Jornal de Matosinhos Nº1609

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MANTÉM O CRESCIMENTO APESAR DA CRISE, APDL PREVÊ CONTINUIDADE DE RESULTADOS POSITIVOS PÁG. 11 www.jornaldematosinhos.com Isenção Seriedade ao Serviço da Nossa Terra 31 ANOS Preço: 1 (IVA incluído) Sai à Sexta-Feira Director Pinto Soares Directora-Adjunta Natália Pinto Soares Semanário Regional Independente Ano XXXI • Nº 1609 21 de Outubro de 2011 de JOCA IMPARÁVEL DESPORTO UNIVERSIDADE SÉNIOR FLORBELA ESPANCA INICIOU MAIS UM ANO LECTIVO NUNCA É TARDE CONVIDADO ESPECIAL, CARLOS MAGNO INCENTIVOU OS OUVINTES A LIBERTAREM-SE “DA DITADURA DO TEMPO” PÁG. 6 PORTO DE LEIXÕES POPULAÇÃO E AUTARCAS UNEM-SE PARA TRAVAR A POSSÍVEL EXTINÇÃO DE LEÇA DA PALMEIRA E GUIFÕES ATENTADO AO PODER DEMOCRÁTICO ESCANDALIZADOS COM OS CRITÉRIOS APRESENTADOS NO DOCUMENTO VERDE PARA A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL, CRITICAM A FALTA DE PERCEPÇÃO DAQUILO QUE É A REALIDADE PÁG. 4 FOI GUARDA- REDES, JOGADOR, E AGORA É TREINADOR DO SENHORA DA HORA JÁ ESTÁ RESOLVIDO NARCISO MIRANDA NOVAMENTE “ATACADO” RETIRADA SUSPEIÇÃO DE DESVIO DE FUNDOS PÁG. 5 MIGUEL HORA ASSUMIU A PRESIDÊNCIA DA JUNTA DE FREGUESIA O NOVO ROSTO DE PERAFITA AUTARCA ESCLARECE QUE O PROJECTO DELINEADO POR RUI LOPES E A SUA EQUIPA VAI MANTER-SE, PROMETENDO SER UM LÍDER ACTIVO E OPERANTE NO TERRENO PÁG. 3

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Jornal de Matosinhos Nº1609

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Page 1: Jornal de Matosinhos Nº1609

MANTÉM OCRESCIMENTO

APESAR DA CRISE, APDL PREVÊ CONTINUIDADE DERESULTADOS POSITIVOS PÁG. 11

www. j o r n a l d e m a t o s i n h o s . c o m IsençãoSeriedadeao Serviçoda Nossa Terra

31ANOSPreço:1€

(IVA incluído)

Sai à Sexta-Feira

Director Pinto Soares Directora-Adjunta Natália Pinto Soares Semanário Regional Independente

Ano XXXI • Nº 160921 de Outubro de 2011

de

JOCA

IMPARÁVEL

DESPORTO

UNIVERSIDADE SÉNIOR FLORBELAESPANCA INICIOU MAIS UM ANO LECTIVO

NUNCA É TARDECONVIDADO ESPECIAL, CARLOS MAGNO INCENTIVOU OS OUVINTES A LIBERTAREM-SE “DA DITADURA DO TEMPO” PÁG. 6

PORTO DE LEIXÕES

POPULAÇÃO E AUTARCAS UNEM-SE PARA TRAVAR A POSSÍVEL EXTINÇÃO DE LEÇA DA PALMEIRA E GUIFÕES

ATENTADOAO PODERDEMOCRÁTICOESCANDALIZADOS COM OS CRITÉRIOSAPRESENTADOS NO DOCUMENTO VERDEPARA A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL,CRITICAM A FALTA DE PERCEPÇÃO DAQUILOQUE É A REALIDADE PÁG. 4

FOI GUARDA-REDES, JOGADOR, E AGORA ÉTREINADOR DO SENHORA DA HORA

JÁ ESTÁRESOLVIDO

NARCISO MIRANDA NOVAMENTE “ATACADO”

RETIRADA SUSPEIÇÃO DE DESVIODE FUNDOS PÁG. 5

MIGUEL HORA ASSUMIU A PRESIDÊNCIA DA JUNTA DE FREGUESIA

O NOVO ROSTO DE PERAFITA

AUTARCA ESCLARECE QUE O PROJECTO DELINEADO POR RUILOPES E A SUA EQUIPA VAI MANTER-SE, PROMETENDO SER UMLÍDER ACTIVO E OPERANTE NO TERRENO PÁG. 3

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JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 20112

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Na passada terça feira fui assistircom um grupo de alunos do 11º anoà Conferência “Mood Marketing”-

Porto, no Teatro Sá da Bandeira. Estainteressante iniciativa organizada peloIPAM colocou-nos perante oradores quenos fizeram refletir sobre a ligação entreHumor e Marketing neste período de criseem que a originalidade e a criatividade sãoessenciais.

A “cabeça de cartaz” era RicardoAraújo Pereira… e as expetativas nãoforam defraudadas. Com efeito, aqueleque em 2009 foi nomeado pelos jornalistasde um importante grupo editorial por-tuguês como uma das figuras do ano aolado de figuras como Barack Obama, colo-

cando a força do humor sério e com qua-lidade ao lado de um Nobel da Paz que,ainda por cima, é considerado o Homemmais poderoso do mundo, demonstrouuma vez mais a sua qualidade e capaci-dade de comunicação e improviso.

Na altura dessa nomeação, num textoescrito em Janeiro de 2010, considerei par-ticularmente significativo ver o humorsentado nesta mesa de destaques, com achancela do mais popular dos “GatosFedorentos”.

Nesse momento, como na passada terçafeira, (se dúvidas ainda subsistissem),ficamos, elucidados sobre a possibilidadede coisas sérias serem ditas entre duas gar-galhadas, o que não tem de tirar importân-cia ao que é dito, nem dignidade ao que émotivo de referência.

Ricardo Araújo Pereira, uma vez maisassumiu uma qualidade notável, não sur-preendendo a escolha arrojada, mas nempor isso menos acertada do IPAM.

O humor português, que tantas vezes éinjustiçado, teve mais uma vez um bommotivo para sorrir… num sorriso espontâ-neo, sério e sentido, como já aconteceu no

passado com artistas como Vasco Santana,António Silva, Laura Alves, Raul Solnado,Ivone Silva, entre muitos outros.

Caro Alfredo,Há uns dias atrás, a Comunicação

Social veio dizer-nos que uma mãe deixaraum seu bebé recém-nascido, junto à entra-da de um cemitério do Porto. Estes casosde abandono e, quantas vezes até de infan-ticídio, vão-se, infelizmente, multiplican-do. Todos nós, reflectindo sobre o caso,seríamos capazes de descobrir algumasdas causas que levam a estas tragédias. Eu,não por acaso, descobri-me a pensar nisso,mas agora, quero ficar-me contigosomente na pessoa da mãe daquela crian-ça. É que foi ela que imediatamente metocou. Experimentei por ouvido que quasetodos pensaram mal dela e a condenaram.Eu fiquei-me a pensar na dor, no sofrimen-to, sei lá, no desespero daquela mãe. Quemseria? Quantos anos tinha? Como vivia?Por que procedeu assim? Ela tomou todosos cuidados para que nada de pior aconte-cesse ao bebé: envolveu-o num saco seguroe asseado; agasalhou-o com carinho;deixou uma almofada no sítio certo paranão se magoar no caso de deslize dacabeça; colocou-o em lugar público, poronde passa muita gente, o que lha garantiaseguro acolhimento e bom encaminha-mento.

Ali, a montante, havia um dramamuito grande. Aquela jovem (?) mãe mere-cia, com toda a certeza, a nossa compaixãoe a nossa possível compreensão.

Com tudo isto, fiquei a pensar na mãede Moisés: não estaria esta mãe ali porperto, escondida em qualquer esquina, aver o que aconteceria ao seu bebé?

Perante tantos acontecimentos cheiosde mistérios como estes, nada de conde-nações. Só de joelhos.

Mt.º Ded.º

MANUELBISPO

BILHETE POSTAL

Todos estávamos à espera de medidasdrásticas e penalizadoras no previs-to Orçamento de Estado em conjun-

tura de gravíssima crise nacional e inter-nacional. No entanto quando o ministrosurgiu nos ecrãs das televisões mesmo oscidadãos mais pessimistas ficaram estupe-factos. Ninguém contava com medidas tãodramáticas.

Sei bem que mais importante do queavaliar as razões objectivas da derrocadaque paira sobre nós, é olharmos o futuro e,cada família, cada cidadão preparar-separa enfrentar as terríveis dificuldades.No entanto convém relembrar aquilo quefui escrevendo e afirmando, durante osúltimos anos, em especial a partir de 2009.

O país que nos vendiam, que sistemati-camente anunciavam, o novo-riquismo, osgastos exagerados e supérfluos, as tendasalugadas, os carros de alta gama, as festase festarolas que a administração pública,em geral, central, regional e local, foramrealizando, como se vivêssemos num paíscom uma riqueza fantasmagórica, só pode-ria dar nestes resultados.

A grande questão que se põe é sabercomo é possível que responsáveis políticos,desse período e que hoje continuam emactividade, sejam ex-governantes, deputa-

dos, autarcas ou gestores públicos podemcontinuar, alegremente, em funções, comose nada fosse com eles.

De facto não sendo a favor da justicia-lização da política sou claramente a favorda punição severa, do ponto de vista políti-co, destes responsáveis. O engenheiro JoséSócrates levou longe demais as suas visõesmegalómanas e todos aqueles que cega-mente o aplaudiam e seguiam, são políticae moralmente responsáveis.

Ainda me lembro daquele congresso naExponor. Tanta encenação, tanta mentira,tanta ficção, tanta irresponsabilidade, comgastos sumptuosos.

Como se sentem todas e todos aquelesque tinham e têm responsabilidades que láestiveram com um entusiasmo arrepiante-mente confrangedor, seguindo acefala-mente o chefe e transformando aquele con-gresso numa verdadeira acção sustentadaem métodos stalinistas.

Agora há que pagar a factura e, estafactura é pesadíssima. Muitas famílias nãovão aguentar, enquanto a parte dosresponsáveis lhes continua a passar aolado”.

É muito preocupante a situação e asconsequências são de contornos de difícilprevisão. Muitas famílias não vão suportarestas medidas, o desemprego vai continuara aumentar, as dividas das famílias a dis-parar e os focos de pobreza surgirão por

todos os lados. Os cortes de dois meses deordenado a uma franja significativa, dostrabalhadores, funcionários públicos eaposentados, a somar a outras medidas jáem prática ou anunciadas constitui umgolpe quase mortal da classe média.

A outra grande questão é saber-se seestas medidas são suficientes e por quantotempo estarão em vigor. Sobre estamatéria todos os dados conhecidos sãoextraordinariamente pessimistas e o me-lhor é estarmos prevenidos para o pior.

Recordo que, do meu ponto de vista,aparecerão novos buracos que irão darmuito que falar. Insisto na previsibilidadede surpresas negativas, em matéria dedívidas, espalhadas pelo país com origemem muitas autarquias e empresas munici-pais. Desejo estar enganado, mas, a minhaexperiência aconselha a medidas preventi-vas e cautelares.

As fantasias não estão, de todo, banidasda nossa administração e a cultura políticae de gestão socrática está bem patente emgestos e actos bem conhecidos e identifica-dos.

Tempos difíceis, muito difíceis, queprovocarão situações dramáticas e derepercussões sociais complexas. A indig-nação vai tocar profundamente os senti-mentos dos cidadãos que são as grandesvítimas de tanta leviandade e irrespon-sabilidade.

NARCISO MIRANDAVereador Independente

MATOSINHOS

SEMPRE

MMeeddiiddaass aarrrraassaaddoorraass......ESTA SEMANA

ELVIRARODRIGUES Professora na EscolaSecundária Augusto Gomes(Matosinhos)

OO HHuummoorr ee oo MMaarrkkeettiinngg

Semana DiferenteA Municipalidade assinalou no passado

sábado o Dia Internacional da BengalaBranca, com um conjunto de iniciativas decarácter lúdico e pedagógico, na BibliotecaMunicipal Florbela Espanca, destinadas acrianças, jovens e adultos, que se prolongamaté hoje.

Estabelecido em 1970 pela FederaçãoInternacional de Cegos, esta data tem comoobjectivo reconhecer a independência daspessoas cegas e a sua plena participação nasociedade, tendo como símbolo da igualdadee da cegueira a Bengala Branca, que acaboupor se reconverter também num símbolo deindependência, liberdade e confiança. A suautilização permite ao deficiente visual movi-mentar-se livremente. Ricardo Araújo Pereira

Page 3: Jornal de Matosinhos Nº1609

Miguel Hora assumiu o cargo depresidente da Junta de Perafita,desde 30 de Setembro, por Rui

Lopes ter pedido a suspensão do seumandato devido a assuntos profissio-nais, por um período de 90 dias, “com apossibilidade de surgirem novos pedi-dos de prorrogação”. Em entrevista aoJM, o autarca reconheceu que “não está-vamos à espera deste pedido, mas trata-se de oportunidades que surgem na vida.Não é um abandono por parte de RuiLopes, da Junta de Freguesia e dePerafita, sei que lhe custa bastante”.

O projecto delineado por Rui Lopese a sua equipa para Perafita, no início domandato, há quatro anos, “vai conti-nuar” com o actual executivo, “vai man-ter e cumprir, é esse o nosso objectivo.Com o mesmo método, mesmasmetodologias, seriedade, trabalho e de-dicação, que sempre foi aquilo que nósfizemos, até à saída dele. Está a conti-nuar com tudo aquilo que estava calen-darizado e os novos projectos que virão,apesar das dificuldades que virão”.

A linha traçada pelo executivo nãovai mudar devido ao pedido de suspen-são e mudança na liderança da Junta deFreguesia: “Não vai mudar. Somos pes-soas diferentes, como é óbvio, comexperiência de vida, idade e formas deestar diferentes, mas efectivamente parao serviço da Junta, e prestado à popu-lação, nada muda, nem a linha de orien-tação. A estrutura deste executivo vemde há seis anos. É evidente que com opedido de suspensão, teve de entrar umapessoa para o executivo, para se cumprira lei”, que impõe cinco elementos, tendoentrado Daniel Neiva, que fica respon-sável pela Cultura, Desporto e TemposLivres, “pasta que até à data era ocupa-da por Tiago Neiva, o irmão dele, queficou agora a ser o Tesoureiro e oresponsável pelo nosso sistema degestão da qualidade, pois somos a únicaJunta de Freguesia do Concelho certifi-cada”.

Quanto a si, os perafitenses podemcontar com um presidente de Junta acti-vo, operante, no terreno: “Um pouco detudo isso. Conhecem-me há muitos

anos. Nasci e sempre vivi em Perafita,durante muitos anos, dos 6 aos 24, estiveligado à Paróquia, aos escuteiros, cate-quese, coro e acólitos. Acabei depois porsair. Os cidadãos sabem que sou do ter-reno”. Mantém a sua actividade profis-sional, tal como Rui Lopes manteve,pois há um elemento da Junta a Tempointeiro, a vice-presidente Fernanda, mas“dedico o sábado a percorrer aFreguesia, mesmo aos locais mais remo-tos. E no domingo também estou aoserviço. Os pedidos para atender oscidadãos são logo satisfeitos. A partici-pação activa, o estar na rua, o perceberas dificuldades que a população temsentido faz com que o trabalho sejadiário e dedicado. É uma dedicação deempenho e de futuro. Estou ao serviçoda população, diariamente. Quero tra-balhar para tentar melhorar a qualidadede vida dos perafitenses”.

Miguel Hora afirmou que se sentiasatisfeito com os desejos de “sorte” pro-feridos pelos Partidos de oposição, naúltima Assembleia de Freguesia, em quelhe “prometeram a cooperação. Temosvindo, ao longo destes anos, a ter umaboa relação com as forças partidáriasexistentes na AF. É evidente que existemas divergências de opinião política,

como é óbvio, mas não tem havidodivergências de fundo e de ruptura pro-fundas. E isso vê-se pelas aprovaçõesdos relatórios de actividades e de contas,em que por norma não obtivemos nen-hum voto contra, mas só abstenções evotos a favor. Mostra o trabalho que oexecutivo tem feito, que é o cumprimen-to na íntegra do projecto que apresenta-mos à população e que venceu naseleições autárquicas. A própria AF temvindo a colaborar muito bem, divergin-do em algumas opções. Temos con-seguido articular com a oposição,mesmo no plano de actividades em queaceitamos sugestões, de forma a que osinteresses da Freguesia esteja acima dosinteresses partidários”.

Segurança é o principal problema de Perafita

A realidade de Perafita é que “sem-pre que está em jogo o interesse daFreguesia, todos se unem”, a exemplodo que aconteceu há anos no processode legalização de uns terrenos perto doobelisco da Memória”. Um dos princi-pais problemas da Freguesia que quertentar resolver é a construção do quartel

de uma força policial, prometido háanos pelo governo: “Trata-se de umaquestão de segurança. A GNR, instaladaem Leça da Palmeira, cobre trêsFreguesias – Perafita, Lavra e SantaCruz do Bispo. Não faz sentido estar emLeça, até porque não patrulha essaFreguesia. E Perafita cresceu muito emaglomerados habitacionais, principal-mente bairros sociais, mas isso não querdizer que os problemas existam apenasnesses bairros mas também no resto daFreguesia. A população vem exigindodesde há muito a instalação da GNR”.Essa é a principal necessidade. Há ter-reno disponível para essa construção.Miguel Hora reuniu-se há pouco com opresidente da Câmara, Guilherme Pinto,“e sei que houve já conversas com ogoverno para que esse processoarranque. Com a conjuntura nacional,não sei quando avançará”.

O problema social também aflige oexecutivo, tendo sido aprovado, recente-mente, um reforço de verbas no orça-mento e plano de actividades para esteano no tocante “a técnicas para ummaior acompanhamento e proximidade,para darmos resposta a essas carênciassociais”. Os perafitenses desejam, igual-mente há muito tempo, que se proceda“à reconversão da escola velha”, desti-nando-a a centro cívico, desejandoMiguel Hora que “o projecto seja con-cluído e a Câmara lance, durante o con-curso público. Esta é a única Freguesiaque não tem um centro cívico para apopulação”. Servirá de ponto de encon-tro das pessoas e realização de eventosculturais e debates.

A Junta de Freguesia “é o primeiroponto de contacto com a população”,pois esta, sempre “que tem problemasou reclamações”, dirige-se à autarquia,“que serve de interligação com aCâmara Municipal. Encaminhamosesses assuntos para o Município”.Apesar de Perafita não ser uma dasFreguesias a extinguir pelo reordena-mento autárquico, ao invés de Leça daPalmeira e Guifões, Miguel Hora mani-festou estranheza pela forma como seestá a proceder: “Se fosse uma reforma

que resolver algum problema, eu dariatodo o meu apoio. Não posso aceitar queisto seja feito por uns senhores que estãosentados numa secretária, que nãosabem quais são os serviços que umaJunta de Freguesia presta à sua popu-lação. O caso mais correcto, completa-mente ao contrário daquilo que o gover-no apresentou, foi o que aconteceu emLisboa, onde a própria Câmara, por livree espontânea vontade, decidiu, reuniu edebateu com a população e as Juntas, ereorganizou o Concelho, pois as 50Freguesias passaram para 25. Isso faztodo o sentido”.

Quanto ao que se pretende fazer nonosso Concelho, “concretamente emLeça da Palmeira e Guifões, os motivosporque não entram nos requisitos paracontinuar a existir são inaceitáveis. Ocaso de Leça da Palmeira é bem grave,porque tem 20 mil habitantes masporque a sede da Junta não fica a maisde 5 quilómetros da sede do Concelho játem de se abater não faz sentido nen-hum. Vê-se que é decidido em secre-taria, está-se a construir a casa pelo te-lhado”. Concorda que a “reforma daadministração local tinha de ser feita,mas não como está a ser delineada”, ecritica a Associação Nacional dasFreguesias e a Associação Nacional dosMunicípios de “não zelarem pelos inte-resses nem das Freguesias nem dosMunicípios, infelizmente. A nossa Juntade Freguesia é associada da ANAFRE etem zero vantagens. É uma associaçãoque pouco apoio nos dá e neste proces-so esteve muito mal”.

Dados sobre Miguel Hora

Nome e naturalidade: MiguelFilipe Alves Hora, nascido emPerafita a 20 de Setembro de 1977.

Profissão: Coordenador de ope-rações no ramo de transportes e logís-tica.

Estado civil: Solteiro.Residência: Perafita. É associado

de várias colectividades da Freguesia.

José Maria Cameira

21 DE OUTUBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 331 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Novo presidente da Junta de Freguesia de Perafita é bem conhecido da população

"Mantemos o mesmo rumo"

Nos últimos dias, o Governo anunciou umconjunto de medidas, classificadas pelospróprios autores como brutais, que vão

penalizar fortemente a população portuguesa.Os trabalhadores, todos eles, são atingidos,

sendo particularmente violentados os da admi-nistração pública, no activo ou na situação deaposentação.

Tal como aconteceu com o anterior governo,também o actual espalha o seu ódio sobre aadministração pública, seja atacando as suasfunções e competências, seja penalizando quemdela faz parte.

Hoje, como ontem, parece que são os traba-lhadores da administração pública os respon-sáveis, os maiores e, tantas vezes parece que osúnicos, pela crise que se vive.

São eles os responsáveis pela destruição doaparelho produtivo, com o consequente empo-brecimento do país, pelo aumento das desigual-dades sociais, com os ricos cada vez mais ricos esempre protegidos pelos sucessivos governos, eos pobres cada vez mais pobres, com a caridadea tornar-se uma opção política, pelo alastramen-to da corrupção ao mesmo tempo que cresce asensação de que alguns gozam de absolutaimpunidade.

