JORNAL ELETRÔNICO DO GCKFRM RJ N° 10
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1
VI ENCONTRO NACIONAL DO RITO MODERNO SERÁ
REALIZADO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,
RJ
EVENTO: VI ENCONTRO
NACIONAL DO RITO MODERNO NO BRASIL
www.rm-viencontro-rj.com.br
DATA: 04, 05 E 06 DE NOVEMBRO DE 2011.
LOCAL: -WINDSOR FLORIDA HOTEL – RUA FERREIRA
VIANA, 81,CATETE, RIO DE JANEIRO, RJ.
RESERVAS DIRETAMENTE COM
O HOTEL pelo tel.: 21-2195-
6800, ou e-mail:
JORNAL ELETRÔNICO DO
GCKFRM PARA O RIO DE JANEIRO - ANO 2 – Nº10
RESPONSÁVEL: LOURIVAL SOUZA
EDITOR:J. ROBERTO CAVALCANTE
[email protected], dizer que é do
ENCONTRO DE MAÇONARIA. INFORMAÇÕES, SUGESTÕES,
COOPERAÇÃO, PODERÃO SER DIRIGIDAS AO IRMÃO,
PAULO CESAR GAGLIANONE, [email protected] E/OU AO IRMÃO LOURIVAL
SOUZA: [email protected].
ELEIÇÃO DOS NOVOS DIRIGENTES DO GCKFRM PARA
O RIO DE JANEIRO
No dia 14 do mês em curso, o Grande Conselho
Kadosh Filosófico do Rito Moderno para o Rio de Janeiro,
apresentou a seguinte chapa única para a sua Diretoria,
biênio 2011/2013, a qual será eleita no dia dia 05 de outubro próximo:
Eminente Inspetor, o Ir.:.
MARCOS COIMBRA
1º Gr.:. Vig.:., ANTÔNIO JOSÉ SARMENTO OSÓRIO
2º Gr.:. Vig.:., GERALDO PIMENTEL DE OLIVEIRA
Gr.:. Orador, o Ir.:. . JAIME LOUREIRO
2
Gr.:. Secr.:., o Ir.:. ANDERSON DOS SANTOS SILVA
Gr.:. Tes.:., o Ir.: ....RONALDO AMARO LIMA DE ANICETO
Gr.:. Chanc.:., o Ir.: .DANIEL EMERENCIANO DA CRUZ
Gr.:. M.:. de CCer.:. MARCELO PEREIRA DE OLIVEIRA
Gr.:. Hosp.:., o Ir.:. PIERRE FRANÇOIS COPPIETERS
Gr.:. 1º Exp.:, o Ir.:. AIRTON DE OLIVEIRA SACRE
Gr.:. 2º Exp.:. , o Ir.:. ANTONIO CARLOS RIBEIRO DE CARVALHO
Gr.:. Cobr.:. o Ir.:. VALOIS
SANTOS
COMISSÃO DE FINANÇAS: AIRTON DE OLIVEIRA SACRE
AILTONTEIXEIRA DA SILVEIRA DANIEL EMERENCIANO DA
CRUZ COMISSÃO DE RITUALÍSTICA:
GERALDO PIMENTEL DE OLIVEIRA
JOSÉ BAPTISTA DOS ANJOS PIERRE FRANÇOIS
COPPIETERS
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA JOSÉ ROBERTO DE SOUZA
CAVALCANTE RONALDO AMARO LIMA DE ANICETO
MARCELO PEREIRA DE OLIVEIRA
POSSE NO SUBLIME CAPÍTULO
PARANAPUAN
DA ESQUERDA PARA DIREITA APARECEM
OS IRMÃOS: JAIME LOUREIRO, RENATO MICHELLI, IVAN SALLES , SGIGRM BONACHI BATALLA, ANTÔNIO RIBEIRO , EM.:. INSP.:. GCKFRM- RJ LOURIVAL SOUZA, JOSÉ ROBERTO CAVALCANTE, MARCOS
COIMBRA, PIERRE COPPIETERS E PAULO GAGLIANONE
Em sessão solene,
realizada no dia 20 de agosto do ano um curso,
tomou posse a nova administração do Sublime
Capítulo Paranapuan, tendo à frente o Sapientíssimo
Antônio Carlos Ribeiro de Carvalho.
Na posse, estiveram presentes o Soberano
Inspetor Geral do Rito Moderno, José Maria
Bonachi Batalla, bem como o Eminente Inspetor do
GCKFRM do Rio de Janeiro,
Irmão Lourival Souza, além de inúmeros Cavaleiros da
Sapiência.
