Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

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Participe do Con- gresso Eucarísti- co Internacional PÁGINA 03 Facasc: inscrições para cursos de pós-graduação PÁGINA 05 Pascom promove formação para comunicadores PÁGINA 16 Sabino Werlich: 40 anos de luta em defesa da vida não nascida. PÁGINA 14 Florianópolis, Maio de 2012 Nº 178 - Ano XVI Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Jovens são ordenados diáconos Ordenação diaconal é etapa anterior à presbiteral, que ainda não tem data definida, mas será este ano Pela imposição das mãos do nosso arcebispo Dom Wil- son Tadeu Jönck, foram orde- nados diáconos Ewerton Mar- tins Gerent, Kelvin Borges Konz e Marcos Decker. Reali- zada na Paróquia do Santís- simo Sacramento, em Itajaí, a Celebração Euca-rística reuniu grande número de pa- dres e diáconos, e ficou lotada de fiéis. Jovens de apenas 25 anos, os três neo-diáconos in- gressaram juntos no seminá- rio e também juntos realiza- ram todas as etapas de for- mação. A ordenação pres- biteral ainda não está defini- da, mas será nos próximos meses e nas comunidades de origem de cada um deles. PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA 09 09 09 09 09 Audiência Pública na ALESC debate sobre a APAC PÁGINA 15 Cada mulher-mãe torna- se, de certo modo, nova Eva, “mãe de todos os viventes” (Gn 3,20), mãe de todos os seres humanos e, portanto, da inteira sociedade. A par- tir do dom da maternidade, cabe a cada mãe o direito e o dever de cuidar da vida, de promover a paz e a re- conciliação, de promover os direitos humanos, de empe- nhar-se pela justiça e pela fraternidade, a fim de que o seu país e o mundo todo se tornem como um ninho aco- lhedor de sua prole. Obriga- do, mãe, que te fazes ven- tre do ser humano e refle- tes para todos o sorriso de Deus criador. PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA 04 04 04 04 04 O Dom da Maternidade Tema do Mês Tema do Mês Tema do Mês Tema do Mês Tema do Mês III Interdiocesano dos GBF e CEBs Com o tema “Justiça e Profecia no campo e na cidade”, o III Interdio- cesano dos GBFs e CEBs será reali- zado no Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, em Governa- dor Celso Ramos. Durante o dia, se refletirá sobre o tema do encontro e se celebrará a caminhada. Na mesma data, o evento estará sendo realizado em outras três regiões do Estado. PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA 11 11 11 11 11 Asa realiza oficina de plantas medici- nais para índios PÁGINA 10 Preparado na Arquidiocese, evento reunirá as dioce- ses de Tubarão, Criciúma e Florianópolis no dia 20/05 Os neo-diáconos Ewerton, Kelvin e Marcos mostram o Evangeliário, que simboliza a missão que assumem a partir de agora como membros do clero arquidiocesano: anunciar a Palavra de Deus ao povo

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 178, ano XV, Maio/2012

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

Participe do Con-gresso Eucarísti-co Internacional

PÁGINA 03

Facasc: inscriçõespara cursos depós-graduação

PÁGINA 05

Pascom promoveformação paracomunicadores

PÁGINA 16

Sabino Werlich: 40 anos de luta em defesa da vida não nascida. PÁGINA 14

Florianópolis, Maio de 2012 Nº 178 - Ano XVI

Participe doJornal daArquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - FlorianópolisP O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Jovens são ordenados diáconosOrdenação diaconal é etapa anterior

à presbiteral, que ainda não temdata definida, mas será este anoPela imposição das mãos

do nosso arcebispo Dom Wil-son Tadeu Jönck, foram orde-nados diáconos Ewerton Mar-tins Gerent, Kelvin BorgesKonz e Marcos Decker. Reali-zada na Paróquia do Santís-simo Sacramento, em Itajaí,a Celebração Euca-rísticareuniu grande número de pa-dres e diáconos, e ficoulotada de fiéis.

Jovens de apenas 25anos, os três neo-diáconos in-gressaram juntos no seminá-rio e também juntos realiza-ram todas as etapas de for-mação. A ordenação pres-biteral ainda não está defini-da, mas será nos próximosmeses e nas comunidades deorigem de cada um deles.

PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA 0909090909

Audiência Públicana ALESC debatesobre a APAC

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Cada mulher-mãe torna-se, de certo modo, nova Eva,“mãe de todos os viventes”(Gn 3,20), mãe de todos osseres humanos e, portanto,da inteira sociedade. A par-tir do dom da maternidade,cabe a cada mãe o direito eo dever de cuidar da vida,de promover a paz e a re-conciliação, de promover osdireitos humanos, de empe-nhar-se pela justiça e pelafraternidade, a fim de que oseu país e o mundo todo setornem como um ninho aco-

lhedor de sua prole. Obriga-do, mãe, que te fazes ven-tre do ser humano e refle-tes para todos o sorriso deDeus criador.

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O Dom da MaternidadeTema do MêsTema do MêsTema do MêsTema do MêsTema do Mês

III Interdiocesano dos GBF e CEBs

Com o tema “Justiça e Profeciano campo e na cidade”, o III Interdio-cesano dos GBFs e CEBs será reali-zado no Centro de EvangelizaçãoAngelino Rosa - CEAR, em Governa-dor Celso Ramos.

Durante o dia, se refletirá sobreo tema do encontro e se celebraráa caminhada. Na mesma data, oevento estará sendo realizado emoutras três regiões do Estado.

PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA 1111111111

Asa realiza oficinade plantas medici-nais para índios

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Preparado na Arquidiocese, evento reunirá as dioce-ses de Tubarão, Criciúma e Florianópolis no dia 20/05

Os neo-diáconos Ewerton, Kelvin e Marcos mostram o Evangeliário, que simboliza a missão que assumema partir de agora como membros do clero arquidiocesano: anunciar a Palavra de Deus ao povo

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A CNBB, na sua 50ª assembleiaaprovou um documento sobre a Pa-lavra de Deus. Tem dois objetivosimediatos. O primeiro é o de reper-cutir o conteúdo da Exortação“Verbum Domini”, lançada pelo PapaBento XVI como conclusão do Sínodosobre a Palavra de Deus. O segundoobjetivo é chamar a atenção sobrea importância da Palavra de Deusna vida do cristão e da própria Igreja.É um documento de cunho pasto-ral. Quer ser um instrumento que aju-da a tocar a beleza e a profundida-de da Palavra revelada. Procura res-ponder ao que propõe uma das ur-gências da ação evangelizadora: “tor-nar a Igreja lugar da animação bíbli-ca da vida e da pastoral”.

Para mostrar a força e a açãoda Palavra, o texto usa a passagemde At 8,26-40. Filipe se aproximado etíope que lia o Profeta Isaías elhe explica o texto da Escritura. Oetíope, ao compreender aEscritura,pede o Batismo e segue o seu ca-minho cheio de alegria.

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI Bento XVI Bento XVI Bento XVI Bento XVI

Dia Mundial de Precespelas Vocações

Deus. Diz a Bíblia: Ainda que a tuamãe te abandonasse, eu te quero,porque te conheço e te amo (cf.Isaías 49,15). No momento em queeu percebo isso, a minha vidamuda: torna-se uma resposta aesse amor, maior do que qualqueroutro, e assim se realiza plenamen-te a minha liberdade.

Caros amigos, rezemos pelaIgreja, por cada comunidade local,para que seja como um jardim re-gado, onde possam germinar ecrescer todas as sementes de vo-cação que Deus semeia em abun-dância. Em particular, as famíliassejam o primeiro ambiente noqual se “respire” o amor de Deus,que dá força interior também emmeio às dificuldades e às provasda vida. Quem vive em família aexperiência do amor de Deus, re-cebe um dom inestimável, que dáfruto no seu tempo.

Papa João XXIII – face humana de Deus

Por ocasião do Dia Mundial dePreces pelas Vocações, Domingodo Bom Pastor (29/04), publica-mos as palavras que o Santo Pa-dre Bento XVI pronunciou antes edepois da oração dominical doRegina Caeli.

***************Queridos irmãos e irmãs!Acabou de terminar, na Basílica

de São Pedro, a celebração euca-rística em que ordenei nove novospadres para a Diocese de Roma.Vamos agradecer a Deus este dom,sinal de seu amor providente e fiel àIgreja! Reunamo-nos em espírito emtorno desses novos padres e reze-mos para que acolham totalmentea graça do Sacramento que lhes con-formou com Jesus Cristo, Sacerdotee Pastor. E oremos para que todosos jovens estejam atentos à voz deDeus que fala ao seu coração interi-ormente e chama-os a deixar tudopara servi-Lo. Para este fim é que sededica este Dia Mundial de Precespelas Vocações. Na verdade, o Se-nhor está sempre chamando, masmuitas vezes nós não escutamos.Estamos distraídos por muitas coi-sas, por outras vozes superficiais; edepois temos medo de escutar a vozdo Senhor, porque pensamos quepossa tirar-nos a liberdade. Na ver-dade, cada um de nós é fruto doamor: é claro, o amor dos pais, mas,mais profundamente, do amor de

Baixinho, gordo, bonachão, filhodos camponeses Giovanni BatistaRoncalli e de Ana Maria Mazzoli, deSotto il Monte, o Núncio GiuseppeRoncalli não causou boa impressãonos salões parisienes quando, em1944, assumiu como Núncio emParis. Afinal, não era um diplomatade brilhante carreira, mas com hu-milde biografia: 20 anos como Le-gado apostólico na Bulgária e naGrécia, onde achava que tinha sidoesquecido. Os franceses não resis-tiram ao encanto de um homem deverdade, cuja vida jorrava de umainterioridade nunca violada, semprepreservada.

Após a missão na França, em1953 foi nomeado Patriarca deVeneza. Nos seus 72 anos, foi opastor da mansidão, do acolhimen-to. Quatro anos depois, em setem-bro de 1958, no término de seuRetiro espiritual, anotou em seu Di-Di-Di-Di-Di-árioárioárioárioário (iniciado aos 14 anos, em1895, e continuado até 15 diasantes de sua morte): “A minha ida-de avançada deveria impor-memaiores reservas em aceitar com-promissos de pregação fora de mi-nha diocese. Tenho de escrevertudo antes e isso custa-me, alémda constante humilhação que sin-to da minha pequenez. Que o Se-nhor me ajude e me perdoe”. O Se-nhor certamente o perdoou mas, 17dias depois, em 16 de outubro de1958, foi eleito Papa: aos 77 anos!

Quando o Pe. Alberto Iório, se-

cretário do Conclave, se ajoelhoupara prestar-lhe obediência, umasurpresa: João XXIII, ainda no assen-to de cardeal, tirou seu barretecardinalício e colocou-o na cabeçadele. Pronto: tinha criado um Car-deal. Aquilo que Pio XII deixara defazer, renovar o Colégio Cardinalício(havia apenas 53 Cardeais), ele ofez em cinco Consistórios, criando52. No primeiro, dois meses depoisde eleito, criou 23, entre elesGiovanni Batista Montini, que de-pois foi seu sucessor - Paulo VI.

Seu lema pontifício foi o do his-toriador eclesiástico, diplomata eCardeal, venerável César Barônio:“Obediência e Paz”. Três mesesapós a eleição, no encerramento daSemana de Oração pela Unidadedos Cristãos na Basílica de São Pau-lo fora dos Muros, em 25 de janeirode 1959, falou aos Cardeais na sa-cristia, de improviso: tinha decididotrês coisas: convocar um Concílioecumênico, um Sínodo diocesanoe a reforma do Código de DireitoCanônico! Essa decisão marcou demodo indelével e decisivo a histó-ria da Igreja. O Espírito falou por ele.

Em 2 de dezembro de 1960,recebeu no Vaticano Geofrey D.Fisher, arcebispo de Canterbury ePrimaz da Igreja anglicana: o primei-ro encontro em mais de 400 anos.Por causa de certa popularizaçãode sua vida, com gostosas anedo-tas, se esquece que João XXIII eraum teólogo preparado, profundo

conhecedor da história da Igreja. Oano de 1963 foi o ano da Cruz dePapa João. O câncer se manifestoumaligno e o fez sofrer dores inten-sas, pacientemente suportadas.Última anotação de seu DiárioDiárioDiárioDiárioDiário, em20 de maio de 1963: “...continua-ção de uma grande dor física quenão me dá tréguas e me faz pensare sofrer muito. Esta manhã, pela ter-ceira vez, tive de conformar-me comreceber a comunhão na cama, emvez de gozar da celebração da Mis-sa. Paciência, paciência”. No mes-mo dia, porém, sua bondade o fazerguer-se para receber o heróicoCardeal Wyszinski e mais quatrobispos poloneses. Voltou ao leito,com vários lances de intensa dorfísica. E, no dia 23 de maio, aindarecolheu forças para saudar, pelaúltima vez, as multidões na PraçaSão Pedro. As fotos mostram clara-mente como estava devastado pelosofrimento.

Em 31 de maio tem início aagonia. No início da tarde de 3 dejunho, a febre alcança 42 graus.Às 19:49h, suas últimas palavrasao choroso secretário LorisCapovilla: “Por que chorar? Este éum momento de alegria, um mo-mento de glória”. Entregou suaalma ao Senhor. O mundo inteirochorou a orfandade: João XXIII nãoera só Papa, o bom velhinho eraamado como Pai da humanidade.

Pe. José Artulino Besen Pe. José Artulino Besen Pe. José Artulino Besen Pe. José Artulino Besen Pe. José Artulino Besen

A comunidadeque se alimenta

da Palavrarevelada será o

fermento quetransforma asociedade”.

...um jardimbem irrigado, onde

possam germinare crescer todas as

sementes de vocaçãoque Deus semeia em

abundância”.

Maio 2012 Jornal da ArquidioceseOpinião2

Compreendes o que estásCompreendes o que estásCompreendes o que estásCompreendes o que estásCompreendes o que estáslendo? lendo? lendo? lendo? lendo? (At 8,30) – O etíope lia o tex-to da Escritura e não entendia. No seuhorizonte de compreensão, dentro doseu modo de pensar o mundo, Deus,e a si mesmo, não conseguia perce-ber um significado naquilo que lia.Felipe, que tinha feito a experiênciado encontro com Cristo ressuscitado,lhe explica o que estava lendo. Oetíope, então, não só percebe o senti-do do texto que lia, mas, a partir dotexto, encontra um significado para aprópria vida. A Palavra sempre é atin-gida por um processo de descoberta.

A sociedade de hoje também émarcada por âmbitos de ausênciade sentido. É preciso “criar ambien-tes que proporcionem uma experi-ência autêntica, definitiva e marcan-te de encontro com Aquele que dásentido real à existência. Esses am-bientes só podem ser criados poraqueles que possuem uma intimi-dade com o Senhor e sua Palavra eque, sensíveis aos anseios do ho-mem pós-moderno, sabem que a

resposta para suas aspirações maisprofundas é Jesus Cristo”.

O que me impede de ser ba-O que me impede de ser ba-O que me impede de ser ba-O que me impede de ser ba-O que me impede de ser ba-tizado? tizado? tizado? tizado? tizado? At 8,36) – O encontro coma Palavra de Deus provoca uma mu-dança na vida e gera o desejo deprolongá-lo na oração. A experiên-cia de encontro com a pessoa deCristo faz com que se organize a vidapara poder escutá-lo novamente.Dessa forma se constitui a comuni-dade de fé que se reúne em tornode Cristo. Os ouvidos se abrem paraouvir a Palavra e os corações, paraacolher o próprio Cristo. O pior que apessoa pode fazer para si é “fecharo coração e não ouvir a voz do se-nhor”, como diz o Sl 94.

Prosseguiu a suaProsseguiu a suaProsseguiu a suaProsseguiu a suaProsseguiu a sua viagemviagemviagemviagemviagemcheio de alegriacheio de alegriacheio de alegriacheio de alegriacheio de alegria (At 8,39) – A aco-lhida da Palavra de Deus cria a co-munhão e gera a alegria. O contatocom a Palavra transforma a vida doetíope em testemunho e mensa-gem. A alegria é fruto do Espírito San-to (Gal 5,22). É Ele que faz a Palavraentrar em nós e gerar frutos para a

vida eterna. A presença da Palavrafaz acontecer processos de conver-são pessoal, comunitária e pastoral.

É preciso que a escuta da Pala-vra de Deus passe a gerar mode-los culturais alternativos aos quesão apresentados pela sociedadeatual e que desafiam a vida de fé,a ética e a esperança. Quem vivedominado pelos modelos da cul-tura atual tem dificuldade de en-tender a Palavra de Deus, mas temtambém dificuldade de encontrarum sentido para a própria vida.

Da Palavra de Deus nasceráDa Palavra de Deus nasceráDa Palavra de Deus nasceráDa Palavra de Deus nasceráDa Palavra de Deus nasceráa conversão pastoral.a conversão pastoral.a conversão pastoral.a conversão pastoral.a conversão pastoral. A comuni-dade que se alimenta da Palavra re-velada será o fermento que transfor-ma a sociedade. Animar toda a pas-toral com a palavra da Bíblia significaimpregnar toda a vida, nas suas deci-sões e expressões, com aquele sen-tido que brota da Palavra de Deus. Ogrande gesto de caridade que pode-mos praticar, é, como Felipe, anunci-ar e explicar as Escrituras para osouvintes da sociedade atual.

