Jornal de Artes

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JORNAL DE ARTES Artes Plásticas | Artes Cênicas | Cinema | Musica | Literatura Porto Alegre 2013 | | | R$ 3,00 Junho www. / facebook.com jornaldeartes www . /jornaldeartes issuu.com 15 ANOS Publicando Cultura JORNAL DE ARTES Paulo Leminski Após o lançamento de “ ” e 2013 o escritor curibano está em voga novamente com o lançamento de Toda Poesia Cinebiografia focada nos anos de 1968 e 1988, relançamento, ainda em 2013, das biografias escritas por Paulo acerca de personalidades históricas, como , Crus e Souza e . Exposição “ ”, que atualmente está no Paraná, já Jesus Cristo Leon Trotski Múlplo Leminski passou por São Paulo e deve ir para Recife em 2014 e Goiânia. Em 2014 deve ser publicado um livro de parturas com sua obra musical completa, que hoje está em fita cassete RONDANDO RODIN EM PARIS A OBRA DE ARTE E O ESPECTADOR DESEJO DE BELEZA Por Berenice Sica Lamas Por Almandrade Por Djine Klein

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Cultura; Arte; Literatura; Porto Alegre; Musica; Cinema

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JORNAL DE

ARTESArtes Plásticas | Artes Cênicas | Cinema | Musica | Literatura

Porto Alegre 2013 | | | R$ 3,00Junhowww. /facebook.com jornaldearteswww. /jornaldeartesissuu.com

15ANOS

Publicando Cultura

JORNAL DE

ARTES

Paulo LeminskiApós o lançamento de “ ” e 2013 o escritor curi�bano está em voga novamente com o lançamento de Toda Poesia Cinebiografia

focada nos anos de 1968 e 1988, relançamento, ainda em 2013, das biografias escritas por Paulo acerca de personalidades históricas, como , Crus e Souza e . Exposição “ ”, que atualmente está no Paraná, já Jesus Cristo Leon Trotski Múl�plo Leminski

passou por São Paulo e deve ir para Recife em 2014 e Goiânia. Em 2014 deve ser publicado um livro de par�turas com sua obra musical completa, que hoje está em fita cassete

RONDANDO

RODIN

EM PARIS

A OBRA DE ARTE E O ESPECTADOR

DESEJO DE BELEZA

Por Berenice Sica Lamas

Por Almandrade

Por Djine Klein

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Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 2

JORNAL DE

ARTESArtes Plásticas | Artes Cênicas |

Cinema | Musica | Literatua

EXPEDIENTE

Jornal de Artes é uma publicação da MURUCI EditorEditor | João Clauveci B. MuruciEditora de Literatura | Djine Klein ([email protected])Design Gráfico/Capa/Diagramação | Mauricio Muruci Email | [email protected]

www.issuu.com/jornaldeartesSite |www.facebook.com/jornaldeartesSite |

CNPJ | 107.715.59-0001/79 - (51) 3276 - 5278Fone |

COLABORADORES DESTA EDIÇÃO

Curta Metragem

A seleção de curtas da 40ª Edição do Curta nas Telas foi realizada em 19 de dezembro de 2012, por Marcus Mello, representando a Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre; André Kleinert, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul; Márcio Schoenardie, a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS); Marcelo Perrone, a Imprensa Especializada; e José Luís Espíndola Lopes, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre.Os curtas selecionados entrarão em cartaz a par�r de abril de 2013. Aguarde divulgação e confira os filmes selecionados.

40ª Edição do Curta nas Telas - FILMES SELECIOANDOS

PASSAGEIRO, de Bruno Mello

(R io de Janeiro, ficção, 13 minutos, 35mm, 2011). Censura livre. Sinopse – Abel trabalha no J o c k e y C l u b e e s o f r e d e narcolepsia (a doença do sono). Um dia encontra no metrô a mulher dos seus sonhos. Agora basta saber se ela é real. Ficha Técnica – Direção: Bruno Mello / Roteiro: André Pereira / Produção Execu�va: André Pereira e Bruno Mello / Direção de Fotografia: Julio Costan�ni / Montagem: Mar í l i a Moraes / Empresa produtora: Lupa Filmes / Elenco: Augusto Madeira, Thiare Maia, Angela Rebello, Lisa Fávero e Patrick Sampaio.

SOFÁ VERDE, de Arno Schuh e

Lucas Cassales (Porto Alegre, ficção, 8 minutos, 35mm, 2009). Censura l ivre. S inopse – Dois jovens carregam um sofá pela cidade. Ficha Técnica – Direção: Arno Schuh e L u ca s C a s s a l e s / Ro te i ro : Alexandre Kumpinski, Arno Schuh e Lucas Cassales / Direção de produção: Itamony Barros / Direção de Fotografia: Guilherme Vieira / Montagem: Arno Schuh / Empresa produtora: Famecos – PUC/RS / Elenco: Guilerme Bellini e Mathias Romanini.

