróquias e seesforçam por visitar cada comu-nidade pelo menos duas vezes aoano. Eles contam com o auxílio de47 irmãs salesianas.

Matéria completa com entrevis-ta e reportagem em vídeo no site daArquidiocese www.arquifln.org.br

O Movimento de Irmãos reali-zou no dia 18 de setembro a suaConcentração Arquidiocesana. Foina sede da Associação Movimen-to de Irmãos, no município de Pe-nha, e contou com a presença demais de 300 participantes de todaa Arquidiocese.

O evento teve início com a Ce-lebração da Palavra, presidida pelodiácono Guillermo Enrique GómezQuezada, da Paróquia São Vicentede Paulo, em Itajaí. Durante a con-

Movimento de Irmãos realiza Concentraçãocentração, os participantes tiveramvários momentos de partilha.

Cada uma da quatro áreas doMovimento de Irmãos (Área I- Itajaí;II - Fpolis; III - Vale do Rio Tijucas; IV -Grande Fpolis) apresentou em vídeoo resultado dos seus gestos concre-tos de caridade e ajuda às entida-des sociais mais necessitadas desua área de atuação: asilos, creches,e casas de recuperação de depen-dência química, conforme solicitadopela Coordenação Arquidiocesana.

A ajuda foi realizada em for-ma de doação de alimentos, ma-terial de limpeza, de higiene etc.“Todos tivemos um dia muito es-pecial, com momentos de espiri-tualidade, partilha e muita ale-gria”, disse Heitor Campos, quecom sua esposa Margarete, coor-dena o Movimento de Irmãos naArquidiocese. A Associação Movi-mento de Irmãos está agora em-penhada no propósito de construiruma casa de retiros no local.

Paróquia de Garopaba forma mais 21visitadores, somando aos 20 que já atuam

Visitadoras acompanham 195 idosos prentedendo ampliar atendimento

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Page 9: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Dom Wilson é o Arcebispo de FlorianópolisCatarinense de Vidal Ramos, Dom Wilson trabalhou por dez anos como professor em Brusque

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Após mais de oito meses deespera, a Arquidiocese tem seunovo Arcebispo, Dom Wilson Ta-deu Jönck. O anúncio oficial danomeação pelo papa Bento XVI foifeito na manhã de 28-9. Dom Wil-son tem 60 anos, é natural deVidal Ramos, no Vale do Itajaí, edesde maio de 2010 exercia seuministério episcopal na Diocesede Tubarão. A posse será no dia15 de novembro (feriado nacio-nal), às 9h30, no Ginásio de Es-portes do Colégio Catarinense, nocentro de Florianópolis, que aco-lhe mais de quatro mil pessoas.

Sexto bispo e quinto Arcebispode Florianópolis, ele é da Congre-gação do Padres do Sagrado Cora-ção de Jesus, a mesma dos seusdois antecessores: Dom EusébioScheid e Dom Murilo Krieger. Des-de a nomeação de Dom Murilo,para assumir a Arquidiocese deSalvador, Bahia, em 12 de janeirodeste ano, era aguardada com an-siedade a nomeação do seucontinuador à frente das ativida-des pastorais em Florianópolis.

Dom Wilson é padre há 34 anos,dez deles como professor no Semi-nário de Filosofia, em Brusque, an-tes de ser nomeado bispo, o quelhe proporcionou amplo contatocom os futuros padres da Arquidio-cese. Ele é bispo desde 11 de ju-nho de 2003, quando foi nomeadobispo auxiliar do Rio de Janeiro. Es-tava na Diocese de Tubarão desde18 de julho do ano passado.

Através de nota oficial, Pe.João Francisco Salm, Adminis-trador Diocesano da Arquidiocese,fala da alegria na escolha de DomWilson para nosso Arcebispo. Leiao texto completo ao lado.

GeralJornal da Arquidiocese Outubro 2011

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As Irmãs da Divina Provi-dência realizaram, nos dias 23,24 e 25 de setembro, um encon-tro para jovens vocacionadas.Destinado a jovens com 14 anosou mais, o encontro reuniu 11 par-ticipantes, da Diocese de Joinville,Diocese de Rio do Sul e seis daArquidiocese de Florianópolis. Oencontro vocacional foi realizadona Comunidade Madre ElisabethSarkamp, em Florianópolis.

Durante os três dias, as jovenstiveram momentos de integra-ção, oração e conteúdos especí-ficos da Congregação das Irmãsda Divina Providência. A forma-ção foi conduzida pelas própriasIrmãs. Segundo Irmã MaristelaChristiano, coordenadora doserviço de animação vocacionalda Congregação, as jovens já sãoacompanhadas à distância pelas

Congregação realiza encontropara jovens vocacionadas

irmãs. “A intenção do encontro éapresentar a elas de forma maispróxima um pouco mais docarisma das Irmãs da Divina Pro-vidência”, disse. As da Arquidio-cese, todas participaram do En-contro Vocacional para meninascoroinhas e outras adolescentese jovens, realizado em agosto.Diferente daquele, que é abertoe não direcionado, este foi espe-cífico para a Congregação.

Josiane Gonçalves, 14 anos,da Paróquia São Joaquim, de Ga-ropaba, foi uma das participan-tes. Liderança juvenil que já foicoroinha e hoje participa daLiturgia, sempre teve curiosidadeem conhecer a vida das religio-sas. “Curiosidade para saber seé mesmo essa a minha vocação.Este encontro está me ajudandopara esse discernimento”, disse.

Os diáconos e esposas daArquidiocese estiveram reuni-dos nos dias 23, 24 e 25 de se-tembro, para participar do seuretiro anual. Realizado na Casade Eventos e Retiros Provincia-lado Coração de Jesus, emFlorianópolis, o evento reuniu71 participantes (31 casais) daregião sul da Arquidiocese. Du-rante os três dias, eles refleti-ram sobre o tema “O MinistérioDiaconal e a Família – desafiose oportunidades no cotidiano”.

A assessoria do retiro foi con-fiada ao Pe. Silvano João daCosta, que é professor da Fa-culdade São Luiz, em Brusque, evigário da Paróquia São Vicente,em Itajaí. Ele já pregou retiros

Diáconos participam de retiropara os diáconos da Diocese deJoinville. E também pregará opróximo retiro para os diáconose esposas da região norte daArquidiocese, nos dias 28, 29 e30 de outubro, na Casa PadreDehon, em Brusque, com o mes-mo tema.

Para o diácono CláudioErnesto Amante, vice-coorde-nador da Comissão Arquidio-cesana do Diaconato Perma-nente – CADIP, e coordenadordo retiro, a formação foi muitopositiva. “O encontro transfor-mou o meu entendimento so-bre o relacionamento que deveexistir entre os padres e osdiáconos, e aprofundou o serDiácono na família”, disse.

Florianópolis saúda seu novo ArcebispoA Arquidiocese de Florianópolis recebe com imensa alegria e

em atitude de ação de graças o anúncio de que o Sr. Dom WilsonTadeu Jönck, scj, Bispo da Diocese de Tubarão, SC, foi escolhidopelo Santo Padre para ser o nosso Arcebispo.

Seja bem-vindo, Dom Wilson! Nós o acolhemos como nossoIrmão, Amigo, Mestre e Pai.

Depois de vários meses de oração suplicante, nossas comunida-des, enquanto agradecem ao Senhor pelo dom que nos faz, se unemaos irmãos e irmãs da vizinha Diocese de Tubarão, em oração fervo-rosa, pedindo a Deus que lhes dê em breve um novo Bispo.

