Jornal do Centro - Ed516

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 14 pág. 15 pág. 17 pág. 20 pág. 24 pág. 25 pág. 27 pág. 28 pág. 30 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 3 a 9 de fevereiro de 2012 Ano 10 N.º 516 1,00 Euro Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. “Dói-me a alma quando olho para o interior do país” Publicidade D. António Couto, novo Bispo de Lamego, em entrevista ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9 Nuno André Ferreira Novo acordo ortográfico

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Jornal do Centro - Ed516

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 14pág. 15pág. 17pág. 20pág. 24pág. 25pág. 27pág. 28pág. 30pág. 31

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> EMPREGO> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário3 a 9 de fevereirode 2012

Ano 10N.º 516

1,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

“Dói-me a alma quando olho parao interior do país”

Pub

licid

ade

∑ D. António Couto, novo Bispo de Lamego, em entrevista ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9

Nun

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Fer

reira

Novo acordo ortográfico

praçapública

palavrasdeles

r Temos de criar outra vez pessoas honestas”

D. António CoutoBispo de Lamego. Entrevista ao Jornal do Centro

rNão se faz uma reforma que diga res-peito às populações sem envolver os seus legítimos represen-tantes e esses são os municípios”

Fernando RuasPresidente da Câmara de Viseu.

Reunião das Juntas de Freguesia

rCom metade do custo do carro oficial do ministro da lam-breta resolvíamos o problema da mobilida-de de 200 estudantes portugueses”

Adelino Azevedo PintoDiretor da Escola Secundária Alves Martins.

Entrevista ao Jornal do Centro

rÉ militar e Opus Dei! Militar!... Mas nem é capaz de dizer ao seu vice-provedor da pantomina que tem de pagar as quotas que deve há muitos anos e que torna, o caso, invá-lidas as suas importan-tes decisões”

Alberto Correia Acerca do provedor da Misericórdia de Viseu em artigo de

opinião no Jornal do Centro

Embora sem grandes alardes e com pou-cos dos muitos interessados a assumirem-se publicamente na cidade mas, por aqui e por ali, são vários os rumores sobre as intrínse-cas lutas que, nos bastidores já se travam pelas concelhias dos dois maiores partidos, PSD e PS que em breve irão a votos em Viseu. Alguns sinais de reflexão já foram deixados até aqui neste Jornal por outros colaboradores como o Rui Santos num texto de opinião virado in-ternamente para o PS mas que, não faria mal nenhum ao PSD local que o soubesse reler na mesma lógica, salvaguardadas as poucas di-ferenças ideológicas apontadas além do de-safio muito claro e fulcral, na minha óptica, que o Joaquim Alexandre Rodrigues deixa ao PS Viseu para que se descolem dos “deserto-res” que só conhecem os viseenses em épocas pré-eleitorais e também aqui, a chapelada as-senta com o devido ajuste ao PSD Viseu que faria bem em recordar-se de certos “paraque-distas” que só conhecem Viseu no dia da conta-gem dos votos. Estou porém em crer que, aque-les apelos à necessária “catarse” tal como este meu exercício de escrita não deixarão de ser isso mesmo pois, diz a norma, que infelizmen-te estas lideranças não gostam de reconhecer erros nem de reflectir sobre eles e esse, entre outros, é um dos graves problemas do nosso sistema político. Vivemos na permanente luta entre o bem e o mal, que vão variando confor-me os resultados eleitorais – a promessa de on-tem é o imposto de hoje, a esperança votada no passado é a triste realidade da crise actual, em suma, o bem de outrora é o mal de agora e por aí adiante. Emperradas neste esquizofrénico sistema não chegará às Concelhias Partidárias perguntarem como fazer diferente no futuro, é importante que recordem como aqui chega-ram porque dificilmente aqueles que aqui nos trouxeram por este caminho irão escolher ou-tro melhor para dele sairmos… não vão porque não conhecem outro! Foram curtos de vista, mais preocupados com a satisfação pessoal que com os desígnios de um colectivo e perigosa-mente atrevidos como só a medíocre ignorân-cia é capaz de o ser!

O PS que me recorde nunca participou por cá da decisão, mantendo um poder de oposição de fachada, ineficaz, inexequível, que ao nada

acrescenta nada, que reage ao invés de agir, que preocupado em instalar os seus não escrutina a actuação social democrata, que como água se infiltra nas estruturas do poder local tornando-o um edifício em perigo futuro de colapso, que relega os viseenses seus eleitores para segundo plano preferindo numa permanente atitude de negação da realidade assumir a patética iden-tidade do Mohamed Said Al-Sahaf, aka Ali o Comediante e Ministro da Propaganda de Sa-ddam, servir de emplastro a António José Se-guro ou ainda pavonear por Bruxelas o charme burguês e a empertigada figura.

O PSD está desnorteado e já dividido, sem revitalização visível, castrado pela figura pa-ternal e autocrática do seu líder espiritual pelo qual todas as decisões passam sem que com ne-nhuma se comprometa e que, ao fim de tantos anos já não distingue carisma de populismo, praticando uma espécie de despotismo da opo-sição e secando o partido internamente de solu-ções de continuidade e de evolução obrigando-o a passar pela difícil necessidade de se reno-var sem mudar nada do legado. Num mandato sem programa digno disso ser chamado, onde as obras faraónicas e as praias solarengas ficam sine dia adiadas (e oxalá para sempre!), sem vi-são estratégica de desenvolvimento sustentado, sem capacidade de atracção de investimento empresarial, sem posicionamento estrutural, incapaz de proceder a uma leitura atenta e ágil dos problemas do município, das necessidades e das potencialidades, das desvantagens e das vantagens, enfim, sem saber desenhar sequer um plano de rumo vai ser difícil com esta “ges-tão à moda do PSD” fazer chegar o navio a bom porto sem muitas avarias na casa das máquinas ainda que um ou outro timoneiro dos antigos tenha que ficar vigilante na cabine por ordem do patrão da embarcação local, não vá dar-se o caso de alguém o conduzir até ao Cabo das Tormentas!

Estou em crer que, com maior ou menor acui-dade, os responsáveis locais têm este diagnós-tico mais que afinado mas, e continuando na onda da mesma terminologia, também sabem o quão difícil é cortar as amarras… sabem pre-cisar de novas ideias para levar de vencida as tempestades que se desenharão no horizonte temporal dos próximos anos, sabem precisar

de novos líderes desempoeirados no pensar e ágeis no agir, capazes de ler nos olhos dos viseenses as angústias e as dificuldades e de num mesmo olhar lhes devolver a esperança e a certeza no futuro, descomprometidos de in-teresses pessoais e profundamente amarrados ao desenvolvimento da região, despreocupa-dos com o emprego da família e amigos e ab-solutamente focados na procura de um local de trabalho para cada viseense. Sabem tudo isso mas fazem por ignorá-lo porque temem perder o status quo, a segurança alcançada dos que lhe são suporte próximo e o reconhecimento ainda que irreal que o cargo lhes oferece até porque forjados desde as juventudes partidá-rias na máquina politica todo o universo exte-rior lhes suscita o medo de verem reconhecida a sua incompetência e o seu nulo valor social. Mas ao mesmo tempo sabem o quão necessária é nesta altura cortar esse cordão umbilical, cre-dibilizar a politica e recuperar a sã cidadania participativa a favor da urbe, do crescimento económico e da recuperação do bem estar so-cial. E também sabem que entre os viseenses há homens e mulheres de valor, de reconheci-da capacidade e competência dentro e fora da esfera partidária capazes de liderar tal mudan-ça mas, poucos serão os que queiram agarrar o leme sem a cobertura de uma visão pragmática de um programa realista para a cidade e sem o lastro de valores éticos, morais e sociais que não afundem o navio na trampa do vazio ideo-lógico por onde tem navegado.

Mais do mesmo é insistir no erro, é continuar a embarcar na fulanização das ideias, na mes-quinhez da falta de valores, na mediocridade da política falsa de fachada, nas discussões fú-teis sem utilidade possível… é ao fim e ao cabo dissipar à partida qualquer tentativa de conti-nuar a mudar Viseu para melhor. E isso pode-rá ser penalizador para as Concelhias porque as restantes forças vão procurar mobilizar-se e explorar a “janela de oportunidade” e quem sabe, tal não abra até espaço para outras ondas de cidadania galvanizando os viseenses atra-vés de um projecto de honestidade democráti-ca e de realística execução mas, futurologia não cabe aqui e nem o Jornal do Centro me paga o que a TVI paga ao Prof Marcelo para aventar cenários…

Opinião O reumatismo das máquinas

Fernando [email protected]

O PSD está desnortea-do e já divi-dido, sem revitalização visível, castra-do pela figura paternal e autocrática do seu líder espi-ritual pelo qual todas as deci-sões passam sem que com nenhuma se comprometa”

Redigido sem observação do novo acordo ortográfico

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Há preocupaçõescom os idosos da sua freguesia?

Importa-se de

responder?

Temos todos os casos referenciados. O apoio domiciliário e o centro de dia estão a funcionar muito bem. Há também um trabalho, que tem vindo a ser desenvolvido por estagiá-rias do curso de Ação Social, da ESEV. Não há nenhum idoso abandonado na freguesia de Fragosela.

Recebemos um ofício da GNR, para, em conjunto, detetar-mos possíveis falhas para com os idosos. Já foi divulgado na missa, e as pessoas isoladas têm agora que deslocar-se à Jun-ta para conhecermos melhor a realidade.

Há cerca de cinco anos começámos a nossa estratégia, no combate à solidão dos idosos, através de grupos de jovens estagiários da área social da ESEV. Estes jovens, fazem o le-vantamento e a caraterização familiar dos idosos. O maior problema dos idosos na freguesia, passa pelo isolamento fa-miliar, quando, por exemplo, os filhos se ausentam para o estrangeiro.

Não temos conhecimento de nenhum idoso isolado ou abandonado na freguesia. Temos recebido estagiárias do cur-so de Educação Social, que fazem esse levantamento. Em bre-ve será lançada a iniciativa “Padrinhos do Coração”, que pas-sa por reunir alguns voluntários que irão visitar, conversar e ajudar os idosos em variadas tarefas do dia-a-dia.

António LopesPresidente da Junta de Freguesia de

Fragosela

Manuel PereiraPresidente da Junta de Freguesia de

Orgens

José ErnestoPresidente da Junta de Freguesia de

Vila Chã de Sá

Diamantino SantosPresidente da Junta de Freguesia de Co-

ração de Jesus

estrelas

António CoutoBispo de Lamego

A proposta de extinção de seis comarcas do distrito de Viseu, num momento em que os processos se acumulam em grande quantidade, revela-nos uma estranha forma de resolver os problemas prementes nas áreas da justiça e das finanças portuguesas. O distrito fica mais po-bre e o estado de direito mais des-protegido.

Adelino Azevedo PintoDiretor da ESAM

números

6É o número de tribunais

que o Ministério da Justiça quer encerrar em Viseu

Paula Teixeira da CruzMinistra da Justiça

Visando proporcionar as melho-res condições de mobilidade a dois alunos portadores de deficiência motora, encontrou com as receitas próprias, forma de adquirir para a escola duas cadeiras de rodas elé-tricas que proporcionam uma au-tonomia diária renovada num passo gigantesco para a inclusão.

O novo Bispo de Lamego, com a sua postura determinada de reno-vação e aproximação àqueles mais carenciados e sofridos da popula-ção, evidencia que muitas mudan-ças vão surgir no decurso do seu mandato, numa diocese tradicio-nalmente conservadora.

A locução que intitula esta mensagem, extraí-da dos Atos dos Apósto-los (Act. 4, 20), traduz as palavras de Pedro ditas diante do poderoso Si-nédrio que queria fazer calar a Boa Nova que es-tava já anunciar. Não po-demos ficar calados, é o que quer dizer a expres-

são latina. E nestes conturbados tempos de tal atropelo aos grandes valores, às grandes causas de bem, falar, indignarmo-nos, parece ser a única coisa que nos resta. Que isso ain-da nos resta, nem que seja apenas para tran-quilizar a consciência. As minhas palavras de hoje são apenas para dizer ao Provedor da

Misericórdia de Viseu que o Museu que ele em tempos, com a sua autoridade construiu (autoridade delegada), é também um emble-ma da Misericórdia que se arroga, por direi-to, acolher em seu seio os carecidos de cultu-ra, alma-mater da civilização, quer dizer, da natureza do homem, espelho da Divindade, se o senhor quiser. Pois o seu Museu foi re-conhecido como exemplar pela União das Misericórdias (a que o senhor não liga), pela Associação Portuguesa de Museologia que não conhece e se desculpa, que o apresenta-ram, ambas, como paradigma, como modelo de boas práticas, em Jornadas Nacionais no ano transato . Em dezembro passado o seu Museu teve uma distinção nacional como O MELHOR MUSEU. E que fez o senhor? Nem olhou para o Diploma emoldurado que lhe

colocaram à frente. Não visitou a casa. Não teve uma simples palavra para quem lá tra-balha. Nem uma palavra para aqueles que o organizaram. Puseram-lhe à frente um dos-sier com mais de uma dúzia de cartas de res-ponsáveis de Museus e outros organismos a dar os parabéns, recortes de jornais nacio-nais e locais. E os seus oito colegas de Dire-ção dessa Santa Casa (santa, só a casa, que não os homens) não lhe ouviram uma pala-vra em duas, se calhar três reuniões. “Obri-gado” “desculpe”, são palavras fora do seu vocabulário. Bem diz, de si, um alto dignitá-rio da nossa igreja: - “É militar e Opus Dei”! Militar!... Mas nem é capaz de dizer ao seu vice-provedor de pantomina que tem de pa-gar as quotas que deve há muitos anos e que torna, o caso, inválidas as suas importantes

decisões; não tem coragem de dizer ao mes-mo que não deve abusar do parque da Insti-tuição colocando anos inteiros ali o seu carro e o da família e só põe os pés de mês a mês na casa que também governa; não tem a co-ragem de lhe dizer que a cultura é necessá-ria, que o Culto não deve fechar, até porque o senhor requer dia a dia a sua comunhão! Militar! Opus Dei! Opus Dei quer dizer obra de Deus. Na mística que professa, a letra dela, que não a prática, Deus quer dizer Caridade, Misericórdia. Misericórdia?!... Não podemos ficar calados, como Pedro, como tanta gen-te está a fazer por aí fora, por outras razões. Pedro queria transformar o mundo. Eu fica-va feliz com a mudança de provedor.

A. Correia, Irmão da Misericórdia no pleno gozo de seus direitos. (A que voltarei).

Opinião

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

“Non possumus non loqui” - “Não podemos ficar calados”

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

A Santa Casa da Misericórdia de Viseu tem os seguintes cidadãos como Mesa Administrativa:

António Magalhães Soeiro, João Gomes, Isaías Gomes Pinto, Adelino Almeida Costa, Glória Gonçalves Paiva, Maria Isabel Ferrari Antunes, Ilídio Oliveira e Cunha, Augusto Passos, Alberto Correia.

Suplentes: António F. da Silva Cos-ta, Serafim Gonçalves de Sousa, José Carlos Rodrigues Barros, Luís Fur-tado Branco, José Oliveira Neiva.

Agora, por motivos ainda não apu-rados, saíram o Dr. Alberto Correia e o Sr. Isaías Pinto. Pela ordem na-

tural, sobem os dois suplentes da lista.

Porque sai Alberto Correia e Isa-ías Pinto?

Quem é o vice- provedor?Não resistimos a recorrer a um

trabalho publicado no JC de 09 de Setembro de 2011 onde se entrevis-tava Alberto Correia, e a propósi-to das Misericórdias, se apresenta-vam, em caixa, algumas curiosida-des. A saber:

Miseris – cor –dare é o mesmo que ter lugar no coração para todas as ví-timas da miséria.

Aquando do surgimento da Mise-

ricórdia, em Viseu, 1516, D. Manuel I exorta, como lema: “Servir a pobre-za com a abnegação dos justos”.

Nunca pusemos em causa que esta fosse a directriz essencial da Casa.

Condições para ser Mesário e Pro-vedor:

Será homem nobre de autoridade;Muito humilde e paciente pelas des-

vairadas considerações dos homens com que há-de usar e praticar;

Repartir entre si todos os cargos segundo o que mais for serviço de Deus;

E para os quais cada qual se sentir

Editorial A Santa Casa e a irmandade

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

- O que me apetece, ao iniciar com este escrito uma colaboração jorna-lística que espero tenha sequência, é recordar a última vez em que me vi nestes assados, há coisa de bem mais de trinta anos.

Era no século passado, não mui-tos anos depois do 25-Abril, um jornal duma vila do nosso interior, cujo direc-tor me conhecia ainda do tempo da ou-tra senhora, convidou-me para escrever (sobre) o que (e como) quisesse, dando-me carta branca para o efeito, iludido certamente com a prudência e os méri-tos que putativamente me atribuía.

Acedi, desvanecido pela insistência. E fiz mal...

- Estava ao tempo em voga, ou co-meçava a estar, a novela televisiva, um fenómeno novo da época que não pode ser avaliado com olhos de hoje, afei-tos a dezenas de novelas, em dezenas de canais, simultâneamente, novelas a que ninguém liga, por isso mesmo, salvo o lumpen das periferias urba-nas; sim, porque os velhinhos dos la-res da terceira idade não entram neste cômputo...