ÚLTIMOS DIAS, de Yves Moura

(Rio de Janeiro, ficção, 15 minutos, 35mm, 2010). Censura l ivre. S inopse – No úl�mo dia de funcionamento de um an�go restaurante, flagramos as relações e s t a b e l e c i d a s e n t r e s e u s funcionários e sua úl�ma cliente. Ficha Técnica – Roteiro e Direção: Yves Moura / Produção Execu�va: Fernanda Teixeira e Yves Moura/ Direção de Fotografia: Haroldo Borges / Montagem: Fernanda Teixeira/ Empresa produtora: Buendía Filmes/ Empresa co-produtora: Cavídeo / Elenco: Renan Monteiro, Hebe Cabral, S i lv io Matos e Abelardo de Carvalho

O HOMEM, de René Sampaio

(Brasília, ficção, 12 minutos, 35mm, 2007). Censura livre. Sinopse – Art. 218. Avançar o sinal v e r m e l h o o u d e p a r a d a obrigatória: Infração – Gravíssima; Penalidade – multa. Mas para tudo n a v i d a te m u m j e i � n h o . . . brasileiro. Ficha Técnica – Roteiro e Direção: René Sampaio / Produção Execu�va: Marcio Curi / Direção de Fotografia: André Luís da Cunha / Montagem: Fernanda Bastos e Sancho Corá / Empresas produtoras: Asacine Produções e Fogo Cerrado Filmes / Elenco: Nando Cunha, João Antônio, Ana Luiza, Andrade Júnior, Maurício Witczak e Adriana Mariz.

A C O S S A D A , d e K a r e n Akerman e Karen Black (Rio de Janeiro, ficção, 7 minutos, 35mm, 2006). Classificação indica�va 16 anos. Sinopse – Francesinha perdida no Rio de Janeiro se depara com máfia do cinema nacional. Ficha Técnica – Roteiro, Direção, Produção Execu�va e Montagem: Karen Akerman e Ka r e n B l a c k / D i r e ç ã o d e Fo to g ra fi a : Pe d ro B ro n z / Empresa produtora: Cineclube pela Madrugada S/C Ltda. / E m p r e s a s c o - p r o d u t o r a s : Cachaça Cinema Clube e Ricardo M e h e d ff / E l e n c o : K a r e n Akerman, Karen Black, Lourival Ba�sta, Marlene Barros, Paulo Tiefenthaler, Nilson Gonzales, Ricardo Rodrigues, Claudio Assis e Cao Guimarães. Par�cipação Especial: Ruy Guerra.

Cara ou Cora

O curta de Vilson Santanense, Cara ou Coroa(18 min) nos leva a divagar sobre vários formatos de

solidão. A protagnista(Gislaine Camarata) vive sozinha num pequeno apartamento, e tem como

passatempo, ver na televisão um jogo de futebol, que simultaneamente se transforma numa par�da de

futebol de mesa. O estranho jogo realiza-se com aparatos precários, mas que levam a alienação do

personagem, que se equilibra fora da realidade, mas dentro do contexto da brincadeira. A temá�ca

oferece a proposta de avaliar a solidão do personagem, que de certa maneira rompe as barreiras do

isolamento, quando percebemos a câmera seguir a bola de futebol, que, desce as escadarias da moradia

da protagonista, e circula pelas ruas de Porto Alegre, até se encontrar num bairro popular o pequeno

campo de futebol, e um grupo animados de pequenos jogadores.

O contraste das duas propostas temá�cas, que na abertura do filme, se insinua como análise do

caos tendo como pano de fundo a solidão do personagem, por outro lado se desloca a alegria contagiante

de um grupo de garotos numa diver�da “pelada” de rua.

A câmera não inventa situações, somente relata com imagens duas propostas. Alguém que vive

no mundo da fantasia, e a outra realidade, a alegria da infância, ambos se completam com um simples

jogo de futebol.

Cena do Filme Cara ou Coroa

Almadrade|Berenice Sica Lamas|

Djine Klein|Dirk Hesseling |Gerson

Dias de Oliveira|Niltamara Gomes

Por Clauveci Muruci de Porto Alegre/RS

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Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 3

LITERATURA

RONDANDO RODIN

EM PARISPor de Porto Alegre/RS Berenice Sica Lamas

Embebo-me do museu Rodin em Paris: rua

Varenne 77/ 79 - 7° arrondissement, perto

de Les Invalides. Dedicado ao escultor

francês Auguste Rodin, sediado no palácio

es�lo rococó Hotel-Biron, moradia do ar�sta

nos úl�mos anos de sua vida – de 1908 a

1917, expõe mais de 6000 esculturas. Um

ano antes de sua morte, ele doa toda sua obra à França. O palácio

também pertence hoje ao governo e trata-se, por si, de uma

belíssima construção, com delicados ambientes e salas

envidraçadas permi�ndo visão do jardim.

As obras espalham-se pelos dois planos do museu: um

interno e outro externo. No jardim, bosques árvores plantas

canteiros de flores alamedas para caminhar, um ambiente ao ar

livre agradabilíssimo, fico maravilhada com todas as esculturas

distribuídas em meio a natureza, destacando-se através dos

passeios. A arte da terceira dimensão.