Durante as próximas semanas vamos nos preparar para a sole-ne Celebração em que Dom Wilson será empossado como nossoArcebispo. A data escolhida é o dia 15 de Novembro de 2011,terça-feira, feriado nacional, às 09h30, no Ginásio de Esportes doColégio Catarinense, no centro da cidade.

N.Sra. do Desterro e Santa Catarina de Alexandria intercedamjunto a Deus para que Dom Wilson tenha um fecundo e feliz pastoreioentre nós. Dom Wilson, receba o abraço deste Povo que já o ama!

Pe. João Francisco SalmAdministrador Arquidiocesano

Leia a biografia comple-ta de Dom Wilson e outrosassuntos do nosso Arcebis-po no site da Arquidiocese(www.arquifln.org.br).

Dom Wilson diante da sede do Regional Sul IV da CNBB, emFlorianópolis, entidade que ele preside desde maio deste ano

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Mais uma vez cheiasatingem o Vale do Itajaí

Campanha busca arrecadar fundos para amenizar o sofrimentodas milhares de famílias que foram atingidas pela enchenteO Estado de Santa Catarina

mais uma vez foi atingido por ala-gamentos, cheias e deslizamen-tos. Segundo a Defesa Civil Esta-dual, foram afetadas diretamente178.400 pessoas, sendo desalo-jadas 27.912 e desabrigadas5302. Em nossa Arquidiocese, cin-co paróquias ofereceram abrigospara os atingidos, assumindo seucompromisso com as pessoas emsituação de emergência. Perce-beu-se melhora na capacidade deresposta, tanto das Defesas Civismunicipais como das entidades.

A Ação Social Arquidiocesana,ASA, vem articulando parceria coma Defesa Civil com o objetivo decapacitar as entidades-membropara atuarem nessas situaçõescom eficiência. Procurando atenderas famílias atingidas, foi lançadauma Campanha de mobilizaçãodas Paróquias e comunidades, con-vidadas a fazerem uma especialcoleta nos dias 24 e 25 de setem-bro. De toda a arrecadação, 80%serão destinados aos atingidos da

Arquidiocese e os 20% restantesserão enviados à Cáritas Regionalde Santa Catarina para o atendi-mento na Diocese de Rio do Sul.

Destaca-se também a atuaçãoda Rede Cáritas, que está mobili-zando a Campanha SOS SantaCatarina para atender os municípi-

10 Ação Social Outubro 2011 Jornal da Arquidiocese

Região do Vale do Itajaí mais uma vez ficou submersa por conta dasfortes chuvas deste mês, afetando milhares de famílias da região

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os atingidos nas Dioceses de Riodo Sul e Blumenau. As doações ain-da podem ser realizadas através dedepósito na Conta Mitra Metropoli-tada/ Coletas, Banco do Brasil,Agencia: 1453-2 – Florianópolis c/c: 39.984-1, titular: Cáritas Bras. –Reg. SC – EMERGÊNCIAS

No mês de setembro, AdrianaSilveira Ruiz Diaz assumiu a fun-ção de articuladora local do proje-to “Fortalecendo Experiências deEconomia Solidária em Santa

Florianópolis tem nova articuladoralocal para o Projeto FORTEES

Catarina”, FORTEES, substituindoMiriam Abe. Adriana dará continui-dade às visitas de acompanha-mento econômico. No último dia20, Adriana visitou o grupo “De

Mãos Unidas”, do bairro Bom Vi-ver, em Biguaçu, sendo acompa-nhada pela AS Maria Antônia, daASA, Ação Social Arquidiocesana.

O grupo, que iniciou com o ob-jetivo de gerar renda para as fa-mílias que recebiam cestas bási-cas da paróquia, há 3 anos, hojeconta com a participação de 13mulheres. Sua maior dificuldadeé não terem lugar para a vendade seus produtos e não disporemde uma máquina de costura.

O grupo produz adereços de co-zinha, como panos de prato, estei-ras, aventais, entre outros, contan-do com duas professoras de pintu-ra. Na conversa com a articuladora,Adriana Silveira Ruiz Dias, o gru-po relatou o interesse e a necessida-de de se aprimorar na costura, já queterceirizam esse serviço.Grupo De Mãos Unidas foi visitado pela nova articuladora do projeto

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Comarca realiza encontro de espiritualidadeCoordenadores paroquiais e de grupos, somando 48 lideranças, participaram do encontro de formação

Jornal da Arquidiocese Outubro 2011 GBF 11

Formação para os coordenadores contou com a assessoria da Irmã Luzia

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A Comarca de São José reali-zou no dia 26 de setembro umencontro para coordenadores degrupos e paroquiais dos GruposBíblicos em Família. Realizado naCasa de Encontros Santa Maria daArquidiocese, na Ponte de Baixo,em São José, o encontro reuniu48 participantes, representandonove paróquias da Comarca. Foia primeira vez que se realizou umencontro comarcal de espiritua-lidade para os líderes dos GBFs.

O evento contou com a asses-soria da Irmã Luzia Pereira,que, utilizando da Leitura Oranteda Bíblia, refletiu sobre três pas-sagens bíblicas: a passagem emque uma samaritana está comJesus no poço, e Ele lhe promete“água viva”; as Bodas de Caná,sobre o vinho novo de que preci-samos hoje, qual é o que está fal-tando na vida pessoal e na cami-nhada com os grupos; e sobreZaqueu e seu desejo de ver Je-sus. “Cada passagem foi refleti-da trazendo presente a vivêncianos Grupos Bíblicos em Família”,disse Irmã Luzia.

O encontro também contoucom a presença de Maria Glória da

TestemunhoTestemunhoTestemunhoTestemunhoTestemunho

Quando o Concílio VaticanoII apresentou-nos a Igreja comopovo de Deus em marcha, embusca de um novo Reino, apre-sentou-nos também um novojeito de vivenciar a fé, atravésdos Grupos de Reflexão. Estenovo jeito de ser Igreja nos fazevangelizadores, comprometi-dos com a sociedade.

Na comunidade do Saco dosLimões, em Florianópolis essasreflexões sempre estiveram pre-sentes, através de novenas eorações nas casas, mesmo an-tes da fundação da paróquia, em13/06/1966. Entre os trabalhosda Legião de Maria, além do ter-ço em família, fazia-se leitura ereflexão da Palavra de Deus. Osgrupos se reuniam como as pri-meiras comunidades cristãs,que, motivadas pela fé, davamtestemunho de Jesus Cristo e daforça renovadora da sua Palavra:“Eles eram perseverantes emouvir o ensinamento dos Após-tolos, na comunhão fraterna, nafacão do pão e nas orações pe-las casas” (At 2,42).

Vivendo esse compromissoe incentivados pelas diretrizese orientações pastorais daArquidiocese, que fornecia oslivretos de roteiro, e da Paró-quia, com os membros da Le-gião de Maria, os grupos reali-zavam também as novenas doAdvento/Natal, Quaresma/Páscoa e Campanha daFraternidade.

A Igreja deu um grande im-pulso a essa vivência de fé,quando, na Assembléia Arqui-diocesana de Pastoral de2005, cunhouo nome “Gru-pos Bíblicos

em Família” (GBF), assumindo-os como prioridade na açãoevangelizadora, com uma coor-denação arquidiocesana.