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Wilson T Dom Wilson T Dom Wilson T Dom Wilson T Dom Wilson Tadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönck Arcebispo de Florianópolis

Ministros e Servidores da Palavra

Bento XVI, 29/04/2012

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

DireDireDireDireDiretttttor: or: or: or: or: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Edit - Conselho Edit - Conselho Edit - Conselho Edit - Conselho Editorial:orial:orial:orial:orial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. João FranciscoSalm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo,Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin - Jornalista Jornalista Jornalista Jornalista JornalistaRRRRResponsávesponsávesponsávesponsávesponsável: el: el: el: el: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor Coor Coor Coor Coor. de Publicidade: . de Publicidade: . de Publicidade: . de Publicidade: . de Publicidade: Pe. PedroJosé Koehler - Revisão: Revisão: Revisão: Revisão: Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - - - - -Distribuição: Distribuição: Distribuição: Distribuição: Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: - Impressão: - Impressão: - Impressão: - Impressão: Diário Catarinense

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - FlorianópolisCep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322(48) 322(48) 322(48) 322(48) 3224-44-44-44-44-4799799799799799E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected] - - - - - Site: www.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.br222224 mil e4 mil e4 mil e4 mil e4 mil exxxxxemememememplares mensaisplares mensaisplares mensaisplares mensaisplares mensais

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

Missa do Crisma é realizada na CatedralDurante celebração, bispos e padres fizeram a renovação de suas promessas sacerdotais

Mais de 200 clerigos, entre bis-pos, padres e diáconos, estiveramreunidos na manhã de Quinta-Fei-ra Santa (01/04), a partir das 9h,na Catedral de Florianópolis, paraparticipar da celebração da bênçãodos Santos Óleos e da renovaçãodas promessas sacerdotais. A ce-lebração foi presidida pelo nossoarcebispo Dom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TadeuadeuadeuadeuadeuJönckJönckJönckJönckJönck. Os Santos Óleos são utili-zados nas paróquias durante oano nos batizados, nas crismas, naunção dos enfermos e nas orde-nações presbiterais.

Em sua homilia, Dom Wilsonfalou da necessidade do nosso en-contro com Deus. “Tantas vezes, oque compreendemos sobre Deus,o que sentimos, pensamos, imagi-namos, não é Deus. Ele está acimade todas as imagens e representa-ções, mas não está além da nossafé, não está além do nosso amor.Deus é muito maior do que pensa-mos ou sentimos, mas pode serencontrado em nossa fé”, disse.

Falando aos padres e diáconos,disse que deveriam se empenharem mostrar o verdadeiro Deus. “Omundo está sedento de encontrar-se com Deus. Se pudermos, nonosso modo de viver o sacerdócio,de viver a consagração que um diafizemos e que estamos renovan-do, se pudermos ajudar as pesso-as nesse encontro com Deus, não

Foto JA

Dom Wilson, acompanhado de Dom Vito Schlickmann (esq.), nossobispo emérito, presidiu a celebração da bênção dos Santos Óleos

faremos coisa mais significativaem nossa vida”, disse.

Nossas VocaçõesAo final da celebração, Dom Wil-

son agradeceu o testemunho, a pre-sença e a disposição com que ospadres e diáconos da Arqui-dioceseexercem o ministério sacerdotal.“Sou agradecido pelo trabalho devocês, mas certamente as comuni-dades onde vocês trabalham, aindamais”, disse. Em seguida, ele entre-gou aos padres e diáconos umlivreto que fala sobre a JornadaJornadaJornadaJornadaJornadaMundial da JuventudeMundial da JuventudeMundial da JuventudeMundial da JuventudeMundial da Juventude, que se

Jornal da Arquidiocese Maio 20123Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

realizará em julho de 2013.Bela surpresa foi o convite a to-

dos os seminaristas da Arqui-diocese presentes a irem diante doaltar, para serem conhecidos. Assimcompareceram vocacionados doSeminário Menor, Propedêutico, Fi-losofia e Teologia. “O fato de esta-rem no Seminário é uma respostaao chamado de Deus. Ficamos con-tentes por esse testemunho e que-remos rezar por vocês e acompa-nhá-los”, disse Dom Wilson.

Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-diocese diocese diocese diocese diocese (www.arquifln.org.br)(www.arquifln.org.br)(www.arquifln.org.br)(www.arquifln.org.br)(www.arquifln.org.br),,,,,clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.

“A Dimensão Ecumênica daEvangelização”, é o tema doCafé e Debate que a LivrariaPaulus está promovendo no dia17/05, quinta, às 19h. O temaserá apresentado por Dom Wil-son Tadeu Jönck, nosso Arce-

Dom Wilson participa de Café e Debatebispo. Os interessados podemfazer a inscrição até o dia ante-rior ou até o preenchimento dasvagas na própria livraria“Paulus”, localizada na ruaJerônimo Coelho, 119, Centro– Florianópolis.

Carmelita fará Profissão de VotosO Carmelo Cristo Redentor

das Irmãs Carmelitas Descalças,em Picadas do Sul, São José, con-vida a todos para participarem daProfissão dos Votos Temporáriosda Irmã Luciana Maria deIrmã Luciana Maria deIrmã Luciana Maria deIrmã Luciana Maria deIrmã Luciana Maria deCristCristCristCristCristo Ro Ro Ro Ro Redentedentedentedentedentororororor. O evento serárealizado no dia 13 de maio, do-mingo, às 8h, no próprio Carmelo.

A celebração será presididapelo Frei Evandro Bernat, daOrdem dos Carmelitas Descal-ços (OCD). O Carmelo está loca-lizado na Rua Monte Carmelo,89, em Picadas do Sul, São José.Fica próximo à entrada para SãoPedro de Alcântara, pouco de-pois de Forquilhinha.

O Conselho Nacional de Igre-jas Cristãs - CONIC, promove,nos dias 20 a 27 de maio, a Se-mana de Oração pela Unidadedos Cristãos - SOUC. Na Arqui-diocese, o evento é dinamizadopela Comissão Arquidioce-sanapara o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso - CADEIR. A cada dia, oevento será realizado em umaIgreja Cristã da região de Floria-nópolis, sempre às 19h30, comexceção do dia 21.

Nos domingos da abertura(20) e do encerramento (27),cada Igreja fará a motivação,bem como orações pela unida-de dos cristãos, refletindo sobreo tema para este ano: “Todosseremos transformados pelavitória de nosso Senhor JesusCristo” (1Cor 15,51-58).

No dia 21/05, às 20h, a ce-lebração será na Igreja de San-

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãosto Antônio, em Campinas, SãoJosé, com a pregação do Pas-Pas-Pas-Pas-Pas-tor Marcelo Mirandator Marcelo Mirandator Marcelo Mirandator Marcelo Mirandator Marcelo Miranda, da Igre-ja Episcopal Anglicana do Brasil– IEAB. Outro destaque é a cele-bração programada para o dia24, quando nosso arcebispoDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson Tadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönck pre-gará no Templo Ecumênico daComunidade Cristã de Jurerê In-ternacional, em Florianópolis.

A SOUC existe desde 1908.Teve início com o americano PaulWatson, membro da IgrejaAnglicana, convertido ao catoli-cismo e depois ordenado pres-bítero. Ele lançou a idéia inspi-radora de uma Semana de Ora-ção pela Unidade dos Cristãos.A proposta foi acolhida com inte-resse crescente, eespalhou-se eestruturou-se pelo mundo afora.No Brasil, o CONIC é seu promo-tor desde 1983.

“A Eucaristia: Comunhão comCristo e entre nós”, este é o temado 50º Congresso Eucarístico In-ternacional, que será realizadonos dias 10 a 17 de junho, emDublin, capital da Irlanda.

O evento será realizado nestemomento em que a Igreja no país,de tantos méritos missionários eevangelizadores, está saindo deuma grave crise, precisando doapoio espiritual fraterno dos ir-mãos católicos no mundo inteiro.

Participação no Congresso Eucarístico InternacionalPor isso, Pe. Ney Brasil Perei-Pe. Ney Brasil Perei-Pe. Ney Brasil Perei-Pe. Ney Brasil Perei-Pe. Ney Brasil Perei-rarararara, professor da Faculdade de Te-ologia de Santa Catarina – FACASCe diretor do nosso Jornal, está mo-tivando um grupo que se disponhaa participar desse grande eventode fé e de solidariedade.

A saída será no dia 08 de junho,sexta-feira, partindo de Florianópolisàs 19h50, e partindo de Guarulhos,SP, para Londres, às 23h40. Che-gada em Londres, dia 9, e partidapara Dublin. No dia 17/06, no fim

da tarde, haverá o embarque paraLondres, para uma estadia opcionalde cinco dias na capital inglesa. Oretorno será no dia 24, saindo deLondres, com chegada em Floria-nópolis às 9h do dia 25/06.

A viagem, ida e volta, parte aé-rea, fica por 1.235,00 dólares, mais362, dólares de taxas de embarque,isto é, cerca de R$ 3.000,00, foraas despesas de hospedagem. Infor-mações: [email protected]@[email protected]@[email protected] pelo fone (48) 9952-7(48) 9952-7(48) 9952-7(48) 9952-7(48) 9952-7628628628628628.

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

O Dom daMaternidade

Obrigado a ti,mulher-mãe,que te fazes

ventre do serhumano, na alegria

e no sofrimentode uma expe-

riência única”.

Maio é o mês das mães e omês de Maria. Nesse contexto damaternidade humana de nossasmães e da maternidade espiritu-al de Maria, queremos conside-rar o dom da maternidade.

“DONA DE SI”OU DOM DE SI?

Na Carta Apostólica MulierisDignitatem sobre a dignidade e avocação da mulher, publicada em15 de agosto de 1988, por oca-sião do Ano Mariano, o papa JoãoPaulo II, depois de falar sobre averdade do ser humano como aúnica criatura que Deus quis porsi mesma e como alguém que nãopode encontrar-se e realizar-seplenamente senão por um domsincero de si, trata do dom damaternidade. Segundo o papa, “amaternidade é fruto da união ma-trimonial entre um homem e umamulher, do ‘conhecimento’ bíbli-co que corres-ponde à ‘união dosdois numa só carne’ (Gn 2, 24) e,deste modo, ela realiza – por par-te da mulher – um especial ‘domde si mesma’ como expressão doamor conjugal, pelo qual os es-posos se unem entre si de modotão íntimo que constituem ‘umasó carne’”. Ele continua: “O domrecíproco da pessoa no matrimô-nio abre-se para o dom de umanova vida, de um novo ser huma-no, que é também pessoa à se-melhança de seus pais. A mater-nidade implica desde o iníciouma abertura especial para anova pessoa: e precisamenteesta é a ‘parte’ da mulher. Nes-sa abertura, ao conceber e dar àluz o filho, a mulher ‘se encontrapor um dom sincero de si mes-ma’. O dom da disponibilidadeinterior para aceitar e dar aomundo o filho está ligado à uniãomatrimonial, que deveria consti-tuir um momento particular dodom recíproco de si por partetanto do homem como da mu-lher” (MD 18).

Esse modo cristão de conce-ber o ser humano e, por conse-quência, a maternidade, opõe-sea concepções atuais que dizerser a mulher “dona de seu cor-po”. Numa sociedade em queimpera o individualismo e, mui-tas vezes, o egoísmo, há semprea tentação de cada um se achardono de si e de se fechar ao domde si. Esse é o argumento maiscomum em favor do aborto. En-quanto que o argumento cristãoem favor da vida, qualquer queseja a sua situação, é outro: amulher se realiza no dom de si.Dona de si ou dom de si, eis o

dilema em que se encontram asmulheres de hoje diante da ma-ternidade. É claro que, para serdom de si em favor de uma novavida, a mulher precisa da presen-ça do homem, com o qual elagera o fruto do seu ventre. Alémda Igreja, também a sociedade eo Estado devem oferecer apoiopara que o casal possa ser gera-dor, acolhedor e educador danova vida.

OBRIGADO, MÃES!Diante do dom de si de nos-

sas mães, cabe a toda a socie-dade, não somente aos filhos, oagradecimento mais sincero.Com efeito, o bem da vida que asmães partilham com seus filhos,biológicos ou adotados, semprevem acompanhado com outrosbens – a educação, por exemplo– que redundam em favor do bemestar da Igreja, da sociedade e doEstado. Cada mulher-mãe torna-se, de certo modo, nova Eva,“mãe de todos os viventes” (Gn3,20), mãe de todos os sereshumanos e, portanto, da inteirasociedade. Pelo dom da mater-nidade, cabe a cada mãe o direi-to e o dever de cuidar da vida, de

“Dona de si” ou dom de si, eis o dilema das mulheres diante da maternidade

4 Tema do Mês Maio 2012 Jornal da Arquidiocese

Divulgação/JA

promover a paz e a reconciliação,de promover os direitos huma-nos, de empenhar-se pela justiçae pela fraternidade, a fim de queo seu país e o mundo todo se tor-nem como um ninho acolhedorde sua prole.

Por isso, o papa João Paulo IIiniciou sua Carta às Mulheres, de29 de Junho de 1995, na prepa-ração para a IV Conferência Mun-dial sobre a Mulher, realizada emPequim, em setembro daqueleano, com uma ação de graças àsmulheres: “O obrigado ao Senhor

pelo seu desígnio sobre a voca-ção e a missão da mulher nomundo, torna-se também umconcreto e direto obriga-do àsmulheres, a cada mulher, poraquilo que ela representa na vidada humanidade. Obrigado a ti,mulher-mãe, que te fazes ventredo ser humano, na alegria e nosofrimento de uma experiênciaúnica, que te torna o sorriso deDeus pela criatura que é dada àluz, que te faz guia dos seus pri-meiros passos, amparo do seucrescimento, ponto de referênciapor todo o caminho da vida” (n.2).

A ALEGRIA PASCALDA MATERNIDADETodo ano, celebramos o dia

das mães no Tempo Pascal.Isso nos leva a considerar queuma das características damaternidade é a transformaçãoda dor em alegria. Precisamenteno contexto da ceia pascal dedespedida, Jesus de Nazaréreferiu-se à dimensão pascal daalegria da maternidade. “Ficareistristes, mas a vossa tristeza setransformará em alegria. A mu-lher, quando vai dar à luz, fica

angustiada, porque chegou a suahora. Mas depois que a criançanasceu, já não se lembra mais dasdores, na alegria de um ser hu-mano ter vindo ao mundo” (Jo16,20-21).

A alegria pascal é tambémuma marca da maternidade deMaria. Em todos os momentosem que ela aparece nos evan-gelhos, é evidente a sua capa-cidade de promover alegria. Apresença da mãe do Senhor fezexultar de alegria muitas pes-soas: sua prima Isabel, os pasto-res, os noivos em Caná, a comu-nidade do cenáculo em Pente-costes. Tendo passado por diver-sos momentos de dor – o anún-cio da espada a transpassar-lhea alma, a fuga para o Egito, a per-da do Filho no templo de Jerusa-lém, o encontro com o Filho nocaminho do Calvário, o estar aopé da cruz vendo o Filho morrer,o sepultamento do Filho –, Ma-ria soube transformá-los em ale-gria pascal. Ela foi antecipandoem sua vida terrena a páscoaque iria viver na eternidade aolado de seu Filho.

A MATERNIDADEESPIRITUAL DE MARIA

A maternidade espiritual deMaria em favor dos cristãos e detodos os seres humanos nãopode ser separada da maternida-de da Igreja. Desde o início do cris-tianismo, como se pode entreverpela imagem da “mulher” doApocalipse (12,1-6), Maria e a Igre-ja são vistas uma pela outra. Amulher adornada de adereçoscelestes dá à luz um filho, no qualse há de reconhecer o MessiasSalvador da humanidade. De umlado, ela designa Sião, o antigopovo de Israel que gera o Messi-as e, através dele, o povo novoque é a Igreja. Representa, ain-da, a Igreja que pelo Batismogera o Cristo no coração dos fiéise pela Eucaristia os constituicomo Corpo de Cristo. Os SantosPais, teólogos do cristianismo dosprimeiros séculos, viram nessamulher a figura de Maria, a mãehumana do Messias divino. As-sim, Maria e a Igreja são vistasuma na luminosidade da outra.

Membros da Igreja, a mãe naqual fomos gerados nas águasbatismais da Páscoa, somos to-dos irmãos e seguidores fiéis deCristo e, portanto, filhos espiritu-ais de Maria.

Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino FellerVigário Geral da Arq., Prof. de Teo-logia e Diretor da FACASC/ITESCEmail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

27º Conespa reúne corais para cantar a PáscoaMais de 500 vozes de 11 corais estiveram reunidas na Catedral para participar do evento

Jornal da Arquidiocese Maio 20125Geral

O Coral Santa Cecília da Cate-dral de Florianópolis realizou, nanoite de 11 de abril, às 20h, a 27ªedição do CONESPA - ConcerConcerConcerConcerConcertttttoooooEspiritual da PáscoaEspiritual da PáscoaEspiritual da PáscoaEspiritual da PáscoaEspiritual da Páscoa. Mais umavez na Igreja-Mãe da Arquidio-cese, o evento reuniu 11 gruposcorais da Grande Florianópolis,somando mais de 500 vozes.