.
HIPÓLITO DA COSTA
PATRONO DA
IMPRENSA BRASILEIRA
3
Paulo César Gaglianone,
MI, SCRM 20.038
Loja Simbólica:
Fraternidade Latino-
Americana- 498
Hipólito José da Costa
Pereira Furtado de
Mendonça, uma das
grandes figuras do
movimento emancipador
brasileiro, foi Maçom
devotado, de atuação
magnífica em prol do
Brasil. Muito sofreu pela
grandeza da Pátria, para
torná-la livre.
HIPÓLITO DA COSTA
Fundador do Jornalismo
brasileiro, mesmo em terra
estrangeira, Hipólito da
Costa é hoje consagrado
como patrono de nossa
imprensa. A Gazeta do Rio
de Janeiro, a primeira a se
editar regularmente no
Brasil, só começou a
circular três meses após o
Correio Brasiliense,
fundado por Hipó1ito da
Costa.
Hipólito foi
incontestavelmente um dos
maiores vultos, a quem
deveu o Brasil a sua
separação de Portugal. E é
para relembrá-lo no
ducentésimo trigésimo
sétimo aniversário de seu
nascimento que este
trabalho foi realizado.
Hipólito nasceu a 25
de março de 1774, na
então Colônia do
Sacramento (à época
colônia portuguesa, hoje
República do Uruguai),
junto ao Prata, para onde
seu pai, o Alferes de
Ordenanças Felix da Costa
Furtado de Mendonça, fora
destacado. A tomada da
Colônia pelos espanhóis fez
as tropas portuguesas
reentrarem no Rio Grande
do Sul. A família
estabeleceu-se nos
4
campos, onde mais tarde
foi fundado o município de
Pelotas. Hipólito tinha
então quatro anos, sendo
alfabetizado por seu tio o
Padre Mesquita.
Em Porto Alegre e no Rio
de Janeiro completou os
estudos para poder
ingressar na Universidade
de Coimbra, onde se
matriculou em 1792.
Bacharelou-se em Direito
cinco anos mais tarde.
Contemporaneamente fez
o curso de Filosofia.
Mal saído dos bancos
universitários, aos vinte e
quatro anos, recebeu do
Ministro da Marinha e
Negócios Ultramarinos de
Portugal, D. Rodrigo de
Souza Coutinho, a
primeira missão, por um
período de dois anos, na
República Norte-
Americana. A missão
constituía em estudar a
cultura de produtos
agrícolas, atualizar- se nos
progressos industriais-
mineralógicos e na
construção de pontes,
moinhos e engenhos de
água. Na carta em que o
Ministro apresentava
Hipólito ao Encarregado de
Negócios de Portugal na
Filadélfia, escrevia: “que
auxiliasse os trabalhos
desse moço que dava
grandes esperanças”. Não
errou.
Hipólito durante sua permanência na America foi iniciado na Maçonaria, na Loja Washington, na Filadélfia, EUA. Teve o primeiro contato com idéias liberais. Foi uma espécie de mestrado prático que ele fez. Neste período, conheceu as idéias do pensador e
Maçom americano Benjamin Franklin, e solidificou suas convicções democráticas e liberais.
De volta à Lisboa
participou a ativamente do
programa administrativo
do Príncipe Regente D.
João.
Em abril de 1802 vai
para a Inglaterra para uma
segunda missão: adquirir
livros para a Biblioteca
Real, maquinaria e outros
materiais para a Imprensa
Régia e tratar de “negócios
5
particulares", que na
realidade eram maçônicos.
Nessa ocasião frequentou a
Loja Gran Reunion
Americana, fundada pelo
General Francisco Miranda,
patriota venezuelano e
precursor da emancipação
dos domínios espanhóis na
América. Tratou, também,
da filiação das Lojas
portuguesas “Amor e
Razão”, “Virtude”,
“Concórdia e União”, ao
Grande Oriente da
Inglaterra. Hipólito,
também, conheceu um
brasileiro Domingos José
Martins e com ele fundou
mais tarde a Loja “Lusitana
184”, filiada ao Grande
Oriente de Londres, que
preparou a Revolução
Pernambucana de 1817.
