Jornal do São Francisco - Edição 128

36
De 1 o a 15 de maio de 2013 • Ano 7 • Edição 128 São Francisco JORNAL DO A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00 (77) 3628 5855 LEM E BARREIRAS Contas de março fecham o verão ESPECIAL PÁGINA 11 PÁGINA 02 JOIAS E SEMI-JOIAS, CONSERTO E FABRICAÇÃO DE JOIAS Contra o boicote à imprensa regional Editorial questiona motivo que leva algumas autoridades a preterir veículos de comunicação da capital e com insignificante circulação na região PÁGINA 7 ENTREVISTA MAuRíCIO AGUIAR QUER BARREIRAS COM MAIS QUALIDADE DE VIDA PÁGINA 23 PÁGINA 22 Tocantins e Bahia encerram litígio de terras Bahia Farm Show projeta expansão para a 9 a edição O acordo fixa como irrevogável a linha traçada pelo IBGE Estiagem e lagarta Helicoverpa não são consideradas ameaças BA TO Ilhéus Fogueirópolis Luís Eduardo Magalhães Barreiras Fiol começa a entrar nos trilhos Cidades da Bahia pelas quais passam a ferrovia: Barreiras, Correntina, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Coribe, Guanam- bi, Malhada, Palmas de Monte Alto, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória, San- tana, São Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Aracatu, Brumado, Caetité, Dom Basílio, Ibiassucê, Ituaçu, Lagoa Real, Livramento de Nossa Senhora, Pindaí, Rio do Antônio, Barra da Estiva, Contendas do Sincorá, Iramaia, Jequié, Manoel Vitorino, Maracás, Mirante, Tanhaçu, Aiquara, Aurelino Leal, Barra do Rocha, Gongogi, Ibirapitanga, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagiba, Jitaúna, Ubaitaba, Ubatã e Uruçuca. PÁGINA 15 AGRONEGÓCIO

description

FIOL COMEÇA A ENTRAR NOS TRILHOS

Transcript of Jornal do São Francisco - Edição 128

Page 1: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 1Jornal do São Francisco

De 1o a 15 de maio de 2013 • Ano 7 • Edição 128

São FranciscoJORNAL DO

A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO

jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00

(77) 3628 5855LEM E BARREIRAS

Contas de março fecham o verão

ESPECIAL

PÁGINA 11

PÁGINA 02

JOIAS E SEMI-JOIAS, CONSERTO E FABRICAÇÃO DE JOIAS

Contra o boicote à imprensa regionalEditorial questiona motivo que leva algumas autoridades a preterir veículos de comunicação da capital e com insignificante circulação na região

PÁGINA 7

ENTREVISTA

MAuRíCIO AGuIAr quEr BArrEIrAs com mAIs quAlIdAdE dE vIdA

PÁGINA 23PÁGINA 22

Tocantins e Bahia encerram litígio de terras

Bahia Farm Show projeta expansão para a 9a edição

o acordo fixa como irrevogável a linha traçada pelo IBGE

Estiagem e lagarta Helicoverpa não são consideradas ameaças

BA

TO

Ilhéus

Fogueirópolis Luís Eduardo Magalhães

Barreiras

Fiol começa a entrar nos trilhoscidades da Bahia pelas quais passam a ferrovia: Barreiras, correntina, Jaborandi, luís Eduardo magalhães, são desidério, Bom Jesus da lapa, carinhanha, coribe, Guanam-bi, malhada, Palmas de monte Alto, riacho de santana, santa maria da vitória, san-tana, são Félix do coribe, serra do ramalho, Aracatu, Brumado, caetité, dom Basílio, Ibiassucê, Ituaçu, lagoa real, livramento de Nossa senhora, Pindaí, rio do Antônio, Barra da Estiva, contendas do sincorá, Iramaia, Jequié, manoel vitorino, maracás, mirante, Tanhaçu, Aiquara, Aurelino leal, Barra do rocha, Gongogi, Ibirapitanga, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagiba, Jitaúna, ubaitaba, ubatã e uruçuca.

PÁGINA 15

AGRONEGÓCIO

Page 2: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco2 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

O ditado vale para a forma como alguns assessores de autoridades tratam a im-prensa local. Preterem os representan-

tes da mídia regional em favor de jornais e emissoras de rádio e de televisão dos grandes centros. Isso ficou claro no seminário da Fiol, realizado no Bartira Fest, no último dia 26 de abril. A todo instante o jornal A Tarde era ci-tado, como se fosse o único representante da imprensa presente ao evento.

Não. Não era. Parecia que os jornais e rádios de Barreiras e região eram invasores em uma festa destinada a somente amplificar pela mí-dia da capital um projeto que carece, ainda, de autorizações e desafios. Como se o even-to servisse tão somente para a divulgação aos eleitores de outras regiões da Bahia, o que está sendo feito pelo Oeste, o que é um sofisma. Obra é obrigação e não um favor.

O curioso e irônico é que nas semanas an-teriores os recém empossados ministros da Agricultura e dos Transportes, Antônio Fer-reira e César Borges concederam entrevistas exclusivas ao Jornal do São Francisco, sem questionar onde era a sede do jornal. Pelo contrário. Os assessores fizeram questão de atender qualquer telefonema da equipe do Jornal do São Francisco. Não houve discrimi-nação.

Na solenidade, com o cerimonial azedado

pelo desencontro de interesses políticos, em nenhum momento o mestre de cerimônias improvisado, o deputado federal João Leão lembrou dos profissionais da imprensa de Barreiras e de Luís Eduardo. No estaciona-mento, estavam parados vans e ônibus, possi-velmente arrendados com o dinheiro que não

financia atos democráticos.A discriminação ficou evidente quando um

dos integrandes da organização convidou re-presentantes do jornal da capital baiana e de outros veículos eletrônicos de informação para participarem de um almoço no restau-rante do Hotel Morubixaba. O Jornal de São Francisco não tem como política participar de eventos para os quais não é chamado, ain-da mais quando é nitidamente ignorado por quem os organiza.

O fato acontecido é contumaz. Ultrapassa a linha entre a liberdade de expressão e a in-fluência política. Confunde-se privilégio com censura, apesar das semelhanças. Preterir é uma das formas mais indignas de censurar a imprensa. Conceder privilégios também. Como está descrito na obra O Príncipe, de Maquiavel, que tem exatos 500 anos. Não é novidade manipular a realidade.

O Jornal do São Francisco repudia qualquer privilégio de acesso à informação feito por profissionais, empresas ou partidos políticos. O Jornal do São Francisco agradece, ainda, à equipe do Jornal A Tarde presente em Barrei-ras que, por ironia, forneceu algumas infor-mações não repassadas a este jornal. Mostra-ram-se jornalistas e não manipuladores. Dois pesos, duas medidas. Será assim em 2014? Apostamos que não. ■

Dois Pesos, Duas Medidas

Editora: Heloíse Steffens | Repórteres: Ivana Dias, Virgília Vieira, Raul Marques, Luciano Demetrius | Diagramador: Nicélio Ramos | Colunistas: Durval Nunes, Carlos Augusto, Tizziana Oliveira e Romênia Mariani | Publicidade: Angélica Rambo e Aline MelloSecretária: Priscila Pereira | Impressão: Imprima Gráfica | Tiragem: 15 mil exemplares

Praça Dr. Augusto Torres, 38 - Centro HistóricoBarreiras - Bahia - CEP 47.805-230FONE/FAX: (77) 3612-3066

[email protected]@jornaldosaofrancisco.com.br

jornaldosaofrancisco.com.brSão Francisco

JORNAL DO

CORREÇÕESNa edição anterior, na página 2, não foi publicado o balão com as falas da charge. O homem da charge, dirigindo-se à mulher, aponta para a cela e diz: “O que achou amor? É bem mais segura do que nossa última casa, né”? Pedimos desculpa pelo erro.

Jornal do São Francisco

Ministro césar Borges confere as notícias da região no Jornal do são Francisco

OPINIÃO

ARTIGO*Xico Graziano

Surgiu uma nova praga na agricultura brasilei-ra. A pequena lagarta, do gênero Helicoverpa, arrasou plantações de soja e algodão, espe-cialmente no oeste baiano. Ninguém sabe ao certo como ela chegou, nem descobriu como combatê-la. Parece castigo na roça. Há me-ses, ainda na fase inicial das lavouras, imagi-nou-se que o bichinho, devorador de folhas e botões florais, fosse o mesmo encontrado nos milharais, a conhecida lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea). Por alguma razão, teria a praga, supostamente, trocado sua predileção alimentar. Enquanto a agronomia destrincha-va a questão, as lagartas mostravam sua vora-cidade: roças de algodão no município de Luís Eduardo Magalhães (BA) tiveram perdas de 50%. O problema espalhou-se. Estragos foram relatados em Goiás, Mato Grosso, Minas Ge-rais e Paraná. Os prejuízos na safra estimam-se em R$ 1 bilhão.

Terminou a incredulidade quando os técni-cos da Embrapa descobriram que a famigera-da lagarta representa outra espécie, a Helico-verpa armigera, até então desconhecida no Brasil. Tratando-se de praga exótica, acabou enquadrada na classificação denominada "quarentenária A1", permitindo ao Ministério da Agricultura liberar, emergencialmente, a importação e o uso de inseticidas eficazes no controle do bicho. Tais produtos químicos se utilizam há tempos nos Estados Unidos, no Ja-pão, na Austrália, na União Europeia. Curiosa-mente, porém, os técnicos do Ibama e da Anvi-sa tentaram impedir a medida governamental. Dane-se o agricultor, devem pensar.

Larvicidas biológicos (Bacillus thuringiensis) e outros defensivos já registrados no Brasil, em-bora utilizados para combater distintas lagar-tas, também foram liberados para uso imedia-

to nas lavouras. A Embrapa, preocupada com as futuras safras, pois esta, bem ou mal, já foi colhida, definiu um programa de ações emer-genciais para conter o avanço da nova praga. Locais com elevada infestação devem realizar nos próximos meses um "vazio sanitário" de, no mínimo, 60 dias, período durante o qual ne-nhuma lavoura de soja, algodão ou milho po-derá ser plantada na área. O objetivo é reduzir a capacidade de multiplicação do inseto.

Como se sabe, as lagartas logo se encasu-lam, depois sofrem a metamorfose e se trans-formam em borboletas, ou mariposas, e estas saem a botar nas folhas seus ovos, de onde nascem as famintas lagartinhas. Pois bem, a técnica do vazio sanitário procura interromper esse ciclo vital, contínuo, das pragas. Ajuda, mas não resolve tudo.

Há muito os cientistas pesquisam a razão do surgimento das pragas agrícolas. No Bra-sil, Adilson Paschoal tratou do assunto em seu pioneiro livro intitulado Pragas, Praguicidas e a Crise Ambiental (FGV/1979). O professor da Esalq/USP já mostrava, naquela época, o incessante aumento do número de pragas agrícolas, atribuindo tal fenômeno ao desequi-líbrio biológico causado pelo avanço da agri-cultura sobre áreas naturais, somado ao efeito perverso dos inseticidas químicos de então. Tal combinação promoveu à categoria de pragas, insetos antes considerados inofensivos.

"Um fato esquecido pelos erradicadores de pragas", escreveu Paschoal, "foi que os insetos

estão neste mundo há cerca de 400 milhões de anos, e o homem (Homo) há apenas dois milhões." Fantástico isso. Em decorrência, a capacidade de adaptação e a resistência ge-nética dos insetos são incríveis. Mesmo que os agrotóxicos clorados, por serem persistentes no ambiente, bem como os produtos fosfora-dos, muito tóxicos e abrangentes, tenham sido proibidos, substituídos por defensivos agríco-las mais seletivos e degradáveis, novas pragas teimam em irromper nas lavouras.

Acontece que, nas condições tropicais de agricultura, com calor e umidade elevada, a di-versidade de espécies e as interações dos orga-nismos vivos são tremendamente maiores que no clima temperado. Nos Estados Unidos ou na Europa quando chega o inverno os vegetais perdem as folhas, o solo gela, a neve paralisa a evolução das cadeias tróficas. Existe por lá um "vazio sanitário" natural, de origem climática. No Brasil, ao contrário, o tempo quente amai-na, mas nunca cessa: plantam-se duas a três safras no mesmo local; insetos, fungos e bacté-rias reproduzem-se continuadamente. Poten-cializa o desequilíbrio ecológico.

Patógenos desconhecem as fronteiras geo-gráficas. Basta verificar a história mais recente da agricultura nacional para verificar a inces-sante chegada de novas encrencas biológicas. O bicudo do algodoeiro, voraz besourinho, de-sembarcou no Brasil em 1983, causando gran-de desastre na cotonicultura. Na bananeira, o mal da sigatoka negra, a mais temida doença

fúngica do mundo, surgiu em 1998, adentran-do pela Amazônia, apavorando os fruticultores nacionais. Na citricultura, a doença do amare-linho, também conhecida como clorose va-riegada dos citros (CVC), apelidada de aids da laranja, constatou-se nos pomares paulistas pela primeira vez em 1987. Na Bahia, a terrível doença da vassoura-de-bruxa, descoberta em 1991, quase destruiu a cacauicultura nacional.

Variedades geneticamente resistentes, mé-todos de cultivo alternativos, novos defensivos químicos - em cada caso, a pesquisa agronô-mica acabou encontrando boas soluções para proteger a capacidade produtiva no campo. Mas a defesa fitossanitária, para ser eficiente, exige laboratórios de categoria, técnicos pre-parados, recursos financeiros. Nem sempre foi fácil superar as adversidades. Muito menos recuperar os prejuízos dos agricultores. Gafa-nhotos fazem parte das dez pragas bíblicas do Egito. Rezas se justificam. Mas a História mos-tra que somente o conhecimento científico en-frenta a lagarta Helicoverpa.

*Xico Graziano é agrônomo e foi secretário de Agricultura e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. E-mail: [email protected].

Lagarta exótica

PÉRICLES MONTEIRO

A violência no Oeste da Bahia

Page 3: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 3Jornal do São FranciscoJornal do São Francisco

raul Marques

Primeiro, foi o tomate. Depois, a ba-nana, seguida da farinha, do feijão... Quem vai ao supermercado no Brasil,

percebe que os preços de diferentes itens estão mais caros. As explicações são sem-pre as mesmas: seca, excesso de chuva, clima e demanda, entretanto, ninguém nega que esteja havendo um processo especulativo nos produtos que estão na chamada entressafra. Por causa destas ex-plicações, ainda que fundamentadas em fatos isolados, o morador de Barreiras ou quem fez compra na região, pagou 7,25% a mais no preço da cesta básica em março, no confronto com o mês anterior - per-centual que equivale a quase toda a varia-ção dos seis primeiros meses de 2012, que foi de 7,22%.

No ano, até março, a cesta acumula-va alta de 2,83%. Foi o que apontou o le-vantamento realizado mensalmente pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – Campus IX, de Barreiras, sob a coordena-ção do economista Carlos Alberto Ferraz, aos principais supermercados da cidade. O estudo de preços segue a metodologia utilizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômi-cos (Dieese) para acompanhamento da Cesta Básica Nacional, definida com base no Decreto Lei Nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta o salário mínimo. A Ração Mínima definida para a Região 2 onde se situa o Estado da Bahia, compre-ende 12 produtos alimentares: carne, lei-te, feijão, arroz, farinha, pão francês (pão de sal), tomate, café, banana, açúcar, óleo de soja e manteiga.

Segundo o economista, os produtos têm apresentado alta em função de problemas de clima, como chuvas e seca, mas as ele-vações exageradas são frutos de processo especulativo. “Há um grupo que tem inte-resse na alta de preços, e a vontade de que os preços subam acaba se aliando, ainda que só factualmente, com a elevação da taxa básica de juros pelo Comitê de Polí-tica Monetária (Copom), para o controle da inflação. Cada ponto percentual mais alto da Taxa Selic representa custo muito maior para o consumidor final e para a ca-deia produtiva”, disse. O consumidor sen-tiu na prática este custo maior. De acordo com a pesquisa da Uneb, em março deste ano, a cesta básica custou aos barreirenses R$ 278,09 - o que representa 90 horas e 14 minutos de trabalho para quem ganha sa-lário mínimo, quase quatro dias de traba-lho ininterruptos, se a jornada fosse de 24 horas. Levando-se em conta que são oito horas diárias de trabalho, significa que foi preciso trabalhar 11 dias, mais que um terço do mês para comprar a cesta básica.

De acordo com a pesquisa, os produtos que apresentaram maior alta de preços em relação a fevereiro de 2013 foram carne bovina, com 14,40%; leite, 2,79%; tomate, 23,36%; pão, 1,39%; banana prata, 10,68% e, açúcar, 21,39%. A carne praticamente recuperou-se da forte baixa que havia tido no mês anterior por conta da seca e da lagarta, que levaram os pecuaristas a an-tecipar a venda. O campeão em elevação, o tomate, é um dos mais sensíveis a qual-quer adversidade climática. “O tomate, as

verduras em geral, apresentam alta sensi-bilidade ao clima adverso, seja pela chuva ou sol demais, condição em que amadu-rece muito rápido. Foi sazonal a elevação. Lembre-se que estamos em uma das mais graves secas da história”, relembra.

Já o lado inverso da pesquisa realizada pela Uneb, mostra os produtos que apre-sentaram maiores reduções de preços. São eles: feijão (-13,06%) - apesar da forte alta no mês de abril, arroz (-21,52%), farinha de mandioca (-0,68%), café (-3,49%), óleo (-19,76%) e manteiga (-3,14%). O maior declínio aconteceu com o arroz: -21,52%. Carlos Alberto Ferraz lembra que, além das condições internas, a demanda inter-nacional também funciona como fator de

variação de preços no mercado interno. “Este mês, por exemplo, o preço do óleo de soja está em queda livre. Há muita ofer-ta no mercado, o que gera a redução”, ex-plica. A menor participação relativa, nos gastos totais da cesta básica, ficou com o óleo de soja, apenas 0,96% do total.

CONSumIdOR PREVENIdOEscaldado por diversos planos econô-micos e pela tentação das falsas promo-ções, o consumidor brasileiro parece ter aprendido a lidar com preços elevados e a fazer a substituição de produtos. Entre os consumidores ouvidos pelo Jornal de São Francisco, na saída de supermercados da cidade, todos defendiam a pesquisa. Mas há outra unanimidade: todos reclamaram da alta exagerada dos preços de alguns produtos. A dona de casa Rosângela Fa-gundes de Brito é uma das amantes da pesquisa de preços como maior defensora do próprio bolso. “Eu pesquiso antes de comprar. Não há como fugir da elevação de preços. É incrível. É como aquele dita-do: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, disse, reclamando dos preços dos itens de alimentação e material de limpe-za.

Uma família de sete pessoas desfilava com três carrinhos cheios de compra no estacionamento do mercado. Dois adul-tos e cinco crianças que percorrem a cada dois meses, 480 quilômetros para comprar em Barreiras, já que os produtos, segundo a empresária Tatiana Ferreira, ficam mais em conta. Ela não poupa reclamações quanto ao aumento de preços nos últimos dias. “Está tudo subindo devagarinho. A gente só percebe alta quando é exage-rada. Se eu tivesse que escolher um vilão para este aumento de preços seria o fei-jão. Subiu demais”, reclama. Perguntada se substitui, no caso, o feijão carioquinha por outro tipo como o preto, mais barato, Tatiana diz que fez isso com todos os pro-dutos que apresentam valores muito altos. O marido de Tatiana, Marcio Souza Fraga, conhecido como Bebeto por ser fã do jo-gador de futebol nos anos 90, disse que prefere comprar em Barreiras por causa dos preços muito altos em sua região. O empresário do setor elétrico-automotivo entende que a inflação está dando as caras na mesa dos brasileiros.

O casal Milson Gomes do Nascimento e Jacilane Quinto dos Santos Gomes foi outro a reclamar do preço do feijão. Como costumam fazer compras semanalmente, revelaram sentir mais fortemente a alta de preços. “Só este fato de toda a semana virmos ao mercado nos dá a vantagem de saber o que subiu ou o que caiu de preço. Fujo do preço alto”, disse Jacilane. A doméstica Luzineide Pereira Ferreira sentiu a elevação de preços na farinha de mandioca. “É a alta de preços que só os baianos sentem”, evidencia, reclamando ainda acerca dos preços das verduras e dos legumes. Ela lamenta também da alta de preços da carne bovina. “Todos mês é isso. Tem sempre uma surpresa nos pre-ços”, ressalta. A estudante Kedma de Oli-veira Silva entende que a única saída para comprar mais barato é pesquisar. “É o que acontece. Além de gastar, temos que saber onde gastar”, disse. ■

Cesta básica subiu 7,25% em marçoMaiores altas foram do tomate e do açúcar; compradores passaram a substituir produtos de valores elevados

mÊS: mARçO/2013

carne (kg) 11,99 superbomleite (litro) 1,99 sacola cheiaFeijão (kg) 1,99 AtacadãoArroz (kg) 1,67 FelicidadeFarinha (de mandioca) (kg) 3,60 superbomTomate (kg) 1,95 AtacadãoPão francês (kg) 5,99 Igacentercafé moído (250 g) 2,35 AtacadãoBanana da prata (dz) 1,65 superbomAçúcar cristal (kg) 1,69 AtacadãoÓleo de cozinha (ml) 2,99 Igacentermanteiga (500g) 5,99 (500 gramas) Atacadão

PRODuTOSMENOR

PREÇO R$ LOCAL

CESTA BÁSICA* Barreiras – Bahia

carne 4,5 kg 14,06 63,27 20 h e 31min.leite 6 l 2,58 15,48 5h e 1min.Feijão 4,5 kg 4,46 20,06 6 h e 30 min.Arroz 3,6 kg 1,75 6,31 2 h e 2 min.Farinha (de mandioca) 3 kg 4,37 13,10 4 h e 17 min.Tomate 12 kg 5,28 63,32 20 h e 32 min.Pão francês 6 kg 7,29 43,71 14 h e 10 min.café moído 300 g 3,60 3,60 1 h e 10 min.Banana da prata 7,5 dz 3,73 28,02 9 h e 5 min.Açúcar cristal 3 kg 2,27 6,81 2 h e 14 min.Óleo de cozinha 900 ml 2,68 2,68 54 min.manteiga 750 g 11,73 11,73 3h. e 48 min.

PRODuTOS QuANTIDADES PREÇO MÉDIO(R$) CuSTO TOTAL HORAS DE TRABALHO NECESSÁRIAS

Fonte: *Elaboração: Professor msc. carlos Alberto l. Ferraz - conforme decreto lei No 399, de 30 de abril de 1938. Economista responsável: carlos Alberto leitão Ferraz - crE/PE No 3.232

Rosangela Fagundes de Brito

ECONOMIA

RAUL MARQUES

Page 4: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco4 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 Jornal do São Francisco

luciano DeMetrius

Cerca de 40 estudantes do Campus IX da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), de Barreiras, protestaram du-

rante o I Seminário Fiol (Ferrovia Integra-ção Oeste Leste), no Espaço Bartira Fest, na sexta-feira, 26. Em silêncio, os acadê-micos seguravam cartazes pedindo apoio ao ensino público. O movimento foi or-ganizado pelo Diretório Acadêmico (DA) com apoio dos cursos de letras, biologia, matemática, ciências contábeis e agrono-mia. Estrategicamente, os manifestantes se distribuíram em dois lados do auditó-rio, para que ficassem visíveis ao público e aos integrantes da mesa do seminário.

A estudante do 3º semestre de letras, Daniela Scatarregi disse que não há mais condições de frequentar as aulas. “Nós estudamos em um curral. Faltam equipa-mentos nos laboratórios de quase todos os cursos e, quando há algum material, a maioria está defasada”, reclama. Ela criti-cou ainda apenas a preocupação com a implantação da ferrovia. “Não acho justo que se preocupe com a Fiol, enquanto a educação está em caráter de miséria. A Uneb está abandonada, basta ir lá para comprovar. Mas o governador não quer enxergar esta triste realidade, do ensino que está sucateado, principalmente na região Oeste da Bahia”, lamenta.

Quem também define as dependên-cias do campus IX como “curral” é Adrie-le Cruz, do 3º semestre de agronomia. “A gente tem aulas em um curral. O labora-tório de fisiologia é um desastre. Não há nem animais para os experimentos. O aprendizado só acontece na teoria, por-que na prática não há como”, afirmou. “Isso sem contar as péssimas condições de trabalho dos professores e a falta de uma política justa de salário a eles”, com-pletou.

Nas faixas, as frases “Wagner, pague o que deve aos professores”; “Somos im-portantes para o desenvolvimento da região”; “Não deixemos a educação para fora dos trilhos” e “Meu ouvido não é pri-

vada” eram algumas das escritas pelos manifestantes. Até o slogan da campanha pela implantação da Fiol (“A Bahia quer, o Brasil precisa”) foi usado ironicamen-

te pelos manifestantes: “A Bahia quer, o Brasil precisa de educação”; “(Fiol) A elite quer, a burguesia precisa”. “Eles ali em cima (apontando para a mesa de tra-

balhos) não comentam, mas veem que a comunidade acadêmica está indignada com o descaso com a educação”, disse um estudante que preferiu não se iden-tificar.