Ao externo, então: “Orfeu”, “O Pensador”, as figuras

dramá�cas dos “burgueses de Calais”, “A Porta do inferno”,

“Balzac”, “Ugolino”... O ambiente verde já valoriza, por si, as

obras expostas ao longo do jardim. Sua força, paixão e vigor são

potencializados pelos contrastantes e superpostos tons de verde:

vegetação e ma�zes verdes do próprio bronze – a pá�na.

Algumas, dependendo da posição no desenho do jardim, e da

altura da plataforma onde se encontram, são refle�das na água

das fontes, alcançando um efeito surpreendente. O Pensador,

talvez a obra mais conhecida do mestre no mundo todo, se

tornou emblemá�ca do pensamento reflexivo. A Porta do inferno

não concluída, interrompida por mais de duas vezes, devido aos

aspectos polí�cos da encomenda. A maioria das figuras estaria

incluída na obra da Porta, sendo que o próprio pensador seria

Dante pensa�vo diante de sua Divina Comedia. Os anos que

Rodin passa na Itália têm profunda influência sobre seu trabalho,

ele fica impactado com a obra de Michelangelo. Às vezes me

aproximando mais, ás vezes me distanciando, com todos os

sen�dos alertas e assim caminho com todo deleite esté�co.

Ao interno, distribuídas pelas peças do palácio, encontram-se:

“O beijo”, “Adão e Eva”, “O ídolo eterno”, “Primavera eterna”, “As

três sombras” – a potência destas esculturas ultrapassa nossa

possível imaginação. Os simbolismos do escultor se tornam

universais.

O escultor trabalha sobretudo em bronze e mármore,

também com terracota e vidro, entre outros materiais. Como o

próprio ar�sta era também um arguto colecionador de arte, no

museu podem-se apreciar obras de alguns pintores: o “pai

Tanguy” de Van Gogh, “As banhistas” de Renoir, Monet, Munch

com o “pensador de Rodin”, entre outros.

Lamentavelmente as obras de Camille Claudel – sua

discípula, paixão, musa e modelo - no entanto, se encontram

transportadas à Espanha para uma exposição. Fico ali, em meio

às plantas e bancos, bebendo um cappuccino francês comprado

na Cafeteria deliciosa do museu, recordando a história de ambos,

me dando conta de que a cada obra corresponde um fato, um

marco no tempo, uma dor, uma felicidade, um conflito, as obras

pontuam a vida real do escultor, sua verdade existencial,

encarcerando memórias. Recordo as biografias lidas, o filme

visto: Isabelle Adjani e Gérard Depardieu. Ali, entretanto, as

esculturas são a concretude, se mostram em todo seu esplendor,

vivas no bronze e no mármore, transcendendo a história. Em

quantas haveria a mão dedicada e anônima de Camille? Quantos

estudos, esboços ela fez para que ele pudesse concre�zar seus

trabalhos?

A pessoa e o homem Auguste por trás da eloquência

destas obras, vivendo para a arte, bipar�do entre o amor e paixão

por Camille e o dever para com a companheira doente e o filho, os

fatos de sua vida privada, o entorno da época polí�ca social e

ar�s�ca em que viveu - estes pensamentos todos giram em

minha cabeça quando deixo o museu.

Ainda há um valor sen�mental nesta visita, devido à

paixão de meu pai pela escultura e por Rodin em especial, e

compro na bou�que do museu, um souvenir para ele.

Foto: Divulgação

Page 4: Jornal de Artes

Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 4

Tire seus originais da gaveta!Lembra daquele texto guardado há muito tempo na gaveta?

A hora é agora. Podemos editar seu livro sem que você desembolse recursos seus para isso.

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Será que o azul do quadro representa o céu? E se o céu fosse

vermelho e as nuvens amarelas? - Pergunta de volta o pintor. O

olhar ansioso do espectador se perde diante da obra de arte, na

busca desesperada de um sen�do que possa ser traduzido na

fala. Estamos num mundo dominado pela fala. É sempre a

mesma interrogação: O que significa? O que quer dizer o

ar�sta? Com a ajuda da imaginação, o olhar do espectador

descobre um mundo, onde os sen�dos pousam e decolam

como os aviões nos aeroportos. Tudo pode ser acrescentado à

obra, mas ela está sempre se deslocando para outras

possibilidades de significação.Nas palavras de Merleau-Ponty: "Não temos outra maneira de

saber o que é um quadro ou coisa senão olhá-los, e a

significação deles só se revela se nós os olhamos de certo ponto

de vista, de uma certa distância e em um certo sen�do; em uma

palavra, se colocamos nossa conivência com o mundo a serviço

do espetáculo".Entre o objeto de arte e o espectador existe uma experiência,

um aprendizado, um saber u�lizado pelo olhar. Há um poder do

olhar em inventar sen�dos sobre o que se vê e, na medida que a

percepção se abre para o mundo par�cular do objeto, instala-

se no seu circuito. O olhar responde às suas provocações,

desenhando imagens imaginárias, cujos contornos não são

reflexos de verdades prévias, mas a realização do espetáculo de

reaprender a ver. O conhecimento não tem total domínio na

leitura do objeto de arte, ele pode ser aquilo que se vive em um

determinado instante. Se as novas evidências são verdades, na

arte essas verdades são inesgotáveis.Para Cézanne, um quadro não representa nada. Ele é aquilo que

percebemos, o seu sen�do não é aquilo que é transformado em

idéia, em fala; é aquilo que ele é, antes de ser enquadrado em

qualquer tema ou teoria. É algo que toca num determinado

ponto singular da sensibilidade do observador. Só se tem

acesso à arte a par�r da própria obra, através de um contato

direto com ela, um processo ligado à experiência e ao

pensamento. É fundamental ir do conceito ao objeto e do

objeto ao conceito. Uma obra de arte é a soma de tudo que ela

contém: forma, cor, linha, volume, textura, gesto, conceito,

idéia. Ela constrói um campo visual que solicita do olhar o

exercício do conhecimento e da imaginação.