No fim de 1802 regressa
a Lisboa, onde três dias
após a sua chegada, é
denunciado e preso por
ordem do Intendente Geral
da Polícia Pina Manique. A
Maçonaria nessa ocasião
era em Portugal uma
alavanca significativa da
luta contra o Portugal
Velho. A marcha geral dos
processos inquisitórios
tinha como objetivo
detectar e desmontar a
rede maçônica e verificar
em que medida o
maçonismo envolvia
heresias ou práticas
morais, em contradição
com os ensinamentos da
Igreja. Pina Manique
considerava a Maçonaria
como estrutura de uma
conspiração internacional a
serviço das revoluções e
seus ideais. Por outro lado,
as fraternidades inglesas
funcionavam como centros
de aglutinação e propulsão
da Maçonaria em Portugal.
Hipólito foi acusado de
ter frequentado em
Londres as lojas
maçônicas. Realizadas as
buscas em sua casa foram
encontrados documentos
da Maçonaria e não
querendo delatar outros
irmãos foi colocado
incomunicável na prisão do
Limoeiro, durante seis
meses. Da prisão do
Limoeiro foi transferido
para a do Rilhafolles.
Vingavam-se do silêncio de
6
Hipólito, deixando-o
esquecido entre as grades.
Durante esse tempo,
estavam atentos os seus
companheiros de
Maçonaria, entre eles o
Duque de Sussex, filho de
George III, Rei da
Inglaterra. Procuravam a
melhor ocasião de ajudar o
Irmão a libertar-se das
garras que o prendiam.
Após três anos e pouco de
encarceramento, numa
madrugada de agosto de
1805, fugiu.
Durante seis meses
escondeu-se Hipólito nas
vizinhanças de Lisboa,
pulando de um esconderijo
para outro. Depois,
deslocou-se para Alentejo
e passou para a Espanha.
Atingiu Gibraltar e, daí,
embarcou para a
Inglaterra, sob a proteção
indiscutível da Maçonaria.
Em Londres,
ingressou na Loja
“Antiquity” e foi um dos
fundadores da Loja "Royal
Invernes". Exerceu na
Maçonaria a Secretaria de
Assuntos do Exterior e foi
Grão-Mestre da província
Rutland.
Entre 1805 e 1808 ter-
se-ia ocupado de traduções
comerciais e jorna1ísticas,
além de lecionar como
professor de Literatura.
Longe da censura do
reino de Portugal, funda
em Londres, editado em
português, o “Correio
Braziliense-Armazém
Literário”, em 01 de
junho de 1808. O jornal
saiu ininterrupta e
mensalmente durante
quatorze anos e sete
meses, num total de 175
números. Os princípios
maçônicos da não violência
orientaram a vida e o
jornal de Hipólito da Costa,
“a discussão livre fará
sempre sucumbir o erro”,
dizia.
Desde os primeiros
números do Correio
Braziliense, Hipólito lança
as sementes de nossa
emancipação. Sua cultura
e sua vivencia em Londres,
onde se traçavam as
soluções dos problemas
internacionais, permitiram-
7
lhe conhecimento amplo
dos mesmos e de sua
aplicação à vida política e
administrativa do seu
sempre presente Brasil. O
Correio Braziliense se
tornou a grande tribuna de
defesa dos interesses do
Brasil.
Em junho de 1809, lá
está no Correio Braziliense:
“Um povo para obrar
com energia, é
necessário que sinta a
sua existência política;
que tenha voto mais ou
menos direto nos
negócios da nação. O
povo que não goza isto,
facilmente se reduz a
um bando de carneiros,
incapazes de promover
ações grandes”.
No Correio Braziliense de
maio de 1811, prega:
“Perguntamos aos
senhores do Governo do
Brasil quanto tempo
supõem que poderão
conservar o povo com
esse sistema da rolha na
boca? Conservam a
imprensa escrava em
Portugal e no Brasil,
para que ninguém, de
viva voz ou por escrito,
se atreva a dizer nada
dos semideuses que
governam. Não seria
político opor-se às
reformas que todo povo
deseja e que as nações
circunvizinhas começam
a adotar.”
Com o aparecimento
do Correio Braziliense o
Governo Português e
principalmente os seus
representantes em
Londres, cedo perceberam
a força da pena de Hipólito
da Costa e o mal que este
lhes faria. Naquela ocasião
o Frade Joaquim de Santo
Agostinho, deputado às
Cortes, disse referindo-se a
Hipólito: “Serei eu
temerário se disser que
este homem quer
revolucionar o Brasil?”.
E exatamente foi esse o
resultado da campanha do
Correio Braziliense:
preparou os brasileiros
para a luta da
Independência. Hipólito foi
o seu "Chefe de Estado
Maior", à distância, da sua
8
redação em Londres;
focalizava as razões e os
motivos para a
emancipação. Também,
catequizava os povos e
governos civilizados em
benefício de sua Pátria,
dado o prestígio que
gozava, por sua cultura e
relações pessoais, com
trânsito livre na Corte
Inglesa.