Naquele então, só com um canal

de televisão, beneficiando por isso da atenção universal, dos pobres e dos ri-cos, dos cultos e dos não cultos, dos campos e das cidades, do litoral e do interior, assim como do norte e do sul, a telenovela constituía um fenómeno de popularidade, já que todos a viam, todos se interessavam por ela, dedi-cavam-lhe a sua atenção, a ponto de a discutir e em certo sentido a viver. Da memória histórica do tempo ficou, por exemplo, certo dia em que o parla-mento interrompeu os seus trabalhos à pressa para que os deputados não per-dessem certo episódio da “Gabriela”, primeira novela entre nós, brasileira como todas, baseada no clássico de Jor-ge Amado, “Gabriela, Cravo e Canela” (cheiro de cravo, cor de canela, sabe quem o leu...). E também, embora a his-tória o não tenha registado, um certo aspirante a cronista conheço eu, que regressava do Algarve, no termo das férias, com a família completa, além do gato e da sogra, e a banheira, juro, dos filhos pequenos no tejadilho da viatura, acelerando a imbatível 4-L pe-las rectas de Grândola e Alcácer, a ver se chegava a Lisboa a tempo do mes-

mo episódio.Daí que eu escolhesse a palavra, en-

tão nova, então entrada a circular – te-lenovela – para a designação da minha coluna, que eu contava inaugurasse a nova era, por assim dizer contemporâ-nea, da crónica da imprensa local. Mas a ideia, devo esclarecer, não era apro-veitar apenas a palavra; a minha in-tenção era forragear no próprio tema, beneficiando da sua popularidade na sociedade e no país, explorar não tanto o assunto novela como os assuntos da novela, que eu presumia familiares aos meus supostos leitores. O fito era, pre-cisamente, partir dos casos e do enre-do da novela corrente (única, relembro, do único canal existente) e falar, com tal enquadramento, de tudo quanto me interessasse. Por outras palavras, a no-vela servia-me apenas como ponto de partida, um engodo para atrair a aten-ção do leitor, desviando-lhe em segui-da essa atenção para outros temas e assuntos mais relevantes do que o diz-que-diz da ficção televisiva.

Claro que as novelas desse tempo eram brasileiras, só brasileiras. A primei-ra, recordo, foi a “Gabriela”, já menciona-

Canto Esquerdo Como se aborta uma carreira de cronista

As vezes que ouvi falar dos jogos de futebol não tem conta. Dos jogadores, dos árbitros, das claques, dos dirigen-tes, do relvado, enfim, do todo. “Fute-bol total”!!!

Na televisão e rádio tenho observa-do e ouvido dissertações espantosas. Filosóficas. Metafísicas. No final acho sempre que estão a dar-nos um banho de patetice. Então as pessoas não se apercebem de que este desporto, dito popular, tem a mesma função na so-ciedade que tem o provocar o descar-rilamento do eléctrico numa rua para assaltar o banco na outra? Na gíria mi-litar chama-se de “manobra de diver-são”. Vem nos livros, nos manuais. É ciência antiga e usada desde sempre

por quem quer fazer o que lhe apete-ce sem chamar a atenção. No futebol, e bem, é mesmo uma diversão. A eti-mologia da palavra já diz tudo. Vem do latim divertere (voltar-se noutra direcção) e composta pelos elemen-tos dides (ao lado) com vertere (vi-rar-se, voltar-se). Já Sun Tzu (General Chinês do século IV A.C.) se referia a este método.

Ontem, vinha a ouvir sobre um jogo que se disputava e foi anunciado o fac-to de no estádio estarem trinta e oito mil e tal pessoas. Bom, naquele está-dio. Haveria outros, certamente. O Estado paga para que a “malta” vá e goste disto. Tiram dos nossos impos-tos. Mesmo do daqueles que abomi-

nam este desporto. Convém, diga-se desassombradamente. Nem as ga-fes do nosso P.R. lembram. Dos seus “desdinheiros”, da sua precariedade. Tão pouco se debruçam no facto de se achar que um deputado ganha mui-to e que o C.R. (C. Ronaldo) está bem pago. Há, por certo, gente que vai ao futebol e deixa filhos e mulher em casa sem nada para comer, por falta de dinheiro. Há gente que recebe o rendimento mínimo e que vai ao fu-tebol. Na eminência de um “clássico” entre os “grandes”, durante o jogo e nos dias seguintes, bem se pode lan-çar um novo imposto que ninguém dá conta.

No tempo da “outra senhora”, dita a

Opinião Os “Efes”

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º 261 [email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Tiago Virgílio [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP - 3500-680 Repeses, Viseu• Apartado 163Telefone 232 437 461Fax 232 431 225

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Internetwww.jornaldocentro.pt

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Albino MatosAdvogado

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

mais auto, ou seja, apto em condições de melhor servir os objectivos da Mi-sericórdia.

Acerca das condições para ser Ir-mão, enunciamos apenas uma:

Ter meios que bastem para não se servir dos bens da irmandade, nem se suspeitar de que poderá aprovei-tar-se do que lhe correr pelas mãos.

Nunca pusemos em causa que todos, mesários, provedor e ir-mãos dessem cabal resposta a estes pressupostos.

Que desencadeou as saídas de Alberto Correia e Isaías Pinto?

Do primeiro, conjecturaríamos até que a sua pública reacção no “caso Museu da Várzea” tenha irri-tado a “Senhora Câmara”?

Mas mais podíamos conjecturar: A Opus Dei, seita religiosa ultra

conservadora, com abrangente im-plantação no distrito de Viseu, aqui representada pelo próprio Prove-dor (no dizer de Alberto Correia), sentir-se-ia lesada nalgum dos seus plurais interesses de “beneficên-cia”?

Alguma grande empresa local ve-ria suas misericordiosas acções pos-tas em causa?

Alberto Correia, homem que deu séria visibilidade à Instituição, ba-teu com a porta. Isaías Pinto foi-lhe solidário.

Porquê?Que tempestades assolam esta

Santa Casa?

da; depois, ainda, outra que me ocorre, o “Casarão”, e a seguir várias de que não lembro títulos nem entrechos, pretensa-mente realistas, a focarem a vida e o tem-po actual, os ricos e pobres, as profissões, a vida quotidiana, assim por aí.

- Tentava eu escaduçar a minha pri-meira colaboração, corria então uma novela situada no espaço carioca e no tempo presente, de cujo enredo não me restam já pormenores. Mas foi dela que eu parti, da trama, das personagens, das cenas e das ligações, para observar que uma ficção pretensamente realista, que nos mostrava aparentemente tudo (a vida como ela era), na verdade mos-trava muito pouco, ocultando de facto o essencial por baixo da espuma do quotidiano que nos servia às pázadas. Que diabo, perguntava,face à novela, o Brasil é república ou monarquia? Não se sabe, porque a novela não o diz, não o mostra nem o deixa entrever (ela, que mostra tudo), não há ali qualquer facto político, nem directamente, nem de modo indirecto, por referências dos diálogos, não existeum só agente po-lítico, uma eleição, do passado ou do futuro, nenhum anseio ou reivindica-ção social, nada de nada. Porque será? - questionava eu.

E tentava responder à questão, suge-

rindo explicitamente que a explicação estava por certo na situação política que o Brasil vivia nessa época, uma ditadura militar bastante dura, com polícia política (a DISA, entre outras), leis de excepção (A.I.5), falta de liber-dades (de imprensa, de reunião e as-sociação, sindical, etc.), exprimindo-se a oposição a tal situação em acções de aberta violência, de guerrilha urbana e camponesa.

Rabiscado o escrito, enderecei-o ao jornal e aguardei.

- E aguardei, disse. E repito, aguardei. Uma semana, duas semanas, três se-manas. E aguardei, volto a dizer. Mais de um mês, dois meses, três meses...

Até que me esqueci do caso, intima-mente satisfeito com a falta de reacção do jornal e simultâneamente com o fac-to de ter estancado a pressão insistente para escrever e publicar naquela folha auspiciosa da imprensa local. Óptimo, dizia eu com os meus botões, enquanto não vires a primeira crónica publicada, não tens de escrever outra. E também não faz mal que não escrevas, porque ninguém te aperta agora que o faças. Assim como assim, podes conservar in-tactas as tuas ambições de cronista...

Entretanto, algum dia terei voltado ao contacto com o director do jornal,

ou vice-versa, o qual recordo algo en-vergonhado (ele, não eu), a remoer al-gumas explicações sobre o caso, a con-tra-gosto, porque algo lhe pesaria na consciência.

- O caso, dizia-me o director, é que o jornal tinha muitos assinantes do Bra-sil, entenda-se, portugueses emigra-dos além-mar. E que desses assinantes se destacavam algumas figuras pro-eminentes, comendadores abonados a quem a sorte sorrira. E que tais co-mendadores demonstravam por vezes alguma compreensão e generosidade com os apertos e dificuldades econó-micas do jornal. E que esses mesmos comendadores, não muito ilustrados nem progressistas, provavelmente, não gostariam de ver a sua pátria adoptiva apreciada no plano político com a ru-deza e sinceridade que a crónica dei-xava bem à mostra, isto independen-temente de ser verdadeiro, e mais que isso inegável, tudo quanto se dizia no escrito.

- Está-se a ver, não preciso de pôr mais na carta, a minha carreira de cro-nista ficou por ali mesmo. Até hoje, até agora.

Conto a história, apenas. Não lhe tiro a moral; não é preciso, nem sobra es-paço.

dos três “Efes”, clamava-se pelo Fado, pelo Futebol e por Fátima, a trilogia em que se dizia estar assente o mode-lo de orientação do povo português de forma a mantê-lo distraído. Cultura, diversão e oração. E agora?

Bom:. De Futebol devemos ter o maior

derrame em todos os canais televisi-vos. Não se liga uma televisão que não

esteja a passar um jogo; um sumário de outro; os momentos mais impor-tantes de outro; a aselhice de um árbi-tro; uma cena de pugilato em relva ou de túnel ou balneário; ou, ainda, aque-les intermináveis “rolhos” de filosofia futebolística, em debates tão acesos, quanto despiciendos em razão de ou-tras preocupações.

. De Fado, estamos bem e de para-

béns. Património da Humanidade é um caso sério. Há que considerar o Fado, agora mais do que nunca. Che-gou ao patamar que lhe estava desti-nado, consagrado e sufragado. Ama-mos o Fado, agora, mais do que nun-ca;

. De Fátima, vamos ver… Com tan-ta falta de dinheiro, de educação, de princípios, de virtudes, de altruísmo e tanta fartura de pulhas, ladrões, vi-garistas, marginais e por aí fora, e à míngua de quem nos defenda dessa gente…, antes de fazer alguma asnei-ra deveremos, pelo menos, tentar a ajuda da nossa Padroeira, a quem tão devoto sou.

Resta-me objurgar: Afinal onde mora e em que época, a razão, no que tange aos três “Efes”?

Pedro Calheiros

Sugestõespara o dia deS. Valentim

Redigido sem observação do novo acordo ortográfico

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IntermarchéPóvoa de Sobrinhos(Recta do Caçador)

Sessão Fotográficacom Surpresas

MOSTRE o seu AMOR!

Dia 12Domingo 13h - 18h

Redigido sem observação do novo acordo ortográfico

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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Aos 9 anos, um tumor ce-rebral tirou a visão a Fernan-do Pereira, de 50 anos. Du-rante anos, usou uma benga-la para o auxiliar a contornar os vários obstáculos, duran-te os percursos que realiza-va pela cidade. Há dois anos a esta parte, a Piwi, cão-guia, ajuda-o a suprir as adversi-dades do dia-a-dia. “Com a bengala andava sempre com uma tensão e um stress enormes. Nunca sabia o que me esperava e era frequen-te embater contra os postes. Com a Piwi dou a volta à ci-dade sem qualquer proble-ma”, esclareceu.

Professor na Escola Básica Grão Vasco, em Viseu, onde leciona Língua Portugue-sa, História e Geografia de Portugal, Fernando Pereira desloca-se diariamente a pé para a escola. O medo de ba-ter contra obstáculos ou se desorientar subsiste, ainda, contudo, “vinga-se” na exce-lente relação de proximida-de que mantém com os alu-nos. De sorriso fácil e bem-

disposto, o docente, que já foi representante da Asso-ciação dos Cegos e Amblí-opes de Portugal (ACAPO), em Viseu, desanima com a falta de disponibilidade e formação das pessoas, nas várias repartições públicas a que se desloca. “Já aconte-

ceu ir com a minha esposa resolver um assunto meu, e o funcionário deixou de falar comigo e falou com a minha mulher, isto é o quê? questiona. A deficiência não custa, o que custa é a forma como as pessoas nos fazem sentir. As pessoas não estão

preparadas nem disponíveis. “Ainda há tempos fui a um restaurante e veio um fun-cionário dizer-me que não podia entrar acompanhado de um cão”, foi embaraçoso, explicou.

Apesar de tudo, Fernando Pereira considerou que “em Viseu tem havido uma gran-de evolução e preocupação com as pessoas deficientes”. E lembrou que a ida da bilhe-teira ao terminal, na Central de Camionagem, é uma das grandes lacunas que gosta-ria de ver resolvida. Um ta-pete identificador resolvia esta questão. Há falta de so-lidariedade entre as pessoas, que têm de optar entre “de-senrascarem-se sozinhas ou ficar em casa”.

A música é a grande pai-xão, Fernando Pereira lan-çou um CD de originais, “Escola de Todos”. É autor de várias obras publicadas. Atualmente está a promo-ver o seu primeiro roman-ce, “Angelina… uma luz ao fundo do espelho”.

aberturatextos e fotos ∑ Tiago Virgílio Pereira / Paulo Neto

Incluir: O exemplo de Viseu“Viseu ficou no grupo

das vinte cidades inclusi-vas da União Europeia”, disse o presidente da au-tarquia, Fernando Ruas. “Isto significa que trata-mos bem do problema da inclusão”, lembrou. O pro-grama das acessibilidades foi o principal instrumento

para tal distinção. Contu-do, o autarca explicou que “este é um trabalho que está sempre por concluir”, ainda assim, a autarquia vi-seense não quer parar de incutir esta “força e moti-vação” no município. Viseu começou por rampear os passeios e construir vias

para os invisuais. Há ainda muito trabalho para fazer. Os baixos toldos de publi-cidade e os sinais de segu-rança, que são ainda “bar-reiras” que a autarquia e as pessoas deficientes têm de “contornar”, ainda com dificuldade. Joaquim Es-cada é parte integrante do

sucesso da inclusão. O pro-vedor do cidadão com defi-ciência realiza, em regime de voluntariado, um traba-lho planeado em parceria com a autarquia e institui-ções. São realizadas ações anuais que visam melhorar a vida das pessoas com de-ficiência e, em março, ar-

rancam ações de sensibili-zação nas escolas. “Vamos percorrer as escolas desde o 1º ciclo até ao ensino su-perior para sensibilizarmos as gerações futuras”, disse o provedor. A troca de im-pressões e a questão das acessibilidades - o esbati-mento das barreiras arqui-

tetónicas - são outras das preocupações. “Os cida-dãos com deficiência são, por norma, reivindicativos, mas devem ser mais, façam chegar à Câmara as ideias e as propostas, porque no que a autarquia puder vai fazer”, concluiu Fernando Ruas.

“A deficiência não custa, o que custa é a forma como as pessoas nos fazem sentir”

João Costa, 46 anos, é paraplégico. O docente do curso de Turismo, no Ins-tituto Politécnico de Viseu, desloca-se, há vários anos, numa cadeira de rodas elé-trica. Afirma que há ainda um longo percurso a trilhar, no que à questão da mobili-dade diz respeito, mas ad-mite que tem sido feito um grande esforço no centro da cidade e na região, para melhorar a vida dos defi-cientes. “Quando comecei a dar aulas, havia algumas barreiras e passeios que di-ficultavam a locomoção e, após uma exposição à Câ-mara, as obras foram feitas e as pessoas mostraram-se muito prestáveis”, lembrou. No centro da cidade há, nos dias de hoje, muitas ram-pas, está a ser desenvolvido um bom trabalho para os invisuais mas, “é bom não esquecer que a cidade não foi desenhada para pesso-as deficientes e têm-se feito sucessivos remendos”. No que diz respeito à parte pú-

blica, para o docente, o que falta é “que o levantamento das necessidades seja feito por uma pessoa deficiente, com mobilidade reduzida, ou que tivesse uma sensibi-lidade especial para a coi-sa”, sugeriu.

Em jeito de conclusão, João Costa, disse que “in-dependentemente da defi-ciência, as pessoas não se devem isolar”.

“A cidade não foi desenhada para pessoas deficientes e tem-se feito sucessivos remendos”

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 20126

ACESSIBILIDADES | ABERTURA

Promover acessibilidade e mobilidade:

Há caminho a percorrer; que seja acessível e não

demasiado longo

Opinião

Acessibilidade e mobilida-de são conceitos indissociá-veis da promoção da funcio-nalidade e saúde das pessoas. Qualquer organização com responsabilidades sociais, através da definição de estra-tégias e políticas de promoção da acessibilidade e mobilida-de, deverá considerar os se-guintes propósitos: otimizar da funcionalidade humana com vista à máxima qualida-de de vida; atenuar o impacto negativo que deficiências ao nível de estruturas e funções do corpo possam levar a uma condição de incapacidade, permanente ou temporária, a que qualquer pessoa está pre-disposta ao longo do seu ciclo de vida, incluíndo mobilidade condicionada; e prevenir limi-tação de atividades e restrição na plena participação social e exercício dos direitos de cida-dania de todas as pessoas.

A APPACDM Viseu con-templa nos seus objectivos en-quanto organização, a promo-ção da integração da pessoa na sociedade, no respeito pe-los princípios da Acessibilida-de, defendendo e promovendo todos os princípios consagra-dos em Declarações Univer-sais, Normativos e Legisla-ção Nacional e Comunitária, assumindo assim um papel ativo nesta matéria. Acompa-nha, de forma atenta, as ações e boas práticas desenvolvidas neste campo por parte de to-das as entidades, incluíndo o Município de Viseu, nomea-damente no âmbito do Plano Municipal e Plano Sectorial de Promoção da Acessibili-dade de Viseu, e ainda confe-

rências, ações de sensibiliza-ção, intervenções urbanísti-cas que promovam atividade física para a saúde, concursos, projectos e eventuais linhas de financiamento.

O DL 163/2006 de 8 de Agos-to veio trazer orientações ex-pressas na definição do regi-me da acessibilidade física em particular complementado pela sua interpretação “Guia Acessibilidade e Mobilidade para Todos”. Adicionalmen-te, a publicação “Aplicação do design inclusivo à habi-tação” e o Plano Nacional de Promoção da Acessibi-lidade são documentos es-truturadores absolutamente fundamentais, associados ao know-how próprio dos pro-fissionais das várias áreas que trabalham com e para pessoas, para acompanhar os desenvolvimentos nes-te domínio. A Rede Nacio-nal de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos e a Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis revelam-se funda-mentais para estimular o de-senvolvimento de acções inte-gradas e inovadoras em Aces-sibilidade. Advoga-se uma ação intersetorial e trabalho em rede de todos os stakehol-ders, capacitando as pesso-as para contribuírem decisi-vamente para este desígnio. E cada qual tem o seu papel. Há que estar atento, criar e gerir as oportunidades de fa-zer algo pelo próximo, pela organização, pela sociedade. Há caminho a percorrer; Que seja acessível e não demasia-do longo. A bem de todos nós, pessoas.

