Jornal do Centro - Ed593

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 18 pág. 24 pág. 28 pág. 30 pág. 33 pág. 35 pág. 37 pág. 39 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 25 a 31 de julho de 2013 Ano 12 N.º 593 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. “O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, já não surpreendem pelo facto de se realizarem «aqui»” Novo acordo ortográfico Nesta edição Micaela Costa Agora com novo preço x xx João Luís Oliva, articulista do Jornal do Centro João Luís Oliva, articulista do Jornal do Centro | págs. 8 e 9 Publicidade especial Dia dos Avós Passe um dia diferente com os seus avós Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucio- nal, para comemorar o Dia dos Avós. O evento de- corre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe. Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Tercei- ra Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua. A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (pre- sidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo. O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26,é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família. O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer fi- lhos, quer netos. É costume ouvir dizer que os avós são os segundos pais, e em muitos casos, os primeiros. São muitas vezes os avós, quem transmite os valo- res, os conhecimentos e a ternura que fica para sem- pre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família. São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmen- te estão ali, sempre. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex- periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria na- tureza, com a vida. Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar his- tórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz. Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe O teatro, o cinema, um concerto, ou um sim- ples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de progra- mas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles. No distrito de Viseu, são desenvolvidas várias atividades para assinalar a data: A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Sil- va comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias. Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criati- va, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha al- deia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós. Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lis- boa. A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao San- tuário do Cristo Rei. Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão. Sátãoleva avós ao Cristo Rei Jornal do Centro 16 Suplemento ESPROSER

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pág. 08

pág. 10

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pág. 28

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pág. 37

pág. 39

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário25 a 31 de julho de 2013Ano 12

N.º 593

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

“O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, já não surpreendem pelo facto de se realizarem «aqui»”

Novo acordo ortográficoNesta edição

Mic

aela

Cos

ta

Agora com

novo preçoxxx

∑ João Luís Oliva, articulista do Jornal do CentroJoão Luís Oliva, articulista do Jornal do Centro | págs. 8 e 9

Pub

licid

ade

especial Dia dos Avós

Passe um dia diferente com os seus avós

Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucio-nal, para comemorar o Dia dos Avós. O evento de-corre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe.

Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Tercei-ra Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua.

A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço

Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (pre-sidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família.

O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer fi-lhos, quer netos.

É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

pais, e em muitos casos, os primeiros.São muitas vezes os avós, quem transmite os valo-

res, os conhecimentos e a ternura que fica para sem-pre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família.

São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmen-te estão ali, sempre.

Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria na-tureza, com a vida.

Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar his-tórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe

O teatro, o cinema, um concerto, ou um sim-ples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de progra-mas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles.

No distrito de Viseu,são desenvolvidasvárias atividadespara assinalar a data:

A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Sil-va comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias.

Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criati-va, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha al-deia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós.

Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lis-boa.

A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao San-tuário do Cristo Rei.

Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão.

Sátão leva avós ao Cristo Rei

Jornal do Centro25 | julho | 201316

Textos: Micaela CostaGrafismo: Tânia Ferreira

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SuplementoESPROSER

praçapública

palavrasdeles

r Ultimamente, temos assistido a uma coisa curiosa: Andam a visitar as nossas obras, andam nos nossos eventos, parece que são deles, colam-se ao nosso trabalho e até já parece que são os pri-meiros defensores do dr. Fernando Ruas”

Guilherme AlmeidaVereador da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício de

Almeida Henriques

r Atiramos muitas pedras ao Terreiro do Paço, mas temos que perceber que também há terreiros do paço regionais”

Jorge LoureiroDiretor do CERV, em conferência de imprensa

rSe Engrácia Carrilho deixou a sua herança ao Partido Socialista ou ao CDS-PP, encon-trou herdeiros muito fracos”

Fernando RuasPresidente da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício

de Almeida Henriques

rProgramaram o Fes-tival de Jazz de Viseu em cima do Tom de Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tem-po estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressamente proposi-tada; agora lá que, à luz de anteriores polémicas, tal parece, não há qual-quer dúvida…

João Luís OlivaCrítico de arte, em artigo de opinião do Jornal do Centro

O a r r e n d a m e n t o n ã o habitacional na revisão do re-gime do arrendamento urbano, tem um impacto devastador na restauração e na hotelaria com consequencias a prazo, superior ao impacto do aumento do iva de 13% para 23%

No que diz respeito ao mercado não habitacional, em especial na vertente “estabelecimento aberto

ao público”, o novo regime do ar-rendamento urbano tem promo-vido o desinvestimento, o encer-ramento dos estabelecimentos e a consequente perda de postos de trabalho.

Veja-se a forma irrefletida como foi tratado o regime do arrenda-mento não habitacional que, como sabemos, comporta uma realidade absolutamente distinta do arrenda-

mento habitacional e que, por essa razão, deveria ter um tratamento objetivamente diferente. Nesta re-visão, claramente o legislador não teve em consideração que, no ar-rendamento não habitacional (es-tabelecimentos abertos ao público), coexiste o direito de propriedade de raiz do local (do senhorio) e o di-reito de propriedade do próprio ne-gócio (do arrendatário do imóvel).

É sabido que as mais marcantes características destes setores, são a estabilidade e a inamovibilidade, fa-tores desprezados por esta revisão, quer pela liberalização das rendas quer pela liberalização dos despe-jos. Os investimentos realizados nestes setores, como facilmente se compreende, não são passíveis de deslocalização e, em caso de en-cerramento, outras questões terão

Restauração e hotelaria, sectores injustiçados e perseguidos

Quase que nem me atrevo a escrever sobre o que se pas-sou a nível nacional nestes úl-timos dias. O assunto está gas-to. Centenas de comentadores com ar esperto e iluminado, por tudo quanto é meio de co-municação social têm disseca-do os cadáveres, digo, a maté-ria em questão…

Em boa verdade, Sócrates fez muita asneira. Coelho apresen-tou-se-lhe como alternativa, em coligação com Portas. Ga-nhou o poder. Dois anos de-pois, das mirabolantes pro-messas nada se viu, tudo se agravou e quase tudo ruiu. Se os portugueses estavam mal servidos de asno, pior ficaram de jerico.

Entretanto, Portas, subma-rino de profundidade, agitou as turvas águas como só ele sabe fazer, num dia disse não, no outro sim e ficou-se por um talvez se… vice-primeiro mi-nistro fosse nomeado.

Cavaco, ex-primeiro minis-tro laranja propôs a salvação

nacional juntando ao inepto duo o partido que os portu-gueses excluíram nas urnas. Seguro, com o seu private club muito minado por putativos candidatos ao seu lugar e his-tóricos opiniosos, lá foi fazer umas reuniõezinhas com os P&P (Passos e Portas) para se chegar à conclusão que nada havia a concluir que já não es-tivesse concluído: embarcar no Titanic depois do choque com o iceberg não era “salvação”, só mais lastro para o naufrágio.

Cavaco, cada vez mais eso-térico, foi fazer turismo inspi-ratório do tipo tibetano-ecoló-gico-ornitológico. E se havia, em jeito de ameaça, proposto eleições para Julho de 2014, go-rados os intentos, veio falar ao país durante 13 minutos para dizer as habituais vulgarida-des temperadas com um “já não há eleições antecipadas”. Certo. Só haveria se fosse com a tríade, a duo não é necessá-rio. Eles são bestiais e já pro-varam ser capazes de levar o

submarino a naufragar. Além disso, um toca bombo, outro ferrinhos e o presidente fica com o foguetório.

Enquanto se servem copos de cicuta gelada que ninguém bebe – o tempo dos Sforza de Milão era outro – o povo paga e bufa (para dentro), proferin-do em estóica surdina: “podia ser pior…!”

Pelas autarquias joga-se tudo. O PS, a CDU e o BE têm esperança que o vírus nacional lhes traga os votos dos desen-ganados, desencantados e até zangados.

A s ú l t i m a s s o n d a g e n s publicadas sobre Viseu dizem-nos que Almeida Henriques vai com 48,8%, José Junqueiro com 38,8%, o CDS/PP com 5,1%, o BE com 2 ,4% e a CDU com 2,2%. Uma surpresa porque a esta hora, Almeida Henriques já deveria ter convencido os indecisos, que são 20,4% e, no mínimo, já deveria estar numa confortável pole position com

68% de intenções de voto. O que pode significar, entre ou-tras coisas, que o apoio de Ruas é uma maldição, que o povo não esquece o mal que o gover-no PSD lhes fez e que, mesmo com o apoio do establishment local, presidente, vereadores, regedores, directores de ins-tituições subsídio-dependen-tes, inaugurações em barda et all, os indecisos aguardam nos flancos para se juntarem à co-luna mais credível…

Viseu está um Coliseu… Jazz, Jardins Efémeros, Curtas, Ci-nema às estrelas: um Festim!

Quanto a Tondela, com o Tom de Festa, já ninguém es-tranha, pois é assim todo o ano.

Na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, a festa é outra e com orquestra de câmara ho-landesa a tocar música do Bar-roco, naqueles magníficos jar-dins estilo inglês e francês do século XVIII, com muito mais que discreta competência.

Os Sforza de São Bento...

Jorge LoureiroPresidente da AHRESP – Viseu

Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Opinião

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Qual o simbolismo que confereao Dia dos Avós (26 de julho)?

Importa-se de

responder?

Para mim é um dia carregado de simbolismo, eles são os nossos segundos pais. Faz por isso todo o sentido comemorar a data. Sempre recordei esse dia com os meus filhos.

O dia propriamente não possui qualquer simbolismo. En-tendo que as pessoas mais idosas merecem todo o respeito, carinho e disponibilidade. Todos os dias são dias dos nossos avós.

Já sou avó, embora há pouco tempo. Ele está longe e quan-do chega são dias muito especiais. Para mim é sempre Dia dos Avós.

Dia da verdadeira existência da vida. A eles devemos o que somos, com muita história pelo meio.

Olga AlmeidaBancária

Ricardo CoimbraEngenheiro

Irene XavierProfessora

Rui MaurícioProfessor

estrelas

João CottaPresidente do CERV

Estes dois amantes de cinema trazem para Viseu um projeto in-ternacional de divulgação de cur-tas metragens, que até agora mar-cou presença em cidades como Lis-boa, Barcelona, Londres, etc.

José RuiDiretor artístico da ACERT

números

600Número de atletas espe-

rados no Encontro Nacio-nal de Escolas de Ciclismo de Mangualde.

Carlos Salvador e Luís BeloOrganizadores das

Short Cutz de Viseu

Tom de Festa excedeu-se baten-do record de bilheteira dos últi-mos 23 anos, no dia do fecho des-ta edição.

O CERV arranca em grande com o seu plano de atividades, ao de-safiar candidatos às câmaras para estarem atentos às novas dinâmi-cas de atractividade urbana.

de ser equacionadas e ter resposta, como é o caso do pagamento das indemni-zações aos trabalhadores que perdem o seu posto de trabalho, por força de dis-posições relativas ao ar-rendamento do imóvel e que determinam o despejo do arrendatário e o fecho do estabelecimento.

Esta Lei veio assim criar novos constrangimentos às empresas economi-camente saudáveis, bem como agravar a situação das que já se encontravam numa situação de fragili-dade que, infelizmente, constituem a maioria, em contraciclo com os objeti-vos que se pretendem atin-

gir e em contradição com as políticas do Governo que, por um lado procla-ma a importância do apoio às PME s e por outro, atra-vés da ameaça constante do despejo fácil, conde-na muitas destas empre-sas ao desinvestimento e mesmo ao encerramento, tendo como consequência

a recessão da nossa econo-mia, a perda de postos de trabalho e o fracasso em termos de reabilitação ur-bana.

Também quanto à invo-cação do argumento da ne-cessidade de conservação e da reabilitação dos imó-veis, refira-se, em abono dos empresários da Res-

tauração e da Hotelaria que essa é uma falsa ques-tão, uma vez que, ao longo do tempo, e fruto das su-cessivas exigências dos re-gimes jurídicos, quer em especial do Alojamento, mas também da Restau-ração e Bebidas, os espa-ços têm vindo a ser objeto de obras, normalmente a

cargo dos arrendatários.Este regime deve ser, de

imediato, objeto de alte-ração, separando-se estas duas realidades, criando-se um regime próprio que atenda às especificidades destes setores, mais justo e adequado, a bem do nos-so Turismo e da nossa eco-nomia.

mas resilientes

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Quando a Escola Profissional de Ser-nancelhe (ESPROSER) abriu as suas portas no ano letivo de 1993/1994 eu andava ainda no 8º ano e no ano ante-rior tinha sido aluna nas suas instala-ções como C+S, essa transição foi im-portante e memorável, pois a diferen-ça nas condições físicas era notória, e a modernidade a que tivemos direito na nova C+S era altamente motivante. Quando a ESPROSER abriu as portas já não era aquela escola velhinha e gasta que tinha deixado para trás, afirman-

do-se com muito custo como alternati-va e janela de oportunidade para quem por dificuldades económicas ou outro tipo de limitação, se encontrava entre a espada e a parede, e o abandono es-colar era via de sentido único. O meu sonho académico de ser Geóloga pela Universidade de Coimbra, afastou-me por completo da opção de ingressar na ESPROSER, mas ditaria o destino que voltaria àquelas salas e corredores que tão bem conhecia. Com a abertura do Curso Técnico de Auxiliar de Saú-

de, apareceram novas disciplinas para as quais eram necessários formadores de outras áreas, e nessa necessidade enquadrou-se o meu currículo. Já era detentora de experiência na formação de adultos, mas ver-me em frente a tur-mas de 20 adolescentes foi uma expe-riência nova e que no início me deixou muito apreensiva, não porque achasse que não era capaz, mas sim pelo facto de exigirem muita atenção, e um cuida-do especial para que a motivação fosse linha crescente, evitando a desistência

ESPROSER - um ano em vinte

1. Debate: A candidatura de Hélder Amaral, na última semana, abriu a porta à realização de um de-bate. Quase de imediato as candida-turas de José Junqueiro e Manuela Antunes aceitaram o desafio. Em qualquer campanha, a ideia de que um debate será o “tira-teimas” final, a linha que separa os bons –sempre os nossos- dos maus –sempre os adver-sários- está algures entre o wishful thinking e a falsa ingenuidade, mas tal facto em nada diminui a necessi-dade que esta cidade tem de ser de-batida. Se não vejamos, por um lado é praticamente impossível fazer uma

avaliação séria de cada candidatura partindo das suas acções de rua; dos sound bites, repetidos ad infinitum e sem qualquer critério pelos com-pagnons de route de sempre; ou mui-to menos através da previsibilidade formatada dos “encontros temáticos” a que apenas assistem os “ultras” e, ocasionalmente, um ou outro curio-so. O verdadeiro pensamento polí-tico exige mais, exige muito mais. Exige leitura, exige tempo para ser estruturado, exige contraditório para o credibilizar. Com a calendarização de um debate fica a ganhar não só o eleitor, a cidade e a democracia, mas

também ficam a ganhar os candida-tos que assim têm a oportunidade de frente a frente apresentar aquilo que os distingue.

Ps: Dos candidatos, espero que re-cordem as palavras de Roger Scruton e se apresentem ao debate a “achar que o outro está enganado, em vez de ter a certeza que o outro está errado.”

2. Arte: Alguns estudiosos e bas-tantes curiosos defendem que a ver-dadeira arte apenas foi produzida em breves períodos históricos, por exemplo: na Grécia antiga, no Renas-cimento, ou até ao século XIX. Para

Da Tribuna

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

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Redação([email protected])

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Micaela Costa, (estagiária) [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

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Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Finalmente vimos fumo…negro. Foram três semanas em que nada mudou para que tudo continue na mesma. A ideia de salvação ou, preferivelmente, inclusão nacio-nal não vingou. Tendo em conta o nosso sistema partidário tal so-lução só poderia ser concretizá-vel com uma atitude interventiva e pressionante do Presidente da República.

Porém, Cavaco Silva preferiu tentar colocar a responsabilida-de do lado dos partidos, tentando, simultaneamente, ser o oráculo visionário de uma solução provi-dencial e demitir-se de qualquer responsabilidade num eventual falhanço.

As negociações falharam. Claro está que para esta negociação, ou qualquer outra, resultar é necessá-

rio que todas as partes envolvidas estejam interessadas em atingir

algum acordo. Para tal exige-se uma cultura de diálogo e predispo-sição a cedências que levem as dis-cussões a bom porto. Mas os pres-supostos em cima da mesa eram, somente, a preocupação de salvar a face. Imperou o partidarismo em detrimento do país. Era, infeliz-mente, expectável. Nas próximas

Enquanto o pau vai e vem visitam-se as cagarras

Opinião

Opinião

Quando Assunção Esteves respon-deu, de forma irreflectida, à atitude muito reflectida do grupo de mani-festantes no Parlamento, as redes e os cafés uniram-se na condenação às suas palavras, condenação essa que rapidamente se tornou uma pu-nição à sua condição de mulher.

Assunção Esteves viu o seu nome associado a humilhação do foro se-xual, aludindo a punições sexuais que esta deveria ter pelas suas pala-

vras (violência sexual, especialmen-te por via oral e anal), a humilhações verbais sobre as suas “teias” e o ser “mal-amada” e à exposição pública de uma foto sua em bikini.

Por seu turno, a agora Ministra das Finanças, Maria Luísa Albu-querque, envolvida na polémicados swap, para além de envolvida num polémico governo, foi, segundo o Diário de Notícias, “mostrar o bu-raco”. Estava feita, assim, a punição

pública da Ministra.Também Angela Merkel viu uma

alegada foto sua nua, na praia, a ser-vir como punição pública da sua actuação como chanceler alemã e política europeia, tendo sido escru-tinado o seu corpo e discutido os “castigos” que a senhora merecia, grande parte deles envolvendo pénis e objectos em forma de falo.

Estas três pessoas estão sujeitas, naturalmente, à condenação da sua

O buraco da desigualdade preenchido pela violência

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

David Santiago

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

ou desapego. O início foi muito exigente, marcado pelo estigma da associação do en-sino profissionalizante à pouca capacidade dos formandos, numa opinião generaliza-da, só ingressava numa escola profissional quem não era bom aluno ou não era queri-do em mais lado nenhum…mas orgulho-me de não me ditar por velhos preconceitos, e se por um lado é verdade que os formandos são todos carregados de muitas dificuldades (formação de base, ambiente familiar, dúvi-das relativamente ao futuro), também são projetos inacabados e de mente aberta, que

se tocada da forma correta poderá ditar per-cursos promissores e tornarem-se adultos pelas mãos de quem os forma. Foi um ano em que começo a pensar que aprendi mais do que ensinei; aprendi a ser muito mais to-lerante, a nunca julgar nenhum deles pelo que se observa à primeira vista, e que nunca podemos deixar os problemas que eles tra-zem todos os dias para a escola do lado de fora! A ESPROSER é cada vez mais uma re-ferência de ensino e formação no concelho de Sernancelhe e limítrofes, mas como qual-quer projeto em construção, ainda não é per-

feita, mas afirmo com toda a certeza que os formadores, os funcionários e a direção tra-balham todos os dias, todas as horas e todos os minutos para que assim seja um dia. Os nossos formandos são sem dúvida filhos de todos nós, rimos e choramos com eles, por vezes mais do que os próprios pais, vemos neles potencialidades e oportunidades que outros desvalorizam, mas se o não fizésse-mos ou o não conseguíssemos fazer, não for-mávamos, impúnhamos simplesmente ma-téria. Se findado este ano, e com a esperança de por lá continuar, tivesse que referir algo

que nos falta nesse caminho agreste para a perfeição, eu diria que era um gabinete de apoio Psicológico, com um técnico espe-cializado para que os formandos pudessem libertar alguma da tensão e revolta que tra-zem de casa, traçando apoiados novas posi-ções perante a vida e o futuro profissional que infelizmente não conseguem sozinhos, na impossibilidade de tal, cabe-nos a nós (formadores, funcionários e elementos da direção) juntar ao trabalho diário, o papel de amigos, ouvintes, confidentes e pacifica-dores das relações interpessoais.

estes cavalheiros o restante material – se-gundo eles, inútil- não poderá ser conside-rado arte no seu sentido mais nobre, sendo que toda a contemporaneidade dificilmen-te ultrapassa a pura fraude. De acordo com este ponto de vista, a arte contemporânea dificilmente entrará na grande linha evo-lutiva que constitui a história da arte. No pólo oposto, há quem afirme que só é dig-na de atenção a arte actual, ou seja, a arte pós-warholiana ou pós-conceptual, sendo tudo o resto obsoleto ou entendido como um freak show com o seu lugar reservado no cemitério das aberrações. Encontra-mos, portanto, a vanguarda contra a tra-dição, o novo contra o velho, o moderno

contra o académico. O meu entendimen-to sobre arte tem por base um relativismo moderado: sem tradição dificilmente ha-verá modernidade e cada obra deve ser julgada de acordo com o momento histó-rico em que foi produzida. Já a realidade mostra que vivemos numa época de plu-ralismo, com um forte pendor de cruza-mento de ideias e interdependência pro-dutiva. No mundo das artes nada sobrevi-ve fora desta “rede”. Serve esta introdução para recordar tanto aos (e)leitores como aos candidatos autárquicos que, ao nível municipal, a responsabilidade de apoiar, desenvolver e potenciar esta rede de re-lações de cooperação entre os diversos

agentes cabe em larga medida à autarquia. Temos o museu Grão-Vasco, temos o Te-atro Viriato, temos os Jardins Efémeros, o museu do Quartzo- com algum potencial-, o Jazz – graças ao Lugar do Capitão e à Gi-rassol Azul- está a crescer, temos o público local. Falta um museu de arte contemporâ-nea, um festival de Verão distintivo, diver-sificar a oferta - em termos qualitativos- e criar a dita rede de forma a dar alguma coerência e continuidade à programação. Só assim poderemos desenvolver novos padrões de “consumo” cultural, atraire-mos novos públicos e afirmaremos Viseu como uma urbe moderna. Este Verão, es-pero que o (a) próximo(a) vereador(a) da

cultura me acompanhe num longo passeio estival por “Art Worlds” de Howard Be-cker: “O trabalho artístico, tal como qual-quer actividade humana, envolve a acção conjunta de um largo, por vezes muito lar-go, número de pessoas. É através desta co-operação que a obra de arte […] continua a existir […].As formas de cooperação podem ser efémeras, mas frequentemente tornam-se mais ou menos regulares gerando pa-drões de acção colectiva a que poderemos chamar um mundo da arte“.

Miguel Fernandespolitólogo

[email protected]

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

eleições, dentro de um ou dois anos, o povo português terá a oportunidade de sinalizar aquilo que até agora se veri-ficou. Doravante seremos governados por um governo em que ninguém, Pre-sidente incluído, acredita. Seja a versão remodelada ou a anterior, será um go-verno, nas palavras de

Cavaco e Gaspar, que não garante a “estabilidade e credibilidade” necessá-rias. As avaliações da troika e as deci-

sões do Tribunal Constitucional irão ditar mais ou menos instabilidade po-lítica e social. A única certeza é que a “imprevisibilidade” será uma cons-tante mesmo depois do fim do progra-ma de assistência. Mas Cavaco nunca falha e como ele sublinha “é essencial salvaguardar o espírito de abertura ao compromisso manifestado ao longo de uma semana de negociações interpar-tidárias” até porque “foram lançadas

sementes [que] irão frutificar no fu-turo”. Terá o Presidente descoberto o caminho? Sim, descobriu aquilo que o português mais apartidário e iletrado já percebeu há muito – que o segundo resgate a caminho exigirá, novamente, um amplo acordo dos partidos do arco da governação.

O nosso país político viveu semanas insanas. Na decisiva semana de nego-ciações

Cavaco refugiou-se, por entre ca-garras, em discursos vagos e reple-tos de metáforasxonés. Foi um quadro elucidativo do personagem. Nos pró-ximos dias importantes decisões te-rão de ser tomadas e Paulo Portas terá de, com solene urgência, escolher um gabinete de acordo com a sua gravi-tas política. Sugiro a Casa da Criança ou descentralizar para o Portugal dos Pequeninos.

actuação em praça pública. Todas três, em graus e matérias diferentes, desagra-dam a muita gente, são responsáveis pelo caos político que atravessamos na Europa e no Mundo e legitimam, em graus e ma-térias diferentes, um sistema destrutivo que não serve a ninguém.

Facto é que todas são mulheres – e foi nessa condição que foram ridiculariza-das em praça pública. A punição e a ridi-cularização surgem ambas associadas a violência sexual, perpetrada

por mulheres e homens que usam a vio-lência sexual na linguagem para conde-nar a actuação destas três políticas.

Sabemos que o insulto a homens se de-fine pelo feminino, seja pela parecença (pareces uma menina), pela invocação do lado materno (filho da p***) e pela desvalorização da acção como sendo própria do sexo feminino e, portanto, inferior (falta de tomates, eunucos, fal-ta de uma

liderança viril). Sabemos que a própria

violência sexual quando usada contra homens se baseia no questionamento da sua masculinidade (logo, por opo-sição, à existência de feminilidade), re-correndo ao sexo anal para o expressar. E, sabemos, que, para as mulheres, este discurso extrema-se de uma forma ver-dadeiramente abominável.

O uso da violência sexual, verbalizada ou não, é o extremo da violência contra as mulheres. São despojadas do seu ser – não são pessoas, são corpos, são buracos,

prestes a serem preenchidos, destruídos e reduzidos à sua desprezível existência por via do falo e objectos que se lhe

assemelhem.As mulheres na vida política e na vida

pública em geral encontram um am-biente hostil à sua participação na es-fera pública e é horrorosamente fre-quente o discurso de ódio por via da violência sexual. É violência de género. Afinal, a presença de violência é a au-sência de igualdade.

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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abertura

O coletivo Gira Sol Azul invadiu o comboio turístico de Viseu na quinta-feira ao fim da tarde e envolveu os passageiros no universo da músi-ca jazz. Os músicos tocavam numa carruagem e os turistas acompanhavam nas outras duas, graças à dinâmica da responsável pela Associa-ção Gira Sol Azul, Ana Bento ao disponibilizar instrumentos de fácil manipulação que qual-quer um pôde tocar e experimentar, pais, filhos, portugueses, estrangeiros... “Isto é o jazz!” Ento-ava a Ana Bento, animando a viagem de fim de tarde que deu o pontapé de saída ao 1º Festival de Jazz de Viseu.

Quem estava mais identificada com o passeio de comboio turístico para conhecer Viseu, ad-mitiu que a ideia podia até ser replicada diaria-mente durante o verão.

Foi também este o espírito com que surgiu o Festival de Jazz de Viseu, produzido pela As-sociação Gira Sol Azul, não para proporcionar diferentes concertos de jazz isolados durante quatro dias, mas envolver a cidade num género musical a que não está muito habituada.

“É, assim, que temos a certeza de realizar um acontecimento que tem âncora numa prática já consolidada e alargar o campo de ouvintes e espetadores de um género musical para (ou)ver, contribuindo para uma cidade que deve ser isso mesmo: um lugar de cidadania e liberdade, onde se pode escolher e optar entre tudo o que nos é mostrado”, explicava o editorial de apre-sentação do evento.

A oferta foi variada: concertos, workshop de jazz e ações criativas. As melodias foram surgin-do de vários pontos da cidade quase de manhã à noite em que o grande objetivo era juntar pes-soas e interagirem à volta de uma banda de jazz. Nem sempre isso foi possível, os concertos con-corridos do Parque Aquilino Ribeiro beneficia-ram de um público interessado no género mu-sical e de uma exposição de artesanato urbano a decorrer em simultâneo que se encaixava na perfeição no espirito do festival. Os espanhóis Xaranga Barafunda, atuaram ao final da tarde de sexta-feira numa rua que, sendo Formosa, es-vazia com o fecho do comércio às 19h00 e res-taram poucos assistentes para o espetáculo. Já os SinfoDixie apresentaram-se com um proje-to próprio para animar qualquer tipo de evento, beneficiaram de uma dinâmica que as manhãs de sábado recuperaram na mesma Rua Formosa e sentaram público nas esplanadas que apreciou ouvir sonoridades de jazz tradicional enquanto saboreava o café da manhã.

Os quatro dias de Festival foram como que uma experiência para perceber se Viseu pode no futuro vir a ter um grande festival de jazz. Ana Bento acredita que o caminho está aberto e o espetáculo do novo projeto “Ensemble” que encerrou o evento confirmou que a própria re-gião está a trabalhar para fazer evoluir esta ma-nifestação artístico-musical originária dos Es-tados Unidos.

Emília Amaral

Até jazz...Viseu∑ 1º Festival de Jazz levou a cidade a tomar partido de um

género musical a que não está habituada e garantiu segunda edição

∑ Shaker, reco-reco e flauta de punk. Chamam-se SACA SONS. São peque-nos instrumentos de levar ao pescoço que “qualquer pessoa pode usar, brincar a sacar os sons produzindo melodias” e foram criados por Ana Seia de Matos, especificamente para o 1º Festival de Jazz de Viseu, que decorreu entre 18 e 21 des-te mês.

“Fizeram-me o convite para criar uma peça à volta do festival um pouco diferen-te das habituais. Inicialmente pensei que era engraçado ter instrumentos à venda, só que tinham de ser relativamente sim-ples de eu construir e depois replicar já que tudo é feito artesanalmente. Veio a ideia de serem portáteis e de poderem ser pendurados ao pescoço”, adianta a criadora, natural de Viseu.

Com “palhinhas” pretas, fita adesiva e fio preto nascem os SACA SONS, instru-mentos originais em duas cores, preto e vermelho: “Como já tinha uma ideia do que ia fazer, fiz uma pesquisa e fui à pro-cura de material que desse para fazer os três instrumentos. A produção não ficou

cara, são mais as horas de trabalho”.Em exclusivo para o Festival de Jaz de

Viseu, Ana Seia de Matos construiu 60 instrumentos (20 de cada), vendidos no festival a 3,5 euros. “Estes em particular não existiam se não se realizasse o fes-tival”, reforça a criadora considerando que “um festival traz sempre outras coi-sas por arrasto, outros criativos e novas ideias a nascer”. EA

SACA SONS: Criatividade no festival∑ “Ensemble” é o nome

da nova banda constituí-da por músicos de Viseu, apresentada no encerra-mento do 1º Festival de Jazz de Viseu. O projeto, da au-toria do pianista e compo-sitor Joaquim Rodrigues, saiu finalmente da gaveta para projetar à cidade um reportório que em lingua-gem técnica se denomina “jazz com mais fusão” vi-rado para o funk.

Partiu dele (Joaquim Rodrigues) uma vonta-de de ter um projeto de qualidade e com força em Viseu”, adianta Ana Bento, responsável pelo festival.

O “Ensemble” é compos-to por 11 elementos com a particularidade de haver sempre duas presenças convidadas. “É um proje-to de amigos com prazer

de fazer música. Somos um núcleo de Viseu com uma relação de anos que ultra-passa a questão musical e só o facto de termos a opor-tunidade de estarmos jun-tos é mais do que dar um concerto”.

Depois da estreia no Parque Aquilino Ribeiro o “Ensemble” conta con-tinuar a participar em en-contros e em espaços que apostam numa programa-ção alternativa. EA

“Ensemble”: Nova banda

∑ A barriga da caravana Pe-nelope - o Teatro Mais Peque-no do Mundo - transformou-se em cineteatro e levou ao parque da cidade centenas de crianças para assistirem ao pequeno filme de animação musicado ao vivo pela dupla Bruno Pin-to (baixo) e Leonardo Outeiro (guitarra).

O Teatro Mais pequeno do Mundo, da responsabilidade do encenador Graeme Pulleyn esteve estacionado no Parque Aquilino Ribeiro no dia da abertura do Festival de Jazz. EA

Filme musicado

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FESTIVAIS DE MÚSICA | ABERTURA

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ACERT ∑ 23.ª Edição manteve a matriz multicultural que caracteriza o festival desde os anos 90

Tom de Festa “aqueceu” TondelaOs sons quentes do Bra-

sil e de Cabo Verde, dos Camarões e de Espanha, da Irlanda e de Portugal es-tiveram, uma vez mais, em Tondela pela mão da Asso-ciação Cultural e Recrea-tiva de Tondela (ACERT) durante a 23.ª edição do Tom de Festa - Festival de Músicas do Mundo que de-correu na passada sema-na.

A peça “Que Raio de Mundo”, oferecida pelo Te-atro Regional da Serra de Montemuro, uma iniciati-va de teatro de rua realiza-da no jardim de Tondela, marcou o aquecimento e o arranque da edição des-te ano antecedendo o tão aguardado “mergulho” para os quatro dias de mú-sica.

Richard Bona, um dos maiores baixistas da atu-alidade, a multifaceta-da Cibelle, o espetácu-lo Contracorrente, uma criação d’Orfeu vencedor

do Prémio Adriano Cor-reia de Oliveira do Festi-val Cantar Abril 2013, a ir-landesa Niamh Ní Charra, Banda Crebinsky, o viseen-se Luís Clara Gomes mais conhecido por Moulinex, o músico Tcheka de Cabo-Verde , uma referencia da música africana da atuali-dade, os Dead Combo e o grupo folk português Uxu Kalhus foram os nomes que, durante estes quatro dias, passaram pelo palco das músicas do mundo.

Em conversa com o Jor-nal do Centro, Miguel Tor-res, da ACERT, justificou o longo percurso deste festi-val, que faz hoje parte inte-grante do ADN desta asso-ciação, com preocupação constante que a mesma de-dica à procura incessante do momento ideal em que é possível juntar a matriz da ACERT, a sua capacida-de criativa e a sua habilida-de de atrair gentes de fora, para criar um aconteci-

mento cultural de relevo.“A ideia inicial era trazer

projetos culturais e gente de fora do território para que o público de Tondela pudesse perceber ou pu-desse, juntando-se a essa energia que vem de fora, criar novos acontecimen-tos. Hoje, este festival, é so-bretudo um resumo daqui-lo que é o projeto ACERT, um espaço de grande cria-tividade, de grande liber-dade, de grande energia em que podemos ver em interação constante a co-munidade, a ACERT en-quanto projeto cultural ar-tístico e os artistas que vêm de fora”, destacou.

Mas a edição deste ano não se ficou apenas por Tondela. Nascida de uma das múltiplas parcerias que a ACERT vem desen-volvendo, esta 23.ª edição do Tom de Festa realizou-se em partilha com a Fun-dação Museu do Douro o que permitiu levar um dos

mais antigos acontecimen-tos desta natureza realiza-dos no país também ao concelho da Régua, onde esteve presente de 17 a 21 de julho.

Sendo a música a prota-gonista neste local de en-contro de culturas, de gen-tes e de paixões partilha-das, Miguel Torres não quis deixar de destacar o enorme papel que o te-atro, juntamente com es-tas novas valências e es-paços, têm na génese e na vida desta instituição: “a ACERT a partir de um dado momento percebeu que o teatro é apenas um dos seus polos. Esta insti-tuição é hoje muito mais do que isso. A sua capacidade de gerar acontecimentos culturais que têm um im-pacto na comunidade e que relevam, ao mesmo tempo, a importância da cultura como uma ferramenta de desenvolvimento do terri-tório. O teatro é entendido

hoje apenas como uma de-las”, frisou.

Num ano marcado pela criação teatral de “A Via-gem do Elefante”, o pro-grama manteve a sua ma-triz multicultural e um clara tendência que bus-ca uma clara miscigena-ção entre povos e cultu-ras, promovendo concer-tos e atividades que, como nos foi dito, tornam hoje a ACERT numa associa-ção “muito ligada à comu-nidade, muito ligada às pessoas, mais vasta, mais abrangente, mais ambi-ciosa, mais rica mas, ao mesmo tempo, com os pés mais assentes na terra”.

As exigências da pro-dução deste festival, que este ano rondou os 100 mil euros, são entendidas pela organização como bastante viáveis e, sobre-tudo, como comportáveis dentro da realidade des-te concelho e na vida des-ta associação compreen-

dendo, desde a gestão de meios - o cachet dos mú-sicos, a coordenação com os parceiros e patrocina-dores e todo o trabalho vo-luntário que, no final do evento, garantem a via-bilidade do investimen-to ao mesmo tempo que “alavancam um retorno imediato para o concelho e contribuem ativamen-te para a dinamização da hotelaria, da restauração e do pequeno comércio”.

“Este impacto, que mui-tas vezes não temos for-ma nem meios para afe-rir e medir conveniente-mente, é, principalmente nos dias que correm, um contributo muito impor-tante para a comunidade local e, decerto, uma das razões pelas quais as gen-tes de Tondela se associam de alma e coração ao Tom de Festa”, referiu Miguel Torres, da ACERT.

Pedro Morgado

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à conversa entrevistas ∑ Micaela Costa

“O Tom de Festa é o espelho da ACERT na relação com o mundo”

“O festival é para continuar, se houver apoios”Que balanço faz ao 1º Festival de Jazz?Eu acho que no geral cor-

reu muito bem. O ser o pri-meiro também é um risco, já sabíamos que era um tipo de música, e que apesar de ter-mos percebido que há um público ávido de atividades nesta área, ainda não está enraizado. Mas acho que os concertos tiveram muita gente, essas espectativas fo-ram atingidas. As atividades que decorreram na rua, es-sas até superaram as espec-tativas, nomeadamente a do comboio, que refletiu que as pessoas gostaram da ideia, quando demos conta estava tudo a cantar e a participar. As sessões das escolas tive-ram completamente esgota-das, com o Teatro Mais Pe-

queno do Mundo. O que não correu tão bem, ou que não teve a adesão que esperáva-mos foi o Workshop de Jazz. Este ano depositámos mui-tas espectativas, divulgámos mais cedo, houve mais par-ceiros, mas curiosamente foi o ano que tivemos menos inscrições. Pensamos que isso teve a ver com as da-tas. Nestas últimas quatro edições foi durante a sema-na, porque o público-alvo é, não só estudantes, mas tam-bém músicos profissionais e amadores. Passar isto para o fim-de-semana fez com que muitos músicos estivessem ocupados.

Este é o primeiro festival de jazz. O que é que se pensa quando se arranca com um

projeto destes?Eu sou uma pessoa otimis-

ta, até otimista de mais [ri-sos]. Ultimamente tento ser mais realista, porque uma coisa é idealizar um projeto e acharmos que é bom e que faz sentido, outra é os meios para o concretizar. O mais difícil de fazer sobreviver é o workshop, que acarreta mais custos, tem muitos músicos: alojamento, refeições... e é sempre um risco. Há uma logística muito grande para concretizar um festival des-tes, e na verdade nós somos uma organização muito pe-quena [Gira Sol Azul] e ti-vemos sempre algum re-ceio. No entanto, o facto de os concertos estarem asse-gurados pela Câmara, já era um grande alívio. E também

a parceria com o Conserva-tório, pois sem ele seria com-plicado realizar o workshop e até mesmo o piano que fez parte do concerto de sexta-feira, da Paula Sousa Trio. O alojamento e alimentação também teve a ajuda de ho-téis e restaurantes, o que foi fundamental.

Sem esses apoios seria compli-cado organizar o festival?Era impossível, então sem

o apoio da Câmara era mes-mo impossível. Como somos uma organização pequena também não nos aventurá-mos em fazer candidaturas, porque todo o trabalho que isso dá, muitas vezes, não vale a pena. E o tempo tam-bém não foi muito. Mas se não houvesse o apoio de to-

A Ana Bento, presidente da direção da Gira Sol Azul

Recuando 23 anos, como nasce o Tom de Festa?Quando foi criado tinha

um sentido, tal como hoje, de refletir as várias verten-tes de atuação da ACERT. Recordo-me que as primei-ras edições tinham, não o perfil que tem hoje, das mú-sicas do mundo, mas que re-fletia a ACERT. Tínhamos desde circo, espetáculos de rua a concertos musicais. Foi sempre criado como um lo-cal de encontro do público que frequentava a ACERT e o [público] exterior, do con-celho, do distrito. E depois passou a ganhar esta dimen-são, o das músicas do mun-do.

E porque é que nasce esse con-ceito de músicas do mundo?As músicas do mundo

têm um sentido abrangente

e multicultural, é um espa-ço de solidariedade, de di-vulgação, não só das músi-cas, como das culturas. E achámos que esse era um conceito interessante a de-senvolver, porque esse sen-tido da multiculturalidade, a ACERT também o refle-te. Tondela não é uma cida-de do interior, mas aberta ao mundo.

Hoje em dia existem muitos festivais. Há 23 anos, era dos poucos. Como era nessa altura?Qualquer projeto tem as

suas distintas fases. Quan-do o criámos nunca tivemos a pretensão de sermos um dos primeiros, claro que é um fator diferenciador, mas não com a intenção de ser-mos melhor que outros, até porque na cultura isso não

existe. Existem sim, as par-ticularidades e as diferenças entre projetos.

Como se consegue manter um festival “vivo”?Um festival como este exi-

ge uma permanente inova-ção e criatividade. Não que-remos que para o ano seja a repetição deste. A filosofia do projeto, os valores, as pre-ocupações artísticas man-têm-se. O formato e a natu-reza de cada programação é que são diferentes. O festival tenta atualizar-se constan-temente, sempre refletindo quem o faz. E, claro, resis-tindo e pensado que as in-quietações e os sonhos são algo que não se pode adiar, mesmo com todas as contra-riedades, com todas as difi-culdades. À Cultura cabe-lhe o papel, neste momento

que vivemos, de não se aco-modar.

E o Tom de Festa tem sentido essas dificuldades?Tem. Permanentemente,

não é de agora. Seria redu-tor dizer que o Tom de Fes-ta está a passar dificuldades nesta altura de crise. Tanto quanto me lembro, fomos sentindo isso desde a pri-meira edição, quer de uma forma, quer de outra. Nun-ca, que eu me recorde, hou-ve uma situação de estabi-lidade que nos permitisse realizar o Tom de Festa, ou outro projeto, com a tranqui-lidade desejável. Mas isso é o risco que corre um proje-to que não se vende, que não vive de apadrinhamento, ou de estratégias com o poder, que tem uma preocupação de serviço público e que luta

A José Rui, diretor artístico da ACERT

O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, se encerram sur-presa pelos acontecimentos que neles têm lugar – e a sur-presa é sempre um elemento fundamental de manifesta-ções culturais –, já não sur-preendem pelo facto de se re-alizarem «aqui».