Atualmente, em nossa paró-quia, o Diácono Pedro Carbo-nera, num trabalho de incenti-vo às pastorais, em conjuntocom uma equipe de colabora-dores, coordena os GBF, queatuam em oito comunidades,fazendo um total de 20 grupos.Este é um trabalho de busca naformação contínua, de quemacredita no Deus da vida, da li-bertação, que caminha conoscopasso a passo...

A oração é um privilégio e fazparte da nossa vida cristã e nosaproxima de Deus, mas ache-gar-se a Ele não é tarefa fácil,num tempo de tanta inquieta-ção e consumismo. As reuniõesem grupos nos proporcionamessa vivência de fé, oração etestemunho. A Bíblia pede que“tenhamos consideração unscom os outros, para nos estimu-lar no amor e nas boas obras.Não deixemos de frequentar asnossas reuniões (os GBFs), eprocuremos animar-nos sempremais...” (cf Hb 10,22- 25).

A fé nos aproxima de JesusCristo, mas precisa ser alimen-tada principalmente pela suaPalavra rezada e refletida, pormeio de iniciativas como osGBFs, que vão ao encontro dopovo, como “Igreja doméstica”,celebrando e incentivando avida em comunhão com Deus ecom os irmãos e irmãs.

Rozalir Burigo Coan

A Paróquiaconta com 20Grupos Bíbli-cos em Famí-lia, presentesem oitocomunidades

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A caminhada dos GBFs na Pa-róquia N. Sra. da Boa Viagem

Luz, coordenadora arquidiocesanados Grupos Bíblicos em Família.Ela falou das semelhanças e dife-renças entre os GBFs e as Comu-nidades Eclesiais de Base - CEBs.Segundo ela, não há muitas dife-renças entre o jeito das duas vive-rem o Evangelho. “As CEBs viven-ciam a dimensão social com maisousadia e coragem a partir da luzda Palavra de Deus. Elas são luzpara o caminho dos Grupos Bíbli-cos em Família”, disse Glória.

A formação foi encerrada coma Celebração Eucarística presididapelo Pe. Elizandro Scarsi, vigá-rio na Paróquia São Judas Tadeu,na Ponte do Imaruim, Palhoça. ParaOsmarete Barbosa, coordenado-ra comarcal dos GBFs, essa primei-ra experiência foi muito positiva. “Ti-vemos uma boa participação, comum bom número de coordenações.Isso nos motiva a pensar nesse tipode encontro para os próximosanos”, acrescentou.

Os Grupos Bíblicos da ParóquiaNossa Senhora do Rosário, daComarca do Estreito, em comu-nhão com os momentos de prepa-ração para o 11º Estadual dasCEBs, a partir das reflexões dolivreto do Tempo Comum, fizeramuma romaria ao Santuário de Nos-sa Senhora da Conceição em An-gelina. Aliás, esta saída dos Gru-pos da Paróquia já está se tornan-do tradição, e já faz parte do calen-

GBFs fazem ‘romaria’ a Angelinadário anual dos GBFs. Este ano,aconteceu no mês passado, dia28 de Agosto. Os nossos GruposBíblicos em Família deram umademonstração de que estão firmesna caminhada da pequena Igrejanas Casas, respondendo sim aoconvite para participarem dessaromaria de fé. Os “romeiros dosgrupos bíblicos” foram numerosos,chegando a lotar 03 (três) ônibus.

O dia foi preenchido por uma

peregrinação à Gruta de Nossa Se-nhora de Lourdes, em cujo caminhorezamos a Via-Sacra com oraçõese cânticos. Foram muito bons osmomentos de confraternização nasrefeições, tanto no lanche, como noalmoço, os quais foram partilhados.Isto é a nossa prática: todos e to-das partilham o que levam. E so-bram alimentos; ninguém passanecessidade (Atos 2,42ss).

No período da tarde, visitamosa Colina da Louvação, no terrenoda Congregação das Irmãs Fran-ciscanas de São José, entoando oCântico das Criaturas de São Fran-cisco de Assis a cada parada, dian-te dos símbolos que representamos elementos da natureza. Termi-namos a ‘romaria’ com uma Cele-bração Eucarística na Capela daprópria Congregação, presididapelo nosso Pároco Padre André, quenos acompanhou em todos os mo-mentos desse evento espiritual tãoconfortante, tanto para o corpocomo para a alma.

Coord. Paroquial dos GBFs

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Momento de partilha dos GBF da paróquia de N.Sra do Rosário

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

Dom Wilson Laus Schmidtnasceu em Florianópolis SC, ilhéuda Rua dos Ilhéus, em 16 de maiode 1916, filho de Euclides EuclérioSchmidt e Adelaide Laus Schmidt.Tendo perdido a mãe na primeirainfância, sempre sentiu muita grati-dão para com as Irmãs da DivinaProvidência, do Colégio Coração deJesus. Wilson integrou a primeiraturma que iniciou o Seminário deAzambuja em 1927, conduzidapela severidade amorosa de Pe.Jaime de Barros Câmara. Foiordenado padre na Catedral deFlorianópolis em 31 de dezembrode 1939, antes de completar seus24 anos. Em 1940 foi vigário paro-quial da Catedral, escrivão da CúriaMetropolitana e Capelão do Abrigode Menores.

Padre formador nosSeminários

No ano seguinte foi transferidopara o Seminário Menor de Azam-buja, assumindo como professor ePrefeito de Estudos. Era um homeminteligente, de especial clarezamental e intelectual, o que até serevelava na sua belíssima caligra-fia, conservada por toda a sua vida.Em 6 de julho de 1943, recebeu aprovisão de vice-reitor do Seminá-rio de Azambuja. A partir de 1944,Dom Joaquim o quis como Mes-tre de Cerimônias na Catedral paraas grandes solenidades.

Pe. Wilson tinha idéia de forma-ção bastante tradicional e rigorosa,no que era secundado pelo reitorPe. Bernardo Peters e Pe. An-tônio Waterkemper. No final de

1946, a mudança: Pe. Wilsonfoi transferido para o SeminárioPreparatório de São Ludgero,cujo Reitor, Pe. AfonsoNiehues, favorável a uma for-mação mais aberta, foi promo-vido para Azambuja. Em SãoLudgero, o trabalho intenso noSeminário deixou-o exausto eminou-lhe a saúde. O Arcebispotransferiu-o em 1949 paraCriciúma, como pároco, ondegranjeou a estima do povo. Em13 de abril de 1952, um violen-to choque elétrico no microfo-ne o precipitou do púlpito con-tra os bancos da igreja Matriz.Inconsciente, foi internado emestado gravíssimo. A multidão sereunia ao redor do Hospital deCriciúma para saudá-lo, rezarpor ele, manifestar-lhe o afeto. Re-cuperou-se e continuou o trabalhoparoquial, mas as seqüelas continu-aram, fazendo-o ingressar no minis-tério da Cruz até seus últimos dias.

O múnus episcopal no Riode Janeiro e ChapecóEm 4 de fevereiro de 1956 foi

nomeado pároco de Nossa Senho-ra de Fátima, no Estreito. Forammenos de dois anos de trabalhonessa paróquia, pois, em 15 desetembro de 1957, foi publicadasua eleição para bispo titular deRodosto e auxiliar do Arcebispo doRio de Janeiro, seu antigo mestree reitor, o Cardeal Câmara.