OuTRO LAdOA reportagem procurou pelas assessorias de comunicação dos organizadores do evento, mas ninguém quis se pronunciar a respeito do protesto. Em comum, disse-ram que o ato faz parte do processo de-mocrático e que é válido para um evento aberto ao público. Também foram vistas faixas de um grupo solicitando agilidade da Justiça Eleitoral no caso das eleições municipais de Muquém de São Francisco e de um grupo independente contrário à implantação da Fiol. Ao final da expla-nação do governador Jaques Wagner, os manifestantes se aproximaram dele e, pela primeira vez, disseram palavras de ordem. O governador cumprimentou convidados, concedeu rápidas entrevis-tas e não atendeu a nenhum dos manifes-tantes. ■

Estudantes protestam por melhorias no ensino público superior

luciano DeMetrius

A pouco menos de um ano e meio das eleições de 2014, o Partido Trabalhista Cristão (PTC) anuncia que vai concorrer com candidatura própria ao Governo da Bahia. E garante o interesse pela prefeita de Cardeal da Silva e também presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), Maria Quitéria Mendes de Jesus, atual-mente no PSB. “Ela representa o novo, o inusitado. E isso tem a ver com a ousadia do PTC. Ela quebrou a hegemonia mas-culina do coronelismo da região de En-tre Rios”, defendeu o presidente estadual do partido, Rivailton Veloso, em visita à redação do Jornal do São Francisco no

último dia 26, em ocasião da realização do I Seminário Fiol.

Segundo o vice-presidente da legen-da no Estado, Ricardo Grey, o nome da prefeita já foi aprovado em convenção do partido. “No encontro nacional em março, em Salvador, Maria Quitéria es-teve presente e a executiva estadual do partido resolveu lançá-la pré-candidata. O PSB sabe do nosso interesse e vamos lutar para tê-la em nossos quadros”, afir-ma. Porém, se a candidatura de Maria Quitéria não se concretizar, a legenda buscará outros nomes para concorrer ao Governo da Bahia.

“Temos um quadro interno com capa-cidade para concorrer às eleições”, frisa

Veloso. Além da candidatura própria, o PTC pretende eleger na Bahia ao menos um deputado federal e dois deputados estaduais. “Estamos garimpando nomes de candidatos, inclusive na região Oes-te”, garante Grey. A construção da ponte Salvador-Itaparica, a ampliação do me-trô na capital baiana e a viabilização da federalização da educação são as prin-cipais propostas do PTC ao Governo da Bahia, em 2014. “Precisamos acabar, no ensino, com a dependência do governo federal”, diz Veloso. Em 2012, o parti-do elegeu na Bahia 88 vereadores e um prefeito (Acajutiba) e teve 174.206 votos (destes, 168.743 nominais e 5.463 de le-genda). ■

PTC quer Maria Quitéria candidata à sucessão estadual em 2014

FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

O posto do SAC de Barreiras retomou suas atividades na segunda-feira, 29 de abril. A unidade passou por reforma na estrutura física. O atendimento é de segunda a sexta, das 7h às 15h30, no Centro Empresarial Barreiras, na Rodovia BR-020. A unidade oferece 145 serviços de nove órgãos, entre eles a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Detran, Planserv, Previdência Estadual, SineBahia, Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), Sefaz Estadual e Ouvidoria da Polícia Militar. O posto do SAC atende, em média, 8,5 mil pessoas por mês na unidade. Os serviços mais procurados são emissão de carteira de trabalho, solicitação de seguro desemprego e intermediação de mão de obra. ■

SAC de Barreiras volta

Cerca de 40 estudantes do campus IX da universidade do Estado da Bahia (uneb), de Barreiras, protestaram durante o I seminário Fiol (Ferrovia Integração oeste leste)

o movimento foi organizado pelo diretório Acadêmico (dA) com apoio dos cursos de letras, biologia, matemática, ciências contábeis e agronomia

LOCAL

Page 5: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 5Jornal do São FranciscoJornal do São Francisco

ivana Dias

A Caixa Econômica Federal realizou a entrega de 742 casas do Programa Minha Casa Minha Vida, no Residen-

cial Arboreto Barreiras I e Barreiras II, si-tuado às margens da BR 135, saída para Riachão, no último dia 26, com a presen-ça do presidente da Caixa Econômica Fe-deral (CEF), Jorge Hereda, do governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner e do superintendente regional, Walter Luiz Siqueira, além de outras autoridades es-taduais e municipais e as famílias bene-ficiadas.

Das 742 unidades, 718 são do tipo villa-ge, com área privativa de cerca de 47m2, com dois quartos, sala, cozinha, banhei-ro social e área de serviço externa. As de-mais 24 unidades foram adaptadas para portadores de necessidades especiais e possuem todos os cômodos no térreo. O empreendimento foi entregue com infra-estrutura urbana (pavimentação, ilumi-nação externa, transporte público, ener-gia elétrica) e sanitária (atendimento da rede de água e esgoto e drenagem), além de quiosques, campo de futebol e parque infantil. “São as primeiras unidades do Programa Minha Casa Minha Vida a se-rem entregues na região Oeste da Bahia, realizado em parceria com o poder públi-co. As unidades foram construídas com o objetivo de diminuir o déficit habitacio-nal da região”, ressaltou o superintenden-te regional da CEF, Walter Luiz Siqueira da Silva.

Os residenciais fazem parte do Progra-ma Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e beneficiarão cerca de três mil pessoas. O empreendimento foi construído com re-cursos do Fundo de Arrendamento Resi-dencial (FAR) para famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Aproximadamente R$ 30 milhões foram investidos no empreendi-

mento e 1,2 mil empregos diretos e indi-retos foram gerados. “A Bahia era o esta-do com a maior deficiência de moradia, principalmente, entre as pessoas mais humildes. Tudo isso aqui deu emprego a muita gente que ganhou cidadania e dignidade. Quando moramos de aluguel, não temos segurança. Pode faltar o pão, mas não falta o dinheiro do aluguel. O que é nosso nos traz tranquilidade, pois a gente sabe que daquele canto ninguém nos tira”, ressaltou o governador às famí-lias beneficiadas.

Para Irenilde de Carvalho Klemez, 29, receber a casa é sinônimo de segurança. Inquilina no bairro Santa Luzia, ela irá morar em uma das unidades adaptadas para portadores de necessidades espe-

ciais com a sua mãe e irmãos. “Se Deus quiser eu vou mudar para a minha casa com meus irmãos e minha mãe. Estou ansiosa para mudar logo. É desconfortá-vel e preocupante ficar morando na casa dos outros. Viver de aluguel é um futuro muito incerto. Estava muito preocupada com o meu futuro, mas agora, estou orga-nizando tudo em minha vida”, disse.

O PMCMV atende cidades de até 50 mil habitantes. De acordo com o superin-tendente da CEF, existe a perspectiva de construir um subprograma em municí-pios com o número de habitantes inferior a 50 mil, que seria chamado de Minha Casa Minha Vida Entidades, uma nova postura de contratação na superinten-dência. ■

Minha Casa Minha Vida entrega 742 unidades

luciano DeMetrius

O empresário de Barreiras, Dirceu Montani Filho, 30 anos, morreu em aci-dente aéreo na manhã de quinta-feira, 25, no aeroporto de Luís Eduardo Maga-lhães. Segundo informações, o acidente teria acontecido por volta das 6h50. O empresário pilotava o modelo Elite VFR RV10, tomado por empréstimo de um amigo.

Montani Filho tinha um avião próprio, que passava por revisão. No dia do aci-dente, ele dirigia-se a Barreiras para o embarque de outras pessoas que ruma-riam a uma fazenda da família no Piauí. O avião caiu a cerca de 100 metros à mar-gem esquerda da pista, vindo a explodir em seguida. Montani Filho era casado e pai de uma menina de um ano e dois me-ses. No dia do acidente, a filha e a esposa dele estavam no interior do Paraná.

Além de ser reconhecido como um jo-vem empresário bem sucedido, Montani Filho era tido como uma pessoa de fácil convivência. “Ele era maravilhoso, um coração que não cabe no peito”, disse a secretária do escritório da família Mon-tani, Elizabeth Cristina. A presidente da Associação Baiana dos Produtores de

Algodão (Abapa), Isabel da Cunha, disse que o empresário “era um filho que qual-quer pai gostaria de ter, um exemplo de vida a ser seguido por muitos jovens da idade dele”.

Para o delegado Rivaldo Luz, da dele-

gacia de polícia de Luís Eduardo Maga-lhães, que investiga o acidente, o que sur-preende é que o piloto tinha experiência. “Apesar da pouca idade, o piloto tinha bastante tempo de atuação na aviação”, disse. Pessoas ligadas ao empresário afir-

mam que o jovem era experiente e tinha por hábito viajar por conta própria para o Piauí.

O Departamento de Polícia Técni-ca (DPT) realizou perícia nos restos do avião e no corpo da vítima e, até meados de maio, emitirá um laudo apontando as causas do acidente. Agentes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também investi-garão o caso. ■

Empresário de Barreiras morre em acidente aéreo

Irenilde de carvalho Klemez, habitará uma das 24 unidades adaptadas para portadores de necessidades especiais

Ao cair, a aeronave do empresário dirceu montani Filho explodiu em sequida

Dirceu montani Filho

FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

LUCIANO DEMETRIUS REPRODUÇÃO/FACEBOOK

LOCAL

Page 6: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco6 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

curso_logistica_faahf.ai 1 26/04/13 15:59

INFORME PUBLICITÁRIO

Page 7: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 7Jornal do São FranciscoJornal do São Francisco

ENTREvIsTA

Secretário de Infraestrutura, maurício Aguiar

virGília vieira

Desde janeiro deste ano, a Prefeitura Municipal de Barreiras, na gestão do prefeito Antônio Henrique, deu início

ao Programa de Reorganização e Revitali-zação da cidade. Há quatro meses a frente da pasta de Infraestrutura, o secretário e engenheiro civil, Maurício Aguiar co-menta sobre algumas dessas mudanças. Destaque para obras de recuperação as-fáltica, trânsito, estacionamento, anel vi-ário, coleta de lixo e iluminação pública. Acompanhe.

Jornal do são Francisco: Quais foram as principais iniciativas adotadas desde o início deste mandato?Maurício Aguiar: As mudanças são visí-veis. Começamos com a reorganização do Centro de Abastecimento de Barreiras (CAB) e a urbanização da cidade, com a retirada do imenso volume de lixo que se acumulava há mais de três meses nas portas das casas e, a desobstrução das calçadas e ruas, com a remoção de vans e vendedores ambulantes em lugares ina-propriados. Também tratamos da parte burocrática da secretaria, como trâmites de documentos, seguindo à risca o que a lei preconiza, tentando defender os inte-resses, tanto do município, quanto do ci-dadão. As mudanças iniciais foram estas.

JsF: Quais são as principais metas do Programa de Reorganização e Revitali-zação?MA: Esse programa é dividido em par-tes. Atualmente, estamos finalizando o projeto “Barreiras Urgente”, apelidado de Faxinaço, que foram as medidas tomadas inicialmente, como a operação tapa-bu-racos, limpeza das ruas, etc. A partir deste momento, na medida do possível e dos recursos que existem, trabalharemos com a revitalização e a qualificação dos servi-ços públicos.

JsF: Existe algum planejamento para a melhoria do trânsito e a falta de estacio-namento?MA: O trânsito de Barreiras foi municipa-lizado, mas essa transição ainda não foi efetivada. Atualmente, o órgão que faz a gestão de multas e demais assuntos é o Departamento de Trânsito (Detran/BA), através da Polícia Militar, que realiza a fis-calização. Hoje temos um número redu-zido de agentes. Estamos aguardando a transição para que a prefeitura possa gerir e ordenar o trânsito. Uma equipe de en-genheiros de tráfego de Salvador chegará a Barreiras dentro de poucos dias, para iniciar os primeiros passos desse ordena-mento. A cidade possui hoje uma frota de 58 mil veículos emplacados, uma média de um veículo para cada três habitantes, então é impossível que as ruas compor-tem todos esses carros ao mesmo tempo. Por isso, as medidas devem ser conjuntas. Não podemos esquecer que o problema

do trânsito hoje é mundial. É preciso pen-sar também em ordenamento do trans-porte coletivo. Hoje a concessão é precá-ria, mas existe uma obrigação legal junto à União dos Municípios para a criação do Plano de Transportes, que será elaborado e discutido.

JsF: De que forma tem ocor-rido a operação tapa-bu-racos? Quais são os bairros prioritários?MA: Sabemos que toda a ci-dade precisa de recuperação asfáltica, mas as ruas das li-nhas de ônibus são priori-dade. Recuperamos alguns pontos, como o Conjunto Rio Grande, as Avenidas Capitão Manoel Miranda e Castelo Branco. Agora estamos traba-lhando na Avenida José Boni-fácio, depois seguiremos para as Ruas Rui Barbosa, Barão de Cotegipe e bairro Vila Rica. Alguns lugares pontuais, como o bairro Morada Nobre e rodoviária também já foram feitos. Temos a consciência de que a operação de recu-peração das ruas é um trabalho contínuo que precisa ser aliado ao Projeto de Macro e Micro Drenagem, já em desenvolvimen-to para buscar recursos federais. Existem lugares que, sem drenagem, a água corre morro abaixo. Nesses lugares, não há as-falto que resista.

JsF: Qual o prazo para a total recupera-ção das ruas de Barreiras?

MA: São duas questões a serem avaliadas: tempo e dinheiro. Hoje temos tempo, mas não temos dinheiro. A cidade estará pron-ta quando nós conseguirmos arrecadar recursos federais e municipais, de forma suficiente, para fazemos frente ao traba-

lho. Não podemos precisar data, nem valores, mas o ser-viço não é barato e os núme-ros vão além da capacidade de investimento do município atualmente.

JsF: A cidade de Barreiras vive na escuridão. Quando a prefeitura pretende mudar isso? MA: Eu posso afirmar que, em menos de quatro anos, a ci-dade de Barreiras estará toda iluminada. Essa é uma neces-sidade urgente, pois envolve a questão da segurança. Temos combatido a escuridão, mas

a forma ainda não atingiu a eficácia ne-cessária. Existe uma série de problemas que precisam ser solucionados dentro do sistema de iluminação. Não é só uma questão de trocar as lâmpadas, é preciso adequar às redes elétricas e combater o vandalismo constante dos padrões. São vários os problemas e estamos estudando a solução.

JsF: Existe algum plano de implantação da coleta seletiva do lixo?MA: A coleta seletiva é um dos objetos do Plano de Manejo de Resíduos Sóli-

dos, que todos os municípios precisam apresentar até 2014. A formatação des-se plano é um trabalho coletivo entre as secretarias de Meio Ambiente e Infraes-trutura. De forma emergencial, a cidade foi limpa, mas ainda existem problemas seríssimos relacionados ao tratamento do lixo, que precisam ser resolvidos. A coleta seletiva, tirando alguns municípios muito pontuais, como Curitiba, é um processo muito difícil de gerenciar. Pra se ter ideia, a cidade de Porto Alegre faz a gerência da coleta seletiva e consegue retirar apenas 8% do lixo - um número baixo, que preci-sa ser trabalhado com Ongs, cooperativas e comunidade. Em nossa cidade, ao lon-go deste ano, haverá processo licitatório simplificado para coleta e destinação fi-nal. Enquanto isso, finalizaremos o pro-cesso de elaboração do Plano de Manejo, que vai definir sobre a coleta seletiva e re-solver outros problemas, como a questão das pessoas que residem no lixão.

JsF: O que o secretário pode falar sobre as obras do Anel viário?MA: A obra do anel viário é federal. Em relação ao prazo de finalização das obras é o Departamento Nacional de Infraes-trutura Terrestre (DNIT) que responde, e já nos adiantou que ainda neste ano deve ficar pronto. Em relação à ampliação, que chamamos de ‘Contorno Viário de Barrei-ras’, pleiteamos junto ao Ministério dos Transportes, com o apoio do deputado João Leão, para que o Estudo de Viabili-dade Técnico, Econômico e Ambiental (EVTEA) - um diagnóstico elaborado pelo DNIT - fosse feito via município, para acelerar o processo. O órgão sinalizou positivamente e a prefeitura vai abrir o processo licitatório para a contratação da empresa que vai realizar o estudo. Hoje, passam por essa BR mais de 3,5 mil car-retas por dia. O estudo vai definir o fluxo dos caminhões e de outros veículos, horá-rio, onde se pretende passar os contornos topográfico, pedológico e geológico. En-fim, o EVTEA vai determinar a viabilidade ou não, da ampliação, para assim, a pre-feitura correr atrás de emendas e projetos executivos para fazer a ampliação.

JsF: Como o secretário imagina a cidade de Barreiras daqui a quatro anos? MA: Teremos uma cidade bem melhor do que a que recebemos. Imagino uma cidade mais limpa, bem iluminada, mais segura, com mais conforto, com linhas de tráfegos melhoradas. O que vai refletir em melhor qualidade de vida para a po-pulação. Eu vejo uma cidade melhor. Não adianta sonhar demais, porque todas as cidades do mundo têm problemas, mas conhecemos as necessidades da popula-ção e faremos de tudo para saná-las. Não é da minha pasta, mas sei da necessida-de de um programa de arborização e este já está sendo projetado. Esperamos que o cidadão não destrua a árvore que será plantada na porta da sua casa. ■

“Imagino Barreiras com mais qualidade de vida daqui a quatro anos”, diz Maurício Aguiar

Há quatro meses a frente da pasta de Infraestrutura, o secretário diz conhecer todas as necessidades do município e reafirma o compromisso com as melhorias urbanas para benefício do cidadão

VIRGÍLIA VIEIRA

Conhecemos as necessidades da população e faremos de tudo para saná-las”Maurício AguiarSecretário de Infraestrutura

Page 8: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco8 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

raul Marques

O mercado brasileiro de caminhões se-gue em bom ritmo, com expectativa de crescimento de até 10% nas ven-

das deste ano, em relação a 2012 – perío-do em que o setor enfrentou retração de quase 20% nas vendas. Profissionais de três concessionárias da região, ouvidos pelo Jornal do São Francisco, reconhe-cem que a projetada redução de R$ 1,67 bilhão no Valor Bruto de Produção (VBP) da atual safra no Oeste baiano pode tra-zer alguns problemas ao setor, mas não acreditam que venha a abalar as vendas de veículos pesados e extrapesados. Em Barreiras, as revendedoras de caminhões esperam o aumento.

Isso porque, embora o crescimento do Produto Interno Bruto previsto para este ano seja de 3%, profissionais do se-tor lembram que há setores na economia que estão em expansão e devem compen-sar eventuais reduções na procura por caminhões. “O setor de construção civil e o de distribuição de alimentos e bebidas devem liderar a demanda por caminhões este ano”, disse Carlos Humberto Santana, gerente da Bravo Caminhões, revendedo-ra Volkswagen em Barreiras, acrescentado que o setor se beneficia com a baixa taxa de juros cobrada nas operações de com-pra pelo sistema do Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame).

Segundo ele, os recursos do programa, oriundos do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) e operados por instituições financeiras públicas e privadas, devem custar 3% ao ano até junho. “A partir de julho, esta taxa sobe para 3,5% ao ano, o que deve reduzir as vendas firmadas por esta linha de cré-dito. Mesmo assim, acredito na expansão do mercado”, disse Santana. O gerente lembra que este ano será difícil para vá-rios setores da economia que operam com caminhões e ônibus. Como exem-plo, cita o ano de 2012, quando se espe-rava muito do período economicamente. “O setor produtivo teve uma lição muito grande sobre expectativa, o que nos leva a entender que 2013 será um ano de caute-la, mas nada que possa impedir a expan-são do mercado”, avalia.

Para confirmar suas projeções, expli-ca que a concessionária trabalha com a possibilidade de crescimento na faixa de 20%, percentual no qual já está embuti-da a taxa de crescimento da economia. “A Volkswagen não quer que falte produto (caminhão) para o mercado. Sem fila de espera e sem transtorno para o compra-dor”, evidencia.

No mercado do Oeste da Bahia, basica-mente a região além do Rio São Francis-co, na qual estão Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério, entre outros, Carlos Humberto informou que 60% de

seu público consumidor são formados por pessoas jurídicas, 10% por pessoas físicas e 30% por fazendeiros. “A marca ajuda muito e pesa na hora de escolher o veículo a comprar. É um valor agregado”, informou. Um fato que chama a aten-ção de Carlos Humberto é a forma de vender caminhões. “Antes, os compradores iam até a conces-sionária. Agora, 90% das vendas são feitas com a ida dos nossos vendedores onde estão os compradores”, revela.

INAdImPLÊNCIAE m b a l a d a s também pelo Finame e pela expansão do setor de trans-porte de cargas, outras montadoras também projetam crescimento do mercado. O vendedor da concessionária Movesa, Paulo Victor da Silva Faustino, tem como meta colocar a Scania, a marca que representa, como líder do mercado de caminhões. Ele dis-se que o mercado cresce, sem qualquer sinal de retração. “As vendas estão muito boas, embora a gente saiba que possa ha-ver problemas mais a frente na questão da adimplência, em função da quebra da safra, mas duvido muito que isso vá atin-gir nosso segmento”, ressalta. Faustino entende, como seu colega da Volks, que o Brasil - quarto maior mercado do mun-do de caminhões e quinto na produção dos chamados veículos pesados – segui-rá embalado pelas baixas taxas de juros e pela isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), prevista para durar todo o ano.

O gerente de pós-venda da Gotembur-go, concessionária da Volvo, Rogério Fer-reira, não crê que qualquer problema na safra possa afetar as vendas da empresa. “Temos um número bem elevado de pe-didos e estamos bem confortáveis em relação às vendas nos próximos cinco meses. O que muda, talvez, com os pro-blemas da safra, é o fluxo de caminhões nas estradas, o que faz cair o faturamento do setor que chefio”, disse Ferreira, refe-rindo-se à manutenção.

Ele informou que, em breve, a empre-sa deve abrir uma filial em Luís Eduardo Magalhães, aproveitando o movimento de caminhoneiros na região. “O objetivo é aproveitar o grande número de caminho-neiros parados em Luís Eduardo Maga-lhães, que elegeram o local como ponto de parada. Para aproveitar o descanso, o

Revendedoras de caminhões não temem quebra da safra

Embalado pela baixa taxa de juros e pela isenção de IPI, setor deve registrar crescimento de 10% nas vendas deste ano

FONTE: JORNAL DO SÃO FRANCISCO

VW

FORD

VOLVO

SCANIA

M.BENZ

IVECO

MAN

AGRALE

30,33% 21,31% 20,49% 9,02% 8,20% 6,56% 3,28% 0,82%

LOCAL

PERCENTuAL dE PARTICIPAçÃO dE VENdAS POR mARCAS NA REGIÃO

Page 9: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 9Jornal do São Francisco

caminhoneiro terá uma concessionária no local”, adianta. Ele prevê expansão de 10% nas vendas em 2013.

LuíS EduARdO mAGALhÃESA perspectiva para a venda de caminhões novos na loja da CCS Caminhões, em Luís Eduardo Magalhães, é de aumento em torno de pouco mais de 20%. “Em 2012, vendemos 164 caminhões, a maioria de médio porte. Para 2013, a estimativa é que consigamos atingir 200 unidades comer-cializadas”, informa o gerente Neilando Araújo. Em um comparativo entre o pri-meiro trimestre de 2013 com o ano ante-

rior, ele diz não ter números precisos, mas afirma que não houve diferença.

“Eu não tenho o fechamento das vendas deste ano, mas não apresen-ta diferença em relação a 2012”, des-taca. Segundo o gerente da CCS, a maioria dos clientes é de Luís Edu-ardo Magalhães e Barreiras, e diz que não há um fator específico quanto à oscilação nas vendas. “A expectativa de aumento é comum no início de cada ano. O fato de esperarmos mais vendas em 2013 não significa que no ano passado tenha sido ruim”, encerra.