De facto, a ACERT cum-pre a continuidade de uma produção que já vai no seu vigésimo terceiro ano de re-alização e reconhecimento;

e a Associação Girassol Azul produz uma iniciativa pro-gramada pela Câmara Mu-nicipal de Viseu que, embo-ra primeira em número de ordem, é o resultado de uma prática consolidada e gerado-ra de públicos, regular, cuida-da e rigorosa. Duas associa-ções que integram núcleos artísticos – uma Companhia de Teatro profissional, a pri-meira, uma Escola de Música, a outra – e partilham cumpli-cidades no movimento cres-

cente de formação, criação e programação de práticas cul-turais a que «aqui» se assiste desde há alguns anos.

Poucos se lembrarão de um quase arqueológico ca-lendário de antigos teatros Viriato e Avenida e dos pri-meiros tempos do Cineclu-be; mas alguns ainda recor-dam, dos anos 60 e 70 do sé-culo passado, o pop-rock dos Tubarões, a oficina de teatro do CETEV, a livraria-galeria Tempo Livre e as circuns-

tâncias culturais propor-cionadas pelo que então era (era…) o Clube de Viseu. Na memória de muitos está, po-rém, a grande volta que isto deu depois de Abril de 1974: a cooperativa livreira Que Fa-zer?, as companhias de tea-tro Centelha, C. T. de Viseu e Trigo Limpo; ou, a seguir, a revista ZUT, a Área Urbana e as experiências musicais, tão criativas como os próprios nomes, dos Lucretia Divina, Foragidos da Placenta, Bas-

tardos do Cardeal.Mas a vitalidade visível (e,

sobretudo, sensível) do que, agora, «aqui» se passa resul-ta, a par de um aproveitamen-to das experiências do passa-do, da renovação do equipa-mento mental e material que sempre novas contempora-neidades exigem, perdidos tiques neo-realistas que al-guns (feliz ou infelizmente, conforme os tempos) nunca ganharam. O Cineclube foi e é um sempre novo Cine-

clube, a saber acompanhar a mudança; o Trigo Limpo forjou a ACERT – sede de sociabilidade cultural, placa giratória de espectáculos e afectos – e profissionalizou-se como Companhia de Te-atro no final dos anos 80; o «velho» Teatro Viriato, re-construído em todos os sen-tidos, deu lugar a uma ânco-ra de programação das me-lhores produções nacionais e europeias de artes do pal-co, associado a uma das mais

VISEU, TONDELA, AQUI | Práticas culturais, territórios e poder

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À CONVERSA

dos era muito complicado.

Há ajudas, mas por outro lado deve haver dificuldades…Sem dúvida. Primeiro os

recursos humanos, foi uma ginástica terrível conseguir-mos ter tudo pronto, sem atrasos. Muito dos mem-bros da organização tam-bém estavam a participar como músicos e tínhamos muitas vezes que nos des-dobrar. Mas penso que nos safámos muito bem.

A própria organização envol-veu-se ativamente no festival. Isso é uma forma de estar ain-da mais próximo do público?Na realidade é uma for-

ma de poupar dinheiro e de fazer com que aconteçam mais coisas com menos

gastos. Mas por outro lado, e como somos músicos, gos-tamos de tocar, de fazer mú-sica, de estar em palco.

Vai haver uma nova edição?O festival é para continuar,

se houver apoios, claro. Du-rante o festival foram muitos os momentos em que pensá-mos duas vezes em querer uma nova edição, mas era passageiro, vinha sempre al-guém que dizia “então como é, para o ano?”. Sentimo-nos cansados mas o feedback do público e dos artistas, dão-nos força.

Na apresentação assumiram que queriam que este festival chegasse a toda a gente. Isso foi conseguido?Eu acho que sim. O pri-

meiro concerto, com os TGB, foi arriscado, é um projeto com uma forma-ção pequena, e isso exige ao grupo uma dinâmica maior que prenda as pes-soas e depois com instru-mentos invulgares no jazz, tuba, guitarra e bateria. E o próprio estilo é mais “duro”, pouco caracterís-tico daquilo que se ideali-za no jazz. Quando olhei para o público e vi que era uma geração mais velha, entre os 60, 70 anos, pen-sei que não iriam aguentar duas músicas. A verdade é que o concerto durou mais de uma hora e ninguém saiu, muitos até estavam a bater o pé. Mas tanto nesta e como noutras atividades penso que conseguimos

chegar a muita gente.

O facto de já terem sido orga-nizados eventos de jazz, como as Quintas ao Jazz, também dinamizadas pela Gira Sol Azul, facilitou a relação com o público?Sim. Principalmente de-

pois desta primeira edição e das pessoas terem perce-bido a dinâmica que ten-támos transmitir. A ideia de que não era apenas um concerto ao fim do dia, mas algo mais. As Jam Ses-sions nos vários bares, por exemplo, alargaram o le-que de público. Havia mui-ta gente que ia aos bares e só mais tarde ao local dos concertos. Sentimos que veio gente de vários sítios desde Penalva do Caste-

lo, Mangualde e outros lo-cais.

A ideia de terem levado o fes-tival para vários pontos, para a rua, marcam a diferença?Claro que sim. Um dos ob-

jetivos era chegar não só a quem gosta de jazz, e que as-sim não tem de se deslocar a outros sítios do país, mas a outras pessoas. Surpreen-der quem não conhece, que não está à espera, na rua, no comboio, num bar. É o velho ditado, “Não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé”.

Daqui a um ano, quando vol-tarmos a conversar, sobre a segunda edição, o que gostaria de me poder dizer?Que tinha havido mais

concertos de bandas profis-sionais e consequentemente mais variedade (mas para isso tem que haver dinhei-ro). Que tínhamos alargado o festival às escolas, porque acho que isso é importan-te na educação musical, são eles o futuro e se começarem a ver e a ouvir novas sonori-dades é muito bom. E que o workshop tinha sido otimi-zado, pois achamos que esta é uma grande vertente que não queremos abandonar: a formação.

O Festival de Jazz de Viseu é?São tantas coisas. Mas o

festival é energia, para o pú-blico, para quem é surpre-endido na rua, para os mú-sicos. No fundo é energia, positiva.

OPINIÃO | João Luís Oliva

consagradas Companhias de Dança contemporânea do país; e os ensaios de cria-ção artística – música e tea-tro, mas também literatura e artes visuais –, a sua herança e o cadinho cultural em que se forjou a consideração da diferença e da diversidade, foram alfobre de múltiplos projectos individuais e co-lectivos, de que se dispensa a enumeração, e realizações – profissionais ou amadoras, mas criteriosas – de práticas

culturais que hoje desafiam e emocionam, comovem ou divertem a comunidade com que se relacionam.

O leitor atento deste escri-to já notou, por certo, o uso e abuso do advérbio de lugar «aqui». É que só de forma ab-surda se podem localizar em fronteiras físicas, políticas ou administrativas (região ou zona, país, distrito ou muni-cípio), os limites da (inter)ac-ção cultural das comunida-des sociais.

Patetas e ignorantes são, em tempo de eleições locais, declarações de candidatos ao poder municipal que di-zem ser a actividade cultural de «Viseu» menor que a de «Lamego», propondo alter-nativas de gestão que julgam populares para o sitiozinho de que pretendem putativa-mente ser regedores. E ain-da falam, à moda do fácil pa-rolismo dominante, de «in-dústrias culturais», só lhes faltando o «empreendedoris-

mo», a «implementação», a «alavancagem» e as «janelas de oportunidade». E, já ago-ra, as «maturidades»…

Mas muito pouco avisadas são decisões dos realmente regedores que, embora sem grandes disparates culturais – após dois primeiros man-datos desastrosos na matéria –, e, depois disso, até mesmo com algum bom-senso rela-tivamente a esses temas, pro-gramaram o Festival de Jazz de Viseu em cima do Tom de

Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tempo estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressa-mente propositada; agora lá que, à luz de anteriores po-lémicas, tal parece, não há qualquer dúvida…

Enfim, rivalidades aca-nhadas e possidónias da vis-ta curta do que deve ser um horizonte largo que compre-enda a cidade como parte da geografia social e cultural em que se integra e com que

(quem), reciprocamente, par-tilha o sentido.

Decidida e peremptoria-mente se reafirma que o «aqui» é um grande espaço de urbanidade e este é o olhar indispensável à consideração das práticas locais na univer-salidade da vida cultural (da vida…). Bem dispensávamos gente do(s) poder(es) cujos projectos se resumam ao rural e pobre mote (que não ideia…), segundo o qual «a minha al-deia é melhor que a tua!».

pelo que está consignado na Constituição da Republica, o direito à Cultura.

Praticamente desde o início têm sido trazidos ao festival grandes nomes de referência nacional e internacional. Isso marca a diferença?Naturalmente. Têm pas-

sado nomes que logo à parti-da têm uma dimensão e pro-jeção pública muito grande, como Milton Nascimento, Manu Dibango, mas tam-bém um outro conjunto de espetáculos que são mar-cantes para o público. De ar-tistas e grupos, que até então eram desconhecidos. E o pa-pel do Tom de Festa também é esse, revelar projetos mun-diais que às vezes não têm a visibilidade que merecem. Hoje, se perguntar a alguns espectadores qual foi o espe-táculo que mais os fascinou, dirão nomes que não são co-nhecidos dentro do “circuito normal”. Temos o exemplo de Compay Segundo que foi, dois anos antes do Buena Vista Social Club, um quase

anónimo. Quando esteve no Tom de Festa o seu concerto não acabou, os encores fo-ram tantos que Compay Se-gundo saiu do palco e foi to-car para o pátio acústico. E claro que o público do Tom de Festa se sente muito or-gulhoso por, dois anos de-pois o tal Compay Segundo se tornar aquele mostro.

Esse é o objetivo do Tom de Festa? Dar ao espectador, alternativas?Sem dúvida. Houve uma

grande transformação do país, hoje as pessoas da zona interior têm alternativas pró-prias e essas alternativas foi o público quem as conquis-tou, através da sua adesão. Também é isso que diferen-cia o Tom de Festa de outros festivais, que jogam funda-mentalmente com os nomes de cartaz e que têm alguma dinâmica comercial, onde os espetadores pagam, con-sideravelmente, para ver es-ses grande nomes. O Tom de Festa é um festival distinto, o que representa a bilheteira,

no que diz respeito ao orça-mento, é insignificante.

Então como se assegura eco-nomicamente o festival?Através de parcerias e

cumplicidades com os ar-tistas, envolvendo um con-junto significante de apoian-tes, em termos de empresas e instituições, que reconhe-cem que este trabalho é um trabalho de projeção da pró-pria região.

E o Tom de Festa já se tornou uma marca da região...Sim. Eu até diria uma mar-

ca nacional. A dinamização cultural do país há mui-to que se passou a diferen-ciar dos acontecimentos terem lugar, só, nos gran-des centros do país. Hoje há todo um mapa, uma ge-ografia cultural descen-tralizada, que se fica a de-ver à atividade de todos os dinamizadores culturais que tomaram em mãos res-ponsabilidades que cabe-riam muitas vezes aos go-vernos.

Este é um festival que conse-gue captar diferentes públi-cos. Como é que se consegue “agarrar” tanta diferença?Isso é o reflexo do que

é a atividade da ACERT. Há duas semanas atrás, por exemplo, decorreram ateliês para as crianças, com duração de quinze dias e, no final apresenta-ram o seu próprio espetá-culo. Daí que o público que está no Tom de Festa é de cidades onde nós desen-volvemos itinerância, pú-blico que vem atraído por um cartaz de alternativas culturais e artísticas. É pú-blico de uma comunidade com a qual trabalhamos, um público regional que se identifica com o trabalho da ACERT. E o Tom de Fes-ta, por excelência, é um sí-tio de todos os públicos.

Sentem que há mais ou menos público?O que acontece, em ter-

mos de mais ou menos pú-blico, por vezes, são razões que nos ultrapassam. Não é

por acaso que este ano bai-xámos o valor das entra-das. Temos noção do peso que teria o preço do bilhe-te numa família com um ou dois filhos. Nós criadores não pensamos só no espetá-culo, temos que pensar em tudo o que o rodeia. Se não o fizermos estamos a deca-pitar parte de nós.

Um projeto que dá muito trabalho.Um grande trabalho da

equipa da ACERT mas também de um conjunto de voluntários que a nós se associam, desde produção, implantação no espaço, de bem receber. É um trabalho que não está confinado ape-nas à equipa permanente da ACERT, mas a uma equipa mais abrangente, de associa-dos, que dominam tão bem como nós os objetivos que pretendemos atingir.

Já com a cabeça na 24ª edi-ção?Para já com a cabeça no

outro projeto que temos, “A

Viagem do Elefante” [este sábado em Sortelha, no Sa-bugal]. E isto é não parar.

Que balanço faz a mais uma edição do Tom de Festa.Pensamos que estes qua-

tro dias foram um êxito. Mas o Tom de Festa não acaba de maneira nenhu-ma no último dia. Aqui co-meça uma nova etapa. Até porque a ACERT são 365 dias e o Tom de Festa são quatro. E aquilo que dese-jamos é que todo o espírito que esteve presente nestes dias, quer no público, quer na organização, perdure ao longo de um ano. Mas te-mos noção que foi, de novo, um êxito e que não ficou confinado à qualidade dos concertos, mas à relação que mais uma vez se criou entre a ACERT e aqueles que foram felizes ao longo destes dias.

O Tom de Festa é…O Tom de Festa é o espe-

lho da ACERT na relação com o mundo.

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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região

JIBOIASResende. ONúcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Lamego da GNR apre-endeu um casal de ji-boias, com aproximada-mente 10 anos de idade, em Resende. Em comu-nicado, a GNR informou que as jiboias – com mais de três metros e 15 quilo-gramas – encontravam-se ilegalmente em cati-veiro, no interior de uma residência. Também em Castro Daire foram apre-endidas duas serpentes, uma jiboia com dois anos de idade e 1,30 metros, e ainda uma serpente de milho com nove anos e 1,5o metros. “A falta de registo des-te a n i m a l c on s t i t u i uma contraordenação ambiental grave, puni-da com uma coima que pode variar entre 12.500 ou 17.500 euros”, alertava a nota da GNR. EA

DETIDOViseu. A diretoria do Cen-tro da Polícia Judiciária (PJ) confirmou a deten-ção de um homem, de 29 anos, que terá sequestra-do e violado uma mulher na zona de Viseu.A PJ informa em comu-nicado, que o homem foi identificado e detido pela “presumível prática dos crimes de sequestro, vio-lação, dano e detenção de arma proibida”, ocor-ridos no início do mês de julho. Segundo a mesma fonte, o suspeito terá en-trado na residência da vítima, uma mulher de 30 anos, durante a noi-te. “Dirigiu-se ao quarto onde esta se encontrava deitada e, como forma de intimidação, efetuou dois disparos contra a cama. De seguida, a vítima foi agredida, amarrada e vio-lada”, revelou.

Doceiros oriundos de toda a região vão juntar-se em Vouzela para divulga-rem os seus doces tradicio-nais na 5.ª edição do festival de doçaria “Doce Vouzela” que se realizará este fim de semana, 27 e 28 de julho, no concelho.

Este certame, promovido pela Câmara Municipal, no qual já estão inscritos cer-ca de 20 produtores de do-ces, tem novamente no seu cartaz o encontro de cole-cionadores de pacotes de açúcar, a ter lugar no dia 27 de julho, e a tradicional exposição de cake design à qual se juntam as várias de-monstrações desta arte du-rante a tarde do dia 28.

O “Doce Vouzela”, um dos principais eventos de verão do concelho, tem como principais objetivos a divulgação da doçaria re-gional e a promoção turís-tica do concelho.

Contudo, falar deste con-celho e dos seus “sabores” obriga necessariamente a uma paragem para provar o seu ex-libris, o Pastel de Vouzela, que pode ser en-contrado em todas ou qua-se todas as pastelarias da zona.

De recheio de ovos úni-co, envolto em massa finís-sima de uma leveza incom-parável, esta iguaria desfaz-se na boca a cada dentada e nasce das mãos e de um saber que atravessou gera-ções. Hoje esta receita está apenas na posse de três “ca-sas” que fornecem toda a região.

O Jornal do Centro este-ve com os irmãos Vítor e Miguel Correia que, man-tendo esta tradição familiar, encontraram no fabrico do pastel de Vouzela uma for-ma de vida e um modo de perpetuar a memória do pai que lhes “transmitiu”, desde tenra idade, esta ri-queza regional.

“Nós somos hoje o maior produtor dos pastéis de Vouzela e os únicos que vendemos para fora da vila. Existem apenas dois outros fabricantes que centram toda a sua atividade numa ótica mais familiar mas é principalmente através do nosso trabalho que o nome da vila chega mais longe”, referiu Miguel Correia.

Com uma produção bas-tante variável, muito de-pendente da altura do ano, esta fábrica produz normal-mente cerca de 1200 pastéis por dia, o que equivale a aproximadamente 100 dú-zias, que todas as manhãs são forçadas a abandonar os fornos e a viajar até às es-tantes e vitrinas de muitos cafés e pastelarias das re-dondezas.

“Nestes últimos anos é de louvar o papel que a Câmara Municipal de Vouzela tem tido na divul-gação e no apoio à promo-ção do pastel de Vouzela. A sua introdução nos eventos desportivos da região, o es-forço que empreendeu para que os pastéis de Vouzela estivessem presentes na tomada de posse do atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, me-

recem-nos todo o aplauso uma vez que contribuem indelevelmente para a afir-mação desta região e con-tribuem para a economia do concelho”, sustentou.

Preservar e incrementar ao máximo a qualidade através de uma aposta for-te em matérias-primas de primeira linha, consegui-das através do contato diá-rio com os fornecedores, é uma promessa e uma pre-ocupação constante nesta empresa familiar.

Durante os dois dias do “Doce Vouzela” o conce-lho será palco de vários espetáculos musicais, observação astronómica pela FISUA - Associação de Física da Universidade de Aveiro, workshops de decoração de cupcakes e cakepops e de bombons de chocolate, uma mostra de doçaria, insufláveis, vi-sitas de comboio turísti-co gratuitas e um percur-so pedestre sendo novi-dade este ano o concurso de bolos de noiva que re-serva para o vencedor um prémio monetário no va-lor de 250 euros.

Pedro Morgado

Festival leva doçaria regional a VouzelaDoce Vouzela ∑ Quinta edição realiza-se este fim de semana

Consumo alimentar

Opinião

No actual contexto, o gasto com a alimentação ocupa um lugar de des-taque no orçamento das famílias, num valor que atinge os 84%. Os dados do primeiro semestre de 2013 definem alguns dos produtos onde esta retracção está a ocorrer. O azeite sofreu uma re-dução de 25.7%, as fari-nhas 12%, a padaria 9.8%, a fruta 7.4%, a água mi-neral 5%, o leite 4.3%, o arroz 3.2%, o peixe 1.6% e o vinho 1.2%.

Atentos a estas con-jecturas, as diferentes organizações do sector têm vindo a desenvolver inquéritos para definir com maior rigor o com-portamento dos consu-midores.

O estudo intitulado “Comportamento de com-pra de fruta e hortícolas em Portugal”, promovi-do pela FNOP (Federa-ção Nacional das Orga-nizações de Produtores de Fruta e Hortícolas) é disso o claro exemplo.

O estudo aponta no sentido dos portugueses estarem a fazer compras mais faseadas ao longo da semana e em menor quantidade. Uma per-centagem significativa dos consumidores (80%) utiliza os híper ou super-mercados para se abaste-cer; os restantes optam por mercearias, frutarias, praças e mercados.

A grande maioria dos consumidores adquire por semana 2 kg de fruta, 2 kg de vegetais e 1kg de produtos vegetais conge-lados e apenas uma pe-quena minoria (8%) con-segue atingir os 5kg em fruta.

Os portugueses defini-ram como principais cri-térios para a escolha des-tes bens: o preço, a cor, o país de origem e a apa-rência do produto.

Embora o preço seja um factor determinante no acto da compra, no caso da fruta a grande maioria dos inquiridos (80%) denotaram prefe-rência pela produção na-cional. O preço da fruta é apenas referenciado em quarto lugar como fac-tor de selecção. Atribu-tos como o local de ori-gem, a cor e o aspecto parecem ser preponde-rantes para a escolha.

Tendo por base os da-dos do estudo, é fácil per-ceber que toda a cadeia tem ainda margem de progressão. O que im-porta é que nestas situ-ações todos possam sair a ganhar.

Atenta a estas altera-ções, e não só, a Compal desenvolveu no seu Cen-tro de Frutologia, duran-te este ano, um curso/programa/concurso na área fruticultura. Do to-tal das 200 candidaturas apresentadas, 12 foram seleccionadas e os 3 me-lhores projectos recebe-ram uma bolsa no valor de 20 mil euros para in-vestir nas explorações. A empresa assumiu ain-da o compromisso de ab-sorver toda a produção dos 3 projectos vence-dores que têm por base a produção de pêssegos, ameixa, marmelos e ro-mãs, matérias-primas in-dispensáveis para a em-presa. Assim, triunfar é certamente mais fácil.

Em termos económi-cos, esta iniciativa pou-co impacto poderá re-presentar na contabili-dade da empresa (60 mil euros), mas é uma prova inequívoca do caminho que deverá ser traçado por todos.

Com o propósito de poder amenizar algu-mas das maleitas por que muitos passam, o consu-mo de chocolate registou um aumentou (3.3%) face a 2011.

Por ano, cada portu-guês consome apenas 2 kg desta iguaria, os espa-nhóis e italianos atingem os 3 kg e os ingleses e ale-mães deliciam-se com 10 kg. Nestes países, o cho-colate é utilizado como um complemento à ali-mentação de base. Por cá, o seu consumo ocor-re em momentos festivos e de modo ocasional.

Por agora, o que neces-sitamos é um bom surti-do desta e de outras igua-rias para melhorarmos a nossa condição a todos os níveis.

Guloseimas, venham elas.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

A Vítor Correia é hoje um dos poucos “mestres” dos pastéis de Vouzela

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Jornal do Centro25 | julho | 201310

REGIÃO | VISEU | MANGUALDE

A Juventude Socialista de Mangualde, em parceria com a Federação de Viseu da JS, promoveu o acampa-mento distrital da Juventu-de Socialista “JS Summer Weekend”, durante três dias.

Após alguns anos de in-terrupção, o acampamen-to, que decorreu no recinto exterior do Hotel Senho-ra do Castelo e no espaço da Live Beach - Praia de Mangualde, voltou a jun-tar jovens socialistas tendo estado representadas todas as estruturas concelhias do distrito, com o objetivo de “promover o debate de ideias e de convívio e inte-ração entre jovens que vi-vem diferentes realidades por toda a região”.

“O JS Summer Weekend foi um excelente momento e uma grande oportunida-de para conciliar política e convívio, num ano em que a afirmação da juventude é particularmente relevante”, afirmou o presidente da Fe-deração da JS Viseu, Rafael

Guimarães no final do en-contro.

A par das várias iniciati-vas programadas mais de carater interno, o destaque foi para a conferência “Polí-tica Autárquica Jovem”, re-alizada na manhã de sába-do, que teve como oradores

João Torres, secretário-ge-ral da Juventude Socialista e Rui Braguez, Vereador na Câmara Municipal de Cas-tro Daire e Coordenador da JS de Castro Daire.

Emília [email protected]

Acampamento da JS regressou a MangualdeBalanço ∑ Presidente da Federação diz que “a afirmação da juventude é particularmente relevante”

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A JS Summer Weekend decorreu na sexta-feira, sábado e domingo

Um grupo de populares, das paróquias de Cepões, Cavernães e Mundão, manifestaram-se à porta do Paço Episcopal, em Viseu contra a decisão do Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro, de querer mudar o pá-roco, que há 14 anos serve as três paróquias. À mani-festação, que decorreu na sexta-feira ao fim da tarde, juntou-se o presidente da junta de Cavernães. Jorge Martins ainda espera que o Bispo de Viseu altere a decisão de retirar o Padre Caldeira da freguesia.

Os serviços da Diocese revelaram que o Bispo só estará disponível para receber os representantes das paróquias em protesto no início do próximo mês de agosto. D. Ilídio Leandro é um dos nove bispos por-tugueses que participa nas Jornadas Mundiais da Ju-ventude, no Rio de Janeiro até domingo. EA

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REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013

Depois de ter avan-çado e apresentado ante-cipadamente cada candi-dato na sua freguesia, Al-meida Henriques chamou cerca de mil pessoas ao jan-tar-comício das freguesias “Viseu Primeiro”, que teve lugar na passada segunda-feira, para revelar o que lhe vai na alma: “se alguém ti-nha dúvidas da nossa for-ça e da nossa unidade, tem hoje aqui uma resposta ine-quívoca. Somos uma gran-de equipa, somos um só”.

António Guilherme Al-meida, Mota Faria, Luís Montenegro, líder parla-mentar do PSD e Fernando Ruas, mandatário de honra desta candidatura, subiram ao palco de onde pediram um empenhamento redo-brado em torno da candida-tura daquele que é, nas suas palavras, “de longe o melhor candidato” por Viseu.

Aos apoiantes, que en-cheram o espaço multiusos Expocenter e ao presiden-te em funções o candida-to enalteceu e agradeceu o legado que espera receber: “um legado de trabalho, de determinação, de honesti-dade, de competência. O le-gado de uma equipa onde todos os vereadores estive-ram presentes e que contou

com o trabalho de todos os presidentes de junta”, sus-tentou.

Usando da palavra, o candidato destacou que foi o Partido Social Democrata (PSD) que fez esta mudan-ça, não outros, não aque-les que no passado lutaram para que Fernando Ruas perdesse o mandato, não aqueles que sempre critica-ram a obra feita e que hoje a consideram ímpar.

Na intervenção que en-cerrou o comício, Almei-da Henriques apresentou os candidatos às juntas de freguesia do concelho, realçando a importân-cia que estes assumem na concretização do seu

programa, nomeadamen-te através do seu papel na implementação de uma po-lítica de proximidade.

Candidatos às assem-bleias de freguesia - Abra-veses: Pedro Miguel Cos-ta Almeida; Bodiosa: Rui Manuel Santos Ferreira; Calde: José Fernandes; Campo: Carlos Lima; Ca-vernães: Jorge Martins; Côta: António Jesus Tavares da Fonseca; Fra-gosela: Arnaldo António Ferreira Gonçalves; Lordo-sa: Carlos Manuel Martins Correia; Mundão: Ar-mando Nunes Santos Go-mes; Orgens: Adérito Pais Cardoso; Povolide: José Manuel de Almeida Fer-

nandes; Ranhados: Luís Filipe Martins de Almeida Mendes; Ribafeita: Custó-dio Figueiredo Correia; Rio de Loba: Carlos Alberto Gama Henriques; Santos Evos: Fernando José Car-doso Rodrigues; São João de Lourosa: Carlos Almei-da; São Pedro de France: Fernando Martins Macha-do; Silgueiros: José Marce-lo; União das Freguesias de Barreiros e Cepões: António Tavares e Joana Santos; União das Fregue-sias de Couto de Baixo e Couto de Cima: Fernando Leitão e António Marques; União das Freguesias de Repeses e S. Salvador: José Coelho e José Ferrão; União das Freguesias de S. Cipriano e Vil de Soi-to: Aurélio Pereira Lou-renço e Armando Esteves; União das Freguesias de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita: Manuel Jorge Nunes, José Silva e Cláudia Carvalho; União das Fre-guesias de Fail e Vila Chã de Sá: José Silva Pereira Fernandes e Carlos Cardo-so e da União das Fregue-sias de Viseu: Diamantino Santos, Vitor Costa e Ana Maria Damião.

Pedro Morgado

Candidato do PSD teve o primeiro banho de multidãoPSD ∑ Expocenter recebeu cerca de 1000 apoiantes da candidatura “Viseu Primeiro”

Dois meses depois de ter começado a corrida eleitoral que irá definir quem será o próximo presidente da Câ-mara Municipal de Viseu, apenas Hélder Amaral, lí-der dos democratas-cristãos (CDS-PP), pontua.

Nas últimas sondagens apresentadas na passada ter-ça-feira pela Eurosondagem e publicadas num jornal diá-rio, Almeida Henriques, can-didato do Partido Social De-mocrata (PSD), vê encolher a margem que o separava do seu principal adversário al-cançando agora um resultado de 48,8 por cento nas inten-ções de voto dos viseenses. O socialista José Junqueiro (PS), ex-secretário de Estado da Administração Local fica a dez pontos percentuais do PSD nas intenções de voto o que, até ao momento, se tra-duz numa divisão de manda-tos de cinco para o PSD e qua-tro para o PS.

Hélder Amaral reúne a preferência de 5,1 por cen-to do eleitorado enquanto Manuela Antunes do Bloco de Esquerda e Francisco Al-meida da CDU vêm enco-lher ligeiramente a sua base de apoio para 2,4 e 2,2 por cento, respetivamente.

Em comunicado de im-prensa enviado às redações Almeida Henriques, can-didato do PSD, reconhe-ceu a importância das son-

dagens como indicadores de opinião, reveladores de tendências que, não substi-tuindo o voto, confirmam a liderança da candidatu-ra Viseu Primeiro e a pre-ferência maioritária dos vi-seenses em eleger Almei-da Henriques como futuro presidente do município de Viseu. Ouvido pelo Jornal do Cento, o socialista José Junqueiro preferiu colocar a tónica no encurtar de distân-cias ao mesmo tempo que salienta o papel fulcral que o CDS tem na definição do resultado final destas elei-ções: “se o CDS subir será mais fácil” apesar de “ter-mos que ser nós a construir e a concentrarmo-nos neste caminho que decerto nos le-vará à vitória a 29 de setem-bro próximo”, referiu o can-didato. “Almeida Henriques tem sido levado ao colo nas ações institucionais da au-tarquia. Utiliza o seu estatu-to de Presidente da Assem-bleia Municipal para apare-cer onde os seus adversários políticos não são convida-dos”, salientou.

Em contraciclo a taxa de abstenção prevista sofre um aumento de quase 3 pontos percentuais (20,4 por cento) quando comparada com o último barómetro realizado pelas mesmas instituições no início do passado mês de junho (17,8 por cento). PM

PSD continua à frente mas perde eleitorado

Capoulas Santos convidado pelo PS para apresentar as prioridades e os apoios à agricultura portuguesa

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O antigo ministro da Agricultura português Capoulas Santos, recente-mente distinguido com o prémio de melhor deputa-do ao Parlamento Europeu de 2012 na área da agricul-tura e desenvolvimento rural, esteve presente no passado domingo na con-ferência-debate realiza-da na União Demarcada das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA) a convi-te de José Junqueiro para apresentar as prioridades e os apoios para a agricul-

tura portuguesa a partir de 2014.

Nesta iniciativa que contou com a presença de vários pequenos agri-cultores do concelho, José Junqueiro lançou as ba-ses do seu compromisso com a fileira agrícola do concelho ao mesmo tem-po que apresentou pro-postas concretas para a dinamização dos vinhos do Dão.

A criação de um gabine-te para o desenvolvimen-to rural que possa impul-

sionar decisivamente o desenvolvimento da agri-cultura e do meio rural de forma integrada, a criação de um parque florestal, a implementação de uma plataforma municipal de apoio à atividade agroflo-restal e a implementação no território de uma bolsa municipal de terras foram algumas das propostas que o candidato conside-rou bastante pertinentes para a dinamização do setor e para a inversão do atual ciclo económico no

concelho de Viseu.Durante a sua interven-

ção o candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Viseu refor-çou a sua aposta séria na dinamização da Feira de S. Mateus como grande certame do Dão ao mes-mo tempo que prome-teu lutar, caso seja elei-to, pelo “regresso a casa” da cerimónia que distin-gue os melhores vinhos do Dão e que atualmente se realiza na Figueira da Foz. PM

DR

Jornal do Centro25 | julho | 201314

AUTÁRQUICAS 2013 | REGIÃO

A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câ-mara de Viseu, Manuela Antunes, defendeu esta semana a candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura.

“Queria lançar um desa-fio à cidade, aos políticos e a todos os viseenses no sentido de prepararmos uma candidatura a Capi-tal Europeia da Cultura. Decerto, com toda a gen-te a trabalhar poderão ser lançadas as bases e cria-das as condições para o nascimento de um projeto ambicioso que possa lutar em pé de igualdade com outras cidades”, sustentou Manuela Antunes.

Durante o lançamento da iniciativa “Sementeira

2013” o Bloco de Esquer-da (BE) abriu as portas da sede do partido, situ-ada em plena zona histó-rica junto à Sé de Viseu, e revelou uma exposição temporária com o traba-lho de seis “jovens” artis-tas entre pintores, escul-tores e cartoonistas que se junta assim ao evento multidisciplinar “Jardins Efémeros”, que decorre em Viseu de 22 a 28 de ju-lho.

“O Bloco pretende com esta ação associar-se a este espírito dos Jardins Efémeros e estar com a sede aberta todos os dias até às 23 horas para mos-trar o trabalho destes ar-tistas. Apesar do centro histórico parecer estar

cheio de gente hoje, esta não é a realidade o ano todo. A cidade não criou ainda as condições para termos muita gente no centro histórico e, por-

tanto, é fundamental a re-cuperação do património arquitetónico da cidade e a fruição desses edifícios recuperados como incen-tivo à criação e à mostra

de jovens artistas”, justi-ficou a candidata.

A professora de educa-ção física referiu ainda que o bloco aguarda que lhe sejam apresentadas

ideias e projetos para o centro histórico que esta força política possa enca-minhar e apoiar salien-tando contudo que, “sem o património recupera-do se torna difícil insta-lar estes criadores” quan-do os prédios se encon-tram devolutos e em mau estado.

Manuela Antunes, can-didata do Bloco de Es-querda à presidência da Câmara de Viseu tem nas próximas eleições de 29 de setembro como adver-sários Almeida Henriques (PSD), José Junquei-ro (PS), Hélder Amaral (CDS-PP) e Francisco Al-meida (CDU).

Pedro Morgado

Manuela Antunesquer Viseu Capital Europeia da CulturaBE ∑ Candidata do Bloco desafiou os seus adversários políticos a unirem-se em torno de uma causa maior

A Sede do Bloco recebe exposição temporária durante os “Jardins Efémeros”

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especial Dia dos Avós

Passe um dia diferente com os seus avós

Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucio-nal, para comemorar o Dia dos Avós. O evento de-corre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe.

Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Tercei-ra Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua.

A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço

Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (pre-sidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

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O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família.

O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer fi-lhos, quer netos.

É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

pais, e em muitos casos, os primeiros.São muitas vezes os avós, quem transmite os valo-

res, os conhecimentos e a ternura que fica para sem-pre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família.

São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmen-te estão ali, sempre.

Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria na-tureza, com a vida.

Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar his-tórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

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Licença de funcionamento

nº 05/2013

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Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe

O teatro, o cinema, um concerto, ou um sim-ples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de progra-mas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles.

No distrito de Viseu,são desenvolvidasvárias atividadespara assinalar a data:

A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Sil-va comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias.

Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criati-va, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha al-deia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós.

Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lis-boa.

A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao San-tuário do Cristo Rei.

Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão.

Sátão leva avós ao Cristo Rei

Jornal do Centro25 | julho | 201316

DIA DOS AVÓS | ESPECIAL

5surpresas para

preparar aos avós

∑ 1. Avós e netos multiculturaisJuntos pesquisem como se diz avó e avô em diversas línguas e criem uma

pequena peça de teatro para poderem comunicar, com disfarces e acessórios alusivos a cada país, como se diz avós em inglês, italiano, francês, espanhol, indiano… um espetáculo ao qual os avós vão adorar assistir na primeira fila. Para os avós que estão longe, podem sempre filmar a peça e enviar este peque-no filme alusivo ao Dia dos Avós num CD por correio ou mesmo via email, ou outras plataformas.

∑ 2. Festa do pijamaSerá que a avó e o avô alguma vez tiveram oportunidade de participar numa

festa do pijama? As crianças adoram este tipo de festa e, se for em honra dos avós, temos a certeza que também eles vão adorar esta surpresa inesperada preparada pelos netos. Quer pernoitem na casa dos avós ou na dos netos, o que não pode mesmo faltar são os pijamas, uma sala aconchegante, um bom filme ou jogos divertidos para fazer em família e algumas guloseimas para uma noi-te que será, certamente, inesquecível.

∑ 3. Regresso ao passadoSe for viável, programem um dia de visita à terra natal dos avós, mas não

contem nada sobre a viagem até chegarem ao local: assim será uma verdadeira surpresa! Façam várias paragens – as casas onde viveram, os sítios onde traba-lharam, o local onde se conheceram e namoravam – e aproveitem para ouvir e divertirem-se com as histórias de antigamente que os avós vão certamente contar! Haverá melhor maneira de celebrar o Dia dos Avós do que homenagear as suas origens, as suas conquistas, a sua vida?

∑ 4. Viagem ao futuroSe preferirem uma viagem ao futuro ou, pelo menos, ao presente, surpreen-

der a avó e o avô no Dia dos Avós pode passar por uma viagem a um local que sempre quiseram ir, mas nunca foram – uma cidade no vosso país, um parque natural próximo, uma estância balnear, uma capital europeia ou até outro tipo de destinos, mais acessíveis, e perfeitos para programar um Dia dos Avós me-morável: um museu, um aqua parque, um dia num spa, um parque de diversões, o jardim zoológico, fazer campismo… esta é a data perfeita para realizar um dos sonhos dos avós, afinal de contas, eles merecem.

∑ 5. Comer fora, cá dentro!Para celebrar o Dia dos Avós com pompa e circunstância, ajude a pequenada

a transformar a sala de jantar lá de casa, num lindo restaurante que terá alguns convidados de honra nessa noite – os avós! Não se esqueçam de uma decoração original, flores, velas, música ambiente e, claro, um delicioso menu. Pode en-volver as crianças na preparação dos alimentos – escolhem algo que possa ser facilmente preparado e colocado no forno quando os avós chegarem, por exem-plo. Uma alternativa é mandarem vir ou irem buscar comida a um bom take away e simplesmente dispor nas travessas e pratos mais bonitos lá de casa… o que conta é a intenção e esta é das melhores.

No âmbito das comemorações do Dia Mundial dos Avós, a “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, Museu Etnográfico de Várzea de Calde, promove amanhã, 26, pelas 15h00, a atividade: “Chá e po-esia”.

Avós e netos vão ler poemas e mensagens, construindo diálo-gos e opiniões.

Ambas as gerações conversam entre si, interagindo, trocando experiências, em momentos de convívio e de afetos.

Em contexto museológico rural, as vivências dos mais velhos servirão de pretexto à construção de diálogo com os mais novos, para estes perceberem a evolução dos tempos e as vivências da atualidade.

No final um momento de confraternização, com chá e biscoitos tradicionais da Aldeia.

O evento tem limite máximo de crianças e avós: 26

As inscrições são gratuitas, com marcação prévia para o telefone:

232 911004 ou email: [email protected]

Poemas no Museude Várzea de Calde

“Quantos mundos existem entre as páginas de um livro? Quantos no-vos amigos farás ao ler um capítulo? Descobre na Hora do Conto, histó-rias que nunca imaginaste serem possíveis”. Esta é uma proposta da Fnac que pode ser aproveitada para um momento entre avós e netos. “A Hora do Conto” é uma ação de animação e promoção do livro e da leitura para crianças, domingo, pelas 11h30, no Palácio do Gelo em Viseu.

Hora do Conto na Fnac Viseu

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Jornal do Centro25 | julho | 2013 17

Perante as vicissitudes que o mercado em geral tem proporcionado, com refle-xos negativos em todos os âmbitos da vida dos portu-gueses, também o ensino superior é dessas incerte-zas vítima. Fomos ouvir Fer-nando Sebastião, presiden-te do IPV, no contexto das expectativas para o próximo ano lectivo.

Novidades na oferta formativa para o próxi-mo ano:

No próximo ano o IPV disponibiliza 36 cursos de li-cenciatura, 29 de mestrado e 22 cursos de especializa-ção tecnológica. Como no-vidade na oferta destaca-mos o novo curso de Quali-dade Alimentar e Nutrição a funcionar pela primeira vez na Escola Superior Agrária e vários cursos de especiali-zação tecnológica na Esco-la Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego. Em re-lação ao ano anterior veri-ficou-se apenas a redução dum curso na Escola Agrá-ria mantendo-se nas res-tantes escolas a anterior oferta formativa.

Número de vagasP a r a o a n o l e t i -

v o 2 0 1 2 / 2 0 1 3 o I P V disponibiliza 1370 vagas

para as diversas licenciatu-ras, menos 8% que no ano anterior. Procurámos desta forma contribuir para um maior ajustamento da pro-cura, situação que infeliz-mente não foi seguida pela grande maioria das insti-tuições de ensino superior nem acautelada pelo Minis-tério da Educação. No ano passado ficaram no ensi-no superior público cerca de 8600 vagas por ocupar. É previsível que este ano o número de vagas sobrantes se mantenha ou seja supe-rior. Espera-se uma redu-ção de candidatos e a situa-ção é agravada pelos maus resultados das provas de ingresso. Do meu ponto de vista o ajustamento da oferta formativa deve pas-sar, não tanto pela redução do número de cursos, mas começar fundamentalmen-te pela redução global do número de vagas ao nível das diversas instituições de ensino superior, apro-ximando-as do número de candidatos.