Mas como se diz a propósito de um jogo deapostas, atacar os vencimentos e as pensões dostrabalhadores da administração pública é fácil, ébarato, claro que para quem faz o saque, e dámilhões. Milhões, diga-se, que não são destina-dos a relançar a economia mas a tapar buracos,o nosso país parece um queijo suíço, abertos porquem fica sempre à margem de qualquerresponsabilidade e a beneficiar os que nuncadeixaram, nem deixam, de ser beneficiados.

Saquear os subsídios de férias e, ou, de Natalaos trabalhadores da administração pública, noactivo ou na reforma, pode ser uma medida fácilpara o governo, cujas justificações são de umapobreza intelectual chocante, mas constitui umacto que está lançar o desespero em muitasfamílias que aproveitavam essas importânciaspara equilibrar as suas contas.

É, contudo, significativo do pensamentodeste governo que ele considere, sempre, comovalor de referência o salário mínimo nacional, jáde si ratado pelo anterior governo ao nãocumprir o acordo celebrado na concertaçãosocial.

O salário mínimo nacional, um dos maisbaixos da UE, parece ser o objectivo que todos osportugueses devem atingir pelo que os traba-lhadores que ganhem acima deste valor estãosujeitos a cortes e mais cortes.

Mas não são só os trabalhadores da admi-nistração pública os alvos desta sanha do governo.

Também os do sector privado estão sob a suamira, para já com o horário de trabalho acresci-do de meia hora, mas, igualmente, prendadoscom despedimentos mais fáceis e baratos, subsí-dio de desemprego com menor tempo e valor,horas extraordinárias com menor compensação.

O passado mostra que os trabalhadores daadministração pública têm servido, muitasvezes, de cobaias para medidas que mais tarde sevêm a aplicar aos do sector privado. Por isso,estes não podem ter a certeza de que os seus sub-sídios de férias e natal possam ficar, para sem-pre, intocáveis.

Tal como ontem, hoje só alguns podemgarantir que passarão ao lado dos sacrifícios, ouque os que lhes vierem a ser pedidos são simplescócegas que pouco os afectarão.

É evidente, e aí há um consenso geral, que asmedidas agora anunciadas terão um forteimpacto negativo na economia do país, sendo opróprio primeiro-ministro a admiti-lo.

Tristes sinais dos tempos quando governosque deveriam ter como prioridade absoluta arecuperação da economia do seu país, para a criação de riqueza e de emprego, tomam medi-das que vão em sentido contrário. Dizê-lo, comoo fez o actual primeiro-ministro, significa irres-ponsabilidade e incompetência.

Neste rumo, com as condições do “emprésti-mo” concedido pela troika estrangeira, com asubmissão e ajoelhar da troika nacional, prazo

curto e taxas de juro elevadas, e com o afunda-mento da economia, muito difícil será Portugalsatisfazer os seus compromissos.

E novas medidas virão, sem que mudem osalvos.

A economia afunda-se, com ela o País, sendojá admitido que, no próximo ano, com as medi-das agora anunciadas, a recessão se acentuaráatingindo o crescimento negativo de menos2,8%.

Isso significará o encerramento de muitasempresas, fundamentalmente as de menordimensão, e o aumento, muito significativo, dodesemprego, já hoje uma enorme calamidadesocial.

Vivemos tempos difíceis, mais difíceis iremosviver.

Isto não surge por acaso, há responsáveis, osdos buracos e, mais do que isso, os responsáveispelas políticas que nos trouxeram até aqui deque o actual governo é um muito digno continu-ador.

Os Portugueses não podem aceitar passiva-mente a destruição do seu País e um futuro semesperança para si e os seus filhos.

Indignemo-nos, protestemos, lutemos, elesnão são invencíveis.

Portugal, nos seus quase novecentos anos dehistória, viveu muitas épocas de escuridão e,sempre, acabou por vencê-las.

Se o quisermos, também esta será vencida.

LINHA DA FRENTE

OO ssaaqquuee ccoonnttiinnuuaa,, oo PPaaííss aaffuunnddaa--sseeVALDEMAR

MADUREIRAECONOMISTA

Page 4: Jornal de Matosinhos Nº1609

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 20114

Agrande maioria dos habitantes de Leça daPalmeira está contra a hipótese de extinçãoda Freguesia. A essa manifestação de von-

tade assistiu-se durante a Conferência deImprensa de Pedro Sousa, presidente da autar-quia local, uma vez que na sala se encontravamrepresentantes de todas as associações,empresários, pessoas ligadas à Cultura e detodos os Partidos Políticos, desde o BE ao CDS,“demonstrando a unidade que existe em tornodesta luta que nos é comum, a prova clara .deque estamos todos unidos”, referiu o autarca.

Garantindo que logo que foi conhecido o“Documento Verde para a Reforma daAdministração Local”, surgiu em Leça daPalmeira “um grande movimento cívico que sefoi juntado a esta instituição que vai liderandoos destinos da Freguesia. Estamos perante omaior atentado ao poder democraticamenteeleito no pós o 25 de Abril. Quem elaborou oDocumento Verde fê-lo de régua e esquadro,com critérios desajustados da realidade local.Por exemplo se deslocássemos esta mesma sedepara norte da Freguesia já não seríamos extin-tos, pois estamos a falar de um critério queprevê a distância de três quilómetros entre aJunta e os Paços do Concelho. É um critério ca-ricato e completamente desajustado para poder-mos fazer uma boa reforma daquilo que énecessário ao nível do território”.

Os critérios do documento “não ponderam adimensão humana e territorial”, pois em Leçada Palmeira, onde há cerca de 20 mil residentes,“estamos 26 vezes acima da média nacional noque diz respeito à densidade populacional.Temos três mil habitantes por quilómetroquadrado, para além de termos um territóriovasto, com seis quilómetros quadrados. Esta éuma das nossas críticas em relação aos critérios

apresentados. Existe uma clara falta de per-cepção daquilo que é a realidade local”.

Falando das infra-estruturas essenciais parauma localidade, salientou que em Leça daPalmeira existem cinco escolas primárias ejardins de infância, uma escola básica integrada,uma escola secundária, Centro de Saúde, quar-tel de Bombeiros, um movimento associativo“muito forte, para além de cooperação institu-cional ímpar, entre todas as instituições sociaisda Paróquia, desportivas, culturais e demaisentidades”. Lembrou que a Junta de Freguesia“é a primeira porta onde os nossos concidadãosbatem para solucionar os seus problemas. Existe

uma falta de sensibilidade no que diz respeito àproximidade entre cidadãos e autarquia”.

Na Freguesia há políticas de proximidade,de entre as quais “um conselho consultivo parao desenvolvimento e planeamento estratégicode Leça da Palmeira, onde tem assento toda acomunidade e as forças vivas. Criamos umgabinete consultivo da autarquia, único nopaís”, onde participam não só as forças par-tidárias com assento na Assembleia deFreguesia mas também os outros Partidos quenão foram eleitos”. A Junta de Freguesia é “aúnica da Área Metropolitana do Porto que temum mecanismo de reforço da participação cívi-

ca e democrática denominado orçamento parti-cipativo. Temos políticas de apoio social direc-cionadas aos mais velhos e aos mais jovens”.

A proposta para extinguir a Freguesia é,segundo Pedro Sousa, “inócua, do ponto devista material. Não é desta forma que se vai con-seguir uma economia de custos. O impacto quetem no Orçamento de Estado é de apenas 0.1%,é ridículo dizer que pretendemos economizarcustos. É também iníqua, perversa e injusta,porque trata de forma igual o que é desigual.Não existem critérios diferenciadores dasescalas existentes”.

Pedro Sousa apoia “ajustes no território,defendemos uma reforma na divisão das regiõesque seja consonante com as nomenclaturas deunidade territorial. Deve haver um reforço dascompetências próprias. E por isso obviamente énecessário alguns reajustes no nosso território eao nível da administração. Mas não é destaforma cega e sem conhecimento da realidadeque ela se deve fazer. Esta é não só a posição daJunta de Freguesia mas também da nossa comu-nidade”.

Leça da Palmeira “tem escala, dimensão e,por conseguinte, não pode ser extinta”, pelo quea intenção de extinção “é uma proposta irres-ponsável, insensata e incoerente. Defenderei atéàs últimas instâncias e consequências os inter-esses da Freguesia, porque não quero ficar namemória de Leça da Palmeira por ter sido omais novo a ser eleito e o último da história”,precisou Pedro Sousa, acentuando que foramtomadas algumas medidas, de entre as quaisreuniões com os Partidos Políticos e o presi-dente da Câmara de Matosinhos, para além deum pedido de reunião com o ministro da tutela.

José Maria Cameira

Pedro Sousa opõe-se à possível extinção da Freguesia

"Defenderei Leça da Palmeiraaté às últimas consequências"

Quanto mais se avança em busca de tran-quilidade social, de progresso e de bem-estar para todos os povos, mais se degra-

da a consciência humana, menos respeito hápelas pessoas, mais corrupção se avoluma emais crescem a criminalidade, a (des)vergonha,o desinteresse e misantropismo colectivo. Fez-se uma revolução há 37 anos. E nessa hora,praticamente todos vibrámos, cá dentro e láfora, pelo derrube de 48 anos de liberdade amenos e excesso de concentração de poder amais em determinados serviços. Mesmo quemmandava, já andaria cansado desse poder quaseabsoluto. Poucos dias depois, o país tornou-seingovernável porque todos queriam esvaziar oódio acumulado que traziam consigo e esseódio redundou num «prec» que implicou muitaprudência, algum calculismo e também muitasorte.

Venceu-se essa crise. Criaram-se os par-tidos políticos e cada um arrumou-se onde aideologia já os tinha catalogado. Outros, porém,ziguezaguearam, fizeram cambalhotas mira-bolantes, prestaram-se aos mais ridículospapéis.

Os mais ingénuos e coerentes souberammanter-se nos seus postos. E prestaram bonsserviços à democracia. Mas a ânsia de poder, avaidade descontrolada que fez de muitos e atentação que esse fascínio caldeou na sociedadeportuguesa, geraram esta barafunda desconser-tada a que chegámos.

Se hoje houvesse liberdade para fazer umreferendo rigoroso e exaustivo, talvez o resulta-do servisse para inesperadas conclusões.Possivelmente teríamos uma maioria absoluta apedir menos liberdade, mas mais tranquilidadesocial, mais emprego, maior disciplina cívica,mais justiça, mais igualdade de oportunidades,menos compadrio, maior solidariedade entre oscidadãos.

O que mais contribuiu para a bandalheiracaótica e sem vislumbre de coerência e deregresso à normalidade foi a ascensão ao poderlocal, regional e nacional de uns quantosimpreparados, ocos e chocos que nada tinham adar aos cargos a que chegaram. Uns por ausên-cia de outros mais capazes, outros por métodosaparelhísticos e uns quantos ainda, por influên-cia familiar. Salvam-se os mais capazes, ossérios e os competentes que constituem aexcepção e não a regra.

Vivo em Guimarães que serve de exemploa esta dramática situação política.

Até à última década do Século XX,Guimarães era um Concelho com 73Freguesias, com uma população da ordem dos160 mil habitantes, com o maior número deunidades industriais, com um comércio forte ecom um meio urbano que já se tinha impostopelo seu Centro Histórico, pelo impulso cultu-ral e turístico, enfim, uma urbe que não tinhadesemprego substancial, já tinha o pólo univer-sitário das tecnologias em grande ritmo e, portudo isso, era uma cidade atractiva. Foi oprimeiro Concelho a norte do Rio Douro, àexcepção do Porto, a ter 11 membros no seuexecutivo. Já em Outubro de 1961 Guimarães

tinha 117.948 habitantes, enquanto Braga tinha98.012. Isto numa altura em que no país havia9.130.410 residentes. O censo de 2011 desfez omito das grandezas: Guimarães que em 2009tinha 162.592 baixou para 158.018, enquantoBraga passou a ter 181.819. Ou seja: aquelacidade que na década de 1980 era a cidade dor-mitório de Guimarães, passou a superarGuimarães em todos os níveis: industrial, co-mercial, populacional, estudantil, sindical e atéem índice de pobreza. Já se ouvem as vozesmais críticas de que Guimarães não passa deum arrabalde de Braga e que a breve trecho seráultrapassada por Famalicão e Barcelos.

Os media Vimaranenses, por medo ao cortede publicidade institucional, não têm coragemde falar a verdade; submetem-se, vergam-se etodos dizem o mesmo, sendo certo que algunsnasceram para órgãos oficiosos do poder abso-luto, cem vezes pior do que na Ilha da Madeira.

Num desses órgãos que não escreveu umaúnica linha sobre o nono centenário do nasci-mento de Afonso Henriques – a causa maisnobre e mais importante do ano que passa – fezmanchete na sua edição de 5 de Outubro quenão corresponde à opinião pública. Que oGoverno (está) em total sintonia com«Guimarães 2012 CEC», quando até esta alturado ano, – faltam 3 meses para o início desseprograma – só tem havido escândalos,vaidades, desorganização, partidarismo, com-padrio e incompetência.

Mas a culpa não é somente do ditador quecalhou em sorte a esta cidade e a este Concelhoem despromoção galopante. É a subserviênciade certa oposição, cujo líder dessa época,

passeou a sua petulância a pensar na vitória.Estatelou-se e, mesmo assim, passou a pasta aum familiar que foi pior do que a encomenda. Omaior partido da oposição nunca caíu tão fundocomo nos últimos dez anos. Em 1986 venceu aseleições sozinho. Desde o início de 2000, bateuno fundo.

Pois esse petulante escreveu na ediçãodesse semanário «a paciência do chinês», estesepitáfios:

«...cá no país nos deixamos tolher quando ademagogia política da Madeira nos chamoucolonialistas. Só muita miopia e um complexotardio permitiram que Alberto João Jardimestivesse à solta durante tanto tempo. Mesmohoje, compara sem qualquer espécie de ver-gonha a dívida da Madeira à dívida dePortugal... Numa altura em que Guimarães res-pira criatividade (noc noc!) o nosso Vitória éum triste contraponto...»

No domingo, à noite, dia 9, este senhordeve ter-se escondido de vergonha. João Jardimdeu a resposta certa na hora própria. Quem que-ria vê-lo preso, deveria ser ele próprio, a ser jul-gado pelos estragos que causou ao mesmo par-tido, anos antes, em Guimarães.

Julguei que este político soubesse que aMadeira pertence a Portugal. Mas ao recon-hecer que foi este mesmo líder que me fezdeixar o seu redil por ter sido ele um dos cúm-plices da celebração antecipada dos 900 anosdo nascimento de Afonso Henriques, em 2009,em Guimarães, caí em mim e dei-me conta deque algumas vezes dormimos com o diabo àcabeceira.

DDoorrmmiirr ccoomm oo ddiiaabboo àà ccaabbeecceeiirraaBARROSO

DA [email protected]

OPINIÃO

Page 5: Jornal de Matosinhos Nº1609

21 DE OUTUBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 531 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

AAssociação de Socorros Mútuos de S.Mamede de Infesta retirou a queixa quetinha apresentado no Ministério Público

contra Narciso Miranda por causa de um ale-gado esquema destinado ao seu “enriqueci-mento pessoal e de familiares”, devido aofacto de na semana passada Paulo SérgioFerreira, representante da AP-Gestão, Lda.,ter entregue na instituição um cheque visadode 17.500 euros, que eram exigidos pelaASM para que a queixa ficasse sem efeito.

Esta situação, que até há semana passadaera desconhecida do grande público, foi noti-ciada na última sexta-feira pelo semanário“Sol”, que informava que a ASM, umaInstituição Particular de Solidariedade Social,acusava Narciso Miranda de a ter burlado.

Segundo o semanário, Narciso Miranda,que até Março deste ano foi presidente doconselho de administração da ASM, era acu-sado pela actual direcção de ter feito um con-trato de gestão com uma empresa da qual umadas suas filhas era sócia-gerente. A ASM,durante a liderança de Narciso, pagou a essaempresa 17.500 euros, por serviços que“nunca chegaram a ser prestados”, segundoconstava na queixa da actual direcção.

Nessa queixa constava que terá partido deNarciso Miranda a ideia de contratar “umaempresa que fornecesse serviços de apoio àgestão dos cuidados de saúde prestados pelaassociação” e que por isso foram “contac-

tadas quatro empresas”, tendo vencido o con-curso a AP-Gestão, Lda., da qual fazia parte,como sócio-gerente, Paulo Sérgio Ferreira.

Em Julho de 2010 começaram os proble-mas com a empresa, segundo a queixa, pois“perante as dúvidas da ausência da prestação

de serviços, Narciso Miranda elogiava a actuação da AP-Gestão e invocava que eranecessário um trabalho de fundo até seobterem resultados”. Em Fevereiro deste anoum dos administradores da ASM descobriu,no entanto, que Adriana Sofia Miranda, umadas filhas de Narciso Miranda, é sócia-ger-ente da AP-Gestão, com uma quota de 50%.

Na queixa apresentada pela ASM consta-va que Narciso Miranda, Adriana SofiaMiranda e Paulo Sérgio Ferreira eram acusa-dos de crime de burla e de burla qualificada.Porém, com a devolução dos 17.500 euros, ainstituição decidiu retirar a queixa.

António Vilaça, actual presidente daadministração da associação, afirmou, ao JM,que ninguém da Associação de SocorrosMútuos de S. Mamede de Infesta falou com ajornalista do “Sol”, notícia “publicada nasexta-feira, o que até nos incomodou, porquena quinta-feira tínhamos recebido a verba emfalta, pelo que decidimos levantar o processo.Eu nem estou metido neste processo, porqueestive doente durante meses, foram os meuscolegas que trataram de tudo e estava bemfeito, estavam a zelar pelos interesses da insti-tuição. Para nós, como foi tudo pago, reti-ramos a queixa e o assunto está encerrado”.

Contactado Narciso Miranda, não comen-tou a notícia do semanário “Sol”.

José Maria Cameira

Mais de 500 cidadãos lotaram, na segun-da-feira à noite, o Salão Paroquial deLeça da Palmeira, manifestando dessa

forma o seu apoio à decisão da Junta deFreguesia de lutar contra a extinção da autar-quia. Estavam presentes representantes detodas as forças partidárias, desde o BE aoCDS, bem como das diversas associaçõesculturais e desportivas, empresários e comer-ciantes. Todos unidos contra a pretensão go-vernamental de se extinguir a segundaFreguesia mais importante do nossoConcelho.

Pedro Sousa, presidente da Junta, repetiutodos os argumentos que tinha afirmado naConferência de Imprensa (ler noutro artigodesta edição), salientando que Leça daPalmeira “não deve ser extinta. É uma terracom tradições, cultura, história, e não pode,de forma alguma, de régua e esquadro, serapagada do património nacional. É por issoque preciso da vossa energia, do vosso entu-siasmo e entrega. Devemos defender Leça daPalmeira”.

Anunciou a todos que podem contar como executivo da Junta de Freguesia e com osPartidos Políticos, referindo que perante “estaameaça, aquilo que nos une é muito mais doque nos separa”, apelando à unidade e con-vergência de todos os cidadãos.

Leça da Palmeira “tem escala e dimensãosuficientes para não precisar de ser agregadaa outra Freguesia”, afirmou o autarca, tendo

como resposta dos populares uma forteovação.

Pedro Sousa agradeceu a solidariedademanifestada por Guilherme Pinto, presidenteda Câmara, que anunciou que irá igualmentelutar contra a extinção de Leça da Palmeira ede Guifões.

Muitos cidadãos intervieram demonstran-do a sua indignação pela eventualidade daextinção da Freguesia, apoiando o movimen-to lançado pela Junta de Freguesia e assinan-

do um documento em que se manifesta areprovação dessa pretensão. Pedro Sousainformou, no final, que está agendada uma“concentração popular” para o próximo dia29, às 15 horas, em frente do edifício da Juntade Freguesia e que brevemente se irá reunircom um representante do “Movimento porLeça”, demonstrando dessa maneira o espíri-to de convergência e unidade na defesa daFreguesia.

José Maria Cameira

Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta retirou queixa contra Narciso Miranda

Autarca era acusado de burla

Leceiros reuniram no salão paroquial apoiando Pedro Sousa

Mais de 500 cidadãos contra extinção da Freguesia

Dia Mundial da Alimentação

À semelhança dos últimos anos,comemorou-se, anteontem, na Casa daJuventude de S. Mamede Infesta, o DiaMundial da Alimentação, através devárias iniciativas e rastreios, que tiveramcomo finalidade sensibilizar para aimportância de uma alimentação variadae equilibrada, bem como para a prática doexercício físico na população em geral.Os jovens em especial, foram o públicopreferencial.

As acções contaram com com acolaboração da Faculdade de Ciências daNutrição da Universidade do Porto e CruzVermelha Portuguesa; dos restaurantes:Casa da Eira, Marquês D’Avenida, NovaCentralidade, Casa da Eira, CentralChurrasco, Nakité, Alfarroba; Pão QuenteForninho da Ponte, Projeto Segredos daHorta, Ginásio O2, Centro Vegetariano,EB2,3 Maria Manuela de Sá, EscolaProfissional Alternância.

JOSÉ ANTÓNIO TERROSO [email protected]

OPINIÃO

++ MMeeiiaa hhoorraa

Caros amigos:Será + meia horaNa maioria das vezes, quando se

pensa em gestão do tempo, pensa-se em for-mas de melhorar a produtividade no traba-lho, por isso o nosso governo optou por +meia hora.

É cada vez mais comum, as chefiasesperarem que o seu pessoal produza cadavez mais em cada vez menos tempo.

Em qualquer empresa os prazos pararealizar as tarefas são cada vez mais curtose muitos dos nossos trabalhadores sentem-se obrigados a passar mais tempo noescritório ou na unidade fabril para con-seguirem cumprir todos os seus compromis-sos.

Mas, como para tudo, há um preço apagar por trabalhar demais.

Caros amigos:Trabalhar durante demasiadas horas

pode prejudicar a saúde, especialmente se àquantidade de trabalho estiver associadoao estresse. Também as relações familiares,bem como o tempo social de recreio, seressentem com o excesso de trabalho.

No entanto, não há necessariamenteuma relação directa entre o número dehoras passadas a trabalhar e a produtivi-dade, nem que seja trabalhar + meia hora...