Quem não sabe olhar

jamais contemplará

a escuridão.

Olhar uma obra de arte é adquirir uma sabedoria e um es�lo de

ver. Ela não se limita ao desejo do observador, que procura

relacionar tudo que vê a uma referência que ele tem do mundo

e das coisas. Por estar inserido numa sociedade e numa

linguagem sobre as quais ele não tem poder de controle, por

onde aprende a ver, pensar, sen�r, sua percepção é

determinada pela capacidade de mergulhar no mundo da

linguagem. Perceber uma obra de arte é confrontar-se com

uma linguagem que esconde um segredo inviolável,

perseguido pelo olhar que mul�plica suas imagens na

imaginação.

Uma pintura:

Meditações

de um pincel

que disseca

a beleza.

A OBRA DE ARTE E O ESPECTADOR

LITERATURA

Por de Salvador/BA * Almandrade

O olhar cre�nodo voyeurperfura o quadroe descobre uma ilha.

* Almandrade (ar�sta plás�co, poeta e arquiteto)

Foto: Divulgação

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Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 5

I.

Foi antes muito antes na pré-história eu já era bicho-gente, caçava pescava minha comida e amor. Um dia!...Que nada não �nha essa demarcação gente coisa casa tempo, como hoje ainda em alqueire de terra ver a paisagem lhe despertence. Um campo em que flor desponta na ponta de uma haste, ninguém há de ser o dono apesar das farpas o arame a cerca. E olho assim o meu avistando essas belezas desassossega regramentos que, um juiz nunca lhe alcança para grades. O meu desejo de beleza para tais visões é algo que nem o mais nobre sábio desaconselhando eu resis�a de ter asas e ver afortunadas configurações. Mas naquele não-tempo todo mundo era nu e pelado, bicho gente sempre agrupado, sociabilizar parasitas na pele do outro e que gozo as fêmeas redondas! Eu ficava por indefinido estar ali! Somente eu só numa sombra e elas em grupo, muito as visionava nessas minhas preguiças e acarinhante a sombra. Depois foi que principiei a uma despertação: quis acordar sobre um algo que sen�a, mas sem palavras não traduzia nem a mim mesmo a ver�gem. Então as fêmeas e aquelas todas vas�dões? Era um ponto como coisa pontual apontando em mim, feito pulga entre o cocorocó e os olhos, aquilo dentro não alcançava, suspeitando... Desejo de Beleza? Ou aquilo que somente alcancei em pegar a

força, a grito. E que nunca mais parei de ter fome e insônias.

II.

Desejo de beleza é uma Vênus como a de Willendorf. Surgiu a ideia no coração de um pensamento doido. A escultura que eu quis seria concebida por adição. Finas lâminas de compensado, mas que antes recortava as fa�as, depois colando umas sobre outras. O resultado um bloco indefinido e áspero. Todavia, ali lateja minha Vênus em absoluta espera de beleza.Então aquele sólido absurdo! Era desejo de beleza e, as mãos labutando a lixa, sete dias sete noites respirando os resíduos. Mas valeu minha Vênus lisa e clara! Ficou de dar inveja na outra, milenária. E que jamais poderíamos tocá-la.Já minha Vênus tem lisuras e chamados para o toque que nem um pensamento afaga se não for por puro desejo de beleza. Queira sen�r esse objeto, ele em suas mãos eu deixo. Embora Pigmalião se recinta a pretensa obra profanada. Conquanto pudor lhe peço um pouco de afeição e, ainda desejo que bebas no meu delírio. A escultura essa é minha, um artesanato inú�l, mas que me faz tão feliz. Então digo que é arte esse ar��cio, e que fiz escolha de tudo ameigar.Eu sempre procurava uma beleza que fosse só minha para ter contentamento. Assim surgiu a imagem - uma figura objeto único esté�co. Um consolo por isso de eu ter tanto desejo de beleza. E perfeição!... Mas que os outros massificam o mínimo delírio teu. E cria�vidade se empanturra daquilo que nunca pensei.O objeto nascente de um desejo de beleza não trás código de barra. Vender a manufatura, minha Vênus pra quem? Essa obra é lucido capricho meu. Eu sou o Homo Ludens, mas tartamudo fico se me afrontam com obras de parolagem em me fazer chorar. E só aceito ser poeta para o riso, ou alguma candurinha silenciosa e ter-lhes muita afeição.

III.

