Noticias de Matosinhos nº 32

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É um facto conhecido que a esperança média de vida tem vindo a aumentar nos países ocidentais, com os valores a ultrapassar os 70 anos. O mesmo acontece em Portugal, onde nas últimas décadas se verificou o aumento da longevidade em cerca de 15 anos. Este incremento significa que o número de idosos está a crescer, com consequente envelhecimento da população do país. Nestes tempos conturbados, em que a sociedade enaltece a juventude, o individualismo e o economicismo, os idosos... Director: Francisco Samuel Brandão | Distribuição gratuita | Mensal ISSN 1649-3639 Num ano em que a crise se fez sentir em todo o país, a APDL alcançou o melhor desempenho de sempre, graças a uma gestão eficiente, que tornou o Porto de Leixões a mais rentável zona portuária... APDL Eficiência e Dinamismo Apoio à Terceira Idade Os Kartódromos de Matosinhos Extinção de freguesias Mosteiro de Leça do Balio Divisões administrativas sem paralelo noutros países, compostas por uma população ligada por um elevado grau de vizinhança e de idênticas expressões sócio- culturais, pelo território em que essa população se implementa e pelos seus órgãos representativos, as freguesias perfazem um total de 4259. O modelo organizativo actual, com mais de um século de existência, foi concebido num período em que a proximidade entre os poderes públicos e o povo era fundamental, dado o isolamento característico da época. O debate sobre a reorganização... Foi classificado como monumento nacional em 1910, mas, muito tempo antes, o Mosteiro de Leça do Balio já se impunha como um dos melhores exemplares de arquitectura religiosa fortificada existentes em Portugal. Construída por volta do ano 900, esta obra medieval, de transição do estilo românico para o gótico, serviu de abrigo, já no século XII, aos Cavaleiros Hospitalários da Ordem de Malta. Ao longo de todo o século XI, o mosteiro é referido em diversos documentos: em 1003 está descrita a doação do edifício a D. Tructesindo Osores e a sua mulher... João Pedro Matos Fernandes pag.16 pag.20 pag.12 pag.02 É sabido que o Norte do país congrega um grande número de praticantes de karting, possuindo a região diversos locais onde é possível aos amantes desta modalidade entregarem-se à adrenalina da velocidade sobre quatro rodas em veículos simples, monolugares, dotados de motores de 2 ou 4 tempos. pag.06 Empresas | Grupos | Aniversários Rua do Progresso, 359/375 - Perafita Tel. 229 968 858 www.kartcentermatosinhos.com 1 CC 1 CD 1 SAD 2 CC 2 CD 1 SAD 1 CC 1 CD 1 SAD 1 LI 2 CC 1 CD 1 CC 3 CD 3 SAD 1 ADI 3 LI 3 CC 2 CD 3 SAD 1 ADI 2 LI 1 CC 2 CD 1 SAD 1 ADI 2 CC 1 CD 1 SAD 1 LI 1 CC 1 CD 1 SAD 1 LI 1 CC 1 CD 1 SAD 1 ADI 1 LI CC CD SAD - Centro de Convívio - Centro de Dia - Serviço de Apoio Domiciliário - Apoio Domiciliário Integrado - Lar de Idosos ADI LI Ano 3 | nº 32 4.abril.2012 Quarta-feira facebook.com/noticias.matosinhos

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Noticias de Matosinhos nº 32

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Page 1: Noticias de Matosinhos nº 32

É um facto conhecido que a esperança média de vida tem vindo a aumentar nos países ocidentais, com os valores a ultrapassar os 70 anos. O mesmo acontece em Portugal, onde nas últimas décadas se verificou o aumento da longevidade em cerca de 15 anos. Este incremento significa que o número de idosos está a crescer, com consequente envelhecimento da população do país. Nestes tempos conturbados, em que a sociedade enaltece a juventude, o individualismo e o economicismo, os idosos...

Director: Francisco Samuel Brandão | Distribuição gratuita | Mensal ISSN 1649-3639

Num ano em que a crise se fez sentir em todo o país, a APDL alcançou o melhor desempenho de sempre, graças a uma gestão eficiente, que tornou o Porto de Leixões a mais rentável zona portuária...

APDL Eficiência e Dinamismo

Apoio à Terceira Idade

Os Kartódromos de Matosinhos

Extinção de freguesias

Mosteirode Leça do Balio

Divisões administrativas sem paralelo noutros países, compostas por uma população ligada por um elevado grau de vizinhança e de idênticas expressões sócio-culturais, pelo território em que essa população se implementa e pelos seus órgãos representativos, as freguesias perfazem um total de 4259. O modelo organizativo actual, com mais de um século de existência, foi concebido num período em que a proximidade entre os poderes públicos e o povo era fundamental, dado o isolamento característico da época. O debate sobre a reorganização...

Foi classificado como monumento nacional em 1910, mas, muito tempo antes, o Mosteiro de Leça do Balio já se impunha como um dos melhores exemplares de arquitectura religiosa fortificada existentes em Portugal. Construída por volta do ano 900, esta obra medieval, de transição do estilo românico para o gótico, serviu de abrigo, já no século XII, aos Cavaleiros Hospitalários da Ordem de Malta.Ao longo de todo o século XI, o mosteiro é referido em diversos documentos: em 1003 está descrita a doação do edifício a D. Tructesindo Osores e a sua mulher...

João Pedro Matos Fernandes

pag.16 pag.20

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pag.02

É sabido que o Norte do país congrega um grande número de praticantes de karting, possuindo a região diversos locais onde é possível aos amantes desta modalidade entregarem-se à adrenalina da velocidade sobre quatro rodas em veículos simples, monolugares, dotados de motores de 2 ou 4 tempos.

pag.06

Empresas | Grupos | Aniversários

Rua do Progresso, 359/375 - PerafitaTel. 229 968 858

www.kartcentermatosinhos.com

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- Centro de Convívio

- Centro de Dia

- Serviço de Apoio Domiciliário

- Apoio Domiciliário Integrado

- Lar de Idosos

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Ano 3 | nº 324.abril.2012Quarta-feira fa

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João Pedro Matos Fernandes é licenciado em Engenharia Civil, especialização em Planeamento do Território e mestre em Transportes e Mobilidade. Foi responsável pelo sector dos transportes na CCRN (1990-93) e consultor da Quaternaire Portugal (1994-95). Foi adjunto do secretário de Estado dos Recursos Naturais (1995-97), chefe de gabinete da Secretaria de Estado do Ambiente (1997- 99) e coordenador do Grupo de Intervenção do Litoral (1999-2001). Foi docente no IST e Instituto de Transportes, administrador da Quaternaire (1999-2005) e coordenou o Plano Estratégico de Leixões. Em 2005 integrou a APDL como administrador, tendo assumido o cargo de Presidente desde 2008.

APDLEficiênciae Dinamismo

“[...] somos eficientes e somos cada vez

mais procurados”

“[...] a APDL representa um porto que está em Matosinhos

mas que tem uma dimensão que ultrapassa a concelhia”

um ano em que a crise se fez sentir em todo o país, a APDL alcançou

o melhor desempenho de sempre, graças a uma ges-tão eficiente, que tornou o Porto de Leixões a mais rentável zona portuária na-cional. A dirigir a dinâmica entidade administrativa está João Pedro de Matos Fernandes, que acrescenta a modernidade e a relação com os clientes como as ra-zões do sucesso de Leixões. Indicando o Novo Terminal de Cruzeiros e a Plataforma Logística como os actuais dois grandes investimentos da APDL, o seu presidente é também o protagonista da abertura da instituição ao tecido territorial e humano que a envolve.

O que caracteriza o Porto de Leixões [PL] e o torna tão especial?A sua essência, a sua mo-dernidade e a sua relação com os clientes. Somos uma infra-estrutura que tem sempre encontrado espaço, com muita imagi-nação, para dar resposta às cargas que nos procuram. É um porto onde o equipa-mento é muito moderno e com grande capacidade de manuseamento de car-ga, um porto que tem um modelo de gestão em que estão muito bem afectas as soluções a quem as sabe fa-zer melhor, um porto que é referência no domínio das tecnologias da informação.

NE é um porto que se rela-ciona com o território onde está inserido.

Como conseguiram, em 2011, ter os melhores de-sempenhos económicos de sempre?Porque somos eficientes e somos cada vez mais pro- curados. As cadeias logís-ticas são cada vez mais ro-bustas, e nós somos um pólo importante. E existem ques-tões que são mais de Leixões: a grande eficiência, a fluidez das ligações entre a terra e o porto e a quase total paz laboral.

Quais os principais i n v e s t i -m e n t o s q u e a APDL está a desen-volver?O s doi s g r a n d e s i n v e s t i -m e n t o s , do lado material, são a Plataforma Logística e o Terminal de Cruzeiros. No Terminal de Cruzeiros não há mais nada a adjudicar, a obra marítima está fei-ta, o edifício está em cons-trução. E espero assinar dentro de dias o contrato, que já foi adjudicado, para construção do Pólo 1 da Plataforma Logística.

O que pode o Novo Termi-nal de Cruzeiros trazer de positivo para Matosinhos

e para o norte do país?Em termos do edifício, para além do conforto evidente, ele vai permitir uma nova actividade. Com o cais, só

podemos fazer es-ca las. O início e o final das v i a g e n s só podem ser feitos q u a n d o o edifício e s t i v e r construído, por razões técnicas e

por razões de conforto. As grandes cidades dos cru-zeiros são aquelas onde se faz o turnaround, por-que isso sugere às pesso-as virem passar 3 a 4 dias por aqui. E a nossa proxi-midade do aeroporto e a paleta de destinos que o aeroporto tem são muito importantes para que isto se venha a concretizar.

Além disso o edifício tam-bém vai ter o Pólo do Mar da Universidade do Porto…

O edifício vai ter uma fun-ção muito relevante, a do Parque de Ciência e Tecno-logias do Mar, da Univer-sidade do Porto [UP], que se complementa com uma obra já adjudicada, situada aqui em Leça da Palmeira, no antigo Edifício da Sani-dade, que é a incubadora de empresas do mar da UP.

Quais as expectativas para a Plataforma Logística?Queremos contribuir para acrescentar valor à carga que passa pelo PL e, nas cadeias da logística, o pro-duto é tanto mais competi-tivo quanto mais perto do mercado puder ser acaba-

do. Temos de concentrar na Plataforma um conjun-to de funções da logística que são fundamentais. Si-multaneamente a Plata-forma é também uma área de respiração do próprio porto, que não está conges-tionado, mas que precisa de encontrar novas áreas. E pretende sobretudo ser uma área de organização das cadeias de exportação.

Sobre as relações da APDL com entidades de poder local e com a população matosi-nhense declarou: “Não que-remos ser só bons vizinhos, mas sim bons parceiros”. Que parcerias são estas?