Se a entidade patronal responsável pelasnossas empresas gerir melhor o seu tempo,eu não tenho dúvidas nem os nossos leitores,que conseguiremos fazer mais em menostempo – isto significa pensar em termos deeficiência e eficácia, e para isto tudo sem queseja necessário continuar a trabalhar comas luzes acesas, os motores a trabalhar, oscomputadores ligados por + meia hora.

Até para a semana, sempre e à mesmahora.

Page 6: Jornal de Matosinhos Nº1609

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 20116

“Oano de Sophia Mello Breyner” vai domi-nar o ano lectivo da Universidade SéniorFlorbela Espanca, sendo propósito dos

alunos e professores abordarem a “obra e a pes-soa” da poetisa falecida há alguns anos. Esseanúncio foi feito por Zélia Tato Teixeira, respon-sável pelo estabelecimento de ensino, na cerimó-nia de abertura solene do ano lectivo, decorridana Câmara Municipal, na presença de NunoOliveira, vice-presidente do Município, e deCarlos Magno, professor e jornalista convidadopara dissertar sobre “A Substância do Tempo”,José Armando Ferrinha, presidente do LionsClube de Matosinhos, e de Fernando Sá Pereira,presidente da Associação Empresarial deMatosinhos.

Após a visualização de um filme acerca dasactividades do último ano lectivo, Zélia Teixeirasalientou que fica demonstrado “a construção” dainstituição, efectuada “com muito carinho, quevive a dignidade que os nossos alunos têm, orespeito que temos por eles, o cuidado que pomosem tudo o que fazemos”. Reflectiu que “nestafesta comemoramos acontecimentos passados,com a intenção de os reviver, reactualizar ereaprender, não para ficarmos apenas no sabor dopassado, mas para projectamos o futuro.Queremos lançar-nos num trajecto muito interes-sante. Vamos ter como motor do ano escolar avida e obra de Sophia Mello Breyner, uma mu-lher que nos deu uma experiência de vida e umasensibilidade absolutamente exemplar. Nós, nasegunda metade, da vida estamos perfeitamentesensíveis a esta descoberta da aprendizagem pois,por muito que saibamos, nunca se esgota a nossacapacidade de aprender e de saber mais ”.

Nuno Oliveira manifestou que se sentia feliz“por estar no meio de amigos” e por “estarmos acomemorar este início de ano lectivo daUniversidade Florbela Espanca, um projecto quenós na Câmara Municipal consideramos muitobonito”, porque “nasceu da ideia do Lions Clubede Matosinhos de que havia necessidade de tratara terceira-idade no nosso Concelho. Desde aprimeira hora que se encontrou uma parceriaentre a Associação Empresarial de Matosinhos, aCâmara e o Lions, as três instituições pilares

desta Universidade. Quando vemos senioresdarem de si à comunidade, é um bom motivo paratermos lançado este desafio. No mundo difícil emque vivemos, é preciso muita coragem para con-tinuar a insistir neste tipo de instituições e incen-tivar tantos homens e mulheres a participaremneste tipo de iniciativas”. A Universidade Séniorajuda os cidadãos mais velhos a terem maior par-ticipação na sociedade, “através de actividadesfísicas e na estimulação intelectual, promoção dasaúde. É um trabalho útil e muito bonito, pelo queo acarinhamos. Este é o caminho certo”.

Carlos Magno, recentemente indigitado pelogoverno para presidir à Entidade Reguladora paraa Comunicação Social (ERC), dissertou sobre otempo e a sua importância, falando da poesia deSophia Mello Breyner. Manifestou que sabe“apreciar esta ideia de tempo. A minha vida, nosúltimos tempos, tem-se dirigido sobretudo para aquestão do estudo do tempo na filosofia. O tempoe o jornalismo, a superficialidade que tem otempo que vivemos, a falta de profundidade tem-

poral. A urgência do tempo. A rapidez, a veloci-dade, a vertigem. Agradeço à doutora ZéliaTeixeira o convite que me fez. É um particularprivilégio poder andar de universidade em uni-versidade a participar em aberturas de anos lec-tivos. O verdadeiro sítio para falar com as pes-soas é olhos nos olhos, espaços como este, e épreciso reinventar a realidade”.

Referiu que aprecia a frase de FlorbelaEspanca, a poetisa que viveu em Matosinhos,“que diz: «seja eterno enquanto dure». Estarelação com o tempo, momentos únicos quesomos capazes de viver, e que sendo únicos sãoeternos, pois o tempo voa, desaparece. É muitocurioso que não reparemos na relação que temoscom o tempo, e da maneira como o tempo entranas nossas conversas”.

Segundo o palestrante, Sophia de MelloBreyner, “é provavelmente uma poetisa que vemde outro tempo, da Grécia, e de outro espaço, oMediterrâneo, embora tenha nascido entre nós,tal como a sua poesia. Dizia uma coisa fantástica,

que aprendeu a ler com a Nau Catrineta, recitadapelo avô, e afirmava que achava estranho queexistissem poetas, pois para ela a poesia nascia danatureza como as flores e as árvores, de geraçãoespontânea”.

Recordando uma afirmação de Sophia, deque “em Portugal há pouca cultura mas muitasactividades culturais”, Carlos Magno disse que aCultura “é algo que nos deve acompanhar sempreao longo da vida. Eu que dirigi todo o tipo deÓrgãos de Comunicação Social, sempre defendique os jornais não deviam ter páginas de cultura,porque esta serve para acantonar a Cultura, e osjornais deviam ser, todos eles, projectos culturais,metendo Cultura na Economia, Política,Nacional, Polícia, em tudo. Ou somos cultos ounão. É preciso restaurar a curiosidade. O segredodo jornalismo e das aulas é muito simples: trans-formar o que é importante em interessante. Édentro das lógica de falar em Sophia de MelloBreyner, que eu a gostaria de misturar comFlorbela Espanca e recordar o poema sobre o 25de Abril que diz: «esta é a madrugada que euesperava, o dia inicial inteiro e limpo, em que oregime da noite de silêncios e livres habitamos nasubstância do tempo”.

Questionou: “Que tempo é este em que nósvivemos? Onde é que estamos? Estamos numaviagem no tempo. Tempo e espaço se confun-dem”. Precisou que a questão do tempo “é impor-tante sobretudo para quem já viveu aquilo queninguém lhe tira. Nós sabemos o que é o tempo,não sabemos é comunicar o que é. Sophia pegabem nessa questão, repegando no fundo a tese deFlorbela Espanca, quando fala da eternidade domomento. O tal paradoxo temporal. Já Teixeirade Pascoais tinha subvertido a ideia de tempo,falando das saudades do futuro”. Falando de umfilósofo espanhol, salientou que “é preciso liber-tar o futuro da ditadura do presente”, pelo queincentivou os ouvintes a libertarem-se “da ditadu-ra do tempo”.

No final, alunos e professores, recitaram poe-mas de Sophia de Mello Breyner e escutaram-semúsicas de um grupo coral do Porto.

José Maria Cameira

AAssociação de Socorros Mútuosde S. Mamede de Infesta aceitoumais uma vez o convite da CINS

– Confederação Nacional dasInstituições de Solidariedade Social,em especial do padre Lino Maia, para

estar presente, juntamente com maisde 500 dirigentes Mutualistas, no pas-sado dia 15, no Seminário do DivinoEspírito Santo, em Fátima.

Foi um dia em cheio para os con-tabilistas e dirigentes de todo o país,

tendo-lhes sido explicado ao por-menor tudo sobre “O Regime da nor-malização contabilística para as enti-dades do sector não lucrativo”.

António Vilaça

Universidade Sénior Florbela Espanca abriu ano lectivo em beleza

Contra a ditadura do tempo

Seminário do Divino Espírito Santo

Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta em Fátima

Vivemos uma vida de modo a assumirmosem nós toda a precariedade, todo o sofri-mento, limitações, provas que nos

sucumbem perante este absurdo moral, abissal,quase total, para onde fomes atirados.

E até parece que, juntos, somos culpadospor estas provações, por este abandono quaseinsidioso – (quero dizer, traiçoeiro) – para ondenos empurraram.

A condução da nossa dignidade à morte éaquilo que nos fere mais.

Como tal, o nosso silêncio, a nossa ausênciade atitudes, a nossa impotente tristeza, aexpressão resignada da amargura e da pros-tração, não nos leva a lado nenhum.

Temos o direito à indignação.A nossa Pátria própria é a mesma seja qual

for o regime. E, esta Pátria, chama-se Portugal!Não podemos ser tratados como um povo

que não sente nos seus poros a peregrinaçãobrava dos seus antepassados.

Se Portugal é o leito onde dormimos, então,o cobertor para nos cobrirmos tem que darpara todos.

Não podem uns, dormirem confortavel-mente, aconchegadinhos, enquanto outros, tirintam de frio, porque lhes tiraram o cobertorpara se cobrirem.

Não podem uns, terem carne para faustosa-mente se banquetearem, enquanto outros, ouchucham os ossos, ou, nada têm para comer!...

O que se passa em Portugal é uma crise deValores, de Moral, de Ética!

Tudo isto nos empurra para aquelas situa-ções de que, toda a gente fala à boca pequena,toda a gente as sabe, as sente e se revolta, mas,poucos são capazes de as denunciarem com

frontalidade, porque, em português político ecorrecto, há coisas que não se podem dizer.

Ora, como escreveu um dia Al Gore, “ OMedo, é o principal inimigo da Razão!...”

Não há que ter medo de se ser militante daJustiça, de se professar o Amor, porque o Amoré mais forte do que todo o poder fugaz e aten-tatório.

Mesmo sem estar legislado, o que desejo, éque no “Tribunal da nossa consciência”, ondecada um se encontra perante si mesmo e ouve a“Voz da Lei do Amor”, consiga perceber que, sóo “Exemplo, é a melhor forma de influenciar emotivar as pessoas!...”

É urgente que se comece a actuar.Todos!De cima abaixo!Sem excepções!Até à semana, se Deus quiser!...

FERNANDO SANTOS (Ultreia de

Matosinhos)[email protected]

EExxeemmppllooss!!......AO RITMO DO TEMPO

Page 7: Jornal de Matosinhos Nº1609

Em nota enviada à nossa redacção, a CDUde Matosinhos saúda o facto de o PS ePSD, Partidos actualmente no Poder neste

Concelho, terem “repudiado, por unanimi-dade, na reunião da Câmara, a extinção dasFreguesias de Leça da Palmeira e Guifões”,lembrando que esta posição não teve paralelona última Assembleia Municipal.

“O PS e o PSD, bem como o CDS, nopassado dia 29 de Setembro, não estavampreocupados com a extinção das referidasFreguesias, dado que votaram contra a moçãoapresentada pela CDU. A CDU reafirma quecontinuará a sua luta em defesa dos traba-lhadores e das populações das Freguesias emcausa, pelo que desde já apela a todos a par-ticiparem nas acções de repúdio que se ve-nham a desenvolver”, lê-se na nota recebidano JM.

Recorde-se que o documento da CDU,que João Avelino apresentou na AssembleiaMunicipal, falava das restrições impostaspela Troika estrangeira que levaram Portugala subscrever o programa de agressão e sub-missão, o que pode impor a redução substan-cial de autarquias.

“Considerando que o poder localdemocrático, indissociável da existência deórgãos próprios eleitos democraticamente,com poderes e competências próprias e agin-do em total autonomia face a outros órgãos e,submissão apenas à Constituição, às leis, aostribunais em sede de aplicação dessas mes-mas leis e ao povo, é parte da arquitectura doEstado Português; Considerando ainda que asautarquias constituem um dos pilares dademocracia pelo número alargado decidadãos que chama a intervir, como repre-sentantes do povo, na gestão da coisa pública,pelas oportunidades de participação efectivados cidadãos em geral nas decisões que lhesinteressam, pela forma aberta e transparenteda sua acção e ainda pelas realizações concre-tas que promove e têm contribuído para amelhoria da salubridade, das acessibilidades,dos transportes, do acesso à saúde, à edu-cação, à cultura e à prática desportiva;Considerando que o poder local democráticoe as pessoas territoriais que o integram detématribuições únicas essenciais ao bem-estardas pessoas, à representação e defesa dos

interesses populares e à concretização da vidaem sociedade” – argumentou a CDU.

O documento vincava que “é residual opeso do poder local nas contas públicas e, emespecial, ínfimo o das Freguesias”, defenden-do que a seriedade e coerência de qualquerreforma da organização administrativa que sepretenda eficaz deve considerar prioritaria-mente a criação das Regiões Administrativase não a extinção de Freguesias ouMunicípios”.

A moção comunista foi rejeitada com osvotos contra de PS, PSD e CDS. Só o BE e aCDU votaram favoravelmente. A ANMMSpreferiu abster-se.

Na sequência da publicação do LivroVerde da Reforma da Administração Locapelo Gabinete do Ministro Adjunto e dosAssuntos Parlamentares, a ANAFRE--Associação Nacional de Freguesias publicouuma lista que, ao interpretar os critérios doEstado, adianta como provável aagregação/extinção de Freguesias. Matosi-nhos poderá ser afectado em Leça daPalmeira e Guifões, localidades que, entre-tanto, já preparam várias formas de luta.

Moção da CDU sobre reorganização autárquica

"Cambalhota do PS e do PSD" saudada

21 DE OUTUBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 731 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Partilhe e participeno Projecto EscolarEnergia com Vida

Com o apoio da EDP, já está a ser imple-mentado o Projecto Energia Com Vida, esco-las solidárias, dirigido aos alunos do 2º cicloao secundário, por enquanto dos distritos deBraga, Porto e Viana do Castelo, mas em quetoda a comunidade é convidada a intervir.

As inscrições estão sempre abertas,porém as escolas que se inscreverem até aofim deste mês receberão um kit pedagógicocom o guia do professor e outros materiais deapoio.

Os estabelecimentos de ensino são incen-tivados a intervir na sua área de envolvência,em oito áreas temáticas baseadas nosObjectivos do Milénio: Pobreza/fome;População Sénior; Doenças graves;Analfabetismo; Sustentabilidade Ambiental;Desemprego; Conviver com a Diferença;Parceria Global para o desenvolvimentohumano.

Com o êxito da 1ª edição no ano passadoforam colocadas cerca de 90 equipas no ter-reno, número que os responsáveis do projec-to pretendem aumentar.

Através do site e no facebook dá paraconhecer

A missão, filosofia e mecânica do projec-to podem ser consultadas através do site e dofacebook: www.energiacomvida.org, face-bookenergiacomvida, twitterenergiacomvida.

Desde o início até fim do ano lectivo asequipas do projecto vão andar na rua, de“mangas arregaçadas” a ajudar em prol dodesenvolvimento humano integral, sendo ocontributo que a comunidade pode dar o deapoiar as equipas e as escolas com a amplifi-cação das acções através da comunicaçãosocial.

Conferência deImprensa do PSD

Estava prevista para ontem umaConferência de Imprensa convocada pelaConcelhia de Matosinhos do PSD, para“análise e denúncia sobre a forma como o PSgere a Câmara de Matosinhos”, bem como“as mordomias e o despesismo da Câmaraem tempo de crise”.

Os regimes democráticos, dada a suagenerosidade e abertura, são maissusceptíveis a ataques de todo o tipo,

incluindo as diversas formas de corrupção. Para se oporem a esta realidade os

regimes democráticos necessitam de sedotar de medidas preventivas e punitivascredíveis, de grande eficácia e especial-mente céleres, no estrito respeito pelasregras democráticas.

Só assim será possível assegurar umaigualdade de oportunidades sem interferên-cias desreguladoras, quando não crimi-nosas.

No nosso país as razões para que a cor-rupção de todo o tipo não mereça umagrande repulsa por parte do comum doscidadãos, tem a ver com a existência de umenorme distanciamento entre as pessoas e aburocracia estatal, desde sempre.

Este distanciamento tem provocadouma grande debilidade no espírito cívico emesmo no exercício da cidadania, ao pontode o “cada um por si” ser a marca maisvisível da nossa vida colectiva.

É necessário mostrar a todos que a cor-rupção, seja ela qual for, corresponde sem-pre a um roubo do erário público e logo écontrária aos interesses de todos e de cadaum de nós.

Mesmo na corrupção há diferenças deresponsabilidade e gravidade. Não confun-do a corrupção de um funcionário querecebe “por fora” umas dezenas de eurospara acelerar um documento, com o paga-mento de centenas de milhares de eurospagos à Ascendi, pelo mau negócio dealguns lanços de auto-estradas, ou o nãopagamento ao Estado das contrapartidas nacompra, já de si inútil, dos submarinos, ou o“misterioso” caso da Portucale, em que ummilhão de euros foi parar às contas do CDS,

e ainda o “desastroso” negócio da vendapela TAP do grupo Groudforce, por cercade 10% do que custou há cerca de três anos,com um prejuízo para todos nós de 27 mi-lhões de euros.

Tudo isto é fruto de uma certaimpunidade na justiça e da forma como oscidadãos enfrentam a corrupção...

Para iniciar o combate a esta pragatorna-se oportuna uma Lei anti corrupção,clara, sem alçapões bem como uma justiçaimpermeável à poderosa influencia dosgrandes escritórios de advogados, especia-lizados em manobras que provocam a pres-crição de tantos processos.

É que a justiça só o é, de facto, quandoaplicada em tempo útil.

Só com um tal edifício judicial, exclusi-vamente ao serviço da justiça e imune a“lobbys” ou pressões, a população voltará aacreditar e a rever-se nela como um pilarfundamental da democracia.

A democracia tem que dar aos cidadãostodas as garantias em defesa do seu bomnome, mas não pode ser tão ingénua quepermita aos corruptos continuarem a gozardos crimes cometidos e até por vezes, emlugares do aparelho do estado.

Esta semana foi muito pródiga em“casos”. Trouxe à discussão pública oDocumento Verde da Reforma daAdministração Local, o Plano Estratégicodos transportes e a apresentação das linhasgerais do Orçamento Geral do Estado para2012.

Cada um destes documentos constituium sinal do que vai ser a actuação destegoverno, para quem ainda tinha algumasdúvidas.

O livro verde do ministro Relvaspropõe-se acabar com o poder autárquico

democrático como o conhecemos desde1975, restringindo as práticas democráticas,mesmo formais, diminuindo a represen-tação dos eleitores nos órgãos autárquicos ecriando uma nova divisão administrativaaltamente discutível e polémica.

A grande reforma administrativa que seimpõe, a Regionalização, continua a estarafastada das ideias do “reformador” Relvasque tudo tem feita para a entravar.

O chamado plano estratégico para ostransportes não passa da “preparação”para a privatização das empresas, depois deas “limpar” de dívidas e de afastar umagrande parte dos trabalhadores. Estranho éo facto de por toda a Europa se incentivar otransporte ferroviário e no nosso país seestarem a fechar linhas do caminho deferro.

Pelas linhas apresentadas para oOrçamento Geral do Estado para 2012ficamos a saber que o governo pretendelevar ainda mais fundo a recessão, com oscortes brutais nos salários e nas pensões dereforma. Para o capital ouve-se falar numahipotética taxa sobre as transacções, que jánão é novidade mas que nunca foi aplicada.

Já se começam a ouvir vozes cada vezmais insistentes contra as medidas de aus-teridade cegas e sem critérios claros.

A ditadura do capital financeiro exerce-se sobre todo o mundo. É interessante veri-ficar que, por todo o mundo muitas dezenasde milhares de cidadãos se levantaram adizer não, neste dia 15 de Outubro, nãosendo uma resposta concreta é, sem dúvida,uma assunção de consciência de que énecessário multiplicar.

Se o problema é global, a resposta temque ser, igualmente, global.

CCoommbbaatteerr aa ccoorrrruuppççããoo éé ddeeffeennddeerr aa DDeemmooccrraacciiaa

OPINIÃOJOSÉ JOAQUIMFERREIRADOS SANTOSMembro da Assembleia Municipal de

Matosinhos pelo Bloco de Esquerda

[email protected]

Ainda o aniversáriodo nosso Director

Amigo Senhor Dr. Pinto Soares.Sei que fez anos os meus parabéns,

com um grande abraço.As nossas idades quase que são iguais.Nos meus estudos com o psicólogo

Lauro Trevisan, aprendi, que nós temos aidade do nosso espírito e não a de ca-lendário, porque se não pensarmos assim,estamos a perder, o quero, posso e mando!

Muita saúde, muita coragem e muitaFé.

Velho Amigo,José Alberto Guedes Vaz

Matosinhos, 13 de Setembro de 2011

ND – Ao estimado matosinhense, dosque mais honra e melhor conhece a terraonde nasceu, vive e tem servido comopoucos, numa coerência exemplar, e quevem acompanhando a trajectória do JMcom acrisolado carinho e o seu sempreexperiente conselho, estados é mais umaprova e generosa mensagem que levamosa seu crédito, gravando-a no coração.

Além do mais, é um assinante que nosajuda a sobreviver no mar impetuoso quenos vem ameaçando e todos os que nosacompanham, são preciosos e indispen-sáveis coletes de salvação.

Page 8: Jornal de Matosinhos Nº1609

Abertas as candidaturasde "O Joãozinho Retribui"J

á está em marcha “O Joãozinho Retribui”,o desafio lançado a crianças e jovens atéaos 18 anos para que criem novos projec-

tos de solidariedade social. As candidaturas já disponíveis online,

através do link: www.joaozinho.pt/joaozin-horetribui, aguardam os interessados.

Com esta Iniciativa, o “Joãozinho” pre-tende ajudar instituições sociais com menorvisibilidade e devolver à comunidade umpouco do que tem recebido ao longo dos últi-mos anos.

O concurso está aberto a projectos especí-ficos na área de coesão social ou Instituiçõesnão lucrativas de desenvolvimento local. Seráatribuído um prémio no valor de 5.000€ acada uma das categorias, para que o projectovencedor possa ser desenvolvido.

O desafio é lançado a crianças e jovensaté aos 18 anos, que podem concorrer a títuloindividual ou colectivo, e assim contribuiractivamente para a sociedade civil, coesãosocial e sustentabilidade ambiental. É umainiciativa do Hospital de São João e da MerckSerono, que conta com o apoio da UniãoDistrital das Instituições de SolidariedadeSocial do Porto e da Fundação Porto Social.