Quem alimpia as mágoas de Maria? No campo vê flor em ponta de haste, uma penúria a flor, onde antes havia pétalas, um coroamento de defesa mínima, a espiral desenhado o feto. Na ramagem cada broto quer ofertar o primeiro fruto e se antecipa. Um regalo doido de sabor para os lábios de Maria. Maria? Maria pensa no menino de cabelos cor de trigal. E o menino necessita se distrair enquanto aguarda em corpo miúdo tempo de ser valente. Ser um homem e, cresce como crescem as palavras de um segredo... Maria pensando em si mesma - como é lindo ser mulher? Maria se fez bela! Tão bela que hoje a nomeiam Mariana. E Mariana tem desejo de beleza, despetalando flor.

Desejo de Beleza

Por de Viamão/RS Djine Klein

Clauveci Muruci

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Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 6

v i d a a o v e r s o

O Jornal de Artes abre espaço em duas páginas onde estarão as produções do Grupo diVersos e outros amigos, e os autores de

Viamão, para nossos leitores terem contato com um universo maior da nossa produção literária. “É preciso expor a mercadoria”,

enfatizou outro dia Bertolt Brecht, explicitamente. É nosso dever mostrar na prateleira nossos objetos de arte.

A editora de literatura, Djine Klein estará encarregada de trabalhar junto a esses autores, e descobrir o melhor achado, um

pequeno diamante junto a peneira de algum descuidado poeta , e trazer do fundo do rio a tímida criação.

Boa leitura.

Apoio Cultural :

D O S L I V R O S

JOÃO

Carta para AnePor de Porto Alegre/RS Gerson Dias de Oliveira

Hoje amanheceu como a muito não era vista uma manha por aqui. Foi um

sol amedrontado parecendo temer as nuvens escuras que cobriam o horizonte,

mas enfim como qualquer esperança, ele se manteve feito um disco vermelho

desses que enfeitam salões em festas de aniversário. Era impossível prever como

haveria de ser o dia, mas esperançosos olhamos para o nascente até que uma brisa,

com cheiro de folhas pisadas chegou até nós. E lá em cima uma mão de vento,

como quem abre cor�nas, afastou qualquer temor de chuva e a luz brilhou,

transformando a praia em moldura ao espelho de água frente aos nossos olhos.

É tolice escrever sobre isso, pois nunca gostaste deste lugar – me parece

quase inoportuno e talvez desinteressante do teu ponto de vista -, mas sabes,

sempre gostei do lugar. Cada ruela, beco, mesmo as ruas largas e impessoais tenho

carinho, e não consigo me separar desta geografia. Além disso, aqui tenho sido

feliz, e se do futuro nada sei, o passado me pertence.

Ainda ontem perguntaram por onde andas, e ao olhar inquisidor expliquei

que andorinhas buscam verões e não há hemisfério algum que possa detê-las,

muito ao contrário, apenas apontam maior espaço.

Aqui permanece um livro cheio de marcações, mais o casaco leve que

usavas nas noites frescas. Fiz um pacote e receberás pelo correio. Preciso enviá-los,

pois faz parte do rito de meu luto.

Às vezes me pergunto sobre meus sen�mentos, e por tudo ser muito

recente, creio ainda quere-la, mas a vida segue, e passado o tempo, serás como um

verão an�go onde houve muito sol, e no qual aconteceram coisas incríveis e

agradáveis. Aliás, nunca fui ingênuo, mas por tua juventude não percebeste. Meu

para sempre, con�nha prazo definido. Muitas vezes ao vê-la feliz, dormindo,

pensei, no até quando a vida permi�ria tua presença, e como seria a par�da.

Por isso, quando disseste tudo acabado, para tua surpresa não esbocei

reação alguma, não gritei ou perguntei o quê ou quem era a razão da despedida,

porque antes de tudo eu e meu tempo também éramos mo�vos.

Teu e-mail está generoso, como sempre fostes. Tudo vai bem.

Olha quando o sopro do tempo atenuar em meu peito as lembranças,

assim é a vida, terás sempre a fidelidade da recordação, mesmo que já não exista

saudade.

Um beijo

Clauveci Muruci

Page 7: Jornal de Artes

As flores que só o capim sabe

Realização Jornal de Artes

Curadoria: J.Clauveci MuruciLocais:

Clube Cantegril - Viamão (Maio)Garage dos Livros - Porto Alegre - (Maio)

Natureza Pura - Viamão - (Junho) Espaço Viadante e Café da Praça - (a seguir)

Djine Klein

Exposição Fotográfica

Poeta, ar�sta visual

Apoio Cultural

Clube Cantegril

Ceramicas

Cantegril

Page 8: Jornal de Artes

Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 8

Viamão Cultural

m ma oil c- .lj ia arte ms g@

Apoio Cultural :