A matéria foi apurada antes da decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros para 7,5%. ■

FONTE: JORNAL DO SÃO FRANCISCO

MuNICíPIO AGRALE FORD HYuNDAI IVECO JBC JMC M.BENZ MAN SCANIA VOLVO VW Total geralIrEcE 0,00% 60,00% 0,00% 20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 100,00%XIquE-XIquE 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 100,00%BArrEIrAs 0,00% 23,53% 0,00% 5,88% 0,00% 0,00% 5,88% 5,88% 0,00% 17,65% 41,18% 100,00%luÍs EduArdo mAGAlHÃEs 7,69% 23,08% 0,00% 7,69% 0,00% 0,00% 0,00% 7,69% 7,69% 38,46% 7,69% 100,00%Bom JEsus dA lAPA 0,00% 50,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 25,00% 0,00% 0,00% 25,00% 0,00% 100,00%corrENTINA 0,00% 50,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 100,00%sANTA mArIA dA vITÓrIA 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 33,33% 0,00% 66,67% 100,00%sEABrA 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 25,00% 0,00% 0,00% 0,00% 75,00% 100,00%PIATA 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 0,00% 0,00% 50,00% 0,00% 100,00%cANArANA 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 100,00% 100,00%IrAquArA 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 50,00% 100,00%mucuGE 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 100,00% 100,00%sÃo dEsIdÉrIo 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 50,00% 50,00% 0,00% 100,00%FormosA do rIo PrETo 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 100,00% 100,00%TOTAL 1,69% 22,03% 0,00% 5,08% 0,00% 0,00% 10,17% 3,39% 5,08% 20,34% 32,20% 100,00%

O setor de construção civil e o de distribuição de alimentos e bebidas devem liderar a demanda por caminhões este ano"Carlos Humberto Bravo

Temos um número bem elevado de pedidos e estamos bem confortáveis em relação às vendas nos próximos cinco meses"Rogério FerreiraVolvo

As vendas estão muito boas, embora a gente saiba que possa haver problemas mais a frente na questão da adimplência"Paulo Victor da Silva FuastinoScania Movesa

LOCAL

INFORME PUBLICITÁRIO

PERCENTuAL dE VENdAS POR muNICíPIO NA REGIÃO OESTE dA BAhIA

Page 10: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco10 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 Jornal do São Francisco

LOCAL

virGília vieira

A Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia re-

alizou no dia 27 de abril, no plenário da Câmara Municipal de Barreiras, uma au-diência pública com o objetivo de discutir a exploração do metal tálio no município. Presidida pela deputada estadual, Kelly Magalhães, o evento contou com a pre-sença de autoridades do Poder Executivo e Legislativo Municipal, Ministério Públi-co, órgãos estaduais, Universidades, Or-ganizações Não-Governamentais (Ong’s), Associações, comunidade e representan-tes da empresa responsável pela explora-ção do minério – Itaoeste.

A deputada estadual Kelly Magalhães justificou a realização da audiência em virtude das especulações envolvendo o minério. “Levamos a preocupação ao gru-po empresarial Itaoeste e o presidente se colocou à disposição para fazer alguns esclarecimentos”, disse. Em Barreiras, o mineral foi encontrado em 2011, associa-do ao manganês e cobalto e, desde então, virou tema de discussão. Os questiona-mentos dizem respeito a sua utilidade e possíveis impactos sociais, ambientais e financeiros, além dos benefícios e male-fícios que o minério poderá trazer para o município. Considerado um metal raro, é um mineral de alto valor agregado, utili-zado em indústrias que adotam tecnolo-gias de ponta.

O diretor técnico da Itaoeste, Vladimir Aps, ressaltou a importância do minério na forma de Citrato de Tálio radioativado. “O tálio não é radioativo, porém, pode ser radioativado. O citrato de tálio é o me-lhor e mais caro contraste para exames cardiológicos, o que dará precisão aos re-sultados”, explicou o diretor, que também destacou a utilização do minério em ligas metálicas supercondutoras, além de ser utilizado na produção de material termo-elétrico, led’s, lente, células fotoelétricas, vidros, etc.

ESTÁGIO ATuAL E PERSPECTIVAS Atualmente, a empresa Itaoeste tem 22 al-varás de pesquisas, totalizando uma área de 44 mil hectares requeridos, em torno da região de chapadão e vales. Segundo o executivo Vladimir, após a obtenção dos alvarás de pesquisas foram feitos vá-rios levantamentos e trabalhos de son-dagem. “A jazida de manganês é muito superficial, o que foi feito em termos de sondagem profunda, foi para cumprir as exigências do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Na região do Val da Boa Esperança, por exemplo, a es-pessura média da camada de manganês é de 0,60 centímetros, então os trabalhos de pesquisas foram poucos evasivos. Houve trabalho de abertura de poços, mas fo-ram imediatamente fechados para evitar qualquer dano”, explicou.

Feito os trabalhos de análises, a pesqui-sa seguiu para análises químicas – com o envio do minério para o exterior. “Com esses resultados é que passamos a fazer

o trabalho de laboratório, onde temos descoberto o que tem no minério, como será a extração, quais as formas economi-camente viáveis e outros fatores que são determinantes antes da extração”, explica Vladimir Aps, enfatizando a dificuldade ao iniciar um estudo inédito. “Tivemos que partir do zero. Ninguém no mundo sabe como separar o tálio do man-ganês, é um trabalho difícil e caro que a companhia tem desenvolvido”, relata.

A partir dos estudos, um relatório final será feito e en-tregue ao DNPN, que deverá vistoriar, estudar, avaliar e, finalmente, aprovar ou não. Somente depois disso é que a empresa poderá solicitar o Pedido de Lavra ao referi-do departamento que fará as exigências das Licenças Ambientais e então liberar a Portaria de Lavra. “Depois das licenças e implantações das instalações, a explora-ção do minério será iniciada. Ao mesmo tempo, faremos a recuperação das áreas lavra-das”, acrescenta.

A respeito das áreas de ex-ploração do Tálio em Barrei-ras, apenas uma tem o Pedido de Lavra que aguarda acei-tação do DNPM. Os outros estão em fase de entrega dos relatórios finais de pesquisa. “Ainda não chegamos à fase de Pedidos de Licenças Am-bientais em nenhuma das áreas estudadas”, explica. Se-gundo ele, o proprietário da terra só passa a ter participa-ção sobre os resultados das lavras e das vendas do minério, após a obtenção da Portaria de Lavra. “Essa é a fase em que a empresa também passará a receber al-guma coisa, sendo ressarcida do investi-mento e, ao mesmo tempo, o proprietário receberá a parte devida”, informa.

ImPACTOS AmBIENTAISO prefeito Antônio Henrique ressaltou

sobre a importância do desenvolvimento e da preocupação com o meio ambien-te. “Ficamos preocupados com os im-pactos que essa exploração possa trazer, mas estamos dispostos a debater esse processo”, garantiu. Na oportunidade, o

representante da Associação de Moradores do Val da Boa Esperança, Jairo Alves, tam-bém externou a apreensão da comunidade com o rio e com a vegetação. “Este miné-rio está localizado nos vales, onde passa o maior patrimô-nio de nossa sociedade que é o Rio de Ondas. As serras que o cercam emanam as nascen-tes e sabemos que essa água abastece a comunidade e a agricultura da região. Essa é a nossa maior preocupação. Esperamos transparência da empresa para conosco”, disse o morador.

PERSONALIdAdE ILuSTREEm resposta às preocupações com as questões ambien-tais, o presidente da Itaoeste, Olacyr de Moraes esclareceu que o projeto de exploração do Tálio não envolve o Rio de Ondas. “Eu sei o valor desse rio para o seu povo, mas esse projeto não tem nada a ver com essa joia que é o Rio de Ondas. Jamais faremos qual-quer coisa que o possa pre-judicar. Acredito que muitos insistem em falar mal do pro-jeto, se referindo ao rio, por falta de conhecimento”, des-tacou.

Sobre a toxidade do tálio, o empresário ressaltou que – assim como acontece com outros minérios e produ-tos, a utilização pode ser feita para o bem ou para o mal. “Se você tomar gasolina você vai morrer, da mesma forma se você tomar tálio. Tudo depende do uso. Acredi-to e tenho interesse no desenvolvimento do país. Gosto dessa região e é por isso que estou aqui. Já falei e repito, não pre-tendemos passar nem de longe por esse

rio, a não ser para fazer turismo”, enfati-zou.

O promotor de Justiça, Eduardo Bitten-court, assegurou que o Ministério Público do Estado da Bahia tem acompanhado to-das as questões que envolvem a explora-ção do Tálio. “O MP está de portas abertas para contribuir e acompanhará esse pro-cesso. Acredito que a empresa vem para colaborar com o desenvolvimento da re-gião, mas vamos avaliar e discutir junto à comunidade todos os questionamentos e impactos ambientais que envolvem esse processo”, disse.

BENEfICIAmENTO O Bispo Diocesano de Barreiras, Dom Jo-safá Menezes da Silva, cobrou informa-ções acerca do processo de lavra e de be-neficiamento. Em resposta, Vladimir Aps explicou que o manganês será extraído e levado para uma unidade de beneficia-mento que será intensamente discutida com as autoridades envolvidas sobre a lo-calização. “Ainda não temos nada defini-do, estudaremos o melhor local junto com a comunidade e definiremos de tal forma que não haja nenhuma interferência com o local de extração”, afirmou. Sobre a pos-sibilidade de o beneficiamento acontecer fora do Estado, o geólogo da Universidade Federal da Bahia, Clayton Janoni, chama a atenção para a inviabilidade da logísti-ca, uma vez que o processo de beneficia-mento atrai pequenas, médias e grandes indústrias tecnológicas, inclusive de fora do país.

“Extrair e não beneficiar, não é interes-sante para Barreiras. O Tálio deve che-gar junto com um plano de urbanidade gerando emprego e renda. A extração do minério só trará desenvolvimento para Barreiras, se o beneficiamento acontecer no próprio município. O beneficiamento é o que gera impostos, royalties, empre-gos, desenvolvimento e renda. Temos exemplos de cidades mineradoras em Mi-nas Gerais, que têm os maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH)”, lem-brou o geólogo. Além do presidente Ola-cyr de Moraes e de Vladimir Aps, outros dois executivos representaram a Itaoeste na audiência, sendo Andres Guzman e Carlos Cerri. ■

Audiência discute exploração do tálioDas 22 áreas pesquisadas, uma aguarda aprovação do

Pedido de Lavra e as demais estão em fase de entrega do Relatório Final de Pesquisa

Eu sei o valor desse rio para o seu povo, mas esse projeto não tem nada a ver com essa joia que é o Rio de Ondas. Jamais faremos qualquer coisa que o possa prejudicar”Olacyr de Moraes PRESIDEnTE DA ITAOESTE

FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

A audiência teve por objetivo esclarecer as especulações envolvendo a exploração do minério

Page 11: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 11Jornal do São Francisco

EsPECIAL

Aumento da inadimplência e endividamento preocupa comércio e consumidoresraul Marques

Março é um divisor de águas. Para o mercado financeiro é como se aca-basse o período mais turbulento do

ano e começasse nova fase na economia pessoal. Quando alguém diz que pagou as contas do mês de março significa que quitou as despesas feitas na euforia do Natal, nas festas de final do ano, nas fé-rias, no Carnaval, na compra do material escolar, além dos impostos como o IPVA e IPTU, que costumam vencer neste pe-ríodo. “É um mês decisivo para as contas de qualquer um. O período entre março e abril costuma ser de grande inadimplên-cia. Isso é cíclico. Entra ano e sai ano e é a mesma coisa. Falta planejar”, diz o profes-sor de Finanças e Economia do Ibmec – Rio de Janeiro, Gilberto Braga. É o que pa-rece ter acontecido na região Oeste, que registrou forte elevação do número de inadimplentes, embora tenham ocorrido diversas recuperações de crédito, confor-me apontou pesquisa feita pelo Núcleo de Pesquisas da Câmara de Dirigentes Lo-jistas de Barreiras (CDL).

De acordo com o levantamento, cujo coordenador é o economista Ernani Sa-bai, foram 59.644 consultas ante 11.661 negativações no trimestre encerrado em março. Por sua vez, 5.385 CPFs foram regularizados. Com base nas tabelas for-necidas pelo economista, o número de consultas representa, nos primeiros três meses do ano, até o dia 28 de março, que-da de 20,57% frente a igual período de 2013, enquanto as negativações subiram 19,78% - percentual que é bem eleva-do em sua avaliação. As regu-larizações dos CPFs tiveram queda de 29,88% também em relação a 2012. No primeiro trimestre daquele ano, foram feitas 61.023 consultas, com 11.288 negativações e 6.099 regularizações. A pesquisa usa como base a população eco-nomicamente ativa na faixa etária entre 20 e 64 anos, nos nove municípios incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito de Barreiras, que são: Angical, Baianópolis, Barreiras, Cristó-polis, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Ria-chão das Neves, Santa Rita de Cássia e São Desidério. O total desta faixa etária equivale a 47,22% do total residente na região.

Este aumento da inadim-plência, segundo Ernani Sa-bai, passa a ser preocupante se confrontado com a economia atual. Ele justifica esta expansão à oferta de crédito fácil em quase todos os setores da economia no ano passado e a má ges-tão orçamentária. “Há também casos de quem emprestou o CPF para alguém fazer compras ou pegar dinheiro emprestado”, evidencia. A inadimplência, no entanto, lembra, não é um problema apenas local.

Basta saber que, dos cheques emitidos no Brasil, no mês de março, 2,36% foram devol-vidos por insuficiência de fundos, conforme apon-tou o Indicador Serasa Experian de Cheques sem Fundos, divulga-do no dia 22 de abril. Este percentual foi o maior desde maio de 2009, quando o índice de devoluções fora de 2,52%.

NÃO fuI AfETAdA PELA INAdImPLÊNCIASe para o comércio local, o aumento da inadimplência preocupa, a empresária Solange Lemos da Silva comemora o fato de não ter havido, na sua empresa, o re-gistro de acréscimo em relação ao ano passado. “Continua em torno de 3,5% do total dos compradores. Não há o que re-clamar. O nível de inadimplência é bem linear, exceto nos períodos que sucedem o Natal e São João, pois nestas datas os consumidores acabam exagerando um pouco nas compras”, explica. Já sabendo desta realidade, o segredo da empresária está na prevenção e planejamento para o período de inadimplência mais alta, no qual precisa fazer maior volume de caixa para manter o giro de capital. “Sabemos que entre março e abril a inadimplên-cia sobe por conta do final do ano e das despesas nestes meses iniciais; e que de agosto a outubro também há este au-

mento em função das festas do meio de ano", frisa.

E ela parece estar certa. Economistas e comerciantes afirmam que o planejamento é fundamental para qualquer segmento que atue em área cercada das chamadas vendas sazonais - dias das Mães, dos Pais, das Crianças e Natal. “O comerciante tem que com-prar um mês antes para fazer estoque para o mês em que a venda estará mais aquecida, com exceção do Natal, em que esta antecipação tem que ser maior, de no mínimo dois meses”, evidencia o professor de Finanças e Economia do Ibmec – Rio de Janeiro, Gil-berto Braga.

REABILITAçÃO dOS dEVEdORESO comércio - setor mais atin-gido pela inadimplência ele-vada - vai reagir a este turbi-lhão de atrasos. Segundo o presidente da CDL de Bar-reiras, Alberto Celestino de Freitas, a inadimplência tem

acompanhado o crescimento da econo-mia brasileira. “Cada ano o número ten-de a aumentar nesta espiral de consumo e inadimplência. É reflexo de um final de ano com crédito relativamente barato e que levou as pessoas ao endividamento”, avalia. O presidente informou que a CDL deve iniciar uma campanha de reabili-

tação dos CPFs dos devedores, uma vez estar próximo de uma das melhores datas para o comércio: o Dia das Mães que, se-gundo os lojistas, só perde para o Natal.

Em Luís Eduardo Magalhães, o presi-dente da Associação Comer-cial e Empresarial (Acelem), Carlinhos Pierozan, adianta que a entidade deve criar uma câmara de mediação para re-solver os problemas com a inadimplência local. “Vamos criar um espaço destinado a acertar as contas com os com-pradores, com total segurança e privacidade”, disse.

GRANdES mudANçAS NO mERCAdO fINANCEIROPlanejamento. Esta é a pa-lavra-chave no entender do superintendente Regional da Caixa em Barreiras, Walter Luiz Siqueira da Silva, que destaca que 2012 foi um ano de grandes mudanças no mer-cado financeiro, especialmen-te na área de crédito. “Houve uma redução histórica das taxas de juros, capitaneada pela Caixa, e o brasileiro está se acostumando a usar o cré-dito como forma de alavancar seu comércio, seu empreendi-mento e aumentar suas compras”, disse dias antes do Comitê de Política Mone-tária (Copom) elevar a taxa básica de ju-ros para 7,5%. Em sua opinião, o planeja-mento deve ser consequência desta nova realidade, uma vez que, segundo ele, o co-merciante sabe da inadimplência cíclica nos meses de março e abril e que as pró-prias instituições financeiras deixaram de

ser apenas emprestadoras de dinheiro. “Hoje o banco também orienta o cliente a pegar o dinheiro da melhor forma. Nem sempre o que ele quer fazer é o ideal”, dis-se, citando o exemplo da compra de um

automóvel. “Existem linhas de crédito adequadas para este fim. Mais baratas, com juros menores e custo final bem mais em conta”, explica.

O superintendente da Caixa em Barreiras continua dizen-do ainda que houve expansão de 45% no crédito ofertado pela sua instituição, nos vá-rios segmentos e que, nem por isso, detectou aumento da inadimplência, conside-rando-a um termômetro des-te índice, já que boa parte de sua clientela é formada por microempreendedores - os primeiros a sentir qualquer problema de liquidez no mer-cado. “As pessoas sabem o que querem e veem no banco um parceiro. Esta mudança da forma de pensar do tomador de empréstimos e as próprias leis, que obrigam a informar o custo efetivo total de uma operação, acabaram por me-lhorar a qualidade das ope-rações”, analisa. Outro fator

que, segundo ele, contribuiu para esta melhoria foi à queda do spread bancário – diferença entre a taxa final e o custo do dinheiro para a instituição. Apesar disso, reconhece que o brasileiro ainda não se atém à matemática financeira e, quase sempre, está mais preocupado com valo-res do que com os juros.

Curiosamente, no mesmo mês de mar-

Contas de março fecham o verão

Houve uma redução histórica das taxas de juros, capitaneada pela Caixa, e o brasileiro está se acostumando a usar o crédito”Walter Luiz de SiqueiraSUPERInTEnDEnTE DA CAIXA

É um mês decisivo para as contas de qualquer um. O período entre março e abril costuma ser de grande inadimplência"Solange Lemes da SilvaEMPRESÁRIA

A alínea 12 do Banco Central significa que o cheque foi devolvido pela segunda vez por insuficiência de fundos e não pode mais ser reapresentado.

Page 12: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco12 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

A pesquisa do Banco Central divulgada em 26 de março passado informa, no en-tanto, que a taxa média do cheque especial ficou em 138,5% ao ano, inferior a 170,1% praticados em abril. Os 138,5% equivalem a juros mensais de 7,51%; 170,1% repre-sentam 8,63% ao mês. Ou seja, se alguém usar o cheque especial para financiar um bem vai pagar 2,385 vezes o valor do bem. A taxa média do Banco Central não corres-ponde aos juros cobrados de um cliente novo. A taxa pode chegar a 233,48% ao ano, o que equivale a 10,56% ao mês. Esta taxa, segundo tabela no site do Banco Central, é praticada pelo Citibank. No início de abril, a taxa era de 10,3% ao mês praticada pelo mesmo Citibank, o que equivale a 224,9% em um ano. Ou seja, um bem financiado pelo cheque especial pode ter custo supe-rior a três vezes o seu valor.

Para as operações de crédito na aquisi-ção de veículos, a taxa mais baixa era do Banco Mercedes-Benz, com 0,66% ao mês, 8,18% ao ano no início de abril; a mais ele-vada era da Portocred: 3,75% mensais, o que perfaz 55,61% ao ano. Um lembrete que os técnicos do mercado financeiro dão é que as operações para compra de veículos costumam ser mais baratas já que o objeto da compra representa uma garantia adicional da quitação do crédito. Quanto maior for a garantia de pagamen-to, menor deve ser o custo da operação. No entanto, a maioria das concessioná-rias tem um portfólio de financeiras e bancos com os quais operam. Por isso, é bom solicitar dois ou três financiamentos, inclusive, se for o caso do banco da pró-pria montadora. Há uma questão adicio-nal: verificar se não há taxas adicionais ou custos embutidos nas operações, o que muita gente batiza de produto agregado. Neste caso, dos veículos em geral, estão os seguros. Isso pode encarecer o custo de uma operação de crédito simples e deve ser acrescido aos cálculos dos juros.

Outra operação bem utilizada pelos tomadores de recursos pessoa física é o crédito consignado. As operações para os pensionistas do INSS têm custo mensal que varia de 1,52% a 2,27% ao mês, 19,88% a 30,85% ao ano. Já os funcionários pú-blicos podem captar recursos com taxas cuja diferença entre a maior e a menor é apelidada pelos operadores como ‘boca de jacaré’, de tão grande. O menor juro co-brado é 1,32% ao mês – 17,06% ao ano – e

Falta educação financeiraO professor de Finanças e Economia do Ibmec/RJ, Gilberto Braga, vê um mo-tivo para esta onda de inadimplência

cíclica permanecer ano após ano na vida do brasileiro. “Falta educação financeira ao povo brasileiro. Devia ser obrigatória esta disciplina já para os jovens entende-rem como é controlar as finanças, a lidar com o dinheiro e como fazer reserva de capital para eventuais adversidades”, dis-se, destacando que este desconhecimento pode gerar o desequilíbrio das contas. “Po-de-se consumir de duas formas diferentes. Com consciência ou cair nas armadilhas feitas por comércio, bancos e financeiras. É preciso dominar o impulso antes de com-prar”, destacou. Braga lembra que o ato de comprar é contínuo e que algumas lojas já estão fazendo campanha de venda visan-do o Dia das Mães, prometendo o prazo de 45 dias para a primeira prestação. “O que muito comprador não percebe é que não é o prazo da primeira parcela. O pagamento é inevitável, em 30, 45 ou 60 dias”, reforça.

O acúmulo de dívidas em março às vezes é um fato isolado, mas pode significar que houve um exagero no final do ano, atesta o economista. Segundo explicou, um dos sintomas mais claros que as contas de uma família não estão bem é a mensali-dade escolar. “Um dos fatos que normal-mente acontece quando há falta de recur-sos é atrasar a mensalidade da escola, que tem juros baixos e costuma ser mais fácil renegociar. É diferente de outras contas em que se cobram juros sobre juros, com percentuais bem superiores ao de uma es-cola”, evidencia. Nas armadilhas, além das promoções com a primeira parcela para fi-nanciar em um prazo maior, o economista cita o anatocismo – a cobrança de juros so-bre juros – como um dos fatores mais gra-ves. “A pessoa não pesquisa taxa de juros. Acaba optando pelo cheque especial, que tem juros mais elevados e que são cobra-dos em cima da dívida acrescida de juros do mês anterior. É outro erro”, explica.

dIfERENçAS No caso das dívidas, lembrou, há diferen-ças fundamentais. Uma delas é exatamen-te o oposto ao de quem tem dinheiro para investir. “Se nos investimentos você deve, por proteção, diversificar as aplicações; na questão das dívidas é melhor concentrar no lugar que apresente a melhor opção de custo”, disse. Ou seja, em vez de fazer

várias dívidas com taxas de juros altos é melhor concentrar em um local que em-preste dinheiro a juros menores. Em tese, seria tomar recursos a juros menores que os de multas por atraso e as taxas de outras operações de crédito, optando por uma que a quitação seja possível. No caso, um bom exemplo é o de acabar com o débito com o banco no cheque especial e fazer o parcelamento em uma linha de crédito de menor custo.

Gilberto Braga, no entanto, fez questão de assinalar que é importantíssimo que o endividado confesse seu problema a to-dos que partilham do seu dia a dia. “Não adianta um chefe de família ficar econo-mizando, se os outros participantes não contribuírem. Não vai haver solução. É importante que todos reconheçam o pro-blema e passem a reduzir despesas em gasolina, táxi, academias, almoços fora de casa e tudo mais”, explica. Ele lembra que esconder da família a verdade, é uma das principais causas das dívidas assumirem proporções gigantescas.

ARmAdILhAS E TRuquESHá certas arapucas para quem vai tomar dinheiro emprestado ou fazer alguma

compra. De cara, dizem os especialistas, o melhor é partir do princípio que quanto mais fácil o crédito, maior é a taxa de juros. No caso, o cheque especial ganha de longe em termos de custo de longo prazo, mes-mo o Governo alardeando que o brasileiro está pagando os menores juros reais – taxa menos a inflação – desde 1995. A taxa mé-dia apurada em fevereiro foi de 5,42%, o que equivale ao custo anual de 88,4%. Só que taxa média inclui os grandes clientes para quem as taxas são bem menores. O princípio do mercado de dinheiro é o de que, quem tem recursos, quando precisar pagará taxas menores.

Neste ponto é que está a armadilha do cheque especial. A princípio, os juros os-cilam em cerca de 66% ao ano; só que as taxas são cobradas sobre o montante de-vedor, acrescido de juros. Neste caso, um mês de dívida de R$ 1.000 representam R$ 1.054,20 de débito. No mês seguinte, serão cobrados juros sobre R$ 1.054,20, o que vai acabar resultando na taxa de 88,4%. Para saber a taxa anual deve-se dividir a taxa mensal por cem, adicionar um e ele-var a 12. Deste resultado, subtrai-se um e multiplica-se por cem. No caso, a conta com 5,42% vai dar 88,3979%.

