Jornal dos Bairros - 16 Julho 2015

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ITAJAÍ – NAVEGANTES – BALNEÁRIO CAMBORIÚ | 17 DE JULHO DE 2015 | ANO XVI | Nº 750 Situação complicada Sem sucesso com pedido de liberdade, vereador já recorre ao terceiro advogado Novidade Mariana Leone estreia como colunista no JB Página 8 ENTREVISTA Thiago Morastoni vê com vergonha a situação do PT Páginas 4 e 5

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ITAJAÍ – NAVEGANTES – BALNEÁRIO CAMBORIÚ | 17 DE JULHO DE 2015 | ANO XVI | Nº 750

Situação complicada

Sem sucesso com pedido

de liberdade, vereador já recorre ao

terceiro advogado

NovidadeMariana

Leone estreia como

colunista no JBPágina 8

ENTREVISTAThiago

Morastoni vê com vergonha a situação do PT

Páginas 4 e 5

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O Jornal do Bairros é uma publicação da empresa Letras Editora Ltda. (ME), com sede na Rua Anita Garibaldi, 425 – Centro – Itajaí –SC.Telefone: (47) 3344.8600 Site: www.jornaldosbairros.tv | Twitter: @jornalbairros

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Jornal dos Bairros - ITAJAÍ/SC - Edição Nº 750 - 17 DE JULHO de 2015 | Ano XVI | Página 2

ALEXANDRE BALBINO

Balbino&você

ARTIGO

ASSUNTO DA SEMANA: UMA NOVA DIREÇÃO PARA

MUITAS VIDAS

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Concorrência: ameaça ou oportunidade?

Por Sidney Cohen, palestrante, diretor da Bit Partner Consultoria Empresarial

REBELO & ZENDRONADVOGADOS

Rua Dr. Pedro Ferreira, 155, sala 1502 15º andar - Centro - Itajaí

Fone: (47) 3398.1165 | (47) 9923.7503

Como você tem reagido no trân-sito? Qual seu posicionamento quan-do você pega seu veículo e dirige pelas ruas da cidade? É bom ressaltar que o trânsito é feito de pessoas, e são elas, incluindo eu e você, que podem fazer do trânsito um ambien-te seguro e tranquilo. Nosso meio de transporte é para o serviço da vida, da convivência e do progresso. Va-mos proteger a vida e respeitar as leis de trânsito.

A partir de hoje vamos aprovei-tar este espaço para também conhe-cer algumas histórias de luta, de su-

peração, de tristeza de pessoas que sofreram direta ou indiretamente, ou estão passando por dificuldades, de-vido à violência no trânsito.

Aproveito esta primeira oportu-nidade para contar a minha história. Tudo aconteceu em janeiro de 1997, quando eu e minha namorada (hoje esposa) sofremos um acidente de moto, ocasionado por um veículo que avançou o sinal vermelho, bem ao lado do semáforo do cruzamento da Univali. Na ocasião o capacete da Luciana caiu e com o impacto ela sofreu traumatismo craniano, entran-do em estado de coma no mesmo momento. Foi mais de um ano de reabilitação, em todos os sentidos. Reaprendeu a falar, andar, comer, reconhecer as pessoas, e tivemos a vitória dentro de tantos momentos difíceis. Um abraço, uma palavra, a atenção dos amigos neste momento foram fundamentais para o proces-so de reabilitação. Somo casados há mais de 16 anos e temos três filhos lindos.

Gostaria de conhecer também a sua história para que venha a ser divulgada na próxima semana. Com-partilhe conosco um pedacinho da sua trajetória. Aguardo seu conta-to pelo e-mail [email protected].

O que seria da empresa se ela não tivesse concor-rência? A competitivida-

de entre empresas está mais acen-tuada, e entender a concorrência de perto, poderá trazer benefícios para sua organização. A ameaça da concorrência pode se trans-formar em grande oportunidade. Neste contexto, dou algumas di-cas sobre como a concorrência pode servir como fonte de inspi-ração.

1. Fique atento aos pontos fracos de seu concorrente: se eles representam os seus pontos fortes, você tem grandes chances de sur-preender o mercado.

