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REFERÊ NCIA EM LOGÍSTICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem J O R N A L EDIÇÃO Nº56— OUTUBRO 2006 Inclua o jornal LogWeb no seu plano de mídia 2007 TRANSPORTE RODOVIÁRIO ACIDENTES NAS ESTRADAS: MUITAS VIDAS, MUITO DINHEIRO Multimodal LogWeb Fale conosco: Fone: (11) 3081.2772 Nextel: (11) 7714.5380 -ID: 15*7583 PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA Os professores ensinam: estudar é o principal O profissional de logística precisa ter uma formação multidisciplinar, que inclui habilidades de negociação, visão integrada da cadeia produtiva e uso de tecnologia de infor- mação, além de possuir raciocínio lógico e abstrato, boa gestão de rede de relacionamento, conhecimento prático sobre fluxos produtivos, fluência em diversos idiomas e espírito de equipe. (Página 6) EMPILHADEIRAS O papel do operador na manutenção Os representantes do setor de empilhadeiras citam dois pontos fundamentais: realizar check-list dos equipamentos a cada oito horas e informar irregularidades ao responsável pelo setor. De- talhe: serviços de manutenção só de autorizadas. (Página 16) Grupo JBS-Friboi inaugura CD em Osasco, SP (Página 3) Volkswagen renova contrato com a CSI Cargo (Página 18) Encontro têxtil discute logística do segmento (Página 24) Nestlé aprova serviço de cabotagem da Aliança (Página 26)

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R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

J O R N A L

E D I Ç Ã O   N º 5 6 — O U T U B R O — 2 0 0 6

Inclua o jornal LogWeb no seuplano de mídia 2007

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

ACIDENTESNAS ESTRADAS:MUITAS VIDAS, MUITODINHEIRO M

ult

imodal

LogWebFale conosco:

Fone: (11) 3081.2772Nextel: (11) 7714.5380 -ID: 15*7583

PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA

Os professoresensinam:

estudar é oprincipal

O profissional de logística precisa ter uma formaçãomultidisciplinar, que inclui habilidades de negociação, visãointegrada da cadeia produtiva e uso de tecnologia de infor-mação, além de possuir raciocínio lógico e abstrato, boagestão de rede de relacionamento, conhecimento prático sobrefluxos produtivos, fluência em diversos idiomas e espírito deequipe. (Página 6)

EMPILHADEIRAS

O papel dooperador namanutenção

Os representantes do setor deempilhadeiras citam dois pontosfundamentais: realizar check-listdos equipamentos a cada oitohoras e informar irregularidadesao responsável pelo setor. De-talhe: serviços de manutençãosó de autorizadas. (Página 16)

GrupoJBS-Friboi

inaugura CDem Osasco, SP

(Página 3)

Volkswagenrenova

contrato coma CSI Cargo

(Página 18)

Encontrotêxtil discutelogística dosegmento

(Página 24)

Nestlé aprovaserviço de

cabotagem daAliança

(Página 26)

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2REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Notíciasr á p i d a s

“Com relação à nota ‘Sala

de bateria modular é

destaque da Easytec’,

publicada à página 2 da

edição 55 do jornal

LogWeb, gostaria que

destacar que a bateria não

é a “vilã” da empilhadeira

como repercutiu na

entrevista. Podemos

ressaltar que ela, como de

fato, é o item mais caro da

mesma, por isso merece

uma Sala de Bateria bem

montada e equipada e

pessoal treinado para que

a mesma tenha uma vida

útil maior.”

Dircílio Barbosa Neiva,

diretor industrial da

Easytec.

GraberRastreamentolança pacote derecursos digitaispara logísticaA Graber Rastreamento (Fo-

ne: 11 4688.0808) está lan-

çando um pacote de servi-

ços que, segundo o gerente

de tecnologia da empresa,

Paulo Félix, permite que o

cliente possa obter, de uma

única fornecedora, os servi-

ços de monitoramento, ras-

treamento, roteirização, cer-

ca virtual, maximização de

tempo da rota e de gasto de

combustível, análise das ro-

tas mais seguras e acompa-

nhamento de apoio tático

aéreo e terrestre em caso de

recuperação de veículo e

carga. “Tanto para as frotas

urbanas quanto para as de

longa distância, a Graber

Rastreamento pode perso-

nalizar esse pacote de ser-

viços de acordo com a ne-

cessidade de cada caso”,

explica Félix. Ele também in-

forma que as frotas que já

possuem rastreadores de

outras empresas podem se

beneficiar, pois o software

desenvolvido pela Graber se

adequa a qualquer solução

existente no mercado.

Palavrado Leitor

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 3EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

J O R N A L

Editorial

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 234 - 2º andar - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

[email protected]

DiagramaçãoFátima Rosa Pereira

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Assistente Comercial (Estagiária)Maui Nogueira

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Os artigos assinadosnão expressam,

necessariamente,a opinião do jornal.

LogWebJ O R N A L

O

RepresentantesComerciais:

SP: Nivaldo ManzanoCel.: 9701.2077

[email protected]

BH: Eugenio RochaFone: (31) 3278.2828Cel.: (31) 9194.2691

[email protected]

RJ/Salvador: Jader PintoFones: (24) 3354.6290

(21) 8221.5258 [email protected]

O

DISTRIBUIÇÃO

Grupo JBS-Friboiinaugura CD emOsasco, SP

Grupo JBS-Friboi(Fone: 11 3144.4609)acaba de inaugurar o

seu primeiro Centro de Distri-buição, dedicado a sua Unida-de de Higiene e Limpeza e lo-calizado em Osasco, SP. O Gru-po, além de fornecer carne innatura (linhas Maturatta,Organic Beef Friboi e CabañaLas Lilas), oferece produtos in-dustrializados (Swift, Bordon,Kitut, Anglo e Fluminense) epossui, também, uma Unidadede Negócios de Higiene e Lim-peza, representada pelas mar-cas Albany (cuidados pessoais)e Minuano (limpeza do lar).”Temos grandes desafios pelafrente, o que nos faz acreditarque este CD será apenas o pri-meiro a ser operado”, afirma odiretor de Supply Chain daUnidade de Negócios Higienee Limpeza, Adrian da Hora.

Ele também ressalta que acidade foi escolhida por teruma localização favorável e ser

um importante pólo de distri-buição. O CD está situado pró-ximo a algumas das principaisrodovias de São e ao Rodoanel.Isso permite um rápido escoa-mento para as demais regiões dopaís e otimiza a distribuição paraSão Paulo.

CARACTERÍSTICASO novo CD está localizado

numa área de 31.000 m2, sendo86.000 m2 de área construída.Tem capacidade de armazena-mento de 8.200 posições paletese 20 docas. “Ele já está operan-do para a região de São Paulo,sendo sua implementação gra-dual para atingir todo o Brasil apartir de novembro”, diz Adrian,destacando que o CD consolidaas cargas das fábricas de SP efatura para os clientes a partir deum sistema de roteirização emontagem de carga.

Atualmente, a JBS possuicinco pontos de produção noEstado de São Paulo que, com onovo CD, terão um único localpara faturamento. A nova plan-ta receberá todas as mercadoriasdestas fábricas e realizará osserviços de armazenagem,picking e expedição.

Também terá uma linha deprodução de kits promocionaise de packs voltados para asnecessidades específicas dealguns clientes. Além dessasatividades, realizará toda apaletização dos produtos daUnidade de Produção deLuziânia, GO, que serão des-tinados aos CDs das grandesredes de varejo. ●

PROFISSIONAISDE LOGÍSTICAEM FOCO

que é requerido do profissional delogística hoje, em termos de atitudes

e “bagagem cultural”. Este é o foco de umadas matérias centrais desta edição do jor-nal LogWeb. A análise é feita por profes-sores das mais diversas instituições deensino e de vários locais do país, criandoum painel amplo sobre as atribuições des-te profissional. Como eles são vistos den-tro do contexto empresarial e a próprialogística em si também são avaliaçõesfeitas pelos entrevistados.

Outro destaque desta edição é o papeldo operador na manutenção das empilha-deiras – ou seja, como ele pode ajudar paraque os equipamentos operem sempre den-tro da normalidade, sem comprometer o flu-xo de movimentação por paradas não pre-vistas – e também por ações indevidas, daítambém a indicação da necessidade de trei-namentos. Outro foco desta matéria é nomodo como escolher um prestador de servi-ços de manutenção em empilhadeiras.

Já no caderno “Multimodal”, um dosdestaques envolve os acidentes nas estradas,com dados fornecidos pelo COPPEAD/UFRJ e pela Polícia Militar Rodoviária doEstado de São Paulo e que mostram as cau-sas de perdas de vidas e de muito dinheiro.

Ainda no mesmo caderno, está o re-sultado da cobertura do 4º Encontro Bra-sileiro de Logística Têxtil, realizado no dia19 de setembro em São Paulo. Sãoenfocadas as três palestras apresentadas,abrangendo Gargalos no Setor Logístico,Gestão de Perdas e Operadores Logísticos,

e o Case Lojas Renner.Por fim, este caderno abor-

da o case da Nestlé, que temusado, com sucesso, a cabo-tagem para o transporte rumoao Norte e o Nordeste do país.

Wanderley G. Gonçalves - Editor

[email protected]

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4REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

LogWebJ O R N A L

pamentos e peças solicitadas pelosclientes no mercado nacional. Odepartamento de expedição despachaaproximadamente 30 toneladas deprodutos acabados por dia.

Os clientes no Brasil são atendi-dos pelas filiais regionais de vendas ecentros de serviço em São Paulo,Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro,Rio Grande do Sul, Santa Catarina,Amapá, Pará, Mato Grosso, EspíritoSanto e Amazonas e representantesautorizados na Bahia, Sergipe, Ceará,Maranhão, Paraíba e Rio Grande doNorte.

Dentro de poucos meses, todo ointerior do Estado de São Paulo seráabastecido pela nova montadora deRio Claro, SP, já em fase final de cons-trução.

LogWeb: Quantos itens a suaempresa fornece?

Paulilo: A SEW movimenta cer-ca de 16 mil itens que possibilitammilhares de configurações para os seusequipamentos. Para o mercado na-cional são fornecidos equipamentoscompletos, como motores, motos-redutores, servos-acionamentos econversores de freqüência, custo-mizados e montados conforme anecessidade do cliente.

LogWeb: Como funciona alogística de exportação?

Paulilo: O mercado de exportaçãotambém é suprido diretamente da fá-brica em Guarulhos, uma vez que aSEW-Eurodrive Brasil é responsávelpelo fornecimento de componentes

para as montadoras da América doNorte (5 nos EUA e 1 no Canadá) eAmérica do Sul (Chile, Argenti-na, Peru, Colômbia e Venezuela), tota-lizando aproximadamente 25 contêi-neres exportados por mês. Para estemercado, diferentemente do mercadonacional, exportamos somente as pe-ças necessárias para a montagem dosequipamentos, o que significa cercade 1.800 itens diferentes.

LogWeb: Quais os maioresproblemas logísticos?

Paulilo: Os principais problemasenfrentados referem-se à precarieda-de de nossa rede rodoviária, princi-palmente para as regiões Centro-Oes-te, Norte e Nordeste, a falta de me-lhor estrutura portuária que dificultaa logística de exportação e importa-ção, agravada ainda pelas constantesgreves na alfândega, a grande burocra-cia nos processos aduaneiros e a faltade capacidade dos terminais de car-ga, fazendo com que os custos destasoperações sejam muito mais altosquando comparados aos de países daEuropa ou dos Estados Unidos.

LogWeb: Como essesproblemas foram resolvidos?

Paulilo: Para contornar os proble-mas anteriormente mencionados, aSEW procura sempre a parceria deempresas transportadoras com umaboa estrutura nos estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, distribui paraa região Sul a partir da montadora deSanta Catarina, preocupa-se em otimi-zar os fretes tanto rodoviários quantoaéreos e centraliza na unidade de Gua-rulhos uma parte dos processos decomércio exterior, como a emissão defaturas e packing lists e a estufagemdos contêineres de exportação. ●

P aulilo é gerente de logística eexportação da SEW-EurodriveBrasil. Ele é formado em enge-

nharia elétrica, com ênfase em eletro-técnica, pela Escola Federal de Enge-nharia de Itajubá, MG. Tem pós-gra-duação em Gestão de Negócios Inter-nacionais, pela FAAP - Fundação Ar-mando Alvares Penteado, SP, e especia-lização em Logística Empresarial, pelaFGV - Fundação Getúlio Vargas, SP.

