Jornal Especial de 48 anos - 2014

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UNIVERSIDADE RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA Estudantes de São Luís e do continente vão ganhar casas estudantis Página 17 ufma.br UFMA: UMA INSTITUIÇÃO DE CARA NOVA Quando completa 48 anos, a comunidade acadêmica tem movos para comemorar. Dentre eles: o reconhecimento da UFMA como uma Universidade de conceito e sua restruturação sico-pedagógica Páginas 13-15 TECNOLOGIA GARANTINDO EXCELÊNCIA NOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UFMA investe em pesquisas e está ampliando o seu Núcleo de Tecnologia da Informação Página 9 ESPORTE PADRÃO INTERNACIONAL UFMA se equipara a centros de treinamento e se transforma em polo de práticas esportivas Página 10-11 REQUALIFICAÇÃO PRESERVANDO PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS Entre os motivos de comemoração da Universidade, conheça a iniciativa da UFMA de recuperação de prédios históricos de São Luís Página 22 NO CAMPUS MOTIVOS DE SOBRA PARA COMEMORAR! No aniversário da UFMA, a comunidade acadêmica destaca avanços vividos pela Universidade nos últimos anos Página 21 PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO | ANO VII | Nº 13 | NOVEMBRO DE 2014 Cidade Universitária Impresso Especial 9912290201-DR/MA | UFMA CORREIOS E d i ç ã o E s p e c i al

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O Jornal Cidade Universitária é uma produção de divulgação científica e institucional da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) que informa seus leitores sobre projetos, ações acadêmicas e dados estatísticos sobre a referida instituição de ensino superior.

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UNIVERSIDADE

RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIAEstudantes de São Luís e do continente vão ganhar casas estudantis Página 17

ufma.br

UFMA: UMA INSTITUIÇÃO DE CARA NOVAQuando completa 48 anos, a comunidade acadêmica tem motivos para comemorar. Dentre eles: o reconhecimento da UFMA como uma Universidade de conceito e sua restruturação físico-pedagógicaPáginas 13-15

TECNOLOGIA

GARANTINDO EXCELÊNCIANOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOUFMA investe em pesquisas e está ampliando o seu Núcleode Tecnologia da InformaçãoPágina 9

ESPORTE

PADRÃO INTERNACIONALUFMA se equipara a centrosde treinamento e se transformaem polo de práticas esportivasPágina 10-11

REQUALIFICAÇÃO

PRESERVANDO PATRIMÔNIOS HISTÓRICOSEntre os motivos de comemoração da Universidade, conheça ainiciativa da UFMA de recuperação de prédios históricos de São LuísPágina 22

NO CAMPUS

MOTIVOS DE SOBRA PARA COMEMORAR!No aniversário da UFMA, a comunidadeacadêmica destaca avanços vividos pelaUniversidade nos últimos anosPágina 21

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO | ANO VII | Nº 13 | NOVEMBRO DE 2014

Cidade UniversitáriaImpresso Especial

9912290201-DR/MA | UFMACORREIOS

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dição

Especial

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Cidade Universitária :: Novembro de 2014

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

OPINIÃO

UM PONTO DE CONVERSA

ESTRUTURA ORGANIZACIONALPresidente da RepúblicaDilma RousseffMinistro da EducaçãoJosé Henrique Paim FernandesReitorNatalino Salgado FilhoVice-reitorAntônio José Silva OliveiraPró-reitor de Gestão e FinançasJosé Américo da Costa BarroqueiroPró-reitora de Recursos HumanosMaria Elisa Lago Braga BorgesPró-reitora de EnsinoIsabel Ibarra CabreraPró-reitor de Pós-GraduaçãoFernando Carvalho SilvaPró-reitora de ExtensãoMarize Barros Rocha AranhaPró-reitora de Assistência EstudantilCenidalva Miranda Teixeira

Assessora de ComunicaçãoFrancisca Ester de Sá MarquesEdiçãoFrancisca Ester de Sá Marques,Luciano Santos, Roberth MeirelesTextosDaryanne Caldas, Deolindo Deolino, Fabiana França, Fernando Oliveira, Kleyton Kerlison, Letícia Mourão, Luciano Santos, Luis Félix Rocha, Marcele Costa, Osmilde Miranda,Roberth Meireles, Sansão HortegalRevisão de TextoPatrícia Santos, Charles MartinsProjeto Gráfico e DiagramaçãoKleyton KerlisonArte GráficaKleyton Kerlison, Fabiana FrançaColaboraçãoAlteredo Sena, Arizza Furtado, César Braga, Guilherme Abreu

EXPEDIENTE

Construir uma memória institucional da qual a comunidade acadêmica possa se orgulhar, a partir dos programas, projetos e ações que tenham como principal propulsão o compromisso em desenvolver-se de forma inclusiva e sustentável. Este é o mais importante ato de amadurecimento que a Universi-dade Federal do Maranhão (UFMA) ostenta nos úl-

timos anos. Nesta edição especial em comemoração ao 48º aniversário da UFMA, o informativo Cidade Universitária apresenta o que há para ser comemo-rado pela comunidade acadêmica da Instituição. E, há muito para se comemorar. Ao atingir quase cinco décadas de grandes serviços prestados à sociedade maranhense, a UFMA mostra-se revigorada, graças ao extraordinário avanço nas áreas de infraestrutu-ra, ensino, pesquisa e extensão.

Para revelar como chegou ao patamar da institui-ção moderna e respeitada que se encontra hoje, é ne-cessário voltar no tempo, há aproximadamente sete anos, quando iniciamos o mais complexo e bem su-cedido projeto de expansão e reestruturação já expe-rimentado pela Universidade Federal do Maranhão. Uma reforma tanto explícita quanto tácita que, como a própria etimologia da palavra propõe, tratou de uma verdadeira mudança de forma. Transformações de espaços e de dinâmicas que podem ser observadas por quem circula pelas unidades acadêmicas, admi-

nistrativas e de vivências da Instituição. Um modelo de gestão que privilegiou o aprimoramento em todos os níveis, de forma equilibrada em seus oito Campus espalhados pelo Maranhão, e aposta na indissocia-bilidade da Instituição junto à Sociedade Civil para vislumbrar o salto na direção do crescimento em nú-mero e qualidade.

Deste modo, convido-lhes a conhecer uma amos-tra dos avanços experimentados pela UFMA nestes últimos anos e os que ainda virão em breve. Na cer-teza do contínuo empenho e diálogo que temos tido ao longo de toda a nossa administração, construída de forma colaborativa junto aos integrantes da co-munidade acadêmica – docentes, discentes e técni-cos administrativos – que acompanham de perto a criatividade, a inovação e o conhecimento científico empregados na Universidade Federal do Maranhão para desenvolver o País por meio da educação.

Boa Leitura!

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Antigo pórtico de acessoda Universidade

Auditório Central da UFMA em 2007

Centro de Ciências Humanas da UFMA em 2008

Solenidade de fixação da pedra fundamental para construção da Casa da Justiça. Na foto, o reitor Natalino Salgado, o presidente do SINTEMA, Mariano de Azevedo e o ex-presidente da ASSUMA, José Ribamar Gonsioroski (in memorian)

Novo pórtico da UFMA, criado para melhorar a trafegabilidade do

acesso à Universidade e o controle de entrada e saída da Instituição

Auditório Central em 2014. O espaço passou por reforma e adequações de

sua infraestrutura

O prédio passou por reformas e adequações que atualmente

garantem mais conforto e segurança à comunidade acadêmica

Fachada da Casa da Justiça na Cidade Universitária em 2014. O prédio concluído serve à prática acadêmica e ao atendimento da

população

Para promover inclusão social, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) ampliou, adequou e continua construindo novas infraestruturas à serviço de sua comunidade acadêmica. Na oportunidade em que reconhecemos e apresentamos este amplo processo de avanços, vale um retrato do antes e dodepois de alguns espaços da Universidade. Confira:

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

ATUALIDADES

Novembro de 2014 :: Cidade Universitária

Universidadeconceito quatro pelo MEC

Os índices acadêmicos recebidos pelo Ministério da Educação refletem o equilíbrio de investimentos em São Luís e no continente

>> ROBERTH MEIRELES

Por meio do processo de reestruturação e ex-pansão, vivenciado pela comunidade aca-dêmica da Universidade Federal do Mara-nhão desde 2007, mudanças estruturantes na forma de condução da instituição pú-

blica foram realizadas tanto na Cidade Universitária quanto no continente, o que garantiu mais espaço para a prática do ensino, melhores acomoda-ções para a pesquisa e melhor alcance para a extensão. Somada a essas mu-danças, a capacitação do corpo docente foi transformada em uma das prioridades da atual gestão da UFMA, numa linha de desenvolvimento que as-segurou a consolidação da Pós-Graduação no Estado. Uma conquista especial-mente recebida pelos maranhenses, que hoje contam com uma universidade pública capaz de atender o inte-resse de Pós-Graduação em todas as áreas da ciên-cia.

Este trabalho transformou a UFMA em uma instituição pública de re-conhecida competência no Maranhão e no Brasil. E o atestado desse trabalho veio em 2013, quando passou pela mais importante avaliação institucional existente no País, envolvendo as Instituições de En-sino Superior. Por meio de uma comissão especial do Ministério da Educação (MEC), a UFMA foi avaliada em dez dimensões, dentre as quais, o ensino, a estru-tura física, o atendimento aos alunos, a organização e a gestão institucional, até a política de capacitação do seu corpo docente.

O resultado desse processo foi uma mudança de indicadores, já que até este momento, a UFMA se encaixava numa avaliação em que a média da nota era três. Após a emissão do parecer do MEC, em 2013, a Universidade Federal do Maranhão conquis-tou a nota quatro, numa variação que vai de um a cinco, reiterando o reconhecimento do perfil de

qualidade e excelência que a UFMA adquiriu, após assumir o compromisso de crescer promo-

vendo a inclusão social junto com a co-munidade acadêmica e a

Sociedade Civil. “Receber o conceito quatro foi uma

satisfação muito grande, pois percebemos que a comunidade acadêmica compreendeu o pro-jeto de expansão e re-

estruturação que propomos desde quando assumimos a

administração da UFMA em 2007”, afirma o reitor Natalino

Salgado.Para ele, a recuperação da au-

toestima da comunidade acadê-mica é visível, tanto que, atualmen-

te, os alunos se orgulham em estudar nos cursos disponíveis na Instituição, dando

continuidade aos seus estudos na Pós-Graduação, que cresceu em número e qualidade. “O mais im-portante disso é que este conceito refletiu muito o que foi possível observar não apenas em relação à infraestrutura administrativa, mas em relação à comunidade acadêmica da UFMA, que são os ser-vidores, alunos e professores, pois eles é que foram entrevistados pela equipe do Ministério. O resultado é que agora temos uma instituição melhor avaliada, mas bem mais exigente”, ressalta o reitor.

Falando nisso

Os conceitos que permitem o reco-nhecimento de excelência às univer-sidades também podem ser afixados de forma particularizada por meio do Conceito Preliminar de Curso (CPC). Criado pelo MEC, o mecanismo insti-tui critérios objetivos de qualidade dos cursos de graduação de todo o País, em uma métrica de variação de um a cinco. Com a maior parte dos seus mais de 80 cursos avaliados, a UFMA possui no CPC a nota quatro, não so-mente na Cidade Universitária, mas nos seus oito campus - a maior parte criada pelo processo de expansão e reestruturação - passando a oferecer cursos de qualidade assinados, auten-ticados e com excelentes avaliações pelo Ministério da Educação.

Em Imperatriz, por exemplo, que é a segunda maior unidade da UFMA em funcionamento, o curso de Engenharia de Alimentos possui a nota quatro e a primeira colocação da sua categoria nas regiões Norte e Nordeste. Nesta unidade, os cursos de Pedagogia, Ciências Contábeis, Licenciatura em Ciências Humanas, Licenciatura em Ciências Naturais e Enfermagem também possuem nota quatro, sendo que o curso de Comu-nicação Social - Jornalismo é o único com nota três, pois não passa por uma nova avaliação desde 2011.

CONCEITO 4

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EXTERNA

INEP/MEC

EX

CELÊNCIA

R ECO N H ECIDA

201423.570alunos

13.109alunos

2007

Aumento donúmero de alunos de graduação 2007 43 cursos

Número de cursos de graduação

2014 80 cursos

2007 903professores 2014

1.711 professores

Aumento do corpo docente da Instituição

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

SAÚDE

O aposentado Antônio Carlos Penha, 68 anos, está concluindo o cur-so de Arquitetura com a visão em pé de igual-

dade com os seus jovens colegas da faculdade, sem precisar usar ócu-los. Algo que há seis anos, quando começou a apresentar dificuldades de enxergar, parecia inimaginável.

Diagnosticado com catarata no ano passado, ele já passou por duas cirurgias em 2014, uma em feve-reiro e a outra em julho, ambas re-alizadas com sucesso. Recuperou totalmente a visão e hoje diz estar mais otimista quanto ao futuro profissional. “Meu rendimento me-lhorou bastante no curso e a quali-dade de vida também”, comemora.

Penha, que é graduado em Dese-nho Industrial, é apenas um entre centenas de pessoas que fizeram tratamento no Centro de Referên-cia em Oftalmologia do Hospital Universitário da Universidade Fe-deral do Maranhão (HUUFMA) desde que, há um ano, o serviço passou a funcionar em um novo prédio, na Rua Silva Jardim, ao lado do Hospital. “O atendimento aqui é de primeiro mundo”, testemunha.

A qualidade do serviço de Oftal-mologia do HUUFMA deu um salto vertiginoso para se tornar referên-cia na área, no Maranhão. Diaria-mente, dezenas de pessoas de todo o Estado e até de outros locais pro-curam atendimento em uma das especialidades - cirurgia de cata-rata, glaucoma, transplante de cór-nea, plástica ocular, retina pterígio e retinopatia diabética.