João GomesFisioterapeuta

(APPACDM Viseu)

Sugestõespara o dia deS. Valentim

A Escola Secundária Alves Martins (ESAM) subs-tituiu o Ministério da Educação, e, no início do ano, comprou duas cadeiras de rodas elétricas para dois jovens com mobilidade reduzida. Luciano Canada, 14 anos, e Isabel Bandeira, 12 anos, frequentam o sé-timo ano e são hoje “mais felizes e autónomos”, disse a docente que os acompanha, Paula Ferreira. Para Lassalett Lopes, mãe de Luciano, esta cadeira veio ajudar, e de que maneira, toda a família. “Já não tinha forças para empurrar a outra cadeira, agora, o meu filho é mais independente e tem vontade para sair de casa”, explicou. Lassalett vive com dificuldades eco-nómicas e, apesar deste “balão de oxigénio”, as más condições e a falta de acessibilidades da casa onde vive com o filho são o grande problema atual. “Vivo num rés-do-chão, mas o meu filho precisa de subir oito degraus para entrar em casa”, lamentou.

Apesar das contrariedades da vida, esta iniciativa levada a cabo pelo diretor da ESAM, Adelino Azeve-do, enche-a de coragem para continuar a acreditar que tudo irá melhorar. “Foi o momento mais grati-ficante enquanto diretor”, disse Adelino Azevedo. Com o orçamento interno, a escola determinou ca-nalizar as verbas para a compra das cadeiras e, com isso, “garantir a alegria e uma melhor adaptação ao contexto escolar” de duas crianças. As duas cadei-ras de rodas elétricas custaram 1800 euros cada. Esta iniciativa pioneira foi aplaudida por professo-res, pais, funcionários e alunos.

Um gesto, doissorrisos de gratidão

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012 7

Considera-se um jovem no seio dos bispos portugueses?Em Portugal e na maior

parte dos países, os bispos são por norma bastante ido-sos. Eu tenho 59 anos e no meio do grupo talvez me sinta ainda um jovem, não tanto pela idade, mas mais pela disponibilidade, pela disposição, pela maneira de estar na vida. Sempre em comunhão com todos, mas com uma visão das coisas que não tem que estar de-masiado rígida.

O que já fez depois de tomar posse no domingo?Estou a arrumar o quar-

to que vou habitar e o escri-tório onde vou trabalhar. Já recebi alguns sacerdotes e alguns leigos, mas tenho es-tado sobretudo a pôr as coi-sas em ordem.

O que é que essas visitam lhe trouxeram? Problemas?Os problemas muitas ve-

zes são aquilo que a gente quer que sejam. A diocese de Lamego tem vários pro-blemas, mas, como todas as dioceses, tem a questão do envelhecimento de gente que vive hoje isolada. Estas situações que se vivem no interior pagam-se caro na vida real das pessoas, cria-se um grande desequilíbrio entre as gerações. Hoje, no-meadamente a juventude, para ter condições de vida minimamente aceitáveis, tem que se deslocar para o litoral.

O interior do país está amea-çado?Dói-me a alma quando

olho para o interior do país, nomeadamente para algu-

mas regiões que conheço, onde há paróquias enterra-das nas colinas com 50 pes-soas idosas, duas ou três crianças que vão para a es-cola de madrugada de auto-carro e regressam de noite, e um ou dois jovens que segu-ramente não vão lá ficar. A minha impressão é que tudo isso morre a pouco e pouco.

Consegue traçar um cenário para estas zonas do interior a médio prazo?Penso que o país ficará

empobrecido se essa gente desaparecer e se essa paisa-gem belíssima ficar ao aban-dono.

Quando recebeu a comuni-cação de que ia ser Bispo de Lamego, qual foi a primeira coisa que lhe veio à cabeça?Não me lembro. Sempre

disse que não tinha prefe-rências, para onde precisas-sem de mim estava dispo-nível.

De Novembro até domingo teve oportunidade de se in-teirar da realidade da diocese com mais pormenor?Não. Não quis saber an-

tes de entrar e penso até que seja um ponto positivo. Apenas recolhi elementos comuns.

Como o facto de Lamego ser a única diocese do país que não é sede de distrito?Também isso não me pre-

ocupa. Apenas me preocu-pam as pessoas. Eu irei ao encontro das pessoas desta diocese estejam elas onde estiverem, para saber quais são os seus problemas, os seus sonhos, as suas alegrias e as suas dores, para que to-

dos saibamos o que se passa na diocese e não apenas eu. Todos temos que acudir.

Passou-lhe pela cabeça que iria assumir funções numa diocese tradicionalmente vista como conservadora?Eu nunca levo a sério es-

sas etiquetas preconceituo-sas. Já vi muita realidade que era tida como conservadora e na verdade verifiquei que não tinha nada a ver com isso, como já vi muitas ou-tras tidas como muito avan-çadas e verifica-se que não é assim. Prefiro primeiro ver, analisar e depois concluir.

Sendo apelidado de homem sem preconceitos admite mudar o sentido das coisas para acabar com esse eventual preconceito?Não trago nenhum pre-

conceito sobre Lamego, tra-go ideias claras, cabeça lim-pa e o que tenho pela frente são as pessoas humanamen-te iguais às de Braga, às do Porto, às de Lisboa, às da Ásia ou às de África. Eu já andei pelo mundo e fica evidente que as pessoas são diferentes em termos de línguas faladas, em termos de culturas, mas em inteli-gência e coração são iguais em todo o lado, ainda que possam pensar de forma di-ferente. O ambiente acaba por moldar a nossa perso-nalidade.

Por exemplo, em termos de vocações, já que é no semi-nário da Diocese de Lamego onde há mais jovens a seguir a vocação de padre e de onde têm saído mais padres?(Sorrisos) É um chão que

não tem produzido só vinho,

mas também padres, graças a Deus.

Haverá alguma ligação na dio-cese de Lamego entre o facto de ser conservadora e depois a vocação para o sacerdócio es-tar acima da média nacional?Eu não queria fazer essa

leitura.

Mas ela faz-se e vai ter que a encarar.Eu deixo fazer. Essa análi-

se cabe mais à política e aos jornalistas. É no confronto entre estas pessoas reais e o evangelho de Jesus que eu me situo.

“Por nosso supremo poder apostólico (…) te nomeamos bispo de Lamego, com todos os direitos e obrigações”, as-sinalava o texto que deu posse. Quais são as obrigações de um bispo?A primeira obrigação de

um bispo é cuidar do seu re-banho, usando-o como me-

táfora. É o cuidar extremo de todas as pessoas que fazem parte da diocese. Esse é o seu dever, de não descurar nin-guém e levar a essas pessoas o evangelho, conseguindo que se respire uma cultura verdadeiramente cristã, cató-lica e evangélica. Preencher papéis é secundário.

Chega a Lamego determinado em ir ao encontro das pesso-as?É o meu estilo e era o es-

tilo de Jesus. Aprendi isso em áreas missionárias, em que uma simples paróquia é muito maior que uma dio-cese aqui, e o pároco vai às comunidades, não é estar fechado no gabinete, na sa-cristia ou na Sé catedral e as pessoas que venham cá ter comigo. A ideia clássi-ca era de que em qualquer igreja estava o pároco e as pessoas quando tinham ne-cessidade iam lá. Houve um tempo em que o pároco e o

sacristão faziam tudo, não precisavam de leigos, não precisavam de catequistas, não precisavam de acólitos, mas o mundo mudou mui-to, mesmo que as pessoas não se tenham apercebi-do. Hoje os leigos já fazem muitas coisas e quero que façam mais, que assumam a sua vocação cristã e missio-nária e vão também ao en-contro dos outros. Hoje há muito mundo que segue ou-tras estradas e é óbvio que se impõe que cada cristão saiba sair de si, a começar pelo bispo.

Essa cultura nova é a prática da Igreja Católica no país ou ainda alinha muito pela linha clássica?Estamos a meio do cami-

nho. Ainda temos padres clássicos, porque foi o espi-rito em que foram formados. Temos o clero muito idoso, padres com 70/80 anos, for-mado não para ir ao encon-

Entrevista ∑ Emília Amaralfoto ∑ Nuno André Ferreira à conversa“É necessário que os bispos,os padres e os leigos percebam que têm que ir ao encontro das pessoas”

António Couto, de 59 anos, é natural de Vila do Bispo, concelho de Marco de Canaveses, distrito e diocese do Porto. Tomou posse como Bispo de Lamego no passado domingo. Entrou no Seminário de Tomar em 1963 e recebeu ordenação sacerdotal em 1980. Missio-nário, com continentes como África e Ásia sempre presentes no seu discurso, tornou-se o terceiro bispo residencial mais jovem nas dioceses portuguesas, deixando no domingo a Arquidiocese de Braga, na qual era auxiliar desde 2007. Sorridente e bem disposto, não hesita em falar sobre todos os temas da atualidade dentro e fora da Igreja Católica.

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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tro das pessoas, mas para as acolher. Hoje, estamos num tempo novo em que as pes-soas não sabem quem é o pa-dre ou o bispo. E este estilo novo é o estilo genuíno do evangelho.

Então alterou-se a determina-da altura?Alterou, porque as pesso-

as nasciam cristãs católicas sem nunca terem tomado bem consciência disso. Era a cultura da própria famí-lia. Estamos num mundo completamente diferente e é de facto necessário que os bispos, os padres e os leigos percebam que têm que ir ao encontro das pessoas. Perce-ber que ser cristão não é só no edifício Igreja, mas tam-bém no hospital, nas escolas, em todos os lugares.

Disse à agência Lusa que a igre-ja prega o evangelho de uma forma “chata”. Essa realidade ajudou a afastar as pessoas da

igreja no sentido de participa-rem na missa tradicional?Não foi esse o principal

motivo, mas certamente contribuiu.

Quais são os outros motivos?O motivo de fundo é a ara-

gem cultural que se respira num tempo em que se caiu num grande individualis-mo, em que a família prati-camente se desfez. Tudo que é instituição, está em baixa e quando as instituições es-tão em baixa, temos que re-correr ao que é de fundo, e de fundo é a pessoa e a sua sensibilidade. Isto requer uma relação personalizada, dado que neste momento as grandes instituições não têm credibilidade.

Porque é que a perderam?Porque estamos já num

mundo pós-moderno. Cada um por si. O mundo moder-no foi o tempo dos grandes discursos, em que as pesso-

as se juntavam todas para ouvir o padre. A política ti-nha as grandes manifesta-ções públicas e procissões de soldados em que toda a gente ouvia e tinha que ou-vir, isso esboroou-se quer em termos políticos, quer em termos religiosos, hoje fazer um discurso é ver as pessoas irem-se emboras. É necessária uma abordagem muito personalizada a cada pessoa, de preferência pelo nome em que ela sinta que estamos lá para falar espe-cificamente com ela.

É um momento perigoso para a sociedade?Altamente perigoso. É

preciso levar outra vez ao coração das pessoas e à inti-midade algum novo segredo. Ganhamos todos em perce-ber que tenho uma relação de humanidade com todas as pessoas em que eu amo, tu amas, nós amamos. Aqui nascerá uma nova socieda-

de, não é só uma nova comu-nidade eclesial. De onde é que vem este clima de des-confiança que hoje existe? Foi criado.

Como é que se luta contra isso?Não é com armas nem

com discursos, é com apro-ximação que se começa a criar um mundo novo.

Este aproximar das pessoas leva-nos uma realidade que tem chocado o país, o aban-dono dos idosos ao ponto de aparecerem mortos em casa. Que comentário lhe merece isto?É isso. É fundamental ir

ao encontro das pessoas e ver como vivem.

Disse no domingo que vai fazer um exame exaustivo da diocese? Quer concretizar?Vou-me servir de um

exemplo. Onde eu vi as coi-sas mais belas da minha vida

nesse sentido foi em pleno coração da África negra, no norte de Moçambique, em 1995, numa paróquia cha-mada Macumbia. Fui lá na noite de Natal celebrar a eucaristia (Missa do Galo) e veio gente de todo o lado. Tudo a cantar e tudo cheio de fome. No final da cele-bração começaram a vir ter connosco grupos, um deles intitulado grupo da caridade que puxou de uma folha lon-ga que tinha continuidade noutras, abriu-a e disse: “se-nhor padre, estes são os do-entes da nossa comunidade, tem aqui os nomes e os luga-res à frente”. Eu olhei, fiquei calado e eles continuaram:

“não fique preocupado que nós vamos lá todos os dias”. E puxaram de outra folha de pessoas que viviam so-zinhas com os lugares onde elas estavam. É isto que eu quero e penso que é possí-vel realizar nas nossas co-munidades e é isto também que pode dar uma vida nova às comunidades. Quando as pessoas perceberem que ser cristão é também saber ir ao encontro dos outros para fa-zer o que for necessário, es-tes casos serão ultrapassado. A política pode não se inte-ressar muito por isso, mas nós temos que nos interes-sar. Isto pode também dar uma nova maneira de ser à nossa Igreja envelhecida e às vezes desmotivada.

Acredita no rumo que o país está a levar?Estamos todos de pé atrás

a desconfiar. Sabemos que há uns tantos senhores que vão fazendo umas reuniões e vão dizendo que as coisas vão andando ainda que com dificuldade, mas acho que temos que ser todos muito mais transparentes. E ain-da há muita palavra que não é dita. As pessoas estão desconfiadas exatamente porque não somos trans-parentes. Não quero entrar na área política, mas penso que ganharíamos em dizer que somos todos pessoas humanas, temos as nossas fragilidades, vamos pegar nesta realidade difícil e fa-zer o que pudermos em que cada um tem que dar o seu contributo.

A austeridade que está a ser aplicada no país vai pôr em causa as políticas sociais?Seguramente. A área so-

cial é delicadíssima também pelo envelhecimento da so-ciedade. Essa franja eleva-

da e o problema do desem-prego nos jovens, fará pro-vavelmente que venham a acontecer problemas ainda mais sérios. Se a igreja não estivesse presente através dos lares e das misericór-dias como estaria Portugal? A impressão que dá é que, em termos políticos, se diz: a Igreja tem os seus meios e que se desenrasque. Mas nós não estamos em condi-ções de fazer face a esta ava-lanche que vai cair sobre o país em termos de pobreza.

Os portugueses estarão no seu limite de resistência e a instabilidade pode surgir em breve? Tenho receio, mas tam-

bém tenho esperança. Não é com muitos apoios vindos não sei de onde que se vai resolver isto. A nossa pala-vra, a nossa ousadia, a nossa criatividade e a nossa ma-neira de estar com as pes-soas pode levantar uma so-ciedade. Uma crise como estamos a atravessar não é simplesmente uma crise de bolso. Não basta meter a mão ao bolso e tirar umas notas, isso não resolve pro-blema nenhum. Também não é meter a mão, mas to-car nas franjas do coração da cada pessoa.

A d e m o c r a c i a e s t á ameaçada?A democracia verdadeira

leal é sempre uma maneira correta de viver, mas quando as pessoas se apercebem que há mentiras, passam a viver de pé atrás e isso desmotiva, não vão colaborar quando são chamadas a apoiar. Te-mos de criar outra vez pes-soas honestas, com sonhos, com esperança e estarmos perto uns dos outros. É pre-ciso outra terapia muito mais profunda e essa não estou a ver movimentar-se, estou a ver tudo só com números e assim não vejo que vamos conseguir ir muito longe.

Porque resolveu criar um blog na internet onde partilha todas as suas mensagens, quando defende tanto o contacto pessoa a pessoa?A internet também é im-

portante. Já se aproxima de um milhão o número de pes-soas que têm passado pelos meus textos. É uma maneira [de comunicar o evangelho], mas continua a ser mais im-portante o contato pessoa a pessoa. A internet é um meio útil, mas o mundo vir-tual não dói nem ama.

D. ANTÓNIO COUTO | À CONVERSAJornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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região

A proposta do Governo para o novo mapa judiciário su-gere a extinção de seis tribu-nais no distrito de Viseu. Os tribunais de Armamar, Cas-tro Daire, Nelas, Oliveira de Frades, Resende e Tabuaço fazem parte do grupo de 47 juízos que o Governo se pro-põe extinguirUma deliberação conhecida na semana passada que está a gerar apreensão junto dos autarcas dos respetivos con-celhos alegando que obri-gará habitantes de várias al-deias a fazer deslocações su-periores a uma hora. À hora do fecho do Jornal do Cen-tro, um presidente de Câ-mara assegurou que os seis autarcas estão a preparar-se para tomar uma posição conjunta no sentido de mos-trar ao Governo que não faz sentido tal restruturação.“Ficará prejudicada a aplica-ção da justiça. Esta comuni-dade também tem o direito a que a justiça seja pronta e disponível”, afirmou à agên-cia Lusa o presidente da Câ-mara de Resende, António Borges (PS).No caso de Resende, a pro-posta sugere que os proces-sos sejam remetidos para o tribunal de Cinfães, a 33 mi-nutos e 24 quilómetros de distância. “Isso é de uma sede do concelho à outra. Mas, por exemplo, de Bar-rô, que é na outra ponta do concelho, podemos falar

em mais 30 minutos, segu-ramente”, afirmou o autarca, lembrando que, além do in-cómodo, esta deslocação re-presenta “custos muito sig-nificativos para as popula-ções”.Para o presidente da Câma-ra de Tabuaço, João Ribei-ro (PS) a proposta “não faz sentido mesmo em termos económicos”, prometendo uma posição firme tanto da autarquia como da Assem-bleia Municipal para evitar que os munícipes do con-celho tenham que passar a deslocar-se ao Tribunal de S. João da Pesqueira.O presidente da Câmara de Castro Daire, Fernando Car-neiro (PS), alertou que o fac-to de as pessoas passarem a ter de se deslocar a S. Pedro do Sul para tratar dos pro-cessos implicaria mais do que os 29 minutos e 25 qui-lómetros previstos na pro-posta do Governo.“Nalguns casos seria 29 mi-nutos, mais 45 minutos. E não há transportes. Como vai ser? As pessoas, que cada vez têm menos dinheiro, vão ter de pagar táxi para ir ao tribunal?”. Surpreendido com a pos-sibilidade de os processos do seu concelho passarem para Vouzela ficou o presi-dente da Câmara de Olivei-ra de Frades, Luís Vasconce-los (PSD).“Até estou sem reação. Isso

é estranhíssimo. Então em Vouzela está tudo a desa-parecer e fica o tribunal?”, questionou.O presidente da Câmara de Armamar, Hernâni Al-meida (PSD), mostrou-se esperançado de que esta seja “mais uma proposta que morre pelo caminho” e prometeu lutar junto dos colegas para que não se con-cretize.Em Nelas a manifestação de protesto não se fez espe-rar. A presidente da Câma-ra, Isaura Pedro (PSD) es-tranhou que “a proposta não tenha sido apresentada ou discutida com as autarquias” e defendeu a “continuidade” do tribunal de Nelas “repu-diando o novo projeto apre-sentado”.“Com cerca de 2000 proces-sos de dependência anuais, o Tribunal de Nelas presta um serviço de reconhecido valor ao concelho e serve uma população de cerca de 16 mil habitantes. Funciona num edifício da autarquia, sem qualquer encargo fi-nanceiro, cuja manutenção é também assegurada pela

Autarcas prometem guerraao encerramento dos tribunaisPosição ∑ Presidentes dos seis concelhos ponderam posição consjunta

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mesma”, argumentou Isau-ra Pedro.