2. Faça o dever de casa: para entender o concorrente, não será preciso ir muito longe. Geralmen-te as empresas possuem um histó-rico informatizado de oportunida-des ganhas e perdidas. Neste caso, será possível mapear as informa-ções importantes como empresas vencedoras, preços praticados, dentre outros. Algumas elabora-ram um ranking das empresas que participaram das oportunidades, com o objetivo de pontuarem os fatores que contribuíram para o sucesso e fracasso. Mensalmente o ranking deve ser monitorado com o objetivo de se chegar ao topo. Para isso será importante conver-ter erros em acertos, de forma es-tratégica, transformando oportuni-

dades em negócio fechado.3. Fontes externas: são muitas

as fontes, destaco o site do con-corrente, notícias, redes sociais (certifique-se antes da veracidade da informação) e principalmente o seu cliente. Estude o mercado, fi-que atento aos casos de benchma-rking, modelos de procedimentos adotados por empresas que são referências, mesmo que não con-correntes, poderão ser adaptadas em sua empresa.

4. Evite promessas: não caia na tentação de se praticar o “pre-cinho” e “prazão”, muitas vezes estimulados pela concorrência. É preciso ter um fluxo de caixa está-vel para se praticar essas ações.

5. Seu cliente merece aten-ção: conheça profundamente o seu cliente a ponto de atendê-lo 100%. Caso contrário, ele irá ba-ter na porta do seu vizinho, seu concorrente.

6. Cliente oculto: bastante aplicado para avaliar a qualidade, atendimento e processos da pró-pria empresa, vem sendo aplicado também para entender melhor a concorrência. É comum em pe-quenas empresas o próprio dono ser cliente do seu concorrente para estudá-lo melhor.

O cliente é o seu desejo, o concorrente o seu rival. É preciso sempre buscar a superação, para surpreendê-los.

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Jornal dos Bairros - ITAJAÍ/SC - Edição Nº 750 - 17 DE JULHO de 2015 | Ano XVI | Página 3

O primeiro semáforo sonoro de Itajaí foi instalado nesta semana no cruzamento da rua Hercílio Luz com a avenida Sete de Setembro, no Centro. Agora, deficientes visuais podem atra-vessar a via com o auxílio dos sinais sonoros. O sistema funciona por meio de um botão especial junto ao semáfo-ro. A Secretaria de Segurança trabalha para instalar o sistema em outras vias do município.

O semáforo começou a operar na última segunda-feira. O deficiente vi-sual pode pressionar o botão e receber sinais sonoros para saber o momento certo de fazer a travessia. O equipa-

mento avisa quando os veículos param e quando o semáforo está prestes a re-abrir.

Para a secretária de Segurança, Susi Bellini, a aquisição e instalação do equipamento é uma forma de o mu-nicípio contribuir para a construção de uma cidade sem exclusão social. A im-plantação dos semáforos sonoros teve apoio da Câmara de Vereadores, com indicação dos 21 parlamentares. A pre-feitura pretende instalar outros equipa-mentos entre as ruas Francisco de Pau-la Seara e Indaial. A escolha ocorreu porque ali perto fica a Associação dos Deficientes Físicos da Foz do Itajaí.•

Itajaí ganha primeiro semáforo com sistema sonoro para deficientes visuais

Divulgação

Equipamento avisa quando carros pararam e quando o

semáforo está prestes a abrir

A defesa do vereador José Al-vercino Ferreira (PP), preso na última terça-feira, está tendo

trabalho para conseguir sua liber-dade. Desde que foi detido, o par-lamentar mudou de advogado pelo menos duas vezes. Nesse período também teve um pedido de habeas corpus negado pela Justiça.

Zé Ferreira é investigado na ope-ração “Parada Obrigatória I e II” do Grupo de Atuação Especial de Com-bate ao Crime Organizado (Gaeco). O procedimento começou em 2013 e se refere a corrupção e lavagem de dinheiro decorrentes de fraudes en-volvendo órgãos de trânsito e empre-sas de Itajaí, Florianópolis, Brusque e Lages.

Desde a manhã de quinta-feira, quem cuida do processo envolven-do o vereador é o advogado Marlon Charles Bertol. Ele aguardava o rece-bimento de cópias do processo judi-cial para entrar com novos recursos para a liberdade de Zé.

— Vamos ingressar com novos pleitos quando chegarem as cópias. Sem elas, o exercício de defesa é im-pedido _ disse na quinta.

Além de Zé Ferreira, outras três pessoas foram presas na operação,

sendo uma em Itajaí, uma em Lages e uma em Brusque. O segundo pre-so em Itajaí foi liberado no mesmo dia. As investigações do Gaeco são sobre crimes de falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro, associação criminosa e quadrilha, dentre outros. Durante todo o proce-dimento foram investigadas mais de doze pessoas, dentre agentes públi-cos e empresários, além de sete em-presas, todos envolvidos em tese nos crimes apurados.