ESPECIAL

ço de 2013, o carro-chefe das aplicações do mercado financeiro – a caderneta de poupança – teve captação recorde, o que reforça a afirmação do superintenden-te de que as pessoas estão cautelosas na hora de usar os recursos para comprar ou investir. A elevação de 0,25 ponto per-centual nos juros da economia influencia diretamente o custo do dinheiro para o tomador. No caso, segundo profissionais das mesas de crédito, a elevação deve ser exatamente o dobro, o que equivale a 0,5 ponto percentual. Os operadores de cré-dito lembram que este acréscimo é anual e não mensal.

REALIdAdE dA GRANdE mAIORIA

Comprovando o que diz o superinten-dente, a redação do Jornal do São Francis-co constatou em entrevista com diversos consumidores. Dos quatro entrevistados, apenas um disse que costuma fazer o cál-culo não apenas da parcela, mas dos juros que deverá pagar. A caixa Cleide Néri, que estava desempregada quando ouvida pela reportagem, revelou o quê tem feito de-pois de perder o emprego para não ficar inadimplente nas compras que fez a pra-zo. “Estou desempregada e não quero dei-xar de pagar a conta, mas se eu posso pa-gar eu compro”, disse, evidenciando que calcula se a prestação é acessível, mas não os juros. Ela apenas pesquisa preços para fazer o que chamou de reserva de caixa.

Outro consumidor que pesquisa bas-tante o preço antes de comprar é o pe-dreiro Valciel Rodrigues de Araújo, que adquiriu um ventilador à vista, após pes-quisar bastante. Sobre as compras a pra-zo, Valciel falou que apenas calcula se a prestação cabe em seu orçamento e não o valor dos juros. Ao ser questionado se ti-nha alguma conta a vencer em pleno mês de março, Valciel foi taxativo: “Todo mês é difícil para qualquer trabalhador”.

O objeto de desejo do motorista de am-bulância, Rosivaldo Ribeiro Guedes, era um par de tênis. Para comprá-lo, antes de efetuar qualquer compra, pesquisa pre-ços e condições de pagamento. “É impor-tante pesquisar e saber, por exemplo, se a

prestação cabe no orçamento em um mês com tanto imposto para pagar. Eu com-paro preços e condições”, conta.

A exceção no grupo ouvido pelo Jornal do São Francisco é o comerciante William Silva Santos. “Quando eu compro a pra-zo, tenho que saber os juros. Não gosto de prestação, mas quando compro, vejo se cabe no orçamento. Caso contrário, não compro”, disse. Cauteloso, o empresário revela que mesmo as compras de sua loja ele reduziu em virtude do atual momento vivido pela economia local. “Este negó-cio de seca, lagarta... pode respingar na economia. A cidade vive a agricultura. Depende dela. Como sou comerciante, preciso manter a cautela”, analisa.

REPRODUÇÃO

É importante pesquisar e saber, por exemplo, se a prestação cabe no orçamento"Rosivaldo R. GuedesMOTORISTA DE AMBULânCIA

não quero deixar de pagar a conta, mas se eu posso pagar eu compro”Cleide Néri da SilvaCAIXA

Todo mês, como março, é difícil para qualquer trabalhador”Valciel R. de AraujoPEDREIRO

Este negócio de seca, lagarta... pode respingar na economia"William Silva SantosCOMERCIAnTE

Um dos fatos que normalmente acontece quando há falta de recursos é atrasar a mensalidade da escola"

Gilberto Braga, Professor de Finanças e Economia do Ibmec/rJ

Page 13: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 13Jornal do São Francisco

a maior é de 7,38% ao mês – 135,01% ao ano. Nas taxas não estão incluídos even-tuais custos adicionais como a tributação, especialmente Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as taxas cobradas pe-las instituições financeiras, em alguns ca-sos questionáveis, como a famosa Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e a do cadastro.

ANTES dO CRédITOCertas regras devem ser obedecidas pelo tomador de recursos antes de obter qual-quer operação de crédito em uma insti-tuição financeira. A primeira delas quase ninguém faz e acaba enrolado pelos pa-gamentos que têm de ser feitos no correr do ano. No primeiro semestre de qual-quer ano gasta-se mais dinheiro do que no semestre seguinte, especialmente nos primeiros três meses. O mais correto, en-tão, para evitar problemas financeiros no final do ano, seria tirar as férias de janeiro a março. Recebe-se mais justamente nos meses em que se paga mais contas. Tal fato, no entanto, acaba longe da cultura do brasileiro, que até goza férias no verão, mas não paga as contas. Opta por viajar para o litoral, o que acaba piorando o pro-blema da inadimplência. Quando tira fé-rias, o trabalhador recebe o salário do mês e o dos 30 dias seguintes. Ou seja: no mês

seguinte ficará quase sem salário.Outra questão é negada por alguns ge-

rentes de agências bancárias e confirma-da por outros. Quando alguém tira 30 dias de férias será favorecido se optar por um mês que começa em uma quinta-feira já que o dia de sua volta cairá em um final de semana. Desta forma, quem tira 30 dias de férias em meses começados em uma quinta desfrutará de 32 dias de férias. Nas sextas, 31 dias. Sabe-se que os juros das operações de crédito são proporcionais aos dias da operação. Seguindo o mes-mo princípio, as taxas dos contratos de crédito, que mudam sempre, são maiores para as operações que começam em uma quinta-feira – 32 dias – e em uma sexta-feira – 31 dias. Portanto, há quem garanta que nunca se deve fechar uma operação de crédito ou sacar dinheiro dos cartões de crédito no limite de crédito rotativo nestes dias da semana. Lembrando que, por exemplo, uma taxa de 7% ao mês para 30 dias significa 7,48% em 32 dias. Ou seja, 125,22% ao ano contra 137,65% ao ano na operação por maior prazo.

Um bem tem um prazo de validade. Um tempo de duração. Este tempo deve ser maior que o prazo das prestações. Não é aconselhável, no caso, que se façam finan-ciamentos muito longos para carros, que

acabam envelhecendo e perdendo o valor de venda. Prazos superiores a três anos para compra de carros não são aconse-lháveis. Pagam-se juros por um bem que está perdendo valor e não se valorizando; ao contrário, no caso, de um bem imóvel. Cartão de crédito é só uma forma emer-gencial e/ou disciplinada de pagamento. Deve pagar-se no mês o que foi gasto na-quele mesmo mês e nunca despesas an-tigas. Se a fatura vier alta, evite parcelar. Pague o valor total. O parcelamento dos cartões de crédito costuma ter taxas exor-bitantes.

A expressão sem juros soa como atra-ente para o consumidor. Pois é! Só que na prática, não existe cobrança sem juros. Tudo tem juros embutidos ou os chama-dos custos adicionais que vão desde a estocagem até as despesas operacionais para a venda. Por isso, quem paga em di-nheiro pode barganhar um desconto. A utilização da máquina de cartão de débi-to tem um custo para o comerciante. No pagamento em dinheiro, este custo, por exemplo, de 5% em cada venda, pode ser revertido em desconto ao consumidor, ainda que não seja em igual proporção.Utilize crédito para operações especiais, com um determinado fim. Hoje, bancos têm operações específicas desde a com-

pra de carro até a reforma da casa. Cer-tamente os juros serão bem menores. O crédito tido como genérico – para qual-quer fim – como os CDCs – tem custo mais elevado.

O tomador de dinheiro não está fazen-do favor nenhum ao banco em pedir re-cursos emprestados. Negociar é a alma do negócio, especialmente nos detalhes, pois que 0,5% a mais em uma operação significa mais de 6% ao ano pagos de ju-ros em uma operação de crédito. Não se deve ter vergonha na hora de negociar um contrato. Banco, mal explicando, dizem os operadores, é um vendedor de dinheiro e o tomador, um comprador de recursos. Como em uma loja. Está caro o dinheiro, não compre. Quando os juros estiveram altos, procure outra instituição com juros mais baratos. O ideal é só endividar-se até 30% do valor que se ganha por mês. No entanto, este limite deve ser o menor pos-sível para que haja equilíbrio das contas. Uma boa solução, segundo especialistas, é fazer uma reserva em uma caderneta de poupança. Caso precise de recursos, saque da poupança e quando for repor o dinheiro na conta, calcule quanto perdeu em juros. Por exemplo, se sacou R$ 1.000 e a poupança rendeu 0,5% no período, de-posite R$ 1.005,00 no mês seguinte. ■

ESPECIAL

Aprovada Lei que proíbe cobrança da taxa de esgotoO projeto recebeu dez votos favoráveis e aguarda posicionamento do Poder Executivo

ivana Dias

A Câmara de Vereadores de Barreiras aprovou em sessão ordinária do últi-mo dia 17, o Projeto de Lei 037/2009,

que proíbe a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) a cobrar taxa de 80% sobre o valor do consumo de água. O assunto esteve na pauta do Poder Legisla-tivo por quatro anos, tendo como relator do projeto, o atual presidente, vereador Carlos Tito Marques, do Partido Democrá-tico Trabalhista (PDT).

Ele aproveitou a oportunidade para relembrar alguns fatos ocorridos neste período, como a realização de duas audi-ências públicas, nas quais a Embasa não teve representante em nenhuma das oca-siões, além de um abaixo-assinado com a adesão de 3,2 mil participações popula-res. Em entrevista ao Jornal do São Fran-cisco, na edição impressa de nº 122 (Ja-neiro/2013), Carlos Tito reclamou quanto à negligência da atuação da Embasa com a população barreirense e apontou nu-

merários que poderiam ser investidos no município.

“A cada real aplicado em esgotamento sanitário, o município, o estado e a união

economizam R$ 4, imediatamente. A em-presa está na expectativa de administrar por mais 30 anos esse sistema, e o municí-pio não terá nenhuma participação no re-

sultado dessa exploração. Ressalta-se que a Embasa reajusta todo dia 1º de maio, um percentual da conta de água e de esgoto em 13% a 14,5% - o que significa que o município está abrindo mão de um fatu-ramento de 7 bilhões”, explicou.

O fato questionado na sessão foi à taxa de esgoto cobrada e estende-se à pres-tação de serviços públicos essenciais de operação, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários.

A Lei foi aprovada com 10 votos. Dos 19 vereadores, seis abstiveram-se: Aguinaldo Junior, Graça Melo, Rui Mendes, Hipólito dos Passos, Lúcio Carlos e Ben-Hir Aires, que alegaram a necessidade de mais tem-po para análise da matéria. As vereadoras Núbia Ferreira e Marileide Carvalho não estiveram presentes à sessão. O projeto foi repassado ao prefeito que pode ou não sancionar, como também fazer alterações para nova apreciação do Legislativo. O presidente da Câmara encerrou afirman-do não acreditar na possibilidade de veto do projeto pelo Executivo. ■

ivana Dias

Após aprovação do Projeto de Lei pela Câ-mara de Vereadores, a Empresa Baiana de Àguas e Saneamento (Embasa) afirmou em nota que o documento é inconstitu-cional. De acordo com a empresa, o pro-jeto contraria determinação das leis fede-ral e estadual que disciplinam o assunto, já que a cobrança da tarifa de esgoto está respaldada na Lei Nacional de Sanea-mento Básico nº 11.445 de 2007, regula-mentada pelo Decreto de Lei nº 7.217 de

2010, que permite a cobrança da tarifa de esgoto pelas concessionárias autorizadas pelo poder municipal, prestadoras dos serviços de água e esgoto.

A Lei Estadual nº 7.307 de 1998, de re-des coletoras convencionais, com a fina-lidade regulamentada pelo Decreto de Lei nº 7.765 de 2000, estipula a tarifa de es-goto em 80% do valor de água consumida no mês para usuários a fim de suprir os custos de operação, manutenção, depre-ciação, provisão de devedores, amortiza-ção de despesas e remuneração de inves-

timentos. Ainda segundo a Embasa, em Barreiras, apenas os imóveis que contam com efetiva coleta e tratamento dos esgo-tos domésticos, são cobradas as tarifas.

Em nota, assegura também que todas as determinações da Agência Reguladora de Saneamento Básico da Bahia (Agersa) - órgão responsável pela fiscalização das concessionárias que prestam serviços de água e esgoto no Estado - são cumpri-das. Quanto à relação com o município de Barreiras, informa que está amparada pela Lei nº 975 de 2011, que instituiu o

Plano de Saneamento Básico de Barreiras, o que possibilita a assinatura do contrato de programa, celebrado no ano passado após aprovação por meio de votação na própria Câmara de Vereadores e audiên-cias públicas com a população.

Segundo a empresa, estes instrumen-tos reforçam a legalidade da prestação do serviço e a cobrança da tarifa, além de possibilitar a captação de recursos federais e estaduais para investir na ex-pansão dos serviços de água e esgoto de Barreiras. ■

Embasa se defende: cobrança é constitucional

Jornal do São Francisco

LOCAL

IVANA DIAS

Discussão do tema atraiu grande número de pessoas à sessão ordinária

Page 14: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco14 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 Jornal do São Francisco

ivana Dias

Em uma cerimônia de passagem, o comando da 4ª Companhia da Polícia Militar transferiu o comando do Capitão PM, Ricardo Bruno Menezes de Alen-

car, para o capitão da PM Cristiano Andrade da Gama, no último dia 22, no Centro Cultural Celso Barbosa.

Estiveram pre-sentes à cerimônia, o Tenente Coronel do 10º Batalhão da Polícia Militar, Osival Moreira Cardoso, do sub-comandante do

10º BPM, Major PM Camilo Otávio Alon-so Uzêda, vice-prefeito de São Desidério, Reginaldo Cesar, presidente da Câmara, Manoel Divio de Souza, vereadores, se-cretários de governo e comunidade local.

O capitão Gama comandará a 4ª CIA/PM sediada em Cristópolis, composta pelos municípios de São Desidério, Ca-tolândia, Baianópolis, Angical, Wanderley e Distrito de Roda Velha. “É uma grande honra representar a 4ª Companhia da Po-lícia Militar. Usarei estratégicas em vários setores da cidade para garantir segurança à comunidade de São Desidério”, pon-tuou o capitão.

O ex-comandante Ricardo Bruno Mene-zes de Alencar agradeceu a comunidade do município pelo apoio recebido. “Perce-bi que o município está em um bom nível de segurança, é uma cidade hospedeira e educada. Espero que a sociedade acolha o novo comandante como fui acolhido”, observou o ex-comandante. ■

luciano DeMetrius

Com capacidade para 44 internos – sendo quatro vagas para bebês de zero a três anos e outras 40 para

crianças e adolescentes -, foi inaugurada oficialmente no último dia 30 de abril, a Casa de Passagem da Criança e do Ado-lescente José Vicente da Silva, no bairro Santa Cruz, em Luís Eduardo Magalhães. O local serve de abrigo temporário aos menores de 18 anos que estão em situ-ação de risco e que, por decisão judicial ou encaminhamento pelo Conselho Tu-telar, necessitam ficar distantes da famí-lia. O espaço é mantido pela Associação dos Moradores do Aracruz (AMA).

O prédio está em área construída de 403 metros quadrados (930 metros qua-drados total) e tem dois pisos. No infe-rior, estão cinco dormitórios – dois para meninos, dois para meninas e um berçá-rio -, além de secretaria, sala de estar, co-zinha, garagem, área de lazer, um espaço para oficinas, lavanderia e sala do Conselho Tutelar. No superior, es-paço para atividades com os abrigados e eventos e ou-tro setor para as funções administrativas. Também será criado um espaço para instalação de tv e computadores e outro para a brinquedoteca.

“Os bebês têm prazo de até oito dias para ficar no abrigo. Já as crianças e adolescentes ficarão por tem-po indeterminado, saindo somente após decisão judi-cial”, disse a conselheira deliberativa, Joselita Chaves. As obras da sede começaram em janeiro de 2012 e, com orçamento inicial de R$ 300 mil, já foram investidos R$

500 mil. Destes, R$ 50 mil via financia-mento do Fundesis, R$ 100 mil da Prefei-tura de Luís Eduardo Magalhães, R$ 183 mil do Ministério Público do Trabalho e o restante das Lojas Maçônicas, dos empresários locais e de doações da co-munidade. “Além do valor em dinheiro, também recebemos móveis e materiais”, disse a diretora da Casa de Passagem, Valdirene Aragão.

A previsão é de que, quando o local es-tiver com a ocupação máxima, o custo mensal chegue, em média, a R$ 25 mil com pagamento de funcionários, com-bustível, energia elétrica, água e alimen-tos. Quinze funcionários fixos vão atuar na Casa de Passagem, sendo um casal cuidador, um auxiliar de serviços gerais, quatro vigias, uma pedagoga, um coor-denador pedagógico, uma secretária, uma psicóloga, uma assistente social, um psiquiatra, uma nutricionista e um motorista. Apenas o casal cuidador, a as-

sistente social e os profissionais de saúde terão contato com os internos. Os profissionais do setor administrati-vo ficarão em área à parte.

O nome da Casa de Passagem é uma homenagem ao ex-conselheiro tutelar José Vicente da Silva, falecido em outubro de 2011. ■

Inaugurada a Casa de Passagem MUNICÍPIOs

Fachada da casa de Passagem José vicente da silva

LUCIANO DEMETRIUS

luÍs EduArdo mAGAlHÃEs

luciano DeMetrius

Mapear os locais com maior incidên-cia de ocorrências policiais na cidade e estudar os números de crimes mais comuns, de acordo com os Registros de Ocorrên-cias Policiais (ROPs), serão as primeiras ações do novo co-mandante da 5ª Companhia de Polícia Militar, tentente Edjean Sabino Ferreira da Silva, que tomou posse no final da tarde do último dia 25, em substituição ao capitão Cristiano Andrade da

Gama. A solenidade aconteceu na Praça Sérgio Alvim Motta (praça da Matriz), no centro de Luís Eduardo Magalhães.

“A partir dos dados colhidos é que te-rei um panorama dos pontos com mais necessidade dos trabalhos da polícia. Mas também não vamos desguarnecer os locais com menor criminalidade, pro-curando atuar com rondas policiais de forma preventiva”, afirmou.

O oficial já havia sido apresentado aos representantes do Conselho Comunitá-rio de Apoio à Segurança Pública (Con-seg/Lem) no último dia 18, em reunião realizada no auditório do Hotel Paranoá, no bairro Santa Cruz.

Na ocasião, o tenente-coronel Osival Cardoso, do 10º Batalhão da Polícia Mili-tar de Barreiras, explicou que a saída do capitão Gama aconteceu por mudanças internas propostas pela Polícia Militar. “Em nenhum momento a mudança de comando, em Luís Eduardo Maga-lhães, teve qualquer conotação política, partidária ou ideológica, conforme foi ventilado quando foram anunciadas as trocas. A Polícia Militar, como qualquer outra instituição, tem seus períodos de alterações de comando”, assegura.

O antecessor de Sabino, capitão Cristiano Gama, estava à frente da 5ª Companhia da PM desde setembro de 2009 e, segundo ele, a sensação é de dever cumprido. “Nestes três anos e sete meses, eu e minha tropa consegui-

mos apreender 250 armas de fogo, prendemos 350 pesso-as envolvidas com o tráfico de drogas, recuperamos pelo menos 100 veículos e frustramos oito tentativas de fuga da delegacia”, afirmou. Durante a solenidade de troca de comando, sete pessoas seguravam duas faixas e cartazes em apoio ao capitão Gama. ■

Novo comandante da PM toma posse

Troca de comando em São Desidério

luciano DeMetrius

Os comerciantes de Luís Eduardo Magalhães terão a oportunidade de apresentar e vender seus produtos em

espaço próprio paralelamente ao Bahia Farm Show (evento de agrone-gócios tradicional que entra em sua 15ª edição, em 2013). Entre 28 de maio e 1º de junho, será realizada a I Feira de Negócios e Entretenimento de Luís Eduardo

Magalhães (Felem), em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura.

O evento é promovido pela Associa-ção Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães (Acelem), Secretaria Municipal do Comércio de Luís Eduardo

Magalhães, Asso-ciação de Agricul-tores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Sebrae. De acordo com o projeto, serão instalados 82 estandes, praça de alimentação e palco para apresen-tação de artistas lo-cais em área de 849 metros quadrados

em frente ao prédio do Centro Adminis-trativo, no centro. O custo do evento é de cerca de R$ 200 mil.

Levando em consideração a expecta-tiva de 70 mil participantes durante o Bahia Farm Show, os organizadores da I Feira do Comércio aguardam 50 mil pessoas para o novo evento.Também se-rão contratados dois artistas de renome nacional – preferencialmente um ator e uma modelo – para divulgar o evento. “O objetivo da feira não é fazer concorrên-cia com a Bahia Farm Show. O que que-remos é fazer um trabalho paralelo para mostrar aos visitantes o que é produzido em nossa cidade", disse o presidente da Acelem, Carlinhos Pierozan.

Para o secretário municipal de Indús-tria e Comércio, Ondumar Marabá, o objetivo do evento é lançar uma alterna-tiva para que os empreendedores locais mostrem seus produtos. “As feiras vindas de outras cidades dificultaram o traba-lho dos comerciantes locais. Portanto, vamos mostrar o que parte das sete mil empresas da cidade tem a oferecer”, ressaltou, assegurando ainda que não há restrições aos empreendedores de outras localidades. ■

Feira de Negócios quer valorizar comércio

Carlinhos Pierozan

Ondumar marabá

Page 15: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 15Jornal do São Francisco

JSFRURAL

raul Marques

O projeto da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) venceu a burocra-cia. Os trens devem circular entre

Ilhéus, Caetité e o Oeste baiano – ao sul de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério - até o final de 2014, após longa batalha com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e o Tribunal de Contas da União (TCU). O anúncio foi feito pelo ministro dos Transportes, César Augusto Rabello Borges, durante o I Seminário “Fiol, a Bahia Quer, a Bahia Precisa”, promovido em Barreiras no últi-mo dia 26, mediante a presença de 2 mil pessoas. Deputados, senadores, prefeitos, líderes de associações de classes e figuras públicas defenderam a construção da fer-rovia como ponto de atração de empresas e companhias e pleitearam junto aos ór-gãos públicos, ministérios e autoridades, a realização de uma série de obras para completar a malha rodoviária e servir de suporte para a expansão da economia e o escoamento da produção.

“Este é um momento de extrema im-portância para a Bahia. O Ministério dos Transportes garantirá recursos para a re-alização das obras da Fiol - sem exageros – e, também, a circulação dos trens na ferrovia até dezembro de 2014”, garantiu o ministro César Borges, acrescentan-do que este é um compromisso dele, do

ministério, da Valec e do Governo Dilma, bem como incentivar o modal ferroviário para ligar o Atlântico ao Pacífico, citando a integração deste com outras formas de transporte, como o marítimo. “Já estão sendo feitas as obras de melhoramento do Porto de Ilhéus”, disse, reconhecendo ainda a necessidade de melhorar o siste-ma viário em todo o Estado, nas regiões adjacentes à ferrovia. Ele também asse-gurou que, até agosto próximo, quer que todos os problemas estejam resolvidos. César Borges anunciou ainda, na ocasião, que o ministério deverá gastar R$ 1 bilhão em pendências com a ferrovia somente neste ano, ante os R$ 170 milhões execu-tados em 2012. Isso porque, segundo fon-tes que trabalham nos canteiros das obras embargadas, as empresas realizadoras es-tão tendo gastos com a manutenção de pessoal nas regiões, especialmente, em São Desidério, por isso mesmo, havendo a necessidade de que o Ibama trate a tra-vessia com o devido cuidado.

De acordo com o ministro, já no mês de agosto, as obras de Barreiras, São De-sidério e Luís Eduardo Magalhães devem estar em andamento. A licitação para o trecho que liga Belo Horizonte até Salva-dor, segundo ele, já foi determinado pela presidente Dilma Rousseff. Ao fazer o uso da palavra, o presidente da Valec, Josias Sampaio Cavalcanti assegurou que o tre-cho de Barreiras é prioridade da empresa

a fim de facilitar o escoamento da produ-ção da região, lembrou que boa parte dos trechos está adiantada e que a região das cavernas, em São Desidério, está passan-do por uma reavaliação da área. “A expec-tativa é que até o final de maio tenhamos a licença de instalação. Esperamos que as obras sejam feitas já em julho”, disse. Se tivesse sido entregue em 2012, como previsto inicialmente, a Fiol custaria R$ 5,4 bilhões aos cofres públicos. O gover-nador Jaques Wagner deixou claro que a ferrovia é também uma das prioridades do Estado e garantiu o apoio do governo,

especialmente na construção de estradas e sua manutenção, assim como facilitar a construção dos portos secos ao longo da ferrovia. “Hoje é uma data muito impor-tante para a Bahia. Não é todo dia que se reúnem tantas autoridades, gestores de empresas, administradores e represen-tantes dos mais diversos segmentos da sociedade para dar apoio a um projeto com dimensões como da Fiol”, disse. Ele entende que a união entre os produtores rurais e as indústrias é fundamental para assegurar o melhor desenvolvimento da região.