Já a SEW-Eurodrive está presenteem mais de 40 países e possui 11 fá-bricas instaladas em países como Fran-ça, Finlândia, Estados Unidos, Rússia,China e Brasil. Sua estrutura aindainclui 60 montadoras localizadas emvários pontos do mundo. Presente nopaís desde 1978, a SEW-EurodriveBrasil oferece uma linha completapara a área de acionamentos, que in-clui redutores, motos-redutores econversores de freqüência.

LogWeb: Explique osprocessos logísticos da SEW:dos fornecedores para aempresa e da empresa para osdistribuidores.

Paulilo: A SEW-Eurodrive pro-duz, na fábrica de Guarulhos, SP, amaioria dos componentes utilizadosem seus equipamentos e tem comoprincipal fornecedor, para as peças queainda não são produzidas no Brasil, aprópria matriz localizada na Ale-manha. No mercado nacional, a SEWadquire, principalmente, componentesnormalizados, como rolamentos, reten-tores e parafusos, entre outros. Na áreade recebimento, temos de 10 a 20 for-necedores por dia, uma média de 700fornecedores/mês. São cerca de 200toneladas de produtos como aço e fiosentre outros/mês. Como os equipa-mentos SEW possuem grande comple-xidade técnica e são dimensionados deacordo com as características de cadaaplicação, a empresa optou por distri-buir, diretamente de Guarulhos ou damontadora de Joinville, SC, os equi-

ENTREVISTA

A logística da SEW-Eurodrivepor Marcelo Silveira PauliloAlém de atender ao mercado interno, e de ser atendida por este mesmo mercado e, também, pelamatriz da Alemanha, a empresa realiza exportações de componentes para montadoras da América doNorte e do Sul.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 5EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Perfis daEcoblock sãoproduzidos commadeiraecológica

Os perfis da Ecoblock (Fone:

11 3224.9082), utilizados

para a fabricação de paletes

e embalagens industriais que

dispensam o processo de fu-

migação para exportação,

são produzidos em madeira

ecológica, que, segundo a

empresa, substitui a madei-

ra natural com eficiência,

além de contribuir para a pre-

servação do meio ambiente.

Área disponívelem Embu dasArtes, SP, paraplantasindustriaisEstá disponível para ven-da – e indicada para aconstrução de centros dedistribuição, transportado-ras e plantas industriais -uma área de 17.200 m2 noinício da BR 116, na rodo-via Regis Bittencourt, km287, em frente à Churras-caria Caminho do Sul, en-trada de Embu das Artes,interior de São Paulo. Oterreno tem baixo valorvenal, conta com frentepara a marginal local, éterraplanado e murado.Mais informações comReynaldo pelo telefone 119821.6749.

O produto exige baixo con-

sumo energético; elimina

bactérias e inertiza partícu-

las eventualmente tóxicas;

não gera subprodutos e não

polui; e é 100% reciclável.

Além disso – ainda segundo

o fabricante - não solta farpas,

é impermeável e aceita

beneficiamento, como cortes,

furação, pintura e moldura.

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6REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Então, para o sucesso destasestratégias logísticas, o professorjulga necessário contar comprofissionais qualificados e quepossuam uma formação multidis-ciplinar (ver o tópico “Atributosde um Gestor de ProcessosLogísticos”, página 9).

“Conhecimentos sólidos deadministração e uma visão sistê-mica da empresa em sua cadeiaprodutiva são requisitos indispen-sáveis para o profissional delogística”, é o que diz Adelar Mar-koski, professor dos cursos de gra-duação e pós-graduação em admi-nistração da URI – UniversidadeRegional Integrada do Alto Uru-guai e das Missões e da UNOESC– Universidade do Oeste de SantaCatarina e pesquisador da área delogística (Fone: 55 3746.1784).

Segundo ele, como o estudoe a utilização da logística no Bra-sil é recente, considerando a as-censão na última década, é co-mum encontrar, neste cargo, pro-fissionais que migraram de ati-vidades como gerente de mate-riais, PCP ou chefe de almoxa-rifado. “Esta experiência é impor-tante, mas não suficiente. Umavisão integrada da cadeia produ-tiva permite entender o fluxo deprodutos/serviços, informações erecursos a montante e a jusante,transcendendo as fronteiras daempresa. É a atividade do profis-sional de logística, na concepçãode logística interna, que vai per-mitir a inserção de sua empresa nacadeia produtiva e, conseqüente-mente, colaborar para a criação dacadeia de valor”, considera.

Para Markoski, a visão de quea logística é uma importante fron-teira competitiva permite que

empresas agreguem valor a seusprodutos por meio de serviços,contudo, independente de qualetapa da cadeia a empresa estásituada, o conhecimento do con-sumidor é decisivo em termos decompetitividade.

“Desta forma, cabe ao profis-sional de logística dominar, tam-bém, a tecnologia disponível natroca de informações ao longo dacadeia, para a utilização de me-canismos como VMI, EDI, RF,ECR e WMS, entre outros dis-poníveis. Estes permitem aplicarum modelo estratégico de negó-cios no qual fornecedores, em-presa e distribuidores agregamvalor ao consumidor”, conclui opensamento.

Na opinião do professor delogística e marketing e consultorde empresa Waldeck Lisboa Fi-lho (Fone: 81 9973.0746), já quea logística está passando, natu-ralmente, para uma fase de parti-cipação total dentro de uma or-ganização, o profissional tem deestar integrado ao planejamento

estratégico desta organização,fazendo parte de sua criação.

“Vemos cada vez mais osresultados das técnicas opera-cionais e indicativos da logísticaparticipando de uma missão, vi-são, objetivos, metas, análiseswot [a Swot Analysis estuda acompetitividade de uma organi-zação segundo quatro variáveis:forças, fraquezas, oportunidades eameaças], ou seja, tudo que incor-pora a relação da empresa comfornecedores e clientes”, afirma.

No entanto, Lisboa Filhopreocupa-se com a visão do em-presário quanto à função da logís-tica. Segundo ele, os empresáriossabem da necessidade da logís-tica, mas ainda não valorizam oprofissional, principalmente namédia e pequena empresa. Esteacaba sendo apenas um empre-gado interno, que tem a obriga-ção de receber, armazenar e ex-pedir mercadorias, além de fazeros devidos controles de estoque.

“Nossa esperança está numcrescimento proporcional: o em-presário valorizando os proces-sos logísticos e o profissional. Eo profissional, por sua vez, pre-parando-se para o mercado”,revela.

Lisboa Filho também desta-ca o desnorteamento do mercadona oferta acadêmica de concei-tuação logística moderna na pre-paração de profissionais. Deacordo com ele, os universitári-os perceberam a oportunidadelogística no futuro, mas as em-presas ainda não assimilaram estenível de importância.

“A preparação focada somen-te nos materiais e conceitos afinsnão basta. O profissional de

logística tem de estar prepa-rado em outras profissões, comoum advogado, um médico, umadministrador, etc.”, salienta.

Para ele, a visão do profis-sional tem de estar amplamentese alongando no mercado, sejaem estratégia ou em qualidade deoperação. “O profissional delogística precisa conhecer todasas áreas e crescer em cada umadelas para consolidar a sua per-formance na organização”, fina-liza seu ponto de vista.

Dalva Santana, diretora delogística reversa e meio ambien-te do Núcleo de Logística do RioGrande do Sul, membro doCONDEMA - Conselho Munici-pal de Meio Ambiente, consul-tora e professora de logística em-presarial (Fone: 51 3427.1070),por sua vez, aponta os desafiosdos profissionais da logística.

Para ela, a oportunidade naárea logística é um campo muitovasto, sendo preciso estar atentoaos atributos necessários paramanter a empregabilidade, termodefinido como ações que devemser operacionalizadas para garan-tir o direito de escolher seus pas-sos futuros na carreira.

“O que é necessário para ga-rantir sua empregabilidade nesteramo? O que deve ser feito?Como agir? Estes são questiona-mentos que devem ser feitostodos os dias por estes profissio-nais”, informa.

Dalva descreve que para o“crescimento” do profissional, épreciso desenvolver competênci-as e habilidades. “Há muitas ma-neiras de busca de conhecimen-to que devem ser exercidas du-rante toda a vida. Nas competên-cias e habilidades cabe verificarse as suas estão dentro do perfilque a empresa espera e vice-ver-sa. É estar preocupado na buscade desafios que o motivem nabusca por resultados. É ter den-tro de si uma certa pergunta: oque me faz ficar motivado? Será

PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA

Os professoresensinam: estudaré o principalO profissional de logística precisa ter uma formação multidisciplinar, que inclui habilidades de negociação, visão integradada cadeia produtiva e uso de tecnologia de informação, além de possuir raciocínio lógico e abstrato, boa gestão de rede derelacionamento, conhecimento prático sobre fluxos produtivos, fluência em diversos idiomas e espírito de equipe.

D e acordo com HélioMeirim, professor uni-versitário e consultor da

HRM Logística Consultoria Em-presarial (Fone: 21 9233.1943),as empresas de todo o mundo vi-vem um momento desafiador, cujocenário é caracterizado pela bus-ca por maior competitividade,maior desenvolvimento tecnoló-gico, maior oferta de produtos eserviços adequados às expectati-vas dos clientes e maior desenvol-vimento e motivação de seu capi-tal intelectual (recursos humanos).

“Para superação destes desa-fios, algumas empresas buscam nalogística o diferencial competiti-vo para se manterem no mercado,com isso planejam e coordenamsuas ações gerenciais de uma for-ma integrada, avaliando todo oprocesso desde o fornecimentoda matéria-prima até a certeza doperfeito atendimento ao cliente”,explica.

Felizardo, da FIC: profissional

também deve obter

conhecimentos na área da

psicologia do consumidor

Markoski, da URI: a visão de que

a logística é uma importante

fronteira competitiva permite

agregar valor a produtos

“O que é necessáriopara garantir suaempregabilidade

neste ramo?O que deve ser feito?

Como agir?Estes são

questionamentosque devem ser feitos

todos os dias porestes profissionais”

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 7EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

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que estou preparado?”, diz.As redes de relacionamento

construídas ao longo da carreirae como é feita a gestão deste itemtambém são pontos importanteslembrados por ela. Além de sersignificativo o conhecimento,não apenas adquirido de manei-ra formal, mas também aqueleque está sempre latente e, cadaum: leituras, palestras, seminári-os, internet e reuniões informais.“Ter uma boa gestão da rede derelacionamento é uma maneirade aproximar-se mais de suasmetas, agregando e comparti-lhando conhecimentos dentro efora da rede. Já sobre ter perfilde servir e não de apenas ser ser-vido é uma quebra de paradigmas,uma vez que, culturalmente apren-de-se a ser servido. É interessantelembrar a seguinte frase de umamericano: ‘o que eu posso fazerpelo meu país’, em vez da outrafrase: ‘o que pode o meu país fa-zer por mim’. Isso denota o quan-to mudou de lá para cá! No mun-do empresarial também mudoumuita coisa: passamos do ‘eu’ parao ‘nós’”, enfatiza.

A professora de logísticaempresarial também ressalta queé importante servir a equipe detrabalho com entusiasmo, “nãodeixar a chama apagar e apaixo-nar-se pelo o que está fazendo.Colocar intensidade no exercícioda atividade e ‘incendiar’ suaequipe.”

Também para Marcos Hen-rique Yamakawa, professor/coor-denador do curso de logística daEscola Técnica Estadual BentoQuirino (Fone: 19 3251.8934),a visão do técnico em logísticadeve ser generalista, é necessárioconhecer a empresa como umtodo, principalmente no que sediz respeito a sua missão e visão.

Para o professor, o perfilrequerido no mercado é de umprofissional voltado para a exe-cução dos processos de planeja-mento, operação e controles deprogramação da produção debens e serviços, programação de

manutenção de máquinas e deequipamentos, compras, recebi-mento, armazenamento, movi-mentação, expedição e distribui-ção de materiais e produtos, uti-lizando tecnologia de informaçãona busca constante da melhoriada qualidade de produtos e ser-viços e redução dos custos.

“Sua formação não se baseiasomente nas habilidades técnicasda área operacional, como tam-bém na área administrativa emseus processos, rotinas e opera-ções”, enfoca.

A este tipo de formação am-pla, na opinião de Leonardo deOliveira Pontual, professor univer-sitário, coordenador de projetosacadêmicos da Faculdade Integra-da do Recife - FIR e consultor(Fone: 81 2101.8342), inclui tam-bém a formação humanista.