A redução de cursos, principalmente nas regiões onde não existem ofertas alternativas, conduz à re-dução de opções dos can-didatos e pode levar ao en-cerramento de cursos que sejam relevantes para as

empresas e serviços lo-cais. Esta opção de redu-ção de vagas teria a vanta-gem de aproveitar a capa-cidade instalada nas várias regiões do país. Mantendo a situação continuaremos a ver as instituições do lito-ral onde está concentrada a maior parte da população a ter resultados mais favo-ráveis nas colocações e as do interior com menos alu-nos, com reflexos cada vez

maiores no agravamento das assimetrias regionais. As instituições de ensino superior são, do meu ponto de vista, um instrumento privilegiado para a coesão do território nacional que não está a ser devidamente utilizado por falta de regu-lação do sistema.

Expetativas do IPV e es-tratégias para superação da quebra da procura

Tal como referi, não é previsível que os resultados das colocações no concur-so nacional sejam melhores que no ano anterior. Os re-sultados das candidaturas dependem, naturalmente, muito mais das opções dos candidatos do que das pró-prias instituições. Ao IPV cabe pugnar por oferecer aos candidatos uma forma-ção da maior qualidade que os prepare para uma boa in-serção no mercado de tra-balho e garantir aos alunos as melhores condições para tirarem o seu curso.

O IPV é hoje uma insti-tuição de qualidade reco-nhecida a nível regional e nacional que atrai alunos não só da região, mas de todo o país. Possui em re-gra um nível de emprega-bilidade bastante elevado e um nível de satisfação, por parte dos empregado-res, muito favorável. Infe-lizmente nem sempre se

tem verificado por parte dos candidatos ao ensino superior a preocupação de conhecerem com alguma profundidade as institui-ções e os cursos a que se candidatam. Constatamos este facto, com grande fre-quência, designadamente através do elevado núme-ro de candidatos que te-mos anualmente, nos regi-mes de mudança de curso e transferência, de estu-dantes colocados noutras instituições que preten-dem prosseguir estudos no IPV.

A nossa captação de alunos não se esgota, por isso, no concurso nacional de acesso. Tal como refe-ri, recebemos anualmen-te muitas dezenas de es-tudantes através dos regi-mes de mudança de curso e transferência bem como dos concursos especiais. Nestes concursos espe-ciais estão englobados os candidatos já titulares de um curso superior ou de um curso de especia-lização tecnológica. Os cursos de especialização tecnológica têm sido a via de acesso predominante dos alunos provenientes do ensino técnico-profis-sional. Os estudantes que concluem os cursos de es-pecialização tecnológica podem optar por ingres-sar no mercado de traba-lho ou prosseguir estudos numa licenciatura da res-petiva área de formação o que tem sido a opção mais frequente.

No atual contexto não faz sentido a aposta no cresc imento. A estr a -tégia do IPV passa, por isso, pela consolidação e melhoria contínua da qua-lidade de formação e dos serviços que presta com a consciência de que o reco-nhecimento a relevância do IPV tem sido e conti-nuará a ser no futuro um fator essencial para a cap-tação de mais e melhores estudantes.

Paulo Neto

VIAS DE CONCLUSÃO ENSINO SECUNDÁRIO

ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS_VISEU

ENSINO RECORRENTEEFA DUPLA CERTIFICAÇÃO

EFA’s ESCOLARESDiversas UFCD

Tel. 232419820 Email [email protected]

ABERTAS as MATRÍCULAS

educação&formaçãoIPV: Ano lectivo de 2013-2014 Fernando Sebastião ∑ presidente do IPV

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Jornal do Centro25 | julho | 201318

Textos: Micaela CostaGrafismo: Tânia Ferreira

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Suplemento

ESPROSER

Jornal do Centro25 | julho | 2013Suplemento

ESPROSER20

Acompanhando os tempos e as necessidades do mercado a ESPROSER oferece diversos cursos garantindo formação de qualidade aos jovens.

A Escola Profissional tem apostado, com sucesso e resultados, em áreas que proporcionam aos alunos estágios em mais de 60 empresas a nível nacional.

A Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) está prestes a comemorar 20 anos de existência. No próximo dia 29 de julho sopram-se as velas de vinte anos ao serviço da educação e do ensino profissional no concelho e na região.

A ESPROSER nasce a 27 de setembro de 1993, por vontade da Câmara Municipal de Sernan-celhe e da Associação Jornalística, herdando as antigas instalações da C+S, mesmo a tempo de ainda iniciar atividade nesse ano let ivo. Um

m ês d ep ois , a 28 d e novembro, é inaugurada pelo Secretário de Estado da D e fes a Na c i onal , A n t ó n i o F i g u e i r e d o Lopes.

A criação da ESPROSER f o i a l i c e r ç a d a n o s seguintes objet ivos: colmatar a lacuna de ensino secundário no concelho, dar formação aos jovens, evitar que tivessem de deslocar-se para outros concelhos, estancar a emigração e criar uma massa traba-lhadora especializada.

Desde então muitos alunos têm passado pelas

instalações da ESPROSER, um est abelec imento de natureza privada e que tem como principal objet ivo a formação para a integração na soc iedade de jovens profissionais tecnica-mente competentes , conscientemente respon-sáveis e vocacionados para a sua profissão. A Escola Profissional de Sernancelhe propor-ciona ainda uma prepa-ração científica e técnica permitindo aos jovens a sua integração na vida ativa ou no prossegui-mento de estudos.

A E S P R O S E R permanece nas insta-lações da Avenida das T í l i a s , n o e n t a n t o o espaço foi completa-m e n t e r e m o d e l a d o , ganhando assim , ao l o n g o d o s t e m p o s , condições de excelência para a atividade letiva.

No passado ano letivo 2012/2013 sofreu uma intervenção ao nível do espaço exterior envol-vente da escola, nomea-damente no que se refere à iluminação, estaciona-

mento e imagem.Ao nível das infraes-

truturas, a ESPROSER tem vindo a ajustar as suas instalações às necessi-dades das diferentes áreas que lec iona . A tarefa pr ior itár ia foi a cr iação de espaços específicos, devidamente equipadas em função dos cursos ministrados.

Totalmente remodelada e adaptada, em 2004, a escola acolhe neste m o m e n t o a l u n o s oriundos de 16 concelhos.

A m e l h o r i a e ampliação das insta-lações, permitiu atual-mente possuir 12 salas de aulas não especí-ficas, bem como espaços específicos, nomeada-mente a biblioteca, o auditór io, os labora-tórios (física/química, informática e de eletri-cidade), sala prática de mesa bar, sala maquetes, s a l a s d e a u t o c a d , cozinha, bar e espaço co n v í v i o e P a v i l h ã o multiusos.

A escola

ESPROSER há 20 anos a formar Cursos

Escola Profissio-nal de Sernancelhe, das poucas no país que mantem vivo o ensino da obra de Aquilino Ribeiro

Ao longo dos anos, mas muito particularmente na última década, a ESPROSER adotou como referência, para quem lá estuda, o convívio com o escritor sernancelhense, um das referências da literatura nacional, Aquilino Ribeiro.

A participação no evento Feira Aquiliniana, para além de ter recuperado trajes a partir da obra aquiliniana, conseguiu transformar excertos dos seus livros em belas peças de teatro, interpretadas por alunos e formadores.

A recolha gastronómica que vem materializando nos eventos municipais, servindo as iguarias que o Mestre imortalizou como sendo símbolos da Beira Alta (agora, e de forma mais evidente com o Curso Técnico de Restaurante/bar). A iniciativa “Meio Século de Memórias (s)

– Uma geografia senti-mental”, realizada em Sernancelhe no dia 25 de maio de 2013, evidenciou os e ns i n a m e n t os d o p r o f e s s o r A r m a n d o Mateus e a qualidade dos alunos, tanto na confeção como no serviço a mais de uma centena de pessoas presentes no evento. Um roteiro aquiliniano pelo concelho de Sernan-celhe, visitando os locais emblemáticos da sua vida e obra, começou com uma passagem pela Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira, seguiu-se uma visita ao Pátio onde pontua a casa onde nasceu, o Convento de Nossa Senhora da A s s u n ç ã o , p a l c o d o

Va l e r o s o M i l a g r e , o santuário da Lapa e o Colégio onde estudou, a Casa de Soutosa e, por fim, o Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Freixinho, são alguns exemples das atividades desenvolvidas.

Jornal do Centro25 | julho | 2013 Suplemento

ESPROSER 21

Carlos Silva Santiago

Vice-presidente da Câmara

Municipal de Sernancelhe

Tendo assumido as fun-

ções de Vereador do Pelouro

da Cultura no ano 2002, des-

de então estabeleceu contac-

to com a realidade da ESPRO-

SER, na altura como vogal do

Conselho de Direção. No ano

2006 e até 2011 foi Presidente

do Conselho de Administra-

ção, exercendo atualmente as

funções de Presidente do Con-

selho Geral de Supervisão da

Escola Profissional.

“A Escola Prof issional

é u m d o s m a is i m p o r-

tantes car tões- de -visi -

ta do nosso Concelho.

Como espaço de forma-

ç ã o o n d e ce nte n as d e

jovens já completaram o

seu percurso educativo,

o n d e a d q u i r i r a m u m a

profissão e ganharam as

bases para ingressarem,

com qualidade e distin-

ção, no mercado de tra-

balho, a ESPROSER exer-

ce uma função suprema

na sociedade do nosso

tempo: educar.

Contudo, a ESPROSER

tem tr i lhado um cami-

nho difícil mas sem nun-

c a s e d e s v i a r d a r o t a

q u e f o i p l a n e a d a . O s

momentos menos posi-

t ivos têm ser vido para

se for talecer, e os mo -

mentos b ons têm p er-

m i t i d o c i m e n t a r u m a

i m a g e m i n t e r n a e e x-

terna de qualidade, de

rigor e de escola capaz

de preparar jovens para

o m e r c a d o d e t r a b a -

lho. De um modo geral,

a Escola mantém a no -

ção da realidade que a

circunda, das dif iculda-

des que caracterizam o

País e do momento em

que importa gerir bem,

manter a aposta na qua-

lidade e nunca descurar

a exigência no ensino e

na formação.

Uma Escola que con-

segue celebrar um pro-

tocolo com a EDP para

acolher es tagiár ios na

área de e letr ic idade é

exemplif icativo da visi-

bilidade que adquiriu e

das boas referências de

trabalho e capacidade

que os alunos dão. Uma

Escola que, pese embo-

ra as dif iculdades eco -

nómicas do País, garan-

te ins talaçõ es de qua -

l i d a d e, co n d i çõ e s a o s

jovens , se gurança aos

p a is e e ns i n o d e r e f e -

rência só p o de ser um

espaço moderno, aten-

to e capaz.

D i f e r e n c i a m - n o s

i m e n s o s a s p e t o s . Ta l -

vez um dos mais impor-

tantes nos últimos anos

te n h a s i d o a n a t u r a l i -

dade com que a Escola

abriu as suas portas e o

seu conhecimento à so-

ciedade. Não falo só da

r e l a ç ã o co m o Co n ce -

lho de Sernancelhe ou

a s i ns t i t u i çõ e s l o c a is .

Ref i ro - me à cap acida -

de de estabelecer par-

cerias com empresas re-

putadas, com possíveis

empregadores credíveis

no mercado e com enti-

dades nas mais diversas

áreas onde os alunos da

E SPR OSER ter ã o o p o r-

tunidades para mostrar

o s s e u s c o n h e c i m e n -

tos e que são per to de

uma centena de empre-

sas parceiras da Escola.

Mas ref iro -me também

à capacidade organiza-

tiva e de envolvimento

dos seus diretores, for-

madores e colaborado-

res. Sempre dinâmicos,

co ns e g u e m c at i v a r o s

jovens para que even -

tos como a Feira Semen-

tes da Terra e o Festival

da Amizade sejam uma

realização regional. Ano

após ano, impulsionam

eventos no Expo Salão e

dão um contributo ines-

timável à Festa da Casta-

nha, assumindo-se cada

vez mais como prodígios

na reinvenção do menu

gastronómico deixado

por Aquilino Ribeiro.

É de credibilidade mas

também de orgulho que

f a lo quando m e re f i ro

à Escola Prof issional de

Sernancelhe”.

José Mário de Almeida Cardoso

Presidente da Câmara Municipal de

Sernancelhe

José Mário de Almeida Car-

doso, Presidente da Câmara

Municipal de Sernancelhe, é o

grande mentor da criação da

Escola Profissional de Sernan-

celhe- No já longínquo ano de

1993, ladeado pelo então Mi-

nistro Figueiredo Lopes, inau-

gurava as instalações do edi-

fício escolar para que traria o

contributo mais decisivo para

a construção do Concelho de

Sernancelhe no campo educa-

cional, formativo e qualificativo.

“ Recordo com grande ale-

gria o ano de 1993 e os fei-

tos que estão conseguimos

alcançar para Sernancelhe.

Numa época em que, à es-

cassez de recursos soma-

vam-se os números alarman-

tes da baixa escolaridade

e do abandono precoce da

escola, Sernancelhe não dis-

punha de ensino secundá-

rio. Para os jovens que que-

riam prosseguir os seus es-

tudos para além do 9º ano,

as alternativas estavam nou-

tros concelhos ou mesmo

em Viseu. Acredito que, mui-

tos casos deixaram a escola

porque estudar mais longe

de casa acarretava despesas

incomportáveis para os pais.

Contrariando esta realidade

negativa, a Escola Profissio-

nal veio colmatar uma lacu-

na no campo do ensino se-

cundário, com a vantagem

de ainda conferir uma pro-

fissão a quem a frequentava,

e permitiu ao Concelho ultra-

passar uma falha que muito

o condicionava. O surgimen-

to da ESPROSER permitiu ain-

da qualificar os nossos jovens

em termos profissionais, que

pese embora em áreas não

inteiramente adaptadas ás

necessidades de trabalho na

nossa região, conseguiram

alto grau de empregabilida-

de e potenciaram uma ima-

gem de qualidade da Escola

Profissional de Sernancelhe

que muito a valorizou.

Por arrastamento, a Escola

trouxe vitalidade e dinâmica

ao Concelho. Assumindo-se

como espaço de qualidade

no ensino e referência para

alunos, pais instituições e

empresas, rapidamente foi

geradora de iniciativas locais

de enorme projecção e visi-

bilidade. Lembro, a este pro-

pósito, as recolhas de san-

gue, pioneiras em escolas no

nosso País, e que se tornaram

nas mais importantes para

o Hospital de Viseu, dada a

participação e mobilização

que geravam. Nos tempos

atuais, a ESPROSER coordena

iniciativas de grande impor-

tância socioeconómica e cul-

tural no concelho, como é o

exemplo do Festival da Ami-

zade e a Feira Sementes da

Terra. Estas dinâmicas, alia-

das à juventude, assumem

um peso e um significado

extremamente importante

em concelhos do interior do

País, como é o caso de Ser-

nancelhe.

Tenho acompanhado,

sempre de forma muito in-

tensa e atuante, a Escola Pro-

fissional ao longo de seu per-

curso de 20 anos. Contudo,

tenho que reconhecer que

a última década se distingui-

rá pela equipa dirigente que

assumiu os destinos da ES-

POSER. O mérito como con-

seguiram incutir nos jovens

que por lá passam a discipli-

na, a autoridade, o trabalho

e o respeito é louvável. Se

atendermos a que em cer-

tas alturas do nosso País hou-

ver pensadores que ousaram

considerar que estes valores

eram exclusivos das cidades

e dos meios desenvolvidos,

hoje todos reconhecem que

só com estes valores é que

Portugal conseguirá sair da

crise em que mergulhou.

Se há balanço que possa

fazer-se de 20 anos a qua-

lificar jovens, então a Esco-

la Profissional de Sernance-

lhe pode orgulhar-se de ter

conseguido que a qualidade

da escola seja medida pelo

sucesso dos seus alunos no

mercado de trabalho, onde

desvendam todas as suas ca-

pacidades e qualidades, quer

como técnico qualificado

quer como seres humanos

com valores e princípios. Pa-

rabéns à Escola Profissional

de Sernancelhe.

A n a C h a v e s , J o r g e

Figueiredo e Rui Guedes são

os elementos do Conselho

de Administração executivo

da ESPROSER, cargo que ocu-

pam há cerca de uma década.

Volvidos dez anos, o balan-

ço feito pelos diretores é oti-

mista, mas sempre com “os

pés bem assentes na ter-

ra”. “Localmente a ESPRO-

SER é respeitada, na região

é reconhecida, ganhou

credibilidade, cotou-se como

uma referência, ganhou capa-

cidade de aproximação ao

mercado de trabalho e é vista

como geradora de emprega-

bilidade para os alunos que

a frequentam”, define Ana

Chaves, que assume outra

característica atual da esco-

la: “Aos olhos das outras esco-

las, ganhámos voz; somos

ouvidos, somos contactados

como referência, o que é mui-

to positivo e gratificante”.

Jorge Figueiredo, diretor

pedagógico, entende que

“estas relações que mante-

mos, seja internamente, seja

com o exterior, são precio-

sas no sentido em que somos

olhados como referência”.

Opinião semelhante é par-

tilhada por Rui Guedes, res-

ponsável pela área financeira,

que destaca as condições pro-

porcionadas aos alunos como

explicação para o sucesso: “As

instalações são excelentes, es-

tamos equipados com novas

tecnologias, temos um rácio

de computador por aluno ele-

vado, a rede wireless cobre

todo o espaço escolar, fomos

das primeiras escolas a dis-

ponibilizar o livro de pon-

to on-line aos formadores,

e que permite também

aos pais saber, em tem-

po real, por exemplo, se o

filho faltou a um aula, ten-

do os alunos acesso pela

plataforma a toda a maté-

ria de todos os módulos

para poderem estudar”.

É evidente a preocupação

da direção da ESPROSER em

estar sempre à frente no que

respeita às necessidades do

mercado de trabalho. Mais do

que formar, é assumido por

todos que a escola se preocu-

pa em encontrar saídas para

os alunos. Proporcionar-lhes,

na primeira fase, um estágio

de qualidade é essencial. “O

que define e avalia a Escola é o

mercado de trabalho”, diz Ana

Chaves, que demonstra, pelas

parcerias com mais de 60 em-

presas a nível nacional, o tra-

balho que tem sido feito para

proporcionar estágios aos alu-

nos. Rui Guedes confidencia,

por seu turno, que “temos a

preocupação de criar compe-

tências aos alunos, mas tam-

bém de garantir a sua empre-

gabilidade. Temos das me-

lhores empresas nacionais a

acolher alunos da ESPROSER”,

referindo-se ao Protocolo assi-

nado com a EDP, e que se pro-

longará por vários anos, um

sinal claro de que aquela em-

presa reconhece qualidade

à formação ministrada pela

Escola.

Nunca descuidando “a

formação social de cada

aluno”, como refere Jorge

Figueiredo, a ESPROSER não

abdica do princípio do “rigor”

que instituiu em 2003/2004.

Para Rui Guedes, “o rigor é

determinante para manter-

mos a gestão de qualidade

que possuímos” e a expli-

cação para que se mante-

nha o projeto educativo, que

assenta, no entender de Ana

Chaves, na “responsabilização

e na permanente abertura da

escola a toda a sociedade”.

Conscientes de que o “mer-

cado de trabalho já faz a dis-

tinção e já sabe onde esco-

lher os jovens com boa for-

mação”, como revela Jorge

Figueiredo, entendem que o

exemplo da ESPROSER é cla-

ro: “A Escola não tem de ser

neutra perante a sociedade;

deve ser participativa, defen-

der os pilares em que acredi-

ta e transmiti-los; deve expli-

car, sem medos, que aposta

em valores como a família e as

competências sociais”, expli-

ca Ana Chaves. Como exem-

plo, Rui Guedes dá conta da

mudança operada e que pas-

sa agora pela “aposta em dia-

riamente transportar os alu-

nos de fora do Concelho (e são

mais de 60 por cento) de suas

casas para a escola e ao fim do

dia levá-los de regresso ao seio

familiar. Acreditamos que é a

forma mais saudável para eles

e que é mais correto educar

em parceria com a família”.

Jornal do Centro25 | julho | 2013Suplemento

ESPROSER22

O culminar de um cicloA consolidação de conhecimentos, através de uma prova f inal , é o

culminar de um ciclo, que embora termine deixa abertas as portas de um futuro que se quer brilhante. Este “fecho” é feito através de uma prova de aptidão profissional (PAP).

A PAP, é um projeto de realização obrigatória para a conclusão dos cursos profissionais, sendo alicerçada numa essência transdisciplinar e integradora de todos os saberes e capacidades desenvolvidos ao longo da formação pelos formandos.

Esta prova, em forma de um projeto pessoal, é estruturante do futuro profis-sional do aluno é centrado em temas e problemas por eles perspetivados. Nele devem ser investidos saberes e competências adquiridos no quadro de formação.

Relativamente ao presente Ano Letivo 2012/2013, alguns dos temas trabalhados foram os seguintes:

Técnico de Informática de gestão

> GesMovies – Gestão de um clube de vídeo > Like – aplicação informática para gestão de

uma loja roupa> InfoShop – web site de uma loja de informática

> SoftGest – software de gestão> Care – aplicação informática para gestão de

um hospital ao nível dos cuidados de enfermagem> GesPro – desenvolvimento de uma aplicação

para gestão de uma biblioteca> GestMobil – software de gestão para uma loja

de telemóveis

economia

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Não podia haver melhor forma de comemorar os 50 anos de atividade para a Adega Cooperativa de Mangualde, CRL que con-quistar, durante a primeira metade do ano de 2013, cin-co medalhas de ouro em vários concursos nacionais e internacionais.

Apostando numa nova estratégia de comunica-ção que procura posicio-nar os vinhos desta ade-ga num novo patamar de notoriedade, correspon-dente à qualidade atingi-da e reconhecida nos úl-timos anos, a Adega Co-operativa de Mangualde realizou na passada sema-na um encontro com jor-nalistas e clientes no res-taurante “Cascata de Pe-dra” onde foi realizada um

prova vertical de vinhos, conduzida pelo presidente e enólogo António Mendes e pelo enólogo Jaime Mur-ça, na qual esteve presen-te João Azevedo, Presiden-te da Câmara Municipal de Mangualde e Arlindo Cunha, presidente da Co-missão Vitivinícola do Dão (CVR Dão), ex-ministro da Agricultura.

Na vanguarda da pro-moção da excelência dos vinhos produzidos em Por-tugal, esta adega bateu re-centemente um recorde em Itália ao atingir as 54 medalhas com o “Caste-lo de Azurara – Reserva 2010”, vinho tinto do Dão, uma delas de ouro, e ar-recadando outra menção ouro com o vinho “Castelo de Azurara Touriga Nacio-

nal 2010”, na XIIª edição do Concurso Enológico Inter-nacional “La Selezione del Sindaco”

O “Selezione del Sinda-co” (a selecção do presi-dente) é um concurso eno-lógico internacional orga-nizado pela Citta del Vino, congénere italiana da Asso-ciação de Municípios Pro-dutores de Vinho (AMPV), que decorreu de 30 de maio a 2 de junho na cidade italia-na de Brindisi, tendo como

particularidade o facto de ser o único concurso inter-nacional que contempla a participação conjunta de produtores e municípios e onde esta adega cooperati-va se associou ao município que a acolhe, a autarquia de Mangualde.

Para além dos prémios internacionais, esta insti-tuição foi ainda distinguida no IV Concurso “Os Me-lhores Vinhos do Dão En-garrafados” com duas me-

dalhas de ouro e três de prata, sendo o produtor mais premiado pela Co-missão Vitivinícola Regio-nal do Dão (CVR Dão).

“Esta adega, uma das maiores da região, foi ca-paz de criar vinhos com al-guma escala, uma vez que falamos de lotes com mi-lhares de litros de vinho, que lhe garantiram pré-mios altamente prestigia-dos. Ganhar uma medalha de ouro no concurso de vi-

nhos do Dão é uma coisa muito séria já que segui-mos as regras internacio-nais e temos um júri alta-mente independente e com provas dadas, maioritaria-mente formado por gente de fora, enólogos e críticos jornalistas, […] ao mesmo tempo que consegue alcan-çar as medalhas de ouro no concurso internacional em Itália e a medalha de bron-ze no concurso nacional Vinhos de Portugal”, real-çou Arlindo Cunha.

A Adega Cooperativa de Mangualde, constituída a 04 de dezembro de 1963, tem atualmente 751 asso-ciados dos quais 364 são associados com os quais trabalha regularmente.

Pedro Morgado

Vinhos de Mangualde à conquista do mundoOuro ∑ Cinco medalhas em seis meses não são obra do acaso mas fruto de bastante trabalho e muita dedicação

Pedr

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orga

do

23Jornal do Centro25 | julho | 2013

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

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Mais do que promo-ver projetos e ideias iso-ladas aplicadas aos cen-tros urbanos, a pergunta que importa fazer é: qual é o objetivo? Para onde tem de se mobilizar toda uma região? Partindo des-ta base e num timing que assume não ser inocente, a dois meses das eleições autárquicas, a direção do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV) promove a conferência “Dinâmi-cas de Atratividade Ur-bana” esta sexta-feira, dia 26, às 15h00, na Associa-ção Comercial do Distri-to de Viseu, no sentido de alertar “quem vai chegar” que “os centros urbanos são a alma das regiões e devem ser cada vez mais uma preocupação para o futuro”, adiantou o presi-dente do CERV, João Cot-

ta na apresentação do en-contro.

“O CERV também quer ser um agente promotor de ideias e, nesse sentido, esperamos que esta con-ferência seja uma fonte de ideias e de oportunidades para que os centros urba-nos da nossa região se pos-sam desenvolver e possa-mos executar boas práticas implementadas noutros lo-cais”, acrescentou.

A conferência vai con-tar com a participação de Carlos Martins, diretor Executivo Guimarães 2012 Capital Europeia da Cul-tura, de Joaquim Pereira, co-autor do livro “ City-Marketing – My Place in XXI— Gestão Estratégica e Marketing de Cidades” e de Pedro Machado, presi-dente do Turismo Centro de Portugal.

“Vamos ter alguém que

vai analisar a atrativida-de urbana numa perspe-tiva académica, alguém que vai analisar numa perspetiva de experiên-cia feita e, depois, alguém que vai falar sobre como tirar valor daquilo que é feito, a partir destas dinâ-micas urbanas. No fundo [analisar] as três perspeti-vas: como planear, como fazer e como criar valor dos centros urbanos”, ex-plicou João Cotta, refor-çando que a conferência surge para “influenciar no sentido positivo aqui-lo que os futuros autarcas da região vão fazer nos próximos anos”.

Na perspetiva do co-mércio, o projeto de Gui-marães Capital Europeia da Cultura é para o CERV um exemplo a seguir, daí ter sido chamado ao de-bate. O presidente da As-

sociação Comercial e vi-ce-presidente do CERV, Gualter Mirandez aler-tou que “o comércio é um fator de estabilida-de dos centros urbanos”, mas: “temos que ser mais abrangentes, não nos po-demos focar em demasia no comércio, a nossa pri-meira preocupação – e é o que o CERV está a ten-tar pôr no calendário – é a capacidade de atração no seu todo”.

Uma ideia reforçada pelo diretor do CERV. Jor-ge Loureiro admitiu que o tema “está no centro das preocupações dos candi-datos às câmaras munici-pais” ao considerar o tem-po certo para que “possa ficar alguma coisa para influenciar decisões”.

O também vice-presi-dente do Turismo Centro de Portugal adiantou que

do ponto de vista do pro-duto turístico, “os residen-tes têm que estar no prin-cípio da cadeia de preo-cupação” porque só serão bons centros urbanos se forem bons para as pes-soas que lá vivem.

Jorge Loureiro reforçou a necessidade de “perce-ber que nem tudo é em Viseu” há outras dinâmi-cas que devem ser traba-lhadas no mesmo rumo e sublinhou a importância de aproveitar o que acon-

teceu em Guimarães: “É preciso que nos mobilize-mos todos para um objeti-vo. Em Guimarães perce-bemos que toda a menta-lidade mudou desde que se trabalhou no mesmo objetivo”.

Dinâmicas de atrativi-dade urbana para debater amanhã naquela que é a primeira grande ação do CERV.

Emília [email protected]

CERV debate “Dinâmicas de Atratividade Urbana”Conferência ∑ Primeiro iniciativa do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu aproveita época de autárquicas

A Evento foi apresentado pela direção do CERV na passada segunda-feira

∑ 15:00h - Receção dos participantes

∑ 15:20h - Abertura

∑ 15:30h - Carlos Martins, diretor Executivo Guima-rães 2012 Capital Europeia da Cultura

∑ 15:50h - Joaquim Perei-ra, co-autor do livro “ City-

Marketing – My Place in XXI—Gestão Estratégica e Marketing de Cidades”

∑ 16:10h - Pedro Macha-do, presidente do Turismo Centro de Portugal

∑ 16:30h - Debate

∑ 16:45h - Encerra-mento

Programa

Emíli

a A

mar

al

24 Jornal do Centro25 | julho | 2013

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

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Decorre de sábado, 24, até dia 4 de agosto a edi-ção 2013 da ExpOH – Fei-ra Regional de Oliveira do Hospital. Tony Car-reira é o cabeça de car-taz, o popular cantor su-birá ao palco do Parque do Mandanelho no pe-núltimo dia do certame, a 3 de agosto.

Uma vez mais a organi-zação aposta num diversi-ficado cartaz que oferece música para todos os gos-tos e públicos. No arran-que, cabe a Adriana Lua, brasileira com vários dis-cos editados em Portugal, animar o público da re-gião. No segundo dia da Feira Regional será a vez de David Carreira pisar o palco do Parque do Man-danelho, onde apresen-tará as suas mais recen-

tes canções. O conhecido cantor Quim Barreiros re-gressa a Oliveira do Hos-pital quarta-feira, 31. No dia seguinte, primei-ro dia de agosto, a noi-te fica a cargo do Grupo AF – Alta Frequência, num espetáculo já habi-tual repleto de música, cor e animação. O Gru-po AF continua assim a fazer o pleno na ExpOH, já que esteve presente em todas as edições re-alizadas.

Dia 2 de agosto consti-tuirá uma atração espe-cial para os mais jovens, com a prata da casa a prestar provas no con-curso municipal Soltem Talentos. A música se-guirá pela noite dentro com o DJ Diego Miranda, bem conhecido interna-

cionalmente.Tony Carreira será o

centro das atenções no dia 3 de agosto, sábado,

quando brindar o públi-co com um concerto para todas as idades, numa aguardada noite musi-

cal direccionada às famí-lias. A Festa do Emigran-te, realizada em parceria com a Rádio Boa Nova e

a RDP Internacional, en-cerra o cartaz da ExpOH 2013, com atuações de vários grupos musicais concelhios e uma grande noite de fado.

Além dos espetáculos no palco principal do Par-que do Mandanelho, de realçar ainda a presença dos grupos culturais concelhios, como tunas, filarmónicas, ranchos e grupos de cantares tradi-cionais, que irão animar o palco 2, instalado junto da zona da restauração, durante os nove dias do evento.

Destaque ainda para o “Encontro Regional de Concertinas”, no dia 30 de julho, e o espetáculo noturno de Arte Eques-tre “Emoções Ibéricas”, no dia seguinte.

ExpOH com cartaz de pesoCertame ∑ Edição 2013 conta com a presença de Tony Carreira, David Carreira, Diego Miranda e muitos outros artistias,

de 24 a 4 de agosto.

Instituto Politécnico de Viseu ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA VISEUANO LECTIVO: 2013/2015

MESTRADOS

QUALIDADE E TECNOLOGIA ALIMENTAR (5ª Edição)*

TECNOLOGIAS DA PRODUÇÃO ANIMAL (2ª Edição)*

PÓS-GRADUAÇÃO

NUTRIÇÃO E SEGURANÇA ALIMENTAR (2ª Edição)*

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (CET)

AGRICULTURA BIOLÓGICAPRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVELPRODUÇÃO AVÍCOLATECNOLOGIA ALIMENTAR VITICULTURA E ENOLOGIASISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

*1ª Fase de candidaturas: 15/07/2013 a 13/09/2013;*2ª Fase de candidaturas: 23/09/2013 a 18/10/2013

Candidaturas:1ª Fase de candidaturas: 08/07/2013 a 31/08/20132ª Fase de candidaturas: 30/09/2013 a 07/10/2013

Informações[http://www.esav.ipv.pt Quinta da Alagoa, Estrada de Nelas, Ranhados, 3500-606 Viseu | Telefone 232 446 600

DR

25Jornal do Centro25 | julho | 2013

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

CÂMARA DE MANGUALDE SIMPLIFICA PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

A Câmara de Mangualde tem em funcionamento um Sistema de Gestão Docu-mental que visa reduzir o uso de papel como supor-te de informação e arquivo e potenciar um aumento de produtividade e qualidade no atendimento ao munícipe.

“O município, tendo em vista uma gestão pública mais eficaz, determinou a desmaterialização docu-mental, transitando os do-cumentos recebidos e pro-duzidos para o novo sis-tema”, refere uma nota de imprensa da autarquia.

Este sistema, que está a funcionar desde segunda-feira, integra o processo de modernização administra-tiva que a Câmara tem vin-do a desenvolver e “possibi-lita a desburocratização de procedimentos tendo em vista uma maior celeridade dos processos”. Lusa

PARQUE DE CAMPISMO DE MOIMENTA DA BEIRA ABRE PORTAS

O parque de campis-mo da Barragem de Vilar, Moimenta da Beira, abriu as portas a 15 de julho.O com-plexo, situado à entrada do bairro da barragem e pró-ximo da albufeira do Távo-ra, inclui um parque de me-rendas, um parque infantil, duas piscinas, um campo de voleibol de praia, um polivalente desportivo e um parque de caravanismo.

O recinto alberga ainda dois edifícios destinados a instalações sanitárias, bal-neários, zona de lavagem de roupa e louça, vestiá-rios, servindo um deles de apoio ao campo de jogos e às piscinas, entre outras valências. EAPublicidade

Aguiar da Beira juntou atividade económica e cultura durante quatro dias

Cerca de 120 exposi-tores participaram na XII Feira das Atividades Económicas de Aguiar da Beira, que decorreu de 18 a 21 de julho.

O certame apresen-tou-se com um programa para quatro dias compos-to pela representação de toda a atividade económi-ca do concelho, do arte-sanato ao turismo rural, juntamente com concer-tos e espetáculos musi-cais.

A Câmara Municipal, entidade organizadora

do certame destacou o Cortejo Etnográfico como um dos pontos al-tos do evento. O desfile teve a participação das 13 freguesias de Aguiar da Beira e das instituições de solidariedade social do concelho.

Na quinta-feira, atuou a orquestra A.D.R.C. de Aguiar da Beira. Na sex-ta-feira, dia 19, o desta-que em palco foi para o concerto dos Deolinda. No Sábado houve folclo-re seguido da atuação de Ana Malhoa e do orga-

nista Novo Ritmo. O úl-timo dia de feira, 21 de ju-lho teve em palco o gru-po de concertinas Clave de Sol e o grupo de Viseu HI-FI.

Para a autarquia a Feira das Atividades Económi-cas é, por um lado, a for-ma encontrada para per-mitir às pessoas exporem o seu trabalho desenvol-vido no concelho e, por outro, uma receção ao emigrante “antecipando-se às festas de verão”.

Emília Amaral

Evento∑ XII Feira das Atividades Económicas

A O certame contou com mais de uma centena de expositores

Alterações recentes no Fundo de Estabilização

Financeira da Segurança Social

Clareza no Pensamento

Uma portaria publicada ainda pelo ex-ministro das Finanças Dr. Vítor Gaspar e pelo ministro da Segurança Social Dr. Pedro Mota Soa-res (portaria nº 216-A/2013, de 2 de julho), determinou que, a partir de 3 de julho deste ano, sejam investi-dos em dívida pública por-tuguesa até 90% das verbas do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). Trata-se de uma medida no mínimo “polémica”, que contraria alguns dos princípios mais básicos de investimento nos mercados financeiros…

O FEFSS constitui um fundo, criado em 1989, com o intuito de garantir a esta-bilidade do pagamento de pensões, dispondo de au-tonomia administrativa, fi-nanceira e patrimonial. Des-de 2002, parte dos descontos dos trabalhadores é cana-lizada para este fundo com o objetivo de criar uma “al-mofada” financeira que per-mita acautelar o pagamento de pensões por um período mínimo de dois anos.

O Fundo é gerido pelo Instituto de Gestão de Fun-dos de Capitalização da Se-gurança Social (IGFCSS), obedecendo a sua gestão (pelo menos em teoria!) a um princípio de diversifi-cação e a um conjunto de limites ao investimento. De entre esses limites ao investimento contava-se, até à publicação da porta-ria referida anteriormente, a obrigatoriedade do fundo apresentar uma quota míni-ma de 50% de investimento em títulos de dívida pública portuguesa, quota mínima essa que passou agora para os 90%. Apesar dos moti-vos apontados pelos res-ponsáveis pela publicação desta portaria para justifi-car esta alteração (nomea-damente os níveis de taxas de juro particularmente “de-primidos” que os títulos de dívida pública dos Estados membros da OCDE em que o fundo investia e a imposi-

ção resultante do Programa de Assistência Económica e Financeira), o que é facto é que esta medida não tem em conta alguns dos princípios mais básicos do investimen-to em mercados financeiros: a relação inversa entre ren-tabilidade/risco (se um in-vestidor pretender aplicar as suas poupanças num pro-duto financeiro com maior rentabilidade, deverá com certeza estar disposto a as-sumir também um maior risco; por outro lado, se um investidor não quiser inves-tir em produtos financeiros com um risco elevado, então deverá estar disposto a obter uma rentabilidade menor) e a diversificação das aplica-ções (em vez de colocarmos todos os ovos que dispomos numa mesma cesta, deve-mos colocá-los em diversas cestas; deste modo, mes-mo que uma ou duas cestas caiam ao chão e os ovos se partam, ainda continuamos a dispor dos ovos das outras cestas). Efetivamente, se a intenção desta alteração na política de investimento do FEFSS é tentar melhorar a rentabilidade dos ativos que detém, ao investir-se uma percentagem tão grande da sua carteira em títulos de dí-vida pública nacional está a expor-se o fundo a um ris-co demasiado elevado (se as avaliações do risco da dí-vida pública portuguesa já não eram muito favoráveis, em função do desempenho dececionante da execução orçamental, a atual crise po-lítica só veio agravar ainda mais a situação). Além dis-so, ao concentrar-se de for-ma tão acentuada os ativos do fundo em dívida pública portuguesa, uma evolução menos favorável destes títu-los não só tem efeitos muito negativos na rentabilidade do fundo, como também po-derá por em causa a própria finalidade da criação do fun-do – assegurar a cobertura das despesas com pensões por um período mínimo de dois anos.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Ilídio SilvaDocente na Escola Superior de

Tecnologia de [email protected]

DR

26 Jornal do Centro25 | julho | 2013

desporto

“Não gostei, estou de-siludido com a equipa, es-perava uma equipa mais agressiva, mais pressionan-te, com outra dinâmica”. Este foi o desabafo de Vítor Paneira na conferência de imprensa, após o jogo de apresentação do plantel, frente ao Arouca, no passa-do sábado, no Estádio João Cardoso, em Tondela.

A exibição não agradou ao treinador. A uma sema-na da primeira jornada da Taça da Liga, Vítor Panei-ra não esperava que a for-mação tondelense come-tesse “erros primários que se aprendem na formação, nas escolinhas”, como o próprio afirmou.

Foi evidente a superio-ridade do Arouca, recém-promovido à I Liga portu-guesa de futebol. O Tondela até entrou bem e marcou primeiro, de penálti, com um golo de Piojo, mas os comandados de Pedro Emanuel rapidamente to-maram as rédeas do jogo e colocaram a nu algumas debilidades do Tondela.

Falta gente na frente, pro-blema que pode ser resol-vido com a entrada de no-vos jogadores para a frente de ataque. Na apresenta-ção, o presidente Gilberto Coimbra fez saber que du-rante esta semana deverão ser apresentados novos re-forços, e que Vítor Paneira

afirmou serem “três joga-dores do meio campo para a frente”. Até ao fecho desta edição o clube, oficialmen-te, ainda não havia anun-ciado nenhum reforço, ape-nas tendo avançado a saí-da do médio Fábio Lopes que rescindiu o contrato que o vinculava ao clube até 2014.

Este sábado começam os jogos “a doer” com a pri-meira jornada da Taça da Liga. A formação de Vítor Paneira defronta, em casa, o Desportivo das Aves, equipa que na época pas-sada garantiu a quinta po-sição. Na próxima quarta-feira, 31, segunda jornada, com o Tondela a viajar até aos Açores para defrontar o Santa Clara.

Vítor Paneira, no lan-çamento a estas partidas, diz que a equipa vai ter que “entrar muito bem na Taça da Liga, com vontade de

vencer, com outra atitude, outra dinâmica e outra soli-dariedade, que não tem ha-vido na equipa”.

Na conferência de im-prensa o técnico deixou ainda mais uma crítica aos

seus jogadores, afirmando que a pré-época foi “das ve-detas” e que “vamos entrar agora na Taça da Liga e dos Campeões”.

Micaela Costa

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A Apresentação oficial aos sócios terminou em derrota frente ao Arouca (1-3) e com Vítor Paneira a não gostar dos erros dos seus jogadores

Futebol

Agora já vai ser a doer

O A c a d é m i c o d e V i s e u c ont i nu a n o mercado e assegurou um reforço sonante ao contratar o interna-cional português João Alves. O médio está de regresso ao futebol na-cional depois de ter es-tado ao serviço dos ci-priotas do Omonia.

O jogador de 32 anos, formado no Chaves, passou também pelo SC Braga, Sporting e Vitória de Guimarães e faz agora parte das op-ções de Filipe Moreira. As atenções estão ago-ra v i radas pa ra u m

ponta-de-lança que possa reforçar a equi-pa academista, numa altura em que também se fala da hipótese de contratação do lateral esquerdo Marco Lan-ça, ex-Santa Clara.