Dom Wilson escolheu comolema episcopal “Me oportetoperari” – A mim cabe o trabalho(cf Jo 9,4 Vulg.). Dom Jaime era um

homem de atividade incansável,centralizador em extremo e DomWilson convivia ainda com outro bis-po de dinamismo extraordinário,Dom Hélder Câmara. Executoucom dedicação o que lhe foi confia-do, especialmente como Vigáriogeral. O Rio de Janeiro, porém, nãoera o lugar mais indicado para ele,homem de saúde precária.

Para surpresa geral, em 19 maiode 1962 foi eleito 2º bispodiocesano de Chapecó, onde assu-miu em 7 de setembro. A dioceseera imensa: fora criada em 14 dejaneiro de 1958, desmembradadas dioceses de Lages e de Palmas,PR. Tudo ali era novo: as cidadesnasciam e cresciam rapidamentepela expansão das Companhias Co-lonizadoras que traziam numero-sos colonos gaúchos. Sentiu-se bem

recebido pelo clero e não per-cebeu ali o “espírito novida-deiro” de outros lugares. Vivia-se uma realidade borbulhante:em outubro foi inaugurado oConcílio Ecumênico do VaticanoII, que gerava expectativas es-pecialmente nos padres.

O humilde serviço de umbispo carregando a Cruz

O grande problema de DomWilson era sua saúde: comopalmilhar aqueles sertões doOeste, atender às comunida-des? E como aplicar – e ao mes-mo tempo disciplinar – as deci-sões do Concílio? Achou-se im-potente para o desafio. Em 21de janeiro de 1968, enviou aRoma sua carta de renúncia,

aceita em 2 de março. Dom Wilsonescolheu residir em Joinville, juntoao amigo Dom Gregório Warme-ling, bispo diocesano. Ao Núncio es-creveu “comprometendo-se, na me-dida de suas forças, a realizar o ver-dadeiro pensamento renovador doVaticano II”. A partir de 7 de maiode 1971 veio morar na Ilha ondenascera, residindo no Arcebispadode Florianópolis com o amigo DomAfonso Niehues. Eram dois grandesbispos, semelhantes no caráter, napiedade, no zelo pela Igreja, e dife-rentes na maleabilidade frente àssituações. Na residência episcopal,Dom Wilson prestou enorme servi-ço à História da Igreja: nomeado Ar-quivista do Arquivo histórico-ecle-siástico de SC, ali, com o auxílio doPe. Theodoro Huckelmann, em-penhou-se na seleção, catalogação,

Quando relataram a João Pau-lo II que alguns patriarcas ortodo-xos receavam que ele, comoPapa, queria governá-los, respon-deu: “Eles não me entenderam.Eu quero a comunhão com eles,não a jurisdição”. O Ecumenismoé a busca da unidade da Igreja deCristo em toda a terra, unidadeque vai além das diferenças geo-gráficas, culturais e políticas en-tre as diversas igrejas. É o cami-nho da comunhão. Seus instru-mentos são a oração, a reflexãoteológica, a convivência fraterna,o testemunho de respeito no diá-logo entre os cristãos.

Negar o compromisso ecumê-nico é desconsiderar a oração deJesus ao Pai no final da última Ceia,quando pede que “todos sejamum, como tu, Pai, estás em mim, eeu em ti” (Jo 17,21). Não há vidacristã autêntica sem a busca daunidade entre os que crêem emJesus e o proclamam Senhor, cren-do na sua Palavra e celebrando os

Sacramentos. Se nós temos queamar os inimigos, como temos odireito de não amar os cristãos nãocatólicos? Alguns adversários doecumenismo entendem a palavrade modo claramente enganoso:confundem ecumenismo com“indiferentismo” (Deus é um só,religião não salva, todas são boasigualmente), “irenismo” (pegue-mos o melhor de cada uma e bas-ta), afirmam que o espíritoecumênico unifica as Igrejas porbaixo (para que discutir dogmas oudisciplina eclesiástica se basta afé?), rejeitando toda a Tradição daIgreja católica e apostólica.

O ecumenismo não é a buscasimplificada de uma receita pelaqual todos seremos Um: a unida-de será dom do Espírito Santo eele não nos revelou como será.Deus é criativo e nos surpreende-rá em algum momento da histó-

ria, pois nossos limites e insegu-ranças nos impedem o abraço fi-nal. Somente é capaz do diálogoecumênico quem vive a sua fé nasua Igreja: o diálogo é entre pes-soas que crêem com força e nãocom inseguros e relativistas. O di-álogo não é “vem pra cá, que euestou certo”, mas sim, “vamos nosdar as mãos para encontrar a Ver-dade”. Não se pode negar que pro-testantes achem que o caminhoé todos serem protestantes, quecatólicos achem que todos devemser católicos. Nesse caso, não se-ria preciso diálogo, pois se julgaque a unidade se fará num gran-de retorno.

O caminho ecumênico pedepaciência, pois há feridasprovocadas por separações hámais de um milênio, há séculos. Oecumenismo pede reconciliação,perdão: humanamente todos erra-

Por que devo viver o Ecumenismo?

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Dom Wilson Laus Shmidt – Ministro da Cruzdatação, separação por pessoas einstituições, de todos os documen-tos históricos.

A partir de 1973 teve início asérie de cirurgias, vinte e duas (22)no total, que o debilitaram progres-sivamente. Seu Testamento de 1º dejulho de 1973 declara não possuirbens nem dívidas e o que tiver seráda arquidiocese. Na mesma data,seu Testamento espiritual, que é umhino de louvor à bondade Divina, edeclaração de fidelidade à Igreja.Muito ajudou Pe. FranciscoBianchini no Movimento Emaús ePe. Pedro Martendal no Movi-mento Pólen. Era conservador, masnão saudosista, aceitando por obe-diência determinadas expressõespós-conciliares, pois tendia para aordem e a obediência. Usou sem-pre singela batina, sem qualquer si-nal de sua dignidade episcopal.

Cirurgia após cirurgia, a IrmãMorte foi-se aproximando e o co-lheu em Florianópolis, em 8 de maiode 1982 (na semana seguinte aarquidiocese perdia o Pe. PauloBratti, jovem de 46 anos!). Foi se-pultado junto a seu pai, no Itacorubi.Há poucos anos Dom ManoelJoão Francisco transportou seusrestos mortais para a Catedral deChapecó. Dom Wilson Laus Schmidtviveu 66 anos, dos quais 18 comopresbítero e 25 como bispo. Acei-tou o Me Oportet operari, seu lema,carregando a Cruz e ajudando tan-tos a carregarem a sua.

Pe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:

pebesen.wordpress.com)

Dom Wilson Laus Shmidt:

manezinho da Ilha, bispo auxiliar do Riode Janeiro e titular de Chapecó

Outubro 2011 Jornal da Arquidiocese12 Artigos

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

mos, quem nos salvou sempre foio Espírito. O ecumenismo pedeuma forte espiritualidade: buscarno outro cristão valores de santi-dade, de vivência bíblica, rezar jun-tos, dar-se as mãos. Hoje os cris-tãos se dão as mãos na causa dajustiça, da cidadania, da caridade,unindo forças em nome de DeusPai pelo bem de todos os irmãos.João Paulo II nos falava de um novoecumenismo: o do martírio. Emtodas as Igrejas cristãs foi e é der-ramado sangue pela fidelidade aCristo. Nos regimes comunistas,nos totalitarismos nazista e fascis-ta, católicos, ortodoxos e evangéli-cos partilharam o horror dos cam-pos de concentração, os trabalhosforçados, as câmaras de gás, tor-turas, fuzilamento. Ninguém foipoupado, e a graça da fidelidadeos confirmou no sofrimento. NoJubileu do Ano 2000, dia de Pen-

tecostes, o Papa, juntamente compastores evangélicos, bispos orto-doxos, celebrou, no Coliseu roma-no, as Testemunhas da fé, os már-tires de todas as Igrejas.