“Dentre as qualidades desseprofissional eu destacaria: racio-cínio lógico (precisa deduzir esubtender as causas de um pro-blema); raciocínio abstrato (com-preender a complexidade dasvariáveis e enxergar virtualmen-te e antecipadamente os impac-tos de uma ação sobre o merca-do e a operação); visão sistêmica(precisa ter uma visão integradados recursos existentes na empre-sa e saber desenhar e entender osprocessos e procedimentos);relacionamento interpessoal (pre-cisa saber conversar, motivar einfluenciar pessoas); conhecimen-

tos do marketing (precisa se colo-car sempre no lugar do cliente, semperder de vista o custo total); pró-atividade (precisa ser ligado, ati-vo, prever possíveis gargalos eagir, sempre). Além disso, precisater familiaridade com softwares degestão e conhecer razoavelmentea língua inglesa”, anuncia.

É o que Helio Flavio Vieira,professor/pesquisador (gradua-ção e pós-graduação), mestre edoutor em logística e transportepela Universidade Federal de San-ta Catarina (Fone: 47 3367.3666), também valoriza: a somado pessoal com o profissional.

“Entendemos que um profis-sional de logística, antes de tudo,

tem de ser uma pessoa dinâmicae determinada, com uma boadose de conhecimento prático so-bre fluxos produtivos e, por ou-tro lado, com um grande embasa-mento teórico sobre os conceitos,procedimentos, técnicas e méto-dos logísticos, assim como dasprincipais tecnologias de infor-mação envolvidas nos processos.

A visão desse profissionaldeve ter um foco abrangente, ouseja, estar analisando um deter-minado processo sempre com aperspectiva da influência desteem processos posteriores. Comoa própria logística o é, com umavisão sistêmica”, explica.

Também pensa assim JeanMari Felizardo, coordenador daAgência de Comércio Exterior daFaculdade Integrada do Ceará -FIC, professor de logística empre-sarial e internacional na gradua-ção e pós-graduação da mesmafaculdade (Fone: 85 4005.9964).Para ele, o profissional de logísticadeve ter capacitação técnica e hu-mana, ou seja, deve ter raciocíniológico, flexibilidade, capacidadede relacionamento, ser integra-dor, bom negociador, além depossuir fluência em diversosidiomas, ter visão de futuro e nãoter medo de mudar/inovar.

“Ter conhecimento do sistemaintegrado tanto da empresa quantodos fornecedores e clientes. Bemcomo, conhecimentos das ativida-des para o comércio internacional,

Yamakawa, da Escola Técnica

Estadual Bento Quirino: a visão

do técnico em logística deve

ser generalista

Lígia, da Faculdade Anchieta:

cursos de logística vieram na

contramão do ensino superior

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8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

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principalmente dos processos adu-aneiros e dos fatores de escolha domodal e de unitização para ainternacionalização dos produtosbrasileiros”, acrescenta.

Felizardo também alerta parao profissional não estar focado emcapacitar-se somente na área delogística, mas também obter co-nhecimentos na área da psicolo-gia do consumidor, educação dotrabalhador (em relação a alocar ofuncionário de acordo com as ne-cessidades dos processos),ergonomia e meio ambiente (tan-to para utilizar a logística reversade pós-consumo quanto alogística verde). “Ele deve enten-der que o processo de logísticaprecisa ser disseminado na em-presa, como se fosse a filosofiada organização”, assinala.

Múltiplas habilidades deve tero profissional, segundo Paulo Sér-gio Gonçalves, professor univer-sitário (graduação e pós-gradua-ção) da Faculdade IBMEC/RJ(originada do Instituto Brasileirode Mercado de Capitais) e consul-tor de empresas (Fone: 21 2283.3728), o que seria uma junção detécnica, informação e liderança.

“O profissional de logística dehoje deve ter uma forte formaçãona área de matemática aplicada,seja ele graduado em engenhariaou administração. Ter um vastoconhecimento das técnicas ineren-tes à atividade (gestão de estoques,gestão de transporte, gestão decompras, supply chain, etc.). Pos-

suir uma boa bagagem na área detecnologia da informação, conhe-cendo, de preferência, softwaresaplicativos destinados à gestãologística. Ter um perfil pró-ativo,ser criativo e, acima de tudo, con-tar com um grande espírito deequipe. Preferencialmente ter umperfil de liderança para gerenciarequipes multidisciplinares. Alia-do a esse perfil básico é extrema-mente relevante que busque cons-tantemente aperfeiçoamento, as-sim como conhecimentos dasmodernas técnicas aplicadas àgestão logística em seus diversosramos de atividades”, expõe.

Lígia Duarte Guerra, coorde-nadora do curso superior detecnologia em logística da Facul-dade Anchieta (Fone: 11 6823.1017), também fala sobre a impor-tância da educação formal paraeste profissional, que busca garan-tir o perfil profissiográfico dese-jado pelas organizações por meiode cursos superiores que oferecemconhecimentos e habilidades quepodem garantir a qualificação.

Além disso, Lígia apresentauma importante novidade no se-tor educacional: a criação do Ca-tálogo Nacional dos Cursos Supe-riores de Tecnologia. “Com o cres-cimento dos cursos de graduaçãoem tecnologia, no final de julho, oMinistério da Educação – MEC,em sintonia com o setor produti-vo, criou o Catálogo Nacional dosCursos Superiores de Tecnologia,cujo intuito é orientar os agentes

envolvidos na oferta do ensinosuperior, enquadrando o profis-sional de logística na área de ges-tão e comércio, estabelecendo di-retrizes curriculares com o objeti-vo de formar um profissional es-pecializado em armazenagem, dis-tribuição e transporte, que plane-ja, coordena, gerencia, estabeleceprocessos, identifica e negociapadrões de recebimento, armaze-nagem, movimentação e embala-gens de materiais”, explica.

Segundo ela, os cursos delogística vieram na contramão doensino superior, pois os primeirosdeles nasceram na pós-graduação,formando especialistas profissio-nais de áreas distintas como en-genheiros, administradores, eco-nomistas, arquitetos, etc., emseguida nasceram os cursos supe-riores de Tecnologia em Logística.

“Estes cursos superiores de-monstram a necessidade de pro-

fissionais aptos a reconhecer e de-finir problemas; equacionar so-luções por meio do pensamentoestratégico; introduzir modifica-ções no processo produtivo, atu-ando preventivamente; transferire generalizar conhecimento eexercer, em diferentes graus decomplexidade, o processo detomada de decisões”, detalha.

Também são buscados profis-sionais capazes de desenvolverexpressão e comunicação compa-tíveis com o exercício profissio-nal, inclusive nos processos denegociação e nas comunicaçõesinterpessoais ou intergrupais; re-fletir e atuar, criticamente, sobre aesfera da produção, compreenden-do sua posição e função na estru-tura produtiva sob seu controle egerenciamento; desenvolver raci-ocínio lógico, crítico e analíticopara operar com valores e formu-lações matemáticas presentes nasrelações formais e causais entrefenômenos produtivos, adminis-trativos e de controle, expres-sando-se de modo crítico e cria-tivo diante de diferentes contex-tos organizacionais e sociais, adi-ciona a coordenadora.

“Além disto, deve possuir ini-ciativa, criatividade e determina-ção, vontade política e administra-tiva, vontade de aprender, estaraberto a mudanças e consciente daqualidade e das implicações éticasde seu exercício profissional; de-senvolver capacidade de transfe-rir conhecimentos da vida e da

experiência cotidiana para o am-biente de trabalho e de seu cam-po de atuação profissional, emdiferentes modelos organizacio-nais, revelando-se profissionaladaptável”, completa Lígia.

Ela relata, ainda, que o pro-fissional será remunerado propor-cionalmente às competências ehabilidades que sua vida profis-sional cotidiana demandar, desdeoperações internas e/ou externasaté multioperações, assim as re-des de cooperação entre as orga-nizações é que demandarão o pro-fissional. “É bom lembrar que oprofissional deverá estar semprepreparado para assumir os mode-los mais complexos desenvolvidospelas Redes de Negócios”, alerta.

Ligia também soma às quali-dades necessárias ao profissionalde logística ser um empreendedortalentoso, criativo, feliz, auto-conhecedor do que faz, tomador dedecisões velozes como a transmis-são de informações. “Além disso,as pesquisas apontam para um co-nhecedor de processos complexosinterconectado em networking.Assim, sua formação deverá sertécnica, porque lidará com mode-lagem e simuladores buscandoleadtimes cada vez menores, comerros calculados durante as ope-rações e custos baixos, e huma-na, porque lidará com pessoas eprecisará cada vez mais de quali-dade de vida no trabalho, pois oslíderes mais desejados são fasci-nantes e interessantes”.

Lisboa Filho: o profissional

tem de estar integrado ao

planejamento estratégico da

organização

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 9EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

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Atributosde um gestorde processos

logísticos▲ Ter visão integrada e

sistêmica de todos os pro-

cessos da empresa. A au-

sência deste conceito faz

com que cada área/depar-

tamento pense e trabalhe

de forma isolada, gerando

conflitos internos por poder,

fazendo com que os maio-

res concorrentes de uma

empresa estejam dentro

dela mesma;

▲ Fazer com que mate-

riais e informações movi-

mentem-se o mais rápido

possível, otimizando os

investimentos em ativos

(estoques);

▲ Enxergar toda a cadeia

de suprimentos como par-

te importante do processo.

Fornecedores, colaborado-

res, comunidade e clientes

são como elos de uma cor-

rente e estão intimamente

interligados. Por isso, deve-

se sempre avaliar se as ne-

cessidades e expectativas

estão sendo plenamente

atendidas;

▲ Planejar (estratégica,

tática e operacionalmente)

e avaliar constantemente o

desempenho por meio de

indicadores: ferramentas

gerenciais essenciais para

o desenvolvimento de um

bom sistema logístico;

▲ Possuir habilidades de

negociação tanto no am-

biente interno (com relação

aos seus pares, clientes e

fornecedores internos)

como em relação ao am-

biente externo (clientes,

fornecedores, vizinhos e

acionistas);

▲ Estar atento e atualizado

em relação aos avanços

tecnológicos que podem

proporcionar melhorias nos

processos logísticos;

▲ Desenvolver uma visão

de colaboração no sentido

de compartilhar informa-

ções e recursos entre os

elementos da cadeia de su-

primentos, visando a que

todos obtenham benefícios

que serão revertidos para

a cadeia como um todo.

Fonte: Hélio Meirim ●

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10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

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NECESSIDADE DE

INTEGRAÇÃOOs mercados estão cada vez mais concorridos e turbulentos. Além deterem de enfrentar estes desafios para poderem sobreviver, as cadeiasde abastecimento vêem-se cercadas de consumidores que exigemníveis de qualidade e de serviço cada vez mais elevados. A pressão écada vez maior e há que obter respostas ao longo de toda a cadeia deabastecimento em todos os níveis.

Já não basta olhar apenas para ocliente e colocá-lo no centro do negócio,há também que redefinir todos os siste-mas e procedimentos no sentido de me-lhorar a velocidade de resposta e a con-fiança do consumidor nessa resposta. Aênfase está não só no serviço ao cliente ena rede ou sistema que o disponibiliza,mas também na capacidade de conseguirdesenvolver uma organização que sejaconsistente no serviço que presta, man-tendo níveis elevados de qualidade aolongo do tempo.

E que sistema logístico permitirá queisso aconteça? Sabemos que terá de criarvalor para o cliente, mantendo-se dentrodaqueles aspectos em que atinge maiordesempenho e que permite diferenciar-sedos restantes concorrentes. Passará tam-bém, sem dúvida, pela integração a mon-tante e a jusante de relações de colabora-ção e parcerias, procurando que o siste-ma integrado, como um todo, respondaàs exigências. A focalização passa a serno todo integrado, desenvolvendo-se es-tratégias e objetivos comuns, centradosno consumidor. O pensamento estratégicopassa a ser partilhado com os vários pro-ponentes da cadeia/rede a decidirem, emconjunto, os objetivos estratégicos darede, assim como os meios para atingi-los. Passamos para uma situação de com-petição entre cadeias/redes de abasteci-mento integradas, e não apenas entreempresas individuais.

A evolução dos sistemas de infor-mação veio permitir uma revolução nossistemas logísticos. Hoje em dia já não épossível gerir uma empresa sem comu-nicação com outras empresas.

A integração não reside apenas nosprocessos logísticos e nas atividadesque estão diretamente relacionadas. Aintegração refere-se ao esforço de coo-peração desenvolvido entre fornecedorese clientes, ao desenvolvimento conjuntode produtos, à partilha de sistemas e deinformação. Cada elo da cadeia possuiinformação vital para outros elos, o tra-balho conjunto e a partilha dessa infor-mação permitem que a cadeia, como umtodo, saia fortalecida.