Este sábado, no Fon-telo, joga-se a primei-ra jornada da Taça da Liga com o Académico a receber o Atlético, em partida marcada para as 17h00.

Quarta-feira, volta a jogar em casa com o Leixões, partida a con-tar para a segunda jor-nada. MC

Futebol

João Alves no Académico

DR

CD

Ton

dela

∑ Equipa técnicaVítor Paneira – Treina-

dorCarlos Rego – Treinador

adjuntoAndré Mota – Treina-

dor adjuntoA n d r é R a f a e l –

Preparador físicoPaulo Cadete – Treina-

dor do guarda-redes

∑ PlantelCláudio Ramos – Guar-

da-redesArmando – Guarda-redesRicardo Andrade –

Guarda-redesPedrosa – Defesa

Pica – DefesaDeyvison – DefesaCarlos André – DefesaEdson – DefesaJoão Vicente – DefesaPalmeira – DefesaPedro Araújo – DefesaFábio Pacheco – MédioTiago Barros – MédioMárcio Sousa – MédioCalé – MédioBoubacar – MédioEricson – MédioJô – AvançadoPiojo – AvançadoAmuneke – AvançadoDally – AvançadoRúben Silvestre – Avan-

çado

Época 2013/2014

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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MODALIDADES | DESPORTO

Lusi

tano

FC

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O Lusitano de Vilde-moinhos já começou a treinar. É a pré-época dos trambelos de pre-paração para a estreia no novo Campeonato Nacional de Seniores. Rui Cordeiro, que con-tinua como técnico, conta com um plantel com algumas caras no-vas e 13 renovações. Fi-cam da época passada os jogadores: Guilher-

me Maló, Miguel Lou-renço, Fernando Belo, Marco Toipa , Néné, Frank, João Faro, Tiago Henriques, Hugo Pi-res, Rui Madeira, Ál-varo Dias, Diogo Braz e Luís Costa.

Segunda-feira, 29, a equipa senior de Vil-demoinhos f ica a co-nhecer o calendário do Campeonato Na-ciona l de Sen iores ,

bem como a equ ipa que irá defrontar na 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. Recorde-se que já tinha sido di-vulgado que o Lusita-no fará parte da série D do novo campeona-to da Federação Por-tuguesa de Futebol , onde estará também o Cinfães, o outro clube de Viseu neste campe-onato. MC

Futebol

Trambelos já trabalham para a nova época

Atletismo

Atleta mangualdense é campeão nacional

O atleta mangualdense, Vitor Salvador, sagrou-se campeão nacional de ve-teranos ao vencer o Cam-peonato Nacional de Ve-teranos de Pista Aberta, na categoria de M40, que decorreu no passado dia 13, no Luso.

Na prova, que consis-te em fazer 3000 metros obstáculos, participaram 25 atletas de diversas ca-tegorias.

Vitor Salvador repre-senta a Associação Se-nhora do Desterro de São Romão, é natural de Mangualde e tem 42 anos. Ficou em quarto

lugar na geral e em 2013 foi já vice-campeão de corta-mato, campeão de estrada 15 Km e alcan-çou o terceiro lugar no Campeonato Nacional de Veteranos de Pista Coberta.

Karting

Rodrigo Correiana Expofacic

O piloto de Lafões vai marcar presença na Ex-pofacic em Cantanhede, certame que apresenta este ano e pela primeira vez um espaço dedicado à modalidade do Karting. A pista de Karting mon-tada numa área de 1800 metros quadrados é uma das novidades deste ano e está localizada junto à entrada de São João, onde diariamente estarão cer-ca de 20 karts de aluguer a cargo do Kartódromo de Oiã.

Rodrigo Correia, fará

as suas “demonstrações” sábado, pelas 21h00, do-mingo dpelas 17h00 e dia 3 de Agosto pelas 16h00. MC

DR

DR

Jornal do Centro25 | julho | 2013

29

culturas

Depois de “nascer” em Lisboa, ter conquistado o Porto, Londres, Amester-dão, Barcelona e outras ci-dades europeias, o projeto internacional de divulgação de curtas-metragens está desde a passada sexta-feira em Viseu.“Esta é a forma mais co-

nhecida em Portugal de divulgação das curtas, e uma das formas preferen-ciais dos realizadores para divulgarem os seus traba-lhos”, explicou Carlos Sal-vador, um dos responsáveis por trazer o projeto para Viseu.

A S h o r t C u t z r e ú -n e u m c o nj u nto d e curtas-metragens que po-dem ser visionadas por to-dos os que, pelo menos até ao início de outubro, visita-rem os jardins da Empório, morada de verão do even-to. De quinze em quinze dias, com a próxima sessão marcada para sexta-feira, 2 de agosto, são projetadas duas curtas em competição, uma curta/projeto/realiza-dor convidado e ainda uma curta estrangeira.

Na primeira sessão mais de 50 pessoas marcaram presença num projeto que promete divulgar não só

projetos nacionais e interna-cionais como filmes realiza-dos por viseenses. “Vamos ter vários filmes de realiza-dores viseenses”, adiantou Carlos Salvador.

Luis Belo, é o outro res-ponsável por trazer a Short Cutz para Viseu. Esta já não é a primeira aventura do vi-seense no mundo das cur-tas. Para além de ter venci-do o concurso dinamizado pela escola Mariana Seixas, foi o criador das Curtas ao Tanque, projeto que no ve-rão passado transmitiu fil-mes no local que agora ser-ve de casa para as Short-Cutz. “Deixámos as Curtas ao Tanque e passámos para este conceito mais alarga-do, que nos dá outras coisas, como por exemplo, aces-so ao catálogo de todas as curtas, de todas as cidades onde há ShortCutz, o que possibilita oferecer, a quem nos visita, uma seleção de curtas que de outra forma

não conseguiríamos”.A ShortCutz Viseu tem

contado com várias parce-rias que tornam possível a realização deste projeto. “A Empório como residência de verão do evento, o res-taurante Lanxeirão com as refeições para convida-dos de fora e o hotel Grão Vasco, têm sido parceiros fundamentais para que possamos dar aos viseen-ses o que de melhor se faz nas curtas”. Este projeto, que não tem quaisquer lu-cros financeiros, uma vez que as entradas são gratui-tas, carece de algum ma-terial importante à trans-missão dos filmes. Agora, e para que todos tenham as melhores condições, só fica a faltar um proje-tor, uma tela e colunas que, como explicou Carlos Sal-vador, “têm sido amavel-mente emprestados”.

Micaela Costa

roteiro cinemas Estreia da semana

Wolverine– Wolverine decide viajar até ao Japão para procurar respostas para as várias pergun-tas que tem sobre o seu passado.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 14h20, 16h45, 19h10Monstros: A Universidade VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h30*WWZ: Guerra Mundial(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20, 21h00, 23h20* Turbo 2D

(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h20, 21h10, 00h00*Wolverine(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h05, 21h20, 00h20*Batalha do Pacífico(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h50, 00h10*As vidas de Artur(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h30, 23h50* Gru o maldisposto 2(M6) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h10, 17h00, 21h10, 00h00*Wolverine(CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h40, 16h00, 18h20Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h20 WWZ: Guerra Mundial 2D(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h05, 21h50, 00h25 Depois da Terra(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 15h55, 18h30, 21h20, 00h05Mestres da ilusão(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00 (dom.), 14h00, 16h15, 18h45

Turbo 3D(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h00, 23h55 Batalha do Pacífico(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h30, 00h15Miudos e Graúdos 2(CB) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

expos

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Posto de Turismo

Até 31 de julho, a exposição

de artesanato, “Bel’Arte”,

de Anabela Gomes

∑ Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até 3o de agosto, a exposi-

çãode fotografia, “Rios de

Vida”, de João Cosme

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Biblioteca Municipal

Até 30 de agosto, a expo-

sição de peças decorativas

“Um Toque de Imagina-

ção”, de Edna Alvim.

VISEU

∑ Palácio do Gelo

De 13 a 26 de julho, a exposi-

ção de 25 fotos dos princi-

pais pontos de interesse da

cidade, numa “uma visão

do antes e do depois”

SÁTÃO

∑ Casa da Cultura

Até 31 de julho, a exposição

de pintura, “A Diversidade

da Arte”, de Hugo Almeida

Destaque Arcas da memória

“O homem que plantava árvores”

Chamava-se Elzéard Bouffier e ninguém sabe-ria da exemplar saga des-te homem, humílimo, per-sistente, herói de seu dia a dia, se não fora o precio-so livro de Jean Giono – O Homem que Plantava Ár-vores – que eu li como leio sempre O Principezinho ou o Cântico dos Cânticos na sua densidade poética e de sonho.

O título do livro resume, todavia, de uma forma bela, a biografia deste homem que perdeu ainda novo o único filho e a esposa e depois se retira com trin-ta ovelhas e um pacífico cão para uma inóspita en-costa que dos Alpes desce para a Provença onde deu um sentido novo à sua vida, dádiva da natureza ou da Providência, em que pa-rece crer, e que ele retri-bui, generoso até ao limite, plantando de vida a monta-nha onde as aldeias tinham sido abandonadas, onde os ribeiros tinham deixado de correr.

Elzéard Bouffier levan-tava-se com a alva, con-fiava ao cão a guarda das ovelhas e lá ia subindo a serra, cada dia mais lon-ge, enterrando as glandes dos carvalhos que selec-cionara antes de adorme-cer. Nem todas as semen-tes nasciam, nem todas escapavam à seca ou aos roedores. Persistiu. Breve eram dez mil as pequenas árvores sobreviventes. De-pois plantou faias. E áceres que não se adaptaram. E bétulas. E a montanha vol-tou a ter a cor verde e cinza da Primavera e a cor casta-nha dos Outonos. Os ribei-ros secos começaram de

novo a correr. Veio gente habitar outra vez as aldeias onde se refizeram os mu-ros das casas, das hortas, da capela. Nasceram ou-tra vez as flores. Sentiu-se o cheiro da alfazema nos canteiros. Elzéard Bouffier continuou o seu projecto enquanto a saúde lho per-mitiu. Morreu tranquilo em 1947. Deixava uma das mais sublimes heranças do nosso tempo!...

Quando li este livro lembrei-me do exemplo de meu pai. A sua biogra-fia também é curta. La-vrou terras onde cresceu o pão com que eu cresci. Foi também plantador de árvores. Lembro-me dos renques de macieiras que cresceram junto aos ribei-ros da Quinta do Valbom. Das maçãs camoesas, bra-vo de Esmolfe, das inver-niças, que outro nome não lhe dávamos e que eu sa-boreava, assadas, nas férias do Natal, e as cabaçais, e a doçura destas maçãs que a minha mãe repartia pelos vizinhos. E os pessegueiros que semeava pela vinha. E aquela cor da flor dos pes-segueiros, a primeira que trazia a Primavera. E as fi-gueiras da borda da vinha. E até uma roseira onde ele colhia rosas que leva-va a minha mãe, onde eu colhi também pétalas de rosa que espalhei ao vento e não sei bem se caíram so-bre os cabelos de alguém. E as mimosas que eu plantei. E o destino que não fez de mim um lavrador!...

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Projeto internacionalde curtas chegou a ViseuShortCutz∑ Na mostra de curtas-metragens serão transmitidos filmes realizados por viseenses, realizadores nacionais e internacionais

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Jornal do Centro25 | julho | 2013

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culturas

Já são conhecidos os vencedores do festival de curtas-metragens, Vis-ta Curta, organizado pelo Cine Clube de Viseu e Em-pório.

Dos quase 60 traba-lhos a concurso foram 16 os comtemplados para se submeterem à aprecia-ção do júri constituido por Nicolau Tudela, Teresa Eça e Joaquim Alexandre Rodrigues.

O filme “Negro” de Jérémy Pouivet (2012), foi o vencedor da categoria me-lhor filme Vistacurta 2013. Negro, conduz o espécta-dor por uma viagem aluci-nante pela consciência de um homem, que sofre com a perda da sua filha e que o leva a uma vida rodeada de maus hábitos e angústia. É quase como uma espécie de dedicatória a todos aqueles que contemplam o negro, da noite.

Na categoria escolar, cujo prémio reverte para a esco-la e não para os autores, o vencedor foi “A Lenda da Cabicanca”, de Carlos Pais e dos alunos do 6º A (2010/11)

da Escola Básica Padre José Augusto da Fonseca em Aguiar da Beira. A curta “A Lenda da Cabicanca” é uma história que os habitantes de Aguiar da Beira gostam de contar e que, de certo modo, é um dos seus em-blemas. “Um dia uma ave nunca antes vista sobrevoa-va Aguiar da Beira…”. Com a ave chega o medo e para

o combater surge um herói pouco vulgar”.

Na categoria de melhor-documentário o grande vencedor foi “Rua Direi-ta, nº15”, de Hugo Santos (2013). O documentário re-trata a arte de cortar e co-ser tecido, que há cerca de cinquenta anos se exerce no nº 15 da Rua Direita. En-tre o novo e o antigo “fun-

dem-se as tendências e tra-dições”.

O prémio para melhor ficção foi para Joana Beja Silva com “Ver de Ténue” (2013), que conta a histó-ria de Isabel, uma mulher consumida pela loucura e que vive para Fernando, o seu único amor. Toman-do como espaço um Hos-pício, Verde Ténue é a vi-são de Isabel, presa a uma rotina que não a permite percepcionar com coerên-cia a realidade, vendo Fer-nando como relógio huma-no que marca a passagem dos dias.

Por último o melhor fil-me experimental foi ganho por Ana Seia Matos (2013) com “[NADA] ANDA”. E que como a própria expli-cou, são “imagens que ilus-tram a minha interpretação do que uma das grandes po-tências europeias, a Alema-nha, acha que devemos fa-zer e do que acha que, por outro lado, nos devemos abster. Trata de identidade, a nossa, a minha.”

Micaela Costa

Destaque

O filme “Negro” vence Vistacurta 2013

João, Aderente

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O som e a fúria

Para Roma com amor

Woody Allen tem já um lu-gar cativo na lista das maio-res referências cinematográ-ficas a nível internacional. Explorando o fetiche ameri-cano pelas grandes cidades europeias, e depois de “Ma-tch Point”, “Vicky Cristina Barcelona” e “Meia-Noite em Paris”, Woody decidiu filmar as esguias e sinuosas ruas de Roma em “Para Roma, com Amor”. É muito fácil cair num lugar-comum quando fala-mos sobre este realizador. E isso pode acontecer quando usamos adjetivos como “neu-rótico” ou “brilhante”, como a partir de expressões do tipo:

“um filme fraco de Woody é melhor do que a média dos outros cineastas.” Ora, é isso que sucede com “Para Roma, com Amor”: é simplesmen-te um filme superior à maior parte das comédias que che-garam aos cinemas nos últi-mos tempos.

A comédia romântica é o género onde Woody se move com grande facilidade e isso nota-se facilmente nes-te filme, não só pela ligeireza como consegue abordar as constantes dificuldades das relações humanas, mas tam-bém pelo bom humor que in-cute a todas as temáticas que compõem o filme. O talento de Allen reside na sua capaci-dade avassaladora como ob-servador. Observa homens, observa mulheres e obser-va cidades, descrevendo nos seus filmes, com um talen-to ímpar, a essência de cada um destes três intervenientes. Woody Allen conta as histó-rias de que gosta, como gosta.

Pelo caminho diverte-nos. Este filme traz-nos várias

personagens que, tal como em muitos filmes do realiza-dor, se encontram, de uma forma ou de outra, mais ou menos insatisfeitos com a vida que levam. A insatis-fação é, aliás, para o realiza-dor a principal característica humana; é a última frustra-ção, aquilo que nos impede de parar, de nos estabelecer-mos e de nos contentarmos com o que de precioso já pos-suímos. Na procura da feli-cidade, nós, tal como Anto-nio (Alessandro Tiberi), Jack (Jesse Eisenberg), Giancarlo (Fabio Armiliato) e Leopol-do (Roberto Benigni), preferi-mos a imponência do Coliseu, quando deveríamos vaguear pelas ruas tortuosas e menos conhecidas de Roma, como o diz, a certa altura, John (Alec Baldwin).“Para Roma, Com Amor” não é nenhum “An-nie Hall” ou “Manhattan”, nem chega a ser tão magné-tico como o recente “Meia-Noite em Paris”. No entanto, é um filme muito bom. Aci-ma de tudo, tem como prin-cipal trunfo uma mensagem que tem tanto de actual, como de rico e profundo. Apesar de poder ter sido filmado com maior rigor técnico (é fre-quente vermos figurantes a olhar directamente para a câ-mara, por exemplo, ou sentir-mos a câmara a tremer vio-lentamente durante planos da cidade de Roma), é impos-sível encarar com indiferença a trama que organicamente se vai construindo. Woody Allen did it again!

Maria da Graça Canto Moniz

“O Tesouro”, um fil-me de Gonçalo Silva e de Marcantonio Del Carlo, que conta com a partici-pação dos atores Nuno Melo, Nuno Pardal, Diogo Lopes, Joaquim Nicolau, José Martins e Sara Bar-ros Leitão, vai ser rodado no concelho de S. João da Pesqueira nos dias 2, 3 e 4 de agosto.

A curta-metragem ba-seada no conto homónimo de Eça de Queirós surgiu no âmbito de um ciclo de

quatro curtas-metragens que serão rodadas no Douro, com o objetivo de revelar ao mundo a re-gião e as suas gentes.

O filme vai ser exibi-do no Brasil, Alemanha e Itália. Marcantonio Del Carlo anunciou no do-mingo, durante a apre-

sentação do projeto, que a antestreia vai acontecer em S. João da Pesqueira, a 30 de agosto, integrada na Vindouro - Feira de Vi-nhos do Douro.

“O Tesouro” é um filme de aventura em que os atores contracenam com os habitantes de S. João da Pesqueira. Para tal de-correu já um casting em que participaram cerca de 60 habitantes do con-celho, no Cineteatro João Costa. EA

Filme “O Tesouro” rodado em S. João da PesqueiraCinema

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culturas

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Está a decorrer, desde segunda-feira, e até 28 a terceira edição dos Jar-dins Efémeros.

O evento, conta este ano com uma programa-ção mais alargada, sete dias e sete noites. Tam-bém o espaço se “esti-cou” e este ano as ruas Direita, Formosa e do Comércio, assim como o Mercado 2 de Maio e o Adro da Sé são invadi-dos por um cenário ver-de e florido.

O evento tem como ob-jetivo divulgar e dar à ci-dade as múltiplas mani-festações culturais como

o teatro, pintura, dança, instalações multimédia, música, gastronomia, ci-nema, conferências, lite-ratura e fotografia.

O centro da cidade transforma-se num ver-dadeiro jardim gigante e nesta edição nem uma cascata faltou.

A par de todas as ativi-dades culturais esta ter-ceira edição contou ain-da com a “preciosa” aju-da da arquitéta Joana Astolfi que fez algumas intervenções em lojas da Rua Direita.

Micaela Costa

Destaque

Já arrancou a terceira edição dos Jardins Efémeros Evento∑ A zona histórica é durante sete dias e sete noites invadida por música e muita arte

A Centro histórico é até domingo um jardim gigante

O artesão de Penedo-no, Ilídio Serôdio venceu o Prémio Nacional de Arte-sanato da FIA Lisboa com a obra da sua autoria “Ceira Filtro de Azeite em Junça”.

A edição deste ano do prémio da Feira Internacio-nal de Artesanato (FIA) foi subordinada ao tema “En-trelaçar – As artes de tra-balhar e entrelaçar fibras vegetais”, como forma de alertar que se trata de um subsetor artesanal particu-larmente ameaçado pela concorrência de produtos similares importados e de baixo preço e carenciado de projetos de inovação”, reve-lou a organização. Ilídio Se-rôdio com a ceira de azei-te em junça pode agora ser

uma força de alerta contra esse perigo, ao mesmo tem-po que vê reconhecido o seu trabalho de artesão e o ar-tesanato em junça da Be-selga.

“Ceira Filtro de Azeite em Junça”, foi considerada pelo júri, a melhor obra artesanal presente no concurso da FIA Lisboa 2013. EA

Artesão de Penedonoé o melhor a nível nacional

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em foco

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Realizou-se na passada sexta-feira na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficien-te Mental de Viseu (APPACDM) a festa portuguesa que contou com as atuações de Carlos Peninha, o gru-po GiraFoles, Carlos Clara Gomes, Carla Linhares & Carlos Viçoso e o Grupo de Concertinas.

Primeiro Festival de Jazz de Viseu, organizado pela Associação Gira Sol Azul, decorreu ao longo de quatro dias em diferentes locais da cidade.

1º festival de Jazz de ViseuIgual a si próprio o Tom de Festa voltou a proporcionar momentos únicos em

Tondela, através da organização da ACERT. O festival levou à cidade músicas do mundo e um conjunto de outras atividades, nomeadamente, uma feira de produtos locais, um festival de curtas e uma exposição de fotografia.

23ª edição do Tom de Festa

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Festa Portuguesa na APPACDM

em foco

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Mais de duas centenas e meia de motociclos de todos os tipos vindos de toda a região juntaram-se na Zona So-cial e Desportiva de Lamosa.

Com excelente organização, bar aberto, muitas anima-ção e muita gente, este convívio saldou-se por um êxito que deixou muita marca de saudade em todos quantos, uma vez na vida, usaram este meio de transporte tão po-pular e prático.

Exposição de motas clássicas de Lamosa

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saúdeMangualde associa-seà campanha “Brincare Nadar em Segurança”

O Centro de Infor-mação Autárquico ao Consumidor (CIAC) de Mangualde associou-se à campanha “Brincar e na-dar em segurança” da Di-reção-Geral do Consumi-dor, como forma de alertar os pais e educadores para a adoção de procedimen-tos e de comportamentos que ajudem a diminuir os riscos de acidentes nas pis-cinas e a divulgar a norma portuguesa sobre requisi-

tos de segurança de veda-ções e acessos.

A Direção-Geral do Consumidor é extensa nas recomendações deixa-das através da campanha, mas reforça um apelo con-

siderado básico: “nenhum equipamento de seguran-ça substitui a vigilância”. O alerta é para manter as crianças sob a vigilância permanente e efetiva de um adulto.

Objetivo∑ Alertar os pais e assim diminuir os riscos de aci-dentes nas piscinas

saúde e bem-estar

A Câmara de Sátão vai realizar mais uma e d i ç ã o d o e v e n t o “Sátão com Desporto e Saúde”, este sába-do, d ia 27, às 18h30, no la rgo da fei ra de Ladário, na freguesia de São Miguel de Vila Boa.

Do programa cons-ta m vá r i a s at iv id a-des. Uma caminhada, uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio da obesidade com a ava l iação da tensão a r ter ia l , g l icém ia e índice de massa cor-poral, realizados por técnicos especializa-dos da Unidade Mó-vel de Saúde.

Tr a t a - s e d e m a i s uma iniciativa do mu-nicípio que pretende

incentivar as pesso-as para a prát ica do desporto ao ar l ivre e para os seus bene-fícios na saúde.

O evento é gratuito e será disponibilizado t r a n s p o r t e g r a t u i -t o n o L a r g o d e S . Bernardo, em Sátão, à s 1 8h 15 . Se a s con-d ições c l imatér icas não forem propícias, a data de rea l ização do evento será a lte-rada.

Para mais informa-ç õ e s , o s i n te r e s s a -dos devem contactar o Gabi nete de Des-por to do Mun icípio de Sátão at ravés do nú mero de telefone 232980800 e correio eletrónico [email protected].

Mais desportoe saúde em Sátão

CAMPANHA CONTRA DOENÇA VENOSA CRÓNICA

Estima-se que cerca de dois milhões de mulheres portuguesas, com mais de 30 anos, sofram de doen-ça venosa crónica e que grande parte da popula-ção portuguesa ainda des-conheça os principais sin-tomas e sinais subjacentes à doença, desvalorizando as suas consequências e encarando-a unicamen-te do ponto de vista esté-tico.

O número é avançado pela Sociedade Portugue-sa de Angiologia e Cirur-gia Vascular, entidade que está a promover a segunda fase da campanha “Veias Saudáveis?”. A mesma tem como objetivo promover o diagnóstico e tratamento precoce da doença e está presente em todas as ins-tituições dos cuidados de saúde primários do país, até setembro.

Jornal do Centro25 | julho | 2013 35

SAÚDE

O que é a apneia do sono? A apneia do sono ca-racteriza-se por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores, que condicionam uma ausência (apneia) ou redução impor-tante (hipopneia) do fluxo oro nasal. Resulta numa in-capacidade para manter a permeabilidade da via aé-rea durante o sono, devido ao colapso da faringe no de-curso da inspiração favo-recido pela perda de tónus

muscular dos músculos da faringe. Estes episódios re-correntes de obstrução da via aérea superior provo-cam queda na saturação da oxihemoglobina e desper-tares transitórios, levando a uma fragmentação do sono, com diminuição ou mesmo ausência do sono profun-do, ocasionando um sono de má qualidade, não repa-rador.

Enquanto na apneia há uma obstrução completa do

fluxo aéreo oro nasal com duração igual ou superior a dez segundos, na hipop-neia há uma diminuição do fluxo de 30% ou mais, com igual duração, acompanha-da de queda da saturação de oxigénio igual ou supe-rior a 3%. Ambas as situa-ções têm consequências de maior ou menor gravida-de para o doente de acordo com o número e a duração dos eventos.

A Síndrome de Apneia

Obstrutiva do Sono (SAOS) é a causa mais frequente de hipersonolência diurna subdiagnosticada. Calcu-la-se que a sua prevalência na população em geral seja cerca de 7%. O excesso de peso, o consumo de álcool antes de dormir, o uso de sedativos que, além de in-terferirem com as fases do sono, diminuem como o ál-cool a permeabilidade da via aérea e algumas pato-logias como o hipotiroidis-

mo, constituem importan-tes fatores de risco.

Elevado risco para SAOS. Há grupos identifi-cados como de elevado ris-co para SAOS, devendo a sua abordagem diagnóstica e terapêutica ser prioritária. Indivíduos obesos, sexo masculino, mulher pós menopausa, tendência fa-miliar ou genética, insufici-ência cardíaca, hipertensão arterial, sobretudo quando responde mal aos anti hi-

pertensores, diabetes, alte-rações do ritmo cardíaco, AVC, profissões de elevado risco de acidentes laborais e rodoviários, entre outros, devem merecer atenção mais cuidada.

(Continua no próximo artigo)

Apneia do sono: problema grave de saúde pública (I)

Opinião

Simões TorresPneumologista

Coordenador do núcleo de Viseu da Fundação Portuguesa do Pulmão

Tratamos-lhe da Saúde... Todos os dias!Apresente os seus serviços aos nossos leitores

EM CASO DE INTOXICAÇÃO

chamada local808 250 143

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

Jornal do Centro25 | julho | 201336

CLASSIFICADOS

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de ViseuRua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de TondelaPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do SulRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

EnsinoSecundário

Cursos Científico-HumanísticosCiências e Tecnologias

Ciências Sócioeconómicas

Línguas e Humanidades

Cursos ProfissionaisTécnico de Apoio à Infância

Técnico de Energias Renováveis

Técnico de Gestão e Programação

de Sistemas Informáticos

Técnico de Multimédia

Técnico de Secretariado

Técnico de Gestão

cos

2013 / 2014

Ensino Básico

3º Ciclo7º, 8º e 9º anosEnsino Regular

e Ensino Artístico

Especializado

de Música e Dança

Cursos EFA Escolar

Nível Secundário

Tipo B

Tipo C

Escola Secundária de Emídio Navarro

Tel. 232 480 190

Fax 232 480 199

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de em-prego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Ajudante de cozinhaRef. 588108766 – São Pedro do SulPretende-se ajudante de cozinha.

CozinheiraRef. 588125974 – São Pedro do Sul

Pretende-se cozinheira com experiência.

Mecânico de máquinas agrícolasRef. 588108771 – Castro DaireMecânico de máquinas agrícolas com ou sem experiência.

SoldadorRef. 588125836 – Oliveira de FradesPretendem-se jovens com o 12º ano, nível 4, para soldadura, com possibilidade de trabalhar por turnos.

Eletromecânico de eletrodomésticosRef. 587889139 – Tondela

Servente florestalRef. 588103953 – TondelaCandidato com ou sem experiência para trabalhos em serração de madeira.

MotosserristaRef. 588110820 – MortáguaPretende-se pessoa com mínimo de 12 meses de experiência.

Cortador de carnesRef. 588127890 – Tondela

Engenheiro civilRef. 588126549 – Mortágua

Ladrilhador (azulejador)Ref. 588126350 – Carregal do SalExperiência como ladrilhador.

CalceteiroRef. 588085625- Tempo Completo - Mangualde

CozinheiroRef. 588095989 – Tempo Completo – Penalva do Castelo

CozinheiroRef. 588100986 - Tempo Completo - Viseu

CozinheiroRef. 588127361 - Tempo Completo - Viseu

PedreiroRef. 588111207- Tempo Completo - Viseu

Operário fabrilRef. 588112628- Tempo Completo – Sátão

Operador de Registo de DadosRef. 588119967 - Tempo Completo - Viseu

Vendedor ao DomicílioRef. 588123061- Tempo Parcial – Viseu

CabeleireiroRef. 588124235 - Tempo Completo - Viseu

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CLASSIFICADOS

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

2ª Publicação

INSTITUCIONAIS OBITUÁRIO

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

1ª Publicação

Augusto Monteiro, 90 anos, casado. Natural e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Maria de Assunção Pereira, 86 anos, viúva. Natural e residente em Contenças de Baixo. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.

José Augusto Jesus, 65 anos, casado. Natural e residente em Roda, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.30 ho-ras, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Emília Fontes Laranjeira, 91 anos, viúva. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 22 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Agostinho de Oliveira, 89 anos, viúvo. Residente em Oliveira de Fra-des. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Abel Pereira, 80 anos, viúvo. Natural de Santiago de Piães, Cinfães e residente em Sátão. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pe-las 11.00 horas, para o cemitério de São Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia.

Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503

Fernando Lourenço, 91 anos, casado. Natural e residente em Bodiosa a Nova, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Manuel Alves Peixoto Carvalho, 70 anos, casado. Natural de Ancede, Baião e residente no Rio de Janeiro, Brasil. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul.

José António Figueiredo de Almeida, 34 anos, solteiro. Natural e re-sidente em Sul, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 24 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Sul.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Manuel Maria Correia, 98 anos, viúvo. Natural e residente em Pinde-lo de Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Ana Maria da Cruz Serra Baptista Valverde, 62 anos, casada. Natu-ral de Coimbra e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Maria do Nascimento Costa, 91 anos. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 10.30 horas, para o cemitério velho de Viseu. Maria José Sares Marques Monteiro, 69 anos, casada. Residente em Cavernães. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 9.00 ho-ras, para o cemitério local.

João Oliveira de Sousa, 82 anos, casado. Residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba.

Maria Helena de Jesus dos Santos, 70 anos, casada. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vildemoinhos.

Alexandre Rodrigues Martins, 50 anos, solteiro. Residente em Travan-ca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Jorge António das Neves Calisto Cerqueira, 61 anos, casado. Resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 16.30 horas, para o crematório de Viseu.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro25 | julho | 201338

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

Vai por aí uma “espi-ra l” discursiva sobre a lei de ”limitação de mandatos autárquicos”.Sendo a Lei 46/2005 , cujo objecto é, literal-mente, a “limitação de mandatos” (epígrafe do artº 1º), há quem defen-da, naturalmente, que … “l imita mandatos”, quaisquer mandatos, a três sucessivos.Porém, há também quem diga que só limita mandatos em determinada câma-ra municipal ou junta de freguesia.

Multiplicam-se, mais ou menos discordan-tes, pareceres, comen-tários , opiniões, dis-sertações e, não tarda-rá, teses de mestrado e doutoramento. Começa mesmo já a formar-se no ar (e na terra, aliás, nas “terrinhas”) mais uma “espiral”, esta de processos judiciais.

E até uma revolução “branca” (o que diria Stendha l d isto, qua-se 200 anos depois do seu empolgante Ver-melho e Negro?) já está desencadeada. A par-tir do Porto, como qua-se sempre…Há mesmo quem garanta ter já co-meçado mais uma guer-ra … aos “dinossauros”, por risco de invasão de (muitas) … “pastagens”. O Presidente da Repú-blica (PR), em vez de limitar, alargou os li-mites da barafunda ao “esclarecer” que hou-ve um “erro” na publi-cação da tal lei no Diá-rio da República (DR). Disse o PR que terá ha-vido um “erro” da “im-prensa Nacional” (que of icia lmente publica o DR) e, assim, onde, no texto publicado da lei, consta presidente de câmara municipal ou de junta de fregue-sia, “deveria” constar presidente “da” câmara ou “da”junta. Por isso (mas não só…), gras-sam por aí grandes de-sacordos. Interpartidá-rios, intrapartidários e, até, como agora está

n a (m á) mo d a , con-trapartidários. Quan-to a m i m , n ão estou de acordo com (mais) esta “espiral” de … de-sacordos. Acho, mes-mo, que tudo isto se deve a haver … acordo a mais. Explico. Como se sabe, em resultado de uma infel iz Reso-lução do Conselho de Ministros de 8 de Ja-nei ro de 201 1 , a pa r-tir de Janeiro de 2012 , com a aplicação do dito “acordo ortográf ico” (AO), começou u m a “guerra” (quase) sem limites às consoantes ditas “mudas”. Dos li-m ites dos documen-tos oficiais e das esco-las, esta exterminação de (quase) tudo o que é “mudo”, ultrapassou todos os limites e, ago-ra, muito por artes da “mão invisível”, a “ma-tança” das consoantes (ditas) “mudas” já não tem limites, para além de (escandaloso!) nas escolas , nos jorna is , n a s t e l e v i s õ e s , n o s panf letos, nos carta-zes, etc.Terá daí resul-tado, para muita gente (portugueses e não só), uma progressiva e ge-neralizada desvalori-zação de tudo o que na ortograf ia da Língua Portuguesa é “mudo”. Não já só das conso-antes (ditas) “mudas” mas, inclusive das vo-gais “mudas”, como é o caso da vogal “e” na preposição “de”. E deve ser por isso que, agora, certos políticos, ainda que inconscientemente (ou talvez não…), des-valorizam o e “mudo” no “de” em presidente de câmara ou de jun-ta, mesmo se essa vo-gal e “muda” fala , – e bem -, d izendo (sus-tentando a interpreta-ção de que) o “espíri-to do legislador” era , genuinamente, naquela lei, pretender limitar a três sucessivos os man-datos, quaisquer man-datos, autárquicos. É a minha teoria e até te-

nho esperança que me dê algumas … credita-ções, como ao sr. “dou-tor” Relvas. Mas, cal-culados i nteresse(s) de uns pa r t idos , có -modo desinteresse de outros e , ta lvez , res-ponsabilidade limita-da da presidência da Assembleia da Repú-blica (AR), esta, a AR, também ficou “muda”, não promovendo nem rect i f icação nem in-terpretação da lei . E assim, vai, com certe-za (ai vai, vai,…), apa-r e c e r p o r a í u m r o l sem limites de outras teorias. Por exemplo, a d e q u e a l e i , p o r -que não foi publicada a sua letra “genuína” (com “da” em vez do de, segundo o que diz o PR), esta lei, … não é legal, não vale nada.

Ora , justa mente , é t a m b é m e s t a ( m u i -to suspeita…) teoria, a de que Lei Nº 46/2005 “não va le nada”, que nos suscita aqui a per-tinência do famigerado “acordo ortográf ico”. É que também este, o “acordo ortográf ico”, porque realmente não está em vigor (e não é aqui o espaço para si-mular um chatérrimo “parecer” sobre isso), não vale nada. O que, aliás, vai f icar clarís-simo quando, dentro em breve, em plenário da AR, for discutida a petição (“Pela desvin-culação de Portugal ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990) que, juntamente com 6211 outros cida-dãos, me orgulho de ter assinado.Por um lado, para “dinossauros”, po-líticos e tribunais (in-cluindo o Constitucio-nal), augura-se (mais) uma depressiva “es-piral” jurídico-autár-quica de providências cautelares, acórdãos e recursos, incluindo re-cursos a candidatos … “intercalares”. Por ou-tro, para a Língua Por-tuguesa, cria-se a es-

perança da reposição da sua dignidade his-tórica e sociológica e correcção f i lológ ica e et imológica , com a clari f icação lega l do aba ndono of ic ia l do (des)”acordo ortográfi-co”. Desconfio que “os mercados” vão f ica r a i nda m a is ba ra l ha-dos com (mais) esta(s) “ instabi l idade(s)” de s i n a l c o n t r á r i o . É que, simultaneamente, nesta questão da “l i-mitação de mandatos autárquicos”, temos , por um lado, um de-sacordo autárquico e, por outro, um desacor-do ortográfico.

E m conc lu são : u m desacordo autarcográ-fico.

João Fraga de Oliveira Funcionário público

(aposentado)

CARTA DO LEITOR

Desacordo autarcográfico

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 541 | 27 DE JULHO DE 2012

∑ “Nós não precisamos, que o governo nos venha dizer o que devemos fazer” (Carlos Marta)

∑ “Eu não tenho que estar na Assembleia numa lógica de yes man” (Acácio Pinto)

∑ “Continuo um acérrimo defensor da limitação de mandatos dos deputados” (João Carlos Figueiredo)

∑ Trinta e nove escolas fecham portas no distrito de Viseu

∑ Sara Sousa penta campeã nacional de infantis

∑ Alunos de Castro Daire desenvolvem jogo inovador

∑ “A Costura de Clemente” vence festival de curtas

∑ Fim-de-semana com músicas do mundo (Tom de Festa)

54 | 7 J

precisamos que o governo nos ve

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

27 de julho

a 2 de agosto de 2012

Ano 11

N.º 541

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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Novo acordo ortográfico

∑ Carlos Marta, presidente executivo da CIM Dão LafõesCarlos Marta, presidente executivo da CIM Dão Lafões

preocupadopreocupado com a situação do país, durante a apresentação

do projeto Plano de Ação para a Promoção do

Empreendedorismo na Região Dão Lafões.

“Está em causa a estabilidade governativa!”

| págs. 6 e 7

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Jornal do Centro25 | julho | 2013 39

Arranca no sábado, dia 27 e prolonga-se até 4 de agosto, a IX edição do Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra, em Sernancelhe. O car-taz deste ano conta com nomes como João Pedro Pais, Fernando Rocha, Henrique Matos, Lean-dro e José Cid.

A organização é da responsabilidade da As-sociação Sementes da Terra, da Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe, da As-sociação dos Funcio-nários do Município de Sernancelhe e da ES-PROSER - Escola Profis-sional de Sernancelhe, com o apoio do Municí-pio e de outras institui-ções.

Durante os nove dias, o certame mantém a aposta na vertente co-mercial e reforça a ex-posição de stands, tas-

quinhas, automóveis, artesanato, diversões e insufláveis.

“A zona da Feira e Central de Camionagem de Sernancelhe transfor-mar-se-á num mega re-cinto de espetáculos e animação, confirman-do o Festival da Amiza-de como um certame vi-sitado por milhares de pessoas de todo o país, em especial emigrantes que por esta altura se encontram de férias no

nosso País”, reconhece a autarquia numa nota à imprensa.

Sobre a Feira Sementes da Terra, a organização destaca a iniciativa pela “importância económi-ca, tanto local como re-gional, para a qual estão já inscritas mais de 100 empresas dos mais di-versos sectores de ati-vidade”, nomeadamente empresários locais.

Emília Amaral

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JORNAL DO CENTRO25 | JULHO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 25 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, 26 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 14ºC. Sábado, 27 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 11ºC. Domingo, 28 de julho, aguaceiros. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 12ºC.Segunda, 29 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 10ºC.

tempo

Quinta, 25Viseu∑ Última reunião descentralizada, do mandato de Fernando Ruas, com as juntas, na Freguesia de Cavernãe, às 10h00, na Sede da Junta.

Sábado, 27Mangualde∑ Receção ao Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo, que decorre na cidade até domingo, às 11h30. São esperados cerca de 600 atletas naquela que é a mais importante prova do calendário de competições jovens da Federação Portuguesa de Ciclismo.

Vouzela∑ Passeio pedestre, às 9h00, para conhecer os encantos da Nossa senhora do Castelo. Um percurso com cerca de oito quilómetros de distância e um nível de dificuldade médio/baixo.

Terça, 30Mangualde∑ Reunião do Conselho Local de Ação Social de Mangualde (CLASM) aberta a toda a comunidade, no Auditório da Câmara Municipal de Mangualde, às 14h00.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. Este texto tem três fontes: (i) um conjunto de fo-tografias extraordinárias de Paula Magalhães e Fer-nando Rodrigues sobre dois bairros de pobres de Viseu: o Bairro de Santiago e o Bairro da Cadeia; (ii) uma análise do Bairro da Cadeia feita em 2003 por David Ferreira; (iii) uma recensão sobre o último li-vro de John Gray, “The Silence of Animals: On Pro-gress and Other Modern Myths” que põe em causa a ideia do “progresso”.

A acção do filme “Ágora”, de Alejandro Ame-nábar, passa-se no século IV no Egipto então do-minado por Roma, e tem como pano de fundo a luta entre o saber politeísta defendido pela fi-lósofa Hypatia, guardado em rolos na Biblio-teca de Alexandria, e o saber monoteísta cris-tão, liderado por Cyril, guardado no livro sagrado.Os cristãos, na ofensiva, eram o novo, e o novo, quan-do substitui o velho, é bárbaro. A certa altura, na ten-tativa de evitar males maiores, aconselham a grande mulher:

«Converte-te, Hypatia, senão Cyril ganha...»«Ele já ganhou...», respondeu ela, realista.