Também houve 17 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comar-ca de Itajaí, em residências, órgãos públicos e empresas nas cidades de Itajaí, Florianópolis, Penha, Brusque e Lages. Foram sequestrados cerca de R$ 5 milhões em bens e dinheiro.

Como as investigações prosse-guem, o Gaeco não forneceu detalhes sobre a operação e como atuavam as pessoas investigadas no esquema. No dia de sua prisão, o vereador conse-guiu conversar com a reportagem do Jornal dos Bairros por telefone en-quanto aguardava para prestar escla-recimentos.

— Não sabia o que estava acon-

Defesa do vereador Zé Ferreira se prepara para novo pedido de liberdadeParlamentar foi preso na terça-feira em operação que investiga corrupção envolvendo órgãos de trânsito

Vereador teve um pedido de liberdade negado durante a semana

tecendo, mas entregamos todos os documentos porque não devo nada — disse o vereador sobre o cumprimento de mandados de busca e apreensão em seu gabine-te na Câmara de Vereadores.

Na quarta-feira o site da câ-mara de Itajaí foi hackeado e uma foto do vereador preso, que circu-lava no whats app, acabou indo parar na página inicial. O proble-

ma foi resolvido no mesmo dia. A casa deve definir nos pró-

ximos dias quem presidirá a co-missão de Ética, que era presidida por Zé Ferreira. Apesar de o re-cesso dos vereadores ter começa-do na quinta, a procuradoria da câmara informou que os traba-lhos administrativos prosseguem, por isso é necessário nomear um novo presidente. •

Câmara de Vereados / Divulgação

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Jornal dos Bairros - Fazendo um balanço da atual administração munici-pal, o senhor comumente pontua vários aspectos em sua página no Facebook de descaso com o dinheiro público. Na sua opinião, a gestação orçamentária é a principal dificuldade que Itajaí enfrenta hoje?

Thiago Morastoni – Eu acredito que hoje os grandes problemas que a administração municipal enfrenta são al-guns. Em especial é o excesso de parti-dos políticos que foram compostos para se ganhar a eleição. Isso hoje causa um problema porque coloca o prefeito sem-pre sob aquela necessidade dos partidos de estarem indicando pessoas, buscando caminhos de poder dentro do governo. Esse é um grande problema. Penso que os problemas da administração também são frutos de um cansaço da administra-ção. Esse é o segundo mandato do pre-feito Jandir Bellini depois de ter saído a primeira vez da prefeitura, então foram oito anos, ficou quatro anos fora e vol-tou oito. Então, são basicamente as mes-

mas pessoas que compõem o governo. Isso gera nessas pessoas um sentimento de que já sabem tudo, que nada pode ser diferente, gera, também, um cansaço natural. Então, esses pontos, na minha opinião, são os principais problemas do governo.

Jornal dos Bairros – Ainda sobre o Facebook, o senhor costuma responder comentários e até entrar em discussões cansativas, diferentes de outros políti-cos, que têm suas páginas administra-das pela assessoria de imprensa. Essa foi uma cultura que o senhor implantou? Pretende levar adiante?

Thiago Morastoni – Com certeza. Desde pequeno eu sempre fui muito liga-do à Internet. Acredito que hoje as redes sociais representam um grande veículo de comunicação para o político, para um empresário, para qualquer pessoa que exerça sua função, em manter um diá-logo direto com a população, com o seu cliente, enfim. É um mecanismo para um bom diálogo. Eu respondo pessoalmente.

Tenho uma página [no Facebook] que é de comunicação, administrada pela mi-nha assessoria, mas tenho um Facebook, Twitter e Instagram, enfim, as minhas redes sociais, sou eu mesmo que admi-nistro e procuro responder todos. Isso é, sim, um trabalho bastante puxado e can-sativo, isso porque temos ali, por exem-plo, 200 mensagens para responder. Mas acredito que é uma forma de eu estar me comunicando, debatendo com a socie-dade os problemas de Itajaí e os reflexos do mandato; ouvindo opiniões, críticas, os problemas da cidade, que muitas ve-zes são trazidos através das redes sociais, problemas em ruas, em escolas. A partir das redes sociais, nós também buscamos informações para atuação parlamentar.

Jornal dos Bairros – Recentemen-te, o senhor pediu informações sobre o novo Mercado Público de Itajaí e elas foram negadas. De modo geral, falta clareza na condução de obras públi-cas?