As candidaturas estão abertas durante

quatro meses, até Janeiro de 2012 e, fechadoeste período, um júri, constituído pelos váriosparceiros, elege os 10 melhores projectos,votados depois na página oficial do concursoe na página de Facebook do Joãozinho.

“Este projecto de solidariedade é um novopasso bastante importante para o “Um Lugarpara o Joãozinho”. Não só como uma novafase da vida do Joãozinho, que nesta altura jáé bastante conhecido pelas pessoas e institui-ções que se têm mobilizado à sua volta, mastambém pelo facto de lhe permitir tambémdar um pouco à sociedade tudo o que lhe tem

dado”, refere Jorge, Director de Marketing doHSJ, e co-responsável do projecto “UmLugar para o Joãozinho”.

Sobre “Um lugar para o Joãozinho”:

O projecto “Um Lugar para o Joãozinho”é um projecto de solidariedade que visa aangariação de 15 milhões de euros para a construção da nova Ala Pediátrica doHospital de São João, provenientes de fundosde financiamento privado, seja através docontributo de empresas, pessoas de nomeindividual ou colectivo.

Desde que foi criado, em 2006, o projec-to reuniu o apoio de empresas, instituições eindividualidades que vão ajudando a alcançaro objectivo: construir o melhor hospitalpediátrico do mundo.

Sobre o Joãozinho:

O Joãozinho é "um amigo para a vida", detodas as crianças, que nasceu no seio doHospital de São João, pela necessidade deaumentar todas as infra-estruturas que per-mitem uma maior qualidade de tratamentoclínico, bem como oferecer condições maisadequadas aos seus conviventes significa-tivos.

Adenda à peça“Guifões e Leça daPalmeira contestam”

Na edição do JM, que foi para as ban-cas a 14 de Outubro, em peça publicadacom o título “Guifões e Leça da Palmeiracontestam”, deveria ter sido referido que amoção apresentada pelo PCP na últimaAssembleia Municipal não foi votada pelopresidente da Junta de Freguesia deGuifões, o socialista Carmim Cabo. Oautarca esteve ausente do hemiciclodurante a discussão e votação.

“Considerando que as autarquias cons-tituem um dos pilares da Democracia pelonúmero alargado de cidadãos que chama aintervir, como representantes do povo, nagestão da coisa pública, pelas oportu-nidades de participação efectiva doscidadãos nas decisões que lhes interes-sam… Considerando, por fim, que é resi-dual o peso do poder local nas contas públi-cas e, em especial, ínfimo o dasFreguesias…” – é um dos parágrafos dodocumento apresentado por João Avelino.A moção acabou por ser reprovada com osvotos favoráveis do PCP e BE, 10abstenções da ANMMS e votos contra doPS, PSD e CDS, mas sem a votação dealguns autarcas de Freguesia, nomeada-mente de Carmim Cabo, de Guifões.

A propósito deste tema, recorde-se queestão agendadas várias formas de luta nasduas Freguesias indicadas na lista daANAFRE como passíveis de virem a serextintas/agregadas.

Paula Teixeira

Aniversário do Rancho Típico Flores de Perafita

Fundado em 26 de Outubro de 1985, oRancho Típico Flores de Perafita, com oapoio dos amigos, da Câmara Municipal,da Junta de Freguesia local e do “Jornal deMatosinhos”, assinala amanhã a passagemdo seu 26º aniversário, com o hastear dasbandeiras, às 10 horas e uma Noite deVariedades, com a actuação dos Amigos doZé Padeiro e da Escola de Dança Attitude,às 21 horas.

As comemorações prosseguem, nopróximo domingo, às 15 horas, com umespectáculo de folclore, na sede do aniver-sariante, com a participação, além doanfitrião, do Rancho Folclórico S. Pedro daBela Vista (Penafiel) e do Rancho InfantilOs Velhos Costumes de Molelos (Tondela),terminando às 18 horas com um lancheajantarado.

“Bailados Vadios” de Arnaldo Silva

É lançado hoje, nos Paços doConcelho, o 13º livro do poeta ArnaldoSilva, às 21,30 horas.

“Bailados Vadios – 5 histórias deamor”, com prefácio do arqueólogo JoelCleto, funcionário superior da municipali-dade, será apresentado pelo jornalista,escritor e poeta Manuel António Pina,recente vencedor do Prémio Camões.

A obra é composta por um CD e umDVD.

Manuel António Pina foi o apresenta-dor, há anos, de uma obra biográfica sobreNarciso Miranda, da autoria de ManuelaEspírito Santo, esposa do escritor VialeMoutinho, também ela Chefe deDepartamento Camarário, e autora devárias obras.

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 20118

Existem vários produ-tos no mercado que contêmglucosamina e condroitina.Um dos mais eficazes é oBioActivo GlucosaminaDuplo, à venda em farmá-cias, cuja fórmula contémas substâncias sob a forma de sulfato para uma me-lhor eficácia e cujos resultados estão cientificamentedocumentados. Ao contrário de outros produtos, estesuplemento contém a dose mínima diária recomen-dada (1000mg de sulfato de glucosamina e 800mgde sulfato de condroitina que de acordo com osinvestigadores é a dose necessária para obter bonsresultados). Outra das vantagens do BioActivoGlucosamina Duplo é não apresentar os efeitossecundários dos AINEs (anti-inflamatórios nãoesteróides), habitualmente utilizados nos casos deproblemas nas articulações.

C O M O E S C O L H E R U M B O M P R O D U T O ?Como funciona a glucosamina e a condroitina?Quando a cartilagem se desgasta,

os ossos ficam expostos entre si, cau-sando inflamação, dor e rigidez dasarticulações e imobilidade. A glu-cosamina e a condroitina previne estesacontecimentos fornecendo a matériaprima necessária ao seu organismo,para produzir cartilagem articularsaudável, suave e elástica. A combi-nação das duas substâncias (sulfato deglucosamina e condroitina) provouconseguir:– Reduzir a dor das articulações;– Aumentar a lubrificação das articu-

lações;– Estimular a reparação da carti-

lagem;– Inibir as enzimas que destroem as

cartilagens;– Preservar o espaço de articulação;– Actuar enquanto anti-inflamatório

Existe um momento na vida detodos em que as articulações se tor-nam dolorosas e a perda de mobili-dade parece inevitável. A osteoar-trose é uma deterioração gradual dacartilagem articular que provocasintomas como dor, inchaço, e fracamobilidade. A boa notícia é queinvestigadores identificaram algu-mas substâncias no marisco queestão envolvidas na síntese de carti-lagem, substância extremamenteelástica, forte e flexível que une asextremidades dos ossos e previne asua fricção directa.

Travar a osteoartrose de forma natural

A investigação científica des-cobriu um tratamento capaz de

travar a deterioração das articu-lações. A substância eficaz, noextracto de marisco, chama-se glu-cosamina. No entanto, existem ou-tros factores envolvidos na saúdeda cartilagem articular. Uma sub-stância activa designada sulfato decondroitina, um componente estru-tural importante da cartilagem.Com a descoberta da glucosamina eda condroitina, duas substânciasnaturais com um papel fundamentalna síntese da cartilagem, parece tersido encontrada uma solução paratravar a deterioração da cartilagemrelacionada com a idade, que deoutro modo limitaria a liberdade decada um. Alguns acreditam mesmoque a utilização regular destas duassubstâncias pode reparar a carti-

lagem já deteriorada, tornando pos-sível a melhoria da osteoartrose ini-cial.

Sulfato de glucosamina – eficácia assegurada

A glucosamina encontra-secomercialmente disponível sob 3formas: cloridrato de glucosamina(HCl), sulfato de glucosamina e N-acetilglucosamina. A única formaque demonstrou ter efeitos fiáveisfoi o sulfato de glucosamina. Aexplicação é a seguinte: a glu-cosamina necessita do grupo sulfa-to (que contém enxofre) para fun-cionar.

Inês VeigaFarmacêutica

Saúde

Acabe com as dores nas articulações!É um facto que a cartilagem protectora das nossas articulações começa a deteriorar-se ao longo do tempo, levando eventualmente a uma situaçãodolorosa e debilitante designada osteoartrose. Aboa notícia é que pode impedir o desenvolvimento desse desgaste – e provavelmente ajudar a repará-lo.

Page 9: Jornal de Matosinhos Nº1609

21 DE OUTUBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 931 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Muitas vezes durante anos nosdeparamos com problemas de timidez,vergonha ao sorrir e mostrar os dentes,

deixando para trás oportunidades que poderiamfazer grandes diferenças nas nossas vidas.Muitos anos sem pensar que um tratamento den-tário estético poderia mudar o rumo do nossocaminho.

AOdontologia Estética é a área da MedicinaDentária que cuida de pacientes que possuemsaúde bucal, porém estão insatisfeitos com aaparência dos dentes.

Esta é área de beleza dentro da odontologia,dispondo de muitos procedimentos para melho-rar a estética de seu sorriso. Dependendo de suanecessidade particular, os tratamentos cosméti-cos podem mudar total e completamente aaparência de seus dentes e até de suas linhasfaciais.

Os avanços na tecnologia e biomateriais temexpandido surpreendentemente as possibili-dades de otimização estética na odontologia,permitindo ao Médico Dentista realizar um tra-balho cada vez mais perfeito.

Para fazer a Odontologia Estética, inicial-mente é feito um estudo do sorriso através deanálises, fotografias, moldes e medidas que per-mitem verificar detalhadamente qual a necessi-dade estética de cada paciente.

Atualmente são vários os procedimentosque compõem a cosmética odontológica:Clareamento, Facetas, Coroas metalocerâmicaou Coroas livres de metal, Reconstruções emporcelana ou em resina, até cirurgias gengivais.

Hoje, a Medicina Dentária tem a possibili-dade de você ter verdadeiras obras de arte nosdentes, pois como os artistas que restauramquadros e esculturas de artistas famosos comoLeonardo Da Vinci, Michelangelo, entres ou-tros, a Odontologia realiza restaurações que imi-tam a natureza, em forma e cor original.

Além de oferecermos estética, devido àgama de cores existente, realizamos uma reconstrução de toda a anatomia dental perdida,o que gera benefícios fabulosos para a estética efunção mastigatória, garantindo a saúde emgeral.

*Em caso de dúvidas ou assuntos relaciona-dos com a Medicina Dentária, envie para: [email protected]

Elisa Santos Moreira celebrou 103 anos de vida

Estava programada para ontem umafesta-convívio no CIVAS, com a finalidadede assinalar o 103º aniversário natalício dautente Elisa Santos Moreira.

AA ttiimmiiddeezz

ee aa bbeelleezzaa nnaa

MMeeddiicciinnaa DDeennttáárriiaa

DOUGLAS

VIEIRAMédico Dentista*

OPINIÃO

Uma interessante palestra de Joel Cleto sobre“Património da Senhora da Hora, serviu demote para a reunião do Rotary Clube dessa

cidade, na semana passada. Adão Sequeira, pre-sidente da instituição, referiu que a intervençãodo historiador, arqueólogo, professor e respon-sável pelo Gabinete de História e Arqueologia daCâmara Municipal e pela Casa-Museu deSantiago, tinha como finalidade ajudar a conhe-cer melhor o que de bom existe na Senhora daHora.

Coube a Anabela Amaral, membro doRotary Clube da Senhora da Hora, falar doextenso currículo de Joel Cleto, que também éresponsável por um programa sobre História noPorto Canal.

Joel Cleto afirmou que mais importante doque os monumentos há um grande património naSenhora da Hora, “a sua própria população, ossenhorenses”, conhecidos por serem solidários eatentos a quem necessita de auxílio. E deu váriosexemplos dessa afirmação, de entre os quais oque ocorreu durante o Cerco do Porto, ou sejaquando houve a guerra civil entre liberais emiguelistas, altura em que a na cidade do Portose encontravam as tropas de D. Pedro, desem-barcadas pouco antes na praia da Memória(então conhecida como praia dos Ladrões), e queatravessando terras do nosso Concelho entraramna Invicta. Pouco após essa entrada, as tropas deD. Miguel cercaram o Porto, impedindo o seuabastecimento de produtos alimentares.

Porém, recordou Joel Cleto, essa proibiçãonão impediu que os senhorenses auxiliassem astropas sitiadas, enviando alimentos para o Porto,correndo riscos de serem apanhados pelos

miguelistas. Esse auxílio às tropas fiéis a D.Pedro terá feito, mais tare, com que D. Maria II,reconhecida pelo apoio do povo da Senhora daHora à causa de seu pai, tivesse feito com que alocalidade fosse sede do Concelho de Bouças.

O historiador falou também de dois impor-tantes monumentos da Senhora da Hora – aFonte das Sete Bicas e a Capela de NossaSenhora da Hora, bem como da lenda que estápor detrás dessas construções.

Tudo aconteceu quando um mareante pre-tendia que a sua mulher tivesse um filho. Apósvárias tentativas e insucessos, prometeu àVirgem Maria que caso a sua mulher con-seguisse engravidar mandaria construir umacapela evocativa desse acontecimento junto àfonte considerada milagrosa. Corria a fama,nessa época, de que as águas dessa fonte erampropícias à gravidez. Segundo a lenda, um anoapós a promessa, a mulher deu à luz uma criança

e a promessa foi cumprida, construindo-se otemplo, que durante séculos foi a igreja paro-quial da localidade, sendo dedicada à Senhora daBoa Hora, designação pela qual ficou a ser conhecida a Freguesia.

As águas da fonte passaram então a ser con-sideradas “santas”, apesar da Igreja ter tido noinício algumas dúvidas, passando então a reco-nhecer a particularidade dessa água. Nasceu,dessa forma, uma romaria que seria das maisimportantes do Norte do País, atraindo milharesde romeiros que queriam provar a água, consi-derada propícia não só às mulheres grávidas paraque tivessem uma “boa hora” mas também àsraparigas que pretendiam encontrar alguém quecasasse com elas. A romaria só deixaria de tertanta afluência, segundo o historiador, com oapogeu e municipalização da festa do Senhor deMatosinhos.

José Maria Cameira

AComissão Organizadora do XVI Encontro deEx-Combatentes na Guiné-Bissau da Vila deGuifões agradece reconhecidamente a publi-

cação do anúncio no vosso jornal permitindo assimque a notícia deste evento chegasse a um número depessoas muito superior.

Aproveitamos para informar que o evento rea-lizado na Estalagem da Pateira de Fermentelos foium sucesso, tendo sido batido o número recorde departicipantes, com a presença de 102 adultos e ainda5 crianças.

Como convidados de honra, contámos com apresença do Presidente da Junta de Freguesia da Vilade Guifões e ainda do Pároco da mesma.

Albano Machado CostaManuel António da Costa Matos

Joel Cleto no Rotary Clube da Senhora da Hora

Povo é o melhor património de uma localidade

Guifões

Carta a agradecer o que é nosso deverEncontro de Ex-Combatentes na Guiné-Bissau

Ex-Combatentes guifonenses na Guiné-Bissau que participaram no encontro

Page 10: Jornal de Matosinhos Nº1609

Escrevo este AO em 2011.10.13 (15.00) Vai o próximo Orçamento de Estado

para 2012 ser discutido pelos partidos dis-tribuídos no Parlamento e já afirmam: “Não hámemória…”

É com base na memória que vou desen-volver este meu AO e para isso terei de me recor-dar dos (nove) que formaram governos emPortugal pós 25 de Abril. Em tempos, e repetida-mente, disse:

“a rosa é laranja e a laranja é rosa”É INTRIGANTE DESFAÇATEZ -

INDIGNAÇÃO a forma como uns atiram as cul-pas aos outros. Todos membros do PSD, PS(Bloco Central) e CDS-PPtêm responsabilidadessobre tudo o que se está a passar. Uma coisa écerta, ninguém pode negar o ponto comum entreeles. Foram e são os únicos responsáveis da situa-ção em que Portugal se encontra porque todoscometeram os mesmos erros.

Nunca resolveram os problemas sectoriaisdo País (Educação, Saúde, Transportes,Economia, Justiça, Agricultura, Pescas), limi-taram-se aos Protocolos de Passagem do Poder(alternâncias) que a Democracia lhes conferia(e).

Comparo-os com atos passados na Guerrado Ultramar em que os “velhinhos” entregavamo poder aos “maçaricos”, num total desrespeito esó com o espírito do “agora desenrasca-te…”.

Só que neste caso o problema é muito maisgrave, tratou-se de governar um País e as“alternâncias” nunca deveriam significar “con-tinuidade e/ou encobrimentos”.

O Estado da Nação esteve sempre “podre epré-falido” e as operações de cosmética (cumpli-cidades) fizeram com que de tempos em tempostivessem de socorrer a ajudas externas (FMI).

Chegou-se a situação INTRIGANTEDESFAÇATEZ - INDIGNAÇÃO de o Estado:

– Não saber quantas Fundações e Institutosestão sob as suas responsabilidades e/ou as suasreais condições.

– Qual o verdadeiro buraco que Portugalenfrenta por más políticas e más gestões?

– Nunca a Regulação foi eficaz e correcta,permitindo a criação de “colossais buracos” sem

que fossem responsabilizados os seus cau-sadores.

– Penalizar as classes mais desfavorecidasque não contribuíram para a situação em que oPaís se encontra.

– Recorrerem sempre pelo lado das Receitaspenalizando os mais fracos.

– Ignorar o campo das Despesas (gordurasdo estado) para proteger profissionais da políti-ca, lóbis e seus acólitos favorecidos.

– Preparam-se para cortes (contribuiçãoextraordinária) em 260 mil pensões.

– Nem uma atitude para moralizar/cortarnos chorudos ordenados dos Gestores/Administradores públicos.

– Nunca penalizaram as derrapagens/endi-vidamentos verificadas nos Governos Central,Regionais e Locais.

– Os serviços de alojamentos no turismo eoutros (convenientes) devem manter-se nos 6%de IVA.

– Restauração, sumos, refrigerantes, leitecom chocolate ou aromatizados e comidas pré-confeccionadas passam a 23% de IVA.

Curiosamente na Europa, América Latina enos EUA começam a surgir movimentos popu-lares de INDIGNAÇÃO, que outros por cá já hámuito o reclamam.

As malhas estão a apertar, as dificuldadesaumentar e o sufoco não deixa respirar. Odesemprego atingirá em 2012 um milhão de por-tugueses que não assistem a tomadas de medidaspara relançar a economia e por conseguinte, acontinuar da mesma forma, será difícil criarem-se empregos em Portugal.

Portugal tem neste momento o maior índicede insolvências/falências de todos os tempos. Nãohá memória de algo semelhante. E, pior.Nenhuma voz se levanta para “acudir os afecta-dos”. Todos estão preocupados em controlar odéfice e estão a deixar cair (morrer) a economia.

Preparam-se para vender ao desbarato “osanéis” (EDP, REN, GALP, RTP, CARRIS,METRO DE LISBOA e STCP), abrindo as por-tas às privatizações numa INTRIGANTEDESFAÇATEZ – INDIGNAÇÃO.

Encerro este AO em 2011.10.13 (23.15)Eu, e todos os portugueses assistimos, em

directo, às 20.08 o Primeiro-ministro PassosCoelho em comunicação ao País revelar, triste-mente e consternado, enxertos do próximoOrçamento de Estado para 2011.

Acreditem os leitores que a minha “bola decristal” não me enganou e por isso, já estava aespera, nada me surpreendeu. Deixem que refi-ra a minha última frase do AO no (JM2011.10.14) – DE CRISE EM CRISE

“Agora é que vai começar a FESTA…AGUARDEM.”

Não sou vidente, médio, profeta, astrólogo,pai de santo, bruxo nem tão pouco escrevo deacordo com as conveniências partidárias ou pes-soais.

Tenho acompanhado com ATENÇÃO ospassos dos nossos políticos e governantes, porisso não me é difícil aperceber-me das “teias emeandros” em que eles se envolvem. Os (nove)que ao longo dos anos (décadas) foram eleitos eformaram Governos são os responsáveis “pornegligência, omissão, dolo ou premeditação” doEstado da Nação.

Ocorre que a Justiça em Portugal não prevêpara os políticos/governantes o enquadramentonatural dos “crimes de colarinho branco” equando, distraídos, são “apanhados nas malhas”conseguem recursos atrás de recursos até a(vitória final) prescrições.

Trabalhos e defesas executadas por advoga-dos (sociedades) com conhecimentos das Leis einfluências q.b. que gravitam no seio dos própriosgovernos, partidos políticos e Assembleia daRepública e pagos “a peso de ouro”. Brilhantescompêndios jurídicos resultam das “vitóriasalcançadas” contra a própria Justiça.

Perguntar-me-ão e o Senhor ProcuradorGeral da República?

Julgo que dado não haver “denúncias de fac-tos/encobrimentos” a PGR não actua porsupostas suposições. Mas, infelizmente, os pro-blemas de Portugal têm sido constantes num“carrossel mágico” de alternâncias mais pareci-das com “transmissões de herdeiros”.

Diga-se: – Ora governa o PS; de seguida governa o

PS/PSD ou, como agora, governa o PSD/CDS-PP e suas respectivas famílias políticas.

Fala-se do estado gordo/estado paralelo. Háque desmistificar se as “alternâncias/rotativi-dades” são as receitas mais apropriadas paraque “as famílias políticas” não se agridamdemasiado, mas antes se encubram.

Por isso, quando não há ondas – tudo fica namesma - quando, como agora, o BURACO ÉCOLOSSAL ouvem-se “os espirros do cos-tume”.

Sabem, os mais atentos, que nunca morri deamores pelo Sócrates e sempre fiz ouvir a minhavoz sem rodeios ou receios. Por isso estou à von-tade. Critiquei os seus erros na hora própria. Aointervir por um PS seguro desejei um PS difer-ente. AGUARDO!

No entanto considero INTRIGANTEDESFAÇATEZ – INDIGNAÇÃO os (aliados deoutrora) tentarem acusar Sócrates e os seusGovernos de serem os causadores da crise.