E continuava Hípólito
da Costa: “Quando
narramos os fatos, nem
pomos Rei, nem tiramos
Rei, só mostramos qual
é a opinião pública e
quais são as fatais
consequências que se
devem esperar .”
A representação
diplomática de Portugal
tentou obter do governo
inglês a expulsão de
Hipólito, mas não obteve
êxito. Hipólito tinha o apoio
da Maçonaria e de
Augustus Frederich, Conde
de Sussex, também
Maçom, filho de George
III, Rei da Inglaterra.
Além disso, comprara
ações do Banco da Escócia,
o que lhe deu todos os
direitos de cidadania
britânica.
Em 1815, no Edital do
Desembargo do Paço,
Lisboa, determinou-se:
“que todos os vassalos
destes seus Reinos não
recebam, nem vendam
ou retenham em seu
poder e mesmo
espalhem, por qualquer
modo que seja, o
periódico Correio
Braziliense”. Apesar do
Edital baixado por D. João
VI, o seu resultado foi
contraproducente: fruto
proibido, fruto desejado. A
esse propósito Ronald de
Carvalho escreveu:
“Apesar da censura e
das perseguições que
lhe eram movidas pelos
agentes do Santo Ofício,
o Correio Braziliense
insinuava-se por toda
parte. Conta-se que até
nos aposentos
particulares do Palácio
de S. Cristóvão surgia o
desabusado jornal com
as suas diatribes contra
os governantes da
Metrópole.”
9
Em março de 1822,
escreveu Hipó1ito:
“Demonstrado como
está que Portugal não
tem forças para
subjugar o Brasil, que
os brasileiros todas as
vezes que quiserem
porão as tropas
européias a correr, é
claro que o Brasil só
pode ser governado pela
opinião, e ascendendo à
vontade, do povo”.
No número de abril de
1822, Hipó1ito da Costa
escrevia: “ou as Cortes
hão de desfazer o que
tem feito a respeito do
Brasil ou a
Independência
aparecerá dentro de
muito breve tempo.”
Dezembro de 1822 é
a data do último número
do Correio Braziliense. Nele
se publicava a Ata da
Aclamação do Maçom D.
Pedro I e o Decreto de 18
de setembro de 1822, e
escreveu Hipó1ito:
“Cumpriram se enfim os
prognósticos de anos de
batalha. Deixará pois o
Correio Braziliense de
imprimir-se, e só sim
todas as vezes que se
oferecer matéria sobre o
que julguemos dever
dar a nossa opinião, a
bem da nossa Pátria.”
Ainda em dezembro de
1822, o Irmão D. Pedro I
concedera a Hipólito da
Costa o Grau de Oficial da
Ordem do Cruzeiro, recém-
criada. Outra recompensa
feita a Hipólito foi a
nomeação para Cônsul
Geral do Brasil na
Inglaterra. Muito pouco
para quem muito, muito
fizera. A nomeação para
Consul datava de 16 de
setembro de 1823, mas
Hipólito da Costa falecera
uma semana antes, sem
que a notícia da nomeação
lhe houvesse chegado.
Hipólito da Costa
faleceu em 11 de setembro
de 1823, em Kensington,
subúrbio de Londres. Pelo
seu grande merecimento e
pelo prestígio, não tivesse
esse nosso ilustre Irmão
desaparecido tão
precocemente, aos 49
10
anos, teria alcançado as
posições a que fizera
direito, como um dos
responsáveis pela nossa
Independência; seja na
outorga dos títulos
nobiliárquicos, seja na
chefia de posições
políticas. Destino amargo o
daqueles que lutam pela
grandeza da Pátria e que
exalam o último alento
longe da terra onde
nasceram.
Numa placa de
mármore, mandada gravar
pelo Duque de Sussex,
encontram- se estes
consagradores dizeres:
“Dedicado à memória do
Comendador Hipólito
José da Costa, falecido a
11 de setembro de
1823, com 49 anos de
idade. Um homem não
menos distinto pelo
vigor do espírito e
proficiência científica e
literária do que pela
inteireza do seu caráter
e atitudes. Difundiu
entre os habitantes do
vasto Império do Brasil
o gosto pelos
conhecimentos, a
afeição pelas artes que
embelezam a vida e o
amor à liberdade
constitucional, fundada
na obediência às leis e
aos princípios de mútua
benevolência e boa-
vontade. Assim o amigo
que o conheceu e
admirou as suas
virtudes registrou para
proveito da
posteridade.” Desse
modo a posteridade
guarda, em país que não é
o seu, a recordação da
passagem terrena desse
vulto insigne.