Não há nada que sobreviva às acções destrutivas da barbárie do novo e do tempo. Como sabia Hypatia, «ele já ganhou». Ele, aquilo a que se chama progres-so. O novo substitui o velho. E o devir implacável do tempo arruina o novo e o velho. A barbárie e o tempo ganham sempre. E só há duas maneira de lhes atardar a vitória — através da memória e do trabalho. Lem-brar e trabalhar são o calhau que o homem/Sísifo está condenado a arrastar pelo monte do tempo acima.

Há ideias de se preservar, no Bairro da Cadeia, al-gum deste Portugal dos Pobres numa espécie de Por-tugal dos Pequeninos. Seja. Nada contra.

2. A câmara de Viseu calendarizou o “I Festival de Jazz de Viseu” para os exactos dias do “Tom de Fes-ta” em Tondela. Tenho a certeza que no futuro, seja com José Junqueiro seja com Almeida Henriques, tal estupidez não se torna a repetir.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Progresso

Programa∑ Nove dias de atividade económica e espetáculos

agenda∑ Sernancelheorganiza IX Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra

DR

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário25 a 31 de julho de 2013Ano 12

N.º 593

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

“O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, já não surpreendem pelo facto de se realizarem «aqui»”

Novo acordo ortográficoNesta edição

Mic

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Agora com

novo preçoxxx

∑ João Luís Oliva, articulista do Jornal do CentroJoão Luís Oliva, articulista do Jornal do Centro | págs. 8 e 9

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especial Dia dos Avós

Passe um dia diferente com os seus avós

Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucio-nal, para comemorar o Dia dos Avós. O evento de-corre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe.

Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Tercei-ra Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua.

A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço

Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (pre-sidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família.

O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer fi-lhos, quer netos.

É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

pais, e em muitos casos, os primeiros.São muitas vezes os avós, quem transmite os valo-

res, os conhecimentos e a ternura que fica para sem-pre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família.

São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmen-te estão ali, sempre.

Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria na-tureza, com a vida.

Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar his-tórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe

O teatro, o cinema, um concerto, ou um sim-ples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de progra-mas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles.

No distrito de Viseu,são desenvolvidasvárias atividadespara assinalar a data:

A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Sil-va comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias.

Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criati-va, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha al-deia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós.

Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lis-boa.

A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao San-tuário do Cristo Rei.

Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão.

Sátão leva avós ao Cristo Rei

Jornal do Centro25 | julho | 201316

Textos: Micaela CostaGrafismo: Tânia Ferreira

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SuplementoESPROSER

praçapública

palavrasdeles

r Ultimamente, temos assistido a uma coisa curiosa: Andam a visitar as nossas obras, andam nos nossos eventos, parece que são deles, colam-se ao nosso trabalho e até já parece que são os pri-meiros defensores do dr. Fernando Ruas”

Guilherme AlmeidaVereador da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício de

Almeida Henriques

r Atiramos muitas pedras ao Terreiro do Paço, mas temos que perceber que também há terreiros do paço regionais”

Jorge LoureiroDiretor do CERV, em conferência de imprensa

rSe Engrácia Carrilho deixou a sua herança ao Partido Socialista ou ao CDS-PP, encon-trou herdeiros muito fracos”

Fernando RuasPresidente da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício

de Almeida Henriques

rProgramaram o Fes-tival de Jazz de Viseu em cima do Tom de Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tem-po estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressamente proposi-tada; agora lá que, à luz de anteriores polémicas, tal parece, não há qual-quer dúvida…

João Luís OlivaCrítico de arte, em artigo de opinião do Jornal do Centro

O a r r e n d a m e n t o n ã o habitacional na revisão do re-gime do arrendamento urbano, tem um impacto devastador na restauração e na hotelaria com consequencias a prazo, superior ao impacto do aumento do iva de 13% para 23%

No que diz respeito ao mercado não habitacional, em especial na vertente “estabelecimento aberto

ao público”, o novo regime do ar-rendamento urbano tem promo-vido o desinvestimento, o encer-ramento dos estabelecimentos e a consequente perda de postos de trabalho.

Veja-se a forma irrefletida como foi tratado o regime do arrenda-mento não habitacional que, como sabemos, comporta uma realidade absolutamente distinta do arrenda-

mento habitacional e que, por essa razão, deveria ter um tratamento objetivamente diferente. Nesta re-visão, claramente o legislador não teve em consideração que, no ar-rendamento não habitacional (es-tabelecimentos abertos ao público), coexiste o direito de propriedade de raiz do local (do senhorio) e o di-reito de propriedade do próprio ne-gócio (do arrendatário do imóvel).

É sabido que as mais marcantes características destes setores, são a estabilidade e a inamovibilidade, fa-tores desprezados por esta revisão, quer pela liberalização das rendas quer pela liberalização dos despe-jos. Os investimentos realizados nestes setores, como facilmente se compreende, não são passíveis de deslocalização e, em caso de en-cerramento, outras questões terão

Restauração e hotelaria, sectores injustiçados e perseguidos

Quase que nem me atrevo a escrever sobre o que se pas-sou a nível nacional nestes úl-timos dias. O assunto está gas-to. Centenas de comentadores com ar esperto e iluminado, por tudo quanto é meio de co-municação social têm disseca-do os cadáveres, digo, a maté-ria em questão…

Em boa verdade, Sócrates fez muita asneira. Coelho apresen-tou-se-lhe como alternativa, em coligação com Portas. Ga-nhou o poder. Dois anos de-pois, das mirabolantes pro-messas nada se viu, tudo se agravou e quase tudo ruiu. Se os portugueses estavam mal servidos de asno, pior ficaram de jerico.

Entretanto, Portas, subma-rino de profundidade, agitou as turvas águas como só ele sabe fazer, num dia disse não, no outro sim e ficou-se por um talvez se… vice-primeiro mi-nistro fosse nomeado.

Cavaco, ex-primeiro minis-tro laranja propôs a salvação

nacional juntando ao inepto duo o partido que os portu-gueses excluíram nas urnas. Seguro, com o seu private club muito minado por putativos candidatos ao seu lugar e his-tóricos opiniosos, lá foi fazer umas reuniõezinhas com os P&P (Passos e Portas) para se chegar à conclusão que nada havia a concluir que já não es-tivesse concluído: embarcar no Titanic depois do choque com o iceberg não era “salvação”, só mais lastro para o naufrágio.

Cavaco, cada vez mais eso-térico, foi fazer turismo inspi-ratório do tipo tibetano-ecoló-gico-ornitológico. E se havia, em jeito de ameaça, proposto eleições para Julho de 2014, go-rados os intentos, veio falar ao país durante 13 minutos para dizer as habituais vulgarida-des temperadas com um “já não há eleições antecipadas”. Certo. Só haveria se fosse com a tríade, a duo não é necessá-rio. Eles são bestiais e já pro-varam ser capazes de levar o

submarino a naufragar. Além disso, um toca bombo, outro ferrinhos e o presidente fica com o foguetório.

Enquanto se servem copos de cicuta gelada que ninguém bebe – o tempo dos Sforza de Milão era outro – o povo paga e bufa (para dentro), proferin-do em estóica surdina: “podia ser pior…!”

Pelas autarquias joga-se tudo. O PS, a CDU e o BE têm esperança que o vírus nacional lhes traga os votos dos desen-ganados, desencantados e até zangados.

A s ú l t i m a s s o n d a g e n s publicadas sobre Viseu dizem-nos que Almeida Henriques vai com 48,8%, José Junqueiro com 38,8%, o CDS/PP com 5,1%, o BE com 2 ,4% e a CDU com 2,2%. Uma surpresa porque a esta hora, Almeida Henriques já deveria ter convencido os indecisos, que são 20,4% e, no mínimo, já deveria estar numa confortável pole position com

68% de intenções de voto. O que pode significar, entre ou-tras coisas, que o apoio de Ruas é uma maldição, que o povo não esquece o mal que o gover-no PSD lhes fez e que, mesmo com o apoio do establishment local, presidente, vereadores, regedores, directores de ins-tituições subsídio-dependen-tes, inaugurações em barda et all, os indecisos aguardam nos flancos para se juntarem à co-luna mais credível…

Viseu está um Coliseu… Jazz, Jardins Efémeros, Curtas, Ci-nema às estrelas: um Festim!

Quanto a Tondela, com o Tom de Festa, já ninguém es-tranha, pois é assim todo o ano.

Na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, a festa é outra e com orquestra de câmara ho-landesa a tocar música do Bar-roco, naqueles magníficos jar-dins estilo inglês e francês do século XVIII, com muito mais que discreta competência.

Os Sforza de São Bento...

Jorge LoureiroPresidente da AHRESP – Viseu

Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Opinião

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Qual o simbolismo que confereao Dia dos Avós (26 de julho)?

Importa-se de

responder?

Para mim é um dia carregado de simbolismo, eles são os nossos segundos pais. Faz por isso todo o sentido comemorar a data. Sempre recordei esse dia com os meus filhos.

O dia propriamente não possui qualquer simbolismo. En-tendo que as pessoas mais idosas merecem todo o respeito, carinho e disponibilidade. Todos os dias são dias dos nossos avós.

Já sou avó, embora há pouco tempo. Ele está longe e quan-do chega são dias muito especiais. Para mim é sempre Dia dos Avós.

Dia da verdadeira existência da vida. A eles devemos o que somos, com muita história pelo meio.

Olga AlmeidaBancária

Ricardo CoimbraEngenheiro

Irene XavierProfessora

Rui MaurícioProfessor

estrelas

João CottaPresidente do CERV

Estes dois amantes de cinema trazem para Viseu um projeto in-ternacional de divulgação de cur-tas metragens, que até agora mar-cou presença em cidades como Lis-boa, Barcelona, Londres, etc.

José RuiDiretor artístico da ACERT

números

600Número de atletas espe-

rados no Encontro Nacio-nal de Escolas de Ciclismo de Mangualde.

Carlos Salvador e Luís BeloOrganizadores das

Short Cutz de Viseu

Tom de Festa excedeu-se baten-do record de bilheteira dos últi-mos 23 anos, no dia do fecho des-ta edição.

O CERV arranca em grande com o seu plano de atividades, ao de-safiar candidatos às câmaras para estarem atentos às novas dinâmi-cas de atractividade urbana.

de ser equacionadas e ter resposta, como é o caso do pagamento das indemni-zações aos trabalhadores que perdem o seu posto de trabalho, por força de dis-posições relativas ao ar-rendamento do imóvel e que determinam o despejo do arrendatário e o fecho do estabelecimento.

Esta Lei veio assim criar novos constrangimentos às empresas economi-camente saudáveis, bem como agravar a situação das que já se encontravam numa situação de fragili-dade que, infelizmente, constituem a maioria, em contraciclo com os objeti-vos que se pretendem atin-

gir e em contradição com as políticas do Governo que, por um lado procla-ma a importância do apoio às PME s e por outro, atra-vés da ameaça constante do despejo fácil, conde-na muitas destas empre-sas ao desinvestimento e mesmo ao encerramento, tendo como consequência

a recessão da nossa econo-mia, a perda de postos de trabalho e o fracasso em termos de reabilitação ur-bana.

Também quanto à invo-cação do argumento da ne-cessidade de conservação e da reabilitação dos imó-veis, refira-se, em abono dos empresários da Res-

tauração e da Hotelaria que essa é uma falsa ques-tão, uma vez que, ao longo do tempo, e fruto das su-cessivas exigências dos re-gimes jurídicos, quer em especial do Alojamento, mas também da Restau-ração e Bebidas, os espa-ços têm vindo a ser objeto de obras, normalmente a

cargo dos arrendatários.Este regime deve ser, de

imediato, objeto de alte-ração, separando-se estas duas realidades, criando-se um regime próprio que atenda às especificidades destes setores, mais justo e adequado, a bem do nos-so Turismo e da nossa eco-nomia.

mas resilientes

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Quando a Escola Profissional de Ser-nancelhe (ESPROSER) abriu as suas portas no ano letivo de 1993/1994 eu andava ainda no 8º ano e no ano ante-rior tinha sido aluna nas suas instala-ções como C+S, essa transição foi im-portante e memorável, pois a diferen-ça nas condições físicas era notória, e a modernidade a que tivemos direito na nova C+S era altamente motivante. Quando a ESPROSER abriu as portas já não era aquela escola velhinha e gasta que tinha deixado para trás, afirman-

do-se com muito custo como alternati-va e janela de oportunidade para quem por dificuldades económicas ou outro tipo de limitação, se encontrava entre a espada e a parede, e o abandono es-colar era via de sentido único. O meu sonho académico de ser Geóloga pela Universidade de Coimbra, afastou-me por completo da opção de ingressar na ESPROSER, mas ditaria o destino que voltaria àquelas salas e corredores que tão bem conhecia. Com a abertura do Curso Técnico de Auxiliar de Saú-

de, apareceram novas disciplinas para as quais eram necessários formadores de outras áreas, e nessa necessidade enquadrou-se o meu currículo. Já era detentora de experiência na formação de adultos, mas ver-me em frente a tur-mas de 20 adolescentes foi uma expe-riência nova e que no início me deixou muito apreensiva, não porque achasse que não era capaz, mas sim pelo facto de exigirem muita atenção, e um cuida-do especial para que a motivação fosse linha crescente, evitando a desistência

ESPROSER - um ano em vinte

1. Debate: A candidatura de Hélder Amaral, na última semana, abriu a porta à realização de um de-bate. Quase de imediato as candida-turas de José Junqueiro e Manuela Antunes aceitaram o desafio. Em qualquer campanha, a ideia de que um debate será o “tira-teimas” final, a linha que separa os bons –sempre os nossos- dos maus –sempre os adver-sários- está algures entre o wishful thinking e a falsa ingenuidade, mas tal facto em nada diminui a necessi-dade que esta cidade tem de ser de-batida. Se não vejamos, por um lado é praticamente impossível fazer uma

avaliação séria de cada candidatura partindo das suas acções de rua; dos sound bites, repetidos ad infinitum e sem qualquer critério pelos com-pagnons de route de sempre; ou mui-to menos através da previsibilidade formatada dos “encontros temáticos” a que apenas assistem os “ultras” e, ocasionalmente, um ou outro curio-so. O verdadeiro pensamento polí-tico exige mais, exige muito mais. Exige leitura, exige tempo para ser estruturado, exige contraditório para o credibilizar. Com a calendarização de um debate fica a ganhar não só o eleitor, a cidade e a democracia, mas

também ficam a ganhar os candida-tos que assim têm a oportunidade de frente a frente apresentar aquilo que os distingue.

Ps: Dos candidatos, espero que re-cordem as palavras de Roger Scruton e se apresentem ao debate a “achar que o outro está enganado, em vez de ter a certeza que o outro está errado.”

2. Arte: Alguns estudiosos e bas-tantes curiosos defendem que a ver-dadeira arte apenas foi produzida em breves períodos históricos, por exemplo: na Grécia antiga, no Renas-cimento, ou até ao século XIX. Para

Da Tribuna

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Finalmente vimos fumo…negro. Foram três semanas em que nada mudou para que tudo continue na mesma. A ideia de salvação ou, preferivelmente, inclusão nacio-nal não vingou. Tendo em conta o nosso sistema partidário tal so-lução só poderia ser concretizá-vel com uma atitude interventiva e pressionante do Presidente da República.

Porém, Cavaco Silva preferiu tentar colocar a responsabilida-de do lado dos partidos, tentando, simultaneamente, ser o oráculo visionário de uma solução provi-dencial e demitir-se de qualquer responsabilidade num eventual falhanço.

As negociações falharam. Claro está que para esta negociação, ou qualquer outra, resultar é necessá-

rio que todas as partes envolvidas estejam interessadas em atingir

algum acordo. Para tal exige-se uma cultura de diálogo e predispo-sição a cedências que levem as dis-cussões a bom porto. Mas os pres-supostos em cima da mesa eram, somente, a preocupação de salvar a face. Imperou o partidarismo em detrimento do país. Era, infeliz-mente, expectável. Nas próximas

Enquanto o pau vai e vem visitam-se as cagarras

Opinião

Opinião

Quando Assunção Esteves respon-deu, de forma irreflectida, à atitude muito reflectida do grupo de mani-festantes no Parlamento, as redes e os cafés uniram-se na condenação às suas palavras, condenação essa que rapidamente se tornou uma pu-nição à sua condição de mulher.

Assunção Esteves viu o seu nome associado a humilhação do foro se-xual, aludindo a punições sexuais que esta deveria ter pelas suas pala-

vras (violência sexual, especialmen-te por via oral e anal), a humilhações verbais sobre as suas “teias” e o ser “mal-amada” e à exposição pública de uma foto sua em bikini.

Por seu turno, a agora Ministra das Finanças, Maria Luísa Albu-querque, envolvida na polémicados swap, para além de envolvida num polémico governo, foi, segundo o Diário de Notícias, “mostrar o bu-raco”. Estava feita, assim, a punição

pública da Ministra.Também Angela Merkel viu uma

alegada foto sua nua, na praia, a ser-vir como punição pública da sua actuação como chanceler alemã e política europeia, tendo sido escru-tinado o seu corpo e discutido os “castigos” que a senhora merecia, grande parte deles envolvendo pénis e objectos em forma de falo.

Estas três pessoas estão sujeitas, naturalmente, à condenação da sua

O buraco da desigualdade preenchido pela violência

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

David Santiago

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

ou desapego. O início foi muito exigente, marcado pelo estigma da associação do en-sino profissionalizante à pouca capacidade dos formandos, numa opinião generaliza-da, só ingressava numa escola profissional quem não era bom aluno ou não era queri-do em mais lado nenhum…mas orgulho-me de não me ditar por velhos preconceitos, e se por um lado é verdade que os formandos são todos carregados de muitas dificuldades (formação de base, ambiente familiar, dúvi-das relativamente ao futuro), também são projetos inacabados e de mente aberta, que

se tocada da forma correta poderá ditar per-cursos promissores e tornarem-se adultos pelas mãos de quem os forma. Foi um ano em que começo a pensar que aprendi mais do que ensinei; aprendi a ser muito mais to-lerante, a nunca julgar nenhum deles pelo que se observa à primeira vista, e que nunca podemos deixar os problemas que eles tra-zem todos os dias para a escola do lado de fora! A ESPROSER é cada vez mais uma re-ferência de ensino e formação no concelho de Sernancelhe e limítrofes, mas como qual-quer projeto em construção, ainda não é per-

feita, mas afirmo com toda a certeza que os formadores, os funcionários e a direção tra-balham todos os dias, todas as horas e todos os minutos para que assim seja um dia. Os nossos formandos são sem dúvida filhos de todos nós, rimos e choramos com eles, por vezes mais do que os próprios pais, vemos neles potencialidades e oportunidades que outros desvalorizam, mas se o não fizésse-mos ou o não conseguíssemos fazer, não for-mávamos, impúnhamos simplesmente ma-téria. Se findado este ano, e com a esperança de por lá continuar, tivesse que referir algo

que nos falta nesse caminho agreste para a perfeição, eu diria que era um gabinete de apoio Psicológico, com um técnico espe-cializado para que os formandos pudessem libertar alguma da tensão e revolta que tra-zem de casa, traçando apoiados novas posi-ções perante a vida e o futuro profissional que infelizmente não conseguem sozinhos, na impossibilidade de tal, cabe-nos a nós (formadores, funcionários e elementos da direção) juntar ao trabalho diário, o papel de amigos, ouvintes, confidentes e pacifica-dores das relações interpessoais.

estes cavalheiros o restante material – se-gundo eles, inútil- não poderá ser conside-rado arte no seu sentido mais nobre, sendo que toda a contemporaneidade dificilmen-te ultrapassa a pura fraude. De acordo com este ponto de vista, a arte contemporânea dificilmente entrará na grande linha evo-lutiva que constitui a história da arte. No pólo oposto, há quem afirme que só é dig-na de atenção a arte actual, ou seja, a arte pós-warholiana ou pós-conceptual, sendo tudo o resto obsoleto ou entendido como um freak show com o seu lugar reservado no cemitério das aberrações. Encontra-mos, portanto, a vanguarda contra a tra-dição, o novo contra o velho, o moderno

contra o académico. O meu entendimen-to sobre arte tem por base um relativismo moderado: sem tradição dificilmente ha-verá modernidade e cada obra deve ser julgada de acordo com o momento histó-rico em que foi produzida. Já a realidade mostra que vivemos numa época de plu-ralismo, com um forte pendor de cruza-mento de ideias e interdependência pro-dutiva. No mundo das artes nada sobrevi-ve fora desta “rede”. Serve esta introdução para recordar tanto aos (e)leitores como aos candidatos autárquicos que, ao nível municipal, a responsabilidade de apoiar, desenvolver e potenciar esta rede de re-lações de cooperação entre os diversos

agentes cabe em larga medida à autarquia. Temos o museu Grão-Vasco, temos o Te-atro Viriato, temos os Jardins Efémeros, o museu do Quartzo- com algum potencial-, o Jazz – graças ao Lugar do Capitão e à Gi-rassol Azul- está a crescer, temos o público local. Falta um museu de arte contemporâ-nea, um festival de Verão distintivo, diver-sificar a oferta - em termos qualitativos- e criar a dita rede de forma a dar alguma coerência e continuidade à programação. Só assim poderemos desenvolver novos padrões de “consumo” cultural, atraire-mos novos públicos e afirmaremos Viseu como uma urbe moderna. Este Verão, es-pero que o (a) próximo(a) vereador(a) da

cultura me acompanhe num longo passeio estival por “Art Worlds” de Howard Be-cker: “O trabalho artístico, tal como qual-quer actividade humana, envolve a acção conjunta de um largo, por vezes muito lar-go, número de pessoas. É através desta co-operação que a obra de arte […] continua a existir […].As formas de cooperação podem ser efémeras, mas frequentemente tornam-se mais ou menos regulares gerando pa-drões de acção colectiva a que poderemos chamar um mundo da arte“.

Miguel Fernandespolitólogo

[email protected]

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

eleições, dentro de um ou dois anos, o povo português terá a oportunidade de sinalizar aquilo que até agora se veri-ficou. Doravante seremos governados por um governo em que ninguém, Pre-sidente incluído, acredita. Seja a versão remodelada ou a anterior, será um go-verno, nas palavras de

Cavaco e Gaspar, que não garante a “estabilidade e credibilidade” necessá-rias. As avaliações da troika e as deci-

sões do Tribunal Constitucional irão ditar mais ou menos instabilidade po-lítica e social. A única certeza é que a “imprevisibilidade” será uma cons-tante mesmo depois do fim do progra-ma de assistência. Mas Cavaco nunca falha e como ele sublinha “é essencial salvaguardar o espírito de abertura ao compromisso manifestado ao longo de uma semana de negociações interpar-tidárias” até porque “foram lançadas

sementes [que] irão frutificar no fu-turo”. Terá o Presidente descoberto o caminho? Sim, descobriu aquilo que o português mais apartidário e iletrado já percebeu há muito – que o segundo resgate a caminho exigirá, novamente, um amplo acordo dos partidos do arco da governação.

O nosso país político viveu semanas insanas. Na decisiva semana de nego-ciações

Cavaco refugiou-se, por entre ca-garras, em discursos vagos e reple-tos de metáforasxonés. Foi um quadro elucidativo do personagem. Nos pró-ximos dias importantes decisões te-rão de ser tomadas e Paulo Portas terá de, com solene urgência, escolher um gabinete de acordo com a sua gravi-tas política. Sugiro a Casa da Criança ou descentralizar para o Portugal dos Pequeninos.

actuação em praça pública. Todas três, em graus e matérias diferentes, desagra-dam a muita gente, são responsáveis pelo caos político que atravessamos na Europa e no Mundo e legitimam, em graus e ma-térias diferentes, um sistema destrutivo que não serve a ninguém.

Facto é que todas são mulheres – e foi nessa condição que foram ridiculariza-das em praça pública. A punição e a ridi-cularização surgem ambas associadas a violência sexual, perpetrada

por mulheres e homens que usam a vio-lência sexual na linguagem para conde-nar a actuação destas três políticas.

Sabemos que o insulto a homens se de-fine pelo feminino, seja pela parecença (pareces uma menina), pela invocação do lado materno (filho da p***) e pela desvalorização da acção como sendo própria do sexo feminino e, portanto, inferior (falta de tomates, eunucos, fal-ta de uma

liderança viril). Sabemos que a própria

violência sexual quando usada contra homens se baseia no questionamento da sua masculinidade (logo, por opo-sição, à existência de feminilidade), re-correndo ao sexo anal para o expressar. E, sabemos, que, para as mulheres, este discurso extrema-se de uma forma ver-dadeiramente abominável.

O uso da violência sexual, verbalizada ou não, é o extremo da violência contra as mulheres. São despojadas do seu ser – não são pessoas, são corpos, são buracos,

prestes a serem preenchidos, destruídos e reduzidos à sua desprezível existência por via do falo e objectos que se lhe

assemelhem.As mulheres na vida política e na vida

pública em geral encontram um am-biente hostil à sua participação na es-fera pública e é horrorosamente fre-quente o discurso de ódio por via da violência sexual. É violência de género. Afinal, a presença de violência é a au-sência de igualdade.

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abertura

O coletivo Gira Sol Azul invadiu o comboio turístico de Viseu na quinta-feira ao fim da tarde e envolveu os passageiros no universo da músi-ca jazz. Os músicos tocavam numa carruagem e os turistas acompanhavam nas outras duas, graças à dinâmica da responsável pela Associa-ção Gira Sol Azul, Ana Bento ao disponibilizar instrumentos de fácil manipulação que qual-quer um pôde tocar e experimentar, pais, filhos, portugueses, estrangeiros... “Isto é o jazz!” Ento-ava a Ana Bento, animando a viagem de fim de tarde que deu o pontapé de saída ao 1º Festival de Jazz de Viseu.

Quem estava mais identificada com o passeio de comboio turístico para conhecer Viseu, ad-mitiu que a ideia podia até ser replicada diaria-mente durante o verão.

Foi também este o espírito com que surgiu o Festival de Jazz de Viseu, produzido pela As-sociação Gira Sol Azul, não para proporcionar diferentes concertos de jazz isolados durante quatro dias, mas envolver a cidade num género musical a que não está muito habituada.

“É, assim, que temos a certeza de realizar um acontecimento que tem âncora numa prática já consolidada e alargar o campo de ouvintes e espetadores de um género musical para (ou)ver, contribuindo para uma cidade que deve ser isso mesmo: um lugar de cidadania e liberdade, onde se pode escolher e optar entre tudo o que nos é mostrado”, explicava o editorial de apre-sentação do evento.

A oferta foi variada: concertos, workshop de jazz e ações criativas. As melodias foram surgin-do de vários pontos da cidade quase de manhã à noite em que o grande objetivo era juntar pes-soas e interagirem à volta de uma banda de jazz. Nem sempre isso foi possível, os concertos con-corridos do Parque Aquilino Ribeiro beneficia-ram de um público interessado no género mu-sical e de uma exposição de artesanato urbano a decorrer em simultâneo que se encaixava na perfeição no espirito do festival. Os espanhóis Xaranga Barafunda, atuaram ao final da tarde de sexta-feira numa rua que, sendo Formosa, es-vazia com o fecho do comércio às 19h00 e res-taram poucos assistentes para o espetáculo. Já os SinfoDixie apresentaram-se com um proje-to próprio para animar qualquer tipo de evento, beneficiaram de uma dinâmica que as manhãs de sábado recuperaram na mesma Rua Formosa e sentaram público nas esplanadas que apreciou ouvir sonoridades de jazz tradicional enquanto saboreava o café da manhã.

Os quatro dias de Festival foram como que uma experiência para perceber se Viseu pode no futuro vir a ter um grande festival de jazz. Ana Bento acredita que o caminho está aberto e o espetáculo do novo projeto “Ensemble” que encerrou o evento confirmou que a própria re-gião está a trabalhar para fazer evoluir esta ma-nifestação artístico-musical originária dos Es-tados Unidos.

Emília Amaral

Até jazz...Viseu∑ 1º Festival de Jazz levou a cidade a tomar partido de um

género musical a que não está habituada e garantiu segunda edição

∑ Shaker, reco-reco e flauta de punk. Chamam-se SACA SONS. São peque-nos instrumentos de levar ao pescoço que “qualquer pessoa pode usar, brincar a sacar os sons produzindo melodias” e foram criados por Ana Seia de Matos, especificamente para o 1º Festival de Jazz de Viseu, que decorreu entre 18 e 21 des-te mês.

“Fizeram-me o convite para criar uma peça à volta do festival um pouco diferen-te das habituais. Inicialmente pensei que era engraçado ter instrumentos à venda, só que tinham de ser relativamente sim-ples de eu construir e depois replicar já que tudo é feito artesanalmente. Veio a ideia de serem portáteis e de poderem ser pendurados ao pescoço”, adianta a criadora, natural de Viseu.

Com “palhinhas” pretas, fita adesiva e fio preto nascem os SACA SONS, instru-mentos originais em duas cores, preto e vermelho: “Como já tinha uma ideia do que ia fazer, fiz uma pesquisa e fui à pro-cura de material que desse para fazer os três instrumentos. A produção não ficou

cara, são mais as horas de trabalho”.Em exclusivo para o Festival de Jaz de

Viseu, Ana Seia de Matos construiu 60 instrumentos (20 de cada), vendidos no festival a 3,5 euros. “Estes em particular não existiam se não se realizasse o fes-tival”, reforça a criadora considerando que “um festival traz sempre outras coi-sas por arrasto, outros criativos e novas ideias a nascer”. EA

SACA SONS: Criatividade no festival∑ “Ensemble” é o nome

da nova banda constituí-da por músicos de Viseu, apresentada no encerra-mento do 1º Festival de Jazz de Viseu. O projeto, da au-toria do pianista e compo-sitor Joaquim Rodrigues, saiu finalmente da gaveta para projetar à cidade um reportório que em lingua-gem técnica se denomina “jazz com mais fusão” vi-rado para o funk.

Partiu dele (Joaquim Rodrigues) uma vonta-de de ter um projeto de qualidade e com força em Viseu”, adianta Ana Bento, responsável pelo festival.

O “Ensemble” é compos-to por 11 elementos com a particularidade de haver sempre duas presenças convidadas. “É um proje-to de amigos com prazer

de fazer música. Somos um núcleo de Viseu com uma relação de anos que ultra-passa a questão musical e só o facto de termos a opor-tunidade de estarmos jun-tos é mais do que dar um concerto”.

Depois da estreia no Parque Aquilino Ribeiro o “Ensemble” conta con-tinuar a participar em en-contros e em espaços que apostam numa programa-ção alternativa. EA

“Ensemble”: Nova banda

∑ A barriga da caravana Pe-nelope - o Teatro Mais Peque-no do Mundo - transformou-se em cineteatro e levou ao parque da cidade centenas de crianças para assistirem ao pequeno filme de animação musicado ao vivo pela dupla Bruno Pin-to (baixo) e Leonardo Outeiro (guitarra).

O Teatro Mais pequeno do Mundo, da responsabilidade do encenador Graeme Pulleyn esteve estacionado no Parque Aquilino Ribeiro no dia da abertura do Festival de Jazz. EA

Filme musicado

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FESTIVAIS DE MÚSICA | ABERTURA

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ACERT ∑ 23.ª Edição manteve a matriz multicultural que caracteriza o festival desde os anos 90

Tom de Festa “aqueceu” TondelaOs sons quentes do Bra-

sil e de Cabo Verde, dos Camarões e de Espanha, da Irlanda e de Portugal es-tiveram, uma vez mais, em Tondela pela mão da Asso-ciação Cultural e Recrea-tiva de Tondela (ACERT) durante a 23.ª edição do Tom de Festa - Festival de Músicas do Mundo que de-correu na passada sema-na.

A peça “Que Raio de Mundo”, oferecida pelo Te-atro Regional da Serra de Montemuro, uma iniciati-va de teatro de rua realiza-da no jardim de Tondela, marcou o aquecimento e o arranque da edição des-te ano antecedendo o tão aguardado “mergulho” para os quatro dias de mú-sica.

Richard Bona, um dos maiores baixistas da atu-alidade, a multifaceta-da Cibelle, o espetácu-lo Contracorrente, uma criação d’Orfeu vencedor

do Prémio Adriano Cor-reia de Oliveira do Festi-val Cantar Abril 2013, a ir-landesa Niamh Ní Charra, Banda Crebinsky, o viseen-se Luís Clara Gomes mais conhecido por Moulinex, o músico Tcheka de Cabo-Verde , uma referencia da música africana da atuali-dade, os Dead Combo e o grupo folk português Uxu Kalhus foram os nomes que, durante estes quatro dias, passaram pelo palco das músicas do mundo.

Em conversa com o Jor-nal do Centro, Miguel Tor-res, da ACERT, justificou o longo percurso deste festi-val, que faz hoje parte inte-grante do ADN desta asso-ciação, com preocupação constante que a mesma de-dica à procura incessante do momento ideal em que é possível juntar a matriz da ACERT, a sua capacida-de criativa e a sua habilida-de de atrair gentes de fora, para criar um aconteci-

mento cultural de relevo.“A ideia inicial era trazer

projetos culturais e gente de fora do território para que o público de Tondela pudesse perceber ou pu-desse, juntando-se a essa energia que vem de fora, criar novos acontecimen-tos. Hoje, este festival, é so-bretudo um resumo daqui-lo que é o projeto ACERT, um espaço de grande cria-tividade, de grande liber-dade, de grande energia em que podemos ver em interação constante a co-munidade, a ACERT en-quanto projeto cultural ar-tístico e os artistas que vêm de fora”, destacou.

Mas a edição deste ano não se ficou apenas por Tondela. Nascida de uma das múltiplas parcerias que a ACERT vem desen-volvendo, esta 23.ª edição do Tom de Festa realizou-se em partilha com a Fun-dação Museu do Douro o que permitiu levar um dos

mais antigos acontecimen-tos desta natureza realiza-dos no país também ao concelho da Régua, onde esteve presente de 17 a 21 de julho.

Sendo a música a prota-gonista neste local de en-contro de culturas, de gen-tes e de paixões partilha-das, Miguel Torres não quis deixar de destacar o enorme papel que o te-atro, juntamente com es-tas novas valências e es-paços, têm na génese e na vida desta instituição: “a ACERT a partir de um dado momento percebeu que o teatro é apenas um dos seus polos. Esta insti-tuição é hoje muito mais do que isso. A sua capacidade de gerar acontecimentos culturais que têm um im-pacto na comunidade e que relevam, ao mesmo tempo, a importância da cultura como uma ferramenta de desenvolvimento do terri-tório. O teatro é entendido

hoje apenas como uma de-las”, frisou.

Num ano marcado pela criação teatral de “A Via-gem do Elefante”, o pro-grama manteve a sua ma-triz multicultural e um clara tendência que bus-ca uma clara miscigena-ção entre povos e cultu-ras, promovendo concer-tos e atividades que, como nos foi dito, tornam hoje a ACERT numa associa-ção “muito ligada à comu-nidade, muito ligada às pessoas, mais vasta, mais abrangente, mais ambi-ciosa, mais rica mas, ao mesmo tempo, com os pés mais assentes na terra”.

As exigências da pro-dução deste festival, que este ano rondou os 100 mil euros, são entendidas pela organização como bastante viáveis e, sobre-tudo, como comportáveis dentro da realidade des-te concelho e na vida des-ta associação compreen-

dendo, desde a gestão de meios - o cachet dos mú-sicos, a coordenação com os parceiros e patrocina-dores e todo o trabalho vo-luntário que, no final do evento, garantem a via-bilidade do investimen-to ao mesmo tempo que “alavancam um retorno imediato para o concelho e contribuem ativamen-te para a dinamização da hotelaria, da restauração e do pequeno comércio”.

“Este impacto, que mui-tas vezes não temos for-ma nem meios para afe-rir e medir conveniente-mente, é, principalmente nos dias que correm, um contributo muito impor-tante para a comunidade local e, decerto, uma das razões pelas quais as gen-tes de Tondela se associam de alma e coração ao Tom de Festa”, referiu Miguel Torres, da ACERT.

Pedro Morgado

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Jornal do Centro25 | julho | 2013 7

à conversa entrevistas ∑ Micaela Costa

“O Tom de Festa é o espelho da ACERT na relação com o mundo”

“O festival é para continuar, se houver apoios”Que balanço faz ao 1º Festival de Jazz?Eu acho que no geral cor-

reu muito bem. O ser o pri-meiro também é um risco, já sabíamos que era um tipo de música, e que apesar de ter-mos percebido que há um público ávido de atividades nesta área, ainda não está enraizado. Mas acho que os concertos tiveram muita gente, essas espectativas fo-ram atingidas. As atividades que decorreram na rua, es-sas até superaram as espec-tativas, nomeadamente a do comboio, que refletiu que as pessoas gostaram da ideia, quando demos conta estava tudo a cantar e a participar. As sessões das escolas tive-ram completamente esgota-das, com o Teatro Mais Pe-

queno do Mundo. O que não correu tão bem, ou que não teve a adesão que esperáva-mos foi o Workshop de Jazz. Este ano depositámos mui-tas espectativas, divulgámos mais cedo, houve mais par-ceiros, mas curiosamente foi o ano que tivemos menos inscrições. Pensamos que isso teve a ver com as da-tas. Nestas últimas quatro edições foi durante a sema-na, porque o público-alvo é, não só estudantes, mas tam-bém músicos profissionais e amadores. Passar isto para o fim-de-semana fez com que muitos músicos estivessem ocupados.

Este é o primeiro festival de jazz. O que é que se pensa quando se arranca com um

projeto destes?Eu sou uma pessoa otimis-

ta, até otimista de mais [ri-sos]. Ultimamente tento ser mais realista, porque uma coisa é idealizar um projeto e acharmos que é bom e que faz sentido, outra é os meios para o concretizar. O mais difícil de fazer sobreviver é o workshop, que acarreta mais custos, tem muitos músicos: alojamento, refeições... e é sempre um risco. Há uma logística muito grande para concretizar um festival des-tes, e na verdade nós somos uma organização muito pe-quena [Gira Sol Azul] e ti-vemos sempre algum re-ceio. No entanto, o facto de os concertos estarem asse-gurados pela Câmara, já era um grande alívio. E também

a parceria com o Conserva-tório, pois sem ele seria com-plicado realizar o workshop e até mesmo o piano que fez parte do concerto de sexta-feira, da Paula Sousa Trio. O alojamento e alimentação também teve a ajuda de ho-téis e restaurantes, o que foi fundamental.

Sem esses apoios seria compli-cado organizar o festival?Era impossível, então sem

o apoio da Câmara era mes-mo impossível. Como somos uma organização pequena também não nos aventurá-mos em fazer candidaturas, porque todo o trabalho que isso dá, muitas vezes, não vale a pena. E o tempo tam-bém não foi muito. Mas se não houvesse o apoio de to-

A Ana Bento, presidente da direção da Gira Sol Azul

Recuando 23 anos, como nasce o Tom de Festa?Quando foi criado tinha

um sentido, tal como hoje, de refletir as várias verten-tes de atuação da ACERT. Recordo-me que as primei-ras edições tinham, não o perfil que tem hoje, das mú-sicas do mundo, mas que re-fletia a ACERT. Tínhamos desde circo, espetáculos de rua a concertos musicais. Foi sempre criado como um lo-cal de encontro do público que frequentava a ACERT e o [público] exterior, do con-celho, do distrito. E depois passou a ganhar esta dimen-são, o das músicas do mun-do.

E porque é que nasce esse con-ceito de músicas do mundo?As músicas do mundo

têm um sentido abrangente

e multicultural, é um espa-ço de solidariedade, de di-vulgação, não só das músi-cas, como das culturas. E achámos que esse era um conceito interessante a de-senvolver, porque esse sen-tido da multiculturalidade, a ACERT também o refle-te. Tondela não é uma cida-de do interior, mas aberta ao mundo.

Hoje em dia existem muitos festivais. Há 23 anos, era dos poucos. Como era nessa altura?Qualquer projeto tem as

suas distintas fases. Quan-do o criámos nunca tivemos a pretensão de sermos um dos primeiros, claro que é um fator diferenciador, mas não com a intenção de ser-mos melhor que outros, até porque na cultura isso não

existe. Existem sim, as par-ticularidades e as diferenças entre projetos.

Como se consegue manter um festival “vivo”?Um festival como este exi-

ge uma permanente inova-ção e criatividade. Não que-remos que para o ano seja a repetição deste. A filosofia do projeto, os valores, as pre-ocupações artísticas man-têm-se. O formato e a natu-reza de cada programação é que são diferentes. O festival tenta atualizar-se constan-temente, sempre refletindo quem o faz. E, claro, resis-tindo e pensado que as in-quietações e os sonhos são algo que não se pode adiar, mesmo com todas as contra-riedades, com todas as difi-culdades. À Cultura cabe-lhe o papel, neste momento

que vivemos, de não se aco-modar.

E o Tom de Festa tem sentido essas dificuldades?Tem. Permanentemente,

não é de agora. Seria redu-tor dizer que o Tom de Fes-ta está a passar dificuldades nesta altura de crise. Tanto quanto me lembro, fomos sentindo isso desde a pri-meira edição, quer de uma forma, quer de outra. Nun-ca, que eu me recorde, hou-ve uma situação de estabi-lidade que nos permitisse realizar o Tom de Festa, ou outro projeto, com a tranqui-lidade desejável. Mas isso é o risco que corre um proje-to que não se vende, que não vive de apadrinhamento, ou de estratégias com o poder, que tem uma preocupação de serviço público e que luta

A José Rui, diretor artístico da ACERT

O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, se encerram sur-presa pelos acontecimentos que neles têm lugar – e a sur-presa é sempre um elemento fundamental de manifesta-ções culturais –, já não sur-preendem pelo facto de se re-alizarem «aqui».

De facto, a ACERT cum-pre a continuidade de uma produção que já vai no seu vigésimo terceiro ano de re-alização e reconhecimento;

e a Associação Girassol Azul produz uma iniciativa pro-gramada pela Câmara Mu-nicipal de Viseu que, embo-ra primeira em número de ordem, é o resultado de uma prática consolidada e gerado-ra de públicos, regular, cuida-da e rigorosa. Duas associa-ções que integram núcleos artísticos – uma Companhia de Teatro profissional, a pri-meira, uma Escola de Música, a outra – e partilham cumpli-cidades no movimento cres-

cente de formação, criação e programação de práticas cul-turais a que «aqui» se assiste desde há alguns anos.