O evento fez homenagem es-pecial a Dom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TadeuadeuadeuadeuadeuJönckJönckJönckJönckJönck, empossado nosso arcebis-po em novembro de 2011. Duran-te o concerto, cada coral apresen-tou três músicas do seu repertó-rio, preferencialmente pascal.Após cada apresentação, um re-presentante do Coral recebeu damão do Pe. Ney BrasilPe. Ney BrasilPe. Ney BrasilPe. Ney BrasilPe. Ney Brasil PereiraPereiraPereiraPereiraPereira,regente anfitrião, um certificadode participação.

No fim, formou-se o GrandeCoro com mais de 250 coralistas,acompanhados de um quartetode Metais e órgão, e regidos peloPe. Ney. Eles cantaram o Hino daCampanha da Fraternidade des-te ano e, em seguida, o “Aleluia”do “Messias” de Haendel.

Foto JA

Dom Wilson não pôde se fa-zer presente, mas foi representa-do pelo Pe. Vitor GaldinoPe. Vitor GaldinoPe. Vitor GaldinoPe. Vitor GaldinoPe. Vitor GaldinoFFFFFellerellerellerellereller, vigário geral da Arquidio-cese. Em breves palavras, ele fa-lou da importância da cultura paraa igreja. “Se Cristo não tivesse res-suscitado não teria havido tantasobras de arte: catedrais, universi-

dades, museus, pinturas, escul-turas, composições musicais.Tudo isso são modos diferentesde anunciar ao mundo inteiro arealidade da Páscoa da Ressurrei-ção do Senhor”, disse.

Mais fotos no site http://http://http://http://http://p i c a s a w e b . g o o g l e . c o m /p i c a s a w e b . g o o g l e . c o m /p i c a s a w e b . g o o g l e . c o m /p i c a s a w e b . g o o g l e . c o m /p i c a s a w e b . g o o g l e . c o m /coralsantaceciliadacatedralcoralsantaceciliadacatedralcoralsantaceciliadacatedralcoralsantaceciliadacatedralcoralsantaceciliadacatedral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

FACASC abre inscrições paratrês cursos de pós-graduação

A Faculdade Católica deSanta Catarina – FACASC/ITESC, está abrindo as inscri-ções para os interessados emparticipar de três cursos de pós-graduação Latu Sensu: Especi-alização em Juventude, Reli-gião e Cidadania; Especializa-ção em Estudos Bíblicos; Espe-cialização em Espaço Celebra-tivo-Litúrgico.

As vagas são limitadas e asinscrições já estão abertas. To-dos os cursos terão uma inscri-ção de R$ 150,00. As discipli-nas serão ministradas por pro-fessores da FACASC/ITESC epor professores convidados,com reconhecido conhecimen-to sobre os temas. As aulasserão realizadas sempre emtrês etapas: no meio do ano eno início do ano.

A especialização em Ju-Ju-Ju-Ju-Ju-ventude, Religião e Cida-ventude, Religião e Cida-ventude, Religião e Cida-ventude, Religião e Cida-ventude, Religião e Cida-daniadaniadaniadaniadania, conta com 50 vagas. Asinscrições podem ser feitas atéo dia 10 de junho. Os interes-sados devem apresentar com-provante de graduação reco-nhecido pelo MEC em qualquerárea do conhecimento. Os nãograduados, também poderãofazer disciplinas isoladas docurso. A mensalidade custará15 vezes de R$ 150,00. Asaulas iniciam em

Já a Especialização emEspecialização emEspecialização emEspecialização emEspecialização emEstudos BíblicosEstudos BíblicosEstudos BíblicosEstudos BíblicosEstudos Bíblicos é voltadapara graduados em Teologia,Ciências da Religião, CiênciasHumanas ou em outro cursosuperior, desde que tenham dis-

ponibilidade de tempo e quemanifestem interesse pelas dis-ciplinas oferecidas. As inscri-ções vão até o dia 10 de junho.Os candidatos passarão por pro-cesso seletivo. Há apenas 45vagas. O custo será de 12 par-celas mensais de R$ 250,00.

Para a especialização emEspaço Celebrativo-LitúrEspaço Celebrativo-LitúrEspaço Celebrativo-LitúrEspaço Celebrativo-LitúrEspaço Celebrativo-Litúr -----gicogicogicogicogico, as inscrições vão até odia 11 de maio. São 60 vagas.Os interessados devem apre-sentar comprovante de gradu-ação reconhecido pelo MECem Teologia (Liturgia), ou Ciên-cias da Religião, Arquitetura, Ar-tes Plásticas, Arte Sacra, Enge-nharia, Bens Culturais ePatrimônio Histórico e áreasafins. Os candidatos passarãopor processo seletivo. A men-salidade custará 18 vezes deR$ 250,00.

Mais informações noMais informações noMais informações noMais informações noMais informações nositsitsitsitsite e e e e wwwwwwwwwwwwwww.f.f.f.f.facasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.br, ou, ou, ou, ou, oupelo e-mail pelo e-mail pelo e-mail pelo e-mail pelo e-mail secretaria@secretaria@secretaria@secretaria@secretaria@facasc.edu.brfacasc.edu.brfacasc.edu.brfacasc.edu.brfacasc.edu.br ou ainda pelo ou ainda pelo ou ainda pelo ou ainda pelo ou ainda pelofone (48) 3234-0400.fone (48) 3234-0400.fone (48) 3234-0400.fone (48) 3234-0400.fone (48) 3234-0400.

Cada coral apresentou três músicas pascais. No final, três deles seuniram para cantar o Hino da CF-2012 e o Aleluia de Händel

A Pastoral Vocacional promo-veu no dia 21 de abril um encon-tro de formação para liderançasque atuam ou queiram atuar naPastoral. Realizado na ParóquiaSão Luiz Gonzaga, em Brusque,o evento reuniu 22 pessoas dasComarcas de Brusque e Itajaí.Esse foi o primeiro encontro deformação. Outros dois serão rea-lizados em maio.

Durante toda a tarde, das13h30 às 17h30, os participan-tes refletiram sobre a mensagemdo Papa para o 49º Dia Mundialde Oração pelas Vocações. Tam-bém tiveram informações sobrea organização da Pastoral Voca-

Formação para lideranças da Pastoral Vocacionalcional nas comarcas da Arqui-diocese.

O encontro teve a assessoria doPe. Vânio da SilvaPe. Vânio da SilvaPe. Vânio da SilvaPe. Vânio da SilvaPe. Vânio da Silva, coordenadorarquidiocesano da Pastoral Voca-cional, do Irmão Tranquilo (jesuíta),Irmã Ivanir (salvatoriana) e da IrmãAnete (franciscana de São José). “Oencontro foi de muita esperança eentusiasmo para o pequeno grupopresente”, disse Pe. Vânio.

PRÓXIMOS ENCONTROSAinda haverá dois encontros

por região. O próximo será no dia12 de maio, no Santuário SantaPaulina, em Nova Trento, voltadoàs comarcas de Tijucas e Brusque;

já as lideranças das comarcas doEstreito, Ilha, São José e SantoAmaro poderão reunir-se no dia23 de junho, na Paróquia SãoJudas Tadeu e São João Batistada Ponte de Imaruim, Palhoça.

Os encontros são gratuitos enão é preciso inscrever-se anteci-padamente. Para maiores informa-ções pode-se entrar em contatocom Pe. Vânio da Silva, coordena-dor da Pastoral Vocacional, pelo e-mail [email protected]@[email protected]@hotmail.pe.vanio@hotmail. comcomcomcomcom oupelo telefone (48) 3234-44433234-44433234-44433234-44433234-4443.

Outras notícias sobre as ati-Outras notícias sobre as ati-Outras notícias sobre as ati-Outras notícias sobre as ati-Outras notícias sobre as ati-vidades da PV na Arquidiocesevidades da PV na Arquidiocesevidades da PV na Arquidiocesevidades da PV na Arquidiocesevidades da PV na Arquidioceseno blog no blog no blog no blog no blog http://pvflorianopolis.http://pvflorianopolis.http://pvflorianopolis.http://pvflorianopolis.http://pvflorianopolis.blogspot.comblogspot.comblogspot.comblogspot.comblogspot.com

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

1) Como entender, no Sl 66,o convite á “terra inteira”para louvar a Deus?

2) Que “maravilhas” o salmis-ta quer mostrar, ou seja,trazer à memória?

3) Que diz dos vv. 13-15, so-bre os holocaustos?

4) Como o Sl 67 resume a“bênção de Abraão” e a“bênção de Aarão”?

5) De que maneira o “fruto daterra” é o resultado concre-to da “bênção”?

Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:

SALMO 66 (65):Aclamai, terra inteira!

Este salmo começa como umhino planetário, cujo horizonte é “aterra inteira”. Ele convida a cele-brar o “Deus de todos” (vv. 1-4),para exaltar a seguir o “Deus deIsrael” que liberta o seu povo (vv.5-12). Concentra-se enfim na açãode graças de um orante determi-nado que, salvo da morte, dirige-se a seu “Deus pessoal”, cumprin-do suas promessas (vv. 13-20). Énotável esse estreitamento gradu-al do enfoque: de uma visão uni-versal, o salmo procede para o co-letivo nacional e, finalmente, paraa ação de graças individual.

O louvor de toda a terra1. Aclamai a Deus, terra in-

teira,2. cantai hinos à glória do seu

nome; / dai glória em seu louvor.3. Dizei a Deus: “Como são

estupendas as tuas obras! / Pelagrandeza da tua força, teus ad-versários se curvam diante de ti.

4. À tua frente toda a terrase prostra / e canta para ti, can-ta para o teu nome!”

O Hino supõe que haja grandequantidade de pessoas reunidas noTemplo, numa das festas anuais deperegrinação. O convite ao louvor éreiterado com imperativos insisten-tes: aclamai, cantai, dai glória, dizei...No v. 3, a referência clara a conflitos,superados pelo poder das “estupen-das obras” do Senhor, pela “grande-za da sua força”, que obriga “os ad-versários” a se submeterem e reco-nhecerem o domínio divino.

Vinde ver!5. Vinde ver as maravilhas

de Deus: / admirável é seu agirpara com os homens.

6. Mudou o mar em terrafirme, / atravessaram o rio apé enxuto; / por isso, alegremo-nos nele!

7. Com seu poder Ele dominapara sempre, / seus olhos obser-vam as nações / para que não selevantem os rebeldes contra Ele.

Que “maravilhas” o salmistaquer mostrar, ou seja, trazer à me-mória? Ele as concretiza em doismomentos fundacionais da histó-ria do seu povo: a travessia do Mar,na saída do Egito, quando Deus

6 Bíblia Maio 2012 Jornal da Arquidiocese

Salmos 66 e 67 (65 e 66)Conhecendo o livro dos Salmos (48)Conhecendo o livro dos Salmos (48)Conhecendo o livro dos Salmos (48)Conhecendo o livro dos Salmos (48)Conhecendo o livro dos Salmos (48)

Divulgação/JA

“mudou o mar em terra firme”, e apassagem do Jordão, que oshebreus “atravessaram a a pé en-xuto”, na entrada da Terra prome-tida (v.6). Mas essas “maravilhas”do Senhor continuam: Ele “domi-na para sempre” e vigia as nações,para que não se levantem e arre-metam contra o seu povo.

Passamos pelo fogoe pela água

8. Povos, bendizei o nossoDeus / e proclamai a plena vozo seu louvor.

9. Ele nos renovou o nossoalento, / e não permitiu quevacilassem nossos passos.

10. Sim, ó Deus, tu nos pro-vaste, / purificaste-nos, comose faz com a prata.

11. Fizeste-nos cair numaarmadilha, / puseste um pesoem nossas costas.

12. Fizeste os inimigos ca-valgarem nosso pescoço, / pas-samos pelo fogo e pela água, /mas por fim nos conduziste aum lugar de repouso.

Repete-se o convite ao louvor,com novos motivos, sintetizadosno v. 12 com a mesma expressãoque encontramos em Isaías: “pas-samos pelo fogo e pela água” (cfIs 43,2). Nos versículos anteriores,porém, reconhece-se que esseDeus libertador também castiga,“prova e purifica” (v.10), “faz cairna armadilha” e impõe “um pesoem nossas costas” (v.11). Maisainda, detalhe curioso, fez-nos bur-ros de carga de nossos inimigos,que “cavalgaram nossos pesco-ços” (v.12)... No entanto, depois,

quando lhe aprouve, libertou-nos,conduzindo-nos a um lugar de re-pouso (cf. final do v. 12).

Na tua Casa,com holocaustos

13. Quero entrar na tuaCasa com holocaustos / e parati cumprir minhas promessas:

14. os votos que os meuslábios formularam / e minhaboca pronunciou.

15. Fartos holocaustos vouofertar-te, / junto com a fuma-ça de carneiros; / imolarei boiscom cabritos.

Quem fala agora é alguém queentra no Templo com holocaustosem abundância, cumprindo os “vo-tos”, as promessas feitas no tem-po da angústia. O “holocausto” eraconsiderado a forma mais perfei-ta de sacrifício, porque o animalsacrificado era inteiramente quei-mado, dele nada aproveitando oofertante. Sabemos, porém, o queJesus falou a respeito, citandoduas vezes o profeta Oseias: “É amisericórdia que eu quero, não osholocaustos” (cf. Mt 9,13 e 12,7).

Vinde e escutai!16. Vinde e escutai, / vós

todos que temeis a Deus, / poisquero narrar-vos o que Ele fezpara mim.

17. A Ele gritei com minhaboca / e minha língua o exaltou.

18. Se no meu coração seachasse culpa, / o Senhor nãome teria ouvido;

19. mas Deus me ouviu, /prestou atenção à voz da mi-nha súplica.

20. Bendito seja Deus, quenão rejeitou minha oração, / nemme recusou sua misericórdia.

O orante, no seu agradecimen-to público, está convencido de queDeus o escutou porque “nele nãohavia culpa”, isto é, sem falsa mo-déstia, atribui à sua inocência e retaintenção a intervenção divina emseu favor. E conclui o salmo comum “Bendito”, uma “bênção” aoDeus que não rejeita a súplica, enão recusa a misericórdia (v.20).

SALMO 67:Que Deus nos abençoe!

Este é um salmo breve, sim,mas de perspectivas imensas, re-sumindo a “bênção de Abraão”(Gn 12,3) e a “bênção de Aarão”(Nm 6,24-26). Esta, de conteúdoestritamente israelita, desejandoo shalôm, paz e posteridade, paracada indivíduo do povo escolhido:O Senhor te abençoe... (Nm 6,24)O salmo, transformando o “tu” em“nós”, de certo modo democrati-za a bênção. Mais: universaliza-a,no sentido da promessa a Abraão:Em ti serão abençoadas todas asfamílias da terra (Gn 12,3).

Os povos te louvem!2. Que Deus tenha pena de

nós e nos abençoe, / e façabrilhar sobre nós a sua face.

3. Para que se conheça naterra o teu caminho,/ entre to-dos os povos a tua salvação.

4. Que os povos te louvem,ó Deus, / que te louvem todosos povos.

O v. 4 é como um refrão, queretorna no v. 6, insistindo na visãouniversalista do autor: “Que os po-vos, todos os povos, te louvem, óDeus!” De que maneira? Por causada benignidade de Deus para com oseu povo. Porquanto, na medida emque a “bênção” for generosa paracom Israel, os outros povos saberãodisso: “conhecerão o caminho, asalvação” de Deus e, conhecendo-o, o reconhecerão e o louvarão. Essaesperança foi realizada ao longo dosséculos pelas Escrituras, as quais,traduzidas em todas as línguas, fo-ram a grande mediação do transbor-damento da bênção “na terra” (v.3).

Julgas com justiça5. Exultem os povos e se

alegrem, / porque julgas ospovos com justiça / e governasas nações por sobre a terra.

6. Que os povos te louvem,ó Deus, / que te louvem todosos povos!

O reinado de Deus é justo, poisEle julga e governa com justiça,por isso mesmo trazendo a paz“por toda a terra” (v.5). É o que,em síntese, lembra Isaías: Obra dajustiça é a paz (Is 32,17). Emconsequência, os povos exultame se alegram e louvam.

A terra deu o seu fruto7. A terra deu o seu fruto:/

Deus, o nosso Deus, nos abençoa.8. Sim, Deus nos abençoe,

/ e o temam todos os confinsda terra.

Resultado concreto da bênçãoé o “fruto da terra” (v.7). Pelo contrá-rio, sem a bênção, ou seja, com amaldição, “a terra não dá o seu fru-to” (cf Lv 26,20). É o milagre quotidi-ano da colheita que, tantas vezes,pelo egoísmo humano, não é parti-lhado. No entanto, havendo o temorde Deus, isto é, o cumprimento dosseus mandamentos, o “fruto da ter-ra” bastará para todos. Por último,mas não menos importante, é o sen-tido cristológico desta “bênção”, con-cretizada em Cristo (cf Ef 1,3) e osentido mariológico da “terra que dáo seu fruto”: Maria, fecundada peloEspírito, germinando o Salvador.