Partidos. O PSD de Resende foi a primeira estrutura par-tidária local a mostrar-se “extremamente preocupa-da” com o possível encer-ramento do tribunal local,

considerando que “os efeitos da concretização da medida seriam devastadores” para o “acesso dos resendenses à justiça em igualdade de cir-cunstâncias”.Enquanto os deputados do PSD eleitos por Viseu ques-tionam a Governo sobre como vão ficar organiza-dos os tribunais no distri-to, através de requerimen-to, Fernando Ruas (PSD), na qualidade de presidente da Associação de Municí-pios Portugueses alertou na quarta-feira que “centralizar tribunais ou outras estrutu-

ras dá resposta a um proble-ma financeiro, mas não a um problema de desenvol-vimento” do país.Ao comentar aos jornalistas o encerramento de vários serviços públicos em con-celhos do interior, Fernando Ruas disse confiar no Gover-no liderado por Passos Coe-lho mas esperar que haja, “a seu tempo, medidas de dis-criminação positiva, que em-purrem e aliciem as pessoas a voltar outra vez para o inte-rior” de Portugal.

Emília Amaral com Lusa

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Jornal do Centro03 | Fevereiro | 201210

REGIÃO | VISEU | SERNANCELHE | TONDELA

Decantar ou não o vinho

Opinião

Esta é uma etapa sobre a qual importa aclarar al-guns aspetos . Os vinhos necessitam de ser decan-tados ou não?

Há algumas décadas atrás, o domínio dos pro-cessos de produção, cla-rificação e estabilização de vinhos ainda não era perfeitamente explorado e aplicado. Deste modo, os acidentes ocorridos nas garrafas eram frequentes e a remoção de partícu-las ai formandas era um imperativo. A decantação tinha e tem como finali-dade arejar, clarificar e remover os depósitos for-mados na garrafa.

Nos dias de hoje, esta operação está apenas cir-cunscrita, em condições normais, a vinhos tintos já com alguns anos. Tal fac-to tem origem na compo-sição e estrutura taníni-ca, nos ácidos e nos com-postos responsáveis pela cor. Estes compostos, com o decorrer dos anos, ten-dem a precipitar-se, for-mando aglomerados que aderem à superfície lateral da garrafa.

Atualmente , e muito por culpa do desenvolvi-mento científico, tecno-lógico e das boas práticas vitivinícolas e enológicas, podemos afirmar sem fe-rir suscetibilidades que, de um modo geral, a de-cantação não acrescenta de forma notória algo a este néctar. Esta possível visão redutora encontra-se devidamente alicerça-da em várias experiências, partilhadas pela maioria dos Escanções e Enólogos. Nesta fase, importa então conhecer as hipotéticas si-tuações que poderão re-dundar numa mais-valia para a prova.

A decantação deverá apenas ser realizada em garrafas que tenham de-pósito, independentemen-te do tipo de vinho e da sua idade.

Nos vinhos tintos novos, esta operação não consti-tui um fator de valoriza-ção e nos velhos a sua exe-cução é promovida no ato , ou com uma antecedên-cia máxima de 1 hora antes da prova. Para melhorar a sua eficácia, as garrafas

são colocadas numa po-sição vertical com 2 dias de antecedência, a fim de auxiliar a produção de um depósito consistente.

Nos vinhos com defei-tos ou aromas desagra-dáveis, a decantação feita com antecedência (1 hora) permite a sua eliminação e enaltece os aromas até à data camuflados.

Para sermos rigorosos podemos também referir que “toda a regra tem ex-ceção ” e “os gostos não se discutem”. Deste modo, e no caso de disporem de 2 garrafas do mesmo vi-nho, experimentem de-cantar um e outro não e verifiquem in loco se no-tam diferenças entre estes, retirando as respetivas conclusões. Procurem re-petir este procedimento o maior número de vezes possível, a fim de melho-rarem a subtileza, a des-treza e o domínio na sua execução.

Assim, importa saber como decantar uma gar-rafa. Esta operação deve ser realizada na presença de uma fonte de luz que poderá variar entre uma vela, um candeeiro móvel ou a favor do sol. A coloca-ção da garrafa numa posi-ção que medeia a fonte de luz e os nossos olhos per-mite visualizar com niti-dez o depósito ai existen-te e, em simultâneo, o iní-cio do desprendimento de partículas. Apoiado o gar-galo da garrafa no decan-ter, que se encontra numa posição inclinada, o vinho começa a escorrer ao lon-go da sua superfície inte-rior, até ao momento da li-bertação dos fragmentos. No entanto, se o objetivo único é o arejamento, o decanter passa a assumir uma posição vertical para promover a libertação ati-va dos aromas. Finda esta tarefa há que dar início à apreciação destes nécta-res, cada vez mais abun-dantes e melhores.

Boas provas com ou sem decantações.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

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NºInv. Total

Mil €Nº

Inv. Total Mil €

Despesa Pública Mil

€Nº

Inv. Total Mil €

Despesa Pública Mil

3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola

1ºConcurso

2 250

3.1.2 - Criação e Desenvolvimento de Microempresas

1ºConcurso

29 4.594 18 2.646 1.497 18 2.646 1.497

46

3.1.3 - Desenvolvimento de Actividades Turísticas e de Lazer

1ºConcurso

2 531

33 5.375 18 2.646 1.497 18 2.646 1.49746

3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural

1ºConcurso

9 890 3 296 178 3 296 178

0

3.2.2 - Serviços Básicos para a População Rural

1ºConcurso

14 2.195 3 402 260 3 402 260

6

23 3.086 6 699 438 6 699 4386

56 8.460 24 3.345 1.935 24 3.345 1.935 52

TOTAL Medida 3.2

TOTAL Subprograma 3

TOTAL Medida 3.1

GAL: ADD

Acção PRODER Concurso

Total de Candidaturas

Entradas (1)

N.º postos de trabalho previstos projectos aprovados

Candidaturas ContratadasCandidaturas Aprovadas (com

dotação financeira)

Candidaturas Apoiadas

Concursos 2009

Concursos 2010 /2011

NºInv. Total

Mil €Nº

Inv. Total Mil €

Despesa Pública Mil

€Nº

Inv. Total Mil €

Despesa Pública Mil

3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola

2ºConcurso

2 149 1 82 41 1 82 41

1

3.1.2 - Criação e Desenvolvimento de Microempresas

2ºConcurso

31 3.552 14 1.377 794 14 1.377 794

28

3.1.3 - Desenvolvimento de Actividades Turísticas e de Lazer

2ºConcurso

12 2.295 7 1.256 694 8 1.256 694

1145 5.997 22 2.715 1.529 23 2.715 1.529 40

3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural

2ºConcurso

16 1.274 11 796 478 11 797 478

2

3.2.2 - Serviços Básicos para a População Rural

2ºConcurso

24 2.640 22 1.724 1.293 22 1.724 1.293

6640 3.914 33 2.520 1.770 33 2.521 1.771 68

85 9.911 55 5.235 3.299 56 5.236 3.300 108

N.º postos de trabalho previstos projectos aprovados

Candidaturas Contratadas

Acção PRODER Concurso

Candidaturas Aprovadas (com dotação financeira)

Total de Candidaturas

Entradas (1)

TOTAL Subprograma 3

TOTAL Medida 3.2

TOTAL Medida 3.1

141 18 371 79 8.580 5.234 80 8.581 5.235 160

O GAL ADD, com sede em Penalva do Castelo apoiou, entre 2009 e 2011, um total de 80 pedidos de financiamento, num montante de investimento de 8,5 milhões de euros, com um apoio público de 5,2 milhões de euros. Este investimento permitirá criar cerca de 160 postos de trabalho. A área de intervenção da ADD - Associação de Desenvolvimento do Dão corresponde aos concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas,

/

TOTAL Subprograma 3

Acumulado

200920102011

�����

Associação de Desenvolvimento do Dão corresponde aos concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão.

PRODER - SUBPROGRAMA 3

MORTOVseu. O corpo de um ho-mem, de 64 anos, desa-parecido há vários dias, foi encontrado no sábado após alerta dos vizinhos. Trata-se de mais uma ví-tima da solidão. Desde o início do ano e até quarta-feira passada, foram encontrados mor-tos em casa 18 idosos.

CRIMESernancelhe. Uma mulher

com 70 anos foi encon-trada morta no domingo, com vários ferimentos, que se suspeita terem sido feitos por um familiar. De acordo com a GNR ajá ha-via antecedentes de desa-venças familiares.A septuagenária foi as-sassinada com uma pan-cada na cabeça, alegada-mente com uma cadeira.

EXPLOSIVOTondela. A GNR encon-

trou um engenho explo-sivo no aterro sanitário do Borralhal, em Campo de Besteiros, concelho de Tondela. Tratava-se de uma granada de ins-trução de origem fran-cesa.Sem perigo de ser des-poletado, o engenho foi colhido e removido do aterro pela Equipa de Inactivação de Enge-nhos Explosivos do Co-mando Territorial de Viseu.

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 201212

TONDELA | VISEU | REGIÃO

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A Câmara Municipal de Tondela está a reabi-litar todas as infraestru-turas das antigas esta-ções, cais e instalações sanitárias da Ecopista existentes no território do concelho.

Ao todo serão recu-peradas quatro das 10 antigas estações da Li-nha do Dão e os cais (Tonda, Parada de Gon-ta, Tondela, Sabugosa), três apeadeiros (Porto da Lage, Naia, Casal do Rei), uma ponte e o tú-nel da Póvoa da Catari-na, ao longo de 19 qui-lómetros de via, agora transformada em eco-pista. Um investimento de 157 mil euros, com-participados a fundo perdido em cerca de 100 mil euros, através de uma candidatura apre-

sentada pela Associa-ção de Desenvolvimen-to Local ADICES.

“Na Ecopista do Dão, para além de se aprovei-tar integralmente a pla-taforma do antigo ramal ferroviário, pretende-se a requalificação e reva-lorização ambiental de estações e envolventes”, reforçou o vice-presi-dente da Câmara, José António Jesus.

O autarca acrescentou que a ideia é reabilitar os edifícios procuran-do “manter a traça ori-ginal” para assegurar que se “preserva a me-mória” do ramal, mas com um objetivo mui-to concreto: “servir de apoio à ciclovia” é, no-meadamente as esta-ções, para “acolhimen-to de instituições ou as-

sociações promotoras de serviços culturais ou desportivos”.

Para o presidente da autarquia, Carlos Mar-ta é “um trabalho meri-tório” em que a Câma-ra está a “correr riscos” face ao ano “imprevi-sível” de 2012, mas “ti-nha que o fazer” para a concretização e a rea-lização de projectos de 2011 e para que o conce-lho “mantenha o ritmo de crescimento”.

“É u m a verdadei-ra revolução depois do que fizemos juntamen-te com Viseu e Santa Comba na ecopista do Dão que está ao serviço das populações”, consi-derou o autarca.

Emília [email protected]

Câmara de Tondela faz do velho novoEcopista∑ Autarquia investe mais de 157 mil euros na recuperação dos antigos equipamentos da linha do Dão

A Cais da estação de Tondela é um dos exemplos de recuperação

Os vereadores do PS na Câmara de Viseu mostraram-se confian-tes na vitória do seu par-tido nas próximas elei-ções autárquicas, apro-veitando a “janela de oportunidade” criada pela saída do atual pre-sidente, Fernando Ruas (PSD), devido à lei de li-mitação de mandatos.“É uma janela de opor-

tunidade que temos. Não

podemos escamotear que o dr. Ruas é uma pessoa com um carisma marcante, uma figura incontornável de Viseu, com mais de 20 anos de mandato autárquico. Só que a partir do final deste mandato já cá não está”, afirmou em con-ferência de imprensa o vereador Fernando Be-xiga.

A conferência de im-

prensa serviu para apre-sentar o novo vereador, o luso-descendente e professor do Instituto Piaget Carlos Martins, que tomou posse na pas-sada quinta-feira, na se-quência da renúncia de João Duarte Cruz.

Nas autárquicas de 2009, o PSD conseguiu sete mandatos e o PS dois para a Câmara de Viseu. EA/Lusa

Vereadores do PS Viseuconfiantes para as autárquicas

Emíli

a A

mar

al

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012 13

educação&ciência

Os animadores sociocul-turais da Câmara de Nelas arrancaram na terça-fei-ra com a apresentação da peça “Dom Quixote e San-cho Pança”, no Cineteatro Municipal.

Realizada e apresentada pelos próprios animadores da autarquia, o espetáculo resulta de uma adaptação do livro “O Meu Primeiro Dom Quixote”, traduzido por Alice Vieira, obra reco-mendada pelo Plano Nacio-nal de Leitura, que ilustra para os mais novos as aven-turas do cavaleiro Dom

Quixote de La Mancha.“Desenvolver a criati-

vidade e imaginação das crianças, o gosto pelas ar-tes cénicas e sensibilizá-las para uma maior cons-ciencialização literária/cultural são os objetivos base desta atividade”, re-fere a autarquia em comu-nicado.

A iniciativa vai prolon-gar-se até Junho (final do ano letivo) e destina-se às 820 crianças que frequen-tam os Jardins de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho. EA

“Dom Quixote e Sancho Pança” nas escolas de Nelas

Aumentar o número de portugueses a falar espa-nhol e o número de espa-nhóis a falar português, é o grande objetivo do pro-jeto de cooperação trans-fronteiriça FIAVAL. A formação de docentes, a inovação e utilização de aulas virtuais como forma de aproximação linguísti-ca e cultural entre profes-sores e alunos de Portugal e Espanha, são outras am-bições do FIAVAL.

Neste sentido, os par-ceiros espanhóis visita-ram Portugal, durante 4 dias. A receção do grupo realizou-se no Agrupa-mento de Escolas de Sil-gueiros. Em harmonia, degustaram-se pratos gastronómicos típicos da zona beirã que fizeram as delícias de “nuestros her-manos”. No Agrupamen-to de Silgueiros a turma

participante é a do 7º B, com vinte alunos, sob a coordenação da docente de Espanhol, Ana Roma. Os alunos têm utilizado plataformas virtuais para comunicarem e já conhe-cem os seus parceiros de

Salamanca, de Juan Jaén, com os quais têm dado a conhecer o meio sócio - cultural onde estão inse-ridos com a realização de diversos tipos de traba-lhos que visam envolver também a comunidade.

A visita portuguesa será retribuída, entre os dias 27 de fevereiro e 2 de março.

Na região centro o pro-jeto FIAVAL envolve 10 escolas.

Tiago Virgílio Pereira

Agrupamento de Silgueiros acolhe espanhóis FIAVAL ∑ Aumentar o número de portugueses a falar espanhol é objetivo do projeto

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A Turma parceira, do 7º B, do Agrupamento de Escolas de Silgueiros

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A C â m a r a d e Mangualde lançou um concurso para alunos do 3º Ciclo do Ensino Bási-co do concelho destina-do à criação do logótipo do Plano Municipal para a Igualdade.

As propostas deverão ser entregues até 2 de

Março. Os interessados poderão concorrer de forma individual ou em equipa. As propostas de-verão apresentar carac-terísticas que ref litam e promovam a igualda-de entre homens e mu-lheres no concelho de Mangualde.

Câmara de Mangualde lança desafio aos alunos

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 201214

economia

A Loja do Cidadão de Viseu vai dispor de um Bal-cão do Empreendedor. Será o terceiro serviço do género a abrir no país depois Aveiro e Setúbal.

O objetivo deste serviço é criar um ponto único de con-tacto entre as empresas, a ad-

ministração central e local para tratamento de assuntos relativos à sua atividade.

Além do serviço presen-cial, o Balcão do Empreen-dedor ficará disponível em versão eletrónica, podendo ser acedido através do Portal da Empresa. EA

Balcão doEmpreendedor chega a Viseu

QUEIJO SERRA DAESTRELA EM ALTANA CASA DA ÍNSUA

Na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, está a nascer um jardim temá-tico sobre o Queijo Serra da Estrela.

O projeto inovador nasce de uma parceria coordenada pelo Depar-tamento de Agricultura e Ecologia Sustentável da Escola Superior Agrária de Viseu e pelo paisagis-ta Miguel Thiersonnier, e conta com a colaboração da Visabeira Turismo, Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Ci-dadão Deficiente Men-tal (APPACDM), Direção Regional de Agricultu-ra e Pescas do Centro (DRAPC) e Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Es-trela (ANCOSE).

O jardim temático, com uma vocação técni-co-científica, pedagógi-ca, ecologista e paisagis-ta, traduz-se na criação de dois espaços distintos, ambos contíguos à quei-jaria da Casa da Ínsua. Num primeiro espaço (450 metros quadrados), foram plantadas, cerca de 200 plantas de cardo se-lecionadas de 12 proveni-ências da própria região demarcada, que garanti-rão à Casa da Ínsua a au-tossuficiência no que diz respeito às necessidades de flor de cardo para a sua produção exclusiva de queijo serra da Estrela. No futuro, este jardim será também utilizado para es-tudos em desenvolvimen-to pelos grupos científicos da Universidade Católica/Viseu, do Centro de Neu-rociências da Universida-de de Coimbra, e da pró-pria ESAV.