A obstinada luta
contra a Inquisição não foi
uma vendeta pessoal de
Hipólito da Costa contra os
seus algozes, mas uma
cruzada contra a
ignorância, o atraso
cultural e o
fundamentalismo religioso.
A Narrativa da Perseguição
de Hipólito da Costa (dois
volumes, português e
inglês, Londres, 1811) não
foi a primeira denúncia
contra o Santo Ofício
aparecida naquele mundo.
Foi o golpe mortal no
11
dragão da maldade que
sufocou a inteligência
portuguesa (e por
decorrência a brasileira) ao
longo de 285 anos (1536-
1821).
Apesar de toda sua
dedicação, Hipólito da
Costa tem sido
ingratamente esquecido
pela maioria dos nossos
historiadores. Segundo
Dines: “Nossa imprensa e
nosso jornalismo
começaram de forma
auspiciosa, inspirada e
esmerada.” E é para
deplorar que haja até
quem lhe insulte a
memória digna de apreço,
por ter sido Maçom. Foi
pela sua condição de
Maçom que Hipólito da
Costa contou com o apoio
de numerosos e eminentes
Irmãos. Foi justamente por
pertencer à Maçonaria,
pelo seu caráter maçônico,
que Hipó1ito José da Costa
pelejou pela Liberdade e
pela Independência do
Brasil .
O Patronato da
Cadeira 17 da Academia
Brasileira de Letras foi
escolhido por seu
fundador, Sílvio Romero, e
coube à memória de
Hipólito da Costa este
posto. Honrou a Academia
a figura do iniciador da
Imprensa Brasileira.
BIBLIOGRAFIA
DINES, Alberto. Editorial
do Programa Observatório
da Imprensa na TV, No.
465, 10/6/2008.
DINES, Alberto. Hipólito da
Costa, o Crítico Boicotado.
Editorial do Programa
Observatório da Imprensa
na TV.
DOURADO, Mecenas.
Hipólito da Costa e o
Correio Braziliense.
Biblioteca do Exército.
GRAÇA, J. S. e DIAS,
Silva. Os Primórdios da
Maçonaria em Portugal, v.
I. Inst. Nacional de
Investigação Científica.
MARQUES, A. H. de
Oliveira. História da
Maçonaria em Portugal. v.
I, Das Origens ao Triunfo.
12
Lisboa: Editorial
Presença, 1990.
MENDONÇA, Hippolyto
Joseph da Costa Pereira
Furtado de. Narrativa da
Perseguição... . Londres,
1811.
MONTEIRO, Rolando.
Hipólito da Costa e a
Independência. Ed.
Cátedra/ MEC.
ATUAIS AMEAÇAS AO
ESTADO BRASILEIRO –
Expressão Econômica do
Poder Nacional
Marcos Coimbra
A Academia Brasileira
de Defesa (ABD) divulgou no
dia 07.09.2011 importante
manifesto à Nação com o
título: “Atuais Ameaças ao
Estado Brasileiro”, assinado
pelo seu Presidente, Ten-
Brig-do-Ar Ivan Frota. Colaboramos na
elaboração do citado
documento, nos aspectos
relativos à expressão
econômica. A seguir,
apresentamos à reflexão
dos leitores nossas idéias a
respeito do assunto, em
uma lista não exaustiva,
considerando o espaço
oferecido, em uma
abordagem bem sintética,
sucinta, restrita apenas aos
itens considerados mais
importantes:
1 – Inexistência de um
Plano Nacional de
Desenvolvimento:
Considerados os
Objetivos Nacionais
Permanentes, não há
explicitado um PND
contendo políticas e
estratégias correlatas,
vinculadas a orçamentos,
prazos e órgãos
responsáveis para
consecução dos ONP. Ora,
para quem não sabe para
onde vai, qualquer
caminho serve. E quem
não traça seu destino o
terá traçado por outro. Só
existe a meta das
autoridades econômicas de
controle da inflação,
ignorando a busca do
pleno emprego;
13
2 – Desnacionalização
do Sistema Econômico
Brasileiro:
Importantes empresas
dos três setores (primário,
secundário e terciário) da
Economia Brasileira estão
sendo compradas,
absorvidas ou tendo seu
controle acionário
transferido para não
residentes, em troca de
“papel pintado” (dólar),
cujo valor é depreciado a
cada momento;
3 – Desindustrialização
da nossa Economia:
Há um declínio
persistente da participação
na produção industrial no
PIB e nos empregos
industriais no total de
empregos da economia. A
valorização do Real, o
elevado custo de
produção, o Custo Brasil,
a elevada taxa de juros, a
taxa de câmbio que
favorece importações,