Pe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica na Fa-culdade de Teologia de SC - FACASCemail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

Jornal da Arquidiocese Maio 20127Juventude

Escola forma novas lideranças juvenisEm seu nono ano de existência, a primeira etapa da Escola da Juventude reuniu 25 escoleiros

A Pastoral da Juventude daArquidiocese, promoveu nos dias20 a 22 de abril, a primeira etapada 9ª Escola da Juventude. Reali-zada na Casa de Retiros Santa Ma-ria, em São José, o evento reuniu25 escoleiros, que representaram11 paróquias e cinco comarcas.

Durante os três dias, os jovensaprenderam sobre a história daPastoral da Juventude e sobre oProjeto Pessoal de Vida. A asses-soria ficou por conta de HélioHélioHélioHélioHélioRRRRRodak Júniorodak Júniorodak Júniorodak Júniorodak Júnior, assessor arqui-diocesano da PJ.

A Escola da Juventude tem porobjetivo formar lideranças jovenspara atuar nas paróquias e comu-nidades, na Igreja e na socieda-de. Isso, além de ser um espaçode interação com outras realida-des juvenis. “Ela proporciona umavisão mais abrangente do traba-lho com a juventude, e alarga oshorizontes dos jovens. disse Mau-Mau-Mau-Mau-Mau-rício Lrício Lrício Lrício Lrício Luis Alvuis Alvuis Alvuis Alvuis Alves Júniores Júniores Júniores Júniores Júnior, coorde-nador da Escola.

Ivo João Martins, 21 anos, daParóquia São João Evangelista, emBiguaçu, foi um dos participantes.Catequista e membro da equipede liturgia da Paróquia, só nesteano começou a participar da PJ

Realizado na Casa de Retiros da Arquidiocese, Escola reuniu 25jovens que representaram 11 paróquias e cinco comarcas

Foto/JA

em sua comunidade, mas já lhedespertou o interesse em conhe-cer mais. “Tenho pouca vivênciade grupo, mas queria ter mais co-nhecimento sobre esse trabalho.Por isso decidi fazer a Escola. ”,disse Ivo.

As próximas duas etapas da9ª Escola da Juventude serão re-alizadas nos dias 06 a 08 de ju-lho, e 06 a 09 de setembro. Sem-pre no mesmo local. Os jovens

que não participaram da primeiraetapa, mas queiram participar daetapa seguinte, podem entrar emcontato com a PJ.

Mais informações no siteMais informações no siteMais informações no siteMais informações no siteMais informações no siteda Arquidiocese (da Arquidiocese (da Arquidiocese (da Arquidiocese (da Arquidiocese (www.www.www.www.www.arquifln.org.brarquifln.org.brarquifln.org.brarquifln.org.brarquifln.org.br) ou pelo Face) ou pelo Face) ou pelo Face) ou pelo Face) ou pelo Face-----book, no endereço: book, no endereço: book, no endereço: book, no endereço: book, no endereço: www.www.www.www.www.facebook.com/pjarquifloripafacebook.com/pjarquifloripafacebook.com/pjarquifloripafacebook.com/pjarquifloripafacebook.com/pjarquifloripa,,,,,ou ainda pelo fone (48) 9635-ou ainda pelo fone (48) 9635-ou ainda pelo fone (48) 9635-ou ainda pelo fone (48) 9635-ou ainda pelo fone (48) 9635-6353, com Verônica.6353, com Verônica.6353, com Verônica.6353, com Verônica.6353, com Verônica.

Desde que chegou de Madri, na Espanha, Cruz e Ícone de NossaSenhora, símbolos da JMJ, iniciou peregrinação pelas dioceses do Brasil

Uma equipe arquidiocesana,reunida em abril, definiu a progra-mação da peregrinação da Cruz daJornada Mundial da Juventude e doÍcone de Nossa Senhora naArquidiocese (ver quadro abaixo).Nos dias de 10 a 13 de janeiro de2013, os símbolos estarão naArquidiocese.

Nesse período, foi programadoque eles passarão por todas as nos-sas comarcas. Cabe a cada umadelas realizar atividades para a suapassagem, que será contempladaem três dimensões: CelebraçãoCelebraçãoCelebraçãoCelebraçãoCelebração -proporcionar um intensocaminho de evan-gelizaçãoe momentos festivos paracada Igreja Particular, mas,de um modo especial, paraa juventude; Ação socialAção socialAção socialAção socialAção social- contributo social eeducativo; e FormaçãoFormaçãoFormaçãoFormaçãoFormação -prevenção às drogas, usoadequado de novastecnologias.

Na programação, está

Jornada Mundial daJuventude e Arquidiocese

previsto o “Bote F锓Bote F锓Bote F锓Bote F锓Bote Fé”, evento deevangelização com shows e vigília,que acontece em todos os locais poronde a cruz e o ícone passam. Oevento será realizado no dia 12 dejaneiro, sábado, em Florianópolis.

A Jornada Mundial da Juventu-de será realizada nos dias 18 a 23de julho de 2013, no Rio de Janei-ro. A Cruz e o ícone de Nossa Se-nhora são os símbolos da JMJ. Eleschegaram ao Brasil em setembrode 2011 e iniciaram peregrinaçãoem todas as dioceses até a reali-zação do evento.

Em 2013 a Campanha daFraternidade terá como tema“Evangelização e Juventude”. Alémdisso, nesse ano, a Igreja no Brasilsediará a Jornada Mundial da Ju-ventude. Como forma de dinami-zar os dois eventos, a Arquidiocesede Florianópolis está promovendoo Festival de Música JovemFestival de Música JovemFestival de Música JovemFestival de Música JovemFestival de Música Jovem.

Promovido pelo Setor Juventu-de em parceria com o Jornal Mis-Mis-Mis-Mis-Mis-são Jovemsão Jovemsão Jovemsão Jovemsão Jovem, o evento será reali-zado no dia 25 de novembro, noCentro de Evangelização AngelinoRosa – CEAR, em Governador Cel-so Ramos. Mas antes serão reali-

Festival de Música movimenta a juventude

zadas etapas comarcais. As clas-sificadas participarão da final.

A ideia surgiu para dinamizaros dois grandes eventos realiza-dos em 2013 (JMJ e a CF). Tam-bém pela certeza de que a músi-

ca torna o trabalho de evange-lização mais atraente. O Setor Ju-ventude quer antecipar-se e con-tribuir para a preparação das co-munidades e particularmente dosjovens da Arquidiocese para es-ses grandes eventos.

As equipes comarcais aindaestão sendo formadas e muitasbandas já estão se preparando.Mais informações acesse o sitewww.fest iva lmusica jovem.www.fest iva lmusica jovem.www.fest iva lmusica jovem.www.fest iva lmusica jovem.www.fest iva lmusica jovem.blogspot.com, blogspot.com, blogspot.com, blogspot.com, blogspot.com, ou pelo [email protected]@[email protected]@[email protected], ou ainda pelo fone (48)9916-7745.

Divulgação/JA

Dia (hora)Dia (hora)Dia (hora)Dia (hora)Dia (hora)10 (17h-21h)10 (22h-06h)11 (7h-14h)11 (16-21)

11 (22h-06h)12 (8h-12h)12(13h-02h)13 (04h-12h)

ComarcaComarcaComarcaComarcaComarcaSanto Amaro

São JoséBiguaçuBrusque

ItajaíEstreito

Florianópolis (Bote Fé)Tijucas

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Maio 2012 Jornal da Arquidiocese8 Geral

Encontro reúne casais em segunda uniãoRealizado pela 11ª vez, os 37 casais refletiram sobre a metodologia “O Senhor é o meu Pastor”

O setor Casos Especiais daPastoral Familiar promoveu nosdias 14 e 15 de abril, na paróquiaSão Vicente de Paulo, em Itajaí,“11º o Senhor é meu Pastor”, vol-tado À formação para casais emsegunda união. O evento reuniu37 casais que vieram de 18 mu-nicípios da Arquidiocese e da re-gião próxima.

Durante os dois dias, eles re-ceberam a assessoria do Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.Roberto AripeRoberto AripeRoberto AripeRoberto AripeRoberto Aripe (Padre Chiru), dadiocese de São Leopoldo, RS, esua equipe. Ele é o criador dametodologia “O Senhor é o meuPastor”, que orienta os casais emsegunda união.

Além dos casais encontristas,o encontro contou com a partici-pação de 30 jovens, 18 casaispalestrantes e equipe de traba-lho composta por mais 40 ca-sais. No total, 220 pessoas esti-veram mobilizadas durante oencontro.

O pároco anfitrião, Pe. Antô-Pe. Antô-Pe. Antô-Pe. Antô-Pe. Antô-nio Luiz Schmittnio Luiz Schmittnio Luiz Schmittnio Luiz Schmittnio Luiz Schmitt, acolheu to-dos os casais no sábado pelamanhã abrindo as portas da Igre-ja para eles se sentirem filhos eamados pela Igreja que acolhe eos recebe como família. No do-

mingo, Pe. Antônio realizou a mis-sa das 19h30 junto com a comu-nidade, sendo o encerramento doencontro dos casais em 2ª união,e reforçou que eles devem per-severar na fé e na igreja que osacolheu.

A Pastoral Familiar da Paró-quia São Vicente de Paulo tam-bém neste encontro comemorouos 10 anos de atividades pasto-rais. Desde 2002 ela vem traba-lhando com os casais em 2ª uniãoe com a preparação para o

Mais de 220 pessoas, entre os casais participantes, palestrantes eequipe de apoio, estiveram mobilizadas durante o encontro

Divulgação/JA

A Faculdade Católica de SantaCatarina - FACASC, realizará, nos dias04 a 06 de junho, o Tríduo Bíblicosobre “Animação Bíblica da Pastoral- ABP”. O evento será realizado nasede da Faculdade e contará comeventos pela manhã, das 8h30 às11h, e noite (apenas nos dias 04 e05), das 19h às 22h. O Tríduo temum custo de R$ 30,00 para os nãoestudantes da instituição.

Ele inicia na manhã do dia 04de junho, com a palestra “A Ani-mação Bíblica da Pastoral no Bra-sil”, proferida por Dom JacintoDom JacintoDom JacintoDom JacintoDom JacintoInácio FlachInácio FlachInácio FlachInácio FlachInácio Flach e Pe. AntônioPe. AntônioPe. AntônioPe. AntônioPe. AntônioMendesMendesMendesMendesMendes, ambos da Diocese deCriciúma. No mesmo dia, à noite,

Tríduo refletirá sobre aAnimação Bíblica Pastoral

haverá a palestra “Da Pastoral Bí-blica à Animação Bíblica de todaa Pastoral – do Concílio aos nos-sos dias”, com o Pe. Osmar De-Pe. Osmar De-Pe. Osmar De-Pe. Osmar De-Pe. Osmar De-batinbatinbatinbatinbatin, da Diocese de Rio do Sul.

No dia seguinte, pela manhãPe. Marcos Antônio CostaPe. Marcos Antônio CostaPe. Marcos Antônio CostaPe. Marcos Antônio CostaPe. Marcos Antônio Costa, daDiocese de Lages, falará sobre “AIgreja num mundo em mudança.Ainda pela manhã Pe. MárcioPe. MárcioPe. MárcioPe. MárcioPe. MárcioMartins RosaMartins RosaMartins RosaMartins RosaMartins Rosa, Diocese de Ca-çador, fará a explanação sobre “APastoral na vida da Igreja – Re-pensando a Missão Evangeliza-dora em tempos de mudança”.

No mesmo dia, à noite, os pro-fessores Sílvia T Sílvia T Sílvia T Sílvia T Sílvia Togneri ogneri ogneri ogneri ogneri e Cel- Cel- Cel- Cel- Cel-so Loraschiso Loraschiso Loraschiso Loraschiso Loraschi, da Arquidiocese, fa-

matrimonio (curso de noivos).

Próximo encontroO próximo encontro para ca-

sais em segunda união será rea-lizado em Palhoça nos dias 09 e10 de junho de 2012, no giná-sio da Matriz (“palhoção”). Con-tatos na secretaria paroquial,pelo fone (48) 3242-1106, oucom o casal coordenador doevento, Vicente e Neuzeli, pelofone (48) 9962-4751

larão sobre o tema “A Palavra pre-parada, encarnada e anunciada”.O Tríduo será encerrado na manhãdo dia 06, com a palestra “A Pala-vra de Deus é viva e eficaz”, pro-ferida pela IrIrIrIrIr. Marlene Ber. Marlene Ber. Marlene Ber. Marlene Ber. Marlene Bertttttoldioldioldioldioldie Comissão Regional de Anima-ção Bíblica da Pastoral.

O Tríduo está sendo realizadopara repasse do Congresso Nacio-nal de Animação Bíblica da Pasto-ral, realizado em outubro p.p., temaretomado pela recente AssembleiaGeral da CNBB, em Aparecida. Asinscrições já estão abertas. Elaspodem ser feitas pelo fone (48)3234-0400, ou pelo e-mailsecresecresecresecresecretaria@ftaria@ftaria@ftaria@ftaria@facasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.br.

Mais de duas mil pessoasmadrugaram na Sexta-Feira San-ta, para participar da caminhadapenitencial ao Morro da Cruz, emFlorianópolis. Promovido pela Pa-róquia São Luiz Gonzaga, na Agro-nômica, o evento está em suanona edição e a cada ano levan-do mais pessoas.

Os fiéis se reuniram em frenteà Igreja Matriz a partir das 5h30.Pontualmente às 6h iniciaram acaminhada pelas ruas do bairro,acompanhados do carro de som,que motivava orações e cantos.Eram levadas durante todo o tra-jeto 14 cruzes, simbolizando a viasacra seguida por Jesus, desde acondenação à morte até a crucifi-cação e sepultamento.

Ao longo da caminhada, haviaparadas para meditar sobre umadas estações da via sacra. Nessemomento, as cruzes trocavam demãos entre os participantes.

Depois de cerca de duas horas,os fiéis chegaram ao local de des-tino, no alto do morro. Lá, todosforam convidados a fazer uma ora-ção pessoal aos pés da cruz.

Jorge Luiz Carlos Weiss partici-pou pela terceira vez. Acompanha-do da esposa, fez questão de tam-bém contribuir levando a cruz emum dos trechos. “É um momentode provarmos a nossa fé, de estar-mos unidos com os irmãos e ex-

Peregrinação marcou aSemana Santa em Florianópolis

Caminhada penitencial reuniu mais de duas milpessoas na manhã da Sexta-Feira Santa

pressar o sentimento pelo que Je-sus fez por nós”, disse.

TradiçãoA caminhada penitencial ini-

ciou há nove anos. A intenção eradivulgar um grande símbolo religi-oso que estava esquecido, enco-berto pelas antenas de TV. Comoo Morro da Cruz está na área deatuação da Paróquia da Agronô-mica, Pe. Márcio VignoliPe. Márcio VignoliPe. Márcio VignoliPe. Márcio VignoliPe. Márcio Vignoli teve aideia de criar a caminhada.

Segundo ele, a intenção éconstruir uma capela no localuma capela no localuma capela no localuma capela no localuma capela no local.“Já entramos em contato com osórgãos estadual e municipal paraconseguir as licenças, e assim queconseguirmos, daremos início àconstrução de uma capela nessebelíssimo local”, informou.

A Cruz foi colocada no morromais alto da região central deFlorianópolis em 1900. A intençãoera comemorar a virada do séculoXIX para o século XX. Ao longo dosanos, a referência de “Morro daCruz” de certa forma foi perdida,devido à multiplicação das torresde TV. O morro está lá, a cruz tam-bém, mas a associação entre ume outro não é mais evidente. Ago-ra, isso está sendo recuperado.

Mais fotos no site da ArquiMais fotos no site da ArquiMais fotos no site da ArquiMais fotos no site da ArquiMais fotos no site da Arqui-----diocese (diocese (diocese (diocese (diocese (www.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.br),),),),),clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.

Mais de duas mil pessoas participaram da peregrinação ao Morro da Cruz

Foto JA

Promovido pela FACASC, evento servirá como repasse doCongresso Nacional de Animação Bíblica da Pastoral

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Jornal da Arquidiocese Maio 20129Geral

Três jovens são ordenados diáconosCelebração de ordenação é passo anterior à ordenação presbiteral, que será realizada ainda este ano

Uma Celebração Eucarística, natarde do dia 28 de abril, em Itajaí,marcou a ordenação diaconaldeEwerton Martins Gerent, KelvinBorges Konz e Marcos Decker. Pelaimposição de mãos do nosso arce-bispo Dom WilsonTDom WilsonTDom WilsonTDom WilsonTDom WilsonTadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönck,os três jovens receberam o primei-ro grau do sacramento da Ordem.

Tendo início às 16h, na IgrejaMatriz do Santíssimo Sacramento,acelebração contou com a presençade muitos padres e diáconos e cen-tenas de fiéis, que lotaram a vastaigreja. O lema de ordenação esco-lhido por eles foi “Sereis minhastestemunhas” (Atos 1,8).

Saudando a comunidade pre-sente, Dom Wilson lembrou quehá muito tempo tinha o desejo decelebrar na imponente Matriz.Agora podia fazê-lo numa circuns-tância especial, com a ordenaçãodiaconal de três jovens.