No segundo espaço será criado um jardim temático que pretende retratar o espaço natu-ral das paisagens da Ser-ra da Estrela, Ínsua.

ENERVIDA junta energias renováveis e sustentabilidade

O presidente da Associa-ção Empresarial da Região de Viseu (AIRV), João Cot-ta considera que a edição deste ano da ENERVIDA vai ser mais “abrangente” já que, pela primeira vez, “ao tema das energias reno-váveis junta-se o tema da sustentabilidade nas suas diversas perspetivas”.

A mostra das energias renováveis ENERVIDA, composta por um espaço de exposição e uma série de conferências e ativida-des paralelas, arranca na próxima quinta-feira, dia 9. Ao longo de quatro dias, no pavilhão Multiusos em Viseu vão reunir-se em-

presários, investigadores, especialistas, técnicos e es-tudantes para aprofundar “questões fundamen-tais” relacionadas com as energias renováveis, a eficiência energética, sustentabilidade, ambien-te e as tecnologias

“A ENERVIDA será um ponto de encontro privi-legiado entre diferentes atores do setor”, acrescen-ta João Cotta. O dirigente acredita que a evolução para o tema da sustentabilidade vai levar mais gente à mos-tra por se tornar “mais atra-tiva”.

Este evento assume-se como um dos projetos ân-

cora da estratégia mais abrangente preconizada pela Rede Urbana para a Competitividade e Inova-ção /Dão Lafões, “fomen-tando e atraindo atividades económicas geradoras de riqueza e criadoras de em-

prego qualificado”, desta-ca.

Conferências. Do ciclo de conferências seleciona-das para a edição de 2012 João Cotta destaca uma iniciativa organizada pela

Câmara de Viseu sobre sustentabilidade urbana, a par de um conjunto de mais de uma dezena de encon-tros.

Destaque igualmente para apresentação do “Bio-REFINA-TER” - projeto inovador de transforma-ção da vegetação espontâ-nea da floresta em biocom-bustíveis lenho-celulósi-cos, com pré-aprovação na União Europeia e declara-ção de interesse nacional emitida pela Secretaria de Estado da Energia, no dia 12, às 15hoo.

Emília [email protected]

Data∑ A segunda edição da mostra das energias renováveis decorre de 9 a 12 deste mês no Multiusos de Viseu

A A edição deste ano antevê-se mais “atrativa”

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15Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

VISEU É UMA DAS CIDA-DES QUE CONTA AGORACOM A VIKMOTORS

É uma Companhia inter-nacional, há mais de 25 anos no mercado, que opera no setor de garantias automó-vel e serviços.

A Companhia é especiali-zada em extensão de garan-tia de automóveis novos e na garantia a automóveis usa-dos, e assume que a sua mis-são consiste “em proporcio-nar soluções à medida das necessidades dos clientes”, seja a particulares, empre-sas, comércio automóvel e concessionários.

Seja novo ou usado a Vik-motors garante total cober-tura às avarias do seu auto-móvel.

A sua atuação, baseia-se num conceito que vai para além da tradicional garan-tia que as marcas conce-dem às suas viaturas, novas ou usadas, e que o consumi-dor pode assim ver prolon-gada no tempo, mesmo que a garantia de fábrica tenha expirado.

A Companhia, que em Viseu está instalada na Rua Estêvão Lopes Morago, em Marzovelos, garante que, mediante o serviço contra-tado, as suas garantias “co-brem problemas do Grupo Mecânico, Grupo Elétrico e Grupo Eletrónico, e incluem reparação e substituição de peças, mão de obra e impos-tos, que sejam necessários para o funcionamento cor-reto do veículo” no período contratualizado.Publicidade

Lugar do Seixal . Teivas . 3500-883 Viseu

Telef 232 468 253 . Telm 917 526 798 . Fax 232 468 211 . mail: [email protected]

• Mecânica• Bate-chapa

• Pintura• Ar condicionado

Litocar celebra dia com ofertas especiais

A A Litocar é o distribuidor Renault para a região centro

A Litocar, distribui-dor Renault para a re-gião centro, comemora amanhã o “Dia Litocar”. Como tem vindo a ser hábito, o dia é dedicado aos clientes e à presta-ção dos melhores servi-ços nas viaturas.

A sexta edição apre-senta algumas novida-des em relação às edições anteriores. Para além do diagnóstico gratuito, a Li-tocar oferece a lavagem exterior às viaturas Re-nault. Os dez primeiros clientes, de cada um dos oito estabelecimentos si-tuados no centro do país, irão receber um vale de 100 euros para utilizar na próxima revisão.

Nos diagnósticos, se-rão verificados 56 pon-tos vitais do automóvel, incluindo os principais aspetos ligados ao bom funcionamento do mo-tor, como o nível do óleo e o estado da bateria as-sim como os pontos liga-dos ao sistema de ilumi-nação e conservação dos pneus. Para além da ins-peção-geral exterior de toda a viatura, o diagnós-tico inclui ainda a verifi-cação dos dispositivos de segurança. Assim, o esta-do dos cintos de seguran-ça será igualmente uma preocupação.

Todos os clientes que se associarem à iniciativa poderão beneficiar, até

final de abril, de um des-conto até 30 por cento em peças genuínas Renault, que poderão substituir como resultado do diag-nóstico efetuado.

As surpresas no “Dia Litocar” estendem-se à compra de veículos. Na compra de um veículo novo da marca Renault, a Litocar oferece um sis-tema de localização GPS Localeasy. Para quem op-tar por adquirir um usa-do, a Litocar oferece a manutenção programa-da durante 24 meses ou quando atingir os 100 mil quilómetros.

O dia é extensível às outras marcas do grupo, a Honda e a Nissan.

6ª edição∑ Oferta da lavagem exterior às viaturas é novidade

Um território “insuportável”

Clareza no Pensamento

Os resultados dos Cen-sos 2011 mostram um cres-cimento da população re-sidente no Continente por-tuguês de cerca de 178 mil habitantes, ou seja, mais 1,8% que em 2001. No entan-to, como é sabido, esta dinâ-mica está longe de ser ho-mogénea em todo o territó-rio. Nos Distritos do Interior a população diminuiu mais de 100 mil pessoas, menos 6,3%, enquanto no Litoral o número de residentes qua-se aumentou 280 milhares, mais 3,4%. Por outro lado, de um modo geral, a popula-ção aumentou mais signifi-cativamente nos concelhos sede de capitais de Distrito (com algumas exceções) e nas grandes aglomerações urbanas próximas de Lis-boa e Porto. Viseu é um bom exemplo encontrando-se no top 5 do crescimento demográfico das capitais de distrito.

Em consequência desta evolução demográfica da última década (que não di-fere das anteriores, no sen-tido em que ocorreu), em cerca de dois terços do ter-ritório do Interior vive ape-nas um quarto da população do Continente. A esmaga-dora maioria “acomoda-se” numa estreita faixa do Lito-ral. É caso para perguntar se nos chega, enquanto povo, esta pequena língua de ter-ra e se o restante, todo o In-terior, não se estará a tornar num território insuportável, em que cada vez menos por-tugueses querem cá viver.

Por que está o Interior a tornar-se “insuportável” para os portugueses vive-

rem? Porque na estreita fai-xa do Litoral concentram-se 80% dos empregos e 85% da riqueza criada e esta con-centração tem vindo a au-mentar. Por outro lado, a crescente atração exercida pelas cidades junto das pes-soas e das atividades econó-micas vai continuar e deixa a nu a fraca capacidade das cidades do Interior (como já está a acontecer) para com-petirem com as do litoral.

Mas, mesmo os “bons exemplos”, como é o caso do concelho de Viseu, não nos devem descansar. De facto, em regra, as fregue-sias mais afastadas da cida-de perderam população e as mais próximas ganharam. De registar, por outro lado, o caso das freguesias de S. José e Stª Maria, no cora-ção da cidade, terem perdi-do população. Alem disso, é preocupante que o conce-lho de Viseu seja o único a ganhar população quando todos à sua volta estão mais pequenos.

Por outro lado, os Censos mostram-nos que estes mo-vimentos de ganhos e perdas de habitantes pelos diferen-tes territórios são acompa-nhados por duas particu-laridades importantes: os territórios que perdem po-pulação perdem igualmen-te nos estratos sociais mais jovens e são igualmente perdedores no que respeita ao peso da população com níveis de escolaridade mais elevados. Uma tripla perda.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Alfredo SimõesDocente na Escola Superior de

Tecnologia de [email protected]

16 Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

desporto

A João Paulo foi um dos melhores em campo, e marcou o segundo golo do Académico de Viseu

III Divisão - Série C

Académico de volta ao topoLíder isolado ∑ Vencer o Avanca (2-1) e aproveitar empate no Nogueirense - Penalva (0-0)

É a c a n d e i a d o Académico de Viseu que volta a alumiar na frente da série C da III Divisão Nacional de futebol.

A formação viseen-se está de novo no topo da classificação. Chegou lá depois de um triunfo que teve tanto de justo como de sofrido, frente ao Avanca.

Não foi um grande jogo, ao contrário do que seria expectável face às duas equipas em campo. Duas formações com as-pirações de subida mas em que apenas uma, o Académico, se preocu-pou em jogar e ganhar a

partida. O Avanca foi uma de-

silusão. Se quer ser can-didato, tem que mostrar bem mais do que aquilo que exibiu em Viseu.

Depois de uma pri-meira parte sem gran-des lances junto às bali-zas, no segundo tempo o Académico de Viseu justificou plenamente o triunfo.

Correu, e muito, lutou por todas as bolas, e foi a única equipa que con-seguiu construir jogadas com algum perigo.

Curiosamente foi o Avanca a adiantar-se no marcador mas com um

golo, como se diz “caído do céu aos trambolhões”. Um bola despejada para área, atrapalhação entre Nuno Oliveira e Tiago e a bola a ficar a saltitar na frente do avançado do Avanca que se limitou a empurrá-la para as re-des.

Com cerca de meia hora ainda para jogar, Lima Pereira lançou Doum-bouya no jogo e acertou em cheio. O ponta de lan-ça academista acabaria por marcar um excelen-te golo de cabeça, fazen-do a equipa acreditar que era possível chegar à vi-tória. O que acabaria por

acontecer, já perto do fi-nal. Um livre do lado es-querdo do ataque, a casti-gar falta sobre Luisinho, foi batido por João Paulo. Bola ao segundo poste e a entrar direta na baliza, batendo o guardião ad-versário que ficou na ex-pectativa de ver Doum-bouya fazer o desvio.

Justiça no marcador com o Académico a al-cançar um resultado que lhe permitiu voltar ao topo da classificação, beneficiando da igualda-de entre Nogueirense e Penalva do Castelo.

Gil Peres

Gil

Pere

s

AGENDA FIM-DE-SEMANAFUTEBOL

II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

17ª jornada - 05 Fev - 15h00

Cesarense - Vila Real

Grijó - Rebordosa

Sp. Mêda - Sousense

Infesta - Alpendorada

Serzedelo - Vila Meã

Sp. Lamego - Leça

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

18ª jornada - 05 Fev - 15h00

S. J. Ver - Padroense

Aliados Lordelo - Amarante

Tondela - Cinfães

Gondomar - Oliv. Bairro

Coimbrões - Boavista

Sp. Espinho - Madalena

Angrense - Anadia

Operário - Paredes

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17ª jornada - 05 Fev - 15h00

Lageosa Dão - Castro Daire

Arguedeira - Fornelos

Sátão - Paivense

GD Parada - Mortágua

Vale de Açores - Alvite

Lusitano - Silgueiros

Viseu Benfica - Molelos

Lamelas - Tarouquense

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA

17ª jornada - 05 Fev - 15h00

Avanca - Bustelo

Valecambrense - Ac. Viseu

Sampedrense - Nogueirense

Sanjoanense - C. Senhorim

Oliv. Hospital - Alba

Penalva Castelo - Oliv. Frades

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay A AFV está a organi-

zar encontros de futebol para crianças. O pirmei-ro foi em Santa Comba Dão para “traquinas-sub9”. Mais de centena e meia de crianças a pisar um dos melhores palcos desportivos do distrito, com os melhores árbi-tros e uma organização à altura. O desenvolvi-mento pessoal e despor-tivo faz-se assim: dar o melhor às nossas crian-ças. Este fim de semana é em Castro Daire, para sub6 e sub8.

Cartão FairPlay Isolado na liderança

da classificação. O Ac. Viseu assume-se como o mais forte candidato da série C à subida. No playoff a incerteza au-menta mas a liderança pode e deve ser motivo de união entre clube e cidade. Afinal esse é o objetivo do clube: subir de divisão.

Cartão FairPlay Realizou-se em Vila

Nova de Paiva o 13.º Torneio de natação Afonso Saldanha. Duas centenas de atletas em representação de 16 clubes. Em Maio de-correrá o 14.º encontro, em Vouzela. O distrito proporciona aos jovens a vivência de novas ex-periências e dá-se a co-nhecer. O desporto é muito disto: convívio, competição, memória, conhecer locais.

Visto

Associação de Futebol de ViseuEncontros Futebol para Crianças

FUTEBOLAcadémico de Viseu

NATAÇÃO

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

17

DESPORTO | ENTREVISTA

Em época de quarto aniver-sário, que balanço faz deste primeiros quatro anos. Estão dentro das expectativas?As expectativas são, ha-

bitualmente, sempre maio-res do que aquilo que aca-bamos por conseguir re-alizar. Isso não invalida que hoje o Golfe Clube de Viseu seja um dos maio-res do país. Sem campo, já que jogamos no Montebelo que é da Visabeira, somos eventualmente o maior clube do país. Hoje o Clube de Golfe de Viseu é um clu-be com uma grande dinâ-mica e que tem 368 sócios. Lembro-me que quando começámos fomos 32 só-cios fundadores.

A parceria com o Montebe-lo acaba por ser vital para o funcionamento e o próprio crescimento do clube.É uma parceria a to-

dos os níveis excelente. Usufruímos da qualida-de do campo e contribu-ímos também nós, como jogadores, para a própria melhoria do campo. Con-vém lembrar que o cam-po tem mais de uma déca-da e o clube apenas qua-tro anos, mas que antes existia um outro clube, muito mais abrangente, já que incluía membros

de Coimbra, da Figueira da Foz, jogadores que de-pois, com o aparecimento de campos naquela região, como o caso da Curia, op-taram por organizar pro-vas lá e deixaram de vir com tanta assiduidade ao Montebelo. Chegada a al-tura em que éramos prati-camente só jogadores de Viseu, foi então que deci-dimos criar o clube.

Há quatro anos, na entre-vista que nos concedeu, manifestava desejo de massificar o golfe em Viseu. Conseguiu?Somos hoje um clube

pujante a nível nacional. Já localmente temos sen-tido muitas dificuldades. E porquê? Se na classe aci-ma dos 40 anos consegui-mos cativar muitos joga-dores em Viseu, nas fai-xas etárias mais baixas, em especial nas crianças, não tem sido possível e nós tudo temos feito para o conseguir.

O que tem falhado?Da nossa parte penso

que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Para que tenha uma ideia: fizemos quatro cursos de formação para professo-res de educação física fi-

carem com habilitações e conhecimentos na área do golfe. Cerca de 80 pes-soas. Criámos uma cadei-ra no Instituto Piaget, no curso de educação física, de especialização em gol-fe, o que a nível nacional é único. Contactámos todas as autarquias e o desporto escolar. Criámos um dri-ving range em colaboração com a Visabeira, no Prín-cipe Perfeito, onde colocá-mos ao dispor das escolas, professores, equipamen-to e todo o apoio que fos-se necessário, tudo de for-ma gratuita, e apenas com a condição que as escolas assumissem o transporte das crianças. Era apenas isso. Levarem e irem bus-car os miúdos e deixá-los ao nosso cuidado entre as 17h00 e as 19h00. Apesar de não terem que pagar ri-gorosamente nada, apenas conseguimos cativar três escolas.

Alguma justificação?A resposta foi que não

havia dinheiro para o transporte das crianças. Tem sido assim em Viseu o golfe a nível escolar. Já nos mais velhos, dos 30 aos 40 para cima, todos os dias aparecem novos jo-gadores.

E que vos pareceu a justifi-cação?O dinheiro, ou a falta

dele, não poderá ser sem-pre argumento para tudo. Nós dávamos tudo. Dois professores, duas vezes por semana, duas horas, todo o material à dispo-sição e de forma gratuita. Não nos podem exigir é que também tenhamos so-lução para o problema do transporte. Nós à quarta-feira temos o dia por conta do desporto escolar e ter-mos lá 10 a 12 crianças pa-rece-nos muito pouco.

Pensa que, de alguma for-ma, ainda prevalece algum estigma de desporto “caro e elitista”?Se a ideia é essa, é erra-

da. Nos dias de hoje, um kit completo para nos iniciar-mos no golfe, e não é golfe para crianças, é golfe para iniciação, ficará na ordem dos 300 euros. Há bicicle-tas, por exemplo, que cus-tam muito mais que isso, só para termos uma ideia.

O golfe é uma modalidade de ar livre, e com todos os benefícios associados quer pela prática desportiva em si, quer pelos efeitos positivos na saúde. Só isso não justifica investir algum tempo, e até

dinheiro, na sua prática?Não tenho qualquer dú-

vida sobre isso. Aliás, dou como exemplo os doentes com problemas cardíacos, em que o golfe é uma for-ma de desporto saudável uma vez que os campos proporcionam todas as condições para boas ca-minhadas, com pisos pla-nos, subidas e descidas de vários graus de dificulda-de que respondem a todas as necessidades da prática de atividade física.

Ao nível de provas e tor-neios, em que patamar or-ganizativo está hoje o Clube de Golfe de Viseu?Temos um nível de pro-

vas muito grande. Prati-camente todos os fins de semana há torneios. Aos sábados estamos prati-camente cheios e aos do-mingos vamos este ano ter algo diferente. É algo que vamos experimentar para tentar ter também torneios de golfe aos domingos, em especial durante a manhã, e para pessoas que habi-tualmente jogam menos. Isto porquê? No golfe te-mos níveis de competição. Há os que têm já um nível de jogo elevado e os que estão ainda num patamar de iniciação. Ora, os ini-

ciados jogarem com quem tem nível elevado desmo-raliza, desmotiva, e mui-tas vezes leva os jogado-res a interiorizar que es-tão a ser um estorvo para os companheiros que já jogam melhor. Nós o que procuramos com esta ex-periência dos torneios nas manhãs de domingo, é precisamente permitir que esses jogadores que jogam menos possam ter também competição, e ao mesmo tempo procurar que alguns jogadores que entretanto estarão para-dos, porque não compe-tiam em torneios já com algum nível, possam re-gressar à modalidade.