Se há algo que caracteriza esta gestão, protagonizada por mim, é exactamente a abertura de Leixões. Que-remos estar mais próxi-mos de quem está à nossa volta, e o Dia do Porto é o exemplo mais evidente, com cerca de 3000 a 4000 visitantes. Somos o primei-ro porto da Europa a ter

um relatório de sustenta-bilidade. Somos a primeira empresa em Portugal a ter uma medição contínua de ruído. A nossa dimensão é local, mas é também mais do que local. Assim sendo, queremos ser parceiros de um conjunto de institui-ções que podem ajudar a promover a região. Temos

feito parcerias, com a Câ-mara Municipal de Mato-sinhos, mas também com outras entidades, como a UP. Estas parcerias garan-tem que a APDL representa um porto que, com muito gosto, está em Matosinhos mas que tem uma dimen-são que ultrapassa a di-mensão concelhia.

MATOSINHOS937 731 177

Prestes a cumprir o seu terceiro ano de publicação, o Notícias Matosinhos apresenta-se agora com nova roupagem. Com a chegada da Primavera, o seu jornal aparece-lhe renovado, com um novo grafismo, mais moderno e apelativo, e com novas rubricas e conteúdos. O compromisso é o mesmo de sempre: levar-lhe todos os meses uma informação diferenciada sobre a actualidade do concelho, com todas as suas riquezas e diversidades.Vivemos um tempo de recessão económica. A ten-tação mais comum nestas situações é deixar de investir e esperar que o “mau tempo” passe. Não é essa a minha postura. Pelo contrário, sempre de-fendi que é em tempo de crise que os investimentos devem ser mais constantes, embora sempre muito bem ponderados. E agora dou exemplo disso mesmo, tornado público mais um investimento que, estou convicto, torna este projecto mais enriquecedor para o leitor e para o próprio concelho.Continuo a acreditar em Matosinhos e nos ma-tosinhenses. Somos um concelho dinâmico, com gente empreendedora de que há exemplos vivos em várias esferas: política, económica, social, cultural, desportiva… Queremos continuar a ser o espelho do que de bom se faz no concelho e em cada uma das suas dez freguesias. No Notícias Matosinhos, os protagonistas serão sempre os matosinhenses.Começa aqui uma nova etapa do Notícias Mato-sinhos. Continue a acompanhar-nos e faça-nos chegar os seus comentários sobre as mudanças que agora lhe apresentamos.

O [email protected]

EDITORIAL

NOTÍCIAS MATOSINHOS | GRANDE ENTREVISTA 034.4.2012

Page 3: Noticias de Matosinhos nº 32

O novo terminal recebe e lança os vários destinos que aqui se cruzam

E strutura arquitectónica que se apoia num conceito de rótula, pois condensa num ponto todas as valências do projecto e as torna articuláveis entre si, mas simultaneamente

construção de forma tentacular que se desenrola e lança ao mar e à cidade, o edifício que vai albergar o Novo Terminal de Cruzeiros de Leixões impressiona pelo seu traço ousado e pelo programa ambicioso que comporta. Tendo surgido no âmbito do plano estratégico de desenvolvimento do Porto de Leixões de 2004 e em resposta ao posterior convite lançado pela Administração do Porto de Douro e Leixões [APDL] para a construção de um novo terminal de transatlânticos, o projecto, da autoria do gabinete Luís Pedro Silva, arquitecto, viu alteradas e ampliadas as suas funções quando, em 2008, se acentuou o desejo de integração urbana e se transformaram os programados espaços de comércio no Pólo do Mar da Universidade do Porto. A obra, que tem como missão principal dotar o Porto de Leixões de capacidade para recepção de navios de cruzeiro de grandes dimensões, assim dinamizando esta indústria no Norte de Portugal e potenciando o segmento turismo da região, desenvolve-se em três fases. A primeira fase é constituída pelo novo cais de acostagem, já inaugurado em Abril de 2011, que acolhe navios até 300 metros de comprimento, com consequente aumento de número de passageiros; e pelo desembarcadouro fluvio-marítimo projectado para embarcações

destinadas a viagens turísticas no Rio Douro a partir de Leixões. A segunda fase, com previsão de conclusão para início de 2014, inclui o edifício do terminal de cruzeiros, que permite o embarque e o desembarque de 2000 passageiros (turnaround) e não tem limite para o número de passageiros em trânsito. A estrutura arquitectónica engloba também o Parque de Ciência e Tecnologias do Mar, ou Pólo do Mar da Universidade do Porto, que apresentará espaços de produção e divulgação científica. Numa área com cerca de 5500 m2 de laboratórios, investigadores irão dedicar-se à exploração do oceano, em ramos do saber que passam pela prospecção subaquática, a robótica, a oceanografia, a microbiologia e o estudo da biodiversidade oceânica. Um biotério permite o estudo e a observação de animais e de microrganismos marinhos. Por fim, a terceira e última fase do projecto abrange um novo porto de recreio, com capacidade para 170 embar-cações, um cais para a sua recepção, uma plataforma para serviços de manutenção e ainda um edifício onde estão inseridas instalações de apoio aos navegantes.Simultaneamente cais onde arribam navegantes e desembarcadoiro de onde zarpam viajantes, o novo terminal de cruzeiros de Leixões recebe e lança os vários destinos que aqui se cruzam, e traça o percurso de quem aqui arriba por mar para outros pontos da cidade, do concelho, do distrito e da região.

Novo Terminal de Cruzeiros de Leixões

MATOSINHOS

918 887 163

04NOTÍCIAS MATOSINHOS | REPORTAGEM

Independentemente dos resultados finais, há que reconhecer que o Go-verno conseguiu gerar o debate sobre uma nova

“Organização do Territó-rio Nacional”.Muitas têm sido as in-tervenções acaloradas, avanços e recuos, ma-nifestações de protesto, desconhecendo-se ainda qual a configuração final e se ela serve verdadei-ramente as necessidades e os interesses dos muní-cipes.Em Matosinhos, será particularmente curioso verificar o evoluir dos próximos passos, dado que a Assembleia Muni-cipal aprovou por larga maioria:

“Não participar em qual-quer processo condu-cente à eliminação de freguesias do concelho de Matosinhos sem que, previamente, qualquer modelo de reforma do Poder Local obedeça ao princípio democrático da consulta popular e de participação de toda a população”.

REFORMA DO PODER LOCAL Manuel Leão Rosas

O Governo colocou em cima da mesa a proposta de criação de quatro no-vas freguesias: Lavra-Pe-rafita; Matosinhos-Leça da Palmeira-Senhora da Hora; Guifões-Santa Cruz do Bispo; S. Mamede de Infesta-Leça do Balio e Custoias.Será que os Partidos que aprovaram a Delibera-ção sobre o “EIXO 2 DO DOCUMENTO VERDE DA REFORMA DA AD-MINISTRAÇÃO LOCAL” irão respeitar o seu compromisso? Será que os Partidos irão resistir à tentação de propor novos arranjos para dar apenas respostas aos seus inte-resses eleitorais? Será que vão dar liberdade aos Deputados Municipais de votarem de acordo com a sua consciência política e de acordo com os seus leitores locais?Iremos saber em breve … uma vez que se pretende que a conclusão deste processo de reorgani-zação administrativa termine no 1º semestre do ano.

Miguel Martins “Este homem não é deste mundo”

“Eu dizia muitas vezes, este homem não é deste mundo”. Assim descreve Margarida Martins o marido, Miguel António Martins de Oli-veira, numa conversa que percorreu décadas de me-mória. Os sentimentos mis-turam-se com recordações de amor, gestos de bondade e imagens de dor origina-das pela partida prematura, aos 64 anos, de um homem que marcou as pessoas de Matosinhos. Filho de famílias ligadas à rudeza das lides da terra, Miguel Martins formou-se cedo, com apenas 21 anos, em Ciências Económicas e Financeiras, na Univer-sidade Técnica de Lisboa, com alta classificação. Foi por volta dessa idade que o seu coração começou a pulsar por Margarida. Ele não a cativou de início mas depois algo mágico aproxi-mou-os tendo casado em

1954 e sido pais de dois fi-lhos. Ao nível académico, a sua carreira reflectiu a genialidade de um homem metodológico – integrou o corpo docente da Faculda-de de Economia do Porto, da Faculdade de Ciências, da Universidade Livre do Porto, do ISCAP e da Uni-versidade Portucalense, tendo o seu nome sido atri-buído a uma ala desta Uni-versidade. Para além das aulas oficiais desdobrou-se no apoio altruísta à socie-dade.Foi presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Matosinhos, de Maio de 1974 até fins de Julho de 1975, e fez parte de algumas das mais im-portantes colectividades do concelho e do país. Marga-rida aviva as lembranças para descrever um homem bom e acrescenta que “ele nunca quis ser político,

uma pessoa pura como ele nunca podia ser polí-tico. Era um sabedor, de uma nobreza interior que hoje é muito rara… na altura em que esteve na Câma-ra, havia pessoas que não podiam pagar as rendas de casas camarárias e ele pagava do bolso dele para não ter que os despejar”. Distraído como poucos, adepto do Leixões Sport Club, apaixonado pela lei-tura e pela música clássica, adorava a causa social e o que fazia. Foi Provedor da Misericórdia do Bom Jesus de Matosinhos e, neste âmbito, deixou um legado material e imaterial. Criou a Biblioteca Infantil, apoiou o reapetrechamento das escolas primárias do con-celho e, hoje, “empresta” o seu nome ao prémio para melhor aluno na disciplina de Matemática do 12.º ano no Concelho de Matosinhos.

NOTÍCIAS MATOSINHOS | TESTEMUNHOS 054.4.20124.4.2012

Page 4: Noticias de Matosinhos nº 32

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Os Kartódromosde Matosinhos

Ésabido que o Norte do país congrega um grande número

de praticantes de karting, possuindo a região diversos locais onde é possível aos amantes desta modalidade entre-garem-se à adrenalina da velocidade sobre quatro rodas em veículos simples, monolugares, dotados de motores de 2 ou 4 tempos.Quando, em 1979, Luís Filipe Figueiredo e Silva se lançou na aventura de construir um kartódromo nuns terrenos isolados em Pera f ita estava consciente da existência de vários kartistas no Norte de Portugal e da ausência de pistas no país. Três décadas volvidas e muitas dificuldades

ultrapassadas, aquele que é o primeiro kartódromo português continua a atrair praticantes da modalidade. Actualmente propriedade de Filipe Figueiredo e Silva, filho do fundador, o Kartódromo do Cabo do Mundo, com uma frota de 25 karts com motor Honda 270 cc, de 4 tempos e com chassis Dino, tem como principais clientes grupos que alugam a pista e/ou karts para corridas, voando baixinho na sinuosidade do traçado, um dos mais exigentes do país.Mais jovem e com outro tipo de conceito, o de indoor, mas também já famoso pelos animados eventos que organiza, o Kart Center de Matosinhos [KCM] foi criado há 15 anos por Pedro Lamy e pelos irmãos Peters,

donos do kartódromo de Évora. Hoje o KCM é orientado por Paulo Costa, um apaixonado do mundo dos karts, que, juntamente com o irmão, o adquiriu há cerca de 12 anos. Pura emoção em doses concentradas, o indoor localizado em Perafita exige máximo rigor na condução e sangue-frio nas ultrapassagens por parte dos apaixonados que aqui acorrem e correm em karts de motor Honda 200 cc, de 4 tempos, e chassis Dino. Mesas de bilhar e uma pista de slot cars aumentam a diversão e a competição propostas pelo KCM.Nos kartódromos de Matosinhos aplica-se com acuidade o lema dos kartistas que aconselha a estar “sempre a kartir”!