diminuindo a
competitividade dos
exportadores brasileiros e
a concorrência desleal
com produtos importados,
cópias, pirataria e
contrabando são fatores
que contribuem para a
desindustrialização no
nosso país;
4 – Significativos fluxos
de capitais para o Brasil:
O excesso de divisas
existentes nos países com
grandes superávits em
transações correntes
(China, Alemanha), bem
como o volume expressivo
de recursos em poder do
sistema financeiro dos
EUA vão se manter. Como
o Brasil possui a maior
taxa real de juros do
mundo (cerca de 6,5 %),
ele continuará a receber
crescentemente divisas,
que estimulam o consumo
interno, ao invés de gerar
investimentos em
capacidade produtiva,
além de sobrevalorizar o
real;
5 – “Bolha” de crédito,
incluindo a valorização
excessiva no mercado
14
imobiliário das grandes
cidades:
A proporção da renda
disponível brasileira usada
para o pagamento do
serviço da dívida
aumentou para 28% em
maio de 2011 (classe
média gira em torno de
50%), enquanto em outros
países é bem menor
(EUA=16%, China=6,5%,
Índia=4,8%). A elevada
taxa de juros aumenta o
peso do serviço da dívida.
Dificilmente o valor atual
destes imóveis continuará
elevado após a realização
da Copa e das Olimpíadas;
6 – Nó logístico e excesso
de burocracia:
A infra-estrutura
econômica do país sofre
profundamente com o
insuficiente aporte de
investimentos, bem como
pelo desvio de recursos
empenhados,
principalmente em função
da corrupção endêmica
existente, ocasionando um
aumento excessivo do
Custo Brasil. Isto ainda é
agravado pela burocracia
criada para impor
dificuldades, objetivando
gerar facilidades; 7 –
Riscos de Inflação:
Apesar do elenco de
medidas adotadas pelos
atuais detentores do poder
político, a taxa de inflação
nos últimos doze meses já
ultrapassou o teto (6,5%)
da meta. Apesar de a
tendência ser decrescente,
fatores como a elevação
do salário mínimo para
cerca de R$ 620,00 em
2012 e suas consequências
podem impedir a queda
para o centro da base
(4,5%);
8 – Alto preço das
“commodities”:
O preço das
“commodities” está
elevado no momento, em
especial devido à atuação
de especuladores
internacionais. Com a
“reprimarização” da nossa
pauta exportadora, uma
previsível queda em seus
15
valores ocasionará
problemas consideráveis
em nosso balanço de
pagamentos em transações
correntes e ao nosso
sistema econômico;
9 - Corrupção Pandêmica
e Nepotismo Generalizado:
O grau de corrupção
vivenciado em nosso país,
atingindo indistintamente
os três Poderes, em
especial o Executivo em
seus três níveis, encarece
brutalmente qualquer obra
ou empreendimento,
considerando o valor da
propina cobrada, variando
de 4% a 50%, o que
inviabiliza qualquer ação
séria, em proveito dos
interesses nacionais. Além
disto, o nepotismo
generalizado impede a
formação de quadros
técnicos competentes.
Eis os desafios que
deveremos vencer o
quanto antes.
Correio eletrônico : [email protected]
Página: www.brasilsoberano.com.br
Na época da construção
do Templo, erguido por
Salomão em Jerusalém, foi
criada uma coluna em
miniatura que girava por entre
as bancadas, recebendo as
contribuições, a mão era
introduzida pelo alto capitel,
que a ocultava, havendo uma
fenda no cimo do fuste para a
passagem da oferta, naquela
época os arquitetos
denominavam “Tronco”.
A função caritativa da
Maçonaria se tornou tão
destacada que a ordem passou
a ser identificada como
filantrópica, se ouvia falar que a
imagem da Maçonaria era
Fraternidade e Caridade. Assim,
a antiga coleta, que se fazia
entre os sacerdotes foi
16
estendida aos associados,
passando a ser destinado ás
obras piedosas da corporação
ou da Loja.
Tronco é uma palavra
que deriva do francês “tronc”.
Em época mais remota o Papa
Inocêncio III, criou o tronco dos
pobres que era uma caixa que
existia nas entradas das
igrejas.