Os Monstros têm nome e face. As suasimpressões digitais (pegadas) ficaram para aHistória de Portugal com as suas ações e omis-sões. Não tentem atirar-nos “com areia aosolhos”. Os portugueses sabem das mordomias,excessos, derrapagens, desleixos que os (des)go-vernantes, uns mais do que outros, nosbrindaram nestes 35 anos.

Não há lugar a inocentes, por isso a INTRI-GANTE DESFAÇATEZ – INDIGNAÇÃO.

CELSO MARQUES

FRASES DA SEMANA

– "…Ontem houve uma boa má notí-cia: a Alemanha corre um enorme risco deentrar em recessão. Os mais importantesinstitutos económicos da Alemanhabaixaram as expectativas de crescimentodo colosso económico da zona euro - em2012 o crescimento não ultrapassará os0,8% do PIB. Muito pouco acima do zero."

Ana Sá Lopes , in "i" ("O motoreconómico começou a gripar")

– "O que eu gostaria de ter ouvido, enão ouvi, era o PM declarar, por exemplo:"Acabou-se Guimarães - Capital daCultura, acabou-se o Museu Berardo,acabou-se o Metropolitano do Porto,acabou-se a Moda Lisboa, acabaram-se osdinheiros públicos para Fundações pri-vadas, acabaram-se os avales do Estado àsdívidas da Madeira" (nem uma palavra dePassos Coelho sobre isso)."

Miguel Sousa Tavares, in "Expresso"("Morte Certa, Ressurreição Duvidosa")

Intrigante desfaçatez

IInnddiiggnnaaççããoo

TRIBUNA LIVRE

Page 11: Jornal de Matosinhos Nº1609

Porto de Leixões mantém crescimento

O Porto de Leixões ultrapassou os 12 milhões de toneladasmovimentadas no final do mês de Setembro, o que representaum novo recorde ao fim do 3º trimestre. Em relação a 2010, ocrescimento vai além dos 10%, sendo particularmente notórionas exportações que cresceram 23% ao longo do ano. O balan-ço positivo acumulado até ao momento resulta sobretudo doaumento dos Granéis Sólidos (+31%), da Carga GeralFraccionada (+77%), e da Carga Contentorizada (+9%).

Argentina, Argélia e Angola são os mercados de expor-tação em maior destaque.

Setembro excepcional nas operações de Cruzeiros

No mês de Setembro, o Porto de Leixões voltou a registarum aumento nos indicadores do movimento de cruzeiros. Onúmero de passageiros foi de 7.877, o que corresponde a cercado dobro do contingente recebido em igual período de 2010.Paralelamente, o indicador tonelagem, correspondente àdimensão do navio, cresceu cerca de 50%.

Desde o início de 2011, até esta data, o Porto de Leixões járegistou a entrada de 45 Navios de Cruzeiros e 32.466 pas-sageiros, o que traduz um crescimento de 15% e 64% respec-tivamente.

AAPDL prevê que esta tendência de crescimento venha aintensificar-se até ao final do ano, já que nos próximos mesesprevê-se a atracagem de navios de grandes dimensões, desta-cando-se a escala inaugural do Queen Elizabeth, da prestigia-da Companhia de Cruzeiros Cunard, em Novembro próximo.

Esta tendência é resultado da aposta que a Administraçãodo Porto de Leixões vem a fazer na área de Cruzeiros, quer aonível infra-estrutural e comercial, quer no fomento de redescom os agentes regionais com vista à capacitação do Norte dePortugal para capitalizar os futuros fluxos de procura.

Teatro de Ramalde em LeçaNo âmbito do seu XXV Encontro de Teatro, o Grupo

Paroquial de Leça da Palmeira recebe, amanhã, a CompanhiaTeatral de Ramalde, que leva à cena a peça “APequeneira”, nosalão paroquial, às 21,45 horas.

Snack - Bar

Pequenos almoços,

Almoços, Jantares

e Lanches

No passado dia 12, uma delegaçãodos portos da Venezuela visitou oPorto de Leixões, numa iniciativa

concertada com a Teixeira Duarte, OFM eConsulmar, empresas portuguesas comprojectos naquele país.

A delegação, constituída por váriostécnicos, foi chefiada pela presidente epelo vice-presidente da empresaBolivariana de Puertos, entidade respon-sável pelos portos da Venezuela.

A visita, de carácter técnico, estevefocada no desenvolvimento tecnológicodo Porto de Leixões ao nível da PortariaPrincipal, Janela Única Portuária,Vigilância e Segurança, e Terminais deCarga.

Portos da Venezuela visitam Leixões

21 DE OUTUBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 1131 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Page 12: Jornal de Matosinhos Nº1609

Na disciplina de Antropologia do Espaçoministrada pelo professor doutor PauloSeixas, no Curso de Arquitectura e

Urbanismo da Universidade Fernando Pessoa,que concluímos no último ano, apresentámosum trabalho escrito cujo tema e título foi: “Leçada Palmeira Antropológica”, o que nos levou auma recolha de elementos enriquecedora e quenos habilitou a trazê-los ao conhecimento públi-co sob a forma de colaboração em diferentesórgãos da comunicação social escrita.

Naquela disciplina em que são analisadas astransformações dos espaços, numa primeiraparte sistematizou-se a informação teórica eetnográfica que constitui o património maisclássico da antropologia do espaço e cujosautores das respectivas obras contribuíram paraa posterior problematização do espaço comobjecto autónomo; o que leva numa fase poste-rior para a construção de um pensamento emque o espaço de facto se autonomiza enquantoobjecto de estudo das ciências sociais.

Por fim analisando as problemáticas con-temporâneas a partir de três propostas analíticassobre o espaço que se tornaram referênciasinspiradoras e incontornáveis: as heterotopiasde Foucault, os não-lugares de Augé e osethnoscapes de Appadurai.

O espaço enquanto realidade social afirma o

laço indissociável que se estabelece com asociedade que o habita sendo que no nosso casoem apreço teremos que salientar como umarealidade dinâmica, com suporte de memórias,de memória colectiva, da mobilidade como fac-tor de organização da cultura e do espaço dacidade; com a criação de novas centralidades,interligadas com a realidade em que se inserem,

entendemos encontrar na nossa terra, Leça daPalmeira, todas as questões apresentadas nareferida disciplina; e então inspirados no lemado porto de Leixões “Chegar e Zarpar” acres-centamos-lhe “Um Não-Lugar” que constituiuum dos temas da disciplina.

Adaptando o texto do nosso trabalho paraser publicado na última página de “A VOZ DE

LEÇA”, é assim que surge aí o título do nossotrabalho Leça da Palmeira Antropológica, poisaqui encontrámos diferentes formas de ocu-pação ou utilização do espaço, característicasetnográficas dos seus naturais e de outros ocu-pantes, nomeadamente estrangeiros (ingleses enão só) e outros estranhos que por diferentesmotivos aqui foram chegando, uns ficando ou-tros partindo.

É aqui em Leça da Palmeira em cujoestuário do rio Leça, existe a arrojada obrahidráulica conhecida, no seu conjunto, pela designação de porto artificial de Leixões, considerado como um verdadeiro monumentode engenharia, cujas diversas e variadas insta-lações merecem atenta e demorada visita.

Leça da Palmeira na zona ribeirinha, foiembarcadouro de emigrantes e desembar-cadouro de sardinha, um dos aspectos mais típi-cos, mais coloridos que ocorria quando pelasnoites de Agosto à luz de archotes se desco-briam dramáticas figuras de homens e mulheresdo mar, cantando, leiloando, apartando os lotes,debruçadas e ajoelhadas.

Por entre esses xailes de varinas, que cons-tantemente vivem com a água do mar pelosjoelhos, a maré das lágrimas pelo coração, e oscapotes do minhoto foragido para a miragemmigratória, uma população feliz que assim foivendo crescer essa grande obra, primeiro comos quebra-mar do porto de abrigo e depois comas sucessivas docas, terra a dentro destruindo oque de mais belo tinha o centro cívico destanossa terra, transformando-a e influenciandotodo o seu desenvolvimento.

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 201112

Leça de sempreROCHA

DOS SANTOSEng.º Civil

EVOCAÇÕES

Com vista a obter auxílio financeiro parauma criança autista, Miguel, ter direito auma terapia “Son Rise, no próximo dia

26, em Tróia e durante uma semana, decorreuno Pavilhão de Congressos e Desportos umaexibição de Danças Orientais e de Dança deVentre e um whorkshop, cuja entrada era 5euros por pessoa.

Susana Silva, presidente da AssociaçãoVencer Autismo, entidade que organizou oevento, referiu que a sua finalidade eraangariar fundos para ajudar a família da criança para que esta possa fazer a sua for-mação em Tróia, consistindo numa “terapiaSon Rise de recuperação de crianças comautismo, muito conhecida noutros países,como os Estados Unidos da América, onde émuito comum. Alguns pais foram fazer essaformação aos Estados Unidos e trouxerampara Portugal essa nova técnica e a nossaassociação conseguiu trazer alguns for-madores americanos que vão fazer essa acçãodurante uma semana, a partir do dia 26”.

A acção no Pavilhão de Congressos “des-tina-se a angariar uma verba para que os paisde Miguel consigam também fazer essa for-

mação. Não direi que seja uma família caren-ciada mas o valor da formação é elevado, quenão estará ao alcance de todas as famílias. Talcomo aos pais de Miguel, estamos a ajudarmais 30 agregados familiares, a quem tam-

bém já demos bolsas para poderem participar,através dos eventos que temos realizado eajudas de particulares e de empresas. Demosaté agora cerca de 10 mil euros”.

O Estado não comparticipa neste tipo de

acção, “até porque se trata de uma formação,ou melhor esta abordagem com meninosautistas é pouco conhecida em Portugal, ape-sar de todos os sucessos que têm sidoalcançados com as famílias que o aplicam.No nosso país é pouco divulgado. A asso-ciação tem feito um enorme esforço para darconhecimento às famílias e terapeutas estanova abordagem, que tem obtido efectiva-mente resultados muito bons, na recuperaçãodos doentes. Inclusive consegui-os com aminha filha e outras crianças”.

A formação ajuda os pacientes asocializarem, pois “uma vez que o problemadas crianças autistas não é comportamentalmas de relação e interacção, a base deste pro-grama é precisamente a interacção entre elesem que quantas mais horas se trabalhar comestes meninos mais eles evoluem. Trabalha-sede forma intensiva a relação pessoal”. Paraalém das danças orientais, houve venda deprodutos, tudo destinado à ajuda dos pais deMiguel.

JMC

Angariação de fundos para ajudar criança autista decorreu no Pavilhão de Congressos de Matosinhos

Associação solidária com família necessitada

Page 13: Jornal de Matosinhos Nº1609

Inserida na semana de recepção aocaloiro 2011/2012, toda a comunidadeIPAM juntou-se para dar vida ao Dia da

Beneficência, que consistiu numa anga-riação de bens alimentares junto dos habi-tantes de Matosinhos, bem como docentese discentes do Instituto Português deAdministração de Marketing, a fim de osdoar à instituição “A Casa do Caminho”.

Uma semana antes, os caloiros jáplaneavam este dia, com a distribuição deflyers pelas habitações circundantes aoIPAM com o intuito de informar e incenti-var a comunidade a participar activamente.

No dia da acção, os caloiros percor-reram as ruas do Concelho e foram anga-riando os alimentos que posteriormente,entregaram no Bazar da Casa do Caminho,tendo sido recebidos por uma das respon-sáveis da instituição, Maria da Luz.

No final tiveram oportunidade parauma pequena conversa, tendo ficado aentender quais as maiores preocupações edificuldades da Casa do Caminho.

Os estudantes traçaram um balançopositivo da iniciativa, a que pretendem darcontinuidade no próximo ano e sempre quenecessário, acrescentando que: “acredita-mos cada vez mais que devemos ter umpapel activo e solidário na sociedade, e nomeio onde nos inserimos, e onde somos tãobem acolhidos”.

1.Os passeios da Rua Brito Capelo estão asofrer uma agradável transformação. Estão a

retirar do empedrado a elevada quantidade de“chiclets” presas ao chão e que pessoas sem omínimo de educação as lançaram. Está ali umtrabalho para durar, por ser moroso. Em contin-uação deste trabalho logo surgiu outro que é ode lavar aquelas pedras com recurso a produtospara esse fim, de imediato seguido de umamáquina, tipo enceradora, que esfrega o empe-drado, pondo-o quase branco.

Os passeios ficam depois de limpos ver-dadeiramente asseados. Pelo que tivemosocasião de apreciar o trabalho dos operários eda dita máquina (apenas uma), podemos afir-mar que para o ano, por esta altura, ainda nãoterminou a limpeza, nem calculamos quandotermina.

Vergonhoso é o que nos sugere dizer sobreo estado lastimoso em que se encontra a maio-ria dos passeios, imundos, nomeadamente nasruas abaixo da Rua Brito Capelo, cheios de gor-dura e escuros. De tal forma que ninguém diz oque está por baixo da imundice a não ser aque-les que conhecem os locais. O Município temobrigação de mandar fiscalizar os passeiosreferidos e para que estes mandem fazer o quedeve ser executado – limpeza.

2.Os débitos da Região Autónoma daMadeira são enormes, na ordem de muitos

milhões de Euros. Uns apontam para seis mi-lhões, outros apontam oito milhões, mas háquem diga que é mais.

Entretanto, oPresidente da RegiãoAutónoma, Dr. Al-berto João Jardim,tem procurado portodos os meios ao seudispor, com “menti-ras” e “desculpas”,sem pés nem cabeça,justificar e encobrir odébito. São em gran-de número as menti-ras e as justificaçõesque apresenta. No entanto, já foi avisado do quetem a fazer para resgatar a dívida e tem de pararcom as obras que mandou executar. Não acre-ditamos nesta ordem porque Alberto JoãoJardim é persistente e teimoso. Só o que ele dizé que está certo. Aguardemos para ver se tomaprovidências ou se o Governo Central é quetem de tomar providências.

3.Pelo que foi dado conhecimento públicoatravés dos vários Órgãos de Comunicação

Social, do Orçamento para 2012, os portugue-ses vão sofrer ainda mais do que têm sofridoaté ao momento.Veio a saber-se que noprimeiro semestre deste ano, as quantias des-viadas são enormes. Para onde foi este noassodinheiro? Quem foi o audaz “larápio”? Comofoi feita a distribuição? Só por um ou pormais?

A maioria das pessoas, ou melhor os por-tugueses de boa fé e sérios, que ainda os há,são de opinião que aqueles que desviaram osnossos dinheiros devem ser julgados, condena-dos e metidos em cadeias de alta segurança,não vá eles mesmos assim fugirem de Portugalsem pagar ou devolver o que desviaram. Nóstambém apoiamos esta solução.

O mesmo desiderato tem o comentador daSIC José Gomes Ferreira, que diz que as con-denações têm de servir de exemplo e ser exem-plares. Há em Portugal meios para atuar contraos “desonestos” e há quem tem o dever decumprir e mandar cumprir as prisões dos delin-quentes. Está neste caso o PGR que tem obri-

gação de averiguar até que ponto vão osdesvios e quem os fez. Doa a quem doer esejam eles quem forem. Os portugueses sabemque a maioria dos governantes que desgo-vernaram fugiram do País e emigraram paraoutros países da Europa. Se não for tomadauma decisão como deve ser, iremos de mal apior e cada vez mais nos afundamos, vamos apique. Seja-me permitida uma opinião que vaicontra os militantes da esquerda e contra ospseudo”patriotas” que venderam a Pátria aretalho.

Se não tivesse sucedido isto, teríamosmuito apoio e onde ir buscar dinheiro. Naqueletempo já distante, eramos um Pais rico. Hoje oque somos? Um Portugal com gente que sóesbanjou dinheiro e nos colocou nesta tristesituação, quase na ruina.

Se um pobre entra num estabelecimentocomercial e pega seja no que for, por maisinsignificante, se for apanhado, o comerciantechama a polícia que leva para a esquadra odelinquente que no dia imediato é presenteperante o Ministério Público que o condenacom cadeia ou paga determinada quantia queaumenta as dificuldades familiares em quevive.

E o que sucede aos larápios chamados deluva branca que esbanjaram a riqueza destePaís e fugiram?

Para onde foram?Cadeia com todos, sejam Ministros,

Secretários ou Subsecretários de Estado.Acabe-se de vez com esta bandalheira e

pouca vergonha.

ARAÚJO REISProfessor de Educação Física

11.. AA BBrriittoo CCaappeelloo ee aass aarrttéérriiaass cciirrccuunnvviizziinnhhaass22.. OOss ddéébbiittooss ddaa MMaaddeeiirraa33.. OOnnddee ppáárraa oo ddiinnhheeiirroo ddeessvviiaaddoo??

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Dia da Beneficência no IPAM Guifões debate ReformaAdministrativa do Poder Local

Estava prevista para ontem uma sessãoextraordinária da Assembleia de Freguesia deGuifões, com a finalidade de debater e delibe-rar uma tomada de posição sobre a intenção doGoverno, na sequência da Reforma Adminis-trativa do Poder Local, extinguir ou agregar aFreguesia de Guifões.

Recolha de Sangue em Leça da Palmeira

Os escoteiros do Grupo 43 de Leça daPalmeira vão uma vez mais organizar umaRecolha de Sangue na sua Freguesia, com acolaboração do IPS – Instituto Português deSangue, no próximo dia 29.

A Escola Primária do Corpo Santo é o localescolhido para este acto benévolo, de generosi-dade e revelador de um grande espírito decidadania.

Homenagem ao ProfissionalO Rotary Clube de Matosinhos vai levar a

efeito, no próximo dia 25, uma Homenagem aoProfissional, distinguindo o Prof. Doutor JoséAmarante, Cirurgião Plástico, Catedrático daFaculdade de Medicina do Porto, durante umjantar, no Restaurante “O Chanquinhas”, emLeça da Palmeira às 20 horas.

21 DE OUTUBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 1331 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

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JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 201114

Cada vez vou ficando mais pobre!, de tantos ebons amigos que vão partindo, deixando-me umvácuo difícil de superar.

Faleceu no dia 11 de Julho de 2011 o PauloVilas Boas, de seu nome artístico, dado que o seuverdadeiro nome era o de Paulino Vilas BoasPereira, morte que muito me consternou e lembrouos bons e inesquecíveis momentos que ficaram aatestar uma amizade sã, que foi solidificadadurante os muitos anos que convivemos um com ooutro.

Conhecemo-nos no fim do ano de 1982, naaltura em que o pintor expunha a sua Arte no SalãoNobre do Ateneu Comercial do Porto. Nessa opor-tunidade e ao visitar a exposição, achei que o maisadequado para comemorar o 1º aniversário natalí-cio de meu filho, em Janeiro de 1983, seria ofere-cer-lhe um quadro, com direito a dedicatória, peloque, adquiri a “Margem do Rio Douro”, que muitome agradou. Em tons de azul, claro está. Do Pintordos Azuis! Que ninguém ousou, como ele, pintar oPorto naquela cor – e tantas vezes o fez e bem.

A partir desse dia, fomo-nos encontrando e, dequando em quando, a seu convite, entrava pelaRua de Sampaio Bruno, subia no elevador até ao5º andar onde, no torreão do prédio, estava insta-lado o seu ateliê, que dava para a Praça daLiberdade e Avenida dos Aliados, divisando-se daíuma notável panorâmica, que o inspirava a aliar aarte à liberdade de criar o belo!

Vilas Boas nasceu em 7 de Abril de 1940 emAlvelos, Barcelos. Dezassete anos depois fixaresidência no Porto e em 1960 inicia estudos naEscola Industrial Infante D. Henrique, onde conhe-ce o Pintor Mestre Mendes da Silva, que o esti-mula na arte de bem pintar. Em 1962 executa osseus primeiros desenhos para estamparia e publici-dade luminosa. E, em 1969, expõe pela primeiravez os seus trabalhos, no Hotel Castor, na cidadedo Porto. Depois, expõe em Braga, Póvoa deVarzim, Ofir, Barcelos, Guimarães, Museu Soaresdos Reis, Sociedade de Belas Artes de Lisboa,Espinho, Aveiro, Amarante e Coimbra. Em 1974,apresenta-se na Galeria de “O Primeiro de Janeiro”(onde é hoje o Via Catarina), salão onde muitos emuitos artistas expuseram a sua arte, cominegáveis êxitos. Visita Paris e expõe na rua.Depois Roma, Florença e Londres. Fixa residênciaem Paris em 1978 e, em 1979, já no Porto, expõena Galeria da Fundação Engº António de Almeida.

Sempre ávido de procurar enriquecer os seusconhecimentos pictóricos, visita a Suiça e aEspanha para, em 1983, expor, então, no AteneuComercial do Porto, onde nos conhecemos.

A partir daí, são incontáveis as exposições querealiza. As duas últimas foram nas cidades quemais pintou e amou e que, agora, lhe devem umahomenagem: no Porto, na Cooperativa Árvore eem Barcelos, na Galeria Municipal, onde, até era,desde há alguns anos, o Consultor de Arte.