“[…] E ao imenso e possível oceano / Ensinam estas Quinas, que aqui vês, / Que o mar com fim será grego ou romano: / O mar sem fim é português. […]”, Fernando Pessoa, in Mensagem

Que o mar sempre constituiu o destino dos portugueses é um facto que ninguém contesta – este mar que nos orla e nos hipnotiza, que faz vogar por todas as águas pensamentos marinheiros, esse oceano que azula as nossas paisagens, que anila o nosso horizonte, este mar que se acreditou e se quis sempre infinito… Testemunhando que Portugal tem no oceano o seu propósito, ao declarar que “o mar é o nosso desígnio”, o Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto, garantiu, no passado dia 28 de Março, no Auditório Infante D. Henrique, em Leça da Palmeira, na sessão de apre-sentação do projecto “Leixões: Oceano sem Resíduos”, que o programa “merecerá todo o apoio que o Governo puder dar”.Visando promover a limpeza do oceano nas proxi-midades da costa, o projecto é baseado na iniciativa da Fundação WFO (Waste Free Ocean), liderada pela indústria com o intuito de reduzir, até 2020, os detritos marítimos que flutuam nas costas e águas europeias.Com o envolvimento da LIPOR, da APDL – Administra-ção dos Portos do Douro e Leixões e da APIP – Associa-ção Portuguesa da Indústria de Plásticos, o projecto irá recolher, com recurso a arrastos pesqueiros bem como a novas tecnologias, todos os materiais plásticos exis-

tentes no mar e na orla marítima, enviando-os depois para triagem e reciclagem, de forma a poderem ser reutilizados no fabrico de matérias-primas, produtos e artigos finais.As diversas entidades promotoras estiveram represen-tadas: pela LIPOR, José Macedo Vieira, Presidente do Conselho de Administração, e Fernando Leite, Admi-nistrador Delegado; pela APDL, o também Presidente do Conselho da Administração João Pedro de Matos Fernandes; e pela APIP, o seu presidente, Marcel de Botton. Estiveram também presentes Tiago Pitta e Cunha, Consultor da Presidência da República; Alexandre Dangis, Managing Director da WFO; e o Presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, que defendeu que “o nosso futuro colectivo está no mar”.

“Leixões, Oceano sem Resíduos”

O projecto irá recolher

todos os materiais plásticos

existentes no mar

e na orla marítima

NOTÍCIAS MATOSINHOS | ECONOMIA 074.4.2012

Page 5: Noticias de Matosinhos nº 32

Morangos S Mamede de InfestaAv. do Conde, 58924465-093 S. Mamede de Infesta229 023 016 / 912 834 [email protected]

Jardim de InfânciaSala de Estudo

Rua Brito Capelo, nº 782 / 8024450-068 MatosinhosTel. 229 387 581 / Fax. 229 384 [email protected]

Creche / Pré-Escola / 1º Ciclo

• Berçário • Creche • Jardim de Infância

• Sala de Estudo

Creche • Jardim de InfânciaRua Humberto Cruz nº 5844450-694 Leça da Palmeira229 966 335 :: 916 718 174

Sala de EstudoAv. Dr. Fernando Aroso nº 1714450 - 691 Leça da Palmeira229 954 688 :: 913 025 306

Atividades curriculares:• Ginástica

• Inglês• Filosofia

• Dramática

Atividades extra curriculares:• Natação• Karaté• Musica

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Av. Norton de Matos · 4450-208 Matosinhos

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Ao fim de oito anos de trabalho árduo, dedicado às gentes do mar, podemos respirar de alívio e ter fé”. Foi com estas palavras de esperança

e regozijo que Delfim Nora, Presidente da Assembleia--geral do NAPESMAT – Núcleo de Amigos dos Pescadores de Matosinhos, abriu a sessão de inauguração da nova sede social da instituição, bem como de um espaço consagrado a um pólo museológico, onde poderão ser apreciados diversos artefactos da actividade piscatória e todo um conjunto de memórias enlaçadas em maresia.Agradecendo ao presidente e ao vereador da cultura da Câmara de Matosinhos e ao presidente da Junta de Freguesia da cidade, presentes no evento, a cedência do espaço, situado na antiga Escola do Bairro dos Pescadores de Matosinhos, Delfim Nora falou das dificuldades e agruras do mundo da pesca e asseverou que: “parte significativa do futuro está no mar, mas preparemo-lo

em terra, com os nossos jovens, enquanto é tempo”.Constituído no início de 2004, o NAPESMAT tem como missão a investigação e divulgação da história pesqueira de Matosinhos, tendo realizado, nestes oito anos de existência, várias acções de convívio entre as comunidades piscatórias do litoral norte, quer através da Comemoração do Dia do Pescador, quer através da edição regular do Jornal Maré.Depois da sessão de inauguração, que contou também com as intervenções de Armando Ferrinha e de Arménio Dias, da NAPESMAT, do Presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, António Parada, e do Presidente da Câmara Municipal da cidade, Guilherme Pinto, seguiu-se um programa de animação social, cultural e recreativa, com a colaboração de vários grupos musicais e ranchos folclóricos, que alegraram a tarde das valorosas e aguerridas gentes do mar bem como dos seus convidados.

NAPESMATInauguração da Nova

Sede Social“

“parte significativa

do futuro está no

mar, mas prepare-

mo-lo em terra [...]”

Comemorado um pouco por todo o mundo, o Dia do Pai tem uma origem lon-gínqua que aponta para a Babilónia onde, há mais de 4000 anos, um mancebo terá escrito numa placa de argila votos de saúde, sor-te e longa vida para o seu pai. Foi preciso, no entanto, esperar até 1910 para que a data fosse institucionali-zada, ano em que a norte-

-americana Sonora Luise, reconhecendo a abnegação do seu pai, que a educara e aos cinco irmãos comple-tamente sozinho, resolveu criar um dia consagrado a todos os progenitores. Em Portugal, a data é co-memorada a 19 de Março, uma vez que esse é, segun-do a Igreja católica, o dia de São José. Para celebrar tão especial data é tradição as crianças oferecerem ao pai cartões com poemas e desenhos ou outros traba-lhos manuais que fazem nas escolas, locais onde são realizados diversos conví-

vios cujos participantes são filhos e progenitores,As escolas, jardins-de-in-fância e creches de Mato-sinhos não são excepção e este foi mais um ano em que as celebrações se estenderam por todas as instituições do concelho. No Jardim-de-infância e Sala de Estudo Morangos

– São Mamede de Infesta, fundado em 2006, auto-rizado pela DREN e cer-tificado pela APCER, as comemorações do Dia do Pai iniciaram-se com um animado pequeno-almoço, a que se seguiu um conjun-to de actividades de artes plásticas e a entrega de presentes aos progenitores. Segundo Paulo Santos, ad-ministrador da instituição, esta iniciativa pretendeu criar “uma maior proximi-dade dos pais com a vida escolar dos seus filhos”.Com as valências de Cre-che, Jardim de Infância e 1.º Ciclo, o Colégio Anjos do Saber, criado em 2004 em

Matosinhos, festejou a data de celebração da paternida-de com uma semana aber-ta, repleta de actividades, como a pintura, desenho e fotografia, realizada no Jardim de Infância entre os dias 19 e 23 de Março. Já o 1.º Ciclo apresentou um concerto de homenagem aos pais, onde os intérpre-tes encantaram melodica-mente os seus progenitores.Já n’O Barquinho, creche, jardim-de-infância e sala de estudo, situado em Leça da Palmeira, o Dia do Pai, festejado no sábado, 24, para que houvesse mais tempo de convívio, juntou, no Centro Franciscano de Leça da Palmeira, pais, fi-lhos e professores da insti-tuição. Várias foram as ac-tividades realizadas, com a dramatização de diversas facetas da figura paterna (Pai Casaco, Pai Sofá, Pai Cavalinho) a ser particu-larmente animada, num dia que se quis, e foi, espe-cial e repleto de afectos.

“Em Nome do Pai”

MATOSINHOS

918 887 163

NOTÍCIAS MATOSINHOS | SOCIEDADE 094.4.2012

Page 6: Noticias de Matosinhos nº 32

LINDA DE SOUSA

RUA CONSELHEIRO COSTA BRAGA, Nº 21 | 4450-102 MATOSINHOS

T 220 996 000 | TM 910 334 451

CABELEIREIRORua D. Nuno Álvares Pereira, 423/301

918 447 326 · 967 094 215

PRONTO SOCORROPaulo Esteves e Ana Silva, Lda.

O Dia Mundial da Água e o início da Primavera serviram de mote per-feito para cerca de 500 crianças e alunos dos Jardins de Infância, 1.º, 2.º e 3.ºciclos do Agrupamento de Escolas de Lavra porem em prática uma actividade lúdica e, ao mesmo tempo, de elevada consciência ambien-tal – a remoção de plantas infestantes (chorão) e plantação de novas árvores, junto à foz do rio Onda, na praia de Angeiras, Matosinhos. A acção, que se inscreve no âmbito do projecto “Um olhar sobre o rio Onda”, aconteceu no dia 22 de Março, entre as 14 e as 17 horas, e teve como objectivo primordial a sensibilização dos mais pequenos para diversas competências e capacidades para participar e compreen-der iniciativas de carácter ambiental, promovendo, assim, atitudes favoráveis à biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável. Esta atividade, que vai já na sétima edição, conta, ainda, com a parceria da INDAQUA, da Câmara Municipal de Matosinhos, da Junta de Fregue-sia de Lavra, do Centro Social Padre Ramos, da ASPEA, LPN, GNR, da Policia Municipal, dos Bombeiros Voluntários Matosinhos-Leça, do Centro de Saúde, da Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Lavra e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, no âmbito do “Projeto Rios”. Apreender a intervir é o lema de uma iniciativa de conservação dos ecossistemas ribeirinhos, que procurou envolver a comunidade lado-a-lado com as entidades e instituições externas, fomentando a construção da cidadania e a cooperação em tarefas e projetos comuns, determinantes para o futuro destas e de gerações futuras.