I - Obreiros das Artes Cênicas

No princípio “o teatro era um canto, o povo livre cantando ao ar livre”, depois o teatro passou a ser: a arte de Interpretar, privilégio das classes dominantes, dividindo o povo, determinando quem era ator e quem era expectador, moldando uns a agirem e os outros apenas assis�r. O teatro servindo como forma de opressão.Então o canto livre, a festa, o fes�val de emoções passou a ser a festa proibida a alguns e reservada a poucos. O ator tornou-se um ser virtuoso. Mas a história muda e o teatro passa a ser: a arte de reflexão e transformação. Derruba os muros e se apropria da realidade. O teatro agora é para todos, uns como forma de expressão e os outros de trabalho, para mim este é o foco: o trabalho. Num país onde a arte ainda sofre preconceitos e descaso, o que pensar de nossa cidade, muitas vezes dita – Cidade Dormitório, conceito opressivo e que deve ser urgentemente avaliado. Quais são as oportunidades?Talvez poucas, mas nós os obreiros das tragédias e comédias bravamente resis�mos e insis�mos.O que tenho percebido ao longo desses anos é a grande necessidade da pesquisa, inves�gação, experimentação de técnicas, apropriação de estudos, leitura e reflexão sobre o teatral, em sua diversidade. Aproveitando a oportunidade nesse espaço, tão valoroso, gostaria de salientar a importância de buscar um agrupamento para que a Arte que aqui se faz se torne cada vez mais socializadora.

II – Um sonho pra sonhar

No centro de Viamão há uma casa, a casa da Nil. No centro de Viamão há um teatro, a casa da Nil? Sim. E que nessa cidade há aqueles que sonham, que sonham um sonho bom para a sua aldeia, a sua gente. E Nil – Atriz, Arte-Educadora – um dia amanheceu e já não escutava o canto, apenas um estranho silêncio onde deveria vibrar muitas vozes. Isso a fez revirar-se no seu próprio ser, logo brotava daí sen�mentos dúbios e muitas perguntas:

- O que fazer agora, sem espaço de trabalho? Que é espaço de Artes. O que será de todos os ar�stas da cidade?

Sem Teatro, sem Museu, sem Biblioteca e, sem as Salas de Exposições? E a Casa Rural - um espaço tão querido dos viamonenses. Esses eram apenas algumas das tantas perguntas que Nil se fazia. Pois um dia fecharam o teatro da cidade, fecharam a Biblioteca Pública, (uma reforma no imóvel que a abrigava, mas sem deixar para a comunidade uma provisória alterna�va para o encontro com o Livro). As histórias de vida e arte, o lúdico foi suspenso por Ato Ins�tucional.E ser ar�sta, permanecer ar�sta nessas condições é um delírio? Penso que não, penso que é lucidez. E gesto de coragem, transformar a própria casa em espaço para o povo, espaço para o canto, para encontro, para o sonho bom.Contudo, as frustrações, o estar triste, mas surge algo revolucionário para a vida de alguém, de uma família, também para os amigos. A Nil mora no Viandante. No hoje único teatro da cidade, que é o seu lar. Ela, integrante do Grupo Viandantes de Teatro, fundado em 1997, daí “Viandantes”, que significa andar pela cidade.O Viandante - Teatro foi fundado em 2008 e logo Marcos Bina� (músico) abraçou com a amiga essa ideia. Com recursos próprios vão tocando essa melodia. Espaço de Arte nascendo de uma profunda necessidade de viver e compar�lhar a arte que se pra�ca as diversas formas de expressão e comunicação nas artes. E que Arte, toda arte, entendo como sopro de vida, vontade de significar, deixar de ser apenas o Homem funcional para a louca vida de seu tempo. A Casa de Artes é um lugar de acolhimento e pleno espaço lúdico para experimentação. Na atualidade o Espaço Viandante abriga oficinas de música e de teatro, também uma biblioteca de literatura sobre Arte. É lugar onde ar�stas, amigos se encontram para discu�r sobre o fazer arte em nosso tempo.

Que tal conferir a agenda de apresentações e pres�giar os ar�stas da cidade? Bom Espetáculo!

Por de Porto Alegre/RS Niltamara Gomes

Por de Porto Alegre/RS Djine Klein

Page 9: Jornal de Artes

Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 9

UM VITRAL VIANDANTE Ninguém pode negar o seu passado. Podemos até mudar

o rumo da nossa vida. Mas, queiramos ou não, somos

seres com história. Eu, como “holandeiro”, não posso

jamais ignorar ou deletar os meus primeiros anos de

Brasil, vividos em Minas Gerais e depois no Nordeste. Por

mais que discorde atualmente de coisas feitas e

defendidas quando era mais jovem. O atual Dirk (registro

civil) que era chamado durante muitos anos de Ricardo,

tem uma longa história que só vou poder revelar aos

poucos nesta coluna de opinião. No ano passado fiz com a minha esposa Ester - após 45

anos!- uma viagem à cidade de Campina Grande na

Paraíba, onde fazia o meu trabalho missionário numa vila

operária. Não vou narrar as minhas recordações do

tempo da ditadura militar para não perder o enfoque de

hoje.Naquela época concebi um vitral para uma capelinha

num convento no bairro Bodocongó. Esse projeto foi

executado posteriormente por um artesão muito

competente, um verdadeiro ar�sta. A foto desta obra de

arte de 1968 é o ponto de par�da para a pincelada de hoje.Achava que a minha pintura original �nha sido destruída pelo tempo. Assim como tantas outras lembranças, achava que tudo