Poucos se lembrarão de um quase arqueológico ca-lendário de antigos teatros Viriato e Avenida e dos pri-meiros tempos do Cineclu-be; mas alguns ainda recor-dam, dos anos 60 e 70 do sé-culo passado, o pop-rock dos Tubarões, a oficina de teatro do CETEV, a livraria-galeria Tempo Livre e as circuns-

tâncias culturais propor-cionadas pelo que então era (era…) o Clube de Viseu. Na memória de muitos está, po-rém, a grande volta que isto deu depois de Abril de 1974: a cooperativa livreira Que Fa-zer?, as companhias de tea-tro Centelha, C. T. de Viseu e Trigo Limpo; ou, a seguir, a revista ZUT, a Área Urbana e as experiências musicais, tão criativas como os próprios nomes, dos Lucretia Divina, Foragidos da Placenta, Bas-

tardos do Cardeal.Mas a vitalidade visível (e,

sobretudo, sensível) do que, agora, «aqui» se passa resul-ta, a par de um aproveitamen-to das experiências do passa-do, da renovação do equipa-mento mental e material que sempre novas contempora-neidades exigem, perdidos tiques neo-realistas que al-guns (feliz ou infelizmente, conforme os tempos) nunca ganharam. O Cineclube foi e é um sempre novo Cine-

clube, a saber acompanhar a mudança; o Trigo Limpo forjou a ACERT – sede de sociabilidade cultural, placa giratória de espectáculos e afectos – e profissionalizou-se como Companhia de Te-atro no final dos anos 80; o «velho» Teatro Viriato, re-construído em todos os sen-tidos, deu lugar a uma ânco-ra de programação das me-lhores produções nacionais e europeias de artes do pal-co, associado a uma das mais

VISEU, TONDELA, AQUI | Práticas culturais, territórios e poder

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À CONVERSA

dos era muito complicado.

Há ajudas, mas por outro lado deve haver dificuldades…Sem dúvida. Primeiro os

recursos humanos, foi uma ginástica terrível conseguir-mos ter tudo pronto, sem atrasos. Muito dos mem-bros da organização tam-bém estavam a participar como músicos e tínhamos muitas vezes que nos des-dobrar. Mas penso que nos safámos muito bem.

A própria organização envol-veu-se ativamente no festival. Isso é uma forma de estar ain-da mais próximo do público?Na realidade é uma for-

ma de poupar dinheiro e de fazer com que aconteçam mais coisas com menos

gastos. Mas por outro lado, e como somos músicos, gos-tamos de tocar, de fazer mú-sica, de estar em palco.

Vai haver uma nova edição?O festival é para continuar,

se houver apoios, claro. Du-rante o festival foram muitos os momentos em que pensá-mos duas vezes em querer uma nova edição, mas era passageiro, vinha sempre al-guém que dizia “então como é, para o ano?”. Sentimo-nos cansados mas o feedback do público e dos artistas, dão-nos força.

Na apresentação assumiram que queriam que este festival chegasse a toda a gente. Isso foi conseguido?Eu acho que sim. O pri-

meiro concerto, com os TGB, foi arriscado, é um projeto com uma forma-ção pequena, e isso exige ao grupo uma dinâmica maior que prenda as pes-soas e depois com instru-mentos invulgares no jazz, tuba, guitarra e bateria. E o próprio estilo é mais “duro”, pouco caracterís-tico daquilo que se ideali-za no jazz. Quando olhei para o público e vi que era uma geração mais velha, entre os 60, 70 anos, pen-sei que não iriam aguentar duas músicas. A verdade é que o concerto durou mais de uma hora e ninguém saiu, muitos até estavam a bater o pé. Mas tanto nesta e como noutras atividades penso que conseguimos

chegar a muita gente.

O facto de já terem sido orga-nizados eventos de jazz, como as Quintas ao Jazz, também dinamizadas pela Gira Sol Azul, facilitou a relação com o público?Sim. Principalmente de-

pois desta primeira edição e das pessoas terem perce-bido a dinâmica que ten-támos transmitir. A ideia de que não era apenas um concerto ao fim do dia, mas algo mais. As Jam Ses-sions nos vários bares, por exemplo, alargaram o le-que de público. Havia mui-ta gente que ia aos bares e só mais tarde ao local dos concertos. Sentimos que veio gente de vários sítios desde Penalva do Caste-

lo, Mangualde e outros lo-cais.

A ideia de terem levado o fes-tival para vários pontos, para a rua, marcam a diferença?Claro que sim. Um dos ob-

jetivos era chegar não só a quem gosta de jazz, e que as-sim não tem de se deslocar a outros sítios do país, mas a outras pessoas. Surpreen-der quem não conhece, que não está à espera, na rua, no comboio, num bar. É o velho ditado, “Não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé”.

Daqui a um ano, quando vol-tarmos a conversar, sobre a segunda edição, o que gostaria de me poder dizer?Que tinha havido mais

concertos de bandas profis-sionais e consequentemente mais variedade (mas para isso tem que haver dinhei-ro). Que tínhamos alargado o festival às escolas, porque acho que isso é importan-te na educação musical, são eles o futuro e se começarem a ver e a ouvir novas sonori-dades é muito bom. E que o workshop tinha sido otimi-zado, pois achamos que esta é uma grande vertente que não queremos abandonar: a formação.

O Festival de Jazz de Viseu é?São tantas coisas. Mas o

festival é energia, para o pú-blico, para quem é surpre-endido na rua, para os mú-sicos. No fundo é energia, positiva.

OPINIÃO | João Luís Oliva

consagradas Companhias de Dança contemporânea do país; e os ensaios de cria-ção artística – música e tea-tro, mas também literatura e artes visuais –, a sua herança e o cadinho cultural em que se forjou a consideração da diferença e da diversidade, foram alfobre de múltiplos projectos individuais e co-lectivos, de que se dispensa a enumeração, e realizações – profissionais ou amadoras, mas criteriosas – de práticas

culturais que hoje desafiam e emocionam, comovem ou divertem a comunidade com que se relacionam.

O leitor atento deste escri-to já notou, por certo, o uso e abuso do advérbio de lugar «aqui». É que só de forma ab-surda se podem localizar em fronteiras físicas, políticas ou administrativas (região ou zona, país, distrito ou muni-cípio), os limites da (inter)ac-ção cultural das comunida-des sociais.

Patetas e ignorantes são, em tempo de eleições locais, declarações de candidatos ao poder municipal que di-zem ser a actividade cultural de «Viseu» menor que a de «Lamego», propondo alter-nativas de gestão que julgam populares para o sitiozinho de que pretendem putativa-mente ser regedores. E ain-da falam, à moda do fácil pa-rolismo dominante, de «in-dústrias culturais», só lhes faltando o «empreendedoris-

mo», a «implementação», a «alavancagem» e as «janelas de oportunidade». E, já ago-ra, as «maturidades»…

Mas muito pouco avisadas são decisões dos realmente regedores que, embora sem grandes disparates culturais – após dois primeiros man-datos desastrosos na matéria –, e, depois disso, até mesmo com algum bom-senso rela-tivamente a esses temas, pro-gramaram o Festival de Jazz de Viseu em cima do Tom de

Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tempo estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressa-mente propositada; agora lá que, à luz de anteriores po-lémicas, tal parece, não há qualquer dúvida…

Enfim, rivalidades aca-nhadas e possidónias da vis-ta curta do que deve ser um horizonte largo que compre-enda a cidade como parte da geografia social e cultural em que se integra e com que

(quem), reciprocamente, par-tilha o sentido.

Decidida e peremptoria-mente se reafirma que o «aqui» é um grande espaço de urbanidade e este é o olhar indispensável à consideração das práticas locais na univer-salidade da vida cultural (da vida…). Bem dispensávamos gente do(s) poder(es) cujos projectos se resumam ao rural e pobre mote (que não ideia…), segundo o qual «a minha al-deia é melhor que a tua!».

pelo que está consignado na Constituição da Republica, o direito à Cultura.

Praticamente desde o início têm sido trazidos ao festival grandes nomes de referência nacional e internacional. Isso marca a diferença?Naturalmente. Têm pas-

sado nomes que logo à parti-da têm uma dimensão e pro-jeção pública muito grande, como Milton Nascimento, Manu Dibango, mas tam-bém um outro conjunto de espetáculos que são mar-cantes para o público. De ar-tistas e grupos, que até então eram desconhecidos. E o pa-pel do Tom de Festa também é esse, revelar projetos mun-diais que às vezes não têm a visibilidade que merecem. Hoje, se perguntar a alguns espectadores qual foi o espe-táculo que mais os fascinou, dirão nomes que não são co-nhecidos dentro do “circuito normal”. Temos o exemplo de Compay Segundo que foi, dois anos antes do Buena Vista Social Club, um quase

anónimo. Quando esteve no Tom de Festa o seu concerto não acabou, os encores fo-ram tantos que Compay Se-gundo saiu do palco e foi to-car para o pátio acústico. E claro que o público do Tom de Festa se sente muito or-gulhoso por, dois anos de-pois o tal Compay Segundo se tornar aquele mostro.

Esse é o objetivo do Tom de Festa? Dar ao espectador, alternativas?Sem dúvida. Houve uma

grande transformação do país, hoje as pessoas da zona interior têm alternativas pró-prias e essas alternativas foi o público quem as conquis-tou, através da sua adesão. Também é isso que diferen-cia o Tom de Festa de outros festivais, que jogam funda-mentalmente com os nomes de cartaz e que têm alguma dinâmica comercial, onde os espetadores pagam, con-sideravelmente, para ver es-ses grande nomes. O Tom de Festa é um festival distinto, o que representa a bilheteira,

no que diz respeito ao orça-mento, é insignificante.

Então como se assegura eco-nomicamente o festival?Através de parcerias e

cumplicidades com os ar-tistas, envolvendo um con-junto significante de apoian-tes, em termos de empresas e instituições, que reconhe-cem que este trabalho é um trabalho de projeção da pró-pria região.

E o Tom de Festa já se tornou uma marca da região...Sim. Eu até diria uma mar-

ca nacional. A dinamização cultural do país há mui-to que se passou a diferen-ciar dos acontecimentos terem lugar, só, nos gran-des centros do país. Hoje há todo um mapa, uma ge-ografia cultural descen-tralizada, que se fica a de-ver à atividade de todos os dinamizadores culturais que tomaram em mãos res-ponsabilidades que cabe-riam muitas vezes aos go-vernos.

Este é um festival que conse-gue captar diferentes públi-cos. Como é que se consegue “agarrar” tanta diferença?Isso é o reflexo do que

é a atividade da ACERT. Há duas semanas atrás, por exemplo, decorreram ateliês para as crianças, com duração de quinze dias e, no final apresenta-ram o seu próprio espetá-culo. Daí que o público que está no Tom de Festa é de cidades onde nós desen-volvemos itinerância, pú-blico que vem atraído por um cartaz de alternativas culturais e artísticas. É pú-blico de uma comunidade com a qual trabalhamos, um público regional que se identifica com o trabalho da ACERT. E o Tom de Fes-ta, por excelência, é um sí-tio de todos os públicos.

Sentem que há mais ou menos público?O que acontece, em ter-

mos de mais ou menos pú-blico, por vezes, são razões que nos ultrapassam. Não é

por acaso que este ano bai-xámos o valor das entra-das. Temos noção do peso que teria o preço do bilhe-te numa família com um ou dois filhos. Nós criadores não pensamos só no espetá-culo, temos que pensar em tudo o que o rodeia. Se não o fizermos estamos a deca-pitar parte de nós.

Um projeto que dá muito trabalho.Um grande trabalho da

equipa da ACERT mas também de um conjunto de voluntários que a nós se associam, desde produção, implantação no espaço, de bem receber. É um trabalho que não está confinado ape-nas à equipa permanente da ACERT, mas a uma equipa mais abrangente, de associa-dos, que dominam tão bem como nós os objetivos que pretendemos atingir.

Já com a cabeça na 24ª edi-ção?Para já com a cabeça no

outro projeto que temos, “A

Viagem do Elefante” [este sábado em Sortelha, no Sa-bugal]. E isto é não parar.

Que balanço faz a mais uma edição do Tom de Festa.Pensamos que estes qua-

tro dias foram um êxito. Mas o Tom de Festa não acaba de maneira nenhu-ma no último dia. Aqui co-meça uma nova etapa. Até porque a ACERT são 365 dias e o Tom de Festa são quatro. E aquilo que dese-jamos é que todo o espírito que esteve presente nestes dias, quer no público, quer na organização, perdure ao longo de um ano. Mas te-mos noção que foi, de novo, um êxito e que não ficou confinado à qualidade dos concertos, mas à relação que mais uma vez se criou entre a ACERT e aqueles que foram felizes ao longo destes dias.

O Tom de Festa é…O Tom de Festa é o espe-

lho da ACERT na relação com o mundo.

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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região

JIBOIASResende. ONúcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Lamego da GNR apre-endeu um casal de ji-boias, com aproximada-mente 10 anos de idade, em Resende. Em comu-nicado, a GNR informou que as jiboias – com mais de três metros e 15 quilo-gramas – encontravam-se ilegalmente em cati-veiro, no interior de uma residência. Também em Castro Daire foram apre-endidas duas serpentes, uma jiboia com dois anos de idade e 1,30 metros, e ainda uma serpente de milho com nove anos e 1,5o metros. “A falta de registo des-te a n i m a l c on s t i t u i uma contraordenação ambiental grave, puni-da com uma coima que pode variar entre 12.500 ou 17.500 euros”, alertava a nota da GNR. EA

DETIDOViseu. A diretoria do Cen-tro da Polícia Judiciária (PJ) confirmou a deten-ção de um homem, de 29 anos, que terá sequestra-do e violado uma mulher na zona de Viseu.A PJ informa em comu-nicado, que o homem foi identificado e detido pela “presumível prática dos crimes de sequestro, vio-lação, dano e detenção de arma proibida”, ocor-ridos no início do mês de julho. Segundo a mesma fonte, o suspeito terá en-trado na residência da vítima, uma mulher de 30 anos, durante a noi-te. “Dirigiu-se ao quarto onde esta se encontrava deitada e, como forma de intimidação, efetuou dois disparos contra a cama. De seguida, a vítima foi agredida, amarrada e vio-lada”, revelou.

Doceiros oriundos de toda a região vão juntar-se em Vouzela para divulga-rem os seus doces tradicio-nais na 5.ª edição do festival de doçaria “Doce Vouzela” que se realizará este fim de semana, 27 e 28 de julho, no concelho.

Este certame, promovido pela Câmara Municipal, no qual já estão inscritos cer-ca de 20 produtores de do-ces, tem novamente no seu cartaz o encontro de cole-cionadores de pacotes de açúcar, a ter lugar no dia 27 de julho, e a tradicional exposição de cake design à qual se juntam as várias de-monstrações desta arte du-rante a tarde do dia 28.

O “Doce Vouzela”, um dos principais eventos de verão do concelho, tem como principais objetivos a divulgação da doçaria re-gional e a promoção turís-tica do concelho.

Contudo, falar deste con-celho e dos seus “sabores” obriga necessariamente a uma paragem para provar o seu ex-libris, o Pastel de Vouzela, que pode ser en-contrado em todas ou qua-se todas as pastelarias da zona.

De recheio de ovos úni-co, envolto em massa finís-sima de uma leveza incom-parável, esta iguaria desfaz-se na boca a cada dentada e nasce das mãos e de um saber que atravessou gera-ções. Hoje esta receita está apenas na posse de três “ca-sas” que fornecem toda a região.

O Jornal do Centro este-ve com os irmãos Vítor e Miguel Correia que, man-tendo esta tradição familiar, encontraram no fabrico do pastel de Vouzela uma for-ma de vida e um modo de perpetuar a memória do pai que lhes “transmitiu”, desde tenra idade, esta ri-queza regional.

“Nós somos hoje o maior produtor dos pastéis de Vouzela e os únicos que vendemos para fora da vila. Existem apenas dois outros fabricantes que centram toda a sua atividade numa ótica mais familiar mas é principalmente através do nosso trabalho que o nome da vila chega mais longe”, referiu Miguel Correia.

Com uma produção bas-tante variável, muito de-pendente da altura do ano, esta fábrica produz normal-mente cerca de 1200 pastéis por dia, o que equivale a aproximadamente 100 dú-zias, que todas as manhãs são forçadas a abandonar os fornos e a viajar até às es-tantes e vitrinas de muitos cafés e pastelarias das re-dondezas.

“Nestes últimos anos é de louvar o papel que a Câmara Municipal de Vouzela tem tido na divul-gação e no apoio à promo-ção do pastel de Vouzela. A sua introdução nos eventos desportivos da região, o es-forço que empreendeu para que os pastéis de Vouzela estivessem presentes na tomada de posse do atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, me-

recem-nos todo o aplauso uma vez que contribuem indelevelmente para a afir-mação desta região e con-tribuem para a economia do concelho”, sustentou.

Preservar e incrementar ao máximo a qualidade através de uma aposta for-te em matérias-primas de primeira linha, consegui-das através do contato diá-rio com os fornecedores, é uma promessa e uma pre-ocupação constante nesta empresa familiar.

Durante os dois dias do “Doce Vouzela” o conce-lho será palco de vários espetáculos musicais, observação astronómica pela FISUA - Associação de Física da Universidade de Aveiro, workshops de decoração de cupcakes e cakepops e de bombons de chocolate, uma mostra de doçaria, insufláveis, vi-sitas de comboio turísti-co gratuitas e um percur-so pedestre sendo novi-dade este ano o concurso de bolos de noiva que re-serva para o vencedor um prémio monetário no va-lor de 250 euros.

Pedro Morgado

Festival leva doçaria regional a VouzelaDoce Vouzela ∑ Quinta edição realiza-se este fim de semana

Consumo alimentar

Opinião

No actual contexto, o gasto com a alimentação ocupa um lugar de des-taque no orçamento das famílias, num valor que atinge os 84%. Os dados do primeiro semestre de 2013 definem alguns dos produtos onde esta retracção está a ocorrer. O azeite sofreu uma re-dução de 25.7%, as fari-nhas 12%, a padaria 9.8%, a fruta 7.4%, a água mi-neral 5%, o leite 4.3%, o arroz 3.2%, o peixe 1.6% e o vinho 1.2%.

Atentos a estas con-jecturas, as diferentes organizações do sector têm vindo a desenvolver inquéritos para definir com maior rigor o com-portamento dos consu-midores.

O estudo intitulado “Comportamento de com-pra de fruta e hortícolas em Portugal”, promovi-do pela FNOP (Federa-ção Nacional das Orga-nizações de Produtores de Fruta e Hortícolas) é disso o claro exemplo.

O estudo aponta no sentido dos portugueses estarem a fazer compras mais faseadas ao longo da semana e em menor quantidade. Uma per-centagem significativa dos consumidores (80%) utiliza os híper ou super-mercados para se abaste-cer; os restantes optam por mercearias, frutarias, praças e mercados.

A grande maioria dos consumidores adquire por semana 2 kg de fruta, 2 kg de vegetais e 1kg de produtos vegetais conge-lados e apenas uma pe-quena minoria (8%) con-segue atingir os 5kg em fruta.

Os portugueses defini-ram como principais cri-térios para a escolha des-tes bens: o preço, a cor, o país de origem e a apa-rência do produto.

Embora o preço seja um factor determinante no acto da compra, no caso da fruta a grande maioria dos inquiridos (80%) denotaram prefe-rência pela produção na-cional. O preço da fruta é apenas referenciado em quarto lugar como fac-tor de selecção. Atribu-tos como o local de ori-gem, a cor e o aspecto parecem ser preponde-rantes para a escolha.

Tendo por base os da-dos do estudo, é fácil per-ceber que toda a cadeia tem ainda margem de progressão. O que im-porta é que nestas situ-ações todos possam sair a ganhar.

Atenta a estas altera-ções, e não só, a Compal desenvolveu no seu Cen-tro de Frutologia, duran-te este ano, um curso/programa/concurso na área fruticultura. Do to-tal das 200 candidaturas apresentadas, 12 foram seleccionadas e os 3 me-lhores projectos recebe-ram uma bolsa no valor de 20 mil euros para in-vestir nas explorações. A empresa assumiu ain-da o compromisso de ab-sorver toda a produção dos 3 projectos vence-dores que têm por base a produção de pêssegos, ameixa, marmelos e ro-mãs, matérias-primas in-dispensáveis para a em-presa. Assim, triunfar é certamente mais fácil.

Em termos económi-cos, esta iniciativa pou-co impacto poderá re-presentar na contabili-dade da empresa (60 mil euros), mas é uma prova inequívoca do caminho que deverá ser traçado por todos.

Com o propósito de poder amenizar algu-mas das maleitas por que muitos passam, o consu-mo de chocolate registou um aumentou (3.3%) face a 2011.

Por ano, cada portu-guês consome apenas 2 kg desta iguaria, os espa-nhóis e italianos atingem os 3 kg e os ingleses e ale-mães deliciam-se com 10 kg. Nestes países, o cho-colate é utilizado como um complemento à ali-mentação de base. Por cá, o seu consumo ocor-re em momentos festivos e de modo ocasional.

Por agora, o que neces-sitamos é um bom surti-do desta e de outras igua-rias para melhorarmos a nossa condição a todos os níveis.

Guloseimas, venham elas.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

A Vítor Correia é hoje um dos poucos “mestres” dos pastéis de Vouzela

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Jornal do Centro25 | julho | 201310

REGIÃO | VISEU | MANGUALDE

A Juventude Socialista de Mangualde, em parceria com a Federação de Viseu da JS, promoveu o acampa-mento distrital da Juventu-de Socialista “JS Summer Weekend”, durante três dias.

Após alguns anos de in-terrupção, o acampamen-to, que decorreu no recinto exterior do Hotel Senho-ra do Castelo e no espaço da Live Beach - Praia de Mangualde, voltou a jun-tar jovens socialistas tendo estado representadas todas as estruturas concelhias do distrito, com o objetivo de “promover o debate de ideias e de convívio e inte-ração entre jovens que vi-vem diferentes realidades por toda a região”.

“O JS Summer Weekend foi um excelente momento e uma grande oportunida-de para conciliar política e convívio, num ano em que a afirmação da juventude é particularmente relevante”, afirmou o presidente da Fe-deração da JS Viseu, Rafael

Guimarães no final do en-contro.

A par das várias iniciati-vas programadas mais de carater interno, o destaque foi para a conferência “Polí-tica Autárquica Jovem”, re-alizada na manhã de sába-do, que teve como oradores

João Torres, secretário-ge-ral da Juventude Socialista e Rui Braguez, Vereador na Câmara Municipal de Cas-tro Daire e Coordenador da JS de Castro Daire.

Emília [email protected]

Acampamento da JS regressou a MangualdeBalanço ∑ Presidente da Federação diz que “a afirmação da juventude é particularmente relevante”

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A JS Summer Weekend decorreu na sexta-feira, sábado e domingo

Um grupo de populares, das paróquias de Cepões, Cavernães e Mundão, manifestaram-se à porta do Paço Episcopal, em Viseu contra a decisão do Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro, de querer mudar o pá-roco, que há 14 anos serve as três paróquias. À mani-festação, que decorreu na sexta-feira ao fim da tarde, juntou-se o presidente da junta de Cavernães. Jorge Martins ainda espera que o Bispo de Viseu altere a decisão de retirar o Padre Caldeira da freguesia.

Os serviços da Diocese revelaram que o Bispo só estará disponível para receber os representantes das paróquias em protesto no início do próximo mês de agosto. D. Ilídio Leandro é um dos nove bispos por-tugueses que participa nas Jornadas Mundiais da Ju-ventude, no Rio de Janeiro até domingo. EA

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Jornal do Centro25 | julho | 201312

REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013

Depois de ter avan-çado e apresentado ante-cipadamente cada candi-dato na sua freguesia, Al-meida Henriques chamou cerca de mil pessoas ao jan-tar-comício das freguesias “Viseu Primeiro”, que teve lugar na passada segunda-feira, para revelar o que lhe vai na alma: “se alguém ti-nha dúvidas da nossa for-ça e da nossa unidade, tem hoje aqui uma resposta ine-quívoca. Somos uma gran-de equipa, somos um só”.

António Guilherme Al-meida, Mota Faria, Luís Montenegro, líder parla-mentar do PSD e Fernando Ruas, mandatário de honra desta candidatura, subiram ao palco de onde pediram um empenhamento redo-brado em torno da candida-tura daquele que é, nas suas palavras, “de longe o melhor candidato” por Viseu.

Aos apoiantes, que en-cheram o espaço multiusos Expocenter e ao presiden-te em funções o candida-to enalteceu e agradeceu o legado que espera receber: “um legado de trabalho, de determinação, de honesti-dade, de competência. O le-gado de uma equipa onde todos os vereadores estive-ram presentes e que contou

com o trabalho de todos os presidentes de junta”, sus-tentou.

Usando da palavra, o candidato destacou que foi o Partido Social Democrata (PSD) que fez esta mudan-ça, não outros, não aque-les que no passado lutaram para que Fernando Ruas perdesse o mandato, não aqueles que sempre critica-ram a obra feita e que hoje a consideram ímpar.

Na intervenção que en-cerrou o comício, Almei-da Henriques apresentou os candidatos às juntas de freguesia do concelho, realçando a importân-cia que estes assumem na concretização do seu

programa, nomeadamen-te através do seu papel na implementação de uma po-lítica de proximidade.

Candidatos às assem-bleias de freguesia - Abra-veses: Pedro Miguel Cos-ta Almeida; Bodiosa: Rui Manuel Santos Ferreira; Calde: José Fernandes; Campo: Carlos Lima; Ca-vernães: Jorge Martins; Côta: António Jesus Tavares da Fonseca; Fra-gosela: Arnaldo António Ferreira Gonçalves; Lordo-sa: Carlos Manuel Martins Correia; Mundão: Ar-mando Nunes Santos Go-mes; Orgens: Adérito Pais Cardoso; Povolide: José Manuel de Almeida Fer-

nandes; Ranhados: Luís Filipe Martins de Almeida Mendes; Ribafeita: Custó-dio Figueiredo Correia; Rio de Loba: Carlos Alberto Gama Henriques; Santos Evos: Fernando José Car-doso Rodrigues; São João de Lourosa: Carlos Almei-da; São Pedro de France: Fernando Martins Macha-do; Silgueiros: José Marce-lo; União das Freguesias de Barreiros e Cepões: António Tavares e Joana Santos; União das Fregue-sias de Couto de Baixo e Couto de Cima: Fernando Leitão e António Marques; União das Freguesias de Repeses e S. Salvador: José Coelho e José Ferrão; União das Freguesias de S. Cipriano e Vil de Soi-to: Aurélio Pereira Lou-renço e Armando Esteves; União das Freguesias de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita: Manuel Jorge Nunes, José Silva e Cláudia Carvalho; União das Fre-guesias de Fail e Vila Chã de Sá: José Silva Pereira Fernandes e Carlos Cardo-so e da União das Fregue-sias de Viseu: Diamantino Santos, Vitor Costa e Ana Maria Damião.

Pedro Morgado

Candidato do PSD teve o primeiro banho de multidãoPSD ∑ Expocenter recebeu cerca de 1000 apoiantes da candidatura “Viseu Primeiro”

Dois meses depois de ter começado a corrida eleitoral que irá definir quem será o próximo presidente da Câ-mara Municipal de Viseu, apenas Hélder Amaral, lí-der dos democratas-cristãos (CDS-PP), pontua.

Nas últimas sondagens apresentadas na passada ter-ça-feira pela Eurosondagem e publicadas num jornal diá-rio, Almeida Henriques, can-didato do Partido Social De-mocrata (PSD), vê encolher a margem que o separava do seu principal adversário al-cançando agora um resultado de 48,8 por cento nas inten-ções de voto dos viseenses. O socialista José Junqueiro (PS), ex-secretário de Estado da Administração Local fica a dez pontos percentuais do PSD nas intenções de voto o que, até ao momento, se tra-duz numa divisão de manda-tos de cinco para o PSD e qua-tro para o PS.

Hélder Amaral reúne a preferência de 5,1 por cen-to do eleitorado enquanto Manuela Antunes do Bloco de Esquerda e Francisco Al-meida da CDU vêm enco-lher ligeiramente a sua base de apoio para 2,4 e 2,2 por cento, respetivamente.

Em comunicado de im-prensa enviado às redações Almeida Henriques, can-didato do PSD, reconhe-ceu a importância das son-

dagens como indicadores de opinião, reveladores de tendências que, não substi-tuindo o voto, confirmam a liderança da candidatu-ra Viseu Primeiro e a pre-ferência maioritária dos vi-seenses em eleger Almei-da Henriques como futuro presidente do município de Viseu. Ouvido pelo Jornal do Cento, o socialista José Junqueiro preferiu colocar a tónica no encurtar de distân-cias ao mesmo tempo que salienta o papel fulcral que o CDS tem na definição do resultado final destas elei-ções: “se o CDS subir será mais fácil” apesar de “ter-mos que ser nós a construir e a concentrarmo-nos neste caminho que decerto nos le-vará à vitória a 29 de setem-bro próximo”, referiu o can-didato. “Almeida Henriques tem sido levado ao colo nas ações institucionais da au-tarquia. Utiliza o seu estatu-to de Presidente da Assem-bleia Municipal para apare-cer onde os seus adversários políticos não são convida-dos”, salientou.

Em contraciclo a taxa de abstenção prevista sofre um aumento de quase 3 pontos percentuais (20,4 por cento) quando comparada com o último barómetro realizado pelas mesmas instituições no início do passado mês de junho (17,8 por cento). PM

PSD continua à frente mas perde eleitorado

Capoulas Santos convidado pelo PS para apresentar as prioridades e os apoios à agricultura portuguesa

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O antigo ministro da Agricultura português Capoulas Santos, recente-mente distinguido com o prémio de melhor deputa-do ao Parlamento Europeu de 2012 na área da agricul-tura e desenvolvimento rural, esteve presente no passado domingo na con-ferência-debate realiza-da na União Demarcada das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA) a convi-te de José Junqueiro para apresentar as prioridades e os apoios para a agricul-

tura portuguesa a partir de 2014.

Nesta iniciativa que contou com a presença de vários pequenos agri-cultores do concelho, José Junqueiro lançou as ba-ses do seu compromisso com a fileira agrícola do concelho ao mesmo tem-po que apresentou pro-postas concretas para a dinamização dos vinhos do Dão.

A criação de um gabine-te para o desenvolvimen-to rural que possa impul-

sionar decisivamente o desenvolvimento da agri-cultura e do meio rural de forma integrada, a criação de um parque florestal, a implementação de uma plataforma municipal de apoio à atividade agroflo-restal e a implementação no território de uma bolsa municipal de terras foram algumas das propostas que o candidato conside-rou bastante pertinentes para a dinamização do setor e para a inversão do atual ciclo económico no

concelho de Viseu.Durante a sua interven-

ção o candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Viseu refor-çou a sua aposta séria na dinamização da Feira de S. Mateus como grande certame do Dão ao mes-mo tempo que prome-teu lutar, caso seja elei-to, pelo “regresso a casa” da cerimónia que distin-gue os melhores vinhos do Dão e que atualmente se realiza na Figueira da Foz. PM

DR

Jornal do Centro25 | julho | 201314

AUTÁRQUICAS 2013 | REGIÃO

A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câ-mara de Viseu, Manuela Antunes, defendeu esta semana a candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura.

“Queria lançar um desa-fio à cidade, aos políticos e a todos os viseenses no sentido de prepararmos uma candidatura a Capi-tal Europeia da Cultura. Decerto, com toda a gen-te a trabalhar poderão ser lançadas as bases e cria-das as condições para o nascimento de um projeto ambicioso que possa lutar em pé de igualdade com outras cidades”, sustentou Manuela Antunes.

Durante o lançamento da iniciativa “Sementeira

2013” o Bloco de Esquer-da (BE) abriu as portas da sede do partido, situ-ada em plena zona histó-rica junto à Sé de Viseu, e revelou uma exposição temporária com o traba-lho de seis “jovens” artis-tas entre pintores, escul-tores e cartoonistas que se junta assim ao evento multidisciplinar “Jardins Efémeros”, que decorre em Viseu de 22 a 28 de ju-lho.

“O Bloco pretende com esta ação associar-se a este espírito dos Jardins Efémeros e estar com a sede aberta todos os dias até às 23 horas para mos-trar o trabalho destes ar-tistas. Apesar do centro histórico parecer estar

cheio de gente hoje, esta não é a realidade o ano todo. A cidade não criou ainda as condições para termos muita gente no centro histórico e, por-

tanto, é fundamental a re-cuperação do património arquitetónico da cidade e a fruição desses edifícios recuperados como incen-tivo à criação e à mostra

de jovens artistas”, justi-ficou a candidata.

A professora de educa-ção física referiu ainda que o bloco aguarda que lhe sejam apresentadas

ideias e projetos para o centro histórico que esta força política possa enca-minhar e apoiar salien-tando contudo que, “sem o património recupera-do se torna difícil insta-lar estes criadores” quan-do os prédios se encon-tram devolutos e em mau estado.

Manuela Antunes, can-didata do Bloco de Es-querda à presidência da Câmara de Viseu tem nas próximas eleições de 29 de setembro como adver-sários Almeida Henriques (PSD), José Junquei-ro (PS), Hélder Amaral (CDS-PP) e Francisco Al-meida (CDU).

Pedro Morgado

Manuela Antunesquer Viseu Capital Europeia da CulturaBE ∑ Candidata do Bloco desafiou os seus adversários políticos a unirem-se em torno de uma causa maior

A Sede do Bloco recebe exposição temporária durante os “Jardins Efémeros”

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Pedr

o M

orga

do

Jornal do Centro25 | julho | 2013 15

especial Dia dos Avós

Passe um dia diferente com os seus avós

Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucio-nal, para comemorar o Dia dos Avós. O evento de-corre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe.

Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Tercei-ra Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua.

A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço

Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (pre-sidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

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O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família.

O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer fi-lhos, quer netos.

É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

pais, e em muitos casos, os primeiros.São muitas vezes os avós, quem transmite os valo-

res, os conhecimentos e a ternura que fica para sem-pre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família.

São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmen-te estão ali, sempre.

Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria na-tureza, com a vida.

Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar his-tórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

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Licença de funcionamento

nº 05/2013

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Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe

O teatro, o cinema, um concerto, ou um sim-ples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de progra-mas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles.

No distrito de Viseu,são desenvolvidasvárias atividadespara assinalar a data:

A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Sil-va comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias.

Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criati-va, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha al-deia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós.

Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lis-boa.

A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao San-tuário do Cristo Rei.

Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão.

Sátão leva avós ao Cristo Rei

Jornal do Centro25 | julho | 201316

DIA DOS AVÓS | ESPECIAL

5surpresas para

preparar aos avós

∑ 1. Avós e netos multiculturaisJuntos pesquisem como se diz avó e avô em diversas línguas e criem uma

pequena peça de teatro para poderem comunicar, com disfarces e acessórios alusivos a cada país, como se diz avós em inglês, italiano, francês, espanhol, indiano… um espetáculo ao qual os avós vão adorar assistir na primeira fila. Para os avós que estão longe, podem sempre filmar a peça e enviar este peque-no filme alusivo ao Dia dos Avós num CD por correio ou mesmo via email, ou outras plataformas.

∑ 2. Festa do pijamaSerá que a avó e o avô alguma vez tiveram oportunidade de participar numa

festa do pijama? As crianças adoram este tipo de festa e, se for em honra dos avós, temos a certeza que também eles vão adorar esta surpresa inesperada preparada pelos netos. Quer pernoitem na casa dos avós ou na dos netos, o que não pode mesmo faltar são os pijamas, uma sala aconchegante, um bom filme ou jogos divertidos para fazer em família e algumas guloseimas para uma noi-te que será, certamente, inesquecível.

∑ 3. Regresso ao passadoSe for viável, programem um dia de visita à terra natal dos avós, mas não

contem nada sobre a viagem até chegarem ao local: assim será uma verdadeira surpresa! Façam várias paragens – as casas onde viveram, os sítios onde traba-lharam, o local onde se conheceram e namoravam – e aproveitem para ouvir e divertirem-se com as histórias de antigamente que os avós vão certamente contar! Haverá melhor maneira de celebrar o Dia dos Avós do que homenagear as suas origens, as suas conquistas, a sua vida?

∑ 4. Viagem ao futuroSe preferirem uma viagem ao futuro ou, pelo menos, ao presente, surpreen-

der a avó e o avô no Dia dos Avós pode passar por uma viagem a um local que sempre quiseram ir, mas nunca foram – uma cidade no vosso país, um parque natural próximo, uma estância balnear, uma capital europeia ou até outro tipo de destinos, mais acessíveis, e perfeitos para programar um Dia dos Avós me-morável: um museu, um aqua parque, um dia num spa, um parque de diversões, o jardim zoológico, fazer campismo… esta é a data perfeita para realizar um dos sonhos dos avós, afinal de contas, eles merecem.

∑ 5. Comer fora, cá dentro!Para celebrar o Dia dos Avós com pompa e circunstância, ajude a pequenada

a transformar a sala de jantar lá de casa, num lindo restaurante que terá alguns convidados de honra nessa noite – os avós! Não se esqueçam de uma decoração original, flores, velas, música ambiente e, claro, um delicioso menu. Pode en-volver as crianças na preparação dos alimentos – escolhem algo que possa ser facilmente preparado e colocado no forno quando os avós chegarem, por exem-plo. Uma alternativa é mandarem vir ou irem buscar comida a um bom take away e simplesmente dispor nas travessas e pratos mais bonitos lá de casa… o que conta é a intenção e esta é das melhores.

No âmbito das comemorações do Dia Mundial dos Avós, a “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, Museu Etnográfico de Várzea de Calde, promove amanhã, 26, pelas 15h00, a atividade: “Chá e po-esia”.

Avós e netos vão ler poemas e mensagens, construindo diálo-gos e opiniões.

Ambas as gerações conversam entre si, interagindo, trocando experiências, em momentos de convívio e de afetos.

Em contexto museológico rural, as vivências dos mais velhos servirão de pretexto à construção de diálogo com os mais novos, para estes perceberem a evolução dos tempos e as vivências da atualidade.

No final um momento de confraternização, com chá e biscoitos tradicionais da Aldeia.

O evento tem limite máximo de crianças e avós: 26

As inscrições são gratuitas, com marcação prévia para o telefone:

232 911004 ou email: [email protected]

Poemas no Museude Várzea de Calde

“Quantos mundos existem entre as páginas de um livro? Quantos no-vos amigos farás ao ler um capítulo? Descobre na Hora do Conto, histó-rias que nunca imaginaste serem possíveis”. Esta é uma proposta da Fnac que pode ser aproveitada para um momento entre avós e netos. “A Hora do Conto” é uma ação de animação e promoção do livro e da leitura para crianças, domingo, pelas 11h30, no Palácio do Gelo em Viseu.

Hora do Conto na Fnac Viseu

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Jornal do Centro25 | julho | 2013 17

Perante as vicissitudes que o mercado em geral tem proporcionado, com refle-xos negativos em todos os âmbitos da vida dos portu-gueses, também o ensino superior é dessas incerte-zas vítima. Fomos ouvir Fer-nando Sebastião, presiden-te do IPV, no contexto das expectativas para o próximo ano lectivo.

Novidades na oferta formativa para o próxi-mo ano:

No próximo ano o IPV disponibiliza 36 cursos de li-cenciatura, 29 de mestrado e 22 cursos de especializa-ção tecnológica. Como no-vidade na oferta destaca-mos o novo curso de Quali-dade Alimentar e Nutrição a funcionar pela primeira vez na Escola Superior Agrária e vários cursos de especiali-zação tecnológica na Esco-la Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego. Em re-lação ao ano anterior veri-ficou-se apenas a redução dum curso na Escola Agrá-ria mantendo-se nas res-tantes escolas a anterior oferta formativa.

Número de vagasP a r a o a n o l e t i -

v o 2 0 1 2 / 2 0 1 3 o I P V disponibiliza 1370 vagas

para as diversas licenciatu-ras, menos 8% que no ano anterior. Procurámos desta forma contribuir para um maior ajustamento da pro-cura, situação que infeliz-mente não foi seguida pela grande maioria das insti-tuições de ensino superior nem acautelada pelo Minis-tério da Educação. No ano passado ficaram no ensi-no superior público cerca de 8600 vagas por ocupar. É previsível que este ano o número de vagas sobrantes se mantenha ou seja supe-rior. Espera-se uma redu-ção de candidatos e a situa-ção é agravada pelos maus resultados das provas de ingresso. Do meu ponto de vista o ajustamento da oferta formativa deve pas-sar, não tanto pela redução do número de cursos, mas começar fundamentalmen-te pela redução global do número de vagas ao nível das diversas instituições de ensino superior, apro-ximando-as do número de candidatos.

A redução de cursos, principalmente nas regiões onde não existem ofertas alternativas, conduz à re-dução de opções dos can-didatos e pode levar ao en-cerramento de cursos que sejam relevantes para as

empresas e serviços lo-cais. Esta opção de redu-ção de vagas teria a vanta-gem de aproveitar a capa-cidade instalada nas várias regiões do país. Mantendo a situação continuaremos a ver as instituições do lito-ral onde está concentrada a maior parte da população a ter resultados mais favo-ráveis nas colocações e as do interior com menos alu-nos, com reflexos cada vez

maiores no agravamento das assimetrias regionais. As instituições de ensino superior são, do meu ponto de vista, um instrumento privilegiado para a coesão do território nacional que não está a ser devidamente utilizado por falta de regu-lação do sistema.