A Assembleia de Freguesia da Senhora da Hora reuniu-se no passado dia 27 de Março para uma sessão extraordi-nária que serviu para fazer uma apreciação e discutir a Proposta de Lei 44/XII, que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica.Foram apresentadas duas moções: uma da CDU e ou-tra do PS, PSD e BE, tendo esta última sido a proposta aprovada. No documento, que será apresentado ao Mi-nistro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, a Assembleia de Freguesia da Senhora da Hora manifesta-se “a favor do novo quadro de competências próprias das juntas de freguesia, diferente do que resulta da Proposta de Lei 44/XII, bem como pela discussão da lei das finanças locais e da lei das autarquias locais”. Os autarcas presentes na sessão extraordinária “saú-dam e incentivam a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)” – que se pronunciou desfavoravelmente ao conteúdo da Proposta de Lei e tem-se manifestado em defesa das freguesias – “a prosseguir a linha de rumo até agora encontrada e propõem-se a esclarecer e a mobilizar a população no sentido da defesa do poder local democrático.”

Os doentes de Alzheimer da Freguesia de Matosinhos poderão, a partir de agora, ser monitorizados por satélite com a utilização de dispositivos que recorrem à tecnologia GPS e GSM. O projecto social, apresentado no passado dia 30 de Março pelo autarca António Parada, permite que os cuidadores ou familiares localizem os doentes de Alzheimer que perdem a orientação de regresso às suas habitações e que, muitas vezes, saem sem qualquer tipo de documento de identificação,A deterioração global e progressiva de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras) faz com que o doente de Alzheimer necessite de um cuidado especial e atento, e foi a pensar nisso que a Junta de Freguesia abraçou este projecto. O dispositivo de identificação será um chip dissimulado numa car-teira, que terá um conjunto de elementos pessoais do doente. A Junta de Freguesia de Matosinhos irá depois atribuir uma palavra-passe ao cuidador que, através de um sistema informático, poderá moni-torizar a localização do doente. Poderão ser ainda definidas zonas de mobilidade que no caso de o doente as transpor fará com que o cuidador receba uma sms de alerta e o sistema informático informá--lo-á da sua exacta posição. De imediato o cuidador poderá contactar a Junta de Freguesia para recolher o doente, que também havia sido previamente sinalizado por esta. Alguns dos dispositivos serão oferecidos a famílias mais carenciadas, sendo os restantes disponibilizados para compra. O projecto para já é experimental, mas o objectivo é que seja implementado em todo o país.

Matosinhos acompanha doentes de Alzheimer por satélite

Luta contra a extinção de freguesias

500 crianças aprendema intervir na natureza

Senhora da Hora

MatosinhosLavra

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Outras iniciativas no mês de Março

No dia 26 de Março, a Senhora da Hora foi palco de mais um encontro de cidadania inserido no ciclo de conferên-cias “Agitar Matosinhos”. Marcaram presença o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, o vice-presi-dente da autarquia, Nuno Oliveira, e o presidente da Junta de Freguesia da Senhora da Hora, Valentim Campos, que ouviram as questões colocadas pelo público, relacionadas, entre outros assuntos, com a extinção de freguesias e o novo regulamento dos cemitérios municipais.Ainda no mês de Março, a Junta de Freguesia da Senhora da Hora comemorou o Dia Internacional da Mulher (08 de Março) com várias iniciativas que homenagearam as mulheres da freguesia. Entre os dias 05 e 12, o edifício da Junta esteve decorado a preceito para a data. No dia 08, o presidente da Junta e outros elementos do executivo deslocaram-se às escolas e instituições para distribuir um marcador com um poema alusivo à mulher. Final-mente, no dia 11, foi realizada uma caminhada pelas ruas da cidade que contou com a participação de centenas de pessoas.

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MATOSINHOS937 731 177

11NOTÍCIAS MATOSINHOS | FREGUESIAS 4.4.2012

Page 7: Noticias de Matosinhos nº 32

Apoio à Terceira

IdadeInstituições de Filantropia

É

Nestes tempos conturbados, os idosos vêem-se

relegados para um plano que

os leva à perda de dignidade e ao sentimento de inutilidade

social

um facto conhe-cido que a espe-rança média de vida tem vindo a

aumentar nos países oci-dentais, com os valores a ultrapassar os 70 anos. O mesmo acontece em Por-tugal, onde nas últimas décadas se verificou o aumento da longevidade em cerca de 15 anos. Este incremento significa que o número de idosos está a crescer, com consequente envelhecimento da popu-lação do país. Nestes tempos conturba-dos, em que a sociedade enaltece a juventude, o individualismo e o econo-micismo, os idosos vêem-

-se relegados para um pla-no que os leva à perda de dignidade e ao sentimento de inutilidade social, face a uma comunidade que não

13NOTÍCIAS MATOSINHOS | ACÇÃO SOCIAL 4.4.2012

Associação de Apoio Social de PerafitaPraceta das Farrapas, 250 4455-531 Perafita

Telf: 229959178 Fax: 229964417Email: [email protected]

reconhece o seu anterior contributo e os lança em situações de exclusão e de miséria. Se juntarmos a estes factores a alteração da noção de família, com os idosos, anteriormente respeitados e acarinhados, a serem abandonados e mesmo desprezados, ga-nha particular importân-cia o papel desempenhado pelas instituições de apoio à terceira idade.Matosinhos tem-se revela-do diligente na criação de estabelecimentos que dão respostas aos mais idosos, graças ao amplo conjun-to de Centros de Convívio, Centros de Dia, Serviços de Apoio Domiciliário, Apoio Domiciliário Integrado e Lares que possui, a que se acrescenta, da iniciativa da Câmara e das Juntas, um conjunto de actividades e

de eventos que contribuem para a qualidade de vida dos mais velhos. Todo o concelho está coberto por uma importante rede de instituições, públicas e pri-vadas, que prestam auxí-lio aos idosos, sendo um exemplo a seguir na área do auxílio, da solidarieda-de e da integração social da população sénior.

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Mais FamíliaTendo como princípio fun-dador a inovação e como objectivo dar resposta às várias necessidades da fa-mília, a empresa Mais Fa-mília, localizada em Mato-sinhos, rege a sua actuação pelos valores da dedicação, da qualidade, da responsa-bilidade, da integridade e do respeito pela dignidade

humana. Com uma equipa especializada em várias disciplinas, a Mais Famí-lia assenta a actividade em três grandes sectores: os Serviços de Apoio Do-miciliário, auxiliando os que necessitam de ajuda na satisfação das suas ne-cessidades básicas; a For-mação, promovendo uma oferta diversificada e es-pecializada sobretudo em geriatria e gerontologia; e o Espaço Mais Família, pensado para o bem-estar de todos os que compõem o grupo familiar, englo-bando áreas que vão da Enfermagem, à Nutrição, à Fisioterapia, à Osteopatia, à Psicologia, entre várias outras.Baseando a sua acção num conceito de proximidade, a Mais Família torna mais felizes os que a ela recor-

rem, nomeadamente os idosos, esses experientes e sábios elementos do nú-cleo familiar.

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Associação de Apoio Social de PerafitaOrientada pelo desejo de propiciar uma melhoria do bem-estar a pessoas dependentes e semi-de-pendentes, a Associação de Apoio Social de Perafita [AASP], fundada em 1997, é uma Instituição Particu-lar de Solidariedade Social que promove o aumento da qualidade de vida dos seus utentes. Concedendo Apoio Domi-ciliário (tanto em regime SAD – Serviço de Apoio Domiciliário; como em regime ADI – Apoio Do-miciliário Integrado) a

90 idosos, a AASP possui igualmente, desde 2002, a valência de Centro de Dia, localizada na sede, em Perafita. Aqui pro-porciona-se, a 30 utentes, um conjunto de serviços que contribuem para a sua manutenção no meio sócio-familiar, bem como se fomenta a convivência e a partilha de experiên-cias pessoais. Em 2008, a AASP aumentou o seu leque de equipamentos, abrindo, em Leça da Pal-meira, em instalações ce-didas pela Câmara de Ma-tosinhos, um Lar para 30 utentes, onde se desenvol-vem, à imagem do Centro de Dia, actividades como ginástica, fisioterapia e es-timulação cognitiva, que asseguram o dinamismo físico e intelectual dos idosos.

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- Centro de Convívio

- Centro de Dia

- Serviço de Apoio Domiciliário

- Apoio Domiciliário Integrado

- Lar de Idosos

Av. Serpa Pinto, n.º 479, Loja C4450-282 Matosinhos

Tlf: 229 385 593 Tlm: 910 612 953 [email protected]

www.maisfamilia.com

Page 8: Noticias de Matosinhos nº 32

Algas 2

Victor Palhão

WakameRica em cálcio, magné-sio, ferro, vitamina C e complexo B.Suaviza as fibras de ou-tros alimentos. Neutrali-za tóxicos, estimulando secreções enzimáticas.É útil em doenças pul-monares, circulatórias e hipercolesterolemia.

IzikiRica em cálcio, potássio e ferro, proteínas e vitami-nas C e complexo B.Contém oligoelementos que ajudam a combater a glicemia, reforçam o tecido ósseo, neutralizam tóxicos.Pode e deve ser usada na anemia, astenia, pós-

-parto.

ArameMuito rica em iodo, cálcio, proteínas e vitaminas A, B1 e B2.Melhora a digestão e o seu uso é muito útil na hiper-tensão e na arteriosclerose.

Agar-AgarTem um alto conteúdo em polissacáridos com-plexos e agaropectina que se usa como espes-sante ou gelatinizante.Por não conter lipíde-os é útil nas dietas de emagrecimento, actu-ando também na obsti-pação.

FucusContém mucilago, que é um tonificante intesti-nal e que produz sacie-dade. Tem uma acção laxante podendo baixar o colesterol.É rica em iodo, ácido algínico e vitaminas A, C e E.

EspirulinaContém 50 a 70 % de proteínas vegetais e oito aminoácidos essenciais.Rica em vitamina B12 contem 3 vezes mais vi-tamina E que o gérmen de trigo. Contém ainda vitamina F.

Em próximo artigo iremos concluir este tema. Até lá !

Há algum tempo que toda a equipa do Serviço Social da ULSM sentia vontade em realizar este evento científico de interacção en-tre temáticas e práticas em intervenção. Foi com muita alegria e mo-tivação que concretizámos este projecto, de forma a colaborarmos na visibili-dade da nossa profissão e das actividades interventi-vas que manuseamos para o desenvolvimento global dos cidadãos, das famílias e da sociedade.Neste âmbito, pretende-se que seja sempre promovida uma atitude de proximida-de, de atenção e de cuidado personalizado junto dos ci-dadãos que nos procuram e

I Jornadas do Serviço Social da ULSM

junto das instituições e ser-viços que, numa perspectiva de interacção e integração institucional, nos solicitam colaboração para uma pra-xis individualizada ou de multidisciplinaridade. As temáticas seleccionadas para este dia de trabalho foram representativas da vontade em estarmos pró-ximas da actualidade cien-tífica e dos contributos que as novas tecnologias nos oferecem para uma melhor sistematização, planificação e monitorização das nossas acções e intervenções. Como não pretendemos existir dentro de um casulo institucional, mas antes fa-zer parte activa da realidade social, quisemos envolver

a comunidade e as outras instituições no desenvolvi-mento de modelos de parce-ria e de interacção dedicada aos problemas sociais e às situações mais vulneráveis dos cidadãos.Na verdade, esta iniciati-va foi um abraço positivo ao nosso trabalho, à nossa vontade de discutirmos em conjunto as temáticas e problemáticas que todos os dias analisamos e tratamos e ao nosso sentido de fazer melhor, com cientificidade, qualidade, empreendorismo e crescimento intelectual, pessoal e profissional.