O que falta a Viseu para que o driving range do Príncipe Perfeito tenha a taxa de ocupação que é habitual em grandes cidades do mundo inteiro?Creio que o único proble-

ma é ser um pouco “desa-brigado”. O local onde os jo-gadores batem as bolas está virado a Norte e tem vento, tem chuva, penso que pas-sará por aí. Vamos fazer es-forços para encontrar uma solução e para que possa-mos dar mais conforto às pessoas, porque em termos de condições temos do que melhor há. Os tapetes são de grande qualidade, a má-quina que coloca as bolas é única em Portugal com tecnologia topo de gama, por isso o desafio passa por ali criar agora condições de conforto condizentes com a qualidade do espaço.

Há um aspeto da vida do clu-be que é incontornável. No último ano viu desaparecer dois dos seus vice-presiden-tes: Carlos Alberto Ferreira e João Vinagre. Eram duas pessoas muito

ligadas ao desporto, e tam-bém por isso com uma vi-são própria sobre a modali-dade. Eram dois campeões. O João Vinagre um cam-peão no jogo em si, o Carlos Alberto um campeão a or-ganizar, a cativar pratican-tes, tanto assim que muitas provas se perderam desde o seu desaparecimento. Duas perdas importantes para to-dos nós.

“Somos hoje um clube pujante a nível nacional”Carlos Tinoco foi reconduzido na presidência do Clube de Gol-fe de Viseu. Na passagem do 4ª aniversário, con-tinua a ter pela frente o desafio da massifica-ção. Vontade e condições não faltam, mas têm esbarrado na falta de receti-vidade à moda-lidade, em es-pecial por parte das escolas.

A Carlos Tinoco, presidente do Clube de Golfe de Viseu

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Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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MODALIDADES | DESPORTO

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Uma vitória frente ao Gu-mirães, por 54 – 40, deixa a ACERT em boa posição para se apurar para a fase final do Campeonato Na-cional de Basquetebol 2 – Zona Centro.

Um jogo muito impor-tante para as duas equipas, numa fase decisiva da pro-va, e quando faltam agora apenas cinco jornadas, e quatro jogos para cumprir.

O Gumirães chegava a Tondela , em segundo lugar na geral, e com um ponto de vantagem sobre a ACERT. Em caso de vitória, ficaria apenas a um ponto do Bu-arcos que está no topo da classificação.

Se era um jogo importan-te para o Gumirães, era mes-mo decisivo para a ACERT. Uma partida, por isso, com elevada carga emocional, que se sentiu bem dentro

das quatro linhas, e até mes-mo nas bancadas.

No jogo, a ACERT aca-bou por ser mais forte, mas beneficiou muito de algu-ma falta de controlo emo-cional de alguns dos jovens jogadores do Gumirães. As faltas técnicas sucederam-se em fases cruciais da par-tida, o que acabou por sem-pre beneficiar a ACERT que se limitou a gerir até ao final dos 32 minutos de jogo.

Venceu por 14 pontos, di-ferença que não espelha o equilíbrio que existe entre as duas formações. Mais virtuosa e aguerrida a for-mação do Gumirães, mais experiente e fria a formação da ACERT.

Faltam quatro jogos para cada equipa, e tudo ain-da pode acontecer, mas a ACERT está em melhor posição.

Voleibol - Liga Inatel Feminina

Valeu pelo segundo “set”

Basquetebol - CNB2 Centro

ACERT derrota Gumirães e abre as portas da qualificação

Ainda não foi desta que a formação do Lusitano al-cançou a sua primeira vi-tória na Liga Feminina de Voleibol do Inatel - 2012.

Apesar da derrota, fren-te ao Gondomar Cultural, as trambelas conseguiram a primeira vitória num “set”, numa altura em que conseguiram igualar em parciais.

O jogo voltou a eviden-ciar algumas das lacu-nas da equipa, em espe-cial nos níveis de concen-tração durante o jogo. Há momentos em que as atle-tas “desligam” e tudo co-meça a correr mal.

Depois do Gondomar, uma equipa jovem, mas que mostrou que joga junta há algum tempo, ter vencido o primeiro “set”, o Lusitano viria a con-seguir o seu melhor mo-

mento no “set” seguinte que venceu, categorica-mente. Bem a servir, a re-ceber, a distribuir e a fi-nalizar. Nos seguintes a equipa esteve ausente do jogo, acabando por perder o jogo por 1 - 3. GP

A Jogo muito disputado em Tondela A Lusitano derrotado

Gil

Pere

s

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culturasD Exposição em Tondela

Vai ser inaugurada a exposição de poesia e fotografia, “Onde me criei”, de Pedro Car-reira de Jesus, no Museu Municipal Terras de Besteiros, amanhã, pelas 16h00.

expos Destaque Arcas da memória

Santo Antão,ali ao pé da porta

(Breve história do homem que prometeu uma vaca a

Santo Antão e lhe pagou com um galo).

É esta uma curiosa his-tória que Aquilino Ribei-ro conta na sua Geografia Sentimental e de que agora se dá fé, oitavas passadas da festa de Santo Antão que acabou de ter lugar ali em Peva, Terras do Demo em sua plenitude. Conta-se que a certo casal que vi-via de pobre lavoeira, em Quintela , apesar da vida cainha que levava, um só desgosto perturbava – a na-tureza enfezada do Quinzi-nho, o filho que lhes nasce-ra já no tarde, picado do sa-rampo e das bexigas, nem cordões de dentes de alho lhe valendo, nem defuma-doiros com ervas cheiro-sas e bentas palavras. Não há de ser ninguém, dizia o pai. Teimava a mãe que sim. Santo Antão ir-se-ia dele amercear em troca de uma vaca prometida se a seu tempo o rapaz lhes for às sortes e enrijar. Tardou e veio o dia do pregão que o regedor colou na porta da capela e o registo do apuramento do rapaz que as lides do campo ou Santo Antão tornaram são e es-correito. Há que cumprir-se o prometido, diz a mãe, que o voto é sagrado e o Santo nos pode castigar e lá vai até Lamas, onde há feira, o marido mai-lo filho por arrasto, a vaca de arre-

ata e um frângão no cesto que leva à cabeça, como o filho, lá na sua, lhe dissera.

- Quanto a jarmela (raça de vaca frequente ao tem-po)? Pergunta, interessado, um lavrador. - Uma libra. É a resposta do rapaz. (Era ao tempo a moeda que se usa-va). Espantou-se o compra-dor tomando por escárnio esse dizer. Que não senhor, diz o rapaz. E ajusta então a vaca o lavrador. Mas eis a derradeira condição para o fecho do negócio, torna o moço de lavoura. – Quem levar a vaca, leva o galo! E vá-se lá saber da lei impos-ta do rapaz. – Quanto cus-ta o galo? – Vinte libras de raiz! Achou caro o com-prador. Alguém rachou. E lá ficou em preço tabela-do: meia libra a vaca, de-zanove pelo galo. – Tome, minha mãe, a meia libra. Acenda lá a vela grande a Santo Antão quando vier à sua festa marcada na Folhi-nha por meados de janeiro . E já agora, recomenda-lhe o rapaz: - Que o Santo lhe ilumine o entendimento porque, cita ditado antigo, com cera sobeja pode ar-der a igreja. Talvez Santo Antão no Céu tenha brin-cado com a esperteza sa-loia do rapaz. Até porque no Céu não há ressenti-mentos.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Zeca Medeiros atua, amanhã, a partir das 21h45, no auditório 1 da Associa-ção Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT).

O concerto, terá como fio condutor os novos te-mas do recentemente edi-tado “Fados, Fantasmas e Folias”, que assinala o re-gresso do multifacetado ar-tista açoriano.

Autor de todas as músi-cas e letras, o músico funde e confunde o valor da pa-lavra com a tradição e cul-tura açoriana, acrescen-tando-lhe com uma mes-

tria incontornável o tom grave e rouco da sua voz, ora embalador, ora pode-rosamente desconcertante. Do espetáculo farão par-te temas como “Camarim

– Canção da Timidez”, “Eu gosto tanto de ti que até me prejudico” ou “Movimento da Sombra Chinesa”, e ain-da alguns temas dos seus discos anteriores “Cinefi-lias e Outras Incertezas” e

“Torna-Viagem”.Mais que um simples

concerto, Zeca Medeiros apresenta-nos uma ver-dadeira festa de emoções,

onde se destaca sua a in-terpretação intensa e “clow-nesca”, tão presente em al-guns dos temas que com-pôs para os seus trabalhos, quer no audiovisual quer no teatro, e que também farão parte do reportório deste espetáculo.

Um músico que, para além de parceiro e compa-nheiro de muitas aventuras com a ACERT, é um virtu-oso e singular compositor e intérprete da música por-tuguesa contemporânea.

Tiago Virgílio Pereira

Zeca Medeiros emconcerto na ACERT“Fados,Fantasmas e Folias” ∑ Músico irá destacar os temas do último álbum

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 29 de fevereiro

Exposição de fotografia

“Associ’ART - Interacção

de Seres Vivos”, da As-

sociação Portuguesa de

Protecção dos Seres Vi-

vos.

∑ Posto de turismo

Até dia 29 de fevereiro

Exposição de artesanato

“Flores de Sabonete”, de

Marisa Macedo.

VISEU

∑ Teatro Viriato

Até dia 30 de abril

Exposição de fotografias

“A Leste”, da autoria de

José Alfredo.

∑ Fnac

Até dia 25 de março

Exposição “As Incríveis

Aventuras de Dog Men-

donça e Pizzaboy”, dese-

nhos de Juan Cavia e ar-

gumento de Filipe Melo.

ARMAMAR

∑ Paços do Concelho

Até dia 29 de fevereiro

Exposição documental

e iconográfica “Amadis

de Gaula”, que retrata a

vida de um cavaleiro me-

dieval.

roteiro cinemas Estreia da semana

Crónica– A história de três es-tudantes do ensino secundário que tentam controlar e lidar com os seus fantásticos super-pode-res sobrenaturais.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 15h00, 17h50, 21h10, 00h00* Sherlock Holmes 2: Jogo de Sombras (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h10* Os Descendentes(M12) (Digital)

Sessões diárias às 19h10, 21h50, 00h30*O idiota do nosso irmão(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h20*

(dom.), 14h00, 16h20,

18h40, 21h00, 23h20*

O Gato das Botas VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 11h00*

(dom.), 14h40, 16h55

Alvin e os Esquilos 3(M4) (Digital VP)

Sessões diárias às 14h10,

16h10, 18h20, 21h40,

00h20*

O Deus da Carnificina(M12Q) (Digital)

Sessões diárias às 13h50,

16h30, 18h55, 21h20, 23h50*

Um homem no limite(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h20, 16h40, 18h50, 21h40, 23h55*Underworld - o despertar(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h10, 16h15, 18h20, 21h20, 23h40*Crónica(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h50, 00h30*Os descendentes(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h45, 00h20*Os Marretas VO(M6) (Digital)

Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h50, 16h30, 19h10Os Marretas VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 17h10, 00h10*

J. Edgar(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h45, 21h00, 00h15* Millenium 1 - Os homens que odeiam as mulheres(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 21h30Sherlock Holmes 2: Jogo de Sombras (M12) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

A O regresso do multifacetado artista açoriano está marcado para amanhã, a partir das 21h45

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CULTURAS

Teatro de Sombras na Lapa do Lobo

Na sequência do “Pro-grama Famílias”, que a Fundação Lapa do Lobo está a desenvolver até março, realiza-se no domingo, dia 5, a par-tir das 10h30, o Teatro de Sombras - Oficina de Expressão Corporal e Dramática, sob orien-tação de Sónia Barbosa. O público-alvo são pais e crianças dos 3 aos 10 anos.

O rapper apresenta ao vivo o álbum “(R)evolução”, amanhã, a partir das 21h30, na Fnac Viseu. Os temas abordam a valo-rização da cultura africana e avaliam o atual momento social e espiritual do país e do mundo.

D B Skilla ao vivo na Fnac Viseu

O livro “Memórias De Uma Escola”, de Maria Elisa Pinheiro, vai ser lan-çado em Viseu, no próxi-mo dia 11 de Fevereiro, na sala multiusos do Institu-to Português da Juventu-de (IPJ), pelas 15h00.

A apresentação da

obra, da editora Palima-ge, ficará a cargo do soci-ólogo e escritor Pompeu Miguel Martins.

Em “Memórias De Uma Escola”, a autora portuen-se mistura a teoria com a prática, a vivência di-ária, com meios obsole-

tos, pueris e primitivos, com as mil dificuldades e as mil diversidades. Uma miscelânea alegre, com exemplos variados de experiências realizadas, que foram muito profí-cuas e podem ser repe-tidas.

“Memórias De Uma Escola” lançado no IPJDestaque

Continuando o proje-to conjunto iniciado em 2011, entre a Associação Cultural e Recretaiva de Tondela (ACERT) e a Es-cola Secundária Alves Martins (ESAM), de Viseu, vai ser apresenta-do o espetáculo “Pessoa

– O Grande Ausente”, nos dias 6 e 7 às 10h15, para os alunos e, no dia 8, a partir

das 21h45, para a comuni-dade educativa e público em geral, na ESAM.

O e s p e t á c u l o é construído a partir de textos de Fernando Pes-soa mas refaz o seu uni-verso interior ao inventar um novo lugar, uma nova situação e novas perso-nagens para os interpre-tar. O Trigo Limpo teatro

ACERT presta uma me-recida e desconcertante homenagem, a um dos mais importantes poe-tas mundiais numa abor-dagem livre de precon-ceitos.

Ilda Teixeira e Sandra Santos vão interpretar a peça, encenada por Pompeu José e Raquel Costa.

Teatro volta à ESAM“Pessoa - O Grande Ausente”∑ Companhia Acertina presta

homenagem ao poeta

A Ilda Teixeira e Sandra Santos interpretam a peça

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Literatura

O projeto património Empório apre-sentou no sábado o 13º cromo VISEU-PÉDIA. A nova edição retrata a temática “As Sepulturas Escavadas na Rocha da Quinte do Chantre (Jugueiros) ”, com textos do investigador Jorge Adolfo e imagem da designer Ana Seia de Ma-tos. A iniciativa pretende “promover uma plataforma diferenciada para o cruzamento de elementos patrimoniais e históricos com a criatividade inerente à produção contemporânea que ‘pensa e interpreta’ os temas base. EA

foto legenda

Sábado, 28, no magnífico espaço da Papelaria Adrião, em Mangualde, apresentação do livro de Acácio Pinto, “Intimidades Traídas”. O re-cém-saído livro do vereador do PS, já vai na 2ª edição, o que lhe auspi-cia um bom sucesso. Depois de Te-resa Adão, das edições Esgotadas, falou o presidente da câmara local, João Azevedo, acerca da personali-dade do autor, tomando este a pa-lavra para dar a sua perspectiva da narrativa em causa. Paulo Neto fe-chou a sessão. TVP

Pródigo este sábado 28 que nos trou-xe ainda, da parte da tarde, na junta de freguesia de Rio de Moinhos, a apre-sentação do livro de José Bernardino Figueiredo, “Viajar na Minha Terra”. Com a casa cheia, as duas centenas de pessoas fizeram uma longa fila para a sessão de autógrafos. Entretanto, o nosso colaborador, João Luís Oliva, de-pois do autarca local, Alexandre Vaz, fez o convite para a “viagem através de uma escrita de emoções.” TVP

Variedades

“Tristeza e alegria na vida das girafas” é a pro-posta do Teatro Viriato, em Viseu, para amanhã, a partir das 21h30. A peça, de Tiago Rodrigues, conta a estória de uma menina de 9 anos, a quem a mãe cha-mava girafa por ser dema-siado alta para a sua idade. A criança atravessa a ci-dade de Lisboa à procura da única pessoa que pode ajudá-la: o primeiro-mi-nistro Pedro Passos Coe-lho. Ao longo desta procu-

ra, cruza-se com persona-gens familiares à maioria dos portugueses. A crise económica, a aventura he-róica de um urso de pelu-che com tendências sui-cidas, o Discovery Chan-nel, uma violinista que já é só uma fotografia, uma pantera negra, o dicioná-rio escolar da editorial Sampaio, o cientista búl-garo ou dramaturgo russo Anton Tchekov compõem esse estranho mundo cha-mado Lisboa.

Teatro“Tristeza e alegria na vida das girafas”

DR

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culturas

Inaugurado em maio de 2011 e aberto ao públi-co há cerca de um ano, o “Museu Paroquial Padre Cândido” é um museu di-recionado para a arte sa-cra. Natural de Sernance-lhe, o padre que dá nome ao museu, de 85 anos, aí estudou até entrar para o Seminário da Diocese de Lamego, onde se for-mou. Considera-se um autodidata. É pároco na vila há 30 anos e sempre teve o sonho de construir um museu com estas ca-racterísticas na região. Apesar de o ter concreti-zado, reconhece alguma mágoa e falta de apoio dos agentes de Sernan-celhe. O Jornal do Centro foi visitá-lo…

O que podemos encontrar neste espaço?O museu está dividido

em quatro salas. A pri-meira sala tem, para já, apenas pedras represen-tativas, quase todas li-

gadas à religião, desde o tempo pré-cristão até ao século XVI. Nesta sala, há uma pedra, da altu-ra pré-cristã, que é ado-ração do sol. Outra das raridades, porque não haverá meia dúzia no país, é um bucrânio, em que consta uma concha, onde se fazia a libação, e uma face principal com a cabeça de um toiro. Ainda na primeira sala, constam diversas cober-turas tumulares Suevo-visigóticas, do século X até ao XII. Um destas coberturas, segundo os historiadores de arte, é exemplar único conhe-cido em Portugal porque é uma espécie de grafi-to à maneira da arte dos Maias e dos povos pri-mitivos da América do Sul. Na segunda sala pode ver-se um pálio raro de Damasco, tecido a ouro e datado do sécu-lo XVIII. É uma espécie de brocado. Há também

uma capa de asperges, que fazia par com o pá-lio. Existem outras pe-ças no mesmo género, só que em vez de tecidas a ouro são a lhama de pra-ta. A terceira sala é toda de paramentaria varia-díssima e riquíssima, com algumas espécies que faziam honra ao me-lhor museu do mundo. Exemplos disso são os frontais de altar dos sé-culos XVII e XVIII. Há também um paramento completo de veludo pre-to composto por uma ca-sula, duas dalmáticas, uma capa, uma bolsa de corporais, as estolas e os manípulos. Tem tudo e é uma peça rara. A quar-ta e última sala é mais polivalente e dedicada aos metais. O prato fla-mengo em latão – pra-tos de Nuremberga - do início do século XVI, é uma das principais atra-ções. Constam ainda cá-lices e a antiga cruz pa-

roquial de Sernancelhe em prata dourada.