Para a Fiol entrar nos trilhoso ministro dos Transportes, césar Borges, anunciou que o ministério deverá gastar r$ 1 bilhão em pendências com a ferrovia somente neste ano, ante os r$ 170 milhões desembolsados em 2012

Seminário no Bartira Fest reuniu ministros, governador, vice-governador, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e executivos de diversas empresas e de órgãos públicos

FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

Jaques Wagner e césar Borges conversam antes da abertura do evento da Fiol

Page 16: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco16 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

JSFRURAL

www.chapadaoagricola.com.br R. Jatobá, 202, Jd. das Acácias - Luís Eduardo Magalhães-BA

Revendedor dos produtos:

S

77 9971.4888

ENTRAVES SuPERAdOSOs participantes deixaram claro em suas exposições que, ao que tudo indica, o consórcio e Valec, frente Ibama e o Tri-bunal de Contas da União (TCU), supe-raram os problemas ou, ao menos, farão um esforço para tal. No embate, o Ibama justifica como motivo para o atraso na concessão das licenças para as obras, o traçado da ferrovia e alega que este pas-sa por cavernas existentes em trechos nas cidades de Barreiras, São Félix do Coribe, Santa Maria da Vitória e São Desidério, fato que exigiu a mudança. O governador Jaques Wagner e o ministro César Borges deixaram claro que o problema deve ser superado por meio da assinatura de um termo. O superintendente do Ibama na Bahia, Célio Costa Pinto, disse ao Jornal do São Francisco que há um decreto fe-deral que classifica as cavernas brasileiras como bem da União, determinando a re-levância de cada uma delas. Outro pon-to é a existência de diversas espécies de morcegos e de macacos de papo amarelo. Quanto aos lotes do projeto, Célio Costa disse que não há mais entraves nos tre-chos de 1 a 4. “Falta apenas o plano básico ambiental dos trechos 5, 6 e 7”, informou.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-BA), Marco Amigo, disse que não há qualquer obstáculo para o prosseguimento da obra que a engenharia não possa superar. “Se houver necessidade em se construir uma ponte, assim faremos. A sociedade quer e estamos empenhados nisso”, assegurou. A licença do Ibama é mais importante do que muita gente imagina. Como será construído um porto seco na região, e para que isso se concretize, é necessária à concessão de três principais licenças: a prévia, a de instalação e a de opera-ção. Segundo consta nos sites das obras da Fiol, a licença de instalação permite construir cidades-alojamento para os tra-

balhadores, com toda a infraestrutura ne-cessária, no caso, esgoto, água e energia elétrica. Segundo orçamentos que datam de dois anos, uma cidade deste porte tem cerca de 250 mil metros quadrados e cus-ta cerca de R$ 3 milhões. Por causa disso, o deputado João Leão e o ministro dos Transportes, César Borges, mostraram preocupação com o entorno das cidades que vão abrigar a ferrovia.

A questão da logística e dos diversos modais que darão suporte à ferrovia tam-bém preocupa o presidente da Associa-ção dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, que defende a ampliação do trabalho de infraestrutura. “Precisamos, urgentemente, melhorar nossa logística com a construção da fer-rovia e do Porto Sul, além de melhorar as estradas vicinais e sistemas de armaze-namento para que possamos continuar crescendo e criar novos polos de desen-volvimento”, disse. Em seu discurso, Bu-sato defendeu a revolução que a Fiol pode trazer à economia da Bahia, especialmen-te à região Oeste, como a redução de cus-tos com o transporte da safra – que deverá cair até 70%, segundo projeções feitas por

produtores. O presidente lembrou ainda que não será apenas a região produtora de grãos (soja, farelo de soja e milho) que será beneficiada, já que a ferrovia tam-bém transportará fertilizantes, combustí-veis e minério de ferro. “Este aumento da competitividade dos produtos agrícolas da região com instalação de polos agroin-dustriais e de exploração de minérios é outro benefício à região, com o aumento da arrecadação de impostos”, frisa.

Segundo a Aiba, a conclusão da ferro-via Oeste Leste e a construção do Porto Sul são fundamentais para que a região ganhe vantagem competitiva em seus produtos. Cerca de 30% do valor das com-modities é comprometido com a logísti-ca. O setor algodoeiro é um dos que mais é dependente do transporte rodoviário para sobreviver. “Hoje, mais de 95% do algodão produzido no Estado, destinado à exportação, segue de caminhão para o porto de Santos, em São Paulo. Com a Fiol conseguiremos melhorar nossa competi-tividade”, adiantou a presidente da Asso-ciação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Isabel da Cunha. O secretário extraordinário da Indústria Naval e Portu-

ária do Ministério das Minas Gerais, Car-los Nogueira da Costa Junior, destacou a importância da situação de alguns portos na Bahia, principalmente o Porto Sul, que tem ligação direta com a Fiol. “A intenção é abrir portos que comportem a oferta nacional e consigam resistir à dinâmica da demanda internacional. Não existe ferrovia sem um porto”, ressaltou preo-cupado com a interligação dos modais de transporte.

CARTA dE BARREIRASO encontro teve como resultado, a Carta de Barreiras – documento elaborado pe-las diversas entidades organizadoras do evento e que foi entregue ao ministro Cé-sar Borges. A carta contém os principais pontos para a obra, finalmente, decolar, com destaque para a definição imediata das localizações dos pátios intermodais da ferrovia para a transferência das cargas de um sistema para outro, como ferrovi-ário para rodoviário, em um maior nú-mero de cidades. Além de Barreiras, São Desidério, Caetité, Brumado, Tanhaçu e Ilhéus, a deputada estadual Ivana Bastos (PSD) defende a implantação de pátios nos municípios de Jequié, Guanambi e Bom Jesus da Lapa. No documento, tam-bém consta observação para a contrata-ção imediata do consórcio que executará as obras do Lote 1 (Ilhéus); liberação ime-diata das obras do Lote 5 (Guanambi) e 5A (ponte sobre o Rio São Francisco); con-cessão das Licenças Ambientais dos Lotes 6 (Correntina) e 7 (Barreiras); a elabora-ção de estudos de alteração do traçado da ferrovia, ligando Correntina à cidade de Campinorte, no entroncamento com a Fico; concessão da Licença de Explora-ção da Lavra das Minas de Caetité, para a Bahia Mineração (Bamin), dentre outros.

A carta ressalta, ainda, os problemas que estão impedindo que as obras da ferrovia caminhem de acordo com o cro-nograma, a exemplo da demora nas desa-propriações de fazendas no Lote 1 e dos embargos reiterados feitos pelo Tribunal de Contas da União. Para tanto, solicita as seguintes providências: retomada das obras do Lote 1 com contratação imedia-ta de empresas para sua execução; desa-propriação imediata das fazendas Baviera e Pontal por onde passará a ferrovia; esta-belecimento do processo de licitação para compra dos trilhos; liberação das obras dos Lotes 5, que estão sem pendência; concessão das licenças ambientais dos Lotes 6 e 7; garantia das condições am-bientais para a manutenção da licença de instalação dos Lotes 1 a 4; realizar estudos de alteração do traçado do trecho Caitité - Barreiras, visando interligar o Lote 6 ao município de Campinorte em Goiás – op-ção que foi quase que descartada por fon-tes ouvidas pelo Jornal do São Francisco, por encarecer a obra - , e desapropriação de imóveis na área do Porto Sul. ■

Prefeitos de Barreiras, Antônio Henrique e, de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz

Evento no Bartira Fest reuniu cerca de duas mil pessoas

Page 17: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 17Jornal do São Francisco

JSFRURAL

Page 18: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco18 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

JORNAL DO SÃO FRANCISCO - ED. 128, DE 1 A 15 DE MAIO 2013

Page 19: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 19Jornal do São FranciscoINFORME PUBLICITÁRIO

Page 20: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco20 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

JSFRURAL

Grupo de Emergência apresenta resultados sobre lagarta Helicoverpa

Após nove dias de trabalho, as primeiras ações de campo foram encerradas no dia 11 de abril. Técnicos da ADAB e da ABAPA percorreram seis municípios do Oeste da Bahia, para realizar um levantamento fitossanitário da região

Nesta primeira etapa foram prioriza-das as lavouras de algodão, uma vez que o milho e a soja já haviam sido

colhidos. Nas 257 propriedades visita-das, os técnicos procuraram saber se os agricultores haviam detectado a praga em suas plantações, qual o nível de in-festação, quais os produtos que estavam utilizando no combate, a eficiência des-tes produtos, se eram assistidos por en-genheiros agrônomos e quais os danos econômicos sofridos. Eles apuraram que, a lagarta que começou no milho, se for-taleceu devido aos dois anos de seca na região, além da falta ou uso equivocado do refúgio estruturado, uso errado de in-seticidas não-seletivos e o plantio de mi-lho Bt, que minimiza os efeitos da lagarta predadora da Helicoverpa spp..Com os produtores de soja sem acompanhamen-to técnico adequado, as lavouras não fo-ram monitoradas e a praga se espalhou. Além disso, no Oeste da Bahia, a lagarta tem alimentação o ano todo, uma vez que não se pratica o vazio sanitário, o que fa-cilita a permanência dela na região.

Com esse panorama em mãos, a Fun-dação Bahia, em parceria com técnicos e consultores da região, formaram um Gru-po de Trabalho para definir as estratégias de controle da praga. Coordenados pela Associação de Engenheiros Agrônomos (AEAB) e pela Associação dos Engenhei-ros Agrônomos de Luís Eduardo Maga-lhães (AGROLEM), o Grupo se subdivi-diu. O primeiro, é o grupo de Agentes de Controle Biológico que, em parceria com universidades e institutos de pesquisa, vai fazer testes com parasitóides, bacté-rias, fungos e vírus para combater a Heli-coverpa spp. Já o grupo de Calendário de Plantio e Refúgio tem realizado diversas

reuniões para definir a duração e a posi-ção do vazio sanitário; as datas de plantio e colheita das culturas; a porcentagem de refúgio para as culturas de milho e al-godão e as estratégias de uso do refúgio estruturado. Este grupo tambem visitou empresas que produzem e comercializam sementes resistentes a praga, para saber o tamanho do estoque disponível e assegu-rar a safra de 2013/2014.

Existem ainda, o grupo de Controle de Pupas, que vai monitorar a praga através de armadilhas e o grupo de Inseticidas, que já solicitou as autoridades governa-mentais, em caráter emergencial, a libe-ração de moléculas que têm ação efetiva sobre a Helicoverpa spp., além da impor-tação de sementes de algodão (Austrália e EUA) com mais de dois eventos. Eles ain-da estão trabalhando na calendarização do uso de inseticidas e validação em con-dições de campo da tabela de seletividade para inseticidas. Os técnicos deste grupo alertam para a importância de se usar in-seticidas com mecanismos de ações dife-rentes, evitando, desta forma, a perda de ação dos produtos e uma consequente formação de indivíduos resistentes.

No âmbito federal, a secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura reconheceu e declarou o estado de emer-gência fitossanitária no Oeste da Bahia, através da portaria no 42 de 5 de março de 2013. Também foi criado o Grupo de Ge-renciamento Situacional de Emergência Fitossanitária para identificar, propor e articular a implementação de ações ágeis e eficazes contra a praga. “Estamos aten-dendo com celeridade todos os pleitos da região. O processo de registro e extensão de uso de agroquímicos que, normalmen-te, duraria de 3 a 5 anos, foi de apenas trin-

ta dias.”, disse o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do MAPA, Paulo Reis.

Além das ações da AIBA, ABAPA, ADAB, Fundação Bahia e do MAPA, os outros órgãos e associações que fazem parte do Grupo Operacional de Emergências Fi-tossanitárias - AEAB, DDSV, Seagri, FAEB, UNEB, EBDA, SDA, Fundeagro, Aciagri e Agrolem – também estão acompanhan-do e participando dos trabalhos, dando apoio e efetivando parcerias.

Além do trabalho de campo, foram rea-lizadas reuniões com produtores das áre-as visitadas para falar sobre a importância da correta execução do Plano de Manejo da Helicoverpa spp para o futuro da re-gião Oeste e esclarecer como o Plano será conduzido.

“A região não pode reviver o que acon-teceu na safra 2012, onde tivemos um au-mento no custo de produção de 300 à 350 dólares por hectare no algodão e 50 a 80 dólares na soja. Sem falar na insegurança que o produtor viveu sobre produtivida-de de suas lavouras que estavam sendo

dizimadas pela praga”, disse o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, que esteve presente a todas as reuniões e aproveitou para apresentar as ações da nova direto-ria da Associação e explicar como serão conduzidos os trabalhos desta gestão.

A segunda etapa das ações de campo está planejada para o fim do mês de abril, quando chegará ao Brasil o primeiro lote da molécula Benzoato de Emamectina. Além de dar continuidade ao levanta-mento fitossanitário, a ADAB será res-ponsável pela venda do produto, orien-tação e fiscalização de armazenamento e aplicação na lavoura.

“Estamos tomando todas as medidas para combater a Helicoverpa spp. Nosso Plano de Manejo é referência em todo o país. Combatida a praga, o produtor es-tará preparado para a colheita 2013-2014, com um sistema de produção mais ade-quado à região e com o auxílio constante de pesquisas”, afirmou otimista o coor-denador regional da ADAB, Armando Sá Nascimento Filho. ■

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A MAURICÉA ALIMENTOS vem a público prestar esclarecimento sobre a Ação Fiscal ocorrida na Fazenda MF1, em 12 de abril de 2013 pelo Ministério do Trabalho e Emprego em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal.

A referida fiscalização não aconteceu na Granja da Mauricéa e sim na pro-priedade de um Integrado da Empresa, parceiro na criação de frangos, que também fornece aves para outros frigoríficos. O objeto da verificação foi a ativi-dade de “apanha de frango” realizada por uma Empresa prestadora de Serviço.

A terceirização da “apanha de frangos” é uma prática comum nas empresas do ramo avícola por se tratar de atividade que exige extrema especialização em decorrência dos danos físicos que podem ser causados às aves no momento de sua coleta.

A MAURICÉA ALIMENTOS exige de seus prestadores de serviços que to-dos os funcionários tenham carteira assinada, paguem os impostos e contribui-ções devidas, que forneça os Equipamentos de Proteção Individual, bem como orientação de como utilizá-los, além de respeitar a jornada de trabalho semanal e os horários de repouso e descanso.

As instalações das granjas da Mauricéa e todas as demais granjas que a em-presa mantém integração na Bahia estão em conformidade com a legislação trabalhista, possuindo prédio com banheiros, sanitários, sala para refeição e água potável tanto na sede da granja como em cada núcleo de aviários onde a “apanha de frangos” é realizada. Lamentavelmente, na ação da fiscalização ocorrida isto não foi evidenciado.

A MAURICÉA ALIMENTOS repudia veementemente qualquer forma de tra-balho que possa ser equiparado à condição análoga a escravo e ressalta que é uma das maiores empregadoras da região oeste da Bahia construindo seu trabalho baseado em uma sólida relação de respeito com seus colaboradores.

A MAURICÉA ALIMENTOS informa que tomará todas as providências cabí-veis para responsabilizar os envolvidos e eventuais abusos cometidos.

Luís Eduardo Magalhães, 18 de abril de 2013.Atenciosamente,

MAURICÉA ALIMENTOS DO NE LTDA

FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO OESTE BAIANO – FUNDAÇÃO BAHIA - CNPJ. 01.866.071/0001-34

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

A Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano – FUNDAÇÃO BAHIA, convoca a Diretoria Executiva, o Conselho Técnico, o Conselho Curador, o Conselho Consultivo, seus Sócios Quotistas, Produtores Associados de Sementes para participarem da ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA que se realizará no dia 10 de maio de 2013 (sexta-feira), no auditório da Fundação Bahia, localizado na BR 020/242 KM 50,7 - nesta Cidade de Luis Eduardo Maga-lhães - Bahia, às 9h:00 horas em primeira convocação e às 9h:30 horas em segunda e última convocação com qualquer número de Diretores, Conselheiros, Sócios Quotistas ou Produtores Associados de Sementes que estiverem presentes, com a seguinte ordem do dia:

1 - Parecer do Balanço Geral do Exercício de 2012;2 - Situação Atual da Fundação Bahia no Primeiro Trimestre de 2013;3 – Outros;

Luis Eduardo Magalhães, 23 de abril de 2013Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano

Page 21: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 21Jornal do São Francisco

JSFRURAL

Com a confiança dos produtores, a eficácia de Fox hoje é a solução absoluta para a soja brasileira, graças à sua molécula inédita e seu grupo químico exclusivo. Faça como o Walter Horita: torne-se você também um fã do fungicida que mais cresce em uso no Brasil.

Fox – De primeira, sem dúvida.

Mais de 20 milhões de hectares tratados;

Maior eficácia contra Ferrugem;

Excelente controle da Antracnose, Oídio e Mancha-Alvo.

Walter Horita. Grupo Horita - Barreiras/BA

Com Fox, este anúncio é o mais próximo que a ferrugem vai chegar da lavoura do Walter Horita.

ww

w.b

aye

rcro

psc

ien

ce

.co

m.b

r 0

80

0 0

11

55

60

Page 22: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco22 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

JSFRURAL

A Fazenda Café do Rio Branco, local do Encontro Técnico do Café do Oeste da Bahia, é parte do complexo da fa-

mília Castro que tem tradição na produção de café. O começo foi em 1973, com An-tônio José de Castro, em Mogiana, região de Pedregulho (SP). Em 1977, o produtor adquiriu outra propriedade em Patrocínio (MG). Os filhos Glauber de Castro e Glaucio de Castro acompanharam o pai na cafei-cultura e, em 1999, a família descobriu que o Oeste da Bahia era propício para o plan-tio em uma região próspera.

“Fiquei aqui por três meses, avaliando as propriedades da região, até a compra da Fazenda Rio Branco, depois rebatizada de Fazenda Café do Rio Branco”, conta Glau-ber de Castro. Assim, cada um deles ficou responsável por uma das propriedades: o pai administra a fazenda em Pedregulho

(SP), que dedica 100 dos 200 hectares à cafei-cultura. Glaucio está em Patrocínio (MG), com dedicação a 310 hectares ao café, dos 570 hectares da área total da fazenda. Já Glauber é o responsável pela área em Barreiras, onde 400 hectares dos 1.100 da propriedade são voltados ao plantio do café.

A perspectiva para a safra 2013, segundo Glauber, é que sejam colhidos 20 mil sacas na Fazenda Rio Branco. “Aqui na região Oeste, especificamente, temos vantagem devido à luminosidade, topografia e irrigação”, acres-centa. O investimento da família Castro já ren-deu a criação da marca, fruto do Projeto Kaff, que exporta, principalmente para a China, o que é produzido nas três propriedades admi-nistradas. “Um cafezinho sempre vai estar no cotidiano das pessoas. Trabalhamos pra isso, pois também somos bons consumidores do café”, disse Antônio Castro. ■

Seca passa longe da Farm Showluciano DeMetrius

Os organizadores da 9a edi-ção do Bahia Farm Show estimam movimentação

de R$ 675 milhões em volume de negócios no evento que será realizado de 28 de maio a 1º de junho, no Complexo Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Maga-lhães. Assim, a expectativa é de aumento em 13,44% nos ne-gócios em relação à edição de 2012, quando foram registrados R$ 595 milhões. A previsão de público é de que 70 mil pessoas passem pela feira durante os cinco dias, contra 60 mil do ano passado – expectativa de aumento em 16,66%. O even-to é promovido pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baia-na dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação Bahia, Asso-ciação dos Revendedores de Má-quinas e Implementos do Oeste da Bahia (Assomiba) e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Ma-galhães.

Os números otimistas decor-rem da procura dos exposito-res pelos estandes da feira. Até o momento foram negociados 95% dos espaços (160 exposito-res) e a previsão é de aumento de 20% até a véspera do evento. “Apenas um expositor que tí-nhamos em 2012 não acertou conosco para este ano”, disse o diretor executivo da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e coordenador da Feira, Thiago Albuquerque. O otimismo quanto ao volume de negócios tem como parâmetro, de acordo com os organizadores,

as linhas de crédito das institui-ções bancárias.

De concreto, em termos de números, é o R$ 1,5 bilhão para investimentos e custeio agrícola por parte da Caixa Econômica Federal. “Ainda não temos de-talhes de como serão feitas as ofertas, mas acreditamos que as taxas sejam as melhores do mercado”, afirmou Albuquer-que. Bradesco, Banco do Brasil, BNB, Banco do Nordeste e De-senBahia também anunciaram que vão preparar linhas espe-ciais aos produtores rurais du-rante os cinco dias do evento.

Já estão confirmados exposi-tores representantes das empre-sas de máquinas e implementos agrícolas; sementes; pecuária; corretivos; fertilizantes e defen-sivos; silos e armazéns; equipa-mentos para irrigação, aviões, veículos utilitários e de passeio; logística; linha amarela de má-quinas e equipamentos; softwa-re e hardware; peças, autopeças e pneus; ferramentas; bombas e motores; poços artesianos; saca-rias e embalagens; equipamen-tos de comunicação rural; equi-pamentos de segurança/EPI; telas, arames e cercas; constru-ções pré-fabricadas; sistemas de informação; centros de pesquisa e universidades; financiamen-tos; serviços financeiros e de seguros e revistas e publicações técnicas.

AGRICuLTuRA fAmILIARA agricultura familiar será for-talecida na 15ª edição do Bahia Farm, com estandes que irão for-talecer o trabalho e os negócios para os pequenos produtores ru-

rais. “A ideia é colocar na mente do agricultor que ele é um em-preendedor. Vamos mostrar aos pequenos produtores exemplos daqueles que começaram com propriedades restritas e evolu-íram com o passar dos anos”, afirmou o secretário municipal de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Renato Faedo.

Nem mesmo a estiagem e a praga Helicoverpa, que causa-ram mais de R$ 1 bilhão de pre-juízo aos produtores da região Oeste da Bahia são ameaças para os negócios na feira. “Ape-sar dos problemas enfrentados, a quebra na safra não foi tão grande na região como esperá-vamos. O uso da tecnologia no campo mostra que o produtor está investindo. Ele sabe que não deve se limitar a fazer plane-jamento apenas para uma safra, mas também para as futuras. E como ele está investindo, é cer-to que irá aproveitar as oportu-nidades no Bahia Farm”, disse o presidente da Aiba, Julio Cesar Busato. ■

nem mesmo a estiagem e a praga Helicoverpa - que causaram mais de R$ 1 bilhão de prejuízo aos produtores da região Oeste da Bahia - são consideradas pelos organizadores, ameaças para os negócios na feira

Apesar dos problemas enfrentados, a quebra na safra

não foi tão grande na região como esperávamos. O uso da tecnologia no campo mostra que o produtor está investindo”Julio Cesar BusatoPresidente da Aiba

cafeicultores participam de encontro técnicoluciano DeMetrius

Duzentos e quinze cafeicultores, técni-cos e estudantes de agronomia do Oeste da Bahia e de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo participaram no sábado, 20, do Encontro Técnico do Café do Oeste da Bahia, na Fazenda Café do Rio Bran-co, em Barreiras. O evento foi promovi-do pela Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé), Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Cooperativa Agropecuária do Oeste da Bahia (Cooproeste).

Na palestra de abertura, o engenheiro agrônomo e gerente de mercado café da Dupont, Luiz Wanderley Braga, apresen-tou os inseticidas, acaricidas, fungicidas e herbicidas recém-lançados pela mar-ca. A meta do programa, segundo Braga, é proporcionar aos cafeicultores tanto a prevenção a determinadas pragas bem como contribuir com a produtividade e ter condições de melhorar a qualidade do produto.

O pesquisador do Instituto Pró-Café, Roberto Santinato levantou a necessida-de dos cafeicultores do Oeste da Bahia manterem o solo corrigido de saturação em 60%. Ele também destacou a impor-tância do suo da matéria orgânica seja por esterco ou adubação verde. “Isso garante melhor qualidade do solo e pro-dutividade”, afirmou. Ele alertou para o risco do uso de gesso no solo. “O solo are-noso e sem alumínio, como é recorrente na região Oeste da Bahia, pode provocar arrastamento de Potássio e de Magnésio”, destaca.

O engenheiro agrônomo e doutor em

manejo de solo, Ronaldo Cabrera, por sua vez, destacou o desafio de se manter a sustentabilidade por parte do produtor. “Para isso, temos que saber fazer e, na maioria das vezes, os agrônomos só en-xergam a fertilidade química. No entanto, é preciso conhecer, também, as fertilida-des física e biológica”, disse. Ele reforçou os cuidados que os cafeicultores devem ter quando houver produção em áreas com uso de gesso.

Também presente, o pesquisador Reymar Coutinho de Andrade apresentou os aspectos que beneficiam a qualidade do café. Para ele, o foco precisa ser no café tipo cereja. “É o melhor café natural e o ponto de maturação dele é que influi na qualidade”, informa. Ele ressaltou que o manejo agronômico e os tipos de colheita são essenciais, desde que observado o in-teresse em visar o bom resultado do pro-duto. “Acreditar que mexer na maturação vai melhorar a colheita, é correto. Porém, é preciso verificar que isso não vai inter-ferir na qualidade. Fazer café de qualida-de ou não tem o mesmo processo. O que muda é a forma de fazer”, evidencia.