Dra. Clara Lago,directora do Serviço

Social da ULSM

ULSM / HPHUma marca de saúde

A 22 de Abril de 97 nascia, em substituição das antigas instalações, o Hospital Pedro Hispano, com o propósito de se afirmar como unidade diferenciadora e altamente especializada.

A escolha da sua localização não foi consensual, fazendo com que o Hospital Pedro Hispano, que actualmente está integrado da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, vivesse próximo a outros grandes hospitais universitários de referência, como são o Hospital de São João e o de Santo António.Ao orgulho bairrista dos matosinhenses juntou-se desde o início uma considerável elite de profissionais, o que permitiu construir uma alternativa de qualidade na prestação de cuidados de saúde à zona do Grande Porto.A alternância de circunstâncias é uma constante na vida e as dificuldades, no tempo presente, levam a optimizar os recursos do Estado Social, pelo que a necessidade de concentração de valências torna-se imperativa. Face à dimensão dos seus congéneres, o Hospital Pedro Hispano sofreu transformações pela tutela, como, por exemplo, a perda do estatuto de hospital referência para a população da Maia e a deslocalização de um dos seus serviços de referência, como foi o caso da Neurocirurgia. Embora compreensível do ponto de vista da gestão integrada da política regional, esta decisão levou à saída de profissionais de excelência para outras unidades de saúde.

Contudo, atingimos a maturidade e uma importante experiência acumulada, apesar dos constrangimentos, que no actual contexto de crise nos afectam a nosso desempenho, sem por em causa uma prestação de cuidados reconhecidos como de excelência.Todavia, temos argumentos sólidos para aferir que estes 15 anos fizeram do “Pedro Hispano” uma instituição e uma marca consistente e transversal.Partimos, por isso, para o futuro com provas dadas e muita ambição. Registamos mais e melhor acessibilidade às consultas e cirurgias, temos um conjunto de excelentes profissionais, que potencia a nossa oferta, aliada às óptimas instalações do Hospital de Dia, Cirurgia de Ambulatório e Consulta Externa.Não obstante as dificuldades transversais a toda a sociedade nos nossos dias, apresentamos um bom desempenho económico, fazemos das tecnologias de informação um instrumento potenciador da nossa acção, do Website ao sistema de contacto do utente via sms.E vemos, na linha do horizonte, a possibilidade real de aumentar a nossa área de referência, que é, sem dúvida, um desafio a vencer.Sim. Temos a nossa marca!

Victor Herdeiro

Presidente do CA da ULSM Matosinhos

Partimos para o futuro

com provas dadas

e muita ambição

Quisemos envolver a comunidade no desen-volvimento de mode-los de interacção dedicada aos pro-blemas sociais

15NOTÍCIAS MATOSINHOS | SAÚDE 4.4.2012

Page 9: Noticias de Matosinhos nº 32

Extinção de Freguesias

A Reforma e a Polémica

DPedro Sousa define a Lei como “muito relvada, mas com fraca semente”

ivisões adminis-trativas sem paralelo nou-tros países, com-

postas por uma população ligada por um elevado grau de vizinhança e de idênticas expressões sócio-

-culturais, pelo território em que essa população se implementa e pelos seus órgãos representativos, as freguesias perfazem um total de 4259. O modelo organizativo actual, com mais de um século de existência, foi concebido num período em que a proximidade entre os poderes públicos e o povo era fundamental, dado o isolamento característico da época. O debate sobre a reorganização da jurisdição local não é recente, pois há muito se tem vindo a

17NOTÍCIAS MATOSINHOS | GRANDE REPORTAGEM 4.4.2012

analisar a necessidade de optimização do poder e da dimensão das freguesias, a maximização do seu financiamento público e a actualização do seu modelo de organização política. Face à actual crise, que ditou a presença da Troika em Portugal, foi acordada, entre o Governo e o triunvirato composto pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, a redução das freguesias e municípios nacionais com o objectivo de diminuir os custos, evitar a duplicação de serviços entre a administração central e local e potenciar ganhos de eficácia, intentos a serem analisados num estudo prévio.Terá sido este acordo

que levou à criação do Documento Verde da Reforma da Administração Local e à posterior Proposta de Lei n.º 44/XII, na qual se prevê a extinção/fusão de cerca de 1500 freguesias. Inicialmente defendida por Miguel Relvas como resposta à necessidade de diminuir custos, a medida viu alterados os seus objectivos pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, quando ele posteriormente afirmou que “a racionalização do número de freguesias não visa uma redução da despesa pública afecta às freguesias que serão aglomeradas, mas sim a libertação de recursos financeiros que serão colocados ao serviço das pessoas”.

Apesar de Miguel Relvas declarar que o processo de ag lomeração de freg uesia s pretende

“garantir a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos com menos recursos financeiros”, a proposta provocou, desde o seu aparecimento, uma reacção de dimensão nacional, que culminou com a manifestação do dia 31 de Março, a qual reuniu, em Lisboa, mais de 200 mil participantes, que responderam ao repto da ANAFRE, Associação Nacional de Freguesias, para se declararem contra uma Lei que, nas palavras da Associação: “Não preconiza um modelo adequado à realidade social portuguesa; não garante ganhos de eficiência e

eficácia para o poder local; não respeita a vontade dos cidadãos; não traduz qualquer ganho para o erário público”.Posição semelhante tem o Presidente da Câmara de Matosinhos e todos os Presidentes das Juntas do concelho, apesar de apenas duas das dez freguesias do município terem sido apontadas como vítimas da Proposta de Lei – as de Leça da Palmeira e de Guifões.Pedro Sousa, responsável pela Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, tem sido um activo opositor da medida. Colocando em causa os objectivos da Lei, que ironicamente define como “muito relvada, mas com fraca semente, uma Lei que não reflecte a vontade dos autarcas, nem respeita

a opinião das populações”, o autarca de Leça da Palmeira solicitou a averiguação do Presidente da República sobre a constitucionalidade do diploma, que considera como “ u m g ra nde ret rocesso da v ida democrática portuguesa”.A mesma opinião tem Carmim Alves do Cabo, presidente da Junta de Freguesia de Guifões, que acrescenta ao adjectivo

“anti-democrática” outros qualificativos: “a lei é descabelada, extemporânea, mexe com as populações, com os autarcas, com a identidade, com a história, com a cultura”. Questionando os motivos do diploma, o autarca considera também que “a inconstitucionalidade é

latente nesta reforma”.Apesar de no dia anterior o grupo parlamentar do PSD ter proposto à ANAFRE a possibilidade dos municípios fundirem menos 20% das freguesias, a manifestação de 31 de Março realizou-se, uma vez que, segundo Armando Vieira, presidente da associação, ela “é uma ajuda à reflexão dos senhores deputados sobre esta matéria”. A maior abertura do primeiro-ministro para discutir a reforma autárquica, ainda que “longe” do que é reivindicado pela ANAFRE, foi considerada por Armando Vieira como: “Uma atitude de aproximação”, concluindo que: “A reforma tem de ser feita com os eleitos e com os cidadãos – e não contra eles”.

Carmim Alves

do Cabo qualifica a

Lei como “descabe-

lada, extempo-

rânea

MATOSINHOS937 731 177

Page 10: Noticias de Matosinhos nº 32

Desde que este Governo tomou posse, que me ha-bituei a ver na lapela dos ditos governantes um distintivo com a bandei-ra de Portugal. Claro que de imediato me vieram à memória várias coisas, a primeira das quais já caiu em desuso faz muito tempo. Falo dos distin-tivos dos clubes, que alguns pacóvios ostenta-vam nos seus fatos mais domingueiros. Recupe-raram algumas figuras da política essa parolice, colocando lá a bandei-ra Nacional. À parte o nacionalismo, que me reservo de adjectivar, sal-ta-me à ideia algo que me preocupa. Como tenho boa memória, não me lembro de ver qualquer um destes cavalheiros com um cravo mesmo que branco, pendurado em dias de boa memória para o nosso país. Ora mesmo as mensagens mais subliminares têm leitura. No próximo dia 25 de Abril, veremos na nossa Assembleia da República políticos com a bandeira Portuguesa e outros com um cravo

Portugal na lapelaRui Viana Jorge

vermelho. Nesse dia, muitos Portugueses irão entender que os cravos estão de um lado e que a bandeira estará do outro. Leitura: Portugal (a ban-deira) está contra o cravo vermelho (25 de Abril), e ponto. De tal ordem que até já alguns “empresá-rios” se apressaram a colocar a bandeirinha na lapela. Sempre achei que para muitos Portugue-ses bastava a Primavera Marcelista, porque isto de sindicatos, partidos políticos, saúde e ensino, reformas, subsídios de Natal e férias etc, era um abuso não admissível por quem refastelado na vida vê aproximar-se muita gente dos seus calcanha-res. Se não fosse o grande respeito que sinto pela liberdade e por quem me ajudou a recuperá-la, nesse dia traria na lapela o manguito do Bordalo. Claro que já estou a ver alguns sociólogos de pacotilha dizerem que isso são fantasmas meus. Responderei simples-mente como a minha tia Georgina que tinha a ma-nia de dizer coisas. Pois.

Este artigo foi escrito sem respeitar o acordo ortográfico porque ele não se deu ao respeito.

VAI FAZER OBRAS?CONTRATO DE EMPREITADAO contrato de empreitada, de acordo com o artigo 1207º do Código civil, é o contrato pelo qual uma das partes se obriga em relação á outra a realizar certa obra, mediante o pagamento de um preço.O empreiteiro deve executar a obra em conformidade com o que foi convencionado, e sem vícios que excluam ou reduzam o valor dela, ou a aptidão para o uso previsto no contrato.O dono da obra pode fiscalizar, á sua custa, a execução dela, desde que não perturbe o andamento normal da empreitada. A fiscalização feita pelo dono da obra não ou por comissário não impede aquele, findo o contrato de fazer valer os seus direitos contra o empreiteiro, embora sejam aparentes os vícios da coisa ou notória a má execução de do contrato, excepto se tiver havido da sua parte concordância expressa com a obra executada. O fornecimento dos materiais e utensílios necessários á execução da obra devem ser fornecidos pelo empreiteiro, salvo convenção em contrário. No silêncio do contrato,

os materiais devem corresponder ás características da obra e não podem ser de qualidade inferior á média.A subempreitada é o contrato pelo qual um terceiro se obriga para com o empreiteiro a realizar a obra a que este se encontra vinculado, ou uma parte dela.Alterações da iniciativa do empreiteiro: o empreiteiro não pode fazer alterações ao plano convencionado, a obra alterada sem autorização do dono da obra á havida como obra defeituosa, mas se o dono quiser aceitá-la tal como foi executada, não fica obrigado a qualquer suplemento de preço nem a indeminização por enriquecimento sem causa.Alterações exigidas pelo dono da obra: o dono da obra pode exigir que sejam feitas alterações ao plano convencionado desde que o seu valor não exceda a quinta parte do preço estipulado, e não haja modificação da natureza da obra.