Expetativas do IPV e es-tratégias para superação da quebra da procura

Tal como referi, não é previsível que os resultados das colocações no concur-so nacional sejam melhores que no ano anterior. Os re-sultados das candidaturas dependem, naturalmente, muito mais das opções dos candidatos do que das pró-prias instituições. Ao IPV cabe pugnar por oferecer aos candidatos uma forma-ção da maior qualidade que os prepare para uma boa in-serção no mercado de tra-balho e garantir aos alunos as melhores condições para tirarem o seu curso.

O IPV é hoje uma insti-tuição de qualidade reco-nhecida a nível regional e nacional que atrai alunos não só da região, mas de todo o país. Possui em re-gra um nível de emprega-bilidade bastante elevado e um nível de satisfação, por parte dos empregado-res, muito favorável. Infe-lizmente nem sempre se

tem verificado por parte dos candidatos ao ensino superior a preocupação de conhecerem com alguma profundidade as institui-ções e os cursos a que se candidatam. Constatamos este facto, com grande fre-quência, designadamente através do elevado núme-ro de candidatos que te-mos anualmente, nos regi-mes de mudança de curso e transferência, de estu-dantes colocados noutras instituições que preten-dem prosseguir estudos no IPV.

A nossa captação de alunos não se esgota, por isso, no concurso nacional de acesso. Tal como refe-ri, recebemos anualmen-te muitas dezenas de es-tudantes através dos regi-mes de mudança de curso e transferência bem como dos concursos especiais. Nestes concursos espe-ciais estão englobados os candidatos já titulares de um curso superior ou de um curso de especia-lização tecnológica. Os cursos de especialização tecnológica têm sido a via de acesso predominante dos alunos provenientes do ensino técnico-profis-sional. Os estudantes que concluem os cursos de es-pecialização tecnológica podem optar por ingres-sar no mercado de traba-lho ou prosseguir estudos numa licenciatura da res-petiva área de formação o que tem sido a opção mais frequente.

No atual contexto não faz sentido a aposta no cresc imento. A estr a -tégia do IPV passa, por isso, pela consolidação e melhoria contínua da qua-lidade de formação e dos serviços que presta com a consciência de que o reco-nhecimento a relevância do IPV tem sido e conti-nuará a ser no futuro um fator essencial para a cap-tação de mais e melhores estudantes.

Paulo Neto

VIAS DE CONCLUSÃO ENSINO SECUNDÁRIO

ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS_VISEU

ENSINO RECORRENTEEFA DUPLA CERTIFICAÇÃO

EFA’s ESCOLARESDiversas UFCD

Tel. 232419820 Email [email protected]

ABERTAS as MATRÍCULAS

educação&formaçãoIPV: Ano lectivo de 2013-2014 Fernando Sebastião ∑ presidente do IPV

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Jornal do Centro25 | julho | 201318

Textos: Micaela CostaGrafismo: Tânia Ferreira

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2013

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ÃO

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TE.

Suplemento

ESPROSER

Jornal do Centro25 | julho | 2013Suplemento

ESPROSER20

Acompanhando os tempos e as necessidades do mercado a ESPROSER oferece diversos cursos garantindo formação de qualidade aos jovens.

A Escola Profissional tem apostado, com sucesso e resultados, em áreas que proporcionam aos alunos estágios em mais de 60 empresas a nível nacional.

A Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) está prestes a comemorar 20 anos de existência. No próximo dia 29 de julho sopram-se as velas de vinte anos ao serviço da educação e do ensino profissional no concelho e na região.

A ESPROSER nasce a 27 de setembro de 1993, por vontade da Câmara Municipal de Sernan-celhe e da Associação Jornalística, herdando as antigas instalações da C+S, mesmo a tempo de ainda iniciar atividade nesse ano let ivo. Um

m ês d ep ois , a 28 d e novembro, é inaugurada pelo Secretário de Estado da D e fes a Na c i onal , A n t ó n i o F i g u e i r e d o Lopes.

A criação da ESPROSER f o i a l i c e r ç a d a n o s seguintes objet ivos: colmatar a lacuna de ensino secundário no concelho, dar formação aos jovens, evitar que tivessem de deslocar-se para outros concelhos, estancar a emigração e criar uma massa traba-lhadora especializada.

Desde então muitos alunos têm passado pelas

instalações da ESPROSER, um est abelec imento de natureza privada e que tem como principal objet ivo a formação para a integração na soc iedade de jovens profissionais tecnica-mente competentes , conscientemente respon-sáveis e vocacionados para a sua profissão. A Escola Profissional de Sernancelhe propor-ciona ainda uma prepa-ração científica e técnica permitindo aos jovens a sua integração na vida ativa ou no prossegui-mento de estudos.

A E S P R O S E R permanece nas insta-lações da Avenida das T í l i a s , n o e n t a n t o o espaço foi completa-m e n t e r e m o d e l a d o , ganhando assim , ao l o n g o d o s t e m p o s , condições de excelência para a atividade letiva.

No passado ano letivo 2012/2013 sofreu uma intervenção ao nível do espaço exterior envol-vente da escola, nomea-damente no que se refere à iluminação, estaciona-

mento e imagem.Ao nível das infraes-

truturas, a ESPROSER tem vindo a ajustar as suas instalações às necessi-dades das diferentes áreas que lec iona . A tarefa pr ior itár ia foi a cr iação de espaços específicos, devidamente equipadas em função dos cursos ministrados.

Totalmente remodelada e adaptada, em 2004, a escola acolhe neste m o m e n t o a l u n o s oriundos de 16 concelhos.

A m e l h o r i a e ampliação das insta-lações, permitiu atual-mente possuir 12 salas de aulas não especí-ficas, bem como espaços específicos, nomeada-mente a biblioteca, o auditór io, os labora-tórios (física/química, informática e de eletri-cidade), sala prática de mesa bar, sala maquetes, s a l a s d e a u t o c a d , cozinha, bar e espaço co n v í v i o e P a v i l h ã o multiusos.

A escola

ESPROSER há 20 anos a formar Cursos

Escola Profissio-nal de Sernancelhe, das poucas no país que mantem vivo o ensino da obra de Aquilino Ribeiro

Ao longo dos anos, mas muito particularmente na última década, a ESPROSER adotou como referência, para quem lá estuda, o convívio com o escritor sernancelhense, um das referências da literatura nacional, Aquilino Ribeiro.

A participação no evento Feira Aquiliniana, para além de ter recuperado trajes a partir da obra aquiliniana, conseguiu transformar excertos dos seus livros em belas peças de teatro, interpretadas por alunos e formadores.

A recolha gastronómica que vem materializando nos eventos municipais, servindo as iguarias que o Mestre imortalizou como sendo símbolos da Beira Alta (agora, e de forma mais evidente com o Curso Técnico de Restaurante/bar). A iniciativa “Meio Século de Memórias (s)

– Uma geografia senti-mental”, realizada em Sernancelhe no dia 25 de maio de 2013, evidenciou os e ns i n a m e n t os d o p r o f e s s o r A r m a n d o Mateus e a qualidade dos alunos, tanto na confeção como no serviço a mais de uma centena de pessoas presentes no evento. Um roteiro aquiliniano pelo concelho de Sernan-celhe, visitando os locais emblemáticos da sua vida e obra, começou com uma passagem pela Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira, seguiu-se uma visita ao Pátio onde pontua a casa onde nasceu, o Convento de Nossa Senhora da A s s u n ç ã o , p a l c o d o

Va l e r o s o M i l a g r e , o santuário da Lapa e o Colégio onde estudou, a Casa de Soutosa e, por fim, o Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Freixinho, são alguns exemples das atividades desenvolvidas.

Jornal do Centro25 | julho | 2013 Suplemento

ESPROSER 21

Carlos Silva Santiago

Vice-presidente da Câmara

Municipal de Sernancelhe

Tendo assumido as fun-

ções de Vereador do Pelouro

da Cultura no ano 2002, des-

de então estabeleceu contac-

to com a realidade da ESPRO-

SER, na altura como vogal do

Conselho de Direção. No ano

2006 e até 2011 foi Presidente

do Conselho de Administra-

ção, exercendo atualmente as

funções de Presidente do Con-

selho Geral de Supervisão da

Escola Profissional.

“A Escola Prof issional

é u m d o s m a is i m p o r-

tantes car tões- de -visi -

ta do nosso Concelho.

Como espaço de forma-

ç ã o o n d e ce nte n as d e

jovens já completaram o

seu percurso educativo,

o n d e a d q u i r i r a m u m a

profissão e ganharam as

bases para ingressarem,

com qualidade e distin-

ção, no mercado de tra-

balho, a ESPROSER exer-

ce uma função suprema

na sociedade do nosso

tempo: educar.

Contudo, a ESPROSER

tem tr i lhado um cami-

nho difícil mas sem nun-

c a s e d e s v i a r d a r o t a

q u e f o i p l a n e a d a . O s

momentos menos posi-

t ivos têm ser vido para

se for talecer, e os mo -

mentos b ons têm p er-

m i t i d o c i m e n t a r u m a

i m a g e m i n t e r n a e e x-

terna de qualidade, de

rigor e de escola capaz

de preparar jovens para

o m e r c a d o d e t r a b a -

lho. De um modo geral,

a Escola mantém a no -

ção da realidade que a

circunda, das dif iculda-

des que caracterizam o

País e do momento em

que importa gerir bem,

manter a aposta na qua-

lidade e nunca descurar

a exigência no ensino e

na formação.

Uma Escola que con-

segue celebrar um pro-

tocolo com a EDP para

acolher es tagiár ios na

área de e letr ic idade é

exemplif icativo da visi-

bilidade que adquiriu e

das boas referências de

trabalho e capacidade

que os alunos dão. Uma

Escola que, pese embo-

ra as dif iculdades eco -

nómicas do País, garan-

te ins talaçõ es de qua -

l i d a d e, co n d i çõ e s a o s

jovens , se gurança aos

p a is e e ns i n o d e r e f e -

rência só p o de ser um

espaço moderno, aten-

to e capaz.

D i f e r e n c i a m - n o s

i m e n s o s a s p e t o s . Ta l -

vez um dos mais impor-

tantes nos últimos anos

te n h a s i d o a n a t u r a l i -

dade com que a Escola

abriu as suas portas e o

seu conhecimento à so-

ciedade. Não falo só da

r e l a ç ã o co m o Co n ce -

lho de Sernancelhe ou

a s i ns t i t u i çõ e s l o c a is .

Ref i ro - me à cap acida -

de de estabelecer par-

cerias com empresas re-

putadas, com possíveis

empregadores credíveis

no mercado e com enti-

dades nas mais diversas

áreas onde os alunos da

E SPR OSER ter ã o o p o r-

tunidades para mostrar

o s s e u s c o n h e c i m e n -

tos e que são per to de

uma centena de empre-

sas parceiras da Escola.

Mas ref iro -me também

à capacidade organiza-

tiva e de envolvimento

dos seus diretores, for-

madores e colaborado-

res. Sempre dinâmicos,

co ns e g u e m c at i v a r o s

jovens para que even -

tos como a Feira Semen-

tes da Terra e o Festival

da Amizade sejam uma

realização regional. Ano

após ano, impulsionam

eventos no Expo Salão e

dão um contributo ines-

timável à Festa da Casta-

nha, assumindo-se cada

vez mais como prodígios

na reinvenção do menu

gastronómico deixado

por Aquilino Ribeiro.

É de credibilidade mas

também de orgulho que

f a lo quando m e re f i ro

à Escola Prof issional de

Sernancelhe”.

José Mário de Almeida Cardoso

Presidente da Câmara Municipal de

Sernancelhe

José Mário de Almeida Car-

doso, Presidente da Câmara

Municipal de Sernancelhe, é o

grande mentor da criação da

Escola Profissional de Sernan-

celhe- No já longínquo ano de

1993, ladeado pelo então Mi-

nistro Figueiredo Lopes, inau-

gurava as instalações do edi-

fício escolar para que traria o

contributo mais decisivo para

a construção do Concelho de

Sernancelhe no campo educa-

cional, formativo e qualificativo.

“ Recordo com grande ale-

gria o ano de 1993 e os fei-

tos que estão conseguimos

alcançar para Sernancelhe.

Numa época em que, à es-

cassez de recursos soma-

vam-se os números alarman-

tes da baixa escolaridade

e do abandono precoce da

escola, Sernancelhe não dis-

punha de ensino secundá-

rio. Para os jovens que que-

riam prosseguir os seus es-

tudos para além do 9º ano,

as alternativas estavam nou-

tros concelhos ou mesmo

em Viseu. Acredito que, mui-

tos casos deixaram a escola

porque estudar mais longe

de casa acarretava despesas

incomportáveis para os pais.

Contrariando esta realidade

negativa, a Escola Profissio-

nal veio colmatar uma lacu-

na no campo do ensino se-

cundário, com a vantagem

de ainda conferir uma pro-

fissão a quem a frequentava,

e permitiu ao Concelho ultra-

passar uma falha que muito

o condicionava. O surgimen-

to da ESPROSER permitiu ain-

da qualificar os nossos jovens

em termos profissionais, que

pese embora em áreas não

inteiramente adaptadas ás

necessidades de trabalho na

nossa região, conseguiram

alto grau de empregabilida-

de e potenciaram uma ima-

gem de qualidade da Escola

Profissional de Sernancelhe

que muito a valorizou.

Por arrastamento, a Escola

trouxe vitalidade e dinâmica

ao Concelho. Assumindo-se

como espaço de qualidade

no ensino e referência para

alunos, pais instituições e

empresas, rapidamente foi

geradora de iniciativas locais

de enorme projecção e visi-

bilidade. Lembro, a este pro-

pósito, as recolhas de san-

gue, pioneiras em escolas no

nosso País, e que se tornaram

nas mais importantes para

o Hospital de Viseu, dada a

participação e mobilização

que geravam. Nos tempos

atuais, a ESPROSER coordena

iniciativas de grande impor-

tância socioeconómica e cul-

tural no concelho, como é o

exemplo do Festival da Ami-

zade e a Feira Sementes da

Terra. Estas dinâmicas, alia-

das à juventude, assumem

um peso e um significado

extremamente importante

em concelhos do interior do

País, como é o caso de Ser-

nancelhe.

Tenho acompanhado,

sempre de forma muito in-

tensa e atuante, a Escola Pro-

fissional ao longo de seu per-

curso de 20 anos. Contudo,

tenho que reconhecer que

a última década se distingui-

rá pela equipa dirigente que

assumiu os destinos da ES-

POSER. O mérito como con-

seguiram incutir nos jovens

que por lá passam a discipli-

na, a autoridade, o trabalho

e o respeito é louvável. Se

atendermos a que em cer-

tas alturas do nosso País hou-

ver pensadores que ousaram

considerar que estes valores

eram exclusivos das cidades

e dos meios desenvolvidos,

hoje todos reconhecem que

só com estes valores é que

Portugal conseguirá sair da

crise em que mergulhou.

Se há balanço que possa

fazer-se de 20 anos a qua-

lificar jovens, então a Esco-

la Profissional de Sernance-

lhe pode orgulhar-se de ter

conseguido que a qualidade

da escola seja medida pelo

sucesso dos seus alunos no

mercado de trabalho, onde

desvendam todas as suas ca-

pacidades e qualidades, quer

como técnico qualificado

quer como seres humanos

com valores e princípios. Pa-

rabéns à Escola Profissional

de Sernancelhe.

A n a C h a v e s , J o r g e

Figueiredo e Rui Guedes são

os elementos do Conselho

de Administração executivo

da ESPROSER, cargo que ocu-

pam há cerca de uma década.

Volvidos dez anos, o balan-

ço feito pelos diretores é oti-

mista, mas sempre com “os

pés bem assentes na ter-

ra”. “Localmente a ESPRO-

SER é respeitada, na região

é reconhecida, ganhou

credibilidade, cotou-se como

uma referência, ganhou capa-

cidade de aproximação ao

mercado de trabalho e é vista

como geradora de emprega-

bilidade para os alunos que

a frequentam”, define Ana

Chaves, que assume outra

característica atual da esco-

la: “Aos olhos das outras esco-

las, ganhámos voz; somos

ouvidos, somos contactados

como referência, o que é mui-

to positivo e gratificante”.

Jorge Figueiredo, diretor

pedagógico, entende que

“estas relações que mante-

mos, seja internamente, seja

com o exterior, são precio-

sas no sentido em que somos

olhados como referência”.

Opinião semelhante é par-

tilhada por Rui Guedes, res-

ponsável pela área financeira,

que destaca as condições pro-

porcionadas aos alunos como

explicação para o sucesso: “As

instalações são excelentes, es-

tamos equipados com novas

tecnologias, temos um rácio

de computador por aluno ele-

vado, a rede wireless cobre

todo o espaço escolar, fomos

das primeiras escolas a dis-

ponibilizar o livro de pon-

to on-line aos formadores,

e que permite também

aos pais saber, em tem-

po real, por exemplo, se o

filho faltou a um aula, ten-

do os alunos acesso pela

plataforma a toda a maté-

ria de todos os módulos

para poderem estudar”.

É evidente a preocupação

da direção da ESPROSER em

estar sempre à frente no que

respeita às necessidades do

mercado de trabalho. Mais do

que formar, é assumido por

todos que a escola se preocu-

pa em encontrar saídas para

os alunos. Proporcionar-lhes,

na primeira fase, um estágio

de qualidade é essencial. “O

que define e avalia a Escola é o

mercado de trabalho”, diz Ana

Chaves, que demonstra, pelas

parcerias com mais de 60 em-

presas a nível nacional, o tra-

balho que tem sido feito para

proporcionar estágios aos alu-

nos. Rui Guedes confidencia,

por seu turno, que “temos a

preocupação de criar compe-

tências aos alunos, mas tam-

bém de garantir a sua empre-

gabilidade. Temos das me-

lhores empresas nacionais a

acolher alunos da ESPROSER”,

referindo-se ao Protocolo assi-

nado com a EDP, e que se pro-

longará por vários anos, um

sinal claro de que aquela em-

presa reconhece qualidade

à formação ministrada pela

Escola.

Nunca descuidando “a

formação social de cada

aluno”, como refere Jorge

Figueiredo, a ESPROSER não

abdica do princípio do “rigor”

que instituiu em 2003/2004.

Para Rui Guedes, “o rigor é

determinante para manter-

mos a gestão de qualidade

que possuímos” e a expli-

cação para que se mante-

nha o projeto educativo, que

assenta, no entender de Ana

Chaves, na “responsabilização

e na permanente abertura da

escola a toda a sociedade”.

Conscientes de que o “mer-

cado de trabalho já faz a dis-

tinção e já sabe onde esco-

lher os jovens com boa for-

mação”, como revela Jorge

Figueiredo, entendem que o

exemplo da ESPROSER é cla-

ro: “A Escola não tem de ser

neutra perante a sociedade;

deve ser participativa, defen-

der os pilares em que acredi-

ta e transmiti-los; deve expli-

car, sem medos, que aposta

em valores como a família e as

competências sociais”, expli-

ca Ana Chaves. Como exem-

plo, Rui Guedes dá conta da

mudança operada e que pas-

sa agora pela “aposta em dia-

riamente transportar os alu-

nos de fora do Concelho (e são

mais de 60 por cento) de suas

casas para a escola e ao fim do

dia levá-los de regresso ao seio

familiar. Acreditamos que é a

forma mais saudável para eles

e que é mais correto educar

em parceria com a família”.

Jornal do Centro25 | julho | 2013Suplemento

ESPROSER22

O culminar de um cicloA consolidação de conhecimentos, através de uma prova f inal , é o

culminar de um ciclo, que embora termine deixa abertas as portas de um futuro que se quer brilhante. Este “fecho” é feito através de uma prova de aptidão profissional (PAP).

A PAP, é um projeto de realização obrigatória para a conclusão dos cursos profissionais, sendo alicerçada numa essência transdisciplinar e integradora de todos os saberes e capacidades desenvolvidos ao longo da formação pelos formandos.

Esta prova, em forma de um projeto pessoal, é estruturante do futuro profis-sional do aluno é centrado em temas e problemas por eles perspetivados. Nele devem ser investidos saberes e competências adquiridos no quadro de formação.

Relativamente ao presente Ano Letivo 2012/2013, alguns dos temas trabalhados foram os seguintes:

Técnico de Informática de gestão

> GesMovies – Gestão de um clube de vídeo > Like – aplicação informática para gestão de

uma loja roupa> InfoShop – web site de uma loja de informática

> SoftGest – software de gestão> Care – aplicação informática para gestão de

um hospital ao nível dos cuidados de enfermagem> GesPro – desenvolvimento de uma aplicação

para gestão de uma biblioteca> GestMobil – software de gestão para uma loja

de telemóveis

economia

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Não podia haver melhor forma de comemorar os 50 anos de atividade para a Adega Cooperativa de Mangualde, CRL que con-quistar, durante a primeira metade do ano de 2013, cin-co medalhas de ouro em vários concursos nacionais e internacionais.

Apostando numa nova estratégia de comunica-ção que procura posicio-nar os vinhos desta ade-ga num novo patamar de notoriedade, correspon-dente à qualidade atingi-da e reconhecida nos úl-timos anos, a Adega Co-operativa de Mangualde realizou na passada sema-na um encontro com jor-nalistas e clientes no res-taurante “Cascata de Pe-dra” onde foi realizada um

prova vertical de vinhos, conduzida pelo presidente e enólogo António Mendes e pelo enólogo Jaime Mur-ça, na qual esteve presen-te João Azevedo, Presiden-te da Câmara Municipal de Mangualde e Arlindo Cunha, presidente da Co-missão Vitivinícola do Dão (CVR Dão), ex-ministro da Agricultura.

Na vanguarda da pro-moção da excelência dos vinhos produzidos em Por-tugal, esta adega bateu re-centemente um recorde em Itália ao atingir as 54 medalhas com o “Caste-lo de Azurara – Reserva 2010”, vinho tinto do Dão, uma delas de ouro, e ar-recadando outra menção ouro com o vinho “Castelo de Azurara Touriga Nacio-

nal 2010”, na XIIª edição do Concurso Enológico Inter-nacional “La Selezione del Sindaco”

O “Selezione del Sinda-co” (a selecção do presi-dente) é um concurso eno-lógico internacional orga-nizado pela Citta del Vino, congénere italiana da Asso-ciação de Municípios Pro-dutores de Vinho (AMPV), que decorreu de 30 de maio a 2 de junho na cidade italia-na de Brindisi, tendo como

particularidade o facto de ser o único concurso inter-nacional que contempla a participação conjunta de produtores e municípios e onde esta adega cooperati-va se associou ao município que a acolhe, a autarquia de Mangualde.

Para além dos prémios internacionais, esta insti-tuição foi ainda distinguida no IV Concurso “Os Me-lhores Vinhos do Dão En-garrafados” com duas me-

dalhas de ouro e três de prata, sendo o produtor mais premiado pela Co-missão Vitivinícola Regio-nal do Dão (CVR Dão).

“Esta adega, uma das maiores da região, foi ca-paz de criar vinhos com al-guma escala, uma vez que falamos de lotes com mi-lhares de litros de vinho, que lhe garantiram pré-mios altamente prestigia-dos. Ganhar uma medalha de ouro no concurso de vi-

nhos do Dão é uma coisa muito séria já que segui-mos as regras internacio-nais e temos um júri alta-mente independente e com provas dadas, maioritaria-mente formado por gente de fora, enólogos e críticos jornalistas, […] ao mesmo tempo que consegue alcan-çar as medalhas de ouro no concurso internacional em Itália e a medalha de bron-ze no concurso nacional Vinhos de Portugal”, real-çou Arlindo Cunha.

A Adega Cooperativa de Mangualde, constituída a 04 de dezembro de 1963, tem atualmente 751 asso-ciados dos quais 364 são associados com os quais trabalha regularmente.

Pedro Morgado

Vinhos de Mangualde à conquista do mundoOuro ∑ Cinco medalhas em seis meses não são obra do acaso mas fruto de bastante trabalho e muita dedicação

Pedr

o M

orga

do

23Jornal do Centro25 | julho | 2013

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

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Mais do que promo-ver projetos e ideias iso-ladas aplicadas aos cen-tros urbanos, a pergunta que importa fazer é: qual é o objetivo? Para onde tem de se mobilizar toda uma região? Partindo des-ta base e num timing que assume não ser inocente, a dois meses das eleições autárquicas, a direção do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV) promove a conferência “Dinâmi-cas de Atratividade Ur-bana” esta sexta-feira, dia 26, às 15h00, na Associa-ção Comercial do Distri-to de Viseu, no sentido de alertar “quem vai chegar” que “os centros urbanos são a alma das regiões e devem ser cada vez mais uma preocupação para o futuro”, adiantou o presi-dente do CERV, João Cot-

ta na apresentação do en-contro.

“O CERV também quer ser um agente promotor de ideias e, nesse sentido, esperamos que esta con-ferência seja uma fonte de ideias e de oportunidades para que os centros urba-nos da nossa região se pos-sam desenvolver e possa-mos executar boas práticas implementadas noutros lo-cais”, acrescentou.

A conferência vai con-tar com a participação de Carlos Martins, diretor Executivo Guimarães 2012 Capital Europeia da Cul-tura, de Joaquim Pereira, co-autor do livro “ City-Marketing – My Place in XXI— Gestão Estratégica e Marketing de Cidades” e de Pedro Machado, presi-dente do Turismo Centro de Portugal.

“Vamos ter alguém que

vai analisar a atrativida-de urbana numa perspe-tiva académica, alguém que vai analisar numa perspetiva de experiên-cia feita e, depois, alguém que vai falar sobre como tirar valor daquilo que é feito, a partir destas dinâ-micas urbanas. No fundo [analisar] as três perspeti-vas: como planear, como fazer e como criar valor dos centros urbanos”, ex-plicou João Cotta, refor-çando que a conferência surge para “influenciar no sentido positivo aqui-lo que os futuros autarcas da região vão fazer nos próximos anos”.

Na perspetiva do co-mércio, o projeto de Gui-marães Capital Europeia da Cultura é para o CERV um exemplo a seguir, daí ter sido chamado ao de-bate. O presidente da As-

sociação Comercial e vi-ce-presidente do CERV, Gualter Mirandez aler-tou que “o comércio é um fator de estabilida-de dos centros urbanos”, mas: “temos que ser mais abrangentes, não nos po-demos focar em demasia no comércio, a nossa pri-meira preocupação – e é o que o CERV está a ten-tar pôr no calendário – é a capacidade de atração no seu todo”.

Uma ideia reforçada pelo diretor do CERV. Jor-ge Loureiro admitiu que o tema “está no centro das preocupações dos candi-datos às câmaras munici-pais” ao considerar o tem-po certo para que “possa ficar alguma coisa para influenciar decisões”.

O também vice-presi-dente do Turismo Centro de Portugal adiantou que

do ponto de vista do pro-duto turístico, “os residen-tes têm que estar no prin-cípio da cadeia de preo-cupação” porque só serão bons centros urbanos se forem bons para as pes-soas que lá vivem.

Jorge Loureiro reforçou a necessidade de “perce-ber que nem tudo é em Viseu” há outras dinâmi-cas que devem ser traba-lhadas no mesmo rumo e sublinhou a importância de aproveitar o que acon-

teceu em Guimarães: “É preciso que nos mobilize-mos todos para um objeti-vo. Em Guimarães perce-bemos que toda a menta-lidade mudou desde que se trabalhou no mesmo objetivo”.

Dinâmicas de atrativi-dade urbana para debater amanhã naquela que é a primeira grande ação do CERV.

Emília [email protected]

CERV debate “Dinâmicas de Atratividade Urbana”Conferência ∑ Primeiro iniciativa do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu aproveita época de autárquicas

A Evento foi apresentado pela direção do CERV na passada segunda-feira

∑ 15:00h - Receção dos participantes

∑ 15:20h - Abertura

∑ 15:30h - Carlos Martins, diretor Executivo Guima-rães 2012 Capital Europeia da Cultura

∑ 15:50h - Joaquim Perei-ra, co-autor do livro “ City-

Marketing – My Place in XXI—Gestão Estratégica e Marketing de Cidades”

∑ 16:10h - Pedro Macha-do, presidente do Turismo Centro de Portugal

∑ 16:30h - Debate

∑ 16:45h - Encerra-mento

Programa

Emíli

a A

mar

al

24 Jornal do Centro25 | julho | 2013

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

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Decorre de sábado, 24, até dia 4 de agosto a edi-ção 2013 da ExpOH – Fei-ra Regional de Oliveira do Hospital. Tony Car-reira é o cabeça de car-taz, o popular cantor su-birá ao palco do Parque do Mandanelho no pe-núltimo dia do certame, a 3 de agosto.

Uma vez mais a organi-zação aposta num diversi-ficado cartaz que oferece música para todos os gos-tos e públicos. No arran-que, cabe a Adriana Lua, brasileira com vários dis-cos editados em Portugal, animar o público da re-gião. No segundo dia da Feira Regional será a vez de David Carreira pisar o palco do Parque do Man-danelho, onde apresen-tará as suas mais recen-

tes canções. O conhecido cantor Quim Barreiros re-gressa a Oliveira do Hos-pital quarta-feira, 31. No dia seguinte, primei-ro dia de agosto, a noi-te fica a cargo do Grupo AF – Alta Frequência, num espetáculo já habi-tual repleto de música, cor e animação. O Gru-po AF continua assim a fazer o pleno na ExpOH, já que esteve presente em todas as edições re-alizadas.

Dia 2 de agosto consti-tuirá uma atração espe-cial para os mais jovens, com a prata da casa a prestar provas no con-curso municipal Soltem Talentos. A música se-guirá pela noite dentro com o DJ Diego Miranda, bem conhecido interna-

cionalmente.Tony Carreira será o

centro das atenções no dia 3 de agosto, sábado,

quando brindar o públi-co com um concerto para todas as idades, numa aguardada noite musi-

cal direccionada às famí-lias. A Festa do Emigran-te, realizada em parceria com a Rádio Boa Nova e

a RDP Internacional, en-cerra o cartaz da ExpOH 2013, com atuações de vários grupos musicais concelhios e uma grande noite de fado.

Além dos espetáculos no palco principal do Par-que do Mandanelho, de realçar ainda a presença dos grupos culturais concelhios, como tunas, filarmónicas, ranchos e grupos de cantares tradi-cionais, que irão animar o palco 2, instalado junto da zona da restauração, durante os nove dias do evento.

Destaque ainda para o “Encontro Regional de Concertinas”, no dia 30 de julho, e o espetáculo noturno de Arte Eques-tre “Emoções Ibéricas”, no dia seguinte.

ExpOH com cartaz de pesoCertame ∑ Edição 2013 conta com a presença de Tony Carreira, David Carreira, Diego Miranda e muitos outros artistias,

de 24 a 4 de agosto.

Instituto Politécnico de Viseu ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA VISEUANO LECTIVO: 2013/2015

MESTRADOS

QUALIDADE E TECNOLOGIA ALIMENTAR (5ª Edição)*

TECNOLOGIAS DA PRODUÇÃO ANIMAL (2ª Edição)*

PÓS-GRADUAÇÃO

NUTRIÇÃO E SEGURANÇA ALIMENTAR (2ª Edição)*

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (CET)

AGRICULTURA BIOLÓGICAPRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVELPRODUÇÃO AVÍCOLATECNOLOGIA ALIMENTAR VITICULTURA E ENOLOGIASISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

*1ª Fase de candidaturas: 15/07/2013 a 13/09/2013;*2ª Fase de candidaturas: 23/09/2013 a 18/10/2013

Candidaturas:1ª Fase de candidaturas: 08/07/2013 a 31/08/20132ª Fase de candidaturas: 30/09/2013 a 07/10/2013

Informações[http://www.esav.ipv.pt Quinta da Alagoa, Estrada de Nelas, Ranhados, 3500-606 Viseu | Telefone 232 446 600

DR

25Jornal do Centro25 | julho | 2013

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

CÂMARA DE MANGUALDE SIMPLIFICA PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

A Câmara de Mangualde tem em funcionamento um Sistema de Gestão Docu-mental que visa reduzir o uso de papel como supor-te de informação e arquivo e potenciar um aumento de produtividade e qualidade no atendimento ao munícipe.

“O município, tendo em vista uma gestão pública mais eficaz, determinou a desmaterialização docu-mental, transitando os do-cumentos recebidos e pro-duzidos para o novo sis-tema”, refere uma nota de imprensa da autarquia.

Este sistema, que está a funcionar desde segunda-feira, integra o processo de modernização administra-tiva que a Câmara tem vin-do a desenvolver e “possibi-lita a desburocratização de procedimentos tendo em vista uma maior celeridade dos processos”. Lusa

PARQUE DE CAMPISMO DE MOIMENTA DA BEIRA ABRE PORTAS

O parque de campis-mo da Barragem de Vilar, Moimenta da Beira, abriu as portas a 15 de julho.O com-plexo, situado à entrada do bairro da barragem e pró-ximo da albufeira do Távo-ra, inclui um parque de me-rendas, um parque infantil, duas piscinas, um campo de voleibol de praia, um polivalente desportivo e um parque de caravanismo.

O recinto alberga ainda dois edifícios destinados a instalações sanitárias, bal-neários, zona de lavagem de roupa e louça, vestiá-rios, servindo um deles de apoio ao campo de jogos e às piscinas, entre outras valências. EAPublicidade

Aguiar da Beira juntou atividade económica e cultura durante quatro dias

Cerca de 120 exposi-tores participaram na XII Feira das Atividades Económicas de Aguiar da Beira, que decorreu de 18 a 21 de julho.

O certame apresen-tou-se com um programa para quatro dias compos-to pela representação de toda a atividade económi-ca do concelho, do arte-sanato ao turismo rural, juntamente com concer-tos e espetáculos musi-cais.

A Câmara Municipal, entidade organizadora

do certame destacou o Cortejo Etnográfico como um dos pontos al-tos do evento. O desfile teve a participação das 13 freguesias de Aguiar da Beira e das instituições de solidariedade social do concelho.

Na quinta-feira, atuou a orquestra A.D.R.C. de Aguiar da Beira. Na sex-ta-feira, dia 19, o desta-que em palco foi para o concerto dos Deolinda. No Sábado houve folclo-re seguido da atuação de Ana Malhoa e do orga-

nista Novo Ritmo. O úl-timo dia de feira, 21 de ju-lho teve em palco o gru-po de concertinas Clave de Sol e o grupo de Viseu HI-FI.

Para a autarquia a Feira das Atividades Económi-cas é, por um lado, a for-ma encontrada para per-mitir às pessoas exporem o seu trabalho desenvol-vido no concelho e, por outro, uma receção ao emigrante “antecipando-se às festas de verão”.

Emília Amaral

Evento∑ XII Feira das Atividades Económicas

A O certame contou com mais de uma centena de expositores

Alterações recentes no Fundo de Estabilização

Financeira da Segurança Social

Clareza no Pensamento

Uma portaria publicada ainda pelo ex-ministro das Finanças Dr. Vítor Gaspar e pelo ministro da Segurança Social Dr. Pedro Mota Soa-res (portaria nº 216-A/2013, de 2 de julho), determinou que, a partir de 3 de julho deste ano, sejam investi-dos em dívida pública por-tuguesa até 90% das verbas do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). Trata-se de uma medida no mínimo “polémica”, que contraria alguns dos princípios mais básicos de investimento nos mercados financeiros…

O FEFSS constitui um fundo, criado em 1989, com o intuito de garantir a esta-bilidade do pagamento de pensões, dispondo de au-tonomia administrativa, fi-nanceira e patrimonial. Des-de 2002, parte dos descontos dos trabalhadores é cana-lizada para este fundo com o objetivo de criar uma “al-mofada” financeira que per-mita acautelar o pagamento de pensões por um período mínimo de dois anos.

O Fundo é gerido pelo Instituto de Gestão de Fun-dos de Capitalização da Se-gurança Social (IGFCSS), obedecendo a sua gestão (pelo menos em teoria!) a um princípio de diversifi-cação e a um conjunto de limites ao investimento. De entre esses limites ao investimento contava-se, até à publicação da porta-ria referida anteriormente, a obrigatoriedade do fundo apresentar uma quota míni-ma de 50% de investimento em títulos de dívida pública portuguesa, quota mínima essa que passou agora para os 90%. Apesar dos moti-vos apontados pelos res-ponsáveis pela publicação desta portaria para justifi-car esta alteração (nomea-damente os níveis de taxas de juro particularmente “de-primidos” que os títulos de dívida pública dos Estados membros da OCDE em que o fundo investia e a imposi-

ção resultante do Programa de Assistência Económica e Financeira), o que é facto é que esta medida não tem em conta alguns dos princípios mais básicos do investimen-to em mercados financeiros: a relação inversa entre ren-tabilidade/risco (se um in-vestidor pretender aplicar as suas poupanças num pro-duto financeiro com maior rentabilidade, deverá com certeza estar disposto a as-sumir também um maior risco; por outro lado, se um investidor não quiser inves-tir em produtos financeiros com um risco elevado, então deverá estar disposto a obter uma rentabilidade menor) e a diversificação das aplica-ções (em vez de colocarmos todos os ovos que dispomos numa mesma cesta, deve-mos colocá-los em diversas cestas; deste modo, mes-mo que uma ou duas cestas caiam ao chão e os ovos se partam, ainda continuamos a dispor dos ovos das outras cestas). Efetivamente, se a intenção desta alteração na política de investimento do FEFSS é tentar melhorar a rentabilidade dos ativos que detém, ao investir-se uma percentagem tão grande da sua carteira em títulos de dí-vida pública nacional está a expor-se o fundo a um ris-co demasiado elevado (se as avaliações do risco da dí-vida pública portuguesa já não eram muito favoráveis, em função do desempenho dececionante da execução orçamental, a atual crise po-lítica só veio agravar ainda mais a situação). Além dis-so, ao concentrar-se de for-ma tão acentuada os ativos do fundo em dívida pública portuguesa, uma evolução menos favorável destes títu-los não só tem efeitos muito negativos na rentabilidade do fundo, como também po-derá por em causa a própria finalidade da criação do fun-do – assegurar a cobertura das despesas com pensões por um período mínimo de dois anos.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Ilídio SilvaDocente na Escola Superior de

Tecnologia de [email protected]

DR

26 Jornal do Centro25 | julho | 2013

desporto

“Não gostei, estou de-siludido com a equipa, es-perava uma equipa mais agressiva, mais pressionan-te, com outra dinâmica”. Este foi o desabafo de Vítor Paneira na conferência de imprensa, após o jogo de apresentação do plantel, frente ao Arouca, no passa-do sábado, no Estádio João Cardoso, em Tondela.

A exibição não agradou ao treinador. A uma sema-na da primeira jornada da Taça da Liga, Vítor Panei-ra não esperava que a for-mação tondelense come-tesse “erros primários que se aprendem na formação, nas escolinhas”, como o próprio afirmou.

Foi evidente a superio-ridade do Arouca, recém-promovido à I Liga portu-guesa de futebol. O Tondela até entrou bem e marcou primeiro, de penálti, com um golo de Piojo, mas os comandados de Pedro Emanuel rapidamente to-maram as rédeas do jogo e colocaram a nu algumas debilidades do Tondela.

Falta gente na frente, pro-blema que pode ser resol-vido com a entrada de no-vos jogadores para a frente de ataque. Na apresenta-ção, o presidente Gilberto Coimbra fez saber que du-rante esta semana deverão ser apresentados novos re-forços, e que Vítor Paneira

afirmou serem “três joga-dores do meio campo para a frente”. Até ao fecho desta edição o clube, oficialmen-te, ainda não havia anun-ciado nenhum reforço, ape-nas tendo avançado a saí-da do médio Fábio Lopes que rescindiu o contrato que o vinculava ao clube até 2014.

Este sábado começam os jogos “a doer” com a pri-meira jornada da Taça da Liga. A formação de Vítor Paneira defronta, em casa, o Desportivo das Aves, equipa que na época pas-sada garantiu a quinta po-sição. Na próxima quarta-feira, 31, segunda jornada, com o Tondela a viajar até aos Açores para defrontar o Santa Clara.

Vítor Paneira, no lan-çamento a estas partidas, diz que a equipa vai ter que “entrar muito bem na Taça da Liga, com vontade de

vencer, com outra atitude, outra dinâmica e outra soli-dariedade, que não tem ha-vido na equipa”.

Na conferência de im-prensa o técnico deixou ainda mais uma crítica aos

seus jogadores, afirmando que a pré-época foi “das ve-detas” e que “vamos entrar agora na Taça da Liga e dos Campeões”.

Micaela Costa

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A Apresentação oficial aos sócios terminou em derrota frente ao Arouca (1-3) e com Vítor Paneira a não gostar dos erros dos seus jogadores

Futebol

Agora já vai ser a doer

O A c a d é m i c o d e V i s e u c ont i nu a n o mercado e assegurou um reforço sonante ao contratar o interna-cional português João Alves. O médio está de regresso ao futebol na-cional depois de ter es-tado ao serviço dos ci-priotas do Omonia.

O jogador de 32 anos, formado no Chaves, passou também pelo SC Braga, Sporting e Vitória de Guimarães e faz agora parte das op-ções de Filipe Moreira. As atenções estão ago-ra v i radas pa ra u m

ponta-de-lança que possa reforçar a equi-pa academista, numa altura em que também se fala da hipótese de contratação do lateral esquerdo Marco Lan-ça, ex-Santa Clara.

Este sábado, no Fon-telo, joga-se a primei-ra jornada da Taça da Liga com o Académico a receber o Atlético, em partida marcada para as 17h00.