Para o presidente da Associação dos Ca-feicultores do Oeste da Bahia (Abacafé), Dhone Dognani, o evento é um avanço se comparado com o primeiro dia de campo realizado aos cafeicultores, até então (o último havia acontecido em 2009). “Des-ta vez, temos um encontro técnico, com troca de experiências entre os cafeiculto-res, novidades apresentadas pelos pales-trantes e debatidas com os participantes, além da apresentação de produtos para o setor, tais como maquinários, insumos e defensivos agrícolas”, avalia. ■

O CAFÉ CORRE NA vEIA

REPRODUÇÃO

Page 23: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 23Jornal do São Francisco

JSFRURAL

A Empresa Plant Fert Indústria e Comércio de Fertilizantes LTDA – Plant Fert, CNPJ 07.646.604/0001-59 torna público que está requerendo ao Instituto de Meio Ambiente e Recur-sos Hídricos – INEMA a Licença de Operação para a ativida-de de Indústria e Comércio de Fertilizantes para a unidade localizada à ROD BR 020, km 12, s/nº, Zona Rural, próximo ao Povoado do Rosário no Município de Correntina – BA.

Orlando Carlos MisaelDiretor

PEDIDO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO

As Fazendas Missioneira I, II, III e IV, pertencentes ao Sr. Luiz Simião do Amaral Loureiro, inscrito no CPF sob nº: 182.878.750-72, localizadas na Rodovia BA 459 (anel da soja), km 16, sentido LEM-Placas, bairro Zona Rural, Barrei-ras – BA, que realiza a atividade de Agricultura de Sequeiro e Armazenamento de Grãos, na busca da melhoria contínua das ações voltadas para o meio ambiente, assegura que está comprometida em:. Promover o desenvolvimento sustentável, protegendo o meio ambiente através da prevenção da poluição, adminis-trando os impactos ambientais de forma a torná-los compa-tíveis com a preservação das condições necessárias à vida;. Atender à legislação ambiental vigente aplicável e demais requisitos subscritos pela organização;. Promover a melhoria contínua em meio ambiente através de sistema de gestão estruturado que controla e avalia as ativi-dades, produtos e serviços, bem como estabelece e revisa seus objetivos e metas ambientais;. Garantir transparência nas atividades e ações da empresa, disponibilizando às partes interessadas informações sobre seu desempenho em meio ambiente;. Praticar a reciclagem e o reuso das águas do processo pro-dutivo, contribuindo com a redução dos impactos ambientais através do uso racional dos recursos naturais;. Promover a conscientização e o envolvimento de seus cola-boradores, para que atuem de forma responsável e ambien-talmente correta.

A DIREÇÃO

Prefeitura Municipal de Barreiras – BA

POLÍTICA AMBIENTAL

Prefeitura Municipal de Barreiras – BA

PEDIDO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO

As Fazendas Missioneira I, II, III e IV, pertencentes ao Sr. Luiz Simião do Amaral Loureiro, inscrito no CPF sob nº: 182.878.750-72, domiciliado na Av. Ahylon Macedo, nº 820, Bairro Boa Vista, Barreiras – BA, torna público que está re-querendo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Susten-tabilidade – SEMMAS – Licença de Operação para a ativida-de de Agricultura de Sequeiro e Armazenamento de Grãos, localizadas na Rodovia BA 459 (anel da soja), km 16, sentido LEM-Placas, bairro Zona Rural, Barreiras - BA.

Luiz Simião do Amaral Loureiro Proprietário

Bahia e Tocantins encerram litígio de terras O acordo fixa como irrevogável a linha traçada pelo IBGE, se opondo ao

parecer do Exército BrasileirovirGília vieira

Visando encerrar o conflito entre as divisas do Estado da Bahia e do Tocantins, os governa-dores fecharam um acordo acerca da disputa

territorial entre os dois Estados - discutida na Ação Cível Originária (ACO) 347, em tramitação no Su-premo Tribunal Federal (STF) desde 1986. O acordo fixa como irrevogável a linha traçada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estabe-lecendo o reconhecimento mútuo dos títulos de propriedade expedidos até a data atual.

Segundo o procurador Rui Moraes, o acordo re-presenta um marco, pois a partir de agora os con-flitos existentes entre os dois estados, por conta da indefinição de fronteiras, deixam de existir. “Os estados passam a ter um parâmetro para exami-nar as diversas situações e podem prevenir alguns conflitos que possam ocorrer, além de tranquilizar produtores da região Oeste, que viviam sobressal-tados”, disse.

Para o secretário estadual da Agricultura, Edu-ardo Salles, o acordo favorece a Bahia. “Dentre as alternativas apresentadas dentro do processo, esta foi a que trouxe menos riscos de perda de áreas para o nosso Estado”, disse, esclarecendo que em conversa com o secretário de Agricultura do Tocan-tins, Jaime Café, a decisão também foi satisfatória para aquele Estado, já que desde o início das con-versas entre os dois governadores, Jaques Wagner e Siqueira Campos, havia um acordo que o Estado do Tocantins não brigaria por regiões dos municípios baianos.

Com o acordo, os eventuais casos de superposi-ção de áreas tituladas, deverão ser analisados de forma conjunta, em comissões compostas por re-presentantes dos dois estados. As terras em litígio situam-se na região do município de Luís Eduardo Magalhães, opondo, como fundamento principal, as fronteiras traçadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e aquelas definidas por um parecer do Serviço Geográfico do Exército Brasileiro.

O acordo - resultado de uma proposta de conci-liação apresentada pelo relator da ação, ministro Luiz Fux, deve definir os limites de atuação das autoridades públicas, da Justiça e até da polícia de cada um dos estados. Segundo o ministro, a solu-ção pacífica proporcionada pela conciliação deve-rá ter um impacto expressivo para as regiões envol-vidas, porque haviam várias disputas relacionadas à indefinição territorial. “A ausência de limites ge-rava conflitos entre autoridades, como no caso de uma reintegração de posse determinada por juízos diferentes em relação à mesma área”, afirma.

A ACO 347 tramita no STF desde 1986, mas a dis-puta territorial tem origem no ano de 1919 e inclui os Estados de Piauí e Goiás. Para o ministro, o re-sultado da audiência deverá contribuir para o des-fecho da ACO 347, servindo de exemplo para os ou-tros estados envolvidos na disputa. “A conciliação é emblemática, pois envolve um processo de 20 anos de tramitação, resolvido pelos próprios governado-res. Isso comprova que a disposição para a concilia-ção é a melhor solução para os casos em que essa alternativa é possível”, encerra. ■

Aiba busca detalhes do acordoConhecer os detalhes da Ação Cível Originária (ACO) 347 que definiu os limites de Bahia e To-cantins. Este foi o objetivo da viagem do presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, e do segundo vice-presidente, Odacil Ranzi, à Salvador, no último dia 19. Eles tiveram uma audiência com o procurador geral do Estado, Rui Moraes Cruz, que esclareceu as cláusulas do acordo firmado em Brasília no dia nove de abril.

Rui Moraes Cruz explicou que o acordo fixa como irrevogável a linha traçada pelo IBGE, ou seja, a que mais se aproxima da realidade da ocupação atual. As demarcações serão feitas pelos dois estados. O procurador dis-se ainda que o acordo estabe-lece o reconhecimento mútuo dos títulos de propriedade ex-pedidos até a data atual, sendo remota a possibilidade de perda da posse da terra para aqueles produtores rurais que lá traba-lham. “Os estados passam a ter um parâmetro para examinar as diversas situações e podem prevenir alguns conflitos que possam ocorrer, além de tran-

quilizar produtores da região Oeste, que viviam sobressalta-dos”, disse.

As eventuais hipóteses de su-perposição de áreas tituladas deverão, segundo o acordo, ser analisadas de forma conjunta, em comissões compostas por representantes dos dois estados. Outros eventuais conflitos, se-gundo o documento, entre par-ticulares, serão resolvidos pelo Poder Judiciário.

O secretário da Agricultura, Eduardo Salles, facilitador da audiência, afirmou que esta foi a alternativa que trouxe menos

risco de perda para a Bahia. Júlio Cézar Busato e Odacil

Ranzi agradeceram o empenho e a atenção do secretário de Agricultura e do procurador ge-ral do Estado, Rui Moraes Cruz, colocando a Aiba à disposição para auxiliar no que for necessá-rio. “Queremos que tudo ocorra de maneira harmoniosa e pa-cífica para que quem está pro-duzindo alimentos e obtendo o sustento de suas famílias e ge-rando emprego e renda no Oes-te da Bahia, permaneça em suas terras”, afirmou o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato. ■

Jornal do São Francisco

Em audiência com o procurador geral do Estado, rui moraes cruz

ARQUIVO

Page 24: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco24 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

REGIÃO

Governo do Estado apresenta metas para a Bacia do Rio Grande

Dados apontam para avanços sociais significativos nos últimos dez anos na regiãovirGília vieira

No II Diálogos Territoriais que aconte-ceu em Barreiras, em abril, o secre-tário estadual do Planejamento, José

Sérgio Gabrielli, apresentou ações e me-tas do Governo do Estado para os municí-pios do Território de Identidade da Bacia do Rio Grande até 2015. De acordo com o secretário, nos últimos dez anos houve avanços sociais significativos na Bacia do Rio Grande. A extrema pobreza saiu de 33,5% em 2000, para 18,8% em 2010. A taxa de analfabetismo também caiu de 24,2%, para 17%. Enquanto os números de postos de trabalho formais subiram de 17,6 mil para 64,7 mil em 2011.

Composto por 14 municípios do Oeste baiano - Wanderley, Cotegipe, Cristópolis, Baianópolis, Catolândia, São Desidério, Barreiras, Angical, Luís Eduardo Maga-lhães, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Formosa do Rio Preto e Buritirama, a Bacia do Rio Grande pos-sui aproximadamente 400 mil habitantes, com uma área total de 75 mil km², repre-sentando 13,35% do território baiano.

Segundo o prefeito Antônio Henrique, a Bacia do Rio Grande precisa de atenção redobrada dos governos estadual e fede-ral. “Esse território é composto por um povo trabalhador, rico em água e solo, porém, com inúmeros problemas que precisam ser solucionados. O município de Barreiras vai apoiar as ações da políti-ca territorial da Bacia do Rio Grande, mas o nosso colegiado precisa se movimentar para buscar e fortalecer projetos e inves-timentos que melhorem as condições de vida da nossa população”, disse o prefeito.

Segundo Gabrielli, o Governo do Estado possui metas para até 2015 para a Bacia. “Apesar de sempre poder fazer mais e me-lhor, o Estado tem trabalhado e vai traba-lhar muito nessa região. Será elaborado um relatório, que servirá como ponto de partida para que o Governo do Estado reoriente e ajuste suas políticas públicas, readequando-as às necessidades de cada região”, garante.

SAúdEPara a área de saúde, foram destacadas a construção de mais 19 Unidades de Saú-de da Família, ampliação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), implantação e mobilização do SUS em 100% do Território e a construção de duas Unidades Hematológicas.

INfRAESTRuTuRAPavimentação e recuperação de 632 Km de estradas, ampliação de três terminais ae-roviários e um aeroportuário, acesso a in-ternet de banda larga em três sedes muni-cipais e mais 1.476 novas ligações elétricas.

SEGuRANçA PúBLICACriação de uma base comunitária de Se-gurança, implantação do Programa de Atendimento para 100 famílias de usuá-rios de drogas e atendimento a 150 ado-

lescentes em conflito com a Lei.

EduCAçÃOAlfabetizar mais de 34 mil adultos com o Todos pela Alfabetização (TOPA), amplia-ção de mais de 600 vagas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), implantação da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOBA), ampliação para mais 320 vagas em 2013, implantação em 2014 do curso de Medicina Veterinária com 50 vagas na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e ampliação com mais 600 novas vagas para Educação Profissional em 2013.

ÁGuA E SANEAmENTOAmpliação da oferta de água, benefician-do mais de 78 mil habitantes, realização de 25 mil novas ligações de esgotamento sanitário nas sedes municipais e amplia-ção da cobertura do esgotamento sani-tário no meio rural, beneficiando 20 mil pessoas.

AçÃO SOCIALInclusão Produtiva de 1,1 mil famílias do

Cadastro Único e capacitação profissio-nal para 2,1 mil Jovens.

AGRICuLTuRA fAmILIARAssistência Técnica de Extensão Rural para mais 5,7 mil agricultores com apoio a 1,7 mil famílias com pesca sustentável, mais 1,8 mil famílias beneficiadas com sementes e garantia safra para mais de 5 mil agricultores. ■

Bacia do Rio Grande

Extrema Pobreza saiu de33,5% (2000) para 18,8% (2010)

Taxa de Analfabetismo caiu de24,2% (2000) para 17% (2010)

Posto de Trabalho formais - de17,6 mil (2000) para 64,7 mil (2011)

AVANçOS SOCIAIS

Secretário de Planejamento, José sérgio Gabrielli

● 14 municípios● População: 389 mil habitantes● 13,35% do território baiano● Área Total: 75 mil km2

BACIA dO RIO GRANdE

BAFORMOSA DO RIO PRETO

RIACHÃO DAS NEVES

BARREIRASLuíS EDuARDO MAGALHAES

SÃO DESIDÉRIO

SANTA RITA DE CÁSSIA

BuRITIRAMA

MANSIDÃO

COTEGIPEWANDERLEY

ANGICAL

CRISTÓPOLIS

BAIANÓPOLIS

CATOLÂNDIA

Jornal do São Francisco

VIRGÍLIA VIEIRA

VIRG

ÍLIA

VIE

IRA

REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO

FONTE: DADOS FORNECIDOS PELO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

Page 25: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 25Jornal do São Francisco

PROFISSIONAL EMPREGOSRUA RUy BARBOSA Nº 29 - CENTRO - FONE: 77 3612-8349

01-Cozinheiro p/ Barreiras01- Cozinheiro para fazenda.04- Pedreiros c/ exp. em acabamento

para Barreiras01-Babá para morar no centro.01-Operador de Uniport.01-Armador construção civil p/

Barreiras04-Domésticas. 01Garçom com experiência.08-Tratoristas c/ 1° grau completo.01-Cozinheira para restaurante.

05-Mecânicos p/ fazenda.01-Técnico agrícola com experiência

em maquinário agrícola. 01-Secretária com exp. comprovada

na carteira02-Carregador com nível médio.01-Motorista hab. D e experiência em

transmodo.03 Doméstica urgente.02- Secretárias urgente01-Chefe de cozinha p/ fazenda.04- Coordenador de produção.

04- Aux. Administrativo para Fazenda urgente

04- Empacotador e Estoquista p/ mercado.

01-Estoquista p/ Barreiras.01-Aux. de escritório masculino p/ faz. 01 Motorista urgente c/ HAB. E01 Caixa com exp. comprovada na

carteira03-Aux. de cozinha masculino p/

fazenda.02-Vendedores Ambos sexos c/

HAB A

01. Vendedor com exp. em materiais de construção

01. Auxiliar de DP com exp. em folhas de pgto Ambos os sexos

01. Técnica de manipulação01. Passadeira 25 a 40 anos casada

com filho01. Almoxarifado para fazenda com

Experiencia01. Lavadeira de 25 a 40 anos casada

com filho01. Supervisor com perfil de liderança

disponível para viajar01. Crediarista01. Vendedor com exp. em peças

agricolas salário +comissão01. Mensageiro para hotel homem

01. Passadeira02. Técnico agrícola02. Vendedores internos com exp. em

peças agrícolas e autopeças 22 a 35 anos

01. Auxiliar de Oficina para mangueiras hidráulica com noção de mecânica básica 22 a 35 anos

01. Auxiliar mecânico02. Vendedor (a) com exp. em peças

automotiva01. Farmacêutico (a)01. Técnico em laboratório com

disponibilidade de horário01. Instalador de acessório01. Cabeleireiro01. Técnico enfermagem do trabalho

01. Mecânico com perfil liderança com exp. em suspensão e molas

01. Cozinheira com exp.01. Auxiliar de entregas 1 grau 25 a

35 anos01. Balconista de farmácia 15 às 23 hs01. Cuidadora de Idosos01. Cozinheiro02. Vendedores de peças de motos01. Auxiliar de cozinha01. Advogado recém formado curso OAB01. Vendedor de automóvel com exp.

em vendas automotivas empresa de grande porte

01. Mecânico de trator para fazenda01. Borracheiro para fazenda

VENDE-SEuMA CASA

Vendo casa com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda coberta na frente e no fundo, próximo ao

Atacadão, fundos com a BR-242. Mais informações: 8134-5062 ou 9138-4186.

● LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS● ATENDIMENTO DE GARANTIA ● VENDA DE MÁQUINAS● ASSISTÊNCIA TÉCNICA● VENDA DE PEÇAS

FONE/FAX 77 36114880

FER R A M EN TA S

RUA AURELINA BARROS, 37 – SANDRA REGINA - BARREIRAS/BA

CLASSIFICADOS

Av. Clériston Andrade, 2593 (EM FRENTE A BRAVO CAMINHÕES)

PERFIL TREINAMENTOS - 77 3612-4443E-mail: [email protected] / www.perfiltreinamentos.com.br

Page 26: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco26 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

IMOBILIÁRIASAUTOMOTIVASSERIGRÁFICASTINTAS{

Fone: (77) 3611.4310/3611.8176 - Fax: (77) 3611.4038Rua Aurelina Barros, 57 - Jardim Ouro Branco - Barreiras/BA (logo atrás da CDL)

CLASSIFICADOS

IMÓVEIS RURAIS1000 - Uma fazenda a 60 km de LEM, sen-tido Roda Velha, com 4.600 hectares, sen-do 3.300 de lavoura, com armazém, silo e sede. Valor- 400 sacas de soja por hectare em 1+4

1001 - Uma fazenda em Roda Velha, com 4 mil hectares, sendo 2.300 de lavoura, sen-do 400 hectares irrigados, com outorga para mais 6 pivôs (600 hectares). Valor R$ 30.000.000,00 em 1+2

1002 - Uma fazenda no Anel da Soja, com 6.500 hectares, sendo 4 mil hectares de la-voura. Valor 300 sacas de soja por hectare em 1+4

1003 - Uma fazenda em Placas, com 2.200 hectares, sendo 1.900 de lavoura. Valor 350 sacas de soja por hectare em 1+1

1004 - Uma fazenda na BR 242, entre Bar-reiras e LEM, com 3000 hectares, sendo 2400 ha abertos. Valor 600.000 sacas de soja em 1+9.

1006 - Uma fazenda no município de Cor-rentina, com 2.300 hectares, sendo 1.900 de lavoura e um pivô de 100 hectares. Va-lor 400 sacas de soja por hectare em 1+4.

1007 - Uma fazenda na Coaceral com 6 mil hectares, sendo 2.500 de lavoura e 2 mil de área aberta. Valor 300 sacas de soja por hectare em 1+3

1008 - Uma fazenda na Coaceral com 7.300 hectares, sendo 5.300 abertos. Valor 180 sacas de soja por ha em 1+4

1009 - Uma fazenda de 6.700 ha com 4000 ha de lavoura no Município de São Desidério. Valor 300 sacas de soja por ha em 1+5.

1011 - Uma fazenda de 35.000 hectares na Coaceral. Valor 120 sacas de soja por hec-tare em 1+3

1012 - Uma fazenda no Linha Alto Hori-zonte, com 2500 hectares, sendo 1100 de lavoura, 600 ha de capim, dois poços arte-sianos, 2 casas e galpão.

1013 - Uma fazenda no Novo Paraná com 620 hectares sendo 500 ha de lavoura, casa, poço e galpão.

1014 - Uma fazenda de 1000 hectares com 770 ha de lavoura na estrada de Taguatin-ga. Valor R$ 18.000.000,00 á vista.

1015 - Uma fazenda em Barreiras com 7200 hectares, com 3000 ha de eucalip-to plantados entre 2 a 5 anos de plantio. Valor- R$ 100.000.000,00 - prazo a com-binar.

VENDE-SEMorada Nobre

100 - Uma casa com 4 quartos, sendo três suítes todas com closet, banheiro social, 2 salas, mezanino, cozinha, área de serviço, de-pendência para empregada, garagem para 4 carros, área de lazer com churrasqueira, pis-cina de 7x 3,50 metros, dois lotes. Valor – R$ 1.200.000,00

149 - Cobertura, Prédio Érico Veríssimo, Pri-meiro piso, cozinha, área de serviço, sala de jan-tar, sala de estar, 2 suítes, lavado, segundo piso, Suíte master com dois banheiros, área de lazer com churrasqueira e banheira de hidromassa-gem de 6 lugares, todo documentado. Duas va-gas de garagem, 230 metros de área privativa. Playground com piscina, quadra poliesportiva. Salão de festas. Valor R$ 1.300.000,00

Novo HorizoNte

104 - Um conjunto de 5 kitinetes, todos com um quarto, banheiro, sala/cozinha conjugada. Garagem, Valor R$ 180.000,00

SaNdra reGiNa

106 - Um ponto comercial na rua da feira, ao lado do Boi na Brasa, 7 metros de frente por 18 metros de frente ao fundo, com 126m² cons-truídos, com banheiro, sala para depósito/ es-critório com estrutura para mais dois andares de apartamentos. Valor R$ 300.000,00

reNato GoNçaLveS

111 - Uma casa situada na rua Aratu (ao lado do fórum antigo), com 2 quartos, uma suíte master com banheira e closet, sala de tv, sala jantar, cozinha, lavabo, adega, canil, depen-dência de empregada, garagem para 4 carros, área de lazer/churrasco, piscina. Documenta-ção toda pronta para financiamento. VALOR- 600.000,00

151- Uma casa em um lote de 12x30, com 3 quartos, duas suítes, 2 salas, área de serviço, garagem pra 2 carros. Valor- R$350.000,00

bairro São Pedro

115 - Uma casa com 150 m² construídos, com 4 quartos, sendo um suíte, escritório, sala de estar, sala de jantar, cozinha, banheiro social, área de serviço, garagem para 2 carros, lote 12x 15. DOCUMENTAÇÃO PRONTA PARA FI-NANCIAMENTO. Valor R$ 270.000,00

Morada da LUa

107- Um lote de 12 metros de frente por 30 metros de frente ao fundo, com 12 metros de fundo, todo murado. R$ 75.000,00

119 - Lote de 420m², com uma edícula no fun-do com 40m² construídos, lote todo murado. Valor- R$ 120.000,00.

144 - Uma casa com três quartos sendo uma

suíte, 2 salas, cozinha, banheiro social, gara-gem e área de serviço. Documentação para fi-nanciar, mas não pelo Minha Casa Minha Vida. Valor R$ 90.000,00

reNato GoNçaLveS

122 - Apartamentos residenciais, com 3 suítes, sala 2 ambientes, varanda com exaustor para churrasqueira, ampla copa-cozinha, dep. de empregada e garagem para dois carros. Com toda a infraestrutura. Valor - a consultar.

148 - Um lindo sobrado, com 288m² constru-ídos em um lote de 12x30 sendo 4 quartos, 1 suite, três banheiros, dependência, despensa, área de serviço, mezanino, armários embuti-dos, esquadrias de alumínio e portas de ma-deira, jardim, garagem para 4 carros, toda do-cumentada para financiamento. Valor: R$ 690.000,00

São MiGUeL

123 - Dois lotes residenciais juntos, formando ao todo 720 m², com 24 metros de frente e 30 metros de frente ao fundo. Documentação ok. Valor R$ 260.000,00

LoteaMeNto São PaULo

126 - Um sobrado com 227m² construídos, sendo, primeiro piso, duas salas comerciais, com banheiro, segundo piso, com três quartos, sendo um suíte, sala, cozinha, área de serviço, sacada, garagem para 4 carros, lote 360m², todo reformado. Valor – R$ 450.000,00

FLaMeNGo

127 - 06 lotes, na quadra C loteamento Fla-mengo, medindo no total de 2.160 m², com frente de 38 metros. Atrás da Gasiq Tratores, saída pra Salvador. Valor- R$ 398.000,00

CHáCara No rio de oNdaS

134 - Uma chácara a 9 km da cidade, entrando antes da Polícia Rodoviária Federal, com 30 metros de rio por 120m com excelente área de lazer na beira do rio, com varanda, churras-queira, gramado até a beira do rio, uma suíte, cozinha. Vende com porteira fechada, freezer, frigobar, ar condicionado etc. Aceita permuta. Chácara escriturada. Valor- R$ 330.000,00

boa viSta

136 - Uma casa de 198 m², em um lote de 300m² (10x30), com 3 quartos, sendo um suíte, sala, banheiro social, cozinha, área de serviço e despensa, garagem para três carros. Aceita Permuta com carro ou caminhão. Valor R$ 330.000,00

viLa riCa

139 - Uma casa com 3 quartos, sala cozinha, dois banheiros, garagem. Apenas com escritu-ra, aceita carro. Lote de 11 x 14=154 metros, com 100 metros construídos. Valor R$ 110.000,00

São MiGUeL

140 - Uma casa com 3 quartos, sendo um suí-te, banheiro social, sala, jardim de inverno, cozinha, área de serviço e quintal, garagem para um carro, escriturada. Casa em perfeito estado. Lote 180 metros quadrados (6x30) e a casa com 145 metros quadrados. Valor- R$ 250.000,00

JardiM oUro braNCo

145 - Um lote no Jardim Ouro Branco, com 14 x 30 com 420m², documentado, parte alta da cidade, com belíssima vista. Valor R$ 200.000,00

147 - Vende-se uma churrascaria completa, funcionando, e uma loja de conveniência, ex-celente localização, Saída para São Desidério. Valor: a combinar

150 - Sobrado em um lote de 8x25, com apro-ximadamente 140m², com 4 quartos, sendo 3 suites, cozinha, 2 salas, área de serviço, ga-ragem pra 2 carros, piscina e churrasqueiras. Valor R$ 350.000.00

CoNdoMÍNio FraGatta river CLUb reSideNCe

Conheça o Condominio Fragat-ta River Clube Residence, Por-taria com controle 24hs, Cal-çamento interno com blocket ecologicamente correto, qua-

dra poliesportiva, quadra de tênis, piscina com hidromassagem e playground, Espaço gour-met, salão de festas climatizado. Terrenos de 387m² a 430m² prontos para construir com escoamento de águas pluviais. vaLor e CoN-diçõeS de PaGaMeNto, Sob CoNSULta.

