Jornal dos Bancários - ed. 400

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ANO XVX Nº 400 01 a 15 DE JULHO DE 2011 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR Funcionários dos bancos públicos realizam congressos dias 9 e 10 Página 6 LEIA TAMBÉM Os bancários terão um mês decisivo agora em julho. Até o dia 31, a categoria vai fechar a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2010, que será entregue aos bancos no início de agosto. Em Pernambuco, os trabalhadores já incia- ram os debates. Página 5 MÊS DE DECISÃO BETO OLIVEIRA Assembleia para eleger a delegação per- nambucana para o Congresso Regional, em 29 de junho Sindicato pressiona Bradesco por melhores condições de trabalho Página 7 Financiários dão início à Campanha Salarial 2011 Página 3

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De 01 a 15 de julho de 2011

Transcript of Jornal dos Bancários - ed. 400

  • ANO XVX N 400 01 a 15 DE JULHO DE 2011 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

    WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

    Funcionrios dos bancos pblicos realizam congressos dias 9 e 10Pgina 6

    LEIA TAMBM

    Os bancrios tero um ms decisivo agora em julho. At o dia 31, a categoria vai fechar a pauta de reivindicaes da Campanha Nacional 2010, que ser entregue aos bancos no incio de agosto. Em Pernambuco, os trabalhadores j incia-ram os debates. Pgina 5

    MS DE DECISO

    Beto

    oli

    veir

    a

    Assembleia para eleger a delegao per-nambucana para o Congresso Regional, em 29 de junho

    Sindicato pressiona Bradesco por melhores condies de trabalho

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    Financirios do incio Campanha Salarial 2011

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    LIBRIO MELOHumor

    Informativo do Sindicato dos Bancrios de Pernambuco

    Circulao quinzenalRedao: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrnico: [email protected] na rede: www.bancariospe.org.br

    Jornalista responsvel: Fbio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Josenildo dos Santos, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redao: Fabiana Coelho, Fbio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramao: Bruno Lombardi. Impresso: NGE Tiragem: 9.000 exemplares

    DIRETORIA EXECUTIVA

    Secretrio-GeralFabiano FlixComunicaoAnabele SilvaFinanasSuzineide RodriguesAdministraoEpaminondas FranaAssuntos JurdicosAlan PatricioBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PblicosDaniella Almeida

    Cultura, Esportes e LazerAdelton Filho

    Sade do TrabalhadorJoo Rufino

    Secretaria da MulherSandra Albuquerque

    FormaoTereza Souza

    Ramo FinanceiroElvis Alexandre

    IntersindicalCleber Rocha

    AposentadosLuiz Freitas

    PresidentaJaqueline Mello

    Falta boa vontadeEDITORIAL Tema livre

    A Campanha Nacional dos Bancrios est prestes a comear. Mas os bancos ainda no resolveram uma s-rie de pendncias que esto sendo negociadas h muito tempo. o caso das mesas temticas de discusses. As instituies financeiras pouco ou nada avanaram nos debates sobre sade do trabalhador, segurana ban-cria e terceirizao. A mesa sobre igualdade de oportunidades est sen-do retomada apenas agora, um ano depois da ltima reunio.

    O descaso dos bancos com as rei-vindicaes dos bancrios to gran-de que na mesa sobre terceirizao as empresas acenaram com alguns avanos, mas depois recuaram. Os representantes das instituies financeiras chegaram a aceitar a reivindicao dos bancrios para internalizar os servios de call center, mas desistiram da ideia.

    Depois, no marcaram mais nenhuma rodada de negociao e, assim, as mesas de sade, terceiriza-o e segurana encontram-se paradas.

    lamentvel que os bancos, que formam o setor mais lucrativo do Brasil, neguem melhorar as condi-es de trabalho dos seus funcionrios, que tambm so responsveis pelos ganhos astronmicos das ins-tituies financeiras.