As relações que se estabelecem entre

empresas são variadas e estão condicio-nadas pelo poder de negociação e graude dependência dos elementos da rela-ção. Tome-se como exemplo um grandegrupo varejista. O seu poder de negocia-ção, por exemplo, dentro de uma relaçãode parceria com fabricantes e produ-tores é enorme. A empresa, por consu-mir um volume muito elevado de produ-tos por ano, controla os seus próprioscanais de distribuição até o consumidorfinal e tem capacidade para influenciaresse consumidor no ponto de venda. Osprodutores e fabricantes, por seu lado,vêem-se ameaçados por produtos quevêm de outros países ou mercados, nãosomente a preços muito competitivos,mas com qualidade elevada e apresenta-ção excelente.

No entanto, há vantagens que ambasas partes podem ter: proximidade geo-gráfica; os fabricantes têm o escoamen-to do seu produto garantido; e o grandevarejista garante que estes forneçam oque ele necessita para satisfazer às ne-cessidades dos seus consumidores (pre-ferência dos consumidores por produtosnacionais), podendo inclusive controlare acompanhar de perto todo o processo,interferindo na seleção, orientação, acom-panhamento da produção e embalagemdos produtos. Ambos os parceiros têm be-nefícios com a relação estabelecida, mes-mo que em situação de desequilíbrio.

Colaboração técnica:

Cristiano Cecatto, consultor sênior de

Supply Chain da Qualilog Consultoria.

www.supplychain.com.br

“A evolução dos sistemasde informação veio

permitir uma revoluçãonos sistemas logísticos.Hoje em dia já não é

possível gerir uma empresasem comunicação com

outras empresas.”

Supply Chain Management

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 11EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Seton dispõe deetiquetas decontrole paraescritaDotadas de cobertura lami-

nada, as etiquetas de con-

trole para escrita da Seton

(Fone: Tel.: 0800 0177123)

evitam alterações e perda de

marcações e informações.

São disponíveis nos tama-

nhos de 3,8x1,5 e 5,7x2,5

cm e indicadas para identi-

ficação de estoque, arma-

zenagem de materiais, con-

trole de manutenção, inspe-

ção e aprovação de equipa-

mentos e maquinários. Têm

construção em poliéster,

com cobertura em polipro-

pileno, resistindo a tempera-

turas de -40º a +126º.

Siba fornecerodíziosmultidirecionaise trilhosroletados

A Siba Equipamentos e

Roletes (Fone: 19 3246.

2313) fornece rodízios multi-

direcionais para soluções de

movimentos em todas as di-

reções para uso em esteiras

e processos que requerem

deslocamentos laterais de

produtos no manuseio. A

empresa também fornece

trilhos em alumínio e com

roletes em polipropileno de

alta resistência para estrutu-

ras flow racks e esteiras,

condutivos e não-condutivos

e com ou sem guias laterais.

São utilizados para abaste-

cimentos em linhas de mon-

tagens ou picking. Também

são oferecidas soluções em

módulos de alumínio ou aço

carbono conforme a neces-

sidade do cliente.

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12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Colson fabricarodas e rodíziosA Colson do Brasil (Fone: 41

3033.7555) fornece uma linha

completa de rodas e rodízios com

características específicas e ade-

quadas para cada utilização.

Como a roda Performa, com ban-

da de material termoplástico ma-

cio, resistente ao desgaste e com

absorção de choques, e núcleo de

polipropileno de alto impacto. A em-

presa também disponibiliza rodízi-

os pneumáticos, em aço galvani-

zado com rolamento de precisão.

Maximu´s oferece embalagensespeciais

A Maximu’s Embalagens Especiais

(Fone: 11 4479. 8838), fornece

calços em espuma de polietileno

expandido e EVA, sacarias em

PEBD e PEAD, plástico-bolha e

mantas em polietileno expandido,

todos desenvolvidos de acordo

com necessidades específicas. A

novidade da empresa é o material

PB (Polymer Blend), uma espuma

desenvolvida através da combina-

ção de polímeros. “Tem a mesmas

características de proteção que as

já conhecidas mantas de polieti-

leno, porém com maior resistên-

cia e estabilidade, possibilitando

o desenvolvimento de embalagens

mais resistentes e duráveis”, diz

Erick H. C. de Souza, gerente co-

mercial da empresa. Ele também

informa tratar-se de um produto

100% reciclável, reutilizável, flexí-

vel e de superfície macia, ideal

para o desenvolvimento de colméi-

as, bandejas e separadores para

transportar peças com superfícies

polidas, lisas ou cromadas.

SAFECARD

CARTÃO DE SEGURANÇA

DOS EQUIPAMENTOS E

ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO

DE MATERIAIS

Os equipamentos automotrizes de movimentação de materiais e os acessóri-os de amarração de cargas para elevação precisam ter as suas condiçõesoperacionais sob rigoroso controle, visando manter a confiabilidade e asegurança das operações nas quais são utilizados.

Segurança & Confiabilidade

na Movimentação de MateriaisNotíciasr á p i d a s

Equipamentos como pontes rolantes,pórticos, guindastes, talhas, guinchos,gruas, empilhadeiras, transpaleteiras erebocadores devem possuir oSAFECARD atualizado periodicamente,para consulta rápida das suas condiçõesoperacionais.

Os acessórios de amarração de car-gas, como cabos de aço, correntes, cin-tas sintéticas ou metálicas, ganchos,olhais rosqueáveis e manilhas, entre ou-tros, também devem possuir oSAFECARD, com registros desde asua aquisição, passando pelas diversasinspeções preventivas, enfim, um histó-rico detalhado das suas condições de uso.

Este sistema pode ser informatizado,através do desenvolvimento de umsoftware, ou escrito, e deve contemplar,no mínimo, os seguintes itens:

▲ Nome técnico do equipamento ou do

acessório;

▲ Identificação ou código do produto;

▲ Principais características construti-vas;

▲ Especificações técnicas de operaçãoou aplicação;

▲ Normas de conformidade atendidas;

▲ Certificado de garantia;:

▲ Fabricante homologado;

▲ Fornecedor autorizado ou homologado;

▲ Locador: (quando o equipamento forterceirizado);

▲ Principais aplicações operacionais;

▲ Capacidade de carga nominal;

▲ Fator de segurança embutido;

▲ Alocação: (setor onde é utilizado);

▲ Data da aquisição;

▲ Data da última revisão;

▲ Periodicidade das revisões;

▲ Setor e profissional responsável pelasrevisões;

▲ Data das inspeções de rotina: (efetua-das pelos operadores ou usuários);

▲ Procedimentos e tolerâncias parainspeção;

▲ Recomendações especiais;

▲ Procedimentos em casos de danos;

▲ Operadores e usuários autorizados.

Recomenda-se que o SAFECARD seja

realizado e monitorado pelo Setor deManutenção, com acompanhamento peri-ódico da Supervisão dos setores onde estesequipamentos e acessórios estejamalocados, e supervisionados pelo Setor deEngenharia de Segurança do Trabalho.

A adoção do SAFECARD contribuipara o aumento da vida útil destes equipa-mentos e acessórios e, comprovadamente,reduz os custos com a manutenção corre-tiva dos mesmos, além, evidentemente, decriar, dentre os seus usuários, uma menta-lidade e uma consciência preventiva e ocomprometimento com a conservação dopatrimônio da empresa, mantendo segu-ras as operações de movimentação demateriais.

Colaboração Técnica:

Eugenio Celso R. Rocha, consultor e ins-

trutor em logística, movimentação de materiais

e segurança do trabalho.

[email protected]

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 13EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

J O R N A L

Livro

Importação & exportação

sem complicação

Autor: Paulo N. Rodrigues

Edição: Cosimex

Nº Páginas: 44

Pode ser baixado

gratuitamente em:

www.caribbeanexpress.com.br

Entre os temas tratados

estão: Registro Importador/

Exportador; Mercosul e a

Integração Latino-America-

na; Mercosul - Mercado

Comum do Sul; Estrutura do

Mercosul; Certificado de

Origem Mercosul/ALADI/

SGPC/SGP; Tarifa Externa

Comum – TEC; Exemplo de

Cálculo com Alíquota “AD

Valorem“; Classificação Fis-

cal de Mercadorias; NCM -

Nomenclatura Comum do

Mercosul; Siscomex - Siste-

ma Integrado de Comércio

Exterior; Siscomex na Impor-

tação LI - DI – CI; Siscomex

na Exportação RC - RE - RV

- SD – CE; Documentos de

Comércio Exterior; Inco-

terms; Drawback; Transpor-

tes no Comércio Internacio-

nal; Modalidades de Expor-

tação - Direta/Indireta/Tra-

ding Company; Recebimen-

tos das Divisas de Exporta-

ção; Termos Usuais em uma

Carta de Crédito; Contra-

tação de Câmbio; Formação

de Preço para Exportação;

Planilha para Formação de

Preço de Exportação; Deter-

minação do Preço de Expor-

tação; Embarque das Mer-

cadorias; Seguro Interna-

cional; Importação; Impostos

e Taxas que Incidem na Im-

portação; Formação de Pre-

ço na Importação; Paga-

mento na Importação; Rece-

bimento das Mercadorias;

Amostras e Pequenas Enco-

mendas; Valoração Adua-

neira.

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14REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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16REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

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EMPILHADEIRAS

O papel dooperador namanutençãoOs representantes do setor de empilhadeiras citam dois pontos fundamentais: realizar check-list dos equipamentos acada oito horas e informar irregularidades ao responsável pelo setor. Detalhe: serviços de manutenção só de autorizadas.

O s representantes dosetor de empilhadeirassão unânimes quanto à

importância do operador no pro-cesso de manutenção de empilha-deiras.

De acordo com eles, a atua-ção daquele que mais convivecom o equipamento é fundamen-tada na realização de check-liste no fornecimento de informaçãosobre os problemas encontradosao responsável pela manutenção.

A empilhadeira precisa serencaminhada ao setor de manu-tenção conforme o seu manualpara manutenção de 500/1.000/1.500 e 2.000 horas. O operadordeve fazer inspeções diárias acada oito horas, conferindo e ajus-tando níveis de fluidos (sistema derefrigeração, reservatório de freioe óleo do motor); verificando oestado geral dos garfos, grade decarga, pneus, funcionamento dosfreios, vazamentos hidráulicos,funcionamento de lanternas eitens de segurança, baterias eruídos estranhos, rodas, compo-nentes quebrados e parafusosfrouxos, além de atentar-se à lim-peza do equipamento.

Para tal, é necessário que eletenha uma noção básica de ma-nutenção e conte com treinamen-to adequado do distribuidor/re-presentante, ressaltam Farias eIngrid, ambos da Commat.Piazza Filho, da Vinnig, por suavez, dá a dica: “treine seu opera-dor e consulte o fabricante daempilhadeira sobre os treinamen-tos disponíveis”. Já para Tadeu,da Paletrans, ler atentamente omanual de operação do equipa-mento e trabalhar com cuidado eatenção também são boas dicas.

A operação correta do equipa-mento, dentro dos limites de se-gurança e daquilo para o qual elefoi projetado, deve estar somada àobediência criteriosa da periodici-dade das manutenções preventi-vas, que ajudam na diminuição danecessidade de manutenção corre-tiva, destaca Nunes, da Linde.

Já Santos, da Intrupa, com-pleta: “além disso, a reciclagemdo profissional é muito importan-te, não só para obter a máximaprodutividade, mas também parareforçar as regras de segurançadurante as manobras”.