Ainda sobre o seu passado, é-me grato regis-tar, aqui, certos e determinados momentos que eupenso terem sido bem significativos para ele, taiscomo: em 1985, quando expunha no Ateneu

Comercial do Porto, determinada pessoa apareceupor lá, olhou, apreciou toda aquela arte que se lhedeparava, dizendo, depois, para o pintor: possodeixar-lhe a minha mensagem? E escreveu: “Umaopinião... O poeta inglês John Keats disse, numdos seus versos: “ A thing of beauty is a joy fore-ver.” Ou, na língua que mamámos com o leitematerno: “uma coisa bela é uma alegria parasempre”. É com essa alegria, Snr. Paulo VilasBoas, que eu saio da sua Exposição. O senhor éum poeta dos crepúsculos, dos fins de tarde, ou doromper do dia. Não há, nos seus quadros, a orgiada cor. É discreto. É profundo. É recolhido. E, porvezes, talvez, torturado, ou angustiado. Pois não éverdade que um dos seus quadros foi, por si, intit-ulado Angústia? Um dos motivos da sua pinturasão as águas, os barcos e o casario reflectido natranquilidade das águas. As aguarelas – pois pu-dera! – estão mesmo ao... pintar desses motivos! Anota dos telhados é primorosamente dada! Nãosou crítico de arte. Isso é coisa de especialistas. Oque aí fica escrevinhado (para que não diga quesaí da sua Exposição em branco e em... bruto) édum homem vulgar de Lineu... Clínica geral...Cruz Malpique / 30-XI-1985”

Nesse mesmo dia, apareci por lá e ele entu-siasmado, diz-me: “lê isto, que muito me tocou,mas não sei de quem é”. Lembrei-lhe que o Dr.Cruz Malpique era um grande escritor e professorno Liceu Alexandre Herculano e que dele, eu atétinha alguns livros autografados e, de entre eles, oEnsaio de Filosofia de Arte, com o título de “Comose faz um artista”. E lembrei-lhe, ainda, que nesselivro, o escritor, em determinada altura escreve: “OArtista é o Inquieto por excelência, o torturadoIdeal, aquele em quem os conflitos interioresrevestem uma forma angustiadamente cruciante.O animal apenas tem que lutar contra as ameaçasdo mundo exterior. Mas o homem superior – oArtista – tem, a mais, que se defrontar com o seudrama interior, com o seu Desespero, com o seuIdeal.”

Estava eu longe, nessa altura, de imaginar queestas palavras no fim da sua vida, se ajustariam,perfeitamente, à angustia cruciante que, de dia paradia, se ia apoderando da vivência do artista.

Em 1986, ganha o Prémio Nacional de Jubileude Turismo, no VI Salão de Outono do Casino doEstoril, com o quadro “Neve na Pousada”, quadroque pode ser admirado na Pousada do Marão. E,em 1987, volta ao VII Salão de Outono, no mesmocasino, onde lhe é atribuída uma “MençãoHonrosa”.

O Poeta José Viale Moutinho, também em1988, consagra-lhe o poema “Dizeres Portuensespara Paulo Vilas Boas”, assim:

“Este rio que por detrás do porto cresce/ sembarcos sem casas apenas nos mistérios/ de umasquantas pedras ao longo das águas/ e uma docecortina de cinzas que o cobre//

Este rio anda debaixo das ruas/ atravessa acidade em surdas viagens/ ninguém o conhece: odouro cabe-te num/ quadro como um pássaroentre as estações//

Este rio fica na europa dos nossos olhos/ nelese afogam os sonhos como as leves cores/ e emtoda essa névoa que se vai tecendo, tecendo/ hásempre um pintor a amanhecer nas brumas//”.

E, em 8 de Agosto de 1988, estando de fériasem Armação de Pêra, escreve-me, num postal, oseguinte:

Amigo: um dia, Leonardo da Vinci pensoudesta forma:

“ Ó tu que dormes, o que é o sono?O sono assemelha-se à morte.Porque não constróis antes da morte,Uma obra que te dê uma aparênciaDe vivo, mesmo depois da morte?!...”Bom, é um pouco aquilo que eu pretendo

realizar. Um abraço amigo do Paulo.Este pensamento do grande e célebre mestre

Florentino, nunca lhe saíu da cabeça, pelo que,determinado e audaz como era, perseguiu e tentouencontrar com uma vida árdua de muito trabalho,e numa busca contínua, outras formas de expressaro seu temperamento de artista, para além daquelasque, já entretanto, lhe deram notoriedade.

E voltou, então, com uma maior actividade ecom outro valor artístico, do que aquele produzidoem 1979, a pintar as suas maravilhosas com-posições da característica mais evidente deBarcelos: o artesanato, numa combinação cromáti-ca que causou sensação, já que, até aí, poucos tin-ham tentado abordar tal tema. E, perseverantecomo era, as suas telas passaram a ser disputadaspelos coleccionadores e observadas com um mistode admiração e de interesse. Mais: para além de terpintado o artesanato da sua terra natal, tentou, comêxito, os artesanatos de Viana do Castelo, deBisalhães (Vila Real), com a louça de barro preto,de Gondomar, com os brinquedos lúdicos queforam a alegria da criançada do passado.

Com os críticos de arte sempre atentos ao seutrabalho, o Jornalista César Príncipe, escreve dele,o seguinte: “A arte integra e desintegra espaços. Aarte traduz um tempo de representação. A arte éuma das linguagens da magia da vida e do engo-do do irreal. Paulo Vilas Boas fez-se no Porto e fez

o Porto, acrescentando à história a sua visão docorpo físico e anímico de um centro fundador deafectos, de justificações territoriais e civiliza-cionais. Não se tornou um pintor documental noestrito sentido do fotográfico e da maquetagemturística. Somou à factualidade um incontidoenamoramento. Enamoramento pela respiraçãodas janelas e pela dignidade das torres. E é certoque Barcelos, nos seus cultos estéticos e nos seusrogos e jogos de infância, também ocupa um lugarde privilégio”.

Muitas e variadíssimas citações sobre o artistae a sua arte justificariam ser divulgadas nestadespretensiosa crónica sobre este Amigo que metratava por Irmão. Será, pois, nesta condição queme arrogo o direito de falar abertamente sobre asua vida, tantos e tantos foram os momentos queme confidenciou sobre a sua felicidade ou infelici-dade. Quanto a mim, Paulo Vilas Boas foi umHomem que procurou ser feliz, fazendo os outrosfelizes, mas em meu entender, não era infeliz.Vivia para a arte. A sua pintura exaltava-lhe aalma, ao ponto de entregar-se-lhe totalmente, sem-pre na esperança de concretizar os seus sonhos,isto é, sabendo que era um pintor que não frequen-tara as “Belas Artes”, era alguém que “fazia” artesbelas!

Os últimos dias da sua vida, vivi-os de facto,como ele me tratava: vivi-os como se ele fossemeu irmão!

E, ao ver o seu fácies, sereno, no caixão,julguei poder adivinhar que, finalmente, na morte,encontrara a Paz que buscava. Manuel Cruz, umseu amigo que falou dele no Jornal dos Carvalhos,de que é director, escreveu estas sentidas e emocio-nantes palavras: “Partiu o velho amigo Paulo VilasBoas. Talvez quisesse ter morrido. Creio que àpartida reencontrou a felicidade de que andavaarredado”.

Ao terminar, e em jeito de desabafo, querolembrar as palavras que o Pintor escreveu, comorgulho, no seu 2º livro (Trinta Anos de Pintura),em Maio de 2001, assim:

“Não tenho a certeza se hoje, após trinta anosde sonho e, por vezes, de desalento, de teimosia ede conflito, sou um homem feliz. Sei, isso sim, quea edição deste livro me dá uma certa felicidade,constituindo quase uma dádiva da Arte ofertada amim mesmo e assegurando-me que nada foi emvão. Afinal, alguém reparou em Paulo VilasBoas...”

Afinal, digo eu, agora, com uma certa mágoa,e parafraseando-o, poucos foram os que repararamna sua morte, na morte de Vilas Boas – o PINTORDOS AZUIS!

E, ao pintar em 1987, a “Homenagem à Paz”(em tons de azul), penso que esse excepcional óleosobre tela, para além de exortar à Paz na Terra,com as pombas a encimar o motivo da pintura,também apelava à sua própria paz – a uma tran-quilidade de espírito que perseguia. Pois bem: quelá no azul do Céu, lá nas Alturas, encontre, por fim,a Paz que ele sempre procurou e desejou. Ao fim eao cabo, julgo bem que essa pintura era, tão-só,uma homenagem a si próprio!

O seu corpo foi cremado no Prado do Repousoe as suas cinzas lançadas no Roseiral do mesmoCemitério, nesse Espaço Sagrado que pede umaoração a quem por lá passe.

FIGURAS DO PASSADO

Paulo Vilas Boas

Está na ordem do dia a pretensa“Reforma Administrativa” que oGoverno PSD/CDS quer levar a cabo e

que culminará na “Agregação” de Juntas deFreguesia. Nesta “Reforma Administrativa”,tal como nas medidas de austeridade, este go-verno pretende começar por mexer nos quetêm menos voz. Temos um governo e umPrimeiro Ministro que quer mostrar força comos mais fracos, mas já demonstrou que é fracocom os mais fortes. Este governo já evidenciouo pouco que vale, sobretudo com a sua visãoeconomicista onde os números e as contasestão acima das pessoas.

É necessário racionalizar a Administraçãodo Estado?

Sim, mas não concordo com o que aí vem.As despesas diretas com as Juntas deFreguesia são insignificantes, pelo que cai porterra o falacioso argumento de que extinguirFreguesias irá contribuir para uma maiorracionalização dos recursos financeiros esaneamento da despesa pública nacional. Ébom lembrar que as Freguesias não sãoresponsáveis por qualquer endividamentopúblico.

Uma Freguesia é um espaço geográfico comgentes, património, história e riquezas próprias.

A Junta de Freguesia é o Órgão de Podermais próximo dos cidadãos e a quem estespedem diariamente contas. As Juntas deFreguesia conseguem notáveis ganhos de efi-

ciência, pelo conhecimento que têm da reali-dade local e dos seus habitantes. Consideroque é importante diminuir as despesas, maspara isso não há necessidade de extinguirFreguesias que têm anos de história e fazemparte da nossa identidade. Com a extinção,irão cortar os elos de proximidade que asJuntas representam para uma larga maioriada população, sobretudo a faixa mais idosa. Aserem extintas as Freguesias, deixará de serfeito muito trabalho em prol das comunidadeslocais, nomeadamente na área social. Ou seja,estamos perante um tremendo disparate quesó prejudicará a população, feito a régua eesquadro com critérios matemáticos, queesquecem que estamos a tratar de pessoas.

O disparate é tão grande que se compara-rmos o nosso mapa com o que a Troika impôs

à Grécia, continuamos a ter menos municípiose os Gregos criaram um novo patamar daAdministração do Estado, as Regiões. A títulode exemplo, só a Galiza (com 2,7 milhões dehabitantes e praticamente do tamanho doAlentejo) tem mais Concelhos que Portugalinteiro, já para não falar nas Freguesias (por láchamam-lhe parroquias) que são quase tantascomo as que por cá existem.

De todo o processo dito de “ReformaAdministrativa” concluo que este serve apenaso propósito de entreter os portugueses enquan-to o governo do PSD/CDS, contrariando tudoaquilo que prometeram na última campanhaeleitoral, nos vai assaltando com novos impos-tos e cortes de salários (13º e Subsídio deFérias, são as últimas tristes noticias), sematender às reais necessidades das pessoas. Ogoverno, neste processo está a brincar com ofogo e, para não se queimar, o ministro Relvasutiliza um discurso onde impera a demagogia.

Um mau sinal!

PPoorr GGuuiiffõõeessCARLOS

ALBERTO

FERREIRASecretário-coordenador

do Partido Socialista Guifões

OPINIÃO

por EDUARDO DA COSTA SOARES

Page 15: Jornal de Matosinhos Nº1609

21 DE OUTUBRODE 2011 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE JORNAL DE MATOSINHOS 15

Nº 247por Armando RodriguesP A L A V R A S C R U Z A D A S

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º 246

Jornalista nascido no Vimioso a 30/9/1900, faleceu em Oeiras a 25/8/1989. Licenciado em Direito na Universidade de Lisboa dedi-cou-se ao jornalismo. Trabalhou em diversos Órgãos de Comunica-ção Social. Exemplo disso: “O Século”, “O Diário de Lisboa” onde foi jornalista, Chefe de Redacção; e Director, e a Capital; onde tam-bém desempenhou funções de Director. Efectuou reportagens histó-ricas como as da viagem aérea de Gago Coutinho e Sacadura Cabral (1922), do périplo africano de Gil Eanes (1924/25) e da Guerra Civil de Espanha (1936/39). Foi Presidente da Direcção do Sindicato dos Profi ssionais da Imprensa e fez parte da comissão organizadora da Caixa de Reforma e Pensões dos Jornalistas. Foi-lhe conferido o grau de Grande Ofi cial da Ordem da Liberdade e ganhou o Prémio Artur Portela em 1986. Para além do exercício de jornalista, também se notabilizou como escritor teatrólogo.Quem será?

Joyce Piedade(Solução do nº 449 – José Joaquim Teixeira Lopes

É medonho e aterradorÉ um braseiro demolidorQue nos repugna e nos revoltaSão elementos que em combustãoSe aliam na destruiçãoQueimando tudo à sua volta.

Como é triste e desoladorVer as matas em estertorSerem completamente destruídas.Em pequenos focos se defl agramPor todos os lados se propagamEm labaredas imensas, perdidas.

A um incêndio provocadoContra a fl oresta e povoadoEm que é notória a suspeição.É lamentável o acto criminosoPorque é ignóbil e odiosoCom instintos de alienação.

A um calculado sinistroQue provocadamente pôs em riscoPovoações e aldeamentos.Há perdas humanas a registarDanos irreparáveis a acrescentarqual holocausto em desenvolvimento.

O país está a arderHá muitos incêndios a acontecerNum desastroso encadeamento.É uma calamidade infernalQue se estende por todo o PortugalDevastado pelo vento.

A abnegação e o estoicismoQue são apanágio do voluntarismoA que se entregam com denodo.Dão-lhe o epíteto de bombeirosA esses bravos guerreirosSoldados da paz em todo o mundo.

A desgraça que se abatia sobre Portugal tinha antecedente no ul-timato de Napoleão Bonaparte ao

Príncipe Regente D. João, por causa argumentada, senão como pretexto, pelo qual exigia a declaração de guer-ra a Inglaterra pelo facto da França estar desavinda com aquele país, e de “nenhum povo nem governo ter maior razão de queixa de Inglaterra do que o povo e o governo de Portugal”.

E a ameaça segue naquele ultima-to: “se o Príncipe Regente de Portugal não declarar guerra à Inglaterra…entender-se-há… renúncia à causa do Continente”, isto é, “que se declara inimigo de França”.

Se Portugal tinha uma “Aliança” com a Inglaterra desde há séculos, que sempre foi a mais antiga no Mundo entre nações, devia-a respeitar e cer-tamente, sem motivos para denunciar, sofreu as consequências.

Estava feita a ameaça, mas os exér-citos franceses estiveram ainda retidos na fronteira dos Pirenéus. A chegada de um exército português enviado em 1793 sob o comando de um ofi cial es-cocês, fez conter o ímpeto napoleóni-co e animar o exército espanhol, pois encontrava-se numa extrema miséria operativa com a falta de recursos bé-licos, de abastecimento, insanidade e uniformes esfarrapados.

Ao insucesso da primeira e da segunda invasão, em Junho de 1810 dá-se a terceira tentativa com pode-roso exército francês comandado pelo Marechal Massena, desta vez pela Beira Alta, conquistando sem grande esforço as praças fortes despreveni-das, chegando rapidamente a Almeida e Viseu.

As tropas portuguesas receberam o apoio de um contingente do exército inglês e travam o avanço napoleónico, dando-lhes luta no Buçaco, em cuja batalha alcançam sucesso.

Por táctica de guerra, os exércitos aliados comandados pelo prestigiado Duque de Wellington, simulam uma retirada e concentram-se num bem urdido reduto que foram as Linhas de Torres Vedras, com denotado esfor-ço, não só militar como também de sacrifi cadas populações, e daí atrair o exército francês, julgando estar a aproximar-se de Lisboa.

Cercado e retido nas fortifi cações pelos efectivos militares, e pela gran-

de massa de povo que compunham esta Linha, sofreram pesada derrota, e verifi cando a impossibilidade de pro-gredir, em Março de 1811 iniciam a tentativa de recuo para a fronteira de Espanha.

A tentativa gorada da terceira in-vasão francesa do território, resulta no entanto no facto dos ingleses, instala-dos em Portugal, se substituírem aos franceses e actuarem com o à vontade de substituírem também a governação portuguesa, de facto parecendo não existir e estar à mercê das mais de-sencontradas regras, de povo sem “rei nem roque”.

As autoridades inglesas, permi-tiram-se promover as suas tropas a postos com patente militar a que o exército português não tinha acesso, o que motivou desentendimentos e a necessidade de lutar contra as novas “forças de ocupação”.

D. João, Regente em Portugal, foi entretanto, em 1818, proclamado no Brasil, Rei de Portugal, D. João VI, o “Magnânimo”, dois anos depois do falecimento de D. Maria I ocorrido em 20 de Março de 1816.

Seu primogénito, o Príncipe D. Pedro casa-se em Debret, também em 1818, com D. Maria Leopoldina, arquiduquesa de Áustria, que será o I (Imperador) do Brasil e o IV (Rei) de Portugal.

Portugal sem “rei nem roque”, o seu exército desorganizava-se devido à falta de coragem de uns para assu-mirem o comando, a traição de outros, que se passaram para o invasor, pre-tendendo assim salvar a “pele”, fi ca-ram os desprotegidos, e parte do Clero e da Nobreza confi ando na imunidade de suas altas posições, o povo rude, ignorante, as forças de autoridade de-sorientadas e a braços com a degrada-ção da ordem que se ía gerando contra aqueles designados patriotas, que pre-tenderam encetar uma luta séria, cola-borante, fraterna contras as tropas de Soult que haviam chegado de Espanha sem grande esforço de guerra.

Estas lutas, que o Príncipe D. João não pôde travar para alguma coisa salvar e pouco perder, lidaram-se nos anos da sua ausência enquanto os “patriotas” puderam sustentá-las, en-frentando os generais franceses que se seguiram, Soult para substituir Junot,

o “fi lho querido da Victória”, Massena para substituir Soult.

Mas entre “patriotas”, clero, no-breza e povo gerou-se a confusão, a desordem, a desconfi ança, acudando-se mutuamente de traidores, de cola-boracionistas dos franceses com re-ceio de serem presos, humilhados ou despojados de seus bens, disputados por todos os que o julgaram e pude-ram fazer.

Não foram sufi cientes estas forças porque não estavam isentas de interes-ses próprios, incertas de, a quem de-viam prestar vassalagem, nem prepa-radas militarmente ou operativamente para enfrentar o poderoso e experi-mentado exército francês conduzido por glorifi cados generais.

A nação portuguesa estava depau-perada, o exército era constituído por militares sem disciplina nem aptidão, comandados por ofi ciais idosos para enfrentar dois exércitos bem organiza-dos, vacilando entre a obediência aos generais ingleses, que dominavam, se aos franceses que contavam com o poio de Espanha.

Começou a ser invadido, primei-ro por forças espanholas que paula-tinamente foram tomando praças de guerra, as tradicionais, de Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, e Campo Maior depois da tomada de Olivença, que não teve retorno.

Portugal ainda se viu abandonado pela Inglaterra, apesar da Aliança que respeitara, e mal governado por ino-perância de seus Governos.

Anos de noites “escuras” se aba-teram sobre Portugal até à expulsão defi nitiva dos exércitos de Napoleão.

Foram terríveis e inenarráveis os acontecimentos, o sofrimento do povo português naqueles sete anos de inva-são, lutas vencidas, que foram, com o auxílio de Inglaterra, pelo seu esforço de guerra nos campos de batalha e na vigilância no mar com a sua Armada. Mas a presença das forças inglesas em Portugal tinha por intenção, tam-bém defender a sua ilha ameaçada por Napoleão.

A este pretexto, e outros de inte-resse económico, os ingleses manti-veram-se como novos invasores e iam tomando posições de comando e de governação dos portugueses na ausên-cia da Coroa no Brasil.

Sinto-me às vezes possuída,E de cabeça perdida,E de olhar um pouco vago.Porque às vezes o destino,Me nega até um carinho,Ou mesmo um simples afago.

Sinto que a solidão,Habita em meu coração,Me faz sentir infeliz.Sinto-me uma condenada,De maneira injustiçada,Por um certo falso juiz.

Não fui eu que tive culpa,Da tua fraca conduta,E dos erros que praticaste.Pois para teus prazeres mundanos,Causaste-me tantos danos,E assim me crucifi caste.

Todos os erros são teus,Mas para o banco dos réus,Fui eu que fui atirada.Fui multada com ciúmes,Com mágoa e com queixumes,E pela vida maltratada.

Para a cela da solidão,Com grades de ingratidão,Fui pagar a pena imposta.Alimentada a maus tratos,Com os teus modos ingratos,Desses de quem ninguém gosta.

Mas mantenho a esperança,De que tempos de bonança,Ainda virão a surgir.Pois serei absolvida,Visto ser eu a traída,E ainda de ti hei-de rir.

Das algemas dos teus braços,Eu hei-de romper os laços,E como pássaro em liberdade.Rumarei para outro ninho,Jamais terás meu carinho,E chorarás de saudade.

Por pagar inocente

É verdade;Afi rmação verdadeira,bem antiga por sinal,uma verdade cimeira,bem antiga em PortugalMas,nem sempre assim acontece,porquanto, meia mentira,é outra realidade;Não me digam, nem em cantiga,que esta meia mentira,pode ser, meia verdade.

São presságios ou adágios,os ditados populares,cada terra com seu uso,e cada roca com seu fuso,não nos podem enganar;Estar preparado...,“para uma oportunidadee nunca tê-la”...;É melhor que tê-la...,e para tal, não estar preparado;Do linho...,com ou sem alegria,muita roupa se fazia,Mas das “estopas”,nunca se adubaram as sopas.

Disse-o, Leonardo Da Vinci:“O verdadeiro rei dos animais é o homem,pois, a sua bestialidade supera a todos”;E tinha a razão, que ainda hoje se mantém,pois, “com papas e bolos,ainda se continua, a enganar os tolos”;“São necessários mais de cinquentaanimais, para fazer uma casaco de peles,mas apenas um para vesti-lo”;Esta é a real verdade,que, quer queiramos quer nãoé a própria realidade.

As invasões francesas – A terceira invasão

Efemérides da História de Portugal – III

Uma garrafa meio vazia!...,Também estará meio cheia!...