    As negociaes permanentes que o Sindicato mantm com cada banco tambm no apresentaram

    avanos nos ltimos meses, salvo algumas conquistas pontuais na Caixa e no Banco do Brasil. O Brades-co, por exemplo, s aceitou retomar as negociaes deste ano agora, s vsperas da Campanha Nacional.

    No Ita, os funcionrios es-to lanando uma campanha de mobilizao para melho-rar as condies de trabalho e impedir as demisses que tm ocorrido em peso este ano. No Santander e HSBC tambm sobram problemas. Assim, estamos prestes a en-trar em mais uma Campanha Nacional com problemas se acumulando. Com tanto des-

    caso, os bancos podem sofrer com mais uma greve dos bancrios, caso no mudem a postura e resolvam as antigas pendncias. O Sindicato quer entrar na Campanha Nacional com a pauta limpa. Por isso importante que as mesas de negociaes permanentes e temticas tenham avanos at agosto.

    Os bancos tambm devem ter outra postura nas negociaes da Campanha Nacional. Caso contrrio, restar aos bancrios mostrar todo o nosso poder de presso para quebrar a intransigncia das instituies financeiras e mostrar para toda a sociedade que a to falada responsabilidade social dos bancos s existe mesmo nas carssimas propagandas da TV.

    s vsperas de mais uma Campanha Nacional, os bancos ainda no resolveram antigas pendncias dos bancrios

    ReclamaesO nmero de queixas contra os bancos

    subiu 52,88% em maio, na comparao com abril, de acordo com dados do ranking de instituies mais reclamadas, divulgado pelo Banco Central. Foram 928 casos, con-siderando todas as instituies financeiras com mais de um milho de clientes, contra 607 registrados no ms anterior. Frente a maio de 2010, o nmero de reclamaes contra bancos tambm subiu, em 23%.

    santandeR no topo O Ita, que assumia a liderana do

    ranking das instituies financeiras mais reclamadas, perdeu o posto para o Santender em maio. O banco registrou ndice de queixas de 1,15 a cada 100 mil pessoas. Na sequncia vieram Banco do Brasil, Ita, Bradesco e HSBC

    Iseno de taRIfaA Comisso de Finanas e Tributao

    da Cmara dos Deputados aprovou no dia 15 de junho o Projeto de Lei 6824/06, que isenta de tarifas bancrias os aposen-tados com mais de 60 anos que recebam at um salrio mnimo. A proposta altera o Estatuto do Idoso (10.741/03). O texto prev o benefcio tambm para clientes com mais de 70 anos

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    O s financirios da BV Fi-nanceira de Pernambuco aprovaram por unanimi-dade, no ltimo dia 27, a pauta de reivindicaes dos trabalhadores para a campanha salarial deste ano. Entre as principais deman-das da categoria esto o reajuste salarial de 12,57%, o combate s terceirizaes, Participao nos Lucros e Resultados (PLR) equi-valente a dos bancrios e melho-res condies de trabalho.

    Para o diretor do Sindicato, Ge-raldo Times, a assembleia foi mui-to boa. O auditrio estava lota-do e os financirios participaram atentamente da assembleia. Isso mostra a disposio de luta dos trabalhadores, que ser fundamen-tal para conquistarmos as nossas reivindicaes nas negociaes que sero inciadas em breve com as financeiras, comenta Geraldo.

    Ele destaca que a luta pelo em-prego ser uma das prioridades nesta campanha salarial, especial-mente no que diz respeito ao com-bate s terceirizaes.

    As novas resolues do Banco

    Central autorizaram os ban-cos e financeiras a constitu-rem seus prprios correspon-dentes para atuarem na concesso de crdito. Alm disso, tramita no Congresso Na-cional um projeto de lei que pratica-mente escancara a terceirizao no Brasil e acaba com as relaes de trabalho formais. Va-mos intensificar a luta para combater essas propostas e garantir o emprego decente para todos os funcionrios das financeiras, explica.