Ao contrário do que se possapensar, o ecumenismo é a grandeforça da Igreja hoje, no meio doindividualismo que faz muitosacharem que cada um pode es-colher a Igreja que lhe agrada, as“verdades” que lhe fazem bem ouaté inventar uma nova denomina-ção. Não é mais possível cada umse enrijecer em sua posição: deveconservar sua fé, mas conhecer ooutro e participar de suas rique-zas espirituais e humanas. Fe-char-se num gueto católico é in-segurança e, pior, soberba. É maisfácil, mas não leva em conta aação do Espírito em todos aque-les que receberam o Batismo, ce-lebram a Ceia e meditam a Pala-vra de Deus.

Pe. José Artulino Besen

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2011

Preparando o Mês MissionárioAs atividades desenvolvidas

ao longo do Outubro Missionárioculminam no Dia Mundial dasMissões, que, neste ano, é cele-brado no dia 23. Esta celebraçãoteve início em 1922, com o PapaPio XI. Este Papa, de grande ardormissionário, deu grande impulsoà Missão Universal da Igreja, cri-ando novas Missões e ordenan-do os primeiros bispos indianos(1923) e chineses (1926).

Em 1922, o então novo Papaconstituiu as PONTIFÍCIAS OBRASMISSIONÁRIAS e, em 1926, aoser-lhe proposta também a insti-tuição de um dia de oração eofertas em favor da evange-lização dos povos, Pio XI acolheua sugestão e estendeu-a a todasas dioceses católicas do mundo,afirmando ser essa “uma inspi-ração que veio do céu”. Foi as-sim que, em 14 de abril de 1926,ele aprovou a instituição do DIAMUNDIAL DAS MISSÕES, a sercelebrado todo ano no penúltimodomingo de outubro. Alguns anosantes, Pio XI fizera um gesto sur-preendente: na solenidade dePentecostes de 1922, interrom-peu sua homilia e, em meio aimpressionante silêncio, tomouseu solidéu e o fez passar entrea multidão de bispos, presbíteros

Neste ano, o Mês Missionário reflete sobre a Ecologia, que está diretamente ligada à CF-2011e fiéis na Basílica de São Pedro,no Vaticano, pedindo a todos aju-da para as Missões.

Campanha Missionária 2011“Missão na Ecologia”. É

com este tema que as PontifíciasObras Missionárias (POM) reali-zam a Campanha Missionária2011. A temática, como todos osanos, está diretamente ligada aotema da Campanha da Fraterni-dade da Conferência Nacional dosBispos do Brasil (CNBB), que esteano é “Fraternidade e a Vida noPlaneta”.

Assim como a CF-2011, aCampanha Missionária 2011(CM) é um sinal da preocupaçãocom a preservação do meio am-biente e conscientização ecoló-gica. A CM, no entanto, alarga oshorizontes para todo o mundo,por ser esse o objetivo principaldas Pontifícias Obras Mis-sionárias.

A Animação MissionáriaDurante todo o Mês Missioná-

rio, somos chamados a fazer umaboa animação missionária. O ob-jetivo da animação missionáriaé o envolvimento do povo deDeus, chamado através do batis-mo, a fazer conhecido o plano de

Jornal da Arquidiocese Outubro 2011

13Missão

salvação a todo ser humano.A animação missionária

visa informar e formar o povo deDeus para a missão universal daIgreja, através de iniciativas desensibilização e participação, fa-vorecendo o amadurecimentodas vocações ad gentes e cola-

borando na pastoral vocacional,suscitando a cooperação naevangelização e coletando recur-sos financeiros necessários (cfr.RM 83).

Entre as ações de animaçãomissionária, desenvolvem papelimportante as visitas que os mis-

sionários fazem às casas de for-mação, os encontros com gruposparoquiais. A promoção de jorna-das missionárias, os encontroscom as famílias dos missionários,a publicação de boletins, o usodos meios de comunicação sãooutros tantos recursos úteis.

Dicas para animar missionariamente acomunidade:

• Transformar a catequese doutriná-ria em catequese evangelizadora, incenti-vando e preparando as crianças a atuaremem suas famílias, escolas e comunidadescomo pequenos missionários.

• Dinamizar a pastoral da Crisma eda Juventude, de maneira que conscientizeadolescentes e jovens sobre suas poten-

cialidades como forças vivas e inovadorasnas atividades missionárias da Igreja.

• Promover encontros que despertemo espírito missionário em cada cristão.Muitos ainda não foram evangelizados eoutros precisam ser re-evangelizados, ani-mados e projetados para a evangelizaçãodo mundo. Também debates com missio-nários, para vibrar com seu testemunho eexperiências missionárias realizadas nos

diversos continentese situações.

• Incentivar ospresbíteros, diáconos,ministros da palavra...para que falem mais

das missões em suas homilias. Os cristãosnão podem lutar por uma causa que nãoconhecem.

• Criar na comunidade um grupo mis-sionário que abrace a missão de animarmissionariamente todas as pastorais emotivar continuamente a comunidade paraque saia de suas fronteiras, para ajudar osmais necessitados e anunciar a Boa Nova.

• Incentivar os jovens para que reali-zem missões de férias em regiões menosfavorecidas.

• Divulgar a nossa imprensamissionária: Jornal Arquidiocesano / Mis-são Jovem... Quem não lê, não conhece asnecessidades das missões, não se renovae faltar-lhe-á o espírito missionário

• Organizar nas comunidades a Infân-cia Missionária, os Adolescentes e JovensMissionários, para preparar as futuras lide-ranças e despertar vocações missionárias.

Sem incentivo nada se move, nada pro-gride. Nem o barco movido a vela sai do lu-gar, sem a ajuda do vento. Esse vento é o

Espírito Santo, mas também o padre, as li-deranças, todos aqueles que foram chama-dos para trabalhar na construção do Reino.

Vejamos agora uma parte da Mensagemdo Papa Bento XVI para o Dia Mundialdas Missões 2011, que tem como ti-tulo: “Assim como o Pai me enviou, tam-bém Eu vos envio a vós” (Jo 20, 21)

Todos aqueles que encontraram o Se-nhor ressuscitado sentiram a necessidadede anunciá-Lo aos outros, como fizeram osdois discípulos de Emaús. Eles, depois deterem reconhecido o Senhor ao partir o pão,«partiram imediatamente, voltaram paraJerusalém e encontraram reunidos osOnze» e contaram o que lhes tinha aconte-cido pelo caminho (Lc 24, 33-35). O PapaJoão Paulo II exortava a estarmos “vigilan-tes e prontos para reconhecer o rosto deCristo e correr a levar aos nossos irmãos ogrande anúncio: “Vimos o Senhor”!” (CartaAp. Novo Millennio Ineunte, 59).