ALUGACeNtro

504 - PONTO COMERCIAL- Aluga-se ponto comercial bom para restaurante, academia, ou loja, com vista para o rio Grande, com cerca de 600m², ao lado da ponte da BR. Estacionamen-to fechado e aberto. Valor-R$ 5.000,00

Saida Para SaLvador

503 - Um Barracão na saída para Salvador, em frente a BR 020, com 15 metros de largura por 30 de comprimento, precisa de reforma, mas dono aceita negociar. Valor- R$ 7.000,00

Rua 24 de outubro Nº59- Centro- Barreiras-Ba Fones: (077) 3612-0975/ 9191-2276

Site: www.imobiliariafragatta.com.br - Compra e venda: Lotes urbanos, casas, chácaras, fazendas.

Aluguéis: Casas e pontos comerciaisCreCi - J1210

Page 27: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 27Jornal do São Francisco

BRAsÍLIA

JSF no PlanaltoromêNIA mArIANI [email protected]

Prefeitos baianos participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados no último dia 24. Vie-

ram discutir com os parlamentares e senadores os impactos da seca, tendo em vista os gargalos burocráticos que emperram ou protelam a realização das ações imediatas e estruturantes anunciadas pelo governo federal. A po-lítica de desoneração de tributos fede-rais também teve destaque.

Mais da metade do Estado baiano tem enfrentado graves problemas fi-nanceiros e sociais em razão da seca, considerada a maior dos últimos 50 anos. Dos 417 municípios que com-põem o Estado da Bahia, 252 decreta-ram situação de emergência. Conforme os dados da Coordenação Estadual de Defesa Civil da Bahia (Cordec), divulga-do no último dia 23, o Estado Baiano é o que mais tem sofrido com os efeitos da estiagem. Ao todo são mais de 400 mil quilômetros quadrados atingidos, com uma população de aproximada-mente 2,8 milhões de habitantes na área prejudicada.

Desde 2012, o governo federal tem anunciado a execução das ações de combate aos efeitos da estiagem nos estados que se encontram em situação de emergência. Somando-se recursos financeiros e maquinários, o governo federal prometeu mais de R$ 10 bilhões para a Bahia, contudo, essas promessas estão sendo viabilizadas a conta-gotas. Enquanto isso, muitas famílias vivem o drama da fome e da sede. De acordo com os números divulgados, mais de 500 mil cabeças de gado já morreram no semiárido baiano e, nos laticínios, a quebra foi em torno de 70%.

Como se não bastasse o problema da seca, os recursos disponibilizados pelo governo federal aos municípios estão cada vez mais escassos. Em virtude da

brusca queda no volume de repasses, provocada pela redução do IPI dos au-tomóveis e produtos da linha branca, tornou-se ainda mais complicado ad-ministrar o município minimamente, muito menos prover o desenvolvimen-to municipal.

“Mais de 70% dos municípios baia-nos vivem apenas do FPM e, desses, mais de 80% estão em estado de emer-gência por causa da seca. O risco desses municípios entrarem em falência social e econômica e seus prefeitos perderem toda a capacidade de gestão financei-ra é eminente, se não fizermos nada emergencialmente. Muito já foi pro-metido e anunciado desde o ano pas-sado para combater a seca. Mas, pouco se concretizou. Precisamos descobrir onde estão esses gargalos para saná-los e assim ajudar o povo baiano que sofre e não sabe mais a quem apelar”, sina-lizou a presidente da UPB, Maria Qui-téria.

Os gestores municipais exigem que se faça uma compensação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prefeito de Maracás, Paulo dos Anjos, enfatizou com propriedade: "a outra seca é a diminuição do FPM. Isso acon-tecia só no final do ano, mas agora está no início. Do que adianta dar máquina se não temos dinheiro para pagar fun-cionário para operar e para construir as barragens. Os programas do governo são bons, mas quem banca a maioria são os municípios que estão falidos".

O prefeito de Cotegipe, Marcelo Ma-riani, também tratou do tema com veemência: "Temos que deixar de subterfúgios e partir para o núcleo da questão: resolver a situação da seca, observando os reflexos dessa realida-de daqui a 2, 3 anos; o outro ponto é viabilizar o Fundo de Participação dos Municípios. Não adianta, por exem-

plo, o governo entregar máquinas, se o governo não repassar recursos para movimentar essas máquinas. Precisa-mos pagar o trabalhador e fazer as ma-nutenções devidas. A sobrecarga dos municípios tem sido muito grande. Há muitas despesas e os recursos cada vez mais minguados".

É a “seca em dose dupla”: Os muni-cípios sem chuva e sem dinheiro para sanar as mazelas, promover as melho-rias. Falta água e falta pão. Os cofres es-tão vazios. O quadro é caótico: planta mas não se colhe, as lavouras perecem, o gado morre e o governo não descen-traliza os recursos e nem desburocra-tiza os caminhos para atender as reais necessidades. O andamento das obras e serviços tem sido a passos de tarta-ruga. É preciso simplificar a relação das prefeituras com o governo para se construir um Brasil forte.

Como bem colocou o presidente da Associação Baiana dos Exposito-res (Abexpo), Jaime Fernandes, no III Congresso Internacional da Produção Pecuária - CIPP: “a seca é um fenôme-no regular para o Nordeste brasileiro, assim como o inverno o é para a Ásia, Estados Unidos ou Europa. Temos de conviver com ela, prover água, inves-tindo em infraestrutura e comida, mes-mo que chova. Só assim poderemos atravessar este período”. O Governo precisa absorver de verdade essa ideia e tomar providências pertinentes, caso contrário, os avanços não serão defla-grados.

EVENTO:A audiência sugerida pela União dos Prefeitos da Bahia (UPB) foi presidida pelo líder da Bancada Baiana na Câ-mara, o deputado Daniel Almeida, e contou também com a presença do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, e do secretário Executivo do Ministério da Integração Nacional, Alexandre Navar-ro. Ao final, os prefeitos formalizaram uma carta com as reivindicações e en-tregaram aos deputados federais para ser lida no Congresso Nacional.

REPRODUÇÃO

Audiência Pública

fIquE POR dENTRO dAS 10 PROPOSTAS quE fORAm LIdAS E

APROVAdAS NA AudIÊNCIA

1. Aprovação de cota emergencial do FPM, através da reedição, pelo Governo Federal, da MP no 462/09 (pos-teriormente Lei no. 12.058/09);2. Acompanhar, de forma efetiva, a questão da distri-buição dos Royalties, através de articulações políticas objetivando a manutenção da aprovação da lei com a repartição igualitária dos recursos entre os estados;3. Flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal, prin-cipalmente no tocante ao cumprimento dos índices de gasto com pessoal;4. Aprovação do Projeto de Emenda Constitucional – PEC no 57-A/99, que cria o fundo do semiárido, desti-nando 2% dos recursos do orçamento da União para os municípios do semiárido brasileiro;5. Aprovação da PEC 212/2012 com a redistribuição de receita entre a União, Estados e Municípios, através da repartição da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social – COFInS e Contribuição Social sobre o Lucro de Pessoa Jurídica;6. Destinação, pelos Deputados Federais, de Emendas no Orçamento para obras e serviços emergenciais e es-truturantes de combate à seca;7. Manter, de forma efetiva, constante mobilização dos Prefeitos e Deputados na busca de solução dos proble-mas advindo da seca e estiagem;8. Carros pipas destinados a dessedentação dos ani-mais;9. Apresentação, pelos Deputados Federais, de projeto de lei de desoneração da carga tributária dos municípios, em razão da queda abrupta do FPM;10. Desburocratização do Cartão da Defesa civil.Seca em dose duplaPreste atençãoO Brasil tem hoje 85% de suas prefei-turas tolhidas de celebrar convênios com a União por conta de inadim-plência junto ao Cadastro Único de Convênios (CAUC). De acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a principal pendên-cia está no comprimento de dois dos 13 itens do cadastro: o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF).

ExpectativaA presidenta Dilma Rousseff afirmou no II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, sediado em Brasília, no último dia 23, que pretende, com obras de infra-estrutura, mobilidade, saneamento e habitação, melhorar o perfil das cidades. A presidenta ainda colocou que buscará atender os pleitos dos municípios, entre eles o de levar mé-dicos para áreas afastadas, pequenos municípios e periferias das grandes cidades. Esperamos que as intenções sejam concretizadas e não fique ape-nas no discurso.

Realidade ou utopia?A presidenta Dilma argumenta que é obrigação do Estado ajudar os municípios a manter seus programas sociais e ressaltou a importância de os prefeitos aderirem de forma rápida aos programas desenvolvidos e finan-ciados pelo governo federal, como o Minha Casa, Minha Vida. Ela disse que é necessário que os governos, nas três esferas, tenham uma gestão cada vez mais eficiente. A presidenta está bem afiada na teoria, mas na prática não é bem o que está acontecendo.

NoTAs

Jornal do São Francisco

Page 28: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco28 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

Aconteceu no último dia 13, no Espaço de Eventos Quatro Estações, a "Feijoada Amigos da Patty" – que foi um verdadeiro sucesso. Patrícia Oshiro Brentan - que há mais de um ano luta contra leucemia linfóide

aguda – agradeceu orgulhosa a solidariedade das pessoas e amigos de Luís Eduardo Magalhães. “Obrigada a todos, vocês me encheram de alegria, me emocionei”, disse Paty. A Feijoada conseguiu arrecadar no leilão mais de R$60 mil, tendo em caixa um total de mais de R$100 mil. O movimento não deve parar até que Patty melhore com o tratamento, o que ainda requer muito empenho de todos os amigos. A comissão organizadora trabalhou durante dois meses para que o evento acontecesse, e superou todas as expectativas. No dia 2 de junho, às 16h, na Gruta, acontecerá a "Ação Beneficente em Prol de Patrícia Brentan", que terá como 1º prêmio - Fiat KA zero km, 2º prêmio - TV 42' LED, 3º prêmio - computador, 4º Prêmio - notebook. Não percam.

Feijoada no LionsO Lions Clube Mimoso do Oeste, de Luís Eduardo Magalhães, promoveu no dia 20, a sua tradicional feijoada beneficente. Foi o 11º ano consecutivo do evento, que teve venda de 1000 convites. O presidente do Lions, Ronaldo Francisco, disse que o valor arrecadado será utilizado para a construção de um centro poliesportivo social que atenderá ao Lions e à Apae. A confraternização foi prestigiada por quem admira o trabalho da instituição. O Lions completou em abril, 15 anos de atividades no município.

Lia Pellenz e Dhone DognaniLia Fernanda Pellenz e Dhone

Dognani casaram-se no último sábado, 27, às 17h30. A cerimônia religiosa aconteceu no Santuário Nossa Senhora Aparecida (Gruta). Após a cerimônia, os noivos recepcionaram os convidados no CTG Sinuelo dos Gerais. Os pais de Lia são Aristeu Fernando Pellenz e Irene Pellenz, e os de Dhone, Ademir Salvador Dognani e Lindanete Borges Mendonça. O casal viajará em lua-de-mel para Las Vegas, EUA.

Gabriela Gallois e Kleber TajiGabriela Petry Gallois e Kleber Taji se casarão no dia 4 de maio, às 18h. A cerimônia religiosa acontecerá na igreja Nossa Senhora Aparecida (Matriz), de Luís Eduardo. Os noivos receberão cerca de 250 convidados no Buffet Olavo Nascimento.

Bebês à vista Vivian Closs e Kenni Henke

esperam a chegada de Lara. Vivian entrou no oitavo mês de gestação e a previsão do parto é para junho.

O casal Roberta Ciotti Freitas e Diogo Freitas espera a chegada da primeira filha. Roberta está com 36 semanas de gestação e aguarda a chegada da pequena Fernanda para maio.

Lançamento de BlogOcorrerá na terça-feira, 30, lançamento do blog de Carol Souza, proprietária da empresa Adoro! Produtora de Moda e Cultura. O evento acontecerá as 20h30, na Bartira Festas, em Barreiras. Dj Charles, Roberta Céu e Vitor Souza animarão a festa.

FEIJoAdA AmIGos dA PATTy

TIzzIANA [email protected]

Mosaico

Kenni Henke e vivian closs

Wolmar Jorge Gross, valter rucker, Arlei deichsel, Pedro Brugnera e ronaldo dorval Francisco

Lia Fernanda Pellenz e dhone dognani

Vanessa Prezotto e Ana Karolina Prezotto Brito

Panmela santos, Karine Follmann,Juliana Grandini remolli, Bruna Brentan, carla Teixeira e daniele monteiro Firmino

Camila de souza carvalho e diego lauck mariano

Jovi Franciosi e mari luza

Lilia e João Antônio Franciosi

Lucia e Jair Francisco

MAyCO SÉRGIO

Page 29: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 29Jornal do São Francisco

No último dia 27 de abril, a empresária Bartira Valéria Cesar Holanda comemorou o

seu aniversário em grande estilo e requinte. A festa aconteceu em um dos seus empreendimentos - “Bartira Eventos” e contou com a presença de aproximadamente 350 convidados. A empresária foi surpreendida com uma grande homenagem e depoimentos de amigos e familiares. Logo em seguida, Bartira e seu marido Humphrey Rabelo Coité dançaram a música “My Heart Will Go On”, de Céline Dion, para os convidados que festejaram até o amanhecer, quando foi servido um café-da-manhã com cardápio típico de boteco nordestino. Bartira atua há 14 anos no ramo de eventos, é uma das empresárias mais bem sucedidas de Barreiras. Atualmente, possui três empreendimentos na cidade de Barreiras, Bartira Festas, Bartira Eventos e Bartira Fest. Os espaços dispõem de ambientes perfeitos para casamentos, formaturas e aniversários, com capacidade de público para até sete mil pessoas, além de proporcionar decoração e buffet, com muita sofisticação.

ANIvErsÁrIo dE BArTIrA HolANdA

Bartira recebe os parabéns em companhia dos pais ormélia e luiz, o filho Gustavo, o esposo Humphrey, e seu irmão orlando

Bartira e convidados

Bartira e seus pais, Luis Holanda e Ormélia

Brigida, Vanessa, Tatiana e Márcia

Gilka, Rosane e Rose

Rodrigo, Jean, Amarildo e Marcos

Bartira e sua turma da adolescência

Djalma, Luis Holanda e Antônio Henrique

Socorro, Marcia, Marlene, Ginja, Lilia e Gerson

Ricardo e Rita

Tonhera, Mauricio, Marcolino, Wilson, Balbino, João e Jessé

Bartira e amigas

Bartira e seu esposo Humphrey

Sandra, Alessandra, Nonô, Mercês, Roberto e Wirna

FOTOS: PÉRICLES MONTEIRO/ARERÊ

Marcelo, Bartira, Humphrey e Marcilane

Marcilane e Bartira

Bartira e seu filho Gustavo

Page 30: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco30 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

9 7 18 4 9 1 6 8 3 6 2 1 4 8 3 1 2 3 6 9 2 1 5 5 4

FÁCIL

ENTRETENIMENTO

SUDOKU

CRUZADASPALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL 2013

saudáveisMente e corpo

www.coquetel.com.br

NAS BANCAS

BANCO 47

HDAHORTALIÇA

DIREITAÃRDRAMACOR

CEROLBATEUORPAGINAGCASATC

ARVORETREAIPODOEIFACHAMARICODEMO

MATAOLAIESSEAGI

QUATROANOSGROSSOSO

Moeda doBrasil

(?) Maia,cantor de"Me DêMotivo"

Períodode rea-

justes desalários

Aqueleque faz

desordemem ruas

Legu-me ou

verdura

Centro deTerapia

Intensiva(sigla)

Misturapassadana linhade pipas

Vegetal-símboloda na-tureza

Hortaliçatambémchamada"salsão"

Som dafala dobebê

FábioAssunção,ator bra-

sileiro

(?)Atlântica,reserva

brasileira

Máqui-na queproduztecidos

Alessan-dra Negri-

ni, atrizbrasileira

Selo dequalida-de total(sigla)

Tomeiuma

atitude

Mato (?)do Sul,estado

brasileiro

Sozinho;solitário

A mão dodestro

Históriatrágica

Cada ladoda folha Policial,

em inglês

Vigário

Colidiu(o auto-móvel)

Lar;moradia(?) públi-ca: rua

Convidar;convocar

Puro;inocente

Ficar sem(?): em-palidecer

H

Demonstra-ção (red.)

Lubrifi-cantes

Saudação jovial

Senhores(abrev.)

Temor; pavor

Estudo daságuas (Geog.)

Teclar(internet)Apóstolode Cristo

Rifa(pop.)Vogal

de "bis"

Intervalo entre osJogos Olímpicos

Pronome demons-trativo masculino

Dei;cedi

Sílaba de"tremer"

3/cop — iso. 4/tomé. 5/casto. 9/hortaliça.

sudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.

RESPOSTA

CAÇA-PALAVRASADMINISTRAÇÃOATLÂNTICOBAHIABARREIRASCALENDÁRIO

CIDADANIAEGITOFRONTEIRAIDEOLOGIAINFORMÁTICA

LUÍS EDUARDOMEDITAÇÃOMOCHILANACIONAL

OESTEPAPEL CARBONOPIRÂMIDE SAFARI

SÃO DESIDÉRIOSÃO FRANCISCOSOCIEDADETURISMO

Amor, Assumi um novo relAcionA-mento e estou te deixAndo.

tà, mAs se encontrAr o jogo dA fifA 2013, AproveitA

e comprA prA mim.

... È o tempo todo nesse vìdeo gAme, jà tentei de tudo e não sei

mAis o que fAço.

duvidA? vou te provAr.não està

exAgerAndo?

Jornal do São Francisco

Page 31: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 31Jornal do São Francisco

O frio começa a chegar devagarinho em algumas das cidades brasileiras. Com isso, cresce

a vontade de ousar em looks bem elaborados e cheios de informação de moda. E, para isso, o casaco é uma ótima peça, pois além de quente, é uma peça muito elegante.

Para esta temporada de inverno, eles serão essenciais no guardar-roupa. Entre os shapes eleitos está o trench-coat, mais comprido, geralmente de sarja ou lã, com abotoamento duplo e faixa na cintura. Outro modelo em alta é a parka, que faz referência ao estilo militar - uma das principais tendências da estação. Já os modelos em pelo são ótimos para dias de temperatura baixa e são super fashion. Outro destaque para o inverno 2013 são as jaquetas de couro coloridas.

ModadENIsE PITTAGraduada em Artes Plásticas, Estilismo e ModaEditora do Fashion Bubbles - www.fashionbubbles.com

End.: Av.: Benedita Silveira n.118 - 1º Andar Sala 07Ed.: Portinari - Barreiras-Ba - Tel.: (77)3612-6079

Viva com intensidadeSorria Mais!

- Ortodontia- Clareamento dental com laser- Estética Dental

Dr. Luiz Augusto MaiaOS CASACOS MAIS BOMBADOS DO InVERnO

Neste inverno, destacamos looks com sobreposições e toques de cor. As calças estampadas, também estão super em alta, assim como as coloridas. Já a cor da estação é o borgonha, o novo vinho!

REPRODUÇÃO

DIVULGAÇÃO

AGORA EM BARREIRASRUA PRINCESA ISABEL Nº 214 - CENTRO (77) 3021-1282

Page 32: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco32 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

Raízes conquista VIII Copa da Soja de Futsal

reduzida, copa regional terá quatro seleções

luciano DeMetrius

A equipe do Raízes Terra Agrícola sa-grou-se campeã da VIII Copa da Soja de Futsal Feminino disputada no sá-

bado, 20, e domingo, 21, no Ginásio Terra Agrícola, em Luís Eduardo Magalhães. Na decisão, vitória por 9 a 4 diante da equi-pe Terra Agrícola em jogo realizado no início da noite de domingo. O placar foi também a maior goleada da competição. Na partida preliminar da decisão, Atitude (Riachão das Neves) venceu Santa Maria da Vitória por 5 a 0 e conquistou o terceiro lugar.

Das 12 equipes inscritas, somente For-mosa (GO) não compareceu devido a pro-blemas que impediram o grupo de viajar a Luís Eduardo Magalhães. Além de Raí-zes Terra Agrícola, Terra Agrícola, Atitude e Santa Maria da Vitória, também dispu-taram a competição 100% Primos (Barrei-ras), Real Santa Cruz (Luís Eduardo Ma-galhães), Avelino Lopes (PI), Posse (GO), Corrente (PI), Pé Quente (Luís Eduardo Magalhães) e Catolândia (BA).

Os gols da vitória que renderam o título

luciano DeMetrius

Do mínimo de oito seleções previstas para disputar a Copa Regional de Sele-ções, apenas quatro – Cocos, Luís Edu-ardo Magalhães, Santa Rita de Cássia e Santa Maria da Vitória - confirmaram participação na competição que se ini-cia no domingo, 12. Na primeira rodada, Santa Rita de Cássia recebe Santa Maria da Vitória, no Estádio Municipal de San-ta Rita de Cássia, e Cocos enfrenta Luís Eduardo Magalhães, no Estádio Munici-pal de Cocos. As duas partidas começam às 15h.

A Sociedade Desportiva do São Francis-co (Sodesf), organizadora da competição,

da Raízes foram marcados, pela ordem, por Naiara, Gicele, Paula Rafaela (duas vezes seguidas), Raiane, Regiane, Raiane, Naiara e Regiane. Para o Terra Agrícola marcaram Fernanda, Jéssica, Elidiene e Vandelia. Este é o primeiro título da Raí-zes, equipe criada em 2012 e derivada da vice-campeã Terra Agrícola. “Aqui no Gi-násio Terra Agrícola aumentou a procura das adolescentes e jovens interessadas em praticar o futsal. Somente uma equipe não iria comportar o número de atletas. Assim nasceu o Raízes”, explicou Wilma Ferreira, administradora do Ginásio Terra Agrícola. No local há escola e treinamento para o futsal feminino.

CAmPANhA A Raízes estreou na competição no sába-do, 20, com vitórias sobre Corrente (PI), por 4 a 2, e por WO diante de Formosa. No domingo, já pelas quartas de final, elimi-nou Posse com vitória por 4 a 2. Nas semi-finais, goleou Santa Maria da Vitória por 6 a 2. Com cinco vitórias em cinco jogos, marcou 23 gols e sofreu sete gols.

Curiosamente, as duas equipes fina-

chegou a estender o prazo de inscrição de 15 de março para 28 de março. Até o prazo estipulado pela entidade, haviam anun-ciado interesse em disputar a competição as seleções de Barreiras, Cocos, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luís Eduardo Ma-galhães, Santa Maria da Vitória, São De-sidério e São Félix do Coribe. Assim que foi encerrado o segundo prazo, apenas Cocos, Luís Eduardo Magalhães, Santa Maria da Vitória e São Desidério confir-maram participação, além do anúncio do interesse de Santa Rita de Cássia, que não figurava na lista inicial.

Porém, na segunda-feira, 22 de abril, após o anúncio da tabela com cinco equi-pes, a Sodesf confirmou a desistência de

listas foram comandadas pelo mesmo treinador. O técnico Marcos Silva, que orienta as atletas durante os treinamen-tos semanais, ficou entre um banco de reservas e outro, encostado em um pilar próximo ao placar. “Ao mesmo tempo em que é um privilégio ter as duas equipes que você comanda, decidindo um título, é preocupante pois você não pode perder um só lance”, disse. Ao final da partida, porém, Marcos Silva preferiu se isolar na arquibancada e só reapareceu quando foi feita a entrega das premiações. “Apesar das atletas das duas equipes estarem em harmonia, prefiro ficar distante. É meu jeito de ser”.