    Sindicato em aoFInAncIRIOs

    Trabalhadores de PE definem reivindicaesEm assembleia lotada, funcionrios das financeiras mostraram disposio de luta para campanha salarial que est comeando

    nOTAs

    pRotesto na lIbeRtadoRes

    Os bancrios realizaram um protesto e incomodaram o Santander na final da Copa Libertadores, na noite do dia 22 de junho, no Estdio Pacaembu, em So Paulo. Faixas e panfle-tos denunciaram aos torcedores do Santos e Penrol todo o desrespeito com que o banco espanhol - patrocinador do evento - trata seus funcionrios e aposentados nas Amricas.

    InsatIsfao nas Redes socIaIs

    Apesar de modernos pres-tadores de servios on-line, os bancos brasileiros tm dificulda-des na hora de se relacionar com seus clientes em redes sociais, como Twitter e Facebook. E justamente nessas redes que os clientes, quando contrariados, propagam suas insatisfaes em relao aos servios banc-rios. De acordo com estudo da agncia McKinsey, 40% das informaes trocadas por clientes nas conversas boca a boca tm carter negativo. J entre clientes de varejistas e de outros setores de servios, essa proporo chega a 20%. .

    taRIfas bIlIonRIasOs bancos faturam alto com

    a cobrana de tarifas de seus clientes. Considerando apenas a taxa mdia de manuteno da conta corrente, as instituies recebem R$ 1,7 bilho por ms. O valor no chega nem perto do montante que os bancos arrecadam pelos servios. Alm de cobrar juros e lucrar com aplicaes financeiras, faturam tambm com tarifas de excedentes. Consumidores que ultrapassam o limite de folhas de cheque, saques ou extratos mensais pagam mais de 10% do valor do pacote bsico. A dica pesquisar as tarifas cobradas pelas instituies. A diferena entre bancos pode atingir at 80%, no caso de TED ou DOC presencial.

    PRInCIPAIS REIvInDICAES

    EmpregoCombate s terceirizaes.

    Reajuste salarialReposio da inflao projetada em 7,57%, mais aumento real de 5%.

    RemuneraoParticipao nos Lucros e Resultados (PLR) equivalente ao dos bancrios.

    Sade e condies de trabalhoAcordo de combate ao assdio moral nos moldes do conquistado recentemente pelos bancrios.

    JusTIA

    Parceria entre sindicato e Appdort garante reintegrao

    Parceria entre o Sindicato e a Appdort (Associao Pernambu-cana de Portadores de Doenas Relacionadas ao Trabalho) contri-buiu para garantir a aposentadoria por invalidez acidentria para o bancrio do Unibanco, Israel Ca-bral Monteiro.

    Desde 1994, Israel havia sofri-do quatro afastamentos por aci-dente de trabalho sem que o banco houvesse emitido a CAT (Comu-nicao de Acidente de Trabalho). O bancrio, ento, procurou o Sindicato, que emitiu a CAT e lhe sugeriu o acompanhamento

    da Appdort, tendo em vista a ex-perincia da associao em aes referentes a este tipo de caso. Em novembro de 2009, Israel ajuizou ao acidentria com pedido de li-minar. No dia 18 do ms passado foi publicada a sentena que apo-sentou o trabalhador.

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    O Sindicato e a Contraf-CUT (Confederao Nacional dos Trabalhadores do Ramo Fi-nanceiro) retomam no dia 8 de julho,

    s 15h, em So Paulo, as negociaes da Mesa Temtica de Igualdade de Oportunidades com a Fenaban. A reu-nio, a primeira desde o dia 9 de julho

    de 2010, acontece aps vrias solicita-es da Confederao e manifestaes feitas pelos sindicatos em favor da abolio da discriminao nos bancos, no dia 13 de maio.

    Aqui, em Pernambuco, realiza-mos um protesto bem humorado na agncia do Santander de Afogados, em Recife. No mesmo dia, ocor-reram manifestaes semelhantes em todo pas. Graas presso dos bancrios, a Fenaban aceitou reto-mar as negociaes pela igualdade de oportunidades, comenta a se-cretria da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, que representar Pernambuco na negociao.