Para que público é este museu?Para um público diver-

sificado. Não só a gente do povo gosta, mas o público mais exigente na sua inte-lectualidade fica admira-do com este museu.

Qual a peça ex-libris do museu?É muito subjetivo. To-

das as peças têm o seu in-teresse e valor.

De quem surgiu a ideia de criar este espaço? É uma ideia totalmente

minha. O maior signifi-cado que lhe quis atribuir passa pela preservação da arte. Aqui, constam peças raríssimas e de inestimável valor. Quan-do em 1974 e 1975 se fize-ram obras de restauro na igreja, mesmo ao lado do museu, deitaram crimi-nosamente abaixo a an-

Entrevista

“Sou o maior benemérito da igreja de Sernancelhe em toda a sua longa história”

textos ∑ Tiago Virgílio Pereira fotografia ∑ Paulo Neto

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culturas

tiga sacristia onde havia espaço para as peças es-tarem depositadas. Ar-rumadas em gavetões, é certo, mas com espaço. Desde aí, as peças que restaram estavam todas amontoadas, até que ad-quiri este espaço, o re-construí e lhe dei vida.

Podemos chamar-lhe o mu-seu do Padre Cândido?Este é o museu do pa-

dre Cândido, feito com o dinheiro e a sinergia do padre Cândido. Não tive nem tenho apoios de nin-guém!

E sente alguma mágoa?Sim. Porque eu sempre

tive esta ideia de um mu-seu de arte sacra em Ser-nancelhe e nunca foi aca-rinhada. É, sem dúvida, uma mais-valia para Ser-nancelhe.

Quanto é que investiu?Sempre procurei vi-

ver modestamente com

o ordenado de pároco e com o que herdei dos meus pais, mas a verdade é que já investi aqui mais de 500 mil euros. Eu sou o maior benemérito da igreja de Sernancelhe em toda a sua longa história.

O público tem visitado o museu?Para haver mais dina-

mismo precisava de um funcionário. Mas, para isso, necessitava de ter rendimento para lhe pa-gar e, até ao momento, não há movimento que justifique. O museu tem entrada gratuita. Até esta altura, não consigo preci-sar o número de visitan-tes, mas muitas centenas já por aqui passaram, ga-rantidamente.

O museu tem algum acervo?Sim. Há peças que não

pude expor por falta de espaço. Tenho uma peça muito especial, mas pre-ciso de comprar uma vi-

trina com outras carac-terísticas das que tenho. Trata-se de um pano, que não tenho a certeza se é original ou uma réplica, que se fabricava em Ve-neza, nos séculos XV e XVI, todo bordado a ouro e com uma renda a ouro a toda a volta.

Que mensagem gostaria de deixar sobre este sonho agora realizado?Esta obra exigiu de mim

um grande sacrifício, mas é a minha coroa de glória. E por isso, em certo as-peto sinto-me concreti-zado, em legar aos meus conterrâneos e a todas as pessoas amantes da arte, da história, da cultura e também da religião, uma obra desta natureza. Pos-so dizer que na Diocese de Lamego não há nada que se lhe compare por isso estou satisfeito em deixar esta obra.

Tiago Virgílio Pereira

Miradouro

Museus em Portugal, que futuro? (2)

Dando continuidade ao tema tratado no artigo an-terior, a propósito do rumo que está a ser traçado para os museus do Estado, e na sequência do meu enten-dimento sobre as enormes dificuldades práticas com que os mesmos se deba-tem, tentarei agora referir alguns dos aspetos mais importantes que ilustram e sustentam estas minhas considerações.

Os primeiros e gran-des problemas com que os museus de debatem atual-mente prendem-se com a desorçamentação sistemá-tica que têm sofrido nos úl-timos anos, e com as políti-cas nada transparentes que estão a ser desenvolvidas por quem pouco ou nada entende de museus, mas a quem é dado um poder e um protagonismo inexpli-cáveis, pelo menos à luz do que seria normal e razoável conceber.

Na falta de lógicas cla-ras e transparentes para explicar estes verdadeiros mistérios da natureza hu-mana, foge-nos sempre o pensamento para razões distantes das realidades do próprio setor museológico, entrevendo outras lógicas e outras motivações bem arredadas do mundo e das problemáticas dos museus e da museologia em Portu-gal.

E isto para não referir-mos o gravíssimo retro-cesso institucional que es-tamos a assistir quanto à questão da autonomia ges-tionária dos nossos museus, cada vez mais próximos de estruturas sem qualquer margem de manobra ou capacidade própria para poder exercer a sua função de entidades de cultura no seio das comunidades que servem.

A estes retrocessos de duvidosa ef icácia economicista, e de ne-nhuns resultados funcio-nais, somam-se as inten-ções em transferir museus do Estado para as direc-ções regionais de cultura

ou autarquias, sem qual-quer regra, critério ou fun-damento válido, minima-mente reconhecidos como estruturantes para a vida dos museus.

Mais grave ainda é o fato destas possíveis transferên-cias estarem a ser tratadas sem ser auscultada a opi-nião geral dos profissio-nais do sector, isolando ci-rurgicamente o director de cada museu considerado e criando enormes constran-gimentos ao bom desem-penho das funções muse-ológicas de cada entidade hipoteticamente abrangida por tal medida.

Tudo isto sem que se ex-pliquem e percebam quais-quer benefícios para os acervos respetivos; vanta-gens para o público visitan-te; melhorias para os profis-sionais envolvidos; ou mais valias consistentes para as comunidades onde tais mu-seus estão inseridos.

E, o que é ainda mais la-mentável, este “programa estrutural e sub-reptício” está a ser implementado em sentido precisamen-te contrário ao discurso e programas políticos que todos os partidos pos-suem para o sector dos museus, sublinhando o irónico da questão nos de-signados partidos do aro do poder, que têm vindo a proclamar sistematica-mente uma coisa e a dei-xar que algumas das suas irresponsáveis chefias fa-çam outra, completamen-te contrária ao que procla-mam.

E que não se pense que estas condicionantes operacionais apenas afe-tam os museus do Estado, já que sendo este o respon-sável por uma lei que es-trutura e suporta a Rede Portuguesa de Museus, é precisamente o mes-mo (Estado) que se mos-tra incapaz de assegurar a manutenção de um cor-po técnico extremamente competente, com provas dadas e excelentes resul-tados obtidos até este mo-

mento. Esta pequena e es-forçada equipa, que vem coordenando as múltiplas atividades da Rede, vai ser destruída num abrir e fe-char de olhos, correndo-se agora o risco de desba-ratar uma experiência ad-quirida ao longo de anos de intenso trabalho, a fa-vor de uma sólida e con-sistente estruturação sis-témica dos museus portu-guesas de diversas tutelas e tipologias.

Estou convencido que ainda se poderá inverter esta situação, para bem desta rede museológica e do nosso património cultu-ral, em boa verdade o mais inovador e abrangente dos projetos museológicos da recente história da museo-logia em Portugal.

Sou dos que acredita que o Secretário de Estado da Cultura, tendo herdado um jogo tristemente “viciado”, será ainda capaz de pôr tra-vão a este rumo suicidário para onde alguns estão a empurrar os museus por-tugueses, permitindo e pro-movendo a discussão e aná-lise fundamentada destas questões, em sede do Con-selho Nacional de Cultura e em reuniões profissionais e sectoriais com os princi-pais responsáveis da área (diretores de museus do Es-tado e da Rede Portuguesa de Museus, APOM, ICOM e ARP).

Saibamos nós, nos tem-pos que correm, aplicar os nossos conhecimentos e a nossa capacidade empre-endedora na qualificação e melhoria real do panorama museológico nacional, em vez de despender esforços e os parcos recursos dispo-níveis a fazer asneiras, pio-rando o que está mal e a es-tragar, pura e simplesmente, o que está bem.

Redigido sem observação do novo acordo ortográfico

Agostinho RibeiroDiretor do Museu de Lamego

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012

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em focoJornal do Centro03 | Fevereiro | 201224

10 a 13 de Novembro

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Hi-Fi celebra quinto aniversário com lotação esgotada

O pavilhão da Expobeiras, em Viseu, recebeu no passado sábado, o espetáculo do quinto aniversário do grupo Hi-Fi.

A lotação do recinto esgotou, atingindo as sete mil pessoas numa noite de emoções, afetos e muita música, com um grande con-certo do grupo de espetáculos viseense, que, em participação do público presente, apagou cinco velas.

A estreia do novo cenário da banda, o regresso de Herman José a Viseu e a pre-sença de David Antunes e Pedro Fernandes foram outros dos pontos altos de uma noite que começa a ganhar tradição em Viseu.

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DR

“4 Desire” desfila sensualidadeA loja de prazer “4 Desire”,

em Viseu, junto aos bombei-ros municipais, apresentou e divulgou, no passado sába-do, algumas das propostas e novidades do espaço, no bar “4 You”. Foi num ambiente de glamour e sensualidade que as manequins desfila-ram com lingerie que a “4 Desire” disponibiliza aos seus clientes. Animação e boa-disposição imperaram durante a noite, numa ini-ciativa a repetir.

saúde

A Câmara Municipal de Lamego dá continuidade ao programa regular es-pecialmente vocacionado para os idosos do conce-lho, com o objetivo de ocu-par de uma forma saudável os tempos livres e elevar os níveis de autoestima.

Na sua quarta edição, o projeto “Sénior ConVi-da” decorre em articula-ção estreita com as juntas

de freguesia do concelho e as instituições particu-lares de solidariedade so-cial, e mobiliza mulheres e homens com mais de 60 anos para a prática de um leque alargado de ativida-des: hidroginástica, cami-nhadas, convívios, dança e jogos de memória.

Ao mesmo tempo, os participantes são con-vidados a participar em

consultas de nutrição, workshops e ações de for-mação com instituições locais como a PSP, a GNR, os Bombeiros Voluntá-rios, entre outras.

“A integração plena de mais de três centenas de idosos no projeto Sénior ConVida ajuda a aliviar a solidão a que muitos são votados ao fim de uma longa vida de trabalho e a

colmatar a deficiência nas respostas sociais especí-ficas para esta camada da população”, afirma o pre-sidente da autarquia, Fran-cisco Lopes.

“No âmbito desta inicia-tiva, o idoso deixa de ser visto como o ‘aposentado’ e é valorizada, sobretudo, a enorme experiência de vida acumulada”, acres-centa.

Vida sénior ∑ O programa acolhe 300 idosos no combate à solidão e a uma maior auto-estima

Sénior ConVidacontinua em Lamego

Em Portugal, quase meta-de da população tem hiper-tensão, sendo que em apenas 11 por cento destes a doença está controlada. O 6º Con-gresso de Hipertensão mar-cado para o dia 11,em Vila-moura vai dar destaque a este problema de saúde pública.

De acordo com o presi-dente-eleito da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, Fernando Pinto, “a hiperten-são resistente ao tratamento

é uma doença crónica espe-cialmente perigosa devido à sua associação com um au-mento do risco cardiovas-cular, incluindo AVC e en-farte, assim como insufici-ência cardíaca e doenças renais”. Ainda segundo o especialista, “as investiga-ções sugerem que cerca de 28 por cento dos indivídu-os hipertensos tratados são considerados resistentes ao tratamento.

Quase metadedos portugueses tem hipertensão

Os funcionários que tra-balham pelo menos 11 horas por dia arriscam-se duas ve-zes mais a sofrer de depres-são grave do que aqueles que trabalham sete horas diárias, revela um estudo publicado na revista PloS ONE.

A investigação, realizada no Reino Unido, abrangeu um universo de cerca de dois mil trabalhadores britânicos,

homens e mulheres entre os 35 e 55 anos que gozavam de boa saúde mental. Os funcio-nários foram acompanhados durante cerca de seis anos.A ligação entre o risco de de-pressão e as horas de traba-lho diário não foi afetada por outros fatores, como o estilo de vida, o consumo de álcool, tabaco ou droga, ou por ten-sões no trabalho. Lusa

Relação entredepressão e trabalho

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012 25

SAÚDE

Viseu ∑ O Instituto de Meteorologia prevê uma mínima de -6ºC no domingo e -5ºC na sexta e sábado

DGS divulga recomendações para enfrentar o frio

O I n s t i t u t o d e Meteorologia anunciou que os valores das tem-peraturas vão descer em média seis graus centígra-dos. Uma descida que está prevista acentuar-se esta sexta-feira, dia 3. Viseu deverá atingir a tempera-tura mínima -6ºc no do-mingo, -5ºc hoje e sábado e a máxima não ultrapas-sará os 6ºc.

A Direção Geral de Saúde (DGS) divulgou na quarta-feira uma sé-rie de recomendações para enfrentar a vaga de frio e lembrou que a ex-posição ao frio pode ter consequências graves para a saúde.

“Os problemas de saú-

de mais comuns direta-mente associados ao frio são o enregelamento e a hipotermia”, referiu a DGS à agência Lusa. Além de recomendações gerais lança ainda avisos para os grupos vulneráveis.

“O frio é também res-ponsável pelo agrava-mento de doenças, par-ticularmente, cardíacas e respiratórias”, concre-tizou a DGS ao recomen-dar que a temperatura da casa deva ser mantida en-tre os 19 ºC e os 22 ºC.

De forma a proteger as pessoas sós ou isoladas, a DGS lembrou que os fa-miliares, amigos e vizi-nhos têm um papel im-portante e pedem que se

faça um telefonema ou exista um contacto pelo menos uma vez por dia.

Relativamente à ali-mentação, a DGS aconse-

lhou a ingestão de sopas e bebidas quentes, como leite ou chá, e também, se a saúde o permitir, ali-mentos calóricos como

chocolates, azeite, frutos secos.

A DGS sublinhou que os grupos mais vulnerá-veis ao frio são os bebés e pessoas idosas já que são muito suscetíveis e não têm grande perceção das alterações de temperatu-ra, não sentindo muito frio no inverno, tal como não sentem muito calor no verão.

A informação, divulga-da na página de Internet da DGS, pede ainda aten-ção aos avisos das Auto-ridades de Saúde, do Ins-tituto de Meteorologia e da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Emília Amaral

A As crianças e os idodos são os grupos vulneráveis que requerem maior atenção a esta vaga de frio

ACUPUNTURA DIMINUIU CRISESDE ENXAQUECAS

A acupunctura é efi-caz no controlo das en-xaquecas, nomeada-mente na diminuição das “crises” e no atenu-ar da dor. Esta é a con-clusão de um estudo de um grupo de cientistas asiáticos, publicada no Canadian Medical As-sociation Journal.

Durante a investiga-ção, cerca de 500 adul-tos que sofrem de en-xaquecas foram sub-metidos a dois tipos de sessões diferentes. Uns participaram em sessões da tradicional acupunctura chinesa, outros, a sessões de ‘fal-sa acupunctura’ (sham acupunture), que con-siste na colocação de agulhas em pontos não específicos ou aleató-rios do corpo com pou-ca profundidade.

A experiência du-rou cerca de quatro se-manas, tempo durante o qual as 500 pessoas não foram informadas sobre o tipo de méto-do que lhes estava a ser administrado.

Concluído o estudo, os participantes sub-metidos ao poder das verdadeiras agulhas pelo método tradicio-nal de acupuntura ale-garam ter tido menos “crises” de enxaqueca por mês:. A maioria so-fria de seis ocorrências mensais, número que foi reduzido para me-tade. Por outro lado, os participantes que foram tratados através da fal-sa acupuntura não re-gistaram qualquer al-teração.

Em Portugal, cerca de um milhão de pesso-as sofre do problema.