ARMINDO FERNANDES CARDOSO

MARIA EMÍLIA DINIS ROCHA

O País está a arder

JOSÉPEREIRADIAS

JOÃO DIOGO

Jorna mioso aa 30/91 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

A M O D O S T U A F I D O S

B A V E R T R O C A A E C O

C S O S T R A G A B U S O U

D O S E R A P O B A S E S R

E A A M I N O R A R E M S O

F P I P O S F E G R I B A S

G I M A E V O L T O A A I S

H T O C A I C E R T A R D O

I A O O P A L I Z A R A A S

J B A T A D A A E D A C E I

L T R A M A R V L A R A D A

M I E R T S E T A S L D E I

N A I A R S S I M C T O N A

VERTICAIS: 1 – Aparato; queridas. 2 – Giria; Paroco. 3 – Quatro em le-tra Romana, Meão; Seguir. 4 – En-feite; Zarpar. 5 – Criadas; Pedra de moinho (pl.); oferecerá. 6 – Sovinas. 7 – Nociva; acerto; aqui. 8 – Reci-piente onde se guardam relíquias. 9 – Erguer; lista; Senhora. 10 – Jaco-sa; afi ei. 11 – Carta de jogo; podem ser de dormir; 550 em letra Romana. 12 – Cepeiras; suave. 13 – Pousar no mar; espantar.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

L

M

N

HORIZONTAISA – Azedas; opulenta. B – Limpei; costuram; C – Simb. quim. do alu-mínio; uniram-se pelo casamento; apanhadeira. D – Ramudo; ouriçar. E – Magoar; doença; lar. F – Exonera-ram. G – Reparei; relativo ao ouvido; perf. de neg. H – Marcas. I – Irmã; colorido; teta. J – aproxima; anosas. L – Oferece; Páscoa; 900 em letra Ro-mana. M – Transferir tirara medidas. N – Agrupamentos de montanhas; dançar.

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JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 201116

Avantagem de quatro golos traduz decerto modo a diferença de estatutosque existe entre um clube e o outro.

Num jogo bem disputado, nunca deixoude haver competitividade, apesar daequipa da casa ter dominado por com-pleto. O Aves desde o início assumiuas despesas da partida descongestio-nando o jogo, ora por um lado, ora poroutro. O Infesta aguentou a pressãointensa durante os primeiros 25 minu-tos, altura que sofreu o primeiro golo,por Fonseca na sequência de um lancerápido pela esquerda. Pedro Pereiraendossa a bola a Fonseca que só teve de

fazer um desvio subtil para trair VítorPádua e estava feito o mais difícil . Nãofoi preciso esperar muito, pois algunsminutos decorridos a bola é lançadapara a área mamedense: Quinaz ganhaem velocidade aos centrais e, na cara deVítor Pádua, fez o segundo golo.Praticamente a eliminatória estava sen-tenciada. O Infesta tudo fazia para subirno terreno, mas só de bola parada obri-gava Rui Faria a aplicar-se. A melhoroportunidade do Infesta surgiu ao mi-nuto 44, em que Vitinha I, de livre,rematou cisgado ao poste, valendo agrande defesa de Rui Faria que aodefender chocou com o poste. Antes dointervalo Fonseca esteve perto do ter-ceiro golo, mas Vítor Pádua interveiocom segurança.

Na segunda parte o Infesta surgiumais afoito e Vtinha (48’) num livresuperiormente marcado, obrigou novadefesa incompleta do Rui Faria para afrente . Pouco depois, em lance deataque e de fora da área, Quinaz finali-zou com um remate cheio de intençãofora do alcance de Vítor Pádua (3-0).

Na tentativa de inverter a situação,o técnico José Manuel Ribeiro de umaassentada fez entrar Pedro Pereira ePaulinho, mas a equipa da casa dese-nhava bons lances, sobretudo pelosflancos, e o perigo na baliza do Infestaera constante. Aos 63’ Leandroavançou pelo lado direito, cruzou aosegundo poste e lá estava Fonseca asaltar mais alto e a fechar a contagem

nos 4-0. Esta vantagem dava para oAves tirar o pé do acelerador e foi apartir daí que o Infesta, que nuncabaixou os braços, conseguiu subir noterreno e, por mais que uma vez, esteveperto de reduzir. Aos 80 minutos, emlances de contra ataque, Nuno Almeidanão conseguiu desfeitear o guardião dacasa que veio fora da área desarmar oavançado evitando o golo eminente.

No final o Aves foi um justovencedor, soube aproveitar algumadebilidade da defesa dos visitados,contudo uma palavra de simpatia parao Infesta que, comandado pelo seucapitão Vitinha I, soube com lealdadeentregar-se ao jogo com um comporta-mento de enaltecer.

Domingo, às 15 horas, Alpenduradavs Infesta.

Treinador do Infesta,

José Manuel Ribeiro:

“À partida era um jogo desigual,claro que em nossa casa teríamos me-lhor resposta. Não estamos habituadosa jogar a este ritmo e com tanta agres-sividade. Depois os jogadores da casaaproveitaram metade das oportu-nidades para fazer golo, e nós das trêsou quatro ocasiões para fazer golo nãoaproveitamos nenhuma e a diferençatambém esteve aí . Estou satisfeitocom os meus jogadores, trabalharam,deram o máximo e o resultado é adiferença de qualidade em tudo. É umclube com outras condições de traba-lho que nós não temos. Contudo achoque vir aqui jogar perante uma equipaprofissional foi um bom prémio paraos jogadores e estou convencido que aequipa vai melhorar”.

Joaquim Sousa

OLeixões bateu, no Estádio do Mar, oSport Clube Mineiro Aljustrelenseem jogo a contar para a 3.ª elimi-

natória da Taça de Portugal.O golo solitário de cabeça de Diego

Mourão aos 82’ chegou para o Leixõesseguir em frente na prova onde já tem

pergaminhos. Uma prova em que pelasegunda vez o próprio Diego Mourãomarca e dá a vitória à equipa deMatosinhos.

O Leixões comandou um encontromorno de início ao fim com grandeparte da partida a ser disputada no meiocampo do conjunto vindo do Alentejo epor várias ocasiões o Leixões poderiater inaugurado o marcador mas isso sóviria a verificar na recta final do encon-tro quando o Aljustrelense já só pensa-va no prolongamento. Um livre deFeliciano marcado na direita fez comque o brasileiro somasse o segundotento pelo conjunto de Matosinhos.

Entretanto este jogo foi de estreiapara João Beirão que, chamado pelaprimeira vez, conseguiu entrar nodecorrer da segunda metade (75’) efazer a estreia na temporada ao serviçodo clube de Matosinhos.

Treinador do Leixões, Litos:

“Há que dar mérito ao adversário,pela forma como se bateu e como traba-lhou. Fomos criando algumas situações,não muitas, mas tenho de dar osparabéns à minha equipa, pois fomosmelhores, pacientes e conseguimos oobjectivo. Gostaria de ter ganho pormais, mas por aquilo que o adversáriofez também mereceu o resultado.Tivemos vários exemplos neste fim-de-semana de equipas mais fracas que pas-saram à fase seguinte. O nosso campotambém ainda não está nas perfeitascondições para jogarmos melhor. A par-tir de amanhã vamos pensar no jogo como Atlético e quando surgir o sorteio logovoltamos a pensar na Taça, onde quere-mos chegar o mais longe possível”.

Treinador do Aljustrelense:

Eduardo Rodrigues “A forma comoabordámos o jogo passava por dar aposse de bola ao Leixões, tentandodepois sair em contra-ataque.

Conseguimos isso até ao minuto80, quando um detalhe ditou queperdêssemos o jogo. Penso que seriaum prémio justo chegarmos ao pro-longamento.”

Mário Barbosa “Mitchfoot”

JJoorrnnaallddeeMMaattoossiinnhhoossSexta-feira, 21 de Outubro de 2011

Terceira Eliminatória da Taça de Portugal

Missão cumprida

Infesta deu o máximo…

Só falhou o golo de honra

Aequipa da casa começa o jogo comsuperioridade atacante, insistindo ojogo pelos flancos, com predo-

minância pelo lado esquerdo, tirandopartido de um jogo menos conseguidopelo lateral direito, Pessoa que tem esta-do muito bem na equipa do Custóias.Aos 5m a equipa do Canidelo quasechega ao golo, negado com segurançapelo guardião Meneses. Praticamentena resposta, a equipa do Custóias criaperigo numa jogada de insistência ata-cante. Aos 12 minutos, Ruben ao

segundo poste cabeceia para fora. Maisinsistente no ataque, a equipa doCanidelo vai criando alguns calafriosna defensiva custóiense, que respondecom acerto. Mário Rui, médio doCustóias, ensaia o remate de fora daárea, criando algum frisson. Aos 41minutos o golo da equipa da casa, quediga-se já merecia, por Vinagre quedentro da área, sem marcação, rodopiasobre si e remata para o fundo da balizade Meneses que nada podia fazer. O 1-0 com que se atingiu o intervalo erajusto e premiava a equipa que mais ofez por merecer.

No regresso das cabines, as equipassobem ao relvado sem alterações nosonzes. Ao contrário da primeira parte, aequipa do Custóias, equilibra a conten-da e aos poucos vai-se se acercando daárea dos da casa, com relativo perigo. Aequipa do Canidelo, aposta numa toadade contra-ataque, mas só vai criandoperigo através de lances de bola parada.Com as mexidas no onze custóiense,

Magalhães no lugar de Nuno Santos(55) e Paulo Lopes no lugar de MárioRui (59), a equipa começa a ser maisinsistente no ataque, mas aos 72 minu-tos sofre duro golpe nas suas preten-sões, O Canidelo em lance de contra--ataque faz o segundo, contra a correntede jogo. A jogar apenas com três defe-

sas a equipa do Custóias, já comCaramalho no lugar de César, apostatudo na recuperação do resultado.Gandarela, um diabo à solta, na área doCanidelo, com Paulo Lopes a jogar aomais alto nível, Joel o maestro, descon-certante, mais o apoio do capitãoLuisão que terminou quase a ponta de

lança, a equipa custóiense quase chegouao empate, tão grande foi o futebol ata-cante produzido nos últimos 18 minu-tos. Primeiro, Gandarela, isolado pelolado direito, já com o ângulo reduzidofaz um chapéu ao guarda-redes Danny,mas bola não sai com a direcção pre-tendida, saindo muito perto do postemais longe. Aos 84 minutos, golo doCustóias, livre direto apontado supe-riormente por Paulo Lopes, a bola beijao travessão e na recarga, Edu reduz.Em cima do minuto 90, num lance demuita pressão sobre a defensiva doCanidelo, Luisão atira à barra. O SrPaulo Gomes Nunes, arbitro do encon-tro que esteve em muito bom níveldurante os 90 minutos, borrou a pinturatoda ao não assinalar uma mão dentroda área defensiva do Canidelo (penalti)e também não permitiu que a equipa doCustóias marcasse um pontapé decanto, acabando com o jogo.

MB “Mitchfoot”

Divisão de Honra da AF Porto

Custóias perde pela primeira vez

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21 DE OUTUBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 1731 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

ODerby tão esperado por todos nãogorou as espectativas, este encontrode futebol teve de quase tudo, bom

futebol, por parte das duas equipas,lances duvidosos, infelizmente tambémteve lesões, reviravolta no marcador,golos anulados e muito entusiasmo, querdentro das quatro linhas, quer na banca-da, que diga-se, encontrava-se repleta deadeptos das duas equipas.

O encontro iniciou-se com a equipalocal mais interventiva, com um futebolmuito apoiado e rápido conseguiu criaralgumas dificuldades ao último redutodo FC Perafita, os visitantes iam respon-

dendo como podiam e somente à pas-sagem dos 15 minutos é que con-seguiram equilibrar a contenda, assistin-do-se então a paradas e respostas semprecom as defensivas a sobressair, pelaforma como conseguiam desfazer o peri-go para as suas áreas. À passagem dominuto 34, num lance perfeitamenteevitável por parte do avançado doLavrense, mata, guarda redes do FCPerafita é atingido nas costas, facto que oimpossibilitou de dar o seu contributo àsua equipa tendo sido imediatamentesubstituído por Artur. O primeiro golosurgiu numa desatenção da defensiva doFC Perafita, incluindo o guarda redes,que num pontapé longo do guarda redesdo Lavrense, o esférico bate muito pertoda grande área defendida pelo FCPerafita e na confusão, faltou maisdefinição na altura de atacar a bola, oavançado do Lavrense interpôs-se nolance tendo somente que desviar o esféri-co para a baliza deserta, estava assiminaugurado o marcador.

Na segunda parte, o FC Perafitaentrou com uma atitude maisempreendedora e com o único objectivoprimário o de empatar o encontro o maiscedo possível. Sobressaiu o maior pode-rio físico dos visitantes, conjugados comuma maior experiência de jogo, con-seguiram retirar a iniciativa de jogo aosvisitados, por vezes encostando-os à suagrande área. Adivinhava-se o golo doempate, as ocasiões eram por de maisevidentes, pois a pressão imposta pela

equipa do FC Perafita era demasiadoalta, mas o Lavrense lá se ia aguentandoe por vezes tentava desenhar rápidoscontra ataques que poderiam fechar oderby a seu favor. Ao minuto 67, MarcoPereira, lateral do FC Perafita em esforçotenta cortar um lance ofensivo e contraiuai uma lesão muscular, pedida a substi-tuição, é lançado no derby o jogadormais novo da ficha de jogo, Zé Miguel,avançado que saiu das camadas jovensdo FC Perafita, foi talvez este momentodo jogo, pois como um tónico para osvisitantes, foi o dínamo que catapultou oFC Perafita para uma ponta final demoli-dora, se até á altura a pressão era muitapassou a ser sufocante, sucediam-se oslivres favoráveis aos visitantes e numdesses livres, Paulinho remata muitoforte a bola fura a barreira ficando àmercê de Lutchindo que nunca perdeu osentido da mesma, rematando para ofundo da baliza dos visitados fazendo oempate justificável face ao desenrolardos acontecimentos. Numa recuperação

ofensiva, por parte de Zé Miguel, quenão dá nenhuma bola por perdida,roubou literalmente a bola ao defesa doLavrense, progrediu e vendo Tinaia,mais uma vez em excelente posição fezo passe para a desmarcação do colegaque depois com muita frieza rematoucruzado fora do alcance do guarda redesdo Lavrense, estava feito o 1-2, ficoumais uma vez registada uma reviravoltafeita pela equipa do FC Perafita. Derealçar que o ultimo lance de perigo foiprotagonizado pelo Lavrense, na mar-cação de um canto o avançado doLavrense apareceu livre de marcação acabecear ao lado perdendo assim a opor-tunidade de empatar o derby.

Uma palavra para a jovem equipa doLavrense, muito irrequieta e com exce-lentes executantes, principalmente nasua linha intermédia e avançada, contudoacabou por pagar uma factura com algu-ma falta de experiência e rigor táctico.

A equipa de arbitragem esteve embom plano, quer tecnicamente, quer dis-ciplinarmente, conseguiu ter sempre oencontro na mão.

FIGURA DO DERBY: TINAIA,pelo que jogou, fez jogar e pela mar-cação do golo da vitória. Uma mençãopara o jovem avançado, valor certo doFC Perafita, ZÉ MIGUEL.

MB “Mitchfoot”

Mais um jogo, mais uma derrota,mas acima de tudo, mais umahistória para contar.

A equipa do Lusitanos, partiu paramais um jogo, com a enorme vontadede acabar com uma série de maus resul-tados e enquanto esteve com 11jogadores, conseguiu lutar de igual paraigual com o Vila Chã, só que lá veio ofatídico, minuto 14, onde sem qualquer

tipo de contemplação a equipa ficoureduzida a 10 unidades.

Não está em causa a justeza daexpulsão, apenas é de lamentar que aequipa de arbitragem não tenha seguidoo mesmo critério de análise durante oresto do encontro.

Assim tem acontecido em outrosjogos, sempre em prejuízo dos mesmos.

E assim a equipa do Lusitanos, viu-se confrontada com a situação de ter dejogar cerca de 80 minutos, com menosuma unidade, o que não viria a aconte-cer já que no minuto 82, foi expulso umjogador do Vila Chã, por palavrasdirigidas ao árbitro.

O jogo decorreu com grande luta eentrega da parte das duas equipas,muito intenso, devido ao campo serpequeno e ser propício a um futebolmais directo e consequente entrega e

constante actividade no jogo, commaior esforço por parte do Lusitanosdevido a estar com menos um jogadordurante 68 minutos, jogo que viria serresolvido na melhor jogada do encon-tro, onde a equipa do Vila Chã con-seguiu trocar a bola entre váriosjogadores, sempre com a bola no chão,conseguindo assim um golo de beloefeito no minuto 74.

Uma palavra de grande apreço eincentivo, para a os jogadores doLusitanos, que foram uns heróis de lutae entrega, dadas as circunstâncias dapartida, demonstrando que queremalterar o rumo dos resultados, demon-strando que têm valor para outros resul-tados, apenas falta mais um pouco desorte e concentração em determinadosmomentos.

MB “Mitchfoot”

Alvi-negros de Santa Cruz…

Algo vai mal

Foi um jogo impróprio para cardíacos,proporcionado por ambos os conjun-tos. Com constantes mudanças de

marcador.Começa melhor a equipa visitante

que aos 8 minutos já vencia por uma bola

a zero, resultado que levaria para as cabines.

O início da segunda parte, a equipada casa entra forte, e aos 67 minutos jávencia por duas bolas a uma com a“remontada” servida por César e TiagoCosta respectivamente.

Responde a equipa de Matosinhos,com qualidade nos lances ofensivos, emuito justamente chega à igualdade,através de Ismael, que assim bisa na par-tida. Quando tudo fazia prever que oresultado terminaria empatado, eis quesurge na partida um artista, chamadoFernando Ferreira, árbitro deste encon-tro, ao não marcar uma falta escandalosacontra a equipa da casa (“troçada” sobreo central Virgílio), que resulta no goloaos 90+6 minutos da partida (queexagero) que dá a vitória ao S. Félix,deixando no ar a injustiça do placard ( adivisão de pontos estava bem).

MB “Mitchfoot”

Balio com razões de queixa

Evão quatro! Depois de uma entradacom dois empates, o conjunto se-nhorense somou no passado domingo

a quarta vitória consecutiva e com ela

assumiu a liderança da Série 2 do cam-peonato em que está inserido.

De facto, com um plantel ondeimpera a juventude, a equipa técnica li-derada por Joca tem sabido dinamizar eprincipalmente incutir nos atletas as suasideias, espírito de grupo e acima de tudoa ambição de vitórias assente numa uniãoperfeitamente visível.

Para este jogo, Joca viu-se obrigadoa ter que efectuar vários ajustes, motiva-dos por uma onda de lesões que tem mas-sacrado a equipa. Pese embora as con-trariedades a equipa respondeu afirmati-vamente embora num ou outro períodoem que o adversário se superiorizou,talvez por um adormecimento tem-porário, os locais nunca deixaram de sera melhor equipa em campo, vencendo

com todo o merecimento e talvez ficandoainda a dever si próprios um ou outrogolo.

Os Gaienses, também eles commuita juventude foram um conjunto quetrocou bem a bola, valorizando por essavia o espectáculo.

Sintetizando então os momentos dojogo, diremos então que os instantes ini-ciais foram jogados em ambos os meioscampos, funcionando como estudomútuo, para logo se perceber que oslocais iriam pegar no jogo foi o que acon-teceu, Dani obriga Miguel a grande defe-sa, quase se seguida o mesmo Daniemenda de cabeça um cruzamento deFerrer mas para o poste direito de Miguel,até que numa jogada de envolvênciaRicardo é carregado na área, penalty que

Álvaro na recarga transforma no 1º gololocal os forasteiros acusaram o golo e apartir dali até final do 1º tempo domi-naram, tiveram duas bolas no poste e na

barra e ainda Dourado a evitar umchapéu.

Para o segundo tempo Ernesto Farialança no jogo Hugo luz, atleta de grandeporte atlético para tentar o jogo aéreo na árealocal, o Senhora da Hora foi maisempreendedor, mais eficaz e Ferrer marca osegundo golo numa jogada individual aenganar Miguel por entre as pernas e o poste.

Com o jogo praticamente resolvido,os locais ainda aumentaram por Sérgioque beneficiou do desentendimento deMiguel e um defesa, isolando aquele.Antes do final Dourado que foi uma dasfiguras do jogo evita o golo dosforasteiros.

A arbitragem pode considerar-sepositiva.

Melo Pereira

I Divisão Serie 1 – AF Porto

FC Perafita vence derbi

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Distrital da 1º divisão AF Porto

A quarta vitória deu para passar para a frente

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JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 21 DE OUTUBRO

DE 201118

JORNAL DE MATOSINHOS –

Qual o segredo para este início de

temporada tão positivo?

JOCA – Não há segredo nenhum,mas sim muito trabalho e dedicaçãodentro de um grupo magnífico, queparece que já jogam há muito tempojuntos sempre, com um espírito deamizade, e os resultados têm aparecidopela motivação que a equipa apresenta.

JM – Apesar de tudo, o plantel é

muito jovem e curto. O que perspecti-

va para a equipa senhorense? Visto

que neste momento é líder, tem no

horizonte a subida de divisão?

JOCA – Actualmente o plantel dosclubes também não podem ser muitograndes, pois não é fácil para os clubessuportar despesas, tornando-se igual-mente para os treinadores mais fácilmotivar um grupo de trabalho de 20 doque de 27.

Em relação à época, penso fazer umexcelente campeonato sem pensar emsubida, mas sim em ganhar o máximode jogos possíveis, pois mesmo sendoum plantel jovem também existe algu-

ma experiência na equipa, assim comomuita qualidade no plantel júnior doSenhora da Hora, onde já tenho utiliza-do alguns jogadores. Eles sabem queainda não ganharam nada e queremmanter esta humildade que é a de traba-lhar sempre e procurar o melhor resulta-do. Este é dos melhores grupos de tra-balho que já tive”

JM – Foi guarda-redes no

Senhora da Hora, onde acabou a car-

reira como jogador, e já se encontra

como técnico no Senhora da Hora há

alguns anos. O que o motiva para re-

presentar esse clube?