Segundo Carmacio, da Dabo

Informações cedidas por: Alexandre Smith, gerente de suporte ao produto da Bauko (Fone: 11 3693.9316); Ramatis Pedrosa Fernandes, diretor-presiden-

te da Central Distribuidora Cascade e Peças para Empilhadeiras (Fone: 11 5013.2808); Nelson Cherutti, gerente de empilhadeiras da Comac São Paulo

Máquinas (Fone: 11 3769.2400); Durval Farias, diretor, e Ingrid Gellert, diretora do departamento de peças, ambos da Commat (Fone: 11 4208.3812); Marco

Carmacio, national sales manager da Dabo Brasil/Clark (Fone: 19 3881.1599); Newton Santos, gerente geral da Intrupa (Fone: 11 6653.7113); Cláudio

Nunes, supervisor de vendas de peças da Linde (Fone: 11 3604.4755); Jorge Luís Santana, supervisor de Serviços da Makena, Máquinas, Empilhadeiras

e Lubrificante (Fone: 51 3373.1115); Marcilio Ribeiro dos Anjos, sócio-gerente de peças da Mapel Manutenção, Peças, Empilhadeiras (Fone: 19 3278.1822);

Gustavo Barbosa Coelho, do departamento comercial da Movimenta MG (Fone: 31 3495.1486); Badar Uz Zaman, gerente da assistência técnica da Nacco

Materials Handling Group Brasil (Fone: 11 5683.8525); Eder Tadeu, gerente de pós-vendas da Paletrans Equipamentos (Fone: 16 3951.9999); Sergio Grossi

Coura, diretor comercial da Retec (Fone: 31 3372.5955); Sérgio L. Guimarães, diretor técnico da Retrak (Fone: 11 6431.6464); J. Ary Leme, gerente de pós-

venda da Skam Empilhadeiras Elétricas (Fone: 11 4582.6755); João Lourenço Rodrigues, supervisor de vendas de peças e serviços, e Carlos Eduardo

Rossi Kiss, supervisor de serviços técnicos da Somov (Fone: 11 3718-5090); José Roberto Coelho, gerente de pós-vendas da Still Brasil (Fone: 11 4066.8146);

Naoto Hiramatsu, gerente de pós-vendas da Toyota Industries Mercosur (Fone: 11 3511.0400); Luiz Antônio de Araújo Neto, gerente de assistência técnica

da Tradimaq (Fone: 31 2104.8003); Clayton Rodrigues Silva, departamento comercial da Transall Equipamentos Industriais (Fone: 11 6954.1919); Ruy

Piazza Filho, diretor da Vinnig Componentes Eletrônicos (Fone: 21 3083.1627); Luis Humberto Ribeiro da Zeloso Indústria e Comércio (Fone: 11 3694.6000).

Brasil/Clark, a empresa enfatizaa cada nova entrega técnica quea manutenção está diretamenteligada à segurança, não apenas dooperador, mas também daquelesque estão a sua volta. “Um ope-rador bem orientado fará comque a empilhadeira permaneçamuito mais tempo em disponibi-lidade”, garante.

O papel do operador deempilhadeira também influenciadiretamente no bolso, conformelembram os representantes dosetor de empilhadeiras. De acor-do com a maneira com que osequipamentos são utilizados, oscustos de manutenção podemaumentar ou diminuir, bem comoo nível de disponibilidade da fro-ta. “Uma boa utilização, com se-gurança e respeitando os limitesdos equipamentos, tem efeito di-reto na durabilidade dos compo-nentes e na performance total,tanto da operação como da fro-ta”, declaram Rodrigues e Kiss,da Somov.

Também fala dos custosCoelho, da Still. De acordo comele, identificar possíveis irregu-laridades nos componentes é a di-ferença do tempo de paralisaçãoe dos custos de manutenção, poisalguns itens necessitam somentede ajustes que, quando não execu-tados, provocam desgaste, sendonecessária a substituição destesitens.

Araújo Neto, da Tradimaq,por sua vez, exemplifica a impor-tância do operador com a fala deum cliente: “em uma mesma apli-cação (piso - ciclo - carga), commáquinas idênticas e pneus iguais(marca e tipo), troco os pneus deuma máquina bem antes das de-mais”. E avalia: “seguramente oproblema está na operação”.

Após a identificação dos pro-blemas, cabe ao operador mon-tar uma lista e enviar ao respon-sável pela manutenção. “O ope-rador é o primeiro elo de ligaçãocom o mecânico, passando a ins-trução do ocorrido e permitindoao técnico um diagnóstico fácil,rápido e certeiro”, explica Leme,da Skam.

“O operador permanece emmédia sete horas no equipamen-to e possui informações de pro-blemas ocasionais, operacionaise até intermitentes que podemnão ser detectados na revisão”,avalia Coelho, da Still.

Para finalizar, Ribeiro, daZeloso, afirma que o operador/usuário tem de entender que amáquina é parte integrante do seutrabalho, e que um sempre neces-sita do outro, portanto, conheci-mentos básicos e cuidados reco-mendados pelo fabricante sãopontos principais para o sucessono seu uso.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 17EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

J O R N A L

Como escolher umprestador de serviçosde manutenção em

empilhadeiras?▲ Conhecer o histórico do contrata-do: experiência, idoneidade, tipos emarcas de empilhadeiras que traba-lha e principais clientes;

▲ Visitar o prestador e considerarlimpeza, organização e disponibilida-de de peças em estoque, condiçõesdas máquinas que estão em manu-tenção, controles operacionais e equi-pe de plantão;

▲ Verificar a estrutura - prédio, ofici-na, localização, etc. - anos de atua-ção no mercado e referências;

▲ Atentar para o fato de possuir re-gistros de acompanhamentos de ser-viços, pesquisa de satisfação decliente e certificado de qualidade, tipoISO;

▲ Considerar critérios rígidos dequalidade e do perfil da prestadora:material humano hábil e treinado e se-guidora das normas de segurança deintegração do cliente (CIPA);

▲ Levar em conta a qualidade téc-nica e não somente o aparente baixocusto oferecido por alguns presta-dores de serviços de manutenção deempilhadeiras;

▲ Analisar custo total de manuten-ção em longo prazo, e não apenas ospreços imediatos de mão-de-obra epeças;

▲ Verificar se possui certificaçãodas exigências legais e trabalhistas;

▲ Atentar para o fato de possuir apa-relhagem de testes e diagnósticos,ferramental avançado e especialmen-te indicado para cada tipo de serviço,literaturas técnicas, processos e pro-gramas de manutenção preventiva,preditiva e corretiva, sistemas esoftwares de controle de manutençãoe disponibilidade dos equipamentoscom o menor custo por hora possível;

▲ Saber se possui auxílio técnico dafábrica, veículo de manutenção volan-te equipado e devidamente identifi-cado para realizar os trabalhos de ma-nutenção, seja ela corretiva ou preven-tiva;

▲ Procurar sempre um posto auto-rizado ou a própria montadora/distri-buidora da marca;

▲ Considerar a distância da empre-sa prestadora de serviços e o localonde opera a empilhadeira;

▲ Verificar se a empresa tem um nú-mero de técnicos suficiente para aten-der aos contratos que possui em até24 horas e se são previstas multaspara a falha no atendimento após as24 horas aceitáveis;

▲ Atentar para o pronto atendimen-to em serviços e peças;

▲ Nunca entregar as empilhadeirasaos cuidados de curiosos, pois elescertamente reduzirão a sua vida útil eprovocarão gastos desnecessários.●

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18REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Novembro 2006

Agenda

Eventos

EXPO-TRANSCOMFeira de Transportes,

Combustíveis, Logística eComércio Exterior

2º SIMTRA - SimpósioNacional de Tecnologia do

Transporte de Cargas

1º SIMCOMEXSimpósio Nacional de

Comércio ExteriorPeríodo: 7 a 10 de novembro

Local: Blumenau - SCRealização: SETCESC –

Sindicato das Empresas deTransportes de Carga no

Estado de Santa Catarina eMonte Belo Feiras & Eventos

Informações:www.montebelloeventos.com.br

[email protected]: (47) 3325.4026

16º Simpósio CicloDesenvolvimento – Gestão

de NegóciosPeríodo: 22 e 23 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: Ciclo Marketing &

ComunicaçãoInformações:

[email protected]

Fone: (11) 6941.7072

Cursos Gratuitos

Identificação deUnidades Logísticas com

Códigos de BarrasPeríodo: 6 de novembroLocal: São Paulo – SPRealização: GS1 Brasil

Informações:www.gs1brasil.org.brFone: 0800 110789

EPC e a Identificação porRadiofreqüência

Período: 7 de novembroLocal: São Paulo – SPRealização: GS1 Brasil

Informações:www.gs1brasil.org.brFone: 0800 110789

Cursos Pagos

Localização Estratégica deCentro de DistribuiçãoPeríodo: 7 de novembro

Local: São PauloRealização: Brasil SCM

Informações:[email protected]

Fone: (11) 3644.9129

Logística TributáriaPeríodo: 7 e 8 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

SERVIÇOS LOGÍSTICOS

Volkswagenrenova contratocom a CSI Cargo

SERVIÇOSPelo contrato, a CSI Cargo

Logística fornecerá uma grandevariedade de serviços, abrangen-do desde o recebimento adminis-trativo/fiscal dos materiais até oabastecimento da linha de mon-

tagem, utilizando-se dos sistemasKanban e seqüenciamentos, en-tre outros. O projeto envolve 800pessoas, dada a complexidade daplanta da Volkswagen/Audi. A CSICargo propôs, ainda, melhoriasbaseadas em investimentos e ino-vação de processos logísticos, as-sumindo a responsabilidade pelosinvestimentos decorrentes dasmelhorias projetadas.

“Fizemos a nossa contribui-ção para que a Volkswagen obti-vesse uma forte redução nos cus-tos logísticos e grande flexibili-dade na incorporação de novosmodelos na linha de montagem”,afirma Ceballos, destacando queisto significou a redução de cus-tos logísticos de produção porcarro de até 10 vezes.

“O aprimoramento da opera-ção permitiu que a fábrica alcan-çasse a capacidade máxima deprodução na ordem de 810 car-ros/dia. Implantamos um sistemapleno de just-in-time estruturadojunto a fornecedores.”

Dessa forma, a localizaçãoestratégica dos “moduleiros”, nafábrica da Volkswagen, fez comque muitos componentes fossementregues a qualquer momento nalinha de produção, através dedocas com acesso exclusivo parafornecedores, e evitou a forma-ção de filas em docas comuns.

Outro benefício alcançado

durante o primeiro contrato coma CSI foi a redução de caminhõestrafegando pela planta Volks/Audi, na coleta de componentesde fornecedores de outros estados.“Ao invés de 1.600 caminhões porsemana, como era de se esperar,tendo em vista a produção dafábrica, a logística reduziu o nú-mero para um terço dessa proje-ção. As docas e o milk-run tam-bém ajudaram a reduzir pela me-tade o estoque necessário paramanter o nível de produção”,informa o diretor-presidente.

Ceballos explica que CSI Car-go implantou soluções flexíveiscomo, por exemplo, o “supermer-cado”, uma área de seqüencia-mento de peças para abastecimen-to de linha, baseado em módulosde produção, com os funcionári-os recorrendo a prateleiras do ar-mazém de peças para encher ces-tas ou carrinhos com os compo-nentes desejados para a monta-gem dos automóveis. “Os carri-nhos acompanham os veículos nalinha de produção de forma sin-cronizada e são alimentados deacordo com o mix de modelosque entram na produção. Essarevisão de processos permitiuganho de espaço na linha de pro-dução, redução nos custos e, con-seqüentemente, a otimizaçãologística da Volkswagen/Audi doParaná”, conclui. ●

Ceballos: “Fizemos a nossa con-

tribuição para que a Volkswagen

obtivesse uma forte redução nos

custos logísticos”

A Volkswagen assinou, nocomeço de setembroúltimo, a renovação de

contrato de serviços logísticosterceirizados com a CSI CargoLogística, empresa controladapelo Grupo Cargo, holding ar-gentina. O contrato, no valor deR$ 120 milhões, terá duração detrês anos e envolverá a plantaVolkswagen/Audi em São Josédos Pinhais, PR.

Segundo conta AndrésCeballos, diretor-presidente daCSI Cargo, “o principal desafiopara nossa equipe foi vencer aacirrada concorrência feita pelaVolkswagen”. Desde o venci-mento do primeiro contrato coma Volkswagen – que durou quatroanos -, a CSI Cargo vinha partici-pando do processo de concorrên-cia com as maiores e principaisempresas de logística do mundo.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 19EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

J O R N A L

No portalwww.logweb.com.br,em “Agenda”, estão

informações completassobre os diversos eventos

do setor a serem realizadosdurante o ano de 2006.

Planejamento de RedesLogísticas

Período: 8 e 9 de novembroLocal: São Paulo – SP

Realização: CEL - Coppead/RFRJ

Informações:www.cel.coppead.ufrj.br

[email protected]: (21) 2598.9812

O Uso do Excel no Desenhoe no Dimensionamento de

ArmazénsPeríodo: 8 e 9 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

O que é 4PL?Período: 9 de novembro

Local: São PauloRealização: Brasil SCM

Informações:[email protected]

Fone: (11) 3644.9129

Gestão Integradade Cadeia de Suprimentos

Período: 22 e 23 de novembroLocal: São Paulo – SP

Realização:CEL - Coppead/RFRJ

Informações:www.cel.coppead.ufrj.br

[email protected]: (21) 2598.9812

Curso Básico de Exportação:Procedimentos e SistemáticaPeríodo: 22 e 23 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

Marketing Aplicado aEmpresas de Logística e

TransportesPeríodo: 23 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Embalagem Industriale de Exportação

Período: 23 e 24 de novembroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

SERVIÇOS DE LOGÍSTICA

AGM tambémoferece operaçõesin-house

analistas de logística. Ali é reali-zada a movimentação mensalmédia de 40.000 toneladas deaçúcar.