Pe. Francisco Gomes - PIME

Sugestões práticas para dinamizar o Mês Missionário

Pe Lúcio preside a Eucaristia em comunidade da Guiné-Bissau, na África, onde é o nosso missionário

Missionários daArquidiocese reali-zam visitas a comuni-dade da Diocese deOliveira dosBrejinhos, na Bahia

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A missão parte de onde estamos. Senão fizermos missão na nossa comuni-

dade, não faremos em lugar algum”

O mês de outubro é o períododo ano que a Igreja dedica às mis-sões. Neste ano, o tema adotadofoi: “Todos, tudo e sempre em mis-são”. Para marcar a data, entre-vistamos Pe. Darcísio Schappo,coordenador do Conselho Missio-nário Diocesano – Comidi, órgãoresponsável pela animaçãomissionária da Arquidiocese.

Eleito para o cargo em 2008,ele atua na animação missionáriadesde 1997, ano seguinte ao dasua ordenação presbiteral. Entresuas atribuições, está a de orga-nizar as visitas missionárias àDiocese da Barra, na Bahia. Tra-balho que conta com a participa-ção de outros padres, diáconos,religiosas e leigos da Arquidiocese,e que cresce a cada ano.

Na entrevista que segue, elefala que “ser” missionário é maisque uma opção, trata-se de assu-mir a própria vocação cristã. Falado processo de organização dasvisitas missionárias na Bahia. Ex-plica o que é preciso para sermosuma Igreja mais missionária, e de-sabafa quanto às dificuldades demanter o trabalho de animação.

Jornal da Arquidiocese -Quase todos os anos o se-nhor acompanha os nossosmissionários nas paróquiasda Bahia. Está em seus pla-nos ser padre missionário?

Pe. Darcísio - Ser missionárionão pode apenas estar em meusplanos, deve estar em meu “ser”.Acho que o ser missionário não deveser opção de alguns, mas, deve ser

Pe. Darcísio SchappoDedicação à animação missionária para

dentro e fora da Arquidiocesea essência de todo o batizado. PoisCristo nos chama a integrarmos oseu grupo. Assim como chamou hádois mil anos atrás, Ele continuachamando hoje, para dar continui-dade ao trabalho que iniciou: o deanunciar a boa nova do Pai. Estaera a missão de Jesus e que Eledeixou à Igreja. Se foi a missão deJesus, é a missão da Igreja; e se é amissão da Igreja, então é a de cadaum dos que formam a Igreja, é anossa missão. Portanto, ser missio-nário deriva do nosso batismo, poispelo batismo dizemos nosso sim aochamado de Jesus Cristo. Por issoé que eu digo: Ser missionário é aessência da vida de todo batizado.

JA - A Arquidiocese partici-pa do projeto Dioceses Irmãs,há mais de quarenta anos,mantendo um padre naDiocese de Oliveira dosBrejinhos. Agora temos lá oPe. Iseldo Scherer. Qual a im-portância desse trabalho?

Pe. Darcísio - O espaço é mui-to pequeno para falar da importân-cia do trabalho evangelizador desen-volvido fora das fronteiras físicas danossa Arquidiocese. Pois, para a MIS-SÃO do SER IGREJA, não pode haverfronteiras... Claro, respeitando-se aorganização estrutural, cultural eorganizacional de cada região ou decada “Igreja Particular”, com seu Pas-tor e Presbitério. Devagarzinho pre-cisamos começar de fato a vivercomo Igreja missionária...

JA - Também desde essaépoca são organizadas as vi-

sitas missionárias. Mas des-de o ano 2.000 elas são maissistemáticas. Como se deuesse processo?

Pe. Darcísio - O processo deorganizar visitas missionárias maisamiúde para a Bahia é fruto da de-cisão tomada em organizar missõespopulares na nossa arquidioceseem 1996. A partir daí foi formadoum grupo que preparava pessoasnas Paróquias que desejavam viveressa animação missionária comtodos os membros da comunida-de. O trabalho na época foi coorde-nado pelo Pe. Manoel, hoje DomManoel. Tomei posse como Párocoem São Bonifácio em Janeiro de1997 e em fevereiro fui ao coorde-nador Pe. Manoel. Com eleagendamos a primeira semana demissões populares realizada pelaArquidiocese, para acontecer emjulho daquele ano na paróquia No

ano seguinte elas aconteceram emLeoberto Leal, e em 1999 em Ma-jor Gercino. E foi com esta experi-ência que, a partir de 2000, um gru-po de missionários tem ido realizaro trabalho missionário na Bahia.

JA - A Arquidiocese tem oPe. Lúcio, na África, o Pe.Iseldo, na Bahia, e alguns lei-gos e leigas realizando traba-lho missionário no Brasil e emoutros países. Muito poucopara uma diocese do nossotamanho. O que falta para ter-mos mais missionários?

Pe. Darcísio - Eu não pergun-taria o que falta para termos maismissionários, mas o que é que fal-ta para “sermos mais missionári-os”. Como Igreja, não devemos nospreocupar para ter mais missioná-rios, mas para ser uma Igreja maismissionária. Preocupamo-nos mui-

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Pe. Darcísio realiza visita missionária na paróquia de Oliveira dos Brejinhos,na Bahia, trabalho que reuniu dezenas de voluntários da Arquidiocese

to com a Pastoral de conservaçãoe de administração de sacramen-tos e com planos e reuniões, masonde, como Diocese, estamos sen-do missionários? “Ai de mim se eunão Evangelizar”(1Cor 9,16).Estamos muito preocupados emenquadrar-nos no sistema e nãotanto em vivermos a missão.

JA - O senhor acha que, commais incentivo ao COMIDI, te-remos mais missionários?

Pe. Darcísio - Infelizmente oCOMIDI é muito mais figurativo doque ativo. Tem um coordenador porter. Foi assim com Pe. Paulo, queeu sempre admirei, por sua luta,seu envolvimento, sua tenacidadee perseverança. Em toda a reuniãodo clero ele dava o recado, masmuito poucos ouviam. E é assimainda hoje. Quero aqui fazer umgrande pedido: o de pedirmos aDeus a graça da conversão. Preci-samos nos converter em Igrejamissionária, isto é, o Clero, os Reli-giosos, e os Leigos. Sei que muitosnão vão entender e acham que jásão. Mas não tanto quanto devía-mos ser. E que o COMIDI de fato setorne o Conselho Missionário e quetenha um agente liberado para fa-zer esta ANIMAÇÃO. Não é possí-vel que alguém que missiona umaparóquia de dez comunidades pos-sa exercer esta coordenaçãoDiocesana. Portanto, o cargo estáà disposição da Arquidiocese.

JA - Quando se fala emmissão, sempre se tem emmente ir para longe de ondeestamos. É possível fazer mis-são na nossa comunidade?

Pe. Darcísio - Tudo parte deonde estamos. Se não fazemosmissão na comunidade onde vi-vemos, não faremos missão emlugar algum.

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Que saudades dos temposda escola primária, do Hino Naci-onal que cantávamos olhandopara a Bandeira, dos desfiles quefazíamos com orgulho para home-nagear a pátria. Ali, em cada cri-ança, em cada pai, em cada pro-

TrabalhoQuem se dispõe a trabalhar

pelo Senhor, primeiro prepara aterra do próprio coração, com aoração, para poder ir semear emoutros corações. Quanto mais oSenhor estiver em meu coração,tanto melhor será a semeadura.E mais abundantes os frutos!

CheirinhoGostoso é o cheiro que se des-

prende do mar, a maresia; agrada oolfato o perfume que se desprendeda terra seca quando recebe a águada chuva; denuncia o usuário o chei-ro da maconha. À criancinha, comoagrada o cheiro que vem do velhourso de pelúcia com o qual dormeabraçada... Por onde passamos, tam-bém nós deixamos cheiros. São agra-dáveis aos nossos irmãos ou já têm,nossos cheiros, o prazo de validadevencido? A palavra de Paulo ecoaforte: “Somos para Deus o perfumede Cristo entre os que se salvam eentre os que se perdem” (2Cor 2,15)!