Centro de Referência em Oftalmologia amplia atendimento com qualidade

Além da ampliação do quadro de oftalmologistas, o HUUFMA adquiriu modernos equipamentos para melhorar o atendimento aos seus pacientes

>> FERNANDO OLIVEIRA

Menos tempo

O investimento que a admi-nistração da UFMA tem feito na ampliação do espaço físico, equi-pamentos e recursos humanos e a implantação da residência médica contribuíram, decisivamente, para ampliar a qualidade e a quantidade do atendimento no serviço de Of-talmologia. O período em que um paciente esperava para ser aten-dido diminuiu bastante. “Se antes esse tempo era de quatro a seis me-ses para uma cirurgia de catarata, hoje, ele aguarda de quinze a trinta dias, no máximo”, explica o chefe do serviço de Oftalmologia, Ezon Ferraz.

A chegada de modernos equipa-mentos com tecnologia de ponta deve elevar ainda mais a qualidade do serviço de atenção ao paciente. Está em curso um processo de licita-ção para a aquisição de novas apare-lhagens completas para os consul-tórios tais como o tomógrafo ocular, o retinógrafo, o microscópio cirúr-gico e equipamento de laser para a cirurgia de retina, entre outros.

O quadro de oftalmologistas do Centro também foi ampliado com a contratação de novos profissionais, aprovados em concurso promovido pela Empresa Brasileira de Servi-ços Hospitalares (EBSERH). São, ao todo, 17 especialistas abrangendo as diferentes subespecialidades, além de enfermeiros, técnicos de enfer-magem e agentes administrativos. “Na retinopatia diabética, uma das especialidades que apresenta maior demanda, o número de profissio-

nais triplicou”, explica a gestora da unidade, a enfermeira Glauciane Alencar.

O Centro de Referência em Of-talmologia foi o primeiro serviço do Hospital Universitário da Uni-versidade Federal do Maranhão a implantar o Plano de Segurança do Paciente, que servirá de modelo para os demais setores do Hospi-tal. O objetivo é estabelecer ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualida-de dos serviços de saúde, tornan-do o ambiente hospitalar e as prá-ticas do HUUFMA mais seguras. Em uma área total construída de 782,49 metros quadrados, o prédio está dividido em uma área subter-rânea com 130,81 metros quadra-dos e mais dois andares que totali-zam 423,2 metros quadrados.

Todo o prédio é composto por espaços como sala de reunião/trei-namento, arquivo, farmácia, sala de utilidades, copa, sala do administra-dor, almoxarifado, vestiários mas-culino e feminino, circulação, sete consultórios, duas salas de lazer, recepção, sala de espera para 54 lu-gares, banheiro masculino e femini-no com adaptação para cadeirante, elevador e escada. O primeiro andar possui três salas de cirurgia, sala de recuperação, posto de enfermagem, sala de serviço de enfermagem, sala de utilidades, lavagem/estocagem de materiais, sala de retinografia, banheiro masculino e feminino, sala de espera de acompanhantes. O segundo andar conta com um auditório com capacidade para 133 lugares, copa, foyer, hall de acesso e banheiros.

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

SAÚDE

>> FERNANDO OLIVEIRA

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) irá ga-nhar um amplo e moderno Centro Cirúr-gico, que vai oferecer considerável melho-ria na assistência aos usuários do Sistema

Único de Saúde (SUS). O orçamento para a obra de-verá ser incluído no Plano Diretor Estratégico da Insti-tuição, que define os investimentos a serem feitos nos próximos dois anos, já que o projeto arquitetônico, em fase de conclusão, prevê a construção de um prédio de quatro andares ao lado do futuro Instituto do Coração da UFMA.

A nova estrutura vai duplicar a capacidade de aten-dimento do Hospital Universitário. Segundo a superin-tendente do HUUFMA, Joyce Lages, embora satisfató-

rio e obedecendo a todo o rigor das normas vigentes, o atual Centro Cirúrgico não é mais condizente com o tamanho e as demandas do hospital. “Para efetuar uma cirurgia de múltiplos órgãos, por exemplo, temos que comprometer o mapa cirúrgico do dia. É nesse sentido que a ampliação da área física é necessária e importan-te”, explica a superintendente.

A obra seguirá todos os padrões para um centro cirúrgico de alto nível. A equipe técnica envolvida no projeto visitou o Hospital Sírio Libanês, um dos melho-res do País, em São Paulo, para conhecer o modelo a ser adotado, de acordo com a capacidade do HUUFMA. O projeto deve ser adaptado ao espaço físico existente e seguirá as normas de um território tombado pelo pa-trimônio arquitetônico de São Luís.

No prédio, foi desativada a área onde funcionava a lavanderia do hospital, serviço agora terceirizado, seguida da desativação da caldeiraria. Além de dois andares exclusivos para o Centro Cirúrgico, o edifício contará com espaços para uma nova central de mate-rial e uma área para reabilitação, de modo a aperfeiço-ar o fluxo crescente de atendimentos, principalmente de alta complexidade, totalizando vinte salas, mais do dobro da capacidade do atual Centro Cirúrgico.

Segundo o arquiteto responsável, Luciano Augusto Silva Bastos, especialista em arquitetura hospitalar, o projeto segue rigorosamente o que determina a RDC 50, norma da ANVISA que direciona as construções na área da Saúde. “O que está sendo planejado atende os mais modernos conceitos em estabelecimentos de saúde”, atesta. O pavimento do Centro Cirúrgico, por exemplo, terá acesso direto ao bloco que será amplia-do para a instalação de duas novas Unidades de Trata-mento Intensivo (UTIs), com onze leitos cada uma.

Além das novas instalações, o Centro Cirúrgico con-tará com novos equipamentos de última geração e o reforço de especialistas aprovados no concurso da EB-SERH que passaram a integrar o quadro de cirurgiões do Hospital Universitário. “É um trabalho minucioso e super estratégico que está sendo feito para colocar o HUUFMA em um patamar ainda mais elevado de refe-rência e qualidade”, diz Joyce Lages.

O Centro Cirúrgico do HUUFMA é considerado um dos setores mais complexos dentro da Instituição por sua especificidade: servir à realização de procedi-mentos cirúrgicos de baixa, média e alta complexida-de. Também é utilizado como campo de ensino para a formação e o treinamento de recursos humanos para a área da saúde e como um campo de pesquisas voltadas para o desenvolvimento científico.

Com o novo Centro Cirúrgico instalado em um prédio de quatro andares, o Hospital irá duplicar a capacidade de atendimentos

Hospital Universitário reforma e amplia Centro Cirúrgico

Apesar de obedecer um padrão de atendimento de alto nível, o Centro Cirúrgico do HUUFMA não é capaz de atender a grande demanda de atendimento que chega ao Hospital

O novo Centro Cirúrgico do HUUFMA contará com vinte salas, divididas em dois andares exclusivos para atividades de Centro Cirúrgico, Central de Material e Área de Reabilitação

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

BIBLIOTECA E ACERVO

A Universidade Federal do Maranhão possui, atualmente, um con-junto de 19 bibliotecas em pleno funciona-

mento, sendo uma central e as de-mais setoriais. Os espaços distribu-ídos, tanto na Cidade Universitária quanto nos campus do continente, visam suprir as necessidades de toda a comunidade acadêmica na prática do ensino, da pesquisa e da extensão. Em breve, essa mesma co-munidade poderá contar com mais uma nova Biblioteca C entral que poderá abrigar, em uma área de 8 mil e 351 metros quadrados, mais de 360 mil obras científicas e literárias.

Com 70 por cento de suas obras já concluídas, o prédio da Bibliote-ca Central está localizado em um ponto estratégico dentro da Cidade Univer-sitária - próximo ao pórtico de entrada - onde estudan-tes, professores e servidores poderão usufruir de espaços distribuídos em três pavimen-tos e, dentre eles, um auditório com capacidade para acomodar 256 pessoas, uma sala para o uso de recursos multimídia, diversas cabines de estudo e leitura, infra-estrutura de sanitários, um setor que irá abrigar coleções de títulos considerados raros ou especiais e uma sala que será utilizada como

Novo prédio da BibliotecaCentral da UFMA

Após o aumento quantitativo do número de livros em seu acervo, a comunidadeacadêmica receberá um novo prédio que irá abrigar a Biblioteca Central

>> LUIS FÉLIX ROCHA

Atualmente, as bibliotecas setoriais mantêm acervos especializados e dire-cionam seus serviços, em especial, ao atendimento dos docentes, pesquisa-dores, alunos e funcionários dos seus respectivos centros. Dentre as biblio-tecas setoriais, destacam-se as duas unidades bibliotecárias que a UFMA integrou ao seu Núcleo de Bibliotecas nos últimos anos. Trata-se das bibliote-cas setoriais do Centro de Ciências Hu-manas (CCH) e do Centro de Ciências Sociais (CCSo). Nestes dois espaços de pesquisa e estudo, além do salão onde ficam agrupados os livros para consul-ta, as duas setoriais agregam em sua estrutura física um auditório de 260 lugares, com palco e rampa para apre-sentação e uma sala de estar, assegu-rando, deste modo, o apoio necessário aos eventos de pequeno e médio porte da Universidade.

Bibliotecas Setoriais

laboratório para a restauração e conservação de livros, isto tudo so-mado a uma área capaz de abrigar 426 estantes.

O acesso à biblioteca será com-pletamente informatizado, garantindo um maior con-trole na entrada e saída de livros. Ressalta-se que o pro-jeto arquitetônico do novo prédio da UFMA foi conce-bido dentro dos padrões de uma infraestrutura acessível a todos os públicos com a cons-trução de rampas e elevadores para pessoas com necessidades especiais de locomoção.

Crescimento do número

de exemplares no

acervo da UFMA

+ de 1 milhão

de E-books

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social Novembro de 2014 :: Cidade Universitária

ACESSIBILIDADE

O número de alunos com deficiência nas univer-sidades está aumen-tando a cada ano e com isto medidas estão sen-

do tomadas para facilitar a acessibi-lidade destes estudantes. Entre 2008 e 2009, a UFMA já recebeu aproxi-madamente 37 estudantes com de-ficiência e, em 2010, foi a pioneira em ofertar aos ingressantes a cota de alunos com deficiência pelo Sis-tema de Seleção Unificado (SiSU), o que resultou até hoje em mais de 300 alunos que entraram na Institui-ção na cota de pessoas com defici-ência.

A ampliação destes dados incen-tivou a criação de estruturas neces-sárias para atender a esta deman-da e, por esta razão, foi criado, em 2010, o Núcleo de Acessibilidade, vinculado à Pró-Reitoria de Ensi-no. O núcleo foi implantado para atender o universo de alunos com alguma deficiência, fosse de loco-moção, fosse auditiva ou mesmo visual. Inicialmente, o Núcleo era coordenado pelo professor do cur-so de Design, Evandro Guimarães, e, atualmente, está sob a direção da professora do curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, Mirian de Fátima Sousa Rocha. Para ela, é no-bre e engrandecedor o ato de ofer-tar a cota para os estudantes com alguma deficiência. “Mais impor-tante do que disponibilizar a cota é a decisão política e institucional de proporcionar meios para que esses alunos permaneçam no ensino su-perior, agreguem saberes do curso e tornem-se autônomos para o con-vívio social e profissional, quando egressos”, afirma.

O Núcleo de Acessibilidade visa dar suporte ao ensino de graduação,

Inclusão e acessibilidadeno Ensino Superior

A Universidade é pioneira na oferta de cotas para pessoas com deficiência, atendendo atualmente mais de 300 alunos que entraram na Instituição por meio do SiSU

>> SANSÃO HORTEGAL

incluindo todos os componentes curriculares que compõem o curso do aluno. Para isso, dispõe de técni-cos intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e transcritores de Braille, que atendem aos acadê-micos cegos e com baixa visão du-rante o período das aulas, realizan-do, por exemplo, a interpretação si-multânea. A partir da demanda dos ingressantes, o Núcleo adapta, am-

Além de equipamentos, em 2012 a Universidade Federal do Maranhãoadquiriu veículos para translado de pessoas com deficiência

plia e imprime os textos em Braille e também disponibiliza notebooks  e gravadores com o intuito de auxi-liar o estudante no curso. Além dos assuntos educacionais, o Núcleo de Acessibilidade também é responsá-vel em solucionar as dificuldades das estruturas físicas da Universi-dade. Assim, cada estudante é aten-dido naquilo que é demandado por sua necessidade específica.

Infraestrutura acessível

Nesse contexto histórico e ino-vador, a Universidade está se adap-tando para atender cada vez mais a demanda desses estudantes, tanto reformando e ampliando o próprio espaço do Núcleo, quanto cons-truindo rampas de acesso em pré-dios como o Centro de Ciências So-ciais, Centro de Ciências Humanas e Restaurante Universitário, que fo-ram adaptados. Outros espaços que não possuíam esses equipamentos de acessibilidade foram instalados ou construídos contemplando es-truturas como elevadores para ca-deirantes.

Ao longo da nova malha viária da Universidade foram construídas rampas, restaurado e instalado piso tátil nas calçadas, além de instala-ção e complementação de piso tátil No total, a Universidade implantou 9.260,50 metros de pisos táteis, o que representa o início ao Projeto de Sinalização que visa romper as bar-reiras atitudinais, de infraestrutura física, visual, tátil e sonora na mobi-lização do espaço acadêmico.

Com todas essas transformações, o Núcleo de Acessibilidade está ela-borando uma cartilha que será dis-tribuída à comunidade acadêmica ainda este ano, visando divulgar o trabalho desenvolvido no Núcleo e, principalmente, sensibilizar os ato-res da educação superior com vistas ao respeito mútuo e a valorização do aprendizado com responsabilidade. Dessa forma, a Universidade Fede-ral do Maranhão justifica o slogan. “A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social”, comba-tendo a discriminação e oferecendo acesso físico, acadêmico e adminis-trativo à pessoa com deficiência.

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

UNIVERSIDADE

Cidade Universitária :: Novembro de 2014

>> FABIANA FRANÇA

O Laboratório de Tec-nologia Química da Universidade Federal do Maranhão, locali-zado no Pavilhão Tec-

nológico, onde, atualmente, são realizadas as análises de controle de qualidade da água e dos alimen-tos, irá ganhar um espaço adicional para o desenvolvimento de suas atividades. Com as obras em an-damento, a UFMA espera disponi-bilizar uma área construída de 700 metros quadrados com capacidade para atender a demanda produtiva do setor, que já não comporta os trabalhos de cerca de 200 pesqui-sadores de iniciação científica, gra-duação, especialização, mestrado e doutorado, ligados aos cursos de Oceanografia, Engenharia Quími-ca, Farmácia, Química Industrial e Nutrição.

Em estágio de finalização, este novo espaço abrigará especifica-mente atividades na área de aná-lise de água e pescados e irá con-tar com duas salas para à coorde-nação, um setor com estruturas e equipamentos adequados para a coleta das amostras de água e ali-mentos recolhidos, quatro labora-tórios de análises microbiológicas, sendo um voltado exclusivamente para a avaliação da qualidade da água, e um laboratório para análi-ses físico-químicas.

No novo prédio do Pavilhão Tec-nológico também haverá uma sala de pesquisa de óleos essenciais para a aplicação e a análise química do material recolhido, uma sala de tec-nologia de pescados e uma sala de equipamentos quentes para o ma-nuseio de estufas, por exemplo. O atual espaço do Pavilhão Tecnoló-gico deverá ser redirecionado para práticas estritamente educacionais.

Laboratóriode TecnologiaQuímicaterá novoespaçode 700 m²

Reconhecimento da Anvisa e do Ministério da

Agricultura, Pecuáriae Abastecimento

Esta nova estrutura física do La-boratório de Tecnologia Química irá possibilitar o seu reconhecimento junto à Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (ANVISA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (MAPA), de tal modo que as análises tenham finalidades de pesquisa e possam servir como in-dicadores científicos. Somado a isso, o espaço ampliado atenderá as necessidades das práticas dos cur-sos de graduação na área de Quí-mica, tendo plenas condições para a oferta de cursos de extensão para a comunidade. “Sem um creden-ciamento junto ao Ministério, não temos o reconhecimento devido, apesar de excelência em pesquisa e no controle de qualidade que já de-monstramos há algum tempo. Do mesmo modo, teremos avanços no ensino e na extensão, aumentando a qualidade dos serviços, o número de estagiários, voluntários e bolsis-tas de iniciação científica e inovação tecnológica, fortalecendo o desen-volvimento de pesquisas nos níveis de Graduação e de Pós-Graduação e os preparando para dissertações de mestrado, assegurando, inclusive, a proposta de reativar o curso de Es-pecialização em Tecnologia de Ali-mentos, iniciativa que uma equipe de professores vem trabalhando no projeto. Ou seja, são ações conjun-tas que beneficiarão todos os cursos da área de Química e as graduações de áreas correlatas como Farmácia, Nutrição e Oceanografia”, considera uma das professoras que coordena o Pavilhão Tecnológico da UFMA, Adenilde Nascimento.

Teremos avançosno ensino e na extensão, aumentando a qualidade

dos serviços, o númerode estagiários,

voluntários e bolsistasde iniciação científica

Aumento do númerode patentes registradas por pesquisadores da UFMA

2009

6PATENTES

2011

15PATENTES

2014

34PATENTES

2007

PATENTES0

Professora da UFMA Adenilde Nascimento

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Novembro de 2014 :: Cidade Universitária

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

TECNOLOGIA

A necessidade de prestar serviços de qualidade na área da tecnologia da informação, ofere-cendo serviços de in-

ternet, telefonia e suporte compu-tacional, foi o que propiciou a apli-cação dos seguidos investimentos recebidos pelo Núcleo de Tecnolo-gia da Informação (NTI) da Univer-sidade Federal do Maranhão. Isto mediante o crescimento do número de alunos e professores e da pró-pria infraestrutura da Universida-de, que vem sendo ampliada desde 2007. Ao completar os seus 48 anos de existência, a UFMA comemora os avanços na área da tecnologia da informação que, há sete anos, vem passando por reformulações administrativas e infraestruturais, assumindo, a partir de então, o en-frentamento dos desafios impostos

>> DEOLINDO DEOLINO

>> FABIANA FRANÇA

na área de desenvolvimento e da se-gurança tecnológica na Instituição.

Na área de serviços, o NTI aproxi-mou-se da comunidade acadêmica. Diminuiu a burocracia antes exis-tente em muitos procedimentos, como a emissão de documentos, declarações de vínculo e o trânsito de documentos internos. Inovou na criação de um novo webmail - em constante aprimoramento - e de um sistema de gerenciamento acadêmi-co. Estas ofertas ao público da Uni-versidade refletem o comprometi-mento da equipe do Núcleo de Tec-nologia da Informação em garantir uma infraestrutura tecnológica para que várias atividades no âmbito acadêmico possam ser realizadas.

Nesta mesma frente de trabalho que trata da infraestrutura tecno-lógica, o setor também investiu na aquisição de novos computadores,

A ampliação do prédio do NTI prevê a criação de vários espaços novos, como uma sala de laboratório e treinamento de sistemas

saltando de um parque de equipa-mentos de 800 computadores para aproximadamente 5 mil computa-dores registrados. “Quando o NTI foi criado, haviam menos alunos e poucos sistemas interligados. Cres-cemos em qualidade e daremos um salto em infraestrutura física, com a ampliação do prédio que abriga o Núcleo”, expõe o diretor do Núcleo, Nélio Guilhon.

Ampliação física

O prédio do Núcleo de Tecno-logia da Informação comporta es-paços como recepção, duas salas para o atendimento dos quase 5 mil computadores da UFMA, além de uma sala que funciona como um centro de processamento e arma-zenamento de dados da Universi-dade e salas onde trabalham os téc-

Inaugurado em 2012, o Nú-cleo de Computação Aplicada (NCA) é hoje o ambiente da Universidade Federal do Ma-ranhão onde são desenvolvi-

dos estudos e pesquisas sobre o que há de mais moderno na área de pro-cessamento de imagens, visão com-putacional, visualização e interação com dados complexos. Localizado no Centro de Ciências Exatas e Tec-nológicas (CCET), o projeto arquite-tônico do Núcleo foi criado em 2008, a fim de atender a pesquisa na área da computação científica, possibili-tando, deste modo, a integração da a UFMA de forma colaborativa com a produção de universidades e insti-tutos de pesquisa de todo o País, tais como Pontifícia Universidade Ca-tólica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Fede-ral Fluminense (UFF) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

No Núcleo de Computação Apli-cada da UFMA, cerca de 60 pesqui-sadores de Graduação, Mestrado e

Núcleo de Computação trabalha em prol de tecnologia de ponta

Nova infraestrutura permite a integração da produção científica de diferentes laboratórios com redes de pesquisas de todo o País

Doutorado contam com uma estru-tura física moderna composta por quatro salas de coordenação, um auditório para 80 pessoas, dotado com sistema de videoconferência, sala de realidade virtual com tela de projeção estéreo para imersão, reali-dade aumentada e jogos 3D; além de três laboratórios que antes funcio-navam de forma independente um

do outro: o Laboratório de Sistemas Avançados da Web (Laws), o Labora-tório de Mídias Interativas (Labmint) e o Laboratório de Processamento e Análise de Imagens (Labpai).

Essa união de esforços em prol do desenvolvimento de tecnologia de ponta é um dos benefícios que a construção do NCA propiciou, e que é comemorada por alunos e pro-

nicos empenhados no desenvolvi-mento e suporte de equipamentos de sistemas e redes.

Este ano, teve início a obra de ampliação do seu espaço físico, cujo projeto de expansão inclui a ampliação e a construção de novos espaços, como uma sala para labo-ratório e treinamento de sistemas; uma sala de assessoria de informá-tica; uma sala para reuniões; uma sala de manutenção de equipamen-tos e uma sala exclusiva de Divisão de Telemática – responsável pela tecnologia de telefonia da UFMA. Para que tudo isso seja possível, as equipes de trabalho estão criando mais um piso, que abrigará tam-bém uma nova sala para a direção do Núcleo, várias salas para o ge-renciamento remoto e de segurança eletrônica e uma sala do Núcleo de Tecnologia Educacional.

fessores. “Antes da construção do Núcleo, os pesquisadores de com-putação trabalhavam em ambien-tes precários, utilizando recursos e equipamentos insuficientes para o desenvolvimento dos seus traba-lhos. Essa nova estrutura permite que possamos desenvolver soluções compatíveis em um espaço físico adequado”, pontua o coordenador do Núcleo, Anselmo Paiva.

Uma das inovações criadas pelo Núcleo de Computação Aplicada é o estudo que desenvolveu um softwa-re para a detecção e diagnostico de câncer de mama e de pulmão, atual-mente em processo de autorização e validação de sua aplicação para uso médico pela Agência Nacional de Saúde. Outro projeto do NCA é o ‘Agi-to’, criado em parceria com a Com-panhia Hidroelétrica do São Francis-co (Chesf), que criou um ambiente gráfico interativo para treinamento de operadores de subestações elétri-cas. O ‘Agito’ está concorrendo como finalista na premiação de Inovação Chesf de 2014.

No NCA, laboratórios de computação agora trabalham em um mesmo espaço, produzindo inovação científica dentro da UFMA

Com reconhecido avanço na oferta de seus serviços, a Universidade comemora a expansão física do seu Núcleo de Tecnologia da Informação

Em constante aprimoramento

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

ESPORTE

Com quatrocentos me-tros de comprimento e dez de largura, a Pista de Atletismo da Universida-de Federal do Maranhão

recebeu o financiamento de mais de R$ 6 milhões do Ministério do Esporte para a sua construção e, com este investimento, o Maranhão entrará para o cenário mundial de competições como uma cidade de acolhimento e com pleito para par-ticipação nas Olimpíadas de 2016. Na UFMA, a Pista de Atletismo é o passaporte para a descoberta de grandes talentos no atletismo ma-ranhense e em outras modalidades esportivas.

Prevista para inaugurar em no-vembro, a pista já foi utilizada para competições universitárias, como as Olimpíadas UFMA 2014, os Jogos Universitários Maranhenses 2014 (JUMs) e os Jogos Escolares Mara-nhenses (JEMs). Para o reitor Natali-no Salgado, os investimentos, tanto do Ministério da Educação quanto do Ministério do Esporte, modifi-caram de forma positiva a realidade esportiva da Instituição, sendo que a Pista de Atletismo é um desses exemplos. “A Pista da UFMA tem pa-drões internacionais e isso se deve ao incentivo do Governo Federal, o que já é uma realidade aqui em nos-sa Universidade. Esse equipamento irá se somar às demais estruturas com as quais já contamos na UFMA, onde pretendemos implantar um mestrado que está  em análise pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Ca-pes). Além disso, pretendemos  im-plantar o Bacharelado em Educação Física, que já começa em 2015 e que vai formar profissionais empenha-dos em desenvolver atletas de alto rendimento no Maranhão”, afirma.

A Pista de Atletismo da UFMA

Investimento transforma a UFMA em padrão internacional no esporte

Nos últimos sete anos, o Núcleo de Esportes passou por obras em sua infraestrutura e teve

o curso de Educação Física fortalecido por meio da ampliação do quadro de docentes >> SANSÃO HORTEGAL

possui o formato de meia-lua e contém caixas de areia para sal-to em distância e salto triplo. De acordo com o coordenador do curso de Educação Física e responsável pela disciplina de Atletismo na Graduação, Alex Bezerra, esta obra é um sonho realizado. “A antiga pista de granito da UFMA era uma re-ferência para a comunidade de São Luís e do Maranhão, já que muitas competições aconteciam nela. Agora, com essa nova pista com padrões internacionais, os benefícios são incontáveis, até mesmo porque com a certificação classe dois que obteve da Associação Internacional das Federações de Atletis-mo, poderemos registrar os recordes dos atletas”, conta o coordenador, que lembrou que a Pista de Atletismo obedece aos padrões olímpicos e foi importada da Noruega.

O diretor do Núcleo de Esportes da UFMA, Francisco Navarro, enfatiza que a pista esta-rá apta ao desenvolvimento de 48 modalidades do atletismo e, dentre elas, corridas rasas com barreiras e obstáculos e lançamentos com ar-remesso de dardos, martelos, pe-sos, discos e saltos. “Essas práticas esportivas, aliadas aos padrões in-ternacionais, credenciam a UFMA a disponibilizar a sua estrutura para que as delegações de países participantes das Olimpíadas de 2016 possam vir utilizá-la para se adequarem ao fuso horário brasi-leiro antes do início da competição, o chamado período de aclimatiza-ção”, explica.

Ele ressalta ainda que os atletas precisam de tempo para adaptar seus organismos ao horário bra-sileiro, principalmente aqueles oriundos de países com grande di-ferença de fuso horário. “Para isso, o atleta deve chegar à cidade entre 15 e 30 dias antes da competição. Como o Rio de Janeiro sozinho não pode abrigar todos esses competi-dores, várias cidades vão se candi-datar como locais para receber os atletas e nós vamos trabalhar para trazê-los, por meio de parcerias institucionais”, afirma.

Com a possibilidade da pista rece-ber competições de níveis internacio-nais, sul-americanos, nacionais e re-gionais, Navarro acredita que o curso de Educação Física da Universidade passará por um processo de desenvol-vimento ainda mais acelerado, princi-palmente com a experiência dos pró-prios alunos, tanto na parte da organi-zação desses eventos, quanto também no âmbito da pesquisa científica de atletas de alto rendimento que estarão utilizando os espaços para treinos.

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ESPORTE

A área da piscina do Núcleo de Esportes, após receber cobertura e passar por reformas

atende a prática de ensino, assim como a projetos que são desenvolvidas na Instituição

Na nova pista de atletismo da UFMA podem ser registrados recordes olímpicos

Além disso, a pista da UFMA será um local de inclusão social a partir de atividades que vão envolver a comunidade em torno da UFMA, por meio da oferta de esportes, como o Projeto Esporte e Lazer da Ci-dade, o PELC.   “Assim vamos afastar os jovens do mundo das drogas, criando espírito dis-ciplinar e de inclusão social e quem sabe descobrir algum ta-lento dentre eles”, destaca.

Piscina Semiolímpica

Outro investimento de des-taque e incorporado ao Núcleo de Esportes da UFMA é a Piscina Semiolímpica. Inteiramente refor-mada e coberta, ela possui um sis-tema de tratamento da água que é totalmente sustentável, ou seja, re-novada por sistemas de reciclagem de água da própria Universidade, além de uma sala de aula e vestiá-rios masculino e feminino.

Com 25 metros de comprimento por 18 metros de largura, seis raias de 2,50 metros cada e profundidade de 1,60 metros no lado mais raso e 1,80 metros no lado mais fundo, a piscina é utilizada para as aulas de hidroginástica, natação, e treino dos atletas que competem no JUMs e JUBs. Segundo o professor respon-sável pelas atividades desenvolvidas na piscina, Richard Diego Leite, a

prática do esporte ajuda as pessoas a melhorar a sua coordenação mo-tora, garantindo uma melhor capa-citação cardiorrespiratória ao criar uma boa estrutura física no prati-cante.  As aulas são oferecidas, nas terças e quintas, à tarde, e as inscri-ções são feitas no Departamento de Educação Física.

Por meio desta prática esporti-va, é possível reduzir os riscos de incidências de doenças cardiovas-culares. “Por se tratar de um meio líquido, a modalidade apresenta uma maior dificuldade no processo de socialização”, enfatiza o profes-sor Richard Diego Leite, ressaltando as experiências individuais que as

pessoas adquirem antes de co-meçar a exercer esta atividade. “Às vezes, a natação torna-se complexa, uma vez que exis-tem pessoas que, pelo pri-meiro contato com a moda-lidade, tiveram experiências ruins e, por sua vez, acabam criando traumas. Portanto, é preciso que os professores tenham muita experiência para suprir estas dificulda-des e mostrar o lado posi-tivo da modalidade, aju-dando, assim, o pratican-te a se familiarizar com o meio esportivo”, explica.

A piscina semiolím-pica é utilizada pela Di-visão de Qualidade de Vida (DQV), por meio dos cursos  do Projeto de Qualidade de Vida,

este direcionado aos servidores da Universidade; pela Universida-de da Terceira Idade (Uniti); pela Associação dos Amigos da Uniti (AAUNiti); pelo Projeto Jovens com a Bola Toda, que é considerado um dos 12 melhores projetos de exten-são do Brasil e é coordenado pelo professor do Departamento de Educação Física, Zartur Giglio; pelo Programa Esporte e Lazer da Cida-de (PELC), do Ministério do Espor-te; pelo Projeto de Aprendizado e Aperfeiçoamento em Natação, do Departamento de Educação Física, que também promove no espaço as aulas práticas do curso.

O chefe do Departamento de Educação Física da UFMA, Mário Se-vílio, explica que o curso tem passa-do por importantes transformações. “Nos últimos três anos, com o apoio da reitoria, já tivemos expressivos avanços. Inauguramos um ginásio, uma piscina, laboratórios de Fisio-logia e, recentemente, adquirimos uma pista de atletismo de padrão in-ternacional, além de diversos proje-tos aprovados. Este ano, foi aprovada a implantação do curso de Bachare-lado em Educação Física da UFMA, que já entra em vigor a partir de 2015. Atualmente, o curso é somente de Li-cenciatura”, disse. 

Recentemente, o curso de Edu-cação Física da Universidade recebeu equipamentos de alta tecnologia que nenhuma outra instituição do Norte e Nordes-te possui. “Hoje, dispomos de uma capacidade única para atender os atletas, não só da Universidade, mas de todo o Estado, inclusive aqueles conhecidos nacionalmen-te, além de uma estrutura utilizada para a realização dos projetos que atendem à comunidade. Esses in-vestimentos têm motivado os discentes e a sociedade para o desenvolvimento e a participação efetiva na prática esportiva”, con-clui o chefe do Departa-mento de Educação Físi-ca Mário Sevílio.

Coordenador do curso de Educação Física, Alex Bezerra

Assim vamos afastar os jovens

do mundo das drogas, criando

espírito disciplinar e de inclusão

social e quem sabe descobrir

algum talento dentre eles

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

EXTENSÃO

Aos poucos, as praças da Cidade Uni-versitária vão se transformando em espaços de lazer e convivência. As que já existem e as que ainda estão por vir modificam o cenário do lo-

cal, possibilitando espaços de bem estar para a comunidade acadêmica, prestadores de serviço e a comunidade do entorno, que procura a Insti-tuição para atividades de lazer e de socialização. Um exemplo disso é a Praça Central, localizada próximo ao Prédio Castelo Branco da Cidade Universitária, que possuía uma área total de 2 mil e 198 metros quadrados e está sofrendo in-tervenção e readaptação, sendo ampliada para 2 mil e 358 metros quadrados.

A Praça contará com doze postes de jardim e onze postes comuns que ornamentarão sua es-trutura. Já os pisos serão de alta resistência do tipo Korodur nas cores ocre e marrom, enquan-to o estacionamento contará com 31 vagas em seu entorno, sendo duas para pessoas com defi-

Praças da CidadeUniversitária estãosendo revitalizadas

>> OSMILDE MIRANDA

>> OSMILDE MIRANDA

A proposta em atender a popu-lação de forma gratuita, por meio de uma assessoria jurídica especia-lizada, e garantir a vivência exten-sionista e de pesquisa dos estudan-tes do curso de Graduação e Pós-Graduação em Direito é a intenção principal da Casa da Justiça, recém aberta para a realização de sessões de conciliação. Diretamente ligada à Coordenação do curso de Direito, a Casa da Justiça, com sua infraes-trutura totalmente concluída, tem servido como local de funciona-mento do Juizado Civil do Anjo da Guarda e das atividades de capa-citação e assessoria jurídica que a Universidade desenvolvia antes de forma descentralizada.

Foi desta forma que o profissio-nal autônomo que mora no Anjo da Guarda, Tarcisio Alipe, procurou o Juizado na UFMA para resolver pro-blemas de uma compra malsucedi-da. Declarou que, devido à falta de informação, pensou inclusive em desistir de ajuizar uma ação contra o vendedor. “Uma instalação como esta é muito importante, pois apro-

Casa da JustiçaCom as suas obras concluídas, o funcionamento do novo prédio revelao compromisso da Universidade em servir à Sociedade Civil

Após a obra de ampliação e requalificação, a Praça Central serámais um espaço de convivência na Universidade

xima a Justiça da população que precisa de atendimento. Eu pensei até em desistir de entrar com uma ação judicial, mas, devido à proxi-midade do juizado, resolvi garantir os meus direitos. O órgão vai ajudar o cidadão a resolver os conflitos so-ciais de forma mais eficiente, sem que haja agressão física, sobretu-do”, declarou, na ocasião em que foi chamado ao local para tratar do assunto.

Na Casa da Justiça, a população pode utilizar um espaço de 20 salas todas com sistema de refrigeração, distribuídas em dois pavimentos. No piso térreo, há uma sala de es-pera para atendimento das deman-das que chegam até este setor da UFMA, uma sala para protocolo, duas salas de conciliação, uma sala administrativa, uma sala de infor-mática, uma sala de defensoria pública e uma sala de assistência social para assistir as demandas so-ciais da comunidade.

No piso superior, há quatro salas de audiências em uma área de re-cepção, gabinete do juiz, sala de au-

ciência. O arquiteto da Prefeitura da Cidade Uni-versitária, Paulo Estefan Costa Barbosa, afirmou que a Praça foi projetada para dar um melhor conforto aos usuários: “É uma praça onde há um considerável fluxo de pessoas, que liga dois pré-dios, o Castelo Branco e o Centro de Ensino Bá-sico (CEB Velho). Ela foi projetada para oferecer uma melhor circulação e vivência das pessoas, respeitado o seu projeto original”, disse.

No paisagismo, a Praça ganhará oito dife-rentes espécies de plantas e diferentes tipos de grama, além da mussaenda-vermelha que tam-bém irá compor a sua estrutura. A Praça terá aproximadamente vinte bancos e vinte e quatro lixeiras seletivas, assim como árvores de grande porte para uma melhor projeção de sombras. Já as árvores de médio porte servirão de transição entre as árvores pequenas e as grandes, pois as de pequeno porte funcionarão como ornamen-to do paisagismo, garantindo um espaço revita-lizado e com bastante variedade ornamental.

diências, secretaria com banheiros para atendimentos dos profissio-nais e sala de aula com espaço para trinta pessoas. Toda essa estrutura está em utilização tanto pelo curso de Direito quanto pelo Juizado Cí-vel do bairro Anjo da Guarda, que se encontra atualmente instala-do dentro da Cidade Universitária após a assinatura de um convênio público.

“Queremos centralizar os servi-ços jurídicos para melhor atender a população do Itaqui-Bacanga, os novos alunos e a própria comu-nidade acadêmica, que também é uma grande beneficiada. E para que isso seja possível, temos esta-belecidos importantes parcerias, em um primeiro momento, com o Tribunal e Justiça do Maranhão, e agora, com o Ministério Públi-

co que já manifestou interesse em unir esforços dentro da proposta de funcionamento da Casa da Justiça”, explica a coordenadora do curso de Direito da UFMA, Luciléia França.

Para o reitor Natalino Salgado, o funcionamento da Casa da Justiça ratifica a ideia que tem conduzido a sua gestão à frente da UFMA: inovar com inclusão social. “A Universida-de pretende auxiliar, cada vez mais, a sociedade em questões comple-xas. Primeiro realizamos, em parce-ria com o Tribunal de Justiça, a Con-ciliação Itinerante e tivemos a prova da importância de mantermos um espaço como este. É principalmente uma forma de contribuir para que os direitos da população possam ser assegurados”, ressalta. O órgão fun-ciona de segunda a sexta, em horá-rio comercial.

Fachada da Casa da Justiça, na Cidade Universitária

URBANIZAÇÃO

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Praça do Centro de Ciências Sociais

Revitalização da Praça Central da UFMA

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

UNIVERSIDADE

A surpresa é a principal característica sentida por alunos veteranos, professores e servido-res, além de gradua-

dos com mais idade que se forma-ram antes de 2007 na Universidade Federal do Maranhão. Muitos do que visitam a Instituição sentem-se confusos porque os espaços ante-riores de orientação do local foram modificados parcial ou completa-mente. Os que chegaram à Institui-ção recentemente, não se sentem desorientados, mas reconhecem que a UFMA ainda é um canteiro de obras, apesar de já possuir uma aparência mais clara quanto ao seu funcionamento. Isto porque, desde 2007, e tendo como base o seu Pla-no Diretor, a Universidade Federal do Maranhão – para além das cons-truções, das reformas e das adapta-ções dos seus prédios -, passou por muitas obras de urbanização tais como a instalação de novos postes de iluminação com fiação embuti-da; esteticização de espaços da Ci-dade Universitária; a recuperação e a criação de novas ruas, avenidas, vias de contorno e estacionamen-tos.

Ao todo, foram construídos 8 mil e 418 metros de malha viária na Ci-dade Universitária, ficando acima da metade do percurso total da ma-ratona de São Silvestre, que possui 15 mil metros em São Paulo. O nú-mero de estacionamentos foi um outro item que mereceu atenção da Instituição pela sua multiplica-ção, cujo objetivo era não somente organizar o espaço público exis-tente com segurança e qualidade, mas principalmente, oferecer uma maior quantidade de vagas para a comunidade acadêmica. O Nú-cleo de Esportes, por exemplo, que sempre recebe grandes eventos es-portivos e não esportivos em seus espaços, possui, atualmente, um amplo estacionamento de 760 va-gas que atendeu, em 2012, à gran-de demanda da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Pro-gresso da Ciência. Outro importan-te trabalho de urbanização ocorreu no Centro de Convenções, em que

UFMAuma instituição

de cara nova>> LUCIANO SANTOS

Importantes obras de urbanização deram uma nova aparênciaà Universidade, mostrando o cenário do presente e

do futuro da Cidade Universitária

os familiares e amigos dos alunos que colam grau no local dispõem de vias rápidas de acesso e amplo estacionamento no entorno e no Centro Pedagógico Paulo Freire, que fica próximo.

Iluminação

Em função da expansão, mas também por conta dos inúmeros apagões que a Cidade Universitá-ria sofria, sobretudo, no período chuvoso, a UFMA investiu em um ramal de energia de média tensão de 13,8 kilovolts, com planos de expansão para 69 kV, cuja intenção é atingir um patamar de ramal de alta tensão equivalente aos ramais utilizados em fábricas de médio porte. Com a expansão institucio-nal, a UFMA agora dispõe de es-paços confortáveis e climatizados, além de equipamentos avançados de tecnologia que exigem um alto consumo de energia elétrica. Para a iluminação pública, a Instituição construiu um ramal de baixa ten-são específico para a demanda de transformadores que regulam os 350 postes novos que foram insta-lados no perímetro da Cidade Uni-versitária.

Todos os postes, inclusive, fo-ram instalados com fiação subter-rânea e acendimento automático, despoluindo visualmente a Insti-tuição e garantindo a iluminação adequada durante a noite para to-dos. Deste modo, os postes ficam acesos das 18 horas às 5 horas e 40 minutos do dia seguinte para faci-litar o tráfego de carros e viaturas, além de auxiliar no monitoramen-to das câmeras de segurança, tanto pelos seguranças da UFMA quanto pelo próprio engenheiro responsá-vel pelas obras, Alteredo Sena. Dia-riamente, a Instituição verifica o que acontece nos espaços por meio das câmeras para observar se todos os equipamentos de urbanização funcionam plenamente, uma vez que a central fica na Prefeitura da Cidade Universitária (Precam).

O engenheiro Sena comentou que o perfil da comunidade acadê-mica mudou ao longo de sete anos

de reformas estruturais, tornando-se mais exigente quanto aos serviços de infraestrutura. “A UFMA aprendeu a reclamar. Na época em que come-çamos os trabalhos, ninguém reclamava de nada, mas já se dizia, naquele tempo, que isto iria mudar quando as melhorias fossem percebidas. Hoje, se há um poste apagado, a comunidade acadêmica aciona a Ouvidoria para informar e pedir uma solução para o problema, porque a ideia hoje é justamente a manutenção do que de bom foi obtido”, pontua.

Engenheiro da UFMA, Alteredo Sena

Hoje, se há um poste apagado,a comunidade acadêmica aciona

a Ouvidoria para informare pedir solução para o

problema, porque a ideia hojeé justamente a manutenção

do que de bom foi obtido

Praça da Reitoria da UFMA

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UNIVERSIDADE

Uma Cidade mais verde

No momento em que as diversas esferas da UFMA previram que have-ria um aumento significativo no nú-mero de alunos, foi necessária a cria-ção imediata de mais espaços para o ensino, a pesquisa e a extensão, além das demais etapas do processo de urbanização. O planejamento feito pela Prefeitura adequou suas obras para que o máximo possível de área verde fosse conservado, mantendo árvores que marcam o cenário da Cidade Universitária e plantas que crescem ao lado das ruas, das aveni-das e das vias de contorno.

Para manter esse equilíbrio foi também necessária a anexação de 20 mil metros quadrados de grama do tipo esmeralda nas várias áreas de relevância da Instituição não somen-te para evitar desmoronamentos, mas também para eliminar o exces-so da poeira, manter a temperatura agradável e servir como espaço de descanso à comunidade acadêmica. Merece destaque a grama tipo ber-

muda, colocada na Pista de Atletismo que valorizou as várias dimensões do espaço, principalmente porque é mais resistente e própria para as ati-vidades esportivas. O Estádio Olím-pico João Havelange, conhecido por Engenhão e localizado na cidade do Rio de Janeiro, é um dos estádios que possui grama bermuda semelhante, o que permite ao local um alto grau de aproveitamento.

Recentemente, a Prefeitura da Cidade Universitária também reali-zou ações de urbanização e embe-lezamento em espaços da UFMA, entre as quais, destacam-se as in-tervenções no Núcleo de Esportes, no Prédio de Empreendedorismo, no Prédio de Farmácia, no Herbário, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, no Prédio de Odontologia, no Prédio de Biologia, no Almoxari-fado, no Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, no Centro de Ciências Sociais e no Centro de Ciências Hu-manas, que receberam a troca do piso, iluminação e criação de jardins internos e externos.

Vias duplas

No mapa do Plano Diretor, a UFMA foi dividida em vias duplas, vias sim-ples e vias de contorno. As vias duplas são aquelas que garantem a trafegabi-lidade nos principais pontos de aces-so da Universidade e foram conce-bidas e reformadas de acordo com o fluxo demandado e as atribuições de segurança da Instituição. Uma delas, que foi reformulada com forte con-ceito voltado para a segurança, é a via dupla que parte da Biblioteca Central e segue até o Colégio Universitário. No trecho que passa entre a parte de trás do Restaurante Universitário e a frente do Centro de Ciências Huma-nas, um contorno deixou de existir por ser um trecho em que poderia ha-ver colisões de veículos, devido ao an-tigo cruzamento que existia na área. A produção de uma nova malha viária, com sinalização própria, faixas para pedestres e novas vias de acesso estão servindo também para auxiliar o trân-sito. “Para qualquer lado que os moto-ristas possam ir, há sempre duas vias

de acesso”, acrescenta Alteredo Sena para adiantar que, ao todo, são 2 mil e 590 metros de ruas duplas na Cidade Universitária divididos nas seguintes áreas: do Pórtico ao Núcleo de Espor-tes - 1 mil e 280 metros: esta é uma das principais vias da Cidade Universitá-ria, que passa em frente ao Prédio da Pós Graduação em Políticas Públicas, Prefeitura, TV UFMA, Colégio Univer-sitário e Núcleo de Esportes.

Do Prédio da Biblioteca ao Retorno do COLUN – 700 metros: esta é a prin-cipal via de tráfego da Cidade Univer-sitária, que dá acesso ao Restaurante Universitário, Centro de Ciências Exa-tas e Tecnológicas, Centro de Ciências Sociais, Bibliotecas Setoriais, Prédios de Pós-Graduação em Ciências So-ciais e Ciências Humanas, Adminis-tração Superior, Rádio Universidade e o Colégio Universitário.

Do Pórtico ao estacionamento próximo à Precam – 610 metros: junto à anterior compõe a maior via de trá-fego da Cidade e passa em frente ao CCBS, Prédio de Biologia e Prédio de Odontologia.

Avenidas duplicadas dentro da Cidade Universitária

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UNIVERSIDADE

com melhor acesso e mais vagas de estacionamentos. Com esta, são quatro pontos de entrada e saída do CCSO, junto à entrada principal, à entrada lateral próxima ao ponto de ônibus e à entrada pela Rádio Uni-versidade.

Rua entre o Centro de Ciências Humanas e os Prédios de Pós-Gra-duação em Ciências Sociais e Ciên-cias Humanas – 140 metros: esta rua foi reformada para melhorar o aces-so aos centros e outros prédios re-cém-construídos nas proximidades.

Rua entre o Colégio Universitá-rio e Prédios de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Ciências Huma-nas – 90 metros: esta compõe uma das ruas de grande utilidade ao Centro de Convenções da UFMA, pois permite, junto à rua que pas-sa ao lado do Centro Pedagógico Paulo Freire, uma rota circular que deixa o tráfego mais rápido antes e após eventos no local, como ocor-re em colações de grau.

Rua que passa ao lado e atrás do Centro de Convenções da UFMA – 400 metros: esta é uma via que foi criada recentemente também para facilitar a entrada e saída de veículos durante eventos.

Rua que vai do Instituto de En-genharia Elétrica ao contorno ao lado do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas – 250 metros: esta é umas das novas ruas que permi-tem o acesso a novos prédios da Cidade Universitária, tais como o Instituto de Engenharia.

Rua da Biblioteca Central ao Biotério – 200 metros: esta rua foi totalmente reformada para permi-tir acesso mais facilitado ao Bioté-rio, ganhando também sinaliza-ção própria.

Vias de contorno

As vias de contorno foram feitas junto aos muros da Universidade e circundam toda a Cidade Universitária. Elas auxiliam, principalmente, o trabalho da empresa de segurança da Cidade Universitária, que percorre todo o perímetro para monitorar os espaços. Contudo, as vias de contorno também são importantes vias de acesso aos vários prédios, uma vez que a UFMA segue por um ininterrupto processo de expansão. São duas vias de contorno que se interligam: a primeira, da entrada do Pórtico, passa por trás do Prédio de Biologia, fica próxima ao bairro do Sá Viana em relação ao muro e possui 1 mil e 10 metros; a segunda passa pelo COLUN, Núcleo de Esportes e Instituto de Engenharia Elétrica, e tem 1 mil e 900 metros.

Vias simples

As vias simples, de mão e con-tramão, são pistas que servem para dar acesso aos vários locais de tráfego mais reduzido. Na Cida-de Universitária, existem seis vias simples, com estacionamentos ao longo de sua extensão e foram con-cebidas de modo participativo com os diretores dos centros. Uma de-las, que passa entre a Concha Acús-tica e o Núcleo de Esportes permi-te acesso reduzido em virtude das crianças que participam de treinos na piscina e nas quadras poliespor-tivas.

Outra via simples da UFMA tem início no retorno do Pórtico e vai até o Prédio de Odontologia – 500 metros. Neste local, um nova via foi criada para facilitar os acessos para os novos prédios e centros que fo-ram reformados ou que ganharam novos laboratórios e salas de aula. Atrás do CCBS localiza-se um outra via simples que vai até o Prédio de Odontologia, permitindo acesso ao Labohidro e aos novos blocos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.

A rua entre o Prédio de Pós-Gra-duação em Políticas Públicas e o Estacionamento Principal – 88 me-tros: também é uma vias simples, e foi projetada especificamente para facilitar o tráfego, de modo a evitar um grande contorno pelo estacio-namento principal para chegar ao Prédio Castelo Branco, o que redu-ziu a rota em 150 metros.

A via entre o Centro de Ciências Sociais e a Prefeitura de Campus – 290 metros: Esta rua auxiliou a co-munidade acadêmica do Centro de Ciências Sociais principalmente

Novo projeto da malha viária restruturou e criou acessoa novos e antigos prédios da UFMA

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

UNIVERSIDADE

Cidade Universitária :: Novembro de 2014

>> LETÍCIA MOURÃO

>> FABIANA FRANÇA

Passos. Um após o outro. Às vezes em ritmo len-to, ora um pouco mais acelerados de uma ati-vidade física que tem

um objetivo: garantir saúde e qua-lidade de vida. A caminhada, prá-tica física prazerosa e que não de-pende de grandes investimentos financeiros, tem se tornado cada vez mais comum dentro da Cida-de Universitária. O crescimento do

A reestruturação viária e urbana da Universidade é responsável pelo aumento de integrantes da comunidade acadêmica e do entorno que praticam caminhadas

grupo que percorre quilômetros dentro da Instituição se justifica frente à reestruturação e a urbani-zação da malha viária que a Insti-tuição passou, com a construção de suas calçadas, modernização dos pontos de iluminação pública, arborização e o aumento da segu-rança por meio de um sistema de videomonitoramento com mais de cem câmeras funcionando 24 ho-ras e rondas de pessoal.

Condições propícias e à disposi-ção da comunidade acadêmica e do entorno da Cidade Universitária, que escolhe, principalmente as primeiras horas do início da manhã e do final da tarde para caminhar utilizando a infraestrutura do Campus. O hábito ganha a cada dia mais adeptos, como é o caso da moradora do bairro Vila Embratel, Timaira de Jesus Penha. “Quando fui aconselhada a cami-nhar, pensei logo na segurança para isso. Hoje sinto um bem-estar que não sentia antes, e a Universidade é parte responsável por isso, ao ofere-cer uma boa infraestrutura à disposi-ção da população”, declarou.

Os benefícios percebidos pela moradora da Vila Embratel estão re-lacionados e aparecem acompanha-dos pela significativa restituição do condicionamento físico e diminui-ção do estresse, auxiliando no con-trole da hipertensão e da diabetes.

Relatos e diagnósticos de me-lhoria na saúde que tem permitido ao professor de Educação Física da UFMA, Alex Fabiano Bezerra, acom-panhar o aumento do número de caminhantes de perto. “A prática de caminhadas é sempre uma proposta

boa para quem não é atleta, e dese-ja ganhar benefícios na saúde. Na UFMA, é interessante observar que um dos fatores que motiva a popula-ção são os aspectos de infraestrutura com passarelas adequadas à prática e à segurança que a Universidade oferece. Em São Luís, possuímos es-paços muito limitados para que a po-pulação faça caminhadas. Temos a Avenida Litorânea, por exemplo, mas quantas pessoas tem acesso a ela?”, indaga o professor Alex Bezerra.

Enquanto isso, para o prefeito de Campus, Guilherme Abreu, o inte-resse crescente da população, assim como dos colaboradores e alunos da UFMA é uma prova de que o projeto da Cidade Universitária está dando certo. “É algo que nos deixa muito satisfeitos, pois dentro do projeto de concepção da Cidade Univer-sitária, os seus espaços precisam ganhar este tipo de usabilidade, au-xiliando e garantindo o bem-estar dos seus usuários, prezando sem-pre pela segurança de quem circula por aqui, inclusive com condições de acessibilidade para pessoas com deficiências, tal como vem sendo feito”, expõe o prefeito.

Aumentam os praticantes de atividades físicas na UFMA

Eficiência em serviçosgráficos e editoriaisEm um espaço ampliado e totalmente reformado, a Editora e a Gráfica Universitária

ofertam melhores serviços à comunidade acadêmica

Criadas com a intenção de disseminar as produções e prestar serviço de im-pressão gráfica, a Editora (EDUFMA) e Gráfica da

Universidade Federal do Maranhão tiveram suas instalações reforma-das, adaptadas e ampliadas para melhorar as suas produções técni-cas. Os dois setores atualmente tra-balham integrados em um mesmo prédio que anteriormente abrigava apenas as instalações da Gráfica, direcionando o trabalho dos recur-sos humanos e possibilitando um acompanhamento mais eficiente de suas produções.

No novo prédio, processos, como a encadernação, que antes levava até dois dias para ser con-cluído, são realizados em apenas

uma tarde. O mesmo acontece com outras atividades que fazem parte do trabalho da equipe, como a costura e a impressão de cartazes que podem ser feitas automatica-mente. Todos estes processos são melhorias apontadas como conse-quência do novo espaço de funcio-namento do setor.

Atualmente, a Gráfica da UFMA possui uma sala de impressão fíl-mica, revelação, chapas, uma sala de impressão com duas guilhoti-nas, cinco impressoras offset, uma sala para acomodar uma máquina de picote, de costura, de colagem, de perfuração e de grampeamento; e um outro espaço utilizado para o processo de colecionamento, que consiste em agrupar corretamente as páginas dos livros. Isto somado

a um conjunto de impressoras di-gitais adquiridas para os diferen-tes usos, de acordo com o trabalho demandado. “Tudo isso melhorou nossa produção nos últimos anos. Tivemos avanços na estrutura e nos recursos humanos, capacitados para manusear todo o maquinário que dispomos”, completou o dire-tor da Gráfica, Ezequiel Silva Filho.

Integração

Ao lado da Gráfica, é possível encontrar o espaço ocupado pela Editora da UFMA. Na ampla sala, encontram-se os editores dos livros, revisores, diagramadores e designer responsáveis pela produção dos li-vros aprovados para edição via Con-selho Editorial da Gráfica.

A reestruturação e a urbanização da malha viária, junto ao aumento da segurança, permitiu o crescimento do grupo que pratica atividades físicas na Instituição

Na nova instalação, o setor agru-pa também um volume de livros já editados, isto é, cerca de 300 obras que a EDUFMA colocou a sua mar-ca na produção. Os livros, que são de professores, pesquisadores da UFMA e de outras instituições, po-dem ser adquiridos na própria Grá-fica por meio do seu serviço de aten-dimento.

Agora, a Editora já está imprimin-do o primeiro livro no seu novo es-paço. “Somos setores complementa-res e o primeiro passo para selar essa parceria foi a entrega do novo prédio onde estamos, o que nos propor-cionou não somente mais conforto, mas melhores condições de organi-zação, assim como a admissão de re-cursos humanos”, relata o diretor da Editora, Sanatiel Pereira.

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

>> FERNANDO OLIVEIRA

>> MARCELE COSTA

Por meio de oferta das casas estudantis, a UFMA consolida o seu projeto voltado à assistência estudantil

Em 2009, a Universidade Federal do Maranhão iniciou um projeto que modificou a forma de se ver e ser vista pela

comunidade que compõe a região do seu entorno. Por meio de uma obra discutida, inclusive com re-presentantes populares, realizou a construção de um muro de 4 mil e 600 metros ao longo de sua ex-tensão, optando desta forma pelo modelo de desenvolvimento já bastante empregado por outras instituições de ensino espalhadas por todo Brasil e que percebe os muros como medidas de seguran-ça, sem que representem impe-ditivos ao acesso e uso do espaço público que a Universidade é por natureza.

O investimento na construção do muro aumentou o controle de entrada na Instituição, regularizou os limites territoriais da Universi-dade e o mais importante: gerou mais segurança tanto dentro do Campus quanto nas comunida-des que circunvizinham a UFMA, como o Jambeiro, a Vila Embratel e o Sá Viana. Nestas localidades, a ausência de fronteiras nítidas

Delimitar sem se fecharConstrução de muro ao redor da Universidade garante segurança à comunidade universitária e do entorno

Campus de São Luís e do interior ganharão casas de estudantes

Segurança dentrodo Campus

Nos últimos sete anos, além da construção do muro, outras inter-venções garantiram à comunidade acadêmica ambientes mais segu-ros do ponto de vista patrimonial, e de integridade física e social.

Na Cidade Universitária atu-am profissionais de segurança divididos em pontos fixos e em ronda com veículos, assim como a implantação de um sistema devideomonitoramento com 100 câ-meras que captam e realizam gra-vação de imagens do dia a dia do Campus de forma ininterrupta. “Há de se reconhecer que em uma capital cujo índice de criminalida-de cresceu nos últimos anos, nós fi-zemos o caminho oposto e diminu-ímos o número de assaltos e apre-ensões de armas. Agora, queremos incluir cada vez mais a comunidade do entorno da UFMA por meio de ações e projetos. A nossa intenção é estimular cada vez mais o diálogo junto às representações sociais das comunidades”, conclui o prefeito de Campus, Guilherme Abreu, ao falar do assunto.

no terreno da Cidade Universi-tária - hoje murada e com dois pontos de entrada e saída - era alvo de reclamações, já que o es-paço próximo às comunidades era utilizado como esconderijo para assaltantes, usuários de drogas e depósito de lixo doméstico e de entulho, prejudicando principal-mente quem morava próximo ao limite reconhecido entre o final do terreno da UFMA e os bairros do contorno.

A população circunvizinha, que antes estranhava a constru-

Com o objetivo de proporcionar mais conforto e segurança aos estudantes beneficiários da moradia estudantil, a Universidade Federal do Maranhão vai construir uma nova Casa do Estudante

na Cidade Universitária. A atual, embora entre-gue no início do ano e dotada de boa infraestru-tura, será desativada para servir à finalidade para a qual foi construída: abrigar serviços de apoio à assistência estudantil, incluindo a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil criada recentemente.

Além do Campus de São Luís, todos os demais do continente serão beneficiados com a moradia. Alunos de Imperatriz, Chapadinha, Pinheiro, São Bernardo, Grajaú, Balsas e Codó também serão atendidos e passarão a contar com a Casa do Es-tudante dentro do espaço físico da UFMA nesses municípios, no mesmo padrão da que será cons-truída na capital.

A medida representa uma significativa melho-ria na qualidade de vida dos estudantes e conside-rável economia de tempo e dinheiro para os uni-versitários cadastrados no programa de moradia. Sem custos com o transporte, os alunos poderão

dedicar-se com mais afinco às suas atividades aca-dêmicas. E poderão contar também com uma boa estrutura de segurança e dos demais serviços que são oferecidos à comunidade acadêmica.

Aluno do sétimo período de Engenharia Quími-ca, Pablo Rogério de Oliveira Leite, conhece bem a rotina de um morador da Casa do Estudante. Ele habitou a REUFMA, na Rua da Paz, de março de 2010 a janeiro de 2012. A experiência, segundo o estudante, foi um aprendizado enriquecedor. “Aprendi que a solidariedade faz parte da vida de quem é morador do lar universitário”, revela. Prestes a concluir o curso, ele diz acreditar que a moradia no Campus pode ajudar bastante quem é do interior ou mesmo de outros estados. “Mes-mo com as dificuldades, a Casa do Estudante abre possibilidades para atender quem deseja fazer um curso superior no Maranhão”, avalia.

Segundo a arquiteta Arizza Furtado de Almei-da, uma das responsáveis pelos projetos, as ca-sas seguirão o mesmo modelo arquitetônico. “A diferença está apenas no tamanho, que varia de acordo com a capacidade de habitantes”, explica. Enquanto a de São Luís abrigará 84 pessoas, as de

Chapadinha e Imperatriz terão capacidade para 36 moradores e as demais, 24 alunos. Todas já es-tão com seus projetos arquitetônicos concluídos, faltando apenas os projetos complementares – hi-dráulico, elétrico, sanitário, de combate a incên-dio, paisagístico, lógica e cabeamento – em fase final de elaboração.

A Casa do Estudante de São Luís, por exemplo, terá uma área construída de 1 mil e 619 metros quadrados com dois pavimentos, totalizando 14 dormitórios coletivos – cada um com capacidade para receber até seis estudantes. No piso térreo, haverá um refeitório, uma lavanderia, um cora-douro, uma sala de estudos, vários banheiros, um depósito, uma cozinha, uma sala de entrete-nimento e uma sala para a administração. Já no piso superior - dividido em duas alas -, além dos quartos, haverá banheiros, duas rouparias e uma sala para estudos, equipada com computadores e demais tecnologias de informação. Por sua vez, as casas de Imperatriz e Chapadinha terão quase 892 metros quadrados de área construída, enquanto as demais residências terão um pouco mais de 860 metros quadrados.

SEGURANÇA

Pórtico de entrada da UFMA

ção, hoje reconhece a sua impor-tância. “No início, a população era contra o cercado na área, pois não conheciam a necessidade e che-gou a achar que seria excluída. Após a iluminação, e o diálogo en-tre os moradores e a Instituição, a população entendeu que garan-tia maior segurança e também a oportunidade dessas pessoas de realizar práticas de atividade fí-sica em um ambiente tranquilo”, ressalta o presidente da Associa-ção de Moradores do Sá Viana, Alexssandro Rodrigues.

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

O projeto de expansão da infraestrutura da Uni-versidade Federal do Maranhão contemplou a construção de um dos

maiores empreendimentos da his-tória da Instituição. O Complexo Pe-dagógico Paulo Freire (CPPF), inau-gurado oficialmente em maio de 2014, é hoje motivo de comemora-ção pela comunidade universitária, que pode usufruir de um moderno espaço, minuciosamente projetado para atender às necessidades de es-tudantes e docentes que utilizam o prédio diariamente para atividades que envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão.

Construído em uma área de 14 mil e 550 metros quadrados, o Pau-lo Freire conta com 48 salas de aulas climatizadas com capacidade para 60 alunos, seis miniauditórios com 160 lugares, um auditório principal com 508 lugares e infraestrutura para receber pessoas com limitações locomotoras e dois laboratórios de informática que comportam juntos 120 computadores. Toda esta estru-tura, à disposição da comunidade da UFMA, recebe diariamente uma demanda de quase seis mil alunos de diferentes cursos, sendo eles de Graduação e Pós-Graduação da Uni-versidade, que encontram também no CPPF serviços de atendimento e desenvolvimento administrativo, assim como grupos de pesquisa que hoje ocupam espaços no Paulo Frei-re.

Sobre o projeto arquitetônico, destaca-se que no Centro Pedagó-gico Paulo Freire a estrutura garan-te acessibilidade a todos os espaços do prédio - traço presente desde as calçadas que possuem revestimento em forma de piso tátil até as rampas que permitem o acesso aos diferen-tes pisos do CPPF.

Toda essa infraestrutura, que leva o nome do educador Paulo Freire, está dividida em três pavimentos e, apesar de ter sido inaugurada apenas

Novo complexo pedagógico garante suporte a atividades acadêmicas

O espaço acadêmico recebe uma demanda diária de quase seis mil alunos matriculados em curso de Graduação e Pós-Graduação na Cidade Universitária

UFMA conta agora com espaço para

apresentações culturais

Além dos novos prédios constru-ídos na Cidade Universitária, onde funcionam espaços para o desen-volvimento do ensino, da pesquisa e da extensão, existe um equipa-mento cênico que tem servido para a valorização cultural, a Concha Acústica. A Concha é um espaço aberto com capacidade para rece-ber mais de quatro mil pessoas si-multaneamente, permitindo que a Instituição receba vários shows e apresentações de novos expoentes da música local.

Com um palco composto por três paredes, dispostas em ângulos criteriosamente definidos, de forma a garantir os níveis de reflexão e re-verberação adequados, esta infraes-trutura acústica garante uma me-lhor audição para o público e para os músicos. Atualmente, a Concha também vem sendo requisitada para a realização de apresentações de eventos externos à Universida-de, servindo para atender não só a comunidade acadêmica, mas tam-bém a sociedade civil.

Centro de Convenções da UFMA

Outro espaço que traduz de for-ma bem clara a expansão e rees-truturação que houve na Univer-sidade é o Centro de Convenções. Localizado na Cidade Universitá-ria da UFMA, o espaço com mais de oito mil metros quadrados teve sua construção iniciada em 2007 e inaugurada no início de 2014, com a presença do Ministro da Edu-cação, José Henrique Paim. Esta nova estrutura da Instituição tem servido como local para eventos nacionais de grande porte e está fixando a Universidade na rota de eventos internacionais, tais como o Seminário Internacional Carajás 30 anos, que utilizou a estrutura do Centro de Convenções para sua realização em maio de 2014.

O Centro conta com espaços climatizados, estrutura acústica e salas de apoio. Possui capacidade para abrigar uma média de sete mil pessoas distribuídas no salão principal e nos seus dois auditó-rios, sendo, atualmente, o maior centro para realização de eventos no Maranhão.

este ano, serve desde 2012 à prática acadêmica e de vivência universitá-ria, quando foi palco da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Após ter abrigado este evento científico, que é o maior da América Latina, o prédio hoje recebe eventos de pe-queno, médio e grande porte, como a Ação Global, realizada dentro da Cidade Universitária, com a maior parte de suas atividades concentra-das dentro do Paulo Freire.

“O Centro Pedagógico Paulo Frei-re é um exemplo de bom aproveita-mento de um espaço público, uma vez que vem servindo para realiza-ção de eventos da UFMA e da pró-pria Sociedade Civil. Em sua con-cepção, este prédio foi pensado para atender a demanda gerada natural-mente pelo crescimento pelo qual passou a Universidade. Entretanto, hoje vemos que também consegui-mos oferecer benefícios a outros pú-blicos e não apenas à nossa comuni-dade acadêmica, o que comprova o significativo valor agregado em uma edificação capaz de oferecer confor-to, segurança e acessibilidade”, des-taca o reitor da Universidade Federal Maranhão, Natalino Salgado.

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Centro de Convenções da UFMA com capacidadepara abrigar sete mil pessoas

Concha Acústica da UFMAna Cidade Universitária

Fachada do Complexo Pedagógico Paulo Freire

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>> LETÍCIA MOURÃO, MARCELE COSTA, DARYANNE CALDAS

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

>> OSMILDE MIRANDA

O salto de qualidade que o RU deu nos últimos anos se deve às intervenções na infraestrutura, investimentosem maquinário e em recursos humanos

O Restaurante Universitário da UFMA (RU) é o núcleo estruturan-te responsável pela preparação das refeições (almoço e jantar) para atender, diariamente, a um público de 4 mil e 500 pessoas com qualidade e eficiência. Com 36 anos de existência, o RU já passou por várias mudanças infraestruturais, sempre visando

atender demandas cada vez maiores do público com o qual trabalha. Localizado numa área de vivência de aproximadamente 1 mil e 300 me-

tros quadrados, o RU conta com um refeitório com capacidade para aten-der, simultaneamente, 528 pessoas em duas esteiras de distribuição. Para completar este cenário, vários equipamentos foram adquiridos, visando garantir as novas políticas administrativas que tornaram o local mais ágil e dinâmico. Como resultado dessa situação, o tratamento dado aos alimen-tos passou a ser acompanhado por uma equipe de nutricionistas de forma rigorosa envolvendo a seleção, a nutrição e a qualidade dos alimentos, cuja intenção foi tornar as refeições mais saudáveis e balanceadas.

A diretora geral do RU, Isabela Calado, explicou que, antes de assumir o cargo, a situação do Restaurante era precária por falta de investimentos. O número de equipamentos era reduzido, o que dificultava a ampliação do local e, por consequência, a prestação de serviços de qualidade. “Antes do professor Natalino Salgado assumir o cargo como reitor, a situação do RU era precária, com poucos equipamentos e serviços. Os que existiam es-tavam desgastados e só uma câmara frigorífica funcionava na época para conservação dos produtos alimentícios”, informou.

Durante a nova gestão, ocorreram várias mudanças, dentre as quais cabe destacar o aumento do número de equipamentos, tais como a aquisição e a construção de quatro câmaras frigoríficas para carnes, vegetais, frutas, ali-mentos pré-cozidos, além de mais uma para os resíduos sólidos. “Mesmo os resíduos sólidos são guardados na câmara frigorífica até que a camioneta venha recolher estas sobras”, ressalta.

Além disso, foram adquiridos fornos e aparelhos para auxiliar no prepa-ro dos alimentos produzidos diariamente no Restaurante. Houve também a adequação física da área com a construção de uma rampa para pessoas com deficiência e a aquisição de uma catraca eletrônica para o registro do acesso ao RU. Segundo José Carlos Vieira dos Santos, um dos funcionários mais antigos do setor, o Restaurante mudou com a gestão do reitor Natali-no Salgado. “Antes, a comida era feita em pequenas panelas. Tudo era fei-to manualmente, como escamar os pescados, cozer as batatas, as frutas e outros alimentos. Hoje, com os novos equipamentos, o trabalho tornou-se mais facilitado e mais rápido”, declarou.

Para o estudante do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA, Anso Silva, o Restaurante é um espaço de serviço imprescindí-vel na vida do acadêmico por facilitar os custos e a economia de tempo ao aluno da Cidade Universitária. Apesar de considerar a variação de car-dápio uma qualidade que diferencia o RU de outros órgãos semelhantes, ele destacou a sua preocupação com o aumento crescente de usuários devido ao aumento do número de cursos na UFMA.

Restaurante da UFMA mais que dobrou aoferta de refeições

>> DARYANNE CALDAS

O armazenamento adequado, o tratamento e a reutilização de re-síduos químicos gerados por meio da manipulação de substân-cias em laboratórios de pesquisa são temas que têm adquirido posição de destaque na sociedade, pois o descarte inapropriado deste tipo de material infectante, químico, radioativo ou perfu-

rocortante pode provocar impactos negativos ao meio ambiente. Na Uni-versidade Federal do Maranhão, estes resíduos, que são armazenados em espaços isolados dentro dos próprios laboratórios de pesquisa e ensino en-quanto aguardam recolhimento regular, irão ganhar um novo destino, onde passarão por um rígido sistema de identificação para o devido tratamento: a Instituição está concluindo um prédio exclusivo para o armazenamento destes materiais, a Estação de Resíduos Químicos, como é conhecido provi-soriamente.

O prédio, que servirá para a realização do manejo deste tipo de material, teve sua primeira etapa construída com recursos concedidos pela Financia-dora de Estudos e Projetos (FINEP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e possui uma área total de 625 metros quadrados. A segunda eta-pa, que prevê a conclusão do prédio, está em processo de licitação. O prédio, localizado atrás do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET), aten-derá aos laboratórios que possuem atividades ligadas tanto aos cursos de Graduação quanto aos cursos de Pós-Graduação.

A professora do Departamento de Química, Gilza Prazeres, ministra aulas utilizando materiais químicos na parte prática de sua disciplina. Ela ressalta a necessidade de uma infraestrutura como esta dentro da UFMA. “Este em-preendimento é a melhor forma de sanar o problema dos resíduos químicos,

A construção da Estação é o início do debate sobre a implementação de políticas públicas ao uso de resíduos químicos na UFMA

UFMA está construindo uma Estação de Resíduos Químicos

Prédio da Estação de Resíduos Químicos na Cidade Universitária

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pois vamos ter um espaço adequado para o armazenamento e o tratamento do que puder ser tratado, assim como a identificação do que é armazenado, o que é muito importante, pois não há como fazer o seu tratamento sem a identificação”, explicou a professora, também considerando que a Estação pode ser o início do debate para a implementação de uma política pública mais consistente para o uso de resíduos químicos na Instituição.

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Cidade Universitária :: Novembro de 2014

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

Cursos de Nutrição e Odontologia ganham novos prédios

Os novos prédios fazem parte das ações de desenvolvimento e expansão dos cursos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, atendendo às demandas curriculares em Odontologia e Nutrição

vos, com o respeito que eles mere-cem. Por fim, só temos a agradecer ao gestor desta Instituição, que fi-nalmente atendeu aos nossos ape-los. Esperamos que as obras sejam finalizadas o quanto antes”, frisa.

Prédio de Odontologia

Também em fase de conclu-são, encontra-se o novo Prédio de Odontologia, que contará com três pavimentos, cada um com 918 mil e 54 metros quadrados. No subsolo, estão em construção um auditório com capacidade para cem lugares, duas salas de aula com capacidade para 46 lugares e três banheiros. No térreo, com espaços mais especiali-zados, estão em obras 14 salas para a prática dos estudantes, três salas

>> LUCIANO SANTOS, LUIS FÉLIX ROCHA

ra Silvana Libério. Ela explica que, no novo currículo adotado pelo curso de Odontologia, os estudan-tes, a partir do terceiro período, passam a ter disciplinas de clínicas integradas, tais como atendimento diagnóstico, exames radiográficos e medidas de promoção da Saúde, que, com o novo prédio e os equi-pamentos, irão auxiliar o estudante a compreender a área de modo ho-lístico.

O novo currículo de Odontolo-gia também terá mais quatro perí-odos e contará com novas discipli-nas específicas, tais como biosse-gurança, cariologia e promoção da Saúde, implantodontia e pacientes especiais. Além disso, o curso terá novos equipamentos de ponta em processo de licitação para aquisi-

Historicamente, a área da Saúde é uma das mais complexas e seg-mentadas em relação às técnicas aplicadas

e às tecnologias desenvolvidas e utilizadas. A Universidade Federal do Maranhão, em pleno processo de expansão, trabalha para que os cursos do Centro de Ciências Bio-lógicas e da Saúde (CCBS) tenham estruturas e tecnologias adequadas para formar alunos em várias espe-cialidades, dando o primeiro passo na reforma, construção e adequação de locais de Graduação e Pós-Gra-duação, como os novos prédios de Nutrição e Odontologia, ambos em processo de conclusão.

O edifício de Nutrição será um espaço de pesquisa, de vivência e de estudos para os discentes e servido-res, para que possam desenvolver atividades na área de Nutrição. Des-de 2004, o curso funciona no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, na Cidade Universitária. Atualmen-te, o espaço atende a 240 alunos que têm as atividades acadêmicas distri-buídas em outros centros da UFMA. Com as novas instalações, estas ati-vidades deverão ficar concentradas em um só lugar.

O novo prédio do curso de Nutri-ção possui uma área total de quase 3 mil e 600 metros quadrados, para além das praças e circulação do en-torno, que possuem 1 mil e 181 me-tros quadrados. O futuro estaciona-mento do local irá ganhar uma área de 2 mil e 310 metros quadrados. O prédio terá, na área térrea, os labora-tórios de microbiologia, biotecnolo-gia, análise sensorial, bromatologia, alimentos, educação alimentar, téc-

nica dietética e nutrição experimen-tal; um ambulatório de assistência nutricional; cinco ambulatórios de atendimento; e uma sala quente. Além destes espaços, o prédio terá lanchonete, área de lavagem, almo-xarifado, sala de administração, se-cretaria, sala da segurança, hall de entrada, recepção, elevador de aces-sibilidade, sanitários e área de vivên-cia.

No primeiro pavimento, o pré-dio irá ganhar quatro laboratórios de prática de ensino com 60 lugares cada, além de duas salas de estudo coletivo, uma sala de informática com vinte e quatro lugares, audi-tório para cem lugares, duas salas de secretaria e diretoria, sanitários, uma sala de reunião, vinte salas de professores, biblioteca com área de acervo e estudo, três salas de estudo coletivo, uma sala de espera, copa, cozinha, sala de apoio, secretaria, coordenação e arquivo.

A coordenadora do curso de Nu-trição, Sílvia Tereza Moreira Lima, falou das grandes dificuldades e desafios que teve de enfrentar para garantir a atual estrutura onde fun-ciona o curso. “Há 10 anos, ocupa-mos um espaço cedido pelo Depar-tamento de Ciências Fisiológicas. A coordenação do curso funciona até hoje em uma pequena sala em-prestada que mal comporta a co-ordenadora e três técnicos admi-nistrativos, fato que nos incomoda bastante”, afirma.

Segundo a coordenadora, o novo prédio será importante para consolidar o curso. “Com o nosso espaço, tudo será diferente, pois poderemos acomodar os discentes, docentes e técnicos administrati-

de raio X, uma sala de esterilização, uma clínica para 48 consultórios e cinco banheiros. Quando concluí-do, o prédio vai possibilitar um ple-no funcionamento do curso e um ambiente adequado para a comu-nidade acadêmica envolvida.

No primeiro pavimento, como consta na planta de construção, haverá um grande laboratório com capacidade para 50 alunos para que possam realizar as atividades práti-cas e de simulação, um laboratório de próteses, três salas de raios X, uma clínica com capacidade para 48 consultórios e três banheiros, o que irá conferir a todo o prédio, fu-turamente, o aspecto de um grande centro de odontologia integrada.

Integração é uma das palavras essenciais para descrever o novo momento pelo qual passa o curso de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão, na visão da coordenadora do curso, a professo-

ção de instrumentos para consul-tórios novos e aparelhos de raio X, tomógrafo e ultrassom. “O curso terá mais dois anos de carga horá-ria e será mais complexo. Por isso, o novo prédio ajudará a melhorar as condições de ensino”, completa a professora.

Os projetos de construção do Pré-dio de Odontologia e de aquisição dos equipamentos do curso foram desenvolvidos entre a Prefeitura de Campus, a Coordenação e o Depar-tamento de Odontologia. As obras tiveram aprovação da Vigilância Sanitária e irão integrar um núcleo de seis clínicas com vários consul-tórios, com vista a um amplo aten-dimento à comunidade da UFMA e de São Luís, por meio de seus proje-tos de extensão. “Com a ampliação de nossas instalações e adequação dos equipamentos vamos atender melhor os alunos e à comunidade”, destaca a docente.

Novo prédio visa atender às novas necessidades do curso deOdontologia em meio à reforma curricular do curso

A construção do prédio que abrigará as atividades de Nutrição consolidará o curso em relação ao ensino, à pesquisa e à extensão

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

Tendo sua origem na antiga Faculdade de Filosofia de São Luís, a Universidade Federal do Maranhão foi criada, na forma e regime jurídico que se conhece atualmente, em 1966, por meio de lei ins-tituída no dia 21 de outubro. Quarenta e oito anos após este marco histórico, a Instituição comemora a consolidação do seu maior ci-

clo de mudanças e transformações, assim como as novas fisionomia, matu-ridade e autonomia que adquiriu.

Ao vivenciar estas mudanças, implementadas por meio do projeto de expan-são e reestruturação que transformaram a UFMA nos últimos sete anos, a sua comunidade acadêmica encontrou diferentes formas de destacar os avanços que assinam a comemoração dos 48 anos da Instituição:

EM CAMPUS:comunidade acadêmicacomemora os 48 anosda UFMA

Letícia LeiteEstudante do quarto período do curso de Artes Visuais

Quando eu entrei no meu primeiro curso na UFMA, em 2008, eu me deparei com uma Universidade que convi-via com a mudança: muitos prédios novos sendo cons-truídos e os professores sendo qualificados. Com a capa-citação dos professores e o ingresso de novos, hoje não há nem como comparar o curso de antes com o de hoje. O curso de Artes tem o que comemorar, principalmente por conta do novo projeto pedagógico implantado.

Maria da Piedade Oliveira AraújoProfessora do Departamento de Educação II

Nestes 48 anos que a Universidade completa, eu des-taco, com muita alegria, as mudanças que ela pas-sou, não só na parte estrutural e arquitetônica, mas na parte pedagógica, principalmente no que diz res-peito ao acesso dos alunos nesta Universidade. Como eu trabalho com educação especial, eu avalio que a UFMA tem dado oportunidade para pessoas com deficiência. Isso de forma a contemplar o acesso à permanência e a saída destes alunos, preparando-os para que eles saiam profissionais prontos para de-senvolver sua vida lá fora.

Josué RedentorEstudante do oitavo período de Teatro

O primeiro avanço a ser comemorado é quanto ao ensino, pois melhorou muito. Eu posso falar pela gra-duação de Teatro, pois, quando ingressei na Institui-ção em 2009, o meu curso só tinha um doutor. De lá para cá, tivemos melhorias na nossa grade curricular e contratação de novos professores que deram um gás às atividades do curso. São mudanças que acom-panham avanços também na infraestrutura. Aqui no Centro de Ciências Humanas (CCH), onde eu estudo, as mudanças são visíveis.

Ronessa CarvalhoEstudante do nono período do curso de Oceanografia

Por meio da UFMA, eu re-alizei intercâmbio acadê-mico, o que foi uma ex-periência única na minha vida. Eu cresci muito como profissional, contribuindo para o amadurecimento e para o processo de apren-dizagem. Neste sentido,

Natalino Salgado, pois percebo que ele fez a Univer-sidade ampliar seus horizontes. O Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET) passou por uma série de adaptações, reformas e ganhou novos espaços dentro do Campus. O ensino também mudou, pois tivemos aumento da Pós-Graduação e o Departamento de Ma-temática, que é onde eu trabalho, mudou bastante e para melhor. Fico realmente muito feliz pelos avanços. A comunidade acadêmica merece e pode comemorar o crescimento da UFMA, pois, como no CCET, a UFMA toda tem melhorado dia após dia.

Aline Virginia de Queiroz Lima Servidora da Pró-Reitoria de Re-cursos Humanos da UFMA

Nos últimos anos, o setor de qualidade de vida da Univer-sidade passou por grande crescimento. Houve aumen-to do contingente de profis-sionais em todos os setores de recursos humanos. Eu mesma fui aluna da UFMA e pude ver de perto muitas das mudanças que a Insti-tuição passou. Quando eu

conclui meu curso, eu deixei a Instituição de um jeito e, quando eu voltei como servidora, encontrei uma Univer-sidade transformada, com novos prédios e um forma diferente de se relacionar e tratar os seus funcionários. Atualmente, recebemos capacitação para melhorarmos nossos serviços dentro da Universidade, e temos a opor-tunidade de desenvolver muitos projetos dentro do nos-so setor, o que nos permite ver o trabalho de uma forma diferente, operacionalizando o nosso corpo técnico por meio da valorização.

eu considero que a Instituição está de parabéns por estar realizando o sonho de intercâmbio, meu e de muitos outros colegas. O Ciências Sem Fronteiras é um exemplo de projeto que a Universidade tem admi-nistrado com sucesso.

NO CAMPUS

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Pedro AlencarTécnico Administrativo

Eu trabalho há 44 anos nesta Universidade e posso dizer que acompanhei todo o seu crescimento. O pro-cesso de expansão que ela passou nos últimos anos foi simplesmente fantástico. Eu me orgulho e fico muito satisfeito pela oportunida-de de presenciar as ações desenvolvidas pelo reitor

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

O curso de Biologia da Universidade Fede-ral do Maranhão será beneficiado com um prédio exclusivo para

o desenvolvimento de suas ativi-dades de ensino e pesquisa. Cons-truído nas imediações do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, o novo espaço acadêmico ocupa uma área de 3 mil e 200 metros quadra-dos, dando suporte às atividades do curso, assim como às linhas de pesquisas que são desenvolvidas especificamente nesta área do co-nhecimento.

Agora, os alunos de Biologia poderão usufruir de um laborató-

A cidade de São Luís foi reconhecida como Patrimônio Mundial da Hu-manidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em

1997, por possuir um acervo arquitetônico co-lonial de aproximadamente 3 mil e 500 prédios, distribuídos pelo Centro Histórico, na maioria so-bradões revestidos de azulejos portugueses, ca-sas térreas e solares. Neste contexto, a UFMA, que possui vários prédios históricos, tem priorizado a conservação e a requalificação arquitetônica des-tes espaços, por acreditar que, deste modo, cum-pre a sua função social de fazer parte da história da cidade.

Sendo assim, para além dos recursos alocados no orçamento próprio, a UFMA está participan-do do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas do Governo Federal e, desta forma, está recuperando e requalifican-do vários prédios sob a sua responsabilidade. O Fórum Universitário, localizado na Rua do Sol; o Palácio Cristo Rei, na Praça Gonçalves Dias; o Pa-lácio das Lágrimas, em frente à Igreja de São João; o Palacete Gentil Braga; o Teatro Tablado, no Cen-tro Histórico e a Fábrica Santa Amélia, são alguns exemplos do esforço sistemático da Instituição em manter os seus prédios, conforme determina a legislação vigente. Algumas destas obras estão em andamento e outras estão em processo de licitação, com exceção da Fábrica Santa Amélia, que vai ser concluída até dezembro deste ano.

Novos prédios para a área daSaúde: Biologia e Medicina

Laboratórios e modernas salas de aula somam-se às edificações da Universidade, disponibilizando espaços adequados para a prática acadêmica

As obras de requalificação fazem parte de um esforço da instituição em contribuir com a manutenção do conjunto histórico e arquitetônico de São Luís

rio para dissecação, uma sala de estudo, um laboratório de inverte-brados, um laboratório de fisiolo-gia vegetal, uma sala de anatomia, quatro salas de professores, um la-boratório de fumigação e outro de petrografia; além de oito salas de professores. A diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Nair Portela, considera de extrema importância essa infraestrutura, pois acredita que a Graduação e a Pós-Graduação, em um mesmo prédio, irá motivar ainda mais os alunos. “O prédio da Biologia era uma grande necessidade, não só para os discentes, como também para os docentes. A partir deste

novo prédio, as demandas de pes-quisa, por exemplo, poderão ser ampliadas”, afirmou.

Assim como o prédio de Bio-logia, outra importante ação foi a reforma e ampliação do antigo prédio do Instituto de Letras e Ar-tes (ILA), localizado na Praça Gon-çalves Dias e atualmente denomi-nado Faculdade de Medicina do Maranhão. A reforma do prédio vai atender às necessidades da reforma curricular do curso de Medicina da UFMA. Os alunos já podem contar com um novo laboratório de habi-lidades, que vai possibilitar um ou-tro processo de aprendizagem fora do campo da prática, além de um

>> DARYANNE CALDAS

>> DARYANNE CALDAS

INFRAESTRUTURA

REQUALIFICAÇÃO

Investindo na preservação de prédios históricos

O último recurso recebido pela Universidade para recuperação de prédios históricos foi o de R$ 11 milhões, destinados à Fábrica Progresso, onde funcionava o Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge) e que, no futuro, irá abrigar o Museu de Arqueologia do Maranhão.

Localizado na Rua Antônio Rayol, no Cen-tro da cidade, o prédio cedido pelo Governo do Estado será totalmente restaurado, permitin-do que a UFMA instale em suas dependências, além do Museu de Arqueologia, o curso de His-tória da Universidade.

O prefeito da Cidade Universitária, Guilher-me Abreu, explicou que alguns destes prédios já eram da Universidade, como o Gentil Braga, o Palácio das Lágrimas e o Fórum Universitário, enquanto que os outros prédios foram doados pelo Governo Federal, tais como a Fábrica San-ta Amélia e o Teatro Tablado.

“Nós somos uma cidade patrimônio histó-rico e precisamos dar vida a esses prédios anti-gos, não apenas na requalificação dos mesmos, mas também colocando pessoas em circula-ção, a partir de novas funções. O Palácio das Lágrimas vai ser o Museu da Universidade; o Palacete Gentil Braga vai atender a toda parte cultural da Instituição; a Fábrica Santa Amélia é um conjunto com nove prédios onde serão instalados os cursos de Hotelaria e Turismo, uma grande área que vai ser visitada não só por estudantes, mas também por toda a comunida-de”, disse o prefeito.

Parceira para criação do museu de Arquelogia do Maranhão

A recuperação destes sítios e prédios históri-cos que a UFMA vem realizando se deve à par-ceria junto ao Instituto Patrimônio Histórico e Artístico do Maranhão (Iphan), que vem asse-gurando que todo o processo de requalificação dos imóveis possa ser realizada dentro dos pa-drões arquitetônicos exigidos, assim como a li-beração de recursos.

laboratório multidisciplinar, que vai ser utilizado tanto para a Gra-duação quanto para a capacitação de docentes, sobretudo na área das Tecnologias da Informação.

De acordo com a estudante do oitavo período do curso de Medici-na, Marina Pereira, o novo prédio vai contribuir para a formação dos acadêmicos, inclusive das pessoas com deficiência. “Destaco a acessi-bilidade do prédio que veio facilitar a locomoção de pessoas com defi-ciência, a ampliação das salas de aula e do auditório, além da biblio-teca, que agora contém uma maior quantidade de livros impressos e virtuais”, declara a estudante.

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A recuperação do complexo da antiga Fábrica Santa Amélia está com mais de 80 por cento de suas obras concluídas

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

>> LUIS FÉLIX ROCHA

A manutenção do equilíbrio ecológico das lagoas é pauta que está incluída noPrograma Ambiental no Campus, desenvolvido pela Prefeitura da UFMA

Lagoas na UFMA são urbanizadas para uso da comunidade acadêmica

>> KLEYTON KERLISON

Impulso às expressões artísticas A construção do Núcleo de Artes garantirá espaço para experimentação e desenvolvimento acadêmico dos cursos de Teatro, Artes Visuais e Música

ao Instituto de Engenharia Elétrica e ao Prédio de Empreendedorismo. Tanto uma quanto a outra possuem vida própria com peixes e jacarés que se reproduzem sem nenhuma necessidade de acompanhamento científico de qualquer tipo.

De acordo com a Prefeitura da Cidade Universitária, as duas lagoas estão sendo preservadas segundo os critérios de organização da Agenda Ambiental na Administração Públi-ca, o A3P, que propõe a conservação do patrimônio de bens, recursos naturais, produtos e serviços. “Nes-ta perspectiva, estamos graman-do toda a área ao redor das lagoas com o intuito de manter o ambiente aquático adequado para a sobrevi-vência das espécies que nelas habi-tam”, informa o prefeito Guilherme Abreu.

A prefeitura também tem manti-do o nível da água nos dois ambien-tes para evitar que, no período das chuvas, ocorra transbordamentos para as comunidades do entorno da UFMA. Além disso, troncos ve-lhos de árvores e excesso de mato nas margens, por exemplo, estão sendo retirados para que as lagoas possam servir como pontos de la-zer e recreação para a comunidade universitária e para as pessoas das comunidades que desenvolvem ati-vidades na UFMA.

Reserva nativa

Além das lagoas, a PRECAM no seu plano diretor, identificou e está recuperando as áreas verdes que, a partir de 2013, passaram a ser regis-tradas como de proteção permanen-te. São pequenas, mas significantes áreas de vegetação nativa que abri-gam várias espécies de animais sil-vestres, tais como roedores e répteis. Elas estão sendo acompanhadas por técnicos da PRECAM para que não sofram depredação, enquanto pro-videnciam cercas especiais de pro-teção para que os animais possam circular sem o risco de serem mortos ou capturados. “Estamos limpando estas áreas, retirando os dejetos in-dustriais, mas mantendo o habitat natural para que os animais tenham como sobreviver livremente nestas áreas”, ressaltou o prefeito.

Estas iniciativas são partes do Programa Ambiental no Campus, cuja Campanha Verde para uma Cidade Sustentável vem sendo de-senvolvida pela PRECAM há alguns anos. A preocupação com a gestão socioambiental tem resultado em ações de sensibilização, respon-sabilidade e inserção de critérios ligados às mudanças de hábitos e práticas para efetivar um com-promisso que visa a construção de uma cultura institucional.

Da necessidade de proporcionar um espa-ço para vivências artísticas e pedagógicas, a Universidade Federal do Maranhão mantém em andamento as obras de construção do seu Núcleo de Artes. O prédio de dois pavimentos atenderá aos cursos de Artes Visuais, Teatro e Música, em um espaço de nove mil metros qua-drados, e estará localizado ao lado do Centro de Convenções da UFMA.

O Núcleo de Artes contará com uma gale-ria de arte, sala de cinema e laboratórios onde será possível desenvolver atividades com as di-ferentes matrizes artísticas como a pintura, o

desenho, a fotografia, a escultura e a cerâmica, além de salas de aula e de multimídia. Na nova infraestrutura, o curso de Teatro, por exemplo, contará com uma sala para caracterização ce-notécnica, expressão vocal, corporal, sala de dança e um auditório com dois camarins e um palco. Já o curso de Música ganhará infraestru-tura especialmente pensada para abrigar livros, partituras e acervo sonoro. Somado a isso, o Núcleo de Artes possuirá também sala de gra-vação, laboratório de piano, musicalização e re-gência, violão, além de salas de aula, de estudo e de informática.

UNIVERSIDADE

Pode parecer improvável, mas, na Cidade Universitária, jacarés, peixes, cotias, jibóias e macacos convivem harmoniosamen-te nos espaços que circundam as áreas verdes nativas que es-tão sendo preservadas e as duas lagoas criadas pelas águas das chuvas em tons e tamanhos diferenciados. É uma convivência proporcionada pela natureza que, a partir dos seus próprios cri-

térios de inclusão e exclusão, dinamiza os ambientes e impõe as suas carac-terísticas conforme a circunstância.

É assim, por exemplo, com as lagoas. Uma está localizada entre o Com-plexo Pedagógico Paulo Freire e a estrada que está sendo construída para circundar toda a Cidade Universitária. Por conta da algas que se com-põem e se decompõem no fundo das suas águas, possui um tom esverde-ado claro e mede entre 500 a 600 metros, de um extremo a outro.

A outra lagoa, bem maior e com um tom cinza, típico dos rios mara-nhenses, está localizada numa área de preservação ambiental que fica ao lado do Centro de Convenções, com acesso por via localizada próxima

A intenção da Universidade é tornar as lagoas em espaços de convivênciae de pesquisa científica

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Page 24: Jornal Especial de 48 anos - 2014

lém das conquistas e realizações que estampam as páginas deste jornal, a Universidade Federaldo Maranhão possui ainda outrosmotivos para comemorar:

Construiu um novo Campus, em Imperatriz, e está construindo um em Balsas

Implantou um novo Campus da Universidade em Balsas

Ter se tornado tricampeão nos Jogos Universitários Maranhenses

Aumentou em 51% o número de docentes

Expandiu seus programas especiais de formação, que já chegaram a mais de 7 mil e 200 pessoas em quase todosos municípios do Maranhão

Implantou novas graduações no continente, como o curso de Medicina em Pinheiro

Aumentou o número de convênios de estágios da UFMA com outras instituições

Democratizou o acesso aos seus cursos, por meio da sua adesão ao Exame Nacional do Ensino Médio, se tornando uma das universidades mais procuradas do Brasil

Permitiu o intercâmbio acadêmico de 431 estudantes por meio do Programa Ciências Sem Fronteiras

Alinhou-se à demanda por novos engenheiros e implantou o Bacharelado em Ciência e Tecnologia, em São Luís e no continente

Ampliou a oferta de atendimento e atenção às comunidades do seu entorno por meio de expansão das antigas infraestruturas físicas e investimento nos setores

Implantou o Curso de Graduação em Libras

Criou os primeiros cursos de Mestrado no continente

Informatizou o sistema acadêmico da Universidade por meio dos SIG’S, propondo interatividade por meio da inovação

Contribuiu com o desenvolvimento de pesquisas nos municípios maranhenses por meio de monografias de alunos de EaD e dos cursos de formação especial

Firmou 898 novos convênios desde 2007

Aderiu a EBSERH, o que possibilitou a contratação de novos recursos humanos que, atualmente, beneficiam os usuários doSUS e os estudantes do HUUFMA

Investiu na popularização da ciência, sendo, atualmente, a instituição com o maior número de atividades expostas na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Criou uma nova Pró-reitoria exclusivamente voltada à prestar atenção aos estudantes da UFMA

Fortaleceu parcerias com o Estado e município

Aproximou a comunidade e transformou-se na sede da maior ação social do Maranhão, a Ação Global

Criou a TV UFMA

Construiu prédios para a Pós-Graduação dos cursos de Ciências Sociais, Humanas, Exatas e Tecnológicas

Aumentou o número de bolsistas de Iniciação Científica, que hoje chegam a quase 600 na Instituição

Ultrapassou a marca de mil alunos matriculados nos seus cursos de Pós-Graduação

Construiu o seu Instituto de Engenharia Elétrica

Fortaleceu as ações de divulgação cultural da RádioUniversidade FM

Instalou o Pronatec, programa de formação técnico-profissional pelo qual a UFMA oferece capacitação a 330 alunos, em 11 cursos

Construiu um novo prédio para abrigar as empresas juniores, dando propulsão ao empreendedorismo na UFMA