Luís Laboreiro, Notário do Cartório Notarial de Matosinhos C

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Qual a sua opinião sobre a extinção da freguesia

onde habita?

Acho mal. As pessoas vão desaparecer da-qui, porque os pontos de encontro vão ser outros. E os trabalhadores da junta vão ter de ir para outro lugar – é a mobilidade.

José Manuel Magalhães, 49 anos, Guifões

Sou contra, porque nos faz falta. Quando precisamos de qualquer coisa recorremos à Junta. Depois vamos ter de nos deslocar a Matosinhos. E os trabalhadores da Junta, coitados! Se calhar vão para longe.Alzira Macedo, 57 anos, Guifões

Sou contra. Leça da Palmeira demons-tra, com o seu desenvolvimento, que a extinção da junta freguesia é um erro grave. Devia-se dar mais atenção ao que a cidade representa para o distrito do Porto.Ricardo Praia, 22 anos, Leça da Palmeira

Sou contra pois faz muita falta. Aqui há muita gente: pessoas de idade, que não podem andar, não podem gastar dinheiro nos transportes – ir para Matosinhos não dá jeito.Beatriz Freitas, 75 anos, Leça da Palmeira

Sou a favor. O país está num tal estado que é necessário poupar o que for possí-vel. Acho que a freguesia de Matosinhos não é assim tão longe e as pessoas podem deslocar-se lá facilmente. Beatriz Azevedo, 23 anos, Leça da Palmeira

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MATOSINHOS

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NOTÍCIAS MATOSINHOS | VOX POP NOTÍCIAS MATOSINHOS | NOTARIADO18 194.4.2012 4.4.2012

Page 11: Noticias de Matosinhos nº 32

Director Francisco Samuel BrandãoDirector Adjunto Mário A. CostaChefe Redacção Patrícia PinhoCorpo Redactorial Emídio Brandão, Isabel Costa Pereira, Ivo Vaqueiro, Júlio Pinto da CostaColaboradores Bernardino Costa, Luís Laboreiro, Manuel Leão, Nuno Campos, Paulo Ferreira, Ricardo Santos, Rui Viana Jorge, Tito Pinto, Victor PalhãoDirecção Comercial e ComunicaçãoSandra CoimbraConteúdos Editoriaise FotografiaPegada CrativaProdução Marlene PereiraSecretariado Américo FrazãoPublicidade Ilda EstrelaDistribuição Norberto PereiraPropriedadeEmibra, Lda.E-mail [email protected] [email protected]ção PostalApartado 21534451-901 MatosinhosTlf. +351 229 999 318Fax +351 229 999 319Registo ERC 125730Periodicidade MensalTiragem 5.000 Exemplares (gratuito)ISSN 1649-3639

Ficha Técnica

F

Quarteto de Cordas de Matosinhos

ascinante e in-timista são dois dos adjectivos que melhor des-

crevem o ensemble musical denominado quarteto de cordas. Intimista porque apenas quatro músicos

– dois que tocam violinos, um que toca viola e outro que tange o violoncelo – são responsáveis pela melodia que soa num auditório. Fas-cinante, porque cada um dos quatro instrumentos tem muito mais a realizar do que aqueles que com-põem uma orquestra. Se pensarmos numa orques-tra sinfónica, normalmente formada por cerca de 80 instrumentos, as cordas constituem a espinha dor-sal, mas não são apenas elas a expressar a narrativa

melódica. Num quarteto de cordas, quatro instrumen-tos combinam e concertam a melodia, modulando o conjunto de sensações sus-citadas. Este tipo de grupo musical e de peças escritas para serem executadas por tal agrupamento surgiu no século XVIII, com o com-positor Joseph Haydn a ser considerado como o seu progenitor. Depois da épo-ca de Haydn, o quarteto de cordas foi adquirindo um crescente prestígio, com Mozart, Beethoven e Schu-bert a comporem obras de famosa mestria. Apesar do século XIX ter correspondi-do a um período de desin-teresse, a chegada da idade moderna da música erudita determinou o regresso do

quarteto de cordas à popu-laridade, com importantes contribuições e inovações do género. Do reportório do Quarteto de Cordas de Matosinhos [QCM], criado em 2007 através de um concurso público promovido pela Câmara do município ao qual deve o nome, fazem parte não apenas os clás-sicos, mas também obras contemporâneas, com os compositores nacionais a serem figuras de relevo no leque de obras interpre-tadas, assumindo assim o QCM o “papel de promoção e divulgação do património musical português”.Constituído por Vítor Vieira e Juan Maggiorani (violi-nos), Jorge Alves (viola) e Marco Pereira (violoncelo),

formados na Academia Na-cional Superior de Orques-tra, o QCM realizou estudos especializados no Instituto Internacional de Música de Câmara de Madrid, sob a orientação de Rainer Sch-midt (violinista do Quarteto Hagen). Os quatro elemen-tos do Quarteto receberam individualmente importan-tes galardões nacionais e estrangeiros na categoria de música de câmara.A perícia, o conhecimento estilístico, a noção estética e a qualidade das interpreta-ções do QCM fazem dele um projecto raro em Portugal e um dos mais “tocantes” grupos de música de câma-ra da actualidade, capaz de expressar, com o seu tanger de cordas, múltiplas e ondu-lantes narrativas.

F

Mosteiro de Leça do Balio

oi classificado como monu-mento nacional em 1910, mas,

muito tempo antes, o Mosteiro de Leça do Balio já se impunha como um dos melhores exemplares de arquitectura religiosa fortificada existentes em Portugal. Construída por volta do ano 900, esta obra medieval, de transição do estilo românico para o gó-tico, serviu de abrigo, já no século XII, aos Cavaleiros Hospitalários da Ordem de Malta. Ao longo de todo o século XI, o mosteiro é referido em diversos documentos: em 1003 está descrita a doação do edifício a D. Tructesindo Osores e a sua mulher, D. Unisco Mendes, padroei-

ra do mosteiro; no ano de 1021, foi deixado aos filhos do casal, mas, em 1094, o padroado foi transmitido à Sé de Coimbra, por dádiva de Raimundo de Borgo-nha, conde de Galiza, e de sua mulher, D. Urraca I de Leão e Castela. Na segun-da década do século XII, D. Afonso Henriques doou o couto de Leça à Ordem dos Hospitalários, a primeira das Ordens Militares do-cumentada em território português. O edifício foi re-construído no séc. XIV, por iniciativa de Frei Estevão Vasques Pimentel, segundo o modelo das igrejas for-taleza: a fachada principal de estilo gótico, com ampla rosácea radiada e remata-da por uma cruz da Ordem de Malta, possui torre de

menagem de traça româ-nica, coroada de ameias; a igreja, de planta crucifor-me, ladeada por uma alta torre quadrangular, com 28 metros de altura, pro-vida de balcões com ma-tacães, a meia altura e no topo, em ângulo, seteiras, é o que permanece de outros tempos. E foi aqui que o rei D. Fernando casou com D. Leonor Teles.Actualmente, o Mosteiro de Leça do Balio integra o vasto Património da Hu-manidade pelos itinerários dos Caminhos de Santiago percorridos por peregrinos de toda a Europa e recebe, todos os anos, “Os Hospi-talários no Caminho de Santiago”, num regresso à época medieval, às suas tradições e seus costumes.

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NOTÍCIAS MATOSINHOS | ARTE 21NOTÍCIAS MATOSINHOS | PATRIMÓNIO 20 4.4.20124.4.2012

Page 12: Noticias de Matosinhos nº 32

Cavaco ficou intimidado com perigosos manifes-tantes de uma escola se-

cundária. Miúdos até aos 15 anos, o terror de qualquer político que até foi profes-sor, mas universitário. A desculpa oficial, foi que

ficou impedido por um im-pedimento. Assim mesmo, como aquelas subidas que sobem para cima ou quan-

do se entra para dentro.Quem não entrou para

dentro foi Passos Coelho, no dia da Greve Geral, no Porto. O ilustre primeiro

preferiu a porta do cavalo para fugir aos manifes-

tantes que o esperavam. É sempre melhor quando

falamos com aqueles que devemos representar pela

televisão ou pela rádio, sem direito a contraditório. Fugiu, o piegas. Teve medo

de dar a cara perante aqueles que contestam o caminho de pobreza que nos pretendem impingir

como inevitável, ao mesmo tempo que arranjam luga-

res de relevo para amigos e compadres, com cortes que

mais parecem arranhões para quem ganha milha-

res de euros. Segue a luta, que é dura e, muitas vezes,

poluída por opiniões de quem tem mais umbigo do que olhos para encararem

a realidade com que (sobre)vivem milhões de portu-

gueses.

Impedimentos que impedem

Ricardo Santos

Alegria e positivismo combinam com o novo

“layout” do nosso Jornal.Gosto. Assim é que é!O Jornal é gratuito, mas nem por isso há menos empenho, antes pelo contrário. Todos que-remos ser agentes de mudança para um Mun-do melhor.Mudar é sempre possí-vel. Ser pró activo, tomar iniciativas sem prota-gonismos sem vaidades excessivas.Apetece-me fazer um apelo aos meus conterrâ-neos e aos demais resi-dentes na linda cidade de Matosinhos:Já repararam que a Primavera antecipada contribui para tornar a nossa Cidade ainda mais bonita? As árvores estão floridas e cheias de vida, os canteiros preenchidos com flores, os arbustos emanam cheiros doces e agradáveis.E nós? Há quem continue e colocar sacos do lixo na rua ao Domingo! É falta de civismo. É o desco-nhecimento do conceito de Liberdade.Vamos melhorar? Já agora não esqueçam de reciclar. É muito simples e não custa dinheiro.

Com alegria desejo Santa Páscoa.

Alegriano novo layoutMafalda Portela

Dia 1: Sob o lema “protecção civil, um serviço de todos para todos” foi inaugurada a IV Feira da Protecção Civil, que decorreu no centro comercial Norteshopping até ao dia 11 deste mês. Demonstrações de suporte básico de vida, simulações de acidentes rodoviários, rastreios gratuitos, operações stop com jovens alunos das escolas do Concelho foram algumas das actividades apresentadas e dinamizadas.

Dia 3: Tendo sido elevada a vila no dia 26 de Agosto de 2003, Custóias viu agora uma das suas novas artérias ser denomi-nada com a data. A Rua 26 de Agosto, executada no âmbito da construção do IP4/VRI no concelho, foi inaugurada pelos Presidentes da Câmara Municipal de Matosinhos e da Junta de Freguesia de Custóias.