“Já na Unidade Ampla, com8.000 m2 de área, prestamos ser-viços de recebimento, armazena-gem, expedição e transporte desuprimentos de energia elétricapara todo o Estado do Rio de Ja-neiro. A operação é composta porcerca de 40 colaboradores, entremovimentadores, operadores deempilhadeiras, conferentes, ad-ministrativos e supervisores delogística. A operação envolveaproximadamente 700 SKU’s eutiliza sistema WMS com cole-tores Wi-Fi através de radiofre-qüência para todo o armazém esistema TMS para gerenciamentodo transporte”, diz Vieira.

Na Unidade Texaco, a AGMé responsável pela movimentação

e carregamento de 15.000 tone-ladas/mês de lubrificantes, con-tando com um estoque no valorde R$ 40.000.000,00, totalizando750 SKU´s, carregamento de1.200 veículos/mês, 78 colabo-radores e 20 empilhadeiras comcarga horária de 18 horas.

ESTRUTURASobre a estrutura da empre-

sa, o gerente comercial conta quesão três filiais, duas no Rio de Ja-neiro, RJ, e uma em Curitiba, PR.

A Filial Gamboa, no Rio,possui 12.000 m2 de área e pres-ta serviços de gestão de docu-mentos, almoxarifado e distribui-ção de produtos na modalidadearmazém geral ou centro de dis-tribuição.

Por sua vez, a Filial Pavunatem 7.200 m2 de área de armaze-nagem, prestando serviços degestão de documentos, armaze-nagem e distribuição de produ-tos em todo o Estado do Rio deJaneiro e tendo como clientesseguradoras, bancos, financeirase empresas dos setores alimentí-cios. A operação envolve 40 co-laboradores e utiliza sistemasWMS e gerenciamento de esto-que com coletores Wi-Fi atravésde radiofreqüência e TMS comogerenciador de transporte. A fro-ta é composta de 50 veículos le-ves, médios e grandes de até25.000 kg.

Por fim, a Filial Curitiba pos-sui 2.750 m2 de área em condo-mínio fechado, atendendo todasas agências a nível Brasil doHSBC e Losango, com armaze-nagem e distribuição de supri-mentos. ●

A AGM Logística e Guar-da de Documentos (Fo-ne: 21 2107.6000) é uma

prestadora de serviços de logís-tica, envolvendo transferência,armazenagem e distribuição deprodutos de diversos segmentosda indústria e do comércio. A em-presa oferece, também, serviçosde gerenciamento, guarda e mo-vimentação de arquivo inativos.

“Destaques nas atividades daempresa são as operações in-house”, diz Luiz Carlos Vieira,gerente comercial da AGM.

Ele cita que, na UnidadeNova América, a empresa prestaserviços de recebimento, arma-zenagem e expedição de maté-rias-primas e produtos acabados,com cerca de 80 funcionários,distribuídos pelas funções deconferentes, movimentadores,operadores de empilhadeiras e

Vieira: são usados sistema WMS

com coletores Wi-Fi através de

radiofreqüência e TMS para

gerenciamento do transporte

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20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

LogWebJ O R N A L

S

ARTIGO

Na logística, o diabojá não consegueesconder o rabo

eja porque o rabo cresceu mui-to ou o espaço está cada vezmais reduzido, o fato é que o

Demo anda com sérios problemas paracontinuar incógnito. Na medida em queo país começa atingir um nível maisalto de maturidade, a maldição do “jei-tinho brasileiro”, que de brasileiro nãotem nada, já que pode ser encontradona maioria dos países subdesenvolvi-dos, vai dando lugar a processos ela-borados, em que a criatividade, associadaà determinação e ao trabalho duro, levama soluções de melhoria contínua,racionalizando custos, aumentando aeficiência, tornando as empresas e opaís mais competitivos e aptos a atuarnuma economia globalizada.

Práticas de criar dificuldades paravender facilidades são bastante conhe-cidas por nós. Elas se fazem presentesde forma acentuada na máquina públi-ca, tanto estatal como política, mas tam-bém deixam seus rastros nas empresasprivadas. O esforço dos que se locu-pletam com este atraso está concentra-do em não permitir que a informaçãoflua de forma sistêmica. Acontece quea sociedade como um todo, e as pesso-as individualmente, não aceitam maisesta situação, pois tem a percepção deque este é o caminho do fim.

Os exemplos estão aí. Sanguessu-gas e mensalões vão levar, inexora-velmente, a processos mais transparen-

tes, coibindo as soluções via “jeitinho”,que consomem grande parte dos recur-sos, já escassos, em descontrole ecorrupção. Ícones das empresas priva-das, antes considerados inabaláveis,estão indo à lona, em traumáticos pro-cessos de “recuperação judicial”, leva-dos a este estágio por administradoresineptos e corruptos, que os tornaramanacrônicos e incapazes de permane-cer em um mercado onde a governançacorporativa da concorrência prima pelatransparência na aplicação dos recur-sos disponíveis.

Na logística, os agentes envolvidosjá se deram conta de que a mudança decultura é uma necessidade imperiosapara a sobrevivência. Esta mudançapermeia toda a cadeia, indo desde asgrandes operadoras logísticas até osmais simples caminhoneiros.

A contratação de fretes vem mudan-do radicalmente. Agora, operadoreslogísticos e embarcadores cobram dotransportador custos competitivos e in-formação em “tempo real” da merca-doria em trânsito, integrada aos siste-mas do contratante. Esta mudança cul-tural vem trazendo a todo o processoum “circulo virtuoso”, onde cada agen-te ou evolui ou está fora. Como a racio-nalização de custos impõe a terceirizaçãomassiva (hoje 70% do frete nacional érealizado por motoristas autônomos ouEPPs), sistemas que fazem a gestão de

EMPILHADEIRAS

Movelev promove festa paracomemorar 15 anos

toda esta frota em trânsito passaram aser essenciais para atendimento dasnovas demandas. Com a utilização dasnovas técnicas, as transportadoras, alémde nivelar o controle dos terceiros aosda frota própria, ganham enormeflexibilização estratégica.

É fundamental que os postos for-necedores de combustíveis, que hoje re-presentam 35% em média do valor dofrete, também estejam integrados aosistema on-line. Ser um fornecedor deum insumo tão importante a preços com-petitivos não é mais suficiente. É neces-sário que se tornem escritórios avança-dos dos clientes e através da tecnologiadisponível executem as tarefas comple-mentares que sua localização geográ-fica privilegiada potencializa.

Plataformas sistêmicas disponíveissão capazes de integrar, de forma rela-tivamente simples, todos estes elemen-tos aos ERPs (sistemas de gestão in-terna), trazendo a todos os departamen-tos das empresas envolvidas e seusprestadores de serviços acesso, de formaseletiva, às informações disponíveis.

Com estas práticas, que se tornamcada vez mais usuais, os vícios e seuspromotores vão sendo exorcizados,limpando o mercado das pragas queatravancam seu desenvolvimento. ●

Fernando Carvalho - diretor-presidente da

Repom E-mail:[email protected].

completaram 10 e 15 anos.“As pessoas que formam a Movelev

crêem muito umas nas outras e isto ésempre um motivo para comemorarmoso fato de trabalharmos juntos e viver-mos as agruras e alegrias que isto nosproporciona. Completar quinze anos émarcante para todos nós que nos senti-mos bem em atravessar diversas difi-culdades e continuarmos ativos e jun-tos. Para sentirmos isto, só mesmo uma

festa organizada pela segunda geraçãoda Movelev, que já começa a dirigi-la”, declaram Mauro Fernandes dosSantos, diretor administrativo, eNewton Varmas Pires de Freitas, dire-tor técnico, ambos da Movelev.

Segundo eles, a premiação é umreconhecimento de toda a equipe a cadaum de seus integrantes, a cada dia deesforço que contribuiu para a continui-dade da empresa. ●

AMovelev (Fone: 11 6421.4545), representante da Stillpara a região do Vale do Paraí-

ba, SP, realizou, no último dia 9 desetembro, uma festa em comemoraçãoaos seus 15 anos.

Na ocasião do evento, que ocorreuno Buffet Prelude, em Guarulhos, SP,houve premiação dos colaboradoresque, neste ano, estão comemorando de5 a 9 anos de casa e também aos que já

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 21EDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

J O R N A L

Indicadoresde Desempenho

Empresarial

VERTENTE DOS

INDICADORESOs indicadores são encadeados paraformar um só indicador, que servirá deinstrumento básico para direcionar acompanhia.

Na composição desse indicador principal, porexemplo, no caso de geração de caixa, há váriosindicadores a eles vinculados.

Estes indicadores podem ser agrupados em qua-tro vertentes:

▲▲▲▲▲ Indicadores de Receita

▲▲▲▲▲ Indicadores de Custos

▲▲▲▲▲ Indicadores de Despesas

▲▲▲▲▲ Indicadores de Produtividade

Os Indicadores de Receita, cujo indicador finalpode se Receita Líquida, são compostos de indica-dores como satisfação do cliente, retorno de produ-tos, participação de mercado, treinamento de vende-dores, programa de exportação e assim por diante.

Estas vertentes se conjugam com os focos, já an-teriormente falados (www.logweb.com.br), e temosuma matriz de indicadores cuja composição pode ser:

VERTENTES

FOCOS RECEITAS CUSTOS DESPESAS PRODUTIVIDADE

FINANCEIRO

CLIENTES

PROCESSOS

R. HUMANOS

CRESCIMENTO

Em cada célula da matriz há um ou mais indicadores que

explicam porque o indicador principal vai bem ou mal.

Os focos e as vertentes são estabelecidos paracada caso, isto é, cada companhia e para um certomomento de seu desenvolvimento.

Desta forma, cria-se um quadro interessante,onde a Geração de Caixa, no nosso exemplo, não éum mero resultado: é um resultado de quatro ver-tentes diferentes e cerca de cinco focos. A sua com-posição permite a análise de quais indicadores con-tribuíram positivamente e quais contribuem nega-tivamente.

Estabelecemos, assim, o que pode ser melho-rado ou não na Geração de Caixa.●

Colaboração Técnica: Mauro Martins, sócio da

MMConsult. e-mail: [email protected]

EMPILHADEIRAS

Movimenta MGestá no mercadohá 17 anos

do mercado e acompanhar odesenvolvimento e perfor-mance dos equipamentos, aempresa disponibiliza uma salade treinamento, onde, semanal-mente, acontecem cursos parareciclagem dos técnicos, obje-tivando a constante atualizaçãodos mesmos.

Ainda no setor de movimen-tação, a Movimenta MG, alémde vender equipamentos novose usados, conta com uma frotade locação de equipamentoselétricos e GLP, além de con-sultores de venda que auxiliamna tomada de decisão em rela-ção à escolha do equipamentopara determinada operação.

“Complementando a áreacomercial, somos represen-tantes das baterias tracionáriasMoura e contamos com a par-ceria da multinacional espa-nhola Esmena-Mecalux”, com-pleta Coelho.●

AMovimenta MG (Fone:31 3495.1486) contacom uma rede de mais

de 15 técnicos treinados e capa-citados pela própria fábrica daStill, além de ser nomeadaServiço Autorizado Still.

“Trabalhamos com todotipo de equipamento de movi-mentação, seja empilhadeiraselétricas e a GLP, transpaleteirasou paleteiras manuais, entre ou-tros. Atendemos equipamentosmultimarcas, com revisão pre-ventiva e corretiva, além de traba-lharmos com contratos de manu-tenção, reformas, atualizações esoluções/adaptações de acordocom a necessidade do cliente.Possuímos um estoque com maisde 10.000 itens e equipamentospara diagnóstico”, diz GustavoBarbosa Coelho, do departa-mento comercial da empresa.

Ele também informa que, nointuito de manter as exigências

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22REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº55—SETEMBRO—2006

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Multim

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TRANSPORTE RODOVIÁRIO

ACIDENTES NASESTRADAS: MUITASVIDAS, MUITO DINHEIRO

“O trabalho mostra que nãoadianta ter boa malha rodoviária se asinalização não for adequada e afiscalização, rígida”, avalia Fleury.