Thiago Morastoni – Acredito que

Thiago Morastoni fala de crise e compara o momento político nacional com a situação de Itajaí

Nesta semana, o Jornal dos Bairros conversou com o vereador de Itajaí Thiago Morastoni (PT).

Possível candidato à prefeitura em 2016, o parlamentar comentou os reflexos do bombardeiro de informa-ções sobre os escândalos envolvendo o Partido dos Trabalhadores (PT) na-cionalmente e disse se envergonhar.

Thiago admitiu que permanecer na sigla por essas razões é cada vez mais difícil, mas foi furtivo ao tratar sobre sua movimentação política. Ainda sobre crise, o vereador com-parou o momento vivido pelo PT com o cenário atual de Itajaí. São muitos anos de um mesmo governo em ambos os casos e essa falta de renovação, para ele, prejudica a de-mocracia.

Como não poderia deixar de ser, o vereador _ que assumiu uma cadeira na câmara em 2012, quando foi eleito com 2.448 votos _ comen-tou a fala do prefeito da cidade que o chamou de mentiroso. Também pal-pitou sobre os possíveis candidatos a prefeito lembrando que seu pai, o ex-prefeito Volnei Morastoni, pode estar nessa lista.

Quando se desrespeita não um, mas alguns

vereadores, desrespeita-se o poder legislativo

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Marcelo Roggia

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Jornal dos Bairros - ITAJAÍ/SC - Edição Nº 750 - 17 DE JULHO de 2015 | Ano XVI | Página 5

Eu tenho um sonho de

administrar Itajaí, não

sei se vai ser agora, não

sei se é daqui quatro, oito, doze ou vinte

anos

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sim. O maior reflexo disso é um pedido de um vereador, um pedido de um mem-bro do poder legislativo, que tem den-tro das suas atribuições a fiscalização. Quando pedimos informações, quando buscamos saber o que é que está aconte-cendo com o município, seja em obras, em aplicações de recursos, execução de serviços, esse é o trabalho fiscalizador de um vereador. Quando se sonegam essas informações e negam os pedidos é preju-dicial para a democracia, para a socieda-de, especialmente, para a condução do trabalho parlamentar. Hoje, nós temos a grata vantagem de contar com uma Lei da Transparência. Temos os caminhos administrativos e judiciais para buscar essas informações, que às vezes são so-negadas, e é isso que eu tenho feito.

Jornal dos Bairros – O senhor já se posicionou nas redes sociais sobre a atitude do prefeito Jandir de ir a um programa televisivo e chamar o senhor e outros vereadores de mentirosos. O senhor acredita que essa atitude foi em função de que ele não será mais can-didato à prefeito, do contrário teria se mantido em silêncio?

Thiago Morastoni – O prefeito Jandir é um grande homem. Ele sempre se manteve sereno, calmo, um homem zeloso com suas posições. Acredito que aquela posição dele é uma posição real-mente de quem está sem paciência, em virtude de que ele está vivendo em uma panela de pressão. Essa panela de pressão ela existe por aqueles motivos já relata-dos, seja o excesso de partidos políticos, de pessoas sempre querendo buscar van-tagens pessoais, cargos, indicações, en-fim. Essa panela de pressão é em virtude dos problemas de governabilidade dele. O problema do prefeito não está na opo-sição, mas sim dentro da própria base do governo. É o próprio governo que vem criando problemas para o prefeito. Hoje [14 de julho] nós tivemos um exemplo disso que foi a prisão de um vereador, que até pouco tempo atrás era o chefe do Codetran [Coordenadoria de Trânsito de Itajaí], era uma pessoa indicada pelo prefeito, era de confiança do prefeito. São situações como essas que colocam ele em um estado de nervos mais aflora-do. Tenho certeza que, por mais que foi ofensivo, porque eu me senti ofendido como vereador, como sociedade, nós não esperamos que o prefeito da cida-de esteja sem paciência para conduzir o governo. Agora, em especial, acho que é uma ofensa ao poder legislativo. A se-paração dos poderes, como o legislati-vo, judiciário e executivo, deve ocorrer

de forma harmônica, independente, mas harmônica. Quando se desrespeita não um, mas alguns vereadores, desrespeita-se o poder legislativo, a separação dos poderes. Nesse sentido foi ofensivo. En-tendo o prefeito também e a forma como ele está vivendo hoje, em meio a esse turbilhão do governo, e não o condeno por isso. Pelo contrário, acredito que ele deve reestabelecer o equilíbrio emocio-nal para conseguir conduzir o governo nesse um ano e meio de mandato que ainda lhe restam. Acredito que ele tem condições de fazer um grande final de mandato, deixando a prefeitura enxuta, limpa para o próximo gestor. Indepen-dentemente de quem vai ser, alguém vai sucedê-lo. Transferir os problemas para essa nova administração não é o caminho correto. Nesse um ano e meio que lhe faltam de mandato, penso que ele deva terminar sua história de 16 anos frente à prefeitura de Itajaí com um enxugamen-to da máquina e também cortar algumas estruturas que se criam e engessam e fa-zem mal à administração pública.