Dia 3: O atleta do Leixões Vítor Pereira alcançou o 1.º lugar da clas-sificação de juvenis ao nadar os 3 km em apenas 35m 36s 50c, fazendo com este tempo a melhor marca nacional de sempre nesta prova de Longa Distância. Além de Vítor Pereira, outros nadadores do Leixões foram apurados para o Campeonato Nacional de Longa Distância, tendo esta fase de apuramento sido realizada nas piscinas municipais de Coimbra.

Dia 7: Em colaboração com a Academia de Dança de Matosi-nhos, as bibliotecas escolares da cidade celebraram a “Semana da Leitura” com uma flashmob apresentada no Jardim Basílio Teles. Várias centenas de alunos exibiram, em frente aos Paços do Concelho, uma coreografia na qual o livro foi a personagem principal.

Dia 8: No Dia Internacional da Mulher, a Câmara Municipal de Matosinhos homenageou as mulheres vítimas de violência doméstica com a visita do vice-presidente à casa-abrigo do Núcleo de Matosinhos da Cruz Vermelha Portuguesa, cujo edifício foi cedido pela autarquia. Em cinco anos, a instituição

acolheu 313 mulheres e crianças de todo o país, número que demonstra a premência desta questão social.

Dia 10: Realizou-se, no Cine-Teatro Constantino Nery, um workshop de Encontro de Contacto de Improvisação, desti-nado a explorar e a motivar sentimentos como a confiança, a aceitação, a abertura, a procura e a superação dos limites. Com orientação e coreografia de Pedro Lino, com monitorização de Monika Pundyk e Ewelina Wojciechowska e com música ao vivo a cargo de Victor Duarte Rodrigues, o Encontro promoveu também uma Jam Session no dia 11 de Março.

Dia 12: O quarto encontro de cidadania do Ciclo de Conferências “Agitar Matosinhos” pôs em debate as preocupações dos cida-dãos do concelho. O desemprego, a extinção de freguesias, as obras da Indaqua, a cobrança de portagens, entre outros temas, estiveram em discussão no auditório da Junta de Freguesia de São Mamede de Infesta, com o Presidente da Câmara de Matosinhos a realçar que a autarquia “está a criar condições para a empregabilidade, incentivando os cidadãos e as empresas a investir em Matosinhos”.

Dia 15: A ESAD – Escola Superior de Artes e Design de Matosi-nhos assinou, no âmbito da Licenciatura de Design de Moda, uma Declaração de Compromisso Ético, na qual se assume contra a utilização de pêlo de animal como matéria-prima para a produção de moda.

Dia 16: Iniciaram-se e prolongaram-se até ao dia 18 os Campeo-natos Regionais de Natação de Juniores e Seniores que reuniram, na piscina da Povoa de Varzim, 274 atletas (129 masculinos e 145 femininos), em representação de 25 clubes (ANNP e AN Minho). Tendo sido representado por 19 nadadores, 9 masculinos e 10 femininos, o Leixões obteve 20 medalhas (9 de ouro, 5 de prata e 6 de bronze) e foi o 3.º clube com mais títulos alcançados.

Dia 17: Com organização da Câmara Municipal de Matosinhos e da APOGESD – Associação Portuguesa de Gestão de Desporto, realizou-se, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o 1.º Fórum de Gestão de Desporto. A iniciativa incluiu uma conferência sobre a empregabilidade e sobre o empreendedorismo no sector desportivo, uma tertúlia sobre as experiências de gestão e a assinatura pública de protocolos de parceria entre a APOGESD e respectivos parceiros.

Dia 17: Teve início, às 20:00 horas, uma nova vertente do projecto taxi.come, a da “Diversão Segura”, que consiste no acompanha-mento de jovens e adolescentes nos divertimentos nocturnos. A partir de 5 euros, os taxistas vão buscar os jovens a casa, levam-nos à discoteca, ao cinema, a um bar ou a uma festa de anos e depois vão buscá-los para os levar de regresso ao lar à hora combinada com os progenitores. Iniciativa da Junta de Freguesia de Matosinhos, o serviço pretende tranquilizar os pais nas saídas à noite dos filhos.

Dia 17: Com apoio da ONDASTAR e da Câmara Municipal de Matosinhos, teve início a Regata ONDASTAR – 2.ª Prova do Campeonato Regional - Norte da Classe Laser e 3.ª Prova do Campeonato Regional - Norte da Classe 420. Organizada pelo Clube Naval de Leça, experiente neste tipo de competições e sabedor da importância das provas para o impulsionamento do nível da vela regional e nacional e para o aumento da visibi-lidade desta modalidade desportiva, a regata teve a participação de 60 velejadores.

Dia 18: No segundo dia da Regata ONDASTAR os velejadores das Classes Laser Standard, Laser Radial, Laser 4.7 e 420 conti-nuaram a competir pelo melhor lugar no ranking Norte do país. Apesar das condições meteorológicas desafiantes deste segundo dia de provas, foi possível a realização do número previsto de regatas nas quatro classes envolvidas na competição.

Dia 20: Por ocasião do 6.º aniversário do Clube dos Pensadores [CdP], o movimento nacional organizou o seu 60.º debate que teve como convidado o presidente do Conselho de Adminis-tração do grupo Jerónimo Martins. Alexandre Soares dos Santos fez a defesa dos lucros das empresas como “primeira responsabilidade social”. Joaquim Jorge, fundador do CdP, realçou que Portugal precisa de pessoas como Alexandre Soares dos Santos.

Dia 23: O Salão Nobre da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira acolheu a “Cerimónia de Assinatura dos Protocolos de Coope-ração 2012”. Destinando cerca de 15% do seu orçamento para o apoio das instituições públicas, colectividades desportivas, associações culturais e recreativas locais, o presidente da Junta de Leça da Palmeira, Pedro Sousa, reafirmou a importância das freguesias no auxílio ao Associativismo.

Dia 24: Os novos órgãos sociais da Associação das Colectivi-dades do Concelho de Matosinhos [ACCM] tomaram posse em cerimónia que decorreu na Sala de Sessões Públicas da Câmara Municipal. Domingos Alves, novo presidente da mesa da Assembleia-geral da ACCM, destacou o papel desempenhado pela instituição “em prol das colectividades ligadas à cultura, recreio e desporto”. O Presidente da Câmara de Matosinhos alertou para as dificuldades do corrente ano, mas deixou uma mensagem de confiança: “Não podemos desistir, porque, dessa forma, estaríamos a desistir dos cidadãos, da juventude”.

Dia 27: A Presto Pizza, rede empresarial constituída por qua-tro pizzarias de excelência, realizou um workshop destinado a crianças, que teve como principal intuito informar, ensinar e incentivar cada participante a produzir a sua própria pizza. Incluindo quatro fases, uma teórica, uma prática, uma de prova das pizzas confeccionadas e uma de distribuição de certificados, o workshop constituiu um saboroso convívio.

REGATA ONDASTAR DIAS 17 E 18 REGATA ONDASTAR DIAS 17 E 18

234.4.2012NOTÍCIAS MATOSINHOS | DIÁRIO DE BORDO

Page 13: Noticias de Matosinhos nº 32

Caros leitores e enófilos, a minha escolha de vinho para este mês é o Quinta da Alempassa Douro Doc Reserva tinto 2008. Por se

Quinta da Alempassa Douro Doc Reserva tinto 2008Bernardino Costa

tratar de uma produção familiar e relativamente recente, embora se trate de um vinho de Quinta é ainda pouco conhecido. Pese em-bora a sua excelente qualida-de, bem como a sua relação qualidade/preço (+/-10€). Segundo o produtor, as uvas são provenientes de Vinhas classe A. Ou seja, a classificação máxima. A sua vinificação processou-se o mais aproximado possível do tradicional, sendo disso

N uma altura em que, no sector da restauração, aumentam cada vez mais as preocupações económicas, a Associação de Restaurantes de Matosinhos (ARM) apoia os seus associados no

sentido da qualificação dos seus funcionários, excelência de serviço e promoção regional. No propósito de evolução de imagem e de criação de condições a nível técnico para a obtenção do grau de excelência, arrancou, no início de Março, o Gabinete Técnico. Os associados estreantes no Gabinete Técnico foram os restaurantes O Manel, na Av. Serpa Pinto, e O Valentim, o Dom Peixe e o S. Valentim, na Rua Heróis de França. A par desta iniciativa, a Associação de Restaurantes de Matosinhos desenvolveu uma parceria com o Instituto de Vinhos do Douro e Porto (IVDP) no sentido de propor-cionar formação gratuita, nas suas instalações, ao nível de atendimento aos funcionários dos seus restaurantes associados. O objectivo é promover um maior conheci-mento do produto português de maior destaque inter-nacional – o Vinho do Porto. Já se encontram abertas as inscrições para a próxima formação “Vinhos do Porto”, na ARM, que será dia 18 de Abril, pelas 16horas.

A divulgação do Roteiro de Restaurantes de Matosinhos continua a ser oferecida junto dos postos de turismo e espaços hoteleiros e a Associação espera ver, nos meses de Abril e Maio, com a adição de um voucher de oferta de uma garrafa de Casal Garcia, mais clientes nas ruas de Matosinhos com este roteiro na mão.

ARMapoia sector da restauração

exemplo a pisa das uvas que foi a pé e em lagares tradicio-nais. Antes de ser engarra-fado teve um ligeiro estágio em madeira usada.

Notas de Prova:O Quinta da Alempassa apresenta-se límpido e de cor rubi. Aromas bem característicos dos vinhos dessa região, ou seja: complexos e maduros. Mas é na boca que real-mente mostra o que vale. Aí

revela-se muito equilibrado e quase nem se notam os seus 14% alc, acidez no ponto, taninos redondos e macios. Notas a frutos silvestres vermelhos bem maduros e alguma esteva. Belíssimo e longo final de boca. Acom-panha na perfeição pratos de carnes, principalmente os tradicionais da sua zona de origem.

Até breve com outro(s) vinho(s)

Quinta da Alempassa Douro Doc Reserva tinto 2008Castas: Vinhas velhas, Touriga Franca, Touriga Nacional…Volume Álc: 14%Pvp: 10€ aprox.Produtor: Soc. Agríc. Qta. AlampassaPaulo Figueiredo [email protected]

Foi aos 14 anos, na praia da Sacor, em Leça da Pal-meira, que Manuel Centeno descobriu o bodyboard e, desde então, a prancha faz parte integrante da sua vida. Múltiplas vezes campeão nacional e europeu e duas vezes campeão mundial da modalidade, o atleta iniciou a prática desportiva nas praias de Matosinhos e de Leça, que lhe serviram de alicerce para a poste-rior evolução, para a aquisição de estilo, linha de onda e fluidez, essenciais para o conjunto de manobras de bodyboard.

Quando começou a prática de bodyboard?Comecei em 1994, tinha 14 anos. Num daqueles dias de praia em família, em que os meus primos mais velhos, que nessas idades são sempre referências, já praticavam. Pedi o material deles e experimentei, na Praia da Sacor, em Leça da Palmeira.