Quarta-feira, volta a jogar em casa com o Leixões, partida a con-tar para a segunda jor-nada. MC

Futebol

João Alves no Académico

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Ton

dela

∑ Equipa técnicaVítor Paneira – Treina-

dorCarlos Rego – Treinador

adjuntoAndré Mota – Treina-

dor adjuntoA n d r é R a f a e l –

Preparador físicoPaulo Cadete – Treina-

dor do guarda-redes

∑ PlantelCláudio Ramos – Guar-

da-redesArmando – Guarda-redesRicardo Andrade –

Guarda-redesPedrosa – Defesa

Pica – DefesaDeyvison – DefesaCarlos André – DefesaEdson – DefesaJoão Vicente – DefesaPalmeira – DefesaPedro Araújo – DefesaFábio Pacheco – MédioTiago Barros – MédioMárcio Sousa – MédioCalé – MédioBoubacar – MédioEricson – MédioJô – AvançadoPiojo – AvançadoAmuneke – AvançadoDally – AvançadoRúben Silvestre – Avan-

çado

Época 2013/2014

Jornal do Centro25 | julho | 2013

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MODALIDADES | DESPORTO

Lusi

tano

FC

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O Lusitano de Vilde-moinhos já começou a treinar. É a pré-época dos trambelos de pre-paração para a estreia no novo Campeonato Nacional de Seniores. Rui Cordeiro, que con-tinua como técnico, conta com um plantel com algumas caras no-vas e 13 renovações. Fi-cam da época passada os jogadores: Guilher-

me Maló, Miguel Lou-renço, Fernando Belo, Marco Toipa , Néné, Frank, João Faro, Tiago Henriques, Hugo Pi-res, Rui Madeira, Ál-varo Dias, Diogo Braz e Luís Costa.

Segunda-feira, 29, a equipa senior de Vil-demoinhos f ica a co-nhecer o calendário do Campeonato Na-ciona l de Sen iores ,

bem como a equ ipa que irá defrontar na 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. Recorde-se que já tinha sido di-vulgado que o Lusita-no fará parte da série D do novo campeona-to da Federação Por-tuguesa de Futebol , onde estará também o Cinfães, o outro clube de Viseu neste campe-onato. MC

Futebol

Trambelos já trabalham para a nova época

Atletismo

Atleta mangualdense é campeão nacional

O atleta mangualdense, Vitor Salvador, sagrou-se campeão nacional de ve-teranos ao vencer o Cam-peonato Nacional de Ve-teranos de Pista Aberta, na categoria de M40, que decorreu no passado dia 13, no Luso.

Na prova, que consis-te em fazer 3000 metros obstáculos, participaram 25 atletas de diversas ca-tegorias.

Vitor Salvador repre-senta a Associação Se-nhora do Desterro de São Romão, é natural de Mangualde e tem 42 anos. Ficou em quarto

lugar na geral e em 2013 foi já vice-campeão de corta-mato, campeão de estrada 15 Km e alcan-çou o terceiro lugar no Campeonato Nacional de Veteranos de Pista Coberta.

Karting

Rodrigo Correiana Expofacic

O piloto de Lafões vai marcar presença na Ex-pofacic em Cantanhede, certame que apresenta este ano e pela primeira vez um espaço dedicado à modalidade do Karting. A pista de Karting mon-tada numa área de 1800 metros quadrados é uma das novidades deste ano e está localizada junto à entrada de São João, onde diariamente estarão cer-ca de 20 karts de aluguer a cargo do Kartódromo de Oiã.

Rodrigo Correia, fará

as suas “demonstrações” sábado, pelas 21h00, do-mingo dpelas 17h00 e dia 3 de Agosto pelas 16h00. MC

DR

DR

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culturas

Depois de “nascer” em Lisboa, ter conquistado o Porto, Londres, Amester-dão, Barcelona e outras ci-dades europeias, o projeto internacional de divulgação de curtas-metragens está desde a passada sexta-feira em Viseu.“Esta é a forma mais co-

nhecida em Portugal de divulgação das curtas, e uma das formas preferen-ciais dos realizadores para divulgarem os seus traba-lhos”, explicou Carlos Sal-vador, um dos responsáveis por trazer o projeto para Viseu.

A S h o r t C u t z r e ú -n e u m c o nj u nto d e curtas-metragens que po-dem ser visionadas por to-dos os que, pelo menos até ao início de outubro, visita-rem os jardins da Empório, morada de verão do even-to. De quinze em quinze dias, com a próxima sessão marcada para sexta-feira, 2 de agosto, são projetadas duas curtas em competição, uma curta/projeto/realiza-dor convidado e ainda uma curta estrangeira.

Na primeira sessão mais de 50 pessoas marcaram presença num projeto que promete divulgar não só

projetos nacionais e interna-cionais como filmes realiza-dos por viseenses. “Vamos ter vários filmes de realiza-dores viseenses”, adiantou Carlos Salvador.

Luis Belo, é o outro res-ponsável por trazer a Short Cutz para Viseu. Esta já não é a primeira aventura do vi-seense no mundo das cur-tas. Para além de ter venci-do o concurso dinamizado pela escola Mariana Seixas, foi o criador das Curtas ao Tanque, projeto que no ve-rão passado transmitiu fil-mes no local que agora ser-ve de casa para as Short-Cutz. “Deixámos as Curtas ao Tanque e passámos para este conceito mais alarga-do, que nos dá outras coisas, como por exemplo, aces-so ao catálogo de todas as curtas, de todas as cidades onde há ShortCutz, o que possibilita oferecer, a quem nos visita, uma seleção de curtas que de outra forma

não conseguiríamos”.A ShortCutz Viseu tem

contado com várias parce-rias que tornam possível a realização deste projeto. “A Empório como residência de verão do evento, o res-taurante Lanxeirão com as refeições para convida-dos de fora e o hotel Grão Vasco, têm sido parceiros fundamentais para que possamos dar aos viseen-ses o que de melhor se faz nas curtas”. Este projeto, que não tem quaisquer lu-cros financeiros, uma vez que as entradas são gratui-tas, carece de algum ma-terial importante à trans-missão dos filmes. Agora, e para que todos tenham as melhores condições, só fica a faltar um proje-tor, uma tela e colunas que, como explicou Carlos Sal-vador, “têm sido amavel-mente emprestados”.

Micaela Costa

roteiro cinemas Estreia da semana

Wolverine– Wolverine decide viajar até ao Japão para procurar respostas para as várias pergun-tas que tem sobre o seu passado.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 14h20, 16h45, 19h10Monstros: A Universidade VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h30*WWZ: Guerra Mundial(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20, 21h00, 23h20* Turbo 2D

(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h20, 21h10, 00h00*Wolverine(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h05, 21h20, 00h20*Batalha do Pacífico(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h50, 00h10*As vidas de Artur(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h30, 23h50* Gru o maldisposto 2(M6) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h10, 17h00, 21h10, 00h00*Wolverine(CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h40, 16h00, 18h20Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h20 WWZ: Guerra Mundial 2D(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h05, 21h50, 00h25 Depois da Terra(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 15h55, 18h30, 21h20, 00h05Mestres da ilusão(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00 (dom.), 14h00, 16h15, 18h45

Turbo 3D(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h00, 23h55 Batalha do Pacífico(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h30, 00h15Miudos e Graúdos 2(CB) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

expos

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Posto de Turismo

Até 31 de julho, a exposição

de artesanato, “Bel’Arte”,

de Anabela Gomes

∑ Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até 3o de agosto, a exposi-

çãode fotografia, “Rios de

Vida”, de João Cosme

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Biblioteca Municipal

Até 30 de agosto, a expo-

sição de peças decorativas

“Um Toque de Imagina-

ção”, de Edna Alvim.

VISEU

∑ Palácio do Gelo

De 13 a 26 de julho, a exposi-

ção de 25 fotos dos princi-

pais pontos de interesse da

cidade, numa “uma visão

do antes e do depois”

SÁTÃO

∑ Casa da Cultura

Até 31 de julho, a exposição

de pintura, “A Diversidade

da Arte”, de Hugo Almeida

Destaque Arcas da memória

“O homem que plantava árvores”

Chamava-se Elzéard Bouffier e ninguém sabe-ria da exemplar saga des-te homem, humílimo, per-sistente, herói de seu dia a dia, se não fora o precio-so livro de Jean Giono – O Homem que Plantava Ár-vores – que eu li como leio sempre O Principezinho ou o Cântico dos Cânticos na sua densidade poética e de sonho.

O título do livro resume, todavia, de uma forma bela, a biografia deste homem que perdeu ainda novo o único filho e a esposa e depois se retira com trin-ta ovelhas e um pacífico cão para uma inóspita en-costa que dos Alpes desce para a Provença onde deu um sentido novo à sua vida, dádiva da natureza ou da Providência, em que pa-rece crer, e que ele retri-bui, generoso até ao limite, plantando de vida a monta-nha onde as aldeias tinham sido abandonadas, onde os ribeiros tinham deixado de correr.

Elzéard Bouffier levan-tava-se com a alva, con-fiava ao cão a guarda das ovelhas e lá ia subindo a serra, cada dia mais lon-ge, enterrando as glandes dos carvalhos que selec-cionara antes de adorme-cer. Nem todas as semen-tes nasciam, nem todas escapavam à seca ou aos roedores. Persistiu. Breve eram dez mil as pequenas árvores sobreviventes. De-pois plantou faias. E áceres que não se adaptaram. E bétulas. E a montanha vol-tou a ter a cor verde e cinza da Primavera e a cor casta-nha dos Outonos. Os ribei-ros secos começaram de

novo a correr. Veio gente habitar outra vez as aldeias onde se refizeram os mu-ros das casas, das hortas, da capela. Nasceram ou-tra vez as flores. Sentiu-se o cheiro da alfazema nos canteiros. Elzéard Bouffier continuou o seu projecto enquanto a saúde lho per-mitiu. Morreu tranquilo em 1947. Deixava uma das mais sublimes heranças do nosso tempo!...

Quando li este livro lembrei-me do exemplo de meu pai. A sua biogra-fia também é curta. La-vrou terras onde cresceu o pão com que eu cresci. Foi também plantador de árvores. Lembro-me dos renques de macieiras que cresceram junto aos ribei-ros da Quinta do Valbom. Das maçãs camoesas, bra-vo de Esmolfe, das inver-niças, que outro nome não lhe dávamos e que eu sa-boreava, assadas, nas férias do Natal, e as cabaçais, e a doçura destas maçãs que a minha mãe repartia pelos vizinhos. E os pessegueiros que semeava pela vinha. E aquela cor da flor dos pes-segueiros, a primeira que trazia a Primavera. E as fi-gueiras da borda da vinha. E até uma roseira onde ele colhia rosas que leva-va a minha mãe, onde eu colhi também pétalas de rosa que espalhei ao vento e não sei bem se caíram so-bre os cabelos de alguém. E as mimosas que eu plantei. E o destino que não fez de mim um lavrador!...

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Projeto internacionalde curtas chegou a ViseuShortCutz∑ Na mostra de curtas-metragens serão transmitidos filmes realizados por viseenses, realizadores nacionais e internacionais

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culturas

Já são conhecidos os vencedores do festival de curtas-metragens, Vis-ta Curta, organizado pelo Cine Clube de Viseu e Em-pório.

Dos quase 60 traba-lhos a concurso foram 16 os comtemplados para se submeterem à aprecia-ção do júri constituido por Nicolau Tudela, Teresa Eça e Joaquim Alexandre Rodrigues.

O filme “Negro” de Jérémy Pouivet (2012), foi o vencedor da categoria me-lhor filme Vistacurta 2013. Negro, conduz o espécta-dor por uma viagem aluci-nante pela consciência de um homem, que sofre com a perda da sua filha e que o leva a uma vida rodeada de maus hábitos e angústia. É quase como uma espécie de dedicatória a todos aqueles que contemplam o negro, da noite.

Na categoria escolar, cujo prémio reverte para a esco-la e não para os autores, o vencedor foi “A Lenda da Cabicanca”, de Carlos Pais e dos alunos do 6º A (2010/11)

da Escola Básica Padre José Augusto da Fonseca em Aguiar da Beira. A curta “A Lenda da Cabicanca” é uma história que os habitantes de Aguiar da Beira gostam de contar e que, de certo modo, é um dos seus em-blemas. “Um dia uma ave nunca antes vista sobrevoa-va Aguiar da Beira…”. Com a ave chega o medo e para

o combater surge um herói pouco vulgar”.

Na categoria de melhor-documentário o grande vencedor foi “Rua Direi-ta, nº15”, de Hugo Santos (2013). O documentário re-trata a arte de cortar e co-ser tecido, que há cerca de cinquenta anos se exerce no nº 15 da Rua Direita. En-tre o novo e o antigo “fun-

dem-se as tendências e tra-dições”.

O prémio para melhor ficção foi para Joana Beja Silva com “Ver de Ténue” (2013), que conta a histó-ria de Isabel, uma mulher consumida pela loucura e que vive para Fernando, o seu único amor. Toman-do como espaço um Hos-pício, Verde Ténue é a vi-são de Isabel, presa a uma rotina que não a permite percepcionar com coerên-cia a realidade, vendo Fer-nando como relógio huma-no que marca a passagem dos dias.

Por último o melhor fil-me experimental foi ganho por Ana Seia Matos (2013) com “[NADA] ANDA”. E que como a própria expli-cou, são “imagens que ilus-tram a minha interpretação do que uma das grandes po-tências europeias, a Alema-nha, acha que devemos fa-zer e do que acha que, por outro lado, nos devemos abster. Trata de identidade, a nossa, a minha.”

Micaela Costa

Destaque

O filme “Negro” vence Vistacurta 2013

João, Aderente

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O som e a fúria

Para Roma com amor

Woody Allen tem já um lu-gar cativo na lista das maio-res referências cinematográ-ficas a nível internacional. Explorando o fetiche ameri-cano pelas grandes cidades europeias, e depois de “Ma-tch Point”, “Vicky Cristina Barcelona” e “Meia-Noite em Paris”, Woody decidiu filmar as esguias e sinuosas ruas de Roma em “Para Roma, com Amor”. É muito fácil cair num lugar-comum quando fala-mos sobre este realizador. E isso pode acontecer quando usamos adjetivos como “neu-rótico” ou “brilhante”, como a partir de expressões do tipo:

“um filme fraco de Woody é melhor do que a média dos outros cineastas.” Ora, é isso que sucede com “Para Roma, com Amor”: é simplesmen-te um filme superior à maior parte das comédias que che-garam aos cinemas nos últi-mos tempos.

A comédia romântica é o género onde Woody se move com grande facilidade e isso nota-se facilmente nes-te filme, não só pela ligeireza como consegue abordar as constantes dificuldades das relações humanas, mas tam-bém pelo bom humor que in-cute a todas as temáticas que compõem o filme. O talento de Allen reside na sua capaci-dade avassaladora como ob-servador. Observa homens, observa mulheres e obser-va cidades, descrevendo nos seus filmes, com um talen-to ímpar, a essência de cada um destes três intervenientes. Woody Allen conta as histó-rias de que gosta, como gosta.

Pelo caminho diverte-nos. Este filme traz-nos várias

personagens que, tal como em muitos filmes do realiza-dor, se encontram, de uma forma ou de outra, mais ou menos insatisfeitos com a vida que levam. A insatis-fação é, aliás, para o realiza-dor a principal característica humana; é a última frustra-ção, aquilo que nos impede de parar, de nos estabelecer-mos e de nos contentarmos com o que de precioso já pos-suímos. Na procura da feli-cidade, nós, tal como Anto-nio (Alessandro Tiberi), Jack (Jesse Eisenberg), Giancarlo (Fabio Armiliato) e Leopol-do (Roberto Benigni), preferi-mos a imponência do Coliseu, quando deveríamos vaguear pelas ruas tortuosas e menos conhecidas de Roma, como o diz, a certa altura, John (Alec Baldwin).“Para Roma, Com Amor” não é nenhum “An-nie Hall” ou “Manhattan”, nem chega a ser tão magné-tico como o recente “Meia-Noite em Paris”. No entanto, é um filme muito bom. Aci-ma de tudo, tem como prin-cipal trunfo uma mensagem que tem tanto de actual, como de rico e profundo. Apesar de poder ter sido filmado com maior rigor técnico (é fre-quente vermos figurantes a olhar directamente para a câ-mara, por exemplo, ou sentir-mos a câmara a tremer vio-lentamente durante planos da cidade de Roma), é impos-sível encarar com indiferença a trama que organicamente se vai construindo. Woody Allen did it again!

Maria da Graça Canto Moniz

“O Tesouro”, um fil-me de Gonçalo Silva e de Marcantonio Del Carlo, que conta com a partici-pação dos atores Nuno Melo, Nuno Pardal, Diogo Lopes, Joaquim Nicolau, José Martins e Sara Bar-ros Leitão, vai ser rodado no concelho de S. João da Pesqueira nos dias 2, 3 e 4 de agosto.

A curta-metragem ba-seada no conto homónimo de Eça de Queirós surgiu no âmbito de um ciclo de

quatro curtas-metragens que serão rodadas no Douro, com o objetivo de revelar ao mundo a re-gião e as suas gentes.

O filme vai ser exibi-do no Brasil, Alemanha e Itália. Marcantonio Del Carlo anunciou no do-mingo, durante a apre-

sentação do projeto, que a antestreia vai acontecer em S. João da Pesqueira, a 30 de agosto, integrada na Vindouro - Feira de Vi-nhos do Douro.

“O Tesouro” é um filme de aventura em que os atores contracenam com os habitantes de S. João da Pesqueira. Para tal de-correu já um casting em que participaram cerca de 60 habitantes do con-celho, no Cineteatro João Costa. EA

Filme “O Tesouro” rodado em S. João da PesqueiraCinema

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culturas

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Está a decorrer, desde segunda-feira, e até 28 a terceira edição dos Jar-dins Efémeros.

O evento, conta este ano com uma programa-ção mais alargada, sete dias e sete noites. Tam-bém o espaço se “esti-cou” e este ano as ruas Direita, Formosa e do Comércio, assim como o Mercado 2 de Maio e o Adro da Sé são invadi-dos por um cenário ver-de e florido.

O evento tem como ob-jetivo divulgar e dar à ci-dade as múltiplas mani-festações culturais como

o teatro, pintura, dança, instalações multimédia, música, gastronomia, ci-nema, conferências, lite-ratura e fotografia.

O centro da cidade transforma-se num ver-dadeiro jardim gigante e nesta edição nem uma cascata faltou.

A par de todas as ativi-dades culturais esta ter-ceira edição contou ain-da com a “preciosa” aju-da da arquitéta Joana Astolfi que fez algumas intervenções em lojas da Rua Direita.

Micaela Costa

Destaque

Já arrancou a terceira edição dos Jardins Efémeros Evento∑ A zona histórica é durante sete dias e sete noites invadida por música e muita arte

A Centro histórico é até domingo um jardim gigante

O artesão de Penedo-no, Ilídio Serôdio venceu o Prémio Nacional de Arte-sanato da FIA Lisboa com a obra da sua autoria “Ceira Filtro de Azeite em Junça”.

A edição deste ano do prémio da Feira Internacio-nal de Artesanato (FIA) foi subordinada ao tema “En-trelaçar – As artes de tra-balhar e entrelaçar fibras vegetais”, como forma de alertar que se trata de um subsetor artesanal particu-larmente ameaçado pela concorrência de produtos similares importados e de baixo preço e carenciado de projetos de inovação”, reve-lou a organização. Ilídio Se-rôdio com a ceira de azei-te em junça pode agora ser

uma força de alerta contra esse perigo, ao mesmo tem-po que vê reconhecido o seu trabalho de artesão e o ar-tesanato em junça da Be-selga.

“Ceira Filtro de Azeite em Junça”, foi considerada pelo júri, a melhor obra artesanal presente no concurso da FIA Lisboa 2013. EA

Artesão de Penedonoé o melhor a nível nacional

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em foco

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Realizou-se na passada sexta-feira na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficien-te Mental de Viseu (APPACDM) a festa portuguesa que contou com as atuações de Carlos Peninha, o gru-po GiraFoles, Carlos Clara Gomes, Carla Linhares & Carlos Viçoso e o Grupo de Concertinas.

Primeiro Festival de Jazz de Viseu, organizado pela Associação Gira Sol Azul, decorreu ao longo de quatro dias em diferentes locais da cidade.

1º festival de Jazz de ViseuIgual a si próprio o Tom de Festa voltou a proporcionar momentos únicos em

Tondela, através da organização da ACERT. O festival levou à cidade músicas do mundo e um conjunto de outras atividades, nomeadamente, uma feira de produtos locais, um festival de curtas e uma exposição de fotografia.

23ª edição do Tom de Festa

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Festa Portuguesa na APPACDM

em foco

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Mais de duas centenas e meia de motociclos de todos os tipos vindos de toda a região juntaram-se na Zona So-cial e Desportiva de Lamosa.

Com excelente organização, bar aberto, muitas anima-ção e muita gente, este convívio saldou-se por um êxito que deixou muita marca de saudade em todos quantos, uma vez na vida, usaram este meio de transporte tão po-pular e prático.

Exposição de motas clássicas de Lamosa

Jornal do Centro25 | julho | 201334

saúdeMangualde associa-seà campanha “Brincare Nadar em Segurança”

O Centro de Infor-mação Autárquico ao Consumidor (CIAC) de Mangualde associou-se à campanha “Brincar e na-dar em segurança” da Di-reção-Geral do Consumi-dor, como forma de alertar os pais e educadores para a adoção de procedimen-tos e de comportamentos que ajudem a diminuir os riscos de acidentes nas pis-cinas e a divulgar a norma portuguesa sobre requisi-

tos de segurança de veda-ções e acessos.

A Direção-Geral do Consumidor é extensa nas recomendações deixa-das através da campanha, mas reforça um apelo con-

siderado básico: “nenhum equipamento de seguran-ça substitui a vigilância”. O alerta é para manter as crianças sob a vigilância permanente e efetiva de um adulto.

Objetivo∑ Alertar os pais e assim diminuir os riscos de aci-dentes nas piscinas

saúde e bem-estar

A Câmara de Sátão vai realizar mais uma e d i ç ã o d o e v e n t o “Sátão com Desporto e Saúde”, este sába-do, d ia 27, às 18h30, no la rgo da fei ra de Ladário, na freguesia de São Miguel de Vila Boa.

Do programa cons-ta m vá r i a s at iv id a-des. Uma caminhada, uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio da obesidade com a ava l iação da tensão a r ter ia l , g l icém ia e índice de massa cor-poral, realizados por técnicos especializa-dos da Unidade Mó-vel de Saúde.

Tr a t a - s e d e m a i s uma iniciativa do mu-nicípio que pretende

incentivar as pesso-as para a prát ica do desporto ao ar l ivre e para os seus bene-fícios na saúde.

O evento é gratuito e será disponibilizado t r a n s p o r t e g r a t u i -t o n o L a r g o d e S . Bernardo, em Sátão, à s 1 8h 15 . Se a s con-d ições c l imatér icas não forem propícias, a data de rea l ização do evento será a lte-rada.

Para mais informa-ç õ e s , o s i n te r e s s a -dos devem contactar o Gabi nete de Des-por to do Mun icípio de Sátão at ravés do nú mero de telefone 232980800 e correio eletrónico [email protected].

Mais desportoe saúde em Sátão

CAMPANHA CONTRA DOENÇA VENOSA CRÓNICA

Estima-se que cerca de dois milhões de mulheres portuguesas, com mais de 30 anos, sofram de doen-ça venosa crónica e que grande parte da popula-ção portuguesa ainda des-conheça os principais sin-tomas e sinais subjacentes à doença, desvalorizando as suas consequências e encarando-a unicamen-te do ponto de vista esté-tico.

O número é avançado pela Sociedade Portugue-sa de Angiologia e Cirur-gia Vascular, entidade que está a promover a segunda fase da campanha “Veias Saudáveis?”. A mesma tem como objetivo promover o diagnóstico e tratamento precoce da doença e está presente em todas as ins-tituições dos cuidados de saúde primários do país, até setembro.

Jornal do Centro25 | julho | 2013 35

SAÚDE

O que é a apneia do sono? A apneia do sono ca-racteriza-se por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores, que condicionam uma ausência (apneia) ou redução impor-tante (hipopneia) do fluxo oro nasal. Resulta numa in-capacidade para manter a permeabilidade da via aé-rea durante o sono, devido ao colapso da faringe no de-curso da inspiração favo-recido pela perda de tónus

muscular dos músculos da faringe. Estes episódios re-correntes de obstrução da via aérea superior provo-cam queda na saturação da oxihemoglobina e desper-tares transitórios, levando a uma fragmentação do sono, com diminuição ou mesmo ausência do sono profun-do, ocasionando um sono de má qualidade, não repa-rador.

Enquanto na apneia há uma obstrução completa do

fluxo aéreo oro nasal com duração igual ou superior a dez segundos, na hipop-neia há uma diminuição do fluxo de 30% ou mais, com igual duração, acompanha-da de queda da saturação de oxigénio igual ou supe-rior a 3%. Ambas as situa-ções têm consequências de maior ou menor gravida-de para o doente de acordo com o número e a duração dos eventos.

A Síndrome de Apneia

Obstrutiva do Sono (SAOS) é a causa mais frequente de hipersonolência diurna subdiagnosticada. Calcu-la-se que a sua prevalência na população em geral seja cerca de 7%. O excesso de peso, o consumo de álcool antes de dormir, o uso de sedativos que, além de in-terferirem com as fases do sono, diminuem como o ál-cool a permeabilidade da via aérea e algumas pato-logias como o hipotiroidis-

mo, constituem importan-tes fatores de risco.

Elevado risco para SAOS. Há grupos identifi-cados como de elevado ris-co para SAOS, devendo a sua abordagem diagnóstica e terapêutica ser prioritária. Indivíduos obesos, sexo masculino, mulher pós menopausa, tendência fa-miliar ou genética, insufici-ência cardíaca, hipertensão arterial, sobretudo quando responde mal aos anti hi-

pertensores, diabetes, alte-rações do ritmo cardíaco, AVC, profissões de elevado risco de acidentes laborais e rodoviários, entre outros, devem merecer atenção mais cuidada.

(Continua no próximo artigo)

Apneia do sono: problema grave de saúde pública (I)

Opinião

Simões TorresPneumologista

Coordenador do núcleo de Viseu da Fundação Portuguesa do Pulmão

Tratamos-lhe da Saúde... Todos os dias!Apresente os seus serviços aos nossos leitores

EM CASO DE INTOXICAÇÃO

chamada local808 250 143

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

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Jornal do Centro25 | julho | 201336

CLASSIFICADOS

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de ViseuRua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de TondelaPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do SulRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

EnsinoSecundário

Cursos Científico-HumanísticosCiências e Tecnologias

Ciências Sócioeconómicas

Línguas e Humanidades

Cursos ProfissionaisTécnico de Apoio à Infância

Técnico de Energias Renováveis

Técnico de Gestão e Programação

de Sistemas Informáticos

Técnico de Multimédia

Técnico de Secretariado

Técnico de Gestão

cos

2013 / 2014

Ensino Básico

3º Ciclo7º, 8º e 9º anosEnsino Regular

e Ensino Artístico

Especializado

de Música e Dança

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de em-prego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Ajudante de cozinhaRef. 588108766 – São Pedro do SulPretende-se ajudante de cozinha.

CozinheiraRef. 588125974 – São Pedro do Sul

Pretende-se cozinheira com experiência.

Mecânico de máquinas agrícolasRef. 588108771 – Castro DaireMecânico de máquinas agrícolas com ou sem experiência.

SoldadorRef. 588125836 – Oliveira de FradesPretendem-se jovens com o 12º ano, nível 4, para soldadura, com possibilidade de trabalhar por turnos.

Eletromecânico de eletrodomésticosRef. 587889139 – Tondela

Servente florestalRef. 588103953 – TondelaCandidato com ou sem experiência para trabalhos em serração de madeira.

MotosserristaRef. 588110820 – MortáguaPretende-se pessoa com mínimo de 12 meses de experiência.

Cortador de carnesRef. 588127890 – Tondela

Engenheiro civilRef. 588126549 – Mortágua

Ladrilhador (azulejador)Ref. 588126350 – Carregal do SalExperiência como ladrilhador.

CalceteiroRef. 588085625- Tempo Completo - Mangualde

CozinheiroRef. 588095989 – Tempo Completo – Penalva do Castelo

CozinheiroRef. 588100986 - Tempo Completo - Viseu

CozinheiroRef. 588127361 - Tempo Completo - Viseu

PedreiroRef. 588111207- Tempo Completo - Viseu

Operário fabrilRef. 588112628- Tempo Completo – Sátão

Operador de Registo de DadosRef. 588119967 - Tempo Completo - Viseu

Vendedor ao DomicílioRef. 588123061- Tempo Parcial – Viseu

CabeleireiroRef. 588124235 - Tempo Completo - Viseu

Jornal do Centro25 | julho | 2013 37

CLASSIFICADOS

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

2ª Publicação

INSTITUCIONAIS OBITUÁRIO

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

1ª Publicação

Augusto Monteiro, 90 anos, casado. Natural e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Maria de Assunção Pereira, 86 anos, viúva. Natural e residente em Contenças de Baixo. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.

José Augusto Jesus, 65 anos, casado. Natural e residente em Roda, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.30 ho-ras, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Emília Fontes Laranjeira, 91 anos, viúva. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 22 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Agostinho de Oliveira, 89 anos, viúvo. Residente em Oliveira de Fra-des. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Abel Pereira, 80 anos, viúvo. Natural de Santiago de Piães, Cinfães e residente em Sátão. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pe-las 11.00 horas, para o cemitério de São Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia.

Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503

Fernando Lourenço, 91 anos, casado. Natural e residente em Bodiosa a Nova, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Manuel Alves Peixoto Carvalho, 70 anos, casado. Natural de Ancede, Baião e residente no Rio de Janeiro, Brasil. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul.

José António Figueiredo de Almeida, 34 anos, solteiro. Natural e re-sidente em Sul, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 24 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Sul.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Manuel Maria Correia, 98 anos, viúvo. Natural e residente em Pinde-lo de Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Ana Maria da Cruz Serra Baptista Valverde, 62 anos, casada. Natu-ral de Coimbra e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Maria do Nascimento Costa, 91 anos. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 10.30 horas, para o cemitério velho de Viseu. Maria José Sares Marques Monteiro, 69 anos, casada. Residente em Cavernães. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 9.00 ho-ras, para o cemitério local.

João Oliveira de Sousa, 82 anos, casado. Residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba.

Maria Helena de Jesus dos Santos, 70 anos, casada. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vildemoinhos.

Alexandre Rodrigues Martins, 50 anos, solteiro. Residente em Travan-ca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Jorge António das Neves Calisto Cerqueira, 61 anos, casado. Resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 16.30 horas, para o crematório de Viseu.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro25 | julho | 201338

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

Vai por aí uma “espi-ra l” discursiva sobre a lei de ”limitação de mandatos autárquicos”.Sendo a Lei 46/2005 , cujo objecto é, literal-mente, a “limitação de mandatos” (epígrafe do artº 1º), há quem defen-da, naturalmente, que … “l imita mandatos”, quaisquer mandatos, a três sucessivos.Porém, há também quem diga que só limita mandatos em determinada câma-ra municipal ou junta de freguesia.

Multiplicam-se, mais ou menos discordan-tes, pareceres, comen-tários , opiniões, dis-sertações e, não tarda-rá, teses de mestrado e doutoramento. Começa mesmo já a formar-se no ar (e na terra, aliás, nas “terrinhas”) mais uma “espiral”, esta de processos judiciais.

E até uma revolução “branca” (o que diria Stendha l d isto, qua-se 200 anos depois do seu empolgante Ver-melho e Negro?) já está desencadeada. A par-tir do Porto, como qua-se sempre…Há mesmo quem garanta ter já co-meçado mais uma guer-ra … aos “dinossauros”, por risco de invasão de (muitas) … “pastagens”. O Presidente da Repú-blica (PR), em vez de limitar, alargou os li-mites da barafunda ao “esclarecer” que hou-ve um “erro” na publi-cação da tal lei no Diá-rio da República (DR). Disse o PR que terá ha-vido um “erro” da “im-prensa Nacional” (que of icia lmente publica o DR) e, assim, onde, no texto publicado da lei, consta presidente de câmara municipal ou de junta de fregue-sia, “deveria” constar presidente “da” câmara ou “da”junta. Por isso (mas não só…), gras-sam por aí grandes de-sacordos. Interpartidá-rios, intrapartidários e, até, como agora está

n a (m á) mo d a , con-trapartidários. Quan-to a m i m , n ão estou de acordo com (mais) esta “espiral” de … de-sacordos. Acho, mes-mo, que tudo isto se deve a haver … acordo a mais. Explico. Como se sabe, em resultado de uma infel iz Reso-lução do Conselho de Ministros de 8 de Ja-nei ro de 201 1 , a pa r-tir de Janeiro de 2012 , com a aplicação do dito “acordo ortográf ico” (AO), começou u m a “guerra” (quase) sem limites às consoantes ditas “mudas”. Dos li-m ites dos documen-tos oficiais e das esco-las, esta exterminação de (quase) tudo o que é “mudo”, ultrapassou todos os limites e, ago-ra, muito por artes da “mão invisível”, a “ma-tança” das consoantes (ditas) “mudas” já não tem limites, para além de (escandaloso!) nas escolas , nos jorna is , n a s t e l e v i s õ e s , n o s panf letos, nos carta-zes, etc.Terá daí resul-tado, para muita gente (portugueses e não só), uma progressiva e ge-neralizada desvalori-zação de tudo o que na ortograf ia da Língua Portuguesa é “mudo”. Não já só das conso-antes (ditas) “mudas” mas, inclusive das vo-gais “mudas”, como é o caso da vogal “e” na preposição “de”. E deve ser por isso que, agora, certos políticos, ainda que inconscientemente (ou talvez não…), des-valorizam o e “mudo” no “de” em presidente de câmara ou de jun-ta, mesmo se essa vo-gal e “muda” fala , – e bem -, d izendo (sus-tentando a interpreta-ção de que) o “espíri-to do legislador” era , genuinamente, naquela lei, pretender limitar a três sucessivos os man-datos, quaisquer man-datos, autárquicos. É a minha teoria e até te-

nho esperança que me dê algumas … credita-ções, como ao sr. “dou-tor” Relvas. Mas, cal-culados i nteresse(s) de uns pa r t idos , có -modo desinteresse de outros e , ta lvez , res-ponsabilidade limita-da da presidência da Assembleia da Repú-blica (AR), esta, a AR, também ficou “muda”, não promovendo nem rect i f icação nem in-terpretação da lei . E assim, vai, com certe-za (ai vai, vai,…), apa-r e c e r p o r a í u m r o l sem limites de outras teorias. Por exemplo, a d e q u e a l e i , p o r -que não foi publicada a sua letra “genuína” (com “da” em vez do de, segundo o que diz o PR), esta lei, … não é legal, não vale nada.

Ora , justa mente , é t a m b é m e s t a ( m u i -to suspeita…) teoria, a de que Lei Nº 46/2005 “não va le nada”, que nos suscita aqui a per-tinência do famigerado “acordo ortográf ico”. É que também este, o “acordo ortográf ico”, porque realmente não está em vigor (e não é aqui o espaço para si-mular um chatérrimo “parecer” sobre isso), não vale nada. O que, aliás, vai f icar clarís-simo quando, dentro em breve, em plenário da AR, for discutida a petição (“Pela desvin-culação de Portugal ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990) que, juntamente com 6211 outros cida-dãos, me orgulho de ter assinado.Por um lado, para “dinossauros”, po-líticos e tribunais (in-cluindo o Constitucio-nal), augura-se (mais) uma depressiva “es-piral” jurídico-autár-quica de providências cautelares, acórdãos e recursos, incluindo re-cursos a candidatos … “intercalares”. Por ou-tro, para a Língua Por-tuguesa, cria-se a es-

perança da reposição da sua dignidade his-tórica e sociológica e correcção f i lológ ica e et imológica , com a clari f icação lega l do aba ndono of ic ia l do (des)”acordo ortográfi-co”. Desconfio que “os mercados” vão f ica r a i nda m a is ba ra l ha-dos com (mais) esta(s) “ instabi l idade(s)” de s i n a l c o n t r á r i o . É que, simultaneamente, nesta questão da “l i-mitação de mandatos autárquicos”, temos , por um lado, um de-sacordo autárquico e, por outro, um desacor-do ortográfico.

E m conc lu são : u m desacordo autarcográ-fico.

João Fraga de Oliveira Funcionário público

(aposentado)

CARTA DO LEITOR

Desacordo autarcográfico

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 541 | 27 DE JULHO DE 2012

∑ “Nós não precisamos, que o governo nos venha dizer o que devemos fazer” (Carlos Marta)

∑ “Eu não tenho que estar na Assembleia numa lógica de yes man” (Acácio Pinto)

∑ “Continuo um acérrimo defensor da limitação de mandatos dos deputados” (João Carlos Figueiredo)

∑ Trinta e nove escolas fecham portas no distrito de Viseu

∑ Sara Sousa penta campeã nacional de infantis

∑ Alunos de Castro Daire desenvolvem jogo inovador

∑ “A Costura de Clemente” vence festival de curtas

∑ Fim-de-semana com músicas do mundo (Tom de Festa)

54 | 7 J

precisamos que o governo nos ve

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

27 de julho

a 2 de agosto de 2012

Ano 11

N.º 541

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

∑ Carlos Marta, presidente executivo da CIM Dão LafõesCarlos Marta, presidente executivo da CIM Dão Lafões

preocupadopreocupado com a situação do país, durante a apresentação

do projeto Plano de Ação para a Promoção do

Empreendedorismo na Região Dão Lafões.

“Está em causa a estabilidade governativa!”

| págs. 6 e 7

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Jornal do Centro25 | julho | 2013 39

Arranca no sábado, dia 27 e prolonga-se até 4 de agosto, a IX edição do Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra, em Sernancelhe. O car-taz deste ano conta com nomes como João Pedro Pais, Fernando Rocha, Henrique Matos, Lean-dro e José Cid.

A organização é da responsabilidade da As-sociação Sementes da Terra, da Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe, da As-sociação dos Funcio-nários do Município de Sernancelhe e da ES-PROSER - Escola Profis-sional de Sernancelhe, com o apoio do Municí-pio e de outras institui-ções.

Durante os nove dias, o certame mantém a aposta na vertente co-mercial e reforça a ex-posição de stands, tas-

quinhas, automóveis, artesanato, diversões e insufláveis.

“A zona da Feira e Central de Camionagem de Sernancelhe transfor-mar-se-á num mega re-cinto de espetáculos e animação, confirman-do o Festival da Amiza-de como um certame vi-sitado por milhares de pessoas de todo o país, em especial emigrantes que por esta altura se encontram de férias no

nosso País”, reconhece a autarquia numa nota à imprensa.

Sobre a Feira Sementes da Terra, a organização destaca a iniciativa pela “importância económi-ca, tanto local como re-gional, para a qual estão já inscritas mais de 100 empresas dos mais di-versos sectores de ati-vidade”, nomeadamente empresários locais.

Emília Amaral

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JORNAL DO CENTRO25 | JULHO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 25 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, 26 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 14ºC. Sábado, 27 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 11ºC. Domingo, 28 de julho, aguaceiros. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 12ºC.Segunda, 29 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 10ºC.

tempo

Quinta, 25Viseu∑ Última reunião descentralizada, do mandato de Fernando Ruas, com as juntas, na Freguesia de Cavernãe, às 10h00, na Sede da Junta.

Sábado, 27Mangualde∑ Receção ao Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo, que decorre na cidade até domingo, às 11h30. São esperados cerca de 600 atletas naquela que é a mais importante prova do calendário de competições jovens da Federação Portuguesa de Ciclismo.

Vouzela∑ Passeio pedestre, às 9h00, para conhecer os encantos da Nossa senhora do Castelo. Um percurso com cerca de oito quilómetros de distância e um nível de dificuldade médio/baixo.

Terça, 30Mangualde∑ Reunião do Conselho Local de Ação Social de Mangualde (CLASM) aberta a toda a comunidade, no Auditório da Câmara Municipal de Mangualde, às 14h00.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. Este texto tem três fontes: (i) um conjunto de fo-tografias extraordinárias de Paula Magalhães e Fer-nando Rodrigues sobre dois bairros de pobres de Viseu: o Bairro de Santiago e o Bairro da Cadeia; (ii) uma análise do Bairro da Cadeia feita em 2003 por David Ferreira; (iii) uma recensão sobre o último li-vro de John Gray, “The Silence of Animals: On Pro-gress and Other Modern Myths” que põe em causa a ideia do “progresso”.

A acção do filme “Ágora”, de Alejandro Ame-nábar, passa-se no século IV no Egipto então do-minado por Roma, e tem como pano de fundo a luta entre o saber politeísta defendido pela fi-lósofa Hypatia, guardado em rolos na Biblio-teca de Alexandria, e o saber monoteísta cris-tão, liderado por Cyril, guardado no livro sagrado.Os cristãos, na ofensiva, eram o novo, e o novo, quan-do substitui o velho, é bárbaro. A certa altura, na ten-tativa de evitar males maiores, aconselham a grande mulher:

«Converte-te, Hypatia, senão Cyril ganha...»«Ele já ganhou...», respondeu ela, realista.

Não há nada que sobreviva às acções destrutivas da barbárie do novo e do tempo. Como sabia Hypatia, «ele já ganhou». Ele, aquilo a que se chama progres-so. O novo substitui o velho. E o devir implacável do tempo arruina o novo e o velho. A barbárie e o tempo ganham sempre. E só há duas maneira de lhes atardar a vitória — através da memória e do trabalho. Lem-brar e trabalhar são o calhau que o homem/Sísifo está condenado a arrastar pelo monte do tempo acima.

Há ideias de se preservar, no Bairro da Cadeia, al-gum deste Portugal dos Pobres numa espécie de Por-tugal dos Pequeninos. Seja. Nada contra.

2. A câmara de Viseu calendarizou o “I Festival de Jazz de Viseu” para os exactos dias do “Tom de Fes-ta” em Tondela. Tenho a certeza que no futuro, seja com José Junqueiro seja com Almeida Henriques, tal estupidez não se torna a repetir.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Progresso

Programa∑ Nove dias de atividade económica e espetáculos

agenda∑ Sernancelheorganiza IX Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra

DR