Jornal dos Bairros – Podemos es-perar o senhor como candidato à prefei-tura nas eleições municipais de 2016?

Thiago Morastoni – As minhas ações na Câmara de Vereadores não são visando a eleição. As minhas ações, neste momento, são o cumprimento do meu mandato, um mandato que me foi outorgado em 2012 pela população e eu tenho obrigação de cumpri-lo de forma fiel, clara, transparente. É dessa forma

que eu exercito o mandato. Acredito que estamos entrando em um vácuo político, um momento de mudanças da gestão, temos um prefeito que não é mais can-didato, então surgem possibilidades e eu estou à disposição. Posso ser candidato a vereador novamente, posso ser candida-to a prefeito ou vice-prefeito. Essas coi-sas fogem do nosso controle, não somos nós que definimos, isso é um processo coletivo de decisões. Muitas coisas irão mudar ainda daqui para frente e acredito que, para termos um cenário mais claro a respeito das eleições, somente a par-tir de março ou abril do ano que vem. Eu tenho um sonho de administrar Ita-jaí, não sei se vai ser agora, não sei se é daqui quatro, oito, doze ou vinte anos. Eu vou me colocar à disposição da po-pulação, seja como vereador, seja como prefeito e, se eu receber essa confiança, vou procurar cumpri-la fielmente como procuro cumprir esse primeiro mandato de vereador.

Jornal dos Bairros – Hoje, o PT nacional vive uma crise muito séria, no sul do Brasil é ainda mais grave visto que grande parte dos eleitores rejeita a presidente Dilma Rousseff. Para um político jovem e de carisma como o se-nhor, ficou insustentável permanecer no partido?

Thiago Morastoni – Não tenho como dizer que a situação não é gra-ve. Eu, sinceramente, acredito que o PT paga o mesmo preço do que eu falei an-teriormente do prefeito Jandir. São três mandatos, indo para o quarto mandato consecutivo na Presidência da Repúbli-ca. Há muitos erros, problemas, coisas erradas sendo feitas. Isso, sem dúvida, acaba transferindo a nós, políticos locais da base, um peso muitas vezes que é insustentável. A situação política do PT hoje é, sim, bastante delicada e isso me reflete negativamente. Eu não fico confor-tável com isso porque esses problemas, esses desmandos, têm sido cometidos por outras pessoas, pessoas estas que são filiadas ao meu partido e isso me enver-gonha, me entristece, me deixa bastante chateado e decepcionado. Eu acreditei e acredito que o governo deve agir de ou-tra forma e hoje, cada vez que sai uma notícia é decepcionante. Eu espero que tudo isso que vem sendo veiculado sobre os crimes sendo cometidos contra a Pe-trobrás, contra a administração pública e não só os crimes, mas a própria má gestão, sejam amplamente questionados, julgados de uma forma correta, execu-tando o devido processo legal e havendo culpa, que essas pessoas sejam devida-

mente punidas pelos seus atos.

Jornal dos Bairros – O senhor es-tuda deixar o partido para concorrer em uma nova sigla no ano que vem? Houve conversas com quais siglas?

Thiago Morastoni – Sim, isso pode acontecer. Tenho recebido convites de algumas siglas e conversado. Ainda é muito prematuro afirmar que vá aconte-cer ou não, mas existe a possibilidade.

Jornal dos Bairros – Escutamos alguns nomes que devem concorrer a prefeito de Itajaí na próxima eleição municipal, como Paulo Bornhausen, Deodato Casas, Níkolas Reis e até o próprio Décio Lima. Quem o senhor considera que realmente pode concor-rer à prefeitura em 2016?