As praias de Matosinhos e de Leça da Palmeira tiveram uma grande importância na sua prática da modalidade?Sim, claro. As praias de Matosinhos e de Leça da Palmeira complementam-se. Quando em Leça as ondulações estão grandes demais, a praia de Matosinhos está perfeita, e vice-versa. Portanto as duas praias completam-se e, para qualquer pessoa que esteja nos níveis iniciado e intermédio, são perfeitas para evoluir.

Acumulou e continua a acumular diversos prémios nacionais e internacionais. Quais diria serem as ca-racterísticas essenciais de um excelente bodyboarder?Qualquer bom atleta tem de adorar o que faz – esse é o pilar fundamental, pois é ele que vai fomentar a motiva-ção, vai impulsionar a evolução do atleta. Além disso, a dedicação, a persistência e aquilo que nós aqui no Porto, e não só, designamos por “raça”, que nos descreve e qua-lifica, são características psicológicas que ajudam.

Em Portugal existem as ondas necessárias que permi-

tam a evolução de um atleta e o exercício de um atleta já consagrado?Existem ondas, o problema é que em Portugal elas não têm muita consistência na sua qualidade. Na nossa costa entre Nazaré, Peniche e Ericeira, há praias com boas ondas, com ondas relativamente grandes. O problema é que estas on-das funcionam apenas entre Outubro e Março. Em locais como a Austrália, dão ondas o ano inteiro, com bastante consistência e qualidade. Esse é o nosso maior handicap.

O que é essencial para que os bodyboarders nacionais consigam entrar nos tours mundiais?Actualmente a prática é cada vez mais exigente. O nível está a aumentar de uma forma gigantesca, com ondas que tecnicamente são muito mais difíceis de surfar. Portanto, hoje é necessária uma planificação a cinco anos ou mais para se poder aspirar a uma qualificação para um tour mundial e para que os atletas estejam preparados para ele. Sem dúvida essa preparação passa por ir para fora, para zonas como a Austrália, o Havai, para treinar e para se adquirir horas dentro do mar nessas regiões.

Com a Escola “Linha de Onda” o que procura ensinar aos seus alunos?A escola é minha e de um amigo, o Nuno Azevedo, que é professor de educação física aqui em Matosinhos. Basi-camente o que pretendemos é formar bons atletas, é ter alunos nossos a subir a pódios.

Qual o futuro da sua carreira?Neste momento sou campeão nacional e europeu. No ano passado, estes eram dois dos meus objectivos. Mas também foi um ano difícil, porque estive a competir em ondas que tecnicamente eram muito exigentes e senti que precisava de surfar mais este tipo de ondas. Em 2012 quero fazer via-gens para ondas que potenciem mais uma aprendizagem nestas situações e, simultaneamente, realizar diversas competições.

“As praias de

Matosinhos e de Leça

da Palmeira são

perfeitas para

evoluir”

Manuel Centeno Na “Linha de Onda”

Rua Heróis de Françanº 211 3º Esq. T 4450-158 Matosinhos - PortugalT. +351 220 962 [email protected]/armatosinhos

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NOTÍCIAS MATOSINHOS | DESPORTO 24 NOTÍCIAS MATOSINHOS | GASTRONOMIA 254.4.2012 4.4.2012

Page 14: Noticias de Matosinhos nº 32

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Dom Peixe festeja com Trabalhadores do Comércio

No dia em que celebrou o primeiro aniversário, o Dom Peixe abriu as portas para uma noite de festa. Conhecido pela gastronomia do mar, o restaurante convidou os Trabalhadores de

Comércio a animarem o serão, tendo como ponto de partida o livro/CD que lançaram no final do ano passado para comemorarem os 30 anos de carreira. O último projecto dos Trabalhadores do Comércio chama-se

“Das turmêntas hà boua isperansa” e retrata o percurso da banda, com mais de 200 fotografias, dezenas de recortes de jornais e um resumo do que era a música nas décadas de 70, 80 e 90 em Portugal. No CD, os Trabalhadores do Comércio apresentam 9 temas originais e 3 versões de sucessos mais antigos, num registo que vai do Rock-Sinfónico à Morna, passando pelo Reggae e a Electrónica.A noite de 28 de Março comemorou um ano de vida de um dos restaurantes mais apetitosos de Matosinhos ao ritmo de uma das bandas mais carismáticas da música portuguesa.

Com o intuito de suscitar o interesse da comunidade na prática de um conjunto de actividades desenvolvidas para benefício da sociedade, a Junta de Freguesia de Leça da Palmeira e a Câmara Municipal de Matosinhos promoveram, no dia 16 de Março, uma “Acção de Sen-sibilização para o Voluntariado”.Matosinhos possui uma importante tradição neste exer-cício de cidadania graças às suas várias instituições de apoio social e associações de solidariedade, mas, em 2006, a Câmara Municipal sentiu a necessidade de criar um programa que colmatasse diversas lacunas sentidas no concelho. É nesta data que surge o projecto VEM

– Voluntariado em Matosinhos, que apresenta como primordial missão fomentar esta prática no Município, visando a sensibilização e mobilização de pessoas e recorrendo a parcerias com instituições locais.Foi para elucidar os cidadãos sobre o VEM que se reuniu, na Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, uma plateia etariamente ecléctica, interessada em ouvir as pala-vras esclarecedoras de Aurora Costa e de Paula Leite, respectivamente coordenadora e técnica do projecto.Defendendo o lema “dando de nós antes de pensar em nós”, o presidente da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira abriu o evento, salientando a cada vez maior importância do voluntariado, que definiu como “uma forma de estar na vida”. Após a introdução realizada pelo autarca de Leça da Palmeira, foi escutado o testemunho de uma praticante de “Voluntariado de Proximidade”, subprojecto do VEM destinado a combater o isolamento social e a solidão dos dependentes e/ou dos idosos do concelho.Graças à posterior elucidação, apresentada pelos ele-mentos da equipa técnica do VEM, a audiência, com-posta essencialmente por pessoas com experiência de voluntariado e por jovens que desejam entregar-se à sua prática, ficou a conhecer melhor o projecto. Assente numa forma comportamental solidária, a prá-tica do voluntariado é exercida por todos os que se colo-cam ao serviço de indivíduos, famílias e comunidades sem esperar nada em troca; por quem reconhece que o Homem é um ser social, que necessariamente interage e interdepende do Outro.

O Notícias Matosinhos, visando reiterar a refle-xão sobre tão premente tema, propôs a realiza-ção de uma nova reu-nião, em data a agendar.

Nota

O tema “Comunicação So-cial em Matosinhos – Qual o seu Passado e Futuro?” con-gregou, no dia 3 de Março na Junta de Freguesia da cidade, diversos palestrantes e cida-dãos interessados em anali-sar e debater o que sucedeu e sucede com os diversos meios comunicacionais do concelho e a importância do jornalismo regional. Nos últimos anos foram sucessivamente desapare-cendo no município os vá-rios jornais e rádios que se tinham lançado na missão de fazer a cobertura jorna-lística dos acontecimentos locais. O Comércio de Leixões, o Matosinhos Hoje, a Rádio Atlântico e a Rádio Clube de Matosinhos, um a um foram sucumbindo às fal-tas de apoio das instituições públicas e privadas. Foi com o objectivo de pen-sar sobre os motivos destes descaminhos que o Clube PAL – Pensar e Agir Local organizou o debate que reu-niu à mesa da conferência Joaquim Queirós, ex-direc-tor do Matosinhos Hoje; José Carlos Oliveira, ex-colabo-rador do Rádio Clube de Matosinhos; Sara Oliveira, jornalista da SIC; e António Parada, Presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos.Nas palavras de Joaquim Queirós, apesar de toda a

Sensibilizarpara o Voluntariado

Os Destinos Atribulados da Comunicação Social em Matosinhos

“comunicação social portu-guesa estar mal”, em termos locais “é necessário fazer ressurgir uma rádio e aju-dar os jornais existentes”. Afirmando a relevância da rádio local e da sua função informativa, José Carlos Oliveira deu uma notícia em primeira-mão, a de que três cidadãs da urbe “se dis-ponibilizaram para trazer novamente uma rádio para o concelho”. Declarando “a necessidade da imprensa regional ser sempre contra-

-poder”, Sara Oliveira con-clui ser esse um dos moti-vos da dificuldade da sua sobrevivência. A solução proposta pela jornalista da SIC para harmonizar estes dois factores passa por insti-tuir como responsabilidade

“dos nossos líderes ajudar a incentivar os órgãos de co-municação social locais”. António Parada salientou a importância do jornalis-mo de proximidade e da imprescindibilidade da in-dependência da informação. O debate, que contou com a participação de diversos ci-dadãos de Matosinhos, ser-viu para demonstrar que, se o passado da comunicação social do concelho foi dinâ-mico, é vontade de muitos que essa energia e activida-de se mantenham e mesmo aumentem no futuro.

Nos últimos anos foram desapare-cendo os vários meios que se tinham lançado na missão de fazer a cobertura jornalística dos aconteci-mentos

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NOTÍCIAS MATOSINHOS | EVENTOS NOTÍCIAS MATOSINHOS | FIGURAS26 274.4.2012 4.4.2012

Page 15: Noticias de Matosinhos nº 32

NOTÍCIAS MATOSINHOS | EDITAIS 294.4.2012

Page 16: Noticias de Matosinhos nº 32

Faz tempo que não tenho tempo…

Estava a sentir-me muito bem, diria mesmo nas nuvens, mas de repente um som traz-me de novo para a realidade. Era o meu despertador.Não sei se foi por ter sido comprado nos chineses, mas o barulho irrita-me profundamente, pode até ser coincidência mas,

“made in china” provoca-me alguma alergia…mas tam-bém poderá ser do sono…Os primeiros minutos são de negação da realidade, mas após uma curta refle-xão (ou seja, lembro-me que o meu patrão me espera) levanto-me que nem uma flecha…Aí sofro novo choque, sou confrontado com a minha triste figura no espelho,

mas como tenho pouco tempo, tenho sempre uma boa desculpa para me esquivar.Corro, mais uma vez, tam-bém para o metro, onde me deparo afinal com pesso-as que também não têm tempo…O dia corre naturalmente, e agora desculpem, não tenho tempo para entrar em detalhes.Chega o final do dia e os meus olhos já não têm tempo para se manterem abertos por muito mais tempo, por isso vejo as últimas notícias do dia já a desfalecer, com os meus olhos já “pouco abertos”… E como precisava de ter os meus olhos bem abertos…Ai…se eu tivesse tempo…

CartoonRicardo Campus

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314.4.2012NOTÍCIAS MATOSINHOS | EDITAIS 304.4.2012

Page 17: Noticias de Matosinhos nº 32

À entrada de Caminha, junto à foz, de frente para o Rio Minho, entre montanhas e campos salgados pela brisa Atlântica, o Hotel Porta do Sol recebe-o com a hospitalidade das gentes minhotas.

Este hotel de 4 Estrelas superior, já considerado um dos melhores hotéis do Minho litoral, encontra-se situado em pleno rio Minho, entre a montanha

e a foz do rio, com vista deslumbrante sobre o rio e o mar.

Caminha