estava morto e enterrado. Qual a minha surpresa? A minha inspiração jovem, apaixonado por tudo que fazia, estava lá bem

viva na minha frente! O que sen� naquele momento não dá para descrever. Mas, posso dizer agora com a mesma vibração

alegre do ano passado que tudo que é verdadeiro na vida da gente sempre renasce de uma forma ou de outra. Aquele vitral,

executado quando estava me adaptando à vida no Rio Grande do Sul no início da década de setenta, não é apenas uma janela

grande de pedaços de vidro colorido, pois quando estava avaliando aquela janela de luz, descobri que aquele desenho

con�nua fazendo parte da dança da minha vida. Mesmo tendo hoje outra visão da espiritualidade fiquei “arrepiado” - como

não? - com a cria�vidade ar�s�ca da minha juventude.Assim é a vida. O que faz parte da essência, sempre renasce e se encontra novamente com o que está na perspec�va da Beleza,

da Arte, do Divino.Os raios, saindo do sol no centro do símbolo cristão-cultural de uma cruz, sugerem um movimento em espiral. Como é a vida.

Uma eterna espiral. Circulando, circulando, para cima e para baixo, fazendo tudo para não se deixar arrastar por forças

nega�vas que seguram a vida em um nível indesejado. Há os que permanecem imbricados no mal ou no vazio, mas, apesar de

tudo, conservam sempre uma pon�nha de luz no seu ín�mo. A sua aparência talvez seja obscura, mal encarada, de nenhuma

claridade. Mas, até os bandidos, envolvidos na maior escuridão, buscam a luz! É inerente à essência do ser humano caminhar

em direção à luz. O vitral de Campina Grande me transmite uma luz que não possui a mesma força religiosa do passado. O que

não me entristece. Pelo contrário, a luz do “meu vitral de hoje é mais ecumênica”. Quantas cores e quantas tonalidades

diferentes! Menos religiosa talvez, e, quiçá mais espiritualizada. Sinto-me mais livre, mais leve, justamente por que con�nuo

procurando mais e mais luz. É esta a minha convicção: - todos nós viemos da LUZ, onde a LUZ se fez por “conta própria”. Respeito os que defendem o oposto, mas discordo totalmente dos ateus declarados que chamam os espiritualistas de

embusteiros e ilusionistas. Este tema merece uma reflexão profunda de quem crê no FIAT LUX de um Ser Superior junto com

os que não admitem essa dimensão divina da vida. Idéias luminosas têm que circular! Elas nunca morrem! Ou - para mo�var o

leitor de hoje – até diria que este vitral é viandante. A LUZ tem que “espiralar” e se movimentar dentro de cada um e no

cole�vo. Quando as idéias não circulam, surge a morte.Será que a morte é ao mesmo tempo vida? Este tema deve entrar numa outra pincelada.

Pinceladas Existenciais

Por de Viamão/RS * Dirk Hesseling

* Email: [email protected]

Foto: Divulgação

Page 10: Jornal de Artes

Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 10

Júlia e Elisa

como afastar a co�diana mediocridade da série «As Gurias»

Apoio Cultural

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Email: [email protected] São Manoel,1340, sala 203/ Bairro Santana-Porto Alegre- RS

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Page 11: Jornal de Artes

Porto Alegre | | 2013 | ARTES | Junho 11

Bar “Arte da Boemia”Espaço Cultural 512

Localizado à Rua João Alfredo, 512, na Cidade Baixa, o local, inicialmente foi um atelier de criação ar�s�ca e também acolhia a�vidades culturais. Acabou se tornando uma referencia nas a�vidades culturais e ar�s�ca na cidade.

Exposição de Artes Visuais ERÓTICO XXX Cole�vo de Arte

Uma exposição cole�va reúne onze ar�stas na Pinacoteca Bar, na República, 409 – Cidade Baixa. A exposição mostra trabalhos em fotografia e desenho na temá�ca eró�ca. Vale a pena conferir as obras de: Biahwerther, Claudio Elias, Felipe Gaieshi, Gaby Benedyct, Marcelo Monteiro, Maumau, Lívia Auler, Júlia Correa, Thais Brandão, Mayune Zhatatoo.

Studio Clio – Ins�tuto de Artes & HumanismoJosé do Patrocínio, 698 – Cidade Baixa

O Studio Clio é um importante ponto cultural da Cidade Baixa. Oferece exposições: artes visuais, fotografias,

cursos e oficinas literárias. Em maio acontece “Literatura

e o co�diano”, com João Gilberto Noll e “Língua acádia e

literatura mesopotâmica” com Ká�a Maria Paim Poezzer.

Jonnny Boy

João Antônio Pereira (Johnny Boy) é músico, poeta e con�sta. Atualmente percorre os bares da Cidade Baixa,onde ainda é possível apresentar música autoral. Em busca de um local para tocar transita por vários es�los e gêneros: blues, milonga, MPB, balada. Quem quiser conhecer o trabalho deste ar�sta acesse: h � p s : s o u d c l u d . c o m / t c h e j o a o . o u H T T P :

//entemaldito.blogspot.com para conhecer sua poé�ca.