Segundo ele, em pistas de melhorqualidade, os motoristas abusam davelocidade para aumentar a produçãoe melhorar a remuneração. Algumasvezes, nessas rodovias, tentam recu-perar o tempo perdido em estradasmais precárias, onde a velocidade éreduzida.

Resultado disso é que 66% dosacidentes ocorrem por falha humana,principalmente imprudência (43%).

Entre os casos provocados pelas con-dições das estradas (47% do total),20% são atribuídos a curvas fecha-das, 15% à má conservação, 7% apistas escorregadias e 2% à sinaliza-ção inadequada. O estudo coletoudados de acidentes - que podem termais de uma causa, o que justifica asoma ultrapassar 100% - ocorridos noBrasil em 2005.

Na malha brasileira, estima-seque ocorram 280 mil acidentesanuais. Os veículos de carga sãoresponsáveis por 91 mil casos e umprejuízo de R$ 7,3 bilhões.

A pesquisa também aponta que oacidente mais comum nas estradas bra-sileiras é o tombamento, com 47% dototal, resultado da imprudência demotoristas que andam em alta veloci-dade e com carga acima do permitido.

POLÍCIA RODOVIÁRIAO 1º tenente Cláudio Rogério

Ceoloni, do setor de assuntos civis, eo 1º sargento Márcio Antonio Vaz deOliveira, auxiliar da subseção técni-ca do gabinete de treinamento, am-bos do Comando de PoliciamentoRodoviário da Polícia Militar do Es-tado de São Paulo (Fone: 113327.2625), também apontam dadosrelativos aos acidentes nas estradas.

Segundo eles, os acidentes envol-vendo caminhões estão distribuídosna seguinte proporção: choque, 27%;colisão traseira, 20%; colisão lateral,19%.

“Em 2004, tivemos 2.329 aciden-tes, sendo que desse total 723 tinhamalgum tipo de veículo de carga envol-vido; em 2005, ocorreram 2.333 aci-dentes e desse total 716 tinham algumtipo de veículo de carga; em 2004,tivemos 31,04% e em 2005 30,69%,demonstrando, assim, uma diminui-ção no número de acidentes envol-vendo veículos de carga. Isso ocor-reu em virtude de campanhaseducativas de trânsito e palestras dedireção defensiva que a Polícia Mili-tar Rodoviária e os órgãos de trânsi-to em todas as instâncias vêm desen-volvendo”, diz o 1º tenente, referin-do-se ao Estado de São Paulo.

Quanto às causas destes aciden-tes, as mais prováveis, segundo aPolícia Militar Rodoviária, são faltade atenção, perda de controle, sono eimprudência.

O 1º sargento revela que estudoscomprovam que o cansaço é o inimi-go invisível dos motoristas de cami-nhões. “Provavelmente ele é uma

D ados da recente pesquisa doCentro de Estudos em Logística– CEL, do COPPEAD/UFRJ,

denominada “Custos de Acidentes eMortes no Transporte Rodoviário deCargas”, de responsabilidade do pro-fessor Paulo Fleury, apontam dadosassustadores em relação ao assunto.

O primeiro deles: os prejuízoscausados por perdas de cargas emacidentes nas rodovias brasileiras so-mam R$ 2 bilhões a cada ano, e cus-tam quase três vezes mais do que osroubos, cujas despesas totalizam R$700 milhões anualmente.

No caso dos acidentes, se foremconsiderados ainda prejuízos à vida,ao patrimônio e ao veículo, entre ou-tros, as estimativas de custo podemficar entre 6 e 9 bilhões de reais. Porano, 34 mil pessoas morrem nas ro-dovias brasileiras.

O trabalho elaborado pelo CEL/UFRJ revela ainda outro dado inusi-tado: 85% das ocorrências com ca-minhões nas estradas sucedem coma pista em bom estado de conserva-ção. Para Fleury, temas relegados asegundo plano pelas administraçõesdas rodovias, como a sinalização e afiscalização do movimento de veícu-los e suas condições, têm tanto oumais importância quanto a conserva-ção das estradas.

“Mesmo com os investimentosanunciados pelo Governo Federal,que disponibilizou verbas para amelhoria da sinalização rodoviária, osproblemas da fiscalização do exces-so de carga nos caminhões e das con-dições de trabalho dos motoristascontinuam sendo fatores determi-nantes no alto índice de acidentes”,informa Fleury.

O estudo também mostra que nãosão apenas as estradas esburacadas eo mau tempo os responsáveis pelosacidentes nas rodovias brasileiras. Amaioria dos casos de colisões envol-vendo veículos de carga é provocadapor falta de atenção do motorista,excesso de velocidade, ultrapassa-gens proibidas e sono. Os acidentesocorrem em pistas bem conservadas,à noite, e com tempo bom, sem chu-va ou neblina.

Causas de acidentes com veículos de carga nas rodovias brasileiras (2005)*Falha Humana (66%), envolvendo:

◆ Imprudência ........................... 43%

◆ Responsabilidade do

motorista de outro veículo ...... 33%

◆ Velocidade incompatível ........ 13%

◆ Fadiga .................................... 10%

◆ Álcool ....................................... 1%

Condições das Estradas (47%), abran-

gendo condições do local do acidente:

◆ Curva fechada ......................... 20%

◆ Má conservação ..................... 15%

◆ Pista escorregadia .................... 7%

◆ Má sinalização .......................... 2%

◆ Sobrelevação negativa .............. 2%

◆ Desvio ....................................... 1%

Defeitos Mecânicos (11%) e os tipos

de acidentes:

◆ Tombamento ........................... 7%

◆ Abalroamento ....................... 27%

◆ Colisão .................................. 15%

◆ Capotagem ........................... 10%

◆ Incêndio .................................. 2%

* Como o estudo coletou dados de acidentes que podem ter mais de uma causa, a soma ultrapassa 100% - Fonte: COPPEAD/RJ

Condições climáticasx

Percentual de acidentes◆ Tempo bom ........................ 81%

◆ Chuva ................................ 17%

◆ Neblina ................................. 2%

Fonte: COPPEAD/RJ

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 23EDIÇÃO Nº55—SETEMBRO—2006

J O R N A L

Como evitarestes acidentes?1. Antes de viajar,

procurar

dormir bem;

2. Nunca viajarcansado;

3. Evitar dirigir mais de8 horas por dia;

4. Planejar a viagem;

5. A cada 2 horas nadireção, parar,

relaxar e descansarpor 15 minutos;

6. Durante a viagem,

preferir refeiçõesleves;

7. Se possível,

evitar viajar sozinho;

8. Se a viagem for

longa, éaconselhável quehaja revezamento

de condutores;

9. Sempre que sentircansaço ou sono,

parar e, se puder,dormir. Não insistirem dirigir com sono;

10.. Jamais tomarremédios ouqualquer substância

que afetem oualterem os sentidos.

Fonte: Comando de PoliciamentoRodoviário da Polícia Militar do

Estado de São Paulo

causa, nem sempre detec-tada ou presente nos rela-tórios policiais, que, certa-mente, responde por até30% dos acidentes. O mo-torista cansado tem suasreações lentas, o que difi-culta a identificação derisco e, conseqüentemente,a reação”, afirma.

Ainda segundo a PMR,muitos outros acidentes sãocausados pelo sono, oca-sião em que o condutor,evidentemente, nem reage.E isso é comprovado pelaausência de frenagem nolocal.

“As conseqüências dascausas enumeradas são asmutilações, gerando inva-lidez; as mortes, gerando odesamparo da família; e osdanos materiais que atin-gem bilhões de reais aoano”, concluem os repre-sentantes da Polícia Mili-tar Rodoviária do Estado deSão Paulo. ●

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24REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº55—SETEMBRO—2006

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Multim

odal

om o objetivo de integrar a ca-deia logística têxtil, a quartaedição do Encontro Brasileiro

de Logística Têxtil, que ocorreu noúltimo dia 19 de setembro, no HotelNovo Jaraguá, em São Paulo, SP, con-tou com a apresentação dos temas:‘Gargalos no Setor Logístico”; “Ges-tão de perdas – Reduzindo o Custode sua Operação”; “OperadoresLogísticos: Realidade ou Desafio noBrasil?”; e o Case Lojas Renner.

O primeiro, “Gargalo no SetorLogístico”, foi apresentado pelo pro-fessor Manoel Reis, coordenador doCELog – Centro de Excelência emLogística e Cadeias de Abastecimen-to da FGV-SP (Fone: 11 3281.7946).Segundo ele, a indústria têxtil brasi-leira vem sofrendo uma expressivaconcorrência, fruto da abertura dopaís e, em particular, do fenômeno chi-nês. “A China vem se desenvolvendoem criatividade, deixando de ser con-siderada de baixa categoria, continu-ando a crescer com baixo custo devi-do à mão-de-obra barata”, observou.

Reis dividiu as diferenças dacompetitividade entre empresas con-correntes em efetividade operacionale posicionamento estratégico.

“A efetividade operacional é emrelação ao Supply Chain. Além dosaspectos internos, inclui o relaciona-mento com os parceiros da cadeia –fornecedores e clientes –, apesar deser um processo difícil de ganha-ga-nha”, explicou.

O professor destacou que a im-portância estratégica da logística é quenão basta ser o melhor, tem de ter qua-lidade. Para isto, citou dois fatores dediferencial significativo e duradourosegundo o escritor Martin Christopher(em “Logística e gerenciamento dacadeia de suprimentos – estratégiapara a redução de custos e melhoriados serviços”): o custo e o valor.

As vantagens do custo, conformeexplicou, podem ser obtidas por meiodo aumento da produtividade, pelaeconomia de escala, com diluição decustos fixos e por meio da logística,que racionaliza e reduz custos.

Já a agregação de valor pode ser

EVENTO

ENCONTRO TÊXTILEM SÃO PAULO DISCUTELOGÍSTICA DO SEGMENTO

C Gestão Integrada da Cadeia de Suprimentos

– Desenvolvimento de Estratégia

– Planejamento da Produção

Gestão Integrada da Distribuição

– Rede de Distribuição

– Gestão de Estoques

– Previsão de vendas

– Processamento de Pedidos

– Relatórios Gerenciais

Gerenciamento de Risco

Gestão de Canais

Separação

Embalagem, Etiquetagem, Paletização

Acompanhamento do Ciclo do Pedido

Gerenciamento de Frota

Seleção de Transportadoras

Monitoramento da Carga

Armazenagem

Transporte

feita por meio de fatores intrínsecos– como características físicas e de-sempenho – e fatores intangíveis –serviço ao cliente, imagem da marcae da empresa, etc.

“O valor intrínseco tem baixa ca-pacidade de diferenciação em virtu-de da comoditização que os bens deconsumo e os bens duráveis vêm so-frendo. Os fatores intangíveis são osmais importantes para a competitivi-dade, pois estão particularmente as-sociados ao serviço ao cliente”, com-parou Reis.

De acordo com ele, a importân-cia estratégica da logística é devidaa sua capacidade de reduzir custos eagregar valor intangível, dois fatoresfundamentais para a diferenciaçãocompetitiva nos dias atuais.

O professor também discursousobre os gargalos logísticos, que di-minuem a efetividade operacionaldas empresas e podem ser classifica-dos em gargalos internos e externosàs empresas.

Os gargalos internos incluem de-ficiências de mão-de-obra, desconhe-cimento dos processos e técnicaslogísticas, deficiências de infra-estru-tura (instalações, equipamentos e TI),rede logística ineficiente e falta de co-laboração entre parceiros na cadeiade abastecimento. Reis apontou que asolução ou atenuação destes gargalosdepende basicamente das empresas.

Com relação aos externos, o pro-fessor citou legislação obsoleta ecomplexa, infra-estrutura deficiente,sistema nacional de transportesdesbalanceados (uso principal do ro-doviário, sem ferroviário e pluvial),câmbio desfavorável e moda x clima.“A solução depende das entidades declasse atuantes, em especial junto agovernos, que podem induzir amelhorias substanciais”, afirmou.

Sobre o problema moda x clima,Reis acredita que a solução é realizarpoucas entregas com mais freqüên-cia. “Grande quantidades enviadas paralojas não são aconselhadas”, disse.

O segredo para essa solução acon-tecer, conforme Reis, é passar infor-mações ao fornecedor. “É preciso tero interesse em fazer a parceira, con-vencidos dos bons resultados”, relatou.