Iniciando o rito de ordenação,o diácono RudiMelim solicitou aosordenandos, que se aproximas-sem do altar. PPPPPe. Vânio da Sil-e. Vânio da Sil-e. Vânio da Sil-e. Vânio da Sil-e. Vânio da Sil-vvvvvaaaaa, reitor do Seminário de Teolo-gia Convívio Emaús, e que acom-panhou a formação deles, deu oseu testemunho de que eram dig-nos de serem ordenados, o que foiaceito pelo Arcebispo.

Em sua homilia, Dom Wilson

explicou o sacramento que os jo-vens iam receber.Disse que serãodiáconos transitóriosdiáconos transitóriosdiáconos transitóriosdiáconos transitóriosdiáconos transitórios, uma faseanterior à ordenação presbiteral.“Eles farão quase tudo o que ospadres fazem, menos a consagra-ção da Eucaristia e atender confis-sões, mas é conferido a eles o en-cargo de ensinar a Palavra de Cris-

Foto JA

to com o mesmo entusiasmo queEle fez”, disse Dom Wilson.

OrdenaçãoSeguiu-se o ritual da ordenação,

fazendo os três jovens as promes-sas de celibato, obediência e amorà Igreja. Em seguida, prostraram-sediante do altar, enquanto se canta-va a ladainha de todos os Santos.Depois,receberam a imposição dasmãos do Arcebispo, e foram reves-tidos da estola diaconal e dadalmática, seguindo-se a recepçãodo Livro dos Evangelhos.

Antes da bênção final, oneo-diácono Kelvin fez os agradecimen-tos em nome de seus colegas. Lem-brou que há 10 anos, precisamenteno dia 03 de março de 2002, “umgrupo de garotos deixava os seuslares para ingressar no Seminário.Eram 27, dos quais os três, alipresentes,completaram as diversasetapas em preparação ao presbi-terato”. Ele agradeceu a todas aspessoas que de alguma forma con-tribuíram para a sua formação.

Conheça mais sobreos três diáconosKelvin KonzKelvin KonzKelvin KonzKelvin KonzKelvin Konz – É o mais novo

entre eles. Natural da ParóquiaN.Sra. de Lourdes, na Fazenda, Itajaí,desde criança sentia o despertarvocacional, que se manifestou naadolescência. Credita isso a três fa-tores: à família, pela vivência da fé;ao tio, Pe. José Kunz, já falecido, queo motivou e inspirou; e por ter sidocoroinha. Papel importante na suatrajetória teve o Pe. Hélio da Cunha,que quando era seu pároco o envioupara o Seminário. Antes,ele fizera oConvívio e o Estágio Vocacional, oque o confirmou na vocação.

Marcos DeckerMarcos DeckerMarcos DeckerMarcos DeckerMarcos Decker – Quando ain-da criança, participou de uma cele-bração de padres que realizavamMissões Populares na sua comuni-dade, Vila Doze, em Antônio Carlos.Ficou fascinado pelo jeito do padre,a maneira de falar e lidar com opovo. Descobriu ali a sua vocação.Nos anos seguintes isso foi se in-tensificando. Em 2001, fez oEncontrão Vocacional, passo impor-tante na sua caminhada. Em todoo processo de formação, contoucom o auxílio do então também se-minarista Pedro AlcidoPhilippe,seucolega de comunidade, ordenadopresbítero no ano anterior.

Ewerton Martins GerentEwerton Martins GerentEwerton Martins GerentEwerton Martins GerentEwerton Martins Gerent –Nascido em Santo Amaro da Impe-ratriz, sempre participou ativamen-te da vida da Igreja Matriz. Quandoainda criança, foi coroinha e ajudouna Infância Missionária da Paró-quia. Mais tarde atuou na Liturgia ena Catequese. Embora sempre ti-vesse o apoio dos padres francis-canos, que administram a paróquia,optou por conhecer o SeminárioArquidiocesano, em Azambuja. Suaintenção, se fosse padre, seria paraservir o povo dessa região. Fez oEncontrão e o Estágio Vocacional.Ficou encantado e ingressou.

Ao final, Dom Wilson convidoutodos os seminaristas da Arqui-diocese a virem diante do altar.Lembrou que,no dia seguinte, ce-lebraríamos o Dia Mundial de Ora-ção pelas Vocações Sacerdotaise que a última ordenação pres-biteral ocorrida naquela igreja ha-via sido há 36 anos. “Esperamosque esses jovens inspirem novasvocações nesta comunidade”, dis-se nosso Arcebispo.

Missão eordenação presbiteralA ordenação presbiteral ainda

não está definida, mas Dom Wil-son garantiu que serão realizadasno segundo semestre deste anoe nas comunidades de origem dosdiáconos.

Até lá, eles permanecerão nascomunidades onde realizam es-tágio desde a conclusão da Teolo-gia: Ewerton, na Catedral; Kelvin,na Paróquia Santa Cruz, em SãoJosé; e Marcos, na Paróquia SãoJoaquim, em Garopaba.

Foto JA

Os neo-diáconos Marcos, Ewerton e Kelvin entre o Pe. Sérgio de Souza, pároco anfitrião, Dom Wilson ePe. Vânio da Silva, reitor do Seminário Teológico Convívio Emaús

Durante celebração, candidatos ao diaconato se prostram diante do altar

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10 Ação Social Maio 2012 Jornal da Arquidiocese

Comunidade Guarani recebeOficina de Plantas Medicinais

Promovido pela ASA, evento foi realizado durante a Semana de Cultura IndígenaA ASA, através dos projetos

“Construindo Comunidades MaisSeguras” e “Fortalecendo Expe-riências de Economia Solidária”,este último, coordenado pelaCáritas Brasileira Regional de San-ta Catarina, e a Pastoral da Saú-de, realizaram em 16 de abril, se-gunda-feira, na comunidadeguarani Itaty, no Morro dos Cava-los, Palhoça, uma Oficina de Plan-tas Medicinais.

A Oficina foi atividade deabertura da Semana Cultural, econtou também com a presençadas comunidades de Biguaçu eMassiambu. Seu objetivo foi oresgate da cultura através daservas e a oportunidade de maisum produto para geração detrabalho e renda para o grupo demulheres da comunidade.

Na abertura oficial dasemana, que contou, também,

com a participação especial doPajé, líder espiritual da aldeia deBiguaçu, foi realizada umacerimônia tradicional, que teve

Participantes da Oficina trabalham o resgate da cultura através das ervas

Divulgação/JA

Seminário Nacional discute Fundos Rotativos SolidáriosDivulgação/JA

participação do coral dascrianças em guarani e mensa-gens passadas pelo líder.

Iniciando a oficina, Jaci He-Jaci He-Jaci He-Jaci He-Jaci He-lena Perottonilena Perottonilena Perottonilena Perottonilena Perottoni, coordenadorada Pastoral da Saúde da Arqui-diocese, junto com os participan-tes partilharou seus conheci-mentos sobre algumas ervasmedicinais.

No período vespertino, acomunidade aprendeu a fazerdiversos produtos, como sabonete,xarope, xampu e pomada deamido. A partir do conhecimentoadquirido no momento da partilha,poderão fazer esses produtos comvários tipos de ervas. Já ficoucomo encaminhamento quesejam realizadas mais etapas.Enquanto isso, o projetoFORTEES seguirá o acompa-nhamento do grupo.

Aconteceu nos dias 19 e 20de abril, na sede da Cáritas Brasi-leira em Brasília, o SeminárioSeminárioSeminárioSeminárioSeminárioNacional sobre Fundos Rota-Nacional sobre Fundos Rota-Nacional sobre Fundos Rota-Nacional sobre Fundos Rota-Nacional sobre Fundos Rota-tivos Solidáriostivos Solidáriostivos Solidáriostivos Solidáriostivos Solidários, com a partici-pação de 35 pessoas vindas dasdiversas regiões do Brasil. ACáritas Brasileira firmou em 2011um convênio com o Governo Fe-deral, por meio da Secretaria Es-pecial de Economia Solidária(SENAES), para a execução de umprojeto nacional de fortalecimen-to e fomento a fundos solidários.

Como parte do processo, foirealizado um mapeamento dosfundos solidários existentes, iden-tificando a forma de funcionamen-to, capacidade de mobilização,apoios realizados e a gestão dosrecursos. O Fundo Arquidiocesanode Solidariedade (FAS), foi um dosmapeados, juntamente com ou-tros 06 Fundos Diocesanos pre-sentes em Santa Catarina. Umarepresentante do Conselho Ges-tor do FAS, a assistente socialCarla C. de OliveiraCarla C. de OliveiraCarla C. de OliveiraCarla C. de OliveiraCarla C. de Oliveira Guima-Guima-Guima-Guima-Guima-

rãesrãesrãesrãesrães, esteve presente no encon-tro, e pôde compartilhar as expe-riências vividas no FAS, assimcomo trazer novas experiências.

O seminário apresentou a reali-dade brasileira mapeando mais de800 fundos solidários, SemináriosEstaduais e Regionais serão realiza-dos ao longo do ano, com a perspec-tiva de fortalecer os fundos solidári-os existentes e motivar o surgimentode novos, possibilitando assim, parao futuro, a construção de uma Redede Fundos Solidários.

40ª ASSEMBLEIA GERAL DA ASAO Presidente da Ação Social Arquidiocesana - ASA, no uso

das suas atribuições, convoca todas as Ações Sociais Paroquiaisfiliadas para participarem da quadragésima Assembléia GeralOrdinária da Ação Social Arquidiocesana.

Data:Data:Data:Data:Data: 26 de maio de 2012 (sábado);Horário: Horário: Horário: Horário: Horário: das 08 às 12 horas;Local: Local: Local: Local: Local: Auditório da Paróquia São João Evangelista

Avenida Rio Branco, 54 Centro - Biguaçu

Proposta de Pauta:Proposta de Pauta:Proposta de Pauta:Proposta de Pauta:Proposta de Pauta:Homologação de novas Entidades Membros (Ações

Sociais Paroquiais);Aprovação do relatório de atividades e da prestação de

contas de 2011;Apresentação do Planejamento ASA 2012;Estudo e Pistas de Ação para o Planejamento

Arquidiocesano de Pastoral.

A Assembléia Geral instalar-se-á em primeira convocaçãocom a maioria absoluta dos associados e em segundaconvocação, meia hora depois, com qualquer número deassociados presentes, e suas deliberações serão válidas quandoaprovadas pela maioria simples dos associados presentes (art.9º do Estatuto, parágrafo 1º).

Florianópolis, 12 de abril de 2012.

Pe. Mário Sérgio do NascimentoPe. Mário Sérgio do NascimentoPe. Mário Sérgio do NascimentoPe. Mário Sérgio do NascimentoPe. Mário Sérgio do NascimentoPresidente da ASA

EDITAL DECONVOCAÇÃO

Idosos e jovens participam da abertura da Semana Cultural dos índios

Divulgação/JA

Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

III Interdiocesano dos GBF e CEBsRealizado no dia 20/05, no CEAR, evento reunirá as dioceses de Tubarão, Criciúma e Florianópolis

Jornal da Arquidiocese Maio 2012 GBF 11

Estamos nos aproximando dogrande encontro Interdiocesanodos GBF e CEBs, que se reali-zará no dia 20 de maio, domingo,com início às 8hs, no Centro deEvangelização Angelino Rosa -CEAR, em Governador CelsoRamos.

Será um momento de grandealegria e entusiasmo, com oobjetivo de refletir sobre Justiçae Profecia a serviço da vida ecelebrar a caminhada dos GR/Fe das CEBs como Igreja emmissão permanente no campo ena cidade.

A Coordenação Arquidioce-sana dos GBF e das CEBs,juntamente com a CoordenaçãoArquidiocesana de Pastoral,convidam todos os animadores(as) e membros dos GBF eCEBs, os senhores Párocos,Vigários, Diáconos, Religiosos eReligiosas e outras lideranças,para participarem do evento, emespírito de comunhão eclesial.

Aos senhores Párocos eCoordenadores(as) paroquiais dosGBF pedimos que mobi-lizemnas comunidades e paróquias aorganização de caravanas, comum número expressivo de anima-dores (as), para que possamosacolher bem os participantes dasDioceses de Tubarão e Criciúma,além dos da nossa arquidiocese.

Para isso, é necessáriotermos uma estimativa aproxi-mada do número de ônibus e de

Divulgação/JA

participantes por paróquia.Pessoa de contato: Maria Gloriada Silva, (48) 3224-4799(48) 3224-4799(48) 3224-4799(48) 3224-4799(48) 3224-4799.

Lembrete: Os participantesdeverão trazer seu lanche para oalmoço, para fazerem ummomento de partilha, e tambémseu copo, caneca ou garrafa paraa água.

Venham participar conosco!

Convictos da missão, fortale-cidos pela Palavra e pela Euca-ristia, na unidade continuaremoscomprometidos com o envio deJesus: “Ide pelo mundo inteiro eanunciai a Boa Notícia a todosos povos” (Mc 16,15).

Maria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaCoord. Arquidiocesana dos GBFs

Equipe responsável por colocar o programa todas as segundas-feiras.Programa iniciado em 2009, comemora sua centésima edição

Os Grupos Bíblicos emFamília e toda a Igreja seempenharam em levar aspessoas a refletirem nestetempo quaresmal e pascal sobrea Campanha da Fraternidade:“Fraternidade e Saúde Pública”,o apelo que a CNBB, a Igreja noBrasil, nos faz. Uma vidasaudável é o sonho de Deus e oque mais se deseja. Há muitotempo, a saúde vem sendoconsiderada como a principalpreocupação da populaçãobrasileira, e sua constantereivindicação junto às PolíticasPúblicas.

O Brasil possui um dosmelhores modelos de sistemade Saú-de Pública, o SistemaÚnico de Saúde (SUS), que apartir da Constituição Federal de1988 passou a ser obrigação doEstado e direito da população,sendo que essa responsabi-lidade passa pelos Conselhoslocal, municipal, estadual efederal.

O fato de termos garantidoem lei o direito à saúde, não éporém suficiente para quefuncione a contento.

Conhecemos o Sistema deSaúde Único, o SUS?

Sabemos usar o SUS,como um direito, um meio, umcaminho para atender a todas asnossas necessidades e daspessoas que precisam da SaúdePública?

Temos no nosso bairro umatendimento de qualidade queatenda às nossas necessi-dades? Sabemos o que éConselho Local, já ouvimosfalar nele?

Conhecemos as pessoas(os conselheiros) que atuamnesse Conselho Local represen-tando a nós, usuários, a comu-nidade?

Precisamos mobilizar acomunidade e buscar junto aosórgãos competentes: Postos de

Nosso compromisso:

“Que a Saúde se difundasobre a terra”

Saúde e Equipe da Saúde daFamília do bairro, Secretaria deSaúde do Município, Pastoral daSaúde na paróquia, as respostasde que precisamos para tantasperguntas.

Sem a participação dacomunidade e do usuário, nãohá SUS humanizado, nematendimento de qualidade nosserviços de saúde.

Por isso, lembramos que énosso compromisso comocristãos e cristãs vivenciardurante todo o ano esse apeloda Campanha da Fraternidade,para que juntos possamosfortalecer as pequenas iniciativasdiscutidas nas nossascomunidades, a partir de umaconscientização dos nossosdireitos e deveres como usuáriosdo “Sistema Único de Saúde”(SUS), em prol de melhoria naSaúde Pública.

Na oportunidade, osmembros do Conselho Local deSaúde do Centro deFlorianópolis, através de umacoleta de assinaturas, estãoreivindicando um espaço maisapropriado para a UnidadeBásica de Saúde (Posto deSaúde), a fim de oferecermelhores condições deatendimento à população.

Caro leitor(a) que trabalha ereside no centro de Florianópolis,pedimos sua colaboração nadivulgação deste ato decidadania. Participe e dê suaParticipe e dê suaParticipe e dê suaParticipe e dê suaParticipe e dê suacontribuição nessa pequenacontribuição nessa pequenacontribuição nessa pequenacontribuição nessa pequenacontribuição nessa pequenainiciativa de melhoria para ainiciativa de melhoria para ainiciativa de melhoria para ainiciativa de melhoria para ainiciativa de melhoria para aSaúde Publica.Saúde Publica.Saúde Publica.Saúde Publica.Saúde Publica.

Que o Deus da vida nos dêforça, coragem e disposição,para melhorarmos a SaúdePública nos nossos bairros,municípios, e em todo o Brasil.E que “““““ a Saúde se difundasobre a terra”.”.”.”.”.

Maria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaMaria Glória da SilvaCoord. Arquidiocesana dos GBFs

Na paróquia Santo Antônio eSanta Maria Goretti, na Colo-ninha, os 12 grupos dos GBFcelebraram na Igreja Matriz, commembros de outras pastorais emovimentos, a caminhada doTempo da Quaresma e Páscoa.Compareceram e participaramumas 300 pessoas. A coorde-nação paroquial, juntamente comos animadores(as) dos grupos,se empenharam em prepararbem a celebração, a partir doconteúdo do respectivo livreto. Acelebração envolveu os partici-pantes e também Agentes deSaúde, que trouxeram materiaisde prevenção oferecidos pelo

Posto de Saúde do bairro.Muitos cartazes foram

confeccionados pelos grupos,trazendo as reflexões do livretoe da Campanha da Fraternidade.Um dos momentos fortes foi aentrada solene da Bíblia, dentroda mala de primeiros socorros.Ao final da celebração, osmateriais e os pacotes de ervasmedicinais foram abençoadospelo Pe. Flávio FellerPe. Flávio FellerPe. Flávio FellerPe. Flávio FellerPe. Flávio Feller edistribuídos pela Pastoral daSaúde e pelos Agentes deSaúde. Após a celebração foiservido um chá aos partici-pantes. Outro momento forte foitambém a primeira Missa deste

ano celebrada numa das casas,com a participação de quaseuma centena de pessoas.