    Para a secretria de Polticas So-ciais da Contraf-CUT, Deise Reco-aro, a retomada da mesa temtica fundamental para que os bancrios possam avanar na luta contra as discriminaes dentro dos bancos. H graves diferenas na contrata-o, na remunerao e na ascenso

    profissional. um desafio que pre-cisamos encarar. Queremos somar esforos para alterar esse quadro de excluso, pois esse dficit social coloca em risco a democracia e a dignidade dos trabalhadores e das trabalhadoras, diz.

    A Polcia Federal marcou para o dia 6 de julho, s 9 horas, a 90 reu-nio da Comisso Consultiva para Assuntos da Segurana Privada (CCASP), em Braslia. Estaro em julgamento novos processos mo-vidos contra bancos, empresas de vigilncia e transporte de valores e centros de formao de vigilantes, em razo do descumprimento da lei federal n 7.102/83 e das normas de segurana. A reunio foi agenda-da pelo novo coordenador-geral da CCASP, delegado Clyton Eustsquio

    Xavier, que foi nomeado para o lugar do delegado Adelar Anderle.

    Essa ser a segunda reunio da CCASP em 2011. Na primeira, ocor-rida no dia 30 de maro, a Caixa Eco-nmica Federal, o HSBC, o Santan-der, o Ita Unibanco, o Bradesco e o Banco do Brasil foram multados em R$ 1,173 milho. Dentre as principais irregularidades, destacaram-se o fun-cionamento das agncias com plano de segurana vencido, nmero insufi-ciente de vigilantes, utilizao irregu-lar de bancrios para fazer transporte

    de valores e alarme inoperante. A CCASP um frum tri-

    partite e conta com represen-tantes do governo e entidades dos trabalhadores (bancrios e vigilantes) e dos empresrios (bancos, empresas de segurana, transporte de valores e centros de for-mao de vigilantes). A Contraf-CUT representa os bancrios. As reunies ocorrem, em mdia, a cada trs me-ses, onde so julgados os processos abertos pela fiscalizao das delega-cias estaduais da Polcia Federal.

    Mesas temticas

    Sindicato retoma negociaes com bancos no prximo dia 8Debates da mesa temtica estavam parados h exatamente um ano

    Elit qui dessimi, odis apis quis eaquat. Otatumqui ute perferio temperum que odis sincitatur magnim earibus.Ocid undandu ntoraectoris sed magnissi di aut evellam inctum nus utemolu ptatusanto totatur? Quibea nullis accatur sapiend iorendae aut reprovita

    BAnCOS FOgEM DAS DISCuSSES SOBRE SADE, SEguRAnA E TERCEIRIzAO

    Apesar das cobranas do Sindicato e da Contraf-CUT, a Fenaban ainda no agen-dou novas datas de reunies para continuar os debates j retomados este ano pelas trs outras mesas temticas: Sa-de do Trabalhador, Segurana Bancria e Terceirizao. A realizao de novas rodadas fundamental para avanar nas discusses, enquanto no se inicia o processo negocial da Campanha Nacional dos Bancrios de 2011.

    sEguRAnA

    Polcia Federal marca nova reunio para julgar descaso das instituies financeiras

    IguALDADE DE OPORTunIDADEs

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    Aumento real de salrio, PLR maior, fim do assdio moral e das metas abusivas. Essas so algumas das reivindicaes que os bancrios de Pernambuco consi-deram como prioridade para a Cam-panha Nacional que est comeando, segundo consulta aplicada pelo Sin-dicato. Para aprofundar os debates, a entidade realiza um Encontro Estadu-al com os trabalhadores no prximo dia 2 de julho, no auditrio do Sindi-cato (veja o resultado do encontro em www.bancariospe.org.br).