O Boteko do Caninha

Localizado na Rua Barão do Gravataí, 577, Cidade Baixa, tem o ambiente que o bairro valoriza por trazer manifestação ritma do samba e MPB, incrustando em suas paredes a cultura popular. No fim de semana, o movimento é intenso, com a realização de eventos e saraus. É atendido pelos proprietários Evandro e Cris, que valorizam a clientela que conquistaram. Mas nem tudo são flores na Barão do Gravataí, O Boteko do Caninha, sofre perseguição subterrânea de a l g u n s m o ra d o re s d o b a i r ro , q u a n d o panfleteiam os prédios ao redor, induzindo os moradores a denunciar às autoridades supostos ruídos e agressões ao meio ambiente. Apesar de tudo, o Boteko do Caninha con�nua sua trajetória de alegrar com arte e música as noites da Cidade Baixa. Para junho o Boteko reserva, dia 02 Feijoada com convites no local e dia 06 o Sarau Sopapo Poé�co.

Espaço Nomeando é um grupo cultural, empenhado em divulgar a cultura de Africa, e as raizes de nossa africanidade, danças, cantos e outras linguagens de expressão ar�s�cas.Sem deixar de trabalhar com nossas propostas e movimento cultural.

A�vidades para Junho

PERCUSSÃOTerças - 10h às 11h / 14:30 às 15:30Sábados - 10 às 12hDANÇAS AFRICANASTerças - 11h às 12h / 16h às 17:30Sextas - 18:30 às 20hOFICINA LIVRE DE RITMOS BRASILEIROS:pesquisa e criaçãoSextas - 16h às 17:30Sábados - 15h às 17hMUSICALIZAÇÃO PARA CRIANÇASSextas -15h às 16hCAPOEIRA ANGOLATerças e quintas - 20h às 21:30YOGASegundas e quartas - 18 às 19h

Rua da República, Esquina Lima e Silva

Com mais de cinquenta quarteirões, e seus inúmeros bares,

mesas nas calçadas, muitos deles se transformam em galerias

de arte e/ou espaços para shows musicais. A Cidade Baixa é

conhecida como ponto boêmio da capital gaúcha. Ali

encontramos o Teatro Túlio Píva, o Museu Joaquim José

Felizardo, o Espaço Nomeando, a Fundação Cultural Ecarta,

Studio Clio, Meme Café Bauru e inúmeros cafés bistrôs também.

Abriga mais de vinte blocos carnavalescos, é seguramente o

melhor carnaval de rua da cidade. Ali também encontramos

ar�stas de rua fazendo suas performances e passando o chapéu,

contribuindo para a fama do bairro que lhe empresta o conceito

underground. Aos passantes, magia e aroma.

Mesa de

In Sano Pub Bar

Incrustado no coração da Cidade Baixa (Lima e Silva, 601) o In Sano impõe um agitado fim de semana no clima de Show de Rock, Pop Rock, MPB, Black Music, Blues e outros. Às segundas- feiras a alegria ocorre com a The Brothers Orquestra, composta por 17 grandes músicos de Porto Alegre. O Bar também pode ter um toque mutante, ao passar de um aconchegante pub, à uma agitada pista , com iluminação especial e telão para os melhores clips e shows nacionais e internacionais. É bom conhecer esse lugar nada normal.

Para quem quer uma noite nada normal.

Rua Lima e Silva, 601 – Cidade Baixa

(51) 3286-6940 (51) 8594-6572 (51) 8594-6569

Bola Oito

Num fim de noite uma boa ideia é diversificar. Um taco e

uma mesa de sinuca, acompanhando tudo isso cerveja

gelada e, o ao fundo, o som de um sax. No Bola Oito, Lima

e Silva, 272, é possível fazer o diferente.

Em breve na Cidade Baixa, Espaço Bakkus- Café, Bistrô e Armazém. Um lugar diferente e aconchegante, com mais de mil objetos an�gos de decoração. Reservamos para reuniões de grupos, festas e eventos. Bar em funcionamento para Happy, bebidas especiais e �ra gosto. Lugar aconchegante para almoçar, tomar um café e descontrair. Aguardem...

Tapas BarUm dos lugares mais aconchegantes da Cidade Baixa, é o Tapas Bar na Rua da República, 30 próximo a João Pessoa, ali o bate papo é o convite obrigatório para quem quiser aquentar a palavra, sob o domínio de uma bebida e um �ra gosto especial.

Bar Pinguim

Quem não conhece as mesas repletas de pessoas alegres em frente ao Pinguim Bar, na Rua da República esquina com a Lima E Silva. Ali o Happy Hour é um prazer obrigatório aos passantes e assíduos frequentadores.

Espaço Bakkus- Café Bistrô e Armazém

Page 12: Jornal de Artes

Eu vou praCidade Baixa

Prolongar a noite num lugar especial,

onde a magia de uma voz seduz entre um

cálice de vinho bordeaux.

Viva cada minuto com muita paixão na

Cidade Baixa.

O prazer de viver a noiteRua da Republica, N°30

Apoio Cultural :

Barão do Gravataí, 577Lima e Silva, Esquia Rua da RepúblicaRua João Alfredo, 512

Rua Lima e Silva, 272