Com o incentivo e amotivação do Pe. Flávio para ofortalecimento dos GruposBíblicos em Família, teremos aMissa nas casas uma vez pormês, trabalhando em parceriacom a catequese e envolvendoas famílias dos catequizandosnos encontros dos GBF e nasmissas nas casas.

Pe. Flávio FellerPe. Flávio FellerPe. Flávio FellerPe. Flávio FellerPe. Flávio FellerAdministrador Paroquial eOrildo e Rosana da SilvaOrildo e Rosana da SilvaOrildo e Rosana da SilvaOrildo e Rosana da SilvaOrildo e Rosana da SilvaCasal Coord. dos GBFs

Paróquia celebra a caminhada dos GBFs

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12 Artigos Maio 2012 Jornal da Arquidiocese

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenárioFilho do brusquense Leopoldo

Bauer e de Evelina Guerreiro, HarryBauer nasceu em Luiz Alves em 28de março de 1904. Ingressou noSeminário Conceição de SãoLeopoldo, pois Florianópolis aindanão dispunha de seminário. Nãogozava de boa saúde, interrompen-do várias vezes os estudos. Em1926, já com 22 anos, Harry seguiupara o Seminário de Mariana, emMinas Gerais, mas, novamente nãose adaptou. Em 1927 residiu comsua mãe e alguns irmãos, emTrombudo, perto do Rio do Sul, paraonde a família tinha se transferido.O clima lhe fez bem, e ajudava namatriz de Rio do Sul, aos domingos,na catequese. Para prosseguir osestudos, em 1928 tentou matricu-lar-se em Curitiba, mas depois foipara Botucatu, SP. Finalmente, foiordenado presbítero por Dom Joa-quim no final desse ano. Já comopadre, concluiu o 4º ano de teolo-gia em Botucatu, em 1929. Logodepois, foi nomeado Secretário doprimeiro bispo de Joinville, Dom Piode Freitas.

Cura da Catedrale Vigário Geral

Dom Joaquim, porém, gostariade tê-lo como auxiliar emFlorianópolis e, em março de 1937,nomeou-o Cônego Honorário daCatedral de Florianópolis, e deu-lhea incumbência de organizar o bemsucedido 1º Congresso Eucarís1º Congresso Eucarís1º Congresso Eucarís1º Congresso Eucarís1º Congresso Eucarís-----tico Estadualtico Estadualtico Estadualtico Estadualtico Estadual, realizado em maiode 1939, em comemoração ao Ju-bileu de Prata do episcopado deDom Joaquim. Tem início uma fasede promoções, de amizade e confi-ança entre ele e o Arcebispo. Emjunho de 1939 recebeu o título deMonsenhor Camareiro Secreto e,logo, Vigário Geral do Arcebispado.

Assim, de 29 de junho de 1939a 16 de dezembro de 1946, Mons.Harry Bauer foi Vigário geral deFlorianópolis e Cura da Catedral.

Nos trabalhos paroquiais, con-tou com a valiosa colaboraçãodas Irmãzinhas da ImaculadaConceição, chamadas aFlorianópolis em 1942 paraatuarem especialmente nacatequese. Dirigiu a construçãoda nova Casa paroquial, a atu-al, onde também funcionava aCúria metropolitana.

Orador sacro de largos re-cursos, voz cativante, envol-vente pregador, em 13 de no-vembro de 1941 a Secretariade Estado, através do CardealLuiz Maglione, o nomeouMonsenhor Prelado Domésti-co. Em maio de 1943, foi inter-nado no Hospital de Tijucas. Adoença perseguia seu ministé-rio: em fevereiro de 1946 passoupor internação hospitalar em Riodo Sul e, em março, em São Paulo.Devido ao adiantado grau dediabete, não podia fazer cirurgia.Em abril, estava no Hospital deCaridade de Joinville e em agosto,em Rio do Sul. Em 1946, foramseis meses de ausência.Nessetempo, Cônego Frederico Hoboldassumiu de fato a Catedral. Surgi-ram conflitos.

Uma amizade que se desfezTem início uma história de

rompimento. Devido a ser tiradoda paróquia da Catedral, onde eraamovível, Monsenhor ameaça irà Nunciatura exigir seus direitos:“V. Excia. não me compreendemais”. Levado pelo ressentimen-to e pela doença, escreveu em 29de novembro de 1946 insistindoem justiça, ameaçando o Arcebis-po. Dom Joaquim responde em 16de dezembro, tratando-o como“ex-vigário geral”. Terminava umagrande amizade.

Em maio de 1947, está emPorto Belo, para repouso e trata-mento de saúde. Como já amea-çara, escreveu à Nunciatura pedin-do seus direitos de Cura da Cate-dral. Em 14 de abril de 1948, oNúncio Dom Carlos Chiarlo escre-veu a Dom Joaquim sobre isso erecebeu como resposta o quantoa Arquidiocese já pagara a Mons.Harry, especificando as quantias,efetivamente generosas.

Mons. Bauer torna a se queixarao Núncio que, em 6 de março de1950, escreveu a Dom Joaquimpara que entrasse em contato como bispo de Joinville. Em 28 de agos-to de 1955, Mons. Bauer escreveude Araraquara a Dom Joaquim, pe-dindo o documento de suaincardinação em Florianópolis, comvistas à incardinação em Joinville,agora por Dom Inácio Krause.

Conflitos em tempode política

Em 7 de agosto de 1951 saipublicada, no jornal O ESTADO, Carta

Aberta de Rubens de Arruda Ra-mos, denunciando a exoneraçãode Monsenhor do cargo de Dire-tor das Escolas Reunidas de Pas-tagem por Irineu Bornhausen.Era a perseguição aospessedistas-PSD pela UDN, ven-cedora nas eleições. Mons. HarryBauer foi então picado pela mos-ca azul: residia em Rio do Sul,dirigia escola, se interessava porobras no município e, por isso,um grupo animou-o a participardas eleições. Em 21 de junho, aCúria escreveu a Monsenhor di-zendo que escutou falar da can-didatura e que a desaprovavamtotalmente Dom Joaquim, DomPio e Dom Jaime, o Cardeal Câ-mara. Em 30 de julho sai no O

ESTADO a Declaração da Cúria, co-municando a proibição canônica e aproibição de uso de praças em fren-te à igreja ou de salões paroquiaispara reuniões políticas.

Em fins de 1954, cheia de res-sentimentos, uma irmã de Mons.Bauer vai a Curitiba pedir que eleseja recebido naquela diocese. Asituação se complica em Brusque:Mons. Paschoal Librelotto, major-capelão da FEB, se apresentavacomo candidato dos interesses daIgreja pelo PSD, e Mons. Bauer peloPDC. Em 29 de setembro de 1955,carta assinada por tradicionais figu-ras brusquenses lamentava a posi-ção “facciosa” do Arcebispo proibin-do Mons. Bauer de fazer campanhapelo candidato do PDC, enquantoque Mons. Librelotto, do PSD, se hos-pedava na casa paroquial deBrusque e chegava a rezar quatroMissas por dia no interior, em segui-da convidando o povo para comício.

Os últimos anosEm dezembro de 1956 Mons.

O Supremo Tribunal Federalacaba de aprovar o aborto de cri-anças anencéfalas. A questão ti-nha-se tornado mais ideologiaque discussão racional – infeliz-mente os votos também. Sementrar na questão propriamenteética, a contradição racional e ci-entífico-positiva dos discursos eragritante. Como dizer que uma cri-ança anencefálica não possuivida? Se não a possuísse, comopoderiam ter entrado com o recur-so para retirar a vida da mesma?Como bem disse o presidente doSTF, a discussão só pode existirporque aquele feto possui vida.

Outra alegação comum era deque não se tratava de vida huma-

na. Será que algum dos proeminen-tes Ministros seria, então, capaz deexplicar de que espécie de vida setrata? Seria um animal? Um vege-tal? Um ministro chegou a recorrer,inclusive, à história da Igreja – umaestória muito diferente de qualquerhistória científica, para utilizar aantiga distinção ortográfica.

Mas deixemos os Ministros esuas incoerências. Perdemos abatalha, mas não perdemos aguerra. Claro que não se trata deuma guerra entre religião e Esta-do, entre catolicismo e laicismo,entre fé e razão. Pelo contrário.Trata-se de uma guerra entre aracionalidade científica e outilitarismo.

O que tenta ser aprovado é amorte de pessoas que – segundoalguns – seriam inúteis para asociedade. O passo sucessivo seráa aprovação do aborto para ou-tras doenças graves, como se aexecução da criança no ventre damãe pudesse aliviar o sofrimentomaterno. Converter a mãe de umavítima que sofre com a morte doseu filho em uma pessoa ator-mentada por ser a mandante docrime de matar esse filho, nãopoderá aliviar o sofrimento de nin-guém. A situação é complexa defato, mas não somos avestruzespara esconder a cabeça na terra,ao invés de enfrentar o problemacomo seres humanos que somos.

Aborto, anencefalia, incoerências – o que virá depois?

Divulgação/JA

Monsenhor Harry BauerBauer estava em tratamento emPorto Belo, celebrando normal-mente a Missa. A Cúria escreveuao pároco, Côn. Augusto Zucco,para saber se ele tinha autoriza-ção pontifícia, como afirmava terrecebido da Nunciatura. Informa-do do caso, Mons. Bauer escre-veu à Nunciatura, que encami-nhou carta a Dom Joaquim, paraconceder a autorização de cele-brar “ratione provectae aetatis” etambém “ratione adversaevaletudinis”. Dom Joaquim res-pondeu irado, por voz de Mons.Vigário Geral, que um homem com51 anos não é idoso e que a “do-ença de Mons. Bauer é toda deimaginação. Imaginação e fingi-mento. Está doente quando lheconvém” (Carta de 5 de março de1957 a Dom Carmine Rocco). Re-sidindo em Rio do Sul, Mons. HarryBauer ajudava nas paróquias vizi-nhas e se dedicava à direção es-colar. Não teve mais provisõeseclesiásticas. Esteve sempre en-volvido com tratamentos e doen-ças que, parece, eram a somati-zação da depressão crônica. Nãoera fácil manter a saúde com alembrança de suas importantesfunções passadas, de Vigário Ge-ral e Cura da Catedral, e da ami-zade fraterna e paterna com DomJoaquim. Tudo se perdera e lherestara o título e a humilde escolaonde trabalhava.

Monsenhor Harry Bauer fale-ceu no Hospital Miguel Couto, emIbirama, onde residia, em 6 defevereiro de 1974, pouco antes decompletar 70 anos de idade. AMissa de Corpo presente foi cele-brada na Catedral de Rio do Sul epresidida por Dom Tito Buss, bis-po diocesano. Está sepultado nocemitério de Rio do Sul.

Pe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:pebesen.wordpress.compebesen.wordpress.compebesen.wordpress.compebesen.wordpress.compebesen.wordpress.com)

Mons. Harry Bauervigário-geral de 1939 a 1946

Depois de aprovar que essaspessoas vivas estão mortas –“mortos jurídicos”, como bem dis-se a Dra. Lenise Garcia – porquenão aprovar também a eutaná-sia? Se essas crianças podem sermortas porque não são “úteis” àsociedade, porque não matar tam-bém os nossos idosos? Muitosdeles não são mais capazes deusar plenamente a consciência –razão pela qual alguns dos minis-tros justificaram o aborto das cri-anças anencéfalas.

Fiquemos atentos. Lutemosdesde já, porque não podemoschegar tarde mais uma vez. Nãose trata de lutar contra a liberda-de de ninguém, mas sim de fazer

que a nossa sociedade possuavalores claros e que os mais inde-fesos sejam de fato os mais pro-tegidos. Seremos feridos nas ba-talhas, mas se nos unirmos pode-mos vencer a guerra e defender oque a grande maioria dos brasilei-ros quer. Vimos outras sociedades– como a europeia atualmente oua Roma antiga - destruírem seusvalores e entrarem em profundacrise moral, social, política e eco-nômica. Não os imitemos emseus erros, pois sofreremos asmesmas consequências.

PPPPPe. Hélio Te. Hélio Te. Hélio Te. Hélio Te. Hélio Tadeu L. de Olivadeu L. de Olivadeu L. de Olivadeu L. de Olivadeu L. de OliveiraeiraeiraeiraeiraMestre em Moral e Bioética, e dou-torando em Bioética

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

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13MissãoJornal da Arquidiocese Maio 2012

3º Congresso Missionário NacionalA Diocese de Palmas, Tocantins, sediará o III COMINA de 12 a 15 de julho

Estamos cada vez maisperto do 3° COMINA. Para este3º Congresso, que acontece de12 a 15 de julho em Palmas(TO), são esperadas cerca de600 pessoas de todas as regiõesdo Brasil. O tema é: Discipuladomissionário: do Brasil para ummundo secularizado e pluricul-tural à luz do Vaticano II. PadreJaime C. Patias, assessor deimprensa do Congresso, falou daimportância do envolvimento dosmeios de comunicação católicosna cobertura do evento emPalmas - TO. “Os MCS fazem com

Dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo de Palmas, no Tocantins,diocese anfitrião, fala dos preparativos para o 3º CMN

Divulgação/JAque todo o Brasil participe destemomento. Nesse sentido, missãoe comunicação têm tudo a ver: écolocar esse espírito missionárioem movimento”. Destacou aindaque todos os meios católicos sãoconvidados a participar do Con-gresso e que haverá uma estrutu-ra montada em vista do trabalhoda Imprensa, no evento. Hoje,quero partilhar com vocês estainteressante entrevista feita comDom Brito Guimarães.

Pe. Francisco Gomes, Pe. Francisco Gomes, Pe. Francisco Gomes, Pe. Francisco Gomes, Pe. Francisco Gomes, PIME

Entrevistamos o presidentede honra do Congresso, DomDomDomDomDomPedro Brito GuimarãesPedro Brito GuimarãesPedro Brito GuimarãesPedro Brito GuimarãesPedro Brito Guimarães, arce-bispo de Palmas, presidente daComissão Episcopal Pastoralpara os Ministérios Ordenadose a Vida Consagrada da CNBB.

Dom Pedro, o que significaDom Pedro, o que significaDom Pedro, o que significaDom Pedro, o que significaDom Pedro, o que significacelebrar um Congressocelebrar um Congressocelebrar um Congressocelebrar um Congressocelebrar um CongressoMissionário Nacional naMissionário Nacional naMissionário Nacional naMissionário Nacional naMissionário Nacional naarquidiocese de Palmas?arquidiocese de Palmas?arquidiocese de Palmas?arquidiocese de Palmas?arquidiocese de Palmas?

Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - É difícil falarem missão e não me emocionar,melhor dizendo, sem meapaixonar. A missão é o maiorencantamento do meu ministérioepiscopal. É a pupila dos meusolhos e a alegria do meucoração. Com esta paixão pelamissão, é difícil não admitir quesediar o 3º Congresso Missio-nário Nacional seja um privilégiopara poucas dioceses. O Brasilnão tem muita tradição emCongressos Missionários, hajavista ser este ainda apenas oterceiro. Assim, quando uma dio-cese é escolhida para sediar umCongresso Missionário entre as274 existentes, é um privilégio euma bênção. Este Congresso éuma chuva de bênçãos paraPalmas e para o Tocantins. Apartir dele, Palmas pode se olhare se pensar na ótica da missão.

O senhor estava presenteO senhor estava presenteO senhor estava presenteO senhor estava presenteO senhor estava presenteno 2º Congresso em Apare-no 2º Congresso em Apare-no 2º Congresso em Apare-no 2º Congresso em Apare-no 2º Congresso em Apare-cida (2008). Quais os avançoscida (2008). Quais os avançoscida (2008). Quais os avançoscida (2008). Quais os avançoscida (2008). Quais os avançosda Igreja do Brasil na missão?da Igreja do Brasil na missão?da Igreja do Brasil na missão?da Igreja do Brasil na missão?da Igreja do Brasil na missão?

Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Parafraseandoo que já se disse sobre as CEBs,“a missão é um novo jeito de serIgreja”. Estive presente no 2º

Congresso Missionário Nacio-nal, em Aparecida, e também no3º Congresso Americano (CAM3 - Comla 8), em Quito, no Equa-dor, na condição de membro daComissão Missionária. Paramim foram dois momentos degraça. De lá para cá, muitas coi-sas mudaram nos cenários domundo e da missão. O mundomudou e muda velozmente.Num só dia é capaz de acon-tecer coisas que, no passado,só aconteciam no arco de ummês, de um ano ou de umséculo. Isto vale também para amissão. A vigilância e o avanço

missionários são missões decada dia. Por isso, está mais doque na hora de uma nova paradapara abastecer a máquina,arrumar a mochila e reprogra-mar o roteiro de viagem. Sobreos avanços, penso igual ao quepensava o compositor e cantorBelchior: “Minha dor é perceberque, apesar de termos feito tudo

o que fizemos, ainda somos osmesmos e vivemos como osnossos pais”. Ainda sofremos deuma doença pouco diagnos-ticada: a anemia missionária. Noentanto, avança-mos, sim, emuito, talvez não na proporçãoe na velocidade com quedeveríamos avançar. Para mimo maior avanço está nocrescimento da consciência e dacultura missionárias: as forma-ções, as Semanas Missionárias,as Santas Missões Populares,

os congressos, os várioscursos e encontros. Tam-bém a desco-berta da vidacomo missão é mais umsinal deste avanço: deixa-mos de ver a missão comoalgo simplesmente religioso-teológico, para entendê-lacomo algo antropológico. Noentanto, o maior destaqueatribuo às Diretrizes daDiretrizes daDiretrizes daDiretrizes daDiretrizes daAção EvangelizadoraAção EvangelizadoraAção EvangelizadoraAção EvangelizadoraAção Evangelizadora2011 a 2015, nas quais a“Igreja em estado perma-nente de missão” se tornouuma urgência pastoral. Alémde ser urgência, ainda vemem primeiro lugar. Tomara

que a missão não deixe de serurgência, enquanto não passara ser prática cotidiana. Aindatemos que avançar muito.

Como estão os prepara-Como estão os prepara-Como estão os prepara-Como estão os prepara-Como estão os prepara-tivos e quais as expectativastivos e quais as expectativastivos e quais as expectativastivos e quais as expectativastivos e quais as expectativaspara este Congresso?para este Congresso?para este Congresso?para este Congresso?para este Congresso?

Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Os meusdesejos missionários são

sempre maiores do que aspossibilidades de vê-losrealizados, assim como era odesejo de um salmista. Nesteponto, sou um sonhador eutópico. Palmas está se prepa-rando para ser a casamissionária do Brasil. Possodizer que o clima do Congressojá está invadindo os coraçõesdos palmenses. Nesta prepa-ração, estamos aprendendo asseguintes lições: 1) acolher bemos missionários e as missio-nárias; 2) ser uma Igreja missio-nária; 3) ser e viver a missão...Estamos nesta escola. Não sa-bemos se vamos ser aprovados.

Como a temática doComo a temática doComo a temática doComo a temática doComo a temática doCongresso poderia ajudarCongresso poderia ajudarCongresso poderia ajudarCongresso poderia ajudarCongresso poderia ajudarnossas comunidades a viveremnossas comunidades a viveremnossas comunidades a viveremnossas comunidades a viveremnossas comunidades a viveremum novo impulso e ardorum novo impulso e ardorum novo impulso e ardorum novo impulso e ardorum novo impulso e ardormissionário além-fronteiras?missionário além-fronteiras?missionário além-fronteiras?missionário além-fronteiras?missionário além-fronteiras?

Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Missão épáscoa, é partida, é saída, épassagem, é êxodo, é diáspora,é diástole. Missão é o envio paraa vida, para a humanidade. Todosos caminhos da missão já forampercorridos por Jesus, missio-nário do Pai. Por Ele o MarVermelho já foi atravessado, a péenxuto. O seu Reino não temfronteiras. Missão que é missãoultrapassa quaisquer fronteiraspara atingir o coração dahumanidade. A fronteira damissão é a dor do irmão. Por istoas outras fronteiras, mais do quegeográficas, são imaginárias etransponíveis. Essas fronteiras

são os condicionantes, os redu-cionismos, as justificativas. Já sedisse que missão não ésimplesmente partir. Há quemparte e não chega missionaria-mente a lugar nenhum. Ficar nomesmo lugar, fiel a Jesus Cristoe ao povo de Deus, também émissão. Cada vez me convençomais de que a fronteira da missãoé o amor. Missão é um caso deamor verdadeiro. Ninguém temmaior missão do que aquele quedá a vida por seu irmão.

O discipulado é para aO discipulado é para aO discipulado é para aO discipulado é para aO discipulado é para amissão. Como vivê-la numamissão. Como vivê-la numamissão. Como vivê-la numamissão. Como vivê-la numamissão. Como vivê-la numadimensão cada vez maisdimensão cada vez maisdimensão cada vez maisdimensão cada vez maisdimensão cada vez maisuniversal?universal?universal?universal?universal?

Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Dom Pedro - Precisoconcluir. Busquei na memória,procurei no recôndito do meucoração palavras para respondera esta pergunta. Creio que nãoexistem palavras mais adequa-das para respondê-la do que aspalavras finais do Documento deAparecida: “Recobremos, por-tanto, o ‘fervor espiritual’. Conser-vemos a doce e confortadoraalegria de evangelizar, inclusivequando é necessário semearentre lágrimas. Façamo-lo,como João Batista, como Pedroe Paulo, como os demais Após-tolos, como essa multidão deadmiráveis evangelizadores quese sucederam ao longo da his-tória da Igreja. Façamos tudoisso com ímpeto interior, queninguém e nada seja capaz deextinguir. Seja essa a maioralegria de nossas vidas dedi-cadas. E oxalá o mundo atual -que procura (por Jesus Cristo)às vezes com angústia, àsvezes com esperança - possaassim receber a Boa Nova, nãoatravés de evangelizadorestristes e desalentados, impa-cientes ou ansiosos, mas atra-vés de ministros do Evangelho,cuja vida irradia o fervor de quemrecebeu, antes de tudo em simesmo, a alegria de Cristo eaceita consagrar sua vida àtarefa de anunciar o Reino deDeus e de implantar a Igreja nomundo. Recuperemos o valor ea audácia apostólicos” (DA 552).

Fonte: www.pom.org.br/www.pom.org.br/www.pom.org.br/www.pom.org.br/www.pom.org.br/congressocongressocongressocongressocongresso

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14 Geral Maio 2012 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

A aprovação do aborto de anencéfalos éuma crueldade e covardia, e abre prece-

dentes para outros tipos de abortos”

O pequeno município de Ran-cho Queimado, com seus poucomais de cinco mil habitantes, ésede de uma grande riqueza paraa nossa Arquidiocese. É nele quefoi criado há quase 40 anos oMovimento Gianna Beretta Molla,que se dedica a denunciar situa-ções que atentem contra a vida,sobretudo a não nascida.

A obra teve inicio em 1973, de-pois que o casal Sabino e Vali Coe-lho Werlich soube da existência deuma clínica de aborto localizada emBiguaçu. Sabino e Vali, casal novo esem filhos, ficaram revoltados, ecom um grupo de pessoas passa-ram a denunciá-la e fazer pressãopara o fechamento. Conseguiramcom essa e com uma outra. A partirdaí, não pararam mais. Criaram ojornal bimensal “Em Defesa da“Em Defesa da“Em Defesa da“Em Defesa da“Em Defesa daVida”Vida”Vida”Vida”Vida”, distribuído para todo o Bra-sil, além de outros países da Euro-pa e América, com a tiragem de 120mil exemplares.

No mês em que o Supremo Tri-bunal Federal aprovou o abortodos bebês anencéfalos, é certa-mente oportuna esta entrevista.Nela, Sabino fala sobre a obra querealiza, dos desafios e conquistas,da decisão do STF quanto aosanencéfalos e quais as implica-ções disso.

JA - Como surgiu essa ideiaJA - Como surgiu essa ideiaJA - Como surgiu essa ideiaJA - Como surgiu essa ideiaJA - Como surgiu essa ideiade criar o Movimento Geannade criar o Movimento Geannade criar o Movimento Geannade criar o Movimento Geannade criar o Movimento GeannaBeretta Molla (GBM)?Beretta Molla (GBM)?Beretta Molla (GBM)?Beretta Molla (GBM)?Beretta Molla (GBM)?

Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Em 1973 soubemos,por um amigo, da existência de umaclínica de aborto em Biguaçu. Minhaesposa e eu ficamos aterrorizados

Sabino Werlich40 anos dedicados à defesa da vida, especi-almente a não nascida. Nesse tempo, em

torno de 180 mil vidas foram salvascom o que ouvimos. Não dormimosa noite. Decidimos trabalhar parafechá-la. Fomos à polícia, à impren-sa, e mobilizamos a comunidade. Aclínica foi fechada. Depois consegui-mos fechar outras clínicas na regiãoda Arquidiocese e em Joinville. Apartir disso, decidimos criar o Movi-mento. Chegamos a hospedar emnossa casa 27 mães solteiras quepretendiam abortar. Alguns dessesfilhos foram adotados por nós. Te-mos 10 filhos, todos adotados, trêsseriam vítimas do aborto. Nessesquase 40 anos, acredita-se que oMovimento tenha ajudado a salvarmais de 180 mil vidas. Temos mi-lhares de depoimentos de pessoasque desistiram do aborto graças aonosso trabalho.

JA - De que forma o se-JA - De que forma o se-JA - De que forma o se-JA - De que forma o se-JA - De que forma o se-nhor busca divulgar o traba-nhor busca divulgar o traba-nhor busca divulgar o traba-nhor busca divulgar o traba-nhor busca divulgar o traba-lho que realiza?lho que realiza?lho que realiza?lho que realiza?lho que realiza?

Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Por 25 anos dei pales-tras pelo Brasil inteiro. Sempre queera convidado, me colocava à dis-posição. Nunca cobrei nada. Paga-vam apenas a viagem. Nesse tem-po, criamos o jornal “Em Defesa daVida”, que denuncia situações deaborto e conscientiza as pessoassobre esse mal. Hoje o jornal é bi-mensal, com 120 mil exemplares,e é distribuído em quatro mil paró-quias no Brasil e em outros países(Alemanha, Itália, França, EstadosUnidos e países da América Latina).

JA - Nesses quase 40 anosJA - Nesses quase 40 anosJA - Nesses quase 40 anosJA - Nesses quase 40 anosJA - Nesses quase 40 anosde trabalho, quais foram osde trabalho, quais foram osde trabalho, quais foram osde trabalho, quais foram osde trabalho, quais foram osdesafios, vitórias e o que ain-desafios, vitórias e o que ain-desafios, vitórias e o que ain-desafios, vitórias e o que ain-desafios, vitórias e o que ain-da falta ser conquistado?da falta ser conquistado?da falta ser conquistado?da falta ser conquistado?da falta ser conquistado?

Sabino – Sabino – Sabino – Sabino – Sabino – Como desafios su-perados: as dificuldades financeiras;perseguição; e falta de voluntários.Vitórias: a criação do Jornal, que di-vulgou o trabalho para milhares depessoas e, graças a isso, salvoumuitas vidas; as próprias milharesde vidas que foram salvas; a cria-ção da Rádio Arauto, há 15 anos, aserviço da evangelização, da cultu-ra e da cidadania. O que falta serconquistado é o Santuário deSantuário deSantuário deSantuário deSantuário deNossa Senhora Protetora dosNossa Senhora Protetora dosNossa Senhora Protetora dosNossa Senhora Protetora dosNossa Senhora Protetora dosNasciturosNasciturosNasciturosNasciturosNascituros. O terreno já temos,mas falta dinheiro para a constru-ção. Temos a proposta de construi-lo em Anápolis, Goiás, mas quere-mos que seja aqui.

JJJJJA - TA - TA - TA - TA - Também a canoniza-ambém a canoniza-ambém a canoniza-ambém a canoniza-ambém a canoniza-ção da Santa Geanna Berettação da Santa Geanna Berettação da Santa Geanna Berettação da Santa Geanna Berettação da Santa Geanna BerettaMolla, que teve a sua cola-Molla, que teve a sua cola-Molla, que teve a sua cola-Molla, que teve a sua cola-Molla, que teve a sua cola-boração?boração?boração?boração?boração?

Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Com certeza. Com o

Jornal, muita gente conheceuGeanna, médica italiana que em1962, sabendo que teria que op-tar entre a sua vida e a da filha queestava em gestação (já tinha ou-tros dois filhos), não titubeou: sa-crificou-se em beneficio da filha.Os dois milagres foram no Brasil: oda beatificação no Maranhão; e oda canonização foi em Franca, SP.A própria família dela reconheceuque o nosso trabalhou ajudou nes-se processo.

JJJJJA - O Supremo TA - O Supremo TA - O Supremo TA - O Supremo TA - O Supremo TribunalribunalribunalribunalribunalFederal aprovou a retiradaFederal aprovou a retiradaFederal aprovou a retiradaFederal aprovou a retiradaFederal aprovou a retiradado feto quando comprovadado feto quando comprovadado feto quando comprovadado feto quando comprovadado feto quando comprovadaa anencefalia...a anencefalia...a anencefalia...a anencefalia...a anencefalia...

Sabino – Sabino – Sabino – Sabino – Sabino – É a maior vergonhajá conhecida neste país. A vida ésagrada. Não temos o direito deatentar contra a vida de quemquer que seja. Matar um ser inde-feso é um ato de total crueldade

Foto JA

Sabino diante da imagem de Gianna Beretta Molla, médica italiana quese tornou santa com a colaboração do trabalho que realiza há 39 anos

e covardia. A aprovação abre asportas para o aborto até o nasci-mento. Aliás, essa é a intenção daindústria mundial da morte. Pas-mem, há apologistas do abortoque já estão defendendo matar acriança já nascida, desde que elaapresente qualquer tipo de máformação, ou os pais não tenhamcondições de criá-la.

JA - Negar isso não é ne-JA - Negar isso não é ne-JA - Negar isso não é ne-JA - Negar isso não é ne-JA - Negar isso não é ne-gar o direito de escolha?gar o direito de escolha?gar o direito de escolha?gar o direito de escolha?gar o direito de escolha?

Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - O meu direito termi-na quando começa o do próximo.Nisso, não se leva em considera-ção que o feto já é uma vida. Eletem todos os direitos de qualquerpessoa. Uma vez que a mãe nãocorre risco, com a gestação, nocaso de anencéfalos, por que nãoaguardar o nascimento da crian-ça? A questão não é osanencéfalos, a questão é liberaro aborto de modo geral.

JA - A Igreja é omissa emJA - A Igreja é omissa emJA - A Igreja é omissa emJA - A Igreja é omissa emJA - A Igreja é omissa emrelação à questão do aborto?relação à questão do aborto?relação à questão do aborto?relação à questão do aborto?relação à questão do aborto?

Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Sabino - Não a Igreja, masmuitos membros do clero ignoramo tema. É a realidade. Só agora, queessa questão está em voga, se acor-daram para o problema. Se tivessehavido uma mobilização anterior, aquestão nem teria sido colocada empauta. A omissão fez com que osabortistas tomassem espaço.

JA - Que contribuições nósJA - Que contribuições nósJA - Que contribuições nósJA - Que contribuições nósJA - Que contribuições nóscomo Igreja podemos darcomo Igreja podemos darcomo Igreja podemos darcomo Igreja podemos darcomo Igreja podemos dar, para, para, para, para, paraa defesa da vida não nascida?a defesa da vida não nascida?a defesa da vida não nascida?a defesa da vida não nascida?a defesa da vida não nascida?

Sabino – Sabino – Sabino – Sabino – Sabino – Primeiro, orar de jo-elhos no chão e lágrimas nos olhos,antes que sejamos derrotados pe-los abortistas. Segundo, arregaçaras mangar e cair na luta, no espíri-to de legítima defesa. Não pode-mos deixar que isso se torne umacoisa corriqueira. Jamais o mundovai recuperar o que for perdidopelas mortes por causa do aborto.

As mãos pregadas de Jesus,as mãos postas de Maria, as mãoscalejadas de José: que mãos! Asmãos do sacerdote: que mãos! Asmãos da mãe e do pai de família,que providenciam o sustento, queabençoam, que infundem ânimoe coragem: que mãos! As mãos

do marido e da mulher, que carre-gam a aliança que fizeram comDeus e entre si, aliança de amor ede fidelidade: que mãos! As mãosdo mendigo que, estendidas, pe-dem, e as daquele que, amando,as estende para socorrer o irmão:que mãos!

Divulgação/JA

Mãos

OuvirQuanto marido já não tem

tempo para ouvir a mulher; quan-ta mulher se impacienta quandoo marido lhe sugere o diálogo;quantos filhos se esquivam deconversar com os pais, e vice-ver-sa; em quantas casas os irmãosnão mais se comunicam: nãotêm mais tempo para falar nempara escutar... Depois, poderãoter saudades da voz do pai, ouda mãe, ou do cônjuge, do irmão,da irmã...

Ouvir 2Surdos-mudos afetivos, sur-

dos-mudos para as coisas do co-ração e da alma: ouvem, mas nãoescutam. Quanto um filho surdogostaria de ouvir a voz da mãe;quanto uma mãe surda daria paraouvir a voz do filho amado... Quãopouco valorizamos a audição,dom de Deus!

Ouvindo-te, posso curar-te; ouvin-do-te, posso ajudar-te a recuperar aalegria de viver; ouvindo-te, posso metornar teu irmão, teu amigo, o ombrodisponível para nele encostares acabeça e de onde sairás erguido para

Quantos pais falam e é comose fossem mudos, porque não háouvidos que acolham suas palavras;quantas esposas falam e é comose fossem sinos ocos a ecoar o sompelo espaço que se perde lá longe.E, no entanto, como diz Paulo, éimportante falar, oportuna e inopor-

tunamente. E é importante ouvir,pois se te ouço, me disponho a tecompreender, a te ajudar. Meusouvidos podem ser, mesmo, duasmãos que se estendem em direçãoa ti para te levantar do chão em quete sentes caído ou no qual outros tederrubaram.