    O objetivo do Encontro debater

    as reivindicaes que os trabalhado-res de Pernambuco vo levar Con-ferncia Regional dos Bancrios do Nordeste, nos dias 15 e 16 de julho, e Conferncia Nacional dos Banc-rios que definir, entre os dias 29 e 31 de julho, em So Paulo, a pauta que ser entregue aos bancos.

    Segundo a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, a preparao da Campanha Nacional dos Bancrios est chegando ao fim. Este um ms decisivo para fecharmos a pauta de reivindicaes e a nossa estratgia de luta. Em agosto, a campanha j estar

    nas ruas e a comea, de fato, a nos-sa batalha para pressionar os bancos e garantir mais conquistas, comenta.

    A previso que a pauta de reivin-dicaes dos bancrios seja entregue aos bancos no dia 9 ou 10 de agosto. Queremos neste encontro marcar um calendrio de negociao para garan-tir um bom dilogo com as institui-es financeiras. Mas vale ressaltar que precisamos construir uma grande mobilizao para conquistar nossas reivindicaes, destaca Jaqueline.

    Para ela, se a mobilizao dos ban-crios este ano for igual a do ano pas-

    sado, a categoria tem tudo para sair vitoriosa desta Campanha Nacional. Em 2010, fizemos a maior greve dos ltimos vinte anos. E conquis-tamos o melhor acordo com os ban-cos em duas dcadas. O tamanho da nossa mobilizao reflete em nossas conquistas. Por isso, importante que cada bancrio comece a discutir so-bre a Campanha Nacional com seus colegas e participe das atividades de presso que sero propostas pelo Sin-dicato. S assim vamos vencer, mais uma vez, o embate com os bancos, finaliza Jaqueline.

    Campanha Nacional

    As negociaes salariais de diversas categorias, que devem ocorrer no segundo semestre do ano, no representam uma ame-aa inflacionria ao pas. A ava-liao do coordenador do Grupo de Anlises e Previses do Institu-to de Pesquisa Econmica e Apli-cada (Ipea), Roberto Messemberg,

    que apresentou o estudo no ltimo dia 15 de junho.

    De acordo com o economista, por causa da elevada taxa de in-flao acumulada nos ltimos 12 meses, as negociaes tendem a ser duras. Para ele, patres e em-pregados precisaro levar em con-ta, no entanto, que o ndice dever

    cair nos prximos meses, refle-tindo a diminuio de preos dos alimentos in natura, de matrias--primas agrcolas, alm do etanol.

    As negociaes sero duras, mas acho que as empresas no tero muito espao para repassar [os possveis reajustes] para pre-os porque as companhias que

    tentarem fazer isso sero punidas pela demanda em desacelerao [reduo no ritmo de crescimento da economia], disse Mesemberg. Mas esses processos de negocia-o so normais e no vo emper-rar o pas. Tampouco levar a um estouro incontrolvel da infla-o, completou.

    Bancrios definem pauta de reivindicaes este msA categoria realiza uma srie de conferncias e encontros para definir as demandas e a estratgia de luta para a Campanha Nacional deste ano

    negociaes salariais do segundo semestre no ameaam a inflao, diz estudo do Ipea

    Para Jaqueline (destaque), bancrios precisam reeditar a forte mobilizao do ano passado

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    Seu bancocAMPAnHA nAcIOnAL

    Congressos nacionais agitam bancrios dos bancos pblicosEncontros nos dias 9 e 10 de julho vo definir as pautas de reivindicaes especficas dos funcionrios do Banco do Brasil, Caixa Econmica Federal e Banco do Nordeste

    Falta muito pouco para os bancrios dos bancos pbli-cos definirem a pauta de reivindicaes espec-ficas para este ano. Nos prximos dias 9 e 10 de julho, os funcionrios do Banco do Brasil, da Cai-xa Econmica Federal e do Banco do Nordeste realizam seus congres-sos nacionais para discu-tir os problemas de cada empresa.