Suelle, da Atitude (Riachão das Neves), foi a artilheira com 11 gols e também re-cebeu o prêmio de atleta revelação. A go-leira menos vazada foi Nágila, também da Atitude, com seis gols sofridos. Terra Agrí-cola ainda é a maior campeã da Copa da Soja, com duas conquistas (2007 e 2010); seguida por Uziminas, de Barreiras (2006); Angels, de Barreiras (2008); Santa Maria da Vitória (2009); Irecê (2011); Força Jo-vem (2012) e Raízes Terra Agrícola (2013).

São Desidério, abreviando a competição para quatro participantes. “A Sodesf fez o possível para favorecer as agremiações que tentavam regularizar sua situação a fim de participar da Copa Regional. Infe-lizmente, a maioria das pré-inscritas de-sistiu por falta de apoio financeiro”, disse o presidente da Sodesf, Deusdeth Villas Boas.

Agora, com quatro participantes, a fór-mula de disputa prevê o confronto de to-das as seleções entre si, em jogos de ida e volta. As duas equipes mais bem colo-cadas vão disputar o título. Cada seleção poderá inscrever em seu elenco até três atletas da categoria profissional, desde que não estejam com contrato em vigor.

Raízes Terra Agrícola: rayane; miuka; regiane; Jamilys (em pé); Paula rafaela; Gicele; Naiara; Williane (agachadas), da esqueda para direita

Corrida Tiradentes

A caxirola, instrumento criado pelo percussionista Carlinhos Brown e licenciado pela Fifa para a Copa do Mundo de 2014, já provoca antipatia maior que a vuvuzela, utilizada pelos torcedo-res durante a Copa da África do Sul, em 2012. O jornal inglês The Guardian publicou críticas ao pe-queno chocalho feito de plástico como “aberração”. "Se você acha-va que as vuvuzelas eram ruins, espere até ouvir a caxirola", escre-veu John Crace, em um dos blogs da publicação. "Poupem-nos do som da Copa do Mundo de 2014 no Brasil" foi a chamada para o texto. Para piorar, muitas das milhares das unidades da caxirola distribuídas aos torcedores antes do clássico Bahia e Vitória na Arena Fonte Nova, em Salvador, no domingo, 28 de abril, foram arremessadas para o gramado. A revolta partiu dos torcedores do Bahia, indignados com a péssi-ma atuação da equipe diante do Vitória, que venceu a partida por 2 a 1. Ainda segundo o The Guar-dian, a caxirola nada mais é do que um pequeno instrumento de plástico, que mais se assemelha a uma granada e faz um barulho inofensivo feito um chacoalhar. O uso do instrumento está sendo reavaliado pelos organizadores da Copa do Mundo de 2014, devido ao risco de que possa ser nova-mente usado de maneira negativa por torcedores mais exaltados.

Atletas se preparam para a largada da III Corrida Tiraden-tes, realizada no domingo, 21 de abril, em Barreiras. Na classifica-ção geral, Laelson da Silva San-tana, de Miguel Calmon, foi o vencedor na categoria masculi-

Caxirola não convence!

EsPORTEsTabela da Copa

Regional de Seleções1a rodada - 12 de maio - domingoSanta Rita de Cássia x Santa Maria da VitóriaCocos x Luís Eduardo Magalhães2a rodada – 19 de maio – domingoLuís Eduardo x Sta. Rita de CássiaSanta Maria da Vitória x Cocos3a rodada – 26 de maio – domingoCocos x Santa Rita de CássiaSanta Maria da Vitória x Luís Eduardo Magalhães4a rodada – 02 de junho – domingoSanta Rita de Cássia x CocosLuís Eduardo Magalhães x Santa Maria da Vitória5a rodada – 9 de junho – domingoSanta Rita de Cássia x Luís Eduardo MagalhãesSanta Maria da Vitória x Cocos6a rodada – 16 de junho - domingoSanta Maria da Vitória x Santa Rita de CássiaLuís Eduardo Magalhães x Cocos

Jornal do São Francisco

ARQU

IVO/

10o B

PM

LUCIANO DEMETRIUS

Page 33: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 33Jornal do São Francisco ESPORTES

Entre idas e vindas, mais uma vez (a terceira em menos de cinco anos) o Grêmio rescindiu o contrato do lateral esquerdo Ânderson Pico. Depois de afastar o atleta, o clube decidiu pela rescisão, pois segundo o diretor executivo Ruy Costa, Pico não conseguia entrar em forma. Quando se reapresentou no início do ano, pesava 9 kg acima do peso ideal, emagreceu um pouco, ganhou chances no time principal, mas ape-sar da "vigilância" das nutricionistas do clube, voltou a engordar.

O desleixo deixou irritado o técnico Wanderley Luxemburgo, que pediu o afastamento do lateral. Para conter gastos e também pelo fato de ter outros três jogadores para a posição (Fábio Aurélio, Alex Telles e Guilherme Biteco), o clube gaúcho decidiu dispensar o jogador definitivamente. Pico, que está com 77 kg, sete acima do peso normal, já recebeu propostas do Goiás e da Portuguesa, mas garante que só vol-tará aos campos quando conseguir atingir o peso ideal. No Grêmio, o lateral recebia salários de R$ 60 mil. Com proposta do futebol catarinen-se, tudo indica que Pico deve acertar com a Chapecoense até o mês que vem, mas com certeza ganhando bem menos do que recebia em Porto Alegre. A gordura custou caro hein?

Grêmio: Lateral "gordinho" perdeu contrato por causa do peso!

Cruzeiro: Novo zagueiro pode "pagar o pato" e ficar sem jogar!

Em São Desidério, campeonato municipal de futebol society está movimentando os fins de sema-na na cidade. Na disputa, times dos bairros Juazeiro e Alto Cristo - além dos povoados de Morrão, Angico, Riacho Grande e Sítio do Rio Grande. Os jogos acontecem sempre no campo da várzea, que fica em frente ao Coliseu da Paz. Vinte equipes se inscreveram na disputa que só termina em julho. A iniciativa é da Secretaria Muni-cipal de Cultura.

O vôlei da região Oeste recebeu uma grande notícia: a Federação Baiana quer fortalecer o esporte que anda esquecido, principal-mente, no interior do Estado. Para que isto aconteça, serão realiza-das zonais classificatórias para o campeonato baiano, em seis regiões baianas. Aqui no Oeste, foram selecionados como sedes dos jogos, os municípios de Bar-reiras, Santa Rita de Cássia e Luís Eduardo Magalhães. A disputa vai até julho. Serão oito times, quatro masculinos e quatro femininos, dois em cada categoria, que se classificam para a fase decisiva que será realizada em Salvador.

Três jogos abriram a Futsal Fest do Oeste no sábado, 27 de abril, na Praça dos Sentidos, em Barreiri-nhas: Vento em Popa/Janjar (Luís Eduardo Magalhães) 5 x 2 Central do Oeste; Roma (Luís Eduardo Magalhães) 3 x 1 Vila Brasil; Udi-nese (Luís Eduardo Magalhães) 4 x 1 100% Primos e Cristópolis 4 x 3 Líper Bode. A segunda rodada será disputada no sábado, 4, a partir das 17h, com os jogos Roma x Vento em Popa/Janjar; Ibotirama x Vial Brasil; Cristópolis x Udinese; MC Esportes x Liper Bode e Central do Oeste x Ibotirama. As nove equipes estão divididas em dois grupos. As duas melhores de cada grupo classifi-cam-se às semifinais.

Futebol society

vôleicopa Futsal

DESTAQuES REGIONAIS

A hora está chegando e mesmo sem se apro-fundar no assunto, o

maior ídolo da história do São Paulo - Rogério Ceni - já admite o encerramen-to da carreira até o fim deste ano. Se os torce-dores mantinham uma remota esperança de ver mais uma renovação de contrato com o clube, ao que tudo indica, podem esquecer o assunto. Questionado pela imprensa nos treinos e também após os jogos, diz abertamente que conquistou tudo o que queria dentro do campo com o clube do seu coração e que já está se acostumando com a ideia de parar.

A família apoia a decisão. A esposa e os filhos cansaram de não ter o contato diário com o pai, e isto pesou muito na decisão já tomada. Falta apenas oficializar a data, e isto deve acontecer em breve. Com a sua saída, se abre uma lacuna no gol do São Paulo. A camisa 01 será eterni-zada, não só por ter sido vestida por um grande goleiro, mas também por ter sido com ela que o matogrossense mostrou que é um profissional exemplar, daqueles que hoje em dia estão cada vez mais raros no mundo do futebol.

AdEus ProGrAmAdo

cArlos AuGusTo [email protected]

Mundo da bola

Vendido pelo Vasco da Gama para o Cruzeiro, o zagueiro Dedé teme que o negócio o deixe fora dos campos de futebol por um bom tempo. É fácil explicar. Por conta de uma ação da Receita Federal, a transferência do atleta foi bloquea-da na justiça, até que o Vasco pague a dívida que tem com a fazenda pública.

O problema é que o clube carioca garantiu já ter gasto todo o dinheiro que recebeu do Cruzeiro para sal-dar compromissos com fornecedo-res e salários atrasados de jogadores e funcionários. Dedé, que não tem nada a ver com o problema, admite que a situação tem mexido mui-to com a cabeça dele. O jogador garante que até para dormir está sendo difícil. É como diz o ditado: muitas vezes o justo paga pelo pecador!

de. Bernardo, que deve ser operado do joelho na primeira quinzena do mês de maio para resolver um pro-blema crônico de dores e inchaço no local, só deve voltar aos grama-dos em dezembro, no finalzinho do Campeonato Brasileiro. Em São Januário ninguém quis falar sobre o assunto, mas de acordo com a assessoria do clube cruzmaltino, os jogadores estão muito assustados com tudo que aconteceu. Que coisa!

Flamengo: Quem duvidava disso?

Bernardo: Agressão brutal a meia do Vasco assusta companheiros de grupo!

Eliminado do Campeonato Carioca, o Flamengo foca todas as suas atenções antes do início do Brasileirão na Copa do Brasil. Mas a má fase do clube já trouxe conse-quências para o elenco. Uma delas é que jogador que não tiver espaço com o técnico Jorginho será dis-pensado para reduzir gastos com a folha de pagamento e permitir que o clube possa contratar pelo menos três reforços.

A fila de dispensados já tem o zagueiro Alex Silva e o meia Ibson, pois segundo os dirigentes não havia mais clima para manter os dois atletas no grupo. Mas o motivo não é somente técnico: os salários dos dois representam uma despesa de R$ 800 mil por mês ao cofre ru-bro-negro. Agora, é só esperar pelo acordo que o clube vai fazer com Alex Silva e Ibson, já que os dois têm contrato em vigor com o clube e a rescisão, ao que tudo indica, não será nada barata.

Há quem diga que foi por um milagre que o meia Bernardo do Vasco não morreu assassinado na favela da Maré no Rio de Janeiro. Es-pancado por traficantes, o jogador também teria sido amarrado, tortu-rado e atingido por muitos socos e pontapés. Segundo foi apurado pela polícia carioca, Bernardo só não foi morto graças à intervenção de Wellington Silva, lateral direito do Fluminense, que implorou aos tra-ficantes para que não matassem o companheiro de profissão, alegando que a retaliação policial seria pior, pois a favela da Maré ainda não tem uma Unidade de Polícia Pacificado-ra (UPP).

A investigação agora tenta desco-brir os motivos do envolvimento de Bernardo com os traficantes. Sus-peita-se que o atleta vascaíno teria se relacionado com a mulher de um dos líderes do tráfico na comunida-

Será realizada entre os dias 16 e 25 de maio, no Castelo Sportenis, a Copa Barreiras de Tênis. Poderão participar tenistas de qualquer ida-de e de ambos os sexos, divididos de 1ª a 5ª classes de acordo com seu nível de jogo. A pontuação será válida para o ranking da União dos Tenistas Barreireneses (UTB). Ins-crições a R$ 70 (uma classe) e 120 (duas classes). Mais informações pelo telefone (77) 9138-9813.

Tênis

na, com o tempo de 22min17seg. Na feminina, o primeiro lugar ficou com Tainara Barros, de Bom Jesus da Lapa, que cruzou a linha de chegada em 30min-57seg. A prova, com percurso de 7 quilômetros, teve largada em frente ao 10º Batalhão da Polícia Militar e seguiu pela BR-242, avenidas Ahylon Macedo e Boa Vista e retorno em frente ao prédio do 10º BPM. Também foram premiados os vencedores nas categorias juvenil, veterano e master (masculino e feminino). A III Corrida Tiradentes foi promo-vida pelo 10º Batalhão da Polícia Militar com apoio da CPRO-O-este, Polícia Rodoviária Federal, Prefeitura de Barreiras e Embasa.

Jornal do São Francisco

Page 34: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco34 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

FONTE: CINECLICk

EsTREIAs

vEM AÍ

Coração do braSiLSinopse: Cinquenta anos depois da expedição dos irmãos Villas-Bôas para demarcar o centro geográfico do Brasil, em 1958, três participantes dessa jornada - Sérgio Vahia de Abreu, o cacique Raoni e o documentarista inglês Adrian Cowell, mor-to em 2011 - retomam o mesmo trajeto, revisitando aldeias, re-encontrando personagens e constatando a dramática evolução da condição indígena ao longo dos anos.

UM Porto SeGUroSinopse: Uma jovem com passado misterioso chega à cidade de Southport. No local, ela se envolve com um viúvo e acaba sendo obrigada a enfrentar o segredo que a persegue.

rÉQUieM Para LaUra MartiNSinopse: Famoso maestro (Anselmo Vasconcellos) divide sua obsessão pela música com o amor doentio por sua musa e amante Laura Martin (Ana Paula Serpa), com a cumplicidade de sua esposa Raquel (Claudia Alencar).

UM boM PartidoSinopse: A história de um famoso jogador de futebol aposenta-do (Butler) que tenta reconstruir uma relação com seu filho e sua ex-mulher (Jessica Biel), enquanto treina o time do garoto. Porém, as coisas se complicam quando o treinador é assediado pelas mães dos outros jogadores.

HoMeM de Ferro 3Sinopse: Quando o industrial arrogante, porém brilhante, Tony Stark/ Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) vê seu mundo pes-soal destruído pelas mãos de seu inimigo, ele embarca em uma angustiante jornada para encontrar os responsáveis. Uma jor-nada que a cada reviravolta seus brios serão testados. Pressio-nado, Stark terá de sobreviver lançando mão dos próprios dis-positivos, contando apenas com sua engenhosidade e instintos para proteger aqueles que lhe são mais próximos. Em sua luta, Stark descobre a resposta para a pergunta que o atormenta em segredo: o homem faz o traje ou é o traje que faz o homem?

1. HOMEM DE FERRO 32. VAI QUE Dá CERTO3. OBLIVION4. OS CROODS5. A MORTE DO

DemôniO (2013)6. UM BOM PARTIDO7. MAMA8. O ACORDO9. INVASÃO À CASA

BRANCA10. UM PORTO SEGURO

1. SUOR E GLóRIA2. OBLIVION3. 42 (2012)4. O CASAMENTO DO

ANO5. OS CROODS6. G. I. JOE 2:

RETALIAÇÃO7. TODO MUNDO EM

PâNICO 58. INVASÃO À CASA

BRANCA9. THE PLACE BEyOND

THE PINES10. JURASSIC PARk 3D

biLHeteriaS braSiL

biLHeteriaS eUa

Atualizado em 01/05/2013, às 9h30

Duro de Matar 6 contra-tou roteirista. Segundo o Total Film, Ben Trebilcook, do ainda inédito Knockout, vai escrever a primeira ver-são da história.

Depois de Moscou, a nova sequência vai retor-nar à Nova York, antes de seguir para Tóquio. De acordo com o roteirista, ao contrário do péssimo quin-to filme, seu texto "será fiel à franquia, aos persona-gens e sua evolução natu-ral. Além de contar com uma história plausível". Esse comentário seria uma cutucadinha ao mais recente filme da série?

Seja como for, vamos torcer para o sexto fazer jus à franquia, que teve seu ponto mais baixo em Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer. Duro de Matar 6 ainda não tem data de lançamento, mas terá Bruce Willis de volta.

Quem não acompanha o mo-vimentado Twitter de Sylvester Stallone talvez ainda não saiba, mas o ator revelou que Os Merce-nários 3 já tem diretor contratado, e ele se chama Patrick Hughes.

Confirmando o desejo de con-tratar um nome desconhecido, Stallone fez o anúncio no último dia 23. Nem tente buscar o nome do jovem diretor no Google, pois ele é tão desconhecido que a fer-ramenta de busca retorna apenas resultados relacionados a um ar-tista britânico de mesmo nome. Parece que chegou a hora dele vi-

rar o jogo e entrar para o time dos grandes de Hollywood.

Seu único filme "grande" foi Busca Sangrenta, de 2010, lan-çado diretamente em DVD no Brasil. A maior parte de seus tra-balhos é em comerciais e curta-metragens.

Além do anúncio do diretor, Sly também revelou que deseja colo-car mais personagens femininas na sequência. Segundo ele, o ob-jetivo é trazer sangue novo para a franquia.

As filmagens estão previstas para começar ainda em 2013.

Aparentemente, a Fox acertou mesmo nas artes dos cartazes de

Wolverine – Imortal. Os pôsteres com o mutante pintado a nanquim, estilo que imita a arte japone-sa, estão sendo roubados nos Estados Unidos.

Tony Sella, presidente criativo do estúdio, disse ao Collider que 50% dos pôsteres colocados em pontos de ônibus foram roubados. Consideran-do a beleza dos cartazes, não é de se espantar que alguém queira mantê-los como item de coleciona-dor. Só não custava nada

esperar o item começar a ser vendido ao público, não é?

Os roubos começaram a incomodar a Fox pois, embora o custo da reim-pressão seja baixo, a pu-blicidade desses pontos é cobrada por dia e pagar pelo espaço e ficar sem a divulgação do filme não está sendo nada bom para o estúdio.Wolverine. Imortal é ba-seado na minissérie dos quadrinhos de Frank Mil-ler e Chris Claremont so-bre a jornada de Logan ao Japão. O longa estreia em 26 de julho.

Thor - O Mundo Sombrio, sequên-cia do filme do deus nórdico da Marvel in-terpretado por Chris Hemsworth, ganhou seu primeiro trailer. O vídeo mostra o re-encontro do herói e sua amada Jane (Na-talie Portman), além da batalha com os El-fos Negros.

O longa trata sobre a luta para salvar a Terra e os Nove Rei-nos de um inimigo obscuro. O elenco conta com Chris-topher Eccleston (Os Outros), Tom Hiddleston (Os Vingadores) e Anthony Ho-pkins (Hannibal).

Robert Rodat (O Resgate do Soldado Ryan) assina a segun-

da versão do texto escrito pelo falecido Don Payne (Thor).

Thor 2. O Mundo Sombrio tem estreia prevista para 8 de novembro.

Thor: O Mundo Sombrio ganha primeiro trailer

Duro de Matar 6 contrata roteirista e vai mesmo acontecer

Os Mercenários 3 contrata diretor desconhecido

Wolverine – Imortal: Pôsteres do filme são roubados nos EuA e dão prejuízo para estúdio

REPRODUÇÃO

Jornal do São Francisco

PAssEIO CULTURAL

REPRODUÇÃO

REPRODUÇÃO

Page 35: Jornal do São Francisco - Edição 128

Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013 35Jornal do São Francisco

Casagrande e Seus Demôniospor Gilvan ribeiro, Walter casagrande Júnior

LIVROS

Jornal do São Francisco

CRÔNICA

durvAl [email protected]

Minha Cara Mãe Calina

Este lindo afloramento rochoso, numa altitude de 800 metros, batizou um pequeno município no extremo su-

doeste da Bahia, na margem esquerda do rio São Francisco: estamos no topo da Serra do Ramalho. Este espinhaço se estende por 90 km e divisa o muni-cípio com São Félíx do Coribe ao oeste e com Carinhanha, ao sul. Com escar-pas emolduradas por frondosas árvores (cedro, peroba rosa, baraúna, aroeira, pintado, ipês amarelos e roxos), esta bela formação é o paraíso dos mocós, que ali se encontram aos milhares. Os cerros pontiagudos escondem inúmeras grutas que liberam pequenos veios d´á-gua que vão contribuir para alimentar o Velho Chico. Mas o surpreendente, en-tretanto, está nas altas paredes ornadas por pinturas rupestres que denunciam a passagem do homem pré-histórico e aguardam pesquisas minuciosas para elucidação desse tesouro arqueológi-co. Grupos de espeleologia, como o Bambuí, já visitaram este impressio-nante sítio geológico e deixaram seu depoimento: “Entre os dias 03 e 11 de setembro de 2011aconteceu uma expe-dição es-peleológica na Serra do Ramalho. Orga-nizada pelo Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas, contou com a participa-ção de espeleólogos franceses do Grou-pe Spéleo Bagnols Marcoule (GSBM). Há mais de 20 anos a Serra do Ramalho vem sendo palco de expedições do Bam-bu, que descobriu cavernas significati-vas no cenário espeleológico nacional, como a Caverna do Boqueirão, com mais de 13 quilômetros de galerias, os salões ornamentados da Gruna do Anjo e galerias gigantes do Enfurnado. Nesta excursão foram exploradas e mapeadas as impressionantes Gruna e Abismo da Figueira, a segunda com um lance ver-tical de 80 metros livres em corda. Tam-bém a Caverna do Chico Pernambuco, uma belíssima cavidade com profundos abismos e volumes internos. As equipes

brasileiras e francesas mapearam cerca de 150 metros verticais intercalados por galerias e salões em diferentes níveis até atingirem um rio subterrâneo, galeria com mais de 60 metros de altura de im-pressionante beleza” (Revista O Carste, volumes 13 e 14).

“Simplesmente um dos lugares mais impressionantes onde já estive debai-xo da terra. Uma escadaria de grandes travertinos brancos, cheios de água lím-pida azulada. Uma emoção encontrar esta sala, a cerca de 80 m de profundi-dade, em um belo abismo da região”, disse Alexandre Camargo Iscoti. A descoberta deste patrimônio colossal inquieta e preocupa pessoas cons-cientes da necessidade imperiosa da preservação sociocultural e ambiental do município de Serra do Ramalho que,

temerosas de um tsunami empresarial, estão criando uma ONG para se ocupar de esclarecer a comunidade, especial-mente os jovens, da importância do estudo e conhecimento de espaços e questões que tangem à origem e ao futuro da humanidade, como é o caso deste inestimável tesouro.

E urge que assim se faça, antes que apareça um grupo empresarial que queira, simplesmente pela força do poder econômico, mandar pelos ares este belíssimo relicário, sob o engodo da criação de empregos e geração de riquezas, em prejuízo de uma riqueza infinitamente maior que é a preserva-ção do patrimônio que, deverá promo-ver a exploração do turismo científico, quando a humilde Serra do Ramalho será citada nas melhores revistas cien-

tíficas do planeta e visitada por turistas de todo o mundo.

*NEOdímIO - elemento químico de sím-bolo Nd e de número atômico igual a 60 (60 prótons e 60 elétrons). À temperatura ambiente, o neodímio encontra-se no estado sólido. Representa 18% dos me-tais do grupo terra rara. Logo que expos-to ao ar reage com o oxigênio formando óxido de neodímio, reage com ácidos HCl, HNO3 e H2SO4 diluídos vigorosa e exotermicamente, com liberação de hidrogênio, é tóxico quando em local fechado, reage com compostos pre-sentes no ar formando gases e vapores venenosos”.LuIz RICARdO dOS SANTOS - Técnico em Química e Tecnólogo em Processos Químicos.

Grupo de técnicos e professores no topo da serra do ramalho

O NEODÍMIO*

Salão dos degraus

Salão azul

FOTOS CHICO PERN

Quando Barry Fairbrother morre ines-peradamente com seus 40 anos, a pe-quena cidade de Pagford fica em choque. Pagford é, aparentemente, um idílio in-glês, com uma praça de mercado de para-lelepípedos e uma antiga abadia. Mas atrás das belas fachadas encontra-se uma cidade em guerra. Ricos contra pobres, jovens con-tra seus pais, esposas contra seus maridos, professores contra seus alunos... Pagford não é o que parece. E o assento vago deixado por Barry no Conselho da paróquia logo se torna o catalisador da maior guerra que essa cidade já viu. Quem vai triunfar numa eleição carregada de paixão, duplicidade e revelações inespera-das? Um grande romance sobre uma pequena cidade, Morte Súbita é o primeiro romance adulto de J.K. Rowling. É o livro de uma narra-dora sem igual.

Ricamente ilustrado, com um caderno re-cheado de fotos, a publicação tem prefácio de Marcelo Rubens Paiva, amigo de sempre, que endossa a hipótese de que tantas coisas boas e outras tantas ruins, que permearam a vida do ex-jogador dariam um bom roteiro para um livro. “Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade”.

Morte Súbitapor J. K. rowling

Page 36: Jornal do São Francisco - Edição 128

Jornal do São Francisco36 Ed. 128, de 1o a 15 de maio 2013

InFORME PUBLICITÁRIO

Mais umimportante passo na sua formação

pro fissional.

INSCRIÇÕES ABERTAS Até: 16/05/13