Questionado por um dos presen-tes, também fez considerações sobrea falta da mão-de-obra no Brasil. Oproblema, segundo ele, está na for-mação e educação. “Hoje não há pro-blema de tecnologia, mas de custo-benefício e de recursos também. A so-lução é buscar o que é necessário efe-tivamente”, salientou.

Para o professor, os paulistas fa-zem pouca pressão em Brasília. “Éatravés de pressão que se consegueas coisas”, exaltou.

Reis aproveitou o momento e des-tacou que o CELog está desenvolven-do, junto com o Centro Paula Souza(que inclui FATECs e ETs), uma pes-quisa para entender as principais ne-cessidades de mercado. Dentro de trêsa quatro meses, espera-se que estapesquisa esteja concluída.

Crescimento do mercado de operadores logísticos no Brasil (em termos do aumento do valor agregado)

Fonte

: Booz

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Ham

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 25EDIÇÃO Nº55—SETEMBRO—2006

J O R N A L

Reis fez uma comparação entre ocusto logístico de alguns países. NaChina, o custo é de 20% do valor final,nos Estados Unidos é 8% e no Brasil,ele acredita ser 20% também, mas hápesquisas que indicam 17% e 16% e até13%. “Esse número pode ser reduzidocom soluções intermodais”, concluiu.

GESTÃO DE PERDASOutro tema exposto no encontro foi

“Gestão de Perdas – Reduzindo o Cus-to de sua Operação”, ministrado porLiliam Lorosa, superintendente de no-vos negócios do grupo Trade ExpressVale Seguros (Fone: 11 5573.4498).

Para exemplificar o assunto, Liliamutilizou-se do filme “Três casamentose um funeral” como metáfora. Os trêscasamentos seriam: pessoas, pneu ecombustível. Já o funeral seria uma fer-ramenta de trabalho mal utilizada.

O 1º “casamento” inclui, segundoela, 50% de despesas com salários/ho-norários e custos variáveis como com-bustível, manutenção e treinamento.Chega-se à conclusão de que R$ 223,89é o custo da bandeirada por tonelada decarga fracionada. “Muito caro”, avaliou.

No 2º “casamento”, o pneu, o cál-culo do custo é feito por quilômetros.E nesse ponto, há cinco ladrões de qui-lometragem, que são, conforme Liliamexpôs: alinhamento – 25%, balancea-mento – 20%, controle de pressão – 25%,desenho da banda – 40%, e emparelha-mento – 25%. Outro “casamento” caro.

Já o 3º deles envolve fatores queinfluenciam no consumo de combus-tível, como velocidade, modo de con-dução, carga transportada, etc. “Asvariações de consumo chegam a até30%”, assinalou.

Em relação ao “funeral”, Liliamcitou o mau uso do equipamento derastreamento.

“A tecnologia tem que de ser a ser-viço do seu serviço”, salientou.

Deve-se, segundo ela, atentar-se àsegurança; controle de itens de consu-mo como pneus, combustível, tempe-ratura do baú, velocidade, etc.; tele-metria: diagnóstico remoto; prevençãode acidentes; controle logístico; con-trole de frota; otimização e comunica-ção com o motorista; e qualidade paraos serviços prestados.

“É considerado funeral por que: écaro, a comunicação pode não ser apro-priada à operação, a operadora datecnologia celular não é a mais ade-quada para a região da operadora, a em-presa de tecnologia não trabalha coma prestadora de celular mais adequadaà região que acontece a operação, etc.”,detalhou.

Além disso, Liliam citou carga, ve-ículo, descarga e paradas como pontoscríticos, cuja solução é contar com itenscoordenados.

OPERADOR LOGÍSTICO“Operadores Logísticos: Realidade

ou Desafio no Brasil?” foi o tema dis-corrido por Luiz Vieira, vice-presidenteda Booz | Allen | Hamilton (Fone: 115501.6200).

Primeiramente, Vieira explicou oque seriam os operadores logísticos, jáque as funções incluem serviços demaior valor agregado, como incorpo-rar funções de gestão de pedidos e de-senho de soluções logísticas, e não so-mente transporte ou armazenagem.

Segundo ele, o mercado de opera-dores logísticos no Brasil cresceusignificativamente nos últimos anostambém devido à tendência de aumen-to do valor agregado dos serviçoslogísticos no país. Para detalhar me-lhor essa questão, Vieira utilizou-se deuma pirâmide que compara os anos de1995 e 2005 em termos do aumentodo valor agregado (veja figura).

Na base da pirâmide está o trans-porte ou a armazenagem. Acima estãoserviços de transporte e armazenagem.Mais acima, serviços logísticos de altovalor agregado. E, no topo da pirâmi-de, gestão integrada da distribuição e dacadeia de suprimentos, além de geren-ciamento de risco e gestão de canais.

“Uma Cadeia de Suprimentos típicado setor têxtil inclui fibras/filamento,fiação, tecelagem/malharia, beneficia-mento, confecção, atacado e varejo. Ooperador logístico pode resolver proble-mas nesses setores. Ele é o agente ex-terno que pode prestar serviço de maiorvalor agregado”, explica.

De acordo com ele, o nível de tercei-rização na cadeia ainda é bastante limi-tado –terceirização de encabidamento,etiquetagem e expedição oferecempotencial significativo de ganhos deeficiência.

Vieira expôs que os operadoreslogísticos têm diversas oportunidades deatuação no setor têxtil, como na execu-ção e gestão do fluxo físico; na consoli-dação de rotas e estoques na etapa deconfecção; na operacionalização dalogística reversa (cabides, caixas), comredução de 30% da necessidade deespaço físico, redução de 40% de cus-tos de embalagens, menor lead-time emaior giro de vendas; e na etiquetagemde preços na origem.

A dica para a contratação de um ope-rador logístico dada por ele é observaros aspectos menos tangíveis: existênciade pessoal qualificado, experiência nagestão de parcerias e alianças e alavan-cagem da utilização dos recursos de TI(como utiliza a comunicação, ou seja,as informações úteis). O maior entraveda indústria têxtil, conforme assinalou,é a desconfiança. “Cadeia de suprimentoé interação”, destacou.

Depois de selecionado o operador, deacordo com Vieira, o sucesso da imple-mentação depende de cuidados especí-ficos para a eliminação de barreiras ini-ciais, como: assinar contrato detalhado,definir políticas e procedimentos,implementar processo de comunicação,nomear um time de transição e desen-volver indicadores de desempenho.

Entretanto, Vieira também dá a dicapara quem não tem condições, ainda, decontratar os serviços de uma grande ope-radora logística: “treine um transporta-dor seu que tenha capacidade. Selecio-ne alguns e desenvolva melhor esses co-laboradores. Não passe para terceiros oque pode ser desenvolvido por você”,finalizou.

O SEGREDO DO ENCANTAMENTOJosé Galló, presidente das Lojas

Renner – do segmento varejista de ves-tuário, artigos de beleza e serviços –palestrou sobre o diferencial da Renner:a política do encantamento. “Procura-mos atingir um nível acima do da satis-fação/expectativa, partindo para o en-cantamento”, explica.

O 4º Encontro de Logística Têxtiltambém contou com um debate nacionalsobre a cadeia têxtil e mais dois fóruns.Os Encontros de Logística Têxtil são or-ganizados pelo Clube de Logística, pa-trocinado pelas empresas Mostoles doBrasil, A&E Products do Brasil, PlastromSensormatic e Sete Estradas Logística. ●

Vieira, da Booz | Allen | Hamilton:

“O operador logístico é o agente

externo que pode prestar serviço de

maior valor agregado”

Liliam, da Trade Express: carga, veículo,

descarga e paradas são pontos críticos,

itens coordenados são a solução

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26REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº55—SETEMBRO—2006

LogWebJ O R N A L

Nestlé vem utilizando, há mais deum ano, o serviço de cabotagem daAliança Navegação e Logística

(Fone: 11 5185.5600) para distribuir osseus produtos nas regiões Norte e Nor-deste.

Foi realizado um estudo para mudan-ça do modal - análises do perfil do mer-cado e o seu respectivo impacto na Redede Distribuição – e a decisão de substi-tuir parte do transporte rodoviário pelomodal marítimo se deve à qualidade doserviço porta-a-porta oferecido pela Ali-ança, batizado recentemente de BR-Ma-rítima.

Segundo o chefe de Operações deTransporte Nacional & Internacionalda Nestlé, Marco Antônio Dominguez, aparticipação da cabotagem na logística daempresa cresceu consideravelmentequando comparada com os anos anterio-res. “O aumento do número de navios eda freqüência nos portos estimulou umamaior utilização da cabotagem, bemcomo a mudança da matriz de transpor-tes da empresa para o atendimento dasregiões Norte e Nordeste. Atualmente, otempo total de transporte porta-a-porta éde 7 dias para Recife e de 9 dias para For-taleza. Esse transit-time foi possível gra-ças ao trabalho elaborado em parceriapela Aliança e Nestlé”, afirma.

Além da baixa incidência de avarias,outras vantagens apontadas por

CABOTAGEM

NESTLÉ APROVASERVIÇO DAALIANÇA PARA ASREGIÕES NORTE ENORDESTE

A

Grupo Mesquitainicia testes derastreamento deentregas pelocelularO Grupo Mesquita (Fone: 11

4393.4910) está testando em

seu portal logístico o projeto-

piloto de um sistema de acom-

panhamento de entregas por

celular, o Delivery Mobile, de-

senvolvido pela Ib Software

(Fone: 5572.5817). A solução

permite que o motorista rece-

ba no seu celular as informa-

ções de todas as entregas que

deverá efetuar no dia seguinte.

Integrado ao sistema TMS do

Grupo, o Ib Delivery Mobile cap-

tura todos os CTCs (conheci-

mentos) que serão embarca-

dos, distribui nos celulares dos

motoristas e permite à área de

operações, e também ao clien-

te, o acompanhamento on-line

de todo o processo. Em função

da especialização do Grupo na

prestação de serviços logísti-

cos e de transportes de produ-

tos perigosos, a solução tam-

bém oferece os recursos de

informações do programa “Olho

vivo na estrada”, da Abiquim -

Associação Brasileira das

Indústrias Químicas.

Embaquim lançaembalagem de200 litros paralíquidosA Embaquim (Fone: 11

6166.2333) está anunciando o

lançamento de uma bolsa plás-

tica valvulada, com capacidade

para 200 litros, ideal para o uso

em caixas de papelão ondula-

do. Segundo a empresa, o novo

sistema de embalagem é visto

pelo mercado como uma alter-

nativa eficiente na otimização

das etapas logísticas de trans-

porte e de armazenagem de

produtos líquidos, principal-

mente químicos e alimentícios.

Inicialmente, o novo bag será

utilizado em caixas de papelão

ondulado fabricadas pela

Rigesa. As caixas possuem um

design exclusivo, com oito fa-

ces. Já o sistema de válvula da

bolsa garante, segundo a em-

presa, higiene e assepsia ao

processo de envase e de es-

coamento do produto.

Dominguez com relação à cabotagem sãoa integridade da carga, a regularidade doserviço e o preço competitivo. “A Alian-ça oferece mais segurança e preços com-petitivos em relação ao transporte rodo-viário. A redução geral de custos comtransporte foi significativa não só no fre-te, mas também nas demais condições queenvolvem o transporte. Além disso, aAliança vem apresentando alternativasque visam a melhor utilização dacabotagem, como uma programaçãosemanal de navios nos principais portosdo país”, explica Dominguez.

A entrega programada no destino é,segundo ele, um outro diferencial dacabotagem da Aliança, uma vez que per-mite uma melhor gestão do recebimento.O armador prioriza as cargas críticas e levaem consideração as necessidades de mo-vimentação dos Centros de Distribuição.

“Todo o processo, desde a retirada atéa entrega, é realizada pela Aliança (por-ta-a-porta). Mas, é bom destacar, opera-mos principalmente com a Aliança, po-rém, temos, também, outros grandesprestadores de serviços para esse modal”,expõe o chefe de Operações da Nestlé.

Como relação aos produtos transpor-tados, Dominguez diz que, com exceçãodaqueles que necessitam de temperaturaespecial (shelf life baixo), o restante éfactível. “Produtos perecíveis possuemum ‘shelf life’ baixo. Quando falamos emcabotagem, sem dúvida, pela própria ca-racterística desse modal, o transit time émaior, ou seja, deve ser feita uma análisemais criteriosa”, completa. ●

Notíciasr á p i d a s

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 27EDIÇÃO Nº55—SETEMBRO—2006

J O R N A L

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28REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº56—OUTUBRO—2006

LogWebJ O R N A L