    Para a secretria de Bancos Pblicos do Sindicato, Daniella Almeida, os congressos nacionais so o ponto alto da organizao dos funcionrios do BB, Caixa e BNB. Es-ses encontros, realizados anualmente, so de fundamental importncia para os bancrios dos bancos pblicos. Nos congressos nacio-nais definimos as pautas de reivindicaes especficas para a Campanha Nacional e para as negociaes permanentes que mantemos com cada instituio financeira, explica.

    Daniella ressalta que, embora a Campa-nha Nacional dos Bancrios seja unificada, as reivindicaes especficas de cada banco no so deixadas de lado. Nos ltimos oito anos, conseguimos unificar a nossa campa-nha salarial, que passou a se chamar Cam-panha Nacional. Desde 2004, os empregados dos bancos pblicos e privados lutam lado a lado pela mesma pauta de reivindicaes. Mas as questes especficas no so esqueci-

    das. Os funcionrios de cada banco apresentam suas demandas, que so negociadas com as em-presa durante a campa-nha e nas discusses das mesas de negociaes permanentes, explica.

    DELEgAO DE PERnAMBuCOOs bancrios de Per-

    nambuco elegeram no ltimo dia 21 de junho as delegaes do es-tado que vo participar dos Congressos Na-cionais do BB, Caixa e BNB. Em assembleias realizadas na sede do Sindicato, os trabalha-dores escolheram 11 bancrios para participar do Congresso dos Funcionrios do BB, 9 em-pregados da ativa e 3 aposentados para a dele-gao pernambucana do Congresso da Caixa, e 9 delegados para o Congresso do BNB.

    OS COngRESSOSO 22 Congresso Nacional dos Funcio-

    nrios do Banco do Brasil ocorre nos dias 9 e 10 de julho, no Expo Center Norte, em So Paulo. O 27 Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econmica Federal (Conecef) tambm ocorre nos dias 9 e 10 de julho, no mesmo local. J o 17 Congres-so Nacional dos Funcionrios do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) ser realizado nos mesmos dias, mas em Itamarac, aqui em Pernambuco.

    PRInCIPAIS POnTOS EM DEBATE nO COngRESSO DO BAnCO DO BRASIL

    Remunerao e jornada (piso e interstcios da carreira, pontuao da carreira de mrito, jornada de seis horas para comissionados)

    Sade (Cassi, Brasil Dental, Fusesc, Economus); se-gurana bancria; previdncia (Planos 1 e Futuro, Fusesc, Economus, Prev BEP)

    Banco pblico (internacionalizao, metas de produ-tos bancrios, terceirizao e correspondentes bancrios).

    PRInCIPAIS POnTOS EM DEBATE nO

    COngRESSO DA CAIxA

    Sade do trabalhador Condies de trabalho Sade Caixa Funcef/Aposentados Segurana bancria Correspondente bancrio Jornada de trabalho

    Remunerao e Jornada (Reviso do PCR, Ponto eletrnico, Plano de Funes, Passivos Trabalhistas)

    Sade e Previdncia (Custeio Ca-med, Assdio Moral, Aposentados INSS e Capef, Reviso Plano BD Capef)

    Banco Pblico (Isonomia, Terceiriza-o, Concursados, Gesto).

    PRInCIPAIS POnTOS EM DEBATE nO COngRESSO DO BnB

    Daniella Almeidalu

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    Seu banco

    Os bancrios receberam a notcia com surpresa e quase no acredita-ram. O Ita Unibanco foi eleito o banco mais sustentvel do mundo no prmio "2011 FT/IFC Sustaina-

    ble Finance Awards", em Londres, concedido no ltimo dia 16 pelo jornal britnico Financial Times e pelo IFC (International Finance Corporation), brao financeiro do

    Banco Mundial. "Isso s pode ser uma farsa. No

    cotidiano das agncias bancrias a realidade outra. Convivemos dia-riamente com demisses, assdio

    moral e presso para o cumprimento de metas", denuncia Jair Alves dos Santos, um dos coordenadores da Comisso de Organizao dos Em-pregados (COE) do Ita Unibanco.