Era costume nas antigas
“guildas” recolher contribuições
dos que podiam ofertá-la, para
socorrer os congregados, entre
os quais se encontravam, todos
os tipos de homens: senhores,
trabalhadores e serviçais. A
proteção se estendia às viúvas,
órfãos, inválidos e servia até
para defesa judicial dos
membros. Essa tradição passou
à Maçonaria.
O Simbolismo do Tronco
Toda arvore é sustentada
pela robustez de seu tronco,
em cujo interior sobe a seiva
alimentadora. O tronco é mais
forte a medida em que, pelo
passar dos anos, são acrescidos
os anéis ou camadas, isto faz
com que seja aumentado seu
diâmetro – seu volume.
A função do Tronco de
Beneficência é crescer sempre
que exista necessidade de
atender aqueles Irmãos mais
necessitados ou seusfamiliares.
O Tronco somente se fortalece
a medida em que aqueles que
contribuem o fizerem com o
intuito de ajudar.
Ele nunca é suspenso o
que é suspenso é o giro para
reiniciar nas próximas
reuniões.
Destino do Tronco
As administrações das
Lojas devem ter em mente que
o Tronco tem uma única
finalidade, não fazendo parte
do patrimônio da mesma, a
tradição é de socorro e
assistência a Irmãos
necessitados suas viúvas e
órfãos.Isto deve ser cumprido
em primeiro lugar. Para isso o
Irmão Hospitaleiro deve sempre
reserva uma parcela do mesmo
para eventualidades e
17
urgências.
Propostas de Irmãos para
que a Loja destine o Tronco a
instituições profanas devem ser
analisadas com muito critério é
se for atendida não devemos
nunca esquecer da reserva
acima mencionada destinando-
se para esse fim uma a menor
parte do Tronco para as
entidades assistenciais
maçônicas e não maçônicas.
Tratando-se de uma
coleta feita pelos Irmãos para
um destino definido, deve-se
evitar a divisão do mesmo, pois
nenhum daqueles que
receberem irão ficar satisfeitos.
Ritualismo do Tronco
As dádivas para o Tronco
são sigilosas. Cada Ir:.
contribui com o que pode e, se
desprovido, não dará nada,
mas como todos, deve
introduzir a mão direita fechada
no recipiente e retirá-la aberta,
pois ninguém pode servir-se
das importâncias depositadas,
cujo total ou “medalha
cunhada” é revelado e
creditado a Hospitalaria. Um
mau costume, felizmente
abolido, foi o de apregoar
dádivas de Lojas ou IIr:.
ausentes. O giro de Tronco
deve ser praticado em silêncio
ou ao som de música suave,
cujos temas sejam de amor e
de amizade. (Os maçons Mozart
e Franz Lizt compuseram peças
com esses temas – do primeiro:
“Das Lob der Freudschat” e “Die
Maurerfreude”, do segundo:
“Sonho de Amor”).
Filosofia do Tronco
Nos ritos maçônicos
teístas, deístas e joanitas, a
lição é do Evangelho. “Quando,
pois, dás esmola, não toques a
trombeta diante de ti, como
fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, para
serem louvados pelos homens.
Em verdade, vos digo: já
receberam sua recompensa.
Quando deres esmola, que tua
mão esquerda não saiba o que
fez a direita; assim a tua
esmola se fará em segredo, e
teu Pai, que vê o escondido,
18
recompensar-te-á.” (Mateus 6 –
2,4)
Pelo acima exposto fica
claro que a maçonaria não é
uma sociedade de
beneficiencia, o que muitos
profanos e aprendizes recém
ingressos na Ordem trazem em
seus pensamentos.
Não compete a Maçonaria
dar o peixe, compete a
Maçonaria ensinar a pescar em
razão disso ela é uma escola de
lideres e seus ensinamentos
simbólicos e filosóficos nos
levam a isto.
Outras entidades criadas
para este fim o fazem com
melhor aproveitamento do que
nossa Ordem.
O principal é lembrar qual a
finalidade do Tronco de
Solidariedade, Beneficência,
das Viúvas etc, chamem-no
como quiser, ele se destina a
ajudar os Irmãos necessitados
e, por conseguinte seus
familiares.
Como ultima afirmação.
“O giro do Tronco de
Beneficência, não é e nunca foi
coleta de esmolas, lembre-se
hoje um Irmão esta
necessitado, nos não sabemos
o amanhã” .
TUDO O QUE SE TEM E NÃO DÁ,
SE PERDE NO RENOVAR DA
VIDA!