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 201226

CLASSIFICADOS

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 V iseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANUEL COVELOwww.manuelcovelo-advogado.comEscritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505-639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710Email: [email protected]

MANGUALDE

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELAS

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Obser-vações www.chefchinarestauran-te.com

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Mo-rada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Ob-servações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

GUIA DE RESTAURANTES

ADVOGADOS / DIVERSOSIMOBILIÁRIO

VENDE-SECasa antiga para restauro com cave, área coberta 131 m2 e 195 m2 de logradouro. Centro de Silgueiros. Contactos: 91 723 92 96 ou 96 230 94 54

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T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€T. 969 090 018

T3 Centro Cidade c/135m2, lareira, cozinha equipada, arrumos, garagem. 100.000,00€T. 917 921 823

T4 Dpx c/250m2, aquec. completo, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 122.500,00€T. 914 824 384

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T. 969 090 018Andar moradia Repeses c/ óptimas áreas, cozinha equipada, garagem, logradouro. 90.000,00€T. 917 921 823

Andar moradia Gumirães c/ cozinha mob. e equipada, A/C, lareira c/ recup., logradouro. 90.000,00€T. 914 824 384

IMOBILIÁRIOARRENDA-SE T2 Cidade c/ cozinha mob. e equipada, mobilado, arrumos. 275,00€T. 917 921 823

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T3 a 2 min. Cidade c/ 130m2 área, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 375,00€T. 969 090 018

T3 Jtº. Cidade c/aquec. central, lareira, cozinha equipada, garagem. 350,00€ T. 917 921 823

T3 Marzovelos c/130m2, cozinha equi-pada, lareira c/ recup., garagem, aquec. central. 430,00€T. 914 824 384

Moradia a 3 min. Cidade c/ aquec. cen-tral, cozinha equipada, churrasqueira. 400,00€T. 232 425 755 (AMI 5083)***

Andar moradia a 2 min. Cidade c/ boas áreas, varandas, arrumos, boa exposição solar. 250,00€T. 914 824 384 T1 Junto à cidade, todo mobilado e equi-pado, garagem fechada. 325,00€ T. 969 090 018

T3 Jtº. Cidade c/ 145 m2, bom estado, cozinha mobilada e equipada, garagem fechada. 450,00€T. 917 921 823

Moradia T2 cozinha mobilada equipada, garagem fechada. 350,00€T. 914 824 384T4 no centro, cozinha mobilada e equi-pada, terraço com 30 m2. 300,00€T. 232 425 755 (AMI 5083)***

T3 Junto à cidade c/ cozinha mob. e equipada, garagem fechada e terraço com 47 m2. 375,00€T. 969 090 018

T3 Boas áreas, bom estado, cozinha mobilada e equipada, garagem fechada. 475,00€T. 917 921 823

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012 27

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão - Ref. 587763680

Marceneiro com experiên-cia. Carregal do Sal - Ref. 587783204

Cabeleireiro. Pretende-se praticante de cabeleireiro com carteira e experiência profissional. Tondela - Ref. 587786598

Cortador de carnes verdes. Santa Comba Dão - Ref. 587792565

Auxiliar de laboratório. Preferência por candidatos com experiência. Mortágua - Ref. 587792800

Cabeleireiro. O candidato deverá ter carteira profissio-nal de ajudante, praticante e de cabeleireira e experiência profissional. Carregal do Sal - Ref. 587793117

Outros condutores de máquinas agrícolas e flo-restais. Mortágua - Ref. 587794894

Pasteleiro com experiên-cia. Carregal do Sal - Ref. 587795088

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301

Esteticista (visagista). Tarouca - Ref. 587787729Empregado de mesa. Armamar - Ref. 587789364

Espalhador de betuminosos. Lamego - Ref. 587790908

Condutores de máquinas de nivelam e terraplanagem. Lamego - Ref. 587790911

Agente comercial. Lamego - Ref. 587795148

Vendedores e demonstra-dores c/ experiencia na área comercial. Viseu - Ref. 587795220

Trabalhador agrícola (traba-lhador rural). Lamego - Ref. 587796063

Empregado de mesa. Lamego - Ref. 587796251

Recepcionista com for-mação/experiência, com conhecimentos de informá-tica e línguas (francês, inglês e espanhol). Lamego - Ref. 587796252

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587796254

Ajudante de cozi-nha. Sernancelhe - Ref. 587796663

Estucador com ou sem experiência. Lamego - Ref. 587796790

Carpinteiro de limpos com experiencia. Lamego - Ref. 587797263

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587797573

Pasteleiro. Lamego - Ref. 587797684Motorista de veículos pesa-dos – mercadorias. Motorista de pesados com reboque, com experiência de pelo menos 2 anos e formação tacógrafo, para os concelhos do Douro Sul. Lamego - Ref. 587797721

Engenheiro civil. Tarouca - Ref. 587798547

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pasteleiro com conhecimen-tos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Costureira, trabalho em série, com ou sem expe-riência. Vouzela – Ref. 587740785

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Servente Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716

Estucador. Viseu - Ref. 587787639

Servente Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916

Pintor Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911

Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876

Servente Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353

Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084

Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068

Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391

Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640

Escriturário/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442

Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441

Empregado de mesa. Cepões - Ref. 587787476

Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085

Pintor – superfícies metáli-cas. Viseu - Ref. 587784528

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃO

OFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

A Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Viseu vai disponibilizar uma pós-graduação em geron-tologia e geriatria, destina-da à formação especializa-da de enfermeiros e outros profissionais de saúde in-teressados em aprofundar competências nas referi-das áreas.

Ao longo de dois semes-

tres os participantes terão a oportunidade de adqui-rir conhecimentos sobre a evolução demográfica e social da população por-tuguesa, sobre políticas de saúde e políticas socias e sobre o processo de en-velhecimento. No plano de estudos do curso en-contram-se ainda conhe-cimentos sobre a psicos-

sociologia do idoso e a in-tervenção em cuidados continuados e assistência domiciliária.

As candidaturas pode ser efetuadas até dia 18 de fevereiro na secretaria da escola ou via online: http://candidaturas.ipiaget.com. As aulas terão início a 2 de março e vão decorrer até dezembro de 2012.

Pós-graduação em gerontologia e geriatria no Piaget

A PSP vai realizar ações de formação nos coman-dos para que os polícias estejam mais atentos aos comportamentos dos co-legas, e assim ajudar a pre-venir o suicídio.

A formação vai realizar-se este ano em todos os comandos do país e des-tina-se a comandantes de esquadras e adjuntos, gra-duados de serviços e su-pervisores operacionais.

“Pessoas que têm um con-tacto diário e permanente com quem anda no terre-no”, disse o chefe do gabi-nete de psicologia da PSP, Fernando Passos, em en-trevista à agência Lusa.

O responsável adiantou que nesta formação inter-na, com a duração de um dia, será abordada “a pro-blemática do suicídio e a sua prevenção”.

Segundo Fernando Pas-

sos, as ações de formação vão ser dadas por psicólo-gos e serão “muito curtas e práticas”, com a aborda-gem de casos concretos.

Fernando Passos subli-nhou que o objetivo é que os polícias entendam e conheçam os colegas que trabalham consigo.

A PSP registou desde 2008 um total de 21 sui-cídios, sete dos quais em 2011.

Formação para prevenir suicídios

A formar profissionais desde 1989

Recrutamento para Bolsa de Formadores

- Mecânica Automóvel (com experiência em oficina de marca conceituada)

- Áudio, Vídeo e TV (com experiência em empresa da área)

- Electricidade de Construção Civil (com experiência em empresa da área)

- Informática (com experiência em Paginação e Design Editorial)

Enviar curriculum para:

[email protected] (Assunto: Bolsa de Formadores)

Qualificar é crescer

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 201228

CLASSIFICADOS

PirotécnicaEmpregado de pirotécnia.

Com alojamento.Telemóveis:927 732 803966 997 886

ZÉ DA PINHAVende Pinha(Sacos 50L.)

Entrega em casa junto ao grelhadore à lareira.

Terra para Vasos(Sacos 5Kg.)

T. 967 644 571 - zedapinha2011@gmail.

com

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012 29

NECROLOGIAMaria da Conceição da Costa, 88 anos, viúva. Natural e residente em Parada. O funeral realizou-se no dia 28 de Janeiro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério local.

Maria Clara Antunes de Abreu, 78 anos, viúva. Natural de Currelos e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 19 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Currelos.

António Augusto Fernandes de Melo, 82 anos, casado. Natural e re-sidente em Beijós. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 10.00 horas, para o cemitério local.

Maria Aldina de Albuquerque Henrique, 79 anos, viúva. Natural e re-sidente em Parada. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 10.00 horas, para o cemitério local.

Elvira Fernandes, 88 anos, viúva. Natural e residente em Lageosa. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 10.30 horas, para o cemitério local.

Otília Marques Lourosa, 89 anos, viúva. Natural de Molelos e resi-dente em Papízios. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Papízios.

Maria de Figueiredo Novo, 82 anos, viúva. Natural de Beijós, Carregal do Sal e residente em Teomil. O funeral realizou-se no dia 1 de Feve-reiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Júlio de Almeida, 76 anos, viúvo. Natural e residente em Alva, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Alva.

António Pereira Cardoso, 78 anos, casado. Natural e residente em Codeçais, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Codeçais.

Manuel da Fonseca, 92 anos, viúvo. Natural e residente em Gralhei-ra, Cinfães. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Gralheira.

Manuel da Silva Monteiro, 88 anos, viúvo. Natural e residente em Cujó, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 1 de Fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Cujó.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Maria Augusta Ribeiro, 90 anos, viúva. Natural e residente em Vila Cova do Covêlo, Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 26 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Vila Cova do Covêlo.

Maria José Ferreira, 79 anos, solteira. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local.

Silvia Marques de Almeida, 94 anos, viúva. Natural e residente em Abrunhosa do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Arménio Rodrigues da Silva, 81 anos, casado. Natural e residente em Levides, Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 29 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cambra.

Madalena de Frias Monteiro, 91 anos, viúva. Natural de Viseu e resi-dente no Lar Nossa Senhora dos Milagres, em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Oliveira de Frades.

Amélia Maria, 93 anos, viúva. Natural e residente em Oliveira de Fra-des. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

António de Oliveira Araújo, 89 anos, casado. Natural e residente em Silvã de Cima, Sátão. O funeral realizou-se no dia 29 de Janeiro, pe-las 16.00 horas, para o cemitério de Silvã de Cima.

Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503

Jesuina da Ascensão, 82 anos, viúva. Natural de São João de Tarouca e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 27 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Rosa dos Santos, 97 anos, viúva. Natural e residente em Dalvares, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 28 de Janeiro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério de Dalvares.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Ângelo Ferreira, 90 anos, casado. Natural e residente em Lageosa, Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro para o cemitério de Lordosa.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Maria Fernanda Duarte Alves, 56 anos, divorciada. Natural de Montijo e residente em Moselos, Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o crematório da Fi-gueira da Foz.

Dioguina Fernandes Rodrigues da Silva, 80 anos, viúva. Natural de Vidago, Chaves e residente no Brasil. O funeral realizou-se no dia 29 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Campo, Viseu.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Clementina Pereira Fernandes, 76 anos, casada. Natural e residente em Oliveira de Barreiros. O funeral realizou-se no dia 29 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local.

Joaquina de Jesus, 91 anos, viúva. Natural e residente em Corvos à Nogueira, Santos Evos. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Marinhas, Esposende.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Manuel Justino, 86 anos, casado. Natural e residente em São Cipria-no, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Janeiro, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério de São Cipriano.

Maria Pires Pereira da Carvalha, 85 anos, viúva. Natural de Queirã, Vouzela e residente em Vasconha, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 27 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Queirã.

João Cardoso de Almeida, 82 anos, viúvo. Natural de São Salvador e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária de FigueiróViseu Tel. 232 415 578

Maria das Dores, 87 anos, viúva. Natural e residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia 28 de Janeiro, pelas 8.30 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Maria de Jesus e Sousa, 85 anos, viúva. Natural de Sátão e residen-te em Jugueiros. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Repeses.

Joaquim Rodrigues Lopes, 84 anos, viúvo. Natural e residente em Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba.

Belmira de Jesus Pina, 81 anos, casada. Natural de Pindo, Penalva do Castelo e residente em Póvoa de Sobrinhos. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Armando Rodrigues dos Santos, 66 anos, casado. Natural de Campo e residente em Moselos. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Campo.

Emília da Silva Neves, 89 anos, viúva. Natural de Povolide e residen-te em Nesperide. O funeral realizou-se no dia 1 de Fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Povolide.

Olinda da Conceição Sousa, 86 anos, viúva. Natural de Lamego e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de Fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Marta da Ascensão Sousa, 99 anos, viúva. Natural de Ranhados e residente em Repeses. O funeral realizou-se no dia 2 de Fevereiro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Repeses. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 201230

clubedoleitor

PublicidadeHÁ UM ANO

EDIÇÃO 464 | 4 DE FEVERIRO DE 2011

∑ Três mortos numa tarde em acidentes com tratores.

∑ Dinheiro da venda da lenha cedido para centro social.

∑ Marcha contra nova lei do pagamento de transpor-

tes de doentes.

∑ Secretário de Estado da Educação visita Escola Grão

Vasco.

∑ “Viseupédia” lança cromos colecionáveis.

DEscreva-nos para:Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

à |

Peregrinação política

à Escola Grão Vasco

vai dar frutos?

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

04 de Fevereiro de 2011

Sexta-feira

Ano 9

N.º 464

1,00 Euro

| página 10

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licid

ade

∑ Secretário de Estado da Educação, esta sexta-feira, no estabelecimento de ensino, após várias

visitas parlamentares | página 5

“Arranjei

um grande

problema ao

dr. Fernando

Ruas”José Moreira, gestor-executivo

da Expovis| páginas 6 e 7

À conversa

Nun

o Fe

rrei

ra

| páginas 6 e 7

IncêndiosDinheiro da

venda da lenha

cedido para

centro socialpágina 11

Loja do Cidadão

Contribuintes

desesperam com

falha informática

nas Finançaspágina 8

Bombeiros

Marcha contra nova

lei do pagamento

de transporte de

doentesúltima

“Viseupédia”

Colecção de

cromos das figuras

e património

da regiãopágina 14

Sugestões para o dia de S. Valentim| página 23

Três mortos numa tarde

em acidentes com tractores

∑ Conselho de Segurança

Distrital preocupado com

os números

∑ 47 acidentes com sete

mortos em 2010

Nun

o Fe

rrei

ra

FOTOS DA SEMANA

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

Em plena Rua da Vitória, este esventrado prédio, além da inclemência das chamas sofre agora a dureza do tempo, apresentando uma imagem de degradação e ruína que não é aquela que temos da cidade de Viseu... Luís Pires

Esta noção de “conforto” só pode mesmo advir da forma de viajar deitado. Quan-to à justeza da onomástica, achamos que, de facto, nada há a contrariar a eternidade do referido. Armando Costa

Jornal do Centro03 | Fevereiro | 2012 31

JORNAL DO CENTRO03 | FEVEREIRO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 3 de fevereiro, tempo limpo. Temperatura máxima de 6 e mínima de -5ºC. Amanhã, 4 de fevereiro, tempo limpo. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de -5ºC. Domingo, 5 de feve-reiro, tempo limpo. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de -2ºC. Segunda, 6 de fevereiro, pouco nublado. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 1ºC.

tempo: limpo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. Durante o debate do orçamento, o PS propôs que se taxasse em IRS o uso particular dos carros ofi-ciais. A proposta não queria proibir o uso privado dos carros do estado, queria só onerar esse uso.

Ora, por definição, carro oficial é para uso oficial. A malta dos tachos não tem que levar taxa, tem é que passar a usar o seu carrinho particular quan-do precisa de ir às compras ou levar os meninos ao colégio.

A melhor maneira para evitar abusos é só uma: re-cuperar um antigo costume e obrigar a que todos os carros oficiais tenham identificação. Se o bêéme es-curo tiver uma placa bem visível a dizer “Estado” ou

“Câmara Municipal de ...”, o boy que o usa não o leva para o parque de estacionamento da discoteca.

2. O programa “Prós e Prós” da RTP foi a Luanda fazer um dos seus costumeiros “felatios” políticos. A seguir, Pedro Rosa Mendes, numa crónica na “rádio pública”, bateu forte naquele programa da “televisão pública” e foi despedido. Este lamentável caso com-prova o que já se sabia: o chamado “serviço público” está sempre às ordens do poder do momento.

O problema é que a RTP leva por dia um milhão de euros dos nossos impostos para fazer o mesmo que fazem as privadas. É preciso que o “serviço pú-blico de rádio e televisão” passe a viver só da taxa audiovisual que pagamos na conta da luz todo os meses, e sem publicidade nem transferências do or-çamento de estado.

Ministro Relvas, faça o que tem a fazer.

3. José Junqueiro, em nome do PS, veio defender que a limitação de mandatos autárquicos é só geo-gráfica e não funcional.

Este politiquês quer dizer o seguinte: em 2013, Carlos Marta vai poder ser, se quiser, candidato à câmara de Viseu. Isso gela os laranjas locais que já não pensam no dr. Ruas e só pensam na herança do dr. Ruas.

A vida anda a correr bem ao incansável Junqueiro.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Sexta, 3Viseu∑ Lançamento do livro “Marketing Interno e Comunicação” de Jorge remondes, editado pela Psicosoma, às 21h00, na FNAC.

Viseu∑ Dia da Motricidade Humana, às 16h00, no Campus Universitário do Instituto Piaget.

Sábado, 4Viseu∑ espectáculo com a peça “Tristeza e Alegria na vida das Girafas” de Tiago Rodrigues, às 21h30, no Teatro Viriato.

Tabuaço∑ Tomada de posse dos orgãos sociais da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, que continua a ser dirigida por Rebelo Marinho, às 15h00, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Tabuaço.

Mangualde∑ Conferência “Recursos e Economia” com o objetivo de partilhar recursos e experiências que possam abrir perspetivas de desenvolvimento local, às 10h00, na Quinta da Cerca, em Guimarães de Tavares.

agenda∑O prós e prós

Realiza-se hoje, a partir das 9h00, a “Feira/Festa do Pastor e do Queijo”, de Penalva do Castelo. Esta iniciativa, organizada pelo município, em conjunto com a Associação de Tra-balhadores, conta já 21 edi-ções. Ao longo dos anos, a feira vem-se afirmando como um eco da importância só-cio-económica que o quei-jo tem no concelho. A pro-dução artesanal do Queijo Serra da Estrela é uma das potencialidades endóge-nas das terras de Penalva, uma vez que, todos os anos, são produzidas deze-nas de toneladas deste pro-duto. “O Queijo Serra da Estrela é o ex-libris da re-gião e, apesar de se ter re-gistado um decréscimo de produtores, há um aumen-to de qualidade naqueles que se mantêm”, disse Le-onídio Monteiro, presiden-te da autarquia. Inserido no certame, irá decorrer, nos dias 4 e 5, a iniciativa “Sabores de Penalva”, que consiste em ofertas de pro-vas de Queijo Serra da Es-trela, aos clientes dos res-taurantes aderentes.A grande novidade desta 21º edição decorre duran-

te o fim-de-semana, com visitas guiadas a uma quei-jaria licenciada. A concen-tração está marcada para as 14h30, junto ao antigo edifício dos Paços do Con-celho. O objetivo passa por proporcionar o contacto directo dos visitantes com o processo de produção do Queijo da Serra, con-tribuindo também como uma forma de divulgação e promoção integrada das potencialidades deste pro-

duto. O Largo do Pelourinho irá receber uma exposição e venda de produtos regio-nais e de artesanto e, no domingo, os Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo promovem um passeio de BTT, denomi-nado “Rota do Queijo”, com partida no quartel dos Bombeiros Voluntários, a partir das 8h30.

Tiago Virgílio Pereira

Feira do Queijo de Penalva arranca hojeNovidade ∑ Visitas guidas a queijaria para elucidar visitantes

Redigido sem observação do novo acordo ortográfico

∑ Dia 4 de Fevereiro: “Churrasqueira”, “O Telheiro”, “O Templo”, e o “Hotel Portas do Dão”. Dia 5 de Fevereiro: “Carneiro”, “Conquista Talen-tosa”, “Familiar”, “Hotel de Charme – Casa da Ín-sua”, “Parque de Santiago”, “Santo Ildefonso” e “Snack Bar 259”.

“Sabores de Penalva”Restaurantes aderentes