Que saudades!fessor, estava a Pátria, a Pátriadescalça, porque sapatos não tí-nhamos ou muito poucos tinham,e os que tinham não os coloca-vam para se tornarem iguais aosque não os tinham. Ah, como nos-sos pais nos educavam!

14 Geral Outubro 2011 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Gosto da cor vermelha do fós-foro por acender, gosto da cor ama-relo-alaranjada do fósforo aceso,mas gosto muito mais da cor me-nos bonita: a cor preta do fósforoapagado. E, no entanto, é a maisbela, porque traduz que o fósforose deu, deu a vida, e a luz, e o calor

que portava: deu-se todo e tudo oque tinha. Quanto fósforo por acen-der anda tristonho pelas ruas dacidade, quanto fósforo iluminandovidas, quanto fósforo que já deutudo e agora, tendo se dado até ofim, vive a vida mais bela, porquea vive com Aquele que portava!

AtivismoQuanto mais me entrego às

atividades, menos me entrego aDeus; quanto mais me dedico aoque passa, menos me afeiçoo aoque não passa. Falo muito deDeus e, no entanto, falo poucocom Ele. Ah, Santa Teresinha, meensina e me ajuda a rezar, a amar,a “aprender a deixar os homenspor Deus, para que em seguida eupossa dar Deus aos homens” (Pe.Alfonso Milagro).

SofrimentoPenso nos amigos que so-

frem, que têm tido dores fortes, eque tudo oferecem a Jesus, unin-do-se a Ele em seus sofrimentos.Amam muito o Senhor e são porEle muito amados! Penso nos quesofrem com as enchentes em nos-so Estado, nos que perderammuito ou pouco, mas não perde-ram a fé, o amor a Jesus. Fazemde uma catástrofe, de um calvário,o caminho para a ressurreição.

Fósforo

PésFinquemos os pés neste chão em que vivemos, mas elevemos o

coração para as alturas em que deveremos viver pelos tempos sem fim.

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Jornal da Arquidiocese Outubro 2011

15Geral

Encontro anima Seminaristas do PropedêuticoEvento estadual reuniu os seminaristas de sete dioceses do Regional Sul IV da CNBB (SC)

Pastoral da CriançaCriada em 1983, em Florestó-

polis, PR, pela Dra. Zilda ArnsNeumann e Dom Geraldo Ma-jella Agnelo, a Pastoral da Cri-ança tem como missão promovero desenvolvimento integral dascrianças pobres, do ventre mater-no aos 6 anos, contribuindo paraque suas famílias e comunidadesrealizem sua própria transforma-ção, através de orientações bási-cas de saúde, nutrição, educaçãoe cidadania, fundamentadas namística cristã que une fé e vida.

A pastoral tem como lema“Para que todas as crianças te-nham vida em abundância” (cf.Jo 10, 10). O trabalho é realiza-do por voluntários capacitados eformados. Eles desenvolvemações de saúde, nutrição, educa-ção, cidadania e espiritualidadede forma ecumênica nas comu-nidades pobres.

Mensalmente o líder da pas-toral visita as gestantes e crian-ças de famílias próximas à suacasa. Realiza três atividadesprioritárias: visita domiciliar, ce-lebração da vida e reunião dereflexão e avaliação.

No Brasil, a Pastoral está pre-sente em 38.766 comunidades,3.952 municípios, 305 dioceses,7.061 paróquias. Osvoluntários acompa-nham 1.447.089 cri-anças, 79.846 ges-tantes, 1.159.285famílias. Além do

Brasil, a Pastoral está presente em20 outros países da América do Sule Central e da África.

Presença na ArquidioceseNa Arquidiocese de Florianó-

polis a Pastoral da Criança atua emoito municípios, 14 paróquias, 56comunidades. São acompanhadas1.764 famílias, 2.517 crianças e157 gestantes, com apenas 192líderes e outros 188 voluntáriosque prestam apoio.

O trabalho necessita da ajudade pessoas que queiram melho-rar a situação das comunidades.“Fazendo parte do projeto deDeus, ao mesmo tempo que auxi-liamos, criamos laços de amor erespeito com o semelhante e ga-nhamos novo sentido para nossasvidas”, disse Jane BitencourtNeto, coordenadora da Pastoralda Criança na Arquidiocese.

Mais informações www.pastoralcrianca.org.br ou wiki.pastoralcrianca.org.br. Se vocêfoi tocado (a) é Jesus lhe mostrandoo caminho. Há atendimento às lide-ranças e interessados no CAP – Cen-tro Arquidiocesano de Pastoral, noLargo São Sebastião, 88 – Centro –Fpólis, às 3ª feiras, das 14 às 18 h.Fone de contato (48) 8465-8437.

A Diocese de Joaçaba sediou,de 06 a 10 de setembro, a II Se-mana Propedêutica de SantaCatarina. Realizado no CentroDiocesano de Formação PapaJoão Paulo II, o evento reuniu 27“propedeutas”, acompanhadosde seus formadores, de setedioceses do Estado: Caçador,Criciúma, Florianópolis, Joaçaba,Lages, Rio do Sul e Tubarão.

Durante os cinco dias, ospropedeutas tiveram momentosde formação, com palestras pelamanhã, e atividades comogincanas, esportes e passeios noperíodo da tarde. O evento contoucom a presença de Dom MárioMarquez, bispo anfitrião, que re-cebeu os participantes e celebroua primeira missa do encontro.

“As palestras foram interes-santes e instrutivas, com ótimospalestrantes e temas propíciospara a etapa de formação do

propedêutico, disse Pe. Jose-mar Silva, Reitor do SeminárioPropedêutico Mons. ValentimLoch, da Arquidiocese de Floria-nópolis.

Para o propedeuta da Arqui-diocese Ivo João MartinsJúnior, a programação do evento

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Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

facilitou a descontração e aintegração entre os seminaristas.“As experiências vividas nessesdias foram incríveis e inesquecí-veis. O encontro proporcionou co-nhecer nossos futuros colegas defaculdade e nos tornarmos ami-gos”, acrescentou.

A Paróquia N.Sra. da Boa Viagem,em Florianópolis, realizou no dia 03de setembro, o casamento coletivode legalização de cinco casais. Rea-lizado na Igreja Matriz, a celebraçãocontou com a presidência dosDiáconos Pedro Carbonera eJosé Antônio Schweitzer.

O evento fazia parte da Sema-

Casais recebem o sacramento do matrimôniona da Família. A preparação foi re-alizada no dia 16 de julho, pelosdiáconos, com o auxílio do páro-co, Frei Edmilson Borges deCarvalho, e de MarineteEdézia da Rosa, liderança daparóquia. Um dos casais preferiurealizar a cerimônia em outro dia.

Os casamentos de legalizaçãosão realizadoshá quatro anosna paróquia ,duas vezes aoano, em março

e agosto. Sempre ligado à Semanada Família, mas alguns dias depois.Entre a preparação e o casamento,costuma-se dar um tempo superiora um mês para os casais reunirema documentação. Muitos deles vivi-am juntos há até 20 anos, e boaparte com filhos.