Ouvir 3

Ouvir 4as lutas de cada dia, um novo ho-mem, uma nova mulher, que ajudaráa construir uma terra nova em que oshomens e as mulheres serão verda-deiramente engenheiros da constru-ção da civilização do amor.

Talvez tenhamos que renunci-ar à vontade, sempre cultivada, defalar, falar e falar, só nós, como seos outros nada tivessem a dizer;talvez tenhamos que nos reeducarpara ouvir os outros: quem nãosabe ouvir, como poderá dizer quesabe amar? Talvez tenhamos que

Ouvir 5remodelar os ouvidos, fazendoque se tornem disponíveis paraacolher as angústias e as alegriasde quem nos procura querendodividir conosco sua própria vida.Quem ouve com amor, acolhe eama; quem só ouve a si mesmo,mau conselheiro tem!

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

Jornal da Arquidiocese Maio 201215Geral

Assembleia cria a APAC em FlorianópolisDurante o encontro, foi eleita a diretoria que vai estruturar a instituição nos próximos dois anosUma assembleia geral convo-

cada para a noite do dia 09 de abrilmarcou a criação da AssociaçãoAssociaçãoAssociaçãoAssociaçãoAssociaçãode Proteção e Assistência aode Proteção e Assistência aode Proteção e Assistência aode Proteção e Assistência aode Proteção e Assistência aoCondenadoCondenadoCondenadoCondenadoCondenado - APAC - em Florianó-polis. Durante o evento, foi eleita adiretoria que, nos próximos doisanos, terá a missão de estruturara entidade.

Realizada na Capela SãoDimas, sede da Pastoral Carcerária,às 19h30, o evento contou com apresença de 20 participantes, en-tre voluntários da Pastoral e repre-sentantes de entidades que atuamno atendimento aos encarcerados.

A diretoria ficou assim constitu-ída: presidente – Leila TLeila TLeila TLeila TLeila TeresinhaeresinhaeresinhaeresinhaeresinhaM. PivattoM. PivattoM. PivattoM. PivattoM. Pivatto; vice-presidente –Henrique AguiarHenrique AguiarHenrique AguiarHenrique AguiarHenrique Aguiar; primeira secre-tária – Taise Zanotto; segunda se-cretária – Lila; primeiro tesoureiro– José Vilela S. Sobrinho; segundatesoureira – Teresinha Claret R.Bôdi; consultor jurídico – João Mo-acir Andrade; diretor de patrimônio– Gelson Pedro Fortunato.

Na oportunidade, também foieleito o Conselho Fiscal, formadopor três membros, e o ConselhoDeliberativo, formado por 18 mem-bros. A nominata dos cargos e a elei-ção seguiu o que determina o regi-mento das APACs, sugerido pelaFraternidade Brasileira de Assistên-cia aos Condenados – FBAC.

A ideia da criação da APAC emFlorianópolis surgiu a partir da vi-sita que uma equipe daqui reali-zou em Minas Gerais. Nos dias 11a 14 novembro do ano passado,23 pessoas realizaram a visita aPouso Alegre, Itaúna e São JoãoDel Rei, locais de referência daAPAC no Brasil.

Promovido pela PastoralPastoralPastoralPastoralPastoralCarceráriaCarceráriaCarceráriaCarceráriaCarcerária, o evento contou coma participação de voluntários daPastoral, lideranças leigas da Igre-ja, advogados, agentes prisionaise policiais. Durante a viagem, elestiveram oportunidade de conhe-cer a estrutura da APAC em cadalocal visitado, ouviram palestrase puderam trocar informações.

HistóriaNo começo da década de 70,

um grupo de voluntários católicosde São José dos Campos, SP, soba liderança do advogado MárioMárioMárioMárioMárioOttoboniOttoboniOttoboniOttoboniOttoboni, realizavam visitas aospresos. Vendo as dificuldades dosistema prisional, decidiram criaruma entidade jurídica para auxili-

ar a justiça na execução da pena.Surgiu a APAC.

A partir daí, com o auxílio doJuizado de Execuções Penais, fo-ram sendo criadas as APAC. Em-bora tenha sido pensada em SãoPaulo, a ideia pegou mesmo foiem Minas Gerais. Hoje são maisde 30 em todo o Estado e outrasmais de 100 em 12 Estados doSudeste, Norte e Nordeste do Bra-sil, e ganhou o mundo. O modelofoi exportado para 12 países daEuropa.

A APAC tem como finalidadesrecuperar o preso, proteger a so-ciedade, socorrer a vítima e pro-mover a justiça. Trata-se de umsistema alternativo ao aplicadoatualmente pelo Estado. Nele,não há presos, são reeducandos.Todos trabalham e, além de ter apena reduzida, são remunerados.

Não há presença de policiaisou agentes prisionais, a seguran-ça é feita pelos próprios reedu-candos. Não há superlotação. A fa-mília deve ajudar na reeducação.Como resultado, 90% dos que pas-

sam pela APAC não reincidem, aocontrário do sistema convencional.E o custo para o Estado é três ve-zes menor.

Próximos passosNos últimos dois meses, a

equipe promotora da APAC emFloria-nópolis tem-se empenha-do em apresentar a proposta àsentidades que lidam com o siste-ma prisional. Já foram visitadascerca de 20 entidades. A maioriaainda não conhecia o sistema, edemonstrou interesse e manifes-tou apoio.

Foi mostrado a eles que nãoseria uma coisa inteiramentenova aqui. O trabalho que a Pas-toral Carcerária realiza no Presí-dio Masculino, em Florianópolis,com as oficinas de serigrafia ecostura, já se aproxima do concei-to de uma APAC. Um próximo pas-so consiste em conseguir um lo-cal onde a primeira APAC será ins-talada. Já foram obtidos algunscontatos junto à Polícia Federal ese aguarda um posicionamento.

Diretoria eleita para a APAC de Florianópolis terá a missão deestruturar a entidade nos próximos dois anos

Foto JA

Hildegarda de Bingen (3)

Aos quarenta anos, Hildegardade Bingen sente a urgência e anecessidade de comunicar o queo Espírito Santo lhe anuncia emvisão. Começa, assim, a compo-sição da primeira obra da trilogiaprofética: o Scivias (“Conhece ocaminho”). Hildegarda insiste emdestacar que é apenas uma mu-lher, uma simples monja que nãorecebeu douta instrução, nem cul-tura adequada ao conhecimentodas Sagradas Escrituras. Aquiloque ela coloca na página escrita éfruto do Espírito que lhe fala, e lhefaz conhecer o que ela jamaisaprendera antes. Nesse trabalhode composição do Scivias, é aju-dada pelo monge Wolmar e pelajovem monja e aluna predileta,Ricarda de Stade. A elesHildegarda dita a obra.

Na cultura medieval, as mulhe-res eram normalmente postasnuma condição de inferioridadecultural e social. Hildegarda temeser mal interpretada nas suas pa-lavras, mas sente que não podemais subtrair-se a essa tarefa. Porisso, pede o apoio de São Ber-nardo de Claraval, um dos tantosnomes ilustres que encontramosentre os correspondentes deHildegarda junto aos Papas Eugê-nio III, Anastásio IV, Adriano IV, Ale-xandre III, e ao imperador Fre-derico Barbarroxa (1152-1190).Isso demonstra o quanto a famade Hildegarda se difundia com ra-pidez, junto com a sua autorida-de de profetisa e de santa aba-dessa. Entre os anos de 1148 e1151, Hildegarda continua e levaa termo o Scivias, mas deseja quea divulgação da sua obra seja apro-vada pelo Santo Padre. Por isso,pede a ajuda de Bernardo deClaraval.

Também a Igreja de Mogúncia,diocese do mosteiro de Hilde-garda, se faz portavoz do seu pe-dido junto ao Papa Eugênio III, queavalia os escritos enquanto seencontra na Alemanha, em Treves,e, em 1151, aprova-lhes a divul-gação. Parece inclusive que o

Os anos de intensa atividade: escreve livros ecria uma nova comunidade religiosa

Papa desempenhou um certo pa-pel na legitimação da nova comu-nidade fundada por Hildegarda:São Rupertsberg. Com efeito, en-tre 1146 e 1148, Hildegarda de-cide separar-se da comunidademonástica onde crescera, SãoDisibodenberg, e fundar, com suasdezoito monjas, uma comunida-de independente, ligada à primei-ra para assistência espiritual elitúrgica. Depois da aprovaçãopapal, Hildegarda intensifica a suaatividade de conselheira espiritu-al através de múltiplos contatosepistolares e realiza viagens depregação, visitando lugares e co-munidades monacais. Nesseinterim, escreve o Liber sub-tilitatum diversarum naturarumcreaturarum (“O livro das sutis di-ferenças entre as diversas natu-rezas das criaturas”), uma coletâ-nea de conhecimentos médicose naturalísticos do tempo, e aSymphonia harmoniae caeles-tium revelationum (“Sinfonia daharmonia das revelações celes-tes”), as líricas musicadas pelaprópria Hildegarda. Por isso, ela éconsiderada a primeira mulhercompositora da idade média. En-tre a sua obra musical, encontra-se também o primeiro drama sa-cro da idade média: o Ordovirtutum (“a ordem das virtudes”),onde é representada a luta entrea alma e o diabo. Esse período deintensa atividade é marcado peloinício da composição da segundaobra profética, o Liber vitaemeritorum (o “Livro dos méritosda vida”), iniciado em 1158. OLiber retoma o tema das lutas daalma, analisando os vícios terre-nos e as virtudes necessárias paraderrotá-los. Prenuncia-se, assim,o último perído da vida deHildegarda, quando, junto com ainspiração da última obra proféti-ca, começará para ela uma nova,grande e inesperada dor.

Annarita Zazzaroni Annarita Zazzaroni Annarita Zazzaroni Annarita Zazzaroni Annarita ZazzaroniUniversidade de BolonhaTrad. Pe. Edinei da Rosa Cândido

Como forma de legitimar ain-da mais a Associação da APACde Florianópolis, será realizadauma Audiência Pública naAssembleia Legislativa de SantaCatarina, no dia 15/05/2012,terça, às 17.00h, no chamado“Plenarinho”. A iniciativa, da Pas-toral Carcerária, conta com oapoio da Comissão de Direitos e

Audiência PúblicaGarantias Fundamentais, deAmparo à Família e à Mulher,presidida pela deputadaLuciane Maria CarminattiLuciane Maria CarminattiLuciane Maria CarminattiLuciane Maria CarminattiLuciane Maria Carminatti.

A audiência terá como obje-tivos debater o projeto da APACe buscar meios para encami-nhá-lo. Todas as pessoas e enti-dades interessadas são convi-dadas.

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2012

16 Geral Maio 2012 Jornal da Arquidiocese

Encontro reúne comunicadoresPromovido pela Pascom, encontro reuniu pessoas que atuam e que têm interesse em comunicação

“A Comunicação na Vida e Mis-são da Igreja”, foi o tema princi-pal do encontro que a Pastoral daComunicação da Arquidiocese re-alizou na manhã do dia 21 deabril. Foi na Paróquia São JoãoEvangelista, em Biguaçu, e o even-to reuniu15 lideranças em comu-nicação da Arquidiocese.

Durante o encontro, Pe. Do-Pe. Do-Pe. Do-Pe. Do-Pe. Do-mingos Nandimingos Nandimingos Nandimingos Nandimingos Nandi, doutor em comu-nicação e professor da Faculda-de Católica de Santa Catarina –Facasc, apresentou o documentode estudos número 101 da CNBB– “A Comunicação na Vida e Mis-são da Igreja”. Fez uma análisecrítica do texto, apontando os seuspontos positivos e negativos.

Pe. Nandi informou que o tex-to é um estudo, mas pode sertransformado em documento. “ACNBB ainda aceita sugestões an-tes que o documento final sejaaprovado”, disse. Ele ainda apon-tou sugestões de como dinamizaros trabalhos em comunicação nasvárias áreas da Igreja.

Após uma pausa para o café,a equipe de coordenação da

Pe Nandi assessorou o encontro falando sobre o Documento 101 daCNBB e orientando sobre como dinamizar a Pascom nas comunidades

Foto JA

No dia 19 de maio de 2012,o Santuário Santa Paulina cele-bra os 10 anos de canonizaçãoda primeira Santa do Brasil. Di-versas atividades e eventos es-peciais serão realizados ao lon-go de todo este ano. Especial-mente no dia 20 de maio, a mis-sa das 10h será transmitida pelaTV Século 21. A celebração serápresidida por Dom OrlandoDom OrlandoDom OrlandoDom OrlandoDom OrlandoBrandesBrandesBrandesBrandesBrandes, arcebispo de Londri-na (PR), com procissão que inici-ará no casebre, às 9h30min, eprosseguirá até o Santuário.

Até fevereiro de 2013, a Con-gregação das Irmãzinhas da Ima-culada Conceição, realizará mui-tos eventos, tendo como tema:“Santa Paulina, missionária davida”””””, e lema: “De olhos fixos emJesus, passo a passo, sempre emfrente”. Entre os principais even-tos está a 10ª Peregrinação “San-ta Paulina”, com saída de Itajaí,nos dias 4 e 5/05; a celebraçãosolene da Festa Litúrgica de San-ta Paulina, no dia 8/07, às 10h; aPeregrinação em homenagemaos 10 anos de Canonização, queperpassará diversas cidades da Eu-

Santuário celebra 10º ano deCanonização de Santa Paulina

ropa, neste mês de maio; a visitade Santa Paulina às 28 comuni-dades da Paróquia São Virgílio, deNova Trento e às paróquias daComarca de Tijucas, onde está oSantuário.

Outras peregrinações e ce-lebrações podem ser programa-das e agendadas junto ao San-tuário. “Contamos com a parti-cipação intensa de todos os de-votos e peregrinos que vem aoSantuário para celebrar estadata tão importante”, afirma aIrmã Maria Adelina da Cunha,diretora do Santuário.

Hino dos 10 anosPara comemorar com mais

solenidade ainda esta data, aCongregação lançou em feverei-ro, durante a missa de aberturado 10º ano de Canonização, oHino oficial. De autoria do PadrePadrePadrePadrePadreNey BrasilNey BrasilNey BrasilNey BrasilNey Brasil, com melodia agra-dável e de fácil memorização, acanção promete emocionar osperegrinos, devotos e admirado-res de Santa Paulina. Ouça o hinono site www.santuariowww.santuariowww.santuariowww.santuariowww.santuariosantapaulina.org.brsantapaulina.org.brsantapaulina.org.brsantapaulina.org.brsantapaulina.org.br

Pascom falou sobre a proposta daPastoral, dos trabalhos realizadose da programação para o ano. Aequipe ainda passou informaçõessobre o Encontro Nacional daPascom, a ser realizado nos dias19 a 22 de julho, em Aparecida,São Paulo, com o tema “Identida-de e Missão”.

Irmã Salete PlácidoIrmã Salete PlácidoIrmã Salete PlácidoIrmã Salete PlácidoIrmã Salete Plácido, coor-

denadora da Pastoral da Comuni-cação da Arquidiocese, avaliou oencontro como bastante positivo.“Tivemos a presença de pessoasque trabalham em comunicaçãonas paróquias e pastorais, e es-tão interessadas em trabalhar emconjunto. Foi um excelente mo-mento de partilha eformação”,disse.

Pascom promove encontro de formaçãoA Pastoral da Comunicação da

Arquidiocese realizará dos dias 18a 20 de maio um Seminário deFormação. Realizado na ParóquiaSão Luiz, na Agronômica, emFlorianópolis, o evento é destina-do a todos os comunicadores ouinteressados em comunicação daArquidiocese.

Durante o evento, os partici-pantes poderão optar por uma dastrês oficinas oferecidas pelaPascom: texto jornalístico; fotogra-fia (para câmeras amadoras); econfecção de blogs. As oficinasserão ministradas por membrosda Pastoral da Comunicação daArquidiocese.

Ainda durante o evento, osparticipantes poderão conhecer aestrutura da Rádio Cultura, parti-cipar da Missa na TV, transmitidapela TVBV nas manhãs de domin-

go, e haverá um momento de re-flexão sobre a carta do Papa parao Dia Mundial das Comunicações,celebrado no dia 20 de maio, queeste ano tem como tema “Silên-cio e Palavra: caminho deevangelização”.

Para participar, os interessadosdevem fazer suas inscrições. Ocusto é de R$ 30,00 por pessoa,para cobrir as despesas de alimen-tação. A hospedagem será realiza-da na casa de voluntários da re-gião de Florianópolis. Mais informa-ções pelo fone (48) 8405-6578,ou pelo e-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected], ou pelo site: wwwwwwwwwwwwwww.....arquifln.org.br/pascomarquifln.org.br/pascomarquifln.org.br/pascomarquifln.org.br/pascomarquifln.org.br/pascom.

Santuário Santa Paulina é um dos mais visitados do Brasil

Foto: Elis Facchini