    BRADEscO

    Sindicato cobra solues para problemas no bancoBancrios ainda sofrem com a falta de estrutura aps a aquisio da folha de pagamento dos servidores de Pernambuco, em fevereiro passado

    As condies de trabalho, so-bretudo depois da aquisio da folha de pagamento do Estado, foram um dos assuntos trata-dos em reunio do Sindicato com o Bradesco em Pernambuco, no ltimo dia 29 de junho. Foi o primeiro en-contro com o atual diretor regional do banco, Geraldo Pacheco. Tambm estava presente o diretor nacional de Relaes Sindicais, Geraldo Grando.

    Durante o encontro, o Sindicato denunciou que a situao dos traba-lhadores no foi normalizada depois

    da aquisio da folha de pagamen-tos. Extrapolao de jornada e ex-cesso de trabalho ainda fazem parte

    do cenrio das agncias do Bradesco em Pernambuco. Os dirigentes do banco afirmaram que vo verificar

    os problemas e que j esto sendo feitos vrios investimentos na con-tratao de mais funcionrios e im-plantao de novas agncias.

    O encontro foi bastante produ-tivo, principalmente porque os re-presentantes do banco mostraram disponibilidade para negociar, comenta a diretora do Sindicato, Suzineide Rodrigues, representan-te de Pernambuco na Comisso de Organizao dos Empregados.

    cAIxA

    Regras da promoo por mrito sero mantidasA rodada de negociao per-

    manente entre o Sindicato e a Contraf-CUT com a Caixa Econ-mica Federal, realizada no dia 28 passado, em Braslia, definiu que para a promoo por mrito de 2011 sero utilizadas as mesmas regras aplicadas no ano passado. Sero mantidos os trs critrios objetivos, com a mesma pontua-

    o em cada um deles. A frequn-cia valer sete pontos; Trilha Fun-damental da Universidade Caixa, dois pontos; e exame do PCMSO, um ponto.

    Foi aperfeioada a avaliao da Trilha Fundamental. A pontuao ser proporcional progresso do empregado. Ao percorrer, por exemplo, 25% da Trilha, ele ter

    meio ponto. Se chegar a 50%, ter um ponto. Quem atingir 90% j ter os dois pontos.

    Os 10 pontos correspondentes aos critrios objetivos equivalem a 60% da avaliao. Os 40% res-tantes so decorrncia dos crit-rios subjetivos, que tero o mes-mo formato da avaliao do ano passado, no mbito das unidades,

    por suas respectivas equipes.A Caixa manter o comprome-

    timento financeiro com a promo-o por mrito em 1% da folha de pagamento. A empresa admitiu ainda a possibilidade de acatar a proposio das representaes dos empregados e fechar j no segun-do semestre deste ano as regras da promoo de 2012.

    PRESSO DO SInDICATO ADIA COBRAnA DE DvIDAS DO SADE CAIxA

    Aps reivindicao do Sindicato e da Contraf-CUT, a Caixa Econmica Federal adiou para novembro a cobrana de resduos de valores de coparticipao dos empregados relativos ao perodo da contingncia no Sade Caixa. O banco havia anunciado a cobrana no dia 3 de junho, antes da concluso do debate sobre contingenciamento (perodo entre maro de 2005 e maro de 2007 em que o Sade Caixa ficou sem sistema) iniciado na reunio dos dias 28 e 29 de maro do GT.