JOCA – Depois de alguns anoscomo profissional, onde o último ano foino Trofense, convidaram-me para jogarno Senhora da Hora, ao qual acedi e foiprecisamente onde acabei a minha car-reira de jogador. O que me motiva noclube, onde joguei 4 épocas, é o facto deme ter dado a oportunidade de iniciar aminha carreira de técnico principal de

uma equipa de futebol, onde já atingiuma subida de divisão. Agradeço aopresidente Vasco de Carvalho a oportu-nidade que me foi dada, pois sinto-meum senhorense.

JM – Como todos os treinadores,tem alguma ambição, gostava detreinar equipas de outros cam-peonatos?

LOCA– Sim, claro. Como todos ostreinadores, ambiciono chegar maisalém. Mas isso só é possível fazendo oque faço todos os dias, trabalhando comhumildade e seriedade, pois acredito notrabalho que faço. Mas se tiver de con-tinuar nesta divisão, continuarei com amesma vontade de sempre. Tenho ospés bem assentes na terra.

JM – Que mensagem para osadeptos do Senhora da Hora?

JOCA – Aos adeptos senhorensespeço que continuem a apoiar a equipacomo sempre o têm feito, pois o cam-peonato é longo e precisamos de todospara enfrentar as adversidades que aívêem.

Mário Barbosa “Mitchfoot”

Por vezes é complicado fazer umcomentário a um jogo quando sevê um Árbitro que, depois de ser

pressionado por atletas de umaequipa, acaba o jogo e, minutos

depois, volta a recomeçar o mesmo.O jogo entre o Aldeia Nova e o

Mocidade S. Gemil começou com osVisitantes a criarem, na primeiraparte, duas boas ocasiões de golo. Aprimeira aos 25’, quando Madureira,em jogada individual, consegue fugirà defesa do Aldeia, cruzando para aentrada da área, onde apareceMagalhães, liberto de marcação, arematar para uma boa defesa deVilaça. Minuto quarenta e quatro, denovo Magalhães aparecer isolado àfrente de Vilaça, com este a sair rápi-do dos postes e a conseguir de carrin-ho evitar o perigo para a sua baliza.

Na segunda parte, por volta dominuto sessenta, Fernandes faz faltagrosseira sobre Pinto. O Árbitromarca a respectiva falta e, quando se

preparava para lhe mostrar o segundoamarelo e a consequente expulsão,instalou-se a confusão. O Árbitro érodeado por parte dos atletas do Moc.S. Gemil, com Madureira a dirigir-seao Juiz e dizendo-lhe só ele sabe bemo quê. O Árbitro tem de seguidaalgum diálogo com o seu Árbitroassistente e dá o jogo por terminado.Os atletas do S. Gemil rodeiam-no,pedindo-lhe justificações sobre o queo levou a dar o jogo por terminado. OJuiz da partida alega falta de segu-rança. Perante e durante esta con-fusão, aparece à entrada do túnel deacesso aos balneários contrário ao dasequipas um reforço policial. O Árbi-tro, ao ver o referido reforço, dáordem de expulsão através daamostragem do segundo cartão

amarelo a Fernandes e o reinício dapartida, com alguns dos atletas doAldeia Nova a terem que voltarem aoterreno de jogo quando já se prepa-ravam para regressar aos balneários.Depois de recomeçar o jogo, osjogadores do Aldeia apareceram algodesconcentrados e não mais acer-taram nas devidas marcações e, comas substituições por lesão de Mota ePinto, mais as coisas ficaram compli-cadas. Quem tirou partido disso tudofoi o S. Gemil que, mesmo a jogarcom um jogador a menos aos setentae cinco minutos, vai inaugurar o mar-cador. Livre marcado por Pereira,com Vilaça a fazer uma boa defesapara canto. Na marcação do respecti-vo canto, surge alguma confusão den-tro da área e Rocha, junto ao poste

direito de Vilaça, remata fazendogolo. O Aldeia ressente-se do golosofrido e vê Madureira num rápidocontra-ataque a aparecer sem mar-cação diante de Vilaça. No entanto,este é mais rápido a sair dos postes etirar a bola com um pontapé paralonge da sua área. Minuto oitenta, denovo Madureira a fugir à defesa doAldeia e rematar ao lado do posteesquerdo da baliza de Vilaça. Contra acorrente do jogo e em cima do apitofinal, Natal consegue ir à linha defundo, cruzando para a área, ondeaparece Pedro Silva a fazer um exce-lente corte de cabeça, desviandoassim a bola de Soares, que estavasozinho atrás de si. O jogo logo deseguida chega ao seu final com oMoc. S. Gemil a ganhar por uma bolaa zero. Por fim deixo uma pergunta noar: se os jogadores do Aldeia Novativessem abandonado o campo dejogo quando Árbitro deu o mesmo porterminado, como seria?

MB “Mitchfoot”

Aldeia Nova perde em casa

Vítima de má arbitragem

Treinador Joca em discurso directo

Senhora da Hora em alta

Jogo disputado taco a taco, mascom os locais, durante a primeiraparte a perder várias oportunidades

sucessivas de golo e por isso, o maisdifícil foi o Junqueira não marcar,pelo menos duas ou trás das cincoocasiões flagrantes para golo.

Deve dizer-se que a dupla de árbi-tros não assinalou faltas que existirampor duas vezes em que os jogadoreslocais quando se dirigiam para a ba-liza contrária foram rasteira dos. Osárbitros, quanto a nós, fizeram vistagrossa.

Admite-se que as faltas não forammarcadas porque já era a sexta aoSangemil, que dava direito aos locaispara rematar de livres directos dosdez metros.

Paradoxalmente o árbitro Hélder

Leal, assinalou uma falta que nãoexistiu quando Hugo (Glu) deixoufugir a bola pela lateral e simulouuma falta quando ninguém lhe tocou,estatelando-se no solo, isto merecia acartolina amarela.

A segunda metade foi pratica-mente a marcha do marcador que des-pertou assistência. Com 22’ Márcioinsistiu a seguir uma bola que se diri-gia à linha de fundo da equipa visi-tante, tirou o guarda-redes adversárioda jogada e de ângulo difícil enfiou abola na baliza contrária.

Aos 25’ “Glu” para uns e Hugo deseu verdadeiro nome, frontal à balizalocal, beneficia da desatenção dosjogadores locais e do passe que lhe foi

dirigido na marcação do canto, paraempatar o jogo. Piro (ex Junqueira)aos 28’coloca a sua equipa a vencercom um golo de calcanhar, num toquesubtis quando se encontrava aosegundo poste.

Até que aos 30’ o golo mais boni-to da partida a que se assistiu aponta-do por Guilhas ao rematar descaídopara a sua direita e sem deixar a bolatocar o solo.

O terceiro golo dos locais surgiuaos 33’ por Faísca que, dentro da áreaadversária, dá o melhor seguimento àjogada ao recargar uma bola vinda dabaliza contrária. Aos 35’ novo empatepor intermédio de Costa (exJunqueira), tirando partido ao levar abola com a mão direito.

Novamente o Junqueira coloca-sena frente do marcador aos 38’ atravésde um golo de Esquerda que consegueultrapassar por três adversários e ati-rar para o melhor sítio. Passados trin-ta segundos é de novo “Glu” ou Hugoque volta a empatar o jogo. Resultadocom que chegou o final da partida.Excepção ao atrás descrito a arbi-tragem procurou cumprir.

Na próxima jornada a equipa doJunqueira desloca-se a Chaves paradefrontar a equipa do ErvededoFutsal, pelas 16 horas.

Araújo Reis

Partida muito bem disputada quechegou a ter fases “impróprias”para cardíacos. A equipa de Leça

da Palmeira abriu o activo ao apontaro golo através de Jorginho.

Este golo chegou a fazer acredi-tar que a Cohaemato iria levar devencida o seu adversário. Tal nãoveio acontecer porque Tiago passa-

dos alguns, poucos, minutos, empa-tou a partida.

Com este resultado chegou ointervalo e as equipas a recolher aosbalneários

Veio a segunda parte e a movi-mentação por parte dos jogadores foimaior. Daí que Nuno Gomes apontouo segundo golo para a sua equipa.“Sol de pouca dura” dado que passa-dos poucos minutos Dinho da equipavisitante volta a colocar o resultadonum empate a duas bolas.

Não demorou muito a que aCohaemato por intermédio de TiagoLeite tivesse passado para a frente nomarcador.

Sem que fosse de esperar, aequipa da casa através de CarlosLeite colocou-se a vencer com doisgolos apontados quase de rajada.

A arbitragem cotou-se em bomnível.

Na próxima jornada (22.10) aequipa da Cohaemato recebe no seureduto o conjunto do ClubeDesportivo das Aves em partida quetem o seu início pelas 17,15 horas.

Araújo Reis

Campeonato Nacional da 3ª Divisão

Emoção a rodosCampeonato Nacional da 2ª Divisão

Vendida cara a derrota

Depois de algumas dificuldades na construção do plantel, a equipa do Senhora da Horaestá a ter um início de temporada simplesmente notável, com seis jornadas realizadas élíder incontestável com 14 pontos, resultado de quatro vitórias e dois empates

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Ainformação que chegou até nósdesta partida, vinda por intermédiodos leceiros, é de que a equipa

adversária, até certo ponto, é muitofrágil e daí esta vitória que se pode con-siderar folgada.

Os golos dos academistas foramapontados por André o 1º aos 10';Paulinho o 2º aos 11'; o 3º golo aos 29'por André; Lelo aos 33' marcou o 4ºgolo; novamente André aos 33' e 30"apontou o 5º golo; e aos 38' Rui Miguelfechou a contagem ao marcar o 6º golo.

Tal como o desenrolar da partida, aarbitragem teve a vida facilitada eassim efectuou um bom trabalho.

Na próxima jornada a Académicade Leça recebe o Nogueiró no seurecinto pelas 15,30 horas.

Araújo Reis

21 DE OUTUBRO DE 2011 JORNAL DE MATOSINHOS 1931 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

DiretorPinto Soares

Diretora-AdjuntaNatália Pinto SoaresQuadro ProfissionalJosé Maria Cameira

(Cart. Profissional nº 4240)Natália Pinto Soares

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Manuel Barreiro de MagalhãesD. Manuel da Silva Martins

Mário FrotaFernando Fernandes da Eira

Artur Osório de AraújoValdemar Madureira

José Ferreira dos SantosCelso Marques

Narciso MirandaFernando SantosClarisse de Sousa

ColaboradoresGermano SotomayorCoelho dos Santos

Nilce CostaArmando Mesquita

Tenente-Coronel Rui de Freitas LopesPaula TeixeiraCésar Moreira

José António Terroso ModestoDelfim CorreiaAntónio Vilaça

Eduardo da Costa Soares

Maria Amélia FreitasGermano Couto

DesportoAraújo Reis

Ricardo LemosMelo Pereira

Joaquim de SousaMário BarbosaArtur MoreiraVasco Pinho

Hugo SequeiraJorge Rocha

Arte e CulturaJúlio Giraldes

Manuel Santos CostaJosé Pereira Dias

Economia e GestãoF. Fernandes da Eira

PoesiaArmindo Fernandes Cardoso

Joyce PiedadeLuís Pedro Viana

Maria Emília Dinis RochaMarques Portugal

João DiogoCartonista

José Sarmento

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e Distribuição)Isaura Pinto Soares MagalhãesEduardo Albano Pinto Soares

Lúcio Terra (Publicidade, e Cobranças)Informática

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EditorEduardo Pinto Soares

ImpressãoUnipress - Centro Gráfico, Lda.Trav. Anselmo Braancamp, 220

4410-359 Arcozelo - V.N.G.Contabilidade

Cláudia Susana Pereira Maio (TOC)Selecção de Cores e Grafismo

“Jornal de Matosinhos”Sócio-Fundador de

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Lions Clube de MatosinhosAssociação Recreativa Aurora da LiberdadeMedalha de MéritoLions InternacionalMedalha de Honra

Fórum Matosinhense

Sócio HonorárioCustóias Futebol Clube

Centro Cultural e Desportivo da Administração dos Portos

do Douro e LeixõesAssociação Recreativa Cultural e Desportiva Junqueira Futebol

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da Nossa

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Futsal

Vitória facilitada e "Hat-trick" de André

Escola BTT Matosinhos em Braga

Terminou a época de 20011 com aúltima prova do campeonatoregional do Minho realizada na

freguesia de Padim da Graça no con-celho de Braga. Denominada deTroféu Manuel Ferreira, homenagemao corredor e amigo, a prova esteve aomais alto nível. Com um percursobem delineado, com subidasencadeadas com alguns falso pata-mares que proporcionavam umretomar da respiração, terminava noseu ponto mais alto com uma gincanaonde testava a destreza e bravura dosatletas ao ultrapassar alguns drops. Deseguida dava-se a aproximação sem-pre em descida à parte do percursomenos exigente fisicamente do per-curso, mas a concentração aumentavaou então a queda era eminente. Adescida tinha duas fases distintas, umaem single track que ao longo da corri-da foi ganhando socalcos com regoonde alguns atletas caíram. Mas paraos passavam esta zona técnica, mais àfrente havia novo teste à perícia, umadescida quase a pique fazia deste localuma zona de publico. Quem passavaileso, ou seja, sem quedas, era ova-cionado cm aplausos.

Rui Pereira do N. D. Tra-vanca/Bicicletas Andrade na categoriade juvenis ganhou a prova e sagrou-secampeão regional, Miguel Sousa doCRC/Planicosta/Bikeworld venceu aprova e a geral na categoria de infan-tis.

A Escola BTT Matosinhos com-pareceu com a cinco atletas no troféuescolas. Sérgio Lapa, FranciscoCarvalho e João Gonçalves, na cate-goria de juvenis, terminaram em 13º,14º e 15º lugares respectivamente.José Neves e Diogo Oliveira doescalão de infantis, terminaram em18º e 19º lugares respectivamente. Aequipa da Escola consegui o 6º lugar.

Na classificação geral, SérgioLapa terminou em 10º lugar com 118pontos, Francisco Carvalho em 11ºcom 104 e João Gonçalves 14º com72 pontos. A equipa terminou em 4ºlugar com 224 pontos.

Em resumo, podemos afirmar que

o objectivo principal foi conseguido,

fazendo com que todos os atletas

através da sua auto motivação se va-

lorizassem e atingissem por vezes os

seus limites, contribuindo para o

objectivo da equipa, mas principal-

mente para o desenvolvimento pes-

soal e social. Assim os directores José

Lapa, Joel Oliveira e o próprio,

agradecem o empenho de todos os

atletas que vestiram a camisola do

Clube BTT Matosinhos.

Brevemente daremos mais notí-

cias sobre a equipa de 2012.

Tudo em www.escolabttmatosi-

nhos.com

Jorge Rocha

Escola BTT Matosinhos

Distrital de Juniores de Futsal Feminino - 2ª Jornada

Avilhó merecia mais

Aequipa da casa entrou no jogo commais garra, pertencendo-lhe osdois primeiros remates pela sua

possante jogadora Ana Silva, a que seopôs muito bem a guarda redes BrunaLima. Mas ao terceiro remate, decorriao terceiro minuto de jogo, nada pode

fazer perante a capitã do Baguim, AnaCarvalho; estava inaugurado o mar-cador. A partir daí o Avilhó alterou asua forma de jogar, equilibrou a parti-da numa primeira fase e à medida quefoi criando as suas oportunidades, foi--se tornando cada vez mais dominadorado jogo; mas faltou concretizar e pode-se dizer que foi com alguma injustiçaque chegou ao intervalo ainda a perder.

Na segunda parte, o jogo foi com-pletamente dominado pelo Avilhó eapós várias perdidas e três remates aospostes da baliza; finalmente a doisminutos do fim da partida, seria a me-lhor jogadora em campo, a BrunaMarques quem conseguiria colocar abola no fundo das redes, abrindo omarcador para o Avilhó. Mas tal jáseria tarde de mais para poder chegar àmerecida vitória, resultado que estariabem mais de acordo com o jogo rea-lizado.

Na próxima jornada, amanhã, às16 horas, o Alto de Avilhó recebe o GDda Escola de Gervide, no PavilhãoMunicipal de Custóias.

Júlio NascimentoGDRC Alto de Avilhó

Realizou-se no Parque da Ci-dade, na passada sexta-feira,com organização do clube

matosinhense GD4C-Grupo Des-portivo 4 Caminhos, a 1.ª etapa doII Circuito de Orientação dePrecisão “Todos Diferentes TodosIguais 2011”.

A iniciativa foi integrada nomaior movimento nacional de vol-untariado empresarial, o “GIRO2011”, e contou com a presença dapresidente do GRACE, adjunto dosecretario de Estado do Desporto eJuventude, director executivo daANDDI e o representante daFederação Portuguesa do Desportopara Deficientes.

Participaram 45 elementos comdeficiência Motora e Intelectual devárias entidades da região (Hospitalda prelada, ADFA, CERCIVAR,CEFPI, CERCIESPINHO).

Nota para a colaboração dealunos de 12º Ano – CursoTecnológico/Desporto da EscolaSecundária Júlio Dinis, de Ovar e55 voluntários do GRACE.Podem acompanhar no Orientovaras crónicas do evento:

http://orientovar.blogspot.com/2011/10/ii-circuito-de-orientacao-de-precisao.html

http://orientovar.blogspot.com/2011/10/orientacao-adaptada-sucesso-na-estreia.html

GD4C aposta no Circuito de orientação de Precisão

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Era este o slogan quecorria por cá, nos anos 60,em grande parte motivadopelo filme Férias em Roma(1953), em que GregoryPeck levava na sua pequenaVespa Andrey Hepburn apassear pelas ruas de Roma.

Utilizada pelas mulhe-res, que podiam conduzir desaia ou vestido, tambémAntónio Gedeão lhe dedicou

o poema da auto-estrada dizendo “Leonor voando na estradapreta/vai na brasa de lambreta”.

No MUDE-Museu da Moda e de Design, em Lisboa, até24/10, podem ser admiradas 60 scooters de diversas nacionali-dades.

Fernando Pinto de Oliveira, presidente da Câmara Municipalde Matosinhos entre 1958 e 1965, utilizava a sua Vespa para deslo-cações a obras no concelho. Aliava o baixo preço de custo à deslo-cação rápida e prática. A sua “menina” pode agora ser vista, admi-rada e comentada, no Museu da Quinta de Santiago, Leça daPalmeira, em conjunto com a exposição da sua vida e obra aoserviço camarário, por ocasião do seu centenário de nascimento,ocorrido em 15 de Setembro.

Os artistas são boaspessoas. Tanto produzem,como inventam, como sonham. E os espectadores,pacientemente, têm dedescobrir o que o artistaquer dizer nos seus traba-lhos.

Henrique Silva nasceuem 1933. Tem diversas for-maturas. Trabalho diversi-ficado. Expõe há meio

Século. Mas nunca o fez em Matosinhos. Chegou agora essa opor-tunidade.

Na Galeria Municipal, podemos ver, até 20 de Novembro, maisde 50 vídeos. São horas e horas de experiências. “Distorcidos” ou“desfocados”, cada um use a imaginação. É uma nova experiênciade trabalhos, desde 2006 até aos nossos dias. As novas tecnologiascriam maravilhas. A obra intitula-se “Reflexões sobre fantasmas”.

Posto de Observação

A revista U. Porto-Alumni,de Julho, dedica três páginas aJoel Cleto. Com inteira justiça,mas o que não diz – e deviafazê-lo – é que o arqueólogotambém é um estudioso dosCaminhos de Santiago.

Saudemos o homem e oprofissional, aguardando asnovas revelações que tem paraoferecer à comunidade, princi-palmente dos matosinhense.

Texto e fotos de Manuel Augusto dos Santos Costa

Deviam proibir de conduzirquem assim procede com esteestacionamento invulgar. Mas jánão é o primeiro nem será o últi-mo, até que as autoridades ponham cobro a tal situação.Três carros em paragem irregu-lar, é obra.

Dia sem Carros

O Verão terminou.Mas não foi um sonhoque findou, como diz acanção. Foi uma novaEstação que começou.

O Rafael fez 6 anosem Agosto. Está numaescola em Lisboa. Mas ospais regressaram à casados avós para, em con-junto com amigos, feste-jarem os seus anos. E ele

pousou o talher para se afirmar na foto.Em Paderne, cujo castelo figura na Bandeira Nacional, foi

um convívio de dezenas de pessoas. O dia transformou-se emfesta.

Para o ano tencionamos marcar presença para, outra vez,lhe cantarmos os parabéns.

A Private Gallery tempatente no Forte de S. JoãoBatista da Foz do Douro, umaexposição colectiva de pintu-ra e escultura. Dezenas de tra-balhos, de Sobral Centeno,José de Guimarães, CruzeiroSeixas, entre outros, podemser apreciados, de 21 a 30 deOutubro.

Os anos do Rafael

Pintura no Castelo da Foz

Até choras para andar de lambreta

Joel Cleto: ele sabe do que fala

Henrique Silva, o artista plástico A vida do Rei dos Congros

Adão Soares tem 59 anos. Começou a pescar aos S anos, levadopelo pai. Depois de diversas profissões, foi funcionário da EDP até sereformar. Mas nunca deixou o “vício” da pesca. Aveiro é o seu localfavorito. E dedica-se à pesca do congro. O maior que lhe caíu no anzol,media 2,31 metros e pesava 30 quilos.

Conquistador de várias dezenas de troféus, resolveu construir ummuseu, a expensas próprias. Foi inaugurado em 21/5/2011, pelo presidente da Câmara de Gondomar, no Lugar de Aguiar, Freguesia deS. Cosme. A rua tem o seu nome. Foi a concretização do sonho da suavida.

Mas agora saíu um livro com a história da sua vida: As NoitesLongas do Rei dos Congros, numa edição da Editora Lugar da Palavra.Cem páginas de dor, alegrias e surpresas.

Valentim Loureiro marcou presença neste lançamento e esperaque o Museu seja visitado por muita gente, ligada à pesca ou não. Estábem apetrechado. Já está na Rota Oficial de Gondomar.

O Fotógrafo mostra o que viu