“É um ato simples, mas muitosignificativo para os casais. Eles játêm experiência de vida e certezado que querem”, disse o DiáconoPedro Carbonera. A formação édivulgada nas missas das comuni-dades. Os casais interessados vãoaté a secretaria paroquial e lá ob-têm as informações necessárias.A paróquia não cobra nada para aadministração do sacramento, aju-da na obtenção dos documentosnecessários e ainda oferece umapequena lembrança.

Os diáconosPedro Carbo-nera e JoséSchweitzerpresidiram acelebração

Na Arquidiocese,192 líderes atendem1.764 famílias,2.517 crianças e157 gestantes

Propedeutas e formadores participaram do encontro estadual queproporcionou descontração e integração entre os participantes

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A Comunidade Católica DivinoOleiro celebrou na noite do dia 23de setembro, às 20h, a consagra-ção e primeira profissão dos Con-selhos Evangélicos de três jovens.Realizada na Igreja Matriz da Pa-róquia São Luiz, na Agronômica,em Florianópolis, a celebração foipresidida pelo Pe. Márcio Vig-nolli, pároco e superior da Comu-nidade, e concelebrada pelosdiáconos Djalma Lemes eRoberto Guilherme da Costa.

Durante a celebração, os jo-vens Domingos Ribeiro da Silva (24anos), Patrícia Lemes (31) eAdilson da Silva Lino (34), deramo seu sim à vida consagrada. Elesfizeram os votos de obediência,castidade e pobreza, seguir comfidelidade o Evangelho e observaros estatutos da Comunidade Divi-no Oleiro.

No ato da consagração, os trêsjovens receberam das mãos doPe. Márcio a Cruz de Prata, comas inscrições dos sinais do carismada Comunidade, e com ela o cor-dão preto, simbolizando a mortepara o mundo, com os três nós,que lembram a obediência, pobre-za e castidade. Também recebe-ram um exemplar dos Estatutosda Comunidade.

Durante a homilia, Pe. Márciofalou da alegria em receber os trêsjovens, neste ano em que a Co-munidade Divino Oleiro completaos seus 12 anos de fundação.“Numa cidade com tantos atrati-

Jovens são consagrados a comunidade católicaEm Celebração Eucarística, três jovens missionários deram o seu sim definitivo ao chamado de Jesus

16 Geral Outubro 2011 Jornal da Arquidiocese

A Pastoral da Comunicaçãoda CNBB Regional Sul IV, estarápromovendo nos dias 28, 29 e30 de outubro, na diocese deCriciúma, o seu II Seminário Re-gional. O evento mais uma vezterá como lema “Investir na Co-municação para ganhar naEvangelização”.

O Seminário será realizadona Casa de Fundação Shalom,em Criciúma, e contará com acontribuição de vários assesso-res, que ajudarão a refletir sobrenovas tecnologias (redes soci-ais), o panorama da comunica-ção, a utilização da WEB TV paratransmissão de eventos e a Pas-toral da Comunicação em ação.

Um dos palestrantes será oPe. Márcio Vignolli, fundadorda Comunidade Divino Oleiro,mantenedora da Rádio Cultura,além de ser apresentador de pro-

Pascom promoveII Seminário Regional

gramas de rádio e de tv, respon-sável pela revista Divino Oleiro,de site e blog, além de pregador.Ele ministrará a palestra de aber-tura com o tema “A importânciada espiritualidade no uso das no-vas mídias e novas tecnologias”.

Outra presença será a deGustavo Henrique Borges,missionário e responsável pelaestatística, estratégia e monitora-mento do sistema Canção Novade Comunicação. Ele ministraráa palestra “Aprofundando as No-vas Mídias e novas Tecnologias”.

Cada diocese tem direito aenviar 10 participantes. Os in-teressados em participar, po-dem entrar em contato pelofone (48) 8405-6578 ou peloe-mail [email protected] informações no blogh t t p : / / p a s c o m n o v a smidias.blogspot.com.

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Com a consagração dos três jovens, a Comunidade Divino Oleiropassa a ter 12 consagrados e há outros 11 em processo de formação

vos, três jovens dão o seu sim aoseguimento de Jesus. Isso chegaa ser um sinal profético”, disse.

Segundo ele, a Divino Oleiro éuma Comunidade nova, com suasdificuldades, limitações e fragilida-des, mas que está se ocupandodas coisas do Pai. “Nestes 12 anosnos sentimos como Jesus: crescen-do em sabedoria, estatura e graçadiante de Deus e dos homens”,acrescentou.

HISTÓRIAFundada em março de 1999, a

Comunidade Divino Oleiro con-ta agora com 23 membros: 12 con-sagrados, 8 noviços de primeiroano, e 3 noviços de segundo ano.

Ela está distribuída em quatro ca-sas, chamadas de Fraternidade: noCentro e Agronômica, em Floria-nópolis, e em Balneário Camboriúe Governador Celso Ramos, todasem Santa Catarina, e em Oliveirados Brejinhos, na Bahia.

Em cada uma dessasfraternidades há também os Ir-mãos de Aliança, leigos que vivemuma vida normal, mas dão apoioà comunidade. Além desses lo-cais, há irmãos de aliança emTrinidad Tobago, além da Tanzâniae Guiné-Bissau, na África.

A Comunidade é responsávelpor várias atividades nas comuni-dades onde atua, realizando tra-balhos sociais e de evange-lização. O trabalho mais conheci-do é a manutenção da Rádio Cul-tura 1110 AM, adquirida pela co-munidade em 2003. Além da rá-dio, a comunidade possui váriostrabalhos de evangelização utili-zando os meios de comunicação(TV, internet e revista).

Mais informações no sitewww.divinooleiro.com.br ouno blog http://radioculturafloripa.blogspot.com/

No dia 9 de outubro, a comu-nidade receberá a visita de DomPedro Zilli, bispo da Diocese deBafatá, na Guiné-Bissau, África.Na oportunidade será firmado ocompromisso da Divino Oleiro de

MISSÃO NA GUINÉ-BISSAUassumir lá o trabalho missioná-rio. No ano passado, três jovensfizeram experiência missionáriana Diocese. Agora, será criadauma fraternidade permanenteem Bafatá.

Santuário ganha teleféricosDesde o dia 03 de setembro

está em funcionamento o teleféri-co no Santuário Santa Paulina,em Nova Trento. O bondinho, comoé popularmente conhecido, esta-rá em operação de terça a domin-go, das 9h às 17h, e liga o temploprincipal do Santuário até o Morroda Colina, onde está uma imagem,em bronze, de Santa Paulina.

Antes esse percurso era reali-zado a pé, em estrada calçada, masbastante íngreme, o que dificultavao acesso aos idosos e deficientes.Com 423 metros de comprimento,o teleférico sai de um ponto próxi-mo ao templo principal e passa so-bre o centro histórico permitindouma vista panorâmica do santuá-rio, a uma altura de 17 metros.

O transporte está sendo reali-zado por seis bondinhos, com ca-pacidade para seis pessoas cadaum. A obra foi realizada pela em-presa Tedesco, que administraigual serviço em BalneárioCamboriú. O serviço teve início emsetembro de 2010.

Além de prestar um serviçopara os peregrinos, os bondinhostambém são fonte de renda parao Santuário. O custo é de R$ 20,00para a passagem inteira. Idosos epessoas com deficiência pagameia entrada, R$ 10,00. Criançasde até cinco anos não pagam.

Mais informações no site doSantuário www.santuariosantapaulina.org.br, ou pelo fone(48) 3267-3030.