    ITA

    Bancrios questionam prmio do banco

    Giovanni CaldaS

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    Cultura e lazer

    teatRoA partir do dia 2, os palcos e

    praas do Recife recebem o 8 Festival de Teatro para Crianas. So 20 espetculos de todo o pas: onze nordestinos; seis do Sudeste e trs da Regio Sul. Tem teatro para todos os estilos: com palhaos, contao

    de histrias, bonecos, teatro de som-bras, animao, clssicos e at teatro para bebs. Confira a programao em www.teatroparacrianca.com.br.

    danaDe 10 a 17 de julho, acontece a 9

    Mostra Brasileira de Dana. Alm dos espetculos encenados ao ar li-

    vre nos mercados, praas, parques e at na praia , haver apresen-taes no Teatro de Santa Isabel e Barreto Jnior, alm de debates, palestras, vdeos e oficinas.

    pIxel showNos dias 16 e 17, o Pixel Show

    rene gente das reas de ilustrao,

    games, design, animao, cinema, fotografia, novas mdias, artes

    plsticas e tecnologia. Palestras, workshops, exposies, festival de animao e sesses de live painting com artistas consagrados so parte da programao. Confira:

    www.pixelshow.com.br/recife.

    Agenda cultural

    JunHO quEnTE

    Festas do Sindicato animam os bancrios no ms de So JooOs trabalhadores puderam curtir trs grandes eventos juninos organizados especialmente para a categoria. Confraternizaes uniram geraes de bancrios

    Muita festa e diverso marcaram o ms de ju-nho para os bancrios de Pernambuco. Os trabalhadores pu-deram aproveitar as comemoraes de So Joo em trs eventos organi-zados pelo Sindicato.

    O maior deles foi a festa realizada no Clube de Campo dos Bancrios, em Aldeia, que ferveu no dia 18. O evento uniu geraes com muito for-r, quadrilha e animao. Logo no incio da tarde, comearam a chegar os primeiros nibus. Aos poucos, o ptio do clube ficou cheio, com uma mdia de 300 pessoas, entre crian-as, jovens e aposentados.

    A decorao, elaborada pelo di-retor do Sindicato e artista plstico Chico de Assis, deu ao ambiente um

    colorido especial. E a banda Ritmo Brasil fez o pessoal balanar o es-queleto com muito forr p-de-ser-ra. Para se deliciar, o milho cozido foi gratuito e havia, tambm, outros quitutes juninos venda, alm de es-petinhos e petiscos para acompanhar a cervejinha bem gelada.

    As mulheres, animadas, no se fa-ziam de rogadas: na falta de acom-panhantes, danavam umas com as outras, sem inibio. A quadrilha improvisada, puxada pelo bancrio Sivaldo Menezes, do banco Rural, foi um sucesso. Teve at a noiva repre-sentada pela diretora Suzana Andrade.

    Como toda festa de So Joo, no podiam faltar a fogueira e os fogos de artifcio. Alguns bancrios, mais sortudos, saram da festa com pre-

    sentes na mo. Os brindes incluram cestas juninas e garrafas de usque, que foram sorteados entre os ban-crios presentes. Cinco bancrios puderam passar, com suas famlias, o final de semana inteiro no Clube, hospedados nos chals que foram sorteados entre os sindicalizados.

    ARCOvERDEO Sindicato tambm fez a festa para

    os bancrios que passaram o So Joo em Arcoverde. A cidade um dos principais polos desta festa em Per-nambuco. Para dar mais conforto aos trabalhadores, o Sindicato montou, na sede regional, a Casa do Bancrio.

    O prdio fica bem em frente ao lo-cal onde ocorreram os festejos do mu-nicpio e a varanda funcionou como

    um camarote, com vista privilegiada para o palco, conta o diretor do Sindi-cato, Epaminondas Neto. O Sindicato tambm sorteou duas estadias para os bancrios sindicalizados e seus acom-panhantes no Hotel Olho Dgua, um dos melhores de Arcoverde.

    FESTA DA APCEFO Sindicato tambm fechou uma

    parceria com a Apcef (Associao do Pessoal da Caixa de Pernambu-co) para promover a festa de So Joo da entidade. Realizado no Clu-be Portugus, no dia 10, o evento reuniu centenas de pessoas.

    Sorteamos 50 ingressos para os sin-dicalizados, que puderam curtir os sho-ws de Irah Caldeira e Chico Bala, diz o diretor do Sindicato Adelton Filho.

    Clube de Campo ArcoverdeClube Portugus

    Beto

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