Thiago Morastoni – Ainda é muito cedo para se falar nisso, mas temos alguns nomes possíveis de candidatos a prefeito em Itajaí. O Paulinho Bornhausen é um nome, o ex-prefeito Volnei Morastoni, o deputado Décio Lima, a vice-prefeita Dalva Rhenius, o Deodato e o Níkolas que já foram candidatos. Essas pessoas, naturalmente, têm tendências maiores de acabar concorrendo, mas esse cená-rio pode mudar a qualquer momento. Ulysses Guimarães dizia que a política é como as nuvens: você olha e está de um jeito, daqui a pouco você olha de novo e está de outro. Nesse sentido, hoje os candidatos são uns, amanhã podem ser outros. Dificilmente, foge dessa lista de nomes que já está sendo bastante discu-tida e bastante divulgada por aí.•

A situação política do PT hoje é,

sim, bastante delicada e isso

me reflete negativamente

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Neide [email protected]

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em DestaqueSociedade

No último sábado, 11 de julho, a linda e mei-ga Antônia Bellini Coelho comemorou seu primei-ro aniversário. Seus pais Monique Macedo Bellini Coelho e Carlos Coelho prepararam uma belíssima festa para reunir a família e amigos. Decoração

belíssima do salão de festas do Brava Beach e as crianças brincando alegres foram os destaques no aniversário da princesinha Antônia. Pedimos ao Papai do céu que sempre cuide com carinho da Antônia e sua família.

Festa do 1º aniversário de Antônia Bellini Coelho

Desfile Rural O desfile rural no Centro de Itajaí neste sábado

marca a chegada da Festa Nacional do Colono que ocorre no próximo fim de semana. A 33ª edição da festa terá a tradicional exposição de animais, comida típica e apresentações culturais. Neste ano, o show de encerramento da festa será com Luan Santana e deve lotar. Neste ano a festa ocorre de 23 a 26 de julho.

Victor Schneider

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Em 2013, a vida da bioquímica Mariana Leo-ne, 41, deu uma volta de 360 graus. A des-coberta de um câncer mudou a rotina da pa-

ranaense de Curitiba e causou dúvidas sobre como seriam os dias após o diagnóstico. A partir das pa-lavras harmoniosas do marido, Mariana passou a enxergar a vida com outros olhos e criou, no mes-mo ano, o projeto Câncer com Alegria.

_ Entrei em desespero quando descobri o cân-cer. Meu marido perguntou: você vai viver o cân-cer com tristeza ou com alegria? _ lembra.

O empurrão do marido Fábio Leone, 43, fez com que Mariana desse os primeiros passos para dar vida ao novo projeto. O Câncer com Alegria nasceu há dois anos em uma página do Facebook, dias depois da descoberta de um câncer ósseo. A ideia inicial de Mariana era mostrar, por meio das postagens, que é possível dar a volta por cima mes-mo após o diagnóstico.

_ Meu marido dizia para eu fazer alguma coi-sa, como jardinagem, para esquecer um pouco a doença. Foi ele também que deu a ideia do blog _ conta.

As primeiras postagens no Facebook eram re-lacionadas à moda, como forma a elevar a autoes-tima de pacientes diagnosticados com câncer. No começo, os seguidores da página de Mariana eram os familiares e amigos. A página cresceu e atual-mente recebe mais de 500 visualizações por dia.

Hoje, o Câncer com Alegria faz parte da As-sociação Madre Teresa, do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. Uma das principais ações do projeto é o banco de lenços virtual e físico.

_ Criei o banco online assim que comecei o blog. Meus amigos me davam muitos lenços de presente e, certo dia, minha casa estava cheia de-les. Foi aí que eu resolvi doá-los.

Agora, Mariana consegue manter um estoque não apenas com lenços, mas arrecada toucas, ca-checóis, xales de tricô, cabelos e perucas. As doa-ções físicas são feitas na Associação Madre Teresa. Lá, qualquer pessoa pode deixar a doação. O pro-jeto é voltado para os 11 municípios da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri). As doações para o banco virtual podem ser feitas por meio da página www.facebook.com/cancercoma-legria.

Para impulsionar os trabalhos beneficentes e dar esperança a pacientes e familiares de pessoas com câncer, Mariana participa de dois programas televisivos, na TV Brasil Esperança e na TV Uni-vali. Na próxima semana, ela fará parte do Jornal dos Bairros com uma coluna que trará curiosida-des e mensagens positivas para auxiliar as pessoas em tratamento. Acompanhe e saiba como interagir com a nova colunista. •

Fundadora do projeto Câncer com Alegria passa a fazer parte da equipe do Jornal dos Bairros

Moradora de Itajaí dará dicas e trará mensagens de apoio a familiares e pessoas em tratamentoJornal dos Bairros

Mariana Leone mantém um banco de perucas e lenços para quem perdeu os cabelos