Ir:. Julio Cesar Morganti
BIBLIOGRAFIA
Publicação Oficial da Gr:.
Secret:. da Orient:. Ritual:.
Gr:. Secr:. da Orient:. Ritual:.
Pod:. Ir:. Teobaldo Varoli Filho
2. Ritual - R:. E:. A:. A:. - 1º
Grau – Aprendiz
3. Manual de Dinâmica
Ritualística do 1º Grau
Gr:. Secretaria de Orientação
Ritualística
TEMPLO MAÇÔNICO DA
FILADÉLFIA
19
UM POVO SEM MEMÓRIA
José Roberto Cavalcante
Outro dia conversei com
uma pessoa inteligente numa
fila de banco. Ela falava de
uma maneira enfática sobre a
perda da memória do nosso
passado, principalmente dos
acontecimentos da Segunda
Grande Guerra Mundial quando
os nossos pracinhas foram
chamados a combater em
inóspitas terras italianas contra
as Forças do Eixo.
Compreendi, de logo, que
se tratava de uma pessoa que
conhecia bem os fatos, com
uma precisão absoluta, daí
porque lhe indaguei se ele era
pracinha. A resposta foi
afirmativa e veio acompanhada
da prova, através da
apresentação da sua carteira de
ex-combatente. Falou-me,
então, do seu tempo como
partícipe do grande
acontecimento mundial que
ceifou dezenas de milhões de
vidas.
Tomei conhecimento que
hoje os pracinhas estão
completamente esquecidos. Até
bem pouco tempo, tinham onde
expor os seus troféus, as suas
conquistas; hoje, já não mais
têm sede, ficando o seu acervo
conservado sabe-se se lá como,
foram despejados do imóvel
que ocupavam na Rua das
Marrecas, no centro do Rio de
Janeiro.
Como um país assim pode
cuidar do seu passado, da sua
história, se não dá a mínima
atenção para os seus heróis,
para o acervo que
armazenaram durante o tempo
em que estiveram em luta, em
defesa da Democracia?
Segundo me falou esse
ex-combatente, os nossos
queridos pracinhas não mais
estão autorizados nem a
desfilar no 7 de Setembro, Dia
da Independência do Brasil. Ao
me falar isso, olhei para o seu
rosto, e vi uma tristeza
profunda, uma mágoa imensa,
estando os seus olhos
marejados de lágrimas.
A verdade é que um povo
não poderá respeitar os seus
valores culturais se não
preservar o acervo deixado por
seus antepassados, se
desprezar o mesmo. Todo
acervo acumulado, deve ser
bem guardado, preservado,
para que possa resistir ao
passar do tempo.
Ninguém faz história sem
resguardar o passado. É
preciso, assim, respeitar o
nosso patrimônio histórico; do
contrário, seremos sempre um
povo sem memória!
20
A idéia do Irmão Lourival Souza
de criar o Jornal Eletrônico do
Grande Conselho Kadosh
Filosófico do Rito Moderno para
o Rio de Janeiro se tornou
realidade e, hoje, estamos
publicando o décimo e último
número do referido Jornal, sob
nossa edição.
Cumprimos, assim, o
compromisso assumido de
expressar o pensamento e as
aspirações dos ilustres
integrantes do Conselho, de
maneira bastante positiva.
Somente não escreveu
matérias para serem publicadas
no Jornal, quem não quis.
Cabe salientar, por outro lado,
que consideramos a
administração do Eminente
Inspetor Lourival Souza
bastante produtiva, com o
soerguimento do Conselho,
elaboração de seus Estatutos e
do seu Regimento Interno,
realização de todas as sessões
programadas, com atividades
de alto nível. Por outro lado, o
Irmão assumiu o compromisso
de tornar realidade, em
novembro próximo, no Rio de
Janeiro, o Sexto Encontro do
Rito Moderno.
Temos plena convicção que a
nova administração a ser eleita
no próximo dia 5 de outubro, à
frente o Irmão Marcos Coimbra,
dará continuidade a esse
edificante trabalho, e imprimirá
a sua marca administrativa.
Em verdade, todos
lutamos por uma Maçonaria
cada vez mais forte e pujante,
aos olhos não apenas de seus
integrantes, mas de todos os
irmãos não maçons do nosso
querido Brasil.
REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA PRESENTE
AO CONGRESSO EM BARCELONA,
JUNHO/2011.
www.kadosh-rm-rj.net.br
GCKFRM-RJ - NEC PLUS ULTRA
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