JORNAL JÁ BOM FIM - 417

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www.jornalja.com.br BOM FIM Circula nos bairros: Bom Fim, Moinhos de Vento, Farroupilha, Centro, Independência, Floresta, Rio Branco, Santana, Cidade Baixa e Santa Cecília. Porto Alegre, abril de 2012 - Ano 26 - Número 417 Restauração somente em 2013 A esperada restaura- ção do Instituto de Educação Flores da Cunha, uma das mais tradicionais escolas da região do Bom Fim, deve começar somente no próximo ano. Prevista para 2012, a obra irá atrasar porque não houve nenhuma resposta a primeira licitação - que visa a contratação da empresa que confeccionará o projeto de restauração e modern- ização da estrutura. O que obrigou a Secretaria da Edu- cação (SEC) a rever e elaborar novo edital – que deve ficar pronto em meados de maio. José Tadeu de Almei- da, diretor geral adjunto da SEC, diz que o valor pro- posto ficou abaixo do espe- rado pelo mercado. Por isso, no novo edital, o orçamento subirá de R$ 583 mil para R$ 602 mil. Almeida justifica a contratação da empresa dev- ido as exigências da restau- ração. O IE é tombado pelo patrimônio histórico, o que aumenta os cuidados e os custos da obra. A previsão é que com os novos valores, e a re- visão de algumas exigências do antigo edital, a empresa vencedora seja conhecida em junho. Esta terá prazo de seis meses para concluir o serviço. Então, uma nova lici- tação será aberta para contratação da empresa que irá efetivametne realizar a reforma do complexo. O custo total é estimado pelo governo estadual em até R$ 7milhões, e deve du- rar cerca de 18 meses. Parte da obra será executada com recurso federais vindos do Ministério da Educação (MEC), pelo programa de Ações Articuladas (PAR). O restante sairá dos cofres es- taduais. Pelos planos, o novo IE deve ter salas de aula clima- tizadas, acesso à internet sem fio em todas as dependên- cias, biblioteca informatiza- da, laboratórios de ciências e informática modernizados, elevadores para o acesso de deficientes físicos, e ginásio e teatro recuperados. Para a reforma do prédio, as aulas não deverão ser suspensas. Tadeu de Almeida afim- ra que o objetivo é, além da recuperação da estrutura física, uma modernização do setor de recursos humanos, com programas de aprimo- rametno de professores e contratação de novos fun- cionários. “A meta é fazer esta restauração de exemplo para futuras obras no setor educacional”, diz o diretor da SEC. O IE possui problemas visíveis, principalmente na pracinha das crianças, que fica voltada para rua. Os pi- lares estão se desmanchando e há muita sujeira. Fora os vidros quebrados. Alunos ainda reclamam do frio, em especial no turno da noite. A escola é o mais an- tigo estabelecimento de ensino secundário e de for- mação de professores da ci- dade. O prédio foi tombado pelo município em 1997 e pelo IPHAE em 2006. Sua fachada, de dois pavimentos, é desenhada se- guindo uma inspiração neo- clássica, destacando-se as imponentes colunas jônicas no pórtico de entrada. Hoje o IE conta com mais de dois mil alunos, embora suas instalações es- tejam em estado um tanto precário e sofra assaltos com frequência. Talvez em 2014, possamos tê-lo como referência, e não símbolo de abandono. O prédio do IE, de 1935, deverá passar por uma revitalização completa até 2014. Área infantil apresenta avançado estado de deterioração.

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Edição 417, abril 2012

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w w w . j o r n a l j a . c o m . b r

BOM FIMCircula nos bairros: Bom Fim,Moinhos de Vento, Farroupilha,Centro, Independência, Floresta,Rio Branco, Santana, Cidade Baixae Santa Cecília.

Porto Alegre, abril de 2012 - Ano 26 - Número 417

Restauração somente em 2013A esperada restaura-

ção do Instituto de Educação Flores da Cunha, uma das mais tradicionais escolas da região do Bom Fim, deve começar somente no próximo ano.

Prevista para 2012, a obra irá atrasar porque não houve nenhuma resposta a primeira licitação - que visa a contratação da empresa que confeccionará o projeto de restauração e modern-ização da estrutura. O que obrigou a Secretaria da Edu-cação (SEC) a rever e elaborar novo edital – que deve ficar pronto em meados de maio.

José Tadeu de Almei-da, diretor geral adjunto da SEC, diz que o valor pro-posto ficou abaixo do espe-rado pelo mercado. Por isso, no novo edital, o orçamento subirá de R$ 583 mil para R$ 602 mil.

Almeida justifica a contratação da empresa dev-ido as exigências da restau-ração. O IE é tombado pelo patrimônio histórico, o que aumenta os cuidados e os custos da obra.

A previsão é que com os novos valores, e a re-visão de algumas exigências do antigo edital, a empresa vencedora seja conhecida em junho. Esta terá prazo de seis meses para concluir o

serviço.Então, uma nova lici-

tação será aberta para contratação da empresa que irá efetivametne realizar a reforma do complexo.

O custo total é estimado pelo governo estadual em até R$ 7milhões, e deve du-rar cerca de 18 meses. Parte da obra será executada com recurso federais vindos do Ministério da Educação (MEC), pelo programa de Ações Articuladas (PAR). O restante sairá dos cofres es-taduais.

Pelos planos, o novo IE deve ter salas de aula clima-tizadas, acesso à internet sem fio em todas as dependên-cias, biblioteca informatiza-da, laboratórios de ciências e informática modernizados, elevadores para o acesso de deficientes físicos, e ginásio e teatro recuperados. Para a reforma do prédio, as aulas não deverão ser suspensas.

Tadeu de Almeida afim-ra que o objetivo é, além da recuperação da estrutura física, uma modernização do setor de recursos humanos, com programas de aprimo-rametno de professores e contratação de novos fun-cionários. “A meta é fazer esta restauração de exemplo para futuras obras no setor educacional”, diz o diretor

da SEC. O IE possui problemas

visíveis, principalmente na pracinha das crianças, que fica voltada para rua. Os pi-lares estão se desmanchando e há muita sujeira. Fora os vidros quebrados.

Alunos ainda reclamam do frio, em especial no turno da noite.

A escola é o mais an-tigo estabelecimento de ensino secundário e de for-mação de professores da ci-dade. O prédio foi tombado pelo município em 1997 e pelo IPHAE em 2006.

Sua fachada, de dois

pavimentos, é desenhada se-guindo uma inspiração neo-clássica, destacando-se as imponentes colunas jônicas no pórtico de entrada.

Hoje o IE conta com mais de dois mil alunos,

embora suas instalações es-tejam em estado um tanto precário e sofra assaltos com frequência. Talvez em 2014, possamos tê-lo como referência, e não símbolo de abandono.

O prédio do IE, de 1935, deverá passar por uma revitalização completa até 2014.

Área infantil apresenta avançado estado de deterioração.

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Reportagem:Elmar Bones, Francisco Ribeiro,

Patricia Marini e Tiago [email protected]

FotografiaArfio Mazzei, Tiago Baltz

e arquivo Jornal JÁComercial

Mário Lisboa(51) 3347 7595 / 9877 [email protected]

DiagramaçãoTiago Baltz Tiragem:

10 MIL EXEMPLARESDistribuição gratuita

Impressão:Gráfica CG - (51) 3043-2310

Diretor-Responsável: Elmar Bones

Secretária Executiva: Velci Matias

Redação: Av Borges de Medeiros, 915

Conj 203. Centro Histórico

CEP 90020-025 - Porto Alegre/RS

Fone: 3330-7272

Edições anteriores: R$ 3,00

Porto Alegre, abril de 20122

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A CPI que vai investi-gar as ligações do contra-ventor Carlinhos Cachoeira com o poder pode bater no nervo exposto da democra-cia brasileira – a imprensa. Pouco se sabe disso porque, obviamente, esse assunto não está no noticiário. Mas o pouco que se sabe já per-mite imaginar a extensão da bronca.

Começa com a revista Veja. As escutas feitas pela polícia federal têm revelado que a semanal mais vendida do país há muito era usada pelo esquema criminoso de Cachoeira para alijar concor-rentes, derrubar políticos e ministros. Num dos trechos divulgados há poucos dias, Cachoeira diz explicitamente a um comparsa que o es-cândalo que derrubou Luiz Antonio Pagot da presidên-cia do DNIT foi “plantado” por ele na imprensa, através da Veja. Outros trechos já ha-viam revelado que o chefe da redação da revista em Brasí-lia, Policarpo Júnior produziu várias capas com denúncias fornecidas pela turma de Ca-choeira.

Inevitável, portanto, que

NOTA DO EDITOResses fatos venham à tona du-rante as investigações da CPI e aí vai sobrar para toda a dita “grande imprensa” brasileira que sempre amplificou as denúncias da Veja, sem se preocupar em saber a veraci-dade e, principalmente, a fon-te dos fatos. Caso exemplar, foi ano passado a demissão do então ministro dos esportes Orlando Silva.

O que aconteceu foi o julgamento e a condenação de um ministro sem qualquer prova! O que existia contra Orlando Silva era a denúncia de um ex-policial, que esteve preso exatamente por ter des-viado dinheiro dos program-as do Ministério do Esporte. Só isso.

O que deu consistência a essa denúncia foi a sua publi-cação, como “reportagem in-vestigativa” pela revista Veja, e sua total aceitação e difusão pelos demais veículos de co-municação filiados à ANJ.

Um aluno do primeiro ano do curso de jornalismo aprende que não se pode publicar uma denúncia, ainda mais de uma fonte interes-sada, sem primeiro checar to-das as informações recebidas.

A Veja, no entanto, apos-tou que o ex-policial João Dias tinha as provas que dizia ter. Em poucos dias toda a mídia emparedou Or-lando Silva, só com o troar de seus canhões. Uma se-mana depois, quando o poli-cial declarou que não tinha as provas, ninguém se preo-cupou em esclarecer nada. O ministro caiu e o assunto foi esquecido.

Os primeiros movimen-tos de instalação da CPI do Cachoeira mostram a im-prensa fazendo toda a força para desacreditar as inves-tigações, reduzindo-as a um embate entre governo e oposição. Há, porém, sinais de que algo novo pode acon-tecer. Por exemplo: a reunião de quatro horas entre Dilma e Lula no Palácio do Planalto. A imprensa diz que eles falaram da estratégia para evitar que o governo seja enlameado na CPI. Mas pode ter sido dife-rente. Eles podem ter discuti-do que a CPI é uma boa opor-tunidade para botar o sino no gato e desvendar a verdadeira face dessa imprensa irrespon-sável

(E.B.)

Pressão alta é uma das doen-ças mais frequentes no

mundo. Para prevenir e tratar a hipertensão, foi criado um programa federal, em parce-ria com as universidades, que deve também contribuir para o desenvolvimento da pesquisa clínica no país.

O programa chama-se Es-tudo Prever, e em Porto Alegre acontece no Hospital de Clíni-cas. Dois tipos de voluntários podem candidatar-se ao estudo: pessoas com idade entre 30 e 70 anos, que não sejam hiper-tensos mas apresentem pressão maior que 12 por 8, ou então

indivíduos hipertensos de 40 a 70 anos, que tomem apenas um remédio para controlar a pressão.

Os candidatos seleciona-dos para ingressar no estudo serão acompanhados por 18 meses em consultas médicas, receberão orientações para adotar hábitos mais saudáveis e, se necessário, receberão gra-tuitamente medicamentos para controlar a pressão.

Os interessados podem obter mais informações no site www.estudoprever.com.br e agendar consulta pelos tele-fones 3359.8449 e 3359.6349.

Acompanhamento gratuito para hipertensos

Para quem quer almoçar com calma aos sábados

e gosta da saudável culinária japonesa, o Tamafa Sushi, na Augusto Pestana, 33, criou um Buffet de sushi, com Ya-kissoba, hot e salada de pe-pino, aberto das 11h30 às 15 horas. Mulheres pagam R$ 27,90 e homens, R$ 32,80.

Às sextas-feiras, a casa fica aberta até as 23 horas. De segundas a quintas, fecha às 19 horas.

Buffet de sushi aos sábados

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3Porto Alegre, abril de 2012

A esquina da José Bonifácio com a

Osvaldo Aranha vem se tornando nos últimos tem-pos um novo e movimen-tado ponto de encontro da Redenção, principalmente nos fins de tardes. Desde a Igreja Santa Teresinha até o mercado do Bom Fim, o público está redescobrindo este canto do Parque.

São diversos os moti-vos. O mercado do Bom Fim, por exemplo, desde que foi revitalizado, há cerca de três anos, vive seu melhor momento. Em 2009, foram instaladas novas ban-cas e mudanças administra-tivas, o que ampliou a quali-dade dos seus serviços.

O processo de revita-lização foi feito em parce-ria da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic) e os co-merciantes, mesmo planeja-mento que ajudou na melho-ria do Brique da Redenção. Além de uma reforma, houve implantação de es-tabelecimentos comerciais como o restaurante Equilib-rium e o Georges Pastel, o que aumentou as opções e o fluxo de pessoas.

Para a florista Rejane Azevedo, as melhorias de-ram impulso ao Mercado: “a iluminação e a instalação de um posto da Brigada Mili-tar melhoraram a segurança para trabalharmos com tran-quilidade”.

Aliás, o posto da Briga-da Militar é apontado como ferramenta essencial na va-lorização do entorno do mercado. Com o policia-mento constante voltaram a frequentar aquela região pessoas de todas as idades, mesmo depois de anoitecer.

Hoje, o Mercado do Bom Fim tem 24 bancas, entre restaurantes, bares, pet shop, lojas de artesanato, tabacaria, floricultura e ca-feteria, além de um ponto de auxílio ao turista. O local fica aberto todos os dias (as lojas das 9h às 19h e os bares, até as 24h). De segunda-feira a

sábado, pode-se usufruir da área azul em frente ao Mer-cado para estacionar. No domingo, o estacionamento é gratuito.

Outro diferencial é a Feira do Mercado do Bom Fim, que abriga 29 bancas e oferece produtos artesanais. A feira funciona aos domin-gos das 9h às 18h. E aos sábados, as bancas estão abertas junto com o Brique da Redenção.

Com o incremento da segurança e com uma nova iluminação no parque, au-mentou também a frequên-cia nas missas. Na Igreja Santa Teresinha, as missas das seis horas são as mais

concorridas, há alguns anos chegou a ser cogitado o cancelamento da celebra-ção, por causa da falta de segurança ao anoitecer.

Outros pontos tradi-cionais, como a confeitaria Maomé e o Coletânea Café, também viram os frequen-tadores ficarem até mais tarde .

Também sucesso foi a instalação da academia da terceira idade, ao lado do parquinho. Aparelhos de ginástica foram montados pela Pepsi, patrocinadora do parque. A academia ao ar livre atraí o público e é frequentada durante todo o dia.

Mercado do Bom Fim recupera prestígio e vira ponto de encontro

Após modernização ocorrida em 2009, mercado vive seu melhor momento.

Academia da terceira idade atraí grande público. Cafés na José Bonifácio são partes do cenário.

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Desde o dia primeiro de março, o engenheiro

agrônomo Paulo Jardim é o novo administrador do Parque Farroupilha, A Redenção.

Nomeado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Jardim é funcionário concursado há seis anos. Entre outros cargos, ele foi o gestor do fundo municipal do meio ambiente durante dois anos.

Jardim diz que está ainda conhecendo a rotina do trabalho – o administrador é responsável pelo dia-a-dia do Parque, a gerência do pessoal e a resolução dos problemas imediatos, como podas de árvores, limpeza e manutenção dos monumentos e áreas verdes da Redenção.

Sob o comando de Jardim es tão aproximadamente 35 funcionários - são vinte empregados do Parque, vinculados a Smam, e um total que pode chegar até quinze homens do regime semiaberto, que prestam serviços de limpeza, num convênio entre a Smam e a Superintendência dos Serviços Penitenciários, Susepe.

Entre as principais demandas herdadas por Jardim, estão a recuperação do recanto oriental, atualmente muito avariado, em

especial o templo do Buda, quase todo comprometido. Há também a necessidade da troca do piso do eixo central, além da reforma do orquidário, principalmente a cobertura, e o replantio de mudas no roseiral. No momento ocorre a limpeza anual dos monumentos, e a limpeza dos espelhos da água do Parque.

Jardim pretende implantar um plano de remoção de árvores secas, para remoção antes de elas caírem.

A principal dificuldade do Parque finalmente deve ser solucionada. O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) já tem projeto pra Drenar cerca de 40% do terreno. Será drenada a área que vai do Araújo Vianna até a rua setembrina, indo até o centro do parque. O edital para contratação da empresa que irá fazer o serviço deve sair em maio. O DEP calcula que a obra da drenagem deve custar por volta de oito milhões de reais.

Haverá ainda a desobstrução da drenagem do eixo central, melhorando o escoamento do local.

Um dos principais pontos negativos apontados por Jardim são as luminárias do parque – “é o que mais sofre vandalismo,

parece que há um público, principalmente à noite, que não quer o parque iluminado”.

Devido a isso, a nova iluminação pode rapidamente ser comprometida, o administrador já procurou a Pepsi, e está em negociação para reposição do material danificado.

Falando na patrocinadora do Parque, Jardim quer melhorar a relação com a Pepsi, torná-la mais transparente.

Numa primeira reunião com o conselho dos usuários foi feito o pedido de que o parque seja ressarcido dos eventos que ali ocorrem. Mas o administrador coloca que não tem gerência sobre o orçamento do parque. Os recursos vem do fundo ambiental municipal. Há hoje na Redenção dois permissionários, o pedalinho e o parquinho, que arrecadam cerca de R$ 30 mil mensais. O dinheiro vai para o fundo ambiental.

Há ainda um conflito entre a segurança do parque, responsabilidade da BM, e os conselhos dos usuários, devido ao corte de vegetação. A BM quer que haja maior visibilidade, enquanto os usuários não querem cortar as árvores, pra não perder o verde. Jardim espera conciliar as partes.

Novo administrador aposta no diálogo

O Café do Lago , no parque da Redenção

já está completando dois anos de portas fechadas. E o abandono é visível.

O locatário que tinha ganhado a concessão não cumpriu com as regras estabelecidas e agora a

prefeitura luta na Justiça para reaver o espaço, um dos mais nobres dentro do parque.

O p r o c e s s o e s t á tramitando na assessoria jurídica da comissão de l i c i t a ç ã o d a S m a n . A prefei tura acredi ta que

até quinze de maio obterá recurso para impugnar a antiga licitação e então uma nova será lançada.

O l o c a l d e v e s e r efetivamente um café, com funcionamento até às 10 da noite. As festas noturnas serão proibidas.

Café do Lago terá nova licitação

O e d i t a l p a r a a c o n s t r u ç ã o d a

garagem subterrânea no campo do Ramiro Souto, na Redenção, deve ser apresentado na primeira quinzena de maio.

O estacionamento será construído abaixo do está-dio Ramiro Souto, onde de-verão ser criadas 700 vagas para carros, o formato do projeto é de uma parceria

publica privada PPP, e o vencedor terá direito de explorar a concessão por vinte anos.

O local servirá de apoio para o público do auditório Araújo Viana. O auditório terá sua reinauguração até junho.

Estima-se que em noi-te de espetáculo, o Araújo Viana, que será a maior casa do gênero do Estado,

com capacidade para 3 mil pessoas, vai atrair pelo me-nos 800 carros para um local onde já é quase impossível estacionar.

Até o momento, quatro empresas mostraram-se in-teressadas no projeto. São elas: Betapar e Estapar Es-tacionamentos, Sotil e An-draus, Conpasul Construção e Serviços (Grupo Bertin) e Multipark.

Garagem subterrânea: edital saí em maio

A Polêmica da área para o “cachorródromo”O terreno do minizoo é

o melhor lugar para a construção de um espaço para os usuários soltarem seus cachorros.

É o pensamento da pr imeira dama, Regina Becker, responsável também pela Secretaria especial dos direitos dos animais.

A primeira dama pede a revogação de lei aprovada na câmara municipal que cria um lugar específico para cães. A área escolhida, próxima ao chafariz , é tombada pelo município e não poderia haver construção de um cercado ali.

Há uma lei municipal que proíbe os cachorros de passear sem guias, o que não é comprido.

Paulo Jardim assumiu o cargo em março.

Fechado desde dezembro, o terreno do minizoo pode ser espaço para cães.

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Porto Alegre, abril de 20126

Sala Redenção exibe filmes de Carlos SauraA Sala Redenção (Cam-

pus Central da UFRGS) está oferecendo em sua pro-gramação um pequeno ci-clo de filmes do consagrado cineasta espanhol Carlos Saura. Com entrada franca, o público poderá ver, nos horários das 16h e 19h, as seguintes películas: Bodas de sangue, de 1981; Amor bruxo, de 1986; Tango, de 1998; e Fados, de 2007.

Natural de Huesca, Es-panha, Saura, que em ja-neiro deste ano completou 80 anos, têm em seu currí-culo a realização de mais de 40 filmes, vários prêmios, e uma penca de filhos com várias mulheres, incluindo a atriz Geraldine Chaplin. Foi com ela que, nos anos 70 do século passado, comparti-lhou um dos melhores mo-mentos de sua carreira como diretor. São desta época dois de seus mais emblemáticos filmes: Ana e os Lobos, 1972 e Cria Cuervos, de 1975.

Cheios de simbolismos e metáforas, e com ênfase nas pulsões, muitos dos seus filmes evocam traumas da guerra civil espanhola (1936-1939) e o decorrente autori-tarismo da longa ditadura do general Franco (1939-1975).

O ciclo mostra o percur-so de Saura nas últimas três décadas. Bodas de Sangue e Amor bruxo fazem parte da trilogia flamenca e da ótima parceria com o bailarino Antônio Gades. O primeiro, baseado na peça homônima

de Federico Garcia Lorca (1898-1936), traduz em dança uma tragédia rural andaluza, o motor da paixão como condutor das pulsões que levam ao desejo, ao crime, à morte.

Em Amor, realizado três anos após o segundo filme da trilogia flamenca, Car-men, Saura adaptou a obra homônima do compositor espanhol Manuel de Falla (1876-1946). Novamente, a mescla de eros e thanatos, exorcizados pela sensuali-dade da dança andaluza, e com mais uma grande per-formance de Antônio Gades.

Tango, rodado nas cer-canias de Buenos Aires, mistura cinema, dança e música. Numa ficção em tom documental, o filme conta a história de um di-retor em crise, abandonado pela mulher, e que procu-ra encontrar sua redenção

através de um ato criativo: a realização de um documen-tário sobre o tango. Como curiosidade, vale lembrar que Tango concorreu com Central do Brasil, de Walter Salles, ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1999.

Fados faz uma home-nagem ao gênero musical lu-sitano e, além de apresentar artistas portugueses de grande expressão, craques no gênero, conta com participações dos brasileiros Chico Buarque, Caetano Veloso e Carlin-hos Brown. Fados, enfim, é mais um dos rebentos da paixão musical de Saura que – como comprova Io, Don Giovanni, 2009 – está longe de terminar. Quem sabe, talvez, em breve, este veterano diretor espanhol nos brinde com Samba. Os filmes estarão em cartaz de 23 até 30 de abril.

A numerosa clientela da rede de restaurantes do

Bom Fim, Farroupilha e ar-redores, ganhou uma nova opção de culinária e ponto de encontro.

Inaugurada há pouco mais de um mês La Ca-feteria, casa de cafés, na Osvaldo Aranha, ao lado da Lancheria do Parque.

A La Cafeteria aposta num ambiente que atraia o diversificado público que frequenta a região.

As sócias Juliane e Janaína Azevedo dizem que a ideia é uma mistura de con-temporaneidade e tradição, proporcionando um clima aconchegante. Até agora, os frequentadores parecem entusiasmados como o novo

estabelecimento As especialidades são

as receitas como o Crispy Frappe e o Mocaccino, que já se tornaram os preferidos dos clientes. Há ainda op-ções para todos as prefe-rências de café: curto, pin-gado, cortado, capuccino, etc. Além disso, são servidos salgados e quiches, e tortas, doces, brownies, muffins e cookies.

A La Cafeteria está a-berta de segunda a sábado, das 9 às 19 horas. Na sexta-feira o horário se estende até às 23h30.

A casa disponibiliza algumas opções de leitura, para entretenimento dos que aparecem sem compa-nhia.

La Cafeteria, nova opção na Osvaldo

Cinema de graça na UFRGS. Café para todos os gostos.

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Porto Alegre, abril de 2012 7

Já está em vigor o Decreto de horário de bares na

Cidade Baixa. Ficou acor-dado na reunião do dia 14 de abril que as regras serão implementadas gradativa-mente, conforme o consenso definido entre os integrantes do GT que trata dos bares, restaurantes, cafeterias e ca-sas noturnas no bairro.

O Presidente do Sind-poa, José De Jesus Santos confia no diálogo e ressalta a importância da discussão. “Estamos tratando do fu-turo da economia da cidade e não apenas de uma briga

entre vizinhos. Continuare-mos muito presentes neste debate no sentido de encon-trar o melhor para a cidade, seus moradores e para os empresários”, afirmou.

Ficou definido que res-taurantes, lancherias e ca-feterias, devem fechar à 1h, com uma tolerância de 30 minutos. Os estabelecimen-tos não podem ter música ao vivo e um tamanho máximo de 200 metros quadrados.

Ainda foi estabelecido que o decreto valerá apenas para a Cidade Baixa e terá um tempo de experiência de

90 dias, dando um crédito de confiança à Prefeitura.

Também ficou decidido que haverá adequação de estabelecimentos comer-ciais de determinadas ruas do bairro. Será feita uma flexibilização dos bares já existentes à lei. As princi-pais ruas são a João Alfredo, República, Lima e Silva, avenida Érico Veríssimo, largo Zumbi dos Palmares, entre outras.

Com as mudanças, as casas noturnas poderão ser regularizadas mais facil-mente.

Noite da Cidade Baixa tem novos horários por 90 dias

O Levantamento de Índice Rápido de

Aedes aegypti (LIRAa) de abril de 2012 mostrou que ainda é elevado o número de criadouros de larvas do mos-quito transmissor da dengue em Porto Alegre. A taxa de infestação é de 4,7%, con-siderada de alto risco pelo Ministério da Saúde. Foi a mais alta registrada na Capi-tal desde 2007.

Pela a amostragem le-vantada pela Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde, os bairros Auxi-lia-dora, Mont’Serrat, Bela Vis-ta, Rio Branco, Floresta, In-dependência e Moinhos de Vento, possuem alto índice de infestação. Já os bair-

ros Centro, Farroupi lha e Bom Fim possuem ín-dice médio.

O maior número de m o s q u i t o s (60%) foi registrado em pratinhos de suporte para vasos, potes e vasilhames. Em segundo lugar (14,8%), estão calhas, lajes, piscinas não tratadas, sanitários de-sativados e caixas pluviais. Lixo, sucatas e entulhos re-presentaram 7,5%.

A Vigilância em Saúde ressalta a necessidade de a população estar atenta para o controle de depósitos de

larvas em imóveis residenci-ais e comerciais. A principal medida de prevenção é evitar o acúmulo de água parada – como em vasos de plantas ou pneus em desuso.

Vale lembrar que o mos-quito resiste até uma tempe-ratura de 0 graus, portanto, em Porto Alegre, mesmo com o começo do frio, ainda é forte o risco de contaminação.

Ainda há risco de dengue

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Porto Alegre, abril de 20128

Apesar da chuva, do vento e do frio, no sábado, 20

de abril, aconteceu o Abraço ao Guaíba, durante o Hana-matsuri (Festival das Flores), realizado na Usina do Gasô-metro em Porto Alegre.

O Abraço iniciou dentro da Usina, onde estava a feira e o Pequeno Buda. Em seguida, as pessoas, de mãos dadas, foram até a Orla, onde reve-renciaram o rio.

Integrantes da Associa-ção Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), representantes de ONGs e integrantes do Movimento em Defesa da Orla, além de budistas, estudantes e o pú-blico que visitava o festival, participaram do ato.

Como o tempo não aju-dou, uma nova data será marcada para um novo “A-braço”. O objetivo da ação é chamar atenção para os novos projetos do Cais do Porto e da Orla do Guaíba.

O projeto da Orla é ques-

tionado por integrantes da RP1 (Região de Planejamento 1) do conselho municipal da Prefei-tura. Eles, junto com a Agapan, denunciam a contratação, sem licitação nem concurso públi-co, da empresa Jaime Lerner Arquitetos Associados Ltda, para a elaboração do Plano Conceitual de Urbanização da Orla do Guaíba.

O custo de elaboração do Projeto é estimado em R$ 2,108 milhões. A denúncia já foi encaminhada ao Ministé-rio Público e ao Tribunal de Contas do Estado. A primeira parte do projeto de Lerner compreende o trecho entre a Usina do Gasômetro e o arroio Cavalhada, numa área de 56,7 hectares.

“Junto à Promotoria de Justiça da Defesa do Pa-trimônio Público, question-amos o descaso da Prefei-tura aos três estudos para a Orla, entre a Usina do Gasô-metro e o Estádio do Interna-cional, sugeridos pelo GT da Prefeitura, e discutidos inclu-sive em reuniões do Conselho de Desenvolvimento Urbano

e Ambiental de Porto Alegre”, declara um dos delegados da RP1, Sylvio Nogueira, ao jus-tificar o processo junto ao MP.

O abraço do Guaíba tam-bém marca a semana de ani-versário da Agapan, e lembra o ato de 1988, quando integran-tes do grupo puseram uma faixa no alto da chaminé do gasometro, protesto contra vo-tação para venda de terrenos na orla.

Um abraço no Guaíba

Para fazer sua assinatura envie um e-mail para [email protected]

(Ao lado) Mesmo com tempo instável, populaão aderiu ao abraço. (Acima), manifestação em 1988 contra